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Revista MBA Jan/Fev 2016 Edição 018

Jul 25, 2016

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Revista MBA, a revista dos brasileiros na Nova Zelândia
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Numa  época  onde  uma  menina  adolescente  afegã  (Malala  Yousafzai)  ganha  o  Nobel  da  paz  pela  sua  luta  a  favor  da  educação  de  outras  jovens  como  ela,  onde  o  movimento  Lean  In,  da  COO  do  facebook  Sheryl  Sandberg  moEva  mulheres  a  assumirem  riscos  e  se  lançarem  em  busca  de  seus  objeEvos  sem  medo  e  onde,  possivelmente,  a  maior  potência  econômica  mundial  pode  eleger  sua  primeira  presidenta  (Hillary  Clinton),  é  impossível  não  observar  uma  mudança  nos  caminhos  pelos  quais  vemos  as  mulheres  na  nossa  sociedade.      Nesse  quase  um  ano  de  Revista  MBA  percebi  que  é  inegável  a  parEcipação  e  envolvimento  de  algumas  mulheres  incríveis  na  comunidade  brasileira  da  Nova  Zelândia.    Nesses  úlEmos  meses  Eve  o  privilégio  de  ter  conhecido  mulheres  inteligentes,  ambiciosas,  corajosas,  cheias  de  personalidade  e  com  muita  sede  de  contribuir  em  prol  de  uma  sociedade  mais  justa.  Por  isso  esse  mês  a  revista  é  dedicada  a  nós,  mulheres.      A  matéria  mais  importante  dessa  edição,  é,  sem  dúvidas,  o  arEgo  sobre  Violência  DomésEca.  As  quatro  brasileiras  que  generosamente  comparElharam  suas  histórias  com  a  gente  esperam  que  seus  caminhos  não  se  repitam  e  que  outras  mulheres  saibam  o  que  fazer,  o  quanto  antes,  para  saírem  de  relações  abusivas.      Nossa  colunista  Camila  Nassif  escreveu  sobre  a  saúde  Xsica  e  mental  da  mulher  e  da  necessidade  de  se  colocar  em  primeiro  lugar,  e  com  um  texto  cheio  de  personalidade  e  empolgação,  Isabelle  Mesquita  fala  do  poder  de  ser  você  mesma  e  não  cair  nos  padrões  impostos  pela  sociedade.  Seja  livre!      Na  nossa  capa,  quatro  dos  cabeleireiros  brasileiros  que  mais  badalam  as  madeixas  das  mulheres  na  Nova  Zelândia,  Amanda,  Caroline,  Daniel  e  Gisele  dividem  com  a  gente  a  sua  trajetória  trabalhando  aqui,  suas  dificuldades  e  o  que  é  trend  para  o  resto  do  ano.      Ainda  temos  uma  coluna  nova,  com  Luiza  Veras,  Erando  todas  as  suas  dúvidas  sobre  impostos  e  contabilidade  na  NZ,  e  Rosana  Melo  escreve  um  arEgo  completo,  bem-­‐feito,  claro  e  simples  de  entender  sobre  os  Diplomas  neozelandeses  (mais  ou  menos  o  nosso  curso  técnico  brasileiro)  e  como  esse  curso  pode  ser  seu  pontapé  inicial  no  processo  de  imigração  à  Nova  Zelândia.      Duda  Hawaii,  um  dos  nossos  fotógrafos  colaboradores,  escreveu  um  texto  empolgante  sobre  a  sua  travessia  do  Tongariro,  uma  das  caminhadas  mais  bonitas  do  mundo  (com  fotos  espetaculares)  e  Peterson  Fabricio,  nosso  agente  de  imigração  de  plantão,  fala  do  visto  de  trabalho  aberto  dado  aos  que  se  formam  por  aqui.      Tem  informação  para  todos  os  gostos.  Se  divirtam!     Cristiane Diogo

MBA Maio– Edição 10

Nº4/2015

WWW.REVISTAMBA.CO.NZ

Editorial

EDIÇÃO  CrisEane  Diogo  

 DIAGRAMAÇÃO  CrisEane  Diogo  

 COLUNAS  

Peterson  Fabricio  Camila  Nassif  Luiza  Veras  Duda  Hawaii  

 FOTOGRAFIA  Rafael  Bonado  Duda  Hawaii  

 CAPA  

Monique  Derbyshire    

PARA  ANUNCIAR  [email protected]  

 COLABORADORES  Abril  2015  

Mauricio  Pimenta    

AGRADECIMENTO  Abril  2015  Amanda  Cabral,  Caroline  Nihomatsu,  Daniel  Cunha,  Giselle  Chaves,  Lena  Nascimento,  Regina  Santos,  Patricia  

Dalcuque,  Claudia  Kikuchi,  Luiza  Veras,  Rosana  Melo,  Isabelle  Mesquita,    

Rita  Oliver.        

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e dilvulgar produtos e serviçoes que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

JAN

EIRO

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EREI

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016 VERÃO! Finalmente o calor chegou com força total e com ele

os dias de praia, churrasco depois do trabalho, pele bronzeada, roupas mais coloridas e um astral mais alegre.

As praias estão lotadas até tarde e nos levam à nossa ma-téria de capa: o vôlei de praia e o futevôlei na Nova Zelândia. Como os brasileiros estão contagiando as areias neozelande-sas com os nossos movimentos e dribles. Os esportes de areia vem crescendo ano a ano e hoje e até possível ver o famoso frescobol nas praias. Nós conversamos com Lena Nascimento que faz parte da presidência do Auckland Central Volleyball Club, com o André Melo, bi-campeão de futevôlei e com o Flávio Cam-pos, organizador do campeonato de Footvolley NZ em Wellington e também campeão da competição esse ano. E para você, que sonha em jogar, as oportunidades não faltarão, junte-se a eles!

As pequenas Annuska e Dominique Menoita foram celebradas como o talento do futuro do vôlei de praia. As irmãs brasileiras es-tão fazendo bonito e com promessas de ir longe no esporte.

E já que o assunto é verão, não deixe de ler a lista de fes-tivais de música rolando pelo país, o DJ, músico e produtor Bobby Brazuka fez uma lista com os melhores na sua opinião.

A nossa jornalista Mariana Wamser fez uma viagem incrível para Bay of Islands, norte da Nova Zelândia, para conhecer o velei-ro Kat e a família Schurmann que estavam de passagem pela Nova Zelândia. O relato emocionante sobre as suas viagens e sua ligação com o país é imperdível.

Já a intrépida Mary Rocha foi para Fiji e mais uma vez relata as suas aventuras com muita animação e excitamento! Luiza Veras explica na sua coluna sobre contabilidade que você pode receber parte do seu imposto se você tem seu negócio em casa e Camila Nassif fala sobre as nossas resoluções de ano novo e como se man-ter focado em 2016.

Um grande ano para todos nós!

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EDIÇÃOCristiane Diogo

REDAÇÃO Gabriela Ferrão

PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi

COLUNASCamila Nassif

Luiza VerasRaissa Correia

FOTOGRAFIA CAPARafael Bonatto

DESIGN CAPATereza Manzi

COLABORADORES JAN/FEV 2016Mary Rocha, Mariana Wamser,

Bobby Brazuka, Genaro Oliveira

AGRADECIMENTO JAN/FEV 2016Heloísa Schurmann, Pedro Nakano, Genaro Oliveira,

Flávio Campos, Lena Nascimento, André Melo, Derek Quinn, Dave Lintott, Barbara Scholten,

Dominique Menoita, Annuska Menoita.

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade.

A versão online desta publicação é gratuita.

É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteú-do, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

www.revistamba.co.nz

PARA [email protected]

JANEIRO/FEVEREIRO - EDIÇÃO 18N° 12/2016

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ORGANIZAÇÃO APOIO

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2023

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434648

RECEITA:CHEESECAKE DE COPO COM CALDA DE GOIABADA

36 FAMÍLIA SCHURMANN NA NOVA ZELÂNDIA

OS TALENTOS DO FUTURO:AS BRASILEIRINHAS FAZENDO BONITO NO VÔLEI DE PRAIA NA NZ

FOOTVOLLEY NATIONAL CHAMPIONSHIP 2016

24 FIJI

KAT SCHURMANN

AULA DE PORTUGUÊS NA UNIVERSIDADE DE AUCKLAND

DICAS DE CONTABILIDADE:HOME OFFICE EXPENSES

EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:O NOVO ANO E A SUA SAÚDE

FESTIVAIS DE MÚSICA NO VERÃO NEOZELANDÊS

12 VOLEI DE PRAIA E FUTEVÔLEI NA NOVA ZELÂNDIA

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Festivais de Música no verão neozelandês

POR BOBBY BRAZUKA

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Laneway Festival (Auckland)- 1 de Fevereiro 2016 -

(feriado do aniversário de Auckland)Festival mais direcionado para Indie

Music, muitas atrações internacionais de mais nome hoje em dia.

Destaque para as bandas australianas Flume e Hermitude.

www.lanewayfestival.com

Music In Parks (Auckland)- De 10 de Janeiro a 20 de março -

Festivais com música de todos os gêneros organizados pela prefeitura de

Auckland.Destaque para o dia 20 de Fevereiro com

a banda Katchafire e Latinaotearoa no dia 21 de Fevereiro

www.musicinparks.co.nz/2016

O verão é a época do ano mais esperado pelos Kiwis. O sol e calor levam todos

para fora de casa, para as praias, parques e eventos “outdoor”.

As pessoas ficam mais felizes com o tempo bom e a oportunidade de ver alguns dos seus

ídolos ao vivo, ou o DJ preferido tocando. É no verão quando acontece a maioria

dos festivais de música do país e aqui está uma lista de alguns dos festivais que eu acho mais legais aqui na Nova Zelândia.

Splore Festival (Tapapakanga Park)- 19 a 21 de Fevereiro 2016 -Festival perfeito para quem gosta de boa música, arte e praia.Splore também é super “Child Friendly” onde os pais se divertem de dia com as crianças e dançam à noite com os djs e bandas. Não percam a banda Hiatus Kayo-te de Melbourne e o meu set na Sexta-feira (está incrível!)www.splore.net

Rice & Beans Festival (Silo Park)- 27 de Fevereiro -Festival de comida e música que organizo junto ao Silo Park há quatro anos.Barracas com comida que vão desde o México, passando pela Jamaica, pelo Bra-sil e indo até a Argentina.

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8 janeiro/fevereiro 2016

Música também com djs e banda tocando influências da América latina e do Caribe.Não percam o Mc Black Alien (Antigo membro do Planet Hemp), o DJ Tamenpi (Rio de Janeiro) e o Latinaotearoa.www.silopark.co.nz

Womad New Zealand (New Plymouth)- 18 a 20 de Março 2016 -O maior festival de word música do mundo com uma filial aqui na Nova Zelândia.Em uma concha acústica natural no meio de New Plymouth.Vale a pena ver a banda americana De La Soul e o produtor/DJ francês St. Germain.www.womad.co.nz

Auckland City Limits (Western Springs Park / Auckland)Inspirado no legendário Austin City Limits do Texas, EUA, o Au-ckland City Limits tem a sua primeira edição esse ano e traz alguns dos maiores nomes da música mundial como o Rapper americano Kendrick Lamar e a banda neozelandesa Fat Freddy’s Drop.www.aucklandcitylimits.com

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Electric Avenue Festival (Christchurch)- 6 de Fevereiro -Festival com atrações locais e internacionais em Christchurch.Não percam os americanos Thievery Corporation e o grupo de comé-dia musical inglesa Cuban Brothers.www.electricavenuefestival.co.nz

Raggamuffin (Auckland)- 20 de Fevereiro -O maior festival de reggae da Nova Zelândia trazendo grandes nome do reggae e do hip hop como Wu Tang Clan e UB40.www.raggamuffin.co.nz

Bobby Brazuka mora há 17 anos na Nova Zelândia, Dj e host do programa Mucho Aroha Radio na George Fm, também músico da banda Latinaotearoa e or-

ganizador de eventos e festivais em Auckland.

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NEW Post Graduate Diploma in Applied Informatics Provides Vital Business Insights

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12 janeiro/fevereiro 2016

Nem só de rúgbi e críquete vive a Nova Zelândia. O povo neozelandês é reconhecido pelo seu interesse em esportes, principalmente aqueles que tem conta-to com a natureza.

A beleza de se morar em um país com tanta diver-sidade geográfica e estações do ano definidas (well, meio definidas, pode rolar uma frente fria no meio do verão...) faz com que possamos aproveitar esportes diferentes em épocas do ano diferentes. Temos o privi-légio de olhar para a direita e irmos para a montanha esquiar e à esquerda termos a praia para surfar.

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Agora, em pleno verão, os esportes aquáticos e atividades na areia tomam conta do nosso quintal. As praias são devidamente ocupadas por banhistas, crianças construindo seus castelos de areia, jovens se bronzeando e vôlei e futevôlei na praia!

Esses esportes, com cara de Bra-sil, (o vôlei de praia foi inventado nos Estados Unidos mas definitivamente os brasileiros tomaram o esporte como seu, já o futevôlei nasceu nas nossas praias tupiniquins por volta dos anos 60 e invadiu o mundo) são vistos frequentemente nas praias neozelandesas das grandes cidades durante os meses mais quentes. O Brasil é referência e tem ganho cam-peonatos ao redor do mundo desde que esses esportes passaram a ser oficiais. Por aqui não seria diferente. Os brasileiros estão dominando as quadras de areia nesse lado do mun-do e fazendo bonito.

Aqui na Nova Zelândia temos campeonatos, clubes organizados, quadras indoor e times treinando durante o ano inteiro e, claro, tem o dedinho brasileiro por trás des-sas atividades. A gente foi conver-sar com a Lena Nascimento que faz parte da presidência da comissão do Auckland Central Volleyball Club (Auckland), com o Flávio Cam-pos, organizador do Campeonato de Footvolley e dono do Indoor Beach Sports (Wellington) que promove aulas de futebol, vôlei e tênis de areia e o André Melo, que juntamen-te com o Silvio Bezerra são bicam-peões de futebol de areia no país.

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14 janeiro/fevereiro 2016

Flávio Campos veio para Nova Zelândia em 2007 de férias para visitar um parente, como tantos outros ele se apaixonou pelo país e decidiu estender sua estadia e foi ficando. Foi Flávio quem organizou o primeiro campeonato de futevôlei em Wellington em 2012, o primeiro campeonato foi recrea-cional e os amigos se reuniram para jogar. Como Flávio ficou em último lugar, ele decidiu treinar mais e ajudar os amigos que nunca haviam jogado, ou que sabiam pouco, a melho-rar com os treinos. No campeonato de 2016, acontecido em janeiro, Flávio ganhou o troféu de primeiro lugar juntamente com Silvio Bezerra. Os treinos valeram a pena.

Fotografia: Dave Lintott

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FLÁVIO: A ideia de montar a quadra surgiu por causa da dificuldade em lidar com o tempo instável de Wellington (mui-to vento) e também por causa do espaço limitado da pequena praia de Oriental Bay.

O propósito do indoor é de oferecer à comunidade de Wellington a possibilidade da prática de esportes de areia durante o ano todo.

ooo

Lena Nascimento é de Brasília e veio para a Nova Zelândia em 2009 com a família e hoje faz parte da presidência da comissão do Auckland Central Volleyball Club.O clube começou de forma espontânea e natural. Lena sempre jogou vôlei no Brasil e um dia, ao conversar com um amigo kiwi, também ex-jogador, decidiram alugar uma quadra para jogar com seus filhos.Os sábados à tarde, quando eles se reuniam para jogar e chamavam os amigos, começou a ficar concorrido e eles decidiram montar o clube ACVC que hoje conta com mais de 200 membros registrados, uma ativa página no Facebook e turmas para principiantes, medianos e avançados. O clube é uma as-sociação sem fins lucrativos e todo dinheiro arrecadado volta para as atividades do mes-mo. Hoje o clube conta com 6 pessoas na sua comissão para organizar campeonatos, treinos e outras atividades.

MBA: De onde surgiu a ideia de mon-tar uma quadra indoor de futevôlei?

Fotografia: Rafael Bonatto

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16 janeiro/fevereiro 2016

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MBA: Que tipo de atividades existem hoje que promovam e estimulem o vô-lei de praia aqui na Nova Zelândia?

LENA: Se o tempo permitir, colocamos as nossas redes na praia de Kohimarama das 18h às 21h todos os finais de semana em Auckland. Temos uma rede para social (principiantes ou pes-soas que só querem se divertir) e duas redes para os mais compe-titivos que gostam de jogar 2 a 2. Há dois anos somos anfitriões do Grand Slam (Competição famosa Australiana de vôlei de praia que acontece em diversos países).

Fazemos competições todo o verão, abertas ao clube e público em geral, de times masculinos e femininos com prêmios arrecada-dos dos locais ou nosso patrocinador Dole (importadores de frutas).

Competimos também no nacional de vôlei de praia da NZ e ou-tras competições que aparecem ao longo do verão que é tão curto e nós tentamos aproveitar ao máximo os meses de sol.

ooo

André Melo, campeão de futevôlei em 2014 e 2015 (Wellington) e medalha de bronze em 2016 é de Aracaju e mora na Nova Zelândia desde 2014, André trouxe a paixão pelo futevôlei do Brasil e ao co-nhecer Silvio Bezerra, seu parceiro de quadras na NZ, começaram a treinar juntos (André mora em Auckland mas frequentemente vai para Wellington para treinar).

Fotografia: Rafael Bonatto

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18 janeiro/fevereiro 2016

Auckland Central Volleyball Clubwww.acvc.co.nz

Campeonato de futevôlei em [email protected]

Quadra indoor Wellington www.indoorbeachsports.co.nz

Em Queenstown, o brasileiro David Braga costuma praticar a famosa “altinha” em parques da cidade e tem interesse em montar um gru-po para começar; em Christchurch, um antigo bowling club chamado “The Elmwood Club” foi transformado em quadras de areia; em Mount Maunganui sempre tem amigos com redes jo-gando, nada oficial; em Waikato tem um espaço excelente chamado Karapiro Sand Courts.

Fotografia: Dave Lintott

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Annuska e Dominque Menoi-ta são irmãs de 19 e 11 anos

respectivamente, filhas de brasileiros e moram na Nova Zelândia desde

2008. Annuska começou a demons-trar interesse no esporte há 5 anos

e desde então tem treinado 3 vezes por semana. Os treinos intensos va-

leram a pena e ela e seu time ganha-ram diversas competições escolares, nacionais e internacionais (ela viajou para Vanuatu representando a Nova Zelândia com seu time). Dominique

é uma máquina que, incentivada pelo sucesso e trabalho árduo da irmã, vem competindo desde os 8 anos de idade e ficando cada vez mais

profissional. Domi (como a família e amigos a chamam) é o número 70 da lista de jogadores que fazem par-

te da VNZ (Volleyball New Zealand que tem 240 membros).

O sucesso das duas é impressio-nante e a lista de primeiros lugares e valorosas participações em cam-peonatos é imensa. A gente vê um

futuro brilhante para as duas no esporte. Boa sorte, meninas!

OS TALENTOS DO FUTURO As brasileirinhas fazendo bonito no vôlei de praia na NZ

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20 janeiro/fevereiro 2016

O sol brilhou no dia 23 de janeiro para receber o Campeonato Nacional de Futevôlei 2016 na Oriental Bay em Wellington,

capital da Nova Zelândia. Muita música, alegria e batucada agitaram o dia e o evento foi um sucesso absoluto!

Os campeões do campeonato de futevôlei 2016 foram Flávio Campos e Silvio Bezerra, medalha de prata para Raff de Gregório e Michael Clayton e bronze para André Melo e Julio dos Santos.

FOTOS: DIVA GRADILONE (GRUPO) E DAVE LINTOTT (JOGADORES)

FOOTVOLLEY NATIONAL CHAMPIONSHIP 2016

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Cheesecake de copo com calda de goiabada

Quem não gosta de goiabada com queijo ou um bom rocambole recheado com creme de goiaba? Gostamos mais ainda em sobremesas lindas e fá-ceis que vão impressionar amigos e família sem dar muito trabalho e são uma delícia.

INGREDIENTES:

GOIABADA CASCÃO

300ml de creme de leite fresco

300 g de cream cheese

Biscoito de maizena

Açúcar a gosto (opcional)

MODO DE PREPARO:

Derreta a goiabada com o um copo d’água. Bata o creme de leite com o cream cheese e açúcar (se quiser). Amasse com a mão o biscoito. Faça uma ca-mada de biscoito amassado de 2 dedos no copinho. Depois coloque o creme e cubra com a calda de goia-bada. Maravilha de fácil e gostoso!

Bom Apetite!

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FijiLembra-se do filme a Lagoa Azul, linda história de amor que começa com um garotinho de cabelos encaracolados loiros e a garota perdidos numa ilha deserta, os quais se apaixonam quando viram adultos? Não? Ok, vamos falar de um filme mais atual. Que tal o Náufrago com o ator Tom Hanks que ficou preso numa ilha deserta e seu único acompanhante e amigo era o Wilson, uma bola de basquete? Bom, se você assistiu um destes filmes, vai se lembrar da cena cheia de coqueiros banhado pelo mar azul e transparente, um verdadeiro paraíso tropical. Este paraíso se chama Ilhas Fiji!

Por Mary Rocha

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Fiji é composto por mais de 300 ilhas estabelecidas em águas cristalinas com palmeiras, praias de areia branca, lagoas e recifes de corais coloridos. Casas super simples de madeira sem janelas com paredes escuras e piso de terra compacta fazem parte da arquite-tura local, especialmente nas aldeias Fi-jianas. A vida tradicional para um fijiano não passa disso. Mas em compensa-ção, algumas acomodações turísticas são de cair a boca, tamanha é o requin-te. Há opções de resorts 5 estrelas, considerados um dos mais incríveis do mundo. De qualquer forma, a ilha não só acomoda os abastados, mas todos os perfis de viajantes: casais em lua de mel, famílias, idosos, mochileiros e gru-po de amigos. Independentemente do tipo de cama que você vai dormir, o azul da água, o clima quente, o sorriso do Fijiano e a atmosfera do país é algo que vai te embalar de uma forma que você nunca mais vai esquecer. Relaxar é o sobrenome de Fiji, mas há atividades fantásticas como caminhadas, mergu-lho, snorkeling com tubarões de recife e arraias, visitas a aldeias locais, ativi-dades culturais, surfing, pesca, jet ski, caiaque e muito mais! Você escolhe! 

Eu tive a abençoada oportunidade de conhecer um pouquinho das 20 ilhas que fazem parte de Mamanuca Islands e depois subir para Yasawa Islands, um grupo de diversas ilhas vulcânicas. Nadi, que é a capital do país e portal de entrada está muito próxima da Nova

Notei que os fijianos não

medem esforços para lhe receber

como se você fosse um amigo

distante ou parte da família.

Zelândia e Austrália, cerca de 3 horas de voo. É uma excelente oportunidade para você que está vindo para Nova Ze-lândia fazer intercâmbio ou viajar e quer aproveitar o bonde e dar um esticada. E não pense que é impossível chegar lá. Se você reserva sua viagem com ante-cedência, consegue achar passagens aéreas por menos de NZD 600 (ida e volta, Nova Zelândia - Nadi). Adicione aí mais cerca de NZD1300.00 e você tem um pacote tudo incluso: acomoda-ção em dormitórios, atividades, todas as refeições, transporte de barcos e a possibilidade de explorar 3 ilhas na re-gião. Em 8 dias você terá uma excelente impressão, pode acreditar!

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26 janeiro/fevereiro 2016

Quando cheguei de barco em Mana Islands Resort, e coloquei o meu pé na água transparente a caminho da acomodação, já fiquei impressionada com a recepção na praia por fijianos vesti-dos com seus sarongues, as mulheres com flores enfeitando os cabelos, violão na mão e um iluminado sorriso no rosto. Aiiii, devo salientar que meu coração se encheu de alegria e meus olhos de lágrimas! E por todo lugar que passei, fui cumprimentada com a palavra Bula, que significa seja bem vindo na língua local.

Notei que os fijianos não medem esforços para lhe receber como se você fosse um amigo distante ou parte da família. Pas-sei 10 dias e conheci 4 ilhas e um dos highlights foi scuba diving nos corais e snorkel com tubarões de recife. Além disso, no topo da Yasawa Islands, participei da cerimônia cultural tão importante para Fiji conhecido como Kava - bebida feita a partir da raiz de uma pimenta que se assimila a uma água barrenta. É uma espécie de narcótico muito leve e conhecido por fazer as pessoas se sen-tirem relaxadas e uma vez que você bebe, sentirá formigamento e dormência na língua e o corpo como se tivesse tomado um anal-gésico. Diz a lenda que os fijianos são conhecidos como algumas das pessoas mais felizes do mundo e muitos associam isso com o ritual do Kava que é tão comum e popular entre os locais.

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Bom, de qualquer modo, seja a Kava ou não, certamente a experiência neste país si-tuado no meio do Oceano pacífico vai mas-sagear sua alma, abastecer o seu espírito e lhe deixar com um gostinho de quero mais.

Para saber mais sobre pacotes econômicos para Fiji, não deixe de conferir o short vídeo que eu fiz na região http://ow.ly/XwpGX ou conferir o meu roteiro aqui http://nzega.com/ilhas-fiji

Mary Rocha é paulistana e já viajou o mundo. Num intercâm-bio na África do Sul, conheceu o alemão Marlon, e os dois vieram

para Nova Zelândia em 2006 para fazer mochilão. Aqui casaram e se estabeleceram. Em

2007, ela criou a NZEGA Education and Travel, agência de intercâmbio e turismo pioneira no país.

Fotos: Arquivo pessoal Mary Rocha

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30 janeiro/fevereiro 2016

O Programa de Estudos Latino-Ame-ricanos (sediado na School of Eu-ropean Languages and Cultures da Faculty of Arts) está muito feliz em poder oferecer o primeiro curso de Introdução ao Português da Univer-sidade de Auckland. O curso LATI-NAM 101 Introductory Portuguese Language é destinado a alunos que não têm nenhum conhecimento prévio da língua portuguesa, isto é, para verdadeiros iniciantes. Além de focar nas quatro competências linguísticas - fala, escuta, leitura e escrita – o curso também dedicará espaço ao conhecimento das histó-rias e culturas de Portugal, Brasil e outras ex-colônias portuguesas na África e Ásia.

Aulas de português na Universidade de Auckland

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Aulas de português na Universidade de Auckland

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Existe um crescente interesse global no aprendizado da língua portuguesa. Além de ser uma das línguas mais faladas do plane-ta, assim como uma das línguas oficiais da União Europeia, o português é hoje também considerado uma ferramenta estratégi-ca para aceder a mercados emergentes tanto na América Latina (Brasil) como na África (Angola e Moçambique). Conhecida tra-dicionalmente por seu tom doce e melódico, a língua portuguesa também tem ganhado muita evidência nos últimos anos devido à realização da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos olímpicos de 2016 no Brasil.

No caso específico da Nova Zelândia, é preciso destacar que os brasileiros recentemente se tornaram a maior comunidade

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latino-americana que está decidindo migrar para este país. Esse flu-xo, naturalmente, está relacionado com o crescimento de relações comerciais e culturais entre o Brasil e a NZ nos últimos anos. Como resultado desse contexto de estreitamento das relações entre os dois países, existe um crescente interesse de kiwis pelo aprendizado da língua e cultura do Brasil.

Diante de tantos motivos, não é por acaso que o Programa de Estu-dos Latino-Americanos está orgulhoso e ansioso em começar as aulas de Português no primeiro semestre de 2016 (de 29 de fevereiro até 27 de junho). A matrícula do curso está aberta a todos os interessados. Tanto para estudantes da universidade quanto para o público em geral. Para mais informações, favor me contactar: [email protected] o coordenador do curso

Genaro Oliveira tem um doutorado em História da Arte pela University of Auckland e é Mestre em Educa-ção e Licenciado em História pela UFBa.

Antes de se mudar para Auckland, trabalhou em diver-sas instituições de ensino superior no Brasil, tanto como professor como pesquisador. Chegou na NZ em 2009 para começar seus estudos de PhD, como bolsista do programa University of Auckland Doctoral Scholarships.

Depois de concluir seu doutorado em 2013, foi con-tratado como Lecturer de História e Cultura na Fiji Na-tional University (FNU - Ilhas Fiji). Em seguida, se mudou para a Suíça, onde fez um pós-doutorado em Estudos Latino-Americanos na Universidade da Basiléia. Duran-te os anos de 2014-2015, trabalhou como pesquisador no Institute of Social Sciences Research (ISSR) da Univer-sidade de Queensland (Austrália). Atualmente, trabalha como Teaching Fellow da Universidade de Auckland onde, além das aulas de português, também é responsá-vel por cursos sobre história e cultura latino-americana.

Informações sobre o curso: [email protected]

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36 janeiro/fevereiro 2016

Família Schurmann

na nova Zelândia

Mais de 150 Mil Milhas percorridas, 5 continentes explorados, 3 oceanos navegados. a faMília schurMann está no Mar há 31 anos fazendo história, sendo os priMeiros brasileiros a coM-pletar a volta ao Mundo - duas vezes.

eM seteMbro de 2014 a faMília eMbarcou eM uMa expedição onde coM-pletará Mais uMa volta ao Mundo ve-lejando. a expedição oriente revive a rota dos chineses e explora os Mares através de uMa perspectiva oriental. foraM 5 anos de pesquisas e prepa-ração. deterMinados, os schurMann acreditaM que para viver uM sonho é preciso Marcar datas para realizá-los.

Por | Mariana WamserImagens | Pedro Nakano

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recenteMente o veleiro Kat ancorou eM opua, região de bay of islands. o veleiro Kat foi o priMeiro veleiro construído pela faMília schurMann. coM 80 pés de altura, 6.65 Metros de largura e 67 to-neladas, o barco coMbina tecnologia e sustentabilidade. a eMbarcação possui internet de alta velocidade, telefonia, rov para captação de iMagens e dados eM águas profundas.

sustentável, a energia do barco é gerada por quatro diferentes fon-tes liMpas: eólica, painéis solares, dois hidro geradores e duas bicicletas ergoMétricas coM turbina. o veleiro conta ainda coM Modernos sisteMas de reciclageM de resíduos e dessalinização de água, reduzindo ainda Mais o iMpacto sobre o Meio aMbiente.

tive a honra de visitar o veleiro Kat e conhecer pessoalMente o capitão vilfredo, heloisa e WilhelM schurMann. na oportunidade, vivi uMa verdadeira aula de siMpatia e positividade. acreditar e fazer acontecer são as palavras de ordeM da faMília - por isso estão realizando a terceira volta ao Mundo, vivendo uM sonho coM uM sorriso no rosto. conversar pessoalMente coM a faMília schurMann, ouvir suas historias, conhecer o veleiro através das explicações do capitão foi uMa das experiências Mais Marcantes de Minha vida.

registro aqui a entrevista que realizei coM heloisa, uMa Marinheira que eMana alegria e transMite uMa energia incrível.

COMO E QUANDO SURGIU A IDEIA DE VELEJAR?

Em 1974, nós fomos ao Caribe, na Ilha de Santomas fazer uma passeio mas não tinha nada combinado de barco, e lá saímos num barco de passeio, Day Charter, e nos apaixo-namos de tal maneira que fizemos um projeto de vida: um dia nós vamos sair com nosso próprio barco. Não era nenhuma progra-mação de dar a volta ao mundo, a ideia era simplesmente sair com o barco, voltar à Ilha de Santomas velejando. Dai foram 10 anos

de planejamento: juntamos dinheiro, os filhos cresceram um pouco e fomos aprender a navegar. Foram diversas e diferentes pre-parações - curso de primeiros socorros, me preparei para o ensino das crianças. O Vilfre-do nesse tempo aprendeu tudo relacionado ao barco: manutenção, mecânica, cuidados com o barco. Fizemos os dois juntos o curso de navegação. Ele aprendeu a cozinhar. A preparação foi intensa, um aprendizado muito legal. A responsabilidade era muito grande, pois nossos filhos tinham 7, 10 e 15 anos.

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DOS INÚMEROS LUGARES QUE VOCÊS JÁ VISITARAM, TEM ALGUM ESPECIAL?

Eu tenho um carinho muito grande pela Polinésia, é um povo muito lindo e nós temos muitos amigos na Polinésia. Para mim, o lugar mais especial de todos é a Nova Zelândia. A Kat nasceu aqui e é aqui que ela está e uma parte do nosso coração está aqui na Nova Zelândia. David, meu filho mais velho também se formou em Cinema aqui no país, então são muitas coisas reunidas que aconteceram aqui na Nova Zelândia que tiveram um impacto muito grande em nossas vidas. Foi aqui que o Whel aprendeu a surfar, fez a primeira regata e teve um incentivo muito grande de uma velejador de Russel que o motivou a participar de mais regatas etc. Por causa da Nova Zelândia muita coisa mudou não só na minha vida e na vida do Vilfredo, mas também na vida dos nossos filhos. Isso é coisa muita legal, tem toda uma energia que a Nova Zelân-dia nos proporciona.

COMO É PARA VOCÊ VIVER NO MAR?Quando eu estou navegando eu penso no meus netos, na minha

família - e hoje eles me acompanham via skype, whatsapp, estamos sempre em contato. A primeira pergunta é: ‘vovó, você viu baleia, viu golfinho?’ Eu não estou lá para abraçá-los e vê-los crescer, mas ele acompanham nossas viagens e mesmo que de longe eu acompanho o crescimento deles. A tecnologia facilita muito a comunicação nos aproxima, é uma maneira da nossa família acompanhar nossa viagem e sentir a nossa alegria por estarmos fazendo aquilo que a gente gosta. Nós estamos vivendo nosso sonho e todo mundo na família fica também feliz, apesar da saudade. É preciso saber administrar a saudade e aproveitar os momentos que a vida lhe proporciona, não importa aonde. Eu sempre apreciei o belo, a vida e a natureza. As vezes no barco eu vejo um arco-íris, corro lá na frente e chamo todo mundo para ver. O entusiasmo de viver é muito importan-te pra mim e eu gostaria que todas as pessoas vivessem a vida assim. Eu vivi uma das maiores tristezas da minha vida: a minha filha partiu, mas não é por isso que eu deixo de ver a beleza da vida. A cada dia vivencio uma paisagem diferente e por isso eu agra-deço a Deus sempre.

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QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O QUE ESTÁ ACON-TECENDO NO BRASIL HOJE?

Eu penso que deveríamos ter no poder uma pessoa que se impor-ta com a educação. Eu não sei o que faria para mudar. Sou brasileira, amo meu país, mas me dá uma tristeza muito grande ver o Brasil nessa situação. Precisamos de melhor educação, melhores condições de vida, acesso à saúde, fazer o correto, com honestidade. O Brasil é a nossa pátria, nosso país de coração, nosso porto.

COMO VOCÊ VÊ A NOVA ZELÂNDIA?A Nova Zelândia em um espírito jovem e aventureiro. Vemos pes-

soas de todas as idades fazendo trilha, acompanhando, viajando de campervan, caiaque. A segurança e a honestidade são características marcantes do país. Não vemos cadeados, correntes no barco. A cul-tura de comprar frutas na estrada, colocar o dinheiro na caixinha sem ninguém supervisionando. Eu gosto muito da Nova Zelândia. O povo é muito hospitaleiro, sempre vivi bons momentos no país. As condições de saúde, educação, qualidade de vida aqui na Nova Zelândia são incríveis. A ideia do parto humanizado, que é fantástica.

DÁ PARA PERCEBER QUE VOCÊS GOSTAM DE ANCORAR EM UM PORTO E EXPLORAR O LOCAL EM TERRA. QUAIS OS PLANOS PARA A NOVA ZELÂNDIA?

Na segunda-feira estamos saindo em viagem de campervan para explorar Rotorua e tudo o que tiver de aventura no país nós quere-mos explorar. A gente vem de uma cultura de espírito jovem, muita gente me pergunta como eu estou velejando nessa idade e eu digo não, não tem idade para ser feliz. Eu pratico Stand up Paddle e faço tudo o que posso. A gente tem que ter o espírito jovem não importa o número que tem na sua carteira de identidade.

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QUAL O MAIOR ENSINAMEN-TO DO MAR NA SUA VIDA?

Paciência. No mar você tem que ter muita paciência porque as condições nem sempre são favoráveis e você tem que aprender a esperar a maré certa para poder continuar. Outra coisa é olhar no horizonte e imaginar o que tem lá na frente, a descoberta. O mar me leva para conhecer os lugares, o barco é a minha casa e eu tenho o quintal maior do mundo. Fui a muitos lugares diferentes no mundo, vi e aprendi muitas coisas, mas o mar me ensinou a conhecer a mim mesma. Saber os meus limites, praticar o desapego, viver com pouco, amar a natureza.

é possível acoMpanhar as aventuras da fa-Mília schurMann através da página do facebooK WWW.facebooK.coM/faMilia.schurMann. eMbarque taMbéM na aventura da expedição oriente atra-vés do site WWW.expedicaooriente.coM.br

Born to be UAI, Mariana Wamser é mineira apaixonada pela natureza, por viagens e por sua família. Profissional de TI, atua como Digital Marketer em Auckland. Na Nova Zelândia encontrou o paraíso para fazer o que mais ama: explorar o desconhecido.

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Por Mariana Wamser

Kat S

chur

man

n a faMília schurMann teM uMa cone-xão Muito especial coM a nova zelândia. o país foi o porto seguro da faMília após uMa das piores teMpestades já enfrenta-das por eles, no ano de 1991 quando os dois Mastros do veleiro aysso se que-braraM eM alto Mar. após o ocorrido, a faMília perManeceu no país por Mais de uM ano reconstruindo o barco. na época, a faMília schurMann conheceu o neozelandês robert e sua esposa, a brasileira jeanne. a aMizade Mudou a trajetória de vida de heloísa e vilfredo e lhes proporcionou uM grande presente.

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Em janeiro de 1995, Heloísa publicou o livro “Dez anos no mar” e para sua surpresa, Robert apareceu com sua filha, a pequena Kat, à festa de lançamento. Ele trazia a triste notícia de que sua esposa Jeanne havia falecido. Pai e filha se aproxi-maram mais e mais de Heloísa e Vilfredo. Velejaram até Santa Catarina juntos e durante a viagem Robert fez um pedido inesperado à Heloísa e Vilfredo: “Vocês podem adotar Kat? Eu gostaria que minha filha tivesse uma família como a de vocês”.

O que levou Robert a realizar tal pe-dido e renunciar à própria filha? Amor. Robert trabalhava em plataformas de petróleo, o que o impedia de se dedicar a Kat. Além disso, Robert sabia que seu futuro estava comprometido.

Após um grave acidente e uma série de transfusões de sangue, Jeane contraiu o vírus HIV. Sem saber da sua condição, Jeane transmitiu o vírus ao marido e tam-bém para a filha Kat.

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A doença tirou a vida de Jeanne e comprometeu o estado de saúde de Robert. Impossibilitado de se dedicar à filha como gosta-ria e tendo consciência de que a qualquer momento poderia partir, Robert confiou Kat à Heloisa e Vilfredo.

Kat nasceu em Auckland no dia 8 de julho de 1992 e aos 3 anos embarcou na vida da família Schurmann. A vida do casal, que já havia criado três filhos, se transformou com a chegada de Kat. “No mo-mento em que Robert nos pediu que cuidássemos de Kat, os olhi-nhos dela já haviam nos conquistado.”, diz Heloisa.

Dedicaram-se com todo amor à determinada menina, alteraram suas rotinas e foram atrás dos melhores especialistas para trata-rem do estado de saúde de Kat. Proporcionaram a Kat um mundo colorido, alegre e cheio de aventuras. Juntos, enfrentaram desafios

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e tempestades, sempre felizes e confiantes de que a alegria de viver o momento é o melhor remédio.

Kat se tornou uma corajosa marinheira, navegou ao redor do mundo, conheceu inúmeros países, teve contato com as mais diversas culturas, fez amigos ao redor do mundo e viveu intensamente durante os 11 anos em que esteve com a família Schurmann. Forte e decidida, a pequena Kat enfrentou desde cedo inúmeras dificuldades, incontáveis médicos e hospitais mas nunca reclamou de sua condição.

A pequena marinheira saudava ao sol todas as manhãs, não se intimidava em meio a uma tempestade e tinha sempre um sorriso a oferecer. Se tornou uma estrela em maio de 2006, após uma parada cardíaca. Descansa hoje ao lado dos país, em North Shore.

A incrível estória de amor incondicional está eternizada na obra escrita por Heloisa, “Pequeno Segredo”. Um livro mais do que emocionante, uma verdadeira lição de amor e compaixão.

O irmão de Kat, o cineasta David Schurmann, dirigiu o filme que conta a história de vida de Kat, baseado na obra de Heloisa Schurmann. No elenco, Julia Lemmertz viverá Heloísa e Marcelo Antony atua como Vilfredo. O neozelandês Erroll Shand vive o papel de Robert. Com locações em Florianópolis, Pará e também na Nova Zelândia, o filme que estreia em abril deste ano promete fortes emoções.

O atual veleiro da família Schurmann eterniza o amor de toda a tripulação por Kat e leva o nome da pequena grande marinhei-ra. O veleiro possui uma energia incrível e é guiado pela estrela que mais brilha no céu: Kat Schurmann.

Born to be UAI, Maria-na Wamser é mineira apaixonada pela natu-reza, por viagens e por

sua família. Profissional de TI, atua como Digital Marketer em Auckland. Na Nova Zelândia en-

controu o paraíso para fazer o que mais ama:

explorar o desconhecido.

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dicas decontabilidade

com Luiza Veras

HOME OFFICE EXPENSESUsando sua casa para business.

Muitas pessoas que tem pequenos negócios usam uma parte da suas casas para trabalharem com a papelada do dia a dia do negócio. Se você estiver fazendo isso, você poderá deduzir uma porcentagem das despesas da sua residência como despesas do seu negócio con-tanto que você mantenha toda a documentação das despesas que você pretende deduzir.

Se você tiver uma área separada somente para trabalhar no seu negó-cio, como por exemplo um quarto/escritório, esse espaço é considerado parte do seu negócio. A porcentagem do tamanho proporcional do seu escritório ao tamanho da casa poderá ser deduzida das suas despesas de casa. Esse tipo de despesas é chamado de ‘’Home Office’’.

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Home Office Expenses é uma parte (por-centagem %) das despesas que você paga da sua casa residencial que serão dedu-zidas no final do ano financeiro no tax return da empresa ou do self employed (empregados não podem deduzir home office). As despesas são os rates, seguro da casa, eletricidade, aluguel ou juros do financiamento e qualquer reparo de manu-tenção da casa.

Essas despesas também são incluídas no GST return para os que são registrados junto ao GST, com exceção do juros do fi-nanciamento da casa e do aluguel que são despesas que não podem ser incluídas do GST return.

Para mais detalhes para saber quanto será a porcentagem mais apropriada para o seu home office, melhor conversar com seu contador/a , pois a porcentagem varia para cada tipo de negócio. Por exemplo, um self-employed que trabalha com pintu-ra e tenha várias ferramentas guardadas na garagem, terá não somente o quarto usado como escritório, mas também a ga-ragem fará parte do home office desse self employed, assim aumentando a porcenta-gem da dedução.

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Exercício, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida SaudávelPor Camila Nassif

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O novo ano e a sua saúde

“O início de um novo ano traz um sentimento de renovação e esperança. Pela simples virada de um número repensamos a vida, o ano que se foi e o novo ano onde somos dados mais uma chance de sermos o melhor que podemos ser. Não somente com as pessoas, com a sua

comunidade e com o mundo mas também com a sua saúde."

Quantos de nós iniciam o ano fazendo mil resoluções e promessas em relação à nossa saúde e quando o ano acaba, caímos na real de que as promessas que fizemos simplesmente desceram rio abaixo? Todo mundo já foi culpado des-se crime.

O sucesso do cumprimento de uma meta depende de vários fatores como a dificuldade da tarefa, a motivação inter-na e o ambiente em que essa meta está inserida dentre outros fatores.

Algumas pessoas já devem ter ouvi-do que uma meta tem que ser “SMART”. Smart vem do inglês e cada letra cor-responde a uma característica de suas metas para que você tenha sucesso em cumpri-la (Specific, Measurable Attai-nable, Realistic, Timely). A meta deve ser específica e possível de ser medida. Deve ser motivante, alcançável, relevan-te e com um prazo de tempo pra ser atin-gida. Assim suas chances aumentam, quando você se programa, se organiza para cumpri-la.

Quanto à saúde, alguns decidem se exercitar mais, outros querem ser mais saudáveis e a grande maioria das pes-soas quer perder peso. Mas às vezes me pergunto porque nos apegamos tanto a um número se como nos sentimos com a gente mesmo deveria ser o que realmente importa? A intenção é boa mas totalmen-te influenciada pela força do momento. Para essa resolução se concretizar, esse momento tem que ser prolongado muito além do que a promessa em uma conver-sa com amigos na noite de Réveillon.

Assim, fiz uma lista dos 10 fatores importantes de reflexão para que a meta que você definiu para a sua saúde seja realizada, para que você chegue ao final do próximo ano com a sensação de de-ver cumprido, já que suas promessas não serão mais promessas, mas sim a realidade que você vive.

1. Faça escolhas pra vida toda, não uma dieta da moda que você ten-ta se encaixar como um molde.

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50 janeiro/fevereiro 2016

e tem um rótulo, há grandes chan-ces de não ser bom pra sua saúde.

5. Você é a única pessoa que pode controlar suas escolhas.

6. Toda vez que você escolhe be-ber ou comer algo, você esta

escolhendo entre alimentar doenças ou preveni-las.

7. Faca o certo, não necessa-riamente o que é fácil.

Se você quer atingir resul-tados que nunca obteve, você

terá que fazer coisas que nunca fez.Desafie a você mesmo, mental-

mente e fisicamente. Te fará sentir vivo!Acredite em você! Se você cair, levan-

te, pegue os pedaços, aprenda com sua queda e siga em frente!

Coloque essa lista em prática e colo-que seu objetivo e metas em um papel e como vai alcançá-las, para que no final de 2016 você termine o ano com sen-sação de dever cumprido e inicie 2017 com novas metas a serem alcançadas, sabendo que você é capaz de muito! Feliz 2016!

Camila Nassif é mineira e mora na NZ desde 2009. Doutoura em Ciência do

Exercício pela Charles Sturt University, Austrália, presta consultoria científi-

ca na área de Alimentação, Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável.

Contato: [email protected]

2. Escolha uma atividade física que te dá prazer, essa deve ser a prio-ridade número um ao escolher que tipo de atividade para man-ter seu corpo ativo. Vale de tudo, dança, esportes coletivos com os amigos, academia, uma modali-dade esportiva nova pra aprender. Pense em experimentar coisas novas e diversificar suas ativida-des o máximo que puder.

3. Você é o resultado de todas as suas pequenas escolhas todos os dias. Seja responsável por suas escolhas. A maioria das pessoas tem bom senso do que deveriam estar fazendo para sua saúde.

4. Simplesmente coma comida de verdade. Se vem numa embalagem

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