AO LEITOR,
O 9° ano viajou para Paraty, uma cidade histórica do Rio de Janeiro, como objetivo de
aprofundar seus estudos iniciados em sala de aula. A cidade era um interposto
comercial que ligava a região do ouro com o Rio de Janeiro. Esse caminho era feito em
40 dias em uma mata fechada e terreno íngreme.
Chegando a Paraty, pudemos conhecer o centro histórico, um lugar cheio de atrativos,
como a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, as casas onde encontramos símbolos
simétricos que representam o grau da maçonaria do residente. Também visitamos o
bairro Ilha das Cobras, onde as situações dos moradores é muito precária devido à
falta de saneamento básico e poluição, entre outras.
O momento mais esperado da viagem era visitar a Usina Nuclear de Angra Dos Reis.
Ao chegarmos, assistimos a um pequeno filme sobre a construção e seu
funcionamento. Levando-nos a conhecer melhor seus benefícios e riscos a população
local.
A energia nuclear é muito cara por causa do enriquecimento do urânio. Além disso, há
risco de contaminação e desemprego. Apesar disso, é uma fonte de energia mais limpa
que reduz a emissão de gases poluentes.
Enfim, foi uma viagem de estudo, assim como uma nova maneira de conhecer melhor
aqueles com quem convivemos e aprofundar as relações que temos, pois este é o
último ano do ginásio, tal como o de alguns aqui que se mudarão em breve. Este é o
final de um ciclo, mas também o inicio de outro.
Nós alunas do 9° ano, Ana Beatriz, Carolina, Karina e Tiemi gostaríamos de agradecer
a todos por mais um ano e saibam que lembraremos de todos cada qual a sua
maneira.
Boa Leitura!
Historia de Paraty
Com a viagem do 9° ano à Paraty aprendemos que a cidade portuária era importante
na época do ouro, pois estava entre o caminho do ouro que ligava São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais. O ouro extraído demorava de 40 a 45 dias para chegar ao Rio
e, por isso, foram abertos negócios na região de Paraty para abastecer aqueles que por
lá passavam. Mas com a abertura de um novo caminho, a cidade perde importância e
ocorre a decadência dos comércios.
Com a chegada do café e a proximidade do Vale do Paraíba no século XIX, Paraty volta
a ter importância. Porém, a inauguração da estrada que liga São Paulo e Rio de
Janeiro deixa a região novamente em decadência. Depois de muito tempo, já no inicio
dos anos 90, a cidade volta a ter um impulso com o turismo, que hoje é sua principal
fonte de renda.
Para sabermos melhor sobre Paraty, veremos uma entrevista que nos foi dada por Jorge Melo
em “Nunca pensei em deixar Paraty”.
Enquanto realizava seu trabalho, Jorge Melo, 58 anos, cabeleireiro na cidade histórica de Paraty,
no bairro Ilhas das Cobras, nos contou um pouco sobre a sua vida. Tem o 2º grau de
escolaridade completo, é evangélico, casado e tem três filhos.
Durante a entrevista, Jorge falou um pouco sobre a relação de sua profissão com o turismo,
sendo que este é a maior fonte de renda da cidade.
Colégio São Luís: no caso dos moradores da cidade ou região, como sobrevivem
economicamente? Sua profissão esta relacionada direta ou indiretamente ao turismo?
Jorge Melo: os moradores da cidade ou região sobrevivem principalmente do turismo, sendo que
alguns têm seu próprio negócio. No meu caso, sou dono de um salão de beleza no bairro Ilha
das Cobras. Minha profissão tem relação indireta com o turismo, pois na maior parte do tempo
trabalho com moradores locais.
CSL: quais as principais dificuldades vividas pela população local?
JM: as principais dificuldades vividas pela população são a falta de escolas técnicas e de
empresas não poluentes.
CSL: já pensaram em deixar a cidade para tentar a sorte em outro local? Por quê?
JM: nunca pensei em deixar Paraty, pois eu gosto muito da cidade e de como as coisas
funcionam nela. Não existe muita poluição como nas cidades grandes a há muitas áreas de
mata de florestas.
CSL: o meio ambiente local é preservado? Você observa alguma ação do governo para garantir
essa preservação? Exemplifique.
JM: sim, o meio ambiente local é preservado. Os órgãos responsáveis estão sempre em busca de
manter a preservação por meio de reuniões, divulgações pelas rádios, através de panfletos
distribuídos na rua e pela televisão.
CSL: o que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear? Cite as vantagens e
desvantagens.
JM: não gostaria que a usina ficasse tão perto, porem ela nos fornece energia e gera empregos.
Apesar disso, vivemos com medo que ocorra qualquer acidente, pois isso seria muito
preocupante.
Vídeo De Filosofia
Para filosofia fizemos um vídeo contando um pouco sobre um dos filósofos pré-
socráticos e suas filosofias, e assim ligando-as a Paraty. Fomos divididos em 3 grupos:
Números, Átomos e Transformações. A seguir um desses vídeos sobre o último tema
citado.
http://www.youtube.com/watch?v=n40apNJCjGc&feature=plcp
Maçonaria em Paraty.
A partir de nossa viagem pudemos perceber a presença maçônica na cidade e suas
características, tal como seus significados, símbolos e sociedade secreta.
A maçonaria surgiu na Europa que significa em francês pedreiro e tem como um
símbolo o compasso. No final da idade media o termo maçonaria passou a significar
uma associação corporativa de maçons ou construtores de catedrais. Logo a
maçonaria se transformou e representou uma ameaça à igreja católica, e por isso
surgiu uma imagem negativa que a vinculou com satanismo. Assim, a maçonaria
chega ao Brasil no século XIX. Um desses locais onde isso pode ser percebida a sua
presença é Paraty, uma cidade histórica que foi projetada por eles possuindo 33
quarteirões administrados por 33 fiscais e ventilação natural pelas ruas curvas. Nas
esquinas dessas ruas havia cunhais de três pedras, que formavam o triangulo
maçônico. Já, nas casas maçônicas havia proporção entre os vãos das janelas,
em que o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos
dois anteriores; isto é, A+B=C, ou seja, a soma das partes é igual ao todo,
que se resume no retângulo áureo. Além desse tipo de proporção havia
significados nos desenhos presentes na casa que mostravam seu grau
(aprendiz, companheiro e mestre), assim como o abacaxi, um detalhe
presente que significava hospitalidade e fortuna. As cores mais utilizadas
para as casas eram azul hortênsia e branco.
Cartão Postal
Para a matéria de inglês utilizamos uma forma diferente para nos
comunicar com nossa família, o cartão postal, um meio de comunicação há
tanto tempo jogado no esquecimento.
Um fiorde tropical
A região do Saco do Mamanguá se localiza na cidade de Paraty e é o único
fiorde existente na America Latina. Para chegar ao local, é necessária a
utilização de uma embarcação.
A população local é humilde, simples e tem pouco estudo, por isso
sobrevivem da pesca, do turismo e do artesanato.
A vegetação predominante no Saco do Mamanguá é Mata Atlântica. O
relevo é acidentado, mas também possui planícies. Essa região esta
localizada entre as montanhas e próxima de um costão rochoso onde vivem
cracas, ligias, estrelas do mar, ouriços, taíses, caranguejos e siris.
Também há tartarugas, águas vivas, raias, bolachas do mar e diversos
peixes.
Os investimentos no turismo ocorrem, por causa da diminuição do número
de peixes da região. Isso ocorre, pois as grandes indústrias pesqueiras
pescam excessivamente. Não há energia elétrica e o transporte foi
implantado recentemente.
Aqueles que lá vivem se preocupam com o meio ambiente e por isso,
reciclam, reutilizam e reusam os materiais que podem ser reaproveitados.
Para nos falar um pouco mais sobre essa tão desconhecida região, um morador
dela mesma, nos concede uma entrevista na praia enquanto nos ensina a
consertarmos redes de pesca em “Uma região desconhecida”.
Nerildo de Santana, 35 anos, morador da região conhecida como Saco do Mamanguá é pescador
desde criança. Cursou apenas até a 4ª serie por causa da dificuldade de chegar à escola.
Atualmente, é solteiro e católico, vive também do turismo pela falta de peixes na região. Com a
nossa visita ao local, o pescador nos deu uma entrevista falando sobre sua vida pessoal, a
relação com o turismo e a proximidade de Angra, enquanto nos ensinava a consertar uma rede
de pesca.
Colégio São Luís: No caso dos moradores da cidade ou região, como sobrevivem
economicamente? Sua profissão está relacionada direta ou indiretamente ao turismo?
Nerildo de Santana: Os moradores da região sobrevivem da pesca e do turismo. Hoje em dia,
com as grandes empresas pesqueiras, houve uma diminuição em massa de peixes na região, por
isso foi necessário buscar uma nova forma de sobrevivência. Com o grande número de turistas
visitando a região, esses pescadores começaram a virar guias turísticos, então a nossa profissão
esta relacionada diretamente com o turismo.
CSL: Quais as principais dificuldades vividas pela população local?
NS: A única dificuldade vivida aqui no Saco do Mamanguá é a falta de energia.
CSL: Já pensaram em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro local? Por quê?
NS: Não, nunca pensei em deixar o Saco do Mamanguá, pois gosto do sossego que tenho aqui.
CSL: O meio-ambiente local é preservado? Você observa alguma ação do governo para garantir
essa preservação? Exemplifique.
NS: A população preserva o meio-ambiente. Mas também, o governo manda verba suficiente
para que isso aconteça.
CSL: O que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear? Cite vantagens e
desvantagens.
NS: Nós vivemos com o medo de vazamentos, acidentes como todos nessa área próxima a usina
nuclear. As vantagens são o fornecimento de energia e emprego. E as desvantagens são os
acidentes que podem acontecer.
Simetria Em Paraty
Em matemática, todos produziram cartazes e objetos tridimensionais para mostrar as
simetrias presentes na arquitetura e na natureza, como a simetria bilateral, rotacional,
de translação e a razão áurea.
Em artes, pudemos produzir uma foto da paisagem de Paraty através do movimento
impressionista. Podíamos apenas misturar cores no próprio quadro e deixar as
pinceladas aparentes.
Uma nova fonte de energia
O uso da energia nuclear é um tema muito discutido atualmente. Existem aqueles que
são contra, e aqueles que são a favor dela. Grande parte da oposição tem medo dos
acidentes que as usinas podem causar, porém será que devemos parar de fazer uso
dessa energia só por causa de acidentes? Não, devemos ser a favor da construção das
usinas e do uso da energia nuclear.
A energia nuclear lança vapor d’água na atmosfera, contribuindo para a conservação
da camada de ozônio, enquanto outros tipos de energia liberam o gás carbônico. O
cientista e professor da Universidade de Oxford James Lovelock diz que,
enquanto ,muitas pessoas continuam amedrontadas diante das centrais atômicas, o
aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera teve um efeito muito pior,
colocando o planeta à beira de uma catástrofe climática. Além disso, para que uma
usina seja construída, não é necessário um terreno muito extenso.
Outro ponto é que a energia nuclear representa 16% da eletricidade consumida no
mundo. Com isso, desativar as usinas poderia fazer com que a economia global
entrasse em colapso.
Apesar do custo para a construção de uma usina nuclear ser elevado, novas técnicas
tem barateado o enriquecimento de urânio, sendo que a energia nuclear é uma das
menos dispendiosas.
Portanto, a energia nucelar é uma solução para uma energia mais limpa e rápida. E
não existem muitos riscos de acidentes, pois a maioria deles foram causados por erros
humanos. Para manter o planeta mais limpo e preservar a camada de ozônio,
deveríamos optar pelo uso da energia nuclear.