Top Banner
Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004
28

Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Apr 16, 2015

Download

Documents

Internet User
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP.

Dr. Ronaldo Laranjeira

São Paulo, 08 de Setembro de 2004

Page 2: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

RoteiroRoteiro

Caracterização do Problema e Implicações

Características da População Médica Brasileira

Descrição da Rede de Apoio a Médicos

Avaliação de dois anos de funcionamento

Discussão

Page 3: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Epidemiologia Mesmos índices da população geral1

Razões de uso diferem entre os grupos: Estudantes: mesmas drogas, início começa

antes da faculdade, e se intensifica no decorrer do curso.

Residentes: BZD e opióides, auto-medicação, auto-prescrição, 10%.

Médicos: BZD e opióides mais freqüentes2.

²Hughes et al., 1992

1Brewster et al, 1986

Bloco I

Page 4: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Fatores de Risco 1,2,3

História de uso de substâncias ilícitas Especialidade e acesso a drogas4

Aqueles com padrão de “over-prescription”

Predisposição genética, história familiar Estresse e estratégias de habilidades

sociais pobres, personalidade5

Educação sobre dependência deficiente.

²Wright, 1990

3Alcohol medical scholars.¹Talbott, 19874Gallegos, 1988

5Jex, 1992

Page 5: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Um em cada 15 médicos apresenta problemas atuais com álcool e drogas

Em geral há dificuldade em aceitar o papel de paciente No entanto, a maioria dos estudos mostra melhores

resultados no tratamento de médicos em relação à população geral: em média 70-80% de sucesso.

pouca correlação com a substância pouca correlação com a especialidade

Níveis de abstinência em dois anos: 96% x 64% (diferença entre médicos que usaram e não usaram exames de rastreamento) Shore, 1987

Introdução: Conceitos Gerais

Page 6: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Sinais de Alerta Isolamento Discussões freqüentes Desorganização, Inacessibilidade Faltas freqüentes Visitas a pacientes em horários

impróprios Prescrições para familiares Tentativa de suicídio Overdose1,2

1Breiner, 1979²American Society of Anesthesiology

Page 7: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Demora na Detecção:

Independência “Negação Maligna” “Conhecimento é protetor” Medo das conseqüências Senso comum de intratabilidade “Conspiração do Silêncio”

Page 8: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Tratamento Tratamento de grupos específicos têm

demonstrado melhores resultados (grupos étnicos, sexo, adolescente, idosos) 1

Melhor desempenho dos médicos se tratados com os pares, por médicos: Auto-imagem, identificação, Mesmos problemas acerca da licença médica,

características sociais e de acesso a drogas 2

¹CSAM Addiction Medicine2BMA,1988

Page 9: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Tratamento Dados Variáveis (27 a 96%)1,2

Maioria dos estudos mostra melhores resultados que a população geral

70-80% “sucesso” pouca correlação com a substância pouca correlação com a especialidade

Contrato de Contingência3

²CSAM Addiction Medicine

1Alcohol medical scholars. 3Crowley, 1986

Page 10: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Prognóstico

Taxas de abstinência: 96% X 64% (diferenças em estudo de seguimento conforme realização ou não de screening urinário, estudo em Oregon)1

Melhor prognóstico se envolvido em programas específicos2

A maioria volta a exercer a profissão 3

²CSAM Addiction Medicine

¹Shore, 1987. 3Gallegos, 1989

Page 11: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Pouco conhecimento sobre Dependências e Saúde Mental.

Visão negativa de assuntos relacionados à saúde mental.

Jornada de trabalho: 15 h a mais que outras profissões¹.

Muitas faculdades de medicina. Baixos rendimentos. Múltiplos empregos. Risco de agressão em pronto-socorros. Muitos acidentes de trânsito em médicos jovens.

Caracterização da População Médica Brasileira

¹Desgaste Físico e Mental do Cotidiano Médico – SIMESP 2002.

Bloco II

Page 12: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Convênio entre o Conselho Regional de Medicina e a Escola Paulista de Medicina.

Formação de uma Rede de Profissionais para atendimento dos médicos com problemas relacionados à álcool e drogas.

Triagem, Orientação, Avaliação, Discussão Clínica, Encaminhamento e Tratamento.

Rede de Apoio a Médicos

Bloco III

Page 13: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Contato inicial por telefone fixo, celular ou e-mail

25 médicos psiquiatras no Estado, alocados nas principais cidades.

Tratamento visa a reintegração do médico. Proteção do médico e do público. Consultoria Jurídica. O que não é? Instância pericial, administrativa,

punitiva ou disciplinar. Não é disque-denúncia.

Rede de Apoio a Médicos

Page 14: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Rede de Apoio a MédicosABRANGÊNCIA

SANTOS

Especialista em Dependências

Psiquiatra Geral

Page 15: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Como Tratar Paciente-médico? Realizar a anamnese do paciente-médico, incluindo

detalhes sobre auto-medicação; Anotar, à parte, o diagnóstico oferecido; Examinar o paciente-médico em ótimas

circunstâncias; Falar com familiares para acrescentar detalhes,

reforçar explicações sobre a conduta; Verificar se ele comparece às consultas; Oferecer subsídios para uma segunda opinião; Desencorajar quaisquer desvios de procedimentos

para proteger o paciente-médico

O Médico Como Paciente - Drª. Alexandrina M. Meleiro.

Page 16: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Informar ao colega sobre as características, possibilidades terapêuticas e desdobramentos da doença, se tratada ou não;

Perceber e diminuir suas inquietações, esclarecendo as dúvidas e as interpretações distorcidas do colega;

Ressaltar os benefícios da adesão; Esclarecer os tópicos que orientem o paciente e sua

família sobre como prever, detectar e tratar as emergências, até receber o atendimento de um colega;

Orientar o colega para que evite auto-diagnóstico e auto-medicação.

Ou seja, nada diferente do tratamento com qualquer paciente.

Como Tratar Paciente-médico?

O Médico Como Paciente - Drª. Alexandrina M. Meleiro.

Page 17: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Organograma

T e rm o deC o nse ntim e n to

C o ntra to deC o nting ên c ia

In stru m e ntos deA va lia ção

In stru m e ntos deA va lia ção

E nca m inh am en toD isc . C lín ica

A va lia çãoF ina l

A va liaçõe s deS eg u im en to

E nca m inh am en toT ra tam en to

D e sin tox icaçãoA m b ula to ria l

D iscussãoC lín ica

C on su lto r iaJu r íd ica

A va lia çãoIn ic ia l

C r ité rio s pa raA d m issão

T r ia ge m T e le fô n icaO r ien tação

Page 18: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Funcionamento Esquemático

Orientação ou

Tratamento

Atendimento Inicial

Triagem Telefônica ou por e-

mail

Planejamento Estratégico/Treinamento Análise de

Demandas(Pontos Fortes e Fracos)

Análise de Custo e

Benefícios

Avaliação do Tratamento

e do Serviço

Seguimentoa

Longo Prazo

Supervisãoe

Coordenação

Page 19: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Instrumentos de Avaliação Termo de consentimento livre e esclarecido Inventário sócio-demográfico. ASI (Addiction Severity Index) SCID-1. URICA (Escala Auto-aplicável de Motivação) SF-36 (Qualidade de Vida) EAS (Escala de Adequação Social) Questionário Elaborado pelos Autores

Page 20: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

156 MÉDICOS

13

34

21 97

EM TRATAMENTO

OUTROS ESTADOS

SEMTRATAMENTOMORTES

DESAPARECIDO

Page 21: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Substâncias Mais Consumidas

6522

2116

225

110

0 10 20 30 40 50 60 70

ALCOOL BZDsCOCAINA/ CRACK MACONHAOPIACEOS ANFETAMINASTABACO INDEFINIDO

Page 22: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Outros Diagnósticos

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Page 23: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Quem decidiu pelo tratamento?

1

18

53

22Própria

Familiares

Colegas

Outros

Page 24: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Estudo Transversal

0

50

100

Problemas em Decorrência do Uso de Substâncias

Na profissãoNo CasamentoNo Exercício InternadoAcidente AutoPerda de EmpregoProblemas c/ JustiçaC/ o Conselho Regional

1Alves, HNP; Laranjeira, RR; Nogueira-Martins, LA; Marques, ACRP; Surjan, JC; Guerra, AA; Ramos, SP, Revista da AMB.

Page 25: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

O Que tem funcionado bem

Bloco IV

Atendimento telefônico, por e-mail e celular. Tempo entre o primeiro contato telefônico e a primeira

entrevista. Encaminhamento. Tratamento ambulatorial. Retorno ao trabalho. Garantia de sigilo. Contrato de Contingência. Mudança cultural. Apoio do Conselho Regional de Medicina Consultoria Jurídica.

Page 26: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

O que pode melhorar Divulgação. Médicos resistentes ao tratamento: protocolos e

fluxogramas mais bem definidos. Proposta de atendimento para médicos com problemas

relacionados ao tabaco. Atendimento em grupo, com vista a formar um grupo de

auto-ajuda. Estrutura para tratamento em regime de internação. Avaliação de necessidades. Integração com outros estados. Melhor receptividade na comunidade médica de temas

relacionados à saúde mental e à dependência. Atendimento de casos menos graves.

Page 27: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

RoteiroRoteiro

Caracterização do Problema e Implicações

Características da População Médica Brasileira

Descrição da Rede de Apoio a Médicos

Avaliação de dois anos de funcionamento

Discussão

Page 28: Rede de Apoio a Médicos UNIFESP/CREMESP. Dr. Ronaldo Laranjeira São Paulo, 08 de Setembro de 2004.

Discussão

[email protected]

tel.: (11)5579-5643cel.: (11)9616-8926

Bloco IV

São Paulo, 08 de Setembro de 2004