Teoria Geral de Administração Pública Robert B. Denhardt GRUPO 4 Débora Cabral Nazário Fabíola Ferreira de Macedo Rafael Arns Stobbe Disciplina Governo Eletrônico Professor Aires José Rover Eduardo Costa
Teoria Geral de Administração Pública
Robert B. DenhardtGRUPO 4
Débora Cabral NazárioFabíola Ferreira de Macedo
Rafael Arns StobbeDisciplina
Governo Eletrônico
ProfessorAires José Rover Eduardo Costa
Tópicos Abordados:
● Cap.3: Herança Política: de Wilson a Waldo;1. Primórdios da teoria da administração
pública;2. Dicotomia entre política e administração;3. Influência persistente da dicotomia entre
política e administração;4. Adoção de técnicas da gestão de negócios;5. Abordagens científicas à administração.
1. Herança Política: de Wilson a Waldo
● O estudo da administração pública deve compreender não apenas a teoria social, mas também a teoria política, com um entendimento sobre como as organizações públicas contribuem para o crescimento de uma sociedade democrática;
● Os tópicos da liberdade e justiça, igualdade e participação, com frequência, ficaram em segundo plano, ante os tópicos da eficiência, técnica e controle;
1. Herança Política: de Wilson a Waldo
● Waldo (1948) propôs traçar o desenvolvimento do campo da administração pública, a partir da perspectiva da teoria política e da história das idéias;○ Especifica os compromissos que estamos
dispostos a fazer na condução dos negócios públicos numa sociedade organizacional.
● Primeiros escritos sobre administração pública estabeleceram uma diretriz para os trabalhos subsequentes neste campo.
Primórdios da teoria da administração pública
● Teoria administrativa de Hamilton: advogava um governo nacional forte, com poder considerável concentrado no executivo;
● Tendências elitistas presentes entre os pensadores federalistas;
● Questão de princípio administrativo: ○ Executivo único pode ser responsabilizado
por suas ações; ○ Um centro único de poder significa um
centro único de responsabilidade;
Primórdios da teoria da administração pública● Teoria administrativa de Jefferson:“O governo
deve ser descentralizado..., ○ ... a ponto de cada cidadão poder participar
pessoalmente na administração dos assuntos públicos e...
○ ... o governo deve servir para educar o povo em sabedoria política e deve formar uma cidadania que dependa de si mesma”;
● A favor de limites legais e constitucionais rigorosos para o poder exercido pelo órgão executivo;
● A essência das visões dos hamiltonianos e jeffersonianos está na base de importantes conflitos na teoria da administração pública de hoje.
Propagação da democracia● No final do século 19 o compromisso
jeffersoniano com a democracia era bastante forte, desenvolveu-se uma visão altamente descentralizada de governo;
● Visão sedutora que também acarretava problemas;
● A autonomia virava arrogância, o isolamento se tornava solidão e a independência se convertia em capricho;
● Governo estava disperso, era desorganizado e, às vezes, se comportava de forma desonesta;
Propagação da democracia● Primeiros estudiosos viam que sua missão consistia
na propagação da democracia no contexto da modernidade;
● Tarefa teórica de esboçar um sistema democrático que funcionasse;
● Leonard D. White (1948) “o estudo da administração pública... precisa se reportar às amplas generalizações da teoria política que tratam de matérias como justiça, liberdade, obediência e o papel do Estado nos assuntos humanos”.
● Mas os autores eram pessoas práticas e preocupadas com respostas à sociedade tecnológica;
Abordagem do governo “como negócio”● Woodrow Wilson (1887) argumenta que estudiosos
haviam ignorado as operações práticas das repartições de governo;
● Wilson sugeriu que se permitisse que princípios estáveis de gestão administrativa, à semelhança dos princípios do “negócio”, orientassem as operações dos órgãos públicos;
● Busca de modelos de gestão administrativa no setor privado;
● O mundo dos negócios (em expansão) abraçou totalmente a tecnologia, aplicando-a, não somente às máquinas, mas também aos seres humanos;
Abordagem do governo “como negócio”● Perspectiva de Wilson e outros: o poder do governo
precisava assumir uma estrutura mais integrada e centralizada -> garantir confiabilidade e operações eficientes.
● “Não há perigo no poder, desde que ele não seja irresponsável;... se estiver centrado nos chefes de serviço e nos chefes das divisões de serviço, pode-se facilmente vigiá-lo e chamá-lo a prestar contas”;
● Na busca pela democracia, o governo deve seguir o modelo das organizações de negócios, mesmo onde isso não parece ser democrático;
● Waldo resume mais tarde: se a democracia devesse sobreviver, ela não poderia se dar ao luxo de ignorar as lições da centralização, hierarquia e disciplina;
Abordagem do governo “como negócio”
● Dois temas bastante estudados (trabalho Wilson):1. suposta distinção entre política e
administração:○ “A administração se encontra fora da esfera
própria da política. Questões administrativas não são questões políticas. Embora a política determine as tarefas para a administração, não se deve tolerar que ela manipule seus cargos”; 2. Busca por princípios científicos de gestão administrativa que auxiliassem a alcançar a eficiência organizacional.
2. Dicotomia entre política e administração
Duas correntes de pensamento sobre Adm. Publica:
1.Preocupação com justiça, liberdade e responsabilidade.
2.Técnicas da Administração Privada empregadas para a implementação das decisões democraticamente tomadas.
Reconciliação entre teoria e realidade
Godnow (Policy and administration (1900)) rebate a visão formalista. Defende a reflexão sobre separação dos poderes.
1.Funções primárias suscetíveis a separação, não são definidas claramente as competências dos órgãos. Ex.: Legislativo enquanto expressão da vontade do Estado.
2.Divisão das responsabilidades, horizontais e verticais é alterada pela prática governamental. Ex.: centralização legislativa e descentralização administrativa.
Expansão dos órgãos de governo
Willoughby reconhece 5 classes de poderes governamentais:1.Legislativa
2.Judiciária
3.Executiva
4.Eleitoral (autoridade muda do Gov. para o povo)
5.Administrativa (diferença entre supervisionar o cumprimento das leis, e executar o que é ordenado pelas leis
Teia inconsútil de discrição e ação
“Todo ato (do emprego Público) é uma teia inconsútil de discrição e ação” (Luther Gulick (Politics administration and the New Deal (1933)p.561))
Futuro: dar aos administradores o poder detido pelo cidadão
Interação de política e administração
• “A administração talvez seja o poder melhor equipado do governo para genuinamente produzir políticas, por estar isenta da propensão irresistível de favorecimento a determinados grupos de pressão” (White – Introduction to the study of public administration (1948))
• Legislação vaga ou geral e assessoria política por servidores públicos
Administradores como atores políticos de peso
•Administradores estabelecem regras e interpretação da lei, e de sua ação
•Apresentam recomendações ao poder legislativo
3. Influência persistente da dicotomia
•A distinção é menos rigida do que o presumido
•O interesse na relação entre Política e Administração
Limitação do campo
•A administração pública se preocupa “apenas com as operações do poder administrativo” (Willoughby)
•Foco no poder Executivo
•Foco em questões práticas relativas ao exercício da administração pública
4. Adoção de técnicas da gestão de negócios● Visão 1920 e 1930:
" as instituições da democracia são moldadas praticamente sobre as mesmas linhas sobre as quais se moldam as
instituições privadas de negócios. "
● Essa visão ressurgiu na abordagem contemporânea conhecida como a Nova Gestão Pública, ou Administração Pública Gerencial
● Somente o surgimento da visão de que a administração
poderia ser estudada separadamente da política tornou possível a adoção das técnicas e abordagens da gestão de negócios.
4.1 Papel das organizações públicas numa democracia
● independentemente da separação entre política e administração, a administração dos assuntos numa democracia deverá sempre aderir a princípios e normas democráticos.
● as demandas de um governo democrático são
alcançadas pela condução e revisão legislativas de um serviço público neutro e competente, organizado de acordo com os melhores princípios das empresas de negócios.
5. Abordagens científicas à administração
● O estudo emergente da administração foi a tentativa de derivar princípios científicos que guiassem as ações dos gestores em ação, à medida que buscavam projetar ou modificar estruturas organizacionais
● Visão Taylor: aplicar métodos científicos à administração, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima produção a mínimo custo.
5.1 One best way, de Taylor
O que Taylor propunha era pesquisar os vários componentes do trabalho de uma maneira completa e
rigorosa (ou seja, científica), depois tornar conhecidos seus resultados, para que todos os trabalhadores pudessem
utilizar o que antes fora o método exclusivo de uns poucos
"A melhor administração é uma verdadeira ciência, que se baseia em leis, regras e princípios claramente
definidos”.
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