FACULDADE DE AGRONOMIA .4 , 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA AGR99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO AGR REL 2006-065 Luciana Zwetsch 2187/01-8 00113065 .' ab(j engenharia e meio ambiente Porto Alegre, novembro de 2006. •• ••••• 'ac,!UM •• ..retl•••• . ,.\,., ...
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Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG ...
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FACULDADE DEAGRONOMIA
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5UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO SUL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE AGRONOMIA
5.2. LAUDO TÉCNICO DE COBERTURA VEGETAL MORRO SÃO CAETANO 175.2.a. INTODUÇÃO 175.2.c. MATERIAL EMÉTODO 185.2.dRESULTADOS EDISCUSSÕES 195.2.d· CONSIDERAÇÕES FINAIS 225.2.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 22
5.3. PROJETO DE MONITORAMENTO DAS ENCOSTAS DO RIO DAS ANTAS RESERVATÓRIODA CERAN (COMPLEXO ENERGÉTICO RIO DAS ANTAS) 23
5.3.a. IN1RODU~"'ÃO 235.3.h. MATERIAL EMÉTODO 245.3.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 255.3.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 265.3.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 27
5.4. AUDITORIA TÉCNICA PARA0 LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA EMPRESABOLOGNESI ENGENHARlA LIDA, LOCALIDADE DE CRUZ DAS ALMAS MUNICÍPIO DEELDORADO DO SUL 27
5.4.a. INTRODUÇÃO 275.4.b. MATERIALEMÉTODO 285.4.c. RESULTflDOS E DISCUSSÕES 295.4.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 345.4.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 35
5.5. AUDITORIA AMBIENTAL, FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE TRANSPLANTE DEESPÉCIES DE VEGETAIS NA PEDREIRA ERGO S\A UNIDADE MORRO ALTO MAQUINÉ; 36
5.5.a. INTRODUÇÃO 365.5.b. MATERIAL EMÉTODO 365.5;c. RESULTADOS E DISCUSSÕES. 385.5.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 395.5.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 39
5.6. PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO DE EXTRAÇÃO DEAREIA E ARGILA DA MAC ENGENHARIA LIDA, NO MUNICÍPIO DE TERRA DE AREIA,IMPLANTAÇÃO DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 40
5.6.a. INTRODUÇÃO 405.6.b. MATERIAL EMÉTODO 425.6.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 435.6.c. CONSIDERAÇÕES FINAIS 465.6.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 47
5.7. MONITORAMENTO AMBIENTAL, RELATÓRIO DE VISTORIA E ACOMPANHAMENTO DEATIVIDADES DA JAZIDA 03 OBRAS DE DUPLICAÇÃO DA BR 101 LOTE 04 RS MUNICÍPIO DEOSÓRIO , , 48
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5. 7.a. INTRODUÇÃO 485. 7.b. MA TERIAL E MÉTODO 485. 7.c. RESULTADOSE DISCUSSÕES 495.7.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 505. 7.e. RRIATÓRIO FOTOGRÁFICO' 5O
5.8. ELABORAÇÃO DE UM HERBÁRIo 515.8.a. INTRODUÇÃO 515.8.b.MATERIALE MÉTODO 525.8.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 52
RELAÇÃO DE TABELAS:TABELA 1:LISTA DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO MORRO SÃOCAETANO 20TABELA 2: ESPÉCIES OCCORENTES NA REGIÃO DO EMPREENDIMENT ELDORADO DOSUL 31TABELA 3: ESPÉCIES HERBÁ.CEAS PARA REVEGETAÇÃO DO SOLO DO EMPREENDIMENTOELDORADO DO SUL 33TABELA 4: ESPÉCIES ARBUSllVAS E ARBÓREAS INDICADAS PARA A REVEGETAÇÃO DOEMPREENDIMENTO ELDORADO DO S[]L 34TABELA 5: CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO TERRA DE AREIA .44TABELA 6: ESPÉCIES HEBÁ.CEAS INDICADAS PARA REVEGETAÇÃO DO EMPREENDIMENTOTERRA DE AREIA 45TABELA 7: ESPÉCIESARBUSllVAS E ARBÓREAS INDICADAS PARA REVEGETAÇÃO NOEMPREENDIMENTO TERRA DE AREIA 46TABELA 8: LISTA DE ESPÉCIES DO HERBÁ.RlO' 52
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1. INTRODUÇÃO
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o estágio obrigatório supervisionado realizou-se na ABG Engenharia e
Meio Ambiente Ltda, situada na rua João Abbott, número 503 sala 301 do bairro
Petrópolis em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A empresa é atuante na área de
consultoria ambiental. Totalizou-se trezentas horas de atividades, estas sob
orientação, do engenheiro agrônomo Alexandre Bugin.Período de 20 de julho a 30
de novembro de 2006.
Os motivos para a escolha desta empresa foram as excelentes
recomendações obtidas e a receptividade por parte do proprietário e dos
funcionários. Com isto,foi desenvolvido e aprimorado os conhecimentos
acadêmicos da estagiária, através do vasto campo de atividades que a empresa
atua e me proporcionou atuartambém.
Durante o período de estágio, foi oportunizado atividades de campo para
distintas atuações técnicas, sendo estas: Auditorias, Licenciamentos, Vistorias,
Fiscalizações Ambientais, Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas,
Projetos de Proteção de Fauna e Flora de Áreas Legalmente Protegidas, onde
aprendi in locus os padrões que são adotados para realização de cada uma e as
normas legais que se seguem para liberar um empreendimento.
As auditorias ambientais para licenciamento ou para vistorias de obras, são
feitas por uma equipe multidisciplinar da empresa com apoio dos estagiários.
Executa-se vístonas em pedreiras, loteamentos, hidrelétricas, encostas de rios,
entre outras áreas, com intuito de levantar dados para elaboração de projetos que
possam identificar, prevenir e compensar alterações que poderão surgir com a
implantação da obra. Todas as informações coletadas em campo são analisadas
e descritas no parecer técnico e disponibilizadas em um banco de dados para
estudos posteriores onde se discute a viabilidade ou não do empreendimento .
Durante o estágio foram aprendido muito sobre técnicas e normativas a
serem obedecidas para implantação de uma obra, pela estagiária. Além disso,
contei com a oportunidade de por em prática meus conhecimentos acadêmicos,
na recuperação de solos degradados, na implementação correta da vegetação
para sua recuperação e no transplante de espécies vegetais.
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o estágio foi realizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O
• estado está localizado no extremo sul do país e faz fronteira com a Argentina e o
Uruguai. A capital porto-alegrense apresenta uma área total de 476,30 Km2,
destes 431,85 km2 são de continente 44,45 Km2 de ilhas. É circundada por morros
e planícies, limitada pela orla fluvial do lago Guaíba. São dezesseis ilhas sob sua
-~ jurisdição num total de 4.500 hectares pertencentes ao bairro Arquipélago,..fazendo parte do Parque Delta Jacuí. A única ilha considerada zona urbana é a
Marinha do Brasil com 70,7 hectares e Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho
(Harmonia) com 41 hectares.(SMAM , Gestão Ambiental,2006).
Fundada por uma leva de casais Açorianos vindo de Portugal,era
.~ conhecida como Porto dos Casais. Atualmente possui um forte contingente de..imigrantes vindo do interior do estado, muitos deles descendentes de italianos,
alemães, também sírios, libaneses, japoneses, poloneses, suecos entre outros,
somando mais de 25 etnias. A população é de 1360.590 habitantes (senso
IBGE\2000), sendo 635.820 homens e 724.770 mulheres. A expectativa média de
vida é de 71,4 anos, sendo: 66,2 para os homens e 76,2 para as mulheres. O
crescimento populacional é de 1,35 ao ano (1996\2000). A densidade é de 29
habitantes por hectare e o índice de mortalidade infantil é de 13,93 óbitos por
cada 1000 nascidos vivos.(IBGE.,wwwibge. gov br.2001).
Reconhecida como a metrópole da qualidade de vida do Brasil, pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Os indicadores de qualidade de vida são
favoráveis nos principais índices de desenvolvimento humano: saúde,
saneamento básico, educação, meio ambiente e economia.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM) de Porto Alegre foi a
primeira do país, êria~ em 1976. Seja em áreas construídas ou naturais, ela é o
órgão executivo- responsável pelo controle da qualidade ambiental e pela proteção
do sistema natural no município. O Conselho Municipal do Meio Ambiente
(COMAM) atua em caráter consultivo e deliberativo, é o órgão de participação
direta da sociedade civil, para propor e formular políticas municipais de meio
ambiente.(SMAM ,Gestão Ambiental,2006).
Para educação da população conta com inúmeras escolas estaduais,
municipais e particulares de ensino fundamental e médio. Além do ensino superior
que conta com universidades particulares e federais e entre elas, a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).(SMAM, Gestão Ambiental,2006).
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3. DESCRiÇÃO DA EMPRESA DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
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A empresa ABG Engenharia e Meio Ambiente Ltda, foi fundada em 1990,
• pelo engenheiro agrônomo Alexandre Bugin, sendo prestadora de serviços em
áreas que envolvam o Meio Ambiente. Conta com um perfil técnico diferenciado
dotado de profissionais especializados nas mais distintas áreas, atuando
integradamente.
Dentro do campo operacional da empresa citam-se atividades como:
licenciamento ambiental para atividades de mineração, linhas de transmissão, e
outros diferentes empreendimentos; monitoramento e plano de manejo da fauna e
flora; projetos de recuperação ambiental, de áreas degradas; estudo ambiental
para projetos de pavimentação e terraplenagem de estradas, projeto de
recuperação de aterros de resíduos sólidos urbanos e industriais; auditoria
ambiental, fiscalização de obras; projetos de obras de drenagem e contenção de
erosão da encostas; ElA/RIMA para implantação de aterros sanitários e industriais
e educação ambiental entre outros.
Dos trabalhos executados para distintas empresas do estado, salientam-se;
o assessoramento permanente à Copelmi Mineradora, nos projetos de mineração;
a elaboração do plano diretor de recuperação das áreas degradadas pelo canteiro
de obras da Usina Hidrelétrica de Machadinho e a elaboração de estudo de
Impacto Ambiental ElA/RIMA da Siderúrgica Gerdau Riograndense S\A; além de
mais de cinqüenta retatórios técnicos de vistoria ambiental sobre estradas
estaduais e federais para empresas como: Ecoplan Engenharia, Imcorp
Bourscheid Engenharia, Setep Etel, Mac Engenharia e o Daer. Há também a
execução de planos de recuperação de áreas degradadas de pedreiras em
Gravataí, Santa Cruz do Sul e São Francisco de Paula.
Entre as atribuições empresariais, está a elaboração, e participação de
doze estudos de Impacto Ambiental ElA/RIMA de indústrias, do aeroporto, de
estradas e usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul e em outros estados.
A empresa possui ótima infra-estrutura, com excelente planejamento
operacional. Preocupa-se com a saúde e o bem estar emocional de seus
funcionários, mantendo uma fisioterapeuta, que realiza seções procurando aliviar
as tensões e o estresse do trabalho. Oportuniza-se o crescimento intelectual dos
funcionários, através de cursos de atualização, seminários, congressos,
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financiados pela mesma e estes benefícios também são estendidos aos
estagiários.
Durante o desenrolar do estágio houve a participação da estagiária nas
seguintes atividades: Plano de Controle Ambiental Vistoria na Mineradora Vera
Cruz; Laudo Técnico de Cobertura Vegetal Loteamento, no Morro São Caetano;
Monitoramento das Encostas do Rio das Antas; Licenciamento Ambiental
Retomada de Atividades; Monitoramento de Transplante de Espécies Vegetal na
Pedreira, Unidade Morro Alto Maquiné; Vistoria e Monitoramento de Espécies
Transplantadas na Localidade de Morro Alto Maquiné; Monitoramento Ambiental e
Fiscalização da Extração de Areias em Osório. Além das atividades de campo
houve a participação no Seminário Técnico - Grandes Empreendimentos em
Áreas Urbanas e Licenciamento Ambiental; realizado na FEEVALE entre os dias
10 e 11 de agosto de 2006.Houve Também participação em trabalhos
administrativos da empresa. A estagiária atuou na estruturação e elaboração do
herbário e na revisão do PRADE (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas
para Mac Engenharia Ltda de Quarai); como também no preenchimento do termo
de referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental (PCA) para
encaminhamento a FEPAM, referente à pedreira de Eldorado do Sul e a
formulação de texto de Projeto Turístico para Companhia Energética Rio das
Antas.
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4. OBJETIVOS
4.1. Objetivo Geral:
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O presente relatório tem como objetivo de relatar as atividades realizadas
durante o cumprimento de estágio curricular obrigatório supervisionado da
Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS).
4.2. Objetivo Específico:
Indicar o desenvolvimento das atividades executadas durante o estágio
curricular obrigatório da Faculdade de Agronomia no período de julho a
outubro,de 2006 que totalizou trezentas horas, sob orientação do Engenheiro
Agrônomo Alexandre Bugin e tutela do professor Or. Engenheiro Agrônomo Paulo
Vitor Dutra de Souza.
Realizar atividades na área de preservação e legislação ambiental,
voltadas a conservação e recuperação de áreas degradadas, visando consolidar e
aprimorar conhecimentos acadêmicos na área adquiridos durante a realização do
curso de Agronomia .
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5. DESCRiÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO
"5.1. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA MINERADORA VERA CRUZ
UNIDADE SANTA TECLA RELATÓRIO DE VISTORIA
5.1.a. INTRODUÇÃO
.. Um relatório ou laudo de vistoria de meio ambiente segue os conceitos
jurídicos do licenciamento ambiental, de acordo com a FEPAM. O documento
traduz a situação, sendo para tal utilizado a saída de campo. Normalmente
acompanha dados fotográficos e ou outros materiais, que os técnicos consideram
relevantes para complementar seus pareceres.
A avaliação ambiental da área da pedreira Santa Tecla é feita
semanalmente e em turno integral e gera um relatório técnico mensal das
atividades de controle ambiental.
5.1.b. MATERIAL E MÉTODO
A vistoria na Mineradora Vera Cruz, Unidade Santa Tecla, no município de
Gravataí Rio Grande do Sul, realizou-se no dia 25 de julho do ano corrente, pela
equipe técnica da ABG Engenharia e Meio Ambiente e contou com o acadêmico
de agronomia Fabio Antônio Martins Rodrigues e a estagiária de agronomia
Luciana Zwetsch, em cumprimento ao contrato de prestação de serviços de.' consultoria ambiental e teve como foco de ação a fiscalização e a orientação para
a recuperação das áreas degradadas pelo empreendimento em suas atividades,
;" extração de lavra de basalto a céu aberto, em uma área de 49,29 hectares.
A metodologia usada na vistoria segue normas pré-estabelecidas:
observações através da caminhadas em toda área em processo de recuperação,
e o monitoramento das áreas, para verificar a correta separação de solo e sua
reutilização em outras áreas. É feita a comparação entre a vegetação, que está
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sendo utilizada no replantio das áreas degradadas, com as originais existentes,
analisando o grau de interferência entre elas.
5.1.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Foi possível verificar a revegetação das áreas em processo de
recuperação, com plantio de espécies herbáceas de inverno. O responsável vem
utilizando braquiárias, pois as sementes são mais baratas, tem boa ressemeadura
e cobertura de solo. Não tinha sido recomendada, devido a problemas de
competição com outras espécies por liberação de substâncias alelopáicas e pelo
alto crescimento, neste caso ocasionaram a morte de algumas espécies nativas
plantadas na área, sendo necessário o replantio. Apesar disso foi utilizada a
planta no local.
Em todas as áreas com plantio de espécies arbóreas serão mantidos os
tratos culturais como: roçada, adubação, tutoramento visando sempre a
manutenção. A roçada é feita para implantar outra cobertura, no caso, a de verão
permitindo o crescimento da vegetação nativa. No momento da vistoria,em 25 de
julho do corrente ano ,ainda não havia sido realizada totalmente a roçada da área.
Foram também observadas espécies nativas de hábito rasteiro que nasceram
através da ressemeadura manual como o Cipó São João (Pyrostegia venusta)
plantado no topo da área do antigo bota-fora (área onde são depositados os
materiais não usados pela mineradora).
Em relação ao solo da pedreira, deve-se prosseguir a separação e o
depósito em local adequado e principalmente o do horizonte A, para remediação
da área degradada. A remoção e a reutilização do solo devem ser feitas
primeiramente a dos matacões maiores (rejeito das extrações de rochas) e após
os menores, em seguida, o solo com presença de rochas e na superfície o solo deperfilA.
À medida que ocorre a retirada de lavra deve ser feita a remoção correta
do solo e sua reutilização nas áreas à recuperar. Os locais onde são colocados os
materiais não utilizados pela mineradora,denominados bota-fora, deverão ser
revegetados posteriormente. O horizonte A do solo também poderá ser utilizado
·.
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nas áreas onde há presença de processos erosivos em fase inicial, logo após,
sendo implantada vegetação de coberturas rasteiras, deve-se efetuar
conjuntamente a manutenção dos drenos naturais para evitar a reabertura das
voçorocas e possivelmente o aumento de sua extensão. A retirada e o depósito
do solo, não estavam sendo realizadas corretamente, pela pedreira. Verificou-se
que está ocorrendo uma mistura dos horizontes do solo, ficando o horizonte A (o
mais fértil) abaixo das demais camadas menos férteis, com presença de rejeitos.
Para reconfiguração dos taludes nos acessos das estradas e para conter
os processos erosivos provocados pela ação da chuva são utilizadas paliçadas.
Na área de abastecimentos das máquinas é possível verificar tanques de
contenção ao redor dos de combustível, impedindo a contaminação do solo e da
água.
5.1.d. CONSIDERÇOES FINAIS
Ao se percorrer toda área pode - se fazer as seguintes observações: não
foram finalizadas as roçadas nas áreas de plantio arbóreo, com isso as demais
atividades previstas no cronograma só poderão ser iniciadas tão logo sejam
finalizadas as roçadas.
Um aspecto d~ suma importância é a implementação, por parte da
Mineradora vera Cruz;' na Unidade Santa Tecla, de uma cortina vegetal para o
enclausuramento das áreas de operação industrial. Além, da correta retirada e
depósito do solo, bem como o replantio das espécies nativas mortas pela
competição com as braquiárias.
.•..
5.1.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
.,
Figura 5: Processo erosivo no antigo bota-fora.
....
Figura 7: Reconfiguração do talude.
16
Figura 4: Reconfiguração dos taludes aolongo das estradas.
Figura 6: Reconfiguração do antigo bota-fora .
. ~~Figura 8: Cipó-São-João no antigo bota-
fora.
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Figura 9: Roçada das Braquiárias e plantiode arbóreas nativas .
Figura 10: Extração de brita da unidadeSanta Tecta.
.,
5.2. LAUDO TÉCNICO DE COBERTURA VEGETAL MORRO SÃO CAETANO
5.2.a. INTRODUÇÃO
O laudo elaborado tem como objetivo a descrição da cobertura vegetal
existente na área prevista para construção do condomínio horizontal fechado, de
propriedade da Costamar Arquitetura e Construções ltda localizado na rua Dep.
Astérío de Mello, número 605 do Morro São Caetano em Porto Alegre. para a
obtenção da Autorização Especial de Remoção Vegetal (AERV), junto a
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (SMAM), conforme o LI
(Licença de Instalação) número 05/05.
A vegeta.ção da área do empreendimento é classificada como mata
mesófila e mata subxerófila. A mata mesófila é constituída de comunidade
florestal que ocupa a porção média, ou baixa dos morros. Já a mata subxerófila,
são as matas baixas ou capães, encontrados nos topos ou nas encostas
superiores dos morros, segundo, BRACK et ai. (1998). O diagnóstico Ambiental
~ de cobertura vegetal na área do loteamento foi realizado em saída de campo.
o laudo vem sendo elaborado pela equipe técnica da ABG, sendo eles:
Yuric Neff acadêmico de agronomia; Janice Fornari acadêmica de biologia,
Luciana Zwetsch estagiária de agronomia, Mariana Kappel acadêmica de biologia,
Vanessa Liechtnderg-Belau acadêmica de biologia e o engenheiro agrônomo
Régis Lisboa Batista. O trabalho de campo foi realizado nos dias 27 e 28 de
julh02006.
O laudo técnico segue as normas da SMAM, assim, cada lote foi
diagnosticado individualmente, verificando-se o tipo de vegetação e
posteriormente a sua classificação taxonômica. Dentro dos critérios de inclusão,
foram amostrados, etiquetados e tabelados os dados dendrométricos averiguados
para as espécies.
Para o procedimento cadastral dos lotes, utilizou-se a mesma numeração
existente na planta baixa fornecida pelo empreendimento. Assim foi realizado o
levantamento da vegetação dos lotes de numeração 1 a 20 além, da área de
condomínio situada ao lado do lote de número 20.
Dos vegetais acima de dois metros de altura, foram levantados dados
dendrométricos referentes à altura DAP (Diâmetro do Peito), DPC (Diâmetro de
Projeção de Copa) ~ a classificação taxonômica, estado fitossanitário e todos
foram numerados seqüencialmente (1-N) e etiquetados com seus respectivos
números de lote.
Foram feitas coletas de amostras de espécies não identificadas em campo,•• para fins exclusivamente de classificação científica. O material catalogado foi
incluído num banco de dados da empresa. Nos lotes onde há predominância de
•.• capoeiras, foram estimados os números de cada indivíduo por espécie, as
dimensõesde comprimento, largura, altura e a média em cada lote.
18
" 5.2.c. MATERIAL E MÉTODO
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II
I.<, 5.2.d. RESULTADOS E DISCUSSÓES
A área do empreendimento é de formação granítica, como a maioria dos
morros existentes em Porto Alegre. A fisionomia de sua vegetação é classificada
como mata mesófila e mata subxerófila (BRACK el. aI 1998). O monitoramento
.• segue as normas da SMAM onde cada lote do empreendimento imobiliário foi
• < vistoriado individualmente e feito o levantamento da vegetação para posterior
, classificação. Para autorização de remoção de vegetais, foi levado em conta à
vitalidade da espécie em questão, onde sua viabilidade de replantio e crescimento
futuro são sempre dados complexos, que acabam envolvendo múltiplos aspectos
como: a sanidade da árvore (quando se faz análise dos dados existentes no
vegetal, se ele é saudável; se tem baixa intensidade de dano, se tem média
intensidade de dano ou se alta intensidade de dano, o que é inviável); a liberação
de copa (grau de exposição ao sol) e sua posição sociológica (posição vertical em
relação às vizinhas).
As unidades amostrais, possuem formato retangular com dimensões de
10mx20m. As árvores nativas com DAP acima de 28cm são identificadas com
etiquetas e numeradas. Foi feita classificação taxonômica no local, quando as
espécies foram passíveis de identificação no campo, as demais foram amostradas
para posterior classitlcaçâo. Contabilizou-se os dados dendrométricos referentes
à altura e DAP (.ondese toma como base, a medida 1,30m acima da superfície de
solo, utilizando fita métrica metálica); além da estimativa visual do DPC(Diâmetro
de Projeção da Copa).
No monitoramento constatou-se que em nove dos lotes, os de numeração
(2, 3, 4, 5, 6, 13, 14, 15, 16) a vegetação predominante apresenta-se em estágio
." inicial de sucessão secundária, classificada como capoeira e com predominância
de espécies arbustivas e pequenas arvoretas (5.2.e. Relatório Fotográfico). Nos
demais lotes há presença de vegetação arbórea estabelecida, foram identificadas
55 espécies, distribuídas em 47 gêneros e 33 famílias. O número maior é de
Myrlaceae sp.; Rubiaceae sp. (quatro espécies) além de três exóticas; Euclyptus
sp. (eucalipto); Tipuana tipu e o Pinus sp. (pinheiro) (Tabela 1). Do total de 1301
indivíduos amostrados nos lotes com vegetação arbórea, os encontrados em
t.
20
maior quantidade foram: Sebastiania serrata (branquilho), Guapira opposita
(Maria-mole), Myrlacea sp. (capororca) e Casearia sy/vestris (chá de bugre). A"
altura média da vegetação encontrada na área do empreendimento é de sete
• metros. Estão relacionados como resultados os vegetais identificados, de acordo
com a Tabela 1.
Tabela 1. Lista das espécies encontradas na área do empreendimento ...N° Espécie Nome-Popular Família,..1 Lthraea brasiliensis aroeira-brava ANACARDIACEAE
-.As classificações das especes nativas dos lotes referentes ao
empreendimento se deram devido a necessidade do desmatamento, para futura
construção do condomínio. Como seqüência haverá o replantio dessas espécies e
quantidades nas áreas à serem demarcadas.
Foram encontrados grande número de epífidas das famílias Orchidaceas,
Bromeliaceas, Cataceae e Píperaceae, nos matacões e em vegetação arbóreas.• <
Recomendou-se, a translocação das mesmas para áreas de preservação
permanentes do próprio empreendimento.
Salienta-se atenção especial para indivíduos como a figueira (Ficus sp), o
jenva (Syagrus romanzoffiana) existente na área e passível de transplante. O
transplante deverá ser feito tanto para os espécimes em fase adulta como das
plântulas encontradas.
5.2.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 1: Entrada do empreendimento. Figura 2: Aspecto geral do acesso aos lotesresidenciais .
...
Figura 3: Aspecto geral da capoeira, compredominância da vassoura-vermelha {DodOfl8B
Figura 4: Epífitas encontradas emabundância na área.
23
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Figura 5: Aspecto geral da vegetação arbórea. Figura 6: Espécime amostrado com aplaqueta de identificação ..,
5.3. PROJETO DE MONITORAMENTO DAS ENCOSTAS DO RIO DAS ANTAS
RESERVATÓRIO DA CERAN (COMPLEXO ENERGÉTICO RIO DAS ANTAS)
5.3.a. INTRODUÇÃO
..•
A CERAN é uma empresa produtora de energia elétrica detentora do
contrato de Concessão de Geração número 008\2001. Da mesma fazem parte as
usinas hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho, situadas no
médio curso do Rio das Antas, região nordeste do Rio Grande do Sul.
No total são sete municípios envolvidos diretamente com a obra energética:
Antônio Prado, Flores. da Cunha, Nova Pádula, Nova Roma do Sul, Bento
Gonçalves, veranooolís e Cotiporã. Obras essas, iniciadas em 2002, com o
término previsto para 2007, quando a última unidade a de 14 de Julho entrará em
operação.
O presente projeto é parte integrada do Plano Básico Ambiental (PBA), já
em andamento, implantado pela ABG Engenharia e Meio Ambiente para o
Complexo Energético Rio das Antas (CERAN). O objetivo básico deste projeto é
de realizar o monitoramento da flora nas encostas do Rio das Antas, onde
existemas obras das hidrelétricas.
O monitoramento da vegetação das encostas pretende minimizar os
impactossobre a flora da região e conter os processos de erosão.
•24
Foram instaladas unidades amostrais para diagnosticar as espécies
florestais, arbóreas. E também avaliar o ingresso de novas espécies, a<,
mortalidade, o crescimento e as mudanças de parâmetros fitossociológicos.
Estabelecer procedimentos para transplante, manejo e replantio também são
metas, além de ditar normas que evitem a degradação do solo nas encostas do
rio.
. .5.3.b. MATERIAL E MÉTODO
Foi realizada pela equipe de biólogos da ABG Marcos Vinícios Dariy e
Mariane Ellis Barreta e a estagiária de agronomia Luciana Zwetsch, a saída de
campo para implementação e monitoramento da encosta do Rio das Antas, no
município de Nova Roma do Sul, no dia 01 de agosto,de 2006 em tempo integral.
A ação foi desenvolvida para atender a legislação vigente, definida pelos órgãos
licenciadores no que tange a preservação vegetal e a proteção das encostas de
rios.
No diagnóstico das encostas do Rio das Antas, estabeleceram-se unidades
amostrais (parcelas) de monitoramento da vegetação. As unidades têm o formato
retangular de 10mx5m. Todas as árvores com DAP superior a 10 centímetros
foram etiquetadas e numeradas. As etiquetas fixadas nas árvores com fio de
nylon. Tiradas as coordenadas com o GPS para identificação local da parcela. A.identificação da vegetação feita in loco, com exceção de alguns exemplares os
quais não foi possível identificação a campo,por tanto, coletou-se amostras para
I. posterior classificação. Anotou-se tudo em planilha: nome vulgar, DAP (variável
medida a 1,30m do solo), posição sociológica (posição vertical em relação às
vizinhas), sanidade (avaliação de danos existentes), liberação de copa (exposição...ao sol) e viabilidade (projeção do crescimento futuro).
Baseando-se nas informações coletadas em campo, e nos dados
catalogados no banco de dados da empresa realiza-se uma análise por parcela,
para avaliar futuras ações a serem sugeridas no projeto em questão.
'1.\ ,
••
25
'. 5.3.c. RESULTADOS E DISCUSSÓES
. ,
O registro e monitoramento das espécies de vegetação e do solo que
sofreu influência do empreendimento têm como intuito acompanhar as
modificações que possam surgir na estrutura das encostas do Rio das Antas.
Prevenir a ocorrência de mortalidade de indivíduos da flora, avaliar da eficácia
dos mecanismos de transposição de espécies (caso necessário), estabelecer
métodos e procedimentos de manejo e replantio são metas além de preservar as
espécies raras, endêmicas ou ameaçadas.
Para estabelecer as unidades amostrais, foram feitas caminhadas, nas
encostas do rio e escolhida assim, uma parcela representativa da vegetação da
margem do rio.Marcados 10 metros acompanhando o leito do rio e 5 metros em
direção ao rio (para baixo) e 5 metros em direção a estrada (para cima). Com esta
marcação efetuada retiram-se as coordenadas das parcelas com o GPS para
localização posterior.
Nas parcelas coloca-se etiquetas numeradas, em todas as árvores com
DAP acima de 10 centímetros e identificadas às espécies mais comuns, indicando
em planilha também o nome comum, sendo sempre feita coleta de amostras das
espécies não identificadas no campo.
Anotou-se sua posição sociológica, que se refere à posição ereta da árvore
com relação as .vizinhas, classificada em: superior, média, inferior
A sanidade foi também monitorada classificando-se em quatro situações:
saudável, baixa intensidade de dano, média intensidade de dano e alta
intensidade de dano. A alta intensidade indica um sério comprometimento do
indivíduo, demonstrando poucos sinais de vitalidade, a baixa, nos indica que
menos de 30% da árvore esta comprometida e a média informa que o
comprometimento é de aproximadamente 50%.
A liberação da copa informa o grau de exposição ao sol codificada com,
mais de 75% da copa exposta à luz solar, entre 50% e 75% da copa exposta à luz
solar ou menos de 25% de exposição.
Todas as informações anotadas em campo são registradas e devidamente
catalogadas em bancos de dados na empresa, onde é feita uma análise dos
...
26
dados para decisão de ações futuras a serem sugeridas no projeto, com intuito de
prevenir e controlar os impactos sobre a vegetação e o solo das áreas das
encostas do Rio das Antas na área de abrangência do empreendimento da Ceran,
• sendo emitido relatórios mensais com os dados das parcelas monitoradas e as
ações sugeridas.
"
.. 5.3.d. CONSIDERAÇOES FINAIS
A partir do mapeamento feito pela equipe, na vegetação das encostas
florestais do Rio das Antas (área de influência direta da CERAN), instalou-se
unidades amostrais (parcelas) e criou-se pontos permanentes de monitoramento
e vistorias, após a implantação do projeto.
O projeto apresenta as metas a serem seguidas, para salvaguardar
espécies nativas, raras e ameaçadas. A preservação da diversidade da flora e a
manutenção da variabilidade genética através de resgates são necessários para a
conservação in situ e ex situo Existe interesse na coleta do maior número de
(mudas) plântulas, sementes e substratos, visando à reprodução e replantio em
outras áreas, devido o aumento do canteiro de obras da usina hidrelétrica.
É feita a observação constante do solo das encostas, visando evitar o
desmatamento, que conseqüentemente provocaria a degradação de toda encosta.e com isso, o assoreamento do leito do rio. A meta fundamental do projeto, após
diagnóstico levantado, será a conservação plena da vegetação e solo das
encostas do Rio das Antas .••
..•
27
.~ 5.3.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
~Fígura 1: Monítoramento das encostas do Río Fígura 2: ea das encostas do Río das Antas.
das Antas.
5.4. AUDITORIA TÉCNICA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARAEMPRESA BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, LOCALIDADE DE CRUZ DAS
ALMAS MUNICíPIO DE ELDORADO 00 SUL
5.4.a. INTRODUÇÃO
.•..
Licenciar um empreendimento significa avaliar os processos tecnológicos
em conjunto com parâmetros ambientais fixando medidas de controle ambiental,
segundo FEPAM (Conceitos Jurídicos vol.t 2006 a).
São três as modalidades de licenciamento ambiental expedidos pela
FEPAM: a LP que se trata da licença prévia na fase preliminar de planejamento
do empreendimento, a LI que autoriza a instalação do empreendimento, conforme
as especificações constantes nos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo medidas de controle ambiental e por último a LO que autoriza a
operação das atividades, após verificação do efetivo cumprimento do que consta
nas licençasanteriores (FEPAM 2006 a, Conceitos Jurídicos voI.1).
Na realidade são normas, regras pré-estabelecidas levando em conta a
defesado meio ambienter que deverão ser respeitadaspelo empreendedor,sob
•..
••
28
. " pena do não cumprimento ter sua licença não autorizada e ou punições dentro da
lei ambiental.
Para a solicitação da retomada das atividades de extração de granito,
• operada pela empresa BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, que se encontra
desativada desde 1995, existiu a atuação da ABG.
A pedreira está situada ao longo da estrada que liga a BR 386, à localidade
de Cruz das Almas, no município de Eldorado do SullRS, em uma área de 50 ha,
" sendo 2,5 ha destinado à lavra propriamente dita e o restante da área para as..estruturas de apoio.
O objetivo do empreendimento é produzir agregados para a recuperação e
melhoria na pavimentação da rodovia BR 290. A operação se justifica pela
qualidade da rocha local, sendo compatível com as exigências tecnológicas
requeridas nas obras envolvidas, bem como pela proximidade das duas rodovia
citadas.O empreendimento, portanto fica no centro geográfico da concessão.
A vistoria teve o intuito de verificar as condições da área da pedreira para
extração, presença de lavra (granito), as condições e estado do solo, topografia
(meio físico) e a flora e fauna presente (meio biótico). Os dados são apresentados
um Relatório de Controle Ambiental (RCA) e no Plano de Controle Ambiental
(PCA). Os dados obtidos neste monitoramento permitem indicar as áreas mais
sensíveis, passíveis de medidas mitigadoras e compensatórias para recuperação
e conservação ambiental. Elaborou-se um plano de controle e monitoramento
ambiental, além, ae u~ cronograma de atividades.
5.4.b. MATERIAL E MÉTODO
..•
Para a formulação do laudo, com o intuído receber a liberação para
retomada das atividades na pedreira, realizou-se uma saída de campo no dia 02
de agosto de 2006 em tempo integral.Foi feita uma auditoria ambiental na área,
pela equipe técnica da ABG Engenharia e Meio Ambiente, formada pela bióloga
Daisy Bessa, a acadêmica de biologia Janice Fornari e a estagiária de agronomia
LucianaZwetsch.
A vistoria foi realizada para identificação da vegetação presente na área,
avaliar os impactos ambientais existentes e indicar a possibilidade de extração de
granito.
'1~
t.
.•.
29
...Foram determinadas as coordenadas com o GPS e fotos da área da
pedreira, percorrendo-a em toda sua extensão. A partir dos dados foi elaborado
um plano de recuperação, como medida compensatória, de acordo com o avanço
da lavra. As medidas de recuperação englobam o planejamento da conformação
da topografia final, a revegetação e manutenção da área, o controle dos
processos erosivos, que por ventura venha a ocorrer, além, da reestruturação do
solo, e a correção da sua fertilidade.
A auditoria para diagnóstico ambiental foi realizada em saída de campo, na
área do empreendimento da pedreira BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, que
realiza a extração de minerais de classe \I extração de granito para brita, em uma
área de avanço de lavra de 50.000 m2•
A vistoria realizou-se com intuito de verificar as condições da área,
identificar os impactos ambientais significativos existentes, para vida útil do
empreendimento.
A área da mineradora está inserida na bacia hidrográfica do Delta do Jacuí.
O clima da região do empreendimento pode ser caracterizado como subtropical
úmido, (cfa) conforme Koeppen.
Os solos encontrados na reglao são argissolo, que geralmente são
profundos a muito profundos e bem drenados. Os argissolo ocorrem em relevo
suave ondulados, até fortemente ondulados(Strack et aI 2002) Na área do
empreendimento em questão ocorre o Argissolo-Vermelho-amarelo distrófico
típico (Unidade Camaquã). Segundo as práticas conservacionistas são solos com
limitação moderada quanto à suscetibilidade à erosão e necessitam, para sua
conservação, de medidas mais intensivas, incluindo prática de engenharia de solo
e água (sistema de drenagem, terraço de base larga e base estreita, terraços com
canais largos e diques).
..
5.4.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Devido a alterações ambientais decorrentes do intenso uso do solo para
fins de extração mineral, comprometeu-se tanto a flora como a fauna, uma vez
que a retirada da vegetação causou interferência direta no ecossistema da área.
A metodologia de inventário utilizada foi à observação direta a campo. Os
registros foram realizados em caminhadas aleatórias na área de influência do
30
..
empreendimento. Observou-se no momento da visita que a fauna é muito pobre,
de baixa intensidade e densidade. Avistou-se quero-queros (Vanellus chilensis)
da família Charadriidae e o anú (Crotophagaanis) da família Cucudae.
A flora da área de influência direta do empreendimento possui elementos
típicos da estepe estacionai, como vassoura-vermelha (Dodonea viscosa),
.•.Dentre essas espécies deve-se ressaltar a importância do uso do milheto
como incremento de nutrientes ao solo pela adubação verde, bem como ao uso
da pangola.
Além das espécies indicadas na tabela 2 recomenda-se que, dentro do
possível, sejam coletadas mudasl sementes de espécies herbáceas nativas
(campo nativo) na área de entorno das áreas degradadas, utilizando-as nas áreas
a serem revegetadas. Dentre essas espécies nativas destacam-se o Paspalum
t.
4
34
..,
sp., O capim pluma (Erianthus sp.), o Andropogon laterallis e o pega-pega
(Desmodium incanum).
De acordo com a disponibilidade e a qualidade das mudas de espécies
arbóreas e arbustivas nativas na região, a composição vegetal pode ser alterada,
mas observando-se a proporção de grupo de espécies 50% de espécies pioneiras
40% de espécies oportunistas e 10% de clímax, e prioridade às espécies
pioneiras, frutíferas e melíferas.
Na tabela 4 as espécies arbustivas e arbóreas recomendadas para o
plantio...
Tabela 4. Espécies arbustivas e arbóreas indicadas para a revegetação.
Nome científico Nome comum Classificação
Fícus organensis Figueira-da-folha-miuda F-P-C
Cupania vemalis Camboatá-vermelho F-M-P-C
Eugenia uniflora Pitangueira F-P-C
Psidium cattleyanum Araçá F-N-P
Rapanea umbellata Capororoca F-P
Vitex megapotamica Tarumã F-P-C
Tabebuia chrysotricha Ipê-amarelo P
Myrcia rostrata Cambuí F-P
Nectandra lanceolata Canela-amarela F-P-C
Peltophorun dubium Canafístula P-C. .Legenda: F- Frutífera; M- Melífera; P - Pioneira; C- Clirnácica: N -
Nectarífera
5.4.d. CONSIDERAÇOES FINAIS...
As condições ambientais da área de influência direta do empreendimento
sofreram alterações tanto na vegetação como no solo, devido ao mau uso de
operaçãoe o abandono por tantos anos.
No entanto os impactos não podem ser considerados de grande
magnitude, pelo fato de serem reversíveis, além de se localizar em uma área que
já estava anteriormente alterada pela agricultura. Com a implantação de um
35
projeto de recuperação ambiental, para recuperar as áreas já degradadas da
.; pedreira, e da exploração futura da lavra existente no local o ambiente no geral
terá estabilidade.
Foi verificada a possível exploração da lavra, se realizando conjuntamente
os projetos de recuperação necessários.
Nesta auditoria técnica para o licenciamento, participei desde o início das
atividades, pois foi um projeto iniciado quando já era estagiária na empresa ABG...\..
5.4.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 1: cava da pedreira com formação de um Figura 2: Área de preservação - mata nativa.lago.
Figura 3: Material da extração. Figura 4: Vegetação predominante na área dapedreira .
...
L I(
.~.,.
lI
•t,II,
I•II
..
36
<, 5.5. AUDITORIA AMBIENTAL, FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE
; TRANSPLANTE DE ESPÉCIES DE VEGETAIS NA PEDREIRA ERGO S\A
UNIDADEMORROALTO MAQUINÉ;
.• 5.5.a. INTRODUÇÃO
..O município de Maquiné é situado na região litoral norte do Rio Grande do
Sul. Faz limite ao leste com os municípios de Três Cachoeiras, Arroio do Sal e
Oceano Atlântico, ao sul com Capão da Canoa e Terra de Areia, a oeste com Itati
e a norte com Três Forquilhas, Itati; Três Cachoeiras.
A área em questão é a da pedreira Morro Alto, uma unidade de
propriedade da empresa Ergo S\A, situada na rodovia BR 101, quilômetro 75 na
localidade de Morro Ato e com a área útil de 12 hectares.
O objetivo era de verificar o pós-manejo de um jerivá (Syagrus
romanzoffiana) transplantado da área de avanço de lavra, para a área de
bordadura da mata nativa entorno da pedreira, que é preservada, além, do plantio
de 240 mudas de espécies arbóreas nativas da região, em área de 8.000 m2,
próximo à base do talude norte, após a deposição do solo.
5.5.b. MATERIAL E MÉTODO
.•.Foram realizadas vistorias nos dias 04 de julho e 24 de agosto de 2006 em
tempo integral. A equipe técnica da ABG destacada para a atividade em questão
foi: Fábio Antônio Rodrigues acadêmico de agronomia, Janice Fornari acadêmica
de biologia, Luciana Zwetsch estagiária de agronomia e Mariana Kappel
acadêmicade biologia.
No dia 04 de julho de 2006 determinaram-se as coordenadas com GPS de
toda a área e foi realizado o transplante de uma unidade de jerivá (Syagrus
romanzoffiana), situado no setor de áreas de avanço da lavra, para a bordadura
••
37
..
da mata nativa, que é preservada e existiu a orientação quanto ao seguimento
das atividades.
O transplante foi realizado nas seguintes etapas: executou-se poda de
limpeza dos galhos secos, mal localizados e fracos (a atividade de poda foi
executada observando-se as técnicas básicas, com uso de ferramentas
apropriadas e por pessoal treinado); escavação do solo em forma de trincheira em
toda a volta da árvore (seguindo-se as seguintes medidas mínimas: diâmetro de
torrão = 8 x DAP, profundidade = 4 x DAP); colocou-se no fundo da cova uma
quantidade de terra suficiente para que uma vez colocado o torrão na cova a
superfície do mesmo fique no nível do terreno em volta; o jerivá retirado foi
acondicionado e transplantado por caminhão até a área de bordadura da mata
nativa, que será preservada; na sustentação foram utilizadas estacas.
Os funcionários da pedreira estão encarregados de monitorar o jenva
transplantado semanalmente, e fazer a irrigação que é necessária nos primeiros
60 dias diariamente, sendo em dias alternados até completar 120 dias e ainda
duas vezes por semana até os 180 dias; todas estas indicações foram
transmitidas no momento da atividade de transplante.
Na mesma vistoria foi indicado o plantio de mudas de nativas e herbáceas
de cobertura em locais pré-determinados, cuja execução ficou por conta dos
funcionários da ERGO. O plantio indicado foi de 240 mudas de nativas arbóreas à
serem plantadas numa área de 800m2, próximo a base do talude norte, após a
deposição do soro e.~ plantio das espécies arbóreas nativas: cedro, cerejeira,
pitanga, ipê, araçá e arroeira - vermelha, seguindo as recomendações técnicas do
plano de recuperação do talude remanescente da cava.
Na vistoria do dia 24 de agosto 2006, foi verificado o estado fitossanitário
do jerivá transplantado anteriormente, para descrição do relatório a FEPAM e feito
também o registro fotográfico, bem como, as vistorias do estado das mudas de
espécies nativas e herbáceas de cobertura que deveriam ser plantadas em locais
pré-determinados, além de e monitorar o andamento do trabalho ambiental.
Constado que o jerivá apresentava uma injúria no tronco, foi indicada a aplicação
de calda bordaleza no local.
CALDA BORDALEZA
Colocar 100 gramas de sulfato de cobre em um saco de pano e pequeno,
mergulhar o saco contendo o sulfato de cobre em cinco litros de água quente,
...
I .{ '1
38
. "•.... deixando de molho por 24 horas, dissolver 100 gramas de cal virgem de boa
: qualidade em cinco litros de água, que devem ser despejadas sobre o produto;-,despejar a solução de sulfato de cobre sobre a solução de cal, misturando bem
• com um bastão; coar a mistura e despejar no pulverizador para aplicação.
,. 5.5.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES.,..
f.
Foram obedecidas as normas ambientais, para realização de remoção
manejo e transplante de árvores nativas bem como o plantio de espécies nativas
em áreas degradadas. O jerivá foi retirado da área de avanço da lavra e levado
para a área de bordadura da mata nativa preservada com sucesso.
Na vistoria realizada no dia 24 de agosto 2006 foi constado que o jerivá
apresentava uma injúria no tronco, devido à presença de formigas no interior da
casca. Apesar da injúria o jerivá está com bom desenvolvimento. A
recomendação, a fim de evitar maiores danos é a aplicação de calda bordaleza no
local injuriado. Sobre o plantio das 240 mudas arbóreas nativas indicadas, foi
verificado que se encontravam em solo pobre, no meio a grande quantidade de
rejeitos da pedreira (granito), não sendo utilizado o solo do horizonte A, que é o
material de melhor qualidade em relação a matéria orgânica. O solo se
encontrava desparelho e sem cobertura e o estado de desenvolvimento das.mudas não era, bom. Além disso, não se verificou o plantio de herbáceas nas
encostas dos taludes para cobertura e proteção do solo. A nativa mais plantada
foi o cedro, havendo também algumas mudas de ipê, araçá, ingá, pitanga e
aroeira - vermelha. O plantio foi realizado em três áreas distintas no entorno da
pedreira:a primeira área localizada próximo ao escritório, a segunda área próxima
à bacia de drenagem (lago) e a última área de plantio na base do talude norte....
39
<o 5.5.d. CONSIDERAÇÓES FINAIS
São cuidados que se dever ter após o transplante do jerivá: nunca deixar
de irrigar, obedecendo às normas estabelecidas, tratar a injúria aplicando calda
bordaleza e monitorar o desenvolvimento da árvore. Além de manter os tutores
~. firmes aos vegetais, com revisão semanal ou sempre que houver algum evento
., que justifique maior atenção; realizar controle de pragas por iscas atrativas,
, repelentes ou catação no caso de ataques menores; evitar o acesso de animais e
a passagem de veículos. Como também fazer uma cobertura do solo e dos
taludes com espécies herbáceas rasteiras, de maneira correta. Recomenda-se
retirar os rejeitos e colocados em áreas apropriadas e colocar uma nova camada
de solo de melhor qualidade no local onde foram plantadas as árvores nativas e
cuidar da irrigação; pois o solo além de pobre tem alta permeabilidade não
retendo água, devido grande quantidade de rejeitos, o que prejudicial em períodos
de estiagem.
5.5.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.
.-.
-...---------------------------------.,
Figura 3: Jerivá transplantado .
.,
40
Figura 5: Plantio de arbóreas para recuperação Figura 6: Muda de arbóreas entre grandedo talude. quantidade de rejeitos.
Figura 7: Plantio de arbóreas no talude superior. Figura 8: Ausência de herbáceas paracobertura das encostas dos taludes.
5.6. PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO DEEXTRAÇÃO DE AREIA E ARGILA DA MAC ENGENHARIA Ltda, NOMUNICiplO DE TERRA DE AREIA, IMPLANTAÇÃO DE DIAGNÓSTICO
.: AMBIENTAL
5.6.a. INTRODUÇÃO
A implantação deste diagnóstico ambiental tem como objetivo viabilizar a
solicitaçãode Licença Prévia (L. P.), para extração de areia e argila, no município
I:í~\'--------------------
, f.
...
41
de Terra de Areia, cujo empreendedor é Mac Engenharia Ltda. A jazida em
estudo está localiza-se a 500 metros a oeste deste município, no sentido da
localidade do Espigão. A área em que será instalada a jazida corresponde a 5,48
hectares.
. .
o objetivo principal da empresa é a extração de areia e argila, que serão
utilizadas na construção da Estrada Rota do Sol, no trecho entre Terra de Areia e
Curumim.
Ao nordeste da área está o Morro do Espigão que serve de divisor de
águas, entre os afluentes que escoam suas águas para Lagoa dos Quadros e os
do sul que escoam para Lagoa de Itapeva. As águas que escoam da borda norte
do Morro do Espigão se dirigem pela drenagem natural até o Arroio Bonito, daí
para o Rio Três Forquilhas, que lança suas águas na Lagoa Itapeva. As águas
que escoam da borda sul do Morro do Espigão originam as nascentes do Arroio
Sanga Funda, que deságua na porção norte da Lagoa dos Quadros.
Na área do empreendimento existe um banhado natural, com
aproximadamente 273 m2. Ocorrem duas unidades de mapeamento distintas, na
área do empreendimento, originados sedimentos diferentes e materiais rochosos.
O primeiro solo de ocorrência é um Neossolo, pertencente à Unidade de Osório.
São considerados solos novos e pouco desenvolvidos, constituídos de uma
textura arenosa e originada de sedimentos inconsolidados, que fazem parte da
Planície Costeira e.eão os que ocorrem na maior parte da propriedade. O.segundo solo de ocorrência é um Chernossolo, pertencente à Unidade Ciríaco,
originados da alteração do basalto proveniente da Serra do Mar, que são
depositados nas encostas dos morros. São solos escuros com alta fertilidade
química,( Stracck et ai 2002).
A área situa-se no sopé da escarpa do planalto da Serra Geral, com
altitude máxima de 63 metros. Possui clima temperado, com as quatro estações
do ano bem definidas.
A vegetação original da área em que será instalado o empreendimento é
caracterizada pela presença de elementos pertencentes à floresta ombrófila
densa, também conhecida como floresta da pluvial da encosta atlântica.
,.\, •
42
A reqiao da floresta ombrófila densa estende-se ao longo da costa
atlântica, ocupando as planícies cenozóicas e as áreas de relevo bem dissecado<,
das encostas e escarpas da Serra Geral (RADAM, 1986).
A área em estudo é caracterizada predominantemente pela presença de
vegetação invasora, mas ainda tem exemplares nativos.
Este relatório apresenta as medidas que serão adotadas para recuperação
ambiental das áreas em que será instalado o empreendimento .
. .
5.6.b. MATERIAL E MÉTODO
A equipe da ABG Engenharia que realizou este monitoramento ambiental
foi formada pela bióloga Daisy Bessa, o acadêmico de geografia Daniel Wiegand,
a acadêmica de biólogia Janice Fornari e a estagiária de agronomia Luciana
Zwetsch.
O monitoramento ambiental, com objetivo de obter Licença Prévia (LP)
para extração de areia e argila, que será utilizada na construção da Estrada Rota
do Sol, pela empresa Mac Engenharia Ltda, contou com a avaliação da equipe
técnica da ABG num levantamento de todos os dados do empreendimento, da
área em questão. e em seguida avaliou-se o impacto, com o intuito de realizar o
cronograma de recuperação das áreas degradadas e o projeto de reposição
florestal.
Foi feita a vistoria no empreendimento para levantar dados como:
f. caracterização do meio físico, recursos hídricos, clima, aptidão agrícola etc, além
do reconhecimento de áreas já degradadas. Depois de todos estes dados
coletados foi feito o diagnóstico ambiental e um planejamento, com base nos.•.procedimentos de recuperação de áreas degradada como: regularização da
topografia; reestruturação do solo, correção de sua fertilidade; implantação de
espécies vegetais herbáceas e espécies arbustivas e arbóreas para controle dos
processos erosivos, como também a semeadura e plantio para a proteção das
áreas.
43rtf É feito um cronograma de atividades de recuperação ambiental e será~ ..~ mantido um monitoramento periódico para acompanhar a implantação das
<,
medidas.
5.6.c. RESULlADOS E DISCUSSÕES
• < A área da jazida da empresa Mac Engenharia Ltda corresponde a 5,48
hectares para extração de areia e argila, que serão utilizadas num trecho da
Estrada Rota do Sol.
O banhado natural, com tamanho de 273 m2 está dividido em duas partes,
por taipas, implantadas pelo proprietário. Uma é a Área de Proteção Permanente
(APP) do empreendimento, a nordeste encontra-se um recurso hídrico superficial
com cota de mais ou menos 4 metros em relação à área da jazida, com
aproximadamente dois metros de largura, apresentando exemplares de mata
nativa em estágio avançado de regeneração, a área de preservação deverá ter
em torno de 50 metros.
Existem duas unidades distintas de solo na propriedade, a maior parte é a
de Neosso Quartzarênico ortico, osegundo solo é denominado de Chernossolo
Argilúvico férrico típico.(Streck et aI, (2002).
Quanto à. aptidão agrícola dos solos, pode-se dizer que o Neossolo.Ouartzarêruco ortíco' típico, constituem ambientes muito frágeis, altamente
suscetíveis à erosão eólica e hídrica e deve ser manejado com cautela. É
importante evitar pisoteio excessivo no caso de pastagem. Apresenta boa aptidão
para reflorestamento, podendo também ser usado para fruticultura. Já o