www.saoluis.org/revistaPilotis númerodezoito Revista Pilotis - n.º 18 - março/abril de 2011 Produção interna dos alunos e educadores do Colégio São Luís www.saoluis.org/revistaPilotis Raul Cutait: Uma carreira de sucesso antigo aluno nesta edição: Um novo começo boas -vindas ESTUDO SUPERVISIONADO APROVADOS NOS VESTIBULARES Acompanhamento nas tarefas escolares e maior socialização com colegas. Conheça o Período Estendido do CSL.
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www.sao
luis.org/rev
istaPilotis
númerodezoitoRevista Pilotis - n.º 18 - março/abril de 2011Produção interna dos alunos e educadores do Colégio São Luís
www.sao
luis.org/rev
istaPilotis
Raul Cutait: Uma carreira de sucesso
antigo aluno
nesta edição:
Um novo começo
boas -vindas
EstudoSuPeRviSionado
APROVADOSNOS VESTIBULARES
acompanhamento nas tarefas escolares e maior socialização
com colegas. Conheça o Período estendido do CSL.
Revista Pilotis - n.º 18 - março/abril de 2011
.1falaram de nósCSL na imprensa
.2aconteceuFlashes do São Luís
.4aconteceuEspecial Formaturas
.6vestibularAlegria compartilhada
.12boas-vindasUm novo começo
.14antigo alunoUm olhar para o próximo
.16integralAcampamento e diversão
.17solidariedadeAuxílio a quem precisa
.18antigo alunoUma carreira de sucesso
.22capaEstudo personalisado
.24 notas
Novo Ano
As férias representam para o Colégio São Luís mais do que
um período de descanso e renovação de energia. Para diversos
funcionários, ao contrário, é um período de muito trabalho e
muita dedicação.
As reformas de infraestrutura, as melhorias das salas de
aula, das quadras, dos sistemas tecnológicos são realizadas
justamente quando alunos e educadores encontram-se no seu
momento de reposição de forças. Destacamos neste início de
2011 a reforma completa do 2.º andar do prédio principal.
Esperamos, com isso, auxiliar a nossa comunidade, cada
vez mais, a iniciar o ano com toda a estrutura disponível e
atualizada para que sua prática pedagógica e educativa seja
sempre mais aperfeiçoada.
Por outro lado, nossa atenção para com os demais
também não pára nesta época do ano. O olhar para com os
nossos vizinhos fluminenses, após a tragédia da região serrana
do Rio de Janeiro, fez com que iniciássemos uma campanha
de doação de materiais e mantimentos periodicamente en-
caminhados aos órgãos competentes. Entre os atingidos pela
catástrofe encontra-se nosso Colégio irmão, o Anchieta de
Nova Friburgo, que conta com nosso apoio para sua volta ao
funcionamento normal.
Com seus 144 anos o CSL mantém viva a missão de edu-
car a pessoa em todas as suas dimensões, a partir dos valores
cristãos. Desejamos a todos que 2011 seja um ano repleto de
paz, saúde, cuidado com o planeta, muito trabalho e vida.
Boa leitura!
Um abraço fraterno,
Padre José Luis Fuentes, SJDiretor-Geral do Colégio São Luís
:: editorial
1
.1falaram de nósCSL na imprensa
.2aconteceuFlashes do São Luís
.4aconteceuEspecial Formaturas
.6vestibularAlegria compartilhada
.12boas-vindasUm novo começo
.14antigo alunoUm olhar para o próximo
.16integralAcampamento e diversão
.17solidariedadeAuxílio a quem precisa
.18antigo alunoUma carreira de sucesso
.22capaEstudo personalisado
.24 notas
Leia as matérias completas no site www.saoluis.org/sala-de-imprensa
FaLaRam de nÓS
MuNdo ANiMAl pArA curtir NA MEtrópolEJornal da TardeO Museu de História Natural Fernão Cardim do CSL é tema da matéria
com entrevista da professora Margarete Servilha, de Ciências, falando
sobre o nosso Museu, as visitas das escolas públicas e seu novo site.
FAçA A EscolhA cErtAJornal Agora São Paulo
O coordenador Marco Antonio, da 3.ª série EM em 2010, dá dicas a
todos os estudantes sobre a escolha da universidade.
o EstAdo dE são pAuloEstreiasAs peças da Mostra Conexões de Teatro Jovem de 2010, da qual o CSL
faz parte e é um dos organizadores, foram anunciadas no jornal como
dicas culturais.
uM olhAr diFErENtE sobrE A FAMARevista da Gol
Sarah Oliveira fala sobre sua vida, carreira e época de escola no
Colégio São Luís.
2
:: aconteceu
pré i apresenta o circoOs alunos do Pré I encerraram o projeto do 4.º bimestre com
a apresentação de um espetáculo circense. Cada aluno escolheu
o profissional para representar, ensaiou e, junto com a turma,
apresentou o espetáculo.
hora do banho na MatemáticaAs turmas de 3.º ano EF, em 2010, aprenderam como ler,
interpretar e construir tabelas e gráficos. Todo esse aprendizado
foi aplicado nas aulas de Informática, com a elaboração de um
gráfico, por meio do programa Microsoft Excel.
dia de confraternização do 6.º ano Após um ano intenso de trabalho, o 6.º ano teve
um dia diferente na última semana de aula. Os alunos
que encerraram seu ano letivo puderam comemorar e
despedir-se de seus amigos.
conhecendo as regiões brasileirasO trabalho desenvolvido no último bimestre, na área de
Geografia, teve como foco as regiões brasileiras. Os alunos co-
nheceram a divisão política, características da região e preparam
uma apresentação em slides para a turma.
Exposição do 8.º ano EFAs turmas do 8.º ano EF prepararam uma Exposição sobre o
Estudo do Meio, realizado no segundo semestre nas cidades
históricas de Minas Gerais, que foi visitada pelos seus familiares,
amigos e educadores.
Acampamento AruanãEm dezembro, os alunos do 2.º ao 5.º ano
participaram Acampamento Aruanã com a
equipe de Esportes e a APM.
3
aconteceu ::
campanha de NatalO Colégio São Luís realizou a sua Campanha de Natal 2010,
contando com a colaboração de todos os seus alunos, familiares e
educadores que contribuíram com diversas instituições da capital.
torneio de GinásticaNo final do ano aconteceu o III Torneio Dante Alighieri de
Ginástica. A competição foi realizada em dois níveis e em
cada nível os Colégios participaram com cinco ginastas.O CSL
consquistou ouro, prata e bronze.
primeira comunhãoA celebração da Primeira Eucaristia no dia 07 de novembro e foi
um momento especial. A felicidade das crianças era visível com o co-
roamento de todo um processo catequético que as impulsionou mais
ao seguimento de Cristo e de sua Palavra contida no Evangelho.
i concurso de redação O CSL realizou seu I Concurso de Redação para todos os
alunos do Ensino Médio em 2010. A premiação aconteceu
no início de dezembro, na Biblioteca do 4.º andar HL.
comer, aprender e viverOs alunos do CSL se divertiram na hora dos intervalos com
uma bicicleta diferente na lanchonete do Colégio. Eles
puderam pedalar enquanto geravam energia para preparar
sucos naturais que depois foram servidos aos presentes.
Apresentações de teatro 2010Familiares, educadores e amigos são convidados para assistir
às apresentações de Teatro de 2010, da professora Marielle,do
professor Tuna e da professora Márcia. Foram 20 peças prestigiadas
por amigos e familiares.
4
:: aconteceu especial
Festas de encerramento e formaturas marcaram os
últimos dias de 2010.
5
aconteceu especial ::
6
:: vestibular
Os alunos formandos da 3.ª série EM em 2010 dão
continuidade a já tradicional visita ao CSL após a divulgação dos
resultados dos vestibulares. Os jovens, agora antigos alunos,
vêm comemorar com seus professores as suas conquistas.
Toda a equipe do Ensino Médio do Colégio São Luís
parabeniza os estudantes pelo esforço e pela dedicação
e compartilha da mesma alegria, já trabalhando para
que 2011 seja um ano também focado na obtenção da
conquista de seus objetivos.
aLeGRia ComPaRTiLHadaAlunos comemoram no csl os resultados dos vestibulares
7
anTiGoS aLunoSem diuRno
Adriana de paula santosUniversidade de São Paulo - Nutrição
Afonso Augusto soares barrosCentro Universitário da FEI - Administração
O Ano Novo é sempre um momento de renovação de objetivos, de reflexão
sobre as experiências vividas e de ansiedade pelas novidades do futuro.
Mudar de ano, ingressar em uma nova série e, especialmente, em um novo
Colégio cria a mesma sensação independente da faixa etária.
Uma das principais lembranças que aqueles que já passaram pelos bancos
escolares têm da época de escola é o cheirinho dos livros novos, folheados com
curiosidade antes das aulas começarem.
Acolhida na Educação infantilA primeira semana de aula na Educação Infantil é dedicada à adaptação das
crianças, sua socialização com os colegas, o conhecimento do espaço físico do
Colégio e de seus educadores.
:: boas-vindas
um novo coMEço
Os alunos chegam no início do
período da aula regular e vão embora,
junto de seus pais, no horário do recreio.
Já os alunos maiores, do Pré I ao 1.º
ano/9, sentem-se mais independentes
e autônomos, sem precisar de uma
atividade específica de adaptação.
Esse é o momento de fazer com que
a criança conheça e se adapte à sua
nova rotina, à sala de aula, seus amigos
“Esse é o momento de fazer com que a criança conheça e se adapte à sua nova rotina, à sala de aula, seus amigos e professoras”
Expectativas e ansiedade marcam o primeiro dia de aula para todos os segmentos do csl
e professoras, além de oferecer aos
pais a segurança de que precisam para
deixarem seus filhos no Colégio e irem
embora tranquilos.
do Fundamental ao Médio
O início das aulas para os demais
segmentos, da mesma maneira, é
preparado com carinho para que todos
os alunos se sintam acolhidos e
preparados para mais um ano letivo.
O 6.º ano e a 1.ª série EM diurno
e noturno, por serem turmas que
iniciam um novo ciclo, proporcionam
no primeiro dia de aula atividades
de conhecimento, entrosamento
e recreação, orientadas pelo
coordenador e pelo assessor de
Formação Cristã da série.
13
boas-vindas ::
semana pedagógica Para os educadores e professores do
CSL, o início do ano também tem um
sabor diferente, pois, além de reverem seus
colegas, todos chegam cheio de novas
ideias para o planejamento das suas aulas.
Neste ano, a Semana Pedagógica
aconteceu entre os dias 26 e 28 de janeiro.
Além das bênçãos do Pe. Fuentes,
diretor geral do CSL, e da mensagem de
abertura, os educadores assistiram, no
primeiro dia, a uma palestra do dr. Ivan
Capelatto sobre Gestão da disciplina em
sala de aula e realizaram em grupo uma
reflexão sobre avaliação.
O segundo dia da semana foi especial,
pois as atividades foram realizadas em
parceria com o Colégio São Francisco
Xavier, também jesuíta, localizado no
bairro do Ipiranga em São Paulo. Neste
dia aconteceu uma palestra com o Pe.
para os educadores e professores do csl, o início do ano também tem um sabor diferente, pois, além de reverem seus colegas, todos chegam cheio de novas ideias para o planejamento das suas aulas.
Eduardo Henriques sobre Espiritualidade
e Pedagogia Inaciana e outra palestra
com a professora Heloísa Padilha sobre
Prática docente – competências e estatuto
pedagógico.
No último dia, os educadores
assistiram a uma apresentação da obra
jesuíta Fé e Alegria e se reuniram por série
para falar sobre o planejamento de 2011.
14
uM olhAr pArA o próxiMo
:: antigo aluno
Marat (Sebastião), da série “Pictures of
Garbage“, obra de Vik Muniz.
15
Solidariedade é a palavra mais presente no dia a dia de Marcos Moreira. Antigo
aluno, estudou no Colégio São Luís nos anos 1996 e 1997, quando cursou a 2.ª e 3.ª
série do Ensino Médio Noturno. Segundo ele, participar das ações sociais promovidas
pelo grupo de educação religiosa despertou a sua vocação: ajudar o próximo.
Marcos se formou em jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco e
atualmente é responsável pelos programas de meio ambiente e pela área de comunicação
da Associação Reciclázaro, organização a qual ele também foi co-fundador em 1997.
A entidade sem fins lucrativos e atende homens e mulheres em situação de rua,
na cidade de São Paulo. Além disso, mantém um programa de coleta e triagem de
materiais recicláveis, uma alternativa de sustento próprio para as pessoas atendidas.
O jornalista também trabalha no Programa Rede Social do SENAC São Paulo como
mediador da Rede Social Lapa e do Processo de Desenvolvimento Local da Vila Romana.
O gosto pelos serviços em prol da comunidade é tão grande que Marcos dedica
antigo aluno ::
Antigo aluno encontrou no trabalho social uma profissão e atua em oNG que atende moradores de rua em situação de risco
Reciclázaroa associação Reciclázaro nasceu
de uma ação da paróquia São João
maria vianney para recuperar a Praça
Cornélia, uma região degradada pela
miséria e tráfico de drogas na Lapa,
Zona oeste de São Paulo.
em 1998, foi o primeiro projeto
implantado pela entidade: a abertura
da Casa São Lázaro, com o intuito de
acolher moradores do local, sendo até
hoje a atual sede da organização.
a iniciativa disponibilizou psicó-
logos, psiquiatras, fonoaudiólogos,
dentistas, advogados e um curso de
alfabetização para os associados. após
uma avaliação, a instituição consta-
tou que a maioria dos atendidos era
formada por catadores quase sempre
explorados por donos de “ferro velho”.
Pensando nisso, a Reciclázaro
montou uma cooperativa de reciclagem
para inserir essas pessoas de volta ao
trabalho. atualmente, essa comunidade
tem sede no Butantã e gera renda direta
para 30 pessoas e recicla mais de 70
toneladas de material por mês.
Com treze anos de atuação social,
a onG se expandiu e hoje também
desenvolve programas em diversas
áreas da sociedade, sempre com um
cuidado ambiental envolvido. além dos
catadores, a entidade passou a atender
idosos, deficientes físicos, mulheres
vítimas de violência, dependentes
de álcool e outras drogas e mulheres
pobres portadoras do vírus Hiv.
Para atender a demanda, a organi-
zação conta com a ajuda de parceiros,
como a Prefeitura municipal de São
Paulo, empresas e comunidade local.
Para saber mais sobre a Recicláza-
ro, acesse o site:
www. reciclazaro.org.br
durante os dois anos que estudei no colégio são luís, pude fortalecer minha fé e me tornar com certeza uma pessoa melhor, mais cidadão e solidário.
parte do tempo para ajudar na produção
da Feira de Artes da Vila Pompéia,
evento cultural que acontece um
domingo por ano e reúne cerca de 150
mil pessoas nas ruas do bairro.
Velhos temposO antigo aluno diz guardar ótimas
lembranças do Colégio. Dentre elas,
dos professores, por ajudarem na sua
formação intelectual e orientá-lo a
aprender ouvir o próximo e sempre
estar pronto a ajudar, e em especial
do sr. Arthur, antigo bedel do
colegial noturno.
“Durante os dois anos que estudei
no Colégio São Luís, pude fortalecer
minha fé e me tornar com certeza uma
pessoa melhor, mais cidadão e solidário.
Hoje sei que passar pelo Colégio fez
minha vida mudar e tudo que aprendi
faz com que eu sempre queira ser um
profissional melhor, sem nunca perder a
ética e a fé”, relata.
16
:: integral
Desde 2003, o São Luís oferece
às suas famílias o período Integral, no
qual os alunos podem permanecer no
Colégio durante todo o dia.
Aqueles que estudam no período
regular da manhã podem participar das
atividades do Integral à tarde e aqueles
que estudam à tarde o fazem pela manhã.
Acompanhados por orientadores
especializados, os alunos do Maternal
até o 5.º ano EF realizam suas lições
de casa, estudam para a prova, fazem
atividades diversas, participam de aulas
especiais e ainda trabalham em projetos
culturais com temas escolhidos pelos
próprios estudantes.
O almoço e os lanches são servidos
em um restaurante exclusivo para as
aComPanHamenToE diVErsão
turmas do Integral e acompanhados de
perto pelos orientadores de cada grupo
e por uma nutricionista.
período Estendido do integral
No final de cada ano, uma semana
é destinada à somente a atividades
recreativas e culturais, chamada de
Período Estendido do Integral (diferente
do Período Estendido para o 6.º ao 9.º
ano EF, que você pode conhecer melhor
na matéria de capa - páginas 22 e 23).
Nesta época, os alunos estão de férias
do período regular e ficam o dia todo no
Colégio recebendo visitas de contadores
de história, brincando com a equipe de
Educação Física e Esportes, produzindo
trabalhos em oficinas de Artes, etc.
No último dia dessa semana, os
alunos dormem no Colégio e esperam
seus pais na manhã do dia seguinte para
um gostoso café da manhã no Pilotis.
Para conhecer mais o Integral do CSL
acesse: www.saoluis.org/
integral - você encontra as grades
de cada grupo, fotos de diversos
momentos e vídeos gravados pela
Tv São Luís que semanalmente
acompanha as turmas durante
eventos, passeios e atividades.
no site da Tv São Luís – www.
tvsaoluis.org podem ser encontrados
os vídeos do Período estendido do
integral e ainda diversos vídeos de
outros momentos do curso.
o integral proporciona uma grade horária variada e repleta de novidades para os alunos do csl.
projetos culturais têm temas escolhidos pelos próprios estudantes
17
solidariedade ::
Desde o mês de janeiro, quando as chuvas
provocaram uma tragédia na região serrana
do Rio de Janeiro – acompanhada por todos
pelos meios de comunicação –, o Colégio São
Luís iniciou uma campanha para arrecadar
doações para os desabrigados.
Por meio de cartazes e emails enviados a todos os
educadores e funcionários, o Colégio conseguiu
doações de roupas, água e materiais de higiene
entregues na Sala da APM na Galeria do CSL.
Pe. Fuentes, diretor geral do São Luís,
disponibilizou um carro do Colégio para que
as doações pudessem ser levadas até o Corpo
de Bombeiros, da onde seriam encaminhadas
para o estado vizinho.
A campanha também se estendeu para
o site do CSL (www.saoluis.org) e para
as redes sociais das quais o Colégio
participa (No Twitter: @colegio_saoluis e
no Facebook: facebook.com/saoluis). A
ação causou a comoção de pais, alunos e
antigos alunos que nos acompanham pela
internet, aumentando assim a quantidade
de doações recebidas.
O Colégio São Luís agradece a
solidariedade de todos aqueles que
ajudaram a divulgar a campanha e que
trouxeram suas doações para amenizar um
pouco a tristeza e as necessidades que os
moradores dos locais afetados pelas chuvas
em janeiro estão enfrentando.
COLÉGIO ANCHIETAo Colégio anchieta, localizado em nova
Friburgo - RJ, também jesuíta, sofreu com as
chuvas do início do ano, perdendo grande
parte da sua infraestrutura e materiais do
prédio onde se localizava a educação infantil.
o CSL abriu espaço também para a
arrecadação de doações de livros infantis para
o seu colégio-irmão, divulgando às nossas
famílias e antigos alunos, já que a Biblioteca
das crianças foi totalmente destruída.
os interessados em colaborar, podem
deixar suas doações na sala da aPm, na
Galeria do CSL, das 8h às 17h.
auxíLio a quem PReCiSacsl realiza campanha para arrecadar doações para os desabrigados da região serrana do rio de Janeiro
18
uma CaRReiRa de SuCeSSoImportante nome da medicina nacional, dr. Raul Cutait é antigo aluno do
Colégio São Luís e cirurgião especialista em aparelho digestivo que faz parte da
equipe médica que cuida do ex-vice-presidente da República José Alencar.
Dr. Raul é cirurgião do Hospital Sírio Libanês e professor de Cirurgia da Faculdade
de Medicina da USP. Durante a carreira, publicou diversos livros relacionados à sua
área de atuação, foi Secretário de Saúde do município de São Paulo em 1993 e, em
agosto de 2010, assumiu uma cadeira na Academia Paulista de Letras.
Como antigo aluno do CSL, dr. Cutait recebeu gentilmente a Revista Pilotis e a
equipe da TV São Luís em seu consultório e falou sobre a profissão, suas principais
experiências, a exposição na mídia, os tempos de Colégio e deu dicas para quem
pretende seguir carreira na medicina.
Confira abaixo na entrevista.
Revista Pilotis - Como avalia os primeiros meses na Academia Paulista de Letras?
Raul Cutait - Estou adorando, convivendo com gente incrível, interessantíssima.
Infelizmente meu tempo não me permite participar de todas as sessões. Essa
diversidade de desejos na vida é que é parte da riqueza humana. Como a Ligya
Fagundes Teles, uma musa pra mim e um dos grandes nomes da nossa literatura;
Paulo Bonfim, um poeta idolatrado pelas suas criações, uma pessoa de simplicidade
enorme e outras pessoas que tem lá.
RP - Como o senhor concilia tantas atividades?
RC - Quando eu tinha 15 anos eu ouvi um cara falar um negócio muito
engraçado: só tem tempo quem não tem tempo. A pessoa que não tem tempo
consegue criar situações em que ele consegue resolver aquilo que precisa
desde que aprenda priorizar. Tem muitas coisas que eu gostaria de fazer e que
simplesmente não faço porque o tempo tem seu limite. Têm shows que gostaria
de ir e não consigo porque no dia seguinte tenho que acordar cedo; viagens
:: pingue-pongue
Por Ariane Locatelli, colaboradora da revista Pilotis
19
pingue-pongue ::
que gostaria de fazer, mas não posso
porque tenho aula pra dar, ou quero
fazer determinado programa e um
paciente não está bem e quando o
paciente não está bem eu cancelo
tudo. Tem frustrações na minha vida?
Tem, mas é em decorrência de um
projeto maior, que é ser médico e fazer
uma boa medicina.
RP - Como é cuidar de uma figura
pública tão importante como o ex-
vice presidente da República, José
Alencar?
RC - Os pacientes são todos iguais,
as pessoas são todas iguais, entendendo
que há diferenças relacionadas com
sexo, idade, estilo de vida e até
posição. O médico precisa se adaptar às
necessidades de cada um. Eu já operei
uns quatro ou cinco presidentes da
república, vários ministros e isso não
muda nada na minha vida. O que traz
importância é operar e resolver. Você
aprende a administrar situações, pois
claro que a pressão e a exposição são
maiores. Se alguma coisa não dá certo,
fica muito mais aparente do que em
uma pessoa mais anônima. Na verdade,
tudo tem que dar certo. Se não dá,
você tem que parar e refletir: por que
será que não funcionou bem? Será que
eu fiz alguma coisa errada? Poderia ter
feito melhor?
RP - Como o senhor lida com a
exposição na mídia?
RC - Eu levo uma vida normal.
Nunca procurei pautar minha vida por
estrelinhas no ombro. Isso é bobagem.
O importante é você estar feliz com o
que está fazendo. Uma vez, na época
de secretaria, naquela posição de
peso, imagina: 45 mil funcionários,
15 hospitais, 200 postos de saúde e
alguns bilhões de reais por ano, um dia
começaram a mexer comigo porque eu
não estava fazendo algumas concessões
ou tomando algumas atitudes que
achavam que eu tinha que fazer e eu
não concordava. Tem uma lição na vida
que a gente jamais pode esquecer, que
é a da humildade. A hora que você
empina um pouco o nariz é a hora que
você cai.
RP - Em 37 anos de profissão,
quais as principais diferenças que o
senhor viu entre a saúde pública e a
particular?
RC - O setor público cuida de 75%
da população brasileira e por esse
motivo, ele é de difícil estruturação,
de difícil gestão e, por isso, o dinheiro
é sempre insuficiente. O setor público
vive com problemas de financiamento,
de gestão e de formação de recursos
humanos. Não é algo que se resolve
fácil, embora tenha havido uma grande
melhora depois que se criou o Sistema
Único de Saúde (SUS), 22 anos atrás.
É diferente de uma instituição privada,
onde existem mais recursos e a gestão
da unidade é mais simples do que a de
um conjunto de hospitais e de pessoas
que podem se dedicar a se tratar. Isso
tem uma lição na vida que a gente jamais pode esquecer, que é a da humildade. A hora que você empina um pouco o nariz é a hora que você cai.
20
é um outro problema. Se um indivíduo
sente uma dor, ele perde tempo para
marcar consulta. Se a criança fica
doente, a mãe perde um dia de trabalho
pra levar o filho. Depois tem que pegar
o exame, que à vezes demora. O sistema
não é tão rápido quanto se deseja.
Então, pra muitas pessoas, por incrível
que pareça, a saúde não é a prioridade.
A grande prioridade é comer, colocar
comida no prato do filho. A gente
precisa entender que essas limitações
são por causa das circunstâncias.
Melhora com o tempo? Sem dúvida. Já
melhorou muito e vai melhorar mais.
Existe um amadurecimento e está
ocorrendo hoje uma melhoria de nível
social das pessoas. O IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) do Brasil
é ruim e o país está mal colocado
no ranking mundial. Menos gente
está melhor que há 10 anos. É uma
vergonha ter quem não coma. Depois
de comer, vamos pensar em como
morar melhor, vamos pensar na saúde,
na educação, que são fundamentais
na vida de qualquer indivíduo e para o
crescimento do país como um todo.
RP - Na Universidade, o que o
senhor orienta para os alunos sobre
a profissão de médico?
RC - Eu ensino algumas coisas que
são técnicas, mas a aula que eu mais
gosto de dar é uma aula do fim do
curso de Propedêutica Cirúrgica, na
qual eles aprendem os vários exames
que são usados na cirurgia. Eu dou
a aula fazendo um psicodrama: um
dos alunos vira médico, outro, o
paciente e eu apresento um caso.
Passo a discutir a relação do médico
com o paciente, como é que você
fala com seu paciente, como conta
que ele tem uma doença. Os alunos
precisam aprender que ser médico
não é só ter conhecimento técnico,
é saber se relacionar com as pessoas.
E o comportamento varia de pessoa
por pessoa. Por isso que existem
médicos que se dão muito bem sendo
cirurgiões e se dariam muito mal sendo
geriatras e vice-versa. Eu sempre falo
que a pessoa escolha a especialidade
que gosta e que seja estimulante.
Quando você exerce a profissão é
como se estivesse casado com ela, é
um casamento de valores, de ideia, de
atitudes, de alma e a sua família casa
com sua profissão também.
RP - Sobre o Colégio São Luís,
quais as suas principais recordações?
RC - Eu ainda tenho muitos amigos
daquela época. Minha turma se
reúne uma noite por ano e é ótimo,
muito gostoso rever todo mundo.
Ano passado, um deles mandou um
e-mail convidando dois ou três amigos
para almoçar. Um foi repassando pro
outro e quando vimos, tinham 12 na
mesa. Então, primeiro você aprende a
fazer amizades. No esporte, aprende
o convívio de grupo, a se adaptar a
conviver com quem joga bola melhor e
pior que você. Os valores que me foram
passados - humanos e religiosos - foram
extremamente importantes e pautam
a minha vida até hoje. Eu fiquei muito
feliz por meus pais terem escolhido o
São Luís para minha educação.
RP - De alguma forma o
Colégio ajudou na sua escolha pela
profissão?
:: pingue-pongue
quando você exerce a profissão é como se estivesse casado com ela, é um casamento de valores, de ideia, de atitudes, de alma e a sua família casa com sua profissão também.
21
RC - O meu pai era médico e muito
espiritualizado na maneira de exercer a
medicina numa época onde o médico
era muito “individualista” e não havia
esse estímulo de se trabalhar em equipe
e você tinha que estar presente a
cada momento. Por isso, ele foi muito
ausente no dia-a-dia da minha casa,
mas a gente aprendia, por meio da
satisfação dele exercendo a medicina,
que isso era algo importante, então a
família aceitava.
RP - Algum de seus filhos
também seguiu na medicina?
RC - Não, meus filhos fizeram
um negócio que está certo, que é
valorizar o lazer. E quem quer fazer
bem, tem que se dedicar bastante
de qualquer jeito. Eu tenho um filho
que faz faculdade de música no
exterior. O outro filho, que trabalha
com comércio exterior, às vezes eu só
o vejo porque eu tento sair de casa
junto com ele, dando uma carona até
o trabalho. E a minha filha mais velha
é fotografa e tem uma vida bastante
agitada também. Então é o seguinte:
se quer fazer bem alguma coisa, e
hoje há uma competição absurda
em todas as áreas, você tem que se
dedicar e é o seu conjunto que vale.
É o que sabe, como se apresenta e é
a oportunidade que você consegue
enxergar e aproveitar. A qualificação
e a dedicação são vistos de entradas
para todos os lugares. Além disso, é
preciso ter integridade, porque sem
ela você não consegue se impor em
nenhuma atividade. E também, como
meu pai dizia, você precisa ter uma
estrelinha na testa pras coisas darem
certo (risos).
RP - E qual conselho você dá
para quem quer seguir a carreira de
médico?
RC - Que queira ser alguém cuja
vida vai ser dividida com outros. Ao
contrário de outras áreas, em que o
indivíduo trabalha pensando que vai ser
melhor remunerado, que vai ter mais
posse etc, a força motora do médico é a
realização dele profissional. Têm vários
estudos mostrando que as frustrações
maiores dos médicos são as baixas
remunerações e não conseguir fazer o
que se propôs a fazer. Então o médico
tem que entender que é assim. A classe
médica se empobreceu nos últimos
20, 30 anos. O médico antes era um
indivíduo que tinha uma condição socio-
econômica, em média, melhor do que
tem hoje. Mas a procura pela faculdade
de medicina é absurda, é igual. Quando
eu prestei eram 66 candidatos para cada
vaga na USP.
RP - O senhor passou no
vestibular de primeira?
RC - Passei. Mas hoje não é muito
diferente. Então, quem quiser fazer
medicina, tem que fazer porque sentiu
a alegria de fazer isso, você tem que
acordar feliz, animado pelo o que
vai fazer. Se não tiver essa sensação,
você está no lugar errado. Quando
eu estava no quinto, passando pro
sexto ano, eu fui aprender fotografia,
pra fotografar cirurgias. O curso era
a única coisa que eu fazia fora do
internato, porque ficava o dia inteiro
lá, dava plantão noite sim noite não,
era uma loucura. Então, eu arrumava
duas noites por semana para esse
curso e acabei me envolvendo e
gostando muito da fotografia. Aí eu vi
pingue-pongue ::
que estava gostando demais. E pensei:
bom, eu vou entrar em conflito. O
que eu quero fazer da vida? Você
tem que ser aberto pra questionar.
Todo o dia você tem que se perguntar
se quer continuar a ser médico. Se
você duvidar, comece a repensar. Aí
eu cheguei à conclusão que queria
mesmo ser médico, que não queria
dedicar a minha vida à fotografia, mas
ela ia fazer parte. Se eu puder dar um
conselho todo mundo da sua faixa
etária é que não dá pra gente não ter
alternativas na vida.
RP - O que o senhor deseja
realizar na sua carreira que ainda
não fez?
RC - Continuar o que estou
fazendo porque está muito bom
(risos). Nunca fui atrás de cargos na
vida. Meu plano de vida maior é ser
cirugião enquanto eu achar que sou
competente pra isso, escrever meus
livros médicos e aproveitar tudo o que
a vida pode me dar. E uma coisa que
a gente aprende com o tempo, talvez
valoriza mais quando a gente se vê
no lugar dos filhos, é que a relação
de afeto familiar é extremamente
importante. Os pais têm que trabalhar
para uma relação melhor para os filhos
e os filhos têm que procurar entender
a cabeça dos pais, o que nem sempre
é tão fácil. Um dos maiores dramas
da humanidade hoje são as drogas.
As drogas decompõem as pessoas.
A maior droga que existe vem de
dentro de você. É o que você quer, é o
que você procura, é a que se dedica.
Então, se eu puder falar alguma coisa
pra turma do São Luís é que preste
atenção nisso.
22
eSTudo supErVisioNAdo
A partir da segunda semana de aula deste ano, o acompanhamento supervisio-
nado oferecido pelo Período Estendido do Colégio São Luís teve início.
Diversas novidades foram incluídas neste serviço oferecido pelo CSL há alguns
anos para 8.º e 9.º ano EF. A principal delas é a extensão para as séries mais novas
do Fundamental – 6.º e 7.º anos EF.
De acordo com a professora e responsável pelo Período Estendido, Cléa, “tendo
em vista a procura das famílias pela continuidade do trabalho iniciado no Integral e
ciente da necessidade de estudo supervisionado para melhor aproveitamento acadê-
mico, o Período Estendido de estudo está sendo oferecido a partir deste ano para os
alunos de 6.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental”.
acompanhamento nas tarefas escolares e maior socialização com colegas são alguns dos benefícios do Período estendido
:: capa
“Garantir a realização das tarefas escolares, explorar diferentes técnicas de estudo e de organização de tarefas e agendas e promover espaço de convivência, troca de experiências e entretenimento...”
23
como funcionaA proposta deste acompanhamento
privilegia uma rotina planejada, que
proporciona:
• a otimização do tempo na reali-
zação das tarefas escolares,
• o aperfeiçoamento de técnicas e
organização de estudo,
• o incentivo à sociabilidade, res-
ponsabilidade e autonomia.
“Os objetivos destes dias em que
os alunos permanecem no Colégio
capa ::
VALOR / DIAS DA SEMANA (13 parcelas)
Série Almoço Lanche Horário 2 dias 3 dias 4 dias
6.º ano Incluído Incluído 12h30 às 18h R$ 576,00 R$ 712,00 R$ 890,00
7.º ano Não incluído Incluído 13h30 às 17h R$ 331,00 R$ 408,00 R$ 510,00
8.º ano Não incluído Incluído 13h30 às 17h R$ 331,00 R$ 408,00 R$ 510,00
9.º ano Não incluído Incluído 13h30 às 17h R$ 331,00 R$ 408,00 R$ 510,00
por mais tempo englobam garantir a
realização das tarefas escolares, explorar
diferentes técnicas de estudo e de
organização de tarefas e agendas e pro-
mover espaço de convivência, troca de
experiências e entretenimento supervi-
sionados”, afirma Cléa.
Espaço personalizadoOutra grande novidade para os
alunos do Período Estendido é o espaço
físico que foi especialmente planejado
para as atividades cotidianas dos estu-
dantes, localizado no 5.º andar HL.
As salas foram equipadas com
computadores e revistas para pesquisa e
entretenimento, mesas para estudo pes-
soal ou coletivo e espaço para descanso
e dinâmicas de grupos.
24
:: notas
site do Museu de história Natural Fernão cardim
Inaugurado em junho de 2009, o Museu de História
Natural Fernão Cardim do Colégio São Luís, localizado no 6.º
andar HL, agora pode ser visto também na Internet.
Entrando no site do CSL e clicando no link ou digitando
o endereço www.saoluis.org/museufernaocardim é possível
conhecer as 95 espécies de animais da fauna brasileira, divididos
em representações artísticas de seus habitats correspondentes.
No site é possível saber mais sobre o histórico do Museu,
seus idealizadores, dos animais e ainda sobre quem foi Fernão
Cardim, jesuíta português que inspirou o nome do local.
O Museu recebe visitas dos alunos de todas as séries
para desenvolverem trabalhos pedagógicos, além das escolas
públicas, que podem agendar com a mãe e voluntária Liliana