Redes de Computadores 1 Profª Patrícia Graciela Pagliuca GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – SECITEC ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA UNIDADE DE LUCAS DO RIO VERDE Lucas do Rio Verde-MT, março de 2012 UNIDADE 4: Arquiteturas de Redes 1
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Redes de Computadores 1
Profª Patrícia Graciela Pagliuca
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – SECITEC
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
UNIDADE DE LUCAS DO RIO VERDE
Lucas do Rio Verde-MT, março de 2012
UNIDADE 4: Arquiteturas de Redes
1
Sumário
• Definição de Redes
• Arquitetura Ethernet
• Modelo ISO/OSI
• Modelo TCP/IP
• Glossário de Redes
• Referências
• Exercícios
2 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
O que são Redes de Computadores?
• “Um conjunto de computadores
autônomos interconectados. Os
computadores são ditos autônomos
quando não existe uma relação
mestre/escravo entre eles, se um
computador puder iniciar, encerrar ou
controlar outro computador não existirá
autonomia.”
(BIASSE,2007) 3 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Arquitetura de Redes
(PINHEIRO, 2004)
• Uma arquitetura de rede é definida pelas
camadas ou níveis que a compõem em
máquinas distintas, regras estas
conhecidas como protocolo.
• O objetivo da divisão em camadas é
permitir a modularização do software,
permitindo que as alterações sejam
localizadas e transparentes aos outros
níveis não afetados.
4 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Arquitetura de Redes (PINHEIRO, 2004)
Os módulos de software de protocolo em cada
máquina podem ser representados como camadas
empilhadas. Cada camada cuida de uma parte do
problema.
Existem duas regras importantes para o entendimento
da divisão do software de rede em camadas:
• A camada inferior fornece serviços á camada
superior.
• O protocolo de nível N no nó destino tem que receber
o mesmo objeto enviado pelo protocolo de nível N no
nó origem. 5 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Arquitetura Ethernet
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 6
Arquitetura Ethernet (MENDES, 2007)
• É um dos mais populares e difundidos meios de transmissão
de dados utilizados nas redes instaladas e é o mais
empregado em novos projetos residenciais, comerciais e
industriais. Sua grande popularidade deve-se à aceitação do
padrão por diversos fabricantes de dispositivos de rede, por
ser de baixo custo e código aberto.
Largura de Banda Descrição
10 Mbps Transmite 10 milhões de bits por segundo.
100 Mbps Transmite 100 milhões de bits por segundo. Conhecidas como
redes Fast Ethernet.
1 Gbps Transmite 1 bilhão de bits por segundo. Conhecidas como
redes Gigabit Ethernet.
10 Gbps Transmite 10 bilhões de bits por segundo.
7
Arquitetura Ethernet-Histórico (MENDES, 2007)
• É uma combinação de software e hardware
utilizados para conectar computadores em redes e
foi desenvolvido por uma empresa que rapidamente
a cedeu à indústria de computadores. Originou-se
em meados de 1970, juntamente com o modelo de
referência TCP/IP.
• Quando chegou à Xerox, dec 70, Robert Melcalfe
voltou suas atenções p/ o desenvolvimento de uma
rede para escritório, interligando impressoras,
computadores e servidores.
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 8
Arquitetura Ethernet-Histórico (MENDES, 2007)
• Na década de 80, a Microsoft queria que a arquitetura
se tornasse proprietária. Melcalfe propôs que sua
empresa licenciasse a Ethernet e foi atendido e um mês
depois, a Digital e a Xerox convenceram a INTEL a
aderir a aliança. O que funcionou muito bem, tanto que
hoje somos privilegiados conseguindo transmitir
arquivos, vídeos ou voz em altíssimas velocidades pela
rede.
• No início seus meio de transmissão era cabo coaxial,
configurado para conexão de barramento e utilizava a
taxa de transmissão em torno de 3 Mbps. Seu nome era
Alto Aloha Network. Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 9
Arquitetura Ethernet-Histórico (MENDES, 2007)
• No início a falta de padronização dificultava o
progresso da arquitetura. Então resolveu-se o
problema quando o IEEE (Institute of Electrical and
Electronic Engineers), em 1980, teve como
responsabilidade criar e administrar a padronização
da Ethernet, regulamentando o padrão IEEE 802.3
• Assim qualquer empresa poderia produzir uma placa
de rede utilizando o padrão Ethernet. Essa abertura,
combinada com a facilidade na utilização, bem como
sua robustez, resultou em uma ampla utilização dessa
tecnologia nas redes de computadores de todo o
mundo. Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 10
Arquitetura Ethernet (MENDES, 2007)
• O padrão Ethernet é representado em nossas redes
locais pela placa de rede, também conhecida como NIC
(Network Interface Card). Esse equipamento pode ser
adquirido de diversos fornecedores, em razão da forma
que foi conduzida a padronização do padrão Ethernet.
Assim quando queremos conectar computadores em
rede, devemos adquirir placas de rede que seguem
esse padrão. No mesmo nível do Ethernet (IEEE 802.3),
encontramos a arquitetura Token Ring (IEEE 802.5), o
FDDI (Fiber Distributed Data Interface), o ATM como
também padrão 802.11g que permite a transmissão de
dados em redes sem fio. Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 11
Arquitetura Ethernet (MENDES, 2007)
• Modos de Transmissão: Simplex, Half-Duplex e Full-
Duplex.
• Sinalização da rede Ethernet: analógica e digital.
• As normas da série 802 atuam nas camadas 1 e 2 do
modelo OSI e tem como objetivo descrever a fiação,
topologia física, elétrica e esquemas de acesso para
produtos em rede, facilitando a criação de um sistema
no qual equipamentos possam se comunicar, permitindo
a existência de diferentes protocolos (IP, IPX, ARP) e
métodos de acesso (Ethernet, FDDI e Token Ring),
entre outras combinações.
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 12
Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
• Pode utilizar como meio de comunicação cabos coaxiais,
cabos de par trançado ou ainda fibras ópticas. Os dois
primeiros utilizam tensões elétricas para representar os
bits 0 e 1, enquanto a fibra óptica utiliza luz para
representá-los.
• É possível transmitir dados utilizando topologias em
barramento e em estrela, sendo que a estrela
necessariamente utiliza um HUB ou Switch.
• As redes Ethernet possuem como característica, a disputa
pela utilização do meio de comunicação entre os
computadores. Quando se tem um HUB a mesma
apresenta um problema. 13 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Arquitetura Ethernet (MENDES, 2007)
• O controle de concorrência é feito pelo protocolo CSMA/CD
(Carrier Sense Multiple Acess with Collision Detection -
Portadora de acesso múltiplo com controle /detecção de
colisão). Assim este padrão permite que somente um
equipamento transmita seus bits por vez. Exemplo:
• Qualquer máquina que queira transmitir um bit deverá antes
analisar o meio de comunicação (cabo) e, caso não exista
nenhuma variação de tensão (bits transmitidos) no meio, essa
máquina inicia sua transmissão. O protocolo CSMA/CD ouve
o que está sendo transmitido na rede e da sinal verde para
uma placa de rede iniciar e também faz com que qualquer
estação que queira transmitir escute o meio de acesso (com
cabo ou sem fio) Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 14
Arquitetura Ethernet (MENDES, 2007)
A comunicação segue as seguintes etapas:
• A placa de rede verifica se existe algo sendo transmitido no
momento, daí o nome Carrier Sense;
• Se não houver, transmite a informação e aguarda um
período se necessário para que outro transmissor possa
transmitir;
• Caso ocorra duas informações serem transmitidas
simultaneamente (colisão), seus transmissores aguardarão
um período aleatório para transmitir.
15 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
• Mesmo que tenha este controle, existe a possibilidade de
duas estações iniciarem uma transmissão simultaneamente
e causar uma colisão, fazendo com que as estações
tenham que retransmitir seus bits.
• O protocolo CSMA/CD ajuda a evitar colisões, porém não
garante que elas não acontecerão.
• A colisão caracteriza-se por uma variação de tensão maior
do que a normal utilizada na rede para representar os bits 1
e 0. O computador que identificou a colisão envia uma
mensagem a todos os outros computadores da rede,
solicitando que parem de transmitir, pois uma colisão foi
detectada.
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Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
Detectando Colisões
• É responsabilidade da Placa de Rede
Detectar Colisões. Elas identificam por
meio da percepção, ou seja, o sinal
recebido foi superposto no meio físico
ficando sua frequência alterada.
• Repetidores (HUB) não tratam colisão.
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Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
Atenuação
• Representa a perda de sinal ao longo do caminho.
Se a atenuação for muito grande, será difícil
distinguir se é uma colisão ou se é uma atividade
ruidosa.
• A Colisão significa uma tensão desconhecida
pelas placas de rede, e essa tensão fica maior do
que o normal recebido. Caso exista atenuação a
tensão pode baixar, e a placa de rede pode
receber um sinal que não significa nada.
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 18
Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
• Assim, a colisão não será identificada, e os bits
recebidos não serão os mesmo enviados. Algumas
sugestões p/ que não haja confusão entre uma
colisão e um sinal normal: Manter a distância do
cabo dentro dos padrões e instalar os cabos nas
condições especificadas pelos manuais
especializados.
• Caso o sinal colidido atingir o Repetidor, o sinal é
reconhecido/detectado e transmitido um sinal de
alerta.
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 19
Arquitetura Ethernet
(MENDES, 2007)
• Em um HUB, como todo tráfego da sub-rede
passa por ele, qualquer detecção indicando
atividade simultânea em duas ou mais de suas
portas é evidência de colisão. O próprio HUB
encarrega-se de enviar um sinal a todas as
placas de rede informando sobre o ocorrido, até
que todas as estações percebam o que ocorreu.
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 20
Arquitetura Ethernet Original
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 21
Arquitetura Ethernet
De acordo com a especificação dos fios temos:
• 10 base 2 = Ethernet 10 Mbps com coaxial
fino RG58, Coaxial 50 Ohm;
• 10 base 5 = Ethernet 10 Mbps com coaxial
grosso RG11, Coaxial 50 Ohm;
• 10 base T = Ethernet 10 Mbps com par
trançado categoria 3, Par Trançado;
• 100 base TX= Ethernet 100 Mbps com par
trançado categoria 5, Par Trançado.
22 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 23 http://learn-networking.com/network-design/a-brief-overview-of-ethernet-history
MODELO OSI
(Open Systems Interconnection)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 24
Modelo OSI
• A ISO, uma das principais organizações no que se
refere à elaboração de padrões de comunicação de
âmbito mundial, com o objetivo de facilitar o processo
de padronização e obter interconectividade entre
máquinas de diferentes fabricantes, aprovou no início
da déc. 80, um modelo de arquitetura para sistemas
abertos, chamado OSI, visando permitir a
comunicação entre máquinas heterogêneas e
definindo diretivas genéricas para a construção de
redes de computadores independente da tecnologia
de implementação. (PINHEIRO, 2004)
25 Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca
Modelo OSI
• Definição do modelo (padrão p/ arquitetura de sistema
aberto) - O padrão criado para o modelo OSI define
exatamente o que cada camada deve fazer, mas não
define como isto será feito, ou seja, define os serviços
que cada camada deve prestar, mas não o protocolo
que os realizará;
• Definição dos protocolos de cada camada – Define
os padrões dos componentes que fazem parte do
modelo (padrões de interoperabilidade e portabilidade),
não só os relacionados à comunicação, mas também
alguns não relacionados como a estrutura de
armazenamento de dados e outros; (PINHEIRO, 2004) Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 26
Modelo OSI
• Seleção dos perfis funcionais – Etapa realizada pelos
órgãos de padronização de cada país que escolhem os
padrões que lhes cabem, baseados em condições
tecnológicas, base instalada, visão futura, etc.
• A arquitetura de uma rede é formada por camadas,
interfaces e protocolos. As camadas são processos,
implementados por hardware ou software, que se
comunicam com o processo correspondente na outra
máquina. Cada camada oferece um conjunto de
serviços ao nível superior, usando funções realizadas
no próprio nível e serviços disponíveis nos níveis
inferiores. (PINHEIRO, 2004) 27
Modelo OSI
• Em uma estrutura baseada em camadas, os dados
transferidos em uma comunicação de um nível
específico não são enviados diretamente ao processo
do mesmo nível em outra estação, mas descem,
através de cada camada da máquina transmissora até
o nível inicial, onde é transmitido, para depois subir
através de cada nível da máquina receptora.
• Em cada camada podem ser definidos um ou mais
protocolos. Já as interfaces, representam o limite
entre cada nível onde uma camada compreende as
informações vindas de outra camada. (PINHEIRO, 2004)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 28
Modelo OSI
(Open Systems Interconnection)
• O comitê ISO assumiu o método “dividir para
conquistar”, dividindo o processo complexo de
comunicação em pequenas sub-tarefas
(camadas), de maneira que os problemas
passem a ser mais fáceis de tratar e as sub-
tarefas melhor otimizadas. O modelo ISO/OSI é
constituído por sete camadas, descritas
sucintamente a seguir de baixo para cima.
(PINHEIRO,2004)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 29
Camadas Modelo OSI
APLICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
SESSÃO
TRANSPORTE
REDE
ENLACE
FÍSICA 30
Modelo OSI Resumo Camadas comparado ao modelo telefônico
• Camada 1 (Física): Define a conexão física
entre o sistema computacional e a rede.
Especifica o conector, a pinagem, níveis de
tensão, dimensões físicas, características
mecânicas e elétricas, etc. Esta camada está
totalmente ligada ao hardware, enquanto que
as outras camadas cuidam do software.
Equipamentos: Placa de Rede, conector de
telefone (RJ-11) e o conector de redes Ethernet
RJ-45. (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 31
Modelo OSI
• Camada 2 (Enlace): Aqui a informação é
formatada em quadros (frames). Um quadro
representa a exata estrutura dos dados
fisicamente transmitidos através do fio ou outro
meio. Faz a interface confiável entre o meio
físico e os dados do computador, detectando
erros e controlando o fluxo. Ex.: Tirar o telefone
do gancho, se ouvir o dial-tone poderá fazer a
ligação, se não ouvir o tom, temos problemas.
• (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 32
Modelo OSI
• Camada 3 (Rede): O roteamento dos dados
através da rede é implementado aqui. É
responsável pelo redirecionamento dos pacotes
entre redes diferentes. Ex.: ao digitarmos o
numero do telefone que queremos conversar,
1º vem o DDD (rota) e depois o destino que se
deve seguir, a partir daí será definido a rota
entre os caminhos possíveis pelos troncos da
telefonia. • (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 33
Modelo OSI
• Camada 4 (Transporte): Efetua os processos
de sequenciamento e, em alguns casos,
confirmação de recebimento dos pacotes de
dados. Controla o fluxo de dados entre o
emissor e o receptor. Ex.: Uma pessoa se falar
muito rápido a outra não conseguirá ouvir ou
entender. Essa camada também realiza o
controle e o estabelecimento de um nível de
conversa e recebe os dados da camada
superior e divide-os em pacotes. (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 34
Modelo OSI
• Camada 5 (Sessão): Estabelece e encerra os
enlaces de comunicação. Inicia a comunicação fim
a fim e complementa as funções da camada 4. A
conversa pode ser interrompida e reiniciada no
ponto em que parou em virtude de essa conversa
estar sempre sendo gerenciada. A camada de
sessão estabelece um canal de comunicação entre
os usuários emissor e receptor. Ex.: no mundo
telefônico, temos o estabelecimento e o
gerenciamento do diálogo entre duas pessoas
conectadas por uma linha telefônica. (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 35
Modelo OSI
• Camada 6 (Apresentação): Aqui os dados são
convertidos e garantidos em um formato
universal/padrão. Ex.: a conversão da onda
analógica da voz para o sinal digital entendido
pela secretária eletrônica. (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 36
Modelo OSI
• Camada 7 (Aplicação): Esta camada funciona
como uma interface de ligação entre os processos
de comunicação de rede e as aplicações utilizadas
pelo usuário. Determina como ocorrerá o diálogo
identificando nomes ou endereços. Ex.: em uma
ligação, isso pode ser feito por uma BINA (B
identifica o número A), que representa a interface
entre o protocolo de comunicação (voz) e o
aplicativo que pediu ou receberá a informação por
meio de rede (usuário). (MENDES, 2007)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 37
Modelo OSI
(Open Systems Interconnection) • Cada camada se comunica com sua semelhante
em outro computador. Quando a informação é
passada de uma camada para outra inferior, um
cabeçalho é adicionado aos dados para indicar de
onde a informação vem e para onde vai. O bloco
de cabeçalho+dados de uma camada é o dado da
próxima camada. • (CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 38
Modelo OSI
(Camada de Aplicação) A camada de aplicação é o nível que possui o maior
número de protocolos existentes, devido ao fato de estar
mais perto do usuário e os usuários possuírem
necessidades diferentes.
Esta camada fornece ao usuário uma interface que
permite acesso a diversos serviços de aplicação,
convertendo as diferenças entre diferentes fabricantes p/ um
denominador comum. Ex.: em uma transferência de arquivos
entre máquinas de diferentes fabricantes pode haver
convenções de nomes diferentes (DOS tem uma limitação
de somente 8 caracteres para o nome de arquivo, UNIX
não), formas diferentes de representar as linhas, e assim por
diante. (CBPF, 2001)
39
Modelo OSI
(Camada de Aplicação) • Transferir um arquivo entre os dois sistemas requer uma
forma de trabalhar com essas incompatibilidades, e
essa é a função da camada de aplicação. O dado
entregue pelo usuário à camada de aplicação do
sistema recebe a denominação de SDU (Service Data
Unit). A camada de aplicação, então, junta a SDU (no
caso, os dados do usuário) um cabeçalho chamado PCI
(Protocol Control Information). O objeto resultante desta
junção é chamado de PDU (Protocol Data Unit), que
corresponde à unidade de dados especificada de um
certo protocolo da camada em questão. (CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 40
Modelo OSI
(Camada de Aplicação) • Esta camada faz a interface entre o protocolo de
comunicação (a voz ou o browser) e o aplicativo que
pediu ou receberá a informação por meio da rede
(secretária eletrônica do receptor). Na computação, a
camada converte os dados de uma mensagem de e-
mail (lida pelo usuário) em bits, anexando um cabeçalho
p/ identificar o computador-emissor e o computador-
receptor. Suas principais funções: determinar como
ocorrerá o diálogo, identificar endereços ou nomes,
controlar o acesso e a interligação dos dados. • Atuam nesta camada os aplicativos: programas de e-mail, processadores de
texto, planilhas eletrônicas e Browsers. (MENDES, 2007) Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 41
Modelo OSI
(Camada de Apresentação) • A função desta camada é assegurar que a
informação seja transmitida de tal forma que possa
ser entendida e usada pelo receptor. Dessa forma,
este nível pode modificar a sintaxe da mensagem,
mas preservando sua semântica.
• Também chamada de Camada de Tradução (do
sinal analógico p/ o digital), por converter o formato
do dado recebido pela camada de aplicação em um
formato comum a ser usado na transmissão desse
dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo
usado. (MENDES, 2007, CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 42
Modelo OSI
(Camada de Apresentação) • Ex.: uma aplicação pode gerar uma mensagem em
ASCII mesmo que a estação interlocutora utilize outra
forma de codificação (como EBCDIC). A tradução entre
os dois formatos é feita neste nível.
• A camada de apresentação também é responsável por
outros aspectos da representação dos dados, como
criptografia e compressão de dados.
• A compreensão dos dados pega os dados recebidos da
camada 7 e os compacta (como no Winrar ou Zip). A
camada 6 do dispositivo receptor fica responsável por
descompatar esses dados, dessa forma, a transmissão
fica mais rápida, já que haverá menos dados a serem
transmitidos. (MENDES, 2007; CBPF, 2001) 43
Modelo OSI
(Camada de Sessão) • A função da camada de sessão é administrar e
sincronizar diálogos entre dois processos de aplicação.
Este nível oferece dois tipos principais de diálogo: half
duplex e full duplex.
• O nível de sessão fornece mecanismos que permitem
estruturar os circuitos oferecidos para o nível de
transporte. Neste nível ocorre a quebra de um pacote
com o posicionamento de uma marca lógica ao longo
do diálogo. Esta marca tem como finalidade identificar
os blocos recebidos para que não ocorra uma recarga,
quando ocorrer erros na transmissão. (MENDES, 2007; CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 44
Modelo OSI
(Camada de Sessão) • Essas marcações são também chamadas de pontos
de sincronização e têm como objetivo restabelecer
uma comunicação interrompida por algum motivo a
partir do ponto de interrupção.
• Uma sessão permite transporte de dados de uma
maneira mais refinada que o nível de transporte em
determinadas aplicações. Caso a rede falhe, os
computadores reiniciam a transmissão dos dados a
partir da última marcação recebida pelo computador-
receptor. (MENDES, 2007; CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 45
Modelo OSI
(Camada de Sessão) • Uma sessão pode ser aberta entre duas estações a fim
de permitir a um usuário se logar em um sistema
remoto ou transferir um arquivo entre essas estações.
Os protocolos desse nível tratam de sincronizações
(checkpoints) na transferência de arquivos.
• Ex.: o processo utilizado por aplicativos de download
de e-mails, que quando se está baixando e-mails de
um servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol),
podem ocorrer interrupções na comunicação, e quando
voltar a ser executado, o download continua a partir do
ponto que parou, não sendo necessário reiniciá-lo. (MENDES, 2007; CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 46
Modelo OSI
(Camada de Transporte) • A camada de transporte inclui funções relacionadas com
conexões entre a máquina fonte e máquina destino,
segmentando os dados em unidades de tamanho
apropriado para utilização pelo nível de rede, seguindo
ou não as orientações do nível de sessão.
• As principais funções do nível de transporte são a criar
conexões para cada requisição vinda do nível superior,
multiplexar as várias requisições vindas da camada
superior em uma única conexão de rede, dividir as
mensagens em tamanhos menores, a fim de que
possam ser tratadas pelo nível de rede e estabelecer e
terminar conexões através da rede. (CBPF, 2001) Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 47
Modelo OSI
(Camada de Transporte) • Sob condições normais, o nível de transporte cria uma
conexão distinta para cada conexão de transporte
requisitada pelo nível superior. Se a conexão de
transporte requisitada necessita uma alta taxa de
transmissão de dados, este nível pode criar múltiplas
conexões de rede, dividindo os dados através da rede
para aumentar a velocidade de transmissão, conforme as
indicações do nível de sessão. Por outro lado, a camada
de transporte pode multiplexar as várias conexões de
transporte na mesma conexão de rede, a fim de reduzir
custos. Em ambos os casos, a camada de transporte
deixa essa multiplexação transparente ao nível superior. (CBPF, 2001)
Redes de Computadores 1 - Prof. Patricia G. Pagliuca 48
Modelo OSI
(Camada de Transporte) • Existem várias classes de serviço que podem ser
oferecidas ao nível superior, e, em última instância,
aos usuários da rede. A mais popular é uma
comunicação através de um canal ponto-a-ponto
livre de erros, que envia as mensagens
sequencialmente, na mesma ordem que elas foram
recebidas. Existem outras classes permitidas, como