Nossa Saúde REVISTA Baía Sul Hospital Dia Publicação trimestral do Baía Sul Hospital Dia | Edição nº3 | Novembro de 2010 Baía Sul Hospital Dia | Rua Menino Deus, 63, Bloco B – 88020-210 – Centro – Florianópolis – SC Infecção hospitalar: Baía Sul investe em prevenção » Página 4 Câncer na próstata: Após os 40 anos, avaliação deve ser anual » Páginas 8 e 9 Anestesia Novas técnicas e avanços na medicina tornam os procedimentos mais seguros » Páginas 6 e 7
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NossaSaúdeR e v i s t a
Baía SulHospital Dia
Publicação trimestral do Baía Sul Hospital Dia | Edição nº 3 | Novembro de 2010
Baía Sul Hospital Dia | Rua Menino Deus, 63, Bloco B – 88020-210 – Centro – Florianópolis – SC
Infecção hospitalar: Baía Sul investe em prevenção» Página 4
Câncer na próstata: Após os 40 anos, avaliação deve ser anual» Páginas 8 e 9
AnestesiaNovas técnicas e avançosna medicina tornam osprocedimentos mais seguros » Páginas 6 e 7
O P I N I Ã O
Os indicadores conjunturais apre -
sentam um crescimento da eco-
nomia e uma melhoria da ren-
da média da população. Os indicado-
res sociais também acompanham es-
te cenário. Em 2003, a classe C re-
presentava 37,6% da população e em
2009 foi para 50,4%, sendo que hou-
ve aumento tanto na classe A, quanto
na classe B. O mercado
brasileiro de saúde já é
o sexto maior do mun-
do e o seu crescimento
deverá ser mais do que
o dobro do crescimento
da economia. Nos últi-
mos dois anos houve
mais de três dezenas de operações de
fusão e aquisição de empresas do se-
tor de saúde, o que representou cerca
de 10 bilhões de reais. Com o cresci-
mento dos empregos formais, um nú-
mero expressivo de brasileiros passou
a consumir serviços do Sistema Privado
de Saúde, aumentando o faturamento
deste segmento e desonerando o SUS.
Mercado aquecido, novas
tecnologias, melhorias na
gestão, mais exigências
dos clientes, tudo caminha
para um aumento de de-
manda e oferta por servi-
ços privados de saúde. Po-
rém, não podemos descui-
dar da qualidade e da se-
gurança da assistência. Ao
contrário, temos que cada
vez mais investir nisso.
Nesta edição, apresen-
tamos aos nossos leitores
uma reportagem sobre os
avanços da Anestesia, que permitem
procedimentos cada vez mais seguros,
e também uma matéria sobre como
prevenir e tratar o câncer de próstata.
Uma boa leitura a todos!
O Brasil avança
Parceria com resultadoHá quase cinco anos, 1.659 pes-
soas residentes na região da Gran-
de Florianópolis e outras 9.406 re-
sidentes em outras regiões do Es-
tado são diretamente beneficiadas
pela parceria firmada entre o Baía
Sul Hospital Dia e a SulAmérica Se-
guros. O acordo, em vigor desde fe-
vereiro de 2006, oferece cobertura
para todos os procedimentos dis-
poníveis no hospital para usuários
e dependentes dos planos de saú-
de da operadora. “A parceria com o
Baía Sul é bastante positiva. Em to-
dos os encontros que realizamos,
fica evidente a preocupação do
hospital em oferecer uma boa es-
trutura e um atendimento diferen-
ciado a nossos segurados”, desta-
ca o diretor de Prestadores e Servi-
ços Médicos da SulAmérica, Rober-
to Galfi. A SulAmérica possui 1,9
milhão de clientes no seguro saú-
de em todo o País.
“O mercado brasileiro de saúde já é o
sexto do mundo e continua crescendo
”
Publicação do
Baía SulHospital Dia
Diretor-PresidenteIrineu May Brodbeck
Diretor-TécnicoCarlos Gilberto Crippa
Diretor ExecutivoNewton Quadros
Conselho de AdministraçãoNewton QuadrosCarlos Alberto TeixeiraTeodoro Rogério VahlCássia Maria ZóccoliPierre Galvagni SilveiraSandro Ávila
Conselho EditorialIrineu May BrodbeckNewton QuadrosGiovani LoboFabiani FiorioRogério Kiefer
SulAmérica tem 1,9 milhão de clientes no seguro-saúde em todo o País
Saiba mais
» Os EUA lideram o ranking de países que enviam pacientes para trata-
mentos internacionais (estima-se que em 2012 serão 1,6 milhão de
pessoas), seguidos por Canadá, Itália, Portugal, China e Angola.
» Já a Tailândia é o país que mais recebe pacientes internacionais (1,2 milhão
em 2007). Em segundo lugar está a Índia (450 mil no mesmo período). Até
2012, o faturamento da Índia no setor deve alcançar US$ 2,2 bilhões.
» No Brasil, um dos destinos mais procurados é São Paulo, onde o turismo
médico já responde por 18% dos hóspedes de hotéis. A cada US$1 gas-
to em medicina, US$8 são gastos com turismo. Baía SulHospital Dia
Fontes: Deloitte Center for Health Solutions e São Paulo Convention & Visitors Bureau.
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Até algum tempo atrás, era co-
mum que pacientes brasileiros
com situação financeira estável
buscassem tratamentos médicos no ex-
terior. A evolução do setor médico-hos-
pitalar nacional – com utilização de tec-
nologia de ponta, pessoal capacitado e
preços mais acessíveis – está transfor-
mando essa realidade e hoje o país fi-
gura entre aqueles com grande poten-
cial em um mercado emergente: o tu-
rismo médico, que movimenta cerca de
US$ 60 bilhões anuais no mundo todo.
Atento ao crescente interesse de pacien-
tes internacionais em busca de procedi-
mentos médicos de qualidade no Brasil,
o Baía Sul Hospital Dia (BSHD) desenvol-
ve projeto na área e, dentro desta estra-
tégia, participou, em agosto, do 1º Medi-
cal Travel Meeting Brazil, em São Paulo.
“O Complexo Baía Sul está capaci-
tado para atender a demanda interna-
cional, pois o padrão de serviços pres-
tados está alinhado aos critérios exigi-
dos”, afirma o diretor executivo Newton
Quadros. O BSHD foi o único empreen-
dimento hospitalar fora do Estado de
São Paulo a participar do evento. “Está-
vamos entre os melhores hospitais do
país, o que configura nossa competiti-
vidade e sincronismo com as tendên-
cias, oportunidades e mudanças no se-
tor de saúde nacional e internacional”,
argumenta Danielle Nogueira, consulto-
ra do projeto de clientes internacionais
do BSHD e Hospital Baía Sul.
No estande montado no Medical Tra-
vel Meeting Brazil, profissionais da área
médica, gestores, administradores e com-
pradores dos mercados nacional e inter-
nacional puderam conhecer a estrutura
do BSHD, que completou cinco anos em
2010, período no qual realizou mais de
30 mil procedimentos, com taxa zero de
óbito, e que é referência em ortopedia, ci-
rurgia bucomaxilofacial e cirurgia plástica.
“Iniciamos o processo de articulação
de visitas de representantes de agências
e seguradoras de planos de saúde nor-
te-americanas e européias com interes-
se em conhecer o complexo e iniciar par-
cerias”, diz Danielle. Segundo Quadros,
a partir de agora será desenvolvido um
trabalho de divulgação do potencial do
Complexo. “O primeiro mercado que atu-
Mercado emergenteHospitais brasileiros vêm se tornando destino de pacientes do mundo inteiro
M E D I C A L T R A V E L
aremos será o continente africano, prin-
cipalmente os países de língua portugue-
sa”. Quadros já esteve em Angola e, em
outubro, diretoras de um hospital daque-
le país visitaram Florianópolis, para co-
nhecer as instalações e a expertise do
Baía Sul. Ainda neste mês de novembro,
Quadros volta a Angola, onde deverá pas-
sar três semanas.
Estande do Baía Sul Hospital Dia no Medical Travel Meeting Brazil
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O trabalho executado por cirur-
giões, anestesiologistas, ins-
trumentadores e enfermeiros
na mesa de operações é essencial no
dia-a-dia do Baía Sul Hospital Dia. Mas,
para garantir o bem-estar dos pacientes,
o cuidado com a qualidade nos servi-
ços não fica restrito ao centro cirúrgico.
A instituição adota programas que bus-
cam o aperfeiçoamento contínuo em to-
das as etapas do atendimento.
Um exemplo é o trabalho desenvol-
vido pela Comissão de Controle de In-
fecção Hospitalar (CCIH) do hospital,
suporte essencial para a preservação
da segurança dos pacientes. As ações,
reunidas no Programa de Prevenção e
Controle das Infecções Hospitalares,
garantem a minimização dos riscos.
“Nosso objetivo é manter a taxa de in-
fecção inferior a 2%”, diz a médica in-
fectologista ivete Masukawa, responsá-
vel pela CCIH. Hoje o índice registrado
no hospital é de 0,8%.
A atuação da Comissão é bastan-
te ampla. Abrange desde o controle
da limpeza e da esterilização de rou-
pas, equipamentos e instrumentos usa-
dos no centro cirúrgico e nas outras de-
pendências do hospital até o monito-
ramento dos pacientes que tiveram al-
ta, feito através de ligações telefônicas.
O grupo também trabalha para cons-
cientizar permanentemente todos os
profissionais do hospital – e até os
familiares dos pacientes – sobre a
importância da obediência às nor-
Menos riscos, mais segurança
GerenciamentoO gerenciamento de risco é uma prática fun-
damental para os sistemas de saúde que bus-
cam a Acreditação Hospitalar, uma certifica-
ção semelhante ao ISO, baseada em altos pa-
drões de desempenho nos processos de cui-
dados ao paciente e gestão dos serviços. O
foco é a prevenção de danos à saúde huma-
na, ao meio ambiente e à imagem institucional
durante todo o processo de atendimento ao
paciente. “Para fortalecer a segurança, as ins-
tituições de saúde precisam criar um ambien-
te capacitado para identificar as situações ad-
versas e gerenciar riscos em todos os níveis”,
explica Fernanda Rodrigues. Ela observa ainda
que os procedimentos devem ser sempre pro-
tocolados. “As condutas devem ser reprodutí-
veis, respeitadas e supervisionadas pela
gestão de qualidade”, diz.
mas de controle essen-
ciais para evitar que os
pacientes fiquem expos-
tos a bactérias causado-
ras de infecções. A aten-
ção redobrada é impor-
tante porque cuidados
simples ajudam a reduzir
as infecções. A simples
higienização das mãos,
por exemplo, diminui em
até 85% o índice de in-
fecções dentro dos servi-
ços de saúde (a prática
cotidiana foi tema até da
campanha “Salve Vidas:
Higienize suas Mãos”, da
Organização Mundial da
Saúde - OMS).
Para garan-
tir resulta-
dos po-
s i t i vos
t a m -
Q U A L I D A D E
bém em outras áreas, diz a consulto-
ra em qualidade do Baía Sul Hospital
Dia, Fernanda Rodrigues, é preciso que
o gerenciamento de risco integre toda a
cultura do empreendimento. “A segu-
rança e a qualidade nos sis-
temas de saúde devem ser
tratadas como um valor
central da instituição.
Convertendo esses va-
lores para hábitos de
trabalho, chega-se ao
diferencial de quali-
dade”, ressalta. Baía SulHospital Dia
BSHD adota programas para o aperfeiçoamento contínuo de todas as etapas do atendimento
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Baía Sul entrou em operação em novembro
SC tem novo hospital
A demanda da Grande Florianó-
polis por uma unidade hospita-
lar voltada à alta complexidade
foi o fator que motivou um grupo de mé-
dicos e empresários da região a implan-
tar o Hospital Baía Sul. O empreendi-
mento agrega mais um serviço de ponta
ao já conceituado Baía Sul Medical Cen-
ter, que abriga ainda o Baía Sul Hospital
Dia, além de mais de cem clínicas de di-
ferentes especialidades, Clínica Imagem
(diagnóstico por imagem) e Laboratório
Santa Luzia (análises clínicas).
“Além das vantagens dessa integração
médico-hospitalar oferecida pelo Com-
plexo Baía Sul, que disponibiliza em um
mesmo local diferentes serviços com alto
padrão, o paciente encontra no novo hos-
pital uma estrutura moderna - em funcio-
namento 24 horas –, humanizada e iden-
tificada com as exigências de uma impor-
tante Capital”, afirma Carlos Gilberto Cri-
ppa, diretor técnico do hospital.
Com um investimento de R$ 30 mi-
lhões, o Hospital Baía Sul foi planeja-
do para oferecer um serviço diferencia-
do para as demandas da comunidade.
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Infraestrutura física e equipamen-
tos de alto padrão são essenciais
aos empreendimentos da área médi-
ca. O Hospital Baía Sul, além de reu-
nir todos os atributos técnicos, tem
como um dos diferenciais o atendi-
mento humanizado, conceito basea-
do em fatores como ambiente físi-
co, aspectos sensoriais (controle de
ruído e de temperatura), equipe de
saúde e necessidades do doente e
de seus familiares. “A hospitalidade,
o atendimento cordial e a capacida-
de de ouvir o paciente e entendê-lo
são muito importantes não só para
o bem estar das pessoas que pro-
curam os nossos serviços, mas tam-
bém para o sucesso de qualquer ini-
ciativa na área da saúde”, diz Crippa.
No caso do ambiente físico, o
projeto arquitetônico criado pelo
Studio Domo, do arquiteto Roberto
Simon, privilegia uma nova dinâmi-
ca, com maior participação familiar
em setores como os de internação.
Por meio da composição física ado-
tada e de materiais e equipamen-
tos utilizados, o paciente e acom-
panhante são atendidos em uma
atmosfera envolvente.
Em relação aos serviços presta-
dos, toda a equipe de profissionais
estará sensibilizada para a necessi-
dade de oferecer um atendimento
acolhedor. “Incluímos ai desde medi-
das simples como chamar o pacien-
te pelo nome – e não por um número
de prontuário – até a disponibilidade
de atendimento individual, com apoio
psicológico, logístico e técnico. Que-
remos criar um ambiente aconche-
gante e equipado para atender as ne-
cessidades dos pacientes”, diz o neu-
rocirurgião Irineu May Brodbeck, dire-
tor geral do Hospital Baía Sul. Baía SulHospital Dia
Atendimento humanizado é um dos diferenciais
O complexo formado pelos dois hospi-
tais disponibiliza nove salas cirúrgicas e
90 leitos, sendo 15 deles de UTI, área
na qual há uma grande demanda a ser
atendida. Todos os equipamentos de al-
ta tecnologia foram importados da Ale-
manha e o centro cirúrgico está estrate-
gicamente preparado para procedimen-
tos de grande porte como os neuroci-
rúrgicos, urológicos, bariátricos, ortopé-
dicos e oncológicos. Dr. Irineu May Brodbeck, neuroricurgião e diretor geral do HBS
A N E S T E S I A
Há muito tempo, o anestesiologis-
ta deixou de ser o profissional
responsável apenas por garan-
tir condições intraoperatórias ideais para
uma cirurgia. Com os avanços da medici-
na, cabe a ele garantir também que pa-
cientes com doenças sistêmicas estejam
prontos para o procedimento cirúrgico. O
anestesiologista define agentes e técnicas
anestésicas, bem como medicamentos
profiláticos para minimizar efeitos colate-
rais, que terão grande impacto nos des-
fechos pós-operatórios e na qualidade do
atendimento.
Atualmente, são utilizadas técnicas mo-
dernas de anestesia, como o bloqueio de
nervos guiado por ultrassom. Nele, um
aparelho portátil de ultrassom localiza
com precisão o nervo a ser anestesiado
em cirurgias ortopédicas, com maior efi-
cácia do bloqueio anestésico e segurança.
Serviço de Anestesiologia do Baía Sul Hospital Dia tem equipe de 20 profissionais que aplicam técnicas avançadas para maior segurança e conforto do paciente
Procedimentos cada vez mais seguros
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Para o paciente, a técnica traz mais con-
forto, já que reduz a dor no pós-operatório.
Há pacientes que não necessitam
anestesia geral, mas que preferem não fi-
car acordados durante o procedimento
cirúrgico. Para estes, o ideal é a técnica
de sedação continua. Atualmente, novos
agentes anestésicos tornam a anestesia
um ato bastante seguro e de recuperação
muito mais confortável ao paciente, com
baixíssima incidência de efeitos colaterais.
Com agentes anestésicos como pro-
pofol, remifentanil e um relaxante muscu-
lar, é possível fazer o que é chamado de
“anestesia venosa total”, com a utilização
de bombas de infusão contínua de medi-
camentos. Estas bombas permitem ajus-
tar as doses dos medicamentos de acordo
com as características dos pacientes tais
como idade e peso, tornando a anestesia
geral mais individualizada e precisa.
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Dentre as condições clínicas que po-
dem ser identificadas na consulta pré-
anestésica e que tem repercussão relevan-
te para a anestesia e no seu desfecho é
possível citar a hipertensão arterial, doen-
ça cardíaca ou respiratória, disfunção re-
nal, diabetes mellitus, tabagismo, uso de
drogas ilícitas, medicamentos, refluxo gas-
tro-esofageano, alergias medicamentosas,
infecções respiratórias, apnéia obstrutiva
do sono e história familiar de hipertermia
maligna (doença genética rara desenca-
deada por alguns anestésicos).
Desde sua inauguração, em 2005, já
foram realizados no BSHD mais de 20 mil
procedimentos cirúrgicos, sem que haja
registro de complicação grave relaciona-
da à anestesia. As taxas de mortalidade
e morbidade são baixíssimas no cenário
da cirurgia ambulatorial, foco do hospital.
Dentre as complicações mais frequentes,
responsáveis por internações mais prolon-
gadas, estão a presença de dor ou de náu-
seas e vômitos pós-operatórios, que po-
dem acometer de 20 a 30% dos casos.
“Estamos investindo no aperfeiçoamen-
to de nossos serviços, e dentre as próxi-
mas medidas a serem implementadas vi-
sando aumentar a qualidade e segurança
das nossas anestesias estão os protocolos
assistenciais de checagem, além do pron-
tuário eletrônico totalmente informatizado,
que já está em fase final de implementa-
ção”, disse o anestesiologista Giovani Lo-
bo, Gerente Médico do Baia Sul Hospital
Dia. Ele confirmou também a realização de
novos eventos científicos em diversas es-
pecialidades médicas. Para 2011, já está
programado o I Simpósio de Segurança e
Qualidade em Anestesia Ambulatorial. Baía SulHospital Dia
Equipamentos avançados e técnicas mais sofisticadas
BSHD – O serviço de Anestesiologia
do Baía Sul Hospital Dia conta com 20
médicos anestesistas, que buscam per-
manentemente garantir o sucesso do ato
anestésico-cirúrgico. Este cuidado come-
ça antes mesmo da cirurgia, numa con-
sulta de rotina onde é realizada uma en-
trevista que permite ao profissional co-
nhecer a condição clínica do paciente e
prepará-lo para o procedimento. Nesta
consulta, o anestesista esclarece dúvidas
e apreensões comuns a leigos.
No BSHD, a equipe incentiva que a
consulta pré-anestésica seja feita com
bastante antecedência, já que além de
esta ser uma exigência do Conselho Fe-
deral de Medicina, o anestesista pode-
rá solicitar exames complementares, as-
sim como uma avaliação de outros espe-
cialistas, com base na condição clínica
do paciente.
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Homem não chora, não pe-
de informação quando está
perdido no trânsito e só vai
ao médico quando não há outra op-
ção, geralmente carregado em uma
ambulância. Parece que muita gen-
te acredita nisso. Tanto que o Ministé-
rio da Saúde foi obrigado a desenvol-
ver ações específicas para estimular os
homens a cuidarem da própria saúde.
Os reflexos da desatenção mascu-
lina com o próprio bem estar são ób-
vios: mulheres vivem, em média, 7 anos
a mais. E, para cada morte de mulher
na idade adulta, são dois os mortos do
sexo masculino.
O fato é que a maior parte das mu-
lheres frequenta periodicamente o gi-
necologista e outros profissionais. O
homem em geral resiste a consultas e
exames. Mas tanto para homens quan-
to para mulheres a prevenção deveria
ser palavra de ordem.
Exemplo é o câncer de próstata, o tu-
mor mais comum entre os homens com
mais de 50 anos. “Nas últimas décadas,
a incidência deste câncer vem aumen-
tando significativamente, principalmen-
te com o aumento da expectativa de vi-
da. Com os avanços na detecção pre-
coce da doença, bem como no seu tra-
tamento, o controle tem sido cada vez
mais efetivo e a possibilidade de cura
cada vez mais atingida e animadora”, diz
o urologista Henrique Peres Rocha, que
é Membro Titular da Sociedade Brasilei-
ra de Urologia (TiSBU). “À medida que o
homem envelhece, a chance de desen-
volver o câncer de próstata aumenta. Por
isso, todo homem a partir dos 40 anos
deve começar a fazer a avaliação da
próstata com seu urologista, pelo me-
C â N C E R D E P R ó S T A T A
Detecção precoce faz a diferença
A partir dos 40 anos, todo o homem deve fazer exames
periodicamente, já que à medida que
envelhece, crescem as chances de
desenvolver tumor na próstata
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NOSSASAÚDE | N O V E M B R O 2 0 1 0 9
nos uma vez ao ano”, completa. A ava-
liação para o câncer de próstata é feita
através do toque retal e da dosagem no
sangue do PSA (antígeno prostático es-
pecífico). Naqueles com história familiar
de câncer de próstata (e de câncer de
mama), é recomendável iniciar a inves-
tigação com pelo menos cinco anos de
antecedência. O exame de toque retal é
simples, rápido, insubstituível e funda-
mental, assim como o PSA. Em caso de
toque anormal e/ou PSA elevado, o pa-
ciente deverá ser submetido a uma bi-
ópsia de próstata orientada por ultras-
sonografia transretal. Este procedimento
tem por finalidade retirar fragmentos da
próstata que confirmarão, ou não, a pre-
sença do tumor.
O câncer de próstata, em seus está-
gios iniciais, não traz nenhum sintoma.
Por isso a avaliação é necessária para
todos os homens, mesmo que assinto-
máticos. Quanto mais tarde se fizer o
diagnóstico, mais difícil será a cura. Nu-
ma fase adiantada do tumor surgem os
sintomas, que podem ser a obstrução
do fluxo urinário e o sangramento na uri-
na. Entretanto, estes sintomas não são
exclusivos do câncer e podem ocorrer,
até mais comumente, em outras doen-
ças benignas da próstata, como a hiper-
plasia prostática benigna, e de outros lo-
cais do trato urinário. No tumor localiza-
do na próstata, o tratamento tem inten-
ção curativa e pode ser feito principal-
mente através da cirurgia ou da radio-
terapia. Estas modalidades terapêuticas
evoluíram muito nos últimos anos e os
pacientes ficam com excelente qualida-
de de vida. A retirada cirúrgica da prós-
tata (prostatectomia radical), hoje é feita
basicamente por três abordagens: con-
vencional (aberta), videolaparoscópica e
videolaparoscópica robótica com resul-
tados hoje semelhantes no controle da
doença, preservação da função erétil e
continência urinária.
No câncer mais avançado, o trata-
mento visa fundamentalmente o contro-
le da doença. Para isso lança-se mão de
terapias que bloqueiam a progressão e
disseminação do câncer, fazendo com
que a maioria dos pacientes não apre-
sentem os sintomas da doença.
Até agora não são conhecidas for-
mas específicas de prevenção do cân-
cer da próstata. No entanto, sabe-se
que a adoção de hábitos saudáveis de
vida, como baixa ingestão de alimen-
tos gordurosos e de carne vermelha,
dieta rica em frutas, vegetais, legumes
e cereais, combater a obesidade, não
fumar, ingestão de álcool com mode-
ração podem contribuir na prevenção
do câncer de próstata e outros tipos
de câncer.
Segundo Henrique Rocha, o urolo-
gista deve prestar atenção não ape-
nas aos problemas no sistema uriná-
rio do paciente. “Muitas vezes somos
os primeiros médicos com os quais o
paciente tem contato. Não podemos
deixar de exercer o papel de ‘cuidado-
res’ dos nossos pacientes. Numa con-
sulta urológica de revisão de um ho-
mem com mais de 40 anos não pode-
mos perder a oportunidade de avaliar,
além das doenças urológicas, os ris-
cos de doenças cardiovasculares, hi-
pertensão arterial sistêmica, diabetes
mellitus, dislipidemia, obesidade, ta-
bagismo, alcoolismo e cânceres pre-
valentes. Também temos que estimu-
lar a prática de atividade física e da
dieta saudável e encaminhar o indiví-
duo para outros colegas especialistas
nestas áreas quando necessário”. Baía SulHospital Dia
Detecção precoce faz a diferença
Dr. Henrique Rocha, Urologista
Entenda mais
A Doença de Crohn é provoca-
da por uma disfunção do sistema
imunológico do paciente. Em vez
de “atacarem” agentes externos
agressores ao organismo, as defe-
sas do indivíduo se voltam contra
órgãos internos do próprio indiví-
duo. No caso, principalmente o in-
testino. “Isso provoca um processo
inflamatório extremamente invasi-
vo, que agride todo o aparelho di-
gestivo, da boca até o ânus, sendo
mais frequente na parte inferior do
intestino delgado (íleo) e no intes-
tino grosso (cólon)”, explica o gas-
troenterologista Sérgio Eduardo
Merlim. De acordo com o médico,
a doença ainda apresenta sinto-
mas como dores nas articulações,
lesões de pele, sangramento retal
e inflamação dos olhos.
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I M U N O b I O L ó g I C O S
O uso de medicamentos imuno-
biológicos no combate à Do-
ença de Crohn, que se mani-
festa por um processo de inflamação in-
testinal crônica, pode ser uma boa notí-
cia para quem sofre com o problema e
não responde adequadamente aos tra-
tamentos convencionais, com antibióti-
cos, imunosupressores e corticóides. “Os
imunobiológicos mudaram a maneira
como são tratados os pacientes de Cro-
hn”, afirma o gastroenterologista Sérgio
Eduardo Merlim. As novas drogas, cha-
madas anti TNFs, melhoram o controle
da doença, que ainda não tem cura co-
nhecida, e diminuem o desconforto dos
pacientes, principalmente por auxiliarem
na cicatrização do local afetado e apre-
sentarem boas taxas de remissão (re-
gressão ou desaparecimento dos sinto-
mas por um período de tempo).
Merlim adverte, porém, que os agen-
tes imunobiológicos não são a primei-
ra opção de tratamento. “Estas medi-
cações são usadas em casos especiais
de grande gravidade, onde precisamos
de resposta mais rápida. A indicação
mais precisa é quando o tratamento
com corticóides, aminosalicilatos, an-
tibióticos e imunosupressores falhou”.
A Doença de Crohn está listada en-
tre as chamadas doenças auto-imunes e
tanto o diagnóstico quanto o tratamento
exigem atenção, paciência e experiência.
Os sintomas mais comuns - diarréia com
ou sem sangramento, dor abdominal e
perda de peso – são vistos também em
outras doenças e podem ser confundi-
Novas armas contra a Doença de Crohn
dos até com corriqueiros distúrbios di-
gestivos. Além disso, há indefinição so-
bre as causas da doença, que pode ser
desencadeada por instabilidade emo-
cional, infecções ou alterações do siste-
ma imunológico. Por isso o diagnóstico
exige um bom histórico do paciente e a
realização de exames laboratoriais, clíni-
cos ou de imagem.
Na maior parte dos casos os trata-
mentos permitem que os portadores de
Crohn levem uma vida normal, sem li-
mitações. Mas o tratamento é comple-
xo. “Geralmente é necessária a utiliza-
ção de uma série de drogas, que vão de
antiinflamatórios a antibióticos. Há ain-
da casos mais graves nos quais existe a
indicação cirúrgica”, afirma Merlim. Baía SulHospital Dia