ENTREVISTA CEO da PHV Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos Prêmio SME CT&I Valorizando o conhecimento INFRAESTRUTURA URBANA | ARTIGOS | ENGENHEIRO DO ANO E MUITO MAIS SME JOVEM, UM NOVO OLHAR PARA O FUTURO DA ENGENHARIA Ano 5 | Edição 22 | Janeiro - Fevereiro | 2014
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ENTREVISTA CEO da PHVPaulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
Prêmio SME CT&IValorizando o conhecimento
INFRAESTRUTURA URBANA | ARTIGOS | ENGENHEIRO DO ANO E MUITO MAIS
SME JOVEM, UM NOVO OLHAR PARA O FUTURO DA ENGENHARIA
Ano 5 | Edição 22 | Janeiro - Fevereiro | 2014
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Copa do Mundo, eleições são alguns
dos principais eventos nacionais que
nos aguardam neste ano de 2014. Isso
com um ingrediente a mais, o protago-
nismo da juventude revelado na cha-
mada “primavera brasileira”, no ano
passado, quando centenas de milhares
de jovens foram às ruas protestar e rei-
vindicar por transporte público de qua-
lidade, melhoria na segurança, educação,
saúde, fim da corrupção, etc.
Se esse episódio resultará em qualidade
de vida para a população brasileira e
avanços para a sociedade isso ainda te-
remos que acompanhar. As mudanças dependerão em
boa parte daquilo que cada um se dispuser a fazer para
construir um país melhor, sem preterir os jovens.
É nesse sentido que iniciamos 2014, buscando mesclar
o que, ao longo dos anos, acumulamos de melhor de
nossas experiências com a força inovadora da juventude
por meio da criação da SME Jovem. São dois momentos
diferentes que se combinam: as experiências do passado
e as expectativas do futuro que, por sua vez, vai mate-
rializando-se no cotidiano por meio daquilo que fazemos
hoje. É um encontro de gerações e de saberes para que
possamos crescer e desenvolver.
O ano de 2013 nos deixou um legado de bons projetos
executados - realização do Prêmio SME CT&I, entrega
das Medalhas Lucas Lopes e Engenheiro do Ano -, deba-
tes profícuos nas Comissões Técnicas, entre outras ini-
ciativas, e a criação da SME Jovem. A abertura desse
espaço para atuação dos estudantes e futuros profissio-
nais, que nunca esteve fechado, mas que estava desocu-
pado, é revigorante e promissor para esse novo ano de
atividades da Sociedade Mineira de Engenheiros.
A entidade mantém-se sintonizada com seu tempo ao criar
condições para o convívio e interação entre os mais expe-
rientes e a juventude. Uma mescla de conhecimentos já
experimentados e aprovados com a
impetuosidade e a inovação tão
próprias dos jovens. Ou seja, é mais
uma possibilidade de criarmos um te-
cido social ainda mais enriquecido, com
novas texturas, novas propostas e de
ações conjuntas a serem desenvolvidas
pela SME.
Torna-se necessário destacar que, ao
ampliarmos a participação dos jovens,
estamos também criando maiores
possibilidade para que o debate de
ideais seja ampliado e os frutos desse
trabalho sejam colhidos no futuro. Para
que as bandeiras pelas quais nos dedicamos sejam nortea-
doras da ação das novas gerações de profissionais.
Os jovens não são apenas elementos centrais do desen-
volvimento como buscam respostas para esse desenvolvi-
mento. Nada melhor que nessa busca eles possam
aprender um pouco mais com as práticas e a história de
quem acumulou experiências e continua empenhando-se
para que a entidade prossiga no seu trabalho em favor
dos seus associados.
Apesar da persistente crise econômica e financeira mun-
dial, que tem efeitos preocupantes na economia brasileira
e mineira; apesar das perdas irreparáveis de amigos e co-
legas, no ano que passou – os engenheiros Tárcio Primo
Belém Barbosa, em dezembro, e de Délcio Antônio
Duarte, em agosto de 2013 – estamos confiantes de que
nossa atuação conjunta vai fazer a diferença no que con-
cerne à valorização e reconhecimento profissional.
Além, de continuarmos contribuindo para o desenvolvi-
mento da sociedade com nossas ideias, projetos e iniciativas.
Que nesse ano de 2014, possamos construir uma enti-
dade mais fortalecida, projetando um futuro sustentado
na soma da firmeza e sabedoria dos mais experientes e a
impetuosidade e espírito inovador da juventude para um
protagonismo transformador.
EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
A soma da experiência e inovação
oi.com.br
a
or, ambém.
ais do começo de 2012 até o fim de 2013.
Ailton Ricaldoni Lobo
Presidente da SME
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PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo
VICE - PRESIDENTESRonaldo José Lima Gusmão
José Luiz Nobre Ribeiro
Victório Duque Semionato
Alexandre Francisco Maia Bueno
Délcio Antônio Duarte (in memoriam)
DIRETORESLuiz Felipe de Farias
Diogo de Souza Coimbra
Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz
Marcílio César de Andrade
Alessandro Fernandes Moreira
José Flávio Gomes
Fabiano Soares Panissi
Janaína Maria França dos Anjos
Normando Virgílio Borges Alves
Clemenceau Chiabi Saliba Júnior
SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
CONSELHO DELIBERATIVOMarcos Villela de Sant'Anna
Teodomiro Diniz Camargos
Jorge Pereira Raggi
Flavio Marques Lisbôa Campos
Rodrigo Octavio Coutinho Filho
Paulo Safady Simão
José Luiz Gattás Hallak
Alberto Enrique Dávila Bravo
Cláudia Teresa Pereira Pires
Márcio Tadeu Pedrosa
Sílvio Antônio Soares Nazaré
Felix Ricardo Gonçalves Moutinho
Levindo Eduardo Coelho Neto
Fernando Henrique Schüffner Neto
Ivan Ribeiro de Oliveira
CONSELHO FISCALJosé Andrade Neiva
Nilton Andrade Chaves
Carlos Gutemberg Junqueira Alvim
Alexandre Rocha Resende
Wanderley Alvarenga Bastos Júnior
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo
Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz
Janaína Maria França dos Anjos
Fabiano Soares Panissi
José Ciro Mota
Ronaldo José Lima Gusmão
Coordenador EditorialJosé Ciro Mota
Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira
Ismael Figueiredo Jobson Andrade, Francisco Maia Neto e
Clemenceau Chiabi Saliba
O presidente do Crea Minas, Jobson
Andrade e o engenheiro civil e dire-
tor da SME e presidente da CMA
CREA-Minas, Clemenceau Chiabi Sa-
liba fizeram a entrega da comenda
“Engenheiro Onofre Braga de Faria”
ao engenheiro Francisco Maia Neto.
A Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA Minas homenageou
cinco ex-conselheiros pela atuação na Câmara. O presidente da Comissão
de Transportes da SME, engenheiro Silvio Piroli, o ex-presidente da entidade
Tárcio Belém Barbosa, que faleceu pouco tempo depois, além dos engenhei-
ros Adir José de Freitas, João Evangelista Alves de Paula e Salomão Jorge
Netto. A homenagem foi feita pelo coordenador da Câmara, Ismael Figuei-
redo Cunha.
Impressora 3D que poderá construir casa em 24 horas
A pesquisa, financiada pela NASA e pelo Cal-Earth Institute, pode revolucionar a indústria
da construção civil. A "Contour Crafting", a tecnologia, de acordo com o seu inventor, pode
produzir uma moradia em concreto tomando como base padrões e dimensões definidos
previamente em um computador. É basicamente aumentar a impressão 3D para a escala de
uma construção", explica Khoshnevi. Segundo o professor, utilizando este método, a tecno-
logia criou paredes de 2 metros de altura, com camadas de concreto que chegam a 15 cm
de altura e 10 cm de espessura. A invenção, que ainda está em fase de testes, está sendo
desenvolvida com o intuito de baratear e de tornar mais rápida as construções.
Fonte : techne.pini.com.br
Durante solenidade de encerramento de suas atividades em 2013, o CREA Minas
prestou homenagens a vários profissionais pelos relevantes serviços prestados à
engenharia e ao Conselho, bem como a entrega de duas comendas, criadas em
2013: Comenda Onofre Braga de Faria e a Comenda Lourenço Baeta Neves, esta
última entregue ao governador Antonio Augusto Junho Anastasia. Em reconheci-
mento ao trabalho e dedicação dos conselheiros que compõem o plenário foi
instituída a homenagem “Conselheiro Destaque” concedida ao engenheiro me-
cânico Ronaldo Emílio Simi, representante da SME, e aos engenheiros Alfredo
Marques Diniz e Cidélia Maria Barbosa Lima.
Homenagens no CREA Minas
Jobson Andrade e o governador
Antonio Anastasia
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Obras de Engenharia demandam profissionalismoem todos os estágios
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O terremoto seguido de tsunami que aconteceu em 11
de março de 2011, tem deixado grandes contribuições
para a Engenharia mundial. Embora já se tenham passado
quase três anos da tragédia e o Japão continue árduo tra-
balho de reconstrução, muito já foi feito e – o que é me-
lhor – com prazos reduzidos. Entre os exemplos há a
estrada de 150 km que liga a cidade de Naka, ao norte
do país, à capital Tóquio, liberada para o uso da população
em apenas seis dias.
Também no continente asiático, a China tem mostrado
que projetos de Engenharia podem ser executados em
pouco tempo. Um prédio de 30 andares foi concluído em
15 dias. Outra experiência foi um edifício de 15 pavimen-
tos construído em dois dias. Para conferir, basta acessar
o You Tube.
Transformar um projeto de Engenharia em realidade é
algo que demanda recursos, prazo e, sobretudo, gestão.
De acordo com o presidente da Câmara da Indústria
da Construção da Federação das Indústrias do Estado
de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos,
o caso brasileiro demanda análise específica já que o
setor ficou parado por duas décadas sem formar mão
de obra qualificada de diferentes níveis. “Houve um gap
de engenheiros e projetistas. Hoje vemos que essas
áreas que demandam experiência estão sendo entre-
gues para os antigos”, reconhece.
ENGENHARIA | GESTÃO
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Do ponto de vista da gestão, a Engenharia brasileira
evoluiu muito. “No período da crise, as companhias tive-
ram que se adaptar para sobreviver”, lembra o diri-
gente. No entanto, no momento posterior, de
incremento, faltaram profissionais qualificados também
para essa área.
No caso do poder público, que contrata obras a serem
executadas por construtoras da iniciativa privada, tam-
bém houve perda de profissionais qualificados para a ges-
tão de grandes projetos. De acordo com Camargos, a
mudança do DNER para DNIT é um bom exemplo de
como as equipes técnica e de engenheiros foram desmo-
bilizadas e desmontadas. “A gestão ficou perdida no
tempo, o que dificultou muito para a execução de obras
viárias”, alerta.
O gap tecnológico foi revertido com maior agilidade, se-
gundo o engenheiro. Novas metodologias construtivas
foram assimiladas pelas empresas do setor por meio da
importação de máquinas e equipamentos. Mesmo assim,
em 2010, quando a indústria da construção civil brasileira
registrou 11% de crescimento, houve atrasos nas entre-
gas de empreendimentos imobiliários e também de gran-
des obras de infraestrutura.
“O boom passou. O setor está em equilíbrio”, co-
menta Camargos. Ele afirma, ainda, que a indústria da
construção brasileira tem capacidade instalada para
atender a uma demanda superior à atual. O limite é,
inclusive, largo se comparado ao índice de cresci-
mento da economia nacional, projetado para 2014 em
2,5%, podendo chegar a 5%.
A arquiteta com mestrado em Engenharia Civil pela Uni-
versidade Federal de Minas Gerais e professora da Pon-
tifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas)
nas matérias de Tecnologia da Construção Civil, Tópicos
Especiais em Construção e Expressão Gráfica, Karina
Bonitese Venâncio afirma que “o céu é o limite” quando
se trata da execução de qualquer projeto de Engenharia.
“Não se trata de reinventar a roda. Há processos
construtivos que permitem agilizar a execução dos
projetos resguardando-se a qualidade do empreendi-
mento. Não temos dúvidas de que o tempo está a
nosso favor”, explica.
No entanto, a execução de um projeto, principalmente
quando se trata de obras de grande porte, depende mais
da gestão do projeto que do prazo propriamente dito.
O diferencial é ter todos os recursos necessários dispo-
níveis para garantir a agilidade dos processos. “Em obras
públicas, a gestão de recursos é diferente porque há, além
dos fatores técnicos e da adoção de métodos construti-
vos, outros fatores que interferem no andamento da
obra”, afirma a professora. Em suma, há questões que
fogem da técnica construtiva em si.
A tecnologia construtiva disponível resolve parte desse
problema. “Todos os sistemas construtivos a seco – que
não envolvem insumos a base de água como concreto,
por exemplo - são mais eficientes”, explica. Há que se
equacionar, ainda, diversos impactos de uma obra de
grande porte, o que depende da gestão da produção e
não do trabalho dos engenheiros, peças fundamentais,
mas não únicas de qualquer obra de Engenharia.
Segundo Karina Bonitese, dependendo do gestor, o trâ-
mite é absolutamente distinto. “Se o gestor público não
é engenheiro, que, pelo menos, possa contar com uma
assessoria técnica composta por esses profissionais para
o difícil trabalho de supervisão de uma obra de grande
porte”, recomenda.
Karina Bonitese Venâncio,
arquiteta com mestrado
em Engenharia Civil pela
UFMG e professora PUC
Minas
Teodomiro Diniz
Camargos, presidente
da Câmara da Indústria
da Construção da Fiemg
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ATRASOS
Em 2007, o Brasil foi ratificado oficialmente como sede
para a Copa do Mundo Fifa 2014, a 20ª edição do torneio.
Lá se vão quase sete anos e muitos dos projetos elenca-
dos como prioritários não foram concluídos nos prazos
determinados. Um exemplo são os aeroportos que, em
muitas capitais, já trabalham “no limite”, como é o caso
do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins),
na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Dos 12 terminais, seis ainda não passaram pelas obras de
instalação necessárias não apenas para receber os milha-
res de turistas que chegarão ao país em 2014, mas para
garantir maior conforto e estrutura para os passageiros
domésticos, transporte de cargas e, também, para os tra-
balhadores dos aeroportos.
Para tentar se desculpar, o sociólogo e ministro-chefe da
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República,
Wellington Moreira Franco, alegou que o atraso nas
obras eram culpa de “engenheiros ruins”. Embora tenha
tentado uma retratação, ele mobilizou ainda mais as en-
tidades que representam a categoria no País.
Em nota oficial, o presidente do Conselho Nacional de
Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva,
lembrou que já em agosto de 2007, o gargalo da infraes-
trutura tanto existia como era apontado como um dos
fatores que poderiam impedir o Brasil de alcançar os
bons resultados almejados. Nesse “pacote”, a capacidade
instalada dos aeroportos era considerada insuficiente
para dar suporte ao plano de desenvolvimento nacional.
Mais que isso, para o dirigente, o atraso na execução das
obras de infraestrutura do país passa, evidentemente, pela
falta de gestão, planejamento e projetos de Engenharia.
“Bons projetos de Engenharia são aqueles que possuem
todos os elementos e informações técnicas, básicas e
executivas.
Com efeito, projeto básico somente não basta, são ne-
cessários projetos executivos e também os projetos
complementares, de elevada complexidade. Por isso, há
uma demanda de tempo necessário para que se possa
planejar e projetar”, ressalta.
Ainda conforme Silva, o planejamento de grandes obras
ficou esquecido durante décadas para ser retomado ao
final do prazo, quando foram iniciadas as obras “ao arre-
pio das comezinhas regras que regem os procedimentos
necessários para se realizar bons empreendimentos com
qualidade, segurança e economia, que justificam a palavra
Engenharia”.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Ar-
quitetura de Minas Gerais (CREA-MG), Jobson Andrade,
afirma que o profissional, independente da área em que
venha a atuar, só é necessário se houver oportunidade
de trabalho. “Só vamos conseguir formar mais engenhei-
ros se o país investir mais”, analisa.
O engenheiro que pretenda atuar na sua área de origem
demandará tempo para se qualificar. Afinal, ninguém sai
pronto da universidade. De acordo com Andrade, o
prazo mínimo é de 10 anos, após a formatura.
ENGENHARIA | GESTÃO
Jobson Andrade,
presidente do CREA-MG
José Tadeu da Silva,
presidente do CONFEA
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No entanto, o engenheiro não trabalha sozinho já que
depende de uma equipe que deve ser muito bem gerida
para que os projetos cumpram os três requisitos básicos
do que se espera de uma obra: preço competitivo, cum-
primento de prazos e qualidade do empreendimento.
Apesar dos elogios da presidente Dilma Roussef na
ONU, no que se refere às obras públicas, o governo não
valoriza a figura do engenheiro. “O setor público não pla-
neja e compra mal”, afirma. Prova disso é a lei nº
8666/1993, que permite a contratação de obras a partir
de projetos básicos, um erro já que o ideal seriam os
projetos executivos. Segundo a legislação, a carta convite
para participar de obras é de R$ 150 mil, valor infinita-
mente menor que o dos orçamentos atuais.
A qualidade dos profissionais, conforme o presidente do
CREA-MG, é inquestionável já que, além de tecnologia
e experiência, o Brasil também exporta engenheiros
para todas as partes do mundo e para os mais diferentes
segmentos econômicos. “O conteúdo aqui e em Milão
é praticamente o mesmo. A diferença é que o Brasil não
tem projetos que motivem os engenheiros a investir na
carreira. Os currículos dos cursos estão sendo aprimo-
rados porque o momento atual requer novos conheci-
mentos como ciências gerenciais e meio ambiente”,
aponta.
O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro fez do seu
repúdio, uma Carta Aberta aos Brasileiros, endere-
çada ao ministro e também à presidente da Repú-
blica. O presidente da entidade, Francis Bogossian,
lamentou a declaração infeliz do ministro. “O enge-
nheiro brasileiro é muito qualificado, um dos mais
bem capacitados do mundo”, observou. Para ele, o
problema está na quantidade que é menor que o ne-
cessário justamente porque, durante 20 anos, o Brasil
não investiu em obras.
Pior que não investir em obras é não ter projetos “na
gaveta”. Embora todos os gargalos de infraestrutura
sejam bem conhecidos – a lista é bem maior que a dos
aeroportos – não havia nada pronto com antecedência.
“Os governos não investiram em projetos de Engenharia.
Mesmo engavetados os projetos são entre 2% e 10% do
valor do empreendimento. Então, se não há recursos
para fazer as obras, que sejam feitos projetos para adian-
tar o processo quando houver o recurso disponível”, re-
comenda Bogossian.
Não há como dissociar a figura do engenheiro do pro-
cesso de desenvolvimento nacional, mas o caminho que
o Brasil está trilhando é, no mínimo, controverso já que
a Engenharia tem sido relegada a segundo plano por ges-
tores públicos que – em sua maioria, têm cargos políticos
e não por conhecimento técnico.
O presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros
(SME), Ailton Ricaldoni Lobo, também repudiou a decla-
ração de Moreira Franco. “Acreditamos que as afirmati-
vas do ministro são resultado de uma visão míope
quanto à participação de uma categoria profissional nas
decisões de governo, muitas vezes, atreladas a interesses
políticos, sem qualquer relação com as necessidades da
população, quando não são frutos da ambição pessoal ou
de pequenos grupos”, destaca.
Ele enfatizou, ainda, que ao eximir-se de responsabilida-
des na gestão pública, o ministro tenta desmoralizar a
classe de engenheiros perante a opinião pública. “Todo
projeto de obra para obter aprovação e recursos do go-
verno federal, passa pela aceitação de projetos básicos
para a licitação e a realização da própria licitação regida
pela lei nº 8.666, uma legislação dura e minuciosa que fa-
vorece, em alguns casos, o menor preço em detrimento
da qualidade do serviço”, considera Ricaldoni.
ENGENHARIA | GESTÃO
Ailton Ricaldoni Lobo,
presidente da SME
Francis Bogossian,
presidente do Clube
de Engenharia do
Rio de Janeiro
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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS
“Oengenheiro civil especialista em Ne-
gócios Imobiliários, Paulo Henrique
Pinheiro de Vasconcelos, 39 anos, é o
mais jovem profissional a receber a tra-
dicional comenda de Engenheiro do
Ano 2013 da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME).
Desde 1983, a entidade homenageia os melhores do
mercado em suas respectivas áreas de atuação.
A cerimônia realizada no dia 11 de dezembro, no Auto-
móvel Clube, em Belo Horizonte marcou, também, as
comemorações do Dia do Engenheiro. O evento reuniu
mais de 400 convidados entre empresários do setor, en-
genheiros de diversas gerações e áreas e, ainda, repre-
sentantes dos poderes púbicos estadual e municipal.
Graduado pela Faculdade Kennedy e pós-graduado pela
Faculdade Fumec, Paulo Henrique de Vasconcelos é o pre-
sidente e CEO da PHV Engenharia Ltda., há 15 anos no
mercado da construção civil de Minas Gerais, com diver-
sos projetos em Belo Horizonte. Juventude, forte perfil
empreendedor e, ainda, participação ativa em todas as
etapas dos projetos que levam a assinatura da construtora
são algumas das características do Engenheiro do Ano
2013.
“Eu me sinto muito honrado com esta homenagem, que
considero ser uma das mais importantes condecorações
que existem na área de Engenharia em Minas Gerais”,
ressalta. Nesta entrevista, Paulo Henrique de Vasconce-
los, filho de médico cirurgião, fala sobre a sua preferência
pelas Ciências Exatas, do hábito que desenvolveu, desde
a infância, de observar obras e projetos até se tornar
referência na execução de empreendimentos e, ainda, da
flexibilidade da Engenharia, a profissão do futuro.
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1) Para o Sr. o que é ser engenheiro no Brasil?
Qual a importância da Engenharia?
Ser engenheiro no Brasil é estar diante da
oportunidade de poder participar do processo
de construção de uma nação, onde tudo ainda
está por fazer. A Engenharia tem um papel fun-
damental para o desenvolvimento ordenado e
organizado do país, de maneira a trazer pro-
gresso e bem-estar às pessoas, em harmonia
com o meio ambiente.
2) Como empresário, o Sr. detecta falta de en-
genheiros no mercado? Em quais áreas?
Sim, faltam profissionais no mercado, principal-
mente especialistas, seja em Estrutura, Instala-
ções, Esquadrias e principalmente nas áreas de
Planejamento, Orçamento e Gerenciamento de
Projetos.
Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos, empresário
do ramo da construção
civil há 15 anos, fundador,
presidente e CEO da PHV
Engenharia.
Acho que a Engenharia é uma
profissão do futuro e temos
o privilégio de estarmos no
Brasil, que é um país de
enorme extensão territorial,
clima privilegiado, população
jovem, com boa vontade e
com grande potencial
de crescimento.
“
“
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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS
3) O que o Sr. falaria para enge-
nheiros que estão ingressando no
mercado de trabalho?
Que eles se liguem nas áreas de in-
teresse, porque é muito importante
que façamos algo que realmente
gostemos, considerando que passa-
mos a maior parte de nossas vidas
trabalhando. Diria também para ten-
tarem fazer sempre um pouco mais
que os outros, pois é justamente
esse “um pouco mais” que pode nos
diferenciar dos outros.
Acho que a Engenharia é uma pro-
fissão do futuro e temos o privilégio
de estarmos no Brasil, que é um país
de enorme extensão territorial,
clima privilegiado, população jovem,
com boa vontade e com grande po-
tencial de crescimento.
4) O que representa para o Sr. re-
ceber a comenda de Engenheiro do
Ano 2013 pela SME?
Eu fiquei muito feliz e honrado com
esta tão importante comenda que
representa para mim o reconheci-
mento do meu trabalho e de todos
os meus colegas das empresas e ins-
tituições que participo, servindo de
grande estímulo para buscarmos
aperfeiçoar cada vez mais nossa
atuação.
5) Há algum momento da sua car-
reira como engenheiro que te mar-
cou? Qual?
Sim, houve vários momentos na
minha carreira que me marcaram.
Um deles foi quando eu ainda era
recém-formado e tive que assumir
a execução de diversos projetos
personalizados de acabamento em
um edifício residencial, com valores
e prazos definidos, ocasião em que
tive que por em prática técnicas de
planejamento como Rede Pert, etc.
Tudo funcionou muito bem e isso
me ajudou a aumentar a minha au-
toconfiança e entusiasmo com a En-
genharia.
6) É sabido que o Sr. participa de
todos os estágios dos projetos da
PHV. Como é possível ser empresá-
rio e engenheiro ao mesmo tempo?
Esse é o seu diferencial?
O fato de ser engenheiro me ajuda
muito a ser empresário, pela flexibi-
lidade da profissão. Mas o que me
ajuda muito é o fato de adorar meu
trabalho e ter tido a sorte de ter
uma família maravilhosa além de ter
encontrado excelentes pessoas para
me ajudarem.
7) Quais os planos do Sr. para a sua
carreira e para o Grupo PHV?
Pretendo trabalhar até quando tiver
forças, mas acho importante reco-
nhecer minhas limitações. Por isso
sei que, com o tempo, devo ceder
espaço para os mais novos e assu-
mir posições mais voltadas para a
estratégia dos negócios.
Não tenho a pretensão de ser o
maior, mas busco sempre estar
entre os melhores do nosso seg-
mento de maneira a gerar ganhos
equilibrados para todos os envolvi-
dos em nossos empreendimentos,
incluindo-se aí os colaboradores in-
ternos, externos e a comunidade
onde nossos empreendimentos
estão inseridos.
1983 - Aureliano Chaves de Mendonça
1984 - Gil César Moreira de Abreu
1985 - Amaro Lanari Júnior
1986 - Renato Gomes Moretzohn
1987 - Maurício Hasenclever Borges
1988 - Celso Mello de Azevedo
1989 - Lúcio Souza Assumpção
1990 - Carlos Carneiro Costa
1991 - Eduardo Brandão de Azeredo
1992 - Marcos Villela de Sant’Anna
1993 - Rinaldo Campos Soares
1994 - Itamar Augusto Cautiero Franco
1995 - Francisco José Schettino
1996 - Joel Mendes Rennó
1997 - Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto
1998 - José Luciano Duarte Penido
1999 - Gabriel Donato de Andrade
2000 - Eliseu Resende
2001 - João Camilo Penna
2002 - Luiz Alberto Garcia
2003 - Eliezer Batista
2004 - Ricardo Vinhas Corrêa da Silva
2005 - Paulo Safady Simão
2006 - Alysson Paolineli
2007 - Teodomiro Diniz Camargos
2008 - Manoel Vitor de Mendonça
2009 - Jésus Murillo Valle Mendes
2010 - Rubens Menin Teixeira de Souza
2011 - Otávio Marques de Azevedo
2012 - Maria das Graças Foster
Engenheiros do Ano homengeados pela SME
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Engenheiro
do Ano SME
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Paulo Henrique Vasconcelosrecebe homenagem da SME
OAutomóvel Clube de Minas Gerais, marco his-
tórico e arquitetônico da capital mineira, foi
palco da solenidade de entrega da Medalha So-
ciedade Mineira de Engenheiros e do título “En-
genheiro do Ano de 2013” ao engenheiro civil e presidente
da PHV Engenharia, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
no dia 11 de dezembro de 2013. O evento anual integra as
comemorações do Dia do Engenheiro atraindo um grande
público.
Aos 39 anos de idade, Paulo Henrique Pinheiro de Vascon-
celos é o mais novo agraciado com a Medalha Engenheiro
do Ano, desde 1983, quando a comenda foi criada. A lista
de homenageados reúne personalidades a exemplo do ex-
presidente Itamar Franco, o ex vice presidente Aureliano
Chaves, o ex-ministro Camilo Penna, entre outros nomes.
No ano anterior, a agraciada foi a presidente da Petrobras,
Maria das Graças Foster.
Cercado por amigos, familiares e funcionários, o empre-
sário recebeu o título das mãos do chanceler da Meda-
lha, professor José Rietra de quem foi aluno. Rietra disse
que o homenageado, nascido dentro de uma família de
engenheiros e arquitetos, tem na Engenharia no gene,
tendo manifestado ainda na infância o gosto pela cons-
trução.
O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo saudou o agra-
ciado falando de sua trajetória profissional de sucesso. “Este
é o perfil do engenheiro moderno, integrado ao mundo ace-
lerado e dinâmico da atualidade, que requer, além do conhe-
cimento técnico, um espírito empreendedor e inovador.
Arrisco a dizer que a formação acadêmica e técnica de exce-
lência, o empreendedorismo e a inovação são tripé do pro-
gresso e do bem-estar de uma sociedade, de um país”,
qualidades essas identificadas no homenageado.
Segundo Ricaldoni, “os desafios presentes no mundo atual
requerem cada vez mais profissionais qualificados com
uma visão diferenciada. Com maior capacidade de racio-
cínio, autonomia intelectual, pensamento crítico e iniciativa
própria, além de um caráter ético e humanístico, cabendo
ao engenheiro responsabilidades que antes eram impen-
sáveis na gestão de processos econômicos e produtivos”.
Nesse contexto, “a Engenharia é uma das profissões chave,
pois são os engenheiros os profissionais que possuem um
papel transformador na sociedade”, afirmou.
Sem disfarçar a emoção, Paulo Henrique Pinheiro de Vas-
concelos disse que a Medalha Sociedade Mineira de
Engenheiros é a mais importante honraria que recebeu em
sua carreira. Ele também creditou essa conquista ao apoio
da família, amigos e funcionários e da SME.
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José Luiz Nobre Ribeiro,
Ailton Ricaldoni Lobo e Ronaldo Gusmão
Marcílio Andrade
e Miriam AndradePaulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Marcelo
Melo e Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
Estudantes de engenharia e integrantes
do novo projeto, SME Jovem
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos,
Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo
Roberto Luciano Fagundes, Paulo Henrique
Pinheiro. de Vasconcelos e Alexandre ResendePaulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo
Carlos Orsini, Marcos Sant'Anna
e Hudson Navarro
Fabiano Panissi, Ronaldo Gusmão, Alexandre Resende, José Luiz Nobre Ribeiro, Ailton Ricaldoni Lobo,
Dilvar Oliva Salles, Carlos Gutemberg e José Andrade Neiva
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Maria Elvira,
Paulo Henrique de Vasconcelos e Marianna Vasconcelos
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28
Patrocinadores
Ildeu de Freitas, Arthur Lopes Filho, Gilberto Otoni,
Ozânio da Silveira e Geraldo Fonseca
José Ciro Mota, Ailton Ricaldoni Lobo
e Marcelo Mota
José de Carvalho Jorge, Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos e
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos
Jader Kalid, Múcio Mussy, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
e Rogério Martins Pinto
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Betânia Pinheiro
de Vasconcelos, Paulo Henrique e Marianna Vasconcellos e filhos
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos Marianna
Vasconcelos, Luciana Schüffner e Fernando SchüffnerPaulo Henrique Pinheiro de
Vasconcelos e Fabiano Panissi
Luciano Cabral, Alexandre Resende, Ronaldo Gusmão,
Flávio Carvalho e Paulo Emílio Vaz
Isabela Drumond, Marina Teixeira
e Marianna Vasconcelos
Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo
Ildeu de Freitas, Marianna Vasconcelos, Paulo
Henrique Pinheiro de Vasconcelos e Ozânio da Silveira
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Fotografe o QR Code e saiba mais sobre a Eletrobras. eletrobras.com
r
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Gerar e transmitir a maior parte da energia q
tarefa fácil, mas enche de orgulho a Eletrobr
muita pesquisa e estudos, que f izemos uma op
Além de ser uma fonte renovável e estar en
hidrelétrica é adequada para produzir eletricidad
e se desenvolver, e é d
É por isso que o trabalho da Eletrobras tem u
A Eletrobras investe em geração hidrelétrica porque é uma energia segura e conf iável. E, acredite, ela está entre as fontes mais limpas e renováveis que existem.
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Estudos recentes demonstram que reservatórios de hidrelétricas podem
absorver gases de efeito estufa.
Hidrelétricas são investimentos de longo prazo, capazes de benef iciar
várias gerações. Energia limpa e renovável para hoje e amanhã.
Uma usina hidrelétrica produz 6kg de CO2, o gás do efeito estufa,
por megawatt-hora, o melhor custo-benefício do
ponto de vista ambiental.
Gerar e transmitir a maior parte da energia que o país precisa diariamente não é uma
tarefa fácil, mas enche de orgulho a Eletrobras. Foi graças a esse desaf io, e depois de
muita pesquisa e estudos, que f izemos uma opção estratégica pela energia hidrelétrica.
Além de ser uma fonte renovável e estar entre as mais limpas que existem, a energia
hidrelétrica é adequada para produzir eletricidade em grandes escalas, de forma segura e
e se desenvolver, e é dono da maior reserva hídrica do mundo.
É por isso que o trabalho da Eletrobras tem uma importância do tamanho do Brasil.
*fonte WWF
m geração hidrelétrica segura e conf iável. tre as fontes eis que existem.
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32
SME | COMISSÕES TÉCNICAS
Além de grupos de
trabalho altamente
qualificados, as
Comissões Técni-
cas da Sociedade
Mineira de Engenheiros (SME) são
os canais de diálogo da instituição
com a sociedade. Ao mesmo tempo
em que debatem sobre temas de in-
teresse da comunidade, engenheiros
de diversas gerações e áreas tam-
bém propõem soluções para proble-
mas e impasses que comprometem
a qualidade de vida das pessoas e o
projeto de desenvolvimento susten-
tável das cidades.
Em 2013, a diretoria da SME desen-
volveu importante trabalho de res-
gate das Comissões Técnicas que,
por algum motivo, estavam desativa-
das. “Foi um ano de resgate e de
convencimento dos engenheiros a
retomarem sua participação nas Co-
missões”, ressalta o engenheiro Civil
e de Segurança do Trabalho, diretor
responsável pela coordenação da
área, Normando Virgílio Borges
Alves.
Para o próximo ano, o projeto deve
avançar ainda mais, com a realização
de um evento destinado a divulgação
pública dos trabalhos desenvolvidos
pelas Comissões Técnicas da SME.
“Será o momento de “colocar o
bloco na rua”, com Comissões mais
participativas e provocativas”,
destaca.
Palestras em universidades, para es-
tudantes de Engenharia também
serão retomadas, a exemplo do que
aconteceu na Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) nesse ano.
As Comissões também estão no
site da SME (www.sme.org.br) e no
Facebook.
A edição do projeto pela SME,
Ponto X Contraponto sobre o caso
específico do incêndio da Boate
SME dá continuidade aoprocesso de fortalecimentodos seus grupos de trabalho
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33
Kiss, na cidade de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, é uma prova
do excelente trabalho executado
pela Comissão de Engenharia de
Segurança. Da mesma forma, a dis-
cussão sobre o metrô leve, pelos
meios de comunicação é reflexo
das discussões que começaram na
Comissão de Transportes da SME.
Há outras comissões como a de
Educação em Engenharia, Cons-
trução Civil e Urbanismo, Energia,
Acessibilidade Ambiental e Mobi-
lidade Urbana e, ainda, Telecomu-
nicações e Informática.
Paralelamente, o coordenador
também tem trabalhado para au-
mentar o número de participantes
das Comissões Técnicas. “As Co-
missões dependem mais de obje-
tivos que de currículos. Todos os
participantes são altamente quali-
ficados mas há interesse, também,
em atrair novos engenheiros que
terão muito a aprender e oportu-
nidades de relacionamento inte-
ressantes”, destaca.
O engenheiro eletricista pela
UFMG com especialização em
Engenharia Econômica pela Fun-
dação Dom Cabral (FDC), Ale-
xandre Francisco Maia Bueno,
também é coordenador das Co-
missões Técnicas da SME. “As
Comissões Técnicas são de
grande importância para a SME e
para a sociedade mineira, pois
são discutidas questões de Enge-
nharia que envolvem toda a so-
ciedade”, define. Entre elas,
Mobilidade Urbana, Sistema Viá-
rio, Infraestrutura Urbana, Teleco-
municações, Cidades Inteligentes
entre outras.
Estas comissões discutem alterna-
tivas e soluções de engenharia
para as diversas questões, e reali-
zam encontros, seminários, mesas
redondas e publicação de artigos
sobre estes assuntos. Em 2013, vá-
rias Comissões marcaram pre-
sença na Revista Mineira de
Engenharia, além de realizarem
debates de alto nível e eventos li-
gados aos respectivos temas.
Para 2014, os debates em curso
devem ser aprofundados, com a
mobilização de mais engenhei-
ros. Segundo Alexandre Bueno,
os profissionais participantes das
comissões têm a oportunidade
de contribuir para o desenvolvi-
mento da Engenharia e para a
proposição de alternativas e
soluções para questões que
afetam à sociedade, gerando
oportunidades de cresci-
mento pessoal e profissional,
além de estabelecer um forte
“networking”.
A SME tem grande interesse em
aumentar o grupo de engenheiros
que participam das comissões téc-
nicas. Através da Secretaria da en-
tidade, os profissionais podem
obter informações sobre dias e
horários das reuniões e, ainda, os
contatos dos responsáveis pela
coordenação de cada grupo de
trabalho, que respondem, tam-
bém, pela inscrição de novos
membros.
“As Comissões dependem mais de objetivos que de
currículos. Todos os participantes são altamente qualificados
mas há interesse, também, em atrair novos engenheiros
que terão muito a aprender e oportunidades de
relacionamento interessantes”
Alexandre Bueno, coordenador das Comissões Técnicas
da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)
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34
ENGENHARIA | MERCADO DE TRABALHO
OBrasil hoje forma em
média 40 mil enge-
nheiros por ano. Nos
últimos 12 anos, as
matrículas nos cursos de Engenharia,
Produção e Construção aumentaram
381%, ante 120% dos programas de
graduação das demais áreas. O índice
de conclusões também registrou in-
cremento de 200% para novos enge-
nheiros, ante os 149% gerais.
Bastante atrativos, os salários dos en-
genheiros estão entre os 10 maiores de
todos os cursos superiores. A demanda
crescente por esses profissionais conti-
nua aquecida, o que justifica os investi-
mentos feitos por diversas instituições
de ensino para manter os cursos da área
em evidência ou aumentar a oferta de
vagas ainda mais.
No vestibular da Pontifícia Universi-
dade Católica de Minas Gerais (PUC
Minas), o curso de Engenharia Química
foi o segundo mais cotado do con-
curso com 10,98 candidatos/vaga. A
ampliação das vagas será no campus
Coração Eucarístico com mais duas
turmas de Engenharia de Produção
(manhã e noite) e também na unidade
São Gabriel, com Engenharia Civil no
turno da noite comprovam a necessi-
dade de oferecer mais vagas.
Na mesma linha, o Centro Universi-
tário UNA está investindo em três
novos cursos que são Engenharia de
Minas, Engenharia Metalúrgica e En-
genharia Eletrônica para aumentar a
oferta de vagas para a área.
A necessidade de mão de obra qualifi-
cada em estoque também está movi-
mentando o setor produtivo. O
consórcio minero metalúrgico que atua
em Minas Gerais, composto pelas 15
maiores empresas desses segmentos, já
anunciou que abrirá 16,9 mil vagas entre
2014 e 2016 para que os R$ 36 bilhões
em investimentos destinados para o Es-
tado nos próximos cinco anos não
sejam comprometidos negativamente.
Além de profissionais de nível técnico,
que serão capacitados em parceria com
o Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (Senai-MG), a entidade está em
permanente contato com a Universi-
dade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Universidade Federal de São João Del
Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP), o que demonstra
a preocupação com a atração de enge-
nheiros para esses segmentos.
Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram
que o fator determinante para a aber-
tura de novos cursos de Engenharia é a
situação econômica do país. Em suma, a
região Sudeste, que detém cerca de 56%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacio-
nal, responde pela oferta de 65% das
vagas abertas, um percentual que tem
aumentado acima do crescimento da
população e do próprio Brasil para
atender a uma demanda reprimida.
Divulgada em novembro, a pesquisa
do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), em parceria com a
Universidade de São Paulo (USP) e a
Associação Brasileira de Desenvolvi-
mento Industrial (ABDI) sobre a mão
de obra de Engenharia no Brasil
aponta que não há risco de apagão ge-
neralizado, ainda que existam sinais de
pressões de curto prazo no mercado
de trabalho.
Demanda por engenheiros depende da econômica nacional
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35
A expectativa é de que, até 2020, o
número de engenheiros demandados
pelo mercado de trabalho brasileiro
varie entre 600 mil e 1,15 milhão, de-
pendendo do cenário econômico.
Esse é o principal motivo para inves-
tir na formação desses profissionais.
Foram analisados os mercados nas
oito maiores regiões metropolitanas
do país. A situação é mais crítica em
Recife, Fortaleza e Distrito Federal
apresentam uma demanda acima da
oferta de mão obra especializada.
Confirmando os dados do IBGE, nas
duas maiores cidades - São Paulo e
Rio de Janeiro – ainda não faltam
profissionais, mas a quantidade de en-
genheiros merece atenção.
O texto, de autoria dos pesquisado-
res da USP, Mario Sérgio Salerno,
Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar
Pino Oliveira de Araujo, Leonardo
Augusto Vasconcelos Gomes, Demé-
trio Toledo e Paulo Meyer Nasci-
mento, do IPEA, indica que, em
termos quantitativos, as pressões
tendem a ser resolvidas com a am-
pliação da oferta de novos profissio-
nais. Um facilitador é que a atração
dos estudantes que ingressam na uni-
versidade pelos cursos tem se man-
tido aquecida nos últimos cinco anos.
A pesquisa aponta quatro dimensões
que podem explicar a percepção de
alguns agentes econômicos sobre es-
cassez de mão-de-obra em Engenha-
ria: a qualidade dos engenheiros
formados, uma vez que a evolução na
quantidade não foi acompanhada pela
mesma evolução na qualidade. Há,
ainda, o hiato geracional, o que difi-
culta a contratação de profissionais
experientes para liderar projetos e
obras.
Nesse aspecto, é preciso lembrar
que, após décadas de retração, pou-
cos foram os estudantes que busca-
ram a Engenharia como profissão. O
déficits em competências específicas
e em regiões localizadas como as ci-
dades do interior do país e as regiões
Norte e Nordeste, por exemplo,
também devem ser considerados
como fator de peso.
Por outro lado, os autores alertam
para o fato de que a inexistência de
gargalos não torna desnecessária a
ampliação dos investimentos no en-
sino de Engenharia, particularmente
nas universidades públicas. Como
área de conhecimento estreitamente
ligada ao desenvolvimento econômico
dos países e à inovação, a atividade
deve ser continuamente valorizada.
Basta lembrar que, mesmo com o in-
cremento já registrado, o número de
engenheiros por habitante ou por for-
mandos no ensino superior ainda é
baixo.
O texto trouxe, ainda, a evolução do
salário médio dos engenheiros em
relação aos dos demais profissionais
com educação de nível superior,
com valores sistematicamente acima
dos demais empregados com esco-
laridade superior. Entre 2000 e 2009,
os setores que mais apresentaram
elevação do salário pago a esses
profissionais foram os de cimento,
álcool, artefatos de couro e calçados,
serviços imobiliários e aluguel e
Construção.
Sudeste responde por56% do PIB nacional, e 65% das vagas deengenharias
381% de aumentodas matrículaspara cursos deEngenharia, em 12 anos
40 mil
engenheiros
formam todo
ano no Brasil
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:21 Page 35
36
Cada país encontra uma razão para
incentivar o uso de energias reno-
váveis. Para o Ph.D. em Engenharia
Elétrica pela Universidade de
Notre Dame (EUA) , membro da
Academia Nacional de Engenharia
dos Estados Unidos, diretor emé-
rito do Laboratório Nacional de
Energia Renovável e professor con-
vidado da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC
Minas), Lawrence Kazmerski, o in-
tercâmbio de experiências é funda-
mental para que outras economias
também enfrentem os desafios na-
turais da implantação de sistemas
inovadores como esses.
Ele esteve em Belo Horizonte entre
novembro e dezembro para uma
série de atividades do Grupo de Es-
tudos em Energia (Green) do Insti-
tuto Politécnico da universidade e
falou sobre os desafios dos países
para o uso de energias renováveis.
A Europa, por exemplo, tem sido
líder na oferta de incentivos finan-
ceiros para que os consumidores
instalem e usem as energias solar
e eólica. Especificamente na Alema-
nha, o governo não se envolve na
questão e é a população que paga
pela oferta do serviço, por meio de
um modesto aumento na fatura de
energia elétrica.
O acidente Fukishima é o que tem
motivado o Japão a investir cada
vez mais em energia solar. Em con-
trapartida, o governo não está for-
necendo incentivos ou fazendo
investimentos para compensar as
perdas de energia decorrentes do
encerramento das atividades das
outras instalações nucleares.
Já nos Estados Unidos, os incenti-
vos vêm principalmente dos gover-
nos estaduais, com crescimento de
82% em 2012 ante o exercício an-
terior e previsão de 100% para
este ano. O líder é a Califórnia,
com os maiores aportes em ener-
gia solar fotovoltaica, Wind-e e veí-
culos elétricos, térmico-solares e
biocombustíveis. “Todo esse cres-
cimento mundial em energia solar
fotovoltaica é principalmente de-
vido à queda incrível no preço do
módulo de que placas, que caiu de
US$ 2,50 watt para US $ 0.70/watt
em apenas dois anos”, relata.
E tudo isso foi possível graças à
China, que tem se firmado como o
maior responsável pela fabricação
das placas. Note-se que cerca de
90% do PV instalado é no mundo
desenvolvido e ligado em rede.
Além de abastecer o mercado in-
ternacional, esse país também tem
programas próprios para o uso da
energia eólica e solar, de forma a
reduzir a dependência do carvão,
que é muito poluente. “Deve-se
notar, também, que todos os
municípios envolvidos iniciaram
programas de educação bastante
substancial em pesquisa e de-
senvolvimento (P&D) e projetos
de qualificação da mão de obra.
Segundo o professor, o Oriente
Médio está investido muito em
energia solar. Embora tenha reser-
vas substanciais de petróleo, a Ará-
bia Saudita tem um programa para
ter 41GW de energia solar até
2025. Por quê? Para preservar o
seu petróleo e não ter que gerar
sua própria eletricidade usando os
combustíveis fósseis enquanto re-
cursos limitados e, também por
isso, valiosos.
ENGENHARIA | ENERGIA
Uso de energias renováveisaumenta em todo o mundo
Lawrence Kazmerski, Ph.D. em
Engenharia Elétrica pela Universidade
de Notre Dame (EUA) e professor
convidado da PUC Minas
Colocar sempre a qualidade de vida dos seus cliente
diferenciados em tudo: na localização, nos projetos
e nas condições de pagamento. Atuar na preservaç
educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MR
de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz qu
30 mil colaboradores. De coração.
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Colocar sempre a qualidade de vida dos seus clientes em primeiro lugar, oferecendo empreendimentos
diferenciados em tudo: na localização, nos projetos, nas fachadas, nas opções de lazer, no paisagismo
e nas condições de pagamento. Atuar na preservação do meio ambiente e no incentivo ao esporte e à
educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MRV é uma das marcas mais lembradas e prestigiadas
de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz questão de dividir com cada um dos nossos mais de
30 mil colaboradores. De coração.
o coração dos brasileiros.
A MRV construiu sua trajetória num lugar com
localização privilegiada:
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4004-9000mrv.com.br
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Turmas abertas 2014 Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração
O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e em suas perspectivas futuras. O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com
em suas perspectivas futuras.de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com
em suas perspectivas futuras.de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com
de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
Bernardo Monteiro,.vAAv
Funcionários 1199, Bernardo Monteiro,
.biinternawwwBELO HORIZONTE | BRASÍLIA | SÃO P
ARCERIAS INTERNACIONAISP
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
Uma publicação da Sociedade Mineira de Engenheiros | SME
DistribuiçãoGratuita 10.000 exemplaresBimestral
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:24 Page 57
58
LEGADO SME | ESPECIAL
No dia 29 de dezembro de 2013, o
engenheiro civil e ex-presidente da
Sociedade Mineira de Engenhei-
ros (SME), Tárcio Primo Belém
Barbosa, faleceu após sofrer
um infarto do miocárdio.
Ele estava de férias com a
família no Praia Clube de
Araruama, um projeto
particular que, desde o
início, era programa favorito.
Formado pela Escola de Enge-
nharia da Universidade Federal
de Minas Gerais em 1959, ele foi
um dos profissionais mais ativos e
atuantes de sua geração, com extenso
currículo de obras e vasta experiência acumu-
lada nos diversos cargos de gestão na iniciativa privada e
também no serviço público.
O engenheiro que construiu pontes, fóruns, escolas, es-
tradas e edifícios também incluiu, no seu currículo, a obra
da casa em que morou durante décadas, no bairro Serra.
Quanto à experiência como gestor, Tárcio Barbosa foi se-
cretário de Estado de Obras Públicas entre 1981 e 1982,
no governo de Francelino Pereira.
No entanto, sua maior característica foi a admiração in-
condicional pela Engenharia e a defesa veemente dos in-
teresses de seus pares. Por dois mandatos, entre 1975 e
1979, Tárcio Barbosa presidiu a Sociedade Mineira de En-
genharia (SME) e, entre 1982 e 1984, o Conselho Regional
de Engenharia de Minas Gerais (CREA-MG). Ele foi o en-
genheiro responsável pela construção da sede das duas
entidades, a forma que encontrou para valorizar a sua
classe profissional.
Não havia limites para o engenheiro.
Membro do Conselho do CREA-
MG e frequentador assíduo da
programação da SME, ele
tornou-se um profissional
conhecido e admirado
por todos, pela atenção
e interesse que sempre
dispensou aos seus cole-
gas de profissão. Com
isso, manteve-se perma-
nentemente qualificado.
Em 2013, o engenheiro ocu-
pava a cadeira de presidente
da Associação dos Ex-Alunos da
Escola de Engenharia da UFMG, uma
experiência que o manteve ainda mais ativo.
O projeto do Centro de Memória da Engenharia deman-
dou tempo e energia que ele nunca economizou. Seguro
de si e de sua causa, não poupou esforços e pedidos de
ajuda a amigos e empresários.
Sua oratória e capacidade de comunicação também for-
taleceram a imagem de liderança para os engenheiros
mineiros. A rede de relacionamento de Tárcio Barbosa
era muito grande, o que abria oportunidades para fazer
bem e construir um legado de humanidade por todos
os lugares por onde passou.
Colecionador de roupas e de medalhas, o engenheiro que
nasceu em Ouro Preto, recebeu Diploma e Medalha de
Honra da Inconfidência, do Mérito Legislativo e, também,
do Jubileu de Ouro do Sistema Confea – CREA. Entre os
títulos, o de Cidadão Honorário de Belo Horizonte, sem-
pre esteve entre os favoritos.
O engenheiro deixou esposa e quatro filhos.
Tárcio Primo Belém Barbosa um legado para Engenharia mineira
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RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:24 Page 58
59The PMI Registered Education Provider logo é marca registrada do Project Management Institute, Inc.
EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROSO IETEC é pioneiro na criação do curso Gestão de Projetos. Esta experiência é reconhecida pelo mercado, sendo que 53% dos profi ssionais formados são engenheiros.
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