O PERODO DE MODERNIZAOEm meados do sculo XIX = perodo de crise,
o Governo no tinha dinheiro e a populao tinha uma vida
difcil.Causas ? As invases napolenicas Guerra Civil
desorganizaram/empobreceram o Pas A perda do Brasil As actividades
econmicas tradicionais eram pouco evoludaspouca produtividadeNa 2
metade do Sec. XIX: Portugal comea a recuperar do atraso Foram
criadas leis para criar um Portugal novo, livre e
modernizado.Iniciou-se essa modernizao no reinado de D. Maria II,
tendo-se assistido s principais mudanas e inovaes nos reinados de
D. Pedro V, D. Lus e D. Carlos .
A NVEL DA AGRICULTURA Os terrenos estavam mal aproveitados Os
cereais eram poucos Importavam-se grandes quantidades de trigo e
arroz Era preciso aumentar a produo agrcola.Quais as medidas
tomadas ?1. Acabaram com os impostos dos agricultores aos donos das
terras;2. Acabaram com o direito de morgadio;3. Dividiram terrenos
baldios para serem cultivados;A agricultura (a partir de 1850)
comeou a desenvolver-se e modernizar-se: Expanso do cultivo do
arroz e da batata; Melhoram-se as tcnicas de cultivo:1. Alternncia
de culturas;2. Sementes seleccionadas;3. Adubos qumicos. Novas
alfaias e mquinas agrcolas.A mecanizao da agricultura fez-se muito
lentamente e beneficiou principalmente o Ribatejo e Alentejo.Todas
as inovaes permitiram um melhor aproveitamento dos recursos
agrcolas. As reas cultivadas aumentaram aumento da produo com menos
mo-de-obra.
"A alternncia das culturas"- no mesmo terreno que antes ficava
em pousio,cultivam-se agora batatas e nabos.
A indstria
A mecanizao da indstria beneficiou de inmeras inovaes, mas a
revoluo da indstria deu-se com a utilizao de mquinas a vapor.
Todavia no nosso pas, principalmente nos meios rurais, predominava
a produo artesanal.Na produo industrial utilizava-se moderna
maquinariaproduo em grande quantidadeprodutos mais baratos Aparecem
assim as fbricas e os operrios especializavam-se em determinado
trabalho ou tarefa.No sculo XIX, Portugal era essencialmente
agrcola, mas destacavam-se na 2 metade do sculo 2 zonas
industriais:1. Zona do Porto / Braga / Guimares2. Zona de Lisboa /
Barreiro / Setbal.
O incio da luta do operariadoNa segunda metade do sculo XIX, os
operrios de Lisboa e do Porto constituam um novo grupo social:o
operariado: organizao das 1 associaes de operrios; organizao das 1
greves.A populao comea a ter conscincia de que podia lutar pelos
seus direitos.Desenvolvimento da explorao mineiraAt ao sculo XIX,
as minas quase no existiam. As coisas mudaram a partir de
1851.Intensificou-se igualmente o aproveitamento dos recursos
minerais: cobre, ferro e carvo.A explorao do subsolo alterou a
paisagem e por vezes surgiram novas povoaes. Ex. S Domingos.No
sculo XIX, o carvo passa a ser a principal fonte de energia muito
valioso.Era utilizado para:1. Usos domsticos2. Produzir gs3. Fins
industriais fazer funcionar as mquinas a vapor.
TRANSPORTES E COMUNICAESNo incio do sculo XIX: ms estradas
transportes antiquadosNa 2 metade do sculo XIX grandes
melhoramentos modernizao das vias de comunicao modernizao dos meios
de transporteO maior impulsionador dessa modernizao foi Fontes
Pereira de Melo, ministro de D. Maria II, de D. Lus e D.
Pedro.Antnio Maria Fontes Pereira de Melo Construram-se novas
estradas em macadame linhas de caminho-de-ferro: a primeira viagem
de comboio teve lugar em 1856 (Lisboa Carregado).. Fizeram-se:
tneis, viadutos, novas pontes, faris Construiu-se o porto
artificial de Leixes Em 1895 comeam a circular os primeiros
automveisPonte de D. Maria I - Porto
As inovaes nos meios de comunicao de ideias e informaesAo longo
do sculo XIX, aparecem jornais dirios como: O sculo O Primeiro de
Janeiro Dirio de Notcias emisso do 1 selo postal adesivo
reorganizao dos correios aparecimento dos marcos de correio.Marco
do correio entrada em funcionamento do telgrafo elctricoTelgrafo em
1882 inaugurada a rede de telefones de LisboaTelefone
A culturaA 2 metade do sculo XIX, o aumento da importao de
livros e revistas contribuiu para o maior interesse das pessoas
pelos acontecimentos polticos e sociais. O nmero de publicaes
aumentou e o gosto pela leitura de jornais, foi igualmente
aumentando.Datam dessa poca: o jornal O Sculo, Dirio de Notcias, O
Comrcio do Porto IlustradoPublicaes da segunda metade do sculo XIX.
Desenvolveu-se tambm o gosto pelo teatro e romance.Principais
escritores: Jlio Dinis, Almeida Garrett, Ramalho Ortigo, Camilo
Castelo Branco e Ea de Queirs.A nvel do romance histrico Alexandre
Herculano.A arteA 2 metade do sculo XIX foi muito rica e variada a
nvel artstico.a) A arquitecturaEsta relacionada com o crescimento
das cidades e com a necessidade de se construrem grandes espaos.O
ferro e o vidro, novos materiais utilizados, so caractersticos da
industrializao.Ex. Palcio de Cristal do Porto; Palcio da Pena
(Sintra); Hotel do Buaco.Palcio da Pena (Sintra) b) A pintura e a
esculturaOs artistas deste perodo, pintaram sobretudo: Paisagens
rurais e martimas; Cenas da vida quotidiana; Retratos - Alguns
pintores: Silva Porto, Jos Malhoa, Columbano Bordalo Pinheiro;
Beira-Mar - Jos Malhoa - Na escultura, destacaram-se Soares dos
Reis e Teixeira Lopes.c) A cermicaComo caricaturista e ceramista,
destaca-se Rafael Bordalo Pinheiro, que criou a figura do Z
Povinho."Z Povinho" - Rafael Bordalo Pinheiro As reformas do
ensino.Os vrios governos fizeram importantes reformas no ensino:1.
Ensino primrio obrigatrio e gratuito;2. Alargaram o ensino
liceal;3. Fundaram as 1 escolas do ensino tcnico;Passos Manuel,
ministro de D. Maria II, foi um dos grandes responsveis pelas
medidas tomadas na educao.Passos Manuel Apesar das medidas tomadas,
nos fins do sculo XIX, grande parte da populao continuava
analfabeta.A defesa dos direitos humanosEntretanto e de acordo com
os princpios liberais, o Governo decretou a:1. Abolio da pena de
morte 2. Extino da escravatura (1869)3. Extino das rodas dos
enjeitados.
NO CAMPO Na sua maioria as pessoas eram gente do povo que
trabalhava normalmente em terras que no eram suas; Havia ainda os
pequenos proprietrios.Principais actividades desta gente:
Agricultura Criao de gadoTrabalhavam de sol a solViviam pobrementeA
Volta do Rebanho - Silva Porto Alimentao: era base de po de milho
ou centeio, batata, azeitonas, sardinha e carne de porco.Vesturio:
variava 2 o clima e os trabalhos prprios de cada
regio.Divertimentos: ligados a certos trabalhos, s festas da
Igreja.
NAS GRANDES CIDADES O dia-a-dia da populao da cidadeAs
actividades da populaoNas grandes cidades do sculo XIX viviam
diferentes grupos sociais: Burguesia: industriais, banqueiros,
mdicos, professores viviam muito bem; Nobreza; Classes populares:
viviam mal, desempenhavam profisses e servios. Surgiram novas
profisses: empregados dos transportes pblicos, Companhia das guas e
CorreiosA modernizao das cidades .Na 2 metade do sculo XIX , Lisboa
e Porto tiveram um grande crescimento e modernizaram-se: Avenidas
Ruas pavimentadas / passeios Os jardins foram arranjados Novos
edifcios pblicos: mercados, tribunais, teatros, escolasSo criados
servios pblicos: Recolha de lixo Esgotos gua canalizada Iluminao
pblica Bombeiros / policiamento de ruas Aparecem os 1 transportes
pblicos colectivos americano choraA vida na cidade torna-se mais
cmoda, segura e saudvel.
Avenida da Liberdade - Lisboa nos finais do sculo XIX
A contagem da populao.Os numeramentos: contagem do nmero de
fogos (casas) e no de pessoas. Recenseamento : (ou censo) =
contagem do nmero de habitantes. O 1 foi feito em 1864 no reinado
de D. Lus I. A partir de 1890, foi feito de 10 em 10 anos. Registos
mais seguros.No sculo XIX, houve um crescimento da populao.Grfico
da populao portuguesa no sculo XIX * Causas: melhor
alimentao.Melhor assistncia mdica Criao de novos hospitais e
melhores condies de higiene* Consequncias:Baixa a taxa de
mortalidade e aumenta a taxa de natalidade. A consulta mdica O
Litoral Norte de Portugal era mais povoado do que o Interior e sul
do Pas.A populao concentrava-se volta das cidades: Porto / Lisboa.O
xodo ruralO aumento da populao no sculo XIX, aumento dos
trabalhadores do campo sem emprego.xodo rural" (fuga do campo)Uns
fixaram-se nas cidadesOutros emigraram (Brasil)
Folheto do sculo XIX e grupo de emigrantes portugueses espera de
embarcar.