REVISTA Nº 51 IPV6 Empresas migram infraestrutura e sistemas para a mais recente geração de protocolos de internet VÍDEOS Conheça as estratégias e ferramentas de comunicação baseadas em som e imagem PESQUISA FEBRABAN DE TECNOLOGIA BANCÁRIA REVELA CONSUMIDOR CADA VEZ MAIS HABITUADO A INTERNET E MOBILE BANKING TUDO A MÃO
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REVISTA Nº 51
IPV6
Empresas migram infraestrutura e sistemas para a mais recente geração de protocolos de internet
VÍDEOS
Conheça as estratégias e ferramentas de comunicação baseadas em som e imagem
PESQUISA FEBRABANDE TECNOLOGIA BANCÁRIA REVELA CONSUMIDORCADA VEZ MAISHABITUADO A INTERNETE MOBILE BANKING
TUDOA MÃO
COMISSÃO ORGANIZADORA: PRESIDENTE: Gustavo de Souza Fosse – Banco do Brasil. VICE-PRESIDENTE: Keiji Sakai – Banco BM&FBovespa. MEMBROS: Adauto Del Fávero – HSBC,
Armando Corrêa – Citibank, Eliane Grotti Borges – Caixa Econômica Federal, Jorge Fernando Krug Santos – Banrisul, Jorge Luiz Viegas Ramalho – Itaú Unibanco, Jorge Vacarini – Deutsche
Bank, Paulo César Duarte Cherberle – Bradesco, Ricardo Shigueaki Nozuma – Santander Brasil, Ronei Maranssati – Banco do Brasil. DIRETORIA DE EVENTOS: Nair Macedo (diretora),
Marcelo Assumpção (gerente de relacionamento), Hilda Nishijima Solera (assessora). DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO: William Salasar (diretor), Cleide Sanchez Rodriguez (gerente),
Danilo Gregório (assessor). DIRETORIA DE POLÍTICAS DE NEGÓCIOS E OPERAÇÕES: Leandro Vilain João (diretor), Nilton César Gratão (assessor), Vitor Lee Harris (assessor).
MARKETING: Silvia Fernanda Mazzola (assessora)
Revista Ciab FEBRABAN: EDIÇÃO: Danilo Gregório. PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Ideia Visual. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Cleide Sanchez Rodriguez (MTb 15.318)
Esta é uma publicação da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, Av. Brigadeiro Faria Lima, 1485 – 14º andar – Torre Norte – 01452-921 – São Paulo – SP
Copyright 2014 - abril. Todos os direitos reservados
23 Imagem e somEm 2017, mais de 80% do tráfego na web
será de vídeos. Está preparado para a era
audiovisual?
4 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
Vamos com tudo
O Brasil vive um momento único em sua história recente. A Copa do Mundo começa
em algumas semanas e, logo depois, entraremos no clima de eleições. Mas antes de
ingressarmos nesse período mais agitado, estaremos 100% concentrados no Ciab 2014.
Sem a pretensão de nos equiparamos a esses dois grandes acontecimentos, que movem mentes e
corações em nível nacional, temos tudo para realizar mais uma edição marcante do Ciab, entre
os dias 4 e 6 de junho.
Para começar, dê só uma olhada no quilate de alguns dos nossos palestrantes: Steve Woz-
niak, cofundador da Apple, vai falar de sua visão pessoal do futuro da tecnologia; José Roberto
Guimarães, técnico tricampeão olímpico de vôlei, vai compartilhar suas crenças para identifi car
oportunidades e obter resultados acima da média. Fabio Coelho, diretor geral do Google Brasil
(ele assina um dos artigos desta revista), é outro destaque da programação do congresso.
Tantos nomes de peso fazem jus à força do Ciab, que, perto de comemorar um quarto de
século, é a maior vitrine de tecnologia para instituições fi nanceiras da América Latina. Estamos
falando de um setor que, só no Brasil, movimentou R$ 20,6 bilhões em 2013. O montante se refere
aos gastos em tecnologia de 18 bancos (donos de 97% das agências) no ano passado, conforme
aponta a última Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária.
O volume de recursos destinados pelos bancos à tecnologia é ainda mais signifi cativo
num ano de desaquecimento da economia. Resulta do foco em efi ciência operacional e mo-
bilidade, entre outras coisas - para mais dados deste levantamento minucioso, leia a matéria
de capa a partir da página 16. E isso não vai mudar tão cedo. Vamos discutir isso e muito
mais no Ciab. Até lá. ■
Gustavo Fosse
Diretor Setorial de Tecnologia e Automação
Bancária da FEBRABAN
editorial
6 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
artigo
Um país multitelas, multioportunidades
Por Fabio Coelho*
Estamos vivendo uma das maiores transformações no ambiente de negócios dos últimos tempos. Para os que souberem aproveitar, também uma oportunidade sem igual
TODOS OS INDICADORES APONTAM QUE
há uma revolução digital em curso no
Brasil. Cresce o número de pequenas
empresas se expondo na vitrine digital, atrain-
do novos clientes e expandindo suas vendas.
Cresce o número de sites, com dezenas de
milhares de pequenos editores gerando novos
conteúdos e ganhando dinheiro com isto. Na
área de vídeos, o Brasil desponta como um dos
mercados mais dinâmicos do mundo, seja em
quantidade de produtores, seja em audiência.
Somos uma das nações mais engajadas do pon-
to de vista digital. E o número cada vez maior
de brasileiros online - hoje já somos 102 mi-
lhões - cria novas oportunidades todos os dias.
Neste ambiente de evolução e inovação
constante, o Google trabalha com centenas
de milhares de parceiros no Brasil todos os
dias, com o objetivo claro e transparente de
potencializar este explosivo dinamismo onde
o consumidor está cada vez mais presente e
senhor de suas preferencias e hábitos. Há muito
o que ser feito ainda - considerando que me-
nos de 25% das pequenas empresas brasileiras
ainda não têm uma presença online, mesmo
sabendo que 7 em cada 10 usuários brasileiros
buscam lá informações de compra, comparação
e consumo.
No Brasil, especifi camente, está em curso
um fenômeno de rápida adoção de smartphones
e tablets, que redefi ne o comportamento do
consumidor, com impacto em todas as classes
sociais. Uma pesquisa encomendada à Ipsos
revela que hoje mais de 30 milhões de usuá-
rios consomem mídia em três diferentes telas
no País - quase o dobro quando comparado à
França (19 milhões) ou Reino Unido (16 mi-
lhões). Essa tendência está trazendo uma nova
confi guração em todo o consumo de mídia e
também um caminho de compra ainda mais
complexo: com 70% dos usuários brasileiros
usando TV e smartphones ao mesmo tempo,
assistir a TV não é mais uma atividade que
demanda nossa atenção exclusiva.
Entre 2010 e 2013, o tempo que as pessoas
passam, diariamente, online, quase dobrou.
Nos Estados Unidos, este ano, pela primeira
vez, o tempo que as pessoas passam online será
maior do que o tempo que passam assistindo
televisão. No Brasil, ainda não chegamos lá,
mas a tendência é clara e vai na mesma direção.
Além dos hábitos de consumo, há tam-
bém uma mudança em curso na produção de
conteúdo. Hoje, jornais e revistas contratam -
além de jornalistas - desenvolvedores capazes
de produzir conteúdos mais engajadores para as
plataformas onde as pessoas estão consumindo
a informação. Nas plataformas digitais, como
vimos recentemente no Brasil, se multiplicam
os grupos de novos “porta-vozes” do momento,
também conhecido como o cidadão-jornalista.
As próprias marcas se posicionam como gera-
doras de conteúdo.
Emerge neste ambiente uma nova gera-
ção, a que chamamos de Geração C. Trata-se
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 7
artigo
de uma força poderosa de criadores, curadores
de conteúdo, que são, acima de tudo, bem co-
nectados em suas comunidades. Não se defi -
nem por sua idade, mas pelas suas atitudes de
consumo de conteúdo onde, quando e como
querem.
Estas mudanças requerem também uma
rápida evolução e tranformação de modelos
de negócios, que já está em curso no Brasil,
em todos os setores. No Google, temos visto
formas inovadoras de ajudar empresas a ven-
der imóveis, carros, produtos de consumo.
Temos visto pequenas empresas multiplican-
do seus negócios com pequenos movimentos
e investimentos: o que defi ne o bom resultado
quase sempre é a capacidade do empreende-
dor ou negócio, de usar informações ao seu
alcance para entender o seu consumidor, e
atender - com a efi ciência que o ambiente
digital exige - suas ansiedades e expectativas.
O mercado de publicidade digital está se
revolucionando para se adequar ao novo mode-
lo onde, cada vez mais, a publicidade só é vista
de forma voluntária, o consumidor pesquisa
no momento da compra - inclusive de dentro
do shopping - e o engajamento social defi ne o
produto como nunca antes.
O Brasil tem se destacado neste novo am-
biente digital, em todos os níveis. O comercial
mais bem sucedido do ano, reconhecido no
Festival de Cannes 2013, teve sua concepção
em uma agência brasileira, a Ogilvy. A peça -
Real Beauty Sketches, da Dove - exemplifi ca
a capacidade das marcas de estabelecer uma
conexão com o consumidor. O motor por
trás da divulgação foram anúncios TrueView
no YouTube, através dos quais a Dove pode
achar e se conectar com pessoas interessadas
na sua marca.
Temos ainda desafi os pela frente. Na me-
dida em que o Brasil se torna cada vez mais
“multitelas”, é importante acelerar o movimen-
to na direção de aumentarmos nossa capacida-
de de executar campanhas que se comunicam
com usuários de forma efetiva na TV, no com-
putador ou no smartphone e tablet. Temos que
integrar a publicidade a serviços de localização
e contexto. Os resultados de uma busca feita
dentro de um shopping têm que ser diferentes
dos resultados da busca feita em casa. Quando
o usuário viaja de São Paulo para Salvador, seu
contexto mudou. O resultado de uma busca
por restaurantes feita de manhã deve ser dife-
rente do resultado da busca feita à noite.
A nova era de conectividade constante, a
qualquer hora, em qualquer lugar requer trans-
formações nos negócios. Há muito caminho
ainda pela frente. Através dos eventos Th ink
with Google, que realizamos anualmente no
Brasil, trazemos para milhares de parceiros o
que há de mais novo em diversos setores que
estão reimaginando seu ecossistema de enga-
jamento, com foco singular no consumidor. ■
* Fabio Coelho é diretor geral do Google Brasil e será um dos palestrantes do Ciab 2014.
8 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 9
10 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
O PAÍS JÁ TEVE DE ACRESCENTAR letras
às placas dos automóveis, e a telefo-
nia celular ganhou um nono dígito
em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Apesar das inúmeras possibilidades de combi-
nação, os endereços IPv4 - o tipo de endereço
IP mais difundido atualmente - também estão
chegando ao fi m.
O IP (sigla para protocolo de internet
em inglês) é a tecnologia que conecta com-
putadores e dispositivos de uma rede pública
ou privada, permitindo ao usuário trafegar de
um ponto A a um ponto B. Formado por uma
sequência numérica, o endereço IP funciona
como a identidade de uma máquina conectada
à rede mundial de computadores. Cada domí-
nio da internet, como www.ciab.com.br, por
exemplo, tem seu endereço IP correspondente.
O protocolo IPv4 (a versão 4 do IP), sistema
mais usado hoje, permite 4,2 bilhões de com-
binações em todo o mundo. Estima-se que essa
capacidade tenha atingido a metade em 2006.
Mas o crescimento exponencial da internet, a
explosão dos smartphones e a proliferação de
aplicações baseadas na web vêm consumindo
o estoque de forma acelerada.
A última distribuição de IPs na versão 4
ocorreu em 2011, sob o comando da Internet
Assigned Numbers Authority (Iana), que ad-
ministra os “números” da internet em nível glo-
bal. Sediada em Marina del Rey, na Califórnia
(Estados Unidos), a Iana coordena o Sistema
de Nomes de Domínios (DNS), o endereça-
mento IP e a distribuição dos endereços por
cinco regiões: África (Afrinic), Ásia Pacífi co
(Apinic), América do Norte (Arin), América
Rumo ao IPv6Por Carmen Nery
Empresas se movem para evitar sobressaltos na migração para a mais recente geração de protocolos de internet
infraestrutura
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 11
Latina (Lacnic) e Europa/Oriente Médio/Ásia
Central (Ripe NCC).
Conviver ou mudarNa Ásia e na Europa, o estoque de endereços já
terminou. Na América Latina, segundo dados
do Lacnic (Latin America and Caribbean Ne-
twork Information Centre) o fi m está previsto
para o início de junho de 2014. O ponto de
atenção é a incompatibilidade entre o IPv4 e
o novo protocolo IPv6.
Com o esgotamento de endereços IPv4,
o aumento de conexões à internet - desde uma
empresa, um acesso residencial banda larga,
um smartphone, um novo site - só será pos-
sível a partir de endereços IPv6 ou técnicas
de compartilhamento e reaproveitamento de
endereços IPv4 já existentes.
As duas opções têm suas vantagens e
desvantagens. O IPv6 é o caminho evolutivo
natural, mas ainda não está amplamente imple-
mentado nos terminais dos usuários (desktops,
notebooks, tablets, celulares e outros aparelhos
conectáveis) nem nos provedores de acesso à
internet. Para que o usuário possa acessar a
internet usando IPv6, o hardware e o softwa-
re que utiliza têm de ser compatíveis com o
protocolo, assim como o provedor de acesso e
Histórico
Em 1º de fevereiro de 2011, a Internet Assigned Numbers Authority anunciou a atribuição dos últimos blocos de endereços IPv4 disponíveis. O estoque de endereços já acabou na Ásia e Europa.
Na América Latina, segundo levantamento do Lacnic, ainda restavam, em janeiro de 2014, 22 milhões de endereços IPv4, estoque que deve chegar ao fi m no início de junho de 2014.
Já em meados dos anos 1990 discutiu-se a possibilidade de o IPv4 se esgotar. Em 1998, foi defi nido um novo protocolo, o IPv6, criado pela Internet Engineering Task Force (IETF), para resolver o problema da extinção dos endereços IPv4. Com 128 bits, o IPv6 permite uma combinação quase infi nita (2 elevado a 128 ou 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456).
Estima-se que os dois protocolos deverão conviver por pelo menos mais 20 anos, devido ao legado de aplicações e equipamentos baseados no IPv4. Grandes provedores de conteúdo como Google, Yahoo, Facebook e no Brasil, o Terra e o Uol, já concluíram a transição para o IPv6.
As operadoras brasileiras conduzem uma atualização paulatina apostando em redes dual stack. O SindTelebrasil estima para o primeiro semestre de 2015 a conclusão do processo de atualização para o IPv6.
O Gartner estima que em nível global nem 3% das empresas atualizaram suas aplicações que poderão enfrentar problemas de performance e disponibilidade.
infraestrutura
12 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
a operadora de telecomunicações. Hoje, todos
os sistemas operacionais de computadores (o
Windows já a partir do XP) suportam IPv6,
assim como a maior parte dos sistemas opera-
cionais de celulares e smartphones. Mas nem
todo hardware, como modens ou consoles de
jogos, tem o IPv6 embarcado.
“O caminho natural é que os equipamen-
tos passem a ser ‘dual stack’, ou seja, suportem
os dois protocolos, pois o legado de conteúdo e
aplicações IPv4 vai existir por muito tempo. A
tendência é que o usuário prefi ra sempre usar
o IPv6 como forma de acelerar a migração”,
explica Igor Giangrossi, consultor de engenha-
ria da Cisco.
Terreno para fraudadoresJá a solução de compartilhamento de endereços
de IPv4 parte do princípio de que um único
endereço IP pode ser utilizado por mais de
um usuário. “Essa é uma das possibilidades
para o período de transição do IPv4 para o
IPv6”, explica Janilson Bezerra, diretor de ino-
vação da TIM. Só que essa solução traz outras
consequências como a maior difi culdade de
se rastrear um usuário que venha a cometer
um crime eletrônico, como fraudes, ataques
cibernéticos e invasões. O IP único permite
identifi car de onde partiu a conexão, seja um
usuário pessoa física, um site ou um disposi-
tivo. Com vários usuários compartilhando o
mesmo endereçamento IP, não é mais possível
identifi cá-lo apenas por este dado.
Segundo Giangrossi, da Cisco, a outra
alternativa é identifi car a porta de origem por
onde foi feita a conexão. Mas, para isso, as
operadoras de telecomunicações e os prove-
dores de internet têm de guardar os registros
(“logs”) dessas portas, o que nem sempre vem
ocorrendo. “A guarda dos logs é um dos pontos
do Marco Civil da Internet, mas hoje ainda não
é uma obrigação legal, e por isso nem todas as
aplicações, como as mais antigas, têm seus logs
armazenados. Já as mais novas têm todos os
registros de IP e porta de origem guardados”,
admite Marcio Drummond, diretor de pes-
quisa e desenvolvimento do UOL. A empresa
já fez a adaptação da infraestrutura de rede
para aceitar IPv6 sem desprezar o IPv4. “Já a
adaptação das aplicações exige mais calma e já
foi atualizada em 60%”, informa.
Como não poderia deixar de ser, o Brasil
está preparando para a transição. Entre as ope-
radoras, a CTBC e a Sercomtel já concluíram
o processo de atualização de suas redes; a TIM
já oferece IPv6 no mercado corporativo e está
em testes para o usuário fi nal. A GVT atualizou
a rede de transmissão (backbone), as comuni-
cações internacionais e os pontos de troca de
tráfego (PTT) da empresa. A operadora espe-
ra concluir o processo até junho deste ano e
informa ter um saldo de endereços IPv4 para
suportar a transição.
Segundo Charles Costa, diretor do Sindi-
cato Nacional das Empresas de Telefonia e de
infraestrutura
Igor Giangrossi, da
Cisco: “O caminho
natural é que os
equipamentos
passem a ser
‘dual stack’”
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 13
Serviço Móvel e Pessoal (SindTelebrasil), o se-
tor vem discutindo o assunto há dois anos com
o Comitê Gestor da Internet (CGI) e o NIC.
br (Núcleo de Coordenação do Ponto BR), e a
previsão é de que as operadoras conduzam a atu-
alização ao longo de 2014, concluindo o processo
no primeiro semestre de 2015, ou seja, um ano
depois de o estoque de IPv4 acabar. Ele explica
que, quando o IPv4 se esgotar, as operadoras
terão de trabalhar num cenário de transição.
Os dois protocolos são distintos, e será
necessário haver duas redes. Isso não signifi ca
que vai haver duplicação de infraestrutura: se-
rão como duas estradas que correm paralelas,
mas não têm comunicação entre si. Não há
equipamentos que suportem apenas IPv6: os
que já estão atualizados suportam os dois pro-
tocolos. Mesmo assim, as operadoras têm de
trocar componentes de infraestrutura, adquirir
novos equipamentos e reconfi gurar sistemas.
Entre as soluções está o CG-NAT (Carrier Gra-
de Network Address Translation), que permite
o compartilhamento de endereços IPv4 e a tra-
dução entre os dois protocolos.
Operadoras em movimentoA CTBC foi pioneira na transição por sempre
ter tido “foco em inovação”, segundo Luiz An-
tonio Lima, diretor de operações da operadora.
Ele conta que, ao longo dos últimos cinco anos,
estruturou a rede para IPv6 – backbone, rede
metropolitana e backhaul (até o endereço do
cliente) - e já entrega o protocolo para provedo-
res e o mercado corporativo. A rede é também
dual stack, operando em IPv6 e IPv4. “Pegamos
de volta IPs que não eram utilizados e oferece-
mos um IPv4 compartilhado”, explica Lima.
A Telefonica Vivo não tem estoque de en-
dereços IPv4 e ainda não adota o compartilha-
mento. A empresa já oferece serviço em IPv6
para empresas, dependendo de sua localização.
Serviços de banda larga móvel e fi xa para o
público em geral estão em desenvolvimento e
devem ser concluídos em 2015.
A Oi informa que continuará adotan-
do técnicas de otimização de endereços, sem
comprometer a ativação de novos clientes. A
empresa não aloca endereços públicos compar-
tilhados para seus clientes e, nesse sentido, não
vê necessidade em guardar os logs das portas de
origem para fi ns de rastreamento. A estratégia
da operadora para o IPv6 é atualizar a rede
de forma gradativa com o suporte dual stack,
no qual os equipamentos de rede podem se
comunicar em ambos os protocolos.
A Embratel também adotou a solução
dual stack. Segundo André Sarcinelli, diretor
executivo de engenharia, o processo de imple-
mentação do IPv6 nas redes está avançado e a
empresa já pode ofertar IPv6 em praticamen-
te todos os centro de roteamento IP para aos
clientes corporativos. A empresa não adota
mecanismos de ativação por meio de compar-
tilhamento de endereços IPv4.
Sem prazo fi nalEmbora reconheça que o processo está atrasa-
do, a Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) decidiu, por enquanto, não fi xar um
prazo para a conclusão da transição. Segundo
Marcos Souza, gerente de certifi cação e nume-
ração da Anatel, a agência está acompanhando
três cenários: acessos banda larga, acessos fi xos
e TV por assinatura, e telefonia móvel. O que
a agência levantou até agora é que, enquanto
algumas operadoras já têm a espinha dorsal da
rede compatível com IPv6, outras vão esticar
o prazo porque ainda têm estoque de endere-
ços IPv4. E, mesmo que não tenham, vão usar
tecnologia de reaproveitamento de endereços.
Souza observa que - mesmo nos Estados Uni-
dos, onde o IPv4 já se esgotou - operadoras
infraestrutura
14 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
como AT&T e Verizon ainda não têm o IPv6.
“Durante algum tempo, haverá convi-
vência entre o IPv4 e o IPv6. A solução mais
inteligente é promover uma migração pau-
latina. A Anatel não sabe ainda qual será a
data. Estamos negociando com as operadoras
e os fabricantes de equipamentos. Eu preciso
que eles me digam qual a data mais viável.
É temerário a Anatel fi xar uma data sem ter
a certeza de que vai funcionar”, justifi ca o
gerente de certifi cação. Da mesma forma, a
certifi cação compulsória dos equipamentos
depende da fi xação de alguns parâmetros téc-
nicos dos fabricantes para que os laboratórios
possam certifi cá-los. “Boa parte dos grandes
fornecedores e dos maiores equipamentos de
rede já dá suporte ao IPv6, assim como os
smartphones mais novos”, diz o gerente de
certifi cação e numeração da Anatel.
Segundo Antonio M. Moreiras, gerente
de projetos do NIC.br (Núcleo de Coordena-
ção do Ponto BR) do CGI (Comitê Gestor da
Internet), o comitê vem, desde 2008, estimu-
lando a implementação do IPv6 em operado-
ras, provedores e empresas com treinamento
gratuito. Os grandes provedores de conteúdo
- como Google, Facebook e Yahoo! e, no Brasil,
o Terra e o UOL - já promoveram a atualiza-
ção. Mas, entre os fabricantes, nem todos estão
preparados. “Apenas 40% da população tem
acesso à internet. Haverá ainda muita demanda
por endereços IP. A recomendação do CGI é
que as operadoras ofereçam IPv6 especialmente
para os usuários corporativos e os data centers
dos bancos. Para as empresas, a recomendação
é de que não comprem equipamentos sem su-
porte a IPv6”, resume Moreiras.
Baixa adesãoAndrew Lerner, analista do Gartner, alerta
que, em nível global, nem 3% das empresas
atualizaram suas aplicações. Segundo relatório
do instituto, as organizações com aplicações
internet poderão ter degradação de perfor-
mance e disponibilidade. Claudio Souto, di-
retor da área de consultoria da Deloitte, diz
que, entre as empresas avaliadas no Brasil,
apenas 15% fi zeram algum tipo de atualiza-
ção. A grande maioria está apenas estudando
o assunto. Ele diz que há três caminhos para
as corporações: migração total para IPv6, im-
plantação de soluções para coexistência entre
os dois protocolos, e a segregação de uma área
apenas para IPv6.
“Temos alertado para a necessidade de
migração para o protocolo, especialmente em
empresas baseadas na internet. A primeira re-
comendação é revisar as aplicações para identi-
fi car os pontos que fazem menção ao IPv4. Em
seguida a empresa deve avaliar as três opções e,
por fi m, fazer a implementação. Vale lembrar
que o Google iniciou o processo em 2008, e,
em 2011, apenas 50% das aplicações estavam
atualizadas. É um processo complexo e lento”,
adverte Souto. ■
Div
ulg
ação
infraestrutura
Claudio Souto, da
Deloitte: “Apenas
15% das empresas
fi zeram algum tipo
de atualização”
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 15
16 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
Comportamento digital
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária confi rma a preferência dos clientes pela internet e o mobile banking
Doze meses atrás, a Pesquisa FEBRA-
BAN de Tecnologia Bancária indicou
um empate técnico entre os meios vir-
tuais – internet e mobile banking – e os tradi-
cionais – agências, caixas eletrônicos e contact
centers – no volume total de transações bancárias
no Brasil: 42% contra 41%, respectivamente. Foi
a primeira vez que o primeiro grupo pareou com
o segundo. Se alguém ainda desconfi ava da for-
ça do acesso remoto aos serviços bancários, não
vai hesitar desta vez: internet e mobile banking
responderam por quase a metade das transações
realizadas no ano passado (47%), ante 37% dos
canais tradicionais, segundo a mais recente edição
da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária,
que traz dados consolidados de 2009 a 2013.
O ritmo de expansão impressiona. Em
2009, a participação dos canais digitais era de
31%, 17 pontos porcentuais abaixo da última
capa
1: Consideraram-se as defi nições de PAB e PAE da Resolução No. 2.099 do Banco Central do Brasil, Capítulo III e VI respectivamente do Anexo III
Fonte: Banco Central do Brasil, PNAD, IBGE, World Bank, Análises Strategy Et
Número de agências, PABs e PAEs(1)
(Total absoluto em funcionamento - em milhares)
Agências bancárias
PABs e PAEs
+3% a.a.
+3%
2009 2010 2011 2012 2013
61 61 65 67 68
20 19 21 22 23
41 42 44 44 46
Número de agências por 100 mil adultos bancarizados (2013)
Número de agências cresce, garantindo qualidade do atendimento –índice de agências por 100.000 clientes no Brasil
é similar aos de países desenvolvidos
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 17
pesquisa. Parte importante dessa evolução se
deve ao crescimento vertiginoso do mobile
banking. O volume de transações nesse canal
aumentou, em média, 270% ao ano entre 2009
e 2013, a maior taxa média anual entre todos os
meios, subindo de 12 milhões para 2,3 bilhões
nesse meio tempo. No mesmo intervalo, a par-
ticipação das smartphones no número total de
operações saiu de praticamente zero para 6%.
Era da mobilidadeO perfi l das transações nas plataformas móveis
ainda é, primordialmente, sem movimentação
fi nanceira: 97% do total de transações ocorre
nesse ambiente. Isso se deve à facilidade de
uso dos aplicativos de mobile banking, dis-
poníveis 24 horas por dia, em qualquer local
com acesso à internet. Somente nas transações
sem movimentação fi nanceira, a participação
do mobile banking subiu de 4% para 10%
entre 2012 e 2013.
No entanto, a tendência é de migração
de transações com movimentação fi nanceira
também para o canal móvel, em razão do uso
cada vez mais frequente de smartphones. “A
popularização dos smartphones, a conveniên-
capa
Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 20141: Taxa anual composta de crescimento
+13%
2009 2010 2011 2012 2013
+14% a.a.
23.6
28.2
31.8
35.7
40.2
MobileCorrespondentesContact center
Agências
POS
ATM
Internet
16%
12%
31%
31%
4%5%
TACC1
2009-2013
+ 270%+ 8%+ 5%
+ 1%
+ 16%
+ 6%
+ 23%
Transações bancárias por origem (em bilhões)
4%5%
4%4%
4%4%
2%3%
4%
6%
14%
13%
29%
36%
12%
12%
27%
39%
11%
13%
26%
39%
10%
13%
23%
41%
Operações sem movimentação fi nanceira de internete mobile banking alavancam volume de transações
18 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
cia para o cliente e os investimentos dos bancos
em segurança eletrônica mostram que o mobile
só tende a ganhar importância”, diz Gustavo
Fosse, diretor setorial de tecnologia e automa-
ção bancária da FEBRABAN.
Segundo análise da consultoria Strategy&,
que preparou a pesquisa de tecnologia bancária
em parceria com a FEBRABAN, em até dez
anos o Brasil poderá atingir níveis de penetração
de smartphones semelhantes aos verifi cados em
países desenvolvidos, ao redor de 80%. No fi m
de 2013, a parcela da população com celulares
inteligentes foi estimada em 27%, evidenciando
o espaço para o aumento da relevância do canal
para fi ns bancários. Entre 2009 e 2013, o nú-
mero de contas correntes com mobile banking
registrou crescimento médio anual de 134%, atin-
gindo 11,3% da base de contas do ano passado.
Preferência pela webNo caso do internet banking, a expansão não é
menos signifi cativa. O número de contas cor-
rentes acessadas pela rede mundial de com-
putadores sobe vigorosamente desde 2009,
a uma taxa média anual de 19%, e bateu na
marca de 41,2 milhões em 2013 – o equivalente
a 40% do total. O volume de transações via
internet banking também avança a uma taxa
anual de 23%, passando de 7,3 bilhões para
16,6 bilhões em cinco anos. Esse movimento
está fortemente ligado à difusão do acesso à
internet pelos brasileiros. Enquanto 31% da
população do País era usuária da rede em 2007,
52% apresentou essa condição em 2013. Com
a esperada disseminação de banda larga, decor-
rente de esforços do governo e empresas para o
acesso universal à internet em alta velocidade,
capa
Em 2013, houve a consolidação da importância das transações realizadas viainternet e mobile banking, que já formam a maior parcela das operações bancárias
Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 20141: Maquineta de pagamento por cartão
Comportamento dos usuários
(% da soma do volume de transações)
2009 2010 2011 2012 2013
52%
48%
44%42%
47%
31%
36%
40% 41%
37%
17% 17% 17% 17% 16%
Internet e mobile banking Outros canais (agências, ATMs e contact center) POS1 + correspondentes
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 19
a expectativa é de que a parcela de correntistas
com internet banking continue em alta.
Apesar de o internet banking crescer em
importância em operações com movimentação
fi nanceira, as agências ainda são relevantes para
quem realiza transações desse tipo. A média
de transações mensais com movimentação por
conta corrente é equivalente para agências e
internet banking (2,3 e 2,5 transações por mês,
respectivamente, considerando-se o total de
contas). Se considerarmos somente as contas
que usam internet, o número de transações
com movimentação fi nanceira sobe para 6,2
por mês.
Papel das agênciasA ascensão dos canais virtuais colabora para o
aumento da efi ciência operacional, que tam-
bém pode ser percebida pelo crescimento do
número de contas correntes por agência – de
4.148, em 2009, para 4.511, em 2013 -, sem
perda de qualidade no atendimento presencial.
O comportamento cada vez mais digital dos
consumidores traz implicações importantes
para a evolução do papel da agência, como a
intensifi cação de sua função consultiva e de
relacionamento, o foco em transações em que a
presença física é fundamental para o banco e o
cliente e mudanças de ambiente para melhorar
a experiência do consumidor.
Mesmo com a consolidação das novas
tecnologias, o número de agências e postos de
atendimento bancário evolui paulatinamen-
te, com crescimento anual médio de 3% entre
2009 e 2013. O aumento é puxado principal-
mente por áreas que oferecem maiores opor-
Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014, Ibope
■ Com movimentação fi nanceira ■ Sem movimentação fi nanceira
Transações anuais em internet banking
por conta corrente com internet banking
352 397 398 379 397
+23% a.a. +18%
2009 2010 2011 2012 2013
7,3 10,012,5 14,0 16,6
– 1,8 – 1,25,5 7,8 9,9 11,3 13,6
– 2,6 – 2,8– 3,1
TACC09-13
+14%
+25%
Transações em internet banking (em bilhões)
Contas com internet banking (em milhões)
+19% a.a.
20.8 25.3 31.4 37.0 41.8
2009 2010 2011 2012 2013
25% 29% 34% 38% 40%
+13%
% de contas cominternet banking
Internet banking registrou crescimento vigoroso nos últimos anos,com forte relevância das transações sem movimentação
fi nanceira – as com movimentação fi nanceira também crescem
capa
20 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
tunidades de expansão da rede de agências
e de bancarização, como Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Nessas regiões, as taxas médias
anuais de crescimento são de 7%, 6% e 4%,
respectivamente, maiores que a do Sul (3%) e
a do Sudeste (2%).
A força dos ATMs Outra frente de investimento dos bancos em
As transações via mobile banking continuam aumentandoexponencialmente, e bancos seguem apostando na plataforma
Contas com mobile banking (em milhões)
+134% a.a.
0.4 0.81.6
6.0
11.7
2009 2010 2011 2012 2013
0,5% 0,9% 1,8% 6,2% 11,3%
+95%
% de contas cominternet banking
■ Com movimentação fi nanceira ■ Sem movimentação fi nanceira
Transações em mobile banking (em milhões)
Transações anuaisem mobile banking por conta corrente
com mobile banking
32 75 117 137 200
12 59 190823
2.338
+270% a.a. +184%
– 22
TACC09-13
+232%
+272%
2009 2010 2011 2012 2013
– 80
capa
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 21
capa
Nota: “Outros“ incluem despesas e investimentos, incluindo novas tecnologias que não são classifi cadas hardware, software ou telecom pelos bancos
Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014, Análise Strategy&
Mesmo em um momento de menor crescimento econômico, as despesase investimentos com tecnologia pelos bancos continuam aumentando
Despesas e investimentos em tecnologia por bancos no Brasil
(em bilhões de reais)
20.0
20.6
+3%
2012
2013
Hardware40%
Software37%
Telecom21%
Outros– 2%
Hardware41%
Software40%
Telecom18%
Outros– 1%
22 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
porção de aparelhos adaptados para pessoas com
defi ciência chegou a 90% do parque instalado.
Gastos totaisEm 2013, os bancos que operam no Brasil gas-
taram cerca de R$ 20,6 bilhões em tecnologia,
entre despesas e investimentos – um ligeiro
avanço em relação a 2012, quando o montante
foi de R$ 20,1 bilhões. A quantia é considerável
não só pelo valor monetário em si, mas tam-
bém por seguir estável mesmo em um período
de desaquecimento da economia. Trata-se de
um volume equivalente a 17% dos gastos em
TI no Brasil, o que torna o setor bancário o
maior investidor em tecnologia dentre todas
as indústrias no País.
Boa parte desses investimentos se explica
pela crescente demanda de acessos a serviços
bancários por meios eletrônicos e pela busca
dos bancos por efi ciência operacional – esta
última provocada pela redução histórica do
spread bancário. Prova disso é o aumento da
fatia destinada a software no orçamento, que
subiu de 27%, em 2009, para 40%, em 2013.
Sobre a pesquisaA Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancá-
ria é realizada há 22 anos com o propósito de
mostrar aos diferentes públicos a evolução da
indústria bancária nacional, especialmente nas
questões relacionadas à tecnologia. Este ano,
o estudo foi realizado pela FEBRABAN em
parceria com a Strategy& (anteriormente co-
nhecida como Booz & Company) e passou por
inovações e aprofundamentos com o objetivo
de proporcionar novas perspectivas e refl exões
sobre a tecnologia no setor bancário.
Nesse sentido, a pesquisa mapeou, conso-
lidou e analisou um grande conjunto de indica-
dores que revelam o esforço e comprometimen-
to do setor para um sistema fi nanceiro efi ciente
e sustentável, que contribua com o desenvolvi-
mento econômico do País. Em 2014, a pesquisa
contou com a participação de 18 instituições
bancárias que operam no Brasil e correspon-
dem a 97% da rede de agências do País. Além
disso, o estudo foi complementado por dados
de outras associações e órgãos governamentais,
inclusive internacionais, a fi m de ampliar e apro-
fundar a análise das informações. ■
capa
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 23
A CADA SEGUNDO, CERCA DE 1 milhão de
minutos de vídeo vai cruzar a internet
em 2017. É o que estima a empresa de
redes e comunicações Cisco, para a qual, neste
futuro próximo, uma pessoa levaria mais de 5
milhões de anos para assistir ao conteúdo de
vídeo trafegado durante um mês na rede. Vídeos
em plataformas móveis vão crescer 16 vezes nos
próximos quatro anos, atingindo 66% de todo
tráfego pelas redes celulares. Tablets, celulares,
televisores, desktops, notebooks e outros dis-
positivos acessarão esse conteúdo em casa e
no trabalho, formando um ambiente de alta
demanda de banda e compatibilidade com
qualquer dispositivo. “Estamos entrando na
era pós-literária, em que o vídeo predomina
porque as pessoas querem escrever menos e
mostrar mais. E o mundo corporativo precisa
estar preparado para esse cenário”, afi rma Whit
Andrews, analista da consultoria Gartner.
Nas grandes empresas, a previsão do
Gartner para 2016 é de que cada funcionário
consuma, por mês, por volta de 16 horas de
vídeos relacionados a trabalho. “A demanda
vai aumentar porque as pessoas estão cada vez
mais acostumadas a acessar vídeos na vida pes-
soal. Eles conseguem transmitir mais emoção
e informação visual”, diz Andrews.
Como os jovens já estão habituados a se
expor nos vídeos, aos poucos caem as barreiras
comportamentais no uso de videoconferências,
observa Ricardo Ogata, gerente de desenvolvi-
mento de negócios de colaboração da Cisco.
“Hoje em dia a maioria das pessoas se sente à
vontade para participar de uma reunião por
Os vídeos vãodominar a internet
Por Kátia Arima
Em 2017, mais de 80% do tráfego na web será de vídeos. Está preparado?
Fonte: Polycom, Reshift Research e Wainhouse Research
75% dos entrevistados pela Wainhouse Research disseram que é difícil construir relacionamentos
entre os participantes de uma audioconferência. A ausência de sinais não verbais, como expressões faciais, deixa as pessoas muito hesitantes para falar e prender a atenção.
96% dos gerentes e líderes de empresas no mundo afi rmam que a videoconferência ajuda as
empresas a superarem as distâncias e a romperem barreiras culturais para aumentar a produtividade.
71% dos brasileiros disseram que usariam dispositivos móveis para participar de videoconferências.
Áreas que mais utilizam videoconferência(% que usa diariamente)
Vendas (28%)
RH (32%)
24 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
O boom da procura pelas soluções imersivas por grande empresas passou
Ricardo Ogata, da Cisco
vídeo. Isso acaba aumentando a produtividade,
pois grande parte da comunicação é não verbal,
por meio de gestos e expressões do corpo.” De
acordo com estudo da Polycom, 76% dos en-
trevistados afi rmaram usar videoconferência no
trabalho e, desse total, 56% participam de pelo
menos uma chamada de vídeo por semana.
Efi ciência operacionalO Banco Pine, que adotou uma solução de tele-
presença da Polycom, calcula uma economia de
R$ 70 mil a R$ 150 mil por ano com despesas
de deslocamento, já descontados os custos do
projeto. A solução conecta mais de dez pontos
de diversas cidades brasileiras para facilitar reu-
niões e treinamentos com a matriz de São Paulo
e com a fi lial em Nova York. Com a aprovação
da ferramenta dentro da empresa, outras áreas
passaram a se interessar, segundo Felipe Redon-
do, superintendente executivo de tecnologia da
informação do Banco Pine. Atualmente, o setor
de recursos humanos faz entrevistas por vide-
oconferência com candidatos de todo o País.
No Brasil, a utilização de ferramentas de vide-
oconferência para realização de entrevistas de
emprego aumentou cerca de 52% nos últimos
3 ano, segundo pesquisa recente da empresa de
recrutamento Robert Half.
Alguns anos atrás, houve forte deman-
da por salas com tecnologias imersivas, para
videoconferências bem realistas. Atualmente,
porém, o que as empresas querem é oferecer
soluções que funcionem em qualquer tipo de
ambiente, diz Ogata, da Cisco. “O boom da
procura pelas soluções imersivas por grande
empresas passou.” Por isso, Cisco, Avaya e
Polycom e outros players da área de redes e
comunicação têm se dedicado a conquistar as
pequenas e médias empresas. Afi nal, o mercado
de videoconferência ainda tem muito espaço
para crescer: cerca de 65% de todas as confe-
rências ainda são feitas por chamadas telefôni-
cas, segundo a empresa de pesquisa de mercado
Wainhouse Research.
“Nosso público-alvo foi ampliado, deixou
de ser restrito às grandes empresas, pois agora
conseguimos oferecer soluções mais acessíveis
que sejam confi áveis para uso corporativo e
que ofereçam uma experiência de qualidade”,
justifi ca Sidnei Czarny, diretor da Avaya Brasil.
Além de terem fi cado mais baratas, as soluções
de videoconferência fi caram mais práticas. “De
forma simples você adiciona um convidado de
fora da empresa para a reunião. Para participar,
ele precisa apenas clicar em um link. Mas por
trás disso está nosso trabalho de missão crítica.
Ninguém vai aceitar que a videoconferência
‘caia’ no meio de uma reunião com um cliente.”
Expert ao vivo no tabletNo contexto atual, em que os funcionários
querem usar seus próprios smartphones e ta-
blets para participar das videoconferências, as
empresas precisam se adaptar. Em uma pes-
quisa encomendada Polycom, realizada pela
Redshift Research em 12 países, 71% dos brasi-
leiros disseram que usariam dispositivos móveis
para participar de videoconferências.
comunicação
Div
ulg
ação
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 25
Mobilidade é praticidade. Imagine se você
pudesse, com alguns toques na tela do celular
ou tablet, conversar por vídeo com um superes-
pecialista fi nanceiro, de onde quer que esteja?
É o que oferece o serviço Mobile Advisor, de-
senvolvido pela Cisco. “Assim você garante um
bom atendimento ao cliente, de forma perso-
nalizada”, diz Ogata. O Mobile Advisor ainda
não tem clientes no Brasil, mas o Bradesco já
está oferecendo o atendimento de especialista
remotos com uma solução semelhante a da
Cisco, o Remote Expert. No Bradesco Next,
agência conceito do Shopping JK Iguatemi, em
São Paulo, foram instalados totens que permi-
tem aos clientes do banco consultarem analistas
fi nanceiros a respeito de suas aplicações. Para
ajudar no atendimento exclusivo, gráfi cos e ta-
belas são exibidos na tela, ao lado da imagem
do rosto do especialista, que vai tirar as dúvidas
do cliente em tempo real. Em levantamento da
Cisco, 52% dos consumidores afi rmaram que
assistir a um vídeo os deixam mais confi antes
para decisões de compra.
YouTube para as empresasO crescente investimento em vídeos no mun-
do corporativo foi o combustível do cresci-
mento da Samba Tech. A empresa nasceu
em Belo Horizonte (MG) como uma startup
revendedora de games para celular em 2004
e viu seu faturamento praticamente dobrar
nos últimos 5 anos, embalada pelos negócios
de sua plataforma de vídeos online – com
soluções para TV corporativa, ensino à dis-
tância e transmissões ao vivo. Hoje os vídeos
dos clientes são responsáveis pelo tráfego de
20 Pbytes. “Por trás dessa logística digital
há muito trabalho para gerenciar, armaze-
nar, categorizar, distribuir e gerar relatórios
dos vídeos”, diz Pedro Filizzola, gerente de
marketing da Samba Tech. O Boticário, que
possui a maior franquia do Brasil (mais de
3.600 lojas), usa as ferramentas de vídeo da
Samba Tech para treinamento e comunicação
de franqueados espalhados pelo País. “É uma
forma efi ciente de garantir que a mensagem
vai circular por toda a rede”, diz Filizzola.
Para que suas marcas fi que na boca do
povo, as empresas fazem de tudo para con-
seguir a “viralização” espontânea dos vídeos
nas redes sociais. A audiência no YouTube, do
Google, é vultosa: 1 bilhão de usuários únicos
mensais e alcance de 72% da população bra-
sileira. Para chamar a atenção no YouTube,
a RedBull transmitiu, no início de 2013, o
salto da estratosfera do astronauta austríaco
Felix Baumgartner. O investimento se refl ete
nos números: a marca tem o canal mais po-
Etiqueta da videoconferênciaSaiba o que mais incomoda durante as reuniões virtuais por vídeo nas empresas, de acordo com levantamento da Redshift Research em 12 países, a pedido da Polycom.
Piores distrações que devem ser evitadas durante as videoconferências:
Celular tocando durante a reunião
(citado por 58% dos entrevistados)
Pessoas que atendem a partir de locais inadequados,
como lojas ou no transporte público
(52%)
Pessoas quemrealizam outras
atividades (como teclar) ou parecem
distraídas (51%)
Distrações defundo inadequadas
como movimentação de colegas ouruídos (50%)
comunicação
26 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
Há muito trabalho para gerenciar, armazenar, categorizar, distribuir e gerar relatórios dos vídeos
Ainda não há cabines de teletransporte nos escritórios, mas já existe outra forma de
chegar “de corpo presente” a uma reunião em outra cidade em poucos segundos.
Com o iRobot AVA 500, um robô dedicado à videocolaboração, você pode movimentar
um robô por um ambiente, além de ouvir e falar, como se estivesse presente no local. A
Cisco e a iRobot fi nalizaram em março o período de testes - com grandes empresas como
a Bayer - e já estão oferecendo a solução no mercado.
O comando do AVA 500 é dado por um aplicativo no iPad, mas não é preciso usar um joys-
tick para dirigi-lo. Basta indicar no mapa o local de destino que o robô vai sozinho, sem trombar
em nada e ninguém. Com uma tela LCD de 21,5 polegadas, movimenta o “pescoço” para mudar
o ângulo de visualização. A altura também pode ser regulada, para o modo “sentado” ou “de pé”.
Terminada a reunião, ele retorna à base para recarregar a bateria. Para ter a tecnologia de ponta,
uma empresa paga cerca de US$ 70 mil ou US$ 2.500 por mês, no sistema de leasing. (KA)
Eu, robô
comunicação
Div
ulg
ação
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 27
QUANDO SE PENSA EM PADRONIZAÇÃO,
um exemplo que nos vem à mente são
os serviços commodities, de baixo valor
agregado e nenhum diferencial competitivo.
Entretanto, padronização no mundo contem-
porâneo é sinônimo de qualidade, racionali-
dade e efi ciência.
Atualmente, é inconcebível imaginar uma
montadora de carros que não utilize parafusos
padronizados em seu processo produtivo, assim
como o transporte de cargas intercontinentais
sem a utilização de containers, um caso típico
de padronização mundial.
Ao padronizar essa caixa metálica, os cus-
tos de transporte diminuíram, a efi ciência e a
agilidade logística aumentaram e o comércio
mundial expandiu-se exponencialmente, im-
pulsionando o crescimento do PIB mundial.
Mas o que isso tem a ver com o mercado
fi nanceiro? Neste cenário em que as fronteiras
geográfi cas se apresentam como mera formali-
dade, a capacidade das instituições fi nanceiras
de integrar novas tecnologias aos seus produtos
e serviços tornou-se uma necessidade premente
e a padronização tornou-se ferramenta-chave
para obter redução de custos e maior alcance
de efi ciência e qualidade.
ISO - International Standards Organization A ISO é a maior organização de padrões inter-
nacionais, desenvolvidos a partir de um con-
senso global para os mais diversos produtos,
serviços e negócios. O comitê da ISO respon-
sável por serviços e produtos fi nanceiros é o
TC68 (Technical Committee for Financial
Services), hoje representado por 49 países, in-
cluindo o Brasil.
Esse comitê é responsável pelo desen-
volvimento contínuo de uma série de normas
internacionais para os mercados fi nanceiros
e de capitais, algumas delas já utilizadas pelo
mercado brasileiro, tais como: ISO 13616, có-
digo de identifi cação de conta bancária, IBAN;
ISO 6166, código de identifi cação de valores
mobiliários, ISIN; ISO 4217, código para iden-
tifi cação de moeda e fundos; ISO 9362, código
de identifi cação de negócio, BIC; ISO 8583,
para cartões; entre outros.
O Brasil é representado no comitê técnico
ISO TC68 pela Comissão Brasileira de Estudo
Especial de Serviços Financeiros - ABNT/CEE-
112, da qual fazem parte Anbima, Banco Cen-
tral do Brasil, BM&FBovespa,
Cetip, CIP, Citibank, CVM,
FEBRABAN e IPMF Global.
O objetivo é promover a apro-
ximação dos mercados fi nan-
ceiro e de capitais brasileiros
aos padrões internacionais de
comunicação.
Neste momento, os tra-
balhos que mais se destacam
no comitê ISO TC68 são
o padrão internacional de
mensagens ISO 20022 e a
LEI (sigla para Legal Entity
Identifi er).
A importância da padronização para o mercado fi nanceiro
Por Joaquim Kiyoshi Kavakama*
artigo
28 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
Padrão internacional de mensagens ISO 20022A necessidade da existência de um padrão in-
ternacional para orientar os processos de co-
municação das operações fi nanceiras motivou
a criação da ISO 20022, que permite ao setor
fi nanceiro a criação e o desenvolvimento de
mensagens padronizadas na linguagem XML,
em um formato independente e fl exível às ca-
racterísticas locais.
Os usuários que se benefi ciam da utili-
zação do padrão ISO 20022 são, em grande
parte, instituições fi nanceiras que desejam
simplifi car sua estrutura de comunicação, bem
como reduzir os custos associados a esses pro-
cessos, quaisquer que sejam o domínio de seu
negócio, a rede utilizada para a comunicação
e a sua contraparte direta (outras instituições
fi nanceiras, clientes, fornecedores, etc.).
LEI - Legal Entity Identifi erCom a comunicação já representada em boa
parte pelos padrões já existentes no âmbito da
ISO, constatou-se que a falta da identifi cação
da contraparte era um verdadeiro obstáculo
para a realização de transações fi nanceiras nesse
novo mundo “hiperconectado”.
Como saber a procedência e a veracidade
de uma determinada pessoa jurídica em outro
país? Buscando respostas a essa pergunta, o
Conselho de Estabilidade Financeira (Financial
Stability Board, o FSB), em conjunto com o
G20 (grupo formado pelos ministros de fi nan-
ças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores
economias do mundo mais a União Europeia),
desenvolveu um novo padrão internacional
para identifi car toda e qualquer entidade pre-
sente no mercado fi nanceiro.
O Código LEI se põe como um novo pa-
radigma no universo da padronização. Com a
crescente preocupação de reguladores nacionais
e internacionais com a segurança e a trans-
parência das inúmeras transações transfron-
teiriças, e dentro de seu próprio mercado, as
autoridades passaram a contribuir diretamente
para a formação, o desenvolvimento e a futura
implementação do primeiro padrão internacio-
nal amparado e acordado pelos reguladores.
Soluções inteligentes para desafi os locais e universaisCom o maior envolvimento dos reguladores,
a constante contribuição do setor privado e a
busca por soluções inteligentes para desafi os
locais e universais, nada mais natural que o
esforço para o desenvolvimento de inciativas
como o Código LEI e o padrão ISO 20022.
O mercado fi nanceiro e tecnológico em
constante mudança torna a padronização inter-
nacional uma resposta cada vez mais adequada
aos novos cenários, e uma fonte inexorável de
soluções. ■
* Joaquim Kiyoshi Kavakama é superintendente ge-ral da CIP. Contribuições: Célia Okazawa, superin-tendente de tecnologia da CIP e vice-coordenadora da Comissão Brasileira de Estudo Especial de Ser-viços Financeiros - ABNT/CEE-112; e Liliane Dutra, coordenadora da Comissão Brasileira de Estudo Especial de Serviços Financeiros - ABNT/CEE-112.
artigo
abril de 2014 revista Ciab FEBRABAN 29
■ Acesso DigitalA Acesso Digital é uma empresa de tecnologia que atende
o segmento fi nanceiro na digitalização e formalização de
documentos. Além da agilidade na captura, o processo de
crédito se torna mais seguro, devido à visualização em um
portal na internet e a auditoria sobre as imagens analisadas.
Muito efi ciente no combate a fraudes, a solução da Acesso
Digital está presente em diversas frentes de crédito (cartões,
veículos, imobiliário e outros).
www.acessodigital.com.br
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atua no ramo da tecnologia cadastral, auxiliando o comércio
varejista, atacadista, distribuidoras, bancos, fi nanceiras,
correspondentes bancários e cobradoras na aprovação e
recuperação do crédito em âmbito nacional. É desenvolvedora
de efi cientes e completas ferramentas como Localizador e
Totallonline, que automatizam os processos de análise,
deliberação e recuperação de crédito, apresentando dados
palpáveis ao cliente que terá uma rápida e correta avaliação,
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a controlar o dinheiro em agências bancárias, lojas de varejo
e quiosques de autoatendimento. Desde o início de suas
atividades, em 1998, vem registrando crescimento forte e
consistente. Atualmente, conta com operações nos EUA,
America Latina, Reino Unido, Russia, Índia e China. A cada dia,
mais empresas buscam novas formas de atender seus clientes
com soluções de automação. Com visão e compromisso no
atendimento ao cliente e inovação tecnológica, a ARCA
tem ajudado as empresas a tornarem-se líderes em seus
segmentos.
www.arcatechsystems.com
■ AwareA Aware é uma empresa inovadora fundada em 1986 e baseada
em Bedford, Massachusetts, tornando-se desde então uma
das líderes e com grande tradição no segmento de tecnologias
avançadas em processamento de sinais aplicados a biometria. A
Aware fornece produtos e serviços de software biométrico para
diferentes modalidades para captura, análise e identifi cação
por digitais, face e íris, sendo aplicados em diferentes setores
em crescimento, como identificação e autenticação de
credenciais para aplicações civis e fi nanceiras, aplicação da
lei, gestão de fronteiras e defesa nacional.
www.aware.com
■ BRQFundada em 1993, a BRQ é uma das principais empresas
de serviços de TI do País. Em 2013 teve uma receita de R$
480 milhões, contando com mais de 4.000 profi ssionais
distribuídos nas fi liais de São Paulo, Alphaville, Rio de Janeiro,
Curitiba, Fortaleza, Recife, Aracaju, Salvador, Brasília e Nova
Iorque. As ofertas vão de Outsourcing de Aplicações e Service
Desk, Desenvolvimento de Aplicações Sob Medida, Soluções de
Mobilidade, Cloud Computing, Consultoria em TI e Processos
Financeiros, até a Terceirização de Processos de Negócio (BPO).
www.brq.com
■ BrScanA BrScan é uma empresa especializada no desenvolvimento de
soluções tecnológicas focadas na gestão de riscos, informações
e imagens. No Ciab 2014, a BrScan apresentará soluções
que identifi cam riscos de fraude sobre documentos e, por
consequência, reduzem expressivamente as perdas fi nanceiras dos
seus clientes. Também será apresentada solução de assinatura e
emissão eletrônica de contratos via aplicativos móveis, permitindo
ganhos consideráveis em agilidade e efi ciência nas vendas. Dentre
as tecnologias utilizadas pela empresa em suas soluções, destaca-
se a biometria com reconhecimento facial.
www.brscan.com.br
2014
Patrocinadores e expositores
O Ciab FEBRABAN 2014 vai reunir produtos e serviços desenvolvidos para o mercado fi nanceiro. A seguir, saiba mais sobre patrocinadores e expositores confi rmados, como também soluções tecnológicas que serão apresentadas durante o evento.
30 revista Ciab FEBRABAN abril de 2014
■ BR TokenA BRToken desenvolve e fabrica soluções em autenticação
forte com assinatura eletrônica de transações no ambiente
web para o mercado global, comprovando que é Simples Ser
Seguro. Única empresa brasileira na fabricação de tokens,
desenvolve seus produtos a partir de modernos processos,
com alta tecnologia e seguindo rígidos padrões mundiais de
segurança (como FCC,CE, RoHS e ISO9001:2008), adaptáveis
às necessidades e exigências dos seus clientes. Sua unidade
fabril e de desenvolvimento de software localiza-se no Vale
da Eletrônica em Minas Gerais, e as áreas técnica e comercial
em Cotia-SP.
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