1 REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E CIRCUITOS ESPACIAIS DA PRODUÇÃO DE COCO NO CEARÁ Leandro Vieira Cavalcante Universidade Estadual do Ceará – UECE [email protected]Resumo Diversos sistemas técnicos, advindos com o desenvolvimento da tecnologia, da ciência e da informação, vêm sendo apontados como os principais responsáveis por reestruturar a produção agrícola brasileira. Entre os produtos agrícolas atingidos por essa reestruturação podemos destacar o coco, onde assistimos significativas transformações em seu processo produtivo. Em nossa pesquisa buscamos compreender como se organizam os circuitos espaciais e os círculos de cooperação da produção de coco no Estado do Ceará. Para isso, procuramos analisar e estabelecer relações entre as distintas etapas da produção de coco, abarcando variados processos relacionados com sua produção agrícola, seu processamento industrial, a comercialização e a distribuição dos produtos e, por fim, o consumo dos mesmos. Palavras-chave: Coco. Reestruturação produtiva. Circuitos espaciais da produção. Círculos de cooperação. Ceará. Introdução Em nossa pesquisa buscamos compreender como se dá o processo produtivo do coco no Estado do Ceará e tomamos, para tal, as categorias circuitos espaciais da produção e os círculos de cooperação (SANTOS, 1986, 1994, 1996). Dessa forma, procuramos analisar e observar as relações entre as distintas etapas da produção do fruto, abarcando processos oriundos com a produção agrícola, a transformação industrial, a comercialização e a distribuição dos produtos e, por fim, o consumo dos mesmos. Essas categorias de análise são fundamentais para nos auxiliar a melhor compreender e apreender o espaço geográfico cearense, já que levam em conta as relações entre todas as instâncias produtivas, uma vez que interligam os espaços da produção, da circulação, da distribuição e do consumo (SANTOS, 1985), geograficamente dispersos. A respeito dos circuitos da produção, Santos (1985) nos assegura que como eles se dão no espaço, de forma desagregada, embora não desarticulada, a importância que as etapas da produção têm a cada momento histórico e para cada caso particular ajuda, sobremaneira, na compreensão da organização do espaço. Ainda de acordo com Santos (1999, 2008b), todo o ato de produção é obrigatoriamente um ato de produção do espaço, e “como produzir e produzir espaço são sinônimos, a cada novo modo de
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REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E CIRCUITOS ... - … · 3 A reestruturação da produção de coco A produção agrícola brasileira vem passando por uma significativa reestruturação
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REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E CIRCUITOS ESPACIAIS DA PRODUÇÃO DE COCO NO CEARÁ
Leandro Vieira Cavalcante Universidade Estadual do Ceará – UECE
Resumo Diversos sistemas técnicos, advindos com o desenvolvimento da tecnologia, da ciência e da informação, vêm sendo apontados como os principais responsáveis por reestruturar a produção agrícola brasileira. Entre os produtos agrícolas atingidos por essa reestruturação podemos destacar o coco, onde assistimos significativas transformações em seu processo produtivo. Em nossa pesquisa buscamos compreender como se organizam os circuitos espaciais e os círculos de cooperação da produção de coco no Estado do Ceará. Para isso, procuramos analisar e estabelecer relações entre as distintas etapas da produção de coco, abarcando variados processos relacionados com sua produção agrícola, seu processamento industrial, a comercialização e a distribuição dos produtos e, por fim, o consumo dos mesmos. Palavras-chave: Coco. Reestruturação produtiva. Circuitos espaciais da produção. Círculos de cooperação. Ceará. Introdução Em nossa pesquisa buscamos compreender como se dá o processo produtivo do coco no
Estado do Ceará e tomamos, para tal, as categorias circuitos espaciais da produção e os
círculos de cooperação (SANTOS, 1986, 1994, 1996). Dessa forma, procuramos
analisar e observar as relações entre as distintas etapas da produção do fruto, abarcando
processos oriundos com a produção agrícola, a transformação industrial, a
comercialização e a distribuição dos produtos e, por fim, o consumo dos mesmos. Essas
categorias de análise são fundamentais para nos auxiliar a melhor compreender e
apreender o espaço geográfico cearense, já que levam em conta as relações entre todas
as instâncias produtivas, uma vez que interligam os espaços da produção, da circulação,
da distribuição e do consumo (SANTOS, 1985), geograficamente dispersos.
A respeito dos circuitos da produção, Santos (1985) nos assegura que como eles se dão
no espaço, de forma desagregada, embora não desarticulada, a importância que as
etapas da produção têm a cada momento histórico e para cada caso particular ajuda,
sobremaneira, na compreensão da organização do espaço. Ainda de acordo com Santos
(1999, 2008b), todo o ato de produção é obrigatoriamente um ato de produção do
espaço, e “como produzir e produzir espaço são sinônimos, a cada novo modo de
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produção (ou a cada novo momento do mesmo modo de produção) mudam a estrutura e
o funcionamento do espaço” (SANTOS, 1999, p. 6).
Ao considerarmos os circuitos espaciais da produção e os círculos de cooperação
estaremos revelando as especificidades de cada lugar e as ligações desse com os outros
lugares inseridos na rede de produção de coco, nos mostrando o uso diferenciado de
cada território por parte das empresas, das instituições, dos produtores etc., permitindo
compreender a hierarquia dos lugares desde a escala regional até a escala mundial
(SANTOS; SILVEIRA, 2003).
Reforçamos que, de acordo com Castillo e Frederico (2010, p. 464-465), Os circuitos espaciais de produção pressupõem a circulação de matéria (fluxos materiais) no encadeamento das instâncias geograficamente separadas da produção, distribuição, troca e consumo, de um determinado produto, num movimento permanente; os círculos de cooperação no espaço, por sua vez, tratam da comunicação, consubstanciada na transferência de capitais, ordens, informação (fluxos imateriais), garantindo os níveis de organização necessários para articular lugares e agentes dispersos geograficamente, isto é, unificando, através de comandos centralizados, as diversas etapas, espacialmente segmentadas, da produção.
Nossa metodologia baseou-se em algumas importantes atividades inerentes à pesquisa
científica, tais como o levantamento bibliográfico acerca de vários temas, processos,
categorias e conceitos importantes para a pesquisa, tais como sobre a reestruturação
econômica e as novas relações campo-cidade. Outra atividade foi o levantamento e a
organização de séries estatísticas relacionadas, principalmente, às formas de uso e
ocupação do espaço agrário cearense e às características da sua produção de coco. A
organização de uma hemeroteca sobre os temas diretamente associados à pesquisa,
especialmente através da consulta nos principais jornais diários do Ceará, foi também
uma atividade importante.
Destacamos, ainda, a realização de trabalhos de campo nos principais municípios
produtores, quando pudemos visitar fazendas de empresas agrícolas, agroindústrias,
centros de pesquisa e assistência agropecuária, secretarias de agricultura, sindicatos de
trabalhadores rurais, além do contato direto com diferentes sujeitos sociais. A pesquisa
que ora apresentamos é fruto de atividades realizadas durante a consecução de trabalho de
conclusão de curso de graduação, podendo ser consultado na íntegra em Cavalcante
(2012).
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A reestruturação da produção de coco A produção agrícola brasileira vem passando por uma significativa reestruturação
produtiva (ELIAS, 2002ab, 2003, 2006ac, 2007), onde a agricultura passa a receber
influência direta da tecnologia, da ciência e da informação, signos do atual período
histórico, chamado por Santos (1996, 2003, 2008a, 2009) de técnico-científico-
informacional. De acordo com Elias (2002a), a mudança da base técnica da produção
agrícola é um dos vetores dessa reestruturação, afetando radicalmente as forças
produtivas do setor e inaugurando novas formas de produzir no campo, dando origem a
“um novo uso do tempo e um novo uso da terra” (SANTOS; SILVEIRA, 2003, p. 118).
Com isso, diversos sistemas técnicos (SANTOS, 1996) vêm sendo responsáveis por
reestruturar a produção de vários gêneros agrícolas alterando, dessa forma, os
tradicionais sistemas de produção, ocasionando um aumento da produtividade e uma
redução dos custos. Entre esses gêneros agrícolas podemos destacar o coco. O segmento
produtivo desse fruto vem sendo reestruturado no Brasil há aproximadamente duas
décadas, com o desenvolvimento de novos sistemas de produção, novos subprodutos,
novas formas de processamento industrial etc.
A produção de coco no Brasil vem aumentando consideravelmente desde 1990, como
demonstra a tabela 01, bem como a área plantada com coco e a produtividade dos
coqueiros. De 1990 a 2010 a área plantada e a quantidade produzida tiveram aumentos
expressivos de 28,27%, 157,58% respectivamente. Atualmente, de acordo com dados da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil é o
quarto maior produtor de coco do mundo, atrás somente da Indonésia, Filipinas e Índia.
TABELA 01 – Brasil. Produção de Coco. Área plantada (hectares), quantidade produzida (mil frutos) e produtividade (mil frutos/ha). 1990-2000-2010.
Esse aumento na produção é justificado por vários fatores. Um deles está centrado no
aumento do consumo de água de coco, que cresce a cada dia, principalmente na Região
Sudeste, o maior mercado consumidor do país. Em cima desse subproduto foi criado
todo um ideário mercadológico que está vinculado com a busca por corpos perfeitos e
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com o consumo de produtos ditos saudáveis, que não engordam e ainda por cima
ajudam a emagrecer.
Se a demanda por água de coco cresce, a produção do fruto, obrigatoriamente, também
cresce1. As variedades de coqueiro que mais vêm sendo cultivadas no Brasil são as de
coqueiro anão e as de coqueiro híbrido, justamente aquelas que são usadas para a
produção de coco verde. Essas duas variedades estão em plena expansão no país e
passaram a ocupar áreas não tradicionais de cultivo de coco.
Outro fator responsável pelo aumento da produção de coco no Brasil trata-se de uma
medida de salvaguarda2 sancionada pelo Governo Federal em 2002 e com prazo para
terminar em 2012. Tal medida limitou as importações de coco seco no país, fazendo
com que os produtores nacionais investissem no cultivo de coqueiro gigante visando
aumentar a produção de coco seco. Antes da salvaguarda, as agroindústrias brasileiras
preferiam importar coco seco de outros países, como da Indonésia e das Filipinas, ao
invés de comprar dos produtores locais, já que o preço cobrado por esses produtores era
muito maior do que o preço dos importados.
Atrelado ao aumento da quantidade produzida está a incorporação de novos sistemas de
produção ao cultivo do coco no país, que vem sendo responsável por elevar a
produtividade dos coqueiros. Entendemos que esse aumento na quantidade produzida,
determinado pelo aumento no consumo de coco verde e pela salvaguarda do coco seco,
é também consequência direta da reestruturação da produção de coco no Brasil, iniciada
por volta da década de 1990. Desde esse período observamos que a produção começa a
crescer de forma considerável e começaram a aparecer as primeiras grandes inovações
técnicas associadas ao cultivo de coco.
Essa reestruturação da produção de coco pode ser caracterizada por várias inovações,
dentre elas pela incorporação de novas tecnologias ao processo produtivo, com a
utilização de novos e modernos insumos na produção. Há uma propagação de novos
métodos de irrigação, como as práticas de irrigação localizada, totalmente automatizada,
representada pelos microaspersores, onde cada coqueiro é irrigado individualmente e
recebe uma quantidade exata de água.
Além disso, há uma difusão no uso de técnicas de adubação que garantem uma maior
precisão e uma maior produtividade dos coqueiros, sendo a mais comum dessas a
técnica de fertirrigação, onde cada coqueiro vai receber uma quantidade pré-
determinada de fertilizantes diluídos junto com a água e aplicada pelos microaspersores.
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Somam-se a essas inovações na produção agrícola as inovações no processamento
industrial do coco e na conservação de seus subprodutos.
Outra característica da reestruturação produtiva do coco no Brasil é a dispersão
geográfica da produção, com um avanço da fronteira agrícola do fruto em direção ao
semiárido nordestino e em direção às demais regiões do país, sobretudo Norte e
Sudeste, desconcentrando o cultivo de coco historicamente concentrado no litoral da
região Nordeste. Mas mesmo com essa dispersão da produção por outras regiões o
Nordeste continua sendo o maior produtor de coco do Brasil, concentrando atualmente
mais de 68% da quantidade produzida e mais de 81% da área cultivada (gráfico 01).
GRÁFICO 01 – Regiões do Brasil. Produção de Coco. Quantidade produzida (mil frutos) e área plantada (hectares). 2010.
Fonte: IBGE – PAM. Organizado pelo autor. Em 2010, os maiores produtores nacionais de coco foram, respectivamente, os Estados
da Bahia, maior produtora isolada do fruto, seguida de Ceará, Sergipe e Pará, que
representam juntos mais de 66% da produção do país e 68% da área plantada (gráfico
02). Os outros Estados que também se destacam na produção de coco são: Espírito
Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba.
GRÁFICO 02 – Unidades da Federação. Produção de Coco. Quantidade produzida (mil frutos) e Área plantada (hectares). 2010.
Fonte: IBGE – PAM. Organizado pelo autor.
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Os circuitos espaciais da produção de coco no Ceará e seus consequentes círculos de cooperação - A produção agrícola O Ceará se configura como um dos maiores produtores de coco de todo o Brasil,
possuindo um destaque nacional na produção do fruto. Em 2010, o Estado foi o segundo
maior produtor de coco do país, concentrando 14% da produção nacional e 16% da área
plantada, como visto no gráfico anterior.
Levando em consideração apenas os dados de área plantada, o coco é a terceira fruta
mais importante do Estado, ficando atrás somente da castanha de caju e da banana
(IBGE/PAM – 2010). A área plantada com coco e a quantidade produzida pelo Estado
obtiveram um crescimento respectivamente de 24,45% e 96,96% entre os anos de 1990
e 2010, demonstrando um importante aumento no cultivo do fruto.
TABELA 02 – Ceará. Produção de Coco. Área plantada (hectares). Variação Absoluta e Relativa (%). 1990 – 2000 – 2010.
Amontada, Camocim e Cascavel, que juntos somam, em 2010, mais de 64% da
produção total do Estado e mais de 71% da área plantada com coco. Na tabela abaixo
podemos observar a participação desses municípios no total produzido pelo Ceará em
2010.
TABELA 04 – Participação dos 10 maiores municípios produtores de coco em relação ao total produzido no Ceará (em %). Área plantada (hectares) e Quantidade produzida (mil frutos). 2010.
etc. Tudo isso vai resultar na criação de novas dinâmicas socioespaciais e ocasionar uma
série de modificações na maneira como se organizará a produção de coco.
Destacamos também que com a reestruturação da produção de coco, saberes
historicamente construídos vem sendo muitas vezes substituídos por novos modos de
produzir o fruto, e nem todos os produtores são inseridos nessa nova lógica de produzir
coco para o mercado, fato que vem alterando significativamente toda a vida de relações
(SANTOS, 2008b) desses produtores, sobretudo os pequenos e que praticam uma
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agricultura de base familiar. Esses pequenos produtores são os mais prejudicados com
as novas imposições do mercado, tendo que submeter toda sua produção às exigências
dos atravessadores e das agroindústrias, por exemplo, e tendo que concorrer com os
sistemas técnicos agrícolas (RAMOS, 2003, 2006) cada vez mais modernos e de posse
somente dos grandes produtores.
Notas 1 Cavalcanti, Mota e Silva (2006, p. 138) apontam que a “expectativa do crescimento do mercado de água de coco tem animado os produtores a expandir suas áreas com espécies precoces, monitorar para tal todas as fases da produção para garantir a qualidade e produtos just in time”. 2 As medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção à indústria nacional que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de tais medidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade. Fonte: < http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=231>
3 De acordo com Elias (2003, p. 89), “um dos avanços técnicos mais importantes conseguidos com a biotecnologia foi a produção de híbridos. O híbrido é uma semente melhorada, gerada em laboratório com a utilização da engenharia genética, constituindo-se um dos principais signos da modernização da agricultura e um dos insumos industrializados mais utilizados no processo de mudança da sua base técnica”. 4 Fonte: <http://www.opovo.com.br/www/opovo/economia/731438.html> (Acesso em 28/08/11).
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