Romantismo – A prosa Principais autores e obras
Romantismo – A prosa
Principais autores e obras
Romantismo (prosa)
Início da prosa literária no Brasil.
O público buscava na literatura apenas uma distração.
As histórias eram publicadas em capítulos nos jornais (folhetins).
Romantismo (prosa)
-Tramas fáceis
-Final feliz
-O amor sempre vence
-Literatura mais popular
-Lado positivo da burguesia
-Desenvolvimento da imprensa
-Língua literária brasileira diferente da lusitana.
ROMANTISMO
novo gênero literário
utilização da prosa
ROMANCEnarração: o fato de contar uma história.
divulgação: através do jornal.
necessidade de democratizar os bens culturais.
acessível à nova classe no poder: a burguesia.
Romances de folhetins:
a leveza
a atenuação dos conflitos
tom “água-com-açúcar”
superficialidade dos primeiros romances
-leitura fácil
-cheios de “ingredientes”
-Pitoresco
- a atração
leitor
-a manutenção
Antônio Cândido:
- O triunfo do romance não é fortuito.
- O fundamento:
- a realidade é elaborada por um processo mental
que guarda intacta a verossimilhança externa,
fecundando-a por um fermento de fantasia, que
a situa além do cotidiano, em concorrência com a
vida.
A construção de uma identidade nacional:
- Tentativa de construir, no período pós-Independência, uma
identidade nacional que desse conta das nossas tradições e
culturas e de nossa língua.
- Os autores voltam-se para os espaços internos,
reconhecidamente a selva (o primitivo), o campo (o
regionalismo) e a cidade (a vida citadina e os acontecimentos
da burguesia).
José de Alencar
José de Alencar foi o mais completo romancista brasileiro.
Seus romances são classificados em: urbanos, históricos, indianistas e regionalistas.
O Romance Urbano
O romance urbano, também conhecido como romance de costumes, ficou marcado por tentar retratar e criticar os costumes da sociedade carioca do século XIX.
A obra de maior valor dessa tendência romântica foi “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo. O destaque fica a cargo de José de
Alencar, com os romances “Senhora”, “Lucíola” e “Diva”.
Romance Indianista
É o medievalismo "adaptado" ao Brasil.
O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau).
Representou a busca pela valorização de nossas origens; o índio é retratado como valente e nobre.
Teve como expoente máximo o escritor José de Alencar.
Seus romances indianistas são: O Guarani, Iracema e Ubirajara.
Ao longo do século XIX, surgem escritores voltados à produção de obras saudosistas, com a proposta de realizar uma retomada romântica do Brasil dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Costuma-se estudar o regionalismo na prosa a partir dos romances coloniais de José de Alencar.
São obras simbólicas dessa época O Gaúcho e O Sertanejo, ambas de José de Alencar.
Regionalismo – a literatura que põe o seu foco em determinada região do Brasil, visando retratá-la, de maneira mais superficial ou mais profunda.
Escritores sertanistas
O foco está no sertão, por oposição à cidade, à Corte, ao Rio de Janeiro - a única localidade com características efetivamente urbanas no Brasil do século 19.
O sertanejo torna-se então o símbolo do autêntico brasileiro, alheio às influências da Europa, abundantes na sociedade fluminense. O sertanejo romântico também padece de uma idealização heroica que o afasta da realidade.
Os romances sertanistas são marcados por um “pequeno realismo”, pois estão preocupados em retratar as minúcias do vestuário, da linguagem, dos costumes, das paisagens e em valorizar o caráter exótico e grandioso da natureza brasileira.
Romance Regional
Bernardo Guimarães
Suas obras mais conhecidas devem seu sucesso principalmente aos temas que abordam, segundo o crítico literário Alfredo Bosi. Ele se refere a "O Seminarista", que critica o celibato clerical, e a “A Escrava Isaura”, que critica a escravidão. É importante ressaltar, porém, que se trata de uma crítica tardia, surgida quando boa parte da sociedade brasileira já aderira à causa abolicionista. Além disso, não se pode deixar de lembrar que a personagem é uma escrava branca, pois seria inconcebível ao Brasil daquela época que uma negra protagonizasse um romance.
Visconde de Taunay
Segundo Alfredo Bosi, "por seu temperamento e cultura, o visconde de Taunay tinha condições de dar ao regionalismo sua versão mais sóbria. Homem de pouca fantasia, muito senso de observação, formado no hábito de pesar com a inteligência as suas relações com a paisagem e o meio (era engenheiro, militar e pintor), Taunay foi capaz de enquadrar a história de “Inocência” (1872) em um cenário e em um conjunto de costumes sertanejos onde tudo é verossímil. Sem que o cuidado de o ser turve a atmosfera agreste e idílica que até hoje dá um renovado encanto à leitura".
Franklin Távora
O cearense Franklin Távora é o primeiro a tentar fazer do regionalismo um movimento, escrevendo um manifesto e apresentando um projeto no prefácio de seu romance “O Cabeleira”. O romance, porém, não acompanha às pretensões do autor. É uma obra medíocre que mistura uma crônica do cangaço (o personagem-título é um cangaceiro) com os expedientes melodramáticos da pior ficção romântica.No entanto, ele abre um ciclo em nossa literatura: são vários os romances que tematizam o cangaço e o banditismo originário das peculiaridades do Nordeste: a seca, o latifúndio, a miséria. As grandes obras nacionais sobre o cangaço, contudo, só iriam ser escritas no século 20: "Cangaceiros", de José Lins do Rego, e "Seara Vermelha", de Jorge Amado.
Romance Regional