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Roteiro pedagógico

Mar 25, 2016

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Alimentação Saudável
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Page 1: Roteiro pedagógico
Page 2: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 2

Índice

Ciência do Sabor 3

Plano de montagem 4

Somos o que comemos 5

Saber comer, saber escolher 8

Comer em segurança 11

Quando o excesso é a regra 15

Alimentar o planeta 18

Um mundo de sabores 23

Saúde é equilíbrio 29

Desdobrável de apoio 31

Atividades (ponto de partida) 33

2.º Ciclo 34

Pães à volta do mundo: vamos fazer um poster! 34

Comidas com... fruta! 34

3.º Ciclo 36

Um alimento perfeito! 36

Recolha sobre pão 36

Fontes de documentação 38

Para ler 38

Para pesquisar 39

Para visitar 40

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Roteiro Pedagógico | 3

Ciência do Sabor

O Roteiro Pedagógico Ciência do Sabor é uma ferramenta de apoio à exposição nas

escolas, que tem o patrocínio da Vodafone. Este projeto apresenta a sua 6.ª edição com

o tema da Alimentação, possibilitando o enriquecimento da vida escolar em diversos

estabelecimentos de ensino em Portugal Continental.

Tem como principal objetivo oferecer aos professores meios para trabalhar o tema deste

ano, propondo atividades e indicando diferentes instrumentos de exploração desta temática.

O roteiro está estruturado em três partes: apresentação dos conteúdos da exposição,

divididos de acordo com os temas dos painéis; atividades para desenvolver em sala de aula;

e outras fontes de documentação.

Com esta exposição, desejamos que usufruam de uma experiência divertida e memorável,

que sensibilize e estimule a discussão sobre este universo global que é a Alimentação.

Bom trabalho!

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Roteiro Pedagógico | 4

Plano de montagem

Painel 1 Painel 2 Painel 3

Painel 4 Painéis 5&6

Painéis 7&8 Painel 9

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Somos o que comemos

As substâncias contidas nos alimentos – os nutrientes – são responsáveis pela obtenção de

energia e formam diferentes grupos entre si:

Mas atenção!

As pessoas são muito diferentes entre si – diferenças que começam por se expressar através

da sua idade, sexo, peso ou nível de atividade – e, por isso, necessitam de diferentes

quantidades de energia.

PLÁSTICOS OU CONSTRUTORES proteínas, lípidos,

minerais & água

REGULADORES e PROTETORES

vitaminas, minerais,

fibras & água

ENERGÉTICOS glícidos, proteínas

& lípidos

“Somos o que comemos” escreveu Hipócrates, o pai da

Medicina, há mais de 2500 anos. E, ao longo da história, a

alimentação foi sempre uma preocupação vital no dia-a-dia

do homem. Ela a fonte de combustível das nossas vidas,

fornecendo-nos a matéria e a energia essenciais à nossa

sobrevivência.

Se não nos alimentamos, não temos força ou disposição para

realizar as atividades mais banais, para além de

comprometermos seriamente o desempenho das mais básicas

funções vitais do nosso organismo.

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Roteiro Pedagógico | 6

A energia é essencial à vida, pois alimenta muitos e diferentes processos que ocorrem no

nosso corpo. E o corpo humano está sempre a consumir energia:

Durante a digestão, absorção e armazenamento dos alimentos que

ingerimos

Este processo, que se denomina Termogénese Induzida pela Alimentação, resulta

libertação de energia calórica pelos órgãos do sistema digestivo e é responsável pelo

consumo de cerca de 10% das nossas necessidades diárias de energia.

Em cada movimento, ação ou gesto: quanto mais ativos formos

mais energia gastamos!

O consumo total da atividade física é, normalmente, responsável por cerca de 20% a

30% do nosso gasto energético diário.

Mesmo quando o nosso corpo está em repouso!

A Taxa de Metabolismo Basal (TMB) representa o número de calorias que gastamos,

se ficamos, por exemplo, o dia todo na cama. Ou seja, esta é a energia necessária

para o funcionamento de órgãos como o coração, os pulmões e o cérebro e

representa entre 60% a 70% das nossas necessidades diárias.

O que são os VDR?

Os valores diários de referência (VDR) são indicadores desenvolvidos por nutricionistas que

nos indicam a quantidade total de energia e de nutrientes que um adulto deve comer ao

longo de um dia.

VDR

50% Glícidos

VDR

35% Lípidos

VDR

15% Proteínas

Estes valores variam ao longo da vida:

Os bebés, as crianças e adolescentes

necessitam de mais energia em relação ao

seu tamanho para crescerem e serem ativos!

Depois dos 18 anos de idade, estes

requisitos de energia diminuem e

permanecem sensivelmente os mesmos até

aos 50 anos (ainda que dependam do nível

de atividade de cada um).

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Roteiro Pedagógico | 7

Tudo em pratos limpos!

A refeição mais importante do dia

Não é à toa que o pequeno-almoço é considerado a refeição mais importante do dia. Para

começar, proporciona uma enorme sensação de alívio ao organismo devido ao período

noturno prolongado.

Depois, estudos recentes mostram que as crianças que não comem esta refeição ingerem até

menos 40% de vitamina C e cálcio e menos de 10% de ferro!

A nacionalidade do croissant!

Afinal o croissant não é francês, mas austríaco?! Durante o cerco de Viena pelo turcos, em

1683, os padeiros, que trabalhavam durante a noite, ouviram os invasores a cavar túneis

para poderem chegar ao depósito central de armas e pólvora, e avisaram as tropas

austríacas. Aos padeiros, que já tinham uma excelente reputação, foi dado o privilégio de

poderem fabricar pequenos pães em forma de Lua Crescente, que era um dos símbolos da

bandeira turca.

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Saber comer, saber escolher

Cereais & derivados, tubérculos

Pão (de trigo, milho, ou centeio), arroz,

massa ou batata.

Para doses de energia!

4-11 Porções

Leguminosas Feijão, ervilhas, grão, lentilhas ou favas.

Refeições cheias de força.

1-2 Porções

Gorduras e Óleos

Azeite, manteiga ou óleos de girassol...

Para uma cozinha sempre em movimento!

1-3 Porções

Hortícolas

Couve, cenoura, brócolos, tomate, alface,

alho...

Diferentes sabores misturados com imaginação.

3-5 Porções

Laticínios

Leite e produtos lácteos como o queijo ou

o iogurte

Para pequenos-almoços energéticos

2-3 Porções

Carnes, pescado e ovos Carne, peixe, marisco e ovos.

E “voilá”, refeições criativas!

1,5 – 4,5 Porções

Fruta

Morangos, maça, laranja, kiwis, figos ou

ameixas...

Um pomar de sabores!

3-5 Porções

Hábitos alimentares adequados proporcionam ao organismo

humano condições para uma vida saudável, acrescentando

anos com saúde e disposição para os indivíduos que se

propõem a ter uma dieta equilibrada e pautada na moderação.

Mas não basta ter acesso aos alimentos: é preciso saber

comer, saber selecionar a quantidade e qualidade dos

alimentos, consoante as nossas necessidades diárias, ao

longo das diferentes fases da nossa vida. E não existem

alimentos proibidos ou milagrosos.

O segredo está no bom senso.

Page 9: Roteiro pedagógico

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Glícidos

e

fibras

ENERGIA é a palavra de ordem! Fornecem uma parte determinante da energia que

utilizamos diariamente.

Proteínas

Atividade e crescimento São essenciais para a organização e atividade das

células do corpo humano e decisivas para a renovação e

crescimento dos tecidos.

Vitaminas

e

sais minerais

Vitais para o organismo! Desempenham um papel regulador de importantes

reações químicas.

Mas atenção!

Estes nutrientes não se substituem uns aos outros, pelo

que o excesso de uns não compensa a deficiência de

outros.

Lípidos

Comer ou não comer? Eis a questão... São muito importantes no fornecimento de energia,

sendo alguns ácidos gordos essenciais nalgumas

estruturas celulares.

Mas há que comer com moderação, por causa do seu

elevado conteúdo calórico!

Apesar de representar cerca de 65% do peso do nosso

corpo, não possui um grupo próprio. Porquê?

Porque está presente em todos os alimentos!

A água permite a absorção dos alimentos, a eliminação de

resíduos e a regulação da temperatura e da pressão

sanguínea.

E a

Água?!

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Tudo em pratos limpos!

Porque é que o alho causa mau hálito?

O mau hálito que sentimos quando comemos alho é provocado pelos compostos sulfúricos

que estão presentes neste alimento.

Mas não só! O alho estimula o crescimento de alguns dos micróbios na boca, devido ao facto

de alguns destes compostos sulfúricos se metabolizarem e circularem, posteriormente, na

corrente sanguínea.

Já no sangue, o nosso corpo liberta-os através de diferentes excreções, como por exemplo,

pelos poros, e é transmitido para o ar que enche os nossos pulmões. Aqui, é contaminado

com estes compostos sulfúricos e faz com o nosso hálito continue a ser malcheiroso,

mesmo depois de termos lavado os dentes!

Pumpernickel?!

Há um pão de centeio alemão chamado pumpernickel, que deve o seu nome ao cavalo de

Napoleão! Conta a lenda que, aquando da invasão da Alemanha, Napoleão comeu um pão

típico feito de farinha de centeio grosseiramente moída. Como detestou o sabor do pão,

deu-o ao seu cavalo Nickel. As palavras francesas “bon pour Nickel” (bom para o Nickel), mas

pronunciadas pelos alemães, deram origem ao nome pumpernickel.

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Comer em segurança

Uma questão de prazo

A menção do prazo de validade na embalagem é obrigatória. Apenas os produtos hortícolas

frescos sem processamento estão dispensados desta obrigação, tendo, no entanto, de exibir

a data em que foram embalados.

Obviamente, o principal objetivo é garantir a segurança do consumo, mas o prazo também

garante as características comerciais como o sabor, cor ou textura, que o fabricante

assegura que se manterão estáveis durante o período indicado. Depois da data indicada no

rótulo expirar, o alimento não está forçosamente estragado, mas pode não corresponder aos

parâmetros de qualidade do momento da compra.

Alimento À temperatura ambiente No frigorífico No congelador

Maçãs 2 a 4 semanas 1 a 2 meses 8 a 12 meses

Bananas 2 a 7 dias 5 a 9 dias 2 a 3 meses

Uvas 3 a 5 dias 7 a 10 dias 3 a 5 meses

Morangos 1 a 2 dias 5 a 7 dias 6 a 8 meses

Cenouras até 4 dias 4 a 5 semanas 8 a 12 meses

Alface 1 dia, não recomendado 1 semana não congelar

Batatas 1 mês 3 a 4 meses não congelar

Os estilos de vida atuais são muito diferentes daqueles que

existiam no passado.

O ritmo acelerado da vida moderna, a invenção da refrigeração

e dos avanços nas tecnologias alimentares e nas técnicas de

processamento e embalamento que ajudam a garantir a

segurança e a integridade dos alimentos têm levado a

importantes mudanças nos nossos hábitos alimentares.

Mas devemos ter sempre em atenção alguns cuidados

elementares quando lidamos com a conservação de diferentes

produtos alimentares.

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Alimento À temperatura ambiente No frigorífico No congelador

Tomates 5 a 7 dias 2 semanas 8 a 12 meses

Manteiga 10 dias 1 a 3 meses 6 a 9 meses

Ovos algumas horas 3 a 4 semanas não congelar

Leite algumas horas 5 a 7 dias 1 mês

Iogurte algumas horas 2 a 3 semanas 1 a 2 meses

Peixe 2 horas 1 a 2 dias 6 a 9 meses

Frango 2 horas 1 a 2 dias 1 ano

Hambúrgueres 2 horas 1 a 2 dias 6 a 8 meses

Bifes 2 horas 1 a 2 dias 6 a 8 meses

Pão 5 a 7 dias 1 a 2 semanas 2 a 3 meses

Maionese 2 a 3 meses 1 ano e 2 meses,

depois de aberta não congelar

Mel para sempre não recomendado para sempre

Claro que consumir alimentos fora do prazo de validade deve ser a exceção e não a regra,

mas nem sempre o lixo tem de ser o destino final de um produto que pode estar em

perfeitas condições, apesar de expirado. Em todo o caso, para consumi-lo em segurança, há

factos que convém saber:

1

2

Por regra, quanto mais reduzido é um prazo e mais específica a sua data de

validade, menos margem haverá para o consumir depois.

Em geral, quanto mais água e gordura tiver na sua composição, mais rapidamente

um alimento se irá deteriorar e menos flexibilidade haverá no consumo para além

do prazo.

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Contudo, a contaminação dos alimentos continua a existir: durante a colheita ou o no

próprio animal, no meio ambiente, no ambiente da fábrica (através do solo ou de animais,

como insetos, pássaros e roedores) ou por negligência humana.

Vamos saber o quê, como e… Yuck!

O quê? Como? YUCK!

Ovo Salmonella

Pode conter bactérias como a Salmonella, tanto na casca

como no interior.

Uma forma de prevenir este tipo de infeção é cozinhando-

o completamente.

A Organização Mundial de Saúde alerta que o ovo cru

deve ser visto como um ingrediente potencialmente

perigoso e que não deve ser utilizado com alimentos que

não recebam tratamento adicional de calor.

Laticínios Listeria

monocytogenes

O leite pode conter vários agentes patogénicos, tanto a

partir do animal como do ambiente. A pasteurização

destrói todos os agentes patogénicos e a esterilização

garante que o produto fica isento de todos os micróbios.

Mas enquanto os organismos patogénicos podem ser

aniquilados através de métodos utilizados para a

produção de produtos lácteos – como a acidificação e a

fermentação – outros podem, por vezes sobreviver.

Tal é o caso da Listeria monocytogenes.

Marisco

Bactérias como

Shigella e Vibrio

Cholerae, diversos

parasitas e vírus.

O marisco extrai o alimento ao filtrar grandes volumes de

água. Como tal, pode concentrar organismos patogénicos

no seu corpo.

Não cozinhado, pode causar uma variedade de infeções.

Ervas &

Especiarias

Bactérias, como

Bacillus cereus,

Clostridium

perfringens e

Salmonella.

Contém frequentemente um grande número de bactérias,

como Bacillus cereus, Clostridium perfringens e

Salmonella.

Mesmo dentro do prazo, um alimento pode deteriorar-se rapidamente se for

sujeito a uma manipulação ou conservação deficientes.

4 Qualquer embalagem que esteja empolada deve ser rejeitada, já que “inchaço” é

um provável indício da existência de dióxido de carbono no interior, uma reação

que se dá com a proliferação de microrganismos.

3

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Tudo em pratos limpos!

Brrrrrr...

A temperatura é vital quando se falamos de (in) segurança alimentar.

Por isso, deves manter a temperatura do teu frigorífico a cerca de 4º C ou mais frio em todos

os momentos.

E não te esqueças: durante uma falha de energia, o frigorífico vai manter os alimentos

frescos cerca de 4 horas, com a porta fechada.

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Quando o excesso é a regra

Comida demasiado “rápida”

Em português, “comida rápida” refere-se a refeições confecionadas de forma rápida e que

podem ser ingeridas em poucos minutos. Nas sociedades modernas, em que o tempo gasto

nas refeições é muito limitado, este tipo de comida consegui um sucesso considerável.

No entanto, as verdadeiras vantagens não estão do lado do consumidor, mas sim do

fabricante, que consegue assim servir alimentos produzidos em massa e da forma mais

barata possível.

Esta produção significa que o valor nutricional dos produtos é sacrificado em favor da

eficácia económica. E para devolver o sabor perdido aos alimentos ao longo do seu

processamento industrializado, são-lhes depois adicionadas grandes doses de óleos e

gorduras, açúcar e sal.

Açúcar

Fonte de energia, este hidrato de carbono contém substâncias que estimulam o cérebro a produzir

serotonina, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer.

Rico em calorias e pobre em nutrientes, podemos encontra-lo nos mais diversos alimentos, das

frutas ao leite – mas, hoje em dia, as fontes mais abundantes são os produtos industrializados,

como as bolachas, chocolates, rebuçados e refrigerantes.

Boa parte da “comida rápida” é muito rica em açúcar, o que acarreta graves riscos para a saúde.

Uma cola contém 56 gr de açúcar e um batido de chocolate chega a conter 111 gr de açúcar. Até a

carne do hambúrguer e do “nugget” de frango contém quantidades assinaláveis de açúcar!

Os açúcares refinados que encontramos na “comida rápida” têm pouco valor nutritivo.

No entanto, nas frutas e outras fontes naturais, encontramos outros açúcares que, combinados com

vitaminas, minerais e fibras, são digeridos mais lentamente, de forma saudável.

Fazer escolhas inteligentes ajuda-nos a reduzir o risco de

múltiplas doenças, como a obesidade, as doenças

cardiovasculares, a hipertensão, a diabetes, certos tipos de

cancro e a osteoporose.

Boa parte dos alimentos confecionados com a designação “fast

food” - ou seja, “comida rápida” – representam o oposto quase

perfeito de uma alimentação saudável. Ricas em gorduras

saturadas, açúcar e sódio, estas refeições, quando consumidas

em excesso, podem provocar inúmeros problemas de saúde.

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Roteiro Pedagógico | 16

Sal

Durante séculos o sal foi usado para conservar alimentos perecíveis. Hoje, para além de ser usado

como condimento, é ainda parte integral de inúmeros alimentos processados industrialmente.

O consumo de sal é importante, já que este é fonte natural de sódio, mineral indispensável para o

organismo. Mas sem exageros – demasiado sal pode acabar por ser responsável por alterações da

pressão sanguínea como a hipertensão.

O uso excessivo do sal na “comida rápida” torna-a saborosa e viciante. Enquanto a quantidade diária

recomendada de sódio é de 2.300 miligramas, nos países desenvolvidos este valor é, em média,

mais de 3.300 miligramas por dia.

Uma dieta que contém muito sódio pode conduzir à pressão alta e a doenças cardíacas. O sódio, nutriente fundamental, é muito fácil de obter naturalmente na maioria dos alimentos.

Não se deve, portanto, exagerar no uso do sal como tempero, mantendo uma dieta equilibrada,

composta por legumes, frutas e alimentos não transformados integrais.

Óleos

São compostos por lípidos e gorduras e podem ser encontrados de origem animal, como os peixes e

de origem vegetal, como milho, soja, azeitonas, entre outros.

Estas gorduras dividem-se, por sua vez, em dois grupos, a que grosseiramente podemos chamar de

benignas – as gorduras insaturadas – e perigosas – as gorduras saturadas.

A “comida rápida” é frita em óleos de cozinha de baixa qualidade – um processo que a torna

apelativa ao paladar e aos centros de prazer do cérebro, mas também rica em gorduras saturadas.

Estas são um dos ingredientes mais perigosos e prejudiciais à saúde, aumentando o colesterol no

sangue e estando na origem da inflamação e calcificação das células arteriais e do aumento

significativo do risco de ataque cardíaco e dos acidentes vasculares. As gorduras de alimentos integrais, tais como o abacate, as nozes, e os óleos não processados –

como o tradicional azeite ou o leite de coco – podem reduzir o risco de doença cardíaca, ajudando a

eliminar as formas mais prejudiciais de colesterol no sangue, apoiando a gestão do peso e

conduzindo a um envelhecimento saudável.

Tudo em pratos limpos!

Comida divertida!

Uma das maneiras mais divertidas de comer pão é na forma de sanduíche. Conta-se que a

sanduíche foi inventada por um inglês, John Montague, 4.º conde de Sandwich (1718-1792).

Como não queria interromper o seu jogo de cartas, pediu ao seu cozinheiro para lhe trazer

um pedaço de carne fria no meio de duas fatias de pão. E assim nasceu a sanduíche!

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Super!

“Superalimento” tornou-se uma palavra popular no vocabulário da alimentação e saúde. No

entanto, não existe uma definição técnica desta palavra e as provas científicas sobre os

efeitos na saúde (frequentemente, muito positivos!) destes alimentos não se aplica

necessariamente às dietas reais. Por isso, uma alimentação que inclua uma grande variedade

de alimentos nutritivos, nomeadamente, fruta e hortícolas, continua a ser a melhor forma de

assegurar uma alimentação adequada e equilibrada.

Page 18: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 18

Alimentar o planeta

O solo cultivado produz hoje alimentos suficientes para alimentar toda a população

mundial, mas, contabilizando as perdas que ocorrem durante a produção, o transporte, a

transformação, a comercialização, e mesmo em nossas casas e restaurantes, desperdiçamos

mais de um quarto dos alimentos que produzimos.

Será um dia possível alimentar o planeta?

7 Mil milhões de seres humanos

Os cereais são a base da alimentação para milhões de seres humanos, podendo ser

considerados, nas suas diferentes formas e em diferentes culturas, como alimento básico

imprescindível que proporciona um conteúdo mínimo de calorias ao longo de um dia.

De tal forma que a produção de milho, trigo e arroz é tida como um indicador fiável da

produtividade e independência alimentar de uma determinada região do globo.

Vivem hoje no planeta quase 7,1 mil

milhões de pessoas e uma em cada oito

passa fome. De entre estas, as crianças

são as principais vítimas, sobretudo em

algumas zonas da Ásia, África e América

do Sul.

América

do

Norte

América

do

Sul

Europa

332 Milhões de pessoas

442 Milhões de toneladas de cereais por ano

558 Milhões de pessoas

160 Milhões de toneladas de cereais por ano

731 Milhões de pessoas

470 Milhões de toneladas de cereais por ano

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Roteiro Pedagógico | 19

A TERRÍVEL GEOGRAFIA DA FOME 13% da população mundial sofre de subnutrição O nosso planeta produz alimento em quantidade mais do que suficiente para alimentar toda

a população mundial.

No entanto, a fome continua a ser um sério problema global – existem hoje cerca de 907

milhões de pessoas que não conseguem aceder a uma alimentação que lhes permita viver

vidas saudáveis e produtivas.

Norte de

África

África

Subsaria-

na

Ásia

Central

Subconti-

nente

indiano

Oceania

Extremo

Oriente &

Sudoeste

Asiático

190 Milhões de pessoas

36 Milhões de toneladas de cereais por ano

769 Milhões de pessoas

92 Milhões de toneladas de cereais por ano

212 Milhões de pessoas

73 Milhões de toneladas de cereais por ano

1646 Milhões de pessoas

313 Milhões de toneladas de cereais por ano

36 Milhões de pessoas

33 Milhões de toneladas de cereais por ano

2080 Milhões de pessoas

624 Milhões de toneladas de cereais por ano

Page 20: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 20

A grande maioria destas pessoas que sofre de malnutrição vive em países onde a guerra, os

desastres naturais, a baixa produtividade das terras e a falta de infraestruturas limita, de

uma forma catastrófica, o seu acesso aos alimentos.

Em movimento

Há milénios que os alimentos cruzam os mares e continentes: desde a histórica Rota da Seda

até aos mais modernos aviões que transportam incessantemente alimentos à volta do

mundo!

Mas a escala das trocas comerciais dos nossos dias não tem precedentes.

A industrialização da agricultura e da pecuária em todo o mundo e a globalização do

comércio mundial das últimas décadas, colocam milhões de toneladas de alimentos em

movimento. Em gigantes navios ou através de labirínticas redes ferroviárias e rodoviárias, os

alimentos são transportados a todos os cantos do planeta.

Os países da União Europeia são os maiores importadores de alimentos do mundo e os

segundos maiores exportadores, logo a seguir aos EUA.

América

do

Sul

Médio

Oriente

África

subsaria-

na

Ásia &

Pacífico

53 Milhões de pessoas subnutridas

37 Milhões de pessoas subnutridas

239 Milhões de pessoas subnutridas

578 Milhões de pessoas subnutridas

Page 21: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 21

Maiores Exportadores

do Planeta

Milhares de

milhões de

euros por ano

Maiores Importadores

do Planeta

Milhares de

milhões de

euros por ano

EUA

117

UE

102

UE

114

EUA

85

Brasil

65

China

82

China

35

Japão

52

Argentina

32

Rússia

28

Técnicas agrícolas de armazenamento e transporte desadequadas, a que se soma a lógica da

sociedade de consumo, levam a que entre 30 e 50 por cento dos alimentos produzidos

anualmente, representando entre 1,2 a 2 mil milhões de toneladas por ano, acabem no lixo.

Em países como os da União Europeia, onde os alimentos são mais abundantes, imensas

quantidades de comida são, simplesmente, desperdiçadas, assim como todo o trabalho, os

recursos e as emissões de gases envolvidos desde o seu cultivo até à sua comercialização.

Portugal desperdiça um milhão de toneladas de alimentos por ano, um valor correspondente

a cerca de 17% do total produzido pelo país.

Tudo em pratos limpos!

Comida pré-histórica

Alguma vez te perguntaste o que é que os povos comiam na Pré-história? Tal como hoje em

dia, dependia do tipo de plantas e animais que estivessem disponíveis. De acordo com

evidências arqueológicas, estas populações comiam cebolas e abóboras selvagens,

rabanetes, couves e cogumelos.

Também se alimentavam de insetos e deviam ser um petisco tão bom que algumas espécies

foram mesmo extintas!

Page 22: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 22

Jejum

As pessoas podem viver sem comida durante algumas semanas, mas só conseguem viver

sem água alguns dias. Jejuar é não comer nada ou então não comer determinados alimentos

por um período de tempo.

Geralmente, as pessoas jejuam por motivos religiosos, outras por razões políticas ou até de

saúde!

Os muçulmanos jejuam do amanhecer ao pôr-do-sol durante o mês sagrado do

Ramadão, para que seus pecados sejam perdoados. Antes do amanhecer, comem

uma refeição chamada suhur. Depois do sol de pôr, comem outra refeição chamada

iflar.

Os judeus jejuam no santo dia de Yom Kippur para expiar seus erros. De sol a sol,

não comem nem bebem - nem mesmo água.

Os cristãos jejuam durante os 40 dias da Quaresma - em que se celebram os 40 dias

de jejum de Jesus no deserto. Durante algum tempo, os únicos alimentos permitidos

durante a Quaresma eram o pão e a água. Mais tarde, a carne foi o único alimento

proibido. Hoje, as pessoas jejuam de diferentes formas, mas a mais comum é não

comerem os seus alimentos favoritos.

Mahatma Gandhi jejuou dezassete vezes durante o tempo em que foi líder do povo

indiano. Jejuou para estar mais próximo das pessoas que passavam fome e para

protestar contra a violência.

Cesar Chavez, um líder da classe de trabalhadores agrícolas americanos, jejuou para

parar com a violência na luta pela igualdade de direitos e de remuneração justa dos

trabalhadores. A sua greve de fome durou 26 dias.

O escritor norte-americano Mark Twain acreditava que o jejum curava algumas

doenças. Diz-se que ele curava as suas constipações e febres não comendo durante

um ou dois dias!

Page 23: Roteiro pedagógico

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Um mundo de sabores

O ato de comer e saborear um bom prato relaciona-se com o paladar, mas também com a

nossa identidade, história e sociedade, com tudo aquilo que nos rodeia!

EUA

Para barrar

A manteiga de amendoim é uma pasta feita a partir de

amendoins torrados, muito consumida na América do

Norte, na Holanda, no Reino Unido, na Austrália e alguns

países asiáticos, como as Filipinas ou a Indonésia.

Esta manteiga foi inventada pelo médico John Harvey

Kellogg, em 1895, como sendo um alimento saudável.

Nos Estados Unidos da América, esta manteiga é tão

popular, que a 24 de Janeiro se celebra o Dia Nacional da

Manteiga de Amendoim!

Brasil

Feijoada

É uma das comidas mais populares do Brasil. É um

guisado de feijão preto, carne de porco e

especiarias. Por vezes, os pés e orelhas do porco

são incluídos neste cozinhado.

A comida é uma forma de expressão da

nossa cultura, não só na maneira como é

confecionada, mas também no modo como

é consumida. Utilizamos o que a natureza

nos dá, mas também “criamos” alimentos:

preparamo-los segundo diferentes formas

e técnicas que aprendemos ao ver cozinhar

os nossos pais e avós ou seguindo as

receitas dos nossos pratos favoritos.

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Roteiro Pedagógico | 24

México

Enchilada

Neste magnífico prato mexicano, uma tortilha de

milho é recheada com queijo ralado, cebola,

pimentões e, às vezes, carne. Pode ser grelhado ou

frito e é depois coberto com salsa e queijo.

Nigéria

Suya

Este prato picante da Nigéria é feito de carne de

frango em cubos ou carne marinada em amendoim

moído, pimenta, alho, gengibre e outras especiarias.

Depois, é grelhado em espetos.

República da África do Sul

Bobotie

Esta refeição sul-africana é muito popular. É feita à

base de cordeiro ou carne picada, pão, arroz ou

batatas, cebola e especiarias. Os ingredientes são

misturados com o ovo e leite e é depois cozido.

França

Bouillabaisse

É uma espécie de caldeirada francesa de peixe, que

combina vários tipos de peixe e marisco.

Alemanha

Pão divino!

Pretzel é um tipo de pão tradicional alemão, em

forma de nó, que, simbolicamente, significava os

braços cruzados sobre o peito, em oração. Diz-se

que os pretzels eram dados às crianças que sabiam

as suas orações.

Page 25: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 25

Grécia

Moussaka

Este é um dos mais conhecidos pratos gregos. Esta

caçarola é feita à base de carne de cordeiro,

beringela, tomate e especiarias.

China

Dim Sum

Esta refeição é, normalmente, consumida como

pequeno-almoço ou almoço num restaurante. Os

empregados de mesa levam bandejas com noodles

(massa de macarrão), dumplings (um tipo de

pequeno bolo chinês), legumes e carne. Os clientes

são servidos em pequenos copos de bambu, em

porções que se possam comer de uma só dentada!

Japão

Sushi

Esta é das mais populares comidas japonesas!

Geralmente, inclui arroz cozido, coberto com peixe

cru ou cozido e enrolado em pequenos pedaços de

peixe e legumes. Depois, é envolto em finas folhas

de algas. Costuma ser acompanhado com lascas de

gengibre e wasabi, uma planta picante da família da

mostarda.

Egito

Um grande pequeno-almoço

No Egito, o pequeno-almoço é, muitas vezes,

comprado e consumido numa barraca de rua.

Normalmente, é composto por pão enrolado em

variados legumes fritos, como a beringela, feijão,

tomate e pimentos.

Índia

Samosas

Mais conhecida como chamuças, estes pastéis são

feitas à base de carne, batatas, vegetais e

especiarias, recheados com massa folhada e fritos

em óleo.

Page 26: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 26

Tailândia

Pad Thai

Esta comida tailandesa é feita à base de noodles de

arroz frito com amendoim, óleo, legumes e,

normalmente, com tofu, frango ou peixe.

Austrália

Comida aborígene

Os aborígenes da Austrália alimentam-se,

essencialmente, de carne de caça como o canguru, o

peru e goanna, uma espécie de lagarto australiano.

Um mar de comida

O Mediterrâneo é muito mais que um mar que liga três continentes.

É um berço de civilizações que influenciaram a história da humanidade nos últimos milénios.

E o desenvolvimento de muitas destas civilizações esteve associado à alimentação,

determinando até, muitas vezes, o seu futuro. No nosso país, muitos são os traços

mediterrâneos que influenciam o clima, a geografia, a economia, a cultura e o nosso

quotidiano.

Com os Descobrimentos, o nosso património alimentar enriqueceu imenso, com produtos

vindos de além-mar - o tomate, o pimento, a batata, o pepino, a melancia e o feijão - que

passaram a estruturar a nossa alimentação de norte a sul do país.

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10 Princípios da Dieta Mediterrânica em Portugal

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Uma cozinha simples, com base em preparados que protegem os nutrientes,

como as sopas, os cozidos, os ensopados e as caldeiradas.

Vegetais é a palavra de ordem! Consomem-se muitos produtos hortícolas e

leguminosas, fruta e bom pão.

Muitos dos alimentos vegetais são frescos, pois são produzidos localmente.

O azeite é a principal fonte de gordura.

Consomem-se lacticínios, mas moderadamente!

Utilizam-se muito as ervas aromáticas para temperar (não é só o sal!).

Come-se muito peixe e poucas carnes vermelhas.

O vinho acompanha as refeições principais…

Mas a água é a principal bebida ao longo do dia.

E muito convívio à volta da mesa!

Page 28: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 28

Tudo em pratos limpos!

Pão

O pão é um alimento comum a (quase) todos os povos no mundo e reflete o clima, a cultura

e a religião de cada um deles. É tão importante que em algumas língua “pão” significa

“alimento” e, até há bem pouco tempo, era a base da alimentação para muitas pessoas.

Há milhares de variedades de pão: alguns, como o pão toscano da Itália, não levam sal mas

servem para acompanhar alimentos salgados como presunto e azeitonas, outros, como as

dosas indianas, são feitos com lentilhas vermelhas, arroz e coentros e também há pães

doces, como o babka, um pão de chocolate russo muito chocolate.

Matzo

O matzo é um pão ázimo comido pelos judeus durante a Páscoa, que é a festa mais

importante do calendário judaico e celebra a libertação dos escravos judeus do Egito. O

matzo recorda que, durante a fuga do Egito, não houve tempo para deixar o pão crescer. Por

essa razão, proibiu-se o consumo de pão levedado durante os oito dias da Páscoa.

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Roteiro Pedagógico | 29

Saúde é equilíbrio

Vitaminas Benefícios Deficiência Origem

Vitamina A

(VDR 0,8 mg)

A visão, o crescimento e o

apetite

Cegueira noturna

Cenouras, vegetais verdes,

gemas, leite e derivados,

fígado

Vitamina B1

(VDR 1,5 mg)

Sistema nervoso, digestão,

coração

Falta de apetite, perda de

equilíbrio, exaustão

Cereais integrais, gemas,

fígado, carnes vermelhas

Vitamina B2

(VDR 1,7 mg)

A visão, o crescimento, pele

e cabelo, digestão

Irritação dos olhos, do

nariz, boca e garganta

Fígado, vegetais, legumes,

leite e derivados, peixe

Vitamina B6

(VDR 2 mg)

Absorção de proteínas e

hidratos de carbono,

prevenção de doenças da

pele

Inflamação cutânea

Gérmen de trigo, peixe,

banana, manga, bacalhau,

carne de vaca, fígado, peru

Vitamina B12

(VDR 1 mcg)

Sistema nervoso, produção

sanguínea

Fadiga, anemia, perda de

memória

Peixe, carne, vegetais

verdes, gemas, leite e

derivados, fígado

Vitamina C

(VDR 60 mg)

Sistema imunitário,

coagulação, redução do

colesterol, metabolismo

celular

Fadiga, sangramento das

gengivas

Frutas, legumes e verduras

Vitamina D

(VDR 10 mcg)

Ossos e dentes

Degradação óssea e da

dentição

Leite e derivados, peixe,

exposição à luz solar

Vitamina E

(VDR 10 mg)

Destruição e eliminação de

toxinas

Fraqueza muscular,

infertilidade

Nozes, sementes de

girassol, óleos vegetais,

vegetais de folha verde

Uma dieta saudável não fornece apenas a energia que nos

move e matéria que constitui o nosso corpo. Ela também

nos dá acesso ao enorme número de vitaminas e sais

minerais essenciais ao funcionamento normal do nosso

organismo, regulando o seu equilíbrio químico e

metabólico.

Sabias que precisas de mais de 40 nutrientes por dia?

Descobre o gigantesco papel que estas pequenas

vitaminas têm no equilíbrio do nosso corpo.

Page 30: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 30

Sais minerais Benefícios Deficiência Origem

Ácido fólico

(VDR 400 mcg)

Produção de glóbulos

vermelhos

Fadiga, anemia

Cenouras, vegetais verdes,

gemas, fígado, cereais,

feijão, laranjas

Cálcio

(VDR 800 mg)

Ossos, dentição, nervos,

músculos

Degradação óssea e da

dentição

Leite e derivados,

sardinhas, amêndoas,

brócolos, couve, figo

Ferro

(VDR 14 mg)

Sistema imunitário,

produção de glóbulos

vermelhos e brancos

Irritabilidade, falta de

concentração, fadiga

Feijão, peixe, fígado,

gemas, ervilhas, lentilhas,

espinafres e beterraba

Magnésio

(VDR 300 mg)

Regeneração celular, força

muscular, energia

Espasmos musculares,

diabetes, hipertensão

Frutas, verduras, grãos e

derivados, nozes e

sementes, leite, peixe

Zinco

(VDR 15 mg)

Sistema imunitário,

metabolização de proteínas,

gorduras e hidratos de

carbono

Lesões nos olhos, pele e

garganta, perda de cabelo,

diarreia

Carne, ostras, marisco,

cereais integrais

Cuidado com os suplementos!

Os suplementos de vitaminas e minerais tomados são de venda livre, mas, na verdade, na

maioria das vezes não precisamos deles porque uma alimentação equilibrada consegue

suprir as nossas necessidades diárias.

E, embora sejam vendidos sem prescrição, a orientação de um médico é sempre

aconselhável, já que doses exageradas destas substâncias podem causar danos sérios à

saúde.

Page 31: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 31

Desdobrável de apoio

Com os materiais de apoio disponibilizados, cada aluno receberá um desdobrável que,

para além de um cartão com acesso a comunicações gratuitas Yorn (no âmbito do

apoio da Vodafone), apresenta uma chave secreta!

Desafio para uma aula diferente!

O desafio proposto neste desdobrável pode ser realizado individualmente ou em grupo, na

sala de aula. O objetivo é descobrir a frase misteriosa. Para tal, os alunos terão de decifrar

esta chave secreta.

Os símbolos e os números correspondem a diferentes letras do alfabeto. Conjuntos de letras

formam, por sua vez, palavras. A frase formada por este conjunto de palavras faz parte de

um dos nove painéis da exposição Ciência do Sabor.

No canto inferior direito do desdobrável, existem algumas dicas que ajudam a solucionar

este enigma!

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Roteiro Pedagógico | 32

A chave secreta Criptograma

Cada vogal corresponde a um alimento; cada consoante corresponde a um número.

Vogais Alimentos

a ananás

e ervilhas

i iogurte

o ovo

u uvas

Consoantes Números Consoantes Números

B 1 P 12

C 2 Q 13

D 3 R 14

F 4 S 15

G 5 T 16

H 6 V 17

J 7 W 18

K 8 X 19

L 9 Y 20

M 10 Z 21

N 11

A solução encontra-se no painel Saúde é equilíbrio, com a frase:

Sabias que precisas de mais de 40 nutrientes por dia?

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Roteiro Pedagógico | 33

Atividades (ponto de partida)

Porque nos alimentamos?

Utilize esta pergunta como ponto de partida para discutir as mais diferentes funções

associadas à alimentação, a sua importância e o papel que desempenham no nosso dia-a-dia

e converse com os seus alunos sobre os seguintes tópicos:

O que são nutrientes?

O que são as vitaminas e os sais minerais? E para que servem?

Será que os alimentos se encontram distribuídos equitativamente pelo planeta?

Será que todos comemos o mesmo? Porquê?

Devemos ingerir ou não gorduras?

O que é a dieta mediterrânica?

Porque é que a água não tem um grupo na Roda dos Alimentos?

O que são os VDR?

O que é a (in)segurança alimentar?

Será que consumimos tudo aquilo que produzimos?

Será um dia possível alimentar o planeta?

Page 34: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 34

2.º Ciclo

1. Pães à volta do mundo: vamos fazer um poster!

A comida é uma forma de expressão da nossa cultura, não só na maneira como é

confecionada, mas também no modo como é consumida. E, atualmente, temos à

distância das nossas mãos uma variedade sem precedentes de alimentos à nossa

disposição! O pão é um deles.

Desafie os seus alunos a criarem um poster sobre a diversidade de pães à volta do mundo.

Primeiro, os alunos deverão organizar-se em grupo de trabalho de quatro elementos e, de

seguida, dividir as tarefas. Poderão escolher fazer uma pesquisa sobre o pão em Portugal, na

Europa, no Médio Oriente, na América do Norte, na América do Sul, na África ou no Oriente.

Para tal, poderão, utilizar a Internet ou investigar na biblioteca municipal ou da tua escola.

É importante recolher dados sobre: os ingredientes utilizados, o cereal principal, as técnicas

de fabrico, os instrumentos e equipamentos utilizados, as receitas de pão, os contextos

especiais em que o pão é comido, as características culturais dos povos que fazem esses

pães ou mesmo o simbolismo de alguns pães.

2. Comidas com... fruta!

A constante preocupação (e relação) entre comida e saúde faz-nos, por vezes, esquecer

outra importante função: o prazer de comer!

O ato de nos sentarmos à mesa e partilharmos uma refeição com a família e amigos é o

principal ingrediente desta deliciosa receita.

Proponha aos seus alunos a criação de um livro de receitas, cujo elemento comum é a fruta

como ingrediente. A ideia será refletir sobre a diversidade cultural da comunidade escolar.

!

Aproveitando a pesquisa realizada e os posters criados, proponha aos seus

alunos que organizem uma exposição para partilhar os trabalhos com a

restante comunidade escolar. A inauguração deste evento poderá ser

acompanhada de um beberete, em que cada aluno, professor e funcionário

convidado contribuiu com um prato especial!

Page 35: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 35

Solicite aos seus alunos que se organizem em grupos de dois e que recolham junto das suas

famílias (ou que criem eles próprios) uma receita com... fruta!

As receitas deverão ser entregues por escrito, tendo as mesmas que ser explícitas em

termos dos ingredientes utilizados e dos modos de preparação. É também conveniente que

seja recolhida informação relativa às situações em que essa receita costuma ser

confecionada e consumida.

O livro poderá ser organizado de acordo com a seguinte estrutura: Entradas/sopas, Pratos

de peixe, Pratos de carne, Sobremesas e Pães com Coisas (sandes, tostas, etc.). A ilustração

desta obra pode ser feita através de fotografias ou desenhos de cada receita.

! Este projeto pode envolver não apenas os alunos, mas também professores e

funcionários!

Page 36: Roteiro pedagógico

Roteiro Pedagógico | 36

3.º Ciclo

1. Um alimento perfeito!

Os nossos hábitos alimentares alteraram-se radicalmente ao longo dos séculos. Já não

nos alimentamos apenas para fornecer energia ao nosso corpo. A alimentação é, numa

só palavra, um fenómeno sensorial, cultural e social. E uma questão de saúde: Os

alimentos que ingerimos podem contribuir para um estilo de vida saudável e contribuir

para o nosso bem-estar.

Desafie os seus alunos a encontrarem aquele que é, na sua opinião, o alimento perfeito! Para

tal, deverão organizar-se em grupos de quatro elementos. Depois, cada grupo deverá

realizar uma pesquisa na Biblioteca da escola, em casa e na Internet, discutir e eleger qual o

alimento que reúne as melhores qualidades e, quem sabe, talvez o melhor paladar!

O objetivo é a organização de um cartaz, uma apresentação ou um pequeno filme, no qual

apresentam aos restantes colegas da turma o quê? como? e porquê? da sua escolha. A

imaginação é o limite.

2. Recolha sobre o pão

O pão é um alimento muito importante em duas culturas alimentares tão diferentes

como a portuguesa e a russa. Como diz o provérbio russo "sem pão, não há refeição",

que significa que o pão é acompanhamento obrigatório das sopas e dos pratos

principais.

Proponha os seus alunos a partir à descoberta de pessoas que coziam o seu próprio pão ou

que ainda o façam ou, no caso de não conhecerem, sugira-lhes que visitem uma padaria

perto de casa ou da escola. Para preservar esta memória, os alunos, organizados em grupos

de quatro, poderão utilizar o guião de entrevista (é importante reunir informações sobre o

entrevistado para contextualizar a atividade que vai ser estudada) e a ficha para a receita de

pão. Podem usar-se tantas fichas quantas as receitas que os alunos consigam recolher!

Relembre os seus alunos que quando forem fazer as entrevistas levem um gravador ou um

caderno onde possam anotar as respostas dos entrevistados.

! No final, proponha aos seus alunos que organizem uma mostra na escola e

partilhem com a comunidade escolar as suas descobertas.

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Roteiro Pedagógico | 37

1 Guião de entrevista

1. Nome do(a )entrevistado(a)

2. Local de residência

3. Data de Nascimento

4. Estado Civil

5. Naturalidade – lugar onde nasceu

6. Nacionalidade

7. Nível educacional

8. Religião

9. Língua

10. Lugares onde o(a) entrevistado(a) já viveu ao longo da vida

11. Profissões que o(a) entrevistado(a) teve ao longo da vida

2 Ficha da receita do pão

1. Nome do(a) entrevistado(a)

2. Como e quando aprendeu a fazer a receita e quem ensinou

3. Os ingredientes (em que lugares eram adquiridos, em que época do ano

estavam disponíveis, que dificuldades/facilidades havia para a sua obtenção;

como podiam ser substituídos)

4. Instrumentos e equipamentos utilizados tradicionalmente na receita:

descrição da forma e materiais, onde eram obtidos (feiras, lojas, etc.), quem

os fazia

5. Combustível tradicionalmente utilizado para a elaboração da receita

6. Lugares onde tradicionalmente se fazia o pão (habitação, anexos, forno

comunitário)

7. Época do ano, dia da semana, altura do dia em que tradicionalmente se

fazia a receita

8. Produção e consumo atual (época do ano, dia da semana, altura do dia em

que se continua a fazer e a comer este pão)

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Roteiro Pedagógico | 38

Fontes de documentação

Para ler

História da Alimentação (Vol I e II) Massimo Montanari, Jean-Louis Flandrin

Lisboa, Terramar Editores

Alimentação Saudável Lisboa, Science4You

Culinária Saudável e Divertida para Crianças Nicola Graimes

Porto, Civilização Editora

Vamos Aprender a Cultivar! AA.VV

Porto, Civilização Editora

Ciclo do Pão Cristina Quental, Mariana Magalhães, Sandra Serra (ilus.)

Vila Nova de Gaia, Gailivro

Pequenos Cozinheiros Annabel Karmel

Porto, Civilização Editora

2008

Comer Bem AA.VV

Lisboa, Educação Nacional

2011

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Roteiro Pedagógico | 39

Para pesquisar

PT

Alimentação Saudável – o seu guia de nutrição http://www.alimentacaosaudavel.org/

Clube Júnior http://www.junior.te.pt

Direcção-geral da Saúde http://www.dgs.pt

O sítio dos miúdos http://www.sitiodosmiudos.pt/

Plataforma contra a obesidade http://www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt/

EN

Cool Food Planet www.coolfoodplanet.org

The European Food Information Council http://www.eufic.org/

Food a fact of life

http://www.foodafactoflife.org.uk

American Museum of Natural History – Exhibition “Our Global

Kitchen: Food, Nature, Culture http://www.amnh.org/exhibitions/past-exhibitions/our-global-kitchen-food-nature-

culture

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Roteiro Pedagógico | 40

Para visitar

Ecomuseu Municipal do Seixal Praça 1º de Maio, Nº1

2840-485 Seixal

Tel.: 210 976 112

Fax: 210 976 113 / 212 275 698

Email: [email protected] | [email protected]

Website: http://www2.cm-seixal.pt/

Moinho de Maré da Mourisca

Rua Moinho de Maré

2910-275 Setúbal

Tel.: 265 783 189

Email: [email protected]

Website: http://www.mun-setubal.pt/

Museu Nacional de História Natural e da Ciência Rua da Escola Politécnica 56/58

1250-102 Lisboa

Tel.: 213 921 800

Email: [email protected]

Website: http://www.mnhnc.ul.pt/

Museu do Pão Quinta da Fonte do Marrão

6270-909 Seia

Tel.: 238 310 760 / 61 / 62

Email: [email protected]

Website: http://www.museudopao.pt/

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