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AVALIAO E NOTA NA
REDAO
Sua redao ser avaliada por dois professores os quais
atribuir uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para
cada uma das cinco competncias abaixo, e a soma desses
pontos compor a nota total de cada avaliador, que pode chegar
a 1000 (mil) pontos.
Os dois professores avaliaro seu desempenho de acordo com os
seguintes critrios:
Competncia 1: Demonstrar domnio da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa.
... Voc j aprendeu que as pessoas no escrevem e falam do
mesmo modo, uma vez que so processos diferentes, cada qual
com caractersticas prprias. Na escrita formal, por exemplo,
deve-se evitar, ao relacionar ideias, o emprego repetido de
palavras, como e, a, da, ento, prprias de um uso
mais informal.
Por isso, para atender a essa exigncia, voc precisa ter
conscincia da distino entre a modalidade escrita e a oral,
bem como entre registro formal e informal.
Competncia 2: Compreender a proposta de redao e aplicar conceitos das vrias reas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo em prosa.
Nessa redao, o participante deve evitar elaborar um texto de
carter apenas expositivo. preciso apresentar um texto que
expe um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma
posio, uma tese. dessa forma que se atende s exigncias
expressas pela Competncia 2 da Matriz de Avaliao do Enem.
O tema constitui o ncleo das ideias sobre as quais a tese se
organiza. Em mbito mais abrangente, o assunto recebe uma
delimitao por meio do tema, ou seja, um assunto pode ser
abordado por diferentes temas.
... Vamos aproveitar o tema da redao do Enem 2012 para
explicar essa diferena.
O tema proposto no Exame de 2012 foi O movimento
imigratrio para o Brasil no sculo XXI. Esse tema se vincula
ao assunto mais amplo imigrao e envolve a discusso
sobre as vantagens e desvantagens da presena de imigrantes
na vida cotidiana brasileira; o impacto dessa presena na
economia do pas; as formas de tratamento dessa nova
populao; e a influncia de novas culturas na cultura local,
entre outras abordagens possveis dentro do assunto.
O que fuga total ao tema?
Considera-se que
uma redao tenha fugido ao
tema quando nem o assunto
mais amplo nem o tema
proposto so desenvolvidos.
No Enem 2014,
recebeu a rubrica fuga ao
tema a redao cujo texto se
estruturou integralmente em
assuntos que no o solicitado, como segurana pblica, violncia,
meio ambiente, corrupo, entre outros, sem vincul-los ao eixo
temtico proposto (Publicidade infantil em questo no Brasil).
A sua redao atender s exigncias de
elaborao de um texto dissertativo
argumentativo se combinar dois
princpios de estruturao:
I. Apresentar uma tese, desenvolver justificativas para
comprovar essa tese e uma concluso que d um fecho
discusso elaborada no texto, compondo o processo
argumentativo.
TESE a ideia que voc vai defender no seu texto. Ela deve estar relacionada ao tema e apoiada em
argumentos ao longo da redao.
II. Utilizar estratgias argumentativas para expor o
problema discutido no texto e detalhar os argumentos
utilizados.
ARGUMENTOS a justificativa para convencer o
leitor a concordar com a tese defendida. Cada
argumento deve responder pergunta Por qu? em relao tese defendida.
ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS So recursos
utilizados para desenvolver os argumentos, de
modo a convencer o leitor, como:
exemplos; dados estatsticos; pesquisas; fatos comprovveis; citaes ou depoimentos de pessoas especializadas no
assunto; aluses histricas; e comparaes entre fatos, situaes, pocas ou lugares
distintos.
Competncia 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um
ponto de vista.
... preciso que elabore um texto que apresente, claramente,
uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a
posio assumida por voc em relao temtica exigida pela
proposta de redao.
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Esta Competncia trata da inteligibilidade do texto, ou seja, da
sua coerncia, da plausibilidade entre as ideias apresentadas.
A inteligibilidade da sua redao depende, portanto, dos
seguintes fatores:
relao de sentido entre as partes do texto;
preciso vocabular;
progresso temtica adequada ao desenvolvimento do
tema, revelando que a redao foi planejada e que as ideias
desenvolvidas so pouco a pouco apresentadas, em uma
ordem lgica; e
adequao entre o contedo do texto e o mundo real.
Competncia 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingusticos necessrios para a construo da argumentao.
A organizao textual exige que as frases e os pargrafos
estabeleam entre si uma relao que garanta a sequenciao
coerente do texto e a interdependncia entre as ideias. Esse
encadeamento pode ser expresso por conjunes, por
determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da
articulao dessas ideias. Preposies, conjunes, advrbios e
locues adverbiais so responsveis pela coeso do texto,
porque estabelecem uma inter-relao entre oraes, frases e
pargrafos. Cada pargrafo ser composto de um ou mais
perodos tambm articulados; cada ideia nova precisa
estabelecer relao com as anteriores.
Assim, na produo da sua redao, voc deve utilizar variados
recursos lingusticos que garantam as relaes de continuidade
essenciais elaborao de um texto coeso.
Resumindo: na elaborao da redao, voc deve evitar:
frases fragmentadas que comprometam a estrutura
lgico-gramatical;
sequncia justaposta de ideias sem encaixamentos
sintticos, reproduzindo usos tpicos da oralidade;
frase com apenas orao subordinada, sem orao
principal;
emprego equivocado do conector (preposio, conjuno,
pronome relativo, alguns advrbios e locues adverbiais)
que no estabelea relao lgica entre dois trechos do
texto e prejudique a compreenso da mensagem;
emprego do pronome relativo sem a preposio, quando
obrigatria; e
repetio ou substituio inadequada de palavras sem se
valer dos recursos oferecidos pela lngua (pronome,
advrbio, artigo, sinnimo).
Competncia 5: Elaborar proposta de interveno para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Aqui, a sua redao, alm de apresentar uma tese sobre
o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma
proposta de interveno na vida social. Essa proposta deve
considerar os pontos abordados na argumentao, deve manter
vnculo direto com a tese desenvolvida no texto e coerncia com
os argumentos utilizados, j que expressa a sua viso, como
autor, das possveis solues para a questo discutida.
A proposta de interveno precisa ser detalhada de
modo a permitir ao leitor o julgamento sobre sua exequibilidade,
portanto, deve conter a exposio da interveno sugerida e o
detalhamento dos meios para realiz-la.
A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de
mundo de quem a redige, e a coerncia da argumentao ser
um dos aspectos decisivos no processo de avaliao. necessrio
que ela respeite os direitos humanos, que no rompa com
valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade
cultural.
Ao redigir seu texto, procure evitar propostas vagas,
gerais; busque propostas mais concretas, especficas, consistentes
com o desenvolvimento de suas ideias. Antes de elaborar sua
proposta, procure responder s seguintes perguntas: O que
possvel apresentar como proposta de interveno na vida social?
Como viabilizar essa proposta?
O seu texto ser avaliado, portanto, com base na combinao dos
seguintes critrios:
a) presena de proposta x ausncia de proposta; e
b) proposta com detalhamento dos meios para sua
realizao x proposta sem o detalhamento dos meios
para sua realizao.
RREEDDAAOO
NNOOTTAA 11000000
Para o seu bom desempenho, voc deve fazer, antes de
escrever sua redao, uma leitura cuidadosa da proposta
apresentada, dos textos motivadores e das instrues, a fim de
que possa compreender perfeitamente o que est sendo
solicitado.
O tema de redao vem sempre acompanhado, na
proposta, de textos motivadores. Em geral, so textos em
linguagem verbal e em linguagem no verbal (imagem) que
remetem ao tema proposto a fim de orientar sua reflexo.
Assim, para elaborar uma redao de qualidade, voc
deve seguir as seguintes recomendaes:
a) ler com bastante ateno o tema proposto e observar a
tipologia textual exigida (texto dissertativo-
argumentativo);
b) ler os textos motivadores, observando as palavras ou os
fragmentos que indicam o posicionamento dos autores;
c) identificar, em cada texto motivador, a tese e os
argumentos apresentados pelos autores em defesa de
ponto de vista;
d) refletir sobre o posicionamento dos autores dos textos
motivadores; e
e) ler atentamente as instrues apresentadas aps os
textos motivadores.
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1998 A 2014
ENEM 1998 |
Redija um texto dissertativo, sobre o tema Viver e
Aprender, no qual voc exponha suas ideias de forma clara,
coerente e em conformidade com a norma culta da lngua, sem
se remeter a nenhuma expresso do texto motivador O Que O
Que .
D um ttulo sua redao, que dever ser apresentada
a tinta e desenvolvida na folha anexa ao Carto-Resposta. Voc
poder utilizar a ltima pgina deste Caderno de Questes para
rascunho.
COMENTRIO PROPOSTA
ENEM 1999 |
O encontro Vem ser cidado reuniu 380 jovens de 13
Estados, em Faxinal do Cu (PR). Eles foram trocar experincias
sobre o chamado protagonismo juvenil.
O termo pode at parecer feio, mas essas duas palavras
significam que o jovem no precisa de adulto para encontrar o seu
lugar e a sua forma de intervir na sociedade. Ele pode ser
protagonista.
([Adaptado de] Para quem se revolta e quer agir, Folha de S. Paulo, 16/11/1998)
Depoimentos de jovens participantes do encontro:
Eu no sinto vergonha de ser brasileiro. Eu sinto muito
orgulho. Mas eu sinto vergonha por existirem muitas pessoas
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acomodadas. A realidade est nua e crua. (...) Tem de parar
com o comodismo. No d para passar e ver uma criana na
rua e achar que no problema seu. (E.M.O.S., 18 anos, Minas Gerais)
A maior dica querer fazer. Se voc acomodado, fica
esperando cair no colo, no vai acontecer nada. Existe muita
coisa para fazer. Mas primeiro voc precisa se interessar. (C.S.Jr., 16 anos, Paran)
Ser cidado no s conhecer os seus direitos. participar,
ser dinmico na sua escola, no seu bairro. (H.A., 19 anos, Amazonas)
(Depoimentos extrados de Para quem se revolta e quer agir, Folha de S. Paulo, 16/11/1998)
Com base na leitura dos quadrinhos e depoimentos,
redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo,
sobre o tema: Cidadania e participao social.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos ao longo de sua formao. Depois de
selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opinies
apresentados em defesa de seu ponto de vista, elabore uma
proposta de ao social.
A redao dever ser apresentada a tinta na cor azul ou
preta e desenvolvida na folha grampeada ao Carto-Resposta.
Voc poder utilizar a ltima pgina deste Caderno de Questes
para rascunho.
COMENTRIO PROPOSTA
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ENEM 2000 |
(...) Esquina da Avenida Desembargador Santos Neves com Rua
Jos Teixeira, na Praia do Canto, rea nobre de Vitria. A.J., 13
anos, morador de Cariacica, tenta ganhar algum trocado
vendendo balas para os motoristas. (...) Venho para a rua desde os
12 anos. No gosto de trabalhar aqui, mas no tem outro jeito.
Quero ser mecnico. A Gazeta, Vitria (ES), 9 de junho de 2000.
dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana
e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito sade,
alimentao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e
convivncia familiar e comunitria, alm de coloca-los a salvo de
toda forma de negligncia, discriminao, explorao, crueldade
e opresso. Artigo 227, Constituio da Repblica Federativa do Brasil.
Entender a infncia marginal significa entender porque um
menino vai para a rua e no escola. Essa , em essncia, a
diferena entre o garoto que est dentro do carro, de vidros
fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete
ou pedir esmola. E essa a diferena entre um pas desenvolvido e
um pas de Terceiro Mundo. Gilberto Dimenstein. O cidado de papel. So Paulo, tica, 2000. 19a. edio.
Com base na leitura da charge, do artigo da
Constituio, do depoimento de A.J. e do trecho do livro O
cidado de papel, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-
argumentativo, sobre o tema: Direitos da criana e do
adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender o seu ponto de vista, elaborando
propostas para a soluo do problema discutido em seu texto.
Observaes:
Lembre-se de que a situao de produo de seu texto
requer o uso da modalidade escrita culta da lngua.
Espera-se que o seu texto tenha mais do que 15
(quinze) linhas.
A redao dever ser apresentada a tinta na cor preta e
desenvolvida na folha prpria.
Voc poder utilizar a ltima folha deste Caderno de
Questes para rascunho.
COMENTRIO PROPOSTA
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ENEM 2001 |
Conter a destruio das florestas se tornou uma
prioridade mundial, e no apenas um problema brasileiro. (...)
Restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura
florestal original. A Europa Ocidental perdeu 99,7% de suas
florestas primrias; a sia, 94%; a frica, 92%; a Oceania, 78%; a
Amrica do Norte, 66%; e a Amrica do Sul, 54%. Cerca de 45%
das florestas tropicais, que cobriam originalmente 14 milhes de
km quadrados (1,4 bilho de hectares), desapareceram nas
ltimas dcadas. No caso da Amaznia Brasileira, o
desmatamento da regio, que at 1970 era de apenas 1%, saltou
para quase 15% em 1999. Uma rea do tamanho da Frana
desmatada em apenas 30 anos. Chega.
Paulo Adrio, Coordenador da Campanha da Amaznia do Greenpeace. http://greenpeace.terra.com.br
Embora os pases do Hemisfrio Norte
possuam apenas um quinto da populao do
planeta, eles detm quatro quintos dos
rendimentos mundiais e consomem 70% da
energia, 75% dos metais e 85% da produo de
madeira mundial. (...)
Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser perguntado se,
depois da independncia, a ndia perseguiria o estilo de vida
britnico, teria respondido: "(...) a Gr-Bretanha precisou de
metade dos recursos do planeta para alcanar sua prosperidade;
quantos planetas no seriam necessrios para que um pas como
a ndia alcanasse o mesmo patamar?"
A sabedoria de Gandhi indicava que os modelos de
desenvolvimento precisam mudar.
O planeta um problema pessoal - Desenvolvimento sustentvel. www.wwf.org.br
De uma coisa temos certeza: a terra no pertence ao homem branco; o
homem branco que pertence terra. Disso temos certeza. Todas as coisas
esto relacionadas como o sangue que une uma famlia. Tudo est
associado.
O que fere a terra, fere tambm os filhos da terra. O homem no tece a teia
da vida; antes um de seus fios. O que quer que faa a essa teia, faz a si
prprio.
Trecho de uma das vrias verses de carta atribuda ao chefe
Seattle, da tribo Suquamish. A carta teria sido endereada ao
presidente norte-americano, Franklin Pierce, em 1854, a
propsito de uma oferta de compra do territrio da tribo feita
pelo governo dos Estados Unidos.
PINSKY, Jaime e outros (Org.).
Histria da Amrica atravs de textos. 3 ed. So Paulo: Contexto, 1991.
Estou indignado com a frase do presidente dos Estados Unidos, George
Bush.
Somos os maiores poluidores do mundo, mas se for preciso poluiremos
mais para evitar uma recesso na economia americana.
R. K., Ourinhos, SP. (Carta enviada seo Correio da Revista Galileu. Ano 10, junho de 2001).
Com base na leitura dos quadrinhos e dos textos, redija um texto
dissertativo-argumentativo sobre o tema: Desenvolvimento e
preservao ambiental: como conciliar os interesses em
conflito?
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender o seu ponto de vista, elaborando
propostas para a soluo do problema discutido em seu texto.
Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos
humanos.
Observaes:
Lembre-se de que a situao de produo de seu texto
requer o uso da modalidade escrita culta da lngua.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou narrativa.
O texto dever ter no mnimo 15 (quinze) linhas escritas.
A redao dever ser apresentada a tinta e desenvolvida
na folha prpria.
O rascunho poder ser feito na ltima pgina deste
Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
A exemplo de exames anteriores, props-se a redao de um texto dissertativo-argumentativo sobre tema momentoso: Desenvolvimento e preservao ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
Ofereceram-se, como subsdios produo do candidato, uma histria em quadrinhos e quatro fragmentos, extrados de diversas fontes e publicados em diferentes pocas.
Para alm do alerta acerca de uma desenfreada devastao ambiental em curso, promovida em nome do desenvolvimento, os textos fornecidos pela Banca contm, em comum, uma espcie de desalento ante a constatao inequvoca da intransigncia humana no que diz respeito necessidade de preservar o ambiente. Como exemplo claro, os dados constantes de relatrio do Greenpeace revelam que
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restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura florestal original e que, no caso da Amaznia Brasileira, o desmatamento da regio saltou para quase 15% em 1999.
Outro exemplo de intransigncia foi protagonizado pela maior potncia mundial, os Estados Unidos, que se assumem como os maiores poluidores do planeta, desde que isso assegure a estabilidade da economia americana.
O candidato que fez uma leitura atenta dos subsdios deve ter percebido que os principais responsveis pelo desequilbrio ecolgico so os pases desenvolvidos paradoxalmente os maiores consumidores da energia, dos metais e da produo de madeira mundial.
Assim, caberia observar que qualquer discusso sria sobre a preservao ambiental deveria implicar um compromisso, por parte de todos os pases liderados pelos industrializados , de dar prioridade s medidas de aproveitamento racional dos recursos naturais, alm de investimento na recuperao do meio ambiente.
A recusa em conciliar interesses conflitantes resultaria, como foi ilustrado na charge, no desaparecimento da palmeira, seguido pela extino do sabi, das flores, das estrelas...
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ENEM 2002 |
Para que existam hoje os direitos polticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus governantes e representantes, a sociedade lutou muito.
www.iarabernardi.gov.br. 01/03/02.
Comcio pelas Diretas J, em So Paulo, 1984.
A poltica foi inventada pelos humanos como o modo
pelo qual pudessem expressar suas diferenas e conflitos sem
transform-los em guerra total, em uso da fora e extermnio
recproco. (...)
A poltica foi inventada como o modo pelo qual a
sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em
comum para aprovar ou reiterar aes que dizem respeito a
todos os seus membros. Marilena Chau. Convite filosofia. So
Paulo: tica, 1994.
A democracia subversiva. subversiva no sentido mais
radical da palavra.
Em relao perspectiva poltica, a razo da preferncia
pela democracia reside no fato de ser ela o principal remdio
contra o abuso do poder. Uma das formas (no a nica) o
controle pelo voto popular que o mtodo democrtico permite
pr em prtica. Vox populi vox dei.
Norberto Bobbio. Qual socialismo? Discusso de uma alternativa.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Texto adaptado.
Se voc tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas
prximas eleies. Se voc tem 16 ou 17 anos, pode votar ou
no.
O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que
alucinem. Que se metam onde no so chamados. Que sejam
encrenqueiros e barulhentos. Que, enfim, exijam o impossvel.
Resta construir o mundo do amanh. Parte desse
trabalho votar. No s cumprir uma obrigao. Tem de votar
com hormnios, com ambio, com sangue fervendo nas veias.
Para impor aos vitoriosos suas exigncias antes e
principalmente depois das eleies.
Andr Forastieri. Muito alm do voto. poca. 6 de maio de
2002. Texto adaptado.
Considerando a foto e os textos apresentados, redija um
texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O direito de
votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as
transformaes sociais de que o Brasil necessita?
Ao desenvolver o tema, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies, e elabore propostas para defender seu ponto de vista.
Observaes:
Lembre-se de que a situao de produo de seu texto
requer o uso da modalidade escrita culta da lngua
portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou narrao.
O texto dever ter no mnimo 15 (quinze) linhas escritas.
A redao dever ser apresentada a tinta e desenvolvida
na folha prpria.
O rascunho poder ser feito na ltima pgina deste
Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
Mais do que nunca, a Banca Examinadora do ENEM mostrou-se sintonizada com os assuntos que vm mobilizando a opinio pblica ao propor o direito de votar como tema a ser
desenvolvido numa dissertao. Para orientar o candidato, apresentaram-se, alm de uma foto do Comcio Diretas J, realizado na capital paulista no ano de 1984, diversos fragmentos extrados das mais diferentes fontes: o primeiro, divulgado na Internet, referindo-se diretamente luta empreendida pela sociedade para que se conquistassem os direitos polticos em especial aqueles relacionados ao voto; j o segundo, da filsofa Marilena Chau, definindo a poltica como uma inveno que possibilitou aos humanos expressar suas diferenas e conflitos por meio de discusses, deliberaes e decises feitas em comum. No terceiro texto, Norberto Bobbio explica sua opo pela democracia por consider-la o principal remdio contra o abuso de poder, pela via do voto popular. No quinto e ltimo texto, o jornalista Andr Forastieri convoca o segmento jovem a ir alm da obrigao e votar com hormnios com ambio, com sangue fervendo nas veias em suma, a participar ativamente da construo do mundo futuro.
Aps a leitura atenta de todos esses textos, o candidato deveria selecionar as ideias e informaes que fossem ao encontro de seus prprios pontos de vista acerca do assunto. Caberia, por exemplo, proceder a uma anlise crtica dos fatores que tm levado muitos cidados jovens, inclusive a encarar o voto como dever, como instrumento de manuteno do establishment, e no como meio de promoo das transformaes sociais necessrias ao pas. Tanto para justificar quanto para condenar tal desinteresse, seria apropriado mencionar os constantes abusos de poder, protagonizados em grande parte pelos polticos, que tm levado o Brasil a figurar com destaque na lista dos pases mais corruptos do mundo. Assim, se por um lado o uso indevido da prerrogativa poltica pode gerar nos cidados eleitores uma apatia em relao possibilidade de mudanas, pode, por outro, impulsionar o desejo de fazer valer o sentido real de democracia e apostar naquilo que, at onde se sabe, o nico e mais eficaz meio de pr fim aos abusos: o voto.
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ENEM 2003 |
Para desenvolver o tema da redao, observe o quadro e leia os
textos apresentados a seguir:
Entender a violncia, entre outras coisas, como fruto de nossa
horrenda desigualdade social, no nos leva a desculpar os
criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de
investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema:
incrementar violncia por meio da represso ou tomar medidas
para sanear alguns problemas sociais gravssimos?
(Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo)
Ao expor as pessoas a constantes ataques sua integridade fsica
e moral, a violncia comea a gerar expectativas, a fornecer
padres de respostas. Episdios truculentos e situaes-limite
passam a ser imaginados e repetidos com o fim de legitimar a
ideia de que s a fora resolve conflitos. A violncia torna-se um
item obrigatrio na viso de mundo que nos transmitida. O
problema, ento, entender como chegamos a esse ponto.
Penso que a questo crucial, no momento, no a de saber o
que deu origem ao jogo da violncia, mas a de saber como parar
um jogo que a maioria, coagida ou no, comea a querer
continuar jogando.
(Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.)
Considerando a leitura do quadro e dos textos, redija um
texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A violncia na
sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?
Instrues:
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo
de sua formao. Selecione, organize e relacione
argumentos, fatos e opinies para defender seu ponto
de vista, elaborando propostas para a soluo do
problema discutido em seu texto. Suas propostas devem
demonstrar respeito aos direitos humanos.
Lembre-se de que a situao de produo de seu texto
requer o uso da modalidade escrita culta da lngua
portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou de narrativa.
O texto dever ter no mnimo 15 (quinze) linhas escritas.
A redao dever ser apresentada a tinta e desenvolvida
na folha prpria.
O rascunho poder ser feito na ltima folha deste
Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
Mais uma vez, o Enem props como tema uma questo social: A violncia na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?
Ofereceram-se, como base para discusso, alm de um quadro publicado na revista poca indicando o valor dos gastos com segurana no Brasil (102 bilhes de reais, 48 a mais do que em 1997), dois textos: o primeiro, escrito por Maria Rita Kehl, interpretando a violncia como "fruto de nossa horrenda desigualdade social", no justificando, portanto, a mera represso; j o segundo, de Jurandir Costa, alertava para o fenmeno da legitimao da violncia, hoje tida como "item obrigatrio na viso de mundo que nos transmitida".
Aps refletir sobre essas ideias e informaes, o candidato deveria proceder sua prpria anlise do assunto. Assim, para alm de considerar as causas e consequncias da violncia, caberia propor solues para combat-la, tendo o cuidado de faz-lo de forma equilibrada, demonstrando, de acordo com instrues da Banca Examinadora, "respeito aos direitos humanos". Para tanto, caberia questionar, por exemplo, a eficcia dos crescentes investimentos tanto estatais quanto privados no setor de segurana, deixando em segundo qui, terceiro plano, reas cruciais para a preservao da dignidade humana. Destinar mais recursos rea social talvez no erradicasse a violncia, mas certamente romperia o ciclo vicioso que leva os excludos a recorrerem ao crime para sobreviver.
ENEM 2004 |
Leia com ateno os seguintes textos:
Os programas sensacionalistas do rdio e os programas policiais
de final da tarde em televiso saciam curiosidades perversas e at
mrbidas tirando sua matria-prima do drama de cidados
humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de
pequenos crimes. Ali, so entrevistados por intimidao. As
cmeras invadem barracos e cortios, e gravam sem pedir licena
a estupefao de famlias de baixssima renda que no sabem
direito o que se passa: um parente suspeito de estupro, ou o
vizinho acaba de ser preso por trfico, ou o primo morreu no
massacre de fim de semana no bar da esquina. A polcia chega
atirando; a mdia chega filmando.
Eugnio Bucci. Sobre tica e imprensa. So Paulo:
Companhia das Letras, 2000.
Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque
remete para a questo da responsabilidade no s das empresas
de comunicao como tambm dos jornalistas. Alguns pases,
como a Sucia e a Gr-Bretanha, vm h anos tentando resolver
o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de
mecanismos que incentivam a auto regulao da mdia.
http://www.eticanatv.org.br
Acesso em 30/05/2004.
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No Brasil, entre outras organizaes, existe o
Observatrio da Imprensa entidade civil, no-governamental e
no partidria , que pretende acompanhar o desempenho da
mdia brasileira. Em sua pgina eletrnica , l-se:
Os meios de comunicao de massa so
majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas
decises atendem legitimamente aos desgnios de seus
acionistas ou representantes. Mas o produto jornalstico ,
inquestionavelmente, um servio pblico, com garantias e
privilgios especficos previstos na Constituio Federal, o que
pressupe contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais.
http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado)
Acesso em 30/05/04.
Incisos do Artigo 5 da Constituio Federal de 1988:
IX livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica
e de comunicao, independentemente de censura ou licena;
X so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo
dano material ou moral decorrente de sua violao.
Com base nas ideias presentes nos textos acima, redija uma
dissertao em prosa sobre o seguinte tema:
Como garantir a liberdade de informao e evitar abusos nos
meios de comunicao?
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender seu ponto de vista e suas propostas.
Observaes:
Seu texto deve ser escrito na modalidade culta da lngua
portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou narrao.
O texto dever ter no mnimo 15 (quinze) linhas escritas.
A redao dever ser apresentada a tinta e desenvolvida
na folha prpria.
O rascunho poder ser feito na ltima folha deste
Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
Fiel ao compromisso de propor temas de cunho social, o
Enem desta feita convidou o estudante a refletir sobre uma das
questes mais comentadas na atualidade: Como garantir a
liberdade de informao e evitar abusos nos meios de
comunicao? Em outras palavras, como contar, numa
democracia, com jornalistas independentes, desobrigados de
qualquer "acordo" com patres, polticos ou quaisquer outras
figuras influentes? Como garantir que a iseno prevalea no
exerccio de funo to relevante?
Com vistas a facilitar o desempenho do estudante e, ao
mesmo tempo, nortear sua discusso, a Banca Examinadora
forneceu-lhe alguns subsdios, constitudos de uma tira e de
quatro fragmentos, dentre os quais dois incisos de artigo
constitucional que asseguram a liberdade de expresso de
intelectuais e profissionais de comunicao entre outros , sem
deixar, contudo, de buscar proteger, de qualquer violao, a
imagem e a privacidade dos cidados.
Para proceder prpria anlise da questo proposta, o
estudante deveria, antes de mais nada, reconhecer a existncia
de abusos praticados, por exemplo, por profissionais
especializados em reportagens, exibidas exausto na tev, que
transformam, de maneira totalmente inescrupulosa, tragdias
pessoais em espetculo. Caberia, ainda, mencionar o papel da
imprensa escrita, cuja atuao, ainda que por vias discutveis, tem
contribudo para trazer a pblico diversos escndalos de
corrupo, como desvio de dinheiro pblico, sonegao de
impostos etc., envolvendo at mesmo integrantes do alto escalo
governamental.
Caso estivesse acompanhando o noticirio recente, o
estudante poderia lembrar a polmica em torno do projeto de
criao do Conselho Federal de Jornalismo, defendido com
veemncia pelo governo como forma de "disciplinar e fiscalizar"
o trabalho dos jornalistas brasileiros, evitando dessa forma o
"denuncismo" ou o emprego de mtodos ilcitos como grampo
telefnico que colocariam sob suspeita a reputao de homens
pblicos de integridade teoricamente inquestionvel. Resultaria,
dessas consideraes, um provvel impasse, que deveria ser
resolvido pelo estudante: a quem atribuir a responsabilidade de
conter os excessos dos meios de comunicao? Ao Estado, ainda
que isso representasse uma forma de censura ou de intimidao
do profissional de imprensa? Outra opo seria apostar na
criao de entidades independentes, representativas da
sociedade, que, por meio de mecanismos de autoregulao,
promovessem uma constante fiscalizao que garantisse
liberdade acompanhada de tica e responsabilidade.
ENEM 2005 | Leia com ateno os seguintes textos:
A crueldade do trabalho infantil um pecado social grave em
nosso Pas. A dignidade de milhes de crianas brasileiras est
sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos
fundamentais que no lhes so reconhecidos: por culpa do poder
pblico, quando no atua de forma prioritria e efetiva, e por
culpa da famlia e da sociedade, quando se omitem diante do
problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrncia
da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e
polticos do capitalismo contemporneo, sem ptria e sem
contedo tico. (Xisto T. de Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil.
Dirio de Natal. 21/10/2000.)
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Submetidas aos constrangimentos da misria e da falta de
alternativas de integrao social, as famlias optam por preservar
a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a
dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. H um
investimento no carter moralizador e disciplinador do trabalho,
como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos
de jovens marginais e delinquentes, ameaa que parece estar
cada vez mais prxima das portas das casas. (Joel B. Marin. O trabalho infantil na agricultura moderna.
www.proec.ufg.br.)
Art. 4o. dever da famlia, da comunidade, da sociedade em
geral e do Poder Pblico assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao,
educao, ao esporte, ao lazer, profissionalizao, cultura,
dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e
comunitria. (Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de
1990.)
Com base nas ideias presentes nos textos acima, redija uma
dissertao sobre o tema: O trabalho infantil na realidade
brasileira.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem
ferir os direitos humanos.
Observaes:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padro da
lngua portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou narrao.
O texto deve ter, no mnimo, 15 (quinze) linhas escritas.
A redao deve ser desenvolvida na folha prpria e
apresentada a tinta.
O rascunho pode ser feito na ltima folha deste
Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
Fiel opo por temas sociais, a Banca Examinadora exigiu a redao de um texto dissertativo sobre O trabalho infantil na realidade brasileira. Ofereceram-se, como base para discusso do assunto, quatro textos, dentre os quais uma mapa indicando as regies mais afetadas por tal fenmeno. Apresentaram-se, ainda, dois textos opinativos sobre a questo, alm de um artigo do Estatuto da Criana e do Adolescente. Alm desses estmulos, o candidato poderia valer-se de "reflexes feitas ao longo de sua formao", que devem t-lo habilitado a expressar com mais convico seu prprio ponto de vista. Caberia, dentre outras possibilidades, considerar as causas e consequncias do trabalho infantil, que atinge hoje mais de cinco milhes de crianas e adolescentes, cujas famlias, vitimadas pela misria e pela ignorncia, acabam por inseri-los precocemente no trabalho informal, privando-os assim de direitos inerentes infncia e puberdade, tais como educao, esporte e lazer.
Embora pudesse reconhecer tal prtica como parte de uma tradio presente na cultura brasileira a saber, a concepo do trabalho, j nos primeiros anos de vida, como algo moralizador e disciplinador o candidato no poderia furtar-se constatao de que a educao deveria preceder o trabalho. Seria pertinente, nesse caso, denunciar a omisso do poder pblico, que no reprime adequadamente e at tolera essa vergonhosa situao, afrontando a lei e condenando um imenso contingente de crianas a um presente perverso e, assim, comprometendo o seu futuro.
ENEM 2006 |
Uma vez que nos tornamos
leitores da palavra, invariavelmente
estaremos lendo o mundo sob a
influncia dela, tenhamos conscincia
disso ou no. A partir de ento, mundo
e palavra permearo constantemente
nossa leitura e inevitveis sero as
correlaes, de modo intertextual,
simbitico, entre realidade e fico.
Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres,
letreiros, nmeros faz com que passemos a olhar, a questionar, a
buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, j
lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um
som, um olhar, um gesto.
So muitas as razes para a leitura. Cada leitor tem a sua
maneira de perceber e de atribuir significado ao que l.
Inaj Martins de Almeida. O ato de ler.
Internet: (com adaptaes).
Minha me muito cedo me introduziu aos livros. Embora
nos faltassem mveis e roupas, livros no poderiam faltar. E
estava absolutamente certa. Entrei na universidade e tornei-me
escritor. Posso garantir: todo escritor , antes de tudo, um leitor.
Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM Magazine,
jul./2006, p. 70 (com adaptaes).
Existem inmeros universos coexistindo com o nosso,
neste exato instante, e todos bem perto de ns. Eles so
bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro.
Estes universos bidimensionais que nos rodeiam
guardam surpresas incrveis e inimaginveis! Viajamos
instantaneamente aos mais remotos pontos da Terra ou do
Universo; ficamos sabendo os segredos mais ocultos de vidas
humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de olhos;
conhecemos civilizaes desaparecidas e outras que nunca foram
vistas por olhos humanos.
Estou falando dos universos a que chamamos de livros.
Por uns poucos reais podemos nos transportar a esses universos
e sair deles muito mais ricos do que quando entramos.
Internet: (com adaptaes).
Considerando que os textos acima tm carter apenas motivador,
redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:
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O PODER DE TRANSFORMAO DA LEITURA.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem
ferir os direitos humanos.
Observaes:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padro da lngua
portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema (versos)
ou narrao.
O texto deve ter, no mnimo, 15 (quinze) linhas escritas.
A redao deve ser desenvolvida na folha prpria e
apresentada a tinta.
O rascunho pode ser feito na ultima pagina deste Caderno.
COMENTRIO PROPOSTA
O poder de transformao da leitura: este o tema proposto, a ser desenvolvido numa dissertao. Ofereceram-se trs textos, de "carter apenas motivador", reflexo do candidato. O primeiro texto, de Inaj Martins de Almeida, aborda no apenas a vasta influncia da leitura mas tambm as possibilidades a que o ato de ler se abre. No segundo texto, o escritor Moacyr Scliar d um depoimento autobiogrfico sobre sua iniciao no mundo dos livros. O terceiro texto refere-se aos livros como "inmeros universos" que nos transportam para os "mais remotos pontos da Terra ou do Universo".
De posse de tais estmulos, o candidato deveria tecer suas prprias consideraes acerca da influncia exercida pelos livros sobre nossa forma de enxergar a ns mesmos e ao mundo que nos rodeia. Seria apropriado, assim, reconhecer tanto o enriquecimento proporcionado pela leitura evidenciado no aumento do repertrio de conhecimentos e de experincias, assim como da capacidade de imaginao e de expresso quanto o prazer propiciado pelas diversssimas formas de viagem facultadas pelos livros.
ANOTAES ______________________________________________________________
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ENEM 2007 |
Ningum = Ningum Engenheiros do Hawaii
H tantos quadros na parede
h tantas formas de se ver o mesmo quadro
h tanta gente pelas ruas
h tantas ruas e nenhuma igual a outra
(ningum = ningum)
me espanta que tanta gente sinta
(se que sente) a mesma indiferena
h tantos quadros na parede
h tantas formas de se ver o mesmo quadro
h palavras que nunca so ditas
h muitas vozes repetindo a mesma frase
(ningum = ningum)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
todos iguais, todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
Uns Iguais Aos Outros Tits
Os homens so todos iguais
(...)
Brancos, pretos e orientais
Todos so filhos de Deus
(...)
Kaiowas contra xavantes
rabes, turcos e iraquianos
So iguais os seres humanos
So uns iguais aos outros, so uns iguais aos outros
Americanos contra latinos
J nascem mortos os nordestinos
Os retirantes e os jagunos
O serto do tamanho do mundo
Dessa vida nada se leva
Nesse mundo se ajoelha e se reza
No importa que lngua se fala
Aquilo que une o que separa
No julgue pra no ser julgado
(...)
Tanto faz a cor que se herda
(...)
Todos os homens so iguais
So uns iguais aos outros, so uns iguais aos outros
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A cultura adquire formas diversas atravs do tempo e do espao.
Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade
de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que
compem a humanidade. Fonte de intercmbios, de inovao e
de criatividade, a diversidade cultural , para o gnero humano,
to necessria como a diversidade biolgica para a natureza.
Nesse sentido, constitui o patrimnio comum da humanidade e
deve ser reconhecida e consolidada em benefcio das geraes
presentes e futuras.
UNESCO. Declarao Universal sobre a Diversidade Cultural.
Todos reconhecem a riqueza da diversidade no planeta. Mil
aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas no
mundo todo; nem todas, entretanto, conseguem conviver com as
diferenas individuais e culturais. Nesse sentido, ser diferente j
no parece to encantador. Considerando a figura e os textos
acima como motivadores, redija um texto dissertativo-
argumentativo a respeito do seguinte tema.
O desafio de se conviver com a diferena
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os
conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua
formao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opinies para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem
ferir os direitos humanos.
Observaes:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padro da
lngua portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema
(versos) ou narrao.
O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado
texto em branco.
O rascunho pode ser feito na ltima pgina deste
Caderno.
A redao deve ser passada a limpo na folha prpria e
escrita a tinta.
COMENTRIO PROPOSTA
Nesta proposta de redao podemos observar que na montagem de imagens na qual est inserido o nome da prova Proposta de Redao, vrias pessoas de diferentes etnias, idade e origem: a atriz Camila Pitanga, negra e jovem; um senhor de chapu que pode ser do interior do pas; um beb branco; crianas negras africanas, uma americana e uma indgena e um homem oriental. Esta montagem faz parte da coletnea textual, no apenas uma moldura para iniciar a proposta de redao e, por meio dela, o candidato poderia inspirar-se observando as pessoas mostradas e refletindo sobre suas vidas, comunidades, origens, cultura, educao, passado, futuro etc.
Como a montagem de fotos de pessoas o primeiro texto motivador, o segundo a letra da msica Ningum = Ningum do grupo de rock gacho Engenheiros do Hawaii. Quem no a conhece pode conhec-la atravs de um vdeo no YouTube; basta clicar na foto do guitarrista, vocalista e fundador da banda, Humberto Gessinger.
Esta msica fala da variedade de etnias, culturas, costumes, dentre outros e como h tambm uma variedade de vises e opinies acerca desta diversidades e como no h igualdades, na verdade, e sim diferenas e como estas so naturais, mas, apesar disso, h muita indiferena a estas diferenas e, muitas vezes, esta indiferena nem sentida pelas pessoas, pois tornou-se algo normal. Alm disso, esta letra cutuca ao afirmar como h, ainda, tanta gente, repetindo a mesma frase, a mesma mentira mesmo no dizendo nada e que, ao mesmo tempo em que somos todos iguais (somos todos iguais perante a lei, por exemplo), somos uns mais iguais do que os outros (quando, por exemplo, um rico que detido logo liberado e um pobre no) e, assim, no fundo, ningum igual a ningum. Bastante coisa para inspirar-se, no?!
O terceiro texto motivador tambm uma letra de msica, agora dos Tits, chamada Uns Iguais aos Outros, que pode ser ouvida aqui, basta clicar na foto do lbum Domingo, no qual esta msica est presente.
Esta cano, de 1995, afirma que todos os homens so iguais, que todos so filhos de Deus, que todas as etnias mencionadas so de seres humanos, mas que, apesar disso, os americanos so contra os latinos, os nordestinos j nascem mortos (pelas condies de vida, possivelmente), que no importa que lngua se fala, no levaremos nada desta vida e, por isso, no devemos julgar para no sermos julgados e no importa o que se herdou, no levaremos nada (como diria minha me, caixo no tem gaveta) e por isso somos todos iguais, uns iguais aos outros, porque todos morreremos sem levar nada desta vida.
O quarto e ltimo texto motivador um texto da UNESCO (Organizaes das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura sempre transcrevam siglas nas redaes, alis) que disserta sobre a imensa diversidade de aromas, sabores texturas, sons no mundo todo, ou seja, no s as pessoas so diferentes entre si, mas as frutas, as flores, os animais etc. Porm, nem todos ns conseguimos viver bem com essas diferenas. O que era para ser encantador, na verdade, infelizmente, para muitas pessoas, assustador, visto a existncia, ainda no sculo XXI, do preconceito tnico, social, xenfobo, homo fbico, dentre outros. A UNESCO afirma, com razo, que a diversidade uma necessidade biolgica humana e oportuniza intercmbios, trocas e deve ser tida como um benefcio e no um problema.
Todos os textos motivadores da proposta de redao abordam que, na verdade, ser diferente normal, criticam todos os tipos de preconceitos e colocam a diversidade como algo natural e benfico, que pode ser relacionada democracia, por exemplo. Relembrar conflitos tnicos, ainda existentes no mundo, demonstra conhecimento prvio por parte do candidato.
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ENEM 2008 |
O texto acima, que focaliza a relevncia da regio amaznica para o meio ambiente e para a economia brasileira, menciona a
mquina de chuva da Amaznia. Suponha que, para manter essa mquina de chuva funcionando, tenham sido sugeridas as
aes a seguir:
1. suspender completa e imediatamente o desmatamento na Amaznia, que permaneceria proibido at que fossem
identificadas reas onde se poderia explorar, de maneira sustentvel, madeira de florestas nativas;
2. efetuar pagamentos a proprietrios de terras para que deixem de desmatar a floresta, utilizando-se recursos financeiros
internacionais;
3. aumentar a fiscalizao e aplicar pesadas multas queles que promoverem desmatamentos no-autorizados.
Escolha uma dessas aes e, a seguir, redija um texto dissertativo, ressaltando as possibilidades e as limitaes da ao
escolhida.
Ao desenvolver seu texto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua formao.
Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opinies para defender seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.
Observaes:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padro da lngua portuguesa.
O texto no deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narrao.
O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado texto em branco.
O rascunho pode ser feito na ltima pgina deste Caderno.
A redao deve ser passada a limpo na folha prpria e escrita a tinta.
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COMENTRIO PROPOSTA
Props-se aos candidatos que escolhessem como tema de sua redao uma de trs medidas sugeridas para a preservao da Amaznia. No desenvolvimento do trabalho, deveriam comentar as possibilidades e as limitaes da ao escolhida. Como subsdio, apresentou-se um texto referente importncia do ciclo hidrolgico amaznico para as chuvas e a economia de uma regio que chega a Mato Grosso, So Paulo e at mesmo ao norte da Argentina. Para desenvolver o texto, pedia-se que os candidatos procurassem utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexes feitas ao longo de sua formao.
Trata-se, pois, de uma proposta inteligente e exigente, envolvendo no s conhecimentos provenientes da formao escolar dos candidatos, mas tambm informaes obtidas na imprensa, j que se trata de assunto de premente atualidade e de imensa importncia, que deve ter ocupado a ateno de todo estudante que seja um cidado consciente e razoavelmente atualizado com os grandes problemas do pas e do mundo.
ENEM 2009 |
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos
conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija
texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da
lngua portuguesa sobre o tema O indivduo frente tica
nacional, apresentando proposta de ao social, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Andamos demais acomodados, todo mundo
reclamando em voz baixa como se fosse errado indignar-se. Sem
ufanismo, porque dele estou cansada, sem dizer que este e um
pais rico, de gente boa e cordata, com natureza (a que sobrou)
belssima e generosa, sem fantasiar nem botar culos cor-de-
rosa, que o momento no permite, eu me pergunto o que anda
acontecendo com a gente.
Tenho medo disso que nos tornamos ou em que
estamos nos transformando, achando bonita a ignorncia
eloquente, engraado o cinismo bem-vestido, interessante o
banditismo arrojado, normal o abismo em cuja beira nos
equilibramos no malabaristas, mas palhaos. LUFT, L. Ponto de vista. Veja. Ed. 1988, 27
dez. 2006 (adaptado).
Qual o efeito em ns do eles so todos corruptos?
As denuncias que assolam nosso cotidiano podem dar
lugar a uma vontade de transformar o mundo s se nossa
indignao no afetar o mundo inteiro. Eles so TODOS
corruptos e um pensamento que serve apenas para confirmar
a integridade de quem se indigna.
O lugar-comum sobre a corrupo generalizada no e
uma armadilha para os corruptos: eles continuam iguais e livres,
enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa
retido.
O dito lugar-comum e uma armadilha que amarra e
imobiliza os mesmos que denunciam a imperfeio do mundo
inteiro.
CALLIGARIS, C. A armadilha da corrupo.
Disponvel em: http:/www1.folha.uol.com.br (adaptado).
INSTRUES:
Seu texto tem de ser escrito tinta, na folha prpria.
Desenvolva seu texto em prosa; no redija narrao,
nem poema.
O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado
texto em branco.
O texto deve ter, no mximo, 30 linhas.
O Rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
COMENTRIO PROPOSTA
O individuo frente a tica: este o tema sobre o qual, a exemplo de provas anteriores do Enem, o estudante deveria apresentar uma proposta de ao social.
Alm da charge de Millor Fernandes satirizando a escassez de pessoas honestas no pais, ofereceram-se, como base para discusso, dois textos que questionavam, cada um a seu modo, a tendncia, por parte dos brasileiros, a acomodao, refletida na banalizao da desonestidade e limitada a meras manifestaes retoricas de indignao, que pretenderiam isolar a corrupo num pensamento simplista: eles so todos corruptos. Isso serviria, nas palavras de Contardo Calligaris, para confirmar a integridade de quem se indigna.
A partir dessas consideraes, o estudante deveria proceder a prpria analise do tema, havendo dois posicionamentos possveis a serem defendidos. O primeiro consistiria em concordar com a tese, aceita por muitos, de que nos falta autoridade moral para denunciar a imperfeio do mundo inteiro. Nesse caso, seria apropriado valer-se dos deslizes comumente praticados em nosso cotidiano, como a sonegao do imposto de renda ou o pequeno suborno oferecido ao guarda de transito, que revelariam nossa flexibilidade ante aquilo que e conveniente.
posicionamento possvel contemplaria a defesa dos cidados, que, longe de serem os sujeitos da falta de tica, seriam vitimas, impotentes diante da inpcia dos rgos incumbidos de fiscalizar e punir os corruptos. Como exemplo, caberia destacar o pensamento predominante entre os jovens, que, mesmo no atuando em manifestaes como o movimento dos caras pintadas, ocorrido em 1992, repudiam com veemncia a corrupo generalizada e demonstram uma determinao no coletiva, mas individual de resistir a ignorncia e ao cinismo que transformam homens de bem no em malabaristas, mas sim em palhaos.
Quanto a possveis propostas de combate a falta de tica, o estudante deveria atentar as expectativas da Banca em relao a responsabilidade individual dos cidados, no se limitando a exigir da Justia as aes cabveis no caso.
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ENEM 2010-1 |
PROPOSTA DE REDAO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos
conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um
texto dissertativo-argumentativo, em norma culta escrita da
lngua portuguesa, sobre o tema Ajuda Humanitria,
apresentando experincia ou proposta de ao social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu
ponto de vista.
Comit de Ajuda Humanitria da UEPB treina voluntrios
para atuar junto s vtimas de Palmares
Quinta, 01 de julho de 2010 16:19
Na manh desta quinta-feira, cerca de 50 pessoas, entre alunos e
professores da Universidade Estadual da Paraba, participaram do
1 Treinamento de Equipe Multidisciplinar para Atuao em
Situao de Emergncia, oferecido pelo Comit de Ajuda
Humanitria, Social e da Sade, criado recentemente pela
Instituio.
A primeira atividade da equipe ter incio j neste domingo, data
em que viajaro para a cidade de Palmares (AL), onde
permanecero por uma semana, para oferecer apoio humanitrio
aos moradores daquela localidade, uma das tantas atingidas
pelas chuvas e enchentes que assolaram os estados de
Pernambuco e Alagoas nas ltimas semanas. Disponvel em:
http://www.uepb.edu.br. Acesso em: 23 ago. 2010 (adaptado).
TERREMOTO NO HAITI
Redes Sociais da Internet foram o principal meio de
comunicao
14/01/2010 00:01h
Durante todo o dia de
ontem, a Internet foi o
principal meio usado
pelo Haiti para se
comunicar com o
mundo. Mensagens ao
exterior foram
encaminhadas por
estrangeiros no pas e
por moradores locais.
Apesar da instabilidade
na rede os sistemas de
luz e telefone tambm
estavam intermitentes ,
os sites de
relacionamento foram
usados para acalmar
familiares e clamar por
auxlio internacional.
No Brasil, usurios do
Twitter divulgavam a ao da ONG Viva Rio, que abriu uma conta
para receber doaes aos desabrigados no Haiti. (OT, com
Agncia Estado)
Disponvel em: http://www.gazetadopovo.com.br.
Acesso em: 30 abr. 2010.
INSTRUES:
Seu texto tem de ser escrito tinta, na folha prpria.
Desenvolva seu texto em prosa; no redija narrao,
nem poema.
O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado
texto em branco.
O texto deve ter, no mximo, 30 linhas.
O Rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
ENEM 2010-2 |
PROPOSTA DE REDAO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos
conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija
texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da
lngua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construo da
Dignidade Humana, apresentando experincia ou proposta de
ao social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
O que trabalho escravo
Escravido contempornea o trabalho degradante que envolve
cerceamento da liberdade
A assinatura da Lei urea, em 13
de maio de 1888, representou o
fim do direito de propriedade
de uma pessoa sobre a outra,
acabando com a possibilidade
de possuir legal mente um
escravo no Brasil. No entanto,
persistiram situa coes que
mantm o trabalha dor sem
possibilidade de se desligar de
seus patres.
Ha fazendeiros que, para realizar
derrubadas de matas nativas
para formao de pastos,
produzir carvo para a indstria
siderrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre
outras atividades agropecurias, contratam mo de obra
utilizando os contratadores de empreitada, os chamados gatos.
Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os
fazendeiros no sejam responsabilizados pelo crime. Trabalho
escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao
cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre e
visvel, uma vez que no mais se utilizam correntes para prender
o homem a terra, mas sim ameaas fsicas, terror psicolgico ou
mesmo as grandes distancias que separam a propriedade da
cidade mais prxima.
Disponvel em: http://www.reporterbrasil.org.br.
Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).
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O futuro do trabalho
Esquea os escritrios, os salrios fixos e a aposentadoria. Em
2020, voc trabalhar em casa, seu chefe ter menos de 30 anos e
ser uma mulher Felizmente, nunca houve tantas ferramentas
disponveis para mudar o modo como trabalhamos e,
consequentemente, como vivemos. E as transformaes esto
acontecendo. A crise despedaou companhias gigantes tidas ate
ento como modelos de administrao. Em vez de grandes
conglomerados, o futuro ser povoado de empresas menores
reunidas em torno de projetos em comum. Os prximos anos
tambm vo consolidar mudanas que vem acontecendo ha
algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupao
com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como
pessoas tambm em nossos trabalhos. Falamos tanto em
desperdcio de recursos naturais e energia, mas e quanto ao
desperdcio de talentos?, diz o filosofo e ensasta suo Alain de
Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows os Works (Os
prazeres e as dores do trabalho, ainda indito no Brasil).
INSTRUES:
Seu texto tem de ser escrito tinta, na folha prpria.
Desenvolva seu texto em prosa: no redija narrao,
nem poema.
O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado
texto em branco.
O texto deve ter, no mximo, 30 linhas.
O Rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
COMENTRIO PROPOSTA 2
A exemplo de provas anteriores, o Enem solicitou a produo de um texto dissertativo-argumentativo sobre tema de grande relevncia social: O trabalho na construo da dignidade humana. O candidato contou com dois textos de apoio, alm de uma imagem de um provvel trabalhador idoso, com a roupa esfarrapada, e uma equao prevendo o trabalho em 2020 como resultante da soma de meio ambiente com qualidade de vida e inovao, multiplicados por globalizao.
Para proceder a prpria analise do assunto, o estudante poderia, tomando como base o primeiro texto oferecido pela Banca, destacar o fato de que, embora oficialmente abolida ha mais de um sculo, a escravido persiste no pais, degradando trabalhadores que, sem alternativa de sobrevivncia, so mantidos refns de fazendeiros que os submetem a condies sub-humanas de trabalho. Caberia observar ainda a impunidade que caracteriza essa forma de explorao, j que o aliciamento dos trabalhadores seria feito por meio dos chamados gatos, a
saber, empreiteiros que responderiam pela contratao dos empregados, isentando os fazendeiros de eventuais responsabilidades.
Contrapondo-se ao vergonhoso cenrio descrito inicialmente, o segundo texto traa perspectivas bastante promissoras para o trabalhador do futuro, habitante das metrpoles, que poder ver seu talento devidamente valorizado em atividades que primem pela qualidade de vida e pelo respeito ao meio ambiente, sem deixar de lado a possibilidade de realizao pessoal por meio do trabalho. Nesse contexto, as mulheres jovens tero, enfim, suas habilidades reconhecidas, pondo fim a discriminao que ha tanto tempo vitima o gnero feminino.
A tarefa do candidato consistiria em buscar um denominador comum para duas realidades to distintas. Para tanto, caberia aproximar tais universos no que diz respeito aos direitos do trabalhador, previstos na Constituio, a fim de garantir que todos os cidados brasileiros sejam favorecidos pela modernizao das relaes trabalhistas. No que diz respeito a escravido contempornea, caberia propor rigorosa fiscalizao dessa pratica, seguida das punies previstas pela lei, libertando dessa forma o trabalhador para tarefas que de fato o dignifiquem.
Cumpre destacar que a Banca abriu a possibilidade de o candidato, em vez de propor uma ao social, apresentar experincia relacionada ao tema. Nesse caso, o estudante poderia relatar um fato que, de algum modo, retratasse uma das situaes descritas nos textos motivadores.
ENEM 2011 |
PROPOSTA DE REDAO
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padro
da lngua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO
SCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PBLICO E O
PRIVADO, apresentando proposta de conscientizao
social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Liberdade sem fio
A ONU acaba de declarar o acesso rede um direito
funda mental do ser humano assim como sade, moradia e
educao. No mundo todo, pessoas comeam a abrir seus sinais
privados de wi-fi, organizaes e governos se mobilizam para
expandir a rede para espaos pblicos e regies onde ela ainda
no chega, com acesso livre e gratuito.
ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. N.o 240. jul. 2011 (fragmento).
A internet tem ouvidos e memria
Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela
que, nos Estados Unidos, a populao j passou mais tempo
conectada internet do que em frente televiso. Os hbitos
esto mudando. No Brasil, as pessoas j gastam cerca de 20% de
seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos
internautas (72%, de acordo com o Ibope Mdia) pretende criar,
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acessar e manter um perfil em rede. Faz parte da prpria
socializao do indivduo do sculo XXI estar numa rede social.
No estar equivale a no ter uma identidade ou um nmero de
tele fone no passado, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da
e. Life, empresa de monitorao e anlise de mdias.
As redes sociais so timas para disseminar ideias,
tornar algum popular e tambm arruinar reputaes. Um dos
maiores desafios dos usurios de internet saber ponderar o que
se publica nela. Especialistas recomendam que no se deve
publicar o que no se fala em pblico, pois a internet um
ambiente social e, ao contrrio do que se pensa, a rede no
acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrs
de um pseudnimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles
que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar
caro.
Disponvel em: http://www.terra.com.br. Acesso em:
30 jun. 2011 (adaptado).
INSTRUES:
O Rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
O texto definitivo deve ser escrita tinta, na folha
prpria, em at 30 linhas.
A redao com at 7 (sete) linhas escritas ser
considerada insuficiente e receber nota zero.
A redao que fugir ao tema ou que no atender ao
tipo dissertativo-argumentativo receber nota zero.
A redao que apresentar cpias dos textos da Proposta
de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de
correo.
COMENTRIO PROPOSTA
O tema proposto foi Viver em rede no sculo XXI: os limites entre o pblico e o privado. Alm de posicionar-se em relao ao tema, o candidato deveria apresentar proposta de conscientizao social, ou seja, indicar possveis formas de promover a coexistncia harmoniosa do publico e do privado nas redes sociais.
Cabe louvar a iniciativa da Banca Examinadora pela escolha de tema to familiar aos jovens brasileiros, em sua maioria internautas adeptos de redes sociais como Facebook e Twitter, entre outras.
Para produzir sua dissertao, o candidato contou com trs textos motivadores. O primeiro (Liberdade sem fio) anuncia deciso da ONU (Organizao das Naes Unidas) de universalizar o acesso a rede, tratado a partir de julho do ano corrente como direito fundamental. J o segundo texto (A Internet tem ouvidos e memoria), ao mesmo tempo em que
comemora o crescente numero de brasileiros socializados, alerta para os riscos inerentes a exposio inconsequente ao que e propagado na rede. No terceiro texto, apresentado na forma de uma tira, o individuo reclama inutilmente do monitoramento a que e exposto o tempo todo, propondo uma luta inglria contra a Sociedade do Controle. Alm desses textos, o tema tambm foi abordado em algumas questes da prova de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias.
De posse desses estmulos, o estudante deveria proceder a prpria analise de tal fenmeno, objeto de preocupao de educadores e especialistas. Caberia, primeiramente, reconhecer o carter definitivo das redes sociais no cotidiano da sociedade, sobretudo dos jovens, que tem encontrado nessas formas de interao oportunidades no apenas de ampliar seu circulo de relaes, mas tambm de se mobilizarem em torno de causas sociais e politicas, a exemplo das recentes marchas contra a corrupo, idealizadas inicialmente nas redes sociais. Feita essa constatao, seria apropriado refletir sobre ate que ponto os internautas, entusiasmados com tais inovaes, estariam tomando precaues para preservar sua intimidade poupando-se assim da sanha de indivduos mal intencionados ou se, em busca de popularidade, estariam se expondo sem reservas, alheios aos riscos decorrentes desse comportamento.
Na concluso de suas consideraes, o candidato deveria propor uma possvel sada para o embate apresentado. Qualquer que fosse sua posio, porem, discernimento e equilbrio deveriam pautar a delimitao do que seja publico e do que seja privado, ora separados por fronteira tnue, quase indistinguvel.
ENEM 2012 |
PROPOSTA DE REDAO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e
com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua
formao, redija texto dissertativo-argumentativo em norma
padro da lngua portuguesa sobre o tema O MOVIMENTO
IMIGRATRIO PARA O BRASIL NO SCULO XXI, apresentando
proposta de interveno, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram
muito mais do que o anseio de refazer suas vidas trabalhando
nas lavouras de caf e no incio da indstria paulista. Nos sculos
XIX e XX, os representantes de mais de 70 nacionalidades e etnias
chegaram com o sonho de fazer a Amrica e acabaram por
contribuir expressivamente para a histria do pas e para a
cultura brasileira. Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques,
costumes, comidas e vestimentas.
A histria da migrao humana no deve ser encarada
como uma questo relacionada exclusivamente ao passado; h a
necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes.
Disponvel em: http://www.museudaimigracao.org.br.
Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).
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Acre sofre com invaso de imigrantes do Haiti
Nos ltimos trs
dias de 2011, uma leva de
500 haitianos entrou
ilegalmente no Brasil pelo
Acre, elevando para 1 400
a quantidade de
imigrantes daquele pas no
municpio de Brasileia (AC).
Segundo o secretrio-
adjunto de Justia e
Direitos Humanos do Acre,
Jos Henrique Corinto, os
haitianos ocuparam a
praa da cidade. A Defesa
Civil do estado enviou
gales de gua potvel e
alimentos, mas ainda no
providenciou abrigo.
A imigrao ocorre porque o Haiti ainda no se
recuperou dos estragos causados pelo terremoto de janeiro de
2010. O primeiro grande grupo de haitianos chegou a Brasileia
no dia 14 de janeiro de 2011. Desde ento, a entrada ilegal
continua, mas eles no so expulsos: obtm visto humanitrio e
conseguem tirar carteira de trabalho e CPF para morar e trabalhar
no Brasil.
Segundo Corinto, ao contrrio do que se imagina, no
so haitianos miserveis que buscam o Brasil para viver, mas
pessoas da classe mdia do Haiti e profissionais qualificados,
como engenheiros, professores, advogados, pedreiros, mestres
de obras e carpinteiros. Porm, a maioria chega sem dinheiro.
Os brasileiros sempre criticaram a forma como os pases
europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez
afirma Corinto.
Disponvel em: http://www.dpf.gov.br.
Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).
Trilha da Costura
Os imigrantes bolivianos, pelo ltimo censo, so mais de
3 milhes, com populao de aproximadamente 9,119 milhes
de pessoas. A Bolvia em termos de IDH ocupa a posio de 114
de acordo com os parmetros estabelecidos pela ONU. O pas
est no centro da Amrica do Sul e o mais pobre, sendo 70%
da populao considerada miservel. Os principais pases para
onde os bolivianos imigrantes dirigem-se so: Argentina, Brasil,
Espanha e Estados Unidos.
Assim sendo, este o quadro social em que se encontra
a maioria da populao da Bolvia, estes dados j demonstram
que as motivaes do fluxo de imigrao no so polticas, mas
econmicas. Como a maioria da populao tem baixa
qualificao, os trabalhos artesanais, culturais, de campo e de
costura so os de mais fcil acesso.
OLIVEIRA, R.T. Disponvel em: http://www.ipea.gov.br
Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).
INSTRUES:
O rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
O texto definitivo deve ser escrito tinta, na folha
prpria, em at 30 linhas.
A redao com at 7 (sete) linhas escritas ser
considerada insuficiente e receber nota zero.
A redao que fugir ao tema ou que no atender ao
tipo dissertativo-argumentativo receber nota zero.
A redao que apresentar proposta de interveno que
desrespeite os direitos humanos receber nota zero.
A redao que apresentar cpia dos textos da Proposta
de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de
correo.
COMENTRIO PROPOSTA
O tema proposto foi O movimento imigratrio para o Brasil no sculo XXI. Para desenvolver sua redao, o candidato contou com trs textos motivadores, alm de uma imagem retratando a rota de imigrao dos haitianos para o Brasil.
Esperava-se que o candidato se posicionasse sobre uma questo que comea a preocupar as autoridades brasileiras, dado o crescimento do numero de imigrantes sul-americanos e haitianos que, empurra dos por condies econmicas adversas, dirigem-se ao Brasil em busca de trabalho.
Caberia observar, com base nos prprios textos de apoio, que, embora a maioria dos imigrantes vindos da Amrica do Sul possuam baixa qualificao, sendo, portanto, sujeitos a trabalhos braais (artesanais, de campo, de costura), nem todos se encontram nessa condio, o que pode ser constatado em relao aos haitianos, dentre os quais se encontram professores, advogados, engenheiros profissionais vitimados pelos estragos causados pelo terremoto que devastou o Haiti em 2010.
Caso o candidato fosse favorvel a regularizao da permanncia dos imigrantes no Pais, seria apropriado lembrar que o Brasil sempre se caracterizou como um pais receptivo a imigrao. Os sculos XIX e XX poderiam ser lembrados como a poca em que imigrantes de diversas terras vieram ajudar a construir o Brasil, contribuindo expressivamente para a historia ... e para a cultura brasileira. Seria oportuno, porem, destacar a importncia de se oferecer um tratamento digno aqueles que entram ilegalmente no Pais, sem jamais aproveitar-se de sua vulnerabilidade para submete-los, entre outras formas de explorao, a trabalho escravo, ou a condies degradantes.
Caso, porem, o candidato se posicionasse contra a imigrao, deveria observar que o Pais j conta com farta mo de obra desqualificada, no havendo, pois, sentido em aumentar esse contingente. Quanto aos profissionais qualificados caso dos haitianos tambm esses poderiam representar uma incipiente, porem real, ameaa ao emprego dos brasileiros.
Como proposta de interveno relativamente ao problema abordado, seria necessrio, aos olhos dos favorveis a imigrao, sugerir um conjunto de medidas legais e politicas destinadas a regularizar a situao migratria de mais de 3 milhes de pessoas, oferecendo-lhes vistos e documentos que lhes permitissem obter colocao no mercado de trabalho. Os empresrios, por sua vez, poderiam abrir espao para tais trabalhadores, visando a conferir-lhes a dignidade que lhes foi retirada em seus pases de origem.
No que se refere aqueles que se mostrassem contra a imigrao, uma interveno possvel seria a deportao respeitosa dos imigrantes ilegais.
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ENEM 2013 |
PROPOSTA DE REDAO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base
nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da
lngua portuguesa sobre o tema Efeitos da implantao da Lei
Seca no Brasil, apresentando proposta de interveno, que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Qual o objetivo da Lei Seca ao volante?
De acordo com a Associao Brasileira de Medicina de Trfego
(Abramet), a utilizao de bebidas alcolicas responsvel por
30% dos acidentes de trnsito. E metade das mortes, segundo o
Ministrio da Sade, est relacionada a uso de lcool por
motoristas. Diante deste cenrio preocupante, a Lei 11.705/2008
surgiu com uma enorme misso: alertar a sociedade para os
perigos do lcool associado direo.
Para estancar a tendncia de crescimento de mortes no
trnsito, era necessria uma ao enrgica. E coube ao Governo
Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislao
aquisio de milhares de etilmetros. Mas para que todos
ganhem, indispensvel a participao de estados, municpios e
sociedade em geral. Porque para atingir o bem comum, o desafio
deve ser de todos.
Disponvel em:www.dprf.gov.br. Acesso em:20 jun. 2013.
Repulso magntica a beber e dirigir
A lei da fsica que comprova que dois polos opostos se atraem
em um campo magntico um dos conceitos mais populares
desse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de
papelo no servem, em condies normais, como objetivos de
experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma
agncia de comunicao em Belo Horizonte foi bem simples.
ms foram inseridos em bolachas utilizadas para descansar os
copos, de forma imperceptvel para o consumidor. Em cada lado,
h uma opo para o cliente: dirigir ou chamar um txi depois de
beber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope tambm receberam
pequenos pedaos de metal mascarados com uma pequena
rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana,
todas as bebidas servidas passaram a pregar uma pea no
cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opo dirigir virada
para cima, os ms apresentavam a mesma polaridade e,
portanto, causam do repulso, fazendo com que o descanso
fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com o
desenho de um txi, ela rapidamente grudava na base do copo. A
ideia surgiu da necessidade de passar a mensagem de uma
forma leve e no exato momento do consumo.
Disponvel em::www.operacaoleisecarj.rj.gov.br.
Acesso em:20 jun. 2013.(adaptado).
INSTRUES:
O rascunho da redao deve ser feito no espao
apropriado.
O texto definitivo deve ser escrito tinta, na folha
prpria, em at 30 linhas.
A redao que apresentar cpia dos textos da Proposta
de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de
correo.
Receber nota zero, em qualquer das situaes expressas a
seguir, a redao que:
tiver at 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada
insuficiente.
fugir ao tema ou que no atender ao tipo dissertativo-
argumentativo.
apresentar proposta de interveno que desrespeite os