- 1. Resumo Prova Uff 2012 Jakobson Fatores fundamentais da
comunicao: Emissor Receptor Tema da mensagem Cdigo utilizado As
significaes lingusticas so diferenciais do mesmo sentido em que os
fonemas so unidades fnicas diferenciais. Os sons da fala
apresentam: Variantes contextuais: pode ocorrer em qualquer dos
domnios da lngua e cuja escolha obedece ao contexto. Variantes
facultativas, situacionais (alofones - cada uma das pronuncias
possveis de um fonema e metafones):A menor unidade sonora (fontica)
de uma lngua que estabelece contraste de significado para
diferenciar palavras. Por exemplo, a diferena entre as palavras
prato e trato, quando faladas, est apenas no primeiro fonema: P na
primeira e T na segunda. Significado so invariantes semnticas. A
identificao e a diferenciao so 2 faces nos 2 nveis do significante
e do significado, ou da expresso e do contedo. A sinttica se ocupa
do eixo dos encadeamentos (concatenao), a semntica do eixo das
substituies. a concatenao implica a substituio. O signo lingstico
para ser compreendido exige dois protagonistas que participem do
ato da fala e tambm de um interpretante. Signo: Significado +
significante Significado: conceito Significante: forma grfica + som
= Imagem acstica Toda palavra que possui um sentido considerada um
signo lingstico.
2. Benveniste Behaviorista em termos de estmulo e resposta. O
homem se constitui como sujeito na e pela linguagem que
fundamentada na realidade, a doser, o conceito de ego.
Subjetividade: Capacidade do locutor para se propor como sujeito.
Uma unidade psquica quetranscende a totalidade das experincias
vividas assegurando a permanncia da conscincia. Oego o fundamento
da subjetividade que se determina na representao linguistica da
pessoa. Aconscincia de si s possvel pelo contraste . Eu emprego o
Eu me dirigindo a algum, que serna minha alocuo um tu. Essa condio
de dialogo constitutiva da pessoa, pois implica emreciprocidade que
eu me torne tu na alocuo daquele que por sua vez se designa por eu.
Alinguagem s possvel porque cada locutor se apresenta como sujeito,
remetendo a ele mesmocomo eu no seu discurso. Eu prope outra
pessoa, aquela mesmo que exterior a mim torna-se omeu eco ao qual
digo tu e que me diz tu. A polaridade das pessoas na linguagem a
condiofundamental, cujo processo de comunicao uma conseqncia
totalmente pragmtica. 3. A categoria de pessoa apontam j para a
questo da reversibilidade ou da reciprocidade dacomunicao. O eu, ao
dizer eu, instala o tu como seu destinatrio, mas esse destinatrio
pode, por suavez, tomar a lngua para a lngua, de cultura para
cultura. Atenuao e proteo da face: Saia daqui! ;Saia Daqui, por
favor ; Voc poderia sair Daqui? Ser que voc pode sair Daqui, por
favor? M b a ordem atenuada com por favor. Na ltima hiptese h a
preservao da face. A conversao ou interaoverbal seria uma forma
privilegiada de interao.Funes interacionais:1 Os falantes se
constroem e constroem juntos o texto;2 As imagens ou dos simulacros
que os interlocutores constroem na interao;3 O carter contratual ou
polmico da comunicao;4 A relao entre comunicao e interao no mais
possvel colocar a mensagem apenas no planodos significantes ou da
expresso;5 O alargamento da circulao do dizer na
sociedade.Verbosquedenotam pelo seusentidoum ato individual de
alcance social:jurar, prometer, garantir, certificar, empenhar-se.
So constrangedores. A terceira pessoa a forma doparadigma verbal ou
pronominal que no remete a nenhuma pessoa porque se refere a um
objetocolocado fora da alocuo. Eu juro uma forma de valor singular,
por colocar sobre aquele que seenuncia eu a realidade de um
juramento, um cumprimento: jurar consiste na enunciao eu juro,
pelaqual o ego est preso. o prprio ato de me comprometer, no a
descrio do ato que eu cumpro. Ele 4. O Aparelho formal da
enunciao:O emprego das formas so regras sintticas que pertencem a
um paradigma. O emprego das formas temmodelos variados como os
tipos lingusticos dos quais precedem. O emprego da lngua um
mecanismototal e constante que afeta a lngua inteira. A enunciao
este colocar em funcionamento a lngua por umato individual de
utilizao.Enunciao a realizao vocal da lngua. Os sons emitidos e
percebidos, sendo estudados no quadrode um idioma ou nas suas
manifestaes gerais, aquisio, difuso, alterao e outras
ramificaesfonticas, precedem de atos individuais.A enunciao pode se
definir em relao lngua, como um processo de apropriao. Toda
enunciao implcita ou explicitamente uma alocuo, ela postula um
alocutrio. A lngua se acha empregada para aexpresso de uma certa
relao com o mundo.Outro paradigma so os das formas temporais que se
determinam em relao a Ego, centro da enunciao.Os tempos verbais
cuja forma axial, o presente, coincide com o momento da enunciao,
faz parte desseaparelho necessrio. Da enunciao precede a instaurao
da categoria do presente e da categoria dopresente, nasce a
categoria do tempo, a origem do tempo.Do momento em que o
enunciador se serve da lngua para influenciar de algum modo o
comportamento doalocutrio, ele dispe para este fim de um aparelho
de funes. A interrogao que pede uma resposta, umprocesso de
comportamento com dupla entrada. 5. O discurso no trabalha com a
lngua como sistema abstratotrabalha como a lngua nomundo, como
significar considerando a produo de sentidos, como sujeitos ou
membros de umaAnalise do Discurso Eni Orlandideterminada formas de
sociedade. A materialidade especfica da ideologia o discurso e a
materialidade especfica do discurso a lngua. . No discurso
observamos a relao entre lngua e ideologia, como a lngua produz os
sentidos por/ para os sujeitos. O individuo interpelado pela
ideologia e surge o sentido. O sujeito discursivo funciona pelo
inconsciente e pela ideologia. Como o texto significa? O discurso
um esquema elementar que se constitui de: emissor, receptor, cdigo,
referente e mensagem. O emissor transmite a mensagem ao receptor,
mensagem essa formulada em um cdigo referindo a algum elemento da
realidade o referente. Cujo esquema : Referente emissor mensagem
cdigo Como os objetos simblicos produzem sentido? analisando os
prprios gestos de interpretao que ela considera como atos no domnio
simblico, pois eles intervm no real do sentido. H uma construo de
dispositivos tericos e no h verdades ocultas no texto. A
inteligibilidade refere o sentido a lngua: ele disse isso
inteligvel (Que pode ser facilmente compreendido: discurso
inteligvel). 6. O sujeito pensa que sabe o que diz, mas no tem
acesso ou controle sobre o modo peloqual os sentidos se constituem
nele. Do ponto de vista discursivo o que ele sabe no suficientepara
compreender mos que efeitos de sentidos esto ali presentificados. H
uma relao entre oj dito e o que se est dizendo que o que existe
entre o interdiscurso que a constituio e ointradiscursoque
aformulao.Edessejogo que tiram seus sentidos. Interdiscurso:
especifica as condies as quais um acontecimento histrico (elemento
histrico descontnuo e exterior) inscreve-se na continuidade
interna, no espao de coerncia prprio a uma memria. todo o conjunto
de formulaes feitas e j esquecidas que determina o que dizemos.
Intertexto: a relao de um texto com outros textos, onde o
esquecimento no estruturante. O esquecimento produz em ns a
impresso da realidade pensamento que a iluso referencial, que nos
faz acreditar que h uma relao direta entre o pensamento, a
linguagem e o mundo. Quando nascemos os discursos j esto em
processo e ns entramos nesse processo, eles no se originam em ns,
se realizam em ns em sua materialidade. Essa determinao necessria
para haver sentidos e sujeitos. O esquecimento estruturante parte
da constituio dos sujeitos e dos sentidos. Os sujeitos esquecem que
j foi dito- esse um esquecimento voluntrio e assim se identificam
com o que dizem e se constituem sujeitos. Assim as palavras
adquirem sentido e eles se significam retomando as palavras. 7. Os
processos parafrsticos so aqueles que em todo dizer a sempre algo
que se mantm, o dizvel, a memria e esta dolado da estabilizao. Na
polissemia o que temos deslocamento, ruptura dos processos de
significao. Ela joga com oequvoco. Sendo a lngua sujeita ao
equivoco e a ideologia um ritual com falhas que o sujeito, ao
significar, se significa.Sendo que os sujeitos e os sentidos sempre
podem ser outros e assim distingue-se o que criatividade (implica
naruptura do processo de produo da linguagem, pelo deslocamento de
regras, fazendo intervir o diferente) eprodutividade (reinterao de
processos j cristalizados. A parfrase a matriz dos sentidos, pois
no h sentido sem repetio. Na lngua a ideologia se materializa. No
mecanismo da antecipao o sujeito se coloca no lugar do
interlocutor, ouve suas palavras e antecipa-se ao interlocutor
quanto ao sentido que suas palavras produzem. Esse mecanismo regula
a argumentao. Se o sujeito fala do lugar de professor diferente do
lugar do aluno. O mecanismo imaginrio produz imagens dos sujeitos ,
assim como do objeto do discurso. Temos a imagem do sujeito locutor
e do interlocutor e tambm do objeto do discurso (do que estou
falando, do que ele est falando. Na antecipao a imagem que o
locutor faz do interlocutor e vice versa, a imagem que o
interlocutor faz da imagem que ele faz do objeto do discurso, e
assim por diante. Na relao discursiva so as imagens que constituem
diferentes posies. O sentido determinado pelas posies ideolgicas
colocadas em jogo no processo scio-histrico, as palavras mudam de
sentido segundo aqueles que as empregam. A metfora significa
transferncia. No h sentido sem metfora. Nessa transferncia que
elementos significantes passam a se confrontar, de modo que se
revestem de um sentido. As palavras iguais podem ter significados
diferentes porque se inscrevem em formaes discursivas diferentes. A
palavra terra no significa o mesmo para o ndio, para o agricultor
sem terra e para um proprietrio rural. Terra com letra maiscula e
minscula 8. No h sentido sem interpretao o que atesta a ideologia.
A ideologia a condio para aconstituio do sujeito e dos sentidos. A
ideologia e o inconsciente so estruturas funcionamento, Pcheux diz
que sua caracterstica a dissimular sua existncia no interior do seu
prprio funcionamento, produzindo um tecido de evidencias
subjetivas, no como que afetam o sujeito, mas como se constitui o
sujeito. Da uma teoria materialista do discurso , no subjetivista
da subjetividade em que se possa trabalhar esse efeito de evidencia
dos sujeitos e tambm a dos sentidos. A evidencia dos sentidos faz
com que uma palavra designe uma coisa apaga o seu carter material,
faz ver como transparente aquilo que se constitui pela remisso a um
conjunto de formaes discursivas que funcionam com uma dominante. As
palavras recebem seus sentidos de formaes discursivas em suas
relaes. Para que a lngua faa sentido , preciso que a historia
intervenha, pelo equivoco, pela opacidade, pela espessura material
do significante. A interpretao garantida pela memria sob 2
aspectos: A memria institucionalizada (o arquivo) e a memria
constitutiva (o interdiscurso). A ideologia que faz que haja
sujeitos. O efeito ideolgico elementar a constituio do sujeito.
Pela interpelao ideolgica do indivduo em sujeito inaugura-se a
discursividade. A interpelao do sujeito pela ideologia traz o
pagamento da inscrio da lngua na historia para que ela signifique
produzindo o efeito de evidencia do sentido (o sentido l) e a
impresso do sujeito ser a origem do que diz. Nem a linguagem, nem
os sentidos, nem os sujeitos so transparentes; eles tm sua
materialidade e se constituem em processos em que a lngua, a
histria e a ideologia concorrem conjuntamente. 9. O sujeito no tem
acesso ao modo como ocupa sua posio, direto a
exterioridade(interdiscurso) que o constitui. Os sujeitos so
intercambiveis (Significa que duas coisasdiferentes podem ser
usadas alternadamente com o mesmo propsito sem o que o
resultadoseja prejudicado). Quando falo da posio da me, o que digo
deriva seu sentido, em relao aformao discursiva em que estou
inscrevendo minhas palavras, de modo equivalente a outrasfalas que
tambm o fazem dessa mesma posio. O trabalho ideolgico um trabalho
damemria e do esquecimento pois s quando passa para o anonimato que
o dizer produz seuefeito literal. O sujeito de direito se distingue
da do indivduo, no uma entidade psicolgica, ele um efeito de uma
estrutura social bem determinada: a sociedade capitalista. H a
determinao do sujeito, mas h tambm processos de individualizao do
sujeito pelo Estado. Na base discurso um projeto totalizante do
sujeito, projeto que o converte em autor. O autor o lugar em que se
realiza esse projeto totalizante, onde se constri a unidade do
sujeito. O sujeito se constitui como autor ao constituir o texto em
sua unidade, com sua coerncia e completude imaginrias. A distino
entre real (descontinuidade, a disperso, a incompletude, a falta, o
equivoco, a contradio, constitutivas do sujeito como do sentido) e
imaginrio (no nvel das representaes temos a unidade, a completude,
a coerncia, o claro e distinto, a no contradio na instancia do
imaginrio). 10. O efeito metafrico o fenmeno semntico produzido por
uma substituio contextual, estedeslizamento de sentido entre x e y
constitutivo tanto do sentido designado por x como por y. Ametfora
constitutiva do processo mesmo de produo de sentido e da constituio
do sujeito, umatransferncia. Onde a produo de sentido esta sujeita
ao deslize havendo outra possvel constituio.O efeito metafrico,
deslize prprio da ordem do simblico o lugar da interpretao, da
ideologia, dahistoricidade. Essa a relao entre lngua e discurso: A
lngua pensada como sistema sintticointrinsecamente passvel de jogo
e a discursividade como inscrio de efeitos lingsticos materiais
nahistria, deslizes,parfrase,metfora. Ducrot distingue diferentes
formas de no dizer (implcito), o pressuposto e o subentendido:
Linguagem (pressuposto), contexto (subentendido). Deixei de fumar.
O pressuposto que eu fumava antes, o motivo fica subentendido,
pode-se pensar que por fazer mal ou por outra razo. O silencio como
horizonte, como eminncia de sentido. Silencio fundador o sentido
pode ser outro, silencio constitutivo, uma palavra apaga outra
palavras, silencio local, a censura, aquilo que proibido dizer. 11.
Diferentes modos de funcionamento do discurso: Discurso autoritrio:
A polissemia contida , o referente esta apagado pela relao de
linguagem que se estabelece e o locutor se coloca como agente
exclusivo, apagando tambm sua relao com o interlocutor; Discurso
polmico: Polissemia controlada , o referente disputado pelos
interlocutores ,e estes se mantm em presena, numa relao tensa de
disputa pelos sentidos; Discurso ldico: aquele que a polissemia est
aberta, o referente est presente como tal, sendo que o interlocutor
se expe aos efeitos dessa presena inteiramente no regulando sua
relao com os sentidos. Polissemia: (do grego poli="muitos" e
sema="significados"), o fato de uma determinada palavra ou expresso
adquirir um novo sentido alm de seu sentido original, guardando uma
relao de sentido entre elas contida Deixei-os de boca aberta. A
boca da garrafa est quebrada. Observe que h relao de "abertura",
"orifcio" da palavra boca em ambas as frases. isso que torna a
polissemia diferente da homonmia. Outros exemplosEla me pediu para
sair (ou ficar). (Sair e ficar podem ser denotativo ou uma gria)
Doe nesta pscoa, ponha (ou bota) ovo em cima da mesa. As frases
acima apresentam a ambiguidade, ou seja tem dois sentidos, e causam
estranheza. Para no ocorrer esse problema, seria melhor trocar as
palavras polissmicas por outras palavras: sair = ir para fora;
ficar = permanecer; por/botar = colocar. 12. Em comum que os fatos
de linguagem por eles tratados referem a linguagem ao seu exterior.
AEnunciao, Pragmtica, Argumentao, Discurso Enimuitas vezes
incluindo a enunciao, a pragmtica tem sido considerada de modo mais
amplo orlandi argumentao e o discurso. A maneira como concebem o
sujeito: Na enunciao:o sujeito um sujeito origem de si; Na
argumentao: o sujeito o sujeito psicossocial Na anlise do discurso:
o sujeito lingustico- histrico , constitudo pelo esquecimento e
pela ideologia e o modo como definem o exterior (na pragmtica o
exterior o fora e no o interdiscurso) Marcam as diferenas tericas ,
de distintos procedimentos analticos, com suas consequncias
praticas e diversificadas. 13. Saussure O signo lingstico une no
uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acsticaque a
impresso psquica do som. O signo lingstico : Conceito e imagem
acstica. A arbitrariedade do signo: O lao que une o significante ao
significado arbitrrio, sendo signo o totalresultante da associao de
um significante com um significado. Ex. a ideia de Mar no est
ligada porrelao alguma interior sequncia de sons m-a-r que lhe
serve de significante, poderia ser representadapor outra sequncia.
O smbolo o significante e tem como caracterstica no ser arbitrrio.
Ele no estvazio, existe um rudimento de vnculo natural entre o
significante e o significado. O smbolo da justia, nopoderia ser
substitudo por um objeto qualquer com um carro. Linearidade: Os
componentes que integram um determinado signo se apresentam um aps
ooutro, tanto na fala como na escrita. Linguagem: a lngua e a fala,
A lngua a linguagem menos a fala. o conjunto dos hbitos
lingusticosque permitem a uma pessoa compreender e fazer-se
compreender. A natureza social da lngua interna, vivel e no
vivente. Como signo lingustico arbitrrio, organizvel a vontade,
dependeunicamente de um princpio racional. A ao do tempo se combina
com a da fora social. Agora a lnguano livre, porque o tempo
permitir que as foras sociais que atuam sobre ela desenvolvero
efeitos, ecom a continuidade que anula a liberdade. 14. o
diacrnico, pois para a massa falante ele constitui a realidade. na
lngua, fora alguma garante a manutenoda regularidade quando ela
reina em algum ponto Sincrnica Diacrnica Tudo que se relaciona com
o aspecto esttico da Tudo que diz respeito a evolues Estuda a
cincialngua atravs dos tempos Evolutiva No mais a lngua que se
percebe, mas uma Estuda a lngua em dado momentoserie de
acontecimentos que a modificam. Diferenas No tem seu fim em si
mesma. Conhece somente uma perspectiva, a das Diferenas pessoas que
falam, e todo o seu mtodo Ao contrrio, deve distinguir duas
perspectivas: consiste em recolher- lhes o testemunho; parauma,
prospectiva, que acompanhe o curso do saber em que medida uma coisa
umatempo, e outra retrospectiva, que faa o mesmo realidade, ser
necessrio e suficiente averiguarem sentido contrrio; da um
desdobramento do em que medida ela existe para a conscincia de
mtodo, de que se tratar na quinta parte. tais pessoas. Ao contrrio,
a Lingustica diacrnica no No tem por objeto tudo quanto sejasomente
no necessita desemelhante simultneo, mas somente o conjunto dos
fatos especializao como tambm a repele; os termos correspondentes a
cada lngua; na medida emque ela considera no pertencem forosamente
a que tal for necessrio, a separao ir at os uma mesma lngua
(comparem- se o indo- dialetos e subdialetos.europeu * esti, o
grego sti, o alemo ist, o No bastante preciso; deveria ser
substitudafrancs est). justamente a sucesso dos fatos pela designao
- um pouco longa, na verdade - diacrnicos e sua multiplicao
espacial que cria de idiossincrnico.a diversidade dos idiomas. A
lei geral, mas no imperativa. , impe-se Fator dinmico: Um efeito
produzido, uma aosindivduospela sujeiodousocoisa executada.
Imperativo, se impe a coletivo, mas no uma obrigao relativa slngua,
mas nada tem de geral. pessoas que falam. Comprova um estado de
coisas. No imperativo. 15. caso, o estudo ser necessariamente
sincrnico, no outro, diacrnico. a lngua no se apresenta como
umconjunto de signos delimitados de antemo, dos quais bastasse
estudar as significaes e a disposio; umamassa indistinta na qual s
a ateno e o hbito nos podem fazer encontrar os elementos
particulares.SincroniaDiacronia Se ocupar das relaes Lgicas e
psicolgicas que Estudar, ao: contrrio, as relaes que unem unem os
termos coexistentes e que formam sistemas, tais como so percebidos
pela conscincia termos sucessivos no percebidos por uma coletiva.
mesma conscincia coletiva e que se substituem Seu objeto
estabelecer os princpios fundamentais uns aos outros sem formar
sistema entre si. de todo sistema idiossincrnico, os fatores Fatos
analisadas quanto assuas constitutivos de todo estado de lngua.
transformaes, pelas relaes que estabelecem Pertence a tudo que
chama-se gramtica geral. com os fatos que o precederam ou sucederam
somente pelos estados de lngua que se estabelecem as diferentes
relaes que incumbem gramtica. Gramtica Lingustica esttica ou
descrio de um estado de lngua. Estuda a lngua como sistema de meios
de expresso, quem diz gramatical diz sincrnico e significativo, e
como ningum cavaleiro de vrias pocas ao mesmo tempo no existe
gramtica histrica o que se d tal nome se chama lingustica
diacrnica. Sempre prescede o diacronico. Ex.: como vossa merc virou
voc 16. O valor lingusticoA lngua um sistema de valores puros
considerando dois elementos que esto em seu funcionamento: As
ideias e os sons. O pensamento como uma nebulosa e nada est
delimitado, no h ideias pr- estabelecidas, nada distinto antes do
aparecimento da lngua.Representamos o fato lingstico em seu
conjunto, isto , a lngua, como uma srie de subdivises contguas
marcadas simultaneamente sobre o plano indefinido das idias
confusas (A) e sobre o plano no menos indeterminado dos sons (B).No
h materializao de pensamento, nem espiritualizao de sons
pensamento-som que implica em divises e dele a lngua elabora suas
unidades constituindo-se entre duas massas amorfas.O valor, tomado
em seu aspecto conceitual, constitui, sem dvida um elemento da
significao. A significao a contra parte da imagem auditiva. Tudo se
passa entre a margem auditiva e o conceito, nos limites da palavra
considerada como um domnio fechado existente por si prprio.Itens
necessrios a existncia de Valor:1 por uma coisa dessemelhante,
suscetvel de ser trocada por outra cujo valor resta determinar;2
por coisas semelhantes que se podem comparar com aquela cujo valor
est em causa.Uma palavra pode ser trocada por algo dessemelhante:
uma idia; alm disso, pode ser comparada com algo da mesma natureza:
uma outra palavra. Seu valor no estar ento fixado, enquanto nos
limitarmos a comprovar que pode ser "trocada" por este ou aquele
conceito, isto , que tem esta ou aquela significao; falta ainda
compar-la com os valores semelhantes, com as palavras que se lhe
podem opor. Seu contedo s verdadeiramente determinado pelo concurso
do que existe fora dela. Fazendo parte de um sistema, est revestida
no s de uma significao como tambm, e sobretudo, de um valor, e isso
coisa muito diferente.O que importa na palavra no o som em si, mas
as diferenas fnicas que permitem distinguir essas palavras das
outra, pois so elas que levam a significao. O som, elemento
material, no pertence a lngua, secundrio, matria que pe em jogo. No
o metal da moeda que fixa seu valor. 17. Relaes Sintagmticas e
relaes associativas Um sistema lingstico uma serie de diferenas de
sons combinadas com uma serie de diferenas de ideias; mas essa
confrontao de um certo nmero de signos acsticos com outras tantas
divises feitas na massa do pensamento engendra um sistema de
valores que constitui o vnculo efetivo entre os elementos fnicos e
psquicos no interior de cada signo. O sintagma se compe sempre de
duas ou mais unidades consecutivas (por exemplo: re- ler, contra
todos; a vida humana; Deus bom; Se fizer bom tempo, sairemos etc.).
Colocado num sintagma, um termo s adquire seu valor porque se ope
ao que o precede ou ao que o segue, ou a ambos. As solidariedades
sintagmticas - A formao de palavras quanto basta para demonstr-lo,
Uma unidade como desejoso se decompe em duas subunidades
(desej-oso), mas no se trata de duas partes independentes
simplesmente juntadas uma outra (desej + asa). Trata-se de Um
produto, uma combinao de dois elementos solidrios, que s tm valor
pela sua ao recproca numa unidade superior (desej X oso). O sufixo,
considerado isoladamente, inexistente ; o que lhe confere seu lugar
na lngua uma srie de termos usuais tais como calor-asa, duvid-oso
etc. Por sua vez, o radical no autnomo; ele s existe pela combinao
com um sufixo; no francs rou!-is, o elemento rou!- no nada sem o
sufixo que o segue. O todo vale pelas suas partes, as partes valem
tambm em virtude de seu lugar no todo to importante quanto a das
partes entre si. 18. Entre os agrupamentos sintticos assim
constitudos, existe um vnculo de interdependncia; eles
secondicionam reciprocamente. Com efeito, a coordenao no espao
contribui para criar coordenaesassociativas, e estas, por sua vez,
so necessrias para a anlise das partes do sintagma.
_______________________________ des-fazer
_______________________________ Mas simultaneamente, e sobre outro
eixo, existe no subconsciente uma ou mais sries associativas
compreendendo unidades que tem um elemento comum com o sintagma,
por exemplo: _______________________________ des-fazer
_______________________________ Descolocarfazer Deslocarrefazer
Descosercontrafazer Etc.etc. 19. Arbitrrio absoluto e arbitrrio
relativo Apenas uma parte dos signos absolutamente arbitrria; em
outras, intervm um fenmeno que permite reconhecer graus no
arbitrrio sem suprimi-lo: o signo pode ser relativamente motivado.
Assim, vinte imotivado, mas dezenove no o no mesmo grau, porque
evoca os termos dos quais se compe e outros que lhe esto
associados, por exemplo, dez, nove, vinte e nove , dezoito, setenta
etc.; tomados separadamente, dez e nove esto nas mesmas condies que
vinte, mas dezenove apresenta um caso de motivao relativa. Agora
reconhecemos as solidariedades que as vinculam; so de ordem
associativa e de ordem sintagmtica ; so elas que limitam o
arbitrrio. Dezenove e associativamente solidriode dezoito,
dezessete etc. e sintagmaticamente de seus elementos dez e nove.
Essa dupla relao lhe confere uma parte de seu valor. 20. Fiorin *
Introduo a lingustica Lngua: Objeto unificvel e suscetvel de
classificao e parte essencial da linguagem. Sistema de signos, ato
individual que resulta das combinaes feitas pelo sujeito falante
utilizando o cdigo da lngua. Segundo Chomsky a linguagem uma
capacidade inata e especfica da espcie, isto , transmitida
geneticamente e prpria da espcie humana. distingue competncia de
desempenho. A competncia Lingstica a poro do conhecimento do
sistema lingstico do falante que lhe permite produzir o conjunto de
sentenas de sua lngua; um conjunto de regras que o falante
construiu em sua mente pela aplicao de sua capacidade inata para a
aquisio da linguagem aos dados lingsticos que ouviu durante a
infncia. O desempenho corresponde ao comportamento lingstico, que
resulta no somente da competncia Lingstica do falante, mas tambm de
fatores no lingsticos de ordem variada, como: convenes sociais,
crenas, atitudes emocionais do falante em relao ao que diz,
pressupostos sobre as atitudes do interlocutor etc. O desempenho
pressupe a competncia, ao passo que a competncia no pressupe
desempenho. A tarefa do lingista descrever a competncia, que
puramente Lingstica, subjacente ao desempenho. 21. Linguagem animal
O sistema de comunicao usado pelas abelhas, que ao encontrar uma
fonte de alimento, regressa colmia e transmite a informao s
companheiras por meio de dois tipos de dana: circular, traando
crculos horizontais da direita para a esquerda e vice versa, ou em
forma de oito, em que a abelha contrai o abdome, segue em linha
reta, depois faz uma volta completa esquerda, de novo corre em
linha reta e faz um giro para a direita, e assim sucessivamente. Se
o alimento est prximo, a menos de cem metros, a 15 segundos a linha
reta que faz parte da dana. Quanto maior a distancia menos giros
faz a abelha. A direo a ser seguida dada pela direo da linha reta
em relao posio do sol. A comunicao das abelhas no uma linguagem, um
cdigo de sinais, como se pode observar pelas suas caractersticas:
contedo fixo, mensagem invarivel, relao a uma s situao, transmisso
unilateral e enunciado indecomponvel. Benveniste chama a ateno,
ainda, para o fato de que essa forma de comunicao tenha sido
observada entre insetos que vivem em sociedade e a sociedade a
condio para a linguagem. 22. Teoria da informaoFonte detransmissor
receptordestinoinformao mensagem sinal sinal recebidomensagem Fonte
de rudoTeoria da informao: (a) introduz a representao do cdigo,
como um conjunto de elementos discretos, os signos, guardados no
crebro (elementos discretos so aqueles que se definem pela relao
que mantm com os demais, relao esta que permite que os elementos
sejam recortados de uma continuidade sem forma e delimitados uns em
relao aos outros);(b) representa a relao de atualizao das unidades
Lingsticas, situando-a entre o cdigo e o emissor;(c) mostra a relao
de estimulao que existe entre o universo dos fenmenos
extralingsticos, contnuos, e o emissor;(d) mostra que a representao
da realidade formada pelo receptor no coincide com a do emissor;
e(e) aponta diferentes fases na codificao e na descodificao da
mensagem. o esquema representa as fases principais de um processo
de comunicao, segundo Melmberg, a comunicao continua a ser
entendida como a transferncia de uma mensagem, lingisticamente
estruturada, de um sujeito emissor a um sujeito receptor. 23. Funes
da linguagem REFERENCIAL (centrada no contexto ou referente)
informativa ou representativa, empregam principalmente os
procedimentos queseguem: uso da 3 pessoa, apresentao de qualidades
"objetivas" ou "concretas" (no so quase empregados, porexemplo,
adjetivos subjetivos como lindo ou horroroso, ou modalizadores como
eu acho, eu quero e outros), emprego de nomesprprios e de
estratgias argumentativas "lgicas" (provas, demonstraes, etc.). Os
procedimentos usados produzem sobretudodois efeitos de sentido, o
de objetividade (3a pessoa) e o de realidade ou referente (nomes
prprios, qualidades "objetivas" ou"concretas"), isto , de
apagamento ou distanciamento do sujeito e de verdade dos fatos. Os
textos com funo referencial ouinformativa so, portanto, aqueles que
tm por fim, na comunicao, a transmisso objetiva de informao .
EMOTIVA (centrada no remetente) Os textos com funo emotiva ou
expressiva, por sua vez, usam, de preferncia, os
seguintesprocedimentos: empregoda 1pessoa,apresentao de
qualidades"subjetivas", por meio deadjetivos comofantstico,
encantador, medonho e outros, ou de advrbios de modo, utilizao de
modalizadores relacionados com o saber, comoeu
acho,euconsideroetc., uso derecursosprosdicos de prolongamento
devogal, pausas,acentosenfticos, hesitaes, interjeies, exclamaes.
POTICA (centrada na mensagem) Tem vrias funes ao mesmo tempo, em
cada texto uma funo dominante. ostextos-mensagens empregam
procedimentos lingsticos e discursivos que produzem efeitos de
sentido relacionados comas diferentes funes e que nos permitem
identific-las.CONATIVA (centrada no destinatrio) o texto usa a 2!
pessoa (voc), os procedimentos de pergunta e resposta (Voc jtem o
meu carto?) e a modalizao dentica (deveria ter) para construir um
texto com funo conativa ou de persuasodo destinatrio dominante. b)
O Ita tem tudo. S falta voc. Abra j a sua conta Procura-se um
cliente mais ou menos com o seu perfil, com a suaidade e que more
mais ou menos l na sua casa. o texto emprega a 2". pessoa (voc) e o
imperativo (abra) para produziro efeito de persuaso. A resposta
esperada a abertura de conta no Ita. c) Quando no puder passar no
banco, s usar o Real Internet Banking e o Real Internet Empresa,
viu seu Lus? Podeser do stio mesmo. So usados a 2". pessoa, o voe
ativo (viu seu Lus), a estrutura de pergunta e resposta,
paraconstruir um texto com funo conativa. Doces da Laura b) Cantina
do sargento c) Tok-Stok d) Peg-Pag, e) Serv-Lev.Todos os nomes 24.
Funes da linguagem FTICA (centrada no contato) - Os textos com funo
ftica usam principalmente procedimentos prosdicos de pontuao da
fala para manter o contato fsico e/ou psicolgico entre os
interlocutores (uhn, h), frmulas prontas para iniciar ou
interromper o contato (ol, tudo bem, como vai?, tchau, at logo, bom
dia etc.) e para verificar se h ou no contato (voc est escutando
?). Os efeitos de sentido so os de aproximao e interesse entre
remetente e destinatrio, de presena de ambos na comunicao, de
estabelecimento ou manuteno da interao. Jakobson diz que a primeira
funo da linguagem que os homens usam, nas "conversas" do beb com a
me (gugu g g...), e que a nica que temos em comum com as aves
falantes, como as maritacas e os papagaios. METALINGUSTICA
(centrada no cdigo) - Tem vrias funes ao mesmo tempo, em cada texto
uma funo dominante. os textos-mensagens empregam procedimentos
lingsticos e discursivos que produzem efeitos de sentido
relacionados com as diferentes funes e que nos permitem
identific-las. Os textos com funo meta Lingstica usam os
procedimentos que seguem: verbos de existncia (ser, parecer) ou de
existncia da significao (significar, ter o sentido de), em geral no
presente do indicativo, em oraes predicativas de definio (x y). O
efeito de sentido o de linguagem que fala de linguagem, ou seja, de
circularidade da definio e da comunicao. No se deve confundir a
funo metalingstica de Jakobson com a metalinguagem cientfica.
Metalinguagem cientfica linguagem definidora de outra linguagem, ou
seja, como uma linguagem que fala de outra linguagem.
Diferenciam-se, porm, pelo fato de a metalinguagem cientfica ser,
por sua vez, definida por outra, uma terceira linguagem, a
metalinguagem metodolgica, o que no acontece com a funo
metalingstica ordinria. Assim, a funo metalingstica produz o efeito
de circularidade (de uma linguagem que define outra linguagem) e a
metalinguagem cientfica produz a iluso de superposio de nveis (de
uma linguagem que define outra linguagem e , por sua vez, definida
por uma terceira). 25. A variao lingustica Variao diatpica -
diferenas de espao geogrfico; (exemplo: aipim = mandioca,
macaxeira; abbora = jerimum; canjica =mucunz; mixirica = tangerina;
p-de-moleque = cocada; p-de-moleque = bolo de mandioca); muy =
mulher; fyo = filho; muntagente = muita gente; mut = escada; pi =
menino. So identificadas mais comumente como dialetos: o dialeto
nordestino, odialeto de Fortaleza, dos Aores, de Portugal, do Acre,
etc.; Calvet: correlatas aos lugares Variao diafsica - diferenas
entre os tipos de modalidade expressiva, de estilos distintos,
segundo as circunstncias em quese realizam os atos da fala: ns
vamos, a gente vai, eu vou; faa-me o favor, faa o favor; assistir
ao jogo, assistir o jogo etc). Asunidades de estratos sociais - a
linguagem culta, a linguagem da classe mdia, a linguagem popular,
etc.; Calvet: variaes diacrnicas (correlatas as faixas etrias)-
grias - A nica afirmao de uma verdadeira contra legitimidade
emmatria de lngua. Existe como forma aos mesmo tempo separada e
unificada. a gria um conjunto de praticas caracterizadaspor: Alguns
traos sintticos como a utilizao intransitiva de verbos normalmente
transitivos: "Sujou! para se referir a umevento inesperado,
portador de eventual risco; Alguns traos fonticos, por exemplo a
pronncia "vio" por "velho" e "sart" por"saltar"; Um conjunto
lexical produzido seja pela aplicao de regras do tipo que acabamos
de descrever, seja pela aplicao deregras de transformao, como no
verlan (processo morfolgico de inverso). Todos os falantes, mesmo
quando se acreditammonolnges, so sempre mais ou menos plurilnges,
possuem um leque de competncias que se estendem entre
formasvernaculares e formas veiculares, mas no quadro de um mesmo
conjunto de regras lingsticas. Variao diastrtica - diferenas entre
os distintos estratos socioculturais de uma mesma comunidade
idiomtica (fazer a corte,namorar, paquerar, ficar; garota de
programa, mulher devida fcil, prostituta, puta); ficar ajuntado ou
amancebado ou amigado.As unidades de estilo de lngua - a linguagem
formal, a familiar, a literria etc. Calvet: Correlatas a grupos
sociais 26. O peso das lnguas O uso do sujeito nulo em espanhol: .
I escribi Ia carta y sali a pasear .Escribi Ia carta y sali a
pasear ("Ele escreveu a carta e saiu para passear")("Escreveu a
carta e saiu para passear")Porto riquenhosMadri Tu usado
distintamente nas duas comunidades, com base no seguinte fator de
natureza Lingstica: o pronome usado para fazer referncia a uma
pessoa especfica ou usado para fazer referncia a qualquer pessoa
(usogenrico). Os pesos relativos so valores que vo de zero a um e
que indicam matematicamente o peso com que um fator(lingstico ou
extralingstico) influencia o uso de uma variante, em relao a todos
os fatores levados em conta naobservao de um fenmeno de variao
Lingstica. Quando o peso relativo de um fator prximo de zero,
significaque tal fator desfavorece o uso da variante. Quando o peso
relativo igual a 0,50, significa que ele no estcorrelacionado ao
uso da variante - tal valor , pois, o ponto denominado neutro.
Finalmente, quanto mais prximo forde I (um), maior ser o peso com
que o fator favorece o uso da variante. 27. Temos duas dimenses
quantitativas na variao Lingstica. 1: O quadro geral da variao: o
fato de que, numalngua, um mesmo sentido pode ser veiculado por
mais de uma forma (A, A , A" ...), cada uma delas com
umadeterminada freqncia de uso. No exemplo as formas seriam A =
sujeito pronominal expresso ou A = sujeito nulo.Na segunda dimenso
quantitativa, temos o efeito dos contextos lingsticos sobre a
variao, de modo que asquantidades de A e A podem variar de indivduo
para indivduo e de comunidade para comunidade.Falantes que
compartilham os mesmos nmeros (pesos relativos) quando aplicam uma
regra de acordo com os contextosLingsticas, mesmo apresentando
nmeros diferentes dentro do quadro geral; e falantes que apresentam
pesosdiferentes, com relao aos contextos lingsticas, mas que tm um
mesmo comportamento.1 Falantes envolvidos apresentam identidade
estrutural, revelando uma mesma gramtica, apesar de os nmeros do
quadrogeral poderem ser diferentes.2: Falantes esto usando
gramticas diferentes, pois os efeitos de contexto Lingstica so
diferentes, apesar de osnmeros do quadro geral serem uniformes. O
uso de tu diferente em San Juan e em Madri. 1: expressa-se o
pronome nafrase quando se faz referncia a qualquer pessoa (uso
genrico); 2: expressa-se o pronome quando se faz referncia a
umapessoa especfica. 28. Manipulao: Luiz Tatit O contrato entre
funes sintticas de destinador- manipulador e destinatrio -
manipulado. O destinador quer despertar a confiana do destinatrio,
fazer crer e completar a manipulao praticamente suprimindo a
liberdade de escolha do destinatrio, sem poder, sem fazer, no poder
deixar de cumprir o contrato. A "seduo", o destinador manifesta um
saber fazer o destinatrio querer fazer, elogiando-o ou
enaltecendo-o de tal maneira que qualquer sinal de recusa manipulao
significaria tambm a renncia a todas as qualidades que lhe foram
atribudas. A "tentao", domnio em que o destinador demonstra poder
fazer o destinatrio querer fazer, apresentando - lhe uma recompensa
irrecusvel; a "provocao. O primeiro actante obtm com o seu saber
fazer o dever fazer do destinatrio, j que o leva a agir como nica
forma de refutar a depreciao que lhe foi imposta; a "intimidao", o
destinador dotado de um poder fazer o destinatrio dever fazer a
partir de ameaa. Ento os actantes compartilham opinies semelhantes
a respeito do valor do objeto. O destinatrio interpreta e no
contesta o destinador, ele necessita de subterfgio para poder
manifestar que concorda no nvel cognitivo e pode realizar sua
discordncia no nvel pragmtico. Simula que s sai de casa para o
trabalho e se no fosse esse motivo ficaria em casa. Na hora de
executar o programa rejeita a manipulao do narrador e adere ao cio
e ao lazer. 29. No nvel narrativo, encontram-se (1) as dependncias
entre funes actanciais (s existe sujeito porque existeobjeto, s
existe destinador porque existe destinatrio, e vice - versa); (2)
as operaes de manipulao, aoe sano; (3) as oposies que criam
embaraos ao desenvolvimento narrativo (que, no fundo, mais um
tipode dependncia:seh sujeito,h anti-sujeito); (4)as interaes
modais: Ao - O sujeito executa um programa idealizado pelo
destinador . Sano Aprovao ou no dada pelo destinador julgador ao
destinatrio. Resultado se o contrato se cumpriu ou no. Para
proceder ao julgamento, o destinador deve confrontar o seu saber a
respeito do percurso do sujeito destinatrio com o critrio de
"verdade" decorrente dos acordos estabelecidos entre os actantes
implicados numa narrativa especfica. Enunciao Debreagem enunciva O
enunciador provoca um efeito de distanciamento do seu lugar
enunciativo. Refere-se a si mesmo em 3 pessoa- ele, tratado em um
outro tempo: ento e outro espao: L que no os da enunciao Debreagem
enunciativa O enunciador provoca um efeito de aproximao de sua
prpria instancia, se manifesta em 1 pessoa e simula estar atuando
num tempo e espao presentes (aqui e agora). A embreagem corresponde
justamente ao reengate de todos esses efeitos instncia da enunciao,
de modo que se concebam tanto os recursos enuncivos quanto os
enunciativos como procedentes da mesma fonte. Em outras palavras,
se h coisas consideradas verdadeiras, h um responsvel por essa
verdade. A embreagem, em sua acepo especfica, corresponde a
processos estritos de uso do "ele" com valor de "eu" (ex.: Edson
Arantes do Nascimento tecendo elogios a Pel). 30. O verbo implica
que h um agente envolvido e que h uma mudana de estado resultante
da ao. Este ltimo tipode verbo conhecido como verbo causativo.
Verbos causativos so verbos de realizao, isto , o verbo expressaas
noes de um ato em que o sujeito est envolvido e de mudana de estado
resultante deste ato, podendoenvolver processos morfolgicos
(enriquecer. legalizar), formas supletivas no lxico(ver/mostrar,
matar/morrer), processos sintticos (Joo quebrou a janela/ a janela
quebrou), uso de expressoperifrstica jazer + verbo (jazer
escorregar, jazer dormir). (32) O Joo correu. (33) O Joo morreu.
(34) O Joomatou Pedro. Empirismo: o conhecimento derivado da
experincia. No se nega a existncia da mente, nem que os seres
humanos tm conhecimento e idias na mente. A questo como essas idias
foram adquiridas ou aprendidas. O que inato a capacidade de formar
associaes entre estmulos, ou entre estmulos e respostas, com base
na similaridade e contigidade. A estrutura no est no indivduo, nem
construda por ele, mas est no exterior, fora do organismo. O
behaviorismo: (estmulo, resposta, reforo) e a especificao de como
essas variveis interagem para determinar uma resposta verbal
particular. Um estmulo externo provoca uma resposta externa do
organismo. Se essa resposta for reforada positivamente, a tendncia
que o comportamento se mantenha. Se a resposta for reforada
negativamente, o comportamento eliminado. Se no h reforo (positivo
ou negativo), o comportamento tambm tende a desaparecer. Imagine a
situao de uma criana que v a me e quer sair do bero (estmulo). Ela
comea a chorar (resposta). Caso a me a retire do bero, ela est
reforando positivamente o comportamento da criana, isto , a criana
"aprende" que para sair do bero deve chorar. Se, por outro lado, a
me no atender a criana (reforo negativo), esta "aprender" que no
chorando que vai conseguir sair de l. 31. Conexionismo: tm por
objetivo explicar os mecanismos que embasam o processamento mental,
e a linguagem apenasum desses processos. Os modelos conexionistas
podem ser treinados para aprender a flexionar os verbos no passado,
a sonorizartextos escritos, pegar bolas, equilibrar uma rgua
(Plunkett, 2000).As propostas conexionistas buscam a interao entre
o organismo e o ambiente, assumindo a existncia de um algoritmo
deaprendizagem. Por organismo, entende se a intrincada rede neural
(os trabalhos conexionistas tentam replicar,computacionalmente, o
que ocorre no crebro). Racionalismo Duas correntes inatistas: uma
assume que o aprendizado da linguagem independente da cognio e
deoutras formas de aprendizado (conhecida como hiptese gerativista
ou inatista); e a outra assume que a linguagem parte dacognio, ou
que o mecanismo responsvel pelo aprendizado da linguagem tambm
responsvel por outras formas deaprendizado (so conhecidas como
teorias cognitivistas, construtivistas). InatismoConsideremos
inicialmente a hiptese inatista. A proposta de que o ser humano
dotado de uma gramtica inata remonta aChomsky (1965). Sua proposta
procura dar conta da competncia e cri atividade do falante. Se
assume que h um componenteinato e independente da cognio, cumpre
tentar explic-lo.InputDALoutputSentenasGU Lngua L [regras
1,3,4]regra1regra 2 ...A criana tem uma Gramtica Universal (GU)
inata que contm as regras de todas as lnguas, e cabe a ela, criana,
selecionar asregras que esto ativas na lngua que est adquirindo.
32. O construtivismo Um segundo tipo de teoria inatista o que
considera que o mecanismo responsvel pela aquisio dalinguagem tambm
responsvel por outras capacidades cognitivas (ressalte-se, no
entanto, que o construtivismoclssico. Piaget 1979, Chomsky 1979).
As crianas constroem a linguagem. Sero aqui apresentadas duas
vertentesconstrutivistas: a cognitivista e a interacionista.O
CognitivismoA criana constri o conhecimento com base na experincia
com o mundo fsico, isto , a fonte do conhecimentoest na ao sobre o
ambiente. Piaget tambm , algumas vezes, chamado de
"interacionista"; no entanto, esta interao entre a criana e o
mundo. Na literatura sobre aquisio. O conhecimento lingstico de uma
criana em umdeterminado momento reflete as estruturas cognitivas
que foram desenvolvidas antes e que determinam esteconhecimento
(cf. Piaget & Inhe1der 1976). Seu interesse no pela linguagem
per se, mas a linguagem como portapara a cognio. Aqui nos deteremos
nos aspectos de sua teoria relativos aquisio da linguagem.O
interacionismoA funo social da fala, e da a importncia do outro, do
interlocutor, no desenvolvimento da linguagem. O papel doadulto
como quem cria a inteno comunicativa, como o facilitador do
processo de aquisio. Vygotsky estavainteressado na relao entre
lngua e pensamento. o autor prope quatro estgios no desenvolvimento
das operaesmentais (a includas as operaes responsveis tambm pelo
desenvolvimento da fala): natural ou primitivo (quecorresponde fala
pr-intelectual e ao pensamento pr-verbal); psicologia ingnua (a
criana experimenta aspropriedades fsicas tanto de seu corpo quanto
dos objetos, e aplica essas experincias ao uso de instrumentos
-inteligncia prtica); signos exteriores (as operaes externas so
usadas para auxiliar as operaes internas; nesseestgio ocorre a fala
egocntrica); e crescimento interior (em que as operaes externas se
interiorizam). 33. Sociolingustica * Calvet Fatores que condicionam
a diversidade lingustica: Identidade social do falante, Identidade
social do destinatrio , Contexto. Noes chave da teoria da
comunicao: Emissor, receptor e contexto. Lnguas em contato: A
palavra interferncia designa um remanejamento de estruturas
resultante da introduo de elementosestrangeiros nos campos mais
fortemente estruturados da lngua, como o conjunto do sistema
fonolgico, uma grande parte damorfologia e da sintaxe e algumas
reas do vocabulrio (parentesco, cor, tempo etc.) As interferncias
fnicas, as interferncias sintticas (organizar a estrutura de uma
frase em determinada lngua B segundo aestrutura da primeira lngua)e
as interferncias lexicais (mais simples so as que consistem em cair
na armadilha dos falsoscognatos). Encontraremos um exemplo
semelhante na dificuldade que os brasileiros podem ter para
realizar a distino inglesaentre o li:1 longo e o lil breve em
palavras como sheep e ship, sheet e shit etc. As lnguas
aproximativa - No plurilinguismo quando um falante se encontra numa
comunidade cuja lngua ele no conhece.Pode se tratar de uma pessoa
que est de passagem (um turista), que tentar ento lanar mo de uma
terceira lngua quetanto ele como a comunidade em que se encontra
conheam. Neste caso, ele se vale do que se chama uma lngua
veicular. No mais interferncia, a mistura de lnguas ocorre com o
falante que utiliza vez ou outra duas lnguas: enunciados bilngues
oualternncia de cdigos. Criloulo: Se caracterizaria ento por um
vocabulrio emprestado a uma lngua dominante, a dos plantadores, e
uma sintaxefundada sobre a sintaxe das lnguas africanas. So 3 fases
na historia do crioulo: 1: de instalao: "A importncia numrica,
econmica e social do grupo branco me leva apensar sempre mais que
essa fase deve ter sido muito menos caracterizada pelo surgimento
de um pidgin que pela realizaode aproximaes do francs pelos
falantes que, alis, conservavam o uso de sua lngua de origem". 2
imigraes expressivasdiminuem a porcentagem de brancos. 3 o crioulo
se estabelece como um cdigo separado do francs, em uma
relaodiglossica. lngua oficial nas ilhas Seychelles e no cabo verde
e em carter experimental no ensino nas Antilhas francesas eno
Haiti. 34. Lnguas veiculares A emergncia dos crioulos implica em
duas coisas: grupo dominante e minoritrio (e a lngua desse grupo)
de um lado, umamaioria de escravos dominados do outro, sem uma
lngua comum. O plurilinguismo pode criar dificuldades para um
grupohomogneo que tem suas prprias lnguas e sem dificuldades de
comunicao entre si. Uma lngua veicular uma lnguautilizada para a
comunicao entre grupos que no tem a mesma primeira lngua. A lngua
veicular pode ser a lngua de um dosgrupos em presena e pode ser uma
lngua criada, lngua composta com emprstimos dos diferentes cdigos
em presena. Aimportncia da funo calculada em uma taxa de
veicularidade: a relao entre os falantes dessa lngua e os que no a
temcomo lngua primeira. diglossia: coexistncia em uma mesma
comunidade de duas formas lingsticas que ele nomeia variedade baixa
e variedadealta. Ex.: situaes arabofnicas (dialeto/ rabe clssico),
Grcia (demtico/ katharevoussa), o Haiti (crioulo e francs) e a
partegermanfona da sua (suo alemo/ hochdeutch). Diglossia: Uma
situao lingustica relativamente estvel, na qual, almdas formas
dialetais de lngua (que podem incluir um padro ou padres
regionais), existe uma variedade superposta muitodivergente,
altamente codificada (quase sempre gramaticalmente mais complexa).
Joshua Fishman define: Bilingismo e diglossia: todos os membros da
comunidade conhecem a forma alta e a forma baixa. o caso do
Paraguai(espanhol e guarani). Bilingismo sem diglossia: h numerosos
indivduos bilnges em uma sociedade, mas no se utilizam das
formaslingsticas para usos especficos. Esse seria ocaso de situaes
instveis, de situaes em transio entre uma diglossia euma outra
organizao da comunidade lingstica. Diglossia sem bilingismo: numa
comunidade social h a diviso funcional de usos entre duas lnguas,
mas um grupo s fala aforma alta, enquanto a outra s fala a forma
baixa. Na Rssia czarista (a nobreza falava francs, o povo, russo).
Nem diglossia nem bilingismo: h uma s lngua. S se pode imaginar
essa situao em uma comunidade muito pequena. 35. Atitudes
Esteretipos no se referem a lnguas diferentes apenas, mas tambm s
variantes geogrficas das lnguas, freqentementeclassificadas pelo
senso comum ao longo de uma escala de valores. Desse modo, a diviso
das formas lingsticas emlnguas, dialetos e pato s considerada, de
maneira pejorativa, como isomorfa a divises sociais que por sua vez
tambm sefundam em uma viso pejorativa. lngua corresponde uma
comunidade "civilizada", aos dialetos e aos patos comunidades
de"selvagens", os primeiros agrupados em povos ou em naes, os
segundos, em tribos. E se utiliza todo um leque dequalificativos,
dialeto, jargo, algaravia, patos, para significar em que baixa
conta se tem certo modo de falar. Em face da variao, temos atitudes
de rejeio ou de aceitao que no tm influncia sobre o modo defalar
dos falantes, mas sim sobre o modo com que percebem o discurso dos
outros. A hipercorreo e ahipocorreo so estratgias que se deixam nos
discursos que tem uma funo social. Distinguir o jogolingstico do
jogo social, e de modo mais geral a dificuldade de separar o social
do lingustico, tanto na teoriacomo na descrio. Labov descreve como
a lngua evolui: 1.Um trao lingustico utilizado por um grupo A
marcado pela relao a outro dialeto padro. 2. O grupo A tomado como
referencia por um grupo B, que adota o trao e exagera seu uso, como
sinal decerta identidade social, por reao a presses exteriores. 3.
A hipercorreo gerada por uma presso crescente, combinada s foras de
simetria que agem naestrutura, conduzem a uma generalizao do trao
em relao a outras unidades lingsticas do grupo B. 4. Uma nova norma
se instaura a medida que se instala o processo de generalizao. 5.
Essa nova norma adotada pelo grupo contguo e pelos seguintes, para
os quais o grupo B serve dereferncia". 36. Variveis lingusticas e
sociais As variveis lingusticas e as sociais Essas variveis podem
ser geogrficas: a mesma lngua pode se pronunciada diferentemente,
ou ter um lxicodiferente em diferentes pontos do territrio. Desse
modo, um rptil comum em todo o Brasil chamado de "osga na
regioNorte, "briba" ou "vbora" no Nordeste, e "lagartixa" no
Centro-Sul". Essas variveis podem tambm ter um sentido social,
quando, em um mesmo ponto do territrio uma diferenalingstica mais
ou menos isomorfa de uma diferena social. O problema se torna ento
distinguir as variveis lingsticas dasvariveis sociais. Entendemos
varivel o conjunto constitudo pelos diferentes modos de realizar a
mesma coisa (um fonema, umsigno) e por variante cada uma das formas
de realizar a mesma coisa. Variveis Fonticas (que descreve a
pronncia efetiva de sons da lngua entre os diferentes falantes) e a
fonologia (que extraidessas pronncias uma estrutura abstrata que
permita organizar os sons da lngua). Pode-se sintetizar essa
distino nadicotomia saussuriana entre lngua e fala a fontica est do
lado da fala, fonologia do lado da lngua. E essa separao entre
oabstrato e o concreto permite prever que ao lado do fonema
abstrato e invariante suas realizaes fonticas podemapresentar, ao
contrrio, variantes. Labov considera as atitudes dos falantes
(positivo os que queriam ficar na ilha; neutro os que no tm opinio
formada;negativo os que querem ir embora). Ele percebe que quanto
mais tem atitudes positivas mais se centralizam os 2
ditongosestudados. H uma distribuio social dos ditongos. Quem quer
ficar tem a pronncia insular e quem quer ir continental. Quando
dois significantes tm o mesmo significado e quando as diferenas que
eles representam tm uma funooutra, estilstica ou social. Dizer, por
exemplo, o toalete, o reservado, o banheiro, a latrina, o wc ou o
sanitrio evidentementemanifesta uma varivel, mas resta o problema
de saber a que funo correspondem essas diferentes formas. Uma
descriosociolingstica consiste precisamente em pesquisar esse tipo
de correlaes entre variantes lingsticas e categoriassociais
efetuando sistematicamente triagens cruzadas e interpretando os
cruzamentos significativos. Mas tambm possvel que, em um meio
social dado, um falante utilize latrina enquanto os que o cercam
utilizam reservados outoaletes, com o nico propsito de chocar, de
infringir a norma, de se rebelar, etc. A utilizao dessa ou aquela
forma inconsciente, voluntria e nos diz algo sobre a categoria
social do falante, no outro ela consciente, voluntaria e nos
dizalgo sobre o comportamento do falante que utiliza a lngua para
agir. 37. Variveis lingusticas e sociais Mercados
Lingusticosvariveis sociais e as lingusticas: um elemento do 1
conjunto (a utilizao dessas ouas relaes entre asdaquela varivel
fontica, por ex.) permitir situar seu usurio em um ponto do 2
conjunto. A centralizao do A troca lingstica tambm uma troca
econmica, que se estabelece em determinada ilha. ditongo indica que
o falante tem uma atitude favorvel relao de foras simblicas entre
umprodutor, detentor de certo capital lingustico, e um consumidor
(ou um mercado), e que feita para proporcionar certo lucromaterial
ou simblico? Alm da simples comunicao de sentido, os discursos so
signos de riqueza, signos deautoridade, eles so emitidos para ser
avaliados e obedecidos, e que a estrutura social est presente no
discurso. A partirdisso podem-se desenvolver diferentes estratgias.
Quanto mais um falante possui "capital lingstico"
(capitalessencialmente simblico, razo pelo qual seu poder deve ser
reconhecido pelo grupo), mais livre ele para jogar nomercado,
utilizando por exemplo o que Bourdieu chama de "estratgias de
condescendncia" ("estamos em casa", "falamos amesma lngua"),
derivadas da manipulao. Os signos so os produtos do trabalho
lingstico, a lngua um meio de troca universal, como a moeda era
para Marx oequivalente geral, ela constitui o capital constante do
trabalho lingstico, cujo capital varivel a fora de trabalho
dosfalantes e as mensagens so unidades de valor de uso e de valor
de troca. 38. Comunidade linguistica ou socialComunidade Lingustica
um grupo de pessoas que age por meio do discurso que podem falar de
um modo tosemelhante que cada qual pode compreender o outro ou
podem se diferencial a ponto de pessoas de regiesvizinhas chegarem
a no se entender umas as outras. Labov diz que uma Comunidade
Lingustica um grupo defalantes que tm em comum um conjunto de
atitudes sociais para com a lngua. Charles Ferguson, ao tratar
dediglossia, define Comunidade Lingustica: duas ou mais variedades
da mesma lngua so utilizadas pordeterminados falantes em condies
diferentes. Mas a atitude a mesma parte-se da lngua para definir o
grupo.O critrio lingustico restringe o grupo social. A pertinncia
em vrios grupos lingsticos me parece relativa, umato voluntario
onde o indivduo se adapta comunidade escolhida.2 tipos de
sociolingustico:Microssociolingstica de um curto dilogo entre um
estudante negro americano e seu professor branco nosfalava da
situao social dos Estados Unidos, a abordagem Macrossociolingstica
de um mercado senegalsnos fala das relaes entre as etnias em
presena e do pas em seu conjunto. Isto significa que somos
aquiconfrontados com uma srie de redes de comunicao e de
interferncias entre estas redes, que se opem distino entre micro e
macroanlise.Redes sociais e as lnguas: Networks - coeso de uma rede
de comunicao assegura a coeso de umsocioleto, enquanto, em uma
comunidade lingstica, as diferenas entre os socioletos so funo da
distnciaentre seus falantes. Essa abordagem, simultaneamente
inspirada na antropologia e na etnografia dacomunicao, desemboca no
problema da mudana das prticas lingsticas. 39. As polticas
Lingusticas:Conjunto de escolhas conscientes referentes s relaes
entre lnguas e vida social, e planejamento lingstico a implementao
prtica de uma poltica lingstica.Existem 2 tipos de gesto do
plurilinguismo: In vivo: procede das praticas sociais, o modo como
as pessoas, cotidianamente confrontadas com problemas de comunicao,
os resolvem (lnguas aproximativas como os pidgins, lnguas
veiculares so tpicas do plurilinguismo in vivo. e in vitro precede
da interveno sobre essas praticas, a abordagem do poder onde seus
laboratrios, lingistas analisam a situao das lnguas, descrevem-nas,
constroem hipteses sobre o futuro das situaes, proposies para
regular os problemas; depois os polticos estudam as hipteses e as
proposies, fazem escolhas, aplicam-nas.A ao sobre a lngua tem
diferentes objetivos: a modernizao da lngua (na escrita, no lxico),
sua depurao ou sua defesa, interveno sobre o lxico de uma lngua. O
planejamento lingstico pode tambm intervir sobre a formao das
palavras, quando falta vocabulrio lngua ou quando se quer
substituir alguns termos por outros.1 caso, trata-se da neologia.
Quando uma lngua muda de status, tornando-se, por exemplo, lngua de
ensino, preciso forjar para ela as palavras necessrias a sua funo:
termos gramaticais, vocabulrio para a matemtica, para a qumica etc.
Esse caso tpico se produz freqentemente nas situaes ps- coloniais,
e a neologia in vitro pode entrar em conflito com a neologia in
vivo se, diante das novas palavras propostas pelos planejadores, j
existem palavras que os falantes forjaram em sua prtica". 40.
Labov: Mecanismo da mudana lingusticaExiste uma direo geral para a
evoluo lingustica?Quais so os condicionantes universais da mudana
lingustica?Quais as causas do surgimento contnuo de novas mudanas
lingusticas?Por meio de que mecanismo as mudanas ocorrem?Existe uma
funo adaptativa na evoluo lingstica?O problema da transio encontrar
caminho em que a mudana lingustica evolui a partir de um estgio
anterior. O mtodo traa estgios intermedirios, e conserva s as
principais alternativas. Os aspectos dos problemas da transio
questes sobre regularidade da mudana sonora, a influncia gramatical
na mudana sonora, cadeias que avanam e cadeias que retrocedem,
movimentos constantes x alteraes sbitas e descontnuas.O problema do
encaixamento encontrar a matriz contnua de comportamento social e
lingustico em que a mudana lingustica levada a cabo. A soluo est na
descoberta das correlaes entre elementos do sistema lingustico e
entre esses elementos e o sistema no lingustico de comportamento
social. As correlaes se estabelecem por provas slidas de variao
concomitante, mostrando que uma pequena mudana na varivel
independente regularmente acompanhada por uma mudana da varivel
lingustica numa direo previsvelO problema da avaliao encontrar os
correlatos subjetivos (ou latentes) das mudanas objetivas (ou
manifestas) que foram observadas. A abordagem indireta deste
problema correlaciona as atitudes e aspiraes gerais dos informantes
com seu comportamento lingustico. A abordagem mais direta medir as
reaes subjetivas inconscientes aos valores da prpria varivel
lingustica. 41. Labov: Mecanismo da mudana SonoraPara estabelecer a
existncia de uma mudana lingustica so um conjunto de observaes de
duas geraes sucessivas de falantes, geraes de caractersticas
sociais comparveis que representam estgios na evoluo da mesma
comunidade de fala.O processo de mudana sonora aparece no como um
movimento autnomo dentro dos limites se um sistema lingustico, mas
sim como uma reao complexa a diversHockett identificou mudana
sonora com um nvel flutuaes aleatrias na ao do aparelho
articulatrio, uma deriva do alvo articulatrio que no tem nenhum
significado cognitivo, expressivo ou social (Segundo ele a
quantidade de muco na garganta, no nariz e na boca do falante,
correntes aleatrias em seu sistema nervoso central, tiques
musculares, etc.)Flutuaes aleatrias na articulao decerto podem ser
encontradas onde o nvel de rudo que nos impede de predizer a forma
de cada enunciado que nossos informantes vo produzir. Mas um erro
atribuir a essas flutuaes um papel importante, as mudanas ocorrem
mais rapidamente que qualquer processo a deriva poderia explicar.os
aspectos do comportamento humano.O problema da transio estudado por
meio detalhado da distribuio de formas atravs do tempo aparente,
atravs das vrias faixa etrias na populao atual. 1 constri- se um
ndice quantitativo para os valores discretos da varivel.Aw 0 [au]Aw
1 [a^u]Aw 2 [U]Aw -3 [U] 42. O objetivo da descrio lingustica:
Dialeto e Idioleto Cientificamente este conceito conhecido por
"variao diatpica", "variedade geolingustica" ou
"variedadedialetal". E na internet: Um idioleto uma variao de uma
lngua nica a um indivduo. manifestada porpadres de escolha de
palavras e gramtica, ou palavras, frases ou metforas que so nicas
desseindivduo. Cada indivduo tem um idioleto; o arranjo de palavras
e frases nico, no significando que oindivduo utiliza palavras
especficas que ningum mais usa. Uma dessas reas de variao sinttica
a dos dialetos quantificadores pesquisados por Carden (1970)
queenfatiza a importncia de entrevistas individuais em vez de
questionrios de grupo, tcnica controlada everificao de
confiabilidade por dado perodo de tempo. 43. Simplificao dos grupos
consonantais e do sufixo de tempo passado pg. 252 A existncia de
plurais como lisses para lists (listas) sugere que algumas dessas
palavras tm sua forma subjacente sem t.Segundo Labov dada uma
definio adequada da varivel, qualquer pequena quantidade de fala de
qualquer grupo ou indivduoBEV fornecer as seguintes evidncias: No
existe nenhum falante que nunca apresente esses grupos
consonantais, nem existe nenhum que sempre ospreserve, trata-se de
um caso de variao inerente no BEV. Para todo falante e todo grupo,
a segunda consoante est ausente mais frequentemente quando a
palavra seguinte comeacom consoante do que quando comea com vogal.
Esse efeito regular da vogal subseqente um trao caracterstico de
outrasregras fonolgicas: ele tambm condiciona a vocalizao do r e l
finais e e das nasais em diversos dialetos. H pouca ou nenhuma
hipercorreo, isto , o t ou d finais no so atribudos classe de
palavras erradas, como ocorreriaem mold para molde (verruga), ou
lipt para lip (lbio). assim o grupo consonantal pleno est presente
na forma subjacente de act, bold, ou find, e que uma regra varivel
apaga asegunda consoante. Em nossa representao formal desse
processo, o fato (c) pode facilmente ser mostrado, fornecendo
asformas subjacentes corretas ao dicionrio. O fato (a) pode ser
mostrado, tornando-se opcional a regra de apagamento. Mas emtermos
gerativos convencionais, no h modo de mostrar formalmente o fato
(b). Se escrevssemos: 15 opcional [- contnuo ] [+
consonantal]________# # [-silbico] Estaramos afirmando que uma
oclusiva opcional apagada depois de um seguimento consonantal
(lquido ou obstruinte) nofinal da palavra, se a palavra seguinte no
comear com vogal. 44. Essa regra fornece uma descrio razovel do
sistema coloquial de muitos falantes de classe mdia, frequentemente
dizemfirsthing (primeira coisa) e las month ( ltimo ms), mas no
firs of all ( primeiro de tudo) las october (ltimo outubro). Mas
15no em nada adequada para a maioria dos outros dialetos onde
alguns grupos consonantais so simplificados com muitafreqncia
quando a palavra seguinte comea com vogal. Para tais dialetos ,
teramos de remover [ - silbico] do ambiente:16 opcional [-contnuo][
+consonantal] _______ # # Essa regra estipula que qualquer grupo t,
-d final pode ser simplificado e que no faz diferena alguma seh ou
no uma vogal seguinte. Para os falantes em ingls a regra 16 opera
mais frequentemente quando apalavra seguinte no comea com vogal. Se
quisermos representar esse fato com rigor, temos de captar dealgum
modo, em nossa representao formal, a existncia de condicionamento
fonolgico varivel. O primeiro passo no desenvolvimento dessa notao
formal generalizar a noo de regra opcional para ade regra varivel.
Fazemos isso atribuindo a cada regra uma quantidade representado a
proporo decasos em que a regra se aplica em relao a todos aqueles
em que ela poderia se aplicar. Para uma regracategrica invariante,
=1, e numa regra varivel, 0