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JR BANSKY BAMBAS DA LAPA OS GÊMEOS ROCK DO ZÉ STREET TATOO ESTILOS DE GRAFITTI AS GRAFIITEIRAS
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REVISTA NA RUA - Paula Gil

Mar 27, 2016

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Paula Gil

Revista da Turma CTCV 2011022 Textos da turma Diagramação : Paula Gil
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Page 1: REVISTA NA RUA - Paula Gil

JRBANSKY

BAMBAS DA LAPA

OS GÊMEOSROCK DO ZÉ

STREET TATOO

ESTILOS DE GRAFITTI

AS GRAFIITEIRAS

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Editorial

Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movi mentos artísticos relacionados às intervenções visuais reali zadas em espaços públicos. No início, um movimento under ground, que foi gan-hando forma com o decorrer dos tempos e se estru-turando. Mais do que marcos espaciais, a interven ção urbana estabelece marcas de corte.

Particulariza lugares e recria paisagens. Existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até gran des instalações artísticas.

STREET TATOO

AS GRAFITEIRAS

ROCK DO ZÉ

JR

OS GÊMEOS

BANSKY E STENCIL

BAMBAS DA LAPA

TIPOS DE GRAFFITI O que é intervenção urbana ?

Page 4: REVISTA NA RUA - Paula Gil

Evento de música promovido por moradores de diver-

sas comunidades pertencentes ao conjunto de favelas

da Maré, que reúne diversas bandas lo

cais e, muitas

vezes, convidados de outros locais d

e todo o Grande

Rio.

O encontro acontece sempre no Largo do Quarto

Centenário, localizado no Morro do Timbau, única zo

na

de montanha de todo o Complexo da Maré, e ficou

conhecido como “Rock do Zé Toré”, pois neste largo

funciona um bar cujo proprietário (o tal d

o Zé Toré)

era quem vendia as bebidas e acab

ava curtindo o show

com o público.

Sempre regado a muita bebida, em geral da pior

qualidade possível, o público se reúne em volta dos

músicos, que tocam no mesmo nível dos espectadores,

o que sempre ajuda na interação com a banda.

“Rock

no Zé To ré”

A Musica Independente na Maré

“Não importa

a qualidade (da bebida), o que vale é a quantidade!”

Antigamente, a única intensão era fo

mentar o

entretenimento de seu público cativo, apresentando

bandas de rock. Porém ultimamente o evento tem

vindo com pretensões maiores, visando abrir espaço

para bandas não só do gênero rock, m

as também de

variantes pertinentes ao estilo e ao contexto relacio-

nado ao movimento.

Diversas bandas oriundas do Complexo da Maré

se apresentam no evento, dentre elas Algoz, Café

Frio e D’Loks destacam-se pelo estilo próprio e seus

trabalhos autorais.

ROCK DO ZÉ

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A banda “Carbura-dor”, que já foi composta por inúmeros integrantes, começou com uma JAM improvisada por alguns dos convidados para tocar em um dos festivais. Contudo, nas edições seguintes, como sempre faltava um ou outro integrante, novos músicos eram convidados para substituir os ausentes.Isso se tornou tão frequente que passou a ser uma espécie de atração a mais no encontro, onde por vezes, até quem está na plateia acaba participando.

Não se tem um controle exato de quantas edições aconteceram nem da regularidade de sua frequência, porém é certo o sucesso do evento, uma vez que já é um tradicional encontro de rock-eiros (ou não).Por acontecer ao ar llivre, acaba por atrair a atenção dos

transeuntes e moradores dos arredores.Por mais que seja um evento sem fins lucrativos, subsidiado pelos próprios participantes e realizado pela simples vontade de partilhar música e entre-tenimento, o “Rock no Zé”, que também já foi chamado de vários outros nomes, persiste e move dezenas de pessoas a contemplar amigos, conhecidos e desconhecidos também.

“Não importa

a qualidade (da bebida), o que vale é a quantidade!”

Antigamente, a única intensão era fo

mentar o

entretenimento de seu público cativo, apresentando

bandas de rock. Porém ultimamente o evento tem

vindo com pretensões maiores, visando abrir espaço

para bandas não só do gênero rock, m

as também de

variantes pertinentes ao estilo e ao contexto relacio-

nado ao movimento.

Diversas bandas oriundas do Complexo da Maré

se apresentam no evento, dentre elas Algoz, Café

Frio e D’Loks destacam-se pelo estilo próprio e seus

trabalhos autorais.

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JR

É impossível passar despercebido pelas obras do fotógrafo JR. Gigantes e monocromáticas suas imagens já estam-param várias cidades do mundo, sempre escolhidas a dedo. As imagens podem chocar ou fazer rir mas sempre causam impacto. JR não revela sua identidade e diz que o que faz é ilegal e não comis-sionado, não está submetido a editores ou galerias e sua arte é acessível para qualquer um.

O QUE ACONTECE QUAN-DO UM GRAFITEIRO ACHA UMA CÂMERA EM UM TREM ?

Page 7: REVISTA NA RUA - Paula Gil

JR

Em seu projeto Women JR percorreu ci-dades do mundo fotografando mulheres e utilizando a técnica do lambe-lambe para colar os retratos nas casas e muros da comunidade. Na África ao invés de papel também foi utilizado lona, que se transformou em telhado nas casas que antes não tinham.

Em 2009, depois de ler na imprensa sobre a morte de quatro jovens no morro da Providencia, o fotógrafo decidiu que o Rio seria seu próximo destino. Lá ele fotografou mulheres de todas as idades e bateu de porta em porta para colar as fotos gigantes.

Page 8: REVISTA NA RUA - Paula Gil

No projeto WRINKLES OF THE CITY - rugas da cidade, JR faz retratos de idosos

que representam a memória da cidade. Depois imprime as fotos em tamanhos monumentais

e as cola na mesma cidade em lugares que inspiram a história

“é surreal, o que eu estou fazendo ali em cima? o que é tão especial em mim? é lisonjeiro o fato de que ele achou minha cara interessante o suficiente

para usar como um projeto de arte” - Bob Evans, um dos

retratados

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O plano

Criar um projeto de arte participativo em larga escala que transforme mensagens pessoais em peças de arte.Todos serão desafiados a usar retratos em preto e branco para descobrir, reve-lar e compartilhar as histórias não conta-das das pessoas ao redor do mundo.As imagens serão transformadas em pôsteres e enviadas de volta aos cooperadores para serem exibidas em

qualquer lugar e de qualquer forma.

No início de 2011, o artista de rua JR recebeu o Prêmio TED concebido para aglutinar o talento e os recursos excepcionais da comunidade TED.

É concedido anualmente para um indivíduo excepcional, que recebe a quantia de US$ 100 mil e, o que é muito mais importante, faz “um desejo para mudar o mundo”. Após meses de preparação, o ganhador revela seu desejo na cerimônia de premiação, que ocorre na Conferência TED. Esses desejos deram origem a iniciativas colaborativas de grande impacto.O desejo do artista JR para mudar o mundo foi:“Desejo que vocês se mobilizem por aquilo que é importante para vocês, participando de um projeto artístico global, e que juntos possamos virar o mundo… DO AVESSO.”

Page 10: REVISTA NA RUA - Paula Gil

street Tatoo

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De grafiteiro para tatuador, Markone começou na arte do graffiti em 1995 com um traço próprio em suas pinturas, adap-tando sempre a imagem criada ao espaço disponível no momento. Recentemente participou do maior projeto de Graffiti na-cional, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana do mundo. Com o apoio da Sec-retaria de Estado da Cultura, o MAAU é um projeto de humanização artística que visa trocar a cinza característica das grandes metrópoles pelas cores e a alegria do

Graffiti.

Pergunta a Markone/Chivitz

Vejo que muitos tatuadores grafitam e muitos que grafitam acabam tatuam, pois bem, estou pesquisando a relação que existe entre os tatuadores que grafitam e grafiteiros que viram tatuadores... Como você acha que isso influencia um no trabalho do outro? Markone - Depois de tudo que passei, notei que não importa se é um tatuador que faz grafite ou grafiteiro que faz tatuagem. O que move ambos é a vontade de imortalizar e firmar sua opinião seja ela na pele de alguém ou em uma construção. Chivitz – diz que o grafitti é uma pele maior e mais perigosa de se pintar, serve para muitos como uma área de escape da sociedade para um mundo particular e a tatuagem para apreciar a arte que tenha haver com o meio em que a pessoa vive...

N.U.C. a abreviação do Primeiro Coletivo de Graffiti/Tattoo do Brasil, uma junção de idéias mais conhecida como Neurose Urbana Crew. Formada por Markone, Chivitz e Marone em 1999 com a intenção de criar arte a todo o momento, incentivando e interagindo com o público do graffiti, fidelizando assim ainda mais a arte em suas peles. A tatuagem surgiu na vida de Markone em 2001, em meio a um turbilhão de trabalhos artísticos, e veio para ficar. Com seu es-tilo característico, e sua inspiração vinda das ruas, já participou de várias convenções e tatuou em diversos lugares do mundo. Pas-sou uma temporada na Europa, onde aperfeiçoou sua arte com Alfredo Genovese.O estilo livre adquirido em sua formação do Grafitti foi fundamental no desenvolvimento do processo de tatuar, adaptando o traço dos muros para as peles.

De acordo com o tatuador Chivitz que já esta nesse caminho desde 1996, o grafitti, assim como a tatu-agem mostra-se como intervenções na sociedade por chocar a o meio em que são inseridos. A tatuagem levou Chivitz ao grafitti pela vontade de aumentar sua visibilidade no meio das artes urbanas, sem-pre se interessou por arte e enquanto só era tatuador ficava restrito ao que as pessoas pe-diam a ele, a partir do momento que conheço Markone conseguiu a ampliar seus horizontes e firmar suas artes em escalas maiores. Assim que começou com o grafite descobriu o quão difícil seria esse caminho, por ser considerada uma arte marginalizada e esta no mesmo código penal da pichação.

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OS GêMEOSOS GêMEOS

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Destas duas mentes transbordam todas as cores

e sabores da imaginação. Lá tudo é possível e qualquer sonho se torna realidade. A inspiração para

tantos desenhos e fábulas mágicas vem da forma com que a dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecidos como OSGEMEOS,refletem em seu interior a realidade e a fanta-sia que lhes rodeiam. Cada pequeno detalhe, porque são através deles que suas obras assumem esta forma já tão reconhecível, são componentes importantes na criação do mundo fantástico, cheio de histórias cotidianas em forma de poesia. O mundo encantado em que vivem todos os seus personagens e que funciona como a janela da alma única dos irmãos gêmeos é repleto de uma mistura harmoniosa entre realismo e ficção. Suas histórias dançam entre dois importantes pilares. O olhar sonhador que possibilita a ma-terialização de um mundo cheio de fantasias e suas críticas incisivas sobre as dificuldades enfrentadas por tantos cidadãos espalhados pelo mundo,vitimas de um modelo socioeconômico que se encontra em grande transfor-mação. Dessa união nascem obras que invocam um universo lírico e criações que mesclam ambas projeções, como se os próprios personagens mágicos criticassem com olhos inocentes toda a discrepância que existe

nesta sociedade. (…)

OS GêMEOSOS GêMEOS

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A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias partem do mesmo mundo onírico que existe dentro da mente da dupla, mas tomam rumos distintos. A primeira é o próprio dialogo dos artistas com as ruas, com cada pes-soa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o graffiti. A segunda é a materialização de sonhos, ideais, criticas sociais e políticas que retratam o universo vivido dentro em contraste com que se apresenta fora no dia-a-dia dos próprios irmãos. No momento em que todas estas idéias entram dentro de uma galeria elas deixam de pertencer ao graffiti e passam a fazer parte do mundo que envolve a arte contemporânea.A imaginação são as asas que osgemeos utilizam para ir aos mais divertidos e ilusórios lugares que habitam suas mentes. É a porta aberta e o convite para mergulhar no humor e nas delicias de poder criar um mundo da nossa própria maneira e com todas as cores e fantasias que se possa imaginar.

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O graffiti entrou na vida dos irmãos em 1986, quando ainda viviam na região central de São Paulo onde passaram sua infância e adolescência. A cultura hip hop chegava ao Brasil e os jovens do bairro começaram a colorir suas idéias nos muros da cidade. Naquela época, com apenas 12 anos, tudo era novidade e sem ter de onde tirar suas referencias, Gustavo e Otavio improvisavam e inventavam sua própria linguagem, pintando com tintas de carro, látex, spray e usando bicos de desodorante e perfume para moldar seus traços; já que ainda não existiam acessórios e produtos própri-os para a prática. O que a cidade proporcionou a eles foi essencial para o desenvolvimento de todas as habilidades que se transforma-ram depois no estilo próprio e imediatamente reconhecível dos artistas. O graffiti atuou sempre como uma válvula de escape para a dupla. Uma maneira que encontraram de criar um mundo onde só se pode penetrar através de suas mentes e onde tudo funciona pela lógica própria de Tritrez, o universo habitado pelos personagens amarelos, onde brilha e reina a sintonia entre todos os seus elementos. Cada parte e cada

detalhe esta mergulhada na magia que envolve a imaginação dos irmãos.

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OS BAMBAs DA LAPA

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Lapa, imagine 12 metros de andaime e um muro de 300 metros no coração do Rio de Janeiro, acrescente muitas latas de spray, muitas cores, e o resultado é esse painel denominado “BAMBAS DA LAPA”, pintado pelos grafiteiros: Acme, Afa, Aira, Akuma, Br, Bragga, Ch2, Chico, Eco, Godri, Jou, Ment, Pia, Swk, Tm1 e Toz. Este painel faz parte do Projeto R.U.A. O famoso reduto da boemia, a Lapa agora virou uma galeria a céu aberto. Alguns grafiteiros profissionais criaram um painel com o tema “Rio, samba, boemia carioca e Lapa” na lateral de um sobrado — o espaço tem 300 metros quadrados —, na Rua Cardeal Câmara, próximo à Fundição Pro-gresso. A iniciativa foi fruto de uma parceria público-privada, é uma nova ação de um programa antipichação da prefeitura. A obra ficará pronta no próximo sábado e deve ser a primeira de outras nos mesmos moldes.

— A ideia mostra que a Lapa não é só boemia, mas o berço do grafite também. Queremos valorizar a arte de rua e com ela com-bater a pichação. O inicio foi na Lapa, mas já existem planos de revitalizar muito outros lugares e também de levar o projeto para Santa Teresa. Os Pichadores dão prejuízo de R$2 milhões à prefeitura. Por isso programamos o grafite na revitalização da lapa. e foi confeccionado através da união de esforços públicos e privado, num movimento pra revitalização da Lapa.Um dos produtores do painel, André Bretas, chamou a atenção para o fato de a obra ser um trabalho coletivo. O grupo de grafiteiros é formado por nomes conheci-dos no meio. Para o trabalho, serão utilizadas 600 latas de spray, 120 litros de tinta látex e três andares de andaimes. Os artistas empregarão 35 cores diferentes.— Acredito que a Lapa vá abraçar o projeto, sim. Com estrutura e incentivo, grafiteiros de todas as partes terão interesse de fazer painéis aqui no bairro. Vamos transformar a Lapa numa grande galeria — disse Thomaz Viana, conhecido como

Toz.

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Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o graffiti é com-posto por vários estilos e formas. Atualmente os estilos mais conheci-

dos e consequentemente mais utilizados são os seguintes :

Graffiti, na maior parte dos casos em paredes legais ou paredes pouco expostas, sem grandes riscos de problemas com as autoridades. Hall-of-fame é um graffiti mais pensado e mais trabalhado, dando importância não só a escrita , mas também aos fundos e eventuais personagens. Quando o hall-of-fame atinge uma proporção considerável, é muitas vezes também chamado de produção.

Hall-of-fame

Estilo de graffiti nascido em Nova Iorque nos anos 70. É um estilo bastante com-plexo, que vive muito da intersecção de formas e que normalmente tem um elemento característico que são as setas. O resultado final torna-se algo altamente indecifrável para quem esteja fora do graffiti e, por vezes, até para quem está por dentro.

WildStyle

eSTILOS de GRAFFITI

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Um grupo de grafiteiros, que se une por um objectivo e forma o seu ‘’colec-tivo’’. As crews costumam ter nomes extensos, que são abreviados através de siglas, normalmente entre 2 a 4 letras. Através dessas siglas, algumas vezes são criadas novas definições para o nome de crew. Um grafiteiro pode pertencer a várias crews. Muitas vezes os próprios optam por pintar o nome das suas crews, seja abreviado ou por extenso, em detrimento do seu próprio tag (assinatura). Se os grafiteiros dão reputação às suas crews, o contrário também acontece. Ou seja, assim como um grafiteiro pode deixar sua crew mais famosa a própria crew pode fazer o mesmo com outros grafiteiros da mesma família.

Crew

Normalmente quando os grafiteiros se referem a comboios, utilizam a palavra inglesa train, existe então o conceito de trash-train , que se utiliza para comboios fora de circulação, que se destinam a abate ou requalificação. Geralmente es-tes vagões são bastante fáceis de pintar, ideal para obter bons resultados em graffiti, uma vez que o próprio grafitéiro tem mais tempo para elaborar a sua arte.

Bombing poderá ser considerado qualquer tipo de graffiti ilegal. No entanto, quando se fala de um bombing ou bomb, fala-se de um graffiti proibido, ou seja, graffiti em qualquer lugar na rua sem a autorização do proprietário local.

WildStyle

É provavelmente o tipo de graffiti mais dificil de definir juntamente com o wild stile, como a própria tradução diz, throw-up significa “vomitar ” trata-se de graffiti’s que viva só dos contornos e de forma arredondada (na maioria das vezes). Mais concretamente é a actividade do grafiteiro quando este se limita a tagar (assinar) seu nome ou o nome de suas crews.

Trow-up

Bombing

Trash-train

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Molde recortado em cartolina, radiografias, ou outros materiais de maneira a criar formas pré-defenidas, encostando esse molde a uma superfície, e passando spray por cima, ficando com as formas subtraidas à carto-lina, pintadas na parede. Ideal para fazer em superfícies pequenas, é rápido de executar, e permite também reproduzir o mesmo desenho em vários sítios.

Stencil

A origem do

stencil se encontra na China, juntamente com a invenção do papel, no século

105 d.C. Antes disso a técnica utilizava-se de elementos naturais, como folhas e rochas, para fazer máscaras das

partes que não se podia colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se começou a entalhar a forma, o desenho, a es-

crita e tudo o mais que se quizesse reproduzir fielmente. Se pode dizer que o stencil foi a primeira forma de gravura.

Nos anos 600, na China, começaram a fazer desenhos mais com-plexos e aplicar a técnica para a decoração de tecido, embora com o

uso de poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou com a introdução de uma primeira máscara lavável e,

consequentemente, reutilizável. O papel recebia, antes de ser entalhada com o motivo desejado, um tratamento especial com suco

de caqui. Isso o deixava impermeável.

Page 21: REVISTA NA RUA - Paula Gil

BANKSYBanksy Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo. O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol (Inglaterra), onde também foi criado. Filho de um técnico de fotocopia-dora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerosol em Bristol no fim da década de 80. Observadores notaram que seu estilo é muito similar à Bleck Le Rat, que começou a trabalhar com estencils em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de tubulação de Londres no fim da década de 70. Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como pare-des e ruas, e chega a usar objetos para expô-las. Banksy não vende seus trabalhos di-retamente, no entanto, sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores. O primeiro filme de Banksy, ‘Exit through the Gift Shop’, teve sua estréia no Festival de Filmes de Sundance. Foi oficialmente lan-

çado no Reino Unido no dia 5 de março de 2010 e em janeiro de 2011 foi nomeado para o Oscar de Melhor Documentário.

Obras

Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo clara-

mente uma total aversão aos con-ceitos de autoridade e poder. Em telas

e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e

políticas, de forma agressiva e sarcástica, pro-vocando em seus observadores, quase sempre,

uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humor-

ísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo,

involuntário e sincero, assim como suas obras.

Page 22: REVISTA NA RUA - Paula Gil

As graffIteiRas

...fazendo arte. Apesar de não ser machista, a arte urbana é ainda dominada pelo sexo masculino. Não é uma grande surpresa se pensarmos que o tra-

balho pode envolver escaladas, eventuais corridas da polícia e um expediente noturno, por vezes solitário. Mas não é isto que pode parar a criatividade de uma

mulher. Não é militância feminista, é um aviso: elas estão invadindo a sua rua.

Lugar de mulher é na RUA

Fafi, nasceu em 1979. A grafiteira francesa ficou famosa com suas bonequinhas delicadas que começaram a ser vistas nas ruas de Paris, as Fafinettes. Sexies e basicamente uma releitura de uma Pin Up moderna,

as Fafinettes inspiraram garotas de carne e osso a se vestirem como elas.MadCClaudia Walde, a madC, já era bastante reconhecida e apreciada quando

impressionou o mundo, após grafitar um muro de 106m de comprimento por 6m de altura (todas as imagens reproduzidas aqui foram retiradas deste mural). A visualidade da artista alemã mistura o real a personagens surreais, com cores

vivas e detalhes minuciosos. Anarkia BoladonaA grafiteira carioca Anarkia Boladona é formada em Belas Artes pela Universidade

Federal do Rio de Janeiro, mas sua arte tem influência da pichação, nicho habitual-mente dominado por homens. Seus trabalhos tratam principalmente da luta feminina em relação ao corpo, à sexualidade e à subjetividade e relações de poder.Em 2008, ela criou o “Grafiteiras Pela Lei Maria da Penha”, projeto que usa o graffiti e

cultura urbana para combater a violência contra as mulheres, dentro do qual surgiu a Rede Nami, que realiza projetos sociais, cursos e eventos. Anarkia foi premiada em Nova York com o DVF Awards, prêmio anual dado a mulheres que lutam para

diminuir a violência e a injustiça de gênero, pela Diller-von Fustenberg Family Foundation. Mas, além de seu engajamento, ela é reconhecida pelo talento e a qualidade de seu

trabalho.

Fafi

Page 23: REVISTA NA RUA - Paula Gil

Swoon é uma artista urbana norte americana nascida em New London, Conecticut e criada em Daytona Beach, Florida. Contudo, aos 19 anos ela conquistou Nova Iorque e se especializou em uma arte que mistura a técnica do lambe lambe a papéis finamente trabalhados e recortados. Apesar do processo delicado, os temas retratados têm um tom crítico, por vezes bastante pesado sobre a realidade social de seu país.

Nascida no Equador, Lady Pink (Sandra Fabara) ganhou Nova Iorque através de seu graf-fiti. No colegial ela já estava exibindo pinturas em galerias de arte e em 1979, começou a competir com os meninos por um espaço cor de rosa, deixando as ruas e trens com um toque feminino.

Lady Pink

Swoon

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Fefe Talavera

Filha de mexicanos, a artista plástica paulistana Fefe Talavera vem ganhando es-paço na cena de arte de rua internacional por sua paixão. Os bichos e monstros que grafita são inspirados em “alebrijes”, bonecos do artesanato mexicano feitos de papel. “O artista que os criava dizia que isso ajudava a diminuir seus pesadelos”, conta. Para Fefe, suas criaturas têm efeito semelhante. “Sou uma pessoa violenta e a pintura me faz relaxar”.Fefe cria metáforas para fortes emoções humanas, como raiva, medo, sonhos e desejos. As técnicas são variadas: colagens, graffiti, adesivos, ilustras com nan-quim, ranhuras em vidro e publicidade.

Tati Suarez

Tati Suarez é uma artista americana de 28 anos, especial-ista em pintura a óleo em tela ou madeira. O seu estilo é charmoso e distintivo, sendo que a característica mais marcante de seus trabalhos estão nos olhos, sempre grandes e que atraem quem está olhando para um mundo belo e surreal.

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Miso

Misturando pintura, ilustração e colagem pelas paredes e muros da cidade, a artista urbana Miso, ou Stanislava, como é conhecida na Austrália, tem apenas 21 anos e rabisca as ruas de Melbourne desde os 14. Sua inspiração vai desde o estilo estético Art Nouveau até o grafite contemporâneo, passando pela arte construtivista russa. Ultimamente, ela vem se inspirando também com folclores europeus, mitologia grega e litera-tura russa.

Faith 47

Artista de rua autodidata, Faith47, nascida na África do Sul, teve seus primeiros contatos com o graffiti em 1997, por influência de um membro da YMB Crew, Wealz130 - com quem ela foi casada e tem um filho, que também é artista de rua. Seus trabalhos são bastante instrospectivos e reflexivos e suas inspirações partem principal-mente de questões existenciais.

Lady AikoAiko nasceu em Tóquio, mas vive em Nova Iorque desde a década de 90. Sua arte mistura motivos florais, cartoons femininos e a visualidade da cultura pop em um trabalho em mídias variadas. AIKO utiliza stencil, tinta spray e técnicas de impressão em silkscreen para criar um trabalho vibrante e de larga escala.

MINHAU

Camila Pavanelli, mais conhecida como “Minhau”, destaca-se em seu trabalho pela utilização de traços fortes e cores con-trastantes. Marca registrada de seu trabalho, os gatinhos ganham espaço nos muros e outros locais da cidade de São Paulo rompendo com o cinza predominante do concreto e das construções.

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Miss Van

Vanessa Alice Bensimon, Miss Van, nascida em 1973 em Toulouse, França, é reconhecidamente uma das mais influentes grafiteiras. Seus desenhos de mulheres sex-ies e provocantes já provocou uma reação negativa de algumas feministas.

MadC

Claudia Walde, a madC, já era bastante reconhecida e apreciada quando impressionou o mundo, após grafitar um muro de 106m de comprimento por 6m de altura (todas as imagens reproduzidas aqui foram retiradas deste mural). A visuali-dade da artista alemã mistura o real a personagens surreais, com cores vivas e detalhes minuciosos.

Anarkia Boladona

A grafiteira carioca Anarkia Boladona é formada em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas sua arte tem influência da pichação, nicho habitualmente dominado por homens. Seus trabalhos tratam principalmente da luta feminina em relação ao corpo, à sexualidade e à subjetividade e relações de poder.Em 2008, ela criou o “Grafiteiras Pela Lei Maria da Penha”, projeto que usa o graffiti e cultura urbana para combater a violência contra as mulheres, dentro do qual surgiu a Rede Nami, que realiza projetos sociais, cursos e eventos. Anarkia foi premiada em Nova York com o DVF Awards, prêmio anual dado a mulheres que lutam para diminuir a violência e a injustiça de gênero, pela Diller-von Fustenberg Family Foundation. Mas, além de seu engajamento, ela é reconhecida pelo talento e a qualidade de seu trabalho.

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Lady Aiko

Aiko nasceu em Tóquio, mas vive em Nova Iorque desde a década de 90. Sua arte mistura motivos florais, cartoons femininos e a visualidade da cultura pop em um trabalho em mídias variadas. AIKO utiliza stencil, tinta spray e técnicas de impressão em silkscreen para criar um trabalho vibrante e de larga

escala.

REDE NAMI

A Rede Feminista de Arte Urbana (Nami) é formada por mulheres artistas que possuem como ponto de partida a cena Urbana e trabalham com artes plásticas, graffiti, fotografia, design, áudio

visual, teatro, moda, cenografia, multimídia, educação e pesquisa; criando um intercâmbio de ideias, experiências e conhecimento, promovendo os direitos das mulheres e fortalecendo seu trabalho

artístico, intelectual e profissional. A grafiteira Anarkia (Panmela Castro) é a presidente da Rede, que promove eventos artísticos , cursos e oficinas.

acesse www.redenami.comDICAS

O livro ‘Graffiti Women’ celebra a ascensão de artistas femininas do graffiti na cena urbana mostrando o trabalho de mais de 100 mulheres do mundo inteiro, desde as mais reconhecidas, como Lady Pink e Mickey,

a talentosas aspirantes.Com imagens e depoimentos das artistas, este livro é uma excelente referência aos amantes de arte urbana.

VISITE A revista online CatFightMagazine (em inglês) contém matérias, artigos, eventos, vídeos e até dicas de moda

relacionados ao graffiti produzido por mulheres. Apesar de não ter novas edições desde 2010, o material é atual e bastante completo, falando inclusive de artistas brasileiras. Vale a pena conferir o material completo.

www.catfightmagazine.com

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1ª Mostra Criativa do SENAI Artes GráficasData: 05 de junho a 05 de agosto de 2012Local: Indústria Criativa – SENAI Artes Gráficas