Controle do nvel de glicose no sangue:Hiperglicemia: Acima do
nvel normal de glicose no sangue. Hipoglicemia: Abaixo do nvel
normal de glicose no sangue. Normoglicemia: Nvel normal de glicose
no sangue.
DIABETES: UM DESAFIO(Artigo na integra) Segundo Marcos Andr
Dantas (01/11/2001), Quando me deparo com um paciente portador de
diabetes tenho um misto de depresso e felicidade, o primeiro
sentimento seria devido saber da evoluo da doena e da necessidade
da ajuda do paciente para que possamos ajud-lo, fico triste ao me
deparar com a estatstica de que muitos pacientes desistem ou mesmo
abandonam o tratamento apesar dos nossos esforos para o contrrio, e
fico feliz quando me deparo com um paciente que se interage com o
mdico, com a sua doena, buscando uma ajuda, pois na atualidade a
nossa ajuda de grande valor no controle das conseqncias da alta da
glicose. Mas vamos comear do inicio, para que possamos entender
melhor essa doena. Alguns pontos descritos abaixo so extremamente
importantes, como veremos. 1 - Nosso organismo depende da glicose
presente nos alimentos para um bom funcionamento, sem glicose no h
vida. 2 - No existe glicose nos alimentos, somente na forma
combinada, como dissacardeo ou polissacardeo, como a lactose, o
amido, o acar comum. 3 - Os carboidratos so quebrados em
monossacardeos ou dissacardeos no processo de digesto, depois
seguem para o sangue. 4 - No sangue seguem para o fgado passando
por cinco processos, recebendo um radical fosfato, teremos a
glicose-6-fosfato, que estimula a liberao da insulina. 5 -
Importante que a glicose no tem entrada nas nossas clulas, apesar
de s funcionarem com a presena da mesma, mas existe uma barreira
para a sua entrada, regulada pela insulina, conclumos que a falta
de insulina levaria falta da glicose nas clulas. 6 - A doena seria
a falta da insulina, ou a sua secreo diminuda, ou uma resistncia
insulina para a entrada da mesma nas clulas, ou misto onde temos a
diminuio da insulina com a dificuldade da sua entrada, por
resistncia perifrica. Agora que entendemos um pouco da doena
podemos entender que o acmulo da glicose no sangue com a falta da
mesma nas clulas, por falta da insulina, levaria ao crebro
interpretar como fome, estimulando a fome e a necessidade de comer
doce exagerada. Com a glicose alta no sangue o corpo parte para
elimin-la, provocando sede, com conseqente aumentada vontade de
urinar; temos finalmente os quatro sinais da doena, que seriam:
fome, sede, poliria, polidipsia. Como a glicose permanece alta
muito tempo comea a se caramelizar nos tecidos, levando
progressivamente cegueira. Importante informar que o aumento da
glicose a maior cauda de cegueira no mundo. Temos ainda leso renal,
leso na microcirculao, levando a falta de sangue nos ps, uma
isquemia lenta e progressiva.
No se assustem, tudo isso pode ser revertido, pode ser
controlado, pode ser retardado, com o uso de novos medicamentos,
que atuam aumentando a secreo da insulina, melhorando os
receptores, atuando dentro das clulas, em caso de no funcionamento
podemos usar a prpria insulina. Para finalizar, atualmente, sabemos
que o uso da vitamina E, da vitamina C, do beta-caroteno, do zinco,
do selnio, do licopeno, da vitamina B6 e, principalmente, da
vitamina B3, so vitais para evitar a cegueira, as complicaes da
doena. Importante que faam um tratamento, com a ajuda do seu mdico
e cobrem dele uma ajuda, um apoio para essa doena to devastadora,
mas de fcil controle.
Controle dos diabetesPara se evitar as complicaes dos diabetes,
as taxas de acar no sangue devem ser mantidas as mais prximas
possveis do normal. O DIABTICO pode estar se sentindo bem, mesmo
com taxas elevadas de acar. Por esta razo, importante que mea as
taxas de glicose, no sangue ou na urina, nos horrios que seu mdico
indicar. Isto ajudar no ajuste da sua medicao, da dieta e dos
exerccios, permitindo um melhor controle da doena.
OS VALORES NORMAIS DE GLICEMIA SOEM JEJUM at 110mg%. DUAS HORAS
APS COMER at 160mg%, idealmente at 140 mg%. Nas pessoas com bom
controle dos diabetes, a glicosria e a cetonria so, geralmente,
negativas, e os nveis de glicose no sangue costumam estar normais
ou pouco elevados. 1. Na maior parte das pessoas, s aparecer acar
na urina (glicosria positiva), QUANDO A GLICEMIA FOR MAIOR QUE
180mg%. 2. Glicosrias positivas freqentes so indicao de MAU
CONTROLE. FITAS PARA MEDIDA DE GLICOSRIA E CETONRIA Fitas para
medida de glicosria (glicose na urina): 1. Existem vrios tipos de
fitas que medem glicose na urina: Glicofita Plus, Diastix,
Glukotest, outras medem glicose e cetona na urina: Gluketur test e
Keto-diastix. 2. Teoricamente, elas so iguais, na prtica, elas
podem dar resultados um pouco diferentes. 3. Para que o resultado
seja confivel, muito importante observar o prazo de validade das
fitas. O prazo de validade, sem ABRIR O FRASCO, vem marcado pelo
fabricante. Aps aberto o frasco, a validade , geralmente, de 60 a
90 dias (VEJA A BULA DA FITA EM USO). 4. Em termos de custo, o
ideal usar fitas que s meam glicosria (Glicofita Plus, Diastix,
Glukotest). 5. Quando for importante dosar cetona e glicose na
urina, use fitas do tipo Ketodiastix ou Gluketur. Fitas para medida
de cetonria (cetonas na urina):
1. Cetonas podem aparecer na urina, quando se tem aumento
importante da glicose sangnea (geralmente maiores que 250mg% ou
glicosria maior que trs cruzes), jejum prolongado ou hipoglicemia.
Quando houver HIPERGLICEMIA COM CETOSE (diabetes descontrolado)
temos glicosria positiva e cetonria positiva, alm dos sinais de
descontrole do diabetes. Na HIPOGLICEMIA, a glicosria negativa e a
cetonria pode ser negativa ou positiva, estando presentes tambm os
sintomas de queda de acar. Portanto quando voc tiver: 1. Glicosria
positiva + Cetonria positiva = falta insulina. 2. Glicosria
negativa + Cetonria positiva = falta comida. A cetona na urina
(cetonria) demora mais para desaparecer que a glicosria, mesmo
quando se faz o tratamento correto. FITAS PARA MEDIDA DE GLICOSE NO
SANGUE (GLICEMIA) Existem hoje diversas marcas de fitas para medida
de glicemia, cada uma delas serve para um tipo especial de
aparelho. Algumas podem tambm ser usada sem aparelhos, so as fitas:
Haemoglukotest, Glucostix e Glucofilm. Os testes so fceis de fazer:
com uso de aparelhos especiais glicosmetros, ou sem aparelhos,
comparando os valores obtidos com a escala de cores, marcadas no
frasco. Hoje em dia devido aos custos sempre praticamente iguais
entre as fitas para leitura sem aparelho e as usadas nos aparelhos,
a dificuldade em se achar fitas para leitura visual, e a
superioridade das medidas de glicemia com aparelhos, o melhor
sempre que possvel us-los. Os aparelhos existentes hoje no Brasil
so de uso fcil e preo acessvel. Existem muitas marcas de
glicosmetros de boa qualidade, com preos semelhantes e razoveis.
Consultar o mdico, para saber qual tipo de glicosmetro, o certo a
fazer. Os resultados da medida de glicemia capilar quando feitas
com glicosmetros, so quase iguais aos obtidos em laboratrios, desde
que a tcnica de medida e a calibrao do aparelho estejam corretas. A
maior parte deles mede a glicemia at 600mg%, a partir desse valor
aparece no visor a sigla HI (high) que significa alto em ingls,
quando est abaixo de 20mg% aparece no visor a sigla LO (low) que
significa baixo em ingls. Todos eles tm memria, que guarda os
ltimos resultados de glicemia medidos, os mais sofisticados chegam
a guardar as ltimas 100 a mais de 200 medidas. Essas medidas podem
ser carregadas e lidas diretamente no computador, tornando a anlise
dos resultados mais fcil pelo mdico. Os resultados das medidas com
leitura visual (sem glicosmetros) tambm so confiveis, quando feitas
por pessoas treinadas: sem problemas importantes da viso ou
daltnicos. GLICEMIA: OBSERVAES QUANTO TCNICA DE MEDIDAS 1. Como no
caso das fitas de glicosria, deve-se observar o prazo de validade
das fitas e nunca usar fitas vencidas. 2. O tempo indicado pelo
fabricante, para a colocao da gota de sangue na fita e desta, no
aparelho, muito importante para um resultado correto. 3. Deve-se
colocar uma gota de sangue na fita, cobrindo por igual toda a rea
reagente da fita.
4. Para conseguir uma boa gota de sangue: Deve lavar as mos com
gua quente, secar com uma toalha e furar o dedo com um dos
picadores de dedo existentes no mercado. Regular a presso de acordo
com a pele, se ela for mais fina usar as menores graduaes do
picador. Tentar picar do lado do dedo, pois di menos. Se no tiver
picador, usar uma agulha de insulina se a pele for mais fina, seno
usar seringas para injees intramusculares. 5. Se for usar lcool
para a limpeza do dedo ao invs de lav-lo, antes da pulso, secar bem
com algodo estril. Se o dedo estiver molhado de lcool, ele poder
alterar o grau de glicemia. GLICOSRIA: OBSERVAES QUANTO TECNICA DE
MEDIDAS 1. No tocar na rea reagente da fita. 2. Ler o resultado,
rigorosamente, no tempo indicado. A medida do acar na urina recm
formada pode ajudar, quando se quer ter uma idia de como est a
glicemia. Recomenda-se esvaziar a bexiga, j que a urina pode estar
acumulada h vrias horas, no refletindo a glicemia atual.
Recomenda-se na prxima vez que urinar, medir a glicosria. HORRIOS
IDEAIS PARA AS MEDIDAS DE GLICEMIA A medida da glicemia dar
informaes sobre o grau de controle dos diabetes, bem como sobre o
resultado do tratamento utilizado. Quando estiver usando insulinas
de ao intermediria (como por exemplo: NPH, Lenta), o melhor horrio
para medir o seu efeito mximo de oito a 12 horas aps a aplicao de
insulina. Quando estiver usando Insulinas de ao rpida Regular(R), o
melhor horrio para medir o seu efeito mximo de duas a quatro horas
aps a aplicao de insulina. Para aqueles usando insulinas de ao mais
rpida (Humalog ou NovoRapid), o melhor horrio para medir o seu
efeito de duas horas aps a sua aplicao. QUANDO MEDIR A GLICEMIA Os
pacientes bem controlados podem medir sua glicemia duas a trs vezes
por semana, antes das refeies em alguns dias e ps-refeies em outros
dias, controlando com a glicosria (medida da glicose na urina) nos
outros dias. Em pacientes diabticos instveis, grvidas, ou com
infeco ou stress grave, medidas mais freqentes sero necessrias,
antes e duas horas aps as refeies, antes de deitar e, s vezes, de
madrugada, entre trs e quatro horas da manh. O mdico indicar os
melhores horrios e tipos de exame para serem feitos, em cada caso.
MEDIDA DE CETONA NO SANGUE (CETONEMIA) A medida de cetona no sangue
melhor do que sua medida na urina. Os valores so mais exatos, seu
aumento no sangue aparece antes do que na urina, e mostram melhor o
que est acontecendo no organismo, do que a medida na urina. Alm
disso, permitem saber os nveis de cetona no sangue e determinar se
eles so crticos ou no. A nica fita existente no mercado a Optium
Cetona, usado num aparelho que pode medir cetona e glicose no
sangue, usando fitas de tipos diferentes. Pessoas com diabetes do
tipo 1 devem medi-los quando as taxas de glicemia estiverem
iguais ou maiores do que 250mg% ou quando as medidas de
glicosria estiverem muito elevadas. Alm disso, essas pessoas devem
medi-los quando estiverem se sentindo doentes, ou urinando muito e
bebendo muita gua. Embora, raramente, estejam presentes nas pessoas
com diabetes do tipo 2 (antigamente chamado do adulto), tambm se
deve medir cetonas no sangue ou na urina, quando com febre ou
infeces graves e com taxas de glicemias maiores do que 300mg%.
NDICE DE TERMOS MDICOS E SEU SIGNIFICADO Glicemia medida de glicose
(acar) no sangue. Glicosmetro aparelho porttil, medidor de
glicemia. Glicosria medida de glicose na urina. Cetonria medida de
cetonas na urina. Cetonemia dosagem de cetona no sangue.
Cetoacidose diabtica descompensao grave dos diabetes. Edulcorantes
adoantes dietticos. Hipoglicemia queda dos valores de glicemia.
Coma hipoglicmico coma por grande queda da glicemia. Glicofita fita
para medida de glicosria. Hipoglicemiantes orais comprimidos para
tratamento dos diabetes. Insulina suna insulina extrada do pncreas
do porco. Insulina mista mistura de insulinas extradas do pncreas
do porco e do boi. Insulina humana insulina obtida por engenharia
gentica, igual humana. Descompensao do diabetes aumento das taxas
de glicemia com aumento da sede, fome e do volume de urina,
geralmente acompanhado de perda de peso e prostrao. Hemoglobina
glicosilada ou glicada (Hgb A A1C C ou A A1) dosagem laboratorial
que permite saber como esteve o controle dos diabetes nos ltimos 60
a 90 dias. Deve ser dosada, no mnimo, de quatro em quatro
meses.
Diabete deve dobrar no mundo at 2030, dizem cientistas. (Cpia na
integra)Whashington (Reuters) 26/04/2004 O nmero de pessoas
diabticas deve dobrar em todo o mundo at 2030, passando para 366
milhes, e isso mesmo que a taxa de obesos fique estvel, disse na
segunda-feira uma equipe internacional de pesquisadores. Mas a
diabete se tornar ainda mais comum se, conforme se prev, aumentar o
nmero de pessoas sedentrias com excesso de peso e com uma dieta ao
estilo ocidental, afirmaram os pesquisadores em relatrio. O nmero
de pessoas com diabete deve subir de 171 milhes em 2000 para 366
milhes em 2030, afirmaram os cientistas na mais recente edio do
Diabetes Care, publicado pela Associao Americana de Diabete. A
doena aparece quando o corpo no produz insulina de forma
apropriada. A insulina um hormnio necessrio na converso do acar,
amido e outras substncias em energia.
Sarah Wild, da Universidade de Edimburgo (Gr-Bretanha), e
cientistas da Austrlia, da Dinamarca e da Sua, analisaram dados
mundiais sobre a diabete tipo 2. Partindo-se do pressuposto de que
a predominncia etria continue constante o nmero de pessoas com
diabete no mundo deve dobrar entre 2000 e 2030, disseram Wild e
seus colegas. Os maiores aumentos relativos devem acontecer em
pases do Oriente Mdio, na frica e na ndia. Os dados no incluem a
diabete tipo 1, ou diabete juvenil, uma doena autoimune diferente
da diabete tipo 2. O Instituto da Terra da Universidade de Columbia
deve divulgar um outro relatrio a respeito do aumento de doenas
cardacas no mundo. Os problemas no corao, no passado, mais comuns
em pases ricos, esto matando cada vez mais gente nos pases pobres.
O relatrio culpa o fumo, a comida de m qualidade e a vida urbana
pelo aumento desses males no mundo em desenvolvimento. Os
pesquisadores da Columbia notaram ainda que a obesidade e a diabete
tambm estavam aumentando nos pases pobres. A diabete e os problemas
cardacos esto relacionados e ligados falta de exerccios e uma m
alimentao. Fonte: Corpo e Sade
http://www.diabete.com.br/artigo/artigos.asp?Artigo=20040426.html
Saiba mais sobre a DiabetesDra. Jane Feldman
Saber como descobrir qual o problema quando uma pessoa portadora
de diabetes sente-se mal e como san-lo, talvez seja o sonho de
muitos diabticos. No entanto, a complexidade dessa mquina fantstica
que o nosso corpo e o pequeno conhecimento tcnico sobre seu
funcionamento, que a maioria das pessoas tem, dificulta bastante a
sua realizao. O que pensar ento quando se tratam da manipulao de
alimentos, exerccios fsicos e medicamentos. Na era da globalizao, o
diabtico necessita receber informaes cientficas seguras, objetivas
e atualizadas sobre sua doena, para que possa fazer frente s
dificuldades inerentes ao diabetes. De acordo com dados do prprio
Ministrio da Sade, aproximadamente 7,6% da populao brasileira entre
35 e 69 anos de idade devem ser portadores de diabetes. Isso
equivale a cerca de 11 milhes de pessoas, sendo que a boa parte
dessas pessoas ignora sua condio e portanto no recebe qualquer tipo
de cuidado. Embora se associe o diabetes ao idoso e ao obeso, ele a
principal causa de doenas crnicas na infncia. O diabetes uma
sndrome caracterizada pela presena de nveis elevados de glicose no
sangue. A maior parte dos alimentos ingeridos sofre a ao de
diversos sucos digestivos, que os quebram em molculas mais simples,
geralmente acares. A glicose um acar proveniente da dieta. Uma vez
ingerido, absorvido pelo intestino, passando circulao sangnea, onde
fica disponvel para as clulas. Toda vez
que um indivduo ingere hidratos de carbono, dos quais a glicose
um dos mais importantes, a glicemia (glicose sangunea) sobe. As
clulas b das ilhotas de Langerhans, localizadas no pncreas, que uma
grande glndula localizada atrs do estmago, ao detectarem pequenos
aumentos de glicemia, secretam insulina, que faz com que essa
glicose seja utilizada pelas clulas. A glicose o principal
combustvel utilizado pelas clulas para produzir energia e
crescimento. Quando a quantidade de insulina no adequada, a maior
parte das clulas no consegue utilizar a glicose, que permanece no
sangue, atingindo nveis excessivamente altos e extremamente
prejudiciais sade. Essa glicose que no foi utilizada e ficou no
sangue, eliminada em parte pela urina, carregando consigo grande
quantidade de gua. Isso faz com que a pessoa urine muito (poliria),
perdendo gua. Essa perda de gua provoca a sensao de boca seca e
muita sede (polidpsia). Se o indivduo no conseguir compensar a
perda de gua ingerindo mais gua, pode ficar desidratado. A insulina
permite que o corpo armazene glicose sob a forma de gorduras e
protenas, principalmente protenas musculares. Importantes enzimas
participam deste processo e so dependentes da insulina. Na
deficincia severa de ao de insulina, ocorre a quebra de gordura e
protenas armazenadas, levando sensao de fraqueza e muita fome
(polifagia), alm de perda de peso. A quebra de gorduras pode levar
a uma produo excessiva de cidos e cetonas que, em quantidades
excessivas, levam a uma situao clnica bastante grave, chamada de
ceto-acidose diabtica, que requer imediata ateno mdica. Esse quadro
manifesta-se atravs de uma mudana no padro respiratrio: a respirao
torna-se rpida e profunda e o hlito tem um cheiro de acetona. Essas
so, portanto, as principais manifestaes clnicas do diabetes.
Valores normais de glicemia (nveis de glicose no sangue) so aqueles
que oscilam entre 80 e 110 mg/dl. Quando os nveis de glicemia
ultrapassam os 180 mg/dl, aparece glicose na urina (glicosria).
Existem indivduos, principalmente obesos, que tm quantidades
normais de insulina, s vezes at maiores do que a de indivduos no
diabticos, s que essa insulina no funciona adequadamente. Essa
situao conhecida como resistncia perifrica ao da insulina. A
prevalncia de diabetes vem aumentando progressivamente na populao
em geral, mais significativamente nas faixas etrias acima dos 60
anos. Dentre as possveis causas desse aumento so citadas o aumento
da urbanizao e industrializao, sedentarismo, incidncia de
obesidade, expectativa de vida e maior sobrevida da prpria populao
de diabticos. A etiologia do diabetes complexa, entrando em jogo
fatores genticos e ambientais, como viroses e os citados acima. De
uma maneira simplista, podemos dividir o diabetes em tipo I ou
insulinodependente e tipo II ou insulino-independente. O diabetes
tipo I ocorre geralmente em indivduos jovens e magros e tem um
incio tempestuoso. Antigamente era conhecida como diabetes juvenil.
Nessa forma, ocorre uma destruio das clulas b do pncreas, destruio
essa ainda no muito bem compreendida e que acarreta a insuficincia
total da secreo de insulina. Em sua etiopatogenia participam, com
certeza, fatores genticos, imunolgicos (auto anticorpos
anti-insulina, anti-ilhotas e anti GAD) e ambientais. Modernas
tcnicas genticas vm sendo desenvolvidas com o intuito de
identificar parentes de diabticos tipo I predispostos doena e com
isso tentar minimizar seu risco. J o diabetes tipo II, muito mais
freqente, tem um incio insidioso, ocorrendo em pessoas mais idosas
e em geral obesas. Muitas vezes o indivduo portador de diabetes
durante anos sem perceb-lo. Esses indivduos produzem insulina,
podendo ter uma
diminuda reserva da mesma ou, como ocorre em obesos, existe uma
resistncia ao perifrica da insulina. Alm dessas duas formas mais
comuns de diabetes, existe ainda o diabetes gestacional e o
diabetes associado a outras patologias, como algumas sndromes ou o
uso de altas doses de glicocorticides. O diabetes gestacional surge
durante a gestao e freqentemente desaparece ao trmino da mesma. As
mulheres que tiveram diabetes gestacional tem grande risco de
desenvolver diabetes no futuro. Muitas dessas pacientes conseguem
manter-se compensadas apenas com dieta e exerccios. No entanto,
algumas podem requerer o uso de insulina. O uso de hipoglicemiantes
orais contra-indicado durante a gestao, devido aos riscos para o
feto. Mais raramente, o diabetes pode ser manifestao de outras
patologias, como por exemplo a doena de Cushing e a acromegalia.
Dra. Jane feldman Endocrinologista - So Paulo/SP
http://www.saudevidaonline.com.br/artigo47.htm
FRIAS, FERIADOS MUDAM A ROTINAAlm das alteraes na alimentao, a
quantidade de atividades fsicas costuma mudar quando samos da
rotina. Afinal, frias, viagens e passeios sempre pressupem maior
gasto de energia. Estas duas transformaes principais vo influenciar
as doses de insulina ou comprimidos a serem tomados. A primeira
providncia para voltar rotina reorganizar os horrios e retomar os
velhos hbitos A monitorizao da taxa de glicose ou glicosria
fundamental. Atravs dos exames de glicemia ser possvel ajustar
insulina e remdio nova vida. Procure conhecer seu medicamento para
tomar as decises necessrias nas ocasies de descontrole e possveis
emergncias. indispensvel consultar o mdico para ouvir suas
instrues. Em crianas e adolescentes a alimentao mais leve das
frias, em geral, e a grande quantidade de atividades fsicas, fazem
com que a dose de insulina seja reduzida e o esquema, em geral,
modificado. importante manter o controle da glicemia e consultar o
mdico para fazer as devidas modificaes. Em adultos a retomada das
atividades do dia-a-dia deve ser feita sempre de modo gradativo,
para dar tempo de se readaptar aos novos horrios. Durante este
perodo, h alteraes no metabolismo. Por isto, consulte seu mdico
para avaliar as mudanas ocorridas e ajudar no recomeo. Em Idosos
com o passar dos anos, as funes orgnicas vo decrescendo. natural
que os rgos dos sentidos (especialmente a audio e a viso) comecem a
falhar. Com isso, o idoso encontra alguma dificuldade, por exemplo,
no manuseio de objetos. normal, portanto, que surjam dificuldades
em colocar a insulina na seringa e enxergar os traos que indicam as
unidades a serem utilizadas. Sirva-se, ento, (alm dos culos de
praxe) de uma lupa que se acopla seringa. Procurando-a em lojas
especializadas em artigos para diabticos. Nas grandes cidades h
algumas que vendem por reembolso postal. Recomendaes aos idosos: Os
exerccios, se praticados regularmente, auxiliam no controle. Nadar
e caminhar so as atividades mais indicadas para esta faixa etria,
alm da hidroginstica. A caminhada a atividade mais indicada.
Para possveis falhas de memria, existem caixinhas de plsticos
com reparties indicando o dia da semana. Coloque o comprimido a ser
tomado a cada dia, assim no d para esquecer ou se enganar. Deixe a
caixinha em um lugar seguro e fcil de encontrar. Este recurso pode
ser muito til tambm durante suas viagens, pequenas ausncias de casa
etc. Quanto insulina, preste ateno s unidades recomendadas. Caso no
consiga aplicar as injees, pea ajuda a um familiar ou amigo,
treinados para fazer a aplicao em caso de necessidade. Aprenda a
reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia e o que fazer, caso
isso ocorra. importante que os que vivem com voc tambm saibam como
proceder. Na volta rotina, um ponto importante a alimentao. Se
andou fora da linha, vamos l. Como voc sabe, os acares devem ser
evitados e os adoantes, priorizados. Lembre-se de que importante
comer sempre em menor quantidade e em refeies mais freqentes -
cinco a seis vezes por dia. No se esquea dos alimentos que contm
fibras: verduras, legumes, frutas. Coma laranjas com bagao, ma e
pra com casca etc. Recomendao dos especialistas: comer alimentos
que contenham carboidratos (massas, pes, cereais etc.) em at 60%
dos alimentos ingeridos em um dia. Eles fornecem energia,
indispensvel ao idoso. Por outro lado, no abusar dos alimentos
gordurosos, frituras, sal etc. e lembrando de hidratar-se bem,
tomando gua e sucos de frutas (com adoantes, se desejar) em
quantidade suficiente. Isso saudvel. Por fim, quanto aos
medicamentos, usar religiosamente os que o mdico prescreveu seja
comprimidos ou insulina.
12 Solues para o dia-a-dia do Diabtico:
Identificao: complicaes crnicas (de viso, rins, corao e vasos
sangneos etc.) podem ser extremamente graves e ameaar a vida. O que
fazer: segundo um estudo chamado DCCT, feito nos EUA, cujos
resultados foram publicados em 1993, o controle da glicemia diminui
muito a freqncia e a gravidade das complicaes. Como fazer: converse
com seu mdico para que ele lhe prepare um esquema de tratamento,
mantendo as suas taxas de glicemia e de hemoglobina glicosilada o
mais prximas, possvel do normal. Ateno: consulte seu mdico pelo
menos duas vezes ao ano, mesmo sentindo-se bem. No tente ser seu
prprio mdico ou do seu filho(a). Isso s diminuir as chances de um
bom tratamento.
Identificao: vrias vezes, por problemas de sade, temos de tomar
remdios que nos so receitados. O que fazer: diga ao mdico que voc
tem diabetes. Pea instruo de como proceder
para controlar a doena, se for tomar medicamentos que possam
aumentar a sua glicemia. No tome por conta prpria. Ateno:
corticides podem aumentar a glicemia e devem ser tomados com
acompanhamento mdico. Os diabticos podem tomar antitrmicos e
analgsicos sem complicaes, a no ser que tenham problemas de reao a
esses medicamentos.
Identificao: ferida(s) nos ps ou frieiras, com ou sem
vermelhido, calor ou dor em volta. O que fazer: Em feridas: 1. Lave
bem com gua e sabo e seque-a com uma toalha limpa. 2. Proteja a
ferida com uma gaze esterilizada e seca. 3. Fique em repouso, com a
perna elevada, e procure o mdico para que ele veja a gravidade do
ferimento. 4. Lave e seque bem entre os dedos dos ps. Em caso de
frieiras sem vermelhido, dor ou pus: 1. No tente tirar ou cortar a
pele. 2. Aplique um antimictico local duas a trs vezes ao dia. 3.
No resolvendo em dois dias ou piorando, procure seu mdico. Ateno:
ferimentos nos ps podem ser muito perigosos para o paciente de
diabetes e, por isso, devem ser sempre tratados por mdicos. Mesmo
pequenos ferimentos podem estender-se e levar a complicaes muito
srias. No espere que eles sarem sem tratamento. Procure
imediatamente seu mdico!
Identificao: quando diminuir a alimentao por estar vomitando,
deve-se tomar cuidados especiais. O que fazer: no interrompa
totalmente a medicao. Se possvel, entre em contato com seu mdico
para que ele possa medic-lo. Como fazer: assim que passar a nsia de
vmito, triture o comprimido para diabetes, dissolva-o em gua e
tome-o, aps ter feito uma refeio leve ou lquida. Se estiver tomando
insulina, diminua a dose para de dois teros at a metade da dose
habitual. Ateno: quando estiver vomitando muito, sem melhorar,
deve-se testar a presena de cetonas na urina. Pode ser que esteja
comeando uma cetoacidose diabtica. Nesse caso, o tratamento deve
ser feito por mdico, geralmente em hospitais, envolvendo aumento e
no diminuio da dose de insulina.
Identificao: taxas altas de acar, com aumento do volume de urina
e sede, fome, turvao visual, tontura e sonolncia. Se no tratada
adequadamente, a descompensao pode levar ao coma diabtico.
O que fazer: confirmar o excesso de acar fazendo testes em casa,
no sangue e na urina, medindo a glicosria e tambm a cetonria (se
for insulinodependente) Ateno: essa situao pode ser extremamente
sria, necessitando de tratamento imediato, geralmente levando
internao hospitalar. Procure imediatamente o seu mdico. Se no o
encontrar, v a um pronto-socorro. Nesses casos, alm de se
investigar a causa do aumento de acar, o mdico responsvel pelo
tratamento vai aumentar a dose da medicao ou troc-la por outra mais
efetiva para o tratamento.
Identificao: excesso de sede, fome, quantidade de urina e nmero
de mices, tonturas e mal-estar. Pode ser grave. O que fazer: teste
a glicemia ou glicosria e, se for do Tipo 1, verifique a cetonria.
Como fazer: tome bastante lquido (gua ou ch), aplique insulina
Regular (ao rpida) na dose de acordo com seu peso: se for grande, 6
unidades. Pequeno, 4 unidades. Crianas usam de 1 a 3 unidades,
dependendo do tamanho. Aps uma hora faa as medidas novamente. Se
ainda estiverem muito altas, repita a dose. Ateno: veja se seu
mdico concorda com estas instrues. Mas elas s devem ser tomadas
caso no haja possibilidade de socorro mdico.
Identificao: no causar alterao se acontecer raramente. O que
fazer: se esquecer no caf, tome no almoo. Se esquecer no almoo,
tome antes do jantar. Ateno: os comprimidos que forem esquecidos
durante o dia nunca devem ser tomados aps o jantar ou antes de
deitar.
Identificao: pode haver alteraes nas taxas de acar sangneas,
tanto aumentando os valores de glicemia como os abaixando e
causando hipoglicemia (quando se est de estmago vazio, por
exemplo). O que fazer: se for beber, beba moderadamente. Se beber
cerveja, no exagere na comida, pois ela tende a aumentar as taxas
de acar mais que vinho e destilados. Se for beber pinga, usque ou
rum, coma alguma coisa junto. Nunca fique de estmago vazio. Ateno:
quem toma hipoglicemiantes orais (principalmente Diabinese) pode
ter reao severa. Se este for o seu caso e se voc bebe
freqentemente, converse com seu mdico. Tente beber o menos
possvel.
Identificao: para pacientes que usam dois tipos de insulinas. O
que fazer: aplicar numa s picada, com a mistura na mesma seringa.
Seguir sempre a mesma ordem: comece com a transparente e depois a
turva.
Como fazer: limpe a tampa do frasco com algodo e lcool e agi-te.
Injete no frasco de insulina turva a mesma quantidade de ar que voc
vai tomar de insulina, retire a seringa sem aspirar a insulina. A
seguir, usando a mesma seringa, injete ar no frasco de insulina
Regular. Sem tirar a agulha do frasco, vire-o ao contrrio e aspire
a insulina transparente. Quando tiver aspirado a quantidade
necessria, retire a agulha e introduza no frasco de insulina turva.
Aspire a quantidade desejada. Ateno: se por engano for injetada
insulina turva no frasco transparente, este deve ser jogado
fora.
Identificao: uma complicao diabtica sria que pode ocorrer com
quem tem grande diminuio de insulina no organismo. A cetoacidose
diabtica comea com descompensao do diabetes (aumento das taxas de
glicemia), causando grande aumento da quantidade da urina, sede,
aumento da fome, mal-estar, seguidos de nuseas, vmitos e, se no
tratada a tempo, coma diabtico. O que fazer: dose a glicemia com
fitas domiciliares, dose a glicose e cetona na urina. Se a glicemia
estiver alta e houver glicosria importante (maior que + + + ou
1000mg/dl) e cetonria, provavelmente uma cetoacidose. Procure
imediatamente o seu mdico ou pronto-socorro. No espere. Como fazer:
faa as dosagens em casa. Se os sintomas forem os descritos acima e
a medida de glicose na urina estiver elevada, pode ser uma
cetoacidose diabtica. Ateno: se no for tratada a tempo pode causar
srios danos. Quando procurar ajuda, fale de suas suspeitas. No v
para casa sem ser medicado e pea que repitam os testes.
O que fazer: quanto maior o atraso, menor a quantidade a ser
tomada. Reduza a dose para 2/3 ou metade. Se lembrar antes de
deitar, reduza para 1/3. Como fazer: mea a sua glicemia ou
glicosria ou cetonria. Se as taxas forem maiores que 300 mg% ou
houver glicosria de + + + a + + + +, tome junto 6 unidades de
Insulina Regular. Ateno: se acontecer com criana ou descontrole
importante em adultos, fale com um mdico imediatamente.
Identificao:: caroo doloroso, com vermelhido e aumento de
temperatura no local. O que fazer: no aplicar insulina neste lugar.
No se trate em farmcia e fale com seu mdico. Ateno: abcessos so
sinal de infeo local. 1 - Em diabticos, acontece quando no houve
limpeza adequada do local ou agulha contaminada. 2 - Eventualmente
precisam ser drenados e tratados com a ajuda de antibiticos. Mas
procure o mdico. 3 - Como em toda infeco, a tendncia aumentar a
glicemia e, por isto, um ajuste na medicao pode ser necessrio.
Nunca faa por sua conta, procure um mdico.
As Carncias do Diabtico (Baseado no artigo do Dr. Rogrio F.
Oliveira)Carente, do latim Carere, significa etimologicamente "ser
falto de", "no ter", "no possuir". Contudo, por conhecido mecanismo
de lngua, chamado contaminao, surgem os sentidos extensivos, que
ampliam o espectro semntico da palavra. Carente, hoje, alm de
significar "no ter", "no possuir", "ser falto de", significa tambm,
e com muito mais freqncia, "necessitar", "precisar". que, em
princpio, quem no tem, precisa. Os diabetes, doena crnica grave,
impem, por toda a gama de peculiaridades, a identificao ntida de
dois grupos de pacientes: o diabtico carente por desnvel social, de
parco poder aquisitivo, que, uma vez motivado a conseguir boa sade,
dedica o melhor dos seus esforos para a obteno gratuita dos remdios
e exames especficos, procurando as associaes de diabticos ou os
servios especializados dos hospitais pblicos, que, em geral,
fornecem a medicao prescrita por suas equipes mdicas. Sem dvida, as
carncias deste grupo so mais facilmente trabalhadas, pois sua
expresso maior est no mbito material: exames, remdios, alimentao
adequada, etc... No o que ocorre com o segundo grupo, constitudo de
pacientes cujo alto poder aquisitivo, da maioria deles, lhes
assegura a pronta e plena satisfao das necessidades materiais. So
pacientes de trato difcil; o equipamento psicolgico mais complexo
suscita especulaes e indagaes, normalmente irresponsveis, que
acirra o sentimento de revolta indefinida, decorrente da absoluta
incapacidade de resoluo de seus males a poder de dinheiro. Essa
incapacidade se volta, como forma de vingana compensatria, contra
toda e qualquer limitao que a molstia lhes imponha, inclusive - e
muito especialmente - contra o mdico, que , em verdade, a expresso
mais abalizada das restries que os progressos cientficos impem.
Essa insubordinao declarada e acintosa , em geral, a lastimvel
causa da incidncia comum de complicaes degenerativas, das mais
simples s mais graves, como, por exemplo, a gangrena diabtica. Se,
com os componentes do primeiro grupo a ajuda material de grande
valia, para os do segundo grupo a assistncia psicolgica o caminho
mais curto para ser bem trabalhada a carncia afetiva, a falta de
auto-estima, sentimentos que avultam o carter do paciente diabtico
e que, por isso, interessam no s a ele, mas tambm - e em alta dose
ao grupo familiar. A sade uma conquista diria, cujo afrouxamento a
derrota e, por sinonmia, a morte. Viver bem com a diabete , sem
dvida, tarefa difcil, mas conviver com suas complicaes crnicas
certamente muito pior. O bom controle evita as complicaes e permite
uma vida saudvel, cheia de realizaes.
AS CAUSAS DA OBESIDADESegundo Dr. Perseu Seixas de Carvalho
(30/08/2000), nos ltimos anos, vem ocorrendo em todo o mundo, um
aumento assustador do nmero de pessoas obesas. Alguns pases
apresentam nmeros alarmantes. Nos Estados Unidos, metade da populao
adulta apresenta excesso de peso e existe tambm um aumento dos
casos de obesidade infantil. No Brasil, o nmero de obesos j passa
dos 50 milhes e vem crescendo cada vez mais. E quais seriam os
motivos? A causa bsica da obesidade um desequilbrio entre a ingesto
calrica e o gasto de energia, mas os mecanismos que levam a este
desequilbrio ainda no esto totalmente esclarecidos.
Os mecanismos que controlam o gasto de energia e mesmo uma srie
de fatores que regulam o apetite obedecem a uma determinao gentica.
Entretanto, estudos realizados tm mostrado que, para a grande
maioria dos indivduos, os fatores genticos contribuiriam com cerca
de 1/3 de importncia, ficando os outros 2/3 para os fatores
ambientais. A importncia dos fatores ambientais fica bem clara se
analisarmos que, o aumento considervel da obesidade nos ltimos 20
anos evidentemente no obedece a nenhuma mudana gentica , pois estas
mudanas levam milhares de anos para ocorrer. Tal fato se deve
unicamente modificaes no estilo de vida das populaes, que o que
chamamos de fator ambiental. Dentre os principais fatores
responsveis pelo aumento dos casos de obesidade se encontram os
chamados confortos da vida moderna; o automvel, o elevador, o
controle remoto, telefone e uma srie de inventos que determinaram
uma reduo brusca e intensa da atividade fsica. Reduo da atividade
fsica significa menor gasto energtico e, portanto, acmulo de
energia sob a forma de gordura. Um outro fator muito importante a
mudana nos hbitos alimentares e a maior oferta de alimentos. Os
alimentos fornecedores de energia so os carboidratos, as protenas e
as gorduras ou lipdeos. Desses, os 2 primeiros fornecem 4 calorias
por grama, enquanto que os lipdeos fornecem 9 calorias/grama. H
cerca de 100 anos, o alimento bsico da maioria das populaes em todo
o mundo era o carboidrato, que um nutriente encontrado nos
alimentos de mais fcil acesso, como o trigo, milho, gros, cereais e
razes em geral. Este nutriente correspondia 60% do total ingerido
na dieta da poca. Com o progresso comeou a haver uma maior oferta
dos alimentos industrializados, as refeies tornaram de preparo
rpido e ingesto mais rpida ainda, o chamado "fast food", e estes
alimentos tem como caracterstica principal o alto teor de gordura e
protena e uma baixa oferta de carboidratos. Inverteu-se, portanto,
o padro normal de alimentao - a " pirmide alimentar ". Se levarmos
em conta que 1 grama de gordura contm 9 calorias fica fcil entender
quem o vilo da histria. De fato, os estudos tm mostrado claramente
que quanto maior a ingesto de gordura maior a incidncia de
obesidade num determinado grupo populacional.
Atividade Fsica e Diabetes no Brasil: Necessidade x
RiscosSegundo a Dra. Ana Claudia Ramalho, desde o sculo dezoito, o
exerccio vem sendo defendido como instrumento benfico no tratamento
de pacientes com diabetes mellitus(DM). Como ocorre em indivduos
sem diabetes, pacientes com DM apresentam um aumento na utilizao
perifrica da glicose associado com um aumento na sensibilidade
perifrica a ao da insulina que persiste por 12 horas ou mais aps o
final do exerccio. Em pacientes com DM tipo 1, um programa de
exerccio pode melhorar a sensibilidade insulina. Alguns estudos,
porm, no demonstram uma melhora no controle glicmico nestes
pacientes. Entretanto bem claro o efeito benfico do exerccio na
performance cardiovascular e no perfil lipdico, aumentando HDL
colesterol e reduzindo triglicrides, tornando valioso o seu efeito
sobre a morbi-mortalidade em pacientes com DM tipo 1 e 2. No
paciente com DM tipo 2, a ocorrncia freqente de resistncia
insulina, obesidade, anormalidade no perfil lipdico e doena
cardiovascular, tornam o exerccio um potente coadjuvante aliado na
teraputica e com baixo risco de hipoglicemia. No
paciente com DM tipo 1, o risco de hipoglicemia ou de piora da
hiperglicemia e cetose conseqentes ao exerccio merecem uma
abordagem mais cautelosa. Todos os pacientes diabticos que iniciaro
um programa de exerccios fsicos devem ser previamente avaliados. Se
o controle glicmico pobre, dever ser equilibrado antes do incio do
exerccio. Como regra geral a glicemia deveria ser inferior a
250mg/dl e sem cetose. Retinopatia severa contra indica exerccio
intenso pelo risco de hemorragia. Exerccios envolvendo membros
inferiores em pacientes com neuropatia perifrica requerem observao
cuidadosa de leses nos ps e pode mesmo ser contra-indicado. Para
pacientes com neuropatia pode ser necessrio selecionar atividades
que no coloque em risco o trauma de membros inferiores, como por
exemplo: nadar. Os diabticos reconhecem a atividade fsica como um
elemento importante no controle metablico. Porm, em raros casos
recebem um suporte e apoio tcnico adequados para faz-la. Muitas
vezes os pacientes diabticos so orientados pelos endocrinologistas
a fazerem uma atividade fsica, porm no sabem como comear, qual
atividade fazer e como reajustar seu controle; ao se inscreverem
numa academia, em geral, os pacientes se deparam com profissionais
sem nenhuma noo sobre atividade fsica em diabticos. Aps o incio da
atividade fsica, faz-se necessrio a realizao de glicemias capilares
antes, durante (para treinos com durao maior de 1 hora) e depois da
atividade. Com esses registros de glicemia capilar possvel o ajuste
da dose de insulina que em geral reduzida com a atividade
fsica.
Abordagem Diagnstica e Teraputica do Diabetes GestacionalSegundo
Josivan Gomes de Lima, a gestao um estado diabetognico devido
secreo de hormnios contrainsulinicos (GH, ACTH, lactognio
placentrio humano, progesterona). Na gestao normal, as adaptaes
metablicas so suficientes para manter a glicemia normal, utilizando
fontes alternativas de energia (cetonas e cidos graxos livres) e
reservando a glicose para o feto (1). Quando estes mecanismos
compensatrios falham, prevalecendo a ao dos hormnios
contrainsulinicos, desenvolve-se diabetes gestacional com suas
potenciais complicaes (pr-eclmpsia, polidrmnio, macrossomia,
necessidade de cesrea, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia,
hipocalcemia, bito perinatal, maior risco de diabetes tipo 2 na
me). O teste Screening: A ADA (2) sugere que o rastreamento
daquelas pacientes que no tm fatores de risco (>25 anos, peso
elevado, histria familiar de diabetes, raa) no custo-efetivo e no
deveria ser realizado. At 10% das mulheres com diabetes gestacional
podem no ser diagnosticadas com o screening seletivo (3), modo que
o screening universal, realizado entre a 24 e 28 semanas, o nosso
preferido. Ele pode ser realizado mais cedo se houver suspeita de
diabetes tipo 2. No existe um consenso em relao ao teste diagnstico
a ser utilizado. O teste de 75g o nosso preferido. Se diabete
aparece aps a idade de 25 anos, ou antes, da 20 semana, diabetes
tipo 2 provvel. Cerca de 10% das mulheres com DMG tm anticorpos
antiilhotas positivos e se a paciente magra, teve cetoacidose
durante a gestao ou hiperglicemia severa necessitando de altas
doses de insulina aumenta a chance de DM tipo 1. O tratamento
adequado ir prevenir complicaes fetais. Consiste de monitorizao e
insulina se necessrio.
A Dieta deve ter adequado suporte calrico, ingesto de
carboidratos e refeies dirias (3 principais e 3 lanches), visando a
normoglicemia, preveno de cetose, adequado ganho de peso e boa sade
fetal. Quanto a monitorizao, devem ser medidas as glicemias 1 hora
aps as refeies, tentando alcanar metas de glicemia de jejum