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EM FOCO A revista do negócio de lubrificantes A revista do negócio de lubrificantes Jun/Jul 15 Ano VIII • nº 49 Publicação Bimestral 9 7 7 1 9 8 4 1 4 4 0 0 4 0 0 0 4 9 5º Encontro com o Mercado O evento que reuniu os principais agentes da cadeia produtiva de lubrificantes e especialistas internacionais. Inspeções rápidas em equipamentos Técnicas valiosas na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais
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Revista lubes em foco edicao 49 b

Jul 27, 2016

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EM FOCOA revista do negócio de lubrificantesA revista do negócio de lubrificantes

Jun/Jul 15Ano VIII • nº 49Publicação Bimestral

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5º Encontro com o MercadoO evento que reuniu os principais agentes da cadeia produtiva de lubrificantes e especialistas internacionais.

Inspeções rápidas em equipamentosTécnicas valiosas na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais

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ImpressãoGrafitto Gráfica e Editora Ltda.

Publicidade e AssinaturasAntonio Carlos Moésia de Carvalho(5521) 2224-0625 R [email protected]

Tiragem4.000 exemplares

E-mail dos leitores e [email protected]

RedaçãoTatiana Fontenelle

Layout e EditoraçãoAntônio Luiz Souza Machado da Cunha

Diretor de ArteGustavo Eduardo Zamboni

CapaAntônio Luiz Souza Machado da Cunha

RevisãoAngela Belmiro

Editor ChefePedro Nelson A. Belmiro

EditorialA resposta do mercado brasileiro à organização do 5º Encontro com o Mercado mostrou a confiança e a importância

desse evento para o setor. Em um tempo em que a crise se tornou palavra comum no meio empresarial do país, as principais empresas e os profissionais ligados à cadeia produtiva dos lubrificantes deram uma excelente demonstração da percepção de que investir em conhecimento e estar exposto ao público certo, no lugar certo, são a melhor forma de combater períodos adversos de crescimento e de lucratividade. Em tempos difíceis, é preciso encontrar o caminho certo e estar visível ao mercado de forma clara, objetiva e por um meio confiável.

Atentos ao peculiar panorama econômico do país e do mundo e suas implicações no mercado brasileiro, a equipe da Editora Onze tem buscado aumentar sua atividade e diversificar as possibilidades e oportunidades para os agentes econômicos ligados ao setor de lubrificantes. Dessa forma, os editores entendem que se torna fundamental a disseminação do conhecimento e a divulgação ampliada das informações específicas, seja por meio de uma newsletter objetiva, pelos artigos técnicos exclusivos da LUBES EM FOCO, ou pela criação de um Guia Nacional da Indústria de Lubrificantes e um portal eletrônico de acesso irrestrito, em que as informações e a exposição das empresas se façam de modo seguro, objetivo e direcionado ao público correto.

O trabalho é amplo e ainda maior que o desafio que se apresenta, mas o foco é bem definido, e a busca pela realização da missão definida pelo grupo colaborador da Editora Onze torna-se um processo contínuo de “ouvir o mercado e a ele retornar com informações relevantes”.

Queremos ampliar nossa colaboração para o melhor desenvolvimento de um mercado saudável, estruturado e bem informado, indo além de nossos próprios limites e dos limites geográficos a que somos circunscritos, buscando parcerias internacionais, trazendo palestrantes e escritores consagrados mundialmente, e também prestigiando e desenvolvendo os talentos internos de nossos especialistas e pesquisadores. Assim, assumimos o compromisso de buscar sempre a aliança harmônica entre forma e conteúdo, com as ferramentas modernas de comunicação, levando ao nosso público leitor, e a todo o mercado, produtos de mídia de alta qualidade, abertos à participação de todos e às sugestões de melhoria constante.

Estamos investindo e acreditamos que o momento é oportuno e importante para a ampliação do olhar sobre o mercado brasileiro de lubrificantes. Contamos com você!

Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA.Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - BrasilTel.: (5521) 2224-0625e-mail: [email protected]

Conselho EditorialAntonio Carlos Moésia de CarvalhoErnani Filgueiras de CarvalhoGustavo Eduardo ZamboniPedro Nelson Abicalil Belmiro

Diretor ComercialAntonio Carlos Moésia de Carvalho

Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

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A mais nova tecnologia de aditivos da Chevron Oronite para motocicletas foi formulado para atender às mais recentes espeficicações da JASO T903:2011 MA2, assegurando robusta proteção da transmissão e durabilidade da embreagem. OLOA 22021 é qualificado no nivel API SN, garantindo excelente controle de depositos, prevenção à formação de borra, provendo ainda superior resistencia à oxidação. Todos estes beneficios somados garantem uma condução suave enquanto protegem seu motor, sistema de transmissão e meio ambiente. Para informações adicionais, por favor contatem seu representante local ou visite www.OroniteMCO.com.

© 2015 Chevron Oronite Company LLC. Todos os direitos reservados. Chevron, a marca Chevron, Oronite, OLOA, e Adding Up são marcas registradas da Chevron Intellectual Property LLC.

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Para uma condução suave

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Sumário

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Para uma condução suave

Será o GTL um Game Changer?A primeira parte de artigo escrito por especialista internacional sobre a influência da tecnologia GTL no mercado de básicos.

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5º Encontro com o Mercado - América do SulUm resumo do que foi o maior evento de lubrificantes da América Latina, no Rio de Janeiro.

Inspeções rápidas em equipamentosTécnicas valiosas na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais.

Análise tribológica em turbinas eólicas.A análise do lubrificante utilizado, bem como novas técnicas de predição de falhas nas transmissões de energia eólica.

Mercado em FocoPesquisa da Editora Onze apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes e sua evolução no ano.

Soluções em bases sintéticas para os lubrificantes de amanhãMatérial promocional da ExxonMobil sobre sintéticos.

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Programação de Eventos30

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Reed e maior produtora mundial de eventos na área pe-troquímica. Cerca de 300 pessoas de diversos países par-ticiparam dos dois dias de palestras, com tradução simul-tânea, e também das comemorações do oitavo aniversário da LUBES EM FOCO.

A mesa de abertura foi constituída com a presen-ça do coordenador técnico do evento, Sr. Pedro Nelson Belmiro, do diretor da Editora Onze, Sr. Gustavo Zamboni, do gerente de Abastecimento do IBP, Sr. Ernani Filgueiras e da representante da ICIS, a Sra. Leela Landress, que

deram as boas-vindas a todos os presentes e abriram oficialmente o 5º Encontro com o Mercado.

O programa do evento foi constituído de 19 palestras de alto nível, contando com es-

pecialistas internacionais das principais empresas do setor.

A já tradicional palestra ini-cial, proferida pelo Gerente de Economia da Federação das Indústrias do Rio de

Janeiro – Firjan, Sr. Guilherme Mercês, foi destaque mais uma vez, apresentando os panora-

mas econômicos brasileiro e

A Editora Onze, responsável pela publicação da revista LUBES EM FOCO, realizou, nos dias 30 de junho e 1º de julho, o 5º Encontro Internacional com o Mercado – América do Sul, no Centro de

Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. O evento foi

organizado com a colabora-ção da ICIS, em-

presa do g r u p o

Exposição, conteúdo e network: competência para o sucesso

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mundial. Durante o encontro foram apresentadas tam-bém as tendências internacionais para o setor de lubri-ficantes e abordados temas relacionados a tecnologia, mercado e regulamentação.

A exemplo do ano anterior, foi destinada uma área para a colocação de estandes, em que empresas na-cionais e estrangeiras puderam expor seus produtos e desenvolver negócios. Também foram colocadas à disposição dos participantes áreas para os contatos de negócios, além de salas privadas.

Segundo Gustavo Zamboni, diretor da Editora Onze, o desafio este ano foi maior do que em anos anteriores: “Tivemos uma elevação de custos, princi-palmente dos serviços, pois em um evento desse por-te procuramos colocar à disposição dos participantes serviços médicos e de ambulância, bombeiros e segu-rança, além de um buffet de qualidade. Acreditamos que o resultado final atendeu às expectativas de todos”, observou Zamboni.

Antonio Carlos Moésia, também diretor da Editora Onze, lembrou que a disposição e interesse dos pa-trocinadores e expositores foram fundamentais para o sucesso do evento: “Estamos muito felizes porque as empresas acreditaram em nosso projeto e mantiveram seus patrocínios e estandes, e esperamos ter retribuído

com o espaço adequado para bons negócios e um con-teúdo de qualidade”, concluiu Moésia.

Mercado

Números apresentados pelo consultor Pedro Nelson Belmiro, coordenador da Comissão de Lubrificantes do IBP e editor da LUBES EM FOCO, evidenciaram que, após uma queda acentuada no início de 2015, o mercado brasileiro de lubrificantes apresentou sinais de recupera-ção. De acordo com ele, o volume total comercializado de janeiro a maio deste ano teve aumento de aproxima-damente 0,5% na comparação com o mesmo período de 2014. Belmiro lembrou que o desempenho da região Nordeste, e do agronegócio foram muito importantes nes-se período: “Seguindo a tradição do mercado de ter um segundo semestre melhor, podemos nos atrever a esperar que chegaremos ao final do ano com um mercado está-vel, em relação ao ano passado”, avalia Belmiro.

Regulamentação

O especialista em regulação da ANP, Guilherme Vianna, aproveitou a participação da agência no encontro para anunciar a retomada do Programa de Monitoramento

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dos Lubrificantes (PML) em todo o país, graças a uma rees-truturação do laboratório do CPT, em Brasília, e à renovação dos contratos de coleta de amostras com universidades. O PML tem a função de orientar consumidores e fiscalizar produtores e importadores de óleos lubrificantes, observan-do informações de registros das empresas, rótulos e quali-dade dos produtos.

Vianna também informou que a ANP projeta, para este ano, algumas medidas de impacto no mercado de lubrificantes, tais como a revisão das portarias 129 e 130/99, que tratam de especificações de óleos básicos, primeiro refino e rerrefino; a implantação do Programa Interlaboratorial de Lubrificantes; e uma Missão Ásia, para a troca de informações e experiências com países daquela região, nos mesmos moldes do que já foi reali-zado nos Estados Unidos e Europa.

O especialista da ANP disse ainda que o registro de produtos por meio eletrônico deve começar a funcionar em breve, proporcionando uma drástica redução no tempo de análise das solicitações de produtores e importadores.

No primeiro dia de palestras, Kevin Ferrick, geren-te do programa de certificação e licenciamento API’s

Engine Oil Licensing and Certification System (EOLCS), falou sobre os benefícios que uma empresa pode ter com esse reconhecimento em seus produtos.

O especialista em pesquisa e desenvolvimento da empresa Afton Chemical, William Anderson, mostrou os desafios e mudanças com a especificação Dexos e os debates realizados no âmbito da European Automobile Manufacturer’s Association (ACEA).

Os óleos básicos tiveram grande destaque no pri-meiro dia do evento, com as gigantes internacionais Chevron Base Oil e a ExxonMobil apresentando as vantagens dos básicos de melhor qualidade nas for-mulações de lubrificantes, com destaque para o grupo II no atendimento às mais modernas especificações au-tomotivas e industriais, e também a importância para os formuladores da escolha correta da base de seus produtos. A Nynas trouxe também aos participantes uma visão alternativa sobre a utilização de básicos naf-

tênicos em diversas aplicações industriais com foco principal nos óleos hidráulicos.

Tecnologia

O segundo dia do Encontro foi marcado pelo foco em tecnologia, apresentando na parte

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da manhã palestras específicas como o controle da fric-ção no contato entre materiais metálicos e não metálicos, pela Croda, o uso de corantes e marcadores, pela Dow Chemical, e o uso de Polibutenos como melhoradores de índice de viscosidade, pela Braskem. Todas as apresen-

tações foram seguidas de seções de perguntas e res-postas com grande interesse do público presente.

Outro momento importante no aspecto tecno-lógico foi a palestra do consultor internacional Ernest Henderson sobre a tecnologia GTL, que produz óleos básicos a partir do gás natural, na produção de lubri-ficantes, com os seus últimos desenvolvimentos e os impactos no mercado de básicos.

A já tradicional mesa redonda de debates sobre tecnologia e tendência para óleos lubrificantes, coor-denada por Pedro Nelson Belmiro, encerrou a progra-mação técnica do evento e contou com a participação das quatro grandes produtoras de aditivos automo-tivos, que abordaram temas de relevância em suas apresentações iniciais. Pela Infineum, o consultor para Relações com a Indústria na América Latina, Jorge Manes, abordou os motores pesados a diesel, enquan-to o americano William Anderson, especialista da Afton Chemical tratou do tema Economia de Combustíveis. A Chevron Oronite trouxe o gerente para América Latina de Produtos Industriais e Especialidades, Marcos Davi, para falar dos motores a gás natural, e a Lubrizol encer-rou a primeira parte das apresentações com o seu ge-rente para a América Latina de produtos para óleos de motor, Fábio Araújo, falando sobre a Era da Eficiência, suas tendências e implicações.

Ao final do dia, os diretores da Editora Onze, orga-nizadora do evento, realizaram o já esperado sorteio de brindes aos participantes, e a apresentação de toda a equipe colaboradora.

Esta matéria foi realizada em colaboração com os jornalistas Renato Vaisbih e Thiago Castilha do Sindilub e Tatiana Fontenelle da Editora Onze.

Os palestrantes Pedro Nelson (1), Guilherme Mercês (2), Danilo de Paula (3), Leela Landress (4), Kevin Ferrick (5), Guilherme Vianna (6), Luis Zambrano (7), Bob Duggal (8), Matthew Hauschild (9), Martin Curran (10), Eduardo Lima (11), Aguinaldo Souza (12), Harry E. Henderson (13), William Anderson (14), Jorge Manes (15), Marcos Davi (16), e Fabio Araujo (17).

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A indústria de lubrificantes está experimen-tando um tempo de mudança. Apesar de uma demanda global, que se manteve relativamente estável por 25 anos, a con-

figuração dessa indústria mudou dramaticamente.Lançando um olhar para diferentes indústrias,

como esportes, economia geral etc., podemos bus-car eventos-chave que geraram mudanças de im-pacto e denominá-los como agentes de “virada de jogo”, ou, usando o termo em inglês, game chan-ger. Segundo o dicionário Merriam Webster, game changer é “um elemento ou fator introduzido re-centemente que altera uma situação ou atividade

existente de uma forma significativa”. O dicionário de negócios define o termo como “uma pessoa ou ideia que transforma as regras aceitas, processos e gestão de funções de negócios. Normalmente li-dera um movimento de negócios relacionados na mesma direção”. Oxford, entretanto, sugere que o termo pode representar “uma pessoa, uma ideia ou um evento que muda completamente o modo como uma situação evolui”. Então, como isso se aplica à indústria de lubrificantes?

Desde a década de 1930 até meados de 1980, os óleos básicos, que representam o componente essencial dos lubrificantes acabados, foram produ-

Por: Dr. H. Ernest Henderson

Será o GTL um Game

Changer?Parte 1: A história e os eventos que

mudaram a indústria de óleos básicos

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zidos utilizando o processo de refino de rota solven-te, ou processamento de separação. O respectivo destilado na torre de vácuo de uma refinaria entra em contato com um solvente polar como fenol, to-lueno, N-metil-pirrolidona (NMP) etc., para remover moléculas aromáticas. Esse processo é denomina-do extração por solvente. Esses básicos se tornam muito instáveis sob temperaturas de funcionamento severas como as verificadas em um motor de com-bustão interna, provocando depósitos, lama, verniz e oxidação medidos pelo espessamento do óleo. Extração é um processo-chave para a determinação do índice de viscosidade (I.V.) de um óleo básico.

Após essa primeira etapa, o produto resultan-te, chamado rafinado, é então tratado com uma cetona e esfriado, sob agitação constante, a uma temperatura em que a parafina é removida através de filtração. Essa etapa é chamada de desparafi-nação por solvente e estabelece o ponto de fluidez desse básico.

A etapa final se dá via hidroacabamento leve ou filtração com argila e produz um óleo básico aca-

bado, que já foi bastante adequado para as aplica-ções da época. O próprio processo de extração por solvente poderia ser chamado de Game Changer , já que definiu o padrão para o processamento de óleos de básicos por décadas. No entanto, a mu-dança era iminente e ocorreu no início da década de 1980, quando o processo de hidrocraqueamen-to foi introduzido no mercado para melhorar os crus de baixa qualidade para produzir óleos lubrificante, sendo as empresas Chevron e Gulf pioneiras nessa área. A Chevron começou a comercialização desse processo em 1984, quando converteu sua planta de Richmond, na Califórnia, para melhorar a utilização do petróleo do Alasca a fim de produzir lubrifican-tes, enquanto a Gulf representava as plantas comer-ciais de Mississauga, no Canadá (chamada Petro-Canada, hoje Suncor) e a japonesa Idemitsu Chiba. Esses investimentos foram muito importantes e os primeiros dias da “idade de hidroprocessamento”, que agora estamos observando como fundamental para a atual indústria de óleos básicos. No entan-to, no momento da criação, isso não foi classificado

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como uma mudança de jogo, já que era uma opera-ção de custo mais elevado, com aplicações limita-das. Devido à pequena penetração, a indústria de aditivos não estava pronta para investir no desen-volvimento de novos componentes, e isso tornou--se um desafio para os hidrocraqueadores naquela época, ou seja, Chevron, Petro-Canadá e Idemitsu. Dessa forma, o hidrocraqueamento não foi conside-rado, naquele momento, um game changer.

A próxima mudança importante dentro da in-dústria de lubrificantes foi a utilização de cera/para-fina como matéria-prima para a fabricação de base lubrificante. Duas empresas, a Shell e a Exxon (hoje ExxonMobil), desenvolveram um processamento, em que a parafina bruta proveniente do solvente despa-rafinador pode ser transformada em um óleo básico de alto IV, por meio de um processo chamado de iso-merização. Isso foi muito significativo para a indústria naquela época e foi um dos elementos-chave para o desenvolvimento da atual categoria chamada de Grupo III, que foi criada, em meados de 1990, pelo API (American Petroleum Institute) e ATIEL (Association de I’Industrie Européenne des Lubrifiants).

Hoje, a parafina ou cera é comumente usada como uma matéria prima de alto IV para a fabri-cação de óleos básicos. No entanto, na época da criação, a tecnologia foi considerada de elevado custo com acesso limitado à indústria. Os óleos bá-sicos resultantes, apesar das boas propriedades quanto ao índice de viscosidade que chegava a

valores acima de 140, também tinham capacidades limitadas a baixas temperaturas, particularmente quando eram desparafinados com solvente. Então, a isomerização de cera, novamente, não foi consi-derada um game changer, naquele momento.

É interessante notar que os produtores de óle-os básicos continuaram a desenvolver ferramentas para atender às necessidades de uma indústria em constante mudança, porém a indústria ainda não estava no ponto de uma mudança significativa. No entanto, dois acontecimentos prepararam o palco para a mudança e, portanto, poderiam ser conside-rados como provocadores de mudança, ou game changers. O primeiro foi o embargo do petróleo no início dos anos 1970, que trouxe um alerta para a América do Norte, que era fortemente dependente, na época, do petróleo estrangeiro, e causou uma escassez significativa no abastecimento de pro-dutos à base de petróleo, como gasolina, diesel etc. Esse fato teve efeitos tanto de curto como de longo prazo sobre a indústria norte-americana de lubrificantes, um dos quais foi a necessidade de autossuficiência energética. Levou um tempo para amadurecer, mas o estabelecimento de padrões de economia de combustível tem criado a necessida-de de uma mudança contínua no grau de viscosi-dade dos óleos de motor necessários ao mercado. Baixa viscosidade geralmente equivale à redução de atrito e, portanto, maior economia de combustí-vel. A Figura 1 mostra a mudança contínua no mer-cado norte-americano de óleo de motor para carros

Figura 1: Demanda de óleos de motor para automóveis na América do Norte

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Figura 2: Especificações máximas para o teste de volatilidade Noack

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1Baseado na Sequência VG do teste de borra de acordo com a performance de um lubri� cante SAE 0W-40. 2Baseado no teste NOACK de volatilidade e em requerimentosde fabricantes de equipamentos. 3Baseado nos resultados de economia de combustível da ACEA M111, comparado com o lubri� cante de referência da indústria. 4Comparadocom lubri� cantes de maior viscosidade. 5Baseado no desempenho dentro da Sequência IIIG versus óleos básicos grupos II e III. O descarte inadequado de óleo lubri� cante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente, podendo contaminar a água e o solo.O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução Conama no 362/2005 e suas alterações vigentes.

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de passageiro, a partir de óleos mais grossos como SAE 20W-50 e SAE 10W-30/40 até os óleos mais finos, que hoje são predominantes, incluindo SAE 5W-20, SAE 5W-30 e SAE 0W-20, e, no futuro, SAE 0W-16, SAE 5W-16 com ILSAC GF-6.

O segundo evento chave foi o Protocolo de Kyoto, que foi assinado em 1997. Esse tratado inter-nacional estabeleceu obrigações vinculativas para os países industrializados de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O impacto sobre a in-dústria de lubrificantes tem sido o estabelecimento de limites de volatilidade sobre os óleos de motor, como mostrado na Figura 2, para vários níveis de desempenho que aparecem na América do Norte e em outras regiões do mundo.

A volatilidade tornou-se um dos maiores de-safios para a indústria automotiva, uma vez que se opõe à mudança para óleos mais leves, ou seja, óleos menos viscosos geralmente têm componen-tes de ponto de ebulição mais leves, que, por sua vez, devem levar a uma maior volatilidade. No en-tanto, os fabricantes de óleos básicos descobriram a chave para alcançar a baixa viscosidade com

baixa volatilidade, por meio da utilização de bases com índices de viscosidade mais elevados. Dessa forma, as pesquisas anteriores sobre as técnicas de hidroprocessamento combinadas com o concei-to de que a parafina pode ser uma matéria-prima valiosa foram fundamentais, na medida em que a indústria se move na direção de atender aos de-safios enfrentados pela indústria automotiva quan-to aos baixos níveis de emissões e à economia de combustível. Esses desafios também se tornaram significativos para outras áreas de produtos como a industrial e a de fluidos de transmissão.

Discutiremos, na segunda parte deste artigo, na próxima edição, o potencial papel dos óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL (Gas-To-Liquids) para a indústria de lubrificantes atual e do futuro.

Dr. Harry Ernest Henderson é o presidente

da K & E Petroleum Consulting LLC e

consultor internacional para óleos básicos

e GTL, incluindo fabricação, aplicação e

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As mais valiosas táticas de manutenção em equipamentos móveis e industriais não envol-vem qualquer ferramental, instrumentos ou amostras de óleo lubrificante e podem, nem se-

quer, estar na rota de lubrificação ou na programação de manutenção preventiva. O que se requer para que essas táticas de manutenção sejam bem sucedidas, ao invés disso, são inspeções hábeis, regulares, de fácil compre-ensão e frequentes. Muitas organizações têm descoberto o valor de selecionar inspeções que conjugam tempo e qualidade, por empregar técnicas de monitoramento de condição baseada nos órgãos sensoriais em detrimen-to de complexas técnicas baseadas em instrumentos. Podemos chamar essas inspeções de inspeções rápidas.

As máquinas e os lubrificantes revelam problemas. Porém, dessemelhante de pessoas que têm habilidades verbais, as máquinas se comunicam através de “lingua-gem de sinais” para informar que estão avariadas ou que foram invadidas por materiais estranhos. Reconhecer, no entanto, os sinais e sintomas que as máquinas transmi-tem demanda habilidades daqueles que trabalham na manutenção de equipamentos móveis e industriais, re-querendo o desenvolvimento dessas habilidades treina-mento, prática e, principalmente, motivação.

Os citados conceitos são facilmente verificá-veis no setor de aviação, visto que as aeronaves das companhias tradicionais, ao pousarem em aeropor-to, passam por um conjunto de inspeções rápidas de manutenção, tais como análise visual em busca de avarias na fuselagem e presença de corpos es-tranhos no interior das turbinas, verificação da con-dição e pressão dos pneus, estado externo do trem de pouso etc.

As inspeções rápidas de manutenção de equipa-mentos móveis e industriais são operações críticas que podem ser comparadas a fotografias instantâneas de alta resolução da condição da máquina e do lubrifican-te. Assim como fotografias de qualidade necessitam ser tiradas por fotógrafos experientes e capacitados, as inspeções rápidas de manutenção de maquinários mó-veis e industriais necessitam ser conduzidas por opera-dores, técnicos e supervisores de manutenção, mecâ-nicos lubrificadores ou outros profissionais que tenham acesso frequente às máquinas.

Check-lists são extremamente úteis nas tarefas de inspeções rápidas, podendo ser incorporados aos softwa-res de manutenção ou, mesmo, afixadas no maquinário ou próximo a ele. A variedade de inspeções rápidas variará

Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

Foto 1 - Inspeção sensorial em equipamento móvel Foto 2 – Inspeção rápida em aeronave

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16

consideravelmente segundo o tipo da máquina e de como ela se encontra equipada para as atividades de inspeção.

Lista-se, a seguir, alguns tipos de inspeções rápidas:

Verificação da temperatura do equipamento

O toque (devem ser obedecidas as questões de se-gurança), medidores de temperatura, termômetros à dis-tância serão úteis em se determinar operação da máquina em temperaturas superiores às normalmente encontradas. Há uma grande variedade de causas para elevação de temperatura de operação em equipamentos mecânicos móveis e industriais, entre as quais podemos citar: lubrifi-cante inadequado, degradado ou contaminado, aeração do óleo lubrificante, formação de vernizes etc.

Volumes de óleo lubrificante

A inspeção pode ser feita por meio de indicadores de nível, visores, varetas de nível, janelas de visita e lu-brificadores de nível constante. Pequenas variações no volume de óleo devem ser motivo de atenção.

Verificações da pressão de óleo lubrificante

Utilizando-se medidores ou transdutores de pres-são em múltiplos pontos, pode-se verificar variação de Foto 3 – Técnico realizando inspeção rápida utilizando-se de check-list

Foto 4 - Medição de temperatura com termômetro à distância

Page 17: Revista lubes em foco edicao 49 b

17

pressão do óleo lubrificante no sistema de lubrificação provocada por mudanças na temperatura de operação, viscosidade, restrições ao escoamento, aeração etc.

Inspeções de filtros de óleo lubrificante

A verificação da pressão de restrição delta-P e da abertura da válvula by-pass pode indicar se o filtro de óleo lubrificante ainda está em condições de uso. A obstrução prematura de filtros de óleo lubrificante sem-pre tem um importante motivo a ser investigado.

Indicadores bs&w (bottom sediment and water)

Por coletar amostras de fundo do cárter ou reserva-tório de óleo lubrificante do equipamento, ou por exami-Foto 7 - Verificação da pressão delta-P de restrição do filtro de óleo lubrificante

Foto 8 - Indicador BS&W

Foto 9 - Filtros dessecantes e de particulados

Fotos 10 - Inspeção visual do aspecto do óleo lubrificante

Foto 11 - Vazamento de óleo lubrificante em visor de nível

Foto 5 - Visor de nível

Foto 6 - Pressão do óleo lubrificante no sistema de lubrificação

Page 18: Revista lubes em foco edicao 49 b

18

nar acúmulo anormal de sedimentos e água no indicador BS&W (borras, resíduos de desgaste, água livre, biomas-sa e outros contaminantes), será possível ter uma boa ideia da condição de operação do maquinário.

Ventilação do equipamento

Inspecione a condição dos tubos de ventilação verificando se ocorre emanação de gases, vapores ou fumaça. É de grande importância que nos tubos de ventilação dos sistemas hidráulicos, redutores de

Foto 12 - Formação de espuma em óleo de turbina

velocidade, eixos traseiros, caixas de mudança e sis-temas circulatórios sejam instalados filtros dessecan-tes e de particulados.

Inspeções visusais do aspecto do óleo lubrificante

Analisar aspecto do óleo lubrificante por meio da coleta de amostras ou nos visores de nível, indicado-res BS&W, lubrificadores de nível constante etc., veri-ficando coloração, limpidez, insolúveis, materiais em suspensão, aeração, espuma, emulsões, manchas etc.

Foto 14 - Superfície externa de máquina e pinos graxeiros sujos

Page 19: Revista lubes em foco edicao 49 b

19

Vazamentos

É bastante útil a utilização de lanterna potente para inspeção de vazamentos em retentores de eixos e atu-adores, gaxetas, acessórios, uniões, janelas de visita, mangueiras etc. Vazamentos repentinos e em múltiplos pontos são causados, frequentemente, por mudança no estado do óleo lubrificante.

Inspeções da superfície do fluido e do espaço livre no reservatório

A inspeção do reservatório de óleo lubrificante através da bocas de visita e bocais de enchimento é excelente para detectar a presença de espuma, verniz, borra, corrosão, agitação etc.

Pontos de entrada de contaminantes

É muito válida a inspeção de potenciais pontos de ingresso de sujidades e umidade, tais como: tubos de ventilação desprotegidos (sem filtros dessecantes e de particulados), janelas de visita e bocais de enchimento mal vedados etc.

Sujidades na parte externa da máquina

Máquinas com sujidades depositadas na parte ex-terna têm grande probabilidade de vir a ter contaminação do lubrificante. Manter as superfícies externas das má-quinas em condições satisfatórias de limpeza é excelente ferramenta no controle da contaminação dos lubrificantes.

Ruídos anormais

As máquinas emitem uma série de sinais audíveis, alguns normais e outros preocupantes, tais como es-talos, sons de superfícies em atrito etc. Instrumentos simples como chave fixa, barra metálica, mangueira de jardim ou estetoscópio podem ser utilizados para aus-cultar a máquina e identificar a fonte do ruído anormal.

Coloração e condição da graxa

Verifique a condição e coloração da graxa que exsuda dos mancais de rolamento através dos retentores dos eixos, verificando coloração, consistência e condição anormais.

Por adotar-se a prática de efetuar inspeções rápidas com profissionais treinados para esses serviços de manu-tenção será possível detectar-se, com baixo custo de inves-timento, sinais incipientes de avarias que talvez não fossem detectadas em tempo hábil através de outros métodos de manutenção preditiva, que são realizados em intervalos de tempo mais espaçados.

As inspeções rápidas, obviamente, não substituem os métodos tradicionais de manutenção preditiva como a aná-lise de vibração, análise termográfica, análise por ultrasom, análise de óleo em uso etc. e são práticas complementares a elas. Por serem de rápida realização, de baixo custo e pode-rem ser realizadas por mecânicos lubrificadores, operadores de máquina, mecânicos de manutenção etc., constituem va-lioso instrumento na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais, permitindo que a manutenção do maquinário possa ser feita em tempo e poupando-se, dessa forma, valiosos recursos por se evitar a perda do bem mais precioso em sistemas mecânicos mó-veis ou industriais, a disponibilidade do equipamento.

Foto 13 - Tubo de ventilação desprotegido

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro

Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação

da Petrobras Distribuidora S.A.Foto 15 - Análise de graxa que exsuda de mancal de rolamento - Técnico auscultando ruído com estetoscópio

Page 20: Revista lubes em foco edicao 49 b

20

Análise Tribológica de uma transmissão de

turbina de energia eólica

Para determinar os problemas inerentes ao des-gaste pelo uso de um equipamento como uma caixa de transmissão de uma torre de energia eólica, usam-se os métodos GRC (Gearbox

Reliability Collaborative) e CM (Condition Monitoring). Trata-se de métodos padronizados para avaliar a influ-ência de grandezas físicas como Vibrações e Forças, e de análises não destrutivas como a Diagnose do lubrifi-cante utilizado na transmissão.

Este artigo propõe uma análise completa e sequencial de como fazer a avaliação do desgaste do equipamento, de maneira a obter os melhores resultados de ganhos com a redução do custo de manutenção, haja vista os valores altos de investimentos que justificam manter o aparelho sob controle e observação constantemente, evitando-se trocas prematuras e paradas de serviço.

A análise do lubrificante utilizado, bem como novas técnicas de predição de falhas nas transmissões de ener-gia eólica, são discutidas e analisadas neste trabalho, a fim de, não somente concluir sobre a eficiência dos méto-dos utilizados, como também propor e alertar os especia-listas e profissionais da área sobre o panorama real de uso dos equipamentos e das tendências em métodos de pre-dição de falhas e novas tecnologias para esse objetivo.

Podem-se visualizar os dispositivos e ajustes para a medição dos esforços de tensão dos componentes críti-cos à fadiga como o eixo principal da transmissão, mos-trado acima. A importância em se determinar os valores máximos de tensões para ruptura e fadiga do componen-te reside no fato de se determinar, dessa maneira, as ma-nutenções preventivas do equipamento, com o objetivo de se agir com medidas de contenção antes da danifica-ção do componente, haja vista seu alto valor agregado à funcionalidade e eficiência do equipamento.

Por meio da análise do óleo lubrificante, pode-se prever o ponto de parada do equipamento para manu-tenção, pelo levantamento do tamanho e da quantidade de particulado de ferro e da morfologia das partículas encontradas no óleo. Essa é uma técnica de manuten-ção preditiva que se torna fundamental para o ciclo de vida de um equipamento de altíssimo valor agregado como uma transmissão de energia eólica (Fig 1).

As formas de medições utilizadas são as chama-das “Análises individuais de componentes” e requerem equipamentos e instrumentações específicas para serem realizadas. Em geral, são necessárias avaliações indivi-duais de componentes, para se estabelecer uma relação com os resultados das análises não destrutivas realizadas nas manutenções preventivas dos equipamentos, como a análise de óleo lubrificante, por exemplo. Para essas aná-lises, não são necessários bancos de teste (Fig 2), que devem ser feitos com o intuito de avaliar a confiabilidade do equipamento como um todo. São as chamadas análi-ses de bancos de teste (Gearbox Reliability Collaborative).

Por: Carlos Mussato

Figura 1

Page 21: Revista lubes em foco edicao 49 b

21

Das falhas e variáveis que se podem obter de um banco de testes, destacam-se:

1. Análise de ondas de tensão;2. Análise de vibrações;3. Monitoramento de sujidade ou particulado

do óleo lubrificante; 4. Monitoramento das condições de lubrificação.Como as duas primeiras análises acima depen-

dem totalmente do banco de testes equipado com dinamômetro e, portanto uma análise de alto custo laboratorial, este trabalho enfatiza e concentra-se nos benefícios das duas últimas análises, que não depen-dem de um banco de testes e podem, com grande assertividade, fornecer dados importantes para to-madas de decisões sobre a manutenção e estado de uso do equipamento “torre de energia eólica com transmissão por engrenagens”.

Para que as análises das amostras de lubrificante das transmissões tivessem relevância estatística, foram medidas 4 transmissões, sendo 3 amostragens de cada uma, portanto 12 amostragens igualmente espaçadas em 6 meses para as respectivas coletas.

Os resultados dos testes de análise de óleo foram confrontados com os ensaios de visualização microscópi-ca da superfície dos dentes das engrenagens da transmis-são. É importante salientar que o estado de erosão metálica causada pelo fenômeno de pitting nos flancos dos dentes não é atributo de um lubrificante ineficiente ou fora da espe-cificação, mas de uma condição de lubrificação que deve ser melhorada e adequada às condições de severidade do equipamento, fato que contribui para o avanço das pesqui-sas no sentido de encontrar uma tecnologia de lubrificação que aumente a expectativa de vida útil dos equipamentos ou torres eólicas, reduzindo assim diretamente os custos com geração de energia elétrica e aumentando a rentabi-lidade das companhias concessionárias dessa tecnologia sustentável de energia.

Apresentamos neste estudo um panorama dos des-gastes de flancos dos dentes das engrenagens (região abaixo do Diâmetro primitivo) e que podem ser direta-mente associada ao tipo de lubrificante utilizado (Fig 3). As profundidades de erosão dos flancos analisados che-gam a 0,0450 mm e são, portanto, bastante severas.

Todo ensaio ou teste deve reproduzir-se de acordo com uma norma ou padrão. Para tanto, o quadro 1 mos-tra cada um dos ensaios e respectivas normas vigen-tes, que devem ser enunciadas em um relatório oficial, quando da análise dos componentes da transmissão.

Foi observado que todos os tipos de lubrificantes tiveram sua atuação limitada no tocante à formação de pitting ou erosão superficial dos flancos dos dentes das engrenagens da transmissão. Esse fato deve-se à seve-ridade de uso, com exposição ao ambiente salino, parti-culado em suspensão, vibração, defeitos no sistema de lubrificação e, por fim, a problemas relativos aos materiais (aços) e seus tratamentos térmicos de endurecimento.

No final deste trabalho, apresentamos uma conclu-são em relação à proposição tecnológica e de métodos para aumentar a durabilidade do acabamento superfi-cial dos flancos dos dentes das engrenagens da trans-missão eólica. Esta proposição deve ser atentamente realizada para um equipamento novo, de modo a dar a devida proteção ao componente ‘engrenagem’ antes do fenômeno de erosão superficial ocorrer.

Partindo-se de um quadro de falhas muito bem claro e definido, podem-se estabelecer planos de ações com foco em “revestimentos metálicos” nas partes em que ocorrem desgaste, trinca, fratura e deformação, e em “tra-tamentos termoquímicos” nos componentes com dentea-

Figura 2

Figura 3 - Pinhão de saída Desgaste por abrasão - Scuffing (1), Engrenagem de saída Desgaste por abrasão - Scuffing (2), Pinhão Solar Desgaste por corrosão - Fretting (3) e Engrenagem Planetária Desgaste por corrosão - Fretting (4)

Page 22: Revista lubes em foco edicao 49 b

22

do interno e externo. Os revestimentos metálicos podem ser aplicados pelo processo de aspersão térmica, com camadas espessas que podem agregar rigidez aos eixos e carcaça que apresentam deterioração prematura.

As novas aplicações tecnológicas oriundas do mundo moderno demandam inovações no campo da engenharia de superfície, materiais e lubrificantes, que sugerem mudan-ça de concepção. Isso significa fazer a mesma função com princípios totalmente diferentes e eficientes. Nesse campo, surgem as surfactant molecules ou moléculas com princípios ativos oriundos da nanotecnologia. Essa concepção prevê a adsorção das partículas de desgaste às moléculas de ação de proteção metálica, ou seja, a molécula com função pro-tetiva ‘alimenta-se da energia de atrito’ gerada pelo contato metálico, influenciado por deslizamento superficial, pressão de contato e consequente temperatura de operação. Além disso, há um segundo fator extraordinário no comportamento

das moléculas nanomanufaturadas chamado Self-Assembly, ou seja, o arranjo atômico da ordem de 50nm (nanômetros) trabalha de forma inteligente no tocante ao posicionamento de cada partícula da solução fluida, apresentando memória de posição e fazendo com que a camada protetiva se auto-ajuste frente ao caos da operação em ocorrência. Esse fenô-meno chama-se SAM (Self-Assembly-Monolayer) e somente é possível ocorrer quando há presença de metamateriais, ou seja, moléculas fabricadas no conceito da nanotecnologia e, portanto, de tamanho ínfimo da ordem de 10-9m (me-tros), ou 0,000.000.00X mm (milímetros). Essa camada diferenciada protege a superfície, tanto para redução do desgaste por abrasão e adesão como também quanto à corrosão metálica.

Propõe-se, portanto, o uso de metamateriais à lu-brificação crítica ou limítrofe, em que toda a capacida-de lubrificante é necessária para aumentar a vida útil de equipamentos de alto valor agregado e, sobretudo, que demandam funcionamento intenso, dada a dificuldade de manutenção e consequências da suspensão dos serviços para a população e meio ambiente.

Resumo das análises de falhas

1 - Da origem dos defeitos• Cargas não previstas;• Projeto subdimensionado;

Turbina A

Am. 1 Am. 2 Am. 3

nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11

Am. 1 Am. 2 Am. 3

Testes

Viscosidade(cSt) 40ºC

100ºC

Índice viscosidade

Karl Fischer(ppm)

TAN (mgKOH/g oil)

ICP (ppm)

Fe(desg)

Cu(desg)

Si(Contam)

Mo(Adit)

Ca(Adit)

Zn(Adit)

P(Adit)

324

33,4

145

494

3,1

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13

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1142

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D6304

>10 >20

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%Aum40

%Aum75

>1000

75-100 >20050-75 >20

D664

D5185

D445

ASTM Nr.

Turbina B

Am. 1 Am. 2 Am. 3

Turbina C

Am. 1 Am. 2 Am. 3 Aten-ção

%mudança

Ruim Ruim

Turbina D Referência Média

326

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147

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11

1036

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33

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495

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11

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32,7

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2,8

19

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14

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1202

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(600)

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1045

-

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-

-Quadro 1

Figura 4

Page 23: Revista lubes em foco edicao 49 b

23

• Concepção prática inadequada;• Ciclo de testes insuficiente/inadequado.

2 - Dos picos de carregamento ou forças• Desalinhamento entre portador planetário e en-

grenagem interna anelar em função da folga operacio-nal do rolamento do planetário;

• Desbalanceamento do compartilhamento de carga entre os rolamentos do planetário e as engrena-gens do portador, a favor e contra o vento;

• Deflexão do pino do planetário e portador com existência de folga radial.

3 - Das análises no banco de testes GRC (Gearbox Reliability Collaborative)

• Causas simples podem levar a danos complexos;• Melhorias operacionais e de manutenção são neces-

sárias para reduzir as perdas de lubrificante por vazamento;• Atenção especial na montagem é necessária

para evitar danos ao equipamento.

4 - Da eficiência e importância da lubrificação• O custo da análise de lubrificante frente ao custo

da reposição do equipamento é extremamente significa-tivo. Implantar análise por amostragem sistematicamente;

• As análises morfológica e de tamanho de partículas é extremamente importante para a detecção dos modos de falha da transmissão e devem estar conectada com as análises dos bancos de testes e a análise individual dos componentes, como já visto no início deste trabalho;

• A demanda de severidade de uso deste equipa-mento vai além do uso de lubrificantes full synthetic como

PAO e afins. Deve-se propor a inclusão combinada de novos conceitos como a nanotecnologia aplicada à lubri-ficação de equipamentos novos e com pouco uso, para prolongar a vida útil (Vide tópico sobre metamateriais)

• A otimização do projeto deve ser feita com enge-nharia reversa, de forma a mitigar os vazamentos oriun-dos de desalinhamento de componentes ou de avarias causadas na operação e até na montagem do equipa-mento, haja vista a dificuldade de manutenção causada por localidade e ambiente severo de operação.

Sumário das proposições importantes

1 - Transmissões de turbinas eólicas podem falhar por inúmeros e não previsíveis motivos. É urgente es-tudar os modos de falha sistematicamente, de modo a implementar melhorias significativas na vida útil do equipamento, considerando manutenção, lubrificação, projeto, transporte e montagem;

2 - As técnicas e métodos usados e aprovados para um nicho de aplicação podem falhar em outra aplicação. É necessário catalogar cada detalhe da operação com esse tipo de equipamento para obter sucessos progres-sivos na redução do custo com geração de energia.

Eng. Carlos Mussato é Engenheiro de

Produção Sênior e sócio-diretor da

MSC&Co Strategic Consulting

Page 24: Revista lubes em foco edicao 49 b

24

O mercado de lubrificantes está mudando. E essas mudanças, impulsionadas pela evolução, pelas necessidades e expectativas do mercado, vêm criando desafios sem precedentes para os for-

muladores de lubrificantes.As formulações atuais de lubrificantes acabados de-

vem atender aos complexos requisitos e especificações de performance estabelecidos pelos fabricantes de equipa-mentos originais (Original Equipment Manufacturers - OEM) e, ao mesmo tempo, estar em conformidade com regula-mentações globais mais rígidas. Esses lubrificantes devem fornecer melhor proteção ao equipamento e excelente per-formance, ao mesmo tempo em que promovem a econo-mia de combustível e reduzem as emissões de poluentes.

O mercado automotivo exige lubrificantes com visco-sidade mais baixa, maior fluidez em baixa temperatura, me-lhor estabilidade térmica, oxidativa e de cisalhamen-to, bem como volatilidade reduzida durante intervalos de troca mais longos. Juntamente com esses recur-sos, os lubrificantes industriais precisam fornecer melhor estabilidade hidrolítica e maior capacidade de liberação do ar. As tendências para fabricação de equipamentos menores, com saída de energia mais alta e tempo de funcionamento da máquina mais lon-go, geram condições de operação cada vez mais quentes e mais severas, que exigem cada vez mais dos lubrificantes.

Eficiência energética

O que está impulsionando essas tendências? Principalmente a necessidade de mudar o crescimen-to global de demanda de energia. De acordo com o “Outlook for Energy”, da ExxonMobil, a população mundial até 2040 aumentará em dois bilhões de pes-soas. A China e a Índia, os países mais populosos do mundo, serão responsáveis por grande parte do

crescimento da população e da demanda de energia. O “Outlook for Energy” também estima que o número de ve-ículos leves do mundo dobrará de aproximadamente 800 milhões para cerca de 1,7 bilhão. Os esforços globais para conservar energia e reduzir os gases do efeito estufa são críticos para o futuro, e os governos continuam restringindo as regulamentações.

Soluções de óleos básicos sintéticos

Para vencer esses desafios, os formuladores de lubrificante precisam desenvolver produtos inovadores e de baixo consumo de energia, e é por esse motivo que muitos deles mudaram para o amplo portfólio de óleos básicos de tecnologia avançada disponíveis na ExxonMobil Chemical.

Soluções em bases sintéticas para os lubrificantes de amanhã

Mistura Noack x CCA a -35 ºC15

13

11

1000 2000 3000 4000 5000

Fonte: dados da ExxonMobil

6000

Parâmetros de óleo básico são: - Viscosidade - 5 cSt - Noack <12C - CCS <3600

09

07

Noa

ck W

1%

CCS a -35 ºC, cP

Óleo básico 0W-30 ideal

SpectranSyn PlusTM e SpectranSynTM 6SpectranSyn PlusTM e Grupo IIIGrupo III, 4 e 6 cSt

Figura 1 - Mistura Noack vs. CCS a -35 °C – Método de teste: ASTM D5293

mat

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Essas soluções em bases sintéticas podem ajudar a aumentar a eficiência energética dos lubrificantes finais automo-tivos e industriais reduzindo o atrito – uma causa significativa de perda de energia – em comparação com os lubrificantes formulados com óleos básicos minerais. Por causa de sua estrutura molecular, os óleos básicos sintéticos, como as polialfa-olefinas (PAOs), ajudam a reduzir a tração nos lubrificantes acabados, minimizando o atrito. Dessa forma, permitem que os fabricantes de lubrificantes forneçam a eficiência energética que seus clientes precisam. Os óleos básicos sintéticos tam-bém ajudam a fornecer durabilidade. Os lubrificantes que podem manter o grau de viscosidade e a resistência do filme por mais tempo não precisam ser substituídos frequentemente – uma qualidade essen-cial no mercado atual.

Polialfaolefinas

As PAOs convencionais compro-varam durante anos que podem ajudar a melhorar as propriedades dos lubri-ficantes acabados nas principais áreas de performance, como fluidez em baixa temperatura e longos intervalos de troca, quando comparadas aos óleos de base mineral. A ExxonMobil Chemical oferece um avanço em relação às PAOs com o seu SpectraSyn Plus™ PAO .

Por meio de sua baixa viscosidade, baixa volatilida-de e fluidez em baixa temperatura, o SpectraSyn Plus™ PAO é uma excelente solução para os formuladores que se esforçam para atender às regulamentações governa-mentais que exigem melhor economia de combustível e emissões mais baixas. Para atingir essas metas, os for-muladores mudaram o foco para a mistura de óleos de viscosidade mais baixa e mais duradouros. O SpectraSyn Plus™ PAO pode ajudá-los nesse desafio, fornecendo propriedades como menor volatilidade e melhor fluidez em baixa temperatura em comparação com as PAOs pa-drão de baixa viscosidade.

O SpectraSyn Plus™ PAO também proporciona aos formuladores a flexibilidade de melhor custo-benefí-cio. Eles podem misturar um óleo de motor 0W-30, por exemplo, com os óleos básicos do Grupo III junto com o

SpectraSyn Plus™ PAO para obter suas metas ideais de qualidade. A flexibilidade da mistura e performance apri-morada fornecidas pelo SpectraSyn Plus™ PAO fazem dele uma solução poderosa para os desafios que os for-muladores enfrentam hoje em dia (Figura 1).

Polialfaolefinas de metaloceno

Por meio de um processo patenteado de catálise do metaloceno, a ExxonMobil Chemical ainda desenvolveu ou-tra solução para os formuladores que se esforçam em aten-der às demandas atuais e futuras: o SpectraSyn Elite™ de polialfaolefina metaloceno (mPAO). Esse inovador óleo bá-sico sintético possui todos os recursos das PAOs conven-cionais de alta viscosidade, mas com índice de viscosidade mais alto, melhor estabilidade de cisalhamento e melhores propriedades em baixa temperatura.

Essas características aprimoradas ajudam os formula-dores a atingir excelente performance em uma ampla faixa de temperaturas. O SpectraSyn Elite™ oferece melhor efici-ência energética e melhor fluidez na partida a frio, bem como

Teste de eficiência de engrenagem sem-fim

ISO 320

1 - SpectranSyn EliteTM 1502 - ISO VG 320 com mPAO3 - ISO VG 220 com mPAO

1 - Óleo Mineral2 - ISO VG 320 com óleo mineral3 - ISO VG 220 com óleo mineral

Região de contato com alto deslizamento

ISO 460

200

% d

e ef

iciê

ncia

=6 =5

Carga total FZGDeslize para a região de contato giratória

88

87

86

85

Efic

iênc

ia, %

Pot

ênci

a (W

)

Mel

hor

Velocidade rotacional, RPM400 1200

200

Potência dos rolamentos axiais esféricos - 7000N

região de contato giratória

40

30

20

0

10

Mel

hor

Velocidade rotacional, RPM600 1000 1400

1 2

3

Fonte: dados da ExxonMobil

Figura 2 - “Teste de eficiência de engrenagem sem-fim”, “Carga total FZG” e “Potência dos rolamentos axiais esféricos – 7000 N”

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longos intervalos de troca e maior durabilidade dos produtos para garantir a prote-ção contra o desgaste. Com sua excepcional flexibilidade de mistura, o SpectraSyn Elite™ mPAO pode ser usado em combinação com fluidos de viscosidades mais baixas, como os óleos de PAO e minerais, para atingir uma ampla matriz de lubrifi-cantes e graxas automotivos e industriais (Figura 2).

Naftaleno alquilado

Como os equipamentos atuais estão menores e funcionam sob altas tempe-raturas, o que aumenta a oxidação e pode levar à corrosão e ao espessamento do óleo, os formuladores precisam de óleos básicos que forneçam estabilidade tér-mica e oxidativa, ao mesmo tempo em que mantenham a proteção do rolamento e da vedação. Eles também desejam um óleo básico com excelente solvência para reduzir depósitos de sedimentos no motor. Para ajudar com essas exigências, a ExxonMobil Chemical oferece o Synesstic™ de naftaleno alquilado (AN).

O Synesstic™ AN fornece solubilidade excepcional, ao mesmo tempo em que minimiza a concorrência com a superfície metálica, permitindo que os aditivos polares funcionem em ótimos níveis nos lubrificantes acabados, o que pode me-lhorar a durabilidade e a eficiência. Esse aumento da durabilidade ajuda a esten-der os intervalos de troca, prioridade para os formuladores atuais (Figura 3).

Compromisso com soluções

Por meio de um dos mais abrangentes portfólios do setor de óleos básicos dos Grupos IV e V disponíveis comercialmente, a ExxonMobil Chemical continua com o compromisso de fornecer aos formuladores as soluções flexíveis que eles precisam para criar lubrificantes inovadores para um mercado em evolução. Além disso, a empresa demonstra seu compromisso com um investimento significativo nas instalações de produção, o que garante o suprimento global confiável dos óleos básicos sintéticos de alta qualidade.

Com a garantia de registros globais do produto e as certificações de espe-cialidades, os formuladores podem usar esses óleos básicos sintéticos com con-fiança, sabendo que seus produtos finais estão em conformidade com as regula-mentações globais.

Fundamentalmente, a ExxonMobil Chemical oferece um conjunto completo de soluções que dão suporte aos clientes hoje em dia e os prepara para o futuro.

TesteMistura de 75% de PAO

10% de poliol éster(1)

15% de pacote de aditivo(2)

(1)Éster TMP C8C 10(2)O pacote de aditivo não contém modificador de atrito(3)Índice de eficiência de combustível

Mistura de 75% de PAO 10% de Synesstic TM 5

15% de pacote de aditivo(2)

517 147

1,0 1,3

Óleo de grau 5W-30

Sequência de IVADesgaste, µm

Sequência de VIBFEI de fase 1(3) %

Fonte: dados da ExxonMobil

Figura 3 - Resultados do teste com óleo de grau 5W-30

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rom

ocio

nal

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28

280

240

200

160

120

80

Mil m3

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE0

40

113.602 109.643

302.139

44.315 44.105

86.90590.818

61.781 61.440

2014

2015

320

304.938

Total de lubrificantes por região

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE

2014

2015

0

180

210

150

120

90

60

30

85.565 84.079

186.630

35.178 35.482

65.215 65.698

46.13647.587

Mil m3 Lubrificantes automotivos por região

181.082

0

15

30

45

21.40323.622

18.84222.280

11.144 12.372

Mil m3

120

105

90

75

60

SUL SUDESTE NORTE NORDESTE CENTRO OESTE

2014

2015

105.420

114.281

7.914 7.390

Lubrificantes industriais por região

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-jun)

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

Análise comparativa por produtos

Mil m3

0

300

350

250

400

450

200

150

100

50

2014

2015

IND

US

TRIA

IS

177.725

AU

TOM

OTI

VOS

420.175 412.478

166.941

GR

AX

AS

(t)

20.74021.626

O mercado em foco

O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2015

LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Óleos Básicos: Mercado Total: 628.649 m3

Produção Local: 444.730 m3 Refinarias: 332.648 m3 Rerrefino: 112.082 m3

Importação: 219.600 m3 Exportação: 35.700 m3

Mercado Total Óleos Lubrificantes: 694.000 m3

Produção Local: 698.000 m3

Automotivos: 487.900 m3Industriais: 210.100 m3

Importação de óleos acabados: 11.500 m3Exportação de óleos acabados: 15.500 m3

Mercado Total Graxas: 25.500 t

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos ven-didos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

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Cosan/Mobil

PetronasIpiranga

BRChevron

Outros

ShellIngrax

19,3%

16,6%

14,5%13,8%

12,0%

8,3%

7,5%

8,0%BR

IpirangaMobilShellChevronPetronasCastrolYPFTotal Lubrif.outros

26,0%

13,8%

13,6%8,7%

8,4%

8,2%

2,1%1,9%

1,7%

15,5%

Participação de Mercado de Graxas1º Sementre de 2015

Participação de Mercado de óleos 1º Sementre de 2015

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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Programação de Eventos

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para [email protected], e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

CursosData Evento

2015

Setembro, 21 a 25Setembro, 26

Gestão da Manutenção - Classe Mundial - Belo Horizonte - MG: www.abraman.org.brPrincípios de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) - São Paulo - SP: www.inkemiabrasil.wordpress.com

Nacionais

Internacionais Data Evento

2015

Outubro, 10 a 13Outubro, 17 a 20Novembro, 17 a 19Dezembro, 3 a 4

CLGI Biannual Grease Conference - Guangxi - China: e-mail: [email protected] Annual Meeting - Flórida, Estados Unidos: www.ilma.orgELGI Grease & Lubricants Forum - Amsterdã - Holanda: www.elgi.org11th. ICIS Pan American Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey : www.icisconference.com/panambaseoils

Data Evento

2015

Setembro, 15 a 16Outubro, 27Novembero, 9 a 13

25º Congresso & Expo Fenabrave - São Paulo - SP: www.congresso-fenabrave.com.brVIII Simpósio AEA de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos - São Paulo - SP; www.aea.org.brFenatran: 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga - Anhembi - São Paulo: www. fenatran.com.br

ERRATANa edição anterior (nº48) a matéria Transmissões Automática: Fluidos Especiais foi publicada com a foto errada do autor e sua qualificação anterior. Pedimos desculpas ao Engenheiro Carlos Mussato, que também nos prestigia nesta edição com a matéria Análise Tribológica de uma transmissão de turbina de energia eólica, à página 20, agora como sócio diretor da MSC&Co Strategic Consulting.

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