Top Banner
32

Revista do CRF-BA nº11

Mar 26, 2016

Download

Documents

Revista do CRF-BA nº11
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Revista do CRF-BA nº11
Page 2: Revista do CRF-BA nº11

apresentação

DiretoriaDr. altamiro José dos Santos - PresidenteDr. eustáquio Linhares Borges - Vice-presidenteDra. eliana Cristina de S. Fiais - Secretária-GeralDra. edenia S. araújo dos Santos - Tesoureiro

ConSeLheiroSDr. Altamiro José dos Santos Dr. Cleuber Franco Fontes Dr. Clóvis de Santana Reis Dra. Cristina Maria Ravazzano FontesDra. Edênia Socorro dos Santos Araújo Dra. Eliana Cristina de Santana Fiais Dr. Eustáquio Linhares Borges Dra. Fernanda Washington de Mendonça Lima Dr. Jacob Germano Cabús Dra. Mara Zélia de AlmeidaDra. Maria Lúcia Fernandes de Castro Dra. Sônia Maria Carvalho Dra. Tânia Maria Planzo Fernandes (suplente)

ConSeLheiro FeDeraL eFetivoDr. Mário Martinelli Júnior

ConSeLheiro FeDeraL SupLenteDra. Angela Maria de Carvalho Pontes

JornaLiSta reSponSáveLRosemary Silva Freitas - DRT/BA - 1612

CoLaBoraDorJorge Carvalho - MTb nº 27500

eDitoração eLetrôniCaLucca Duarte

impreSSão gráFiCaGráfica Qualigraf

tiragem DeSta eDição5 mil exemplares

horário de Funcionamento do CrF/BaDas 9h às 17h

Rua Dom Basílio Mendes Ribeiro, nº 127 - OndinaCep. 40170-120 - Salvador - BA - Fones: (71) 3368-88003368-8849 / Fax: 3368-8811www.crf-ba.org.br / e-mail: [email protected]

Editado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia

ISSN 1981-8378

Chegou ao fim o ano de 2009 e já estamos voltando nossas atenções para 2010, um ano que se inicia com

renovada esperança e fé em muitas realizações. Agradecemos a todos os farmacêuticos do nosso estado

pela confiança depositada na nossa equipe, referendada em mais um pleito eleitoral, ocorrido em novembro passado. A nossa votação representou um marco importante de confiabilidade. Conquistamos quase a totalidade de todos os votantes deste regional. O percentual de 87% da categoria acreditou no nosso trabalho pela busca da valorização profissional. Além da confiança depositada na equipe, que está à frente do conselho da Bahia, agradecemos também a votação expressiva conquistada pela chapa vitoriosa que nos representará no federal. Nós obtivemos 2.536 votos de um universo de aproximadamente 2.900 votantes. Valeu!

Desafios e conquistasEm 2009, a profissão farmacêutica enfrentou desafios

e venceu alguns obstáculos. Temos, ainda, que continuar lutando muito para manter o exercício da profissão. Um desses desafios é o Projeto nº 268/02, conhecido como ato médico. Essa proposta representa um atraso para todas as profissões de saúde do país e está sendo considerada, no mínimo, arrogante. Todos sabemos que a classe médica espera ampliar o seu campo de ação incorporando as

atribuições de outras profissões, as quais, por sua vez, integram a equipe multidisciplinar de saúde no Brasil.

É preciso muita perseverança para que a nossa batalha seja vencedora e possamos persuadir os legisladores, convencendo-os de que o exercício da citologia é de competência da profissão farmacêutica. Competência essa que os médicos consideram exclusividade deles. Precisamos enfrentar os últimos minutos dessa luta e enviar mensagens ao Senado da República, para que vote contra a aprovação do projeto e repudie a proposta.

Neste ano, tivemos decisões importantes tomadas pela Anvisa, como a resolução que altera o perfil das farmácias e drogarias no Brasil. Essa resolução, de nº 44, contempla os anseios da profissão, transformando, sobretudo, a farmácia em um espaço mais seguro para a venda de medicamentos à população.

Na atual legislatura, esperamos a votação do projeto que trata a farmácia como espaço de saúde. Precisamos apoiar essa importante luta e fortalecer as ações encaminhadas pela Fenafar. A construção de uma vida digna, mais humana e com esperança para todos é dever de cada cidadão. Os conselhos de classe têm, também, um papel importante pela consolidação de dias melhores.

Um forte abraço,A Diretoria

Valeu a confiança!

Page 3: Revista do CRF-BA nº11

sumário

Ano III - Nº 11 - Dezembro/2009

29

04

10

1424

17

23

Programe-seConfira a agenda científica. Pág. 29

Expansão surpreendeIndústrias de Comésticos atraem profissionais de Farmácia, firmando-se como um importante setor em expansão. Pág. 04

RDC propõe mudança de comportamento Como a RDC nº 44 da Anvisa muda o comportamento das pessoas? Dra. Maria Eugênia fala sobre o assunto em entrevista. Págs. 10 a 13

Programa de Qualidade nos laboratórios clínicos O presidente da SBAC nacional, Dr. Ulisses Tuma, fala sobre o programa nacional de controle da qualidade, o crescimento cientifico do profissional e o futuro dos laboratórios de analíses clínicas no Brasil. Págs. 14 a 16

60 anos em grande estiloFaculdade de Farmácia da UFBA comemora 60 anos e lança livro que conta a história da profissão. Pág. 24

Artigo científicoEstudo parasitológico de protozoários e helmintos é desenvolvido em escola municipal de Itabuna. Págs. 17 a 19

Novos dirigentesEm clima bastante democrático, os farmacêuicos elegeram a nova diretoria do CRF/BA. Pág. 23

Page 4: Revista do CRF-BA nº11

4

CRF-BA em Revista

Se existe um campo econômico, no Brasil, que não conhece crises é o da beleza. Hoje, o Brasil é o

terceiro país que mais consome pro-dutos relacionados aos cuidados com a estética.

Diante dessa realidade, abre-se uma oportunidade de trabalho com grande potencial para os farmacêuticos. Este segmento não deixa de estar ligado à pesquisa para desenvolver uma linha de cremes de beleza, por exemplo, ou criar novas fragâncias de perfumes e to-nalidades de maquiagem. A formulação de todos estes produtos exige conheci-mentos específicos e abre espaço para o profissional graduado em Farmácia.

Como o setor está em plena expan-são na Bahia, o Sindcosmetic (Sindica-to da Indústria de Perfumaria, Cosmé-ticos, Essências, Naturais e Artificiais do Estado da Bahia) não tem poupado esforços para difundir sua importância e proporcionar mais capacitação pro-fissional voltada para este mercado.

Crescem as indústrias de cosméticos da Bahia Setor em expansão atrai profissionais da área de Farmácia

Page 5: Revista do CRF-BA nº11

5

CRF-BA em Revista

Segundo Dr. Gecê Macêdo, pre-sidente do Sindcosmetic, a Bahia tem, hoje, 24 empresas associadas de um total de 42 indústrias legali-zadas no estado. “Além das obriga-toriedades legais como o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), por exemplo, a empresa precisa ter a licença de funcionamento conce-dida pela Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) para co-mercializar seus produtos, em todo o País. Só assim ela poderá integrar o sindicato”.

Dr. Gecê Macêdo afirma que, com a elevada perspectiva de cres-cimento econômico prevista para a região Nordeste, o que inclui a Bahia, o número de empresas em condições de estarem ligadas ao Sindcosmetic irá aumentar muito em curto espaço de tempo. “Esse aumento irá gerar uma demanda por profissionais capacitados, in-clusive de farmacêuticos, os moti-vos são diversos e vão desde o seu conhecimento em pesquisa e até o aprofundamento sobre a composi-ção de produtos. Além das já legali-zadas, temos, hoje, na Bahia, cerca de 50 empresas na informalidade. Algumas delas a caminho da regu-larização.”

O presidente do Sindicosmetic ex-plica que regulamentar estas empre-sas é importante para garantir a se-gurança dos produtos que chegam ao consumidor. “Cada item lançado tem duas classificações: Risco 1 e Risco 2. A lista de produtos de Ris-co 1 inclui os xampus e condiciona-dores, por exemplo, que devem ser notificados à Agência Nacional de Vi-

gilância Sanitária (Anvisa). Já a rela-ção de produtos de risco 2 engloba aqueles que têm, em sua formula-ção, algum tipo de insumo que pode trazer algum risco à saúde e depende de outros critérios para comerciali-zação. É o caso da guanidina, usada

“A Bahia tem, hoje, 24 empresas associadas de um total de 42 indústrias legalizadas.”

em produtos para alisar os cabelos. Com empresas mais sindicalizadas, crescerá o número de profissionais capacitados que conheçam e saibam lidar adequadamente com a compo-sição das fórmulas para oferecer se-gurança ao consumidor e fortalecer as marcas”.

Ele explica que, para chegar a este objetivo, as parcerias são fun-damentais. Para isso, foi criado um programa em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), com a Secretaria da Indústria e Comércio da Bahia, e com o SEBRAE, com o objetivo de atrair estas empre-sas para a legalidade. “Em 2001, apenas duas empresas estavam legalizadas no estado. Em quatro anos, este número passou de 20. Já existem mais dez empresas a caminho da legalização. Para isso, precisamos oferecer serviços e mostrar a elas que o sindicato é o

Dr. Gecê Macêdo, presidente do Sindcosmetic

“Com empresas mais

sindicalizadas, crescerá o

número de profissionais

capacitados que

conheça e saiba lidar

adequadamente com

a composição das

fórmulas.”

Page 6: Revista do CRF-BA nº11

6

CRF-BA em Revista

De acordo com Dra. Denise Se-frin, coordenadora da Rede Em-presarial de Cosméticos, isso en-volve uma série de ações, inclusive para os farmacêuticos. “Sempre optamos por ter farmacêuticos nas indústrias, pois eles têm um co-nhecimento que vai além do uso e composição do produto. Esse co-nhecimento provém da formação universitária.”

Segundo Dra. Denise, estes pro-fissionais, não apenas na Bahia, mas em todo o Brasil, não têm em-basamento de gestão nos cursos de Farmácia oferecidos pelas univer-sidades. “Em nosso país, este seg-mento é caracterizado pelas micro e pequenas indústrias, a maioria das empresas familiares com até 50 fun-cionários. O perfil da indústria baia-na tem até 25 funcionários. Sendo assim, o farmacêutico não é apenas o responsável técnico, mas também o gerente de produção da empresa. É ele o responsável por enxergar o que é necessário e o que é preciso fazerer durante a produção. Um far-macêutico recém-formado não está pronto para assumir uma indústria

e gerenciar pessoas, processos, ter foco em custo de produto, etc. Ele não está capacitado a gerenciar a

responsabilidade, pois não perce-beram que os tempos mudaram. Novas oportunidades no mercado de trabalho surgiram. E, mesmo as-sim, não alteraram as suas grades curriculares.”

A Dra. Denise informa que este ain-da é um mercado de trabalho novo e em constante crescimento. Por isso, merece ser visto como um segmento a ser explorado.

“No Brasil, o setor de cosméticos é o terceiro em crescimento. Fica atrás apenas da indústria de auto-móveis e de telefonia celular. Em 1996, faturou quase R$ 5 bilhões. Já em 2008, faturou quase R$ 30 bilhões. Cresce a uma média de 11% ao ano. Esse índice tende a se manter e não dá para ignorar o seu potencial”.

No que diz respeito à capacita-ção, ela explica que o Sindcosmetic realiza várias ações para formar o profissional com o perfil exigido pela indústria.

“Oferecemos, por exemplo, cursos de gestão. Em todas as indústrias filiadas ao sindicato conseguimos identificar farmacêuticos que são

“O farmacêutico é também um gerente de produção na indústria”

rotina industrial em grande escala, o que é muito diferente do processo produtivo de uma farmácia de ma-nipulação, em pequenos volumes, ou da indústria farmacêutica. O estudante de farmácia desconhece todo este universo a ser descoberto. Não estou dizendo que isso é culpa do estudante de Farmácia, mas as universidades têm sua parcela de

Dra. Denise Sefrin, coordenadora da Rede

representante do setor diante da sociedade e do governo. Um sindi-cato forte pode defender interes-ses em momentos de dificuldades e atuar, por exemplo, na capacitação de mão-de-obra. A mortalidade de micro e pequenas empresas sozi-nhas é maior do que aquelas que estão associadas a alguma entida-de de classe”, diz o presidente.

Mas é a capacitação profissio-nal um dos principais objetivos no

Sindcosmetic. “Aderimos ao Progra-ma de Competitividade da Micro e Pequena Empresa (Procompe) para capacitar gestores e colaboradores, para se comprometer com boas práticas de fabricação, marketing e vendas, entre outros conhecimentos. Também aderimos a um programa para a exportação, entre outros. Os projetos que deram certo em 2009 serão repetidos em 2010. Para o próximo ano, entre os nossos obje-

tivos, também está a implementação de um curso de especialização em Cosmetologia que seria de extrema importância para os profissionais de nível superior que desejam atuar nesta área.”

Fortalecer a indústria de cosméticos na Bahia e fazer com que as empre-sas tenham acesso ao mercado para vender seus produtos é o objetivo da Rede Empresarial de Cosméticos vinculada ao Sindcosmetic.

Page 7: Revista do CRF-BA nº11

7

CRF-BA em Revista

empreendedores natos, que assu-mem de fato a empresa e muitos já estão montando e gerenciando seu próprio negócio. Isso é ótimo para nós, pois quanto mais empresas legalizadas trabalham dentro das boas práticas e com um profissional responsável e gabaritado, melhor é a qualidade do produto baiano. Também buscamos parcerias com universidades através de convênios para estágios e a realização de pa-lestras para incentivar o estágio no setor de cosméticos”, destaca.

Ela também depende que traba-lhar com a indústria de cosméticos é apaixonante por se lidar com a auto-estima e o bem-estar das pes-soas e não apenas com a vaidade. “O profissional farmacêutico não vai deixar de lidar com pesquisa. Isso será feito de uma forma diferente e mais lúdica. Neste setor é necessá-rio se preocupar com a fragrância, a cor de um produto, qual a quan-tidade dos ativos serão usados para atingir aquele objetivo específico. A indústria de matérias primas para este segmento está em constante movimento e as novidades não pa-ram de surgir diariamente”.

Central de Distribuição da Avon na Bahia, no Centro industrial de Aratu, município de Simões Filho

A indústria de cosméticos da Bahia ainda está dando seus pri-meiros passos. Mas, embora seus produtos sejam pouco conhecidos fora do estado, já começam a ga-nhar espaço.

“É preciso tornar o nome da Bahia forte, neste ramo, para que o consumidor, ao ler no rótulo que determinado cosmético foi fabri-cado na Bahia, não tenha dúvida em relação à qualidade do produ-to. Muitos consumidores só com-pram uma marca quando sabem que foi fabricado aqui no estado. Isso se deve ao fato de muitos pro-dutos serem desenvolvidos espe-cificamente para as características do público local. É o caso dos umi-dificadores que só são fabricados na Bahia e estão voltados e ade-quados a determinados tipos de clima, textura e de cabelo, agra-dando, assim, aos consumidores de várias partes do país”.

A Dra. Denise destaca que para

Indústrias crescem no estado2010, um dos focos da entidade é firmar parcerias de convênios entre universidades e indústrias. “Se o estágio para o estudante de farmá-cia é obrigatório em uma farmácia de hospital ou drogaria, também pode ser possível a realização de estágio na indústria de cosméticos. Em breve, iremos lançar o nosso selo de qualidade para as empre-sas que estivem capacitadas. Além dos cursos de gerenciamento de produção, tendências para o cabe-lo e corpo, boa práticas no setor, reciclagem de embalagens, vamos abordar outros assuntos importan-tes para formar o profissional com conhecimento global. Queremos evitar que o setor interno continue tendo que buscar profissionais em outros estados como São Paulo e Paraná porque não temos mão-de-obra qualificada aqui. Preci-samos mostrar que esta indústria existe e está pronta para receber quem quiser atuar nela”.

“Nesse setor é necessário

se preocupar com a

fragância, a cor de um

produto, qual a

quantidade dos ativos

serão utilizados para

atingir aquele

objetivo específico. ”

Page 8: Revista do CRF-BA nº11

8

CRF-BA em Revista

“Há seis anos, quando iniciei no setor, poucos profissionais tinham interesse em atuar nessa área. As ações do Sindcosmetic e a inclusão do farmacêutico nesse ramo garan-tiram uma maior segurança na qua-lidade dos produtos fabricados em nosso Estado, pois implementou a consciência das boas práticas de fa-bricação no dia-a-dia das empresas e dos empresários”.

Com 12 anos de experiência na área de controle de qualidade, produção e desenvolvimento de cosméticos atuando como geren-te técnica da Amazun Indústria de Cosméticos, onde coordena 15 co-laboradores, Dra. Cleomara pode afirmar que este mercado represen-ta uma ótima oportunidade para os farmacêuticos desenvolverem suas habilidades. “Por sermos o 3º maior consumidor mundial em produtos cosméticos esse setor tem crescido bastante e o farmacêutico tem uma

Formação na área industrial é importante para o trabalho no setor de cosmético

A Dra. Cleomara Silvão, farmacêutica industrial formada pela UFBA e especialista em Cosmetologia pela Faculdade Oswaldo Cruz de São Paulo, explica a inclusão do farmacêutico na indústria cosmética na Bahia, e fala com propriedade sobre o tema.

grande chance de demonstrar o seu valor. O ideal é que o mesmo tenha formação na área de Farmá-cia Industrial. Como em nosso es-tado essa habilidade só é oferecida pela UFBA, os colegas que tenham interesse em atuar e que foram for-mados por outras instituições de ensino devem fazer especializações na área de Cosmetologia. Atual-mente o próprio Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) já oferece uma dessas especializações. Com o crescimento e a qualificação

da indústria cosmética baiana, esse é um campo em franca expansão para o farmacêutico. No entanto, é necessário que o mesmo busque continuamente a qualificação, pois a Cosmetologia é uma área muito dinâmica. A cada dia surgem novos ativos e novas propostas de embele-zamento. O profissional precisa es-tar preparado para absorver de for-ma criteriosa essas informações”.

Ela salienta que existem diferenças a serem observadas na atividade do farmacêutico na indústria de cosmé-ticos em comparação com outros setores da profissão, mas que isso só torna o desafio ainda mais atraente. “O farmacêutico que atua na farmá-cia de manipulação tem algumas dificuldades quando migra para o setor da indústria. Em uma farmácia se trabalha com gramas e em uma indústria com toneladas. No entan-to, não é só a questão da escala e dos equipamentos. Ao formular um

“Em uma farmácia se

trabalha com gramas e,

em uma indústria, com

toneladas.”

Page 9: Revista do CRF-BA nº11

9

CRF-BA em Revista

Novas tecnologias são indispensáveis ao setor

Operadores da Amazun Indústria de Cosméticos

xampu, por exemplo, em uma far-mácia de manipulação o farmacêuti-co tem a liberdade de fazer a fórmula como bem lhe aprouver. Na indústria no entanto, ele trabalha em cima de uma planilha de custos e tem que ser habilidoso o suficiente para formular um bom produto com um preço que possa concorrer na prateleira com inúmeras outras marcas”.

Segundo a farmacêutica, na Bahia, a maioria das indústrias conta com apenas um farmacêutico. Mas na me-dida em que começam a se expandir, passam a perceber a necessidade de divisão de tarefas e inevitavelmente esse número tenderá a aumentar. “O farmacêutico tem o papel de assegu-rar que aquele produto colocado na prateleira, atenda ao fim proposto e não vá causar nenhum problema ao consumidor. Para isso ele é o Gestor da Garantia da Qualidade em todos os níveis da indústria cosmética e é responsabilizado técnica e legalmen-te por essa função”.

A presença de um farmacêutico na indústria de cosméticos é impor-tante, pois é ele o responsável por: garantia da implementação e da aplicação contínua das boas práti-cas de fabricação; gestão do siste-ma da qualidade; pesquisa e desen-volvimento de novas formulações; controle de qualidade físico químico e microbiológico de matérias primas e dos produtos cosméticos; regula-rização da empresa e dos produtos perante aos órgãos sanitários e pelo treinamento técnico para profissio-nais da área de beleza e estética”.

A Dra Cleomara declara estar satisfeita com a opção profissional que fez e serve de exemplo para aqueles que desejam arriscar uma atividade nova dentro da carreira escolhida. “Eu e a indústria temos uma relação antiga. No início, trabalhei na indústria petroquí-mica e a produção é algo que me fascina. Sou apaixonada pelo desenvolvimento de formulações. É gratificante saber que um pro-duto que foi idealizado, testado e lançado no mercado, vai propor-cionar em muitos casos, o favo-recimento da autoestima do seu consumidor final. Trabalhar com cosméticos é trabalhar com bem- estar e saúde”.

O setor de cosméticos também absorve mão-de-obra dos quí-micos, mas segundo a Dra Cleo-mara, este profissional não deve ser visto como um concorrente do farmacêutico, mas como um parceiro para a realização de um trabalho de alta qualidade. “O profissional formado em quí-

mica e em engenharia química também pode se responsabilizar pela indústria cosmética. O ideal para uma indústria de médio a grande porte é que haja tanto o farmacêutico, como o químico. A sinergia dessas duas atividades dá um suporte para que as ativida-des de pesquisa, desenvolvimento e produção caminhem de forma harmônica”.

Satisfação com o trabalho

A expansão do setor oferece mais

oportunidades

Page 10: Revista do CRF-BA nº11

10

CRF-BA em Revista

Responsável pelo Núcleo de Ges-tão do Sistema Nacional de No-tificação e Investigação em Vi-

gilância Sanitária (NUVIG) da Anvisa, a farmacêutica Dra. Maria Eugênia Cury já presidiu a Federação Nacio-nal dos Farmacêuticos (Fenafar), por quatro anos. Atualmente, trabalha com a questão da pós-comercializa-ção. Isto significa que, além de atuar na Farmacovigilância, Tecnovigilância e Hemovigilância da Anvisa, também mantém uma relação direta com a rede dos hospitais sentinelas.

O projeto abrange a promoção da gestão do Notivisa (Sistema de No-tificação de Reação Adversa e Quei-xas Técnicas) e é considerado desa-fiador e extremamente importante. A convite do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia, a Dra. Maria Eugênia Cury esteve em Sal-

À frente do setor da Pós-Comercialização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a farmacêutica Maria Eugênia Cury fala sobre como a RDC nº 44 irá interferir na vida das pessoas, provocando mudanças de atitudes.

“Qual é o papel da RDC nº 44 na vida das pessoas?”

vador e em Feira de Santana, onde explicou e debateu com os demais farmacêuticos baianos a Resolução nº 44/2009, medida que estabelece a mudança de normas nas farmá-cias e drogarias de todo o país.

Boas práticas farmacêuticas“Quando fui convidada para falar

sobre a RDC nº 44 sabia que ela não está relacionada a apenas um setor da agência” – comenta a far-macêutica. “Essa resolução trata da organização de serviço e das boas práticas farmacêuticas, sendo arca-bouço legal que tem interface com todas as áreas da Anvisa.”

A Dra. Maria Eugênia inicia o de-bate fazendo uma indagação à pla-téia sobre qual é o papel da RDC nº 44/09 na vida das pessoas. “O que muda e por que a RDC tem tanta importância?” – questiona.

Page 11: Revista do CRF-BA nº11

11

CRF-BA em Revista

“A resolução não tem a finalidade de atender aos anseios de uma categoria“

Para Dra. Maria Eugenia Cury não é papel da Anvisa publicar uma RDC para atender a ansiedade de uma categoria profissional.

“É finalidade da Anvisa proteger e promover a saúde. Hoje, quando discutimos vigilância sanitária, es-tamos observando atentamente o papel das intervenções das ações sanitárias na sociedade, no sentido de fazer um processo de gerencia-mento de risco. “

Ela destaca a possibilidade de risco na venda de produtos farmacêuticos. Assim, Dra. Maria Eugênia Cury con-sidera que o risco não será resolvido: “Podemos gerenciar, o que significa conseguir, a partir das nossas meto-dologias e tecnologias disponíveis, que usemos como instrumentos e ferramentas para que se possa fazer um processo de previsão de riscos, na medida em que há riscos previsí-veis. Mas, sendo assim, pressupõe-se que é prevenível”.

“A resolução vai mudar a conduta da população sobre o uso do medicamento”

No decorrer do debate, a farma-cêutica falou que a população não é obrigada e não deve ser submetida a um potencial risco por negligência.

“O risco é previsível e prevenível a partir do quê? De medidas e ações que são suficientes para diminuir a possibilidade daquele evento vir a ocorrer. Hoje, deve ser esta a nossa perspectiva como responsáveis téc-nicos. A responsabilidade de quem está com “a caneta na mão”, com a possibilidade de formular uma RDC, e de contribuir para que a di-retoria colegiada aprove o projeto é pensar: que resolução que eu vou

estado regular” – defende. “A RDC fala sobre o funcionamento do es-tabelecimento, sobre a dispensação, a comercialização de produtos e a prestação de serviço farmacêutico”.

A inovação proposta reside no fato de que uma mesma legislação poderá reforçar o conceito de esta-belecimento farmacêutico como um estabelecimento de saúde. “Embora não tenha tido uma alteração da Lei Federal nº 5.991, que afirma qual a função dos estabelecimentos farma-cêuticos, temos condições, hoje, de introduzir uma RDC e de dizer para a sociedade: existe um controle sa-nitário que deve ser feito com esta perspectiva. A resolução não dá a receita de absolutamente tudo”.

“Estabelecimentos farmacêuticos devem se organizar”

A partir da iniciativa da Anvisa, segundo a técnica, há condições de assumir para a sociedade a existência de um controle sanitário. “Nós, far-macêuticos, sabemos da importância do estabelecimento farmacêutico. Mas, para a sociedade está claro que a farmácia é um estabelecimento de saúde? A população ainda não en-xerga que a farmácia seja um estabe-lecimento de saúde. Por isso é neces-sário propor mudanças no sentido de proteger a saúde das pessoas.“

propor e aprovar para mudar a vida das pessoas?

A técnica da Anvisa salientou so-bre a responsabilidade que as ações editadas podem ter na vida das pes-soas. “Que impacto o nosso trabalho terá no gerenciamento de risco? E o que ela pode melhorar na qualidade de vida das pessoas? “

De acordo com a Dra. Maria Eu-gênia Cury, a resolução contempla o exercício de uma atividade profissio-nal fundamental, como é a ativida-de do farmacêutico. É a partir dessa conduta que ela considera impor-tante haver o debate sobre como proceder para que a resolução seja encaminhada. “E com este espírito que eu quero discutir a RDC nº 44 com vocês. Ela foi editada em 17 de agosto de 2009 e não reinventa a roda. Ela não faz nada mais do que aquilo que já é lei. E vem trazer para dentro da vigilância sanitária um ar-cabouço para que a própria vigilân-cia sanitária tenha mais elementos, instrumentos e condições para fazer com que os estabelecimentos far-macêuticos se organizem da forma como a população merece.“

Quanto à irracionalidade do uso de medicamentos, provocando ris-cos nocivos à saúde, Dra. Maria Eu-gênia reforça ser essa a lógica com a qual os farmacêuticos vão traba-lhar. “É por isso que medidas como essas são parte da competência do

Profissionais e estudantes de Farmácia atuam para a consolidação da resolução

Page 12: Revista do CRF-BA nº11

12

CRF-BA em Revista

Autosserviço nas farmáciasPara Dra. Maria Eugênia Cury, a

população não vai achar legal não utilizar o autosserviço nas farmácias e drogarias. “A RDC tem um prazo para entrar em vigor e diz que os medicamentos isentos de prescri-ção vão ter de sair das gôndolas, migrando para dentro do balcão, o que provocará um descontentamen-to da população. Diante da pergun-ta: a população gosta de comprar chinelos na farmácia? As respostas correspondem a um sim, é claro, e é bom. Não há como negar isso. As pessoas comuns não têm a visão de estabelecimento e todos são en-volvidos em uma discussão técnica, originada a partir do costume de di-zer o que é bom para as pessoas.

O trabalho com a questão de ris-co e as responsabilidades assumidas pelos profissionais levam a mudan-ças relacionadas com a proteção da sociedade e das pessoas que a com-

põem. Assim, tanto os farmacêuticos como profissionais e técnicos devida-mente capacitados, devem ter con-dições de discutir e propor técnicas necessárias como o armazenamen-to, bem como para a realização de uma série de outras medidas.

“Além das técnicas, precisamos to-mar algumas medidas que garantam uma melhor relação entre o usuário e o produto de potencial risco” – argumenta a farmacêutica. “Está garantido o acesso ao produto, de forma que todos façam uso dele da melhor forma possível.” Esta norma

da Anvisa se aplica a todo o Territó-rio Nacional e é direcionada a farmá-cias, drogarias, farmácias públicas, postos de medicamentos e unidades volantes.

A norma diz que é responsabili-dade do estabelecimento dar condi-ções a população de ter o direito de assistência de um farmacêutico res-ponsável técnico ou substituto em todo o horário de funcionamento. É uma obrigação para com a socieda-de e um direito da população.

Quanto à segurança do produto, a farmacêutica adverte que não é o produto quem deve ter segurança. “Temos que recomendar que o pa-ciente use o produto. Eu posso falar em termos de qualidade. Agora, a segurança é medida conforme ele é usado. É no uso que eu avalio a segurança. Os produtos têm segu-rança, mas não podem ficar na pra-teleira. Eles foram feitos para serem utilizados.

Infraestrutura adequadaQuanto à infraestrutura do estabe-

lecimento até a execução de serviço farmacêutico, a norma regulamenta que deve haver uma área especifi-ca para fazer as aplicações. Para a farmacêutica, se a área for pequena e só permite fazer a dispensação, então é assim que deve ser. “Essa medida faz parte do gerenciamen-to de risco. Deve haver a definição de ambiente específico destinado ao serviço farmacêutico. Se a drogaria apenas oferecer medicamentos, ela não deixou de cumprir o seu papel, mas na medida em que o estabeleci-mento decide fazer e escolher quais serviços irão prestar, então deve estar preparado para fazer de forma com-patível e com áreas específicas para isso. Não dá para aplicar brincos no corredor da farmácia.”

“A norma diz que é

responsabilidade do

estabelecimento dar

condições a

população de ter o

direito de assistência

de um farmacêutico

responsável ou

substituto em todo o

horário de

funcionamento. É uma

obrigação para com a

sociedade e um direito

da população. “

Page 13: Revista do CRF-BA nº11

13

CRF-BA em Revista

“(...) dispensar o

medicamento

pressupõe medidas

a serem assumidas

pelas farmácias e

drogarias

garantindo que o

paciente usuário

tenha o direito a

informação e

orientação quanto

ao uso.”

Na norma há uma preocupação com relação ao recurso humano. As atribuições devem estar definidas, por escrito, pelo estabelecimento e supervisionadas pelo farmacêutico.

“Atribuições do responsável legal abrangem quem é o proprietário, que também assume responsabilida-des. E, tecnicamente, o farmacêutico é responsável, mas o proprietário também deve garantir qualidade. A sua responsabilidade deve ser clara-mente atribuída, além de ser neces-sária a capacitação e o treinamento dos recursos humanos”.

Quanto à comercialização e à dis-pensação, a resolução diz o que é possível comercializar e dispensar nos estabelecimentos. Na aquisi-ção e recebimento dos produtos, a norma é clara: o estabelecimento terá que definir rotina de aquisição e recebimento de produtos. “Os produtos não podem ser recebidos de qualquer jeito. É necessário cui-dado com as devidas condições de armazenamento e tudo deverá es-tar escrito. Cada farmácia deve ter Procedimento Operacional Padrão (POP) de responsabilidade técnica do farmacêutico”.

“Produtos farmacêuticos devem ficar expostos em área de circulação restrita”

Quanto à exposição e organização dos produtos farmacêuticos foram os itens que mais causaram polêmi-ca com o comércio varejista, diag-nosticou a farmacêutica. “Devem ser observados quais os produtos que devem ser comercializados e categorizados. Os que podem estar organizados em áreas de circula-ção comum, ou, obrigatoriamente, em área de circulação restrita aos funcionários, inclusive os produtos isentos de prescrição.”

“A lógica que a RDC trabalha para a dispensação de medicamentos é a seguinte: dispensar o medicamento pressupõe medidas a serem assumi-da pelas farmácias ou drogarias, ga-rantindo que o paciente usuário tenha o direito a informação e orientação quanto ao uso. Cumprir essa medi-da é um dos direitos suficientes para oferecer menor risco na utilização do produto como: posologia, influência dos alimentos, interação com outros medicamentos, reconhecimento de reações adversas potenciais.

Quanto ao fracionamento de me-dicamentos, esse deve ser alavanca-do para não sobrar medicamentos em casa. Quando a pessoa procura a farmácia para devolver a sobra ninguém recebe. Achamos que não ganhamos status com este serviço. Devemos estabelecer um programa neste sentido. A farmácia passa a ser obrigada a ter um plano de geren-ciamento do seu resíduo. São duas coisas diferentes nesse sentido.

“Agora, respondendo a pergunta inicial: Qual é o papel da RDC na vida das pessoas? Acho que, na verdade, hoje, nós temos na mão a possibilidade de fazer diferente. Há pouco tempo, não podíamos fazer nada e dizíamos que era por causa da legislação. Hoje, temos um arca-bouço legal, que embora ainda te-nha problemas, tem seus méritos”.

“O desafio é envolver a sociedade”

A Dra. Maria Eugênia defendeu que a farmácia tem que estar integrada ao sistema de saúde, “e isso traz mais responsabilidade para o profissional e para o movimento sindical, que vai ter que exigir condições adequadas de trabalho para o exercício da profissão, permitindo a prestação de um atendi-mento de qualidade à população”.

Page 14: Revista do CRF-BA nº11

14

CRF-BA em Revista

“O laboratório deve ser encarado como uma empresa de negócios”

O programa nacional de controle da qualidade, o crescimento cientifico e o futuro dos laboratórios de análises clínicas no Brasil são temas apontados, em entrevista exclusiva concedida para a Revista do CRF-BA, pelo Dr. Ulisses Tuma, formado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Goiás e atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC).

entrevista

14

CRF-BA em Revista

CrF/Ba – o que representa a normalização do setor de análises Clínicas e de produtos de Diagnóstico in vitro?

A Resolução nº 302 veio para re-gulamentar o setor de laborató-rios no país. Houve uma consulta pública e a SBAC intercedeu pela aprovação da normalização, de-vendo estar sendo cumprida, além de precisarmos de um controle de qualidade.

CrF/Ba – por que a maioria dos laboratórios está fora das normas de qualidade da anvisa, descumprindo a rDC nº 302?

Os laboratórios estão conscientes dos benefícios da RDC. Mas, ainda não incorporaram. Sabemos que a Anvisa irá cumprir o que está pro-posto pela norma.

CrF/Ba – a SBaC tem se preocupado com o percentual

“O laboratório deve ser encarado como uma

empresa de negócios. É preciso melhorar o

sistema de gestão. A nossa orientação é a de

que os proprietários devem procurar a SBAC. “

Page 15: Revista do CRF-BA nº11

15

CRF-BA em RevistaCRF-BA em Revista

15

recendo linhas de crédito. A SBAC mantem um relaciona-mento muito próximo com o BN-DES, que oferece linhas de crédito. Através do BNDES, quem quiser fazer um avanço na qualidade do laboratório, é possível. Além do PNCQ, temos um outro programa de acreditação do sistema de ga-rantia de qualidade que pode ser financiado pelo BNDES, através do convênio firmado com a SBAC.

CrF/Ba – existe um diagnóstico de que 86% dos negócios desta área são realizados por grandes laboratórios. e 14% restantes?

de erros dos laboratórios na fase pré-analítica? (da prescrição à coleta)

Sim. Hoje, 70% dos erros laborato-riais ocorrem por problemas na par-te pré-analítica. É onde temos uma grande preocupação. Ministramos cursos, além de orientações sobre como ter uma parte pré-analítica correta e com qualidade. Estes 70% são dados estatísticos mundiais. Uma coleta mal feita, uma identifi-cação errada, a falta de respeito à orientação do paciente sobre o pro-cedimento. Se colheu errado, o final do exame estará errado. Quem acessar o site do PNCQ (Programa Nacional de Controle de Qualidade), que é um progra-ma mantido pela SBAC, e faz o controle de qualidade para 3400 laboratórios no país, terá orienta-ções disponibilizadas. O PNCQ é uma subsidiada pela SBAC. Para participar do programa deve pa-gar uma mensalidade. Daí, faz-se a inscrição, receberá o material e o certificado.

CrF/Ba – por que você considera positiva a automatização nos laboratórios clínicos?

Porque com a automação evita o manuseio pelo ser humano. Nes-se estágio, há diminuição bastante da possibilidade de erro. Cerca de 30% dos laboratórios ainda não têm nada automatizado. A automação tem um custo. Hoje existem linhas de crédito para isso e os bancos têm oferecido taxas acessíveis. Se houver o interesse do proprietário do laboratório se con-segue. Nos eventos e congressos que realizamos, há sempre alguma instituição financeira presente, ofe-

Como sobrevivem? o que pode ser feito para que esses menores não sejam engolidos, já que eles representam 80% do universo de empresas no país?

Os grandes laboratórios têm uma fatia grande no mercado porque oferece um custo mais barato por adquirir produtos em grandes quan-tidades. O volume faz a diferença. Então, eles compram insumos muito barato e podem vender ao mercado mais barato. A idéia principal era dos pequenos se unirem. Abrir mão do orgulho de ser proprietário e formar cooperativa. Fazer uma central de exames para vários laboratórios e proceder com se fosse um grande laboratório. Para os pequenos e médios labo-ratórios sobreviverem no mercado, uma das opções seria o coopera-tivismo, a unificação entre grupos com oito ou dez laboratórios. A ou-tra é tentar buscar o mercado, estar mais atento às ofertas que existem em empresas que precisam fazer exames do seu grupo de funcioná-rios. Há algumas saídas. Tentar en-trar nos centros de bioequivalência do país que precisam de exames de laboratório, que fazem exames na etapa clínica. Existem algumas oportunidades que não estão sen-do buscadas dentro dos pequenos laboratórios. Às vezes, o proprietá-rio está muito preocupado em ficar dentro do laboratório, preocupado com as suas análises internas e não procuram o que existe de oferta no mercado. Melhorar o sistema de gestão, por exemplo, foi um enfo-que muito abordado em palestras. A gestão foi feita sem profissiona-lização, de forma amadora. Não aprendemos a desenvolver uma

“Para os pequenos e

médios laboratórios

sobreviverem no

mercado, uma das

opções seria o

cooperativismo, a

unificação entre

grupos com oito ou dez

laboratórios. A outra é

tentar buscar o

mercado, estar mais

atento às ofertas que

existem em empresas que

precisam fazer exames

do seu grupo de

funcionários.”

Page 16: Revista do CRF-BA nº11

16

CRF-BA em Revista

16

CRF-BA em Revista

gestão nas faculdades. O sistema de gestão deve ser aprimorado como qualquer outro negócio. O laboratório deve ser encarado como uma empresa de negócios. É preciso melhorar o sistema de gestão. A nossa orientação é a de que os proprietários devem procu-rar a SBAC. A entidade conseguiu a aprovação do MEC, com o auxílio da deputada Alice Portugal, que a entidade pos-sa oferecer programas de ensino de pós-graduação na área laboratorial.

CrF/Ba – e quanto à política travada com o Sistema Único de Saúde (SuS). as tabelas de exames representam uma fatia significativa de negócios realizados pelos laboratórios. Como o senhor vê a reivindicação de aumento dessas tabelas?

Em nível nacional, procuramos o Ministério da Saúde, a Secretaria de Assistência à Saúde. Fizemos visitas aos deputados federais. A deputada Alice Portugal tem nos dado uma importante contribuição nesse sentido. É uma luta árdua e difícil para provar que os laborató-rios clínicos estão em situação de dificuldade e precisam reajustar a tabela de preços dos exames labo-ratoriais do SUS. Existem promes-sas. Já entregamos documentos comprovando que o pagamento atual é irrisório para manter os la-boratórios funcionando, principal-mente, os pequenos. Há promes-sas de que isso será estudado e averiguado. É uma luta incessante. Podemos fazer uma previsão de quando é difícil. A expectativa de melhoria ainda deixa a desejar.

CrF/Ba – Quais são as perspectivas de que a SBaC nacional tem a desenvolver em prol da valorização e pela especialidade da análises Clínicas?

Estamos apoiando uma grande campanha de valorização do pro-fissional de laboratório. Trata-se de uma campanha internacional, o nome “Labs are Vital” ou “Labo-ratórios São Vitais”, que a SBAC apóia de corpo de alma, pois mos-tra a importância do profissional

para o diagnóstico. 70% das pa-tologias são diagnosticadas me-diante exames laboratoriais. Este dado é internacional. No entanto, o farmacêutico bioquímico não tem sido reconhecido a essa altura. Em todos os congressos temos um estande específico do programa de valorização do profissional. Deve-ríamos conseguir que todas as en-tidades tivessem. Já conseguimos uma página na revista farmacêuti-ca do CFF. Queremos difundir este trabalho. Estivemos na Áustria, em abril deste ano, no Congresso Europeu e participamos da cam-panha. No Congresso Internacio-nal de Fortaleza, em setembro de 2008, foi feito o lançamento oficial da campanha no Brasil.

CrF/Ba – Qual é o futuro das análises clínicas?

O futuro da análises clínicas no Brasil passa por várias etapas. A primeira é a valorização do profis-sional. A segunda, o aprimoramen-to técnico e científico. É necessário estar preparado para enfrentar o mercado. A situação do mercado é complexa. Os planos de saúde pressionam para pagar menos, os médicos pressionam para ob-ter resultados com mais rapidez e melhor qualidade. A população está altamente informada porque a Internet mostra a rapidez de en-trega de resultados, as tecnologias avançadas. Então, existe cobran-ça. O futuro é estar atento. Como aprimorar? Participando de even-tos, cursos sobre gestão laborato-rial, estudos financeiros profissio-nais dos resultados do laboratório para saber se o investimento está compensando. É importante estar atento à parte de gestão do negó-cio, financeira, administrativa, para sobreviver no mercado.

“O futuro da análises

clínicas no Brasil passa

por várias etapas.

A primeira é a

valorização do

profissional. Segunda,

o aprimoramento

técnico e científico.

É necessário estar

preparado para

enfrentar o mercado.

A situação do mercado

é complexa. ”

Page 17: Revista do CRF-BA nº11

17

CRF-BA em Revista

FERNANDA LUIZA ANDRADE DE AZEVEDO1

JULIANO OLIVEIRA SANTANA1

Professora orientadora: Ana Paula Melo Mariano - Farmacêutica-Bioquímica (UFBA), Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UESC).

1Acadêmicos da Faculdade de Farmácia da União Metropolitana de Educação e Cultura - UNIME, Av. José Soares Pinheiro, 1191, Lomanto Jr, 45601-051, Itabuna, BA.Autor responsável: J. O. Santana. - e-mail: [email protected]

Estudo parasitológico de protozoários e helmintos em uma escola municipal de Itabuna, Bahia, Brasil

INTRODUÇÃO

A s análises feitas observando os princípios da parasitologia são de fundamental importância

para uma interpretação epidemio-lógica, pois, as doenças parasitárias são freqüentes na população mun-dial. Alguns parasitos representam um grave problema de saúde públi-ca sendo na maioria das vezes, ao lado da má nutrição, os responsá-veis por deficiência no aprendizado das crianças e no desenvolvimento físico2.

Os protozoários englobam todos os organismos protistas, eucariotas, exclusivamente unicelulares com ampla dispersão em ambientes úmi-dos e aquáticos, com espécies de vida livre e outras parasitárias. Ape-nas dezenas de espécies infectam o homem7.

Os helmintos, por sua vez, cons-tituem um grupo muito numeroso, pertencendo a diversos filos e se ca-racterizam pela ausência de segmen-tação e celoma, sendo sua ocorrên-

cia no homem muito comum. Estas infecções em geral, resultam, para o hospedeiro, em lesões que se mani-festam de formas variadas7.

Os agravos que os parasitas in-testinais podem causar ao homem incluem, entre outros: a obstrução intestinal (Ascaris lumbricóides), a desnutrição (Ascaris lumbricóides e Trichuris trichiura), quadros de diar-réias e má absorção de nutrientes (Giardia lamblia). As manifestações clínicas são usualmente proporcio-nais à carga parasitária adquirida pelo indivíduo11.

Diversos fatores contribuem nas infecções de parasitos intestinais em seres humanos como a deficitária rede de esgotos, as precárias condi-ções de higiene aliadas á falta de lim-peza dos reservatórios de água e a não utilização de água filtrada ou fer-vida. Essas deficiências de princípios higiênicos e precárias condições de moradia favorecem a disseminação e podem levar a incidência de para-

sitoses em determinadas regiões2.Por sua vez, o presente estudo foi

realizado com o objetivo de caracte-rizar as infecções intestinais por pro-tozoários e/ou helmintos, identificar os fatores associados a estas doenças visando conscientizar a população sobre problemas de saúde pública e avaliar os resultados dos exames das crianças, com o intuito de contribuir para que as intervenções em sanea-mento e saúde possam ser prioriza-das de forma mais eficaz, no sentido de proteger a saúde infantil.

MATERIAIS E MÉTODOS

A escola selecionada para o estudo situa-se no Bairro Lomanto Júnior no município de Itabuna (Figura 1). Esta cidade esta localizada na mesor-região do sul da Bahia, a 426 Km de Salvador, e abriga uma população de 212.245 habitantes. Seu clima é tropical úmido sem estação seca, sendo as chuvas uniformemente dis-tribuídas durante o ano1 6.

CRF-BA em Revista

17

Page 18: Revista do CRF-BA nº11

18

CRF-BA em Revista

O material para estudo foi colhido e analisado no período de junho a agosto de 2008, onde foram ava-liados 41 exames parasitológicos de fezes em crianças de 7 a 14 anos de idade, que cursam da 1ª a 4ª série do ensino fundamental com matrícu-la regular em uma escola pública do município apresentado.

A escola é circunvizinha dos bair-ros periféricos: Odilon, Nova Itabuna, Santa Catarina, Bananeira e Novo Lomanto. Essas localidades sofrem com a falta de saneamento básico e precárias condições de moradias.

A amostragem definida para rea-lização dos exames parasitológicos foi do tipo aleatória simples com sor-teio de 80 crianças, correspondendo 70% dos estudantes matriculados na instituição no período matutino, para posteriormente serem analisados os resultados e comparados com o per-fil epidemiológico local.

A metodologia utilizada a fim de relacionar os aspectos sócio-econô-micos com o processo saúde-doen-ça foi de estimativa rápida10, sendo utilizados os instrumentos: inquérito através de um passeio ambiental e entrevistas com lideranças.

Previamente, foi realizada uma palestra educativa com os pais, so-licitando autorização para as crian-ças participarem do projeto, nesta ocasião foram distribuídos coletores identificados com o nome completo

da criança, sexo, idade e série, pelo qual foram orientados sobre a coleta do material biológico. Após uma se-mana os coletores com o material co-lhido foram encaminhados ao Labo-ratório de Parasitologia da Faculdade de Farmácia da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), uni-dade de Itabuna-BA.

As amostras foram processadas dentro de 24 horas conforme o mé-todo Mariano & Carvalho9 utilizado para diagnosticar ovos, larvas de hel-mintos e cistos de protozoários. De cada amostra foram confeccionadas três lâminas coradas com lugol para posterior análise ao microscópio óp-tico na objetiva de 10X e 40X.

Após o processamento e análise das amostras, os laudos foram liberados para os responsáveis durante uma nova palestra educativa abordando temas sobre prevenção, conscientiza-ção e tratamento. Aqueles que apre-sentaram alguma parasitose foram encaminhados ao serviço de saúde local para o tratamento adequado.

Para promover a educação higi-ênico-sanitária, foi realizada uma palestra informativa com os pais dos estudantes abordando aspectos per-tinentes as medidas de saneamento básico, tratamento da água e higie-nização de alimentos.

RESULTADOSDas 80 crianças selecionadas

apenas 41 contribuíram para re-alização do exame parasitológico de fezes e em 16 (39,02%) estu-dantes foram identificados proto-zoários ou helmintos parasitados e 25 (60,98%) não apresentaram formas parasitárias (Tabela 1).

Nas crianças parasitadas, obser-vou-se que 12,50% apresentavam poliparasitismo e que 87,50% eram unoparasitadas. Entre os helmin-tos destacaram-se Trichuris trichiu-ra 25% (4), Ascaris lumbricóides 18,75% (3), Hymenolepis nana 6,25% (1), e entre os protozoários destacaram-se a Giardia lamblia 43,75% (7) e Endolimax nana 6,25 (1) (Tabela 2).

A maior incidência diagnosticada no estudo foi encontrada no sexo feminino (56,25%), ocorrendo des-sa forma uma menor prevalência no sexo masculino (43,75%) (Qua-dro 1).

Quando se analisa a idade dos par-ticipantes em relação à freqüência parasitária, percebe-se que a maior incidência foi encontrada nos inter-valos que correspondem à faixa ente 7 a 10 anos de idade (Tabela 3).

Figura 1 – Localização da Cidade de Itabuna, Estado da Bahia – Brasil.Fonte: Acervo do autor

tabela 1 – Resultado do estudo parasitológico das 41 amostras fecais em uma escola municipal. Itabuna-BA, 2008.

tabela 3 – Freqüência parasitária em 16 amos-tras fecais de criança¬¬¬s em escola municipal conforme a faixa etária. Itabuna-BA, 2008.

tabela 2 – Prevalência de espécies através do exame parasitológico em amostras fecais de 16 crianças em uma escola municipal. Itabuna-BA, 2008.

tabela 1 – Total de parasitos encontrados nas crianças de acordo com o sexo. Itabuna-BA, 2008.

18

CRF-BA em Revista

Page 19: Revista do CRF-BA nº11

19

CRF-BA em Revista

DISCUSSÃO

Analisando o estudo em relação à idade, os resultados encontrados foram semelhantes aos descritos na literatura, isto é, a Giárdia lamblia foram mais freqüentes em alunos de faixa etária mais baixa (7-10 anos). A alta prevalência se deve provavel-mente a falta de hábitos higiênicos e/ou a ausência de imunidade à reinfecção.

Verificou-se que quanto menor a idade da criança, maior o risco da mesma apresentar parasitoses intes-tinais. Este achado pode ser explica-do pelo fato das crianças mais novas terem menos consciência de higiene e hábitos de levar objetos contamina-dos e mãos sujas á boca, favorecen-

do a infecção por esses patógenos.Na distribuição dos participantes

dentro da variável sexo, constatou-se que a porcentagem parasitária não apresentou diferença estatisti-camente significante entre os gru-pos (Tabela 4).

Não foi detectada diferença sig-nificante quando analisou-se a ocorrência de infecção por alguma parasitose por faixa etária e sexo (Tabelas 4 e 5). No entanto, quando foi realizada análise individual das parasitoses mais freqüentes, por faixa etária, foi visto no grupo de 7-10 anos a prevalência de Giardia lamblia e Trichuris trichiura foi signi-ficativamente maior em relação ao o grupo da faixa de 11-14 anos, onde o mesmo apresentou-se com baixa

carga parasitária.No estudo realizado em 20035

com 72 crianças entre a faixa etá-ria de 5 a 14 anos em uma escola pública do estado de Minas Gerais, também detectou-se a maior inci-dência do parasita Giardia lamblia, identificado em 22 (30,5%) das amostras fecais.

Os resultados diagnosticados tam-bém se coadunam com outros le-vantamentos parasitológicos feitos em algumas cidades brasileiras, que demonstram a giardíase uma das principais parasitoses intestinais en-tre crianças, evidenciando que tanto a idade, quanto o nível sócio-econô-mico, são determinantes para giar-díase e sua proliferação. Crianças de escolas ou creches têm contato

tabela 4 – Resultado do levantamento parasitológico em amostras fecais, de acordo com a faixa etária, de 16 crianças em uma escola municipal. Itabuna-BA, 2008.

tabela 5 – Resultado do levantamento parasitológico em amostras fecais, de acordo com o sexo, de 16 crianças em uma escola municipal. Itabuna-BA, 2008.

CRF-BA em Revista

19

Page 20: Revista do CRF-BA nº11

20

CRF-BA em Revista

íntimo maior entre si, o que favo-rece a transmissão pessoa-a-pessoa deste protozoário3 4 8.

As análises parasitológicas con-firmam que o índice encontrado de parasitismo por protozoários e hel-mintos está ligado à grande falta de saneamento básico, o que contribui para sua disseminação, como tam-bém está associada a vários fatores: a não utilização de água filtrada ou fervida, alimentos não higienizados antes de serem consumidos, conta-to direto (pessoa-pessoa) principal-mente em locais de aglomerações, reservatórios contaminados e maus hábitos de higiene.

A fim de investigar o processo saú-de-doença, foram realizados estudos através do método de estimativa rápida10. Com base nessas infor-mações detectamos que a maioria dos bairros atendidos pela educação infantil da escola em estudo não são acolhidos freqüentemente pela coleta pública do lixo, por essa precarieda-de, os moradores formam lixões nos locais públicos contribuindo na proli-feração de cistos da giardíase que são veiculadas através de vetores (bara-tas e moscas). As ruas são despro-vidas de pavimentação e durante o período de seca ou de racionamento as comunidades são obrigadas a uti-lizar fontes alternativas de abasteci-mento aproveitando as águas do Rio Cachoeira sendo este parcialmente poluído e impróprio para o consumo e uso doméstico.

A qualidade da água encontrada em rios facilita a infecção por para-sitoses intestinais, como também a ingestão de vegetais crus e de partí-culas de terras contaminadas7.

Quanto ao esgotamento sanitário, há evidências de que o maior risco para as helmintoses e os protozoários intestinais está associado à disposição dos esgotos no terreno ou nas ruas. Embora o escoamento nos córregos

também tenha caráter protetor, pois afastam rapidamente os excretas da família geradora, esta solução coloca em risco a saúde da população que moram próximo do ponto de des-pejo. Essas observações configuram um cenário de risco parasitário as crianças e seus familiares.

No intuito de incluir o público in-fantil na importância da prevenção parasitária, foi elaborada e executa-da uma peça teatral na escola pelos estudantes da Faculdade Farmácia da UNIME-Itabuna.

CONCLUSÃO

Com a prevalência diagnosticada de protozoários e helmintos intesti-nais (39,02%), recomenda-se que os programas municipais voltados para o controle da saúde pública sejam enquadrados com maior freqüência nos bairros atendidos pela educação da escola municipal em análise.

7. REFERêNCIAS BIBLIOgRáFICAS1. ANDRADE, Maria Palma. Itabuna – Novo Estudo Monográfico. 2º Edição, Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 1979.

2. CIMERMAN, B e CIMERMAN S. Parasitolo-gia Humana e Seus Fundamentos Gerais. São Paulo: Ed. Atheneu, 2008.

3. COSTA-MACEDO, L.M.; MACHADO-SILVA, J.R.; RODRIGUES-SILVA, R.; OLIVEIRA, L.M.; VIANA, M.S.R. Enteroparasitoses em pré-es-colares de comunidades favelizadas da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno Saúde Pú-blica. v.14, n.4, p.851-855, out-dez, 1998.

4. FERREIRA, C.B.; JUNIOR, O.M. Enteropa-rasitoses em escolares do distrido de Martiné-sia, Uberlândia, MG: um estudo-piloto. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Trocipal. v. 30, n. 5, p. 373-377, set-out, 1997.

5. FERREIRA, P.; LIMA, M.R.; OLIVEIRA, F.B.; PEREIRA, M.L.M.; RAMOS, L.M.; MARÇAL, M.G.; COSTA-CRUZ, J.M. Ocorrência de para-sitas e comensais intestinais em crianças de es-cola localizada em assentamento de sem-terras em campo Florido, Minas Gerais, Brasil. Revis-ta da Sociedade Brasileira de Medicina Tropi-cal. v. 36, n. 1, p. 109-11, jan-fev, 2003.

6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). População estimada.

Itabuna, 2008. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/esti-mativa2008/POP2008_DOU.pdf >. Acessa-do em: 21 de janeiro de 2009.

7. NEVES, David Pereira. Parasitologia Hu-mana. São Paulo: Ed. Atheneu, 2005.

8. MACHADO, R.C.; MARCARI, E.L.; CRIS-TANTE, S.F.V.; CARARETO, C.M.A. Giardíase e helmintíases em crianças de creches e es-colas de 1º e 2º graus (públicas e privadas) da cidade de Mirassol (SP, Brasil). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 32, n. 6, p. 697-704, Nov-dez, 1999.

9. MARIANO, M. M.; CARVALHO, S. M. S.; MARIANO, A. P. M.; ASSUNCAO, F. R.; CAR-ZOLA, I. M. Uma Nova Opção para Diagnós-tico Parasitológico: Método de Mariano e Carvalho. Newslab. v. 68, n. 68, p. 132-140, fev-mar, 2005.

10. MEDRONHO, Roberto A. Epidemiologia. São Paulo: Ed. Atheneu, 2002.

11. STEPHENSON, L.S. The impact of hel-minth infections on human nutricion. London. Taylon & Francis, 1987.

12. VIEIRA, Sonia Maria. Introdução a Bioes-tatística. São Paulo: Campus, 2004.

Este estudo demonstra a necessi-dade do controle das crianças com o meio contaminado, e suas conse-qüências patogênicas. Os programas a serem desenvolvidos devem incluir a cobertura e qualidade nos servi-ços de abastecimento de água e a eliminação dos esgotos nos terrenos e ruas por meio da implantação de redes coletoras.

O conhecimento das espécies e dos percentuais de infecção são re-cursos importantes para uma me-lhor adequação das medidas pre-ventivas a serem planejadas pelas equipes de saúde.

AgRADECIMENTO

Agradecemos aos docentes Ana Paula Melo Mariano, Pedro Costa Campos Filho e aos estudantes da Faculdade de Farmácia da UNIME-Itabuna pelo apoio e colaboração durante a realização deste projeto.

20

CRF-BA em Revista

Page 21: Revista do CRF-BA nº11

21

CRF-BA em Revista

O prefeito de Camaçari, Dr. Luiz Caetano, foi um dos palestrantes do evento

Dra. Alice Portugal falou das ações no Congresso

Profissionais defenderam propostas para a área

em destaque

ASBAC Regional Bahia, o Sindlab Bahia e o Departamento de

Analises Clínicas da Confederação Nacional de Saúde (DL/CNS) reali-zaram, nos dias 9 a 10 de outubro, em Salvador, a VII Jornada Baiana de Análises Clínicas e a I Jornada Brasileira em Gestão de Pequenos e Médios Laboratórios Clínicos. O evento contou com a presença de autoridades da área de saúde. Compuseram a mesa de abertura o presidente da SBAC, Dr. Ulisses Tuma, o presidente da SBAC/Re-gional Bahia, Dr. Mário Martinelli, o presidente do CRF/BA, Dr. Altamiro Santos, o presidente do Sindlab,

Salvador

VII Jornada Baiana de Análises Clínicas e a I Jornada Brasileira em gestão de Pequenos e Médios Laboratórios Clínicos

XXIX Semana de Farmácia da UFBA

Entre os dias 28 de setembro e

2 de outubro de 2009, o Diretório Acadêmico Ferreira Gomes da Faculda-de de Farmácia da UFBA realizou sua XXIX Semana Aca-

dêmica, trazendo como temática principal “A Democratização da Ci-ência e Tecnologia Farmacêutica na Saúde Pública”.

A SEFAR-UFBA contou com uma participação de pouco mais de 240 estudantes, também abordou temas

Dr. Andersom Alvin, o presidente do DL/CNS, Dr. Tércio Kasten, a de-putada federal, Dra. Alice Portugal, e o Dr. Marcelo Brito.

como: A Universidade e Seus Fins, O Papel das Propagandas de Medi-camentos, Violência: Caso de Polícia ou Saúde Pública? Ciclo da Assis-tência Farmacêutica no SUS, Leis de Quebras de Patentes e Avanço dos Laboratórios Oficiais, As Novas Re-gras da ANVISA, Resgate histórico do DAFG entre outros.

A XXIX Edição da SEFAR se mos-trou um espaço bastante produtivo, concretizando o objetivo do evento, que era a mobilização dos estudan-tes em torno de discussões sobre temas de fundamental importância para sua formação profissional.

Page 22: Revista do CRF-BA nº11

22

CRF-BA em Revista

Dirigentes do sindicato apresentam ações para 2010

Participação ativa de Alice Portugal e Aladilce de Souza

I Seminário de Técnicos em Análises Clínicas

Sindcosmetic apresenta metas para o ano de 2010

Aconteceu, em outubro passado, no Hotel Portobello em Salvador, o I Seminário de Técnicos em Análi-ses Clínicas com participação ex-pressiva dos profissionais. O even-to foi uma promoção do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia e contou com as presenças dos palestrantes: deputada federal Alice Portugal, vereadora Aladilce

Em evento realizado, no mês de novembro, no Hotel Catussaba,

o presidente do Sindicato das Indús-trias de Cosméticos e Perfumarias da Bahia, Dr. Gecê Macedo, expres-sou otimismo com o crescimento do setor e destacou que a Bahia está se tornando um dos mais importantes pólos das indústrias de cosméticos e perfumarias do Nordeste. Aumentar o número de indústrias sindicalizadas e ampliar o campo de trabalho no setor de cosméticos e perfumarias do estado da Bahia é o que espera a direção do Sindicato do Setor de Cosméticos e Perfuma-rias no estado.

As perspectivas e metas para o próximo ano foram apresentadas pelo presidente do Sindcosmetic, Dr. Gecê Macedo.

Participaram do evento os repre-sentantes do CRF/BA, Dr. Eustáquio

Linhares, das faculdades de Farmá-cias da UNIME, da FIB, da FTC, da Federação do Comércio do Estado da Bahia e Sebrae.

Dr. Gecê Macedo destacou que o setor irá precisar de profissionais qualificados e especializados para assumir o desenvolvimento desse

importante segmento que cresce anualmente.

Ressaltou a importância da parti-cipação das faculdades na atividade e o apoio do Conselho Regional de Farmácia da Bahia.

“Esperando contar com essa im-portante parceria”.

de Souza, diretor do Colégio Anísio Teixeira, professor Luis Henrique, Técnico da Visa, além do diretor da SBAC Bahia, Dr. Mário Martinelli Júnior. Na programação foi desta-cada a regulamentação do âmbito profissional, as ações de fiscaliza-ção e a importância da formação da comissão de técnicos de Análi-ses Clínicas do CRF/BA.

Page 23: Revista do CRF-BA nº11

23

CRF-BA em Revista

Trabalho organizado e responsável das farmacêuticas que colaboraram com as eleições do CRF/BA. Fotos 1,2 e 3

Durante todo o dia, o clima da eleição foi tranquilo e de festa. Fotos 4 e 5

Processo transparente e democrático no CRF/BA

Foi realizada no dia 13 de novem-bro, a eleição para conselheiros

regionais, diretoria e conselheiro fe-deral. A Diretoria agradece o trabalho responsável e sério conduzido pelos farmacêuticos Dr. Luciano Natal, co-ordenador do pleito, e o Dr. Alex Felix de Souza, representante do CFF. Esses farmacêuticos foram merecedores de uma monção pela dedicação ao tra-balho voluntário nas eleições, aprova-da em plenário do CRF/BA.

Os farmacêuticos eleitos:

NOME Nº DE VOTOS

Eliana Cristina de Santana Fiais 1702

Jacob Germano Cabús 1619

Mara Zélia de Almeida 1524

Edênia Socorro Araújo dos Santos 1472

Tânia Maria Planzo Fernandes (Suplente) 1200

NOME Nº DE VOTOS

Altamiro José dos Santos 2112

Clóvis de Santana Reis 1706

Cristina Maria Ravazzano Fontes 1571

Sônia Maria Carvalho 1537

NOME Nº DE VOTOS

Farmº. Mario Martinelli Júnior (Efetivo)

Farmª. Ângela Maria de Carvalho Pontes (Suplente)

1.353

CONSELHEIROS REgIONAIS - Mandato 2010/2013

CONSELHEIROS REgIONAIS - Mandato 2011/2014

NOME Nº DE VOTOS

Chapa Única 2.536

PresidenteFarmº. Altamiro José dos Santos

Vice-PresidenteFarmº. Eustáquio Linhares Borges

Secretário-GeralFarmª. Eliana C. de Santana FiaisTesoureiroFarmª. Edênia Socorro Araújo dos Santos

DIRETORIA - Mandato 2010/2011

CONSELHEIRO FEDERAL - Mandato 2010/2013

2

3

1

4

5

Page 24: Revista do CRF-BA nº11

24

CRF-BA em Revista

Foi realizada, no dia 14 de dezembro, no Museu de Arte Sacra da UFBA, a Sessão Solene comemorativa dos 60 anos de criação da Faculdade de Farmá-cia da Universidade Federal da Bahia e dos 194 anos de ensino do Curso de Farmácia.

Na programação da atividade, foi apresentado o livro intitulado “Do boticário ao farmacêutico”. A solenidade foi presidida pela diretora da Faculdade de Far-

Faculdade de Farmácia da UFBA comemora 60 anos e lança livro sobre a sua história

Representação acadêmica, sindical e de classe na comemoração dos 60 nos da faculdade

mácia, professora Maria Spíno-la. Estiveram presentes ao even-to a professora e pro-reitora da UFBA, Dra.Nádia Andrade de Moura Ribeiro, o presidente do CRF/BA, Dr. Altamiro Santos, a diretora do Sindifarma, Dra. Edênia Araújo (foto), além de vários professores e acadêmicos de Farmácia.

Docentes prestigiaram o aniversário da faculdade

Os autores e síntese da obra

O livro "Do boticário ao farma-cêutico: o ensino de farmácia na Bahia, de 1815 a 1949", publi-cado pela Editora da UFBA, foi elaborado por Florentina Santos Diez del Corral, Mirabeau Levi Alves Souza e Odúlia Leboreiro Negrão.

A obra faz uma análise históri-ca aprofundada sobre o ensino de Farmácia no estado.

Boticas e boticários precedem, acolhem e permeiam o caminhar de 134 anos (1815 - 1949) em que se forma e se transforma o ensino de Farmácia, na Bahia. A partir das cadeiras de Química Farmacêutica e de Farmácia e, na sequência, da fundação do Curso Farmacêutico, em 1832, a criteriosa garimpagem dos mais diversos documentos his-tóricos permitiu recuperar, com fidelidade, temas concernentes ao ensino de Farmácia, ainda que, inicialmente, embutidos no ensino de Medicina.

Enquanto investigação do en-sino de Farmácia na Bahia, são privilegiados os distintos currí-culos propostos, que depõem no tempo sobre os avanços e retrocessos a que se expôs a

Page 25: Revista do CRF-BA nº11

25

CRF-BA em Revista

Amigos, professores e estudantes participaram do coquetel

Os professores Mirabeau Levi, Odúlia Negrão e Flora Corral autografaram o livro

Flora Diez del Corral“O que me levou à decisão de escrever o livro foi a minha inquietação, dada à ausência, até então, de um documento de identidade da Faculdade de Farmácia da UFBA.O livro preenche essa lacuna, resgatando a existência de re-gistros dispersos da memória do ensino de Farmácia, desde seu início.”

Odúlia Negrão“A etapa da pesquisa documen-tal foi extremamente prazerosa, face à riqueza de dados encon-trados, até então desconheci-dos, sobre o desenvolvimento do ensino na área da saúde, na Bahia. Por outro lado, demandou o exercício permanente de disci-plina para o resgate exclusivo

formação do profissional farma-cêutico, ao sabor das políticas de educação e saúde praticadas na época no Império e na Repú-blica. Revela-se, ainda, o víncu-lo profundo e duradouro com o ensino de Medicina, ao lado de experiências de independência através de sociedades de classe. No percurso, a conquista pau-latina por espaços próprios que redundam na criação do Curso Autônomo de Farmácia, em de-zembro de 1949.

daqueles pertinentes ao ensino farmacêutico, o foco da nossa pesquisa.”

Mirabeau Levi Souza“Além de preencher uma lacuna em termos de documentação sistemática sobre o curso farma-cêutico, desde os seus primór-

dios, o texto do livro deverá ser indicado enquanto refe-rência bibliográfica nos diver-sos cursos de Farmácia e po-derá provocar o interesse pela pesquisa de aspectos outros, diversos, não desenvolvidos no presente trabalho sobre o ensino da Farmácia na Bahia.”

Depoimento pessoal dos autores do livro sobre o trabalho realizado:

Page 26: Revista do CRF-BA nº11

26

CRF-BA em Revista

gUANAMBI

M arcaram presença ao encontro com os farmacêu-ticos de Guanambi, os presidentes do CRF/BA, Dr.

Altamiro Santos, do Sindifarma, Dra. Eliane Simões, e da SBAC/Regional Bahia, Dr. Martinelli Junior. Na reunião, que contou com a participação da delega-da honorária do CRF/BA, Dra. Ana Cláudia Queiroz de Arruda, no dia 20 de outubro, foram debatidas a resolução nº 44, a situação das análises clínicas e as questões relacionadas a Atenção Farmacêutica.

Farmacêuticos discutem questões relacionadas à profissão

Professores e estudantes de Farmácia (FIB)

Farmacêuticos dão contribuição ao debate

Foi realizado em Salvador, no mês de novembro, o Curso de

Quimioterápicos Antineoplásicos. Os cursos de aperfeiçoamento e

atualização profissional na área de saúde, integram o Programa de Aperfeiçoamento Multidisciplinar em Oncologia (PROGRAMO) com ênfa-se nas especialidades de oncologia e hematologia em Salvador.

Curso de Quimioterápicos Antineoplásicos

I Semana de Farmácia da FIB

Nos dias 28 a 31 de outu-bro, foi realizada a 1ª Se-

mana de Farmácia da Facul-dade Estácio (FIB). O evento foi organizado pelo Diretório Acadêmico e teve como tema central “Sem o famácêutico, a saúde não tem remédio”. O acadêmico Edson Alan inte-grou a comisão organizadora da semana.

Diplomados os representantes baianos no CFF

Foram diplomados, no dia 17 de dezembro, em reunião

Plenária do Conselho Federal de Farmácia, os conselheiros federais Dr. Mário Martinelli Júnior e Dra. Angela Maria de Carvalho Pontes (suplente) em Brasilia.

Mérito FarmacêuticoO farmacêutico Dr. Ubirajara

Ramos Cairo foi indicado para receber a Comenda do Méri-to Farmacêutico, no dia 20 de janeiro, em solenidade come-morativa ao Dia do Farmacêu-tico, em Brasilia.

A atualização profissional tem sido um dos principais objetivos da Jornada de Far-mácia da UNIME. O evento é uma promoção do Diretório Acadêmico e do Colegiado. Participaram da atividade a deputada federal Alice Por-tugal, o presidente do CRF/BA, Dr. Altamiro Santos e a farmacêutica Dra. Marli Albu-querque.

VIII Jornada de Farmácia UNIME

Page 27: Revista do CRF-BA nº11

27

CRF-BA em Revista

Nononono nonono

Nononono nonono

VITóRIA DA CONQUISTA

Com o tema central “Assistência Farmacêutica: farmacêuticos pro-

movendo a qualidade de vida” foi realizada, nos dias 18 a 21 de no-vembro, a III Semana de Farmácia da unidade UFBA/Vitória da Conquista. Na programação da semana, foram incluídas palestras, mesa redonda e mini-cursos. Dentre os temas deba-tidos estão os desafios da assistência farmacêutica, a farmácia como esta-belecimento de saúde, a propaganda de medicamentos, a fitoterapia, o uso racional de medicamentos. O evento contou com o apoio do CRF/BA e a realização foi do Diretório Acadêmi-co de Farmácia.

As entidades da categoria farma-cêutica (Conselho Regional dede

Farmácia do Estado da Bahia, Sin-dicato dos Farmacêuticos do Esta-do da Bahia e Sociedade Baiana de Analises Clínicas) participaram, no dia 21 de novembro, de reunião na cidade de Vitória da Conquista com os farmacêuticos da região. O pro-grama abrangeu no evento as ques-tões relacionadas ao profissional, além das últimas medidas adotadas pela Anvisa, como a resolução nº 44, que foi bastante debatida pelos par-ticipantes.

Estiveram presentes ao encontro os presidentes do CRF/BA, Dr. Al-tamiro Santos, do Sindifarma, Dra.

III Semana de Farmácia

Evento reúne representantesde entidades farmacêuticas

Eliane Simões, da SBAC/Bahia, Dr. Martinelli Junior, e da Associação de Vitória da Con-quista, Dr. Frederico Messias do Prado, e o delegado honorário do CRF/BA, Dr. Ubirajara Ramos Cairo

Os novos dirigentes da associação

Jornada atrai presença dos profissionais

No dia 12 de dezem-bro, foi realizada a

I Jornada em Análises Clínicas ASFARMA, na cidade de Vitória da Con-quista. A atividade con-tou com o apoio da SBAC BAHIA e do CRF/BA que também participaram da eleição da nova diretoria da associação. De acor-do com os organizado-res do evento, o encon-tro reuniu um número significativo de profissio-nais e foi considerado um sucesso.

Jornada em Análises Clínicas e Farmácia

(foto). As ações encaminhadas pela SBAC nacional foram também tra-tadas pelos dirigentes das entidades no decorrer da reunião.

Page 28: Revista do CRF-BA nº11

28

CRF-BA em Revista

NACIONAL

No mês de dezembro, a Federa-ção Nacional dos Farmacêuticos

completou 35 anos de criação. As comemorações foram realizadas no estado de São Paulo e contaram com a participação de represen-tantes de vários estados do Brasil. Os impactos da aplicação da RDC 44 da Anvisa, que dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas foram

O Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Em-

presas reconheceu na Bahia, as micro e pequenas empresas que promoveram o aumento da quali-dade, da produtividade e da com-petitividade, pela disseminação de conceitos e práticas de gestão.

Aniversário da Fenafar

Prêmio de Competitividade

amplamente debatidos no encontro. O debate contou com a participa-ção de Pedro Ivo e Maria Eugênia Cury, ambos da Anvisa. Dentre as determinações da norma, os medi-camentos sem prescrição que estão nas gôndolas devem voltar para traz do balcão e fica proibida a venda de produtos não correlatos nos estabe-lecimentos farmacêuticos.

Dr. Lucas Carneiro exibindo o troféu

Os finalistas do MPE Brasil

Entre os finalistas da área farmacêutica estão os laboratórios e farmácias, dirigidos por sete farma-cêuticos: • BIO FORMULA DE MANIPU-

LAÇÃO LTDA. - A FORMULA Comércio Jequié;

• CARNEIRO PHARMA LTDA. - FARMÁCIA SANTO ANTONIO E FORMULLAR Comércio Jacobina;

• LIZZANDRA DA COSTA BORGES - FARMÁCIA CENTRAL Comércio Teixeira de Freitas;

• CLAB CENTRO DE ANÁLISES CLÍNICAS DA BAHIA LTDA. Serviços de Saúde Salvador;

• LACSAUDE SERVIÇOS EM SAÚDE LTDA.Serviços de Saúde Seabra;

• LAPEC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICASServiços de Saúde Jacobina;

• HEMOCENTER LABORATÓRIO E ANÁLISE CLÍNICA LTDA. - Serviços de Saúde Feira de Santana.

Page 29: Revista do CRF-BA nº11

29

CRF-BA em Revista

29

CRF-BA em Revista

programe-se

V Congresso Brasileiro de Farmacêuticos em OncologiaQuando: 16 a 18 de abril onde: Estação Embratel em Curitibainformações: [email protected]

Comemoração ao Dia do FarmacêuticoQuando: 22 de janeiro onde: Unique Eventos informações: CRF/BA gestão e Tecnologia Cosmética

Engenharia CosméticaQuando: abrilonde: Salvador/ rede FtCinformações: [email protected]

Farmacologia ClínicaQuando: abrilonde: Salvador/ rede FtCinformações: [email protected]

37º Congresso Braseleiro de Análises Clínicas – 10º Congresso Brasileiro de Citologia ClínicaQuando: 16 a 20 de maioonde: Centro de Convenções de goiânia - go informações: (62) 3214-1005www.cbac.org.br

1º Curso Revisão em Microbiologia ClínicaQuando: 19 a 21 de marçoonde: Faculdade de Farmácia da UFBAinformações: SBaC(71) 8767-7073 - 3015-5455 (Cíntia)

Curso Teórico-Prático para Técnicos em Patologia Clínica e EstudantesQuando: 12 de marçoonde: Salvadorinformações: (71) 3271-2866 3341-3217 (Girnil) / www.sindlabbahia.org.brE-mail: [email protected]

SBAC/BA (71) 3015-5455 / 8767-7073(Cíntia) / www.sbacbahia.org.brE-mail: [email protected]

Page 30: Revista do CRF-BA nº11

30

CRF-BA em Revista

Page 31: Revista do CRF-BA nº11

31

CRF-BA em Revista

Page 32: Revista do CRF-BA nº11

32

CRF-BA em Revista