MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO PROJETO PNUD / SAF – BRA 11/009 PRODUTO DE CONSULTORIA PROJETO PNUD / SAF - BRA 11/009 VOUCHER Nº DATA DO PAGAMENTO: / / IDENTIFICAÇÃO CONSULTOR DENISE CIDADE CAVALCANTI ID ATLAS* CONTRATO Nº 2013/000262 PO* REC* LINHA 71305 RES* DESCRIÇÃO DO PRODUTO Número do Produto: 05/11 Vigência: 26/07/2013 a 27/07/2015 Título do Produto: Documento contendo resultados sistematizados de Seminário com coordenadores do Edital MDA/SAF/CNPq n°58/2010. Valor do Produto*: R$ 16.500,00 APROVAÇÃO DO RELATÓRIO Consultoria Atesto que o produto em anexo apresenta a qualidade requerida no respectivo Termo de Referência-TOR Autorização do Pagamento DENISE CIDADE CAVALCANTI (Nome e Assinatura) (Carimbo e Assinatura) (Carimbo e Assinatura) Consultor Diretor/Coordenador do Departamento Diretor do Projeto Data: Data: Data:
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ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS DE ...
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PRODUTO DE CONSULTORIAPROJETO PNUD / SAF - BRA 11/009
VOUCHER Nº DATA DO PAGAMENTO: / /
IDENTIFICAÇÃO
CONSULTOR DENISE CIDADE CAVALCANTI ID ATLAS*
CONTRATO Nº 2013/000262 PO* REC* LINHA 71305 RES*
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
Número do Produto: 05/11 Vigência: 26/07/2013 a 27/07/2015
Título do Produto:Documento contendo resultados sistematizados de Seminário com coordenadores do Edital MDA/SAF/CNPq n°58/2010.
Valor do Produto*: R$ 16.500,00
APROVAÇÃO DO RELATÓRIO
Consultoria
Atesto que o produto em anexo apresenta a qualidade requerida
no respectivo Termo de Referência-TOR
Autorização do Pagamento
DENISE CIDADE CAVALCANTI
(Nome e Assinatura) (Carimbo e Assinatura) (Carimbo e Assinatura)
ConsultorDiretor/Coordenador do
DepartamentoDiretor do Projeto
Data: Data: Data:
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Representando o CEGeT (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho),
coordenado pelo Prof. Antonio Thomaz Júnior, da UNESP, SP, Diógenes relatou
que o Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 contribuiu para consolidar o núcleo e o
interesse dos estudantes em estudar Agroecologia no curso de Geografia. No
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projeto, priorizou-se a região do Pontal do Paranapanema. Aproveitou sua breve
fala para agradecer às oportunidades dadas pelo edital.
18. Horasa Maria Lima da Silva Andrade – UFRPE/UAG-PE
Os avanços apontados por Horasa no caso do Núcleo da UFRPE em
Garanhuns foram principalmente o reconhecimento e divulgação da Agroecologia
na universidade melhorando a discussão sobre como podemos contribuir para
dentro e para fora da universidade. Em sua opinião, o edital e o núcleo
contribuíram para compreensão da dinâmica de integração entre Ensino-Pesquisa-
Extensão. Ela ressaltou que é preciso discutir o conceito de “rural” e a importância
da criação de um Fórum visando pensar na organização política do movimento. Ela
alertou ainda que, do ponto de vista politico, os cursos de Agroecologia estão
formando tecnólogos, mas não estão sendo criados cursos de graduação. Segundo
Horasa, a produção de trabalhos de conclusão de curso e publicações são
importantes para divulgação e fortalecimento da Agroecologia, inclusive aquelas
voltadas para as comunidades como as cartilhas. Ela também considera um efetivo
avanço proporcionado pelo edital a aproximação dos agricultores parceiros e a
possibilidade de ver os resultados dos projetos sendo retribuídos para as
comunidades. Finalmente, ela também propôs a criação de um Comitê da
Agroecologia no CNPq para avaliação de projetos na área.
19. Benedito Silva Neto – UFFS-RS
Segundo Benedito, o Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 foi um passo
importante para a Agroecologia, pois permitiu ver como precisamos constituir uma
estrutura institucional para consolidação desses Núcleos que foram criados. A
universidade dele já foi criada com um compromisso direto com a agricultura
familiar e a agroecologia, mas apresenta várias contradições. Em sua opinião, a
universidade pensa apenas em se abrir às demandas que geralmente são
pontuais, mas o edital permitiu elaborar uma estratégia de atuação para lidar com
as demandas e os jogos de poder institucional. Como próximos passos, ele reforça
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o coro de que é preciso pensar discutir outras formas de prestação de contas dos
projetos. Para a continuidade dos Núcleos e projetos, precisar-se-ão de mais
recursos. Mas lembrou também que o aumento do aporte de recursos deve ser
acompanhado da criação de um comitê avaliador próprio para a Agroecologia no
CNPq e outras agências de fomento federais. Por fim, concluiu reforçando a
importância de um ensino de Extensão Rural voltado para a Agroecologia nas
universidades uma vez que esta área está sendo negligenciada e apropriada pela
ideologia do agronegócio.
20. Luciano Candiotto – UNIOESTE-PR (via web)
Luciano relatou que aproveitou o Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 para
trabalhar com pesquisa diagnosticando a situação da agroecologia e produção
orgânica no oeste do Paraná. O projeto foi importante para conhecer e se
aproximar dos agricultores, técnicos e entidades e também se conhecer melhor.
Este processo deu embasamento para elaboração de novas propostas com ações
direcionadas à produção de hortaliças orgânicas e certificação participativa.
Também foi ressaltado que as redes locais, regionais e nacionais foram
fortalecidas pelo edital. Outras atividades mencionadas de seu núcleo foram: a
realização de eventos e a criação de um Observatório de Geografia Agrária do
Paraná. O Núcleo já está consolidado, mas Luciano lembrou que tem diversas
limitações, pois no campus de Francisco Beltrão é oferecido apenas o curso de
Geografia. Por este motivo, precisam de articulação com outras instituições. O
projeto também permitiu a publicação de livro destinado aos agricultores e outras
pessoas para divulgar a agroecologia na região. Como perspectivas futuras, ele
expressa seu desejo que as redes se fortaleçam cada vez mais e todos se
organizem para dar continuidade aos projetos. Finalmente, como limitações citou a
falta de carro e recursos para combustível. Além disso, também demonstrou
preocupação com as atividades de capacitação previstas no Edital
MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013. Afinal, como serão feitas mediante
as limitações nos itens financiáveis dos projetos.
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21. Carlos Armênio Khatounian – ESALQ-USP-SP
Em sua fala, Carlos Armênio iniciou alegando que não concorda com
algumas colocações feitas sobre a Extensão Rural. Ele acredita que não há
Extensão Rural no país e não indicaria nenhum estudante a se formar
especificamente nesta área devido às enormes contradições e dificuldades neste
campo de trabalho. Em sua opinião, não há um corpo técnico de Extensão Rural
qualificado e permanente. Ou seja, não há quadros de trabalhadores suficientes na
extensão. Esta lacuna é então preenchida com estudantes em processo de
formação, que aproveitam muito esse processo, mas a contribuição de fato para os
agricultores não acompanha. Ele também revela um certo desestímulo à prática
extensionista uma vez que no fim das contas a Extensão Rural não vale nada na
avaliação dos currículos. Neste contexto, ele ressalta que é preciso rever as formas
e parâmetros de avaliação da extensão na CAPES. Seus colegas querem produzir
nas áreas em que são cobrados, cobra-se publicação científica, faz-se apenas
pesquisa. Não sabe em que nível de detalhe deve entrar para submeter projetos
aos editais do CNPq voltados para área e sugere que haja uma orientação neste
sentido. Armênio também quer saber quem avalia e quais parâmetros e critérios
são avaliados nos projetos submetidos para aprovação ou não. Entretanto, ele
enalteceu as melhorias proporcionadas pelo edital, principalmente devido às
bolsas, pois isso ajuda a fixar na Agroecologia estudantes que se identificam com
essa área. Finalmente, ele também solicitou bolsas para coordenadores de projeto
voltados para Agroecologia.
22. Murilo M. O. de Souza – UEG-GO
Segundo Murilo, o Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 (e o 81/2013) poderia
ser chamado de “o edital da militância em Agroecologia”. Ele justifica sua
afirmação, pois quem trabalha com Agroecologia se contenta com pouco uma vez
que jamais houve apoio como nos referidos editais. Neste sentido, foi muito rico por
contribuir para consolidar e institucionalizar a Agroecologia nas universidades por
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meio dos Núcleos. Outros avanços mencionados foram as bolsas e o estímulo à
integração entre Ensino-Pesquisa-Extensão. No caso de seu Núcleo, houve uma
interação positiva com as EFAs e escolas do campo. Contudo, Murilo ainda reforça
que é preciso mais apoio, pois não se pode continuar apenas na militância. Ele
solicita maior diálogo com o PRONERA e o PROEXT. Outra dificuldade relatada foi
que não há recurso para os agricultores e parceiros. Segundo ele, é difícil dar essa
resposta ao agricultor: “como o recurso vai chegar na mão dele”? Murilo também
ressaltou a necessidade de fortalecer as redes e reiterou que o maior ganho do
edital foi o fortalecimento político e institucional da Agroecologia dentro das
universidades.
Devido ao avançar da hora, após este depoimento houve uma pausa para o
almoço e, no retorno para continuação das atividades, o Secretário da Agricultura
Familiar/MDA Walter Bianchini deixou uma breve mensagem aos participantes sobre
suas expectativas:
* Walter Bianchini – SAF/MDA
Em sua breve mensagem, Bianchini reforçou a importância da publicação de
livros, artigos, papers e outros materiais para reflexão e divulgação da
Agroecologia e da Agricultura Familiar. Também ressaltou a importância de se
estabelecer uma estratégia para fortalecer ainda mais a Agroecologia, que é uma
área em disputa. Enquanto outras linhas de pensamento na agricultura estão se
organizando e publicando, a Agroecologia tem que assumir essa posição de
disputa pela divulgação de informações.
Em seguida, continuaram as apresentações de coordenadores e
representantes de Núcleos relatando os principais avanços, dificuldades e próximos
passos:
23. Fernando Silveira Franco – UFSCAR/Sorocaba-SP
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Como proposta para os próximos passos, Fernando sugeriu a publicação
das 52 experiências apoiadas pela chamada 2 do Edital MDA/SAF/CNPq Nº
58/2010. Ele também propôs que no próximo CBA e/ou ENA esta reunião seja
realizada no meio do evento e não no último dia, pois outras pessoas interessadas
poderiam contribuir e aproveitar para conhecer as experiências que vem sendo
realizadas no país. Como avanços observados em seu Núcleo, ele mencionou a
criação da Articulação Paulista de Agroecologia em Sorocaba, além da
participação da Frente Parlamentar da Agroecologia. A partir do edital,
conseguiram bolsas e recursos do PROEXT, além do PET, cujos estudantes
também compõem o Núcleo. Segundo ele, aproveitaram melhor os recursos que
geralmente chegam pulverizados. Quanto ao PROEXT, ele sugeriu que os
recursos cheguem diretamente aos coordenadores e não às Pró-Reitorias de
Extensão, pois isto que dificulta o aproveitamento e a retirada do dinheiro.
Fernando também ressaltou a importância de se pensar novas formas de apoio
financeiro além de carro e combustível já mencionados. Por isso, ele solicita
recursos para alimentação dos agricultores para participação de eventos de
extensão e atividades como intercâmbios. Além disso, também pede auxílio para
transporte e participação em reuniões como esta.
24. Guilherme P. Mazer – UEPG-PR
Segundo Guilherme, o aporte financeiro do Edital MDA/SAF/CNPq Nº
58/2010 foi importante, mas considera baixo o valor das bolsas, dificultando a
participação de bons profissionais, recém-formados. Do ponto de vista burocrático,
elogiou a prestação de contas no CNPq, considerando tranquilo. Entretanto,
reforçou o pedido por melhorias no apoio a custeio. Como perspectivas futuras, ele
acredita que é necessário facilitar projetos vinculados a territórios.
25. Jucinei José Comin – UFSC-SC
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Em sua fala, Jucinei reforça o desejo por novos editais para avançar mais.
No contexto da UFSC, foram apresentados projetos para quatro núcleos com
objetivos e metodologias específicas. Como avanços, ele mencionou o
fortalecimento da parceria da universidade com a EPAGRI. Em seu núcleo,
trabalham com a transição agroecológica na produção de hortaliças, a chamada 2
do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 possibilitou ampliar o público atingido pelo
projeto. Como publicações, produziram um boletim didático incentivando a
construção coletiva do conhecimento agroecológico, que tem cerca de 30 autores
numa proposta inclusiva, sendo os autores nivelados pelo conhecimento
independentemente de formação acadêmica. Jucinei também relatou a realização
de cursos embora acredite que há necessidade de mais cursos. Em relação ao
Edital MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013, para ele não ficou claro
como serão os cursos de formação previstos.
26. Carlos Roberto de Lima – UFCG-PB
Carlos Lima demonstrou certa preocupação, pois o núcleo é parte da
universidade e quer que a universidade dê apoio e reconheça os grupos. Neste
contexto, ele reforça o desejo por maior assistência da universidade e também a
institucionalização dos núcleos. Ele ainda relatou que o Edital MDA/SAF/CNPq Nº
58/2010 o permitiu voltar a trabalhar com comunidades rurais, algo que havia
abandonado há algum tempo. Como avanços, mencionou que a universidade se
aproximou de várias entidades da região, como ONGs e instituições de ATER. Hoje
o núcleo também depende das instituições parceiras para se movimentar, pois
atualmente eles conseguiram captar projetos e recursos. Neste sentido, um
fortaleceu o outro.
27. Reinaldo Duque Brasil – UFJF-MG
Representando o Grupo Ewé, coordenado pelo Prof. Leonardo Carneiro da
UFJF, Reinaldo comentou sobre as experiências do núcleo. Como limitações,
Leonardo solicitou que fosse mencionado que o repasse de recursos para compra
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de equipamentos chegou faltando um mês para o final do projeto, quando isso
deveria ter chegado no início, o que dificultou bastante o trabalho. Dentre os
principais avanços obtidos pelo núcleo destacou: i) o fortalecimento, a articulação e
a integração de docentes, discentes e funcionários da UFJF em torno da
Agroecologia; ii) a conquista de um espaço dentro da UFJF para abrigar o Ewè; iii)
o início e a continuidade das ações do Ewè dentro do Campus da UFJF; iv) a
articulação com o campus da UFJF em Governador Valadares; v) as articulações
com ATERs e com o poder público municipal de Juiz de Fora e cidades da região;
vi) trocas de saberes realizadas nas comunidades quilombolas; vii) a articulação
com sindicatos de agricultores; viii) a inclusão de parceiros na comercialização do
PNAE; ix) as transformações nas comunidades em relação ao uso de venenos
agrícolas, ao plantio de espécies nativas, à valorização de seus sistemas culinários
e de suas plantas medicinais; x) a qualificação dos estudantes envolvidos em todo
o processo de formação e consolidação do Ewè, assim como de suas ações; xi) a
produção de Trabalhos de Conclusão deCurso e o ingresso em programas de Pós-
graduação dos alunos envolvidos no núcleo; xii) a articulação em rede com os
NEAs de outras IES, com o MDA e demais instituições de ATER. Por fim, sugeriu
maior aproximação dos projetos em relação às demandas dos povos e
comunidades tradicionais na luta para garantir sua segurança alimentar e o
reconhecimento de seus territórios.
28. Fabiane Machado Vezzani – UFPR-PR
Fabiane relatou brevemente a história de criação de seu núcleo, que foi
concebido por estudantes que já tinham formado um grupo de Agroecologia e
então procuraram professores visando elaborar um projeto especificamente para a
chamada 2 do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010. Neste sentido, inicialmente, a
maioria dos recursos do projeto foi destinado às bolsas atendendo a uma demanda
dos próprios estudantes. Porém, segundo seu relato o rendimento dos bolsistas foi
considerado insatisfatório e o grupo foi então reestruturado. Após as mudanças,
Fabiane explicou que os recursos foram destinados para compra de materiais e
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publicações. Como avanços, ela ressalta o fortalecimento da parceria com várias
instituições como a Embrapa-Florestas, Cooperativas, EMATER-PR, Casa da
Videira, ICMBio, dentre outras. Além disso, também considera que houve um
fortalecimento da Rede de Agroecologia da região Sul.
29. Flávio Murilo Pereira da Costa – UnB/FUP-DF
Em sua fala, Flávio disse que a partir do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010
conseguiu realizar Pesquisa-Ensino-Extensão envolvendo os estudantes com o
público da Agricultura Familiar. Em sua opinião foi possível trabalhar na
perspectiva de formação dos estudantes como futuros agentes. Como avanços
detectados, o permitiu trabalhar assim, mas pede mais espaço, recursos e tempo
“para continuar fazendo pesquisa, que é o que mais pontua em termos de carreira”.
Pelo fato de sua universidade não ter uma tradição agrária, o edital e o núcleo
levaram à divulgação da Agroecologia dentro na instituição. Como limitação, ele
acredita que a alta carga horária de aulas inviabiliza muitas atividades de extensão
por parte dos docentes e discentes.
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3.6- Quadro síntese dos avanços, dificuldades e perspectivas para os
projetos contemplados na chamada 2 do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010.
Principais avanços e atividades apoiadasAproximação maior das universidades com outras instituições de pesquisa e ATERAproximação maior das universidades com os agricultores, comunidades
tradicionais e movimentos sociaisFavoreceu o trabalho com Escolas Família Agrícolas - EFAsContribuiu para a institucionalização do enfoque agroecológico com a criação e
consolidação dos núcleosMelhorou o aporte de recursos para a AgroecologiaIncentivou a articulação em Núcleos e Redes das ações de professores que vinham
trabalhando isoladamente Fortaleceu o diálogo Agroecologia e Educação do CampoProporcionou aproximação de professores de diferentes áreas na discussão e
articulação intensa dentro da universidade.Contribuiu para democratização ao acesso ao edital no contexto de interiorização
nas Instituições Federais de Ensino Superior- IFES, pois mestres também puderam
submeter projetos concorrendo ao edital como coordenadorApoiou ações de formação de agricultores e estudantesPossibilitou a produção de livros, cartilhas, vídeo, relatórios, monografias e artigos
para publicaçãoContribuiu para criação de espaços de articulação entre produtores e consumidores
de produtos orgânicos e agroecológicosContribuiu para o crescimento da Agroecologia como área acadêmicaFornecimento de bolsas e auxíliosFortaleceu grupos de Agroecologia formados por estudantes, contribuindo para sua
formação teórica e institucionalizaçãoFortaleceu parcerias com instituições de ATER e pesquisaRetorno de resultados de pesquisas na forma de extensão às comunidades e
agricultoresIncentivo e fortalecimento da produção orgânicaAvanços na discussão da Agroecologia em contextos regionais onde antes sequer
era considerada
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Apoiou a organização de eventos, oficinas e cursosAbriu portas para novas parcerias e demandas para atuaçãoCriação de cursos de Agroecologia em diferentes níveisPotencializou a aproximação de agricultores em processo de transição
agroecológicaContribuiu para ações estruturantesContribuiu para compreensão e articulação da dinâmica de integração entre Ensino-
Pesquisa-ExtensãoElaboração de novas propostas com ações direcionadas à produção de hortaliças
orgânicas e certificação participativaFortalecimento das redes locais, regionais e nacionaisFortalecimento político e institucional bem como a militância em Agroecologia
dentro das universidades
Principais limitações e dificuldades enfrentadasContradição entre as tendências de institucionalização e interdisciplinaridade na
Agroecologia dentro da universidadeFalta de um comitê específico de Agroecologia no CNPq para avaliação dos
projetosSaída e rotatividade de estudantesFaltam recursos para combustível, telefone e alimentação entreoutras despesas
imprescindíveis nos trabalhos de articulação e visitas técnicas Falta de veículo adequado para atividades de campoFalta de motoristaDificuldades para prestação de contas devido à falta de flexibilidade da política de
financiamentoGrades curriculares dos cursos amarrada, com pouca disponibilidade de carga
horária para atividades extra-curriculares como projetos de pesquisa e extensãoFalta de espaço físico e estrutura precária de algumas instituiçõesAvanço das fronteiras agrícolas e do agronegócioFalta de informação generalizada e uso indiscriminado de agrotóxicosDificuldades para firmar convênios e parcerias devido à dependência de
representação oficial e convênios firmados em âmbito administrativoFaltam subsídios às instituições de ATER, ONGs e movimentos sociaisFaltam recursos para publicaçãoEntraves burocráticos no registro de alguns núcleos dentro de suas instituiçõesBurocracia interna atrapalhando o andamento dos projetosExtensão Rural tem sido negligenciada e apropriada pela ideologia do agronegócio
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Desafio de trabalhar a interdisciplinaridade dentro das universidades com suas
estruturas departamentalizadasInteresse das universidades em demandas geralmente pontuais para ações de
extensãoO repasse atrasado de recursos para compra de equipamentos, chegando no final
do projeto.
Perspectivas futuras e sugestões de encaminhamentosFortalecer ainda mais a parceria MDA/CNPq como via para aporte de recursos para
AgroecologiaCriação de um comitê específico para Agroecologia no CNPq para dar maior
respaldo técnico na avaliação dos trabalhos e fazer uma ponte com o MDA e o
MAPA.Abrir diálogo com a CAPES visando à criação de uma área do conhecimento de
Agroecologia e maior valorização e pontuação das atividades de extensão na
avaliação dos currículosNecessidade de ocupação de mais espaços acadêmicos e institucionaisCom estudantes formados nos Núcleos entrando na pós-graduação, é necessário
dar continuidade aos trabalhosOutras formas de apoio financeiro e flexibilização da política de financiamentoArticulação de ações de professores que trabalham isoladamente dentro dos
Núcleos e RedesPotencializar o crescimento da agroecologia como área acadêmicaMelhorar a capacidade de integrar Ensino-Pesquisa-Extensão nas ações apoiadas
pelos editaisUnião e fortalecimento dos Núcleos e RedesContinuidade de recursos para consolidação e manutenção dos NúcleosNecessidade de recursos para publicação Necessidade de veículo adequado para circular nos projetos, principalmente na
região norteBolsa para os coordenadores de projetoRecursos para combustível e outras despesas não previstas nos últimos editaisIncentivo ao Ensino de Extensão Rural dentro das universidadesIncentivo a novas experiências de Educação em AgroecologiaCriação de mais cursos de Agroecologia nos níveis técnico, de graduação e pós-
graduação
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Elaboração de estratégias de atuação para lidar com as diversas demandas e com
a conjuntura institucionalDiscutir outras formas de prestação de contas dos projetosRecursos voltados para agricultores, movimentos sociais e outros parceirosAproximação dos projetos em relação às demandas dos povos e comunidades
tradicionais na luta para garantir sua segurança alimentar e o reconhecimento de
seus territórios
3.7- Apresentação do Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade
para a Agricultura Familiar
Após o debate dos coordenadores e representantes dos projetos
contemplados pela chamada 2 do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 sobre
avanços, limitações e perspectivas, o Coordenador Geral de Inovação e
Sustentabilidade (SAF/MDA) Hur Ben Corrêa da Silva (Figura 02) apresentou aos
participantes o Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade para a Agricultura
Familiar (AF), com enfoque nas ações de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Em suas palavras, ainda estamos distantes da situação desejada, mas é
gratificante ver como os grupos aproveitaram os recursos da chamada 2 do Edital
MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010. Ele também incentivou a continuidade desses
esforços e reforçou o poder multiplicador dessas iniciativas. Ao mesmo tempo,
reconheceu o desafio de se fazer pesquisa e extensão rompendo com a lógica
produtivista e difusionista. Além disso, Hur Ben valorizou o trabalho dos núcleos e
afirmou que estão em sintonia com a proposta do Plano. Contudo, ressaltou que é
grande a demanda para formação de agentes de ATER e o papel da extensão
nesse processo de informação e formação é de suma importância.
Sobre a concepção de Inovação na AF, Hur Ben abordou principalmente as
estratégias de gestão, elaboração e execução do Plano, que será estruturado em 4
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De maneira simplificada, os processos de Inovação na AF e de formação
dos agentes de ATER seriam orientados pela seguinte lógica:
Identificação da demanda Definição do público alvo Definição da oferta
de soluções tecnológicas Definição da oferta de políticas públicas Definição
de outras ações Execução Formação continuada de formadores e agentes de
Ater Execução Monitoramento e avaliação.
De maneira geral a estratégia de ação segue a lógica: Pesquisa Ensino
Extensão Rural Agricultura Familiar
As principais metodologias e instrumentos apresentados (Figura 03) foram:
- redes (de conteúdo e de ação);
- oficinas de concertação para construir acordos, ações em conjunto
sincronizadas;
- oficinas tecnológicas oficinas temáticas para formação dos técnicos;
- integração de portais;
- formação de referenciais/suporte;
- formação de agentes;
- produção de materiais didáticos/técnicos/mídias;
Hur Ben relatou a dificuldade de acesso aos materiais produzidos pelos
núcleos. Necessidade também de espaços de representação das entidades e
atores envolvidos na Agroecologia e AF. Ele quer que as publicações,
especialmente as voltadas para os agricultores, passem pelo processo descrito
acima, ou seja, passe pelo ciclo proposto para formação e construção do
conhecimento. Não quer que os coordenadores escrevam a cartilha e levem às
comunidades. Segundo ele, é preciso sair das compartimentalizações desses
conhecimentos. Ele pretende entrar nos processos já existentes e formatá-los de
acordo com a proposta de ação do plano.
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Figura 02: Sr. Hur Ben Corrêa da Silva, coordenador geral de Relações
Institucionais e Gestão/Sibrater-DATER/SAF/MDA, apresentando o Plano Nacional
de Inovação e Sustentabilidade para a Agricultura Familiar.
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Figura 03: Sr. Hur Ben Corrêa da Silva relatatando a estratégia de ação para o
Plano, que vem sendo elaborado junto à Embrapa, e as metodologias e
instrumentos planejados.
3.8- Contribuição dos coordenadores de projetos dos Núcleos de
Pesquisa e Extensão em Agroecologia ao Plano Nacional de Inovação e
Sustentabilidade para a Agricultura Familiar
Após a apresentação do Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade para
a Agricultura Familiar, os coordenadores e representantes dos projetos
contemplados pelo Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 foram convidados a debater o
Plano visando colaborar com o mesmo.
Fábio Dal Soglio começou sua fala concordando com a proposta do Plano e
expressando que realmente devemos ocupar tais espaços e procurar contribuir.
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Entretanto, teme que o Plano seja centralizado na Embrapa como foi ressaltado
durante a apresentação do Sr. Hur Ben. Em sua opinião, as universidades têm
muito mais condições e recursos humanos capacitados para atuar na Agroecologia
e AF quando comparados à Embrapa. Além disso, ele também demonstrou
insatisfação pelo fato de não terem participado na construção do Plano enquanto a
Embrapa leva o crédito e é encarada pelo governo como os representantes da
pesquisa agrária no Brasil. Nas universidades a concepção Ensino-Pesquisa-
Extensão favorece este processo, enquanto a lógica de trabalho da Embrapa é
outra, parecendo contraditória em relação aos anseios da Agroecologia. Neste
contexto, ele ressalta a importância de se compreender o significado do espaço
ocupado por esses núcleos nas universidades e fazer melhor proveito destes
espaços que foram apoiados pelo próprio MDA através da chamada 2 do Edital
MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010.
Em seguida, Irene Cardoso revelou que se incomoda muito quando o
governo reconhece os méritos da pesquisa em Agroecologia no Brasil
principalmente na figura da Embrapa. Em sua opinião, para entrar no protagonismo
desse processo, a Embrapa deveria ser “menos agronegócio e mais agroecologia”.
Para aprofundar este debate, Irene ainda citou um artigo científico de Uarajá
Pessoa Araújo e colaboradores (2011), intitulado “Consubstanciação da imagem da
Embrapa no campo científico”, publicado na Revista de Administração Pública1.
Pelos motivos apresentados no referido artigo, ela demonstrou preocupação com o
papel central no qual a Embrapa foi colocada no processo de formação de agentes
de ATER com enfoque agroecológico. Irene ainda lembrou que – da mesma
maneira que pesquisa não se faz apenas na Embrapa, mas está de fato nas
universidades – a extensão também não se faz apenas nas universidades, mas
ocorre no seio dos movimentos sociais e outras instituições de ATER e ONGs.
Neste contexto, ela reiterou seu incômodo ao ver esse Plano sendo construído em
1
ARAÚJO, U. P.; ANTONIALLI, L. M.; BRITO, M. J.; GOMES, A. F.; OLIVEIRA, R. F. Consubstanciação da imagem da Embrapa no campo científico. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 45 (3):775-811, Maio/Junho, 2011.
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conjunto com aqueles que, em suas palavras, acham que somos “duendes e
fadas”.
Paulo Petersen também demonstrou a mesma preocupação. Entretanto, em
seu relato ele reforça o apoio ao Plano e se coloca à disposição para contribuir
alegando que “a gente tem que aceitar o desafio e participar intensivamente do
processo”. Segundo ele, não adianta apenas dar conteúdo nessa estratégia da
Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - Anater, é preciso
pensar no Sistema nacional de pesquisa, já que boa parte do processo de
construção do conhecimento vem, na verdade, dos próprios agricultores
experimentadores. Em parceria com as universidades, essa construção do
conhecimento é potencializada. Em seu discurso, ele também defende que as
entidades representativas dos agricultores, comunidades tradicionais e movimentos
sociais tem que participar desse debate e da elaboração do Plano. Outra questão
colocada foi que, em sua opinião, a organização em cadeias temáticas afasta a
Agroecologia das bases tendo em vista a diversidade e as especificidades de cada
local e região. Por fim, manifestou o desejo de participar desses espaços de
concertação, em sua opinião: “não podemos ficar limitados ao engessamento
colocado pela Embrapa”.
Flávio Murilo Pereira da Costa diz que já trabalha na perspectiva proposta
pelo Hur Ben tentando fazer a formação dos estudantes como futuros agentes a
partir do Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010, que o permitiu trabalhar assim. Ele
concordou com a fala do Fábio, pois acredita que as universidades têm muito mais
condições e qualificação para participar da construção desse plano que a
Embrapa, embora para isso precisar-se-ia de mais suporte. Ele também deixou
uma questão no ar, com o porquê não se apropriar da parceria com a Embrapa na
elaboração do Plano como forma de também contribuir para estes espaços.
Na sequência, Hur Ben, teve que responder às colocações feitas até o
momento pois teria que deixar o Seminário antes do final. Ele disse que quer ver as
experiências dos núcleos levadas para dentro da Anater, que tem recursos e
condição para serem difundidas massivamente, que é o que o Estado quer
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também. Finalmente, ele então propôs o desafio de participação na formação do
marco legal da Anater para que ocorra extensão com os agricultores de fato.
Irene sugeriu realizar oficinas de concertação nas universidades e não na
Embrapa, e Jucinei reforçou a importância da participação, de fato, dos núcleos na
construção do plano.
Em seguida, Ana Claudia também expressou suas preocupações sobre o
plano como na seguinte pergunta: “os agricultores serão considerados agentes”?
Em sua opinião as universidades sozinhas também não têm condições e recursos
humanos para fazer essa extensão. Segundo ela, é preciso focar no
empoderamento dos agricultores.
Neste sentido, Romier aproveitou para reforçar que deve-se priorizar
aspectos relacionados à perspectiva territorial. Pela localização dessa produção do
conhecimento, o processo de interiorização das IFES tem promovido debates
sobre os territórios incluindo diversos atores regionais e proporcionado reflexões
para além da perspectiva difusionista de extensão colocada pelo Plano. Sua
sugestão é pensar a partir dos territórios. Em relação aos NITs (Núcleos de
Inovação Tecnológica), ele questionou por que foram negligenciados no plano
apresentado, embora tenham contribuído com novidades e inclusive patentes. Em
sua opinião, não dá pra levar adiante um Plano de Inovação sem considerar quem
já a faz no país. A ideia sugerida por Romier é aproveitar o Pronatec pra fazer do
limão uma limonada. Dessa maneira, ele sugere aproveitar editais e cursos para
nossos objetivos. Deve-se pensar em como vamos gerar capacidade política para
articular esse plano. Entretanto, ele acredita que é impossível fazer isso com
apenas uma instituição como a Embrapa. Além disso, acredita que seria um
retrocesso do ponto de vista político, histórico e metodológico. Ele ainda lembrou
que demandas concretas de pesquisa partindo dos agricultores e trabalhos
acadêmicos com essa lógica têm ocorrido e devem ser valorizados.
Em seguida, Samuel lembrou que a extensão começou ainda no império, e
já constava que Ensino, Pesquisa e Extensão deveriam andar juntos, porém em
outros termos. No entanto, segundo ele, mais de um século depois repetimos
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muitas coisas já ocorridas no passado. Neste contexto, ele afirma que não admite
que a Embrapa seja colocada como protagonista na construção do Plano. Em sua
opinião, o MDA deveria ser um mediador, constituindo uma equipe com
representantes das IFES, da Embrapa, Empresas Estaduais de Pesquisa, e
representantes de agricultores e comunidades tradicionais. Ou seja, sua proposta é
de um colegiado diverso e representativo. Além disso, deve-se esforçar para
manter os núcleos e dar condições para que sejam realmente locais de construção
de conhecimento e para que estes conhecimentos produzidos nas IFES e até
mesmo na Embrapa sejam norteadores deste processo. Samuel também ponderou
que as oficinas de concertação são muito bonitas, mas questionou como será a
nossa participação e se darão condições para participar dessas atividades. Dessa
maneira, ressaltou que precisa de meios para participar e realmente contribuir com
o Plano.
Claudevir Fávero também expressou certo desconforto, pois foi o tema foi
colocado pelo Hur Ben, mas este debate de grande importância ficou prejudicado
pelo horário. Em suas palavras, ele sente que “perdeu algum capítulo dessa
história”, pois o plano proposto passa uma impressão errônea de que não há
acúmulo de conhecimentos e discussão a partir da PNATER e da PNAPO, pela
forma como foi apresentado pelo Sr. Hur Ben. Segundo Fávero: “há uma década
que estamos propondo coisas diferentes disso”. O núcleo não é local de acúmulo
de conhecimento, este acúmulo se dá durante o processo. Ele questiona: qual a
perspectiva de inovação tecnológica colocada nesse plano? Em sua opinião, é
preciso discutir quais conceitos serão abordados. Também acredita que os
processos sistematizadores deveriam ser valorizados. Contudo, reforça que os
núcleos tem que participar da elaboração do plano, mas não nessa lógica proposta
e sim à luz das bases teórico-metodológicas que temos construído nos últimos
anos. Ele propõe que este não deve ser um processo de sistematização por
agentes externos, mas deve ser feita a partir da ótica desses grupos. Os editais
têm fortalecido ações que já estavam sendo feitas, mas tem que ser divulgadas e
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sistematizadas as experiências desses núcleos. É necessário construir um
processo de reflexão e sistematização sobre esses núcleos.
Na sequência, Paulo Petersen disse que estava tentando se colocar no lugar
do MDA, que tem recursos para ajudar, mas tem que lidar com entidades que não
trabalham de fato com Agroecologia e não compreendem este processo. Em sua
visão, os núcleos têm demonstrado diversidade, renovação e inovação de
propostas metodológicas. Neste sentido, ele reiterou a importância de se realizar
um processo de sistematização e socialização das experiências dos núcleos,
sendo primeiramente uma sistematização interna, como uma autoavaliação de
cada grupo, e depois uma sistematização conjunta. Petersen também enfatizou
que instituições como Emater e Embrapa possuem uma estrutura que impede a
renovação e real abertura para inovação no sentido que se está trabalhando. Ele
ainda questionou como essas instituições têm se articulado com os núcleos. Em
sua opinião, os pesquisadores devem interagir com os grupos, de maneira que seja
possível fortalecer os núcleos e estabelecer as pontes com essas instituições que
oferecem uma via importante do ponto de vista formal, mas que são lentos na
renovação. Neste processo, a ANA, e também a ABA, se colocaram à disposição
para contribuir com o MDA nesse processo de sistematização. Entretanto,
Petersen deixa algumas questões sobre este processo: “como seria? Quem levaria
adiante”?
Em sua fala, Jorge Tavares lembrou que a Emater é governada por
interesses políticos estaduais, ou seja, estes espaços já estão ocupados. Ele
considerou absurdo o fato de Hur Ben deixar a discussão no meio e sugeriu que na
próxima ocasião os participantes se programem para permanecer até o final do
Seminário. Ao mencionar a “ocupação desses espaços”, ele alertou que só é
possível ocupar onde não está ocupado. Em sua opinião, é preciso ter clareza que
é um trabalho de resistência, pois estamos discutindo com a academia e com estas
instituições ditas de “ATER”. Segundo ele, os companheiros da academia
consideram que não temos maturidade científica para criação de programas de pós
em Agroecologia. Jorge também ressaltou que percebe a onipresença do discurso
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pregado pela senadora Kátia Abreu tanto na academia como nos Comitês de
Ciências Agrárias que avaliam os projetos. Neste sentido, ele acredita que tem
setores do MDA que estão prejudicando o que foi construído há muito tempo e isso
se deve às contradições na política de ATER do governo. Também lembrou que
falta apoio para eventos de extensão com os agricultores, que não são valorizados
e pouco pontuam nos currículos. E, por fim, ele também expressou certo receio de
que muitas atividades e responsabilidade sejam atribuídas aos núcleos.
Após esta intervenção, a mediadora Denise Cidade Cavalcanti reforçou a
importância desse debate para o MDA, mas lamentou o curto tempo para as
discussões. Por isso, teve que encerrar este ponto de pauta para debater ainda o
Edital MAPA/MCTI/MDA/MEC/ MPA/CNPq Nº 81/2013 e as propostas de
fortalecimento da Rede de Núcleos de Agroecologia.
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3.9- Informes e debate sobre o Edital MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq
Nº 81/2013
Primeiramente, Denise Cidade Cavalcanti repassou informações a respeito do
Edital MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013 e propôs que o mesmo fosse
discutido pensando no fortalecimento da rede de Núcleos em Agroecologia.
Irene alegou que ouviram dizer que sobrou dinheiro neste edital. Segundo
ela, pedimos muito recursos e nem todo foi utilizado. Em suas palavras, sentiu até
um pouco de vergonha, pois ainda sobrou. Contudo, Irene justificou o fato de ter
sobrado recursos devido às condições colocadas no edital, que impediram que
mais entidades participassem. Como uma limitação apontada, ela citou a restrição
para entidades de Ater serem cadastradas no SIATER. Neste contexto, ela citou o
exemplo de Minas Gerais que tinha apenas quatro instituições de ATER
cadastradas, o que teria limitado a submissão de mais projetos para o referido
edital. Irene lembrou que alguns dizem: “Ah, mas tem a Emater”, mas ela ressalta
que todos sabem como ela trabalha em dissonância com nossa proposta de
extensão rural. Finalmente, ela deixa as seguintes questões para se refletir: “como
articular uma rede de núcleos nas regiões onde não foram propostas, como o
Centro-Oeste”? e “Como dinamizar essa rede visando potencializar as ações da
ABA e da ANA”?
Em seguida, Samuel especulou a possibilidade de articular uma proposta
para construir a rede para o Centro-Oeste se ainda houvesse essa possibilidade.
Por outro lado, Fábio ponderou que uma rede não se faz por causa de
financiamento, mas sim por causa das pessoas que querem fazer uma rede. Em
sua opinião, o edital vem no sentido de apoiar redes já construídas ou em
construção. Isto é, promove as redes, mas não as cria. Inclusive, acrescentou que
é preciso promover redes para além das fronteiras do nosso país. Finalmente,
ressaltou que devemos valorizar as redes, processos, métodos participativos, etc.
Ana Cláudia pediu a palavra para dizer que, no próprio Seminário, já se
articularam sobre a criação da rede Norte. Ela também reforçou a posição de que
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não tem como fazer se não houverem recursos. Por fim, propôs um
encaminhamento: solicitação de um novo edital para apoio das redes regionais.
Maria Virgínia e suas colegas de instituição ficaram surpresas com os
informes de que haviam encaminhado uma proposta no Edital
MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013 para formar uma rede na região
Nordeste, pois elas, da UFRPE, não tinham sido convidadas. Neste sentido,
Virgínia demonstrou preocupação pela participação de grupos que não estão de
fato articulados “em rede”, mas aproveitaram o referido edital.
Sobre a regionalização do Edital MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº
81/2013, Carlos Armênio sugere que as redes formadas sejam ainda mais
regionalizadas e contextualizadas buscando maior homogeneidade em relação às
especificidades culturais e ecológicas regionais. Dessa maneira, ele sugere a
formação de redes por territórios e não por regiões geopolíticas. Além disso, ele
também acrescentou que ainda falta nos editais um enfoque voltado para os
consumidores. Portanto, ele solicitou editais específicos voltados para os
consumidores ou circuitos de consumo, pois, em sua opinião, a maioria dos
projetos ainda encontra-se “da porteira pra dentro” das universidades.
Em nova colocação, Ana Cláudia sugeriu que os núcleos é que deveriam
estabelecer as redes e que é necessário especificar as estratégias de ação dos
grupos nos editais voltadas para os produtores ou para os consumidores. Neste
momento, Maria Virgínia também aproveitou para esclarecer algumas dúvidas em
relação ao Edital MAPA/MCTI/MDA/ MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013.
Reinaldo manifestou sua expectativa de ver maior aproximação dos editais e
projetos em relação às demandas dos povos e comunidades tradicionais na luta
para garantir sua segurança alimentar e o reconhecimento de seus territórios.
Claudenir Fávero reconheceu os esforços do MDA, e agradeceu
especialmente a Denise por organizar esse diálogo e o Edital
MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013. Contudo, ele quer saber os
motivos pelos quais determinados pontos sugiram no edital sendo que não haviam
sido discutidos anteriormente, como os CVTs e os cursos de qualificação. Neste
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sentido, ele ressalta a necessidade de aprimorar o diálogo para construção destes
editais. E, por fim perguntou se o recurso de 15 milhões do edital é só para esse
ano.
Horasa acrescentou dizendo que não é fácil a estrutura e a logística nos
processos de formação. Geralmente as comunidades e agricultores participam dos
eventos de formação com hospedagem e alimentação, mas neste edital o recurso
é pouco para isso. Ela também aproveita para questionar: “quando o projeto for
aprovado, como faremos para colocar em prática esses processos de formação”?
Em seguida, Fabiane se posicionou a favor da submissão das redes, mas
sugere que os coordenadores de rede não sejam os mesmos coordenadores dos
núcleos. Como proposta caso sobre recursos no edital, ela sugere que seja dividido
entre os núcleos.
Irene também se manifestou reforçando que os núcleos e redes são a
semente do que se espera que seja no futuro uma instituição de Agroecologia e
ATER de acordo com nossa filosofia de trabalho. Por isso, ela sugere que:
“devemos sistematizar as experiências dos grupos divulgando e valorizando os
trabalhos realizados como exemplos de integração de Ensino-Pesquisa-Extensão”.
Na sequência Denise respondeu às perguntas. De maneira geral, disse que
os projetos deveriam reservar parte dos recursos para publicações e mídias, e que
fossem disponibilidades em rede e no MDA. Quanto aos cursos, a ideia é munir e
atualizar os agentes de ATER através dos núcleos e da contribuição dos
especialistas. Ela ainda disse que o transporte dos agentes para os cursos de
formação será disponibilizado pelo próprio MDA. Segundo Denise, no site há uma
nota de esclarecimento que esclarece algumas dessas dúvidas. Ela ainda explicou
que o MDA será o responsável pelas inscrições, contando com o apoio das
universidades, dos agentes de ATER nos cursos de formação.
Antes de se despedir, Benedito reforçou que o MDA tem que coordenar e
orientar como serão esses cursos. Em relação aos cursos à distância, ele também
acredita que será necessária uma orientação do MDA. Benedito aproveitou para
lembrar que o fato de ter sobrado recurso no Edital
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MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013, não significa que está sobrando
recurso para Agroecologia. Neste sentido, ele sugere que esses recursos sejam
utilizados para apoiar eventos e publicações como forma de divulgação da
Agroecologia.
Jorge lembrou que as empresas estaduais de ATER não liberam seus
técnicos para eventos de capacitação e isso pode ser um problema diante da
proposta. Outro problema destacado é que quando o técnico de uma dessas
empresas participa de um curso de Agroecologia não terá possibilidade de aplicar
isso em seu trabalho, pois geralmente está amarrado por condições políticas
estaduais. Em sua opinião, um programa de capacitação como proposto requer
alterações na forma de organização das instituições de ATER.
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4- Encaminhamentos Finais do Seminário Nacional
Antes de encerrar o Seminário, a mediadora Denise solicitou que os
participantes tentassem propor encaminhamentos finais de maneira objetiva. Por
isso, os encaminhamentos são apresentados a seguir na forma de tópicos que
representam as demandas e sugestões apresentadas:
1. Aplicação de mais recursos para os Núcleos e as Redes;
2. Abertura de novos editais visando formação e fortalecimento das redes;
3. Abertura de editais focados também em consumidores de produtos orgânicos
e agroecológicos provenientes da Agricultura Familiar;
4. Abertura de mais editais, em geral, para Agroecologia;
5. Criação de um Comitê de Agroecologia no CNPq para avaliação dos projetos
submetidos nessa linha temática;
6. Apoio para aquisição de veículos adequados para os núcleos e financiamento
de combustível para visitas técnicas, reuniões de articulação e trabalhos de
campo;
7. Revisão das formas de custeio e itens financiáveis no edital;
8. Sistematização e divulgação das experiências dos Núcleos de Pesquisa e
Extensão em Agroecologia contemplados pelo Edital MDA/SAF/CNPq Nº
58/2010 na forma de publicações e eventos;
9. Orientação para formação de redes por territórios e não por regiões
geopolíticas;
10.Sugestão de bolsas para os coordenadores de projetos;
11.Criação de uma área do conhecimento de Agroecologia na CAPES e maior
valorização das atividades de extensão na avaliação dos currículos;
12.Aproveitamento dos recursos que sobrarem do Edital MAPA/MCTI/MDA/
MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013 para publicações, organização de eventos e
fortalecimento das redes;
13.Apoiar eventos de Agroecologia em geral e de Ensino em Extensão Rural;
14.Reativar o Fórum de Ensino de Extensão Rural;
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15.Apoiar ações de promoção da agrobiodiversidade como incentivar as bases
para produção de sementes orgânicas e a articulação de casas de sementes
crioulas dentro das redes;
16.Aproximação dos editais e projetos às demandas dos povos e comunidades
tradicionais nas políticas territoriais;
17.Criar uma linha de publicações em Agroecologia no NEAD;
18. Incluir os Núcleos de Inovação Tecnológica dos Institutos Federais no Plano
Nacional de Inovação e Sustentabilidade para a Agricultura Familiar.
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5-Considerações Finais
A avaliação do Seminário Nacional nos possibilitou concluir que a participação
dos professores responsáveis pelos projetos fortaleceu as parcerias já anteriormente
estabelecidas, além da contribuição no desenvolvimento do Plano Nacional de
Inovação e sustentabilidade para a agricultura familiar.
O seminário também discutiu formas de divulgação dos resultados dos
projetos dos Núcleos de Pesquisa e Extensão em Agroecologia da chamada 2 do
Edital MDA/SAF/CNPq Nº 58/2010 o que está gerando uma publicação técnico-
científica que será distribuída a Rede de Instituições e Profissionais de Ater.
A contribuição dos coordenadores de núcleos à apresentação do Plano
Nacional de Inovação e Sustentabilidade para a Agricultura Familiar resultou em uma
listagem de sugestões e principalmente no compromisso destes em participarem do
processo nas oficinas de concertação e temática do Plano.
Pela abrangência territorial e de público beneficiário dos 633 projetos dos 8
Editais de extensão, ensino e pesquisa, recomendamos que sejam também
analisados e disponibilizados os resultados dos editais:
Edital MCT/CNPq/MDA/CT-Agro nº22/2004;
Edital MCT/CNPq/MDA/CT- Agro nº20/2005;
Edital MCT/CNPQ/CT Agronegócio/MDA Nº 33/2009;
Edital MCT/CNPQ/MDA/SAF/DATER Nº 58/2010, Chamada 01.
E acompanhamento dos 56 projetos de Núcleos do Edital
MAPA/MCTI/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013 com a divulgação dos resultados.
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6-Referências
EDITORIAL Revista Leisa. Sistematização para a mudança. Revista Agriculturas v.
3, n. 2, p. 6 – 8, 2006.
SOARES, S. M. & FERRAZ, A. F. Grupos operativos de aprendizagem nos Serviços
de Saúde: sistematização de Fundamentos e Metodologias. Esc Anna Nery R
Enferm v. 11, n. 1, p.52 – 57 março 2007.
DECRETO nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, que institui a Política Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO.
PLANAPO. BRASIL AGROECOLÓGICO. Plano Nacional de Agroecologia e
Produção Orgânica – PLANAPO. Câmara Interministerial de Agroecologia e
produção Orgânica – CIAPO. Brasília, MDA. 2013.
PNATER- POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO
RURAL. Abril, 2008. MDA-SAF / DATER. Brasília-DF.
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