Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. CNPJ: 79.655.916/0001-30 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Colocamos à disposição de V.S.as o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. 1. CAPITALIZAÇÃO A Cecrisa, uma das líderes do setor de revestimentos cerâmicos, com o objetivo de melhorar sua estrutura de capital e implementar um substancial plano de crescimento, decidiu realizar uma operação de capitalização mediante investimento do grupo Vinci Partners. A operação ocorreu em Julho e compreendeu o aporte de R$ 200 milhões da Vinci Partners na Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A., assim como a aquisição de uma parte das ações dos controladores originais. Após a conclusão destas operações, a Vinci Partners passou a deter 70% do capital da Companhia. O corpo executivo foi mantido, enriquecido por quadros da gestão do novo sócio. A nova sociedade produzirá significativos impactos para o setor de revestimentos cerâmicos brasileiro, com benefícios extensivos aos acionistas originais, aos novos acionistas, a clientes, fornecedores, profissionais e comunidades nas quais está inserida. Esta capitalização trouxe efeitos positivos relevantes ainda em 2012, entre os quais destacam-se: (a) Geração de lucro líquido em todos os meses do 2º semestre; (b) Redução da dívida líquida em 33%; (c) Redução da participação da dívida líquida sobre o EBITDA em 1,9PP; (d) Redução do custo médio da dívida de 18,25% a.a. para 9,25% a.a. 2. DESEMPENHO E LUCRATIVIDADE A receita líquida consolidada para os mercados, nacional e internacional em 2012, foi de R$ 598,2 milhões, superando em 6,7% os R$ 560,5 milhões de 2011. No mercado interno a receita líquida foi de R$ 562,8 milhões (crescimento de 6,3% em relação a 2011), principalmente pela estratégia de valorização do mix de produtos comercializados. No mercado internacional, alcançou uma receita líquida de US$ 18,1 milhões, apresentando um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. Os produtos foram comercializados para mais de 50 países. O resultado líquido consolidado da Companhia em 2012 foi de R$ 242,7 milhões de prejuízo, contra um resultado negativo de R$ 34,8 milhões em 2011, como reflexo da redução ao valor recuperável do ativo imobilizado (impairment) de R$ 121.507 (líquido de impostos) e da retirada de ativos que não integraram a negociação entre Vinci Partners e a família Freitas, quais sejam: 446,5 455,5 498,9 560,5 598,2 2008 2009 2010 2011 2012 Receita Líquida (R$ Milhões)
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Senhores Acionistas: Colocamos à disposição de V.S.as o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. 1. CAPITALIZAÇÃO A Cecrisa, uma das líderes do setor de revestimentos cerâmicos, com o objetivo de melhorar sua estrutura de capital e implementar um substancial plano de crescimento, decidiu realizar uma operação de capitalização mediante investimento do grupo Vinci Partners. A operação ocorreu em Julho e compreendeu o aporte de R$ 200 milhões da Vinci Partners na Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A., assim como a aquisição de uma parte das ações dos controladores originais. Após a conclusão destas operações, a Vinci Partners passou a deter 70% do capital da Companhia. O corpo executivo foi mantido, enriquecido por quadros da gestão do novo sócio. A nova sociedade produzirá significativos impactos para o setor de revestimentos cerâmicos brasileiro, com benefícios extensivos aos acionistas originais, aos novos acionistas, a clientes, fornecedores, profissionais e comunidades nas quais está inserida. Esta capitalização trouxe efeitos positivos relevantes ainda em 2012, entre os quais destacam-se:
(a) Geração de lucro líquido em todos os meses do 2º semestre; (b) Redução da dívida líquida em 33%; (c) Redução da participação da dívida líquida sobre o EBITDA em 1,9PP; (d) Redução do custo médio da dívida de 18,25% a.a. para 9,25% a.a.
2. DESEMPENHO E LUCRATIVIDADE A receita líquida consolidada para os mercados, nacional e internacional em 2012, foi de R$ 598,2 milhões, superando em 6,7% os R$ 560,5 milhões de 2011. No mercado interno a receita líquida foi de R$ 562,8 milhões (crescimento de 6,3% em relação a 2011), principalmente pela estratégia de valorização do mix de produtos comercializados. No mercado internacional, alcançou uma receita líquida de US$ 18,1 milhões, apresentando um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. Os produtos foram comercializados para mais de 50 países. O resultado líquido consolidado da Companhia em 2012 foi de R$ 242,7 milhões de prejuízo, contra um resultado negativo de R$ 34,8 milhões em 2011, como reflexo da redução ao valor recuperável do ativo imobilizado (impairment) de R$ 121.507 (líquido de impostos) e da retirada de ativos que não integraram a negociação entre Vinci Partners e a família Freitas, quais sejam:
446,5 455,5498,9
560,5598,2
2008 2009 2010 2011 2012
Receita Líquida(R$ Milhões)
(a) investimento na Cecrisa S.A Pisos e Azulejos retirado da Companhia no momento da
capitalização; (b) créditos de ações judiciais que serão retirados da Companhia no momento de sua
realização; e (c) jazidas minerais que serão transferidas quando o direito de lavra for substituído no DNPM.
3. DESEMPENHO INDUSTRIAL Foram produzidos 22,2 milhões de m², apresentando redução de 13,3% sobre o ano de 2011, com um mix de produtos de maior valor agregado, o que reduz em parte a capacidade nominal de produção. Com o objetivo de aumentar a eficácia operacional, além da capacidade de produção em grandes formatos, a Companhia realizou vários investimentos em equipamentos de tecnologia de ponta durante o ano de 2012. 4. MARKETING A Cecrisa participa das principais feiras do segmento de revestimentos cerâmicos, a fim de promover o lançamento de produtos, apresentar tecnologias e prospectar novas parcerias. Dentre as ações realizadas pela Companhia em 2012 destacam-se:
♦ Participação como expositora da feira internacional CERSAIE (Bologna-Itália); ♦ Participação como expositora da feira internacional CEVISAMA (Valência-Espanha); ♦ Participação como expositora da feira internacional COVERINGS (Orlando-EUA); ♦ Participação como expositora na REVESTIR – Feira Internacional da Indústria da
Construção (São Paulo-SP); ♦ Apoiador da Mostra Artefacto com exclusividade no Rio de Janeiro.
5. INOVAÇÃO E DESIGN Durante o ano de 2012 foram lançadas 10 coleções entre porcellanatos, paredes e vidros da marca Portinari. Outras 8 coleções de porcellanatos e 1 coleção de parede tiveram upgrade com novos formatos e cores, representando uma renovação de aproximadamente 42% do portfólio de porcellanatos e paredes grandes formatos. 6. PRÊMIOS A Companhia, durante o ano de 2012, devido ao comprometimento do time de colaboradores, ao bom relacionamento com os clientes e comunidade em geral, aliado com o compromisso social e sustentável foi premiada em diferentes segmentos, dentre os quais destacamos:
• Revista Exame: Maiores e Melhores de 2012 - A Cecrisa está pela quarta vez consecutiva na Revista "Exame Maiores e Melhores" - como a maior empresa de revestimentos Cerâmicos do País. No guia que aponta as mil maiores do Brasil, a Cecrisa aparece na posição 663ª.
• Revista Exame: 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar. Revista Você S/A -
Exame. Pela sexta vez consecutiva a Cecrisa é eleita uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, pelo Guia Você S/A Exame. Entre as empresas analisadas é novamente a única do setor cerâmico.
• Revista Amanhã – Maiores do Sul: A Cecrisa ficou na 141ª posição num ranking entre as 500 maiores empresas do sul do Brasil.
• Prêmio Expressão de Ecologia – 19ª edição – A Cecrisa ganhou o Troféu Onda Verde
com o case: sistema de aproveitamento do calor dos fornos para secagem das peças cerâmicas, na categoria conservação de insumos de produção – energia.
7. GERAÇÃO DE CAIXA A geração de caixa das atividades operacionais recorrentes (Ebitda) da Companhia em 2012 foi de R$ 92.612 mil (inferior a de 2011 em 13,6%). O Ebitda foi negativamente afetado por diferentes atividades vinculadas a restruturação da Companhia.
2012 2011
Receita líquida de vendas 598.245 560.520
Lucro bruto 188.715 197.142
(-) Despesas operacionais (110.566) (110.483)
Lucro operacional antes do resultado financeiro 78.149 86.659
(+) Depreciação/Amortização 14.463 20.499
(=) Ebitda ajustado 92.612 107.158
Consolidado
8. BALANÇO SOCIAL Dentre as ações realizadas pela Companhia em 2012, destacam-se: a) Recursos humanos A política de recursos humanos levou a Companhia pela sexta vez consecutiva à conquista do prêmio “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar”, Revista Você S/A – Exame, destacando ser a primeira e única empresa do segmento cerâmico a receber este prêmio. Durante o ano de 2012 a Companhia investiu em 25.355 horas em treinamento de seus 2.250 profissionais. Estes investimentos foram realizados para capacitação profissional. b) Relações com a comunidade A Cecrisa participa ativamente da vida da comunidade, através de apoio aos esportes, às atividades culturais e de lazer e a projetos de restauração urbanística e de escolas. Entre as ações comunitárias envolvendo a Cecrisa, estão:
♦ Patrocínio ao esporte amador, através da Fundação Municipal de Esportes de
Criciúma. O Campeonato, chamado de Taça Cecrisa, está em sua 20ª edição - 2012, e vem sendo considerada pela crítica esportiva como o maior campeonato de futebol amador do sul do país.
♦ Auxílio financeiro mensal ao grupo Desafio Jovem, clínica de reabilitação para
dependentes químicos de Criciúma.
♦ Auxílio financeiro mensal ao Bairro da Juventude, entidade que atende 1.300 crianças, adolescentes e adultos de famílias de baixa renda e/ou desestruturadas, no município de Criciúma – SC.
♦ Auxílio financeiro mensal à Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade formada
por voluntárias que realizam trabalho de prevenção ao câncer, com orientações, aconselhamentos e exames de laboratório.
♦ Auxílio financeiro mensal à Ceres - Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental,
que realiza atendimentos psicoterapêuticos em grupo à população carente de Criciúma e região.
♦ Auxílio financeiro mensal ao Asilo São Vicente de Paulo, de Criciúma (SC).
♦ Auxílio financeiro mensal à Academia Criciumense de Letras.
♦ Campanhas desenvolvidas voluntariamente pelos profissionais da empresa para
doação de brinquedos, roupas e alimentos para as comunidades carentes e entidades assistenciais.
♦ Atendimento sistemático a acadêmicos de cursos técnicos, graduação e
especialização, fornecendo informações sobre a empresa e apoio em pesquisas. c) Meio ambiente
O respeito ao meio ambiente é um compromisso e um dos valores da Companhia.
Produzir equilibrando as dimensões econômicas, sociais, e ambientais sem agredir a natureza, integrando produtividade com cumprimento às legislações ambientais vigentes, além do incremento de ações efetivas que preservem o patrimônio natural e as fontes de recursos não renováveis são ações que traduzem a consciência ecológica da Companhia.
Entre as principais ações realizadas no ano de 2012, destacam-se:
♦♦♦♦ Aperfeiçoamento do programa de gerenciamento de resíduos; ♦♦♦♦ Treinamento de brigadas de emergência e realização de simulados; ♦♦♦♦ Monitoramento das emissões atmosféricas, recursos hídricos e recursos naturais
evitando impactos à circunvizinhança; ♦♦♦♦ Trabalhos incisivos para o reaproveitamento de materiais e redução do consumo
energético; ♦♦♦♦ Realização de treinamentos referentes ao meio ambiente para os profissionais; ♦♦♦♦ Realização de campanhas ambientais internas e externas; ♦♦♦♦ Aplicação permanente dos dispositivos de gestão ambiental baseados na NBR ISO
14.001; ♦♦♦♦ Vistorias periódicas em jazidas de fornecedores de matérias primas; ♦♦♦♦ Manutenção da certificação LEED para construções sustentáveis.
A Companhia demonstra o compromisso com o meio sócio-econômico ambiental,
respaldada nos seus valores e na responsabilidade frente ao mercado, clientes e comunidade.
A ADMINISTRAÇÃO
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A.
Balanços patrimoniais
em 31 de dezembro de 2012 e 2011
(Em milhares de reais)
Ativos Nota 2012 2011 2012 2011
Caixa e equivalentes de caixa 4 51.054 44 51.098 54
Captações de empréstimos 316.872 355.047 319.599 357.782
Amortização e juros de empréstimos (447.068) (316.961) (449.523) (319.475)
Captação com Debêntures 89.004 - 89.004 -
Amortização e juros de Debêntures (2.043) - (2.043) -
Aumento de capital 200.000 - 200.000 -
Operações com partes relacionadas - - (2.082) (10.015)
Recursos líquidos provenientes das atividades de financiamento 156.766 38.086 154.955 28.292
Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa 51.010 (5.268) 51.044 (5.454)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 44 5.312 54 5.508
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 51.054 44 51.098 54
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2012 e 2011
Notas explicativas às demonstrações financeiras
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1 Contexto operacional A Companhia e suas controladas têm por objetivo a fabricação e comércio de revestimentos
cerâmicos, tais como, azulejos, pisos esmaltados e porcelanato, bem como seus componentes e
acessórios.
A Companhia está localizada na Av. Manoel D. Freitas, 1001, Próspera, Criciúma - SC, e possui
cinco unidades industriais, sendo: três em Santa Catarina, uma em Goiás e uma em Minas Gerais.
a. Capitalização A Cecrisa, com o objetivo de melhorar sua estrutura de capital e implementar um substancial
plano de crescimento, decidiu realizar uma operação de capitalização mediante investimento do
grupo Vinci Partners. A operação ocorreu em julho e compreendeu o aporte de R$ 200.000 do
fundo de investimento gerido pela Vinci Partners na Cecrisa, assim como a aquisição de uma
parte das ações dos controladores originais. Após a conclusão destas operações, o fundo da Vinci
Partners passou a deter 70% do capital da Companhia.
A operacionalização da capitalização ocorreu através de um contrato de subscrição e compra e
venda de ações, assinado em 28 de maio de 2012, que contemplou um aumento de capital da
Companhia, mediante a emissão de 1.215.503 novas ações ordinárias nominativas e sem valor
nominal, pelo valor total de R$200.000, dos quais R$ 105.738 foram destinados para aumento de
capital social da Companhia e R$ 94.262 foram destinados a conta de reserva de ágio na emissão
de ações. As ações foram totalmente subscritas por Waterloo Empreendimentos e Participações
S.A., que tem como acionista a Vinci Capital Partners II D Fundo de Investimento em
Participações. A Companhia e suas controladas participaram do contrato de compra e venda
como intervenientes.
Durante as negociações a Vinci Partners e os acionistas originais definiram quais ativos não
fariam parte da negociação, quais sejam:
i. investimento na Cecrisa S.A. Pisos e Azulejos, que posteriormente foi utilizado para resgatar as
ações preferenciais da Companhia de posse dos acionistas originais no montante de R$ 28.258.
ii. crédito de ação judicial contra a Celesc no montante de R$ 2.783 que será retirado da Companhia
e crédito de ação judicial contra a Eletrobrás de R$ 10.604 que será retirado de sua subsidiária
integral Cerâmica Portinari S.A. no momento de sua realização. O resultado da Companhia já
reflete a provisão constituída para esta transferência.
iii. jazidas minerais no montante de R$ 33.703 que serão retiradas da Companhia e de R$ 55.066 que
serão retiradas de sua subsidiária integral Cerâmica Portinari S.A. totalizando o valor de
R$88.769 nas demonstrações consolidadas, quando o direito de lavra for substituído no DNPM
para os acionistas originais, pelo valor de R$100 (cem reais) por jazida, conforme definido no
contrato de subscrição e compra e venda de ações citado acima. O resultado da Companhia já
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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2012 e 2011
reflete a provisão constituída para esta transferência.
b. Equilíbrio financeiro No decorrer do ano de 2012 ocorreram fatos importantes para o atingimento do equilíbrio
financeiro da Companhia, com destaque para a capitalização, no valor de R$ 200.000, ocorrida
em julho e pela emissão de debêntures não conversíveis em ações, no valor de R$ 90.000,
ocorrida em setembro. Como conseqüência, a Companhia reverteu a situação de capital circulante
líquido negativo em 2012 e projeta uma alavancagem operacional para os próximos anos.
2 Base de preparação As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas de acordo com as
práticas contábeis brasileiras (BR GAAP).
A emissão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas foi autorizada pelo Conselho
de Administração em 29 de abril de 2013.
a. Base de mensuração As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo
histórico.
b. Moeda funcional e de apresentação Essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em Real, que é a
moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram
arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.
c. Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as normas
CPC (Comite de Pronunciamentos Contábeis) exige que a Administração faça julgamentos,
estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de
ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados finais podem divergir dessas estimativas.
Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem
como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações
financeiras consolidadas, estão divulgadas nas notas explicativas nº 9 imposto de renda e
contribuição social diferidos, nº 18 ativos e passivos contingentes e estimativa de vida útil, valor
residual e impairment do imobilizado e intangível.
d. Reclassificações e ajustes às demonstrações financeiras comparativas As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011,
originalmente emitidas em 15 de maio de 2012, estão sendo reapresentadas, em conformidade
com o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, em
decorrência do reconhecimento da perda na recuperação de ativos, em conformidade com o CPC
01.
A Companhia, em função da não recuperabilidade dos saldos de mútuo e debêntures a receber de
partes relacionadas, efetuou a provisão para perda desses ativos. Em atendimento ao CPC 23, a
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Companhia apresentou o efeito dessa baixa de forma retroativa para o exercício findo em
31.12.2011.
Abaixo demonstramos um resumo das demonstrações financeiras originalmente apresentadas,
Outras despesas (50.777) - (50.777) (56.920) (194.737) (251.657)
Resultado do exercício (34.758) (194.737) (229.495
) (34.758) (194.737) (229.495)
3 Principais políticas contábeis As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a
todos os exercícios apresentados nessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
a. Base de consolidação
i. Controladas As demonstrações financeiras de controladas são incluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas a partir da data em que o controle se inicia até a data em que o controle deixa de
existir. As políticas contábeis de controladas estão alinhadas com as políticas adotadas pela
Companhia.
Nas demonstrações financeiras individuais, as controladas são avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial.
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ii. Transações eliminadas na consolidação
Saldos e transações entre a Companhia e suas controladas, e quaisquer receitas ou despesas
derivadas destas, são eliminados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas.
Ganhos não realizados oriundos de transações com Companhias investidas registradas por
equivalência patrimonial são eliminados contra o investimento na proporção da participação nas
investidas. Prejuízos não realizados são eliminados da mesma maneira como são eliminados os
ganhos não realizados, mas somente até o ponto em que não haja evidência de perda por redução
ao valor recuperável.
b. Moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira são convertidas para a respectiva moeda funcionais das
entidades da Companhia e suas controladas pelas taxas de câmbio nas datas das transações.
Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data de
apresentação são reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio apurada naquela data. O
ganho ou perda cambial em itens monetários é a diferença entre o custo amortizado da moeda
funcional no começo do período, ajustado por juros e pagamentos efetivos durante o período, e o
custo amortizado em moeda estrangeira à taxa de câmbio no final do período de apresentação. As
diferenças de moedas estrangeiras resultantes na reconversão são reconhecidas no resultado.
c. Instrumentos financeiros
i. Ativos financeiros não derivativos A Companhia e suas controladas reconhecem os empréstimos e recebíveis e depósitos
inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos são reconhecidos
inicialmente na data da negociação na qual a Companhia e suas controladas se tornam uma das
partes das disposições contratuais do instrumento.
A Companhia e suas controladas deixam de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos
contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia e suas controladas
transferem os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro
em uma transação no qual essencialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo
financeiro são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida pela Companhia e
suas controladas nos ativos financeiros são reconhecidos como um ativo ou passivo individual.
Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço
patrimonial quando, somente quando, a Companhia e suas controladas tenham o direito legal de
compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e
liquidar o passivo simultaneamente.
A Companhia e suas controladas têm os seguintes ativos financeiros não derivativos:
empréstimos e recebíveis e mantidos até o vencimento.
Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não
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são cotados no mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de
vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não
circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia e suas controladas compreendem contas
a receber de clientes.
Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de
transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos
pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por
redução ao valor recuperável.
Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com
vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação, os quais são sujeitos
a um risco insignificante de alteração no valor e são utilizadas na gestão das obrigações de curto
prazo.
Ativos financeiros mantidos até o vencimento Caso a Companhia e suas controladas tenham intenção e a capacidade de manter títulos de dívida
até o vencimento, então tais ativos financeiros são classificados como mantidos até o vencimento.
Os investimentos mantidos até o vencimento são reconhecidos inicialmente pelo valor justo
acrescido de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Após seu reconhecimento
inicial, os ativos financeiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado
utilizando o método dos juros efetivos, deduzidos de qualquer perda por redução ao valor
recuperável.
Ativos financeiros mantidos até o vencimento compreendem aplicações financeiras vinculadas a
empréstimos e financiamentos.
ii. Passivos financeiros não derivativos A Companhia reconhece passivos subordinados inicialmente na data em que são originados.
Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na
qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia
baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou
vencidas.
A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos,
financiamentos, debêntures, fornecedores e outras contas a pagar.
Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer
custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são
medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.
iii. Derivativos A Companhia mantém instrumentos financeiros derivativos para proteger suas exposições aos
riscos de variação de moeda estrangeira e taxa de juros.
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Derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo; quaisquer custos de transação
atribuíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. Após o reconhecimento inicial, os
derivativos são mensurados pelo valor justo, e as variações no valor justo são registradas no
resultado do exercício.
d. Contas a receber de clientes São registrados no balanço pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos e
acrescidos das variações monetárias ou cambiais, quando contratadas.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa está constituída com base na análise de risco dos
créditos, que leva em consideração a estatística de perdas no passado e avaliação dos consultores
jurídicos e seu montante é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização de
contas a receber de clientes.
e. Estoques Os estoques são demonstrados ao custo médio de produção, aquisição ou mercado, entre esses o
menor.
O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido
dos custos estimados de conclusão e despesas de vendas.
f. Demais ativos circulantes e não circulantes Os demais ativos circulantes e não circulantes são demonstrados aos valores de custo ou
realização, incluindo, quando aplicáveis, os rendimentos auferidos.
g. Investimentos Investimentos em controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial.
Outros investimentos que não se enquadrem na categoria acima são avaliados pelo custo de
aquisição, deduzidos de perdas por impairment quando aplicável.
h. Imobilizado
i. Reconhecimento e mensuração Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, formação ou construção,
deduzido de depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment)
acumuladas, quando aplicável.
O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos
construídos pela própria entidade inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer
outros custos para colocar o ativo no local e condições necessárias para que esses sejam capazes
de operar de forma pretendida pela administração, os custos de desmontagem e de restauração do
local onde estes ativos estão localizados, e custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.
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Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como
itens individuais (componentes principais) de imobilizado. Ganhos e perdas na alienação de um
item do imobilizado são apurados pela comparação entre os recursos advindos da alienação com
o valor contábil do imobilizado, e são reconhecidos líquidos dentro de outras receitas no
resultado.
ii. Custos subsequentes
Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros
associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos
recorrentes são registrados no resultado.
iii. Depreciação A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor
substituto do custo, deduzido do valor residual.
A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas
úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto
reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Terrenos
não são depreciados.
As vidas úteis estimadas para os bens do ativo imobilizado, para o exercício corrente e
comparativo são os seguintes:
Edifícios 40 anos
Máquinas e equipamentos 15 - 20 anos
Móveis e utensílios 10 anos
Instalações 10 – 15 anos
Veículos 5 anos
Equipamentos de processamento de dados 5 anos
Outros até 20 anos
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada encerramento
de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de estimativas
contábeis.
i. Intangível Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil
definida são geralmente amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de
benefício econômico.
São compostos por:
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i. Marcas e patentes Registrados pelo custo de registro ou de aquisição.
ii. Softwares Registrados pelo custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada
(20% ao ano), a partir da data da sua disponibilidade para uso. Despesas com o desenvolvimento
interno de softwares são reconhecidas como ativo quando é possível demonstrar a intenção e a
capacidade de concluir tal desenvolvimento, registrando os custos diretamente atribuíveis ao
software, que serão amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios
econômicos futuros gerados.
iii. Direitos minerários Os direitos minerários são amortizados com base no método das unidades produzidas.
j. Provisões Uma provisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia e suas
controladas tem uma obrigação legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável,
e é provável que um recurso econômico seja exigido para liquidar a obrigação.
As provisões para perdas prováveis são constituídas com base na opinião dos assessores jurídicos
e são consideradas suficientes para cobrir as perdas estimadas. (nota explicativa nº 18)
k. Redução ao valor recuperável (impairment)
i. Ativos financeiros (incluindo recebíveis) Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data
de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor
recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que
um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda
teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser estimados de uma
maneira confiável.
A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não-pagamento
ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido à Companhia
sobre condições de que a Companhia não consideraria em outras transações ou indicações de que
o devedor ou emissor entrará em processo de falência.
A Companhia considera evidência de perda de valor para empréstimos e recebíveis. Todos os
empréstimos e recebíveis significativos são avaliados quanto à perda de valor específico. Os
recebíveis que não são individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto à perda
de valor por agrupamento conjunto desses títulos com características de risco similares.
Ao avaliar a perda de valor recuperável de forma coletiva a Companhia utiliza tendências
históricas da probabilidade de inadimplência, do prazo de recuperação e dos valores de perda
incorridos, ajustados para refletir o julgamento da administração quanto as premissas se as
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condições econômicas e de crédito atuais são tais que as perdas reais provavelmente serão
maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas.
ii. Ativos não financeiros Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia e sua controladas, que não,
estoques e imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, são revistos a cada data de
apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal
indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado.
Uma perda por redução no valor recuperável é reconhecida se o valor contábil do ativo ou
Unidade Geradora de Calor – UGC exceder o seu valor recuperável.
O valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em uso e o
valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros
estimados são descontados aos seus valores presentes utilizando uma taxa de desconto antes dos
impostos que reflita uma avaliação de mercado atual sobre o período de recuperabilidade do
capital e os riscos específicos do ativo ou UGC. Para testar o valor recuperável, os ativos que não
podem ser testados individualmente são agrupados ao menor grupo de ativos que gera entrada de
caixa a partir de seu uso contínuo e que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de
outros ativos ou UGCs.
Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado.
l. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos O imposto de renda e a contribuição social do exercício correntes e diferidos são calculados com
base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de
R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social
sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de
contribuição social, limitada a 30% do lucro real.
A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda
correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a
menos que estejam relacionados à combinação de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no
patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes.
O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável
do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de
apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação
aos exercícios anteriores.
O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores
contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins
de tributação. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às
diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas até a
data de apresentação das demonstrações financeiras.
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Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar
passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma
autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação.
Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais,
créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados quando é provável que lucros
futuros sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados.
Ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos são revisados a cada data de relatório e
serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável.
m. Demais passivos circulantes e não circulantes Os demais passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidos ou
exigíveis, acrescidos, quando aplicáveis, dos respectivos encargos e variações monetárias e
cambiais.
n. Benefícios a empregados
i. Planos de contribuição definida
Um plano de contribuição definida é um plano de benefícios pós-emprego sob o qual uma
entidade paga contribuições fixas para uma entidade separada (Fundo de previdência) e não terá
nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar valores adicionais. As obrigações por
contribuições aos planos de pensão de contribuição definida são reconhecidas como despesas de
benefícios a empregados no resultado nos períodos durante os quais serviços são prestados pelos
empregados. Contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um ativo mediante a
condição de que haja o ressarcimento de caixa ou a redução em futuros pagamentos esteja
disponível.
ii. Benefícios de curto prazo a empregados Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são mensuradas em uma base não
descontada e são incorridas como despesas conforme o serviço relacionado seja prestado.
O passivo é reconhecido pelo valor esperado a ser pago sob os planos de bonificação em dinheiro
ou participação nos lucros de curto prazo, desde que a Companhia tenha uma obrigação legal ou
construtiva de pagar esse valor em função de serviço passado prestado pelo empregado, e a
obrigação possa ser estimada de maneira confiável.
iii. Participação nos lucros A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em
metas pré-estabelecidas.
o. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios, sendo observado o princípio da
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realização da receita e confrontação das despesas.
i. Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização
de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada
líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das
eliminações das vendas entre empresas da Companhia e suas controladas.
A Companhia e suas controladas reconhecem a receita quando existe evidência convincente de
que os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens foram transferidos
para o comprador, de que for provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a
entidade, de que os custos associados e a possível devolução de mercadorias pode ser estimada de
maneira confiável, de que não haja envolvimento contínuo com os bens vendidos, e de que o
valor da receita operacional possa ser mensurada de maneira confiável. Caso seja provável que
descontos serão concedidos e o valor possa ser mensurado de maneira confiável, então o desconto
é reconhecido como uma redução da receita operacional conforme as vendas são reconhecidas.
O momento correto da transferência de riscos e benefícios varia dependendo das condições
individuais do contrato de venda.
p. Novas normas e interpretações ainda não adotadas Diversas normas, emendas às normas e interpretações IFRS emitidas pelo IASB ainda não
entraram em vigor para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012.
Novos Standards, emendas aos Standards e interpretações são efetivos para os períodos anuais
iniciados a partir de 2013, e não foram aplicados na preparação destas demonstrações financeiras.
É esperado que nenhum desses novos Standards tenha efeito material sobre as demonstrações
financeiras da companhia.
O CPC ainda não emitiu pronunciamentos equivalentes às IFRSs acima citados, mas existe
expectativa de que o faça antes da data requerida de sua entrada em vigor. A adoção antecipada
dos pronunciamentos das IFRS está condicionada à aprovação prévia em ato normativo do
Conselho Federal de Contabilidade.
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4 Caixa e equivalentes de caixa Controladora Consolidado
Imposto sobre operações financeiras – IOF (819) (1.973) (822) (1.985)
Despesas com operações financeiras (3.685) (5.556) (3.686) (5.556)
Outras (13.029) (5.629) (13.077) (5.712)
(112.530) (128.848) (113.637) (130.029)
27 Custos e despesas por natureza Controladora Consolidado
2012 2011 2012 2011 Mão de obra e serviços de terceiros 81.290 74.982 81.315 74.989
Gastos com materiais e outros 236.447 195.351 236.485 195.363
Energia 72.422 70.874 72.444 70.881
Gastos gerais de produção 20.524 23.333 20.531 23.335
Comissões sobre vendas 30.737 28.790 30.762 28.800
Salários e ordenados 30.421 31.719 30.427 31.743
Outras despesas comerciais 29.843 25.714 29.962 25.812
Outras despesas administrativas 15.115 16.314 15.146 16.395
516.799 467.077 517.072 467.319
28 Seguros A Companhia objetiva delimitar os riscos de sinistros, buscando no mercado coberturas
compatíveis com seu porte e suas operações. As coberturas foram contratadas por montantes
considerados suficientes pela Administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a
natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus
consultores de seguros.
As premissas de risco adotadas, dada sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria
das demonstrações financeiras, consequentemente não foram auditadas pelos nossos auditores
independentes. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia e controlada possuem seguros contra
incêndios, vendavais, danos elétricos, raios e explosões no valor de R$ 61.000.
29 Informações complementares ao fluxo de caixa
Controladora
2012 2011
Debêntures - 141.452
Imobilizado - 14.905
Investimentos em controladas 28.258 -
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30 Eventos subsequentes Em janeiro de 2013, a Companhia assinou dois contratos de financiamento que somam um
montante de R$ 40.000 junto ao BNDES, com as seguintes condições principais:
• TJLP + 3,75% ao ano
• Prazo de amortização: 24 meses
• Início da amortização: março de 2014
• Garantias: Penhor de Duplicatas
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3
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e
afiliadas à KPMG International Cooperative, uma cooperativa suíça.
KPMG Auditores Independentes is a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with
KPMG International Cooperative, a Swiss cooperative.
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Conselheiros, Diretores e Acionistas da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. Criciúma - SC
Examinamos as demonstrações financeiras da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. (“Companhia”), individuais e consolidadas, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado e do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia paraplanejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
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Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, acima referidas, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. em 31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Ênfase Transação com partes relacionadasSem ressalvar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa nº 1.a, que de acordo com o contrato de subscrição e compra e venda de ações, assinado em 28 de maio de 2012, a Companhia reconheceu a provisão de certos ativos nas demonstrações financeiras individual e consolidado nos montantes de R$ 36.486 mil e R$ 102.156 mil, respectivamente, relativa à transferência das jazidas minerais e créditos de ação judicial para os acionistas originais.
Outros assuntos
Demonstrações financeiras comparativas As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2011, apresentadas para fins de comparação, foram por nós auditadas, e emitimos o relatório em 15 de maio de 2012, que continha qualificação por limitação sobre a recuperabilidade de saldos de mútuo e debêntures a receber de partes relacionadas, o qual, conforme a nota explicativa 2.d., foi integralmente provisionada para perda.
Florianópolis, 29 de abril de 2013
KPMG Auditores Independentes CRC SC-000071/F-8
Claudio Henrique Damasceno Reis Contador CRC SC-024494/O-1