4 1 INTRODUÇÃO A química do estado sólido é uma parte da química inorgânica, de fato, grande parte da química inorgânica é química do estado sólido. Dentro deste assunto, torna-se relevante enfocar a formação e crescimento dos cristais, ja que na natureza os mesmos ocorrem com as formas e propriedades das mais variadas possíveis causando grande interesse e fascínio. Na natureza o cristal aparece de diversas formas, a começar por amostras que encontramos no dia a dia dentro de nossas próprias casas, como, por exemplo, o grão de sal ou de açúcar. Um outro exemplo é o floco de neve, que é composto por partículas congeladas de água em estado cristalino. Esta experiência experimental teve como principal objetivo a obtenção e a observação de alguns cristais, produzidos no laboratório. Com em bases em propriedades cristalinas já antes pesquisadas.
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1 INTRODUÇÃO
A química do estado sólido é uma parte da química inorgânica, de fato,
grande parte da química inorgânica é química do estado sólido. Dentro deste assunto,
torna-se relevante enfocar a formação e crescimento dos cristais, ja que na natureza os
mesmos ocorrem com as formas e propriedades das mais variadas possíveis causando
grande interesse e fascínio.
Na natureza o cristal aparece de diversas formas, a começar por amostras
que encontramos no dia a dia dentro de nossas próprias casas, como, por exemplo, o
grão de sal ou de açúcar. Um outro exemplo é o floco de neve, que é composto por
partículas congeladas de água em estado cristalino.
Esta experiência experimental teve como principal objetivo a obtenção e a
observação de alguns cristais, produzidos no laboratório. Com em bases em
propriedades cristalinas já antes pesquisadas.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Sólidos Cristalinos
Quando a maioria das substâncias congelam ou quando elas são criadas
numa reação de precipitação, elas formam cristais que têm formas altamente regulares
e simétricas. Provavelmente, você já viu fotografias de flocos de neve semelhantes aos
da figura abaixo. Repare quão simétrico é cada cristal de gelo e como cada um tem
uma forma característica hexagonal, embora difiram nos detalhes menores.
* Flocos de neve são cristais de gelo. Como outros cristais eles possuem formas
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regulares que refletem o arranjo ordenado das partículas dentro deles.
As características superficiais altamente regulares de um cristal são um
reflexo da repetição de um arranjo ordenado dos átomos, moléculas ou íons que
existem dentro dele. Este ordenamento tem tornado possível a análise detalhada das
estruturas dos sólidos e nos tem provido com muito do nosso conhecimento sobre as
formas das moléculas e os tamanhos dos átomos e íons.
2.2 A difração de raios X
Em 1912, um físico alemão, Max von Laue, mostrou que um cristal podia
servir como uma rede de difração tridimensional, se o comprimento de onda da
radiação incidente fosse da mesma ordem de grandeza da distância entre as partículas
do sólido. Esta condição é satisfatória pelos raios X, que têm comprimentos de onda de
aproximadamente 100 pm (0,1 nm).
Quando um cristal é iluminado por raios X, cada átomo do cristal, no percurso
de um raio X, absorve parte de sua energia e, então, reemite-a em todas as direções.
Assim, cada átomo é uma fonte de pequenas ondas secundárias e os raios X são ditos
serem espalhados pelos átomo. Estas pequenas ondas secundárias de fontes
diferentes interferem umas com as outras, tanto se reforçando, como se cancelando
mutuamente. Em certas direções, as ondas que emanam de praticamente todos os
átomos em um arranjo ordenado estão em fase, isto é, os picos e vales das ondas
coincidem e são observados feixes intensos de raios X nestas direções. Em todas as
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outras, direções, as ondas dos vários átomos estão fora de fase e se cancelam, não
sendo detectada, dessa forma, nenhuma intensidade.
Dois cientistas ingleses, William Bragg e seu filho Lawrence, trataram a
difração de raio X como se o processo fosse uma reflexão. Na abordagem de Bragg, os
raios X que penetram num cristal são tratados como sendo refletidos por camadas
sucessivas de partículas dentro da substância. Os feixes refletidos de camadas mais
profundas devem fazer um maior percurso para atingir o detector. para que haja
qualquer sinal do detector, estas ondas tem que estar em fase com aquelas refletidas
pelas camadas superiores, o que significa que a distância extra percorrida pelo feixe
mais penetrante tem que ser algum múltiplo inteiro do comprimento de onda do raio X.
Bragg mostrou que, em princípio, para se observar qualquer intensidade de
raio X emergente, uma relação relativamente simples tinha que ser satisfeita. esta
relação, conhecida com equação de Bragg, é
2 d sen θ = n λ
onde d é os espaço entre as camadas sucessivas que estão refletindo os raios X, θ é o
ângulo no qual o raio X entra e deixa o conjunto particular de camadas, λ é o
comprimento de onda do raio X e n é um inteiro (isto é, n = 1, 2, 3 etc). A equação de
Bragg serve como base para o estudo de estrutura cristalina por difração de raio
X.
Na prática, raios X de um comprimento de onda conhecido são dirigidos para
um cristal e os ângulos nos quais eles são refletidos são registrados, por exemplo, em
uma película fotográfica. Medindo-se os ângulos nos quais os raios X são refletidos,
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torna-se simples calcular as distâncias entre os planos de átomos num cristal. Se,
adicionalmente, as intensidade dos raios X são medidas, um cristalógrafo pode ser
capaz de deduzir, através de um procedimento mais complexo, as posições reais dos
átomos no sólido. Por esse meio foram determinadas as estruturas moleculares de
muitas substâncias. Atualmente, a difração de raio X tem-se tornado poderosa
ferramenta em Bioquímica; por meio dela, têm sido investigadas as estruturas de
moléculas muito complexas. Por exemplo, os dados de raio X de Rosalin Franklin
conduziram James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins à dedução da estrutura em
hélice dupla do ADN, um efeito que deu a Watson, Crick e Wilkins o prêmio Nobel de
1962.
2.3 Redes
Qualquer padrão repetitivo possui um aspecto simétrico, seja a arrumação de
tijolos numa parede, o desenho num papel de parede ou um arranjo ordenado de
partículas num cristal. Por exemplo, certas distâncias repetidas entre os elementos de
um arranjo podem ser facilmente reconhecidas e, também, as linhas ao longo das quais
os elementos desse arranjo são repetidos estão a certos ângulos umas das outras.
A fim de evitarmos lidar com os pequenos detalhes de uma estrutura
repetitiva e nos concentrarmos nos seus aspectos simétricos, é conveniente
descrevermos a estrutura simplesmente em termos de um conjunto de pontos que têm
as mesmas distâncias repetidas existentes na estrutura, arranjados ao longo da linhas
orientadas sob os mesmos ângulos. Este tipo de arranjo de pontos é chamado de rede,
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e quando aplicado para a descrição de uma arranjo de partículas num sólidos, usamos
freqüentemente o termo rede cristalina.
Num cristal o número de partículas é enorme. Se nos pudéssemos imaginar
no centro de um dos mais diminutos cristais, verificaríamos que as partículas se
estendem tão longe quanto pudéssemos em todas as direções. descrever as posições
de todas essas partículas ou seus pontos na rede é impossível e, felizmente,
desnecessário. Tudo que necessitamos é descrever a unidade básica de repetição da
rede.
Um fato importante acerca das redes é que o mesmo tipo de rede pode ser
usado para descrever vários arranjos diferentes. Por exemplo, se decidimos colocar um
losango em cada ponto da rede poderemos criar um desenho de papel de parede. Um
papel de parede de padronagem diferente pode ser criado colocando-se uma rosa em
cada ponto de rede ou mudando-se os comprimentos das restas da célula unitária.
A extensão do conceito de rede para três dimensões é imediata. Associando
uma espécie química particular a cada ponta da rede, na rede tridimensional, podemos
chegar a uma estrutura química e, variando a espécie química sobre cada ponto,
podemos criar um número infinito de estruturas químicas, todas baseadas na mesma
rede.
As células unitárias de todas as redes tridimensionais são semelhantes, uma
vez que todas têm oito vértices. As células unitárias diferem nos comprimentos das
suas arestas (a, b e c) e dos ângulos opostos a estas (α, β e γ ). Em 1848, Auguste
Bravais mostrou que são possíveis apenas 14 tipos diferentes de redes. Estas podem
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ser divididas entre sete sistemas cristalinos básicos, cujas propriedades são descritas
na Tabela a seguir:
Tabela 01: Propriedade de alguns sistemas cristalinos básico
Sistema Comprimentos das arestas Ãngulos
Cúbico a = b = c α = β = γ = 90°
Tetragonal a = b ≠ c α = β = γ = 90°
Ortorrômbico a ≠ b ≠ c α = β = γ = 90°
Monoclínico a ≠ b ≠ c α = β = 90° ≠ γ
Triclínico a ≠ b ≠ c α ≠ β ≠ γ
Romboédrico a = b = c α = β = γ ≠ 90°
Hexagonal a = b ≠ c α = β = 90°; γ = 120°
O que isto significa é que os cristais de todos os milhões de compostos
químicos diferentes já descobertos podem ser descritos justamente por este pequeno
conjunto de redes. É este fato que tornou possível uma compreensão detalhada do
estado sólido.
Três tipos comuns de redes são caracterizadas por células unitárias -cúbicas
mostardas na figura abaixo.
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(a) (b) (c)
A mais simples é chamada uma célula unitária cúbica simples ou célula
unitária primitiva. Ela possui pontos de rede apenas nos vértices. O oxigênio, ao
congelar, possui uma rede cúbica primitiva com este tipo de célula unitária.
Uma célula unitária cúbica de corpo centrado possui pontos da rede nos
vértices e mais um ponto da rede no centro da célula.
Alguns metais comuns como o cromo, ferro e tungstênio, por exemplo,
formam cristais com uma rede de corpo centrado.
Uma célula unitária cúbica de faces centradas possui pontos da rede nos
oito vértices e um no centro de cada uma das suas seis faces. Isto produz um tipo de
rede muito comum, que é encontrada nos cristais de metais como níquel, cobre, prata,
ouro e alumínio.
As redes cúbicas não são características apenas de muitos elementos.
Alguns compostos importantes e familiares também têm redes cúbicas. Por exemplo,
um dos nossos compostos mais comuns, o cloreto de sódio, forma cristais com uma
rede cúbica de faces centradas.
Este tipo de compactação de cátions e ânions é chamado de estrutura de sal-
gema. Estruturas semelhantes são encontradas para muitos outros haletos alcalinos
como, por exemplo, KCI e LiCl.
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Entre os fatores que determinam que tipo de rede e estrutura um composto
iônico pode formar estão os tamanhos relativos dos íons e a razão entre o numero de
ânions e cátions no cristal. A questão do tamanho é um pouco complexa, a importância
da razão ânions e cátions não é muito difícil de ser abordada.
Uma vez que um cristal é composto de um número grande de células
unitárias, qualquer que seja a razão ânion/cátions no cristal como um todo ela deve ser
a mesma na célula unitária. Contemos o numero de íons cloreto e sódio na célula
unitária do NaCI para verificarmos que a razão é de um para um. Ao fazermos isto,
entretanto, devemos tomar cuidado, pois os íons nos vértices, ao longo das arestas e
no centro das faces são compartilhados com uma ou mais células unitárias.
Um íon no vértice de uma célula unitária é compartilhado com outras sete.
Um íon no centro de uma face contribui com metade para uma dada célula unitária,
uma vez que ele é partilhado entre duas destas. Ele esta localizado no centro da célula
unitária. Contemos agora os íons. Para os íons cloreto vemos que eles estão nos oito
vértices e no centro das seis faces.
Assim, ao todo, existem quatro íons cloreto contidos dentro da célula
unitária . Para íons sódio temos um ao longo de cada umas das doze arestas do cubo,
cada qual contribuindo com ¼ para a célula unitária, mais um no centro, que está
inteiramente dentro da célula unitária.
O número de íons sódio na célula unitária também é quarto. Isto significa,
portanto, que os íons Na+ e Cl- estão numa razão um para um, é a necessária para o
cristal ser eletricamente neutro.
Qualquer substância que cristalize com a estrutura do sal-gema deve ter uma
razão ânion/cátion de um para um. O cloreto de sódio e os outros haletos alcalinos têm
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formulas que satisfazem esta condição e muitos deles formam cristais com esta
estrutura. O óxido de cálcio, CaO, também tem a estrutura do sal-gema, o que é
permitido pela sua fórmula. Entretanto, CaCl2 ou Al2O3 não têm a possibilidade de
formar cristais com a estrutura do sal-gema porque a razão ânion/cátion proíbe. Assim,
vemos que a formula de um composto coloca certas restrições aos tipos de estruturas
cristalinas que ele pode e não pode ter.
2.4 Tipos de Cristais
2.4.1 Cristais moleculares
Nos cristais moleculares as moléculas ou átomos individuais ocupam os sítios
das rede. As forças de Lodon estão presentes nos cristais de substâncias apolares,
como Ar, O2, naftaleno (naftalina) e CO2 (gelo-seco). Em cristais de moléculas polares,
como SO2, as forças dominantes são resultado de atrações dipolo-dipolo nos sólidos,
como gelo (H2O), NH3 e HF, as moléculas são mantidas nas posições por pontes de
hidrogênio. Uma vez que estas são forças relativamente fracas (comparadas às
atrações covalentes ou iônicas), os cristais moleculares tendem a ter energias de rede
cristalina pequenas e são facilmente deformados; dizemos que eles são macios.
Também, é necessária energia térmica relativamente pequena para vencer estas
atrações e os sólidos moleculares, geralmente, têm baixos pontos de fusão.
Os cristais moleculares são maus condutores de eletricidade, porque os
elétrons estão ligados às moléculas individuais e não livres para se moverem através
do sólido.
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2.4.2 Cristais iônicos
Em um cristal iônico, como NaCl, existem íons localizados nos sítios de rede
e a ligação entre eles é praticamente, eletrostática (que é essencialmente, não-
direcional). Como resultado, o tipo de rede formado é determinado, principalmente,
pelos tamanhos relativos dos íons e suas cargas. Quando o cristal se forma, os íons se
arrumam para maximizar as atrações e minimizar as repulsões.
Em virtude de as forças eletrostáticas serem intensas, os cristais iônicos têm
grandes energias de rede cristalina. Eles são duros e caracterizados por altos pontos
de fusão. Eles também são muito quebradiços. Quando atingidos por uma pancada,
tendem a se fragmentar, porque os planos de íons, os deslizarem uns sobre os outros,
passam de uma condição de atração mútua para uma de repulsão mútua.
No estado sólido os compostos iônicos são maus condutores de eletricidade,
porque os íons são mantidos de forma rígida nos lugares. Todavia, quando fundidos, os
íons estão livres para se locomover e as substâncias iônicas torman-se bons
condutores.
2.4.3 Cristais Covalentes
Em um cristal covalente, existe um conjunto de ligações covalentes entre os
átomos, que se estende através de todo sólido. Um exemplo de tal substância é o
diamante. O diamante é uma forma do carbono elementar na qual cada átomo está
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covalentemente ligado aos quatro átomos vizinhos mais próximos. Outros exemplos
comuns são o carborundo (carbeto de silício), SiC) e o quartzo (dióxido de silício, SiO2,
geralmente reconhecido como areia).
Em virtude da estrutura rígida e entrelaçada nas ligações covalentes, os
cristais covalentes têm pontos de fusão muito altos e são, em geral, extremamente
duros. Naturalmente, o diamante é a substância mais dura conhecida e é usado em
ferramentas de esmerilhar e de corte. O carbeto de silício é como o diamante, exceto
que metade dos átomos de carbono na estrutura foram substituídos por átomos de
silício.Também é muito duro e usado como abrasivo nas lixas, bem como em outras
aplicações de esmerilhamento e corte.
Os cristais covalentes são maus condutores de eletricidade porque os
elétrons, nos sólidos, estão localizados nas ligações covalentes e não estão livres para
se mover através do cristal.
2.4.4 Cristais metálicos
A visão mais simples de um cristal metálico é a de íons positivos (núcleos
mais os elétrons do cerne) situados nos pontos da rede, com os elétrons de valência
pertencendo ao cristal como um todo, ao invés de o cada átomo individualmente. O
sólido mantém-se coeso pela atração eletrostática entre a rede de íons positivos e esta
espécie de "mar de elétrons". Estes elétrons podem mover-se livremente, de forma que
encontramos os metais como bons condutores de eletricidade. Uma vez que os pontos
de fusão e a dureza dos metias variam em uma ampla faixa, em principio, em alguns
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casos, deve existir também algum grau de ligação covalente entre os átomos dos
sólidos.
2.4.5 Cristais Líquidos
Num líquido típico, as moléculas não têm um padrão de ordenamento. Elas
são capazes de se mover, passando umas pelas outras facilmente, de forma que os
líquidos podem escora. Num sólido típico as moléculas estão altamente ordenadas e
também são mantidas rigidamente nos seus lugares, de forma que um sólido não pode
fluir. Certas substâncias, numa faixa de temperatura imediatamente acima dos seus
pontos de fusão, exibem propriedades características de ambos estes estados e são
por isso, chamadas cristais líquidos. Elas são fluídas, mas sua moléculas estão
posicionadas numa maneira altamente ordenada. Nas temperaturas acima desta faixa a
sua organização é perdida e elas tornam-se semelhantes a quaisquer outros líquidos.
Há três tipos de cristais líquidos, chamados nemáticos, esméticos e
colestéricos. Todos eles são compostos de moléculas semelhantes a bastões, mas que
diferem no tipo de ordenação que existe entre elas. Num cristal líquido nemático as
moléculas em forma de bastão estão arranjadas como canudinhos de refresco
arrumados sem muito cuidado. A organização dentro de uma cristal líquido esmético é
ainda maior. Aqui há moléculas em forma de bastões arrumados em camadas. Num
cristal líquido colestérico as moléculas também estão em camadas, mas alinhadas
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paralelamente às camadas de forma nemática, com orientações ligeiramente diferentes
de uma camada para a seguinte.
O que torna os cristais líquidos tão interessantes e potencialmente úteis é a
maneira como eles afetam a luz. Se você já viu uma mancha de óleo na água, você
provavelmente percebeu o arco-íris de cores que parece ser refletido pela mancha. Isto
é na verdade provocado pela difração da luz pelas superfícies do óleo e da água.
Quando a camada de óleo é muito fina todos os comprimentos de onda são perdidos
como ondas refletidas pela interferência destrutiva, exceto uma pequena faixa destes
comprimentos de onda. Nó vemos somente as ondas que são refletidas em fase pelas
duas superfícies, a superfície da camada de óleo e a superfície da água em contato
com o óleo. este mesmo fenômeno ocorre quando a luz reflete das camadas num cristal
líquido colestérico, mas o que é especialmente interessante é que a cor refletida varia
com temperatura. Isto permite que estas substâncias sejam usadas como um tipo de
"mapa a cores" da temperatura de diferentes regiões de um objeto. Uma aplicação em
medicina é a localização de uma veia pela temperatura mais alta que ela transmite à
pele.
As substâncias usados nos mostradores de cristal líquido das calculadoras de
bolso e dos relógios de pulso são cristais líquidos nemáticos. Suas características
óticas são afetadas por um campo elétrico. Neste caso, um filme do cristal líquido é
imprensado entre eletrodos transparentes que são arranjos no vidro, segundo posições
adequadas. Quando um segmento particular de eletrodo é energizado, as orientações
das moléculas no cristal líquido se modificam e a substância se torna opaca. Desta
forma, ativando-se os segmentos apropriados podem-se formar vários números ou
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letras. Uma vantagem importante deste tipo de mostrador é que eles usam muito pouca
energia, de forma que as pilhas usadas para fazê-los funcionar duram muito tempo.
3 MATERIAIS E REAGENTES
Materiais Capacidade Quantidade Utilizada
Béquer 250 mL 03Vidro Relógio - 02Tudo de Ensaio - 01Pipeta volumétrica 10 mL 01Pipeta Volumétrica 25 mL 01
Tabela 01 – Materiais Utilizados no Experimento
Tabela 02 – Reagentes Utilizados no Experimento
Reagentes Capacidade Quantidade UtilizadaDicromato de Amônio - 12 gÁlcool Etílico - 7 mLÁcido Sulfúrico 4 N - 100 mLSulfato de Cobre pentahidratado - 5 gSulfato de Amônio - 2.64 gTiossulfato de Sódio pentahidratado - 12 gSal de 'germes" - 05 cristaisÁgua deionizada - 500 mL
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4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 Obtenção do alúmen de Cromo e Amônio
a) Em um béquer de 250 mL dissolveu-se 12 g de dicromato de amônio em 50 mL
de água e acrescentou-se 7 mL de álcool etílico;
b) Resfriou-se a solução em banho de água e gelo, mantendo-a fria.
c) Foi adicionado lentamente sob agitação 100 mL de uma solução de ácido
sulfúrico 4N, não permitindo que a temperatura ultrapassasse os 60°C;
d) Em seguida após completada a adição, tampou-se a solução com um vidro
relógio e deixou-se a mesma em repouso até o próximo período de laboratório;
e) Após o tempo de repouso, foi separado os cristais por decantação os mesmos
foram observados;
4.2 Obtenção do sal duplo de CuSO4(NH4)2SO4.6H2O
a) Em um béquer de 250 mL dissolveu-se 5 g de sulfato de cobre pentahidratado
em uma pequena quantidade de água ~ 5 mL à temperatura ambiente;
b) Foi dissolvido igualmente uma quantidade de 2,64 g de sulfato de amônio;
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c) Misturou-se as duas soluções, tampando-as logo em seguida com um vidro
relógio e foi deixado em repouso absoluto até o próximo período de laboratório;
d) Após o período de repouso, foram separados os cristais por decantação e
observou-se os cristais obtidos.
4.3 Obtenção de cristais de Na2S2O3.5H2O
a) Em um béquer pesou-se 12 g de tiossulfato de sódio pentahidratado e foram
adicionados 5 mL de água deionizada aquecendo a solução e agitando-a
continuadamente até que todo o sólido se dissolveu;
b) Transferiu-se a solução para um tubo de ensaio e a mesma foi esfriada em água
corrente, com o tubo livre de agitação;
c) Foram colocados alguns cristais bem pequenos do sal "gemes" na solução,
verificando se ocorreu alguma variação de temperatura;
d) Os cristais foram guardados para o próximo período de laboratório;
e) Após este período, os cristais foram separados e observados;
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Resultado da obtenção do alúmen de Cromo e Amônio
Ao final do tempo de repouso, a mais ou menos duas semanas, retirou-se do
béquer por meio de decantação, o cristal formado apresentou uma coloração escura, e
com melhor visualização no microscópio, pode-se notar uma coloração vinho.
O cristal formado apresentou como característica física 09 faces lisas com
extremidades pontiagudas, sendo que em algumas faces apresentaram camadas,
semelhante a uma escada, de acordo com a visualização no microscópio. O cristal
formado, apresentou fraca resistência a força, e quebra-se com esfarelamento. Se
tamanho ficou em torno de 4 cm de comprimento por 3 cm de largura.
5.2 Resultado da obtenção do sal duplo de CuSO4(NH4)2SO4.6H2O
Com o final do tempo de repouso, retirou-se o cristal do béquer por meio
também de decantação, o cristal formado apresentou uma coloração azul clara, com
forma triangular.
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O cristal formado apresentou como característica física 09 faces lisas, com
extremidades pontiagudas, de acordo com as observações no microscópio, e sem
presenças de camadas semelhantes a escada.
Seu tamanho ficou em torno de 1cm de comprimento por 0,5 cm de largura.
5.3 Resultado da obtenção de cristais de Na2S2O3.5H2O
Após o tempo de repouso, retirou-se os cristais formados do béquer por
decantação, e pode-se observar a formação de "agrupamentos de cristais".
Formaram-se cristais muito pequenos, e para melhor visualiza-los utilizamos
o microscópio. Com esta visualização pode-se analisar suas 06 faces com
arredondamentos em suas extremidades. O cristal possui coloração transparente e
tamanho em média de 3 mm².
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6 CONCLUSÃO
Com o final da experiência prática de obtenção de alguns cristais, pode-se
dizer que usando água como solvente desenvolve-se dois métodos que ajudam na
tentativa de obtenção destes cristais. O crescimento pode se dar quando uma solução
saturada é resfriada até uma temperatura em que a solução se torne supersaturada.
Ocorre-se formação também quando se faz a evaporar gradualmente uma
solução saturada a uma temperatura constante. Dentre várias outras formas pode-se
obter cristais.
A formação dos cristais é um processo que exige longo prazo, e tem sempre
resultados que interessam e fascinam.
Os cristais produzidos em escala de laboratório, não são tão resistentes em
comparação com os encontrados na natureza, pois com qualquer choque eles se
quebram em farelos.
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REFERÊNCIAS
BRADY, J. E., HUMISTON, G. E. Química Geral. Vol. 1. Livros Técnicos e Científicos,
Rio de Janeiro, 1986.
RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo: Divo Leonardo Sanioto, 1995.