7/23/2019 Resumo Primeira Prova - CRISTIANE MIILLER LAVARINI (1).pdf http://slidepdf.com/reader/full/resumo-primeira-prova-cristiane-miiller-lavarini-1pdf 1/17 Monitora Cristiane Miiller Lavarini –[email protected]; (31) 9959-3433 Medicina 3º ano – A da Faculdade CMMG; 2015. Página 1 RESUMO DA PRIMEIRA PROVA E DE ANAMNESE •Anamnese •Semiologia do edema •Semiologia da febre •Semiologia da dor •Exame físico e ectoscopia CAPÍTULO 2: ANAMNESE Conjunto de informações recolhidas de interesse médico sobre o paciente, a moléstia e as circunstâncias. Ela deve ser realizada, preferencialmente, em ambiente calmo e isolado, para dar privacidade ao paciente e evitar interrupções. É importante observar as mensagens verbais explícitas, implícitas e não verbais vindas do paciente. A anamnese possui efeitos terapêuticos e auxilia na construção da relação médico paciente. Uso da entrevista e de exames físicos para a constatação de SINAIS e SINTOMAS. Sendo que: SINAIS manifestações objetivas reconhecidas pela inspeção, palpação, percussão, ausculta, etc. (ex.:edema, palidez, hematúria e etc). (para o Aranha, febre é Sinal) SINTOMAS sensações subjetivas anormais sentidas pelo paciente, mas não visualizadas pelo médico ( ex.: dor, náuseas, tontura) SINAIS E SINTOMAS podem se confundir (ex. dispnéia, febre, vômito, tosse) COMPONENTES DA ANAMNESE 1-Apresentação e identificação 2-Queixa principal (QP) 3-História da moléstia atual (HMA) 4-História pregressa (HP) (ou história patológica pregressa) 5-História familiar 6-História psicossocial 7-Revisão de sistemas 1- APRESENTAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO A apresentação objetiva humanizar o exame clínico, além de favorecer a relação médico paciente. A identificação deve conter: nome, idade, estado civil, procedência, naturalidade, sexo,religião(aconselhável), profissão(escolaridade), cor (leucodermo/branco, melanodermo/negro, faiodermo/pardo), endereço atual.
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7/23/2019 Resumo Primeira Prova - CRISTIANE MIILLER LAVARINI (1).pdf
Monitora Cristiane Miiller Lavarini– [email protected]; (31) 9959-3433Medicina 3º ano – A da Faculdade CMMG; 2015. Página 1
RESUMO DA PRIMEIRA PROVA E DE ANAMNESE
• Anamnese
• Semiologia do edema
• Semiologia da febre
• Semiologia da dor
• Exame físico e ectoscopia
CAPÍTULO 2: ANAMNESE
Conjunto de informações recolhidas de interesse médico sobre o paciente, a moléstia e as circunstâncias. Eladeve ser realizada, preferencialmente, em ambiente calmo e isolado, para dar privacidade ao paciente e evitarinterrupções. É importante observar as mensagens verbais explícitas, implícitas e não verbais vindas dopaciente.A anamnese possui efeitos terapêuticos e auxilia na construção da relação médico paciente.
Uso da entrevista e de exames físicos para a constatação de SINAIS e SINTOMAS. Sendo que:SINAIS manifestações objetivas reconhecidas pela inspeção, palpação, percussão, ausculta, etc.(ex.:edema, palidez, hematúria e etc). (para o Aranha, febre é Sinal)SINTOMAS sensações subjetivas anormais sentidas pelo paciente, mas não visualizadas pelo médico ( ex.:dor, náuseas, tontura)SINAIS E SINTOMAS podem se confundir (ex. dispnéia, febre, vômito, tosse)
COMPONENTES DA ANAMNESE1-Apresentação e identificação2-Queixa principal (QP)3-História da moléstia atual (HMA)4-História pregressa (HP) (ou história patológica pregressa)5-História familiar6-História psicossocial7-Revisão de sistemas
1- APRESENTAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
A apresentação objetiva humanizar o exame clínico, além de favorecer a relação médico paciente.A identificação deve conter: nome, idade, estado civil, procedência, naturalidade, sexo,religião(aconselhável),profissão(escolaridade), cor (leucodermo/branco, melanodermo/negro, faiodermo/pardo), endereço atual.
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HIST RIA SEXUAL, REPRODUTIVA E GINECOL GICA
(HSRG): Apenas quando julgar necessário dar
atenção... Mas pode ser colocado em História Social...
Alguns autores diluem esse tópico no HPS ou no Exame físico.Doenças sexualmente transmissíveis devem compor o HDP.Perguntar sobre relações sexuais com parceiros com DSTs,frequência, se parceiro(a) fixo, sobre o uso de preservativos...,quando for o caso.
Idade da menarca, regularidade do fluxo menstrual, duração doperíodo, menopausa, nº de gestações, nº de partos, abortos(provocados x espontâneos) etc...
No caso do homem: problemas sexuais
(disfunção etc)
HISTORIA FAMILIAR (HF):
pais, avós, irmãos, cônjuges, filhos ou outros parentes.
-Estado habitual de saúde, doenças hereditárias, familiares einfecto-contagiosas.
-Aos que morreram: idade que tinham e qual foi a
causa
-Avaliar o estado emocional do paciente em relação aessas moléstias, já que costumam ter receio ouacreditar que são acometidos pelas mesmas doenças
HIST RIA PSICOSSOCIAL (HPS):
Moradia(condições, quantas/quem mora na casa),saneamento, situação socioeconômica, hábitos(bebida, fumoe alimentares), vida sexual (ser discreto), personalidade,relações interpessoais e familiares, animais domésticos(quaise quantos?)
1. Situação sócio-econômica – alta, média alta, média
baixa, baixa, pobreza absoluta;
2. Estrutura familiar – equilibrada, brigas
freqüentes, desestruturada;
3. Grau de sociabilidade - divertimentos e atividades sociais;
4. Condições de habitação (moradia) - água encanada,
energia elétrica, esgoto sanitário e coleta de lixo;
5. Dieta habitual (hábitos de alimentação) - alimentação
quantitativa e qualitativamente equilibrada; déficit calórico
global; insuficiente consumo protéico; alimentação a base
de carboidratos/ com alto teor lipídico/ exclusivamente
vegetariana/ láctea exclusiva; etc ;
6. Hábitos de higiene;
7. Sono - n.º de horas por dia;
8. Tipo de trabalho - ocupação atual ;
9. Tabagista - n.º de cigarros por dia; início e quando parou;
10. Promiscuidade sexual, homossexualismo e uso depreservativos;
11. Etilismo - n.º de doses, tipo de bebida, início
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HIST RIA PSICOSSOCIAL (HPS):
Continuação...
Questionário CAGE para Etilismo/Abuso. (2 respostas +tem ↑Esp/Sensib)
1) Você já tentou diminuir ou cortar
("Cut down") a bebida?
2) Você já ficou incomodado ou irritado
("Annoyed") com outros porque criticaram seu jeito de beber?
3) Você já se sentiu culpado ("Guilty")
por causa do seu jeito de beber?
4) Você já teve que beber para aliviar os
nervos ou reduzir os efeitos de uma ressaca ("Eye-opener")?
COMO CALCULAR A CARGA TABÁGICA EM ANOS-MAÇO? "Carga tabágica" designa a exposição do indivíduo
ao tabagismo, levando em conta número de cigarrosconsumidos por dia ao longo dos anos.
Para o cálculo da carga tabágica, utiliza-se o número de cigarrosconsumidos por dia, dividido por 20 (1 maço = 20 cigarros) emultiplicado pelo número de anos em que o paciente fumou.Exemplo: O paciente fumou 30 cigarros por dua durante 15 anos- 30/20 x 15 = 22,5 anos-maço.
REVIS O DOS DIVERSOS SISTEMAS E APARELHOS 1. COONG (Cabeça, olhos, ouvidos, nariz egarganta):
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EXAME FÍSICO GERAL ECTOSCOPIA E EXAME FÍSICO
1. Postura no leito/Estado Geral
2. Consciência
3. Perfusão
4. Fala e linguagem
5. Tipo de Marcha
6. Hidratação
7. Estado de Nutrição
8. Desenvolvimento físico
9. Fácies
10. Atitude no leito
11. Mucosas
12. Pele e Faneros (pelos e unhas)
13. Paniculo adiposo
14. Linfonodos palpáveis
15. Biótipo
16. Edema
17. Antropometria
18. Sinais vitais
Ectoscopia de um paciente normal: (1)paciente ativo,(2) bem orientado no tempo e no espaço, (3) faceisatípica, (4) mucosas normocoradas, (5) escleróticasanictérica, (6) eupnéico, (7)hidratado, (8) bem nutrido,(9)normotônico, (10)normotrófico, (11)acianótico, (12)cabelo bem distribuído.
2.Estado de Vigília (consciente), inconsciente (coma I: comprometimento da
consciência é leve, ainda atende ordens e reage a estimulação dolorosa – Coma II: perda da consciência quase total – Coma III: perda da consciênciacompleta, com irreflexia, etc. – Coma IV: comprometimento inclusive agora dasfunções vitais)
3.Perfusão: compressão e descompressão da polpa digital (max: 2-3 seg),temperatura e coloração.
4.Afonia (rouca, fanhosa), Disartria(disartria – baixa, monótona e lenta comoParkinson) Dislalia( comum em crianças, alterações monores na linguagem, tasapor casa), disfasia (aqui n há problemas no órgão fonador e sim alteraçãopiramidal – o pac n entende o q vc diz a ele ou o pac entende mas n consegue seexpressar, ou misto), disgrafia(perda da capacidade de escrever), dislexia(perdada capacidade de ler), etc
5.Marcha Parética com Steppage (excessiva flexão da coxa e joelho com pe
pendente), Marcha parética espastica (arrasta o pe pq n consegue encurta-lo – tem extensão forçada), Marcha hemiplégica (pac faz movimentos de circulaçãocom a ponta do pé), Marcha tabética ou ataxica espinhal (pé é atirado ao solocom força excessiva, descoordenação do movimento, perda da propriocepção),Marcha atáxica Cerebelosa(Marcha do ébrio, insegura, passagens e desvioslaterais-lesao cereblar), Marcha parkinsonica:movimentos presos pela rigidez,vagarosos,pe arrasta pelo chão, doente anda curvadoe como estátua. Marchade Pequenos Passos: andar vagaroso, passos pequenos e rápidos,levantamento dos pes reduzidos.
6. Fontanela, turgor da pele (boa ou má elasticidade), mucosas úmidas?Criança alegre, brinca? Abatimento? Oligúria, olhos fundos?...
7.No estado de nutrição deve-se avaliar entre outros os dadosantropométricos e compará-los à população... Além disso, a pele, pêlos eolhos.
9.Fácies: atípica, hipocrática, renal, leonina, parkinsoniana,mixedematosa,cushingoide, mongoloide, de depressão, da paralisia facialperiférica, etílica,esclerodérimica.
10.Atitude no leito preferida ou p/ alívio de dor e decúbito preferido: Não há,Voluntária(ortopneia, genupeitoral, cócoras, parkinsoniana, decúbito) ouinvoluntária (passiva, ortotono, opistotono etc)? “Pró Ativo
12.Pele: coloração, continuidade ou descontinuidade, temperatura,elasticidade, turgor, sensibilidade, manchas hipercromicas ou hipocrômicas,teleangectasias etc...Faneros: Avaliar distribuição, implantação,quantidade,brilho, espessura... Unhas: Tipos (unhas em vidro de relógio>160º, distróficas...) ou normal: ang<160, superfície lisa, brilhante, róseoavermelhada com espessura e consistências firmes.Panículo: distribuição,volume....
15.Longilíneo, mediolineo, brevilíneo
16.Edema: Localização, intensidade(4+), consistência (Mole, duro), elasticidade(elástico ou inelástico), Temperatura da pele (normal, quente ou frio),sensibilidade (doloroso ou indolor)
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PONTOS DE DESTAQUEFácies:É a expressão que designa o aspecto da face modificada pela doença, significando as característicasmorfológicas da região mais a expressão fisionômica.Atípica Expressão individual, não sugerindo qualquer
distúrbio.
Hipocrática Lábios entreabertos, delgados e afinados, olharestático e inexpressivo, olhos fundos, rosto recobertode suor, traduz sofrimento. Final de várias doenças.
Renal Rosto pálido, edemaciado (bipalpebral e matutino). Éinespecífica , pois é comum em várias doenças quelevam a hipoalbuminemia. Contudo, é bem descritanas nefropatias, com síndrome nefrótica.
Leonina Os lábios e o nariz são grossos, ausência ou reduçãodo supercílios, lembrando o “leão”. Mais freqüente na
hanseníase, mas pode ter em outras doenças comofarmacodermias.
Hipertireoideia Os olhos são brilhantes, protrusos, por causa dacompressão retrocular; expressão de espanto,pescoço volumoso à palpação, exoftalmia. Ex: Doençade Basedow-Graves
Mixedematosa O rosto é infiltrado pelo mixedema, torna-searredondado, o nariz e lábios volumosos, a pelepálida, os olhos profundos e a expressão apática.Encontrada no hipotireoidismo. Pode ser confundida
com a fácies renal .Notar o aspecto abatido e apático das pacientes.Mixedema palpebral, face áspera e pálida.
Acromegálica A extremidade cefálica é hiperdesenvolvida e amandíbula é volumosa. Existe prognatismo, os lábios,as orelhas e a língua são volumosas e asextremidades são aumentadas. Sugere adenomahipofisário e outras vezes é constitucional.
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Cushingóide Forma de lua cheia, é congesto e levemente cianótico,acompanha obesidade de tronco, pescoço(giba) eabdome, observando estrias atróficas. Ex. hiperplasiado córtex da suprarrenal primário ou secundário, oua origem iatrogênica (uso de corticóide)
Passarinho Encontrada, por exemplo, na artrite reumatóidejuvenil, Síndrome de Cockayne ou é constitucional.
Paralisia facial Hemiface paralisadaParkinsoniana Rigidez da musculatura facial, a mirada é fixa; tremor
muscular completa o quadro.
Ex: Papa João Paulo II
Sífilis congênita A fronte é desenvolvida(fronte olímpica) e o nariz emforma de sela.
Lúpica Eritema facial em asa de borboleta (vespertílio)
Mais fácies no site: http://semiologiamedica.blogspot.com.br/2008/04/facies.html
Icterícia: Do ponto de vista semiológico, o diagnóstico de hiperbilirrubinemia é feito através daavaliação da coloração da pele e das mucosas do paciente. O exame deve ser realizadopreferencialmente sob iluminação natural, e os locais mais adequados para detecção de icteríciasão a esclera ( devido a afinidade do seu grande conteúdo de elastina com a bilirrubina) e ofrênulo lingual. As icterícias mais leves só são perceptíveis nessas regiões. Pode-se realizar umaavaliação quantitativa, usando-se a escala de uma a quatro cruzes. Mucosas com (+), significamuma leve alteração da coloração normal, enquanto mucosas ictéricas (++++) indicam uma
coloração amarelada intensa.
Cianose(CAI nessa ou na outra!!!) A cianose pode ser apreciada quando a hemoglobinareduzida estiver presente em concentrações acima de 5 g (5,2 a 5,4 g) por 100 ml de sangue.Pode ser central ou periférica.( Se já tiveram isso em aula, vocês deverão saber de cor. Caso contrário, isso cairá em outra
prova!!)
Dispneia: saber diferenciar os tipos grandes esforços, médios, pequenos, mínimos,paroxística noturna, ortopneia, de decúbito...
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CAPÍTULO 9: SEMIOLOGIA DA DOR
A dor é considerada o 5º sinal vital (temperatura, pulso, pressão, respiração). É subjetiva e reflete uma experiência sensorial e
emocional única para o paciente.
ANAMNESE DA DOR: duração/tipo/evolução/localização/intensidade/irradiação/relação com funções orgânicas (dor
torácica:altera ao respirar ou com a tosse?)/fatores desencadeantes ou agravantes (exercicio físico na angina)/fatores que
aliviam(lembrar das posições antálgicas, vômitos, analgésicos)/manifestações associadas(vômitos, sudorese,
palidez,hematúria...)
TIPOS DE DOR
1)VELOCIDADE
Dor rápida(f. neoespinotalâmico)
Dor lenta(f. paleoespinotalâmico)
o até 0,1’’ após estímulo o fibras mielinizadas(tipo A)o típica dos tecidos superficiais (corte, etc.)o pele, músculos e tendõeso conduzidas antes do CPMEo são inibidas por pressãoo melhor localizada, precisa e quantificávelo nociceptores mecânicos, térmicos, álgicos
o após 1’’ do estímulo o fibras amielínicas (tipo C)o todos tecidos (destruição, principalmente)o estruturas profundas: músculos, tendões, vísceraso conduzidas após o CPMEo difícil de ser localizada e quantificadao Nociceptores mecânicos,
térmicos, álgicos, químicos
2)ORIGEM: a)somática: superficial (cutânea) ou profunda( músculos, tendões, articulações e fáscias);
b)visceral: provocada por tração, inflamação, isquemia e contração espasmótica. É percebida em regiões que
correspondem à sua origem embriológica. (coração: retroesternal/intestino delgado: região umbilical/apêndice: epigástrio)
c)central: lesão primária ou disfunção do SNC
3)ONDE É SENTIDA: a)Localizada
b)Irradiada: irritação direta do nervo sensitivo ou misto. Sentida no território correspondente à raiz nervosa
estimulada – superficial e profunda
c)Referida:dor percebida como vinda de área diferente daquela que a acometendo. Devido à convergência
das vias aferentes cutâneas e profundas de um segmento. Sem localização precisa e é contínua. Maioria das vezes: dor iniciada
em órgãos viscerais e referida a alguma área na superfície do corpo. Ex: IAM
4)CARÁTER: contínua, em cólica, pontadas ou fincadas(pleura), queimação(esofagite e úlcera), pulsátil, surda (contínua,
imprecisa, sem grande intensidade- dor lombar), constritiva (aperto-IAM e angina), provocada, lancinante(como em uma incisão)
Componentes da fisiologia da dor: transdução/transmissão/modulação/percepção Facilitadores: Substância P /Histamina/Prostaglandinas/Bradicinina Inibidores: Serotonina/Encefalinas/Beta Endorfinas
Dor nociceptiva: latejante, fincada, constante. Geralmente é transitória. Responde aos analgésicos convencionais.
Dor neuropática: dor no território nervoso da estrutura afetada( nervo, raiz, medula, cérebro); situação crônica; não responde aanalgésicos convencionais. “descarga”, “choque elétrico”, “queimadura”; associada ao formigamento ou dormência.
Estímulos dolorosostermomecânicos, químicos e
polimodais inespecíficosestímulo
Receptores de dor: mecânico,térmico, terminações nervosas
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CAPÍTULO 10: SEMIOLOGIA DO EDEMA
EDEMA: acúmulo de líquido no espaço intersticial. NÃO inclui acúmulo de líquido dentro da célula (exceto
tecido nervoso: degeneração hidrópica – falha na bomba de sódio e potássio). Pode ser no tec. subcutâneo,
intimidades de órgãos e cavidades (hidrotórax, hidroperitônio, ascite)
Edemas localizados: A desregulação envolve apenas os fatores que influenciam o fluxo de fluido ao longo do
leito vascular.
Edemas Generalizados: A desregulação envolve mecanismos de controle do volume do compartimentoextracelular e do líquido corporal total. OBS: aumento de 4 a 5% do peso corporal representa o aparecimentodo edema detectado clinicamente.
EDEMASLOCALIZADOS
MODO PELE TEMPERATUR A
Dor COR CARACTERÍSTICAS
MECANISMO RESUMO
EDEMAALÉRGICO
Súbito erápido
Lisa ebrilhante
Aumentada Comdor
Rubra
Mole e elástico /pode ser
generalizado, mascostuma atingir
certas áreas comoa face (ex. Edema
de Quincke)
Aumento dapermeabilidade do
leito vascular porcininas, estaminas,
etc.
-súbito-rápido
-pele lisa e brilhante
- Temp-cor rubra
-Elástico e mole-Dor
LINFEDEMA Espessament o, fibrose e
hipertrofia dapele e tec.
subcutâneo,acentuasulcos ebordas
cutâneas
Frio(inicial etardio)
Semdornasduasfases
INICIAL:mole,depressível, eregride com orepouso
TARDIO:duro, nãodepressível e nãoregride com orepouso ou uso dediuréticos
Bloqueio dadrenagem linfática
INICIAL:mole,depressível,frio,indolor e regridecom o repouso
TARDIO:duro, nãodepressível, frio,indolor e nãoregride com orepouso ou uso dediuréticos
EDEMA NA
TROMBOSEVENOSA
-chega
a serintenso
Pele costuma
estar pálida
Às vezes comtonalidadecianótica(estasevenosa)
- mais vespertino
-imediatamenteABAIXO datrombose
- aparece em cerca
de 80% dastrombosesvenosas-estenose venosa
Mole, intenso, pele
pálida a cianótica
-pode se associar atromboflebite:localizado,intensidade leve a mediana (+a++), elástico,doloroso, quente,vermelho, liso ebrilhante
EDEMAVARICOSO
- não émuitointenso (+ a++)
- muda decor com otempo atéadquirirtonalidadecastanha oumais escura
-espessa ecom texturamaisgrosseira
-INICIAL: mole-ANTIGO: duro
Em individuasportadores devarizes (veiassuperficiaisdilatadas etortuosas,apresentando
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CAPÍTULO 5: SEMIOLOGIA DA FEBRE
Definição: É um aumento da temperatura corpórea acima de um padrão considerado normal- entre 36°c e 37,4°c.(esta faixacompreende 95% da população sadia,medida na cavidade oral.)
É uma reação orgânica de múltiplas aplicações. Não é uma doença, mas sim um simplesSINAL. É um mecanismo adaptativo
próprio dos seres vivos e apesar da maioria das vezes ser causada por infecções, nem sempre é indicativo de infecção.
A febre NÃO é prejudicial, já que melhora funções da resposta imune, como quimiotaxia, secreção de substânciasantibacterianas, aumenta produção e ação antiviral dos interferons, diminui disponibilidade de Fe( limita proliferaçãobacteriana, tumoral)...
A partir de pirógenos exógenos, o organismo produz pirógenos endógenos( citocinas/Il-1/Il-6/TNF....)(principalmente oslinfócitos T e macrófagos). Essas citocinas agem no endotélio do hipotálamo, estimulando a produção de prostaglandinas,que regula o termostato causando a febre. São os pirógenos endógenos que causam mal estar físico.
Axilar 35,5 a 37ºC
Bucal 36 a 37,4ºC
Retal 36 a 37,5 ºC (se > ou = 1ºC em relação à axila pode
indicar processo inflamatório abdominal ou pélvico)
Febre discreta 37,5 – 38,4 ºC
Febre moderada 38,5 – 39,0 ºC
Febre elevada 39,0 – 40,5 ºC
Febre extrema Acima de 40,5ºC
Indivíduos idosos, desnutridos ou imunocomprometidos podem não apresentar febre, mesmo na vigência de infecçõesgraves.
Característica-O pico da temperatura corpórea ocorre por volta das 18 horas, o menor entre 4 e 6 horas da manhã e as variações diáriasentre mínimo e máximo são 0,5 a 1°C.-As mulheres apresentam temperaturas mais baixas nas duas semanas antes da ovulação e um aumento em torno de 0,6°Cna ovulação.-A temperatura também apresenta uma importante variação com a idade, pouca elevação da temperatura corpórea.-É de fácil mensuração e baixíssimo custo e muito útil na monitorização da evolução do tratamento das doenças infecciosas.- Atualmente a febre não é vista como um simples indicador patológico mas como resposta a alguma infecção ou patologia,
tornando o sistema imunológico mais ativo e eficiente.
SINDROME FEBRIL:Astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náusea evômitos, delírio, convulsões, dilatação da pupila, piloereção...
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ASPECTOS CLÍNICOS• Mal estar físico - Não é ocasionado diretamente pela febre e sim pela ação dos pirogênios endógenos.
Mialgias,artralgias,sonolência,anorexia,cefaléia.• Aumento do consumo de oxigênio -Aumento do trabalho cardíaco, taquipnéia, comprometimento da circulação
encefálica- confusão mental,delírio.• Indução de crises convulsivas -• Alterações fetais durante a gravidez - Um episódio único de febre (> 37,8 ºC) no primeiro trimestre da gestação
duplica o risco de malformações do tubo neural no feto.
MODO DE EVOLUÇÃO (CAI!!!!!!!)1. Febre Contínua:
Variações até 1°C, sempre acima do normal Ex: febre tifóide, pneumonia
2. Febre Intermitente: Hipertermia com períodos cíclicos de apirexia (terçã, quartã , cotidiana)Ex: linfomas, malária,tbc
3.Febre Remitente:
Hipertermia diária com variações MAIOR 1°C sem apirexia .Ex:septicemia, pneumonia
4.Febre Irregular ou Séptica: Picos muito altos intercalados com por temp. baixas ou apirexia. Sem caráter cíclicos, totalmente imprevisíveis
Ex:septicemia5. Febre Recorrente ou Ondulante:
Períodos de temp. normal,que dura dias ou semanas seguidos por períodos com febre (linfomas, tumores)6. Origem indeterminada:
Temperatura superior a 38°C por mais de três semanas sem diagnóstico.
QUESTÕES NA PROVA:Pergunta: qual o tipo de febre?
ANAMNESE DA FEBRE• Inicio: Súbito ou gradual • Intensidade:
Leve ou febrícula: até 37,5 °C Moderada: 37,5 a 38,5 °C
Alta ou elevada: acima de 38,5 °C • Duração: poucos dias
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ANAMNESE GERAL SANTA CASA
IDENTIFICAÇÃONome: Sexo: Idade: Est. Civil: Cor:Profissão: Naturalidade: Residência:
Admissão aos: Procedência:Data deste exame: Registro do hospital: Da clínica:
QUEIXA PRINCIPAL (motivo do internamento)____________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL ________________________________________________________________
ECTOSCOPIA ( postura no leito; estado Geral; biótipo; estado psíquico; consciência; perfusão; fala e linguagem;tipo de Marcha; hidratação; estado de Nutrição( esqueleto, músculos, panículo adiposo); desenvolvimento físico;fáceis; mucosas visíveis; pele(calor nas extremidades, cor, circulação colateral, cicatrizes, grau de umidade) eFâneros (pêlos e unhas); estado das extremidades e articulações, coluna vertebral, tibialgia, esternalgia;linfonodos palpáveis; edema; tireóide.) _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________
EXAMES COMPLEMENTARES(os resultados são reunidaos na folha de investigação) _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________Diagnóstico principal (quando possível, etiológico, anatômico e funcional)_______________________________________ _____________________________________________________________________________________________________Outros diagnósticos____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________Estado do doente ao ter alta (quando necessário)____________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________