artes visuais Agora trimestral! O Artista de Oaxaca Primeira Demão Irving Herrera Pela Lente da Arte Xilo em Capa de Cordel O Grito Destaque Verniz Toque de Mestre João Fucci Especial Xilogravura Carlos Henrique Toy Art Munch Octávio Novaes Charge com muita arte! ano 1 | n°2 | junho/julho/agosto 2013
Segunda edição da revista Verniz Artes Visuais. Uma publicação que fala sobre arte voltada para artistas plásticos pintores. Destaque nesta edição: - Octávio Novaes - Irving Herrera - João Fucci - Carlos Henrique Toyarte: O Grito
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
artes visuais
Agoratrimestral!
O Artista de OaxacaPrimeira Demão Irving Herrera
Pela Lente da Arte
Xilo em Capa de Cordel
O Grito
Destaque VernizToque de MestreJoão Fucci
Especial XilogravuraCarlos Henrique
Toy ArtMunch
Octávio Novaes
Charge com muita arte!
ano 1 | n°2 | junho/julho/agosto 2013
4
editorial | 6arte na moda | 8Endossa uma loja colaborativa com muita artE!
cozinha da pintura | 10Por quê usar solvEntEs?
dicas culturais | 14sugEstõEs dE livros dE cavalEtE imPortados
primeira demão | 16irving HErrEra o artista dE oaxaca
arte na tecnologia | 20aPlicativos Para auxiliar o artista: luz, sombra E PErsPEctiva
análise da obra | 22a virgEm das rocHas
burburinho | 26tHEatro municiPal dE são Paulo
bruncH do mostEiro dE são bEnto dE são Paulo
destaque verniz | 30novaEs, cHargE com muita artE!
arte e consumo | 40dog.art artE com rEsPonsabilidadE!
dicas de materiais | 42EsPEcial lukas
A importância dos solventes e seu uso correto na preparação
de sua obra.
Um bate papo com o renomado artista da nova geração das Artes Plásticas Mexicana.
Alegria da Charge na arte de um pintor chargista.
sumário
5
toque de mestre | 44joão Fucci, PEla lEntE da artE
mercado da arte | 50acomPanHando o mErcado. rElEitura,
Plágio E FalsiFicação
espaço de arte | 54PinacotEca do Estado dE são Paulo:
um lugar Para todos!
sketchbook | 58rick corrEia
toy art | 60o grito dE muncH
verniz visita | 68um PassEio bom "Pra cacHorro" !
história da arte | 74maria martins, uma brasilEira além
dos tróPicos
dicas de pintura | 78dicas do joão Fucci: quadriculado
com Elástico
eventos | 80ExPosição lEonardo di stasi
WorksHoP rocco caPuto
especial xilogravura | 86xilogravura Em caPa dE cordEl
leitores de talento | 90kEti stEFanini | marcos PHiliPE
lEandro sErPa | mariana costa
karla ruas | rim cHiaradia
Entrevista com o pintor fotógrafo que traduz o movimento em pura arte!
Do Sketchbook com colorido digital para a arte na pele!
Grande representante da arte nacional nos conta sobre a xilogravura na capa dos Cordéis.
6
É com muito carinho que lançamos a segunda
edição da Revista Verniz! Tivemos uma grande
surpresa com os resultados, muitos elogios,
críticas construtivas e muitas, mas muitas visitas
Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem a prévia autorização dos artistas ou do editor da revista. Para colaborar com a Verniz, envie seu material para: [email protected] é uma Marca Registrada ® Todos os direitos reservados.
Verniz da Casa
ano 1 | n°2 | junho/julho/agosto 2013
Capa: Octávio Novaes (Imagem original)
8
Nesta edição a Verniz escolheu
a Endossa por ter um concei-
to colaborativo e com peças
muito diferentes, de vestuário,
acessórios, decoração, cader-
nos estilosos, tudo isso em
um mix de lojinhas alternativas
dentro de um grande espaço!
O que é mais divertido, é a
grande renovação de produtos
que faz de sua visita uma ex-
periência única!
Surpreende pelos variados de-
signers, produtos, sempre com
um toque de arte! Quem gosta
de coisas diferentes e muito le-
gais, vai adorar dar “algumas”
passadinhas na loja! Uma loja
muito colorida!
Endossauma loja colaborativa
com muita arte!
arte na moda
Texto: Camila Giudice | Imagens: Endossa
9
Acesse o site e
descubra onde
encontrar as
lojas Endossa!
www.endossa.com
10
cozinha da pintura
11
Quando se adiciona solvente à tinta, principal-
mente quando em excesso, a mistura (solvente
mais tinta) cresce em volume tornando-se mais
líquido, sendo possível cobrir uma área maior e
mais facilmente. O solvente como todo material
volátil, evapora e "acomoda" a tinta na super-
fície de forma diferente. O filme que se forma
sobre a superfície é mais frágil pois a tinta não
foi aplicada com a mesma massa corpórea que
preserva as partículas de pigmento presas num
veículo elástico.
A superfície resultante do uso excessivo de sol-
vente é tão fraca que se parecem com a super-
fície de um trabalho de pastel seco. Se passar-
mos o dedo na superfície do filme, veremos que
grande parte do pigmento está solto, devido a
adulteração que quebra a proporção óleo/pig-
mento, criando um efeito opaco característico
da pouca quantidade de veículo.
O solvente não contribui em nada para com a
elasticidade do filme, ele evapora abandonando
a mistura após ter promovido uma drástica mu-
dança (liquidez da tinta). A proporção de óleo e
pigmento das tintas em tubo é feita de maneira
a dar corpo suficiente para promover a cober-
tura sem precisar de adulterações. Portanto, é
perfeitamente possível pintar sem o uso do sol-
vente ou materiais adicionais.
Caso o artista esteja insatisfeito com sua marca
de tinta habitual e ache necessário maior flui-
dez, existem algumas medidas que podem ser
tomadas. A medida mais prática e sadia é ex-
perimentar outra marca de tinta. As variações
de pastosidade são bem consideráveis entre as
Por quê usar
solventes?Texto e Imagem: Marcio Alessandri
Conheça melhor a Cozinha:
www.cozinhadapintura.com
12
marcas, sendo possível encontrar tintas profis-
sionais de fatura industrial com excelente mo-
bilidade e alastramento. Caso a mudança para
outra marca não seja suficiente é possível usar
a adição de algum medium para mudar a con-
sistência e conseguir maior fluidez. O medium
pode conter solvente contanto que seja numa
proporção que não quebre a catálise pastosa da
tinta. Lembre-se: quando usamos um medium,
isto é, uma mistura de óleo vegetal que pode
levar solvente, resinas ou agentes inertes, esta-
mos dividindo a "carga" de solvente com outras
substâncias que compensam a perda de elasti-
cidade da tinta. É bem diferente dos casos em
que só se usa solvente.
Os benefícios de um processo livre de solvente
são inúmeros. Não somente temos a proporção
óleo/pigmento inalterada, como espalha-se a
tinta com a pastosidade correta sobre o supor-
te. Isso é garantia de um filme saudável e du-
radouro. Em segundo lugar, eliminamos o odor
do solvente, que pode trazer irritação aos mais
sensíveis. Os solventes também encurtam a vida
útil de pinceis de pêlos naturais, portanto sua
eliminação pode prolongar o uso de ferramentas
caras como os pincéis kolynsky, sable, mongoo-
se, texugo, esquilo e outros pêlos nobres.
Os solventes dos Velhos Mestres eram substân-
cias relativamente diferentes dos solventes mo-
dernos e não eram usados amplamente como
hoje. Há poucos relatos de seu uso misturado
a tinta a óleo nos antigos tratados, sendo a
maioria dos registros de um período posterior
a revolução industrial. Pintar com solvente não
faz muito sentido. O pintor é condicionado pelo
hábito de professores, lojas e livros de pintura
que aconselham seu uso. Mas quantos pintores
ousam perguntar o "por que", e experimentar
não usá-lo? Teriam a grata surpresa da desco-
berta de que o procedimento livre de solvente
além de possível é libertador de inúmeras ma-
neiras.
"Os benefícios de
um processo livre
de solvente são
inúmeros."
cozinha da pintura
13
MAYER; Ralph; Manual do Artista; Martins Fontes; 1950; 1957 e 1970.MOTTA, Edson; SALGADO, Maria; Iniciação a Pintura; Editora Nova Fronteira; 1976.
LAURIE; A.P.; The Painter´s Method´s and Materials; Dover; 1967. AMIEN; Art Materials Information and Education Center; 2011.
Imag
em: Po
ntus
Ede
nber
g
14
How to Paint Like the Old Masters by Joseph Sheppard (Author) Editora Watson Guptill Um achado para quem aprecia os velhos mestres. São estudos de técnicas e demonstração das etapas de pintura recriadas. Exemplos de Tiziano, Veronese, Caravaggio, Vermeer, Hals, Rubens e Rembrandt. Ótimo para aprimorar o processo dos trabalhos, com diferentes visões.
Anatomy for the Artist by Sarah Simblet (Author) , John Davis (Photographer) - Editora DK Um dos melhores livros de referências fotográficas de anatomia para estudar. São mais de 200 páginas de nus (masculino e feminino) em expressões corporais e desenhos do esqueleto e musculatura. Essencial para o trabalho do corpo, não tem expressão da face. Para quem é fã de pintar nu, uma excelente aquisição.
dicas culturais
Color Mixing Recipes: Mixing recipes for more than 450 color combinationsColor Mixing Recipes for Portraits: More than 500 Color Combinations for skin, eyes, lips & hair Color Mixing Recipes for Landscapes: Mixing recipes for more than 400 color combinationsby William F Powell (Author) - Editora Walter Foster Esse trio de livros, deveria ser obrigatório como fonte de consulta para qualquer artista. Práticos demais, eles trazem a receita de cada mistura de cores nas tintas a óleo, acrílica e aquarela. Com esses três livros, vendidos separadamente, dá para tirar qualquer dúvida, e ainda tem uma página especial onde você pode preparar suas misturas com a medida correta! Simplesmente o máximo!
A Revista Verniz fez um “bate-bola” exclusivo com o artista Irving
Herrera em sua breve passagem por São Paulo por conta do SP
Estampa 2013 no Centro Cultural. Conheça o trabalho deste gran-
de destaque das artes mexicanas.
Irving nasceu no México, em Oaxaca e é Licenciado em Artes
Plásticas. Co-fundador de diversos ateliês de gráfica popular em
Guaca, México, se dedica totalmente à arte.
Pertence a uma nova geração de artistas mexicanos, mas o seu
grande diferencial é que procura estudar e aprimorar técnicas
antigas, ao contrário do grupo que busca por criação de técnicas
na arte contemporânea.
Retrata em suas obras temas cotidianos, familiares, sua identida-
de e também a unificação do ser humano com a natureza.
IrvingHerrera
O artista de OaxacaTexto: Camila Giudice | Imagens: Irving Herrera
Qual palavra o
descreve? “Trabajo.
Trabajo describe
Irving Herra.”
18
primeira demão
19
Tem como forte referência a gráfica alemã, a
americana e o expressionismo alemão.
Acompanha os trabalhos de artistas brasileiros
e se surpreende com nossa arte contemporânea,
as tendências, experimentações gráficas e a am-
plitude do discurso na criatividade.
Quando pergunto qual palavra o descreve, a res-
posta é muito simples e vem acompanhada de
um sorriso satisfeito: “Trabajo. Trabajo describe
Irving Herra.”
Uma mensagem que deixa a todos artistas bra-
sileiros é que não importa se não tem dinheiro
ou recursos para fazer arte. Qualquer um pode
se dedicar a arte, porque a arte não diferencia
classes sociais.
Para conhecer mais sobre este
simpático ar tista, acesse o site:
http://irvingherrera.plaztika.com
20
Aplicativos para auxiliar o artista:
luz, sombrae perspectiva
Desta vez ao invés de falar sobre aplicativos para criar arte no iPad,
gostaria de falar sobre dois aplicativos que acredito serem muito
úteis no auxilio de criação de arte tradicional. O primeiro deles é
o “Wooden Doll 3d”, um aplicativo muito simples que nos traz o
famoso boneco articulado de madeira. Desenvolvido por Jeremie
Daigle ele nos permite manipular não apenas o boneco articulado
para qualquer pose desejada, mas também a posição de câmera e
luz que incide sobre o mesmo. Se desejado também é permitido
que se coloque o boneco já em pose e iluminado sobre uma foto,
que pode ser tirada na hora, criando assim mais um material de
referência para a criação de um desenho ou pintura.
arte na tecnologia
Texto: Marcel Bernardi | Imagens: Divulgação
AT&T
O outro aplicativo é mais voltado para cenários e natureza morta,
seu nome é “iTracer HD” criado por Fabio Policarpo ele é ideal
para criação de referências de perspectiva e iluminação. De uma
maneira muito simples, é permitido que se crie formas primitivas
básicas em 3D, como esferas, cubos, cones, etc., colocando estas
primitivas no angulo desejado, através da manipulação de uma
câmera. Também podemos alterar as configurações dos materiais
destes objetos, como sua cor, transparência, reflexão e refração.
Com a possibilidade de se criar mais de uma fonte luminosa, com
características de cor e luminosidade independentes, podemos
gerar a simulação de iluminação e sombras incidentes sobre nossa
cena. Finalizamos o processo ao “renderizar” a imagem, que con-
siste no cálculo que o aplicativo executa para gerar a imagem final
com todas as configurações de iluminação e materiais, para então
salvá-la no álbum de fotos para futuras referências.
21
Download na Appstore!
AT&T
análise da obra
Virgem das RochasÓleo sobre PainelLeonardo Da Vinci
1495 – 1508189,5 cm × 120 cm
Londres, National Gallery
23
A popularização dos métodos a óleo para pin-
tura de cavalete aconteceu durante o renasci-
mento italiano. As técnicas pictóricas que vi-
riam a influenciar todo o ocidente proliferaram,
configurando-se até os dias de hoje como a
base fundamental da pintura clássica. Dentre os
grande nomes do período Leonardo Da Vinci é
obviamente um dos grandes Mestres, sempre
representando o mais soberbo exemplo do perí-
odo. Apesar de muitos livros de história da arte
indicarem que Leonardo é o criador do que hoje
chamamos de chiaro/scuro, assim como o sfu-
mato, é certo que os flamengos já utilizavam
dessa técnica e conceitos de forma apurada na
representação de ambiência e profundidade,
com passagens sempre muito suaves e ma-
cias. Leonardo talvez tenha popularizado esses
procedimentos na Itália, mas somente após ter
visto a evolução dos primitivos flamengos ou
A Virgem das
Rochasde outros mestres italianos que já haviam sido
influenciados pelos mesmos. Trata-se de uma
“evolução” gradual que ocorre entre a uniformi-
dade medieval e a volumetria mais naturalística
do Renascimeto.
A Gioconda pode ser a pintura mais famosa do
mundo, e a mais reproduzida, mas existem ou-
tras obras do artista que merecem mais atenção,
de maior interesse principalmente aos pintores,
pois mostram algo que a mais famosa das pintu-
ras não nos revela: a interrupção de sua produ-
ção. Como uma vez disse o colega pintor Rocco
Caputo, é através de uma obra inacabada que
temos a rara chance de entender como um pin-
tor começa ou dá desenvolvimento a uma pintu-
ra, pois nessa instância, temos sempre uma ver-
dadeira lição de pintura. A Virgem das Rochas,
de Leonardo Da Vinci encontra-se na respeitada
instituição National Gallery, em Londres. Quase
Texto: Marcio Alessandri | Pintura: Leonardo da Vinci (Divulgação)
24
análise da obra
idêntica à versão que se encontra na França, a
versão que se encontra em Londres é provavel-
mente uma cópia da primeira. Foi uma enco-
menda para adornar o altar da capela de San
Francesco Maggiore, em Milão, e comprada em
1880 pela National Gallery.
Podemos tirar algumas lições técnicas e pro-
cessuais ao analisar essa pintura de Leonardo
que servem de grande utilidade ao pintor inte-
ressado em técnicas históricas tradicionalmente
usadas durante o período. Um dos mais impor-
tantes, peça chave no entendimento da técnica
é o uso de uma abordagem de pintura indire-
ta, isto é, por camadas finas de velaturas, para
compor uma base inicial chamada pelos norte
americanos de underpainting, e pelos italianos
de sottostrato ou sotto dipinto: uma espécie
de fundação monocromática usada para mode-
lar somente os valores iniciais que compõem a
imagem, com inúmeras passagens transparentes
que juntas formam os valores finais. O uso de
tal base lhe dava grande facilidade de planeja-
mento, separando assim o “pensamento” pictó-
rico entre chroma (cor) e valor. Livre para se pre-
ocupar somente com o claro e escuro, Leonardo
concentra-se somente no modelado dos elemen-
tos fundamentais. Sem o uso de inúmeras vela-
turas para construir essa base, seria impossível
atingir o patamar de volumetria alcançado pelos
renascentistas. Os pintores que desejam alcan-
çar o mesmo tipo de atmosfera em suas obras
necessita mergulhar nesse tópico de modo mais
incisivo.
Tão importante quanto o uso de velaturas para
a formação de uma base inicial, está o uso di-
minuto e muito controlado de cores. É a opção
de poucas cores que nos dá nossa fundação
praticamente monocromática e também a pro-
messa de uma maior facilidade de pensamento
e organização durante o processo. Note como
nesse caso, Leonardo fez uso de algumas terras
"É o uso de uma abordagem de pintura indireta, isto é, por camadas finas de
velaturas, para compor uma base inicial"
Sottostrato
25
escuras, destacando-se o Sombra Natural. Para
as luzes, o provável uso de Amarelo Nápoles,
para evitar que as luzes fiquem frias demais,
pois seria o caso se fizesse uso exclusivo de
branco puro, e nos últimos toques de luzes
altas, finalmente finas camadas de Branco de
Chumbo. Em algumas áreas específicas, toques
de Vermillion e outras cores que dão meio-tom
a cor local de elementos como as vestes e a
carnatura de Jesus e da Madonna. Novamente,
mais um pintor da antiguidade que nos chama
a atenção para a simplicidade na escolha das
cores de uma paleta. É justamente com a es-
colha de uma paleta limitada que podemos ter
tranquilidade em nossas decisões e em nossa
organização processual, mostrando que o pintor
pode se beneficiar mais da intimidade com um
número limitado de tintas do que das surpresas
geradas por uma profusão multicolorida de op-
ções.
Somente essas duas observações acerca dos
procedimentos usados por Leonardo já nos re-
velam valiosas lições de pintura. Podemos nos
beneficiar tecnicamente de todas as outras pin-
turas do artista, e não somente dele. Numa aná-
lise mais atenta, é sempre possível ir um pouco
além, como em alguns detalhes dos cabelos que
nos revelam o uso da retirada de tinta fresca
para “abrir” algumas luzes, entre outros tipos in-
teressantes de aplicações e procedimentos pos-
síveis de serem observados nos Velhos Mestres.
As observações feitas anteriormente são jóias
perdidas das técnicas da antiguidade, consti-
tuindo sua mais robusta estrutura primordial. É
importante que o pintor esteja antenado com
sua própria época, mas não devemos nos es-
quecer que a história da arte nos brinda com um
imenso histórico repleto de lições e ensinamen-
tos em inúmeros museus ao redor do mundo.
Dar as costas ao passado é ignorar essas lições
e limitar nossos caminhos para o entendimento
de técnicas que podem dar rumos para novos
meios de expressão.
É a opção de poucas cores que nos dá nossa fundação praticamente monocromática e também a promessa de uma maior facilidade de pensamento e organização durante o processo.
Controle de Cor
Mais sobre Renascimento e obras de Leonardo da Vinci, na Verniz nº01, seção Toyar t.
26
Texto: Camila Giudice | Imagem: site http://noitepassada.zip.net/
de São Paulo
burburinho
Theatro Municipal
A Verniz escolheu dois lugares muito charmosos de São
Paulo, para um almoço especial com muita
ar te e história!
27
Respire arte e mais arte! Sinta-se em uma volta
no tempo em um dos restaurantes mais charmo-
sos da cidade. Envolva-se no ambiente de puro
glamour de antigamente no Restaurante do The-
atro Municipal de São Paulo. O restaurante ofe-
rece opções de café da manhã e almoço, e nos
horários de espetáculo funciona como um bar.
Vale para buscar inspiração em um dos “tem-
plos“ das grandes artes paulistas projetado
pelo arquiteto Ramos de Azevedo e pelos italia-
nos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, e admirar
o local em toda sua grandiosidade e esplendor.
Dica muito válida: Veja a programação dos es-
petáculos, e vá prestigiar! Não há nada de mais
fabuloso em São Paulo! O Theatro por si só já
é um grande espetáculo!
Outra dica é agendar uma visita monitorada e
aprender a história de cada pedacinho deste
lugar tão especial!
De segunda a sexta-feira, Café da Manhã das 9h às 11, e Almoço das 12h às 15h. Aos sábados, o atendimento se estende até às 15h.
Nos horários de espetáculo o local não serve refeição, mas funciona como bar, com cardápio variado de salgados e bebidas.
Informações e reservas pelo telefone: 3331-1874
Praça Ramos de Azevedo, s/nº - Centro - SPTelefone: (11) 3397-0300
email: [email protected] w w. p re f e i t u ra . s p. g ov. b r / c i d a d e / s e c re t a r i a s / c u l t u ra /
O dog.art é um projeto que cria esculturas em fibra de vidro de
cachorros em tamanho natural, e cada uma delas é customiza-
da por artistas. Foram feitos seis modelos:buldogue, dachshund,
dogue alemão, galgo sentado, galgo deitado e vira-lata, com a
ideia de ressaltar a diversidade do animal e nossas próprias di-
ferenças.
Um dos objetivos desse projeto é chamar a atenção das pes-
soas e da mídia à necessidade de atitudes que possam trans-
formar essa realidade, educando crianças e jovens para
que aprendam a amar e respeitar os animais e apresentan-
do aos adultos as inúmeras formas de ajudar, contribuin-
do para a construção de um mundo mais harmonioso e justo.
A Verniz faz a sua parte e divulga as obras que ainda estão dis-
poníveis para venda, e também alguns trabalhos dos artistas que
participaram da ação.
Arte comresponsabilidade!
dog.artA
Vern
iz n
ão tem
qua
lque
r re
spon
sabi
lidad
e ou
vín
culo
com
a e
mpr
esa/
site
e p
rodu
to a
nunc
iado
.
arte e consumo
5Consulte valores e disponibilidade no site:
www.dog.art.br
41
1 2
3
4
76
1 - Keti Stefanini2 - Penélope Nova
3 - Ancel Lopes4 - Marcelo Médici
5 - Giuseppe Ranzini6 - Marcos Miranda & Pedro Ludolf
7 - Beatriz de Carvalho
42
Para quem tem alergia e achava que seria impossível pintar a óleo, a Lukas tem a solução: linha de tinta óleo Berlin (composta de óleo emul-sionável, que pode ser diluída com água). A Lukas desenvolveu um pro-cedimento especial e garantido que possibilita que a tinta a óleo seja a prova d’água e resistente a água, após a secagem. O tempo de seca-gem é igual a tinta a óleo normal disponível em 30 cores em tubos de 37 ml. Preço sob consulta.
As moletas são usadas para agluti-nar o pigmento já moído, no veículo, deixando-o mais fino. A LUKAS dipõe de 2 tamanhos. Moleta pequena: 60 mm e Moleta grande: 100 mm. Preço sob consulta.
Os pigmentos Lukas, da mais alta qualidade, desenvolvidos ao longo de 150 anos, são os mesmos usa-dos nas tintas a óleo, da Lukas. Com consistência e textura, são resisten-tes à luz e não se alteram com o passar do tempo. São 39 cores in-cluindo fluorescentes e metálicas. Preço sob consulta.
Moleta Lukas
Pigmentos profiss ionais
Lukas
Tabelas de cores, materiais e
contato disponíveis no site:
www.lukasdobrasil.com.br
44
toque de mestre
45
João Fucci,
da Artepela lente
João Fucci, engenheiro, bailarino, fotógrafo, esgrimista, inventor,
musicista, convive com a arte e ciência desde que nasceu. Hoje,
aos 50 anos, nos encanta com sua serenidade e alegria, na sua
vida e em suas obras marcantes que nos transportam para seu
interior.
A Verniz o visitou em seu atelier, em uma tarde muito agradável
regada de bom papo e deliciosos biscoitinhos caseiros prepara-
dos com muito carinho pela sua esposa. São estes detalhes que
revelam que tudo que este artista faz é com muito amor, prazer,
Todas suas obras tem muito movimento, muita vida, a qual o observador acaba se transpor tando para o universo do criador, o qual desper ta muitas interpretações e
sensações.
48
toque de mestre
49
agradava o olhar.
Hoje, cria cenas com histórias,
que levam o nosso imaginário
a divagar em várias questões
de cada elemento no quadro,
tornando a experiência também
uma maneira lúdica de apreciar
seu trabalho.
Uma das principais questões
que a pintura lhe dá prazer, é
justamente a quebra da visão
da fotografia, que na maioria
das vezes é direcionada, para
que se torne livre para criar o
que mais gosta que é a espon-
taneidade de movimentos, de
expressão e a naturalidade do
contexto da cena.
Gosta de realizar cada etapa
da criação, desde o desenho,
trabalhar nos detalhes com es-
mero e diz não precisar de um
ritual para começar um traba-
lho, que pode ser inspirado até
mesmo de um sonho.
Cria suas referências, e também
faz questão de períodos para
amadurecimento entre suas
criações, para novas ideias.
Comercializa suas obras em
Galerias, e hoje busca novas
experiências. Já adianta para a
Verniz que em breve teremos
novidades!
Acredita que a arte é uma ques-
tão de gosto muito pessoal, e
respeita muito os questiona-
mentos e que ninguém é dono
da verdade sobre o que é arte,
pois cada conceito somente
terá a resposta para cada ser
do que é o belo.
Para conhecer mais sobre João Fucci, acesse:
https://www.facebook.com/joaofucci.ar t
fals
o
50
plagio
Acompanhandoo Mercado.
Releitura, plágio e
falsificação
mercado da arte
Texto: João Carlos Lopes dos Santos | Imagens: Divulgação
releitura
51
plagio
Declaro-me sempre contra todos os tipos de có-
pias. Quem é artista cria e não copia. No Manual
do Mercado de Arte, deixo claro que cópia é
antiarte e apresento, na minha ótica, os seus
desdobramentos. Lá, falo do pintor camaleão,
da síndrome dos heterônimos, do crooner, do
autocopista, do cover, do importador de criati-
vidade, do falso artista plástico, do enganador,
do impostor, do retroprojetista, do industriário
e do falsificador. Sou de opinião que só há ta-
lento, onde se detecta criatividade. Quando o
assunto é cópia, não há o que se falar de talen-
to, mas sim em habilidade, em destreza.
O que é releitura artística?
A releitura artística acontece quando se obje-
tiva criar uma nova obra de arte, tomando por
base um motivo utilizado por outrem, usando-
-o de forma diversa, sem qualquer compromis-
so com a verossimilhança, no que se refere à
obra, objeto da releitura. No Manual do Mer-
cado de Arte, abro uma exceção para a releitu-
ra, que agora intitulo de releitura criativa. Lá,
destaco: "A propósito, na excelente mostra do
colombiano Fernando Botero (1932), no Museu
Nacional de Belas Artes, em julho de 1998, entre
belíssimos trabalhos estava Mona Lisa, um óleo
sobre tela de 1977, medindo 183x166 cm. Não a
do italiano Leonardo da Vinci (1452-1519), mas
sim o de autoria de Botero. O que me chamou
a atenção naquela pintura foi, de fato, a perso-
nalidade pictórica do autor. Ao lado, um texto
de Botero explicava:"Minha Mona Lisa não é a
do Leonardo. Pode-se usar um mesmo tema e
criar um quadro totalmente diferente. Aí reside
a verdadeira originalidade, tomar emprestados
personagens que todos já tenham feito e fazê-
-los de maneira diferente". A releitura de Botero
sobre o tema de Leonardo é um procedimento
correto, corretíssimo! Ao pintar aquela tela, Fer-
nando Botero estabeleceu a diferença entre a
releitura artística e o plágio.
52
copia
original
O que é plágio de obra de arte?
Plágio ocorre quando o executor deliberadamen-
te procura imitar, total ou parcialmente, a obra
de um artista plástico; nela, o plagiador, dissi-
mulando ou não, objetiva fazer parecer àqueles
não iniciados em mercado de arte, que aquela
criação artística é dele, já que a assina.
O que é falsificação de obra de arte?
A falsificação, diria, é o plágio total - inclusive
da assinatura e demais caracteres secundários
que denotam a autoria, encontrados na obra do
artista falsificado – que busca a verossimilhança
absoluta do estilo de uma criação artística de
outrem, objetivando fazer parecer que aquela
obra é da lavra de um artista que não a execu-
tou.
Qual é a diferença?
A diferença entre releitura artística e plágio,
como disse acima, Fernando Botero já estabele-
ceu. A diferença entre o plágio e a falsificação
de uma obra, fundamentalmente, está no mo-
mento em que o executor coloca uma assinatura
no anverso ou reverso do trabalho. No instante
em que ele coloca a sua própria assinatura ou a
de outro artista – pretendendo insinuar, sugerir
ou induzir aos desavisados que aquela obra é
da autoria de outrem –, o executor da pintura
cristaliza o plágio ou a falsificação.
As medidas cabíveis
Cabem medidas judiciais contra quem relê, pla-
gia ou falsifica obras de arte? Já definidos re-
leitura artística, plágio e falsificação, dentro dos
limites das artes plásticas e seu mercado, temos
que fazer uma reflexão sobre o que é um ato
- deliberado ou não - de causar prejuízo a ter-
ceiros, aqui, nomeadamente, no que toca aos
direitos morais e patrimoniais sobre uma criação
artística. A Justiça objetiva proteger direitos e,
quando feridos, sempre haverá a possibilidade
de se procurar prestação jurisdicional e aí tudo
é passível de discussão.
O texto legal
Reza a Lei nº 9.610, de 19.02.98, no seu artigo
7º - "São obras intelectuais protegidas as cria-
ções do espírito, expressas por qualquer meio
ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou in-
tangível, conhecido ou que se invente no futuro,
tais como: VIII - as obras de desenho, pintu-
ra, gravura, escultura, litografia e arte cinética."
Aqui, só citei o que é pertinente ao nosso as-
sunto, o inciso VIII. Se for do seu interesse, leia
o texto integral do artigo em questão.
Na releitura artística
Na releitura artística, como no exemplo da Mona
Lisa do Botero, não vejo como se alegar dano
aos direitos morais e patrimoniais sobre a obra
anteriormente criada, pelo contrário, analiso-a,
concluindo que é uma homenagem ao grande
mestre Leonardo Da Vinci, se até vivo fosse. Afi-
nal, outro mestre – Fernando Botero – fez outra
obra de arte; aliás, outra fantástica criação.
No plágio
No que toca ao plágio, pode o artista plagiado
procurar na Justiça os seus direitos; contudo,
terá que provar, em juízo, que a obra plagiada é
personalíssima, ou seja, a sua condição de cria-
dor original. O plagiador pode ter duas motiva-
ções, que podem ser concomitantes: a vaidade
de alardear a sua destreza ao copiar o artista
mercado da arte
53
copia
original
famoso; e a frustração pelo não reconhecimento
de sua obra. Além disso, pode querer auferir lu-
cros, quando o plagiador copia obra alheia e a
vende, quase sempre por preço bem abaixo dos
registros de mercado das obras originais. Em
ambas as intenções do plagiador, haverá como
se provar as perdas e danos pela ofensa aos
direitos morais e patrimoniais do autor, sobre a
obra anteriormente criada.
Na falsificação
O que foi dito acima sobre o plágio cabe para
as falsificações de obras de arte, com a dife-
rença que, além das medidas judiciais cíveis, o
executor e seus cúmplices estarão passíveis de
medidas judiciais na área criminal.
Epílogo muito importante
Lembro, em todas as oportunidades, da impor-
tância do diálogo, antes da propositura de qual-
quer ação judicial, e que este artigo tem cará-
ter genérico. Quando você estiver diante de um
caso concreto, aconselhe-se com o seu advo-
gado que, decerto, irá analisar o seu problema
à luz da legislação então vigente e da jurispru-
dência pertinente, tendo sempre como lhe dar o
melhor aconselhamento.
Para saber mais veja o si te:www.consultar te.com.br
54
Paixão! Foi o que levou a escolha deste espaço
para esta edição! Mas foi muita paixão! A paixão
nos olhos de Stella, quando contava sobre seu
maravilhoso trabalho, uma verdadeira missão de
amor em uma das maiores instituições de arte
do País!
Nosso encontro foi um dos maiores aprendizados
que poderíamos ter em relação a um espaço que
acolhe grandiosas produções de arte! Foi um
aprendizado de respeito, integração, valorização
e educação. E principalmente, porque eles fazem
valer o lema da arte para todos!
A melhor coisa em ser recebido em qualquer
local, é ser bem tratado por todos que estão
lá, e melhor ainda saber que eles tem total
consciência de sua função e valorização em seu
espaço.
Pinacoteca do Estado de São Paulo:Um lugar para todos!
Espaço de Arte
Texto: Camila Giudice | Imagens: Divulgação
55
A melhor coisa em ser recebido
em qualquer local, é ser bem
tratado por todos que estão lá, e
melhor ainda saber que eles tem
total consciência de sua função
e valorização em seu espaço.
É o diferencial que traz o respeito a essa entidade.
A Pinacoteca é um dos maiores exemplos
em todos seus setores. Tanto em questão de
estrutura, curadoria de exposições, segurança,
restauro, valorização de seus funcionários que
é seu público interno e o carinho por TODOS os
visitantes, que são acolhidos com muita alegria
e respeito pelas suas necessidades individuais.
A Pinacoteca apresenta um programa interno para
os seus funcionários, o Consciência Funcional,
coordenado pela Maria Stella da Silva, que nos
recebeu com muito entusiasmo para contar um
pouco mais sobre este e demais programas que
visam oferecer o melhor de uma instituição para
a comunidade na sua totalidade.
56
Espaço de Arte
O que é o Consciência Funcional?
A Pinacoteca com a preocupação de estabelecer
um vínculo maior e preparar as pessoas que
cuidam do patrimônio artístico, insere todos
funcionários em uma imersão na qual se
valoriza a função de cada um, descrevendo
sua importância, lida com sua autoestima e
promove o conhecimento da arte, da instituição
por meio de atividades que recebem e acolhem
os novos funcionários à instituição; produz
materiais informativos internos sobre as
exposições temporárias da Pinacoteca; organiza
visitas educativas; promove formações técnicas
e experimentações plásticas, além de realizar
uma atividade especial anual em comemoração
ao Dia das Crianças, para filhos e parentes de
funcionários. É uma maneira dos funcionários
entenderem que fazem parte de todo o processo
e quão importante eles são. A reação é muito
positiva, tanto no retorno com o público como na
vida pessoal, onde ocorrem grandes mudanças
até mesmo no modo que a família os enxerga.
É notável a diferença de atendimento dos
funcionários e a satisfação nos visitantes,
quando você pode perguntar para qualquer
um alguma informação e eles vão te auxiliar
da maneira correta, de uma maneira segura, e
com muito orgulho! Os funcionários recebem o
público como se estivessem na casa deles! É
uma relação muito forte com a instituição que
57
A Pinacoteca oferece programas para público
escolar, crianças, famílias, idosos, grupos
de inclusão sociocultural, públicos especiais
com recursos multissensoriais, que garantem
um passeio inesquecível, com muita cultura,
diversão e a certeza que serão bem recebidos,
para voltar sempre!
E para o artista?
Não há maior satisfação do que poder estudar
grandes obras e saber que são cuidadas com
tanto carinho e respeito. É o desejo de qualquer
um que sonha em ocupar estas paredes, e ter a
certeza que quem estiver lá perpetuará teu feito,
com muito orgulho.
gera um vínculo profundo e os motiva para o
crescimento profissional.
Os resultados que os visitantes recebem dos
programas:
A Pinacoteca trata o assunto de inclusão
sociocultural de maneira muito séria. A
instituição está adaptada para receber a TODOS!
Não importa a classe social, condições mentais
e físicas, o espaço é de TODOS!
TODOS serão bem recebidos e tratados com
muito respeito, com visitas especiais para
quem necessita de algum suporte e também
de programas específicos com Educadores,
nos quais trabalham muito a questão de
sensibilidade.
Visite a Pinacoteca!
Consulte a programação e
sejam sempre bem vindos!
www.pinacoteca.org.br
58
Rick Correia, tem 26 anos e é tatuador do estúdio The
Last Dragon Tattoo. Por influência do tio e amigo
Renato Correia, tatuador há 26 anos, aos 19 anos
começou sua carreira como tatuador e desenhista.
Devido a seu trabalho, diz não possuir um estilo
definido, já que a tatuagem exige a diversificação.
1. Imprima as páginas 66 e 67 no formato A4 ou tamanho Ofício, conforme sua preferência. Aconselhamos o uso de papel com gramatura entre 160g e 240g.
2. Com a página já impressa, utilize uma ferramenta para vincar, marque as dobras pontilhadas e as alças de encaixe. Tome cuidado para vincar exatamente na área de dobra. Dessa maneira a toy art terá um acabamento melhor.
3. Com os vincos feitos, é hora de utilizar um estilete e cortar as linhas internas da toy art. Na cabeça, além do queixo, as marcações: 9, 10, 22, 23, 28 e 29. No corpo, as marcações: 12, 13, 16 e 17. Para todas as peças, não esqueça dos cortes nas alças que receberão os encaixes.
4. Agora com uma tesoura, recorte todas as peças cuidadosamente. Preste especial atenção nos encaixes. É importante que a área do "dente" da alça seja preservada. Caso contrário, a fixação das peças pode não ficar adequada e balançar demais.
Preparação
O quê você vai precisar:• Impressora jato de tinta ou laser;• ferramenta para vincar;• estilete;• tesoura.
DICA:
Se não tiver a
ferramenta específica,
você pode usar um clip
de papel pequeno ou
uma caneta sem tinta.
toy art
Montagem
65
1. Monte as peças: Braço Direito e o Braço Esquerdo.
2. Encaixe as peças Braços, já devidamente montadas, na peça Corpo ainda desmontada. Dobre as alças 12, 13, 16 e 17 para dentro, rente com a peça Corpo.
3. Já com os braços encaixados, monte a peça Corpo.
4. Monte as peças Mão Direita e Mão Esquerda.
5. Encaixe as peças Mãos, já devidamente montadas, na peça Cabeça ainda desmontada. Dobre as alças 22, 23, 28 e 29 para dentro, rente com a peça Cabeça.
6. Encaixe a peça Corpo, já com as peças Braços encaixadas, na peça Cabeça, ainda desmontada.
7. Monte a peça Cabeça.8. Pronto! Agora você pode acompanhar
sempre O Grito e lembrar do poder que a natureza exerce no ser humano!
Sua Toy Ar t ficou demais no atelier ou no escritório? Compar tilhe
conosco. Mande para a Verniz fotos da sua
ar te!
14
15
15
1213
14
18
19
19
1716
18
20
21 24
24
25
25
21
22 23
20
26
27
27
2928
31
31
30
30
26
8
9 10
11
11
1213 1617
8
Braço Direito
66
Corpo
Mão Esquerda Mão Direita
Braço Esquerdo
toy art
1
23
4
1
5
5
66
7
7
3
2
4
9
10
22
23
28
29
67
Cabeça
68
Um passeio bom“prá cachorro”!
verniz visita
Texto e Imagens: Camila Giudice
69
Quer levar seu melhor amigo canino para um
passeio bem diferente com muita arte?
A Verniz visitou a Matilha Cultural, espaço de
artes localizado no Centro de São Paulo.
Nossa visita foi acompanhada pela Nina e pelo
seu mascote Tófi, o “funcionário do mês” da
Matilha.
A Matilha Cultural é um espaço que abriga
diversos cenários culturais, apoiados na ideia
de conhecimento para todos, onde possam ter
acesso sem burocracia e sem dificuldades para
o que acontece na cidade.
A ideia da Matilha surgiu há 6 anos, dentro
de um grupo de uma produtora de cinemas
a OLLDOG Filmes, que já trabalhava com os
mesmos temas da Matilha, que são as questões
sócio ambientais, proteção animal e cena
independente da cultura geral.
É um espaço ligado a ativismo, sempre tem
algum objetivo por trás de suas ações, tem a
relação de não ser a arte somente pela arte, e
sim para tocar, sensibilizar.
Fazem parcerias com ONGs, principalmente na
adoção de animais, com uma feira de adoção
todos os domingos e uma loja próxima ao
espaço com serviços para os animais a preços
populares.
Enfatizam muito a questão do trabalho social,
70
verniz visita
ImagensA- Marcel MelloB- Erica MaradonaC- Luis SchiavonD- A.L. (Alan)
A
C D
B
71
com ações diversas em um trabalho também com
os moradores de rua do centro de São Paulo. Em
Setembro terá o projeto Setembro Verde onde
arte e sustentabilidade se encontram.
No mês de Junho aconteceu o praCACHORRO
2013, que contou com exposição das fotos do
Cãocurso de fotografias, exposição de telas
alusivas ao tema dos artistas plásticos: Tarik
Klein (vide quadro informativo), Marcel Mello,
Luis Schiavon, Erica Maradona, Max Martinez,
Guilherme Rodrigues Barboza, Simone Sapienza
Siss, André Vanin, Verônica Nuvem e Marcio Sick
e uma escultura de cachorro feita por Andréia
Cristina de Souza regados a muita música e
cinema.
A programação cultural é intensa, o espaço
Nina e o
funcionário do
mês da Matilha,
Tófi.
72
sempre conta com exposições, shows, cursos,
eventos, happy-hours, filmes e durante todo ano
é permitido acessar o espaço em companhia de
seu cachorro (até mesmo no cinema).
O espaço conta com sala de cinema, duas
galerias e Café Bistrot Vegetariano.
O que mais gostamos na Matilha, além de todo
o conceito, é a possibilidade do encontro de
várias “tribos”, já que a diversidade cultural
é muito grande no local, que às vezes abriga
3 atividades diferentes ao mesmo tempo com
a vantagem de estar com nossos amigos de
quatro patas!
Qualquer
semelhança
não é mera
"cãocidência".
Confira na
página 60!
Saiba mais sobre a Matilha Cultural
e sua programação no site:
www.matilhacultural.com.br
Rua Rêgo Freitas, 542 | Centro
São Paulo | SP | Tel: 11 3256-2636
verniz visita
73
TARIK KLEIN
30 anos, argentino radicado no Brasil. Autodidata, trabalha com diversos tipos de artes: pinturas, xilogravuras, esculturas, entalhes, graffiti, ilustrações. Participou de exposições coletivas e individuais com passagem no: Museu do Imigrante, Jardim Botânico do Rio, Casa Da Xiclet, Coletivo Galeria, Espaço Zé Presidente, Espaço Urucum, Casa de Maria Madalena e Matilha Cultural, esta com releituras de quadros famosos com cachorros como protagonistas. Desenvolve etrabalhos que representam o caos do espaço urbano, baseado sempre na Cidade de São Paulo, onde vivo desde 1986. Mais do Tarik:
http://www.flickr.com/photos/tarikklein/
http://www.behance.net/
ImagensTarik Klein
74
história da arte
Uma brasileira além dos trópicos
Maria Martins
Texto e Imagens: Maria Silvia Eisele Farina
75
Começa a esculpir,no seu momento figurativo, em jacarandá, esculturas de grandes dimensões e desenvolve trabalhos em cerâmica. No mesmo ano suas esculturas foram incluídas numa exposição de um grupo de arte latino-americana no Riverside Musem em Nova York.
Nessa exposição foram apresentadas 18 obras, figurativas, em material diversificado: gesso, terracota, bronze, e três tipos exóticos de madeira tropical, jacarandá, imbuia e Peroba. A maioria das peças destaca-se, por apresentar grandes dimensões chegando até 2,50m de altura. Alguns temas foram inspirados na origem brasileira de Maria: Samba , Noite no Salgueiro, Refugiados (referente aos primeiros anos da guerra) e temas bíblicos, tais como Salomé, Eva, São Francisco e Cristo. Nessa época, ela se torna amiga de Fernand Leger que faz desenhos de suas esculturas
Alternava a arte com o glamour das recepções da embaixada. Dedicava-se durante o dia à escultura e à noite às recepções como embaixatriz. Assinava apenas Maria, como artista, fazia extrema questão do seu nome artístico.
Maria de Lourdes Faria Alves (1894-1973)
1894 | Nasceu em Campanha, Minas Gerais.
1915 | Casa-se pela primeira vez com Otavio Tarquínio de Souza (1889-1958).
1926 | Seu segundo casamento com Carlos Martins Pe-reira e Souza, diplomata brasileiro.
1934 | Carlos Martins foi nomeado embaixador brasileiro no Japão,a família vai morar para Tókio, Maria encanta--se pela cerâmica japonesa.
1936 | Muda-se para Bélgica, onde aprende escultura com o escultor belga Oscar Jespers (1887 – 1970).
1939 | Muda-se para Washington e dedica-se à escultura.
14 de outubro de 1941Um catálogo que na capa tem um desenho, a bico de pena, do perfil de uma mulher, assinado por Candido Portinari, registra a abertura da primeira exposição indi-vidual de Maria Martins, na galeria de arte Cocoran, em Washington.
1940 e 1950 Seu trabalho artístico se desenvolve de forma progres-siva e significativa, na Europa e Estados Unidos. En-quanto estava em Nova York conhece o escultor Jacques Lipchitz, com quem aprende o processo de fundição em bronze .
O Rito do Ritmo7m de altura
76
história da arte
1941/42A artista aluga um estúdio em Nova York. Nessa época, conhece o artista Jacques Lipchitz (1891 – 1973) que en-sina à Maria a técnica da fundição em bronze. Enquanto Maria estava em Washington, o grupo do Breton estava em Nova York e isso lhe proporcionou um contato maior com o surrealismo.
Maio de 1942A Valentine Gallery, em Nova York, exibiu 21 esculturas da atista
1947Participa de exposições internacionais ligadas ao movi-mento do Surrealismo, entre elas, a grande mostra Le Surréalisme na Galerie Maeght (1947), em Paris, orga-nizado por André Breton. O próprio Breton a reconhece como uma artista surrealista e passa a assinar textos de catálogos das exposições de Maria
1948Muda para Paris, onde Maria aluga um estúdio na Vila d’Alesia, em frente ao estúdio do artista Brancusi. Os dois escultores se tornam grandes amigos.
1960A escultura monumento O Rito do Ritmo (7m de altura) foi criada para a inauguração de Brasília, em 1960, por encomenda do então presidente, Juscelino Kubstichek.
Até 1942, seus trabalhos eram figurativos, quando, a partir da série Amazônia inicia uma concepção voltada para o surrealismo, na qual figuras inventadas do seu imaginário transcenderam o real, as quais apresentam-se numa miríade de formas abstratas e figurativas, Flora e seres monstruosos em um hibridismo formal entre vegetais, animais e seres reinventados da Floresta Amazônica. A singularidade da Maria Martins como brasileira está em jogo quando apresenta Amazônia na escolha dos temas Aspectos míticos, crenças e lendas da Amazônia.São oito as obras da Amazônia: Yemanjá, Yara, Apuseiro, Uirapuru, Cobra Grande, Macumba, O Boto e Aiokâ.
Nada é totalmente exposto, incitando um pensar, um sentir, uma sensibilidade que mobiliza também o racional. Um mergulho no inconsciente de “maneira consciente”. Na conjugação de suas fases existe um fio condutor poético: LIBERDADE. As linhas entrelaçam-se, mas não se prendem e nem se perdem, os espaços vazados proporcionam uma não contenção. O surrealismo, recriado por Maria Martins, introduziu a identidade brasileira no surrealismo internacional.
Maria foi uma das principais organizadoras da Bienal Internacional de São Paulo. O contato que tinha com os artistas fora do país, facilitou a participação de grandes nomes desta exposição internacional.
A Soma de Nossos Dias 1954/55, 330,9 x 190, 7x 64,9 cm sobre uma base de madeira de 18,0 x 144,0 x 64,0cm - em sermolite e estanho no acervo MAC/USP
77
Maria Mar tins: metamorfosesGrande Sala Curadoria: Veronica StiggerVisitação: 12 de julho a 15 de setembro de 2013Museu de Arte Moderna de São Paulo (Sala Paulo Figueiredo)Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h) Telefone: (11) 5085-1300 Ingresso: R$ 6,00Sócios do MAM, crianças até 10 anos e adultos com mais de 65 anos não pagam entrada. Aos domingos, a entrada é franca para todo o público, durante todo o diaAgendamento gratuito de visitas em grupo pelo tel. 5085-1313 e e-mail [email protected] Fonte imagem: www.mam.org.br
“Quando no limiar comovente da humanidade o homem,
pela primeira vez, tomou conhecimento de sua vida
espiritual e a consciência de sua vida mental, nesse dia
nasceu a Ar te”. A verdadeira obra de ar te guarda em
si muito mais que a imagem representa, guarda a magia
de uma dupla vida a que lhe deu o ar tista, na grande
aventura da criação e a que cada qual lhe empresta,
quando da emoção de contemplá-la”. Maria Mar tins
78
dicas de pintura
Quadriculado com elástico
Dica do João Fucci:
Texto e Imagens: Camila Giudice
Uma dica muito válida para quem gosta de
quadricular as telas para desenhar, e toda vez
precisa usar a régua, sujar a tela com lápis e
tudo mais, é substituir por tiras elásticas!
Esses rolos elásticos são vendidos em qualquer
armarinho.
É só medir a tela, cortar a tira do tamanho
necessário e amarrar. Faça o mesmo processo
de marcar as distâncias na tela e coloque os
elásticos. Depois é só desenhar!
Para ver o resultado
da técnica do João
Fucci, confira seus
trabalhos na página
44!
79
80
eventos
A Revista Verniz em parceria com a Farol Marketing Estratégico,
realizou na semana de 22 a 29 de Junho, no Hall da ACM Centro,
em São Paulo a exposição do artista plástico mais inovador,
Leonardo Di Stasi.
A exposição contou com a curadoria de Camila Giudice, com 18
obras apresentadas, dentre telas à óleo e criações com recicláveis.
Uma mostra bem diferente, que culminava em uma explosão de
cores, movimento, energia e criatividade. Foi muito bem recebida
tanto pela instituição como pelos frequentadores, que não
conseguiam passar no espaço sem parar para olhar e deixar uma
mensagem para o artista.
Muito elogiada pela criatividade, sustentabilidade e originalidade,
agradou a todas as faixas etárias, principalmente pelos aspectos
lúdicos de algumas obras e também pela qualidade e técnica
aplicada.
A Revista Verniz parabeniza o artista pelo sucesso e retorno da
exposição!
Aguardem mais novidades do Leonardo Di Stasi!
Leonardo Di Stasi
Exposição
Texto e Imagens: Camila Giudice
81
Gostou do trabalho
do Leo? Confira a
matéria dele na 1
edição da Verniz.
82
A VERNIZ compareceu ao Workshop ministrado pelo Mestre Rocco
Caputo no dia 09 de Junho, oferecido pela Cozinha da Pintura.
Mestre Rocco é formado pela Accademia di Belle Arti di Foggia, e
bebeu na fonte dos velhos mestres do Barroco.
Foi uma excelente oportunidade para os alunos que estavam em
São Paulo aprender as técnicas antigas em uma demonstração ao
vivo com o Mestre.
Demonstrou que com muita simplicidade é capaz de obter
excelentes resultados, num jogo de luz e sombra e mistura correta
da paleta de cores e também como o artista deve conduzir o
olhar do expectador na obra.
Todo o processo foi muito bem detalhado e muito claro aos
participantes, que puderam acompanhar todas as etapas do
preparo da obra.
Tudo isso envolvido em uma atmosfera que remetia a uma volta
ao passado com o Mestre e seus pupilos.
Os participantes também puderam aproveitar a oportunidade para
comprar materiais com os representantes da LUKAS, presentes no
evento.
eventos
Rocco Caputo
Workshop
Texto e Imagens: Camila Giudice
Conheça mais
sobre a Lukas
na página 42 !
83
Mais informações sobre o ar tista:www.facebook.com/atelierroccocaputo
SAVE T H E DATE
Aguardem mais informações no www.facebook.com/vernizartes
SARAU DAS ARTES COM PARTICIPAÇÃO DE ARTISTAS DA VERNIZEM SÃO PAULO
14|09|2013
86
especial xilogravura
em capa de CordelXilogravura
Texto: Camila Giudice | Imagem: Camila Giudice
87
Carlos Henrique é um exemplo para a arte
brasileira, que de maneira sustentável
desenvolve a maravilhosa e tradicional arte da
capa de Cordel.
Pessoa de sorriso fácil, e grande brilho nos
olhos quando nos conta sobre sua paixão pela
xilogravura e o carinho com que se relaciona
com a arte e o grande respeito pela natureza!
Conheça mais sobre este incrível artista!
Nascido e criado em Crato (CE), escultor
autodidata, desde 1984 começou a trabalhar com
xilogravura para capas de cordéis. Atuou como
Xilógrafo oficial da Academia dos Cordelistas do
Crato do ano 2000 à 2012 ocupando a cadeira
de número 20.
Todo seu trabalho remete muita criatividade e
consciência ecológica.
Demonstra que com instrumentos do nosso dia
Xilogravura
a dia podemos criar ferramentas para esculpir
e tudo pode ser reaproveitado, formando uma
vasta gama de formatos de entalhadeiras,
que possibilitam inusitados resultados na
xilogravura.
Tudo vira ferramenta em suas mãos: haste de
guarda-chuva, facas, pregos, parafusos, garfos,
pedras e o que mais lhe parecer interessante.
Nada é descartado e tudo feito com muito
capricho e também com segurança para uma
boa execução da xilogravura.
Explica para Verniz como funciona o trabalho da
composição do cordel:
Cada Cordel tem 16 ou 36 estrófes e esse texto
possibilita a criação de mais de 100 imagens
para que o artista possa ilustrar a capa. Carlos
gosta de ler os textos por e-mail (para evitar
uma perda ecológica de papel), e já entalha
88
direto na madeira a imagem que acha mais
compatível com a história. Leva para a gráfica
e tem como grande parceiro o Sr. Vicente,
tipógrafo da Academia de Cordelistas do Crato,
que faz a correção do texto e monta, letra por
letra, cada verso/estrófe e prensa para formar o
cordel, quando pronto entregue ao poeta autor.
Diz que a capa de Cordel ainda é muito produzida
por artistas da região e houve um aumento no
pedido de produção, inclusive para utilização em
artesanatos locais como cerâmicas, sandálias,
camisas.
Na gráfica todas as gerações trabalham em
conjunto na transmissão desta arte tradicional.
Carlos também tem preferência por trabalhar
ACADEMIA DOS CORDELISTAS DO CRATO
A Academia dos Cordelistas do Crato é uma entidade sem fins lucrativos que se rege por estatuto próprio, regimento interno e demais dispositivos legais; considerada de Utilidade Pública, pela Lei Municipal 1.879/99, de 11 de junho de 1999.
Fundada em 1991, por doze poetas cordelistas, encabeçado pelo saudoso mestre Eloi Teles de Morais, com o firme propósito de preservar o Cordel , singularidade cultural do Nordeste Brasileiro.
Composta por poetas que ocupam importantes cadeiras, cujos patronos contribuíram para as letras nacionais. Além dos poetas, ocupantes como xilógrafo, tipógrafo e apologista.
A ACC tem mais de mil títulos publicados e mais de um milhão de folhetos, levando o Nordeste para o mundo.
Fonte pesquisa: Cordel ACC
especial xilogravura
89
Para conhecer mais sobre o seu trabalho
e de seus parceiros, acessem o site:
http://xicra.wordpress.com
com a madeira de Imburana, árvore típica do
Nordeste, que oferece uma madeira melhor com
veios mais finos que permite possibilidades de
criar diversas texturas, e também por ser uma
madeira que tem maior facilidade de encontrar
em Cariri.
No seu caso, um tronco de 1 metro rende
trabalho por 5 anos, e quanto mais seca melhor.
A Imburana, por reservar muita água, requer
uma espera maior antes de ser trabalhada. Todo
material é retirado da natureza com consciência
e com a promoção também do reflorestamento.
Ressalta que qualquer madeira serve para
fazer xilogravura, e com qualquer ferramenta
"Árvore típica do Nordeste,
que oferece uma madeira
melhor com veios mais finos
que permite possibilidades de
criar diversas texturas."
Imburana
consegue executar o trabalho. Sempre trabalhou
com o que tinha em mãos, desde tacos de piso
até casca de Cajá.
Hoje o trabalho de xilogravura brasileira é bem
reconhecido no exterior com uma identidade
muito forte.
Aconselha para quem quer iniciar o trabalho
de xilogravura procurar cursos na sua região
e também aproveitar os materiais que tem em
mãos, sempre usar muito a criatividade e que
nunca é tarde para começar.
Carlos também ministra cursos em Universidades,
escolas, Centros Culturais, etc, por todo país.
Imag
en: w
ww
.olh
ares
.sap
o.pt
90
StefaniniKeti
leitores de talento
A Verniz escolheu o trabalho de seis leitores de talento.Parabéns a todos!
91
PhilipeMarcos
92
leitores de talento
SerpaLeandro
93
CostaMariana
94
RuasKarla
Para par ticipar da coluna, envie seu trabalho e uma