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Revista_Concreto51-2

Mar 02, 2016

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Jose Coelho
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  • 7/18/2019 Revista_Concreto51-2

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    Obras simples,orm engenhosas

    nsaio de adernciao-concreto paraontrole de qualidade

    nsino de Engenharia

    Maior evento tcnicoa construoomemora as bodase ouro

    contece nas Regionais

    ecnologia

    Obras simples,orm engenhosas

    nsaio de adernciao-concreto paraontrole de qualidade

    nsino de Engenharia

    contece nas Regionais

    ecnologia

    IBRACONInstituto Brasileiro do Concreto

    IBRACON

    & Construes& Construes

    Instituto Brasileiro do Concreto

    & Construes

    IBRACONInstituto Brasileiro do Concreto

    Cimentos/Concretos:

    materiais construtivosem contnua evoluo

    Maior evento tcnicoa construoomemora as bodase ouro

    Ano XXXVI | N 51ul. Ago. Set. | 2008

    ISSN 1809-7197www.ibracon.org.br

    Ano XXXVIul. Ago. Set. | 2008

    ISSN 1809-7197www.ibracon.org.br

    | N 51

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    MC-PowerFlow

    Sem idias e inovaono existe futuro

    MC-PowerFlow Innovation in building chemicals

    MC-PowerFlow o resultado do desenvolvimento contnuo dos aditivos a base de ter de

    Policarboxilato (PCE). Trata-se de uma nova linha com formulaes originais baseadas em

    matrias-primas desenvolvidas exclusivamente pela MC, e oferecem

    inmeras vantagens em comparao aos aditivos a base de policarboxilato

    existentes no mercado. Tempo de trabalhabilidade prolongado e estabilidade em sua

    aplicao otimizam o seu custo-benefcio a nova linha de aditivos MC-PowerFlow a

    resposta para os desafios enfrentados atualmente na produo e lanamento do concreto.

    Nova gerao desuperplastificantes

    www.mc-bauchemie.com.br

    Telefone (11) 4159-3050

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    Instituto Brasileiro do ConcretoFundado em 1972

    Declarado de Utilidade Pblica EstadualLei 2538 ce 11/11/1980

    Declarado de Utilidade Pblica FederalDecreto 86871 de 25/01/1982

    Diretor PresidenteRubens Machado Bittencourt

    Diretor 1 Vice-PresidentePaulo Helene

    Diretor 2 Vice-PresidenteMrio William Esper

    Diretor 1 SecretrioNelson Covas

    Diretor 2 SecretrioSonia Regina Freitas

    Diretor 1 TesoureiroClaudio Sbrighi Neto

    Diretor 2 TesoureiroLuiz Prado Vieira Jnior

    Diretor TcnicoCarlos de Oliveira Campos

    Diretor de EventosTlio Nogueira Bittencourt

    Diretor de Pesquisa e DesenvolvimentoLuiz Carlos Pinto da Silva Filho

    Diretor de Publicaes e Divulgao TcnicaJos Luiz Antunes de Oliveira e Sousa

    Diretor de MarketingAlexandre Baumgart

    Diretor de Relaes Institucionais

    Wagner Roberto Lopes

    Diretor de CursosJuan Fernando Matas Martin

    Diretor de Certificao de Mo-de-obraJlio Timerman

    Conhea o que h demais avanado nessas

    tecnologias construtivas

    Cimentos e Concretos

    Acontecenas RegionaisVeja as principais atraesdo 50 Congresso Brasileirodo Concreto

    14

    18

    4 Editorial

    5 Converse com o IBRACON

    7 Personalidade Entrevistada. Selmo Kuperman 14 Aditivos para cimento

    22 Calorimetria e controle de materiais

    27 Panorama da indstria de cimentos no Brasil

    29 Aditivos superplastificantes PCEs

    35 Obras simples da engenharia

    38 Pisos industriais com CRFA

    43 Paredes de Concreto

    45 Nano-concreto: desafios 52 Ensaio de aderncia ao-concreto

    58 Pisos industriais com CAA

    63 Impermeabilizao de lajes

    65 Sustentabilidade na indstria de cimento

    73 Trabalhabilidade do CAA

    86 Engastamento em viga protendida

    97 Recordes da Engenharia em ConcretoCrditos Capa:Niederaussem Cooling Tower

    MC-Bauchemie Mller GmbH Co

    Sumrio

    E Mais...Revista CONCRETO & Construes

    Revista Oficial do IBRACONRevista de carter cientfico, tecnolgico

    e informativo para o setor produtivo da construocivil, para o ensino e para a pesquisa em concreto

    ISSN 1809-7197Tiragem desta edio 5.000 exemplares

    Publicao TrimestralDistribuida gratuitamente aos associados

    PUBLICIDADE E PROMOO

    Arlene Regnier de Lima [email protected]

    EDITORFbio Lus Pedroso MTB 41728

    [email protected]

    DIAGRAMAOGill Pereira (Ellementto-Arte)

    [email protected]

    ASSINATURA E [email protected]

    Grfica:Ipsis Grfica e Editora

    Preo:R$ 12,00

    As idias emitidas pelos entrevistados ou emartigos assinados so de responsabilidade de seus

    autores e no expressam, necessariamente, aopinio do Instituto.

    Copyright 2008 IBRACON. Todos os direitos dereproduo reservados. Esta revista e suas partesno podem ser reproduzidas nem copiadas, em

    nenhuma forma de impresso mecnica, eletrnica,ou qualquer outra, sem o consentimento por escrito

    dos autores e editores.

    PRESIDENTE DO COMIT EDITORIALTulio Bittencourt, PEF-EPUSP, Brasil

    COMIT EDITORIALAna E. P. G. A. Jacintho, UNICAMP, Brasil

    Joaquim Figueiras, FEUP, PortugalJos Luiz A. de Oliveira e Sousa , UNICAMP, Brasil

    Luis Carlos Pinto da Silva Filho, UFRGS, BrasilPaulo Helene, PCC-EPUSP, Brasil

    Paulo Monteiro, UC BERKELEY, USAPedro Castro, CINVESTAV, Mxico

    Raul Husni, UBA, ArgentinaRubens Bittencourt, IBRACON, BrasilRuy Ohtake, ARQUITETURA, Brasil

    IBRACONRua Julieta Esprito Santo Pinheiro, 68

    Jardim Olmpia CEP 05542-120So Paulo SP

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    REVISTA CONCRETo4EDITORIAL

    Ouvir, sentire entendera estrutura

    A Diretoria Tcnica do IBRACON almeja lanarquestionamentos e, se possvel, debates em torno dealguns temas, tais como, por exemplo: significativoou no a decimal no resultado do ensaio compressodo corpo-de-prova? Questionar a repetitibilidade do

    resultado de determinao do mdulo de elasticidade.Estes questionamentos se baseiam, principalmente,nos ltimos resultados de ensaios em corpos-de-prova do Programa Interlaboratorial de Concreto,coordenado pelo INMETRO, realizado com a elitedos laboratrios no Brasil. Os resultados fornecidosno programa indicam, dentro da mesma classe deconcreto, para estes ensaios, uma variao de quase100%.

    Questionar por que no se resolveram osproblemas estruturais das reas de coberturas deuma edificao alta, habitacional ou comercial. Afreqncia da patologia de trincas, rachaduras einfiltraes so muito altas.

    Ainda dentro dos questionamentos e

    reflexes, propor uma discusso de como projetarvisando durabilidade, ou mesmo eternidade. Serpossvel analisar uma estrutura? No uma anlisenumrica, mas, comportamental? Ser possvelanalisar o conforto estrutural? Analisar a plenitude doequilbrio de tenses naturais relativas construoe ocupao, bem como as impostas pela naturezacomo o sol, a chuva e os ventos? Ouvir, sentir eentender uma estrutura em concreto armado, isto serpossvel?

    Geralmente, a estrutura incomodada semanifesta. Cabe ao engenheiro manter e entenderesta comunicao. Uma estrutura entendida no seuser, equilibrada, no lugar certo ou adequada aouso, no reclama, no grita, no se manifesta e se

    comporta como eterna e alheia ao entorno ou ao usoa que se destina.

    O Panteo de Agripa e o Coliseu, em Roma;aquedutos de Segvia e de Nimes; a Barragemde Cornalbo; pontes, pirmides e um nmerosignificativo de grandes e eternas obras esto pelomundo afora para exemplificar os materiais, a formae, acima de tudo, a concepo estrutural destas obras.So obras harmoniosas, sem grandes reentrnciasou salincias. Percebe-se o equilbrio de formas edimenses. So eternas dentro dos ciclos da natureza.

    Por que ouvir, sentir ou entender umaestrutura? Porque a mesma tem frio, calor,desconforto estrutural e nem sempre se sente segurano solo em que se apia.

    Os modernose prticos programaspara calcular uma

    estrutura estosimplificando tanto astarefas que o projetistade estrutura se esquece deconceber o comportamentoestrutural. A arte de projetarpassa a ser calcular esforos ecarregamentos, e no analisar asinterferncias que existem em umprojeto de forma global.

    O desconforto das estruturas se caracterizaem balanos arrojados, sem contrapartidadimensional, so balanos em desequilbrio,salientes em relao ao corpo principal; pilaresesbeltos, lajes engastadas ou confinadas em

    todo permetro e expostas s intempries; lajesde coberturas de altas torres residenciais oucomerciais totalmente expostas a ventos, chuvas,frio e calor. O coeficiente de d ilatao trmicado concreto armado existe e atua de acordocom as variaes de temperaturas. Segue a leida natureza, que a de procurar e direcionar adilatao pelo caminho mais fcil, sem obstculos,para se manifestar. Geralmente, a laje se dilatapara a periferia da torre.

    O pilar, no centro da edificao, protegido,na sombra, se comporta diferentemente do pilarda periferia, que recebe os raios solares do nascerao por do sol e, provavelmente, ou, na maioria doscasos, a nica diferena de dimensionamento paraestes so as solicitaes de esforos por peso prprio

    ou carregamentos. Quem ocupa um apartamento decobertura conhece estas manifestaes pela presenadas fissuras e infiltraes.

    O projeto deve contemplar o confortoestrutural, evitar tenses desnecessrias. A estruturadeve estar em repouso, precisa dormir. Deve estarpreparada para as variaes e manifestaes de frioe calor. Uma estrutura em repouso no incomoda ousurio, no requer manuteno excessiva, no semanifesta.

    As obras milenares de engenheiros annimos

    esto espalhadas por todos os cantos do mundo,so marcas de civilizaes, imprios ou regies, soexemplos de como projetar e construir. Na atualidade,

    surgem as obras do gnio Oscar Niemeyer. So obras-primas, nicas, verdadeiras obras de arte. Citandoapenas duas: vejam a harmonia de formas na Catedralde Braslia e no Museu de Arte Contempornea deNiteri. A catedral, original, nica, plantada,apoiada e eterna. J, no museu, a originalidade semanifesta de forma invertida, a obra parece pronta aalar vo, um equilbrio sustentvel,bem distribudo, circular, perfeito.

    Hoje, como h dois ou quatro mil anos,temos construdo e sabemos faz-lo, no podemosesquecer as lies da natureza e exemplos antigos deobras milenares.

    CARLOS CAMPOSDiretor Tcnico IBRACON

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    REVISTA CONCRETO 5 CONVERSECOM

    O

    IBRACON

    IBRACONConverse com oCimento pozolnicoBom dia. A nossa empresa atua no ramo daConstruo Civil e Rodoviria no Estado do To-

    cantins e de Gois. Estou a procura de CimentoVulcanizado para compra. Gostaria de saberonde encontrar.Caso tenha algum representante que venda esteproduto em Gois ou Tocantins, favor nos informar.Obrigado pela ateno. (62) 3257-5044Joaquim Moreira Barbosa

    ETASA

    Caro Joaquim,Os tipos de cimentos normalizados no Brasil so:CP I Cimento Portland ComumCP II, E, F ou Z Cimento Portland CompostoCP III Cimento Portland de Alto FornoCP IV Cimento Portland Pozolnico

    CP V ARI Cimento Portland de Alta ResistnciaInicialNo Estado do Tocantins, h forte presena de agrega-dos reativos, da a indicao para se usar no concretoos cimentos CP III ou CP IV.Talvez a indagao seja sobre cimento POZOLNICO,uma vez que no existe cimento vulcanizado.Nestecaso, os fornecedores so a Votorantim, de Sobra-dinho, ou a Nassau, de Belm.Carlos Campos Diretor Tcnico IBRACON

    Artigo para RevistaCaro Fbio,Sou professor do curso de Engenharia Civil da Unesp,

    em Bauru.Estou te enviando anexo um artigo sobre traos deconcreto. Pensei que talvez ele pudesse ser publicadona revista Concreto & Construes.Se tiver que coloc-lo numa outra formatao, porfavor, me comunique.Aguardo sua resposta.Grato pela ateno. Felicidades.Paulo Srgio dos Santos

    Caro Prof. Paulo Srgio,Como no consegui que a mensagem encaminhada

    por e-mail chegasse ao senhor, nem tenho seuscontatos, respondo-lhe por meio desta seo. Esperoque no se importe. Aproveito para esclarecer ou-

    tros profissionais que tenham interesse em publicarartigos na revista CONCRETO & Construes.Segue a resposta:O artigo encaixa-se na seo Artigo Cientfico darevista CONCRETO. Mas, precisa ser completadocom abstract e key-words. Por favor, envie-me es-

    sas sees com o mesmo tamanho do resumo e daspalavras-chaves.Aps receb-lo, vou encaminh-lo para o ComitEditorial da revista. Aprovado, ele entra na lista deartigos. A previso que seja publicado no comeode 2009.Para quem deseja publicar artigos na revista CON-CRETO & Construes, os artigos devem ser enviados

    para o e-mail: [email protected],Fbio Lus Pedroso Editor

    Exponorma 2008Vencido o desafio do primeiro Exponorma, em2007, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas(ABNT) investe na segunda edio, marcada paraos dias 27 a 29 de outubro, em So Paulo, com aexpectativa de inserir o evento, definitivamente,no calendrio da indstria nacional. Normalizao,Sustentabilidade e Globalizao o tema escolhi-do para este ano e o cenrio ser outra vez o ITMExpo, onde acontecero um congresso, palestrastcnicas e uma exposio.O principal objetivo do Exponorma, na verso 2008, conscientizar a sociedade da importncia dasnormas tcnicas para a sustentabilidade e a globa-

    lizao. Idealizado para marcar o encerramento dascomemoraes do Dia Mundial da Normalizao,celebrado em 14 de outubro, o evento visa aindaestimular o envolvimento da sociedade na norma-lizao, promover a discusso da contribuio dasnormas tcnicas para a sustentabilidade e para adefesa do consumidor.A escolha do tema resulta do cenrio imposto pelaglobalizao, no qual empresas nacionais passarama competir com as estrangeiras nos mercados internoe externo, usando como ferramentas no s dife-renciais de qualidade e preo, mas tambm sociaise ambientais.Nos pases mais desenvolvidos, que so os prin-cipais mercados do Brasil, comum a exigncia

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    REVISTA CONCRETo6

    IBRACON

    Cursos Master PEC Master em Produo

    de Estruturas de ConcretoPrograma de cursos de atualizaotecnolgica ministrado pelo IBRACONPRTICAS DE PROJETO E EXECUO DE EDIFCIOS PROTENDIDOS05 de Setembro de 200850 Congresso Brasileiro do Concreto, Centro de Convenes da Bahia, Salvador Bahia

    OBJETIVO

    Discorrer sobre as vantagens da adoo de lajes protendidas para a arquitetura e para a engenharia.Apresentar as particularidades do projeto e da execuo destes tipos de obras. Apresentar os novos conceitos,materiais e equipamentos utilizados. Analisar o estado da arte no Brasil e as perspectivas de desenvolvimento.

    PROGRAMA DO CURSO

    Introduo, conceitos bsicos, vantagens da protenso Caractersticas do projeto em concreto protendido Diferentes tipos de estruturas modelagem e anlise Dimensionamento e traado dos cabos Detalhes construtivos Caractersticas e requisitos das obras para protenso

    Materiais, equipamentos e operao Fabricao e instalao dos cabos Concretagem Protenso e variaes nos alongamentos Acabamentos

    PROFESSORES

    Eng Eugenio Luiz Cauduro, CAUDURO CONSULTORIA LTDA Especialista em Concreto Protendido, participouda protenso de mais de 200 edifcios. Gerente da Freyssinet. Gerente da Belgo Mineira em protenso.Eng Marcelo Silveira, MD ENGENHEIROS ASSOCIADOS Especialista em Estruturas Protendidas. Projetou maisde 58 edifcios protendidos de mais de 15 andares, j construdos, comerciais e residenciais.

    www.arcelormittal.com/br

    PATROCINADOR

    de certificao para produtos, para assegurar queo processo produtivo contempla a proteo domeio ambiente, aplica normas de segurana dotrabalhador e no utiliza mo-de-obra infantil, porexemplo, justifica o presidente da ABNT, PedroBuzatto Costa.O Exponorma manter em 2008 o mesmo formatoda edio de estria, reunindo um congresso, uma

    exposio e eventos paralelos, como palestras,reunies setoriais e mini-cursos. Em 2007, recebeu1.800 visitantes, mobilizou 400 pessoas no con-gresso e outras 200 nos eventos paralelos. Foramparceiros da ABNT na iniciativa a Eletrobrs, oInstituto Nacional de Metrologia, Normalizaoe Qualidade Industrial (Inmetro), o Ministrio daCincia e Tecnologia, o Ministrio do Turismo, aPetrobras, o Servio Brasileiro de Apoio s Micro ePequenas Empresas (Sebrae) e Servio Nacional deAprendizagem Industrial (Senai).Assessoria de Imprensa

    Comunidades Virtuales de Construccion,Arquitetura e Ingenieria

    Colombia Sur AmericaA continuacin les relacionamos la Informacion enInternet de las Comunidades Virtuales de Integraciondel Portal INCIARCO, en las cuales pueden Registrar-se Libremente y Participar para Integrarse con otrasPersonas del Mundo Hispano que Comparten susmismos Gustos Personales y Profesionales.Registrarse, Activar su Cuenta y Participar es Muy Facil yLibre de Cualquier Costo, pudiendo hacer uso de nues-

    tros Recursos en Internet para Presentar sus Productosy Servicios, asi como Conocer a otras Personas y Com-partir con las mismas Informacion y Esparcimiento.

    inciarco.com/foros

    Desde los Enlaces presentados en el Portal INCIARCO,podran acceder a las Comunidades, asi como a otros

    Servicios de Informacion y de Herramientas, que lesseran de Mucha Utilidad.

    inciarco.com

    De manera adicional, les compartimos la Informacionde otro Servicio que Ofrecemos, de Programacion deProyectos con Microsoft Project, asi como el Desarrollode Soluciones con Microsoft Excel que se Integran conMicrosoft Project y con Programas como ConstruPlan/ConstruControl y CIO, para generar Informacion Utilen el Presupuesto y Control de Proyectos.

    arturo.inciarco.com

    Sean Miembros de las Comunidades del Portal IN-CIARCO, las cuales han sido creadas para Beneficiode Ustedes, y Complementenlas con sus Aportes deInformacion y Comentarios, en los Temas y Mensajesque Ustedes Deseen Compartir.Un Saludo Muy Especial.Cordialmente, con Aprecioy Respeto.Arturo Antonio Dacosta Soler Ingeniero Civil

    Administrador de las Comunidades del Portal INCIARCO

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    REVISTA CONCRETO 7 per

    sonalidadeentrevistada

    Selmo ChapiraKupermanSelmo Kuperman iniciou sua carreira profissional em 1970 no Instituto dePesquisas Tecnolgicas de So Paulo. Pouco tempo depois, ingressou comoengenheiro tecnologista na Themag, trabalhando principalmente com obras detneis e barragens. Suas contribuies nesta rea renderam-lhe, em 2002, oPrmio IBRACON Ary Torres.

    Formado na Escola Politcnica da USP, onde obteve seus ttulos de mestre e doutor,Kuperman professor visitante da escola desde 1990, ministrando a disciplina deps-graduao Tenses de origem trmica barragens e outras estruturas. Ele autor e co-autor de, aproximadamente, 100 artigos tcnicos e de livros. Suas

    reas de interesse so: concreto compactado com rolo; reaes lcali-agregado;manuteno de barragens; instrumentao; e segurana de barragens.

    Muito atuante no meio tcnico, Kuperman membro do American ConcreteInstitute ACI por mais de 30 anos, servindo aos Comits de Concreto Massa,de Concreto de Retrao Compensada, Concreto Projetado, dentre outros. tambm membro da ASTM Internationale da Association of State Dam SafetyOfficial ASDSO. Foi presidente do IBRACON na gesto 1997-99.

    Atualmente, Selmo Kuperman diretor-presidente da Desek, empresa deconsultoria em engenharia e construo.

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    REVISTA CONCRETo8

    IBRACON No incio de sua formao em enge-nharia civil, o senhor fez estgio no escritrio declculo estrutural Jlio Kassoy e Mrio Franco.Que recordaes e experincias traz consigodessa poca?Selmo Chapira Kuperman Aps ter trabalha-do durante dois anos como estagirio de uma

    construtora, fiquei alguns meses estagiando emclculo estrutural. Foi uma poca boa, pois ocrebro do estudante como uma esponja queabsorve conhecimentos; por isso, a busca pelosaber no escritrio Julio Kassoy e MrioFranco foi muito rica.

    IBRACON Logo queconcluiu sua graduao, osenhor foi para o Institutode Pesquisas Tecnolgicasdo Estado de So Paulo(IPT) trabalhar como pes-quisador na rea de tecno-logia de concreto. Comoexplica seu interesse poressa especialidade?Selmo Chapira Kuper-man Como eu j ha-via cumprido estgios emconstruo e clculo, acheique a parte da pesquisatecnolgica poderia ser interessante, prin-cipalmente pelo desafio que representava.Na poca, meus conhecimentos sobre o

    assunto eram parcos e tive de comear pra-ticamente do zero, estudando tudo o que fossepossvel sobre concreto e ensaios de laborat-rio. Aos poucos, compreendi que a tecnologiade concreto envolvia muita arte e criatividade,no havia frmulas mgicas que pudessem seraplicadas, sendo cada dosagem diferente dasoutras, pois mudavam completamente os ma-teriais. Notei que era muito importante nestarea o fator humano: na escolha dos materiais,nas dosagens de concretos, nos ensaios, nas in-terpretaes. Creio que a paixo pelo assunto

    comeou ali.IBRACON Voc participou do incio do pro-cesso de construo das grandes barragens bra-sileiras, como as usinas de Ilha Solteira e Jupi.Quais foram as principais mudanas, em termosde projeto, pesquisa e construo de barragens,ocorrida de l para c? Que mudanas forampositivas? Quais as negativas?Selmo Chapira Kuperman Realmente, tivea sorte de estar no lugar certo, na hora certa. Ochamado milagre brasileiro estava no princ-pio e a Themag, projetista de barragens, preci-

    sava de algum para trabalhar com tecnologiade concreto e instrumentao para as usinashidreltricas Jupi, em final de construo, eIlha Solteira, que estava sendo iniciada. Era oano 1970 e fui contratado. Aquelas duas obrasforam uma verdadeira escola, no s para mim,mas para toda uma gerao de barrageiros.

    Em cada projeto havia tempo suficiente paraestudar as melhores alternativas de soluopara qualquer problema, era possvel pesquisarnovos materiais e tcnicas construtivas, e os pro-

    jetos eram to bem detalhados que quaseno havia espao para erros ou enganos.As mudanas daqueles tempos para os

    atuais foram enormes. Emtermos de projeto, houveo advento do computadore das inmeras consequ-ncias benficas trazidaspor esta ferramenta. Osprogramas de computadorpermitem tomadas de deci-so mais abalizadas, pois muito mais fcil e rpido es-tudar alternativas e efetuarsimulaes paramtricas.Outro ponto positivo foi aintroduo da necessidadede estudos ambientais e

    a necessidade de adoo de medidasmitigadoras nos vrios projetos, alm daobrigatoriedade de construo de eclusas

    em vrias novas usinas.As pesquisas passaram a ser consideradas im-portantes, inclusive sob o aspecto institucional- a verba destinada pela Agncia Nacional deEnergia Eltrica - ANEEL para pesquisas tempermitido significativos avanos no conheci-mento da engenharia, propiciando soluesmais seguras e econmicas. A globalizaotrouxe tambm melhorias, pois a competiopassou a ser internacional e o fato de empre-sas estrangeiras entrarem no pas obrigou asnacionais a evolurem mais rapidamente para

    enfrentar a concorrncia.Por outro lado, o fato do pas ter ficado para-lizado por quase 20 anos causou uma signifi-cativa desagregao das empresas brasileirasde projeto e construo no que diz respeitos obras de barragens. Perdeu-se boa parte decrebros bem treinados e competentes, que mi-graram para outros ramos ou se aposentaram,no tendo havido reposies, pois os egressosdas faculdades de engenharia civil no viamfuturo neste mercado e preferiram migrar, prin-cipalmente, para as reas de bancos e mercadode capital.

    A globalizao trouxemelhorias, pois a

    competio passou a serinternacional, obrigandoas empresas nacionais aevoluir mais rapidamente

    para enfrentar aconcorrncia.

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    REVISTA CONCRETO 9 per

    sonalidadeentrevistada

    Outro fato negativo foi a imposio de licita-es de projetos e construes decididas pelomenor preo, seja por parte de rgos governa-mentais, seja pela iniciativa privada, o que leva contratao, o mais das vezes, de empresasde projetos e de construtores que no tm oknow-how para a construo de uma barra-

    gem. Ou, se o tem, no dispem de recursossuficientes para as investigaes geolgicas ede tecnologia do concreto que iro embasar oprojeto bsico. O resultado pode ser um projetobsico mal formulado, que pode vir a acarretarcustos inesperados e, s vezes, extraordinrios,durante a construo ou na fase de operao:as investigaes geolgicas indicam um tipo desolo, mas, na fase de escavao, foi constatadacomposio diferente; ou, no projeto estespecificado um tipo de concreto, mas,por inexistncia de estudos adequados,este pode vir a ser composto de agrega-dos reativos com os lcalisdo cimento, etc. E isso numcontexto em que o contra-tante quer receber o pro-duto pronto, conforme asespecificaes, mas no fis-caliza, ficando a produoe o controle de qualidade acargo do construtor, o querepresenta um conflito deinteresses: se o controlefor rigoroso, a produo

    cai, os custos aumentam ecorre-se o risco de atrasos emultas; se o controle no adequado, cai a qualidade da obra.A sensvel reduo nos investimentos paraos estudos de viabilidade, para os projetosbsicos, nos controles tecnolgicos de obra e,finalmente, nas fiscalizaes de campo leva, emdeterminados casos, a situaes onde algumasbarragens construdas passam a apresentar de-feitos congnitos, s vezes irreversveis, comoresistncias no confiveis, fissuras causadas por

    tenses de origem trmica e problemas relacio-nados com reao lcali-agregado, o que podeinclusive vir a causar danos ao funcionamentodas peas eletro-mecnicas. Os investidoresainda no perceberam que, em muitas obras,acabam gastando mais dinheiro nos consertosdo que despenderiam se tivessem investidomais em qualidade quando do projeto e daconstruo.A meu ver uma das sadas para mitigar estesproblemas est em:

    Primeiro: obrigatoriedade de contratao,por parte dos proprietrios, de empresas de

    engenharia competentes que possam fazernos projetos o chamadopeer review, ou seja,revisar de modo independente seus pontosimportantes; Segundo: obrigatoriedade de contrataodo controle da qualidade da construodiretamente pelo proprietrio.

    IBRACON Quais as tecnologias usadasnessas usinas?Selmo Chapira Kuperman As usinas de Jupie Ilha Solteira foram pioneiras em uma sriede novas tecnologias introduzidas no pas noque diz respeito rea civil. Entre os inmerosaspectos novos no campo da tecnologia deconcreto encontram-se: ensaios especiais de laboratrio

    para as determinaes de calorespecfico, coeficiente de dilataotrmica, difusividade trmica,

    elevao adiabticade temperatura,fluncia, capacidade dedeformao, coeficientede permeabilidade; uso de corpos de provade at 45cm de dimetroe 90cm de altura, entreoutros; estudos de tensesde origem trmicaatravs do mtodo dos

    elementos finitos e, comisso, a fixao de alturasde camadas, intervalos

    de lanamento entre camadas etemperaturas de lanamento;utilizao ampla de concretos

    refrigerados e lanados a baixastemperaturas, chegando em muitos casosa 7oC; estudos profundos sobre reao lcali-agregado e uso de materiais pozolnicospara mitigar a reao, assim como construo

    de fbrica de pozolana artificial para supriras obras; mtodos de dosagem especficos paraconcreto-massa; uso de novas metodologias construtivas,tais como: formas deslizantes, esteirastransportadoras, uso de caambas de grandecapacidade (cerca de 3m3) de concreto; controle completo de qualidade de todosos materiais utilizados nas obras alm dosconcretos, tais como elastmeros, aos, etc;este sistema, aliado intensa fiscalizao decampo e liberaes de concretagens foi, em

    A sensvel reduo nosinvestimentos para os estudosde viabilidade, para os projetos

    bsicos, nos controlestecnolgicos de obra e,

    finalmente, nas fiscalizaes decampo leva, em determinados

    casos, a situaes onde algumasbarragens construdaspassam a apresentar

    defeitos congnitos.

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    seguidos. Entre as tcnicas utlizadas estavam oconcreto bombeado, concreto transportado poresteiras, espalhamento do concreto com tratorde lminas, vibrao com bateria de vibradores,formas deslizantes abrangendo reas enor-mes, concreto expansivo, concreto com fibras,concreto poroso, concretos-massa variados e

    concretos estruturais de elevadas resistncias compresso para poca (cerca de 50MPa), entrevrios outros aspectos. Os aspectos logsticos deItaipu foram to complexos que, em meados dadcada de 1990, engenheiros do Brasil forama China para explicar aos chineses como haviasido o planejamento construtivo, aspectos doprojeto e outros detalhes que pudessem ser poreles aproveitados para construo da famosa

    hidreltrica de Trs Gargantas.Em Tucuru, os problemas logsticos eramde outra ordem de grandeza, pois os gran-des desafios estavam ligados distncia da

    obra aos grandes centrose ao fato de se trabalharpela primeira vez numgrande empreendimentohidreltrico na regio ama-znica. Boa parte dos pro-fissionais que trabalharamem Tucuru veio de outrosgrandes empreendimentosque havia sido construdosna dcada de 1970 pelaCESP, Furnas e Cemig. Desta

    forma, a mo de obra doprojeto e da construo eraexperiente e, apesar da dis-

    tncia, pde resolver de maneira bastanteadequada todos os desafios impostos.Foi utilizada refrigerao no concreto,

    a partir de vrios estudos trmicos realizados,inclusive com variaes significativas das tempe-raturas de lanamento nas diversas estruturas.A reatividade dos agregados foi combatida comuso de pozolana artificial e, posteriormente,com cimento pozolnico. Novas tcnicas cons-

    trutivas foram empregadas, como a ponte deconcretagem, na primeira etapa, e concretocompactado com rolo, na segunda etapa.Pode-se dizer que os 8.000.000m3 de concre-to lanados esto impecveis. Alm de tudo,tanto Tucuru quanto Itaipu, contam com umesquema de instrumentao de auscultao deprimeira grandeza.

    IBRACON Quais so os fatores determinantesna construo de grandes barragens no Brasile no mundo?Selmo Chapira Kuperman Uma das

    seu tempo, um precursor do denominadosistema de qualidade total; utilizao intensa de instrumentao nasestruturas de concreto e suas fundaescom as finalidades de segurana, verificaodo atendimento aos critrios de projeto etambm como pesquisa;

    uso de idades superiores a 28 dias paraos controles de resistncia dos concretos:90, 180 e at 360 dias; com isso, a economiade cimento foi marcante e as fissuraestrmicas minimizadas; para que tudo isso fosse vivel, houvenecessidade da construo de um laboratriode primeira grandeza e, na poca, foi o daCESP considerado o mais avanado do pas,em tecnologia do concreto - este mritocabe, atualmente, ao laboratrio deFurnas, em Gois.

    IBRACON Voc partici-pou tambm dos projetosde barragens de Itaipu eTucuru. Quais as principaisdiferenas, em termos depesquisa, projeto e tecno-logias construtivas dessesempreendimentos em re-lao aos anteriores? Quaisforam os desafios?Selmo Chapira Kuper-man Os grandes desafios

    de Itaipu estavam ligados grandiosidade do em-preendimento. A logsticateve papel fundamental, assim como agarantia da qualidade. Afinal, numa obrade 12.600.000m3 de concreto, onde sechegou a volumes de concreto mensais prxi-mos de 300.000m3, no poderia haver falta demateriais de qualidade, testados previamentee aprovados, caso contrrio o ritmo construtivopoderia ser afetado, bem como a qualidadedo produto final Da mesma forma, o projeto

    deveria prever, muito tempo antes, os possveisproblemas e estudar suas solues! Novas tcni-cas foram desenvolvidas, tais como: os primeirosestudos e aplicaes de concreto compactadocom rolo no Brasil, graas ao apoio de um la-boratrio de primeira grandeza de tecnologiade concreto e de estruturas (inclusive com lajede reao) construdo especialmente para ausina de Itaipu.Esta obra utilizou quase todos os tipos deconcreto conhecidos e mtodos construtivospara que a qualidade fosse a melhor, os pra-zos, obedecidos, e os projetos, rigorosamente

    O controle completo dequalidade de todos os materiais

    utilizados nas obras, almdos concretos, tais como

    elastmeros, aos, etc, aliado intensa fiscalizao de campo eliberaes de concretagens, foi,em seu tempo, um precursordo denominado sistema de

    qualidade total.

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    sonalidadeentrevistada

    softwares baseados no mtodo dos elemen-tos finitos possibilitam estimar com maiorrealismo as variaes de temperaturas nasbarragens e, conseqentemente, melhorar ocontrole da fissurao.

    IBRACON O CCR ainda a tecnologia mais

    avanada na construo de barragens? Quaissuas expectativas para o Simpsio InternacionalConcreto Compactado com Rolo?Selmo Chapira Kuperman O CCR est hojeno estgio de uma convergncia de idias, ad-vindas do uso dessa tcnica e de sua pesquisano mundo todo. O Brasil, pelo nmero de obrasconstrudas em CCR, teve a oportunidade detestar e aplicar essa tcnica vinda do exterior,

    contribuiu para seu aprimoramento. Du-rante todo esse tempo, houve uma trocamuito frutfera entre os engenheiros bra-sileiros e os de outros pases.

    Atualmente, seja pela fa-cilidade construtiva, peloseu desempenho e pelaeconomia de custos, nosestudos de viabilidade deprojeto de construo debarragens, o CCR umadas primeiras alternativasconstrutivas a ser conside-radas.O Simpsio CCR visa justa-mente trazer para o Brasil

    o dilogo que vem acon-tecendo sobre o concretocompactado com rolo no

    mundo, em simpsios e em congressos rea-lizados na China, na Espanha, nos EstadosUnidos. No Brasil, o ltimo evento sobre o

    CCR aconteceu h dez anos, sendo patrocina-do pelo IBRACON e pelo Comit Brasileiro deGrandes Barragens. Por isso, o atual presidentedo IBRACON, Rubens Machado Bittencourt,viu como oportuna a realizao de um Sim-psio sobre o CCR no 50 Congresso Brasileiro

    do Concreto, a ser realizado em Salvador, emsetembro.Apesar do pouco tempo que tivemos para orga-nizar o evento, procuramos convidar expertsdediferentes pases, de diferentes reas do globo,para que dessem seus depoimentos do queocorre com o CCR em cada continente. O obje-tivo conhecer os diferentes parmetros usadosna aplicao do CCR, gerando um ambiente dedebate que contribua para o aperfeioamentoainda maior do material, para que as constru-es tenham seu desempenho melhorado e seucusto minimizado.

    primeiras grandes barragens de concretoconstrudas no mundo foi a Barragem deHoover, construda na dcada de 30, nos Es-tados Unidos. Boa parte do que se faz aindahoje , em termos de construo de grandesbarragens, originada daquela obra. Claro:aperfeioado inmeras vezes. Houve mudan-

    as: novos equipamentos e novos materiais.Mas, os princpios construtivos so ainda osda Barragem de Hoover.Uma inovao significativa para a construode barragens foi o advento do concreto com-pactado com rolo (CCR), em 1970, nos EstadosUnidos e no Japo, porque reduziu custos eprazos. No Brasil, as primeiras experincias comesta tecnologia foram realizadas em Itaipu. Emseguida, ele foi usado em So Simo,em Tucuru, e muitas outras. De 1986,quando se construiu a primeira barragembrasileira com CCR, at hoje, foram cons-trudas aproximadamente50 barragens no pas comessa tecnologia.O CCR, diferentementedo concreto convencio-nal, no necessita de vi-bradores de imerso pararealizar o adensamentodo concreto, pois este feito por meio de roloscompactadores. Com eles,no h necessidade de

    paradas na construo: oconcreto lanado con-tinuamente, agilizando oprocesso construtivo. Outra vantagem:o concreto pode ser lanado em tempochuvoso. O resultado um produtode alta qualidade que propicia rapidez deconstruo e significativas redues de custoda obra.Outro fator que vem contribuindo para a cons-truo de barragens o desenvolvimento deaditivos, componentes que melhoram a apli-

    cabilidade do concreto e suas caractersticas,trazendo tambm economia e de uso em todomundo.No Brasil, podemos citar ainda a evoluo nafabricao de cimentos desde a dcada de 70.Hoje em dia, a indstria cimentcia fornece aomercado diversos tipos de cimentos, o que per-mite que, para cada tipo de estrutura, se utilizeum tipo especial de cimento.Pode-se ainda citar o uso de softwares sofisti-cados para clculos nos projetos de barragens,pois possibilitaram melhorar os dimensiona-mentos com impactos na economia. Vrios

    Atualmente, por suafacilidade construtiva, seu

    desempenho e pela economiade custos, nos estudos deviabilidade de projeto deconstruo de barragens,

    o CCR uma das primeirasalternativas construtivas a

    ser considerada.

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    IBRACON Qual a participao da academiano desenvolvimento da construo de grandesbarragens?Selmo Chapira Kuperman No Brasil, acontribuio da academia para a evoluoconstrutiva de barragens muito reduzida.Seja porque sua funo principal a forma-

    o de engenheiros, no dar apoio cons-truo de usinas e barragens. Seja porque aformao do professor no busca a aproxi-mao da academia com o mercado, devido dedicao exclusiva. Acredito que deveriase abrir uma brecha para que os profissio-nais no-doutores pudessem contribuir coma formao dos engenheiros, por meio decursos especiais, pois os engenheiros saem dagraduao sabendo muito pouco sobrea estrutura de uma barragem.Praticamente, todo o conhecimento sedesenvolve em campo. Os desafios decampo impem a buscade alternativas construti-vas obtidas por meio dacontratao de empresasde consultoria e de enge-nheiros com larga expe-rincia na construo debarragens.No incio da construodas grandes barragensbrasileiras, os engenhei-ros responsveis foram

    tutelados por especialis-tas estrangeiros. Quandocomearam a ser constru-das Jupi, Ilha Solteira, Itumbiara eSo Simo, no havia ainda um know-how inteiramente nacional, ento asempresas trouxeram vrios consultores es-trangeiros, que vinham aqui periodicamen-te, sugerindo diversas solues baseadasem suas experincias. Mesmo no controlede qualidade por meio de ensaios e labora-trios, na rea de tecnologia do concreto,

    onde a academia poderia ter contribudo, oque se observava que os laboratrios decampo das grandes barragens eram muitomelhor equipados que os laboratrios dasuniversidades.Hoje, no h mais essa necessidade de trazerespecialistas de fora, pois vrios especialistasbrasileiros tornaram-se consultores interna-cionais no campo da hidrulica, da geotecnia,da tecnologia de concreto, entre outros. Poroutro lado, recentemente tem havido umacooperao entre as empresas de gerao deenergia eltrica e as universidades no campo

    da pesquisa de problemas que afetam barra-gens e outras estruturas, como, por exemplo,nos estudos sobre as reaes lcali-agregados,que afetam barragens, mas tambm edifcios,pontes, viadutos, tneis e por a afora. Essacooperao vem de uma regulamentaoda Agncia Nacional de Energia Eltrica

    ANEEL que obriga as empresas de energia ainvestirem parte de seu faturamento anualem pesquisa e desenvolvimento. Parte des-sas pesquisas resulta em melhoria na prpriaconstruo de barragens ou na manutenode barragens existentes.

    IBRACON O Governo Lula decidiu poraproveitar o potencial hdrico da Amaznia.

    Dois projetos de usinas hidreltricas jforam licitados no rio Madeira SantoAntnio e Jirau e o prximo ser ausina de Belo Monte, no rio Xingu.

    Qual sua expectativa emrelao qualidade des-sas construes e ao seuimpacto ambiental naAmaznia?Selmo Chapira Kuper-man So duas usinashidreltricas portentosas,que demandaro volumesenormes de concreto, ecom impactos ambientaisgrandes, porm j perfei-

    tamente equacionados,e que esto sendo estu-dadas h muitos anos.

    Acredito que elas tenham os estudosgeolgicos, geotcnicos e de concretonecessrios para um bom projeto bsi-

    co. E, alm disso, as empresas que ganharamos leiles so grupos com grande experinciaem construo de usinas, sabem como asobras devem ser tocadas. Por isso, no tenhoo menor temor quanto qualidade da cons-truo e da operao dessas usinas.

    Com relao aos impactos ambientais, creiotambm que esto bem dimensionados eminimizados. Tenho acompanhado a cons-truo de outras usinas de porte em outrasregies do pas e noto que os impactosambientais dessas usinas foram minimiza-dos, tudo o que foi pedido para mitigar oimpacto, nas populaes vizinhas, na sa-de, na navegao, na educao, em relaos populaes indgenas, foi cumprido. Osgrupos que iro construir Santo Antnio eJirau tm tradio em lidar com a questodo impacto ambiental.

    Deveria se abrir uma brechapara que os profissionaisno-doutores pudessem

    contribuir com a formaodos engenheiros, por meio

    de cursos especiais, pois osengenheiros saem da

    graduao sabendo muitopouco sobre a estrutura

    de uma barragem.

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    sonalidadeentrevistada

    IBRACON To importante quanto construirbarragens ter o controle de operao e demanuteno delas. Esse controle e manuten-o so satisfatrios no pas? O que precisaser feito para melhorar o programa de ma-nuteno de barragens pelo pas?Selmo Chapira Kuperman preciso fazer

    uma diviso: as barragens de usinas hidrel-tricas e as barragens para outras finalidades.As barragens das usinas hidreltricas, nagrande maioria dos casos - eu no conheotodas - ao menos, as UHEs (Grandes UsinasHidreltricas) tm programas de manuten-o de primeiro mundo, que so exemplosmundiais, como o caso das usinas de CESP,de FURNAS, da ELETRONORTE, da CHESF, daCOPEL, da CEMIG, entre outras. Istoporque a ANEEL exige que o propriet-rio apresente todo ano, se no me en-gano, um relatrio sobre as condiesdessas barragens, assimcomo envia inspetorespara avaliar as condiesdessas barragens. O mes-mo no ocorre para asPCHs (Pequenas CentraisHidreltricas): para partedelas, principalmente asantigas, os programasde manuteno so ru-dimentares e deixama desejar.

    Por outro lado, nas bar-ragens para outros usos para abastecimento degua, principalmente a realidade calamitosa em partes do pas. Todos osanos ocorrem rupturas de barragens depequeno porte ou audes no Brasil, em nme-ro muito alto. Esses dados so compilados edivulgados por uma comunidade de barra-geiros, na Internet, chamada Dam Safety.Uma das solues para essa situao podeestar na aprovao de um projeto de lei em

    tramitao no Congresso Nacional sobre Se-gurana de Barragens, porque vai obrigar osproprietrios a cuidar das barragens sob penade multas e crimes ambientais. o projetode lei 1181 de 2003. Ele estabelece a PolticaNacional de Segurana de Barragens, cria oConselho Nacional de Segurana de Barra-gens e o Sistema Nacional de Informaes deSegurana de Barragens. Atualmente, MinasGerais possui uma lei estadual que pune osproprietrios de barragens que no cuidaremadequadamente de sua propriedade. Essalei foi implantada depois do rompimento

    de diversas barragens de rejeitos mineraisno estado e das situaes calamitosas queprovocaram.

    IBRACON Voc foi presidente do IBRACON.Qual a importncia do instituto para o setorde construo civil, especialmente nessa po-

    ca de retomada do setor no Brasil?Selmo Chapira Kuperman O IBRACON fundamental para o setor nacional deconstruo civil porque o frum onde oconhecimento sobre o concreto debatido,onde os engenheiros podem recorrer parabuscar know-how. Ele o plo concentradorde informaes tcnicas e tem prestado esteservio h muitos anos, a duras penas. Como

    hoje as obras esto sendo geridas porengenheiros recm-egressos das facul-dades e a transmisso de conhecimentosda antiga para a nova gerao no foi

    satisfatria no passado(o campo das barragens um exemplo deste pro-blema, embora exista umaquantidade enorme depublicaes a respeito), oIBRACON fundamentalpara os profissionais jo-vens, pois onde devembuscar as referncias parano cometer os erros quens cometemos quando

    estvamos no incio de car-reira. Por isso, o IBRACONdeveria receber um maior

    apoio das empresas, que assim estaroinvestindo na qualidade e na economiadas construes e na formao adequada

    dos engenheiros mais jovens.

    IBRACON O senhor recebeu recentemen-te o ttulo de scio honorrio do AmericanConcrete Institute (ACI). Como foi receber ahomenagem? Qual seu valor simblico em

    sua carreira profissional?Selmo Chapira Kuperman Receber a ho-menagem foi emocionante. Foi um ttulo queno esperava e que presta uma homenagemno somente a mim, mas, principalmente, engenharia nacional e ao IBRACON, porqueo Instituto Brasileiro do Concreto interna-cionalizou-se, passou a ter mais interaocom as entidades congneres mundiais e,especialmente, com o ACI. Receber a home-nagem me diz, especialmente, que estou nadireo certa, no caminho certo, e que devoprosseguir.

    Todos os anos ocorremrupturas de barragens depequeno porte ou audes

    no Brasil, em nmeromuito alto. Uma das

    solues pode estar noprojeto de lei 1181.

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    Cimento: mais,melhor emais

    baratocom usode aditivosManfredo Belohuby

    Sika Brasil S/A

    Resumo

    A indstria de cimento vem apresentan-do um rpido crescimento em todo o mundo.

    Em 2005, a produo mundial alcanou a marcade 2,27 bilhes de toneladas, distribudos con-forme o grfico 1.

    A produo de cimento vem apre-sentando um ritmo de crescimento bastanteintenso, considerando dados mundiais. Ocrescimento verificado entre 1998 e 2005foi de, aproximadamente, 80%. Os maioresprodutores mundiais de cimento so, pelaordem: China, ndia, EUA, Japo, Coriae Espanha.

    No Brasil, vivemos um perodo bastanteprodutivo at 1999, ano em que superamos os

    40 milhes de toneladas. Em virtude da reces-so vivida logo aps, a produo de cimentono Brasil apresentou declnio, chegando aregistrar somente 33 milhes de toneladasem 2003/2004, voltando a crescer aps 2005.

    Em 2006, a produo voltou ao nvel de 41,6milhes de toneladas, o que coloca o Brasilnovamente no patamar dos maiores produtoresmundiais de cimento.

    Como toda atividade econmica, prin-cipalmente aquelas ligadas com a extrao ebeneficiamento de recursos naturais, as preocu-paes da indstria do cimento voltam-se paraas questes de sustentabilidade, procurandoformas de racionalizar a expanso da produocom os cuidados relativos ao meio-ambiente.

    Dessa forma, a produo de cimentos compos-tos ganha cada vez mais importncia, uma vez

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    ENTOSECONCRETOS

    que procura reduzir a necessidade de extraode minrio, bem como diminuir a emisso deCO2 resultante do processo de produo doclnquer, substituindo-o por alternativas comoescria de alto-forno, cinzas volantes ou filler.

    A produo de cimentos compostos emnvel mundial pode ser observada no grfico 2.

    Verifica-se, pelo grfico 2, que somen-te 34% da produo mundial de cimento socimentos puros, sendo que esta proporoencontra-se em ritmo de queda acelerada. Poroutro lado, 66% dos cimentos produzidos socompostos, cimentos estes que apresentam

    quase sempre a necessidade de algum produ-to complementar para atingir a performancerequerida.

    A produo de cimento tipo I vem dimi-nuindo na Europa e em outros mercados, e estaqueda ser intensificada pelos prximos anosat 2012, com a implementao do EuropeanUnion Grenhouse Gas Emission Trading Sche-me, de acordo com o Protocolo de Kyoto.

    Esta tendncia tambm se observa noBrasil, onde os cimentos Portland tipos I e V re-

    presentam menos de 8% da produo total, e oscimentos compostos tipos II, III e IV representamampla maioria (fonte: SNIC 2006).

    Cimentos produzidos com uma elevadasubstituio de clnquer esto continuamen-te ganhando participao no mercado. Istovem ocasionando maiores desafios, no queconcerne produo, desenvolvimento deresistncias do produto final e cuidados como meio-ambiente, traduzindo-se por uma pres-so interna sobre a indstria cimenteira para

    a reduo gradual do uso de matrias-primasnobres, reduo de custos e uso sustentveldas fontes energticas, somada a uma pres-so externa para o aumento da qualidade doproduto e cuidados ambientais.

    Aditivos para moagem

    Cerca de 36% do consumo energticototal de uma planta de produo de cimento destinado moagem, enquanto 30% destina-se

    produo de clnquer.O uso de aditivos para moagem por

    parte da indstria cimenteira uma tentati-va de agir justamente nestes pontos crticos,contribuindo decisivamente para a produode cimentos de elevada qualidade, de formarentvel e, ao mesmo tempo, atendendo snecessidades de proteo ambiental.

    Os aditivos para moagem atuam em trsfrentes principais, quais sejam:

    melhorando a eficincia do processo de moagem, resultando em aumento do volume de produo e conseqente

    reduo no consumo de energia; melhorando a qualidade do produto final,originando novos produtos e permitindoum aumento na substituio de clnquer;

    satisfazendo necessidades especficasrelativas a ecologia e meio-ambiente, pelareduo da energia necessria moagem ereduo do consumo de energia necessrio

    produo de clnquer, reduzindo

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    tambm as emisses de CO2resultantes

    destes processos.A figura 1 ilustra as oportunidades resul-

    tantes para os fabricantes de cimento atravsdo uso de aditivos para moagem.

    Os aditivos para moagem atualmenteem uso tm como principais caractersticas:

    permitir ganhos de produtividade (t/h),atravs da facilitao do processo de

    moagem e do controle da re-aglomeraodas partculas finamente modas;

    proporcionar ganhos de resistnciasiniciais, finais ou ambas;

    proporcionar reduo dos tempos de pegado cimento.

    Alguns aditivos para moagem oferecemcomo caracterstica adicional uma melhora nafluidez do cimento. Isto torna-se importante,

    sobretudo, porque facilita o transporte docimento, evitando entupimentos e obstruesde tubulaes, e para a estocagem do produtoacabado, possibilitando um aumento da capaci-dade de estocagem dos silos atravs da melhoracomodao do cimento.

    Tipos de aditivos

    Os aditivos para moagem so tradicio-nalmente divididos em duas categorias princi-pais: os agentes de moagem propriamente ditose os melhoradores de performance.

    Basicamente, os aditivos de moagempropriamente ditos agem de forma a impedira re-aglutinao das partculas finamente

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    ENTOSECONCRETOS

    modas, aumentando assim a capacidadedo separador e impedindo que as partculasmodas e re-aglutinadas retornem ao moinhocomo partculas grossas ou no devidamentemodas. Alm disso, os aditivos previnem aformao do coating dos corpos moedorese do interior do moinho, ou seja, a fixao dep de cimento finamente modo nas superf-cies que promovem a moagem, aumentandoassim a eficincia do sistema.

    O aumento da eficincia do sistemacomo um todo se reflete de forma diretano aumento da produtividade (t/h) e, con-seqentemente, na reduo do consumoenergtico.

    Os aditivos de moagem proporcionamganhos de produtividade em torno de 10 a20%, mantidas as caractersticas do cimentoe dos equipamentos de moagem.

    J, os aditivos melhoradores de per-formance reagem quimicamente com ocimento, de forma a melhorar caractersti-cas como: resistncias iniciais, resistnciasfinais, incio e fim de pega. Alguns aditivosmelhoradores de performance proporcionamganhos de at 5 MPa nas resistncias iniciais(1 a 3 dias) ou finais (28 dias), para cimen-tos com mesma finura Blaine. Os tempos depega podem ser diminudos drasticamente, oque resulta extremamente importante paracimentos com altos teores de escria, comoos do tipo CP-III.

    Estes aditivos permitem a produode cimentos especiais a partir de cimentosbsicos. Permitem, tambm, a substituio

    de uma quantidade maior de clnquer poradies de custo menor, proporcionandoganhos expressivos, tanto no que se refere acustos de matria-prima, assim como menoresemisses de CO

    2, dada a menor necessidade

    de produo de clnquer.

    Concluso

    Os aditivos de moagem so largamenteutilizados em todo o mundo e passam a sercada vez mais procurados tambm no Brasil.As pesquisas avanam na busca por produtoscada vez mais eficientes, de forma a atenderum mercado cada vez mais exigente, chegan-do inclusive produo de matrias-primasespecficas para esta finalidade por parte dasindstrias qumicas.

    Dadas as caractersticas muito diferentesencontradas em nosso pas, tanto no que con-cerne a matrias-primas, jazidas e equipamen-tos disponveis, o desenvolvimento de aditivosespeciais, feitos sob medida para atender osrequisitos de cada produtor, torna-se, sem d-vida, um diferencial importante. Know-howespecfico e assistncia tcnica contnua sodiferenciais a serem analisados pelo produtoresde cimento na escolha de seus fornecedores.

    O objetivo final da indstria do cimentoe dos fornecedores de aditivos a mesma: pro-duo de mais cimento, de melhor qualidade, eda forma mais econmica, preservando sempreo meio-ambiente.

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    O Instituto Brasileiro do Concreto -IBRACON realiza a Cinqentenria edio doCongresso Brasileiro do Concreto, em Salvador,Bahia, de 4 a 9 de setembro de 2008. Maiorfrum nacional e latino-americano de debatessobre o concreto e suas aplicaes em obrascivis, o evento objetiva discutir e difundir as

    pesquisas e tecnologias construtivas para acadeia da construo civil.A marca do Congresso Brasileiro do

    Concreto a diversidade de acontecimentostcnico-cientficos realizados simultaneamente.Esto previstas para o 50 CBC 2008:

    413palestras tcnico-cientficas, onde aspesquisas em andamento nas universidades

    e institutos de pesquisa nacionais elatino-americanos so apresentadas

    aos participantes; 2 Painis de Temas Controversos, quedebatero temas atuais e polmicos do

    mercado de construo; 11 Conferncias Plenrias, proferidaspor renomados especialistas de empresas e

    universidades nacionais e estrangeiras,sobre seus ramos de atuao;

    Workshop sobre Pavimentos de Concreto (PAV 2008):apresentar as tcnicas

    nacionais e internacionais para a execuo,controle e manuteno de pisos industriaise pavimentos de concreto;

    3 Concursos Estudantis: competies entreos estudantes de engenharia e arquitetura

    em torno da elaborao de um prtico e de uma bola de concreto e de um pr-projeto arquitetnico;

    Cursos de Atualizao Profissional sobreas tecnologias construtivas, ministradospor profissionais diretamente envolvidoscom o assunto;Simpsio sobre Concreto Compactadocom Rolo (RCC 2008):apresentar aspesquisas e aplicaes com o RCC nos

    cinco continentes; IV Feira de Produtos e Servios para aConstruo, onde os participantes podem

    se atualizar sobre os produtos e serviosoferecidos pelas empresas do setor;

    Palestras Tcnico-Comerciais: apresentaes formais dos produtos e

    servios expostos na Feira; Visitas tcnicas programadas:congressistas

    tm a chance de conhecer obrasemblemticas de Salvador;

    Reunies Institucionais:diretores do Instituto renem-se para planejar suasatividades anuais.

    Uma maratona do saber, onde participamestudantes, pesquisadores, professores, tcnicos,projetistas, tecnologistas, vendedores tcnicos,engenheiros em geral, marqueteiros, empresrios,construtores, fornecedores, funcionrios pblicose outros agentes da cadeia da construo.

    As inscries esto abertas.Valorespromocionaispara quem se inscrever pelo siteat o dia 20 de agosto.

    Mais informaes: www.ibracon.org.br

    IBRACONvaicomemorar o

    50 CongressoBrasileirodoConcreto emSalvador

    Elevador Lacerda Salvador, Bahia

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    Num espao de 28,4mil m2, a Feira Brasilei-ra das Construes em

    Concreto (FEIBRACON)vai trazer ao pblico asnovidades em termos deprodutos, equipamentos,tecnologias e sistemas cons-trutivos base de concreto.Sero 70 estandes de ex-posio, onde as empresastm a chance de estreitarseu relacionamento com osclientes, pela apresentaotcnica de seus produtos eservios e pela realizao dedemonstraes prticas.

    A IV FEIBRACONser aberta ao pblico eacontecer no 2 piso doCentro de Convenesda Bahia, considerado o melhor centro de con-venes do Nordeste brasileiro. A participaona feira permite s empresas patrocinadoras eexpositoras a deduo no Imposto de Renda,pois o evento se enquadra no programa doFundo de Pesquisa e Desenvolvimento Cient-fico e Tecnolgico. Informe-se sobre os espaos

    de venda: 11-3735-0202.

    Palestrantes Internacionais

    Esto confirmadas as presenas e pales-tras nas Conferncias Plenrias Internacionaisdo 50 Congresso Brasileiro do Concreto:

    Brian Forbes (GHD, Austrlia): RCC Desenvolvimento e Inovao

    Charles Nmai (BASF, EUA):O impactodo uso de aditivos superplastificantes naexecuo de concretos protendidos e

    pr-fabricados. Daniel Cusson (National Research Councilof Canada/ University of Sherbrooke,EUA):A cura interna no concreto de altodesempenho de pontes

    Julie M. Vandenbossche (Universidadede Illinois em Urbana-Champaign, EUA):

    Projeto, construo e aplicaes emWhitetopping ultradelgado A experinciados EUA

    Joaqun Dez-Cascn Sagrado

    (Universidade de Cantabria, Espanha) Johann Geringer (Department of WaterAffairs and Forestry, frica do Sul)

    Kumar Mehta (Universidade daCalifrnia em Berkeley; EUA)

    Mark Snyder (Universidade de Pittsburg,EUA):100 anos de pavimentao nos

    Estados Unidos Paulo Monteiro (Universidade da Califrnia em Berkeley, EUA):

    Caracterizao da Nanoestrutura eMicroestrutura do Concreto para a

    Otimizao de sua Durabilidade Per Fidjestol (Elkem Materials, Noruega):A histria da slica no concreto danovidade de seu surgimento para tornar-seum componente-chave no concreto de altodesempenho

    Shigeyoshi Nagataki (Instituto de Tecnologia Aichi/Instituto deTecnologia de Tkio, Japo)

    Surendra Shah (Center for AdvancedCement-Based Materials/Northwestern

    University, EUA):A aplicao da nanotecnologia para o avano do concreto

    Theodore Strobl (Universidade deTecnologia de Munique, Alemanha)

    Timothy P. Dolen (U.S. Bureau ofReclamation, Denver, EUA)

    As palestras contaro com traduosimultnea.

    FEIBRACON

    Farol da Barra Salvador, Bahia

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    O setor da construo civil tem desenvol-vido aes para minimizar seu impacto sobre omeio ambiente: estudos de comportamento dosresduos de construo e demolio incorporadosao concreto; adoo de novas tecnologias nalinha de produo de cimento, que diminuem oconsumo de energia e a emisso de gases do efeitoestufa; utilizao de concretos de maior resistnciae melhor desempenho, que garante a construode obras com maior vida til; entre outras.

    O IBRACON convida os profissionais a en-viarem resumos de trabalhos tcnicos e cientficos

    sobre sustentabilidade na construo civil, para suaapresentao no IX Seminrio de Desenvolvi-mento Sustentvel e Reciclagem na Constru-o Civil, nos dias 16 e 17 de junho de 2009.

    A sociedade tem mostrado uma viso ho-lstica quando se trata de crescer para atender asnecessidades bsicas da humanidade. Hoje, tantoa iniciativa privada como a academia e o poderpblico j entendem que o desenvolvimento nopode ter seu foco apenas no aspecto econmico,

    La Asociacin Argentina de TecnologaDel Hormign AATH realizar su III Congresoen la Ciudad de Crdoba, de 29 al 31 de octu-bre de 2008, con el objetivo de difundir, discutiry poner en conocimiento de la comunidad losnuevos avances y desarrollos sobre tecnologa

    del hormign, logrados en el mbito nacional,regional e internacional.

    TEMARIO

    Cementos y hormigones basados en eldesarrollo sustentableHormigones especialesHormigones destinados a viviendas

    de bajo costoPrefabricacinNuevas tecnologas aplicadas en laejecucin de obras de hormign

    IX SeminrioDesenvolvimentoSustentvele Reciclagem na

    ConstruoCivil

    III CongresoInternacional dela AsociacinArgentina deTecnologa delHormign

    afinal de contas, geraes futuras vo se lembrarde ns como a gerao que fez a diferena oucomo a que destruiu o planeta, pondera o coor-denador do evento, professor Salomon Levy.

    Envie seu resumo para o ComitMeio Ambiente (CTMAB) do IBRACON, at odia 30 de outubro de 2008, atravs do site:www.ibracon.org.br, sobre os seguintes temas:

    Eco-eficincia e Green Buildings; A contribuio do concreto para oDesenvolvimento Sustentvel;

    Resduos slidos e Meio Ambiente:Indstria, Minerao e Construo Civil;Gesto ambiental e Polticas pblicas naconstruo civil;

    Estudo de caso em Gerenciamento de RCD; Tecnologia dos materiais e a sustentabilidade Aquecimento global e Mecanismo;Desenvolvimento Limpo na engenharia civil

    O IX Seminrio de DesenvolvimentoSustentvel vai acontecer no Instituto de En-genharia, em So Paulo.

    Aseguramiento de calidad y tcnicas de evaluacin utilizadas en el campo de la

    tecnologa del hormignExperiencias de obras civiles y de laboratorio

    desarrolladas con materiales regionalesModelos predictivos de la vida til de

    estructuras de hormign Evaluacin de patologas y reparacin deestructuras de hormign y del patrimonioarquitectnicoOtros temas de inters del campo de la

    tecnologa del hormignLugar de realizacin:Facultad Regional Crdobade la Universidad Tecnolgica Nacional.Organizacin y Secretara:Asociacin Ar-gentina de Tecnologa del Hormign (AATH)Avenida Corrientes 2438, 4to. piso, D, Telefax54-11-49526975 e-mail: [email protected] -http://www.aath.org.ar

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    O MC-Frum Paran apresentou arealidade nacional e mundial do concretoauto-adensvel. O evento, ocorrido em 29de maio ltimo, contou com a seguinteprogramao:

    Eng. Cesar Henrique Sato Daher (DAHER Tecnologia): Parmetros para Dosagem do Concreto Auto-Adensvel;

    Eng. Jorge Christfolli (Sita Concrebrs): O Concreto

    Auto-Adensvel em Obras Diversas; Eng. Sandro Eduardo S. Mendes(UTFPR): O Concreto Auto-Adensvelpara Pr-Fabricados;

    Eng. Dr. Tomas Sieber (MC-BauchemieAlemanha):Dosagem e Aplicao do

    Concreto Auto-Adensvel nos PadresEuropeus;

    Eng. Shingiro Tokudome (MC-Bauchemie Brasil): Aditivospara Concreto Auto-Adensvel.

    Participaram 90 pessoas, entre profissio-nais e estudantes.

    Organizado pela MC-Bauchemie e pelaDiprotec, o evento teve o apoio do IBRACON-PR, do Ncleo de Qualidade do Instituto deEngenharia do Paran (IEP), da Concrebrs e daUniversidade Tecnolgica do Paran (UTFPR).

    Dr. Thomas Siber (MC-Bauchemie Alemanha) proferindopalestra sobre a realidade do CAA na Europa.

    Setor construtivodiscuteobraslogsticas eindustriais

    Regional IBRACON Paranapresenta panorama sobreconcreto auto-adensvel

    A retomada do crescimento econmicobrasileiro fez aumentar a importncia das obraslogsticas e industriais. Para debater seu mer-cado, a qualidade e a produtividade, a impor-tncia dos pisos nesse segmento e a demandapor capacitao tcnica, a LPE Engenharia estorganizando o 1 Seminrio Obras Logs-ticas e Industriais: uma viso de valor, emcomemorao aos seus 15 anos de atividade.

    A abertura do evento acontece dia 6 dejulho, no Club Transatlntico, em So Paulo, com par-ticipao do vice-presidente do IBRACON, Prof. PauloHelene. Esto programadas as seguintes palestras:

    Wagner Gasparetto LPE Engenharia:Mercado de pisos e marketing de servios;

    Alessandro C. Cezar Mecalux do Brasil:Sistemas logsticos de alta produtividade;

    Pblio Penna Firme Rodrigues LPE Engenharia:Evoluo das tcnicas de

    projeto e execuo de pisos;Lus Augusto Milano Matec:Gerenciamento de obra e garantiada qualidade;

    Daniel Fernandez Sika:Necessidadesdas obras industriais;J. R. Braguim ABECE:Qualidadeem projetos;Cludio Borges Dumont Engenharia:Pavimentos de concreto aeroporturios;

    Lucio Vitor Soares WTorreEmpreendimentos Imobilirios:Necessidades e exigncias dos clientes Uso

    da engenharia para o sucesso em obras.Mais informaes: www.lpe.eng.br.

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    O usoda calorimetriacomo

    umatcnica decontroletecnolgicode materiaisP. Sandberg e H. Benini

    Grace Construction Products

    Resumo

    Este artigo discute o uso da calorimetriacomo teste de rotina no controle da qualidadedo concreto recebido e suas possveis aplicaesem campo.

    Introduo

    O controle de qualidade durante aproduo, transporte e aplicao do concreto

    crtico para assegurar o desempenho destematerial. Inmeros testes de controle de quali-dade foram desenvolvidos e so rotineiramenteaplicados para controle em campo da qualidadedo concreto lanado, incluindo determinaodo abatimento, teor de ar incorporado e re-sistncia mecnica. Contudo, existem atual-mente novos mtodos de monitoramento dahidratao do cimentorealizado nos concretoscoletados em campoque podem fornecer

    informaes precisasdo comportamento noperodo crtico corres-pondente s primeirashoras aps a aplicaodo concreto.

    A hidrataode materiais cimen-tcios em concretos resultado de umasomatria de reaesqumicas exotrmicas

    dos compostos do cimento, liberando ca-lor. O monitoramento da hidratao pode

    ser medido como total de calor acumulado(pela variao da temperatura) ao longodo tempo. Pesquisas utilizando esta tc-nica, realizadas por W. Lerch, em 1946, jdemonstravam que a taxa de liberao decalor pela hidratao depende grandemen-te da composio qumica e caractersticasfsicas do cimento, presena de materiaiscimentcios suplementares (SCM) e mais re-centemente dos aditivos qumicos utilizados.Tanto a dosagem dos materiais quanto ascondies de cura so variveis que devem

    ser consideradas. Desvios em quaisquer des-tes constituintes do concreto, quantidadeou caracterstica, so facilmente detectadospelo monitoramento do calor de hidrataonas primeiras idades.

    Calor de Hidratao

    O calor de hidra-tao pode ser determi-

    nando por vrios mto-dos. Tradicionalmente, determinado pelo ca-lor de soluo segundoASTM C 186 ou pela de-terminao do calor dehidratao pela Garrafade Langavant. Mais re-centemente, os uso doteste do calormetropelo monitoramentodo calor de hidratao

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    ENTOSECONCRETOS

    pelo tempo tem sido freqentemente adotado

    preferencialmente em laboratrios e centrostecnolgicos.Considerando desde um ponto de vista

    puramente terico, existem dois principaistipos de testes de calorimetria: isotrmico eadiabtico. Na calorimetria isotrmica, o calorde hidratao medido pela determinao dofluxo de calor da amostra, enquanto a amos-tra e o ambiente no qual est inserida somantidos em temperaturas aproximadamenteconstantes. Em um teste em calormeto adia-btico, o calor de hidratao medido pelo

    monitoramento do fluxo de calor da amostra,enquanto esta mantida sobre uma condiode isolamento trmico ideal com mnima perdade calor para o ambiente. Na medida em queum sistema isotrmico ou adiabtico perfeito quase impossvel de se obter sem o uso deequipamento e ambientes bastante delicadose de altssimo custo, o uso de teste de calor-metro semi-adiabtico apresenta-se como umaaproximao adequada para fins prticos deaplicao sendo adotada com sucesso.

    Na Figura 1, mostrado equipamento

    semi-adiabticos para uso em campo.Na Figura 2, apresentada uma curva

    tpica de hidratao do cimento Portland, divi-dida em cinco etapas.

    Etapa I Pr-induo(primeiros minutos)

    Imediatamente aps o contato docimento com a gua, uma rpida dissoluo

    inica de ons de Na+, K+, Ca2+, OH-, SO42-pre-

    sente no cimento solubiliza completamente nosprimeiros segundos com formao simultneados primeiros hidratos. O cimento dissolvidoe reage com os ons de Ca2+e SO

    42presentes na

    fase lquida, formando a etringita, que tambmse precipita na superfcie da partcula de cimen-

    to (1). Este estgio dificilmente totalmentemedido por calorimetria devido ao perodomuito curto de reao

    Etapa II: Perodo de induo/dormncia (primeiras horas)

    Durante este estgio at o incio doperodo de acelerao o comportamento dosmateriais cimentcios determinado, par-ticularmente, quanto s suas propriedadesreolgicas e de pega. A curva de liberaode calor de hidratao nesta etapa pratica-mente nula, correspondendo ao estado frescodo concreto. medida que a dissoluo dosons continua com o tempo, a concentraaode C

    3S precipitado aumenta, representando o

    trmino do perodo de dormncia e iniciandoo estgio 3.

    Etapa III: Perodo de acelerao(3-12 h aps a mistura)

    Neste perodo, vrios hidratos atingema condio de supersaturao, o progresso dahidratao acelerado novamente e torna-secontrolado pela nucleao e crescimento dosprodutos de hidratao, com rpida formaode C-H e C-S-H. A taxa de hidratao do C

    3S au-

    menta e C-S-H, ou segundo estgio, comeaa ser formado. Quantidades significativas so

    formadas dentro de 3 h e os gros apresentam-se totalmente cobertos aps 4 h. As camadasinternas crescem externamente e, em aproxima-damente, 12 h possuem a espessura de 0,5-1,0m, estgio tambm conhecido como pontode coeso, coincidindo com a taxa de liberaomxima, que corresponde aproximadamenteao trmino da pega. A estrutura interconecta-da das camadas considerada importante nadefinio das propriedades mecnicas e outrapropriedades, tambm dependentes da distri-buio de partculas e cimento (2).

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    Etapa IV e V: Perodo deps-acelerao (aps 12 h)

    Neste perodo, a taxa de hidrataodiminui gradualmente, uma vez que a quanti-dade de material a reagir diminui e a taxa de hi-dratao passa a ser controlada pela difuso.

    A fase C-S-H continua a ser formadaatravs da contribuio da hidratao con-tnua de C

    2S e C

    3S. A contribuio do C

    2S au-

    menta com o tempo e como conseqncia ataxa na qual o hidrxido de clcio formadodiminui. Com a contnua diminuio da per-meabilidade da camada hidratada formada,C-S-H comea a depositar-se internamente,e o crescimento da superfcie em direo aoncleo anidro ocorre mais rapidamente que

    a reao da alita (3).

    Calormetro de Campo

    Atualmente uma grande quantidadede dados utilizando tnicas de calorimetria descrita por laboratrios de pesquisa nainvestigao dos efeitos da hidratao dedistintos materiais cimentcios e suas intera-es/compatibilidade com aditivos qumicos

    (4). Contudo, no so encontrados muitosresultados de testes em aplicaes reais emcampo medindo o comportamento do mate-rial durante o uso.

    1ASTM C1679 Pratice for Measuring Hydration Kinetics of Hydraulic Cementitious Mistures usingIsothermal Calorimetry projeto de norma em consulta pblica, enquanto o subcomit C09.48 estuda

    a proposio do mtodo considerando o uso de calormetros semi-adiabtico.

    Uma das justificativas o fato dos calor-metros em sua maioria serem equipamento dealto custo e complexo para seu uso em obra;adicionalmente, um teste adiabtico tradicio-nal pode levar mais de uma semana para serfinalizado, alm dos resultados serem de poucapraticidade quanto a sua interpretao. Outra

    preocupao, j em estudo por comisses denormas nos Estados Unidos, a padronizaode procedimento e equipamentos que permitaa realizao de testes com repetibilidade e con-fiabilidade adequada1. Como forma de popula-rizar o uso desta tcnica como teste de rotina decontrole da qualidade do concreto, necessriaa oferta de equipamento de menor custo, ro-busto e simples para operao em campo e quefornea resultados fcil interpretao.

    Uma curva tpica obtida em um calor-metro semi-adiabtico e a representao dofenmeno fsico associado hidratrao docimento mostrada na Figura 3.

    possvel de uma forma geral interpre-tar a curva de hidratao da amostra, verifican-do os pontos assinalados acima, como:a) Incio do ensaio, coleta do concreto e

    adio no porta-amostras;b) Ajustes iniciais de equalizao da

    temperatura do concreto comparado atemperatura do equipamento;

    c) Temperatura do concreto coletado;

    d) Perodo de dormncia, estado fresco ( possvel a identificao de reao depega instantnea quando existe deficinciano teor de SO

    3disponvel);

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    ENTOSECONCRETOS

    e) Corresponde aproximadamente ao tempode incio de pega;

    f) Corresponde aproximimadamente aotempo de fim de pega;

    g) Hidratao dos silicatos responsveis pelodesenvolvimento da resistncia.

    O uso de calormetros em campo comouma ferramenta de controle da qualidade permiteo estudo de reatividade de um aglomerante emcombinao com os outros materiais (agregados eaditivos), considerando as condies de aplicao,incluindo a condies de mistura e temperaturasdo concreto durante o recebimento, sendo til emuma variedade de aplicaes para os produtores deconcretos, cimento, aditivo e empresas de controletecnolgico, particularmente na determinao: Interao cimento/aditivo;

    Seleo de materiais; Previsibilidade do concreto (estado fresco

    e endurecido); Uniformidade de lotes entregues (caminhes); Liberao para acabamento e corte dejuntas de pisos e pavimentos de concreto.

    EXEMPLO DE CAMPO 1: COMPARATIVODE CIMENTOS DE MESMO TIPO PRODUZIDOS

    EM DIFERENTES FBRICAS

    Na Figura 4, so apresentadas ascurvas de quatro cimentos de mesmo tipo,

    porm produzidos a partir de um mesmoclnquer, utilizando o mesmo aditivo redutorde gua. Pode-se notar que a rea total dogrfico para as quatro diferentes curvas similar e, portanto, no esperado grandesdiferenas no desenvovimento da resistn-

    cia inicial ou tempo de fim de pega. A curvarelativa ao sensor 2 (vermelho) mostra umperodo de induo prolongado e, portanto,maior tempo de incio de pega; enquanto osensor 3 (verde) mostra uma amostra comtempo de pega sensivelmente menor. Dessaforma, possvel concluir que os cimentosem combinao com os aditivos podemapresentar um comportamento diferenciadomesmo tratando-se de cimentos com com-posies similares, produzidos a partir deum mesmo clquer.

    EXEMPLO DE CAMPO 2: VARIABILIDADEDE UNIFORMIDADE DA CINZA VOLANTE

    UTILIZADA NO CONCRETO

    Neste exemplo, foram acompanhadosalguns recebimentos de cinza volante adicio-nado ao cimento puro durante a produo doconcreto. A variao da cintica de hidrataomedida atravs da estimao do tempo de inciode pega, mostrado no grfico, entre os diferen-tes lotes, mostra valores de 12 a 16,5 horas em

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    REVISTA CONCRETo26

    uma mesma temperatura de cura e dosagemde materiais. Esta variao representa um riscode desempenho no satisfatrio quanto a des-forma e endurecimento do concreto aplicado,tornando mais sensvel s variaes de tempe-raturas baixas e concentrao de aditivos.

    Concluso

    O uso do calormetro semi-adiabticoem campo permite avaliar em condies reaiso comportamento do concreto com seu usorecomendado para:Seleo de definio de materiais Comparar misturas usando diferentes tipos/fbricas de cimento; Comparar a interao cimento/aditivos

    utilizado diferente tipos e marcas

    de produtores;

    Avaliar reatividade dos cimentos compostos;

    Determinar dosagem tima de aditivos com um determinado cimento/trao.

    Investigao de Problemasde desempenho Incompatibilidade de materiais;

    Identificao de super-dosagem de aditivo; Identificao de tendncia pegainstantnea;

    Auxilia na determinao do teor de gessotimo para o cimento.

    Variabilidade dos Materiais Teste de desempenho in loco doconcreto recebido;

    Variabilidade de materiais (cimento,proporo e mistura);

    Compatibilidade cimento/aditivo emcondies reais.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [01] LAWRENCE, D.; HEWLETT, P.C. Leas Chemistry of Cement and Concrete , 4th edition, p. 343 - 351. 1998.[02] ODLER,I. and SKALNY, J. In Materials Science of Concrete II (ed. Skalny), p. 319. American Ceramic Society,

    Westerville, OH, 1992.[03] TAYLOR, H.F.W. Cement chemistry. Academic Press, London, 2nd, 1990.[04] WCZELIK, W.N. Thermal methods and microcalorimetry application in the studies of low energy cements.

    Journal of Thermal Analysis and Calorimetry. Vol 38. number 4, 1992. pp 771-775.[05] SANDBERG, P. Material Compatibility Issues Addressed in New ASTM Concrete Standard, 2004. ASTM C 1689.

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    RCADO

    NACIONAL

    A indstria cimenteiratem vivenciado, nos ltimosdois anos, um cenrio bas-tante atpico. As vendas decimento no Pas, assim comoa atividade produtiva das em-

    presas do setor, tm registra-do nveis recordes e valoresjamais antes alcanados.

    Cabe lembrar que, apartir do ano 2000, o setorde cimento sofreu uma que-da acentuada no seu desem-penho, com destaque para oano de 2003, quando foramregistrados os menores vo-lumes produzidos e comer-cializados. Levando-se emconsiderao o fato de quea indstria de cimentos bastante intensivaem capital e que possui custos fixos elevadosde manuteno, a crise registrada no perodogerou alta ociosidade das empresas.

    A virada desse quadro negativo veiocom a recente recuperao da economia na-cional, propiciando nveis melhores de renda eemprego da populao e, conseqentemente,possibilitando um maior poder de compra dosconsumidores. Somando-se a isso, a alta nadisponibilidade de crdito e taxas menores dejuros aplicados aos financiamentos incremen-

    taram a demanda no setor imobilirio, refle-tindo diretamente nas indstrias de materiaisde construo, inclusive de cimento.

    Analisando-se dados divulgados peloSindicato Nacional da Indstria do Cimento(SNIC), pode-se notar que, de 2003 para 2007,ocorreu uma alta de 32,1% no volume pro-duzido e de 29,0% no consumo aparente dosprodutos do setor.

    Os resultados extremamente positivose o aquecimento na demanda acabaram ge-rando alguns gargalos na indstria de cimen-tos. O principal problema que passou a assolar

    Panorama daIndstria

    Cimenteirano Brasil

    o setor foi a oferta limitada, tendo em vistaque as empresas esto com dificuldades ematender elevada procura.

    Alm disso, visando aproveitar o bommomento do setor, alguns players esto come-ando a investir em aquisies e fuses, o queresulta numa maior concentrao do mercado aes estas que esto sendo acompanhadasde perto pelo Conselho Administrativo deDefesa Econmica (CADE), para tentar evitarproblemas futuros para o setor.

    Na outra ponta da cadeia esto os con-

    sumidores finais, que com a oferta restrita,muitas vezes acabam sendo prejudicados peloaumento nos preos do cimento, gerandocustos maiores para o oramento familiar.

    Cabe frisar tambm que, com a de-manda aquecida, muitas cidades localizadasmais distantes dos grandes plos produtoresj chegaram a ter que racionar o volumecomercializado, na busca de atender umnmero maior de consumidores, tendo emvista outro gargalo do setor, o logstico, queacarreta em maior tempo necessrio para areposio dos estoques.

    Samara MiyagiAll Consulting

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    Nesse cenrio, muitascimenteiras esto investin-do na expanso para outrasregies do Brasil, montandofiliais em outros estados queesto apresentando boasperspectivas de desenvol-

    vimento e crescimento domercado imobilirio e, con-seqentemente, da indstriado cimento.

    Estima-se que o setorapresente em 2008 resultadosainda bastante favorveis,principalmente, em virtudedas expectativas de continui-dade do desempenho positi-vo da economia. Vale lembrarque, este ano, sero realiza-das eleies municipais, fato este que contribuipara o setor na medida em que muitas obrasso realizadas em carter de urgncia.

    As indstrias de cimento, estimuladaspela insero em novos mercado, devero am-pliar os nveis de produo e comercializao,visto que esto comeando a descobrir opor-tunidades no mercado internacional atravs

    de parcerias com empresas de outros pases.Por fim, alguns setores demandantes

    das cimenteiras devero contribuir para acontinuidade de crescimento vigoroso dasmesmas, com destaque para o imobilirio,o da construo pesada e o de hotelaria eturismo, que dever ser intensificado nosprximos anos.

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    ENTOSECONCRETOS

    O estudoda adsorono

    desenvolvimentode aditivossuperplastificantes baseadosemterespolicarboxlicos

    Thais dos Santos SouzaBASF Construction Chemicals

    1. Introduo

    Os aditivos so compostos qumicosadicionados ao concreto, em dosagens de at5%, a fim de modificar uma ou mais proprie-dades do seu estado fresco ou endurecido.

    Em muitas ocasies, eles so imprescindveispara a obteno de um concreto com carac-tersticas previstas.

    As propriedades do concreto majorita-riamente so governadas por sua consistncia(propriedade reolgica), que controlada peladisperso das partculas de cimento; esta dis-perso alcanada, principalmente, com o usode aditivos superplastificantes (SPs) de terceiragerao, dentre eles os policarboxilatos (PCs).

    Se, por um lado, os PCs permitem aproduo de concretos com caractersticas

    de fluidez especiais, como no campo de con-cretos de alto desempenho (CAD), por outropermitem a utilizao de traos com relaesgua/cimento muito baixos. Assim, CADs comresistncias e durabilidade muito altas podemser fabricados. Os PCs agem adsorvendo naspartculas do sistema (principalmente de

    cimento), dispersando as mesmas, fazendocom que defloculem e se separem; aplicam-se muito bem na fabricao de CADs compropriedades reolgicas bem ajustadas aomtodo e condies de processamento. Poresse motivo, os estudos da taxa de adsoro ede seu efeito dispersante tm se tornado cadavez mais uma ferramenta poderosa, tantopara o desenho de novas molculas de terespolicarboxlicos (PCEs*) especiais para cadatipo de cimento, assim como para formulaofinal de aditivos para concreto.

    *linha Glenium, BASF Construction Chemicals.

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    2. Adsoro superficial emecanismos de disperso dos PCEs

    A maioria dos SPs adicionados em con-creto exibem uma afinidade com o cimento ecom seus produtos de hidratao. As proprie-dades superficiais das partculas de cimentoe sua interao com a soluo aquosa soalteradas pela adsoro de compostos. OsSPs, por exemplo, sendo molculas orgnicascarregadas (por exemplo, com grupos SO

    3-e

    CO2

    -), adsorvem por atrao eletrosttica:seus grupos negativamente carregados soatrados pelas cargas positivas da superfcieda partcula de cimento (Ver Figura 1). Ascargas negativas das molculas conduzem asuperfcie a adquirir uma carga lquida (po-

    tencial zeta) negativa. Isto induz ao aumentoda disperso do sistema por mecanismo derepulso eletrosttica (Ver Figura 1).

    Grupos funcionais das molculas (porexemplo OH) tambm podem interagir for-temente com as fases hidratadas polares docimento, atravs de interaes de pontesde hidrognio.

    No caso de SPs base de ter policarbox-lico (PCEs, do ingls Polycarboxilic ethers), aditi-vo polimrico de alto peso molecular, dotado degrupos hidroflicos e inicos, a adsoro tambmocorre por atrao eletrosttica (Ver Figura 2a). Adiferena que sua disperso resultante de umasomatria de efeitos. Alm da disperso eletros-

    ttica, existe o mecanismo estrico adicional, quegera uma disperso pronunciada e prolongada.Este mecanismo acontece devido presena decadeias laterais prolongadas ou de grande den-sidade na molcula do dispersante, impedindofisicamente que as partculas onde esto adsorvi-das se aproximem (Ver Figura 2b). O mecanismoestrico desempenha um importante papel, jque dispersantes de baixo peso molecular exibembaixa reduo de gua e fluidificao.

    O mecanismo estrico-eletrosttico dedisperso acaba tornando-se mais eficaz que omecanismo eletrosttico isolado, basicamentepor dois fatores:

    (i) a repulso eletrosttica dependente,principalmente, da quantidade de cargasnegativas presentes na cadeia principaldas molculas; existe um limite mximo nonmero de cargas, acima do qual a

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    adsoro da molcula to forte que no no restam espcies livres em soluo para

    disperso no tempo de trabalhabilidaderequerido.(ii) a repulso estrica dependente dadensidade e tamanho das cadeias laterais.Tambm existe um limite (de tamanho edensidade) de cadeias na molcula; porm

    este limite permite, em efeitos prticos,uma disperso muito mais efetivae/ou duradoura.

    O maior efeito dispersivo do mecanismoestrico acontece pelo fato ser de maior alcance(espacial): os hidratos formados nos primeiros mo-mentos de contato entre gua e cimento possuemdimenso muito pequena quando comparadoscom a dimenso das cadeias laterais do dispersanteadsorvido; o resultado um grande afastamentoentre as partculas (Ver Figura 3).

    A maior durabilidade da disperso estrica

    tambm pode ser explicada pelo tamanho dascadeias laterais diante dos hidratos formados aolongo do tempo (o intervalo de tempo para orecobrimento das cadeias laterais pelos hidratos estendido), mas no s por isso. O tempo dedisperso tambm depende da habilidade dasmolculas adsorverem nos produtos de hidrataodo cimento quer se formam.

    Estas caractersticas dos PCEs permitemque dois parmetros possam ser observados eutilizados para o desenvolvimento de novos adi-tivos: taxa de adsoro e dosagem de saturaode superfcie.

    3. Influncia da taxa de adsoro dosPCEs nas caractersticas

    de trabalhabilidade em CADs

    Se, por um lado, a adsoro depen-dente da composio qumica e da estrutura

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    molecular do dispersante, por outro, tambm influenciada pela composio qumica docimento, sua superfcie especfica e presenade adies.

    bem sabido que uma rea superfi-cial maior (superfcie especfica) disponveldemanda uma maior quantidade de SPspara uma disperso fixada. Entretanto, aadsoro seletiva nas partculas de cimento,a possvel adsoro significativa nas adiese a provvel perda de aditivo nos porosdo agregado tambm devem ser avaliadas emedidas no projeto de um CAD aditivado.

    Primeiramente, a adsoro no ocorreuniformemente na superfcie do cimento;

    algumas fases cristalinas podem adsorvermais que outras. Estudos demonstram que,por exemplo, a adsoro de PCEs aumentamcom a quantidade de C

    3A do clnquer e tam-

    bm com sua forma cristalina ortorrmbica(Ver Figura 4).

    Outro ponto importante que deveser considerado a presena de sulfatos: aquantidade de sulfatos solveis e seu graude hidratao tambm afetam a adsoro,pelo fato de competirem pelos mesmos stiosde adsoro que os PCEs (Ver Figura 5).

    Em cimentos compostos ou at mes-

    mo em concretos adicionados, a presenae quantidade de certos componentes (adi-es) alteram o com-portamento de fluidi-ficao. Isto acontecedevido alguns PCEspossurem afinidademaior que o limite es-perado por esse tipode material. Algunsagregados tambmpodem ter o mes -

    mo comportamento,alm de contriburemna perda de disper-sante por absoro(dos poros).

    A fim de se ob-ter uma fluidificaodo concreto bem pla-nejada, til fazero estudo de contro-le de adsoro dosPCEs, comeando pela

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    avaliao das taxas deadsoro no cimento,adies e agregadosdo trao, e depoispartindo para a en-genharia de polme-ros, se for o caso.

    3.1. AVALIAODA ADSORO

    DE UM PCE

    A medio decarbono orgnico to-tal (TOC, Total Or-ganic Carbon), que feita em soluoaquosa diluda, ummtodo rpido paramedir o comporta-mento de adsoro dedispersantes ao longo do tempo. O teste feito com a quantificao da reduo de PCEem fase aquosa (pore solution), antes, apsa mistura, e ao longo do tempo, atravs deum analisador TOC.

    Obtm-se um perfil de adsoro tantodos materiais em separado (que alimenta umbanco de dados) e de uma argamassa quesimula o concreto em pequena escala: o fine

    mortar. Cruzando os dados de adsoro efluidificao em finemortar, possvel fazeruma boa previso do que pode acontecerem concreto. Os dados obtidos forneceminformaes de taxa de adsoro e dosagemde saturao.

    A taxa de saturao mostra o quantoo aditivo adsorve na superfcie do material(finemortar ou seus componentes separados)

    ao longo do tempo,a certa dosagem (VerFigura 6). Este perfilde adsoro reflete nafluidificao do mate-rial (Ver Figura 7).

    A dosagem desaturao do material aquela acima da qualno h aumento deadsoro pela super-fcie do material (Ver

    Figura 8).

    3.2 AVALIAODA DOSAGEM DE

    SATURAO E TAXADE ADSORO:

    A CHAVE PARA AMANUTENO DA

    TRABALHABILIDADE

    Os PCEs socompletamente ad-