DISSERTAOA DIFERENA ENTRE DISSERTAO EXPOSITIVA E ARGUMENTATIVA
Nada melhor do que um exemplo para explicar essa diferena. Veja:
"Nelson Mandela foi um ativista contra o Apartheid, luta que durou
dcadas , tendo, inclusive, sido preso, tambm por muito tempo. Nesta
semana sua luta contra a doena chegou ao fim, porm o mundo todo
reconhece o seu importante legado. H, porm, algumas correntes de
pensamento que condenam o fato de Mandela ter feito parte de um
grupo armado que resistiu s foras governamentais racistas" "Nelson
Mandela foi um ativista contra o Apartheid, luta que durou dcadas,
tendo, inclusive, sido preso tambm por muito tempo. Nesta semana
sua luta contra a doena chegou ao fim. Porm, ele no perdeu. um
vitorioso, pois hoje em dia, negros e brancos convivem em harmonia
na frica do Sul. H porm, algumas correntes de pensamento que
condenam o fato de Mandela ter feito parte de um grupo armado que
resistiu s foras governamentais racistas. Esquecem-se , entretanto,
de que no h como lutar sem armas, quando o inimigo comete
atrocidades e massacres quase dirios" PERCEBAM QUE NO SEGUNDO TEXTO
A OPINIO DO AUTOR EST BEM MAIS EXPLCITA. POIS BEM, ESSE TEXTO UMA
DISSERTAO ARGUMENTATIVA.Certamente voc j deu a sua opinio sobre um
assunto qualquer. Numa roda de amigos ou at mesmo numa conversa ao
telefone, constantemente queremos dizer o que pensamos, expor
nossas idias. Sempre que fazemos isso, estamos fazendo uma
dissertao. Ento podemos afirmar queDISSERTAR EXPOR NOSSA OPINIO
SOBRE DETERMINADO ASSUNTO.
DISSERTAO ESCRITAColocar uma opinio no papel bem diferente de
diz-la a algum. Ao escrevermos, no podemos usar alguns recursos que
temos na fala como, por exemplo, grias ( j , o cara, a mina, bolado
), interjeies ( argh!, putz!). Mas por que isso? Porque quando
escrevemos, principalmente em redaes, devemos ser mais formais para
no atrapalhar o entendimento de quem vai ler. Uma pessoa mais
idosa, por exemplo, pode no entender uma expresso como "j " e
interpretar tudo errado. No imagine que o leitor entenda tudo que
voc escreve, portanto seja simples e formal (mas sem exageros)
quando escrever uma DISSERTAO.
PLANEJANDO O TEXTOEm uma prova, o tempo para escrever muito
curto, portanto, voc deve, antes de tudo, planejar a sua redao. A
primeira etapa identificar o tema.
1- IDENTIFICAO DO TEMAEm alguns concursos, a banca fornece o
tema atravs de pequenos textos-guias. Veja o exemplo:
01.(FUVEST - 1997) Redija uma dissertao em prosa, relacionando
os trs textos a seguir.
Texto 1
Na prova de Redao dos vestibulares, talvez a verdadeira questo
seja sempre a mesma:"Conseguirei?". Cada candidato aplica-se s
reflexes e s frases na difcil tarefa de falar de um tema A
proposto, com a preocupao em B - "Conseguirei?" - para convencer
oleitorX.
Texto 2
Ao escrever "Lutar sem palavras / a luta mais v. / Entanto
lutamos / mal rompe a manh", Carlos Drummond de Andrade j era um
poeta maior da nossa lngua.
Texto 3
" difcil defender,s com palavras, a vida". (Joo Cabral de Melo
Neto)
Neste exerccio acima, est claro que o tema "a dificuldade de se
expressar atravs das palavras". Ento, nesse caso , basta escrever
falando sobre cada aspecto citado em cada um dos trs textos. No se
pode copi-los, apenas fale um pouco sobre o que cada texto diz.
TEMA LIVRESe o tema da redao for livre, isto , se voc tiver a
opo de escolh-lo, basta pensar algum assunto interessante e depois
delimitar o tema.
2- Delimite o tema.
O QUE "DELIMITAR O TEMA"?
Vamos supor que o tema que voc escolheu seja "televiso". O que
escrever? H uma variedade enorme de aspectos: a televiso educativa,
a televiso como entretenimento, o poder influenciador da televiso,
a histria da televiso, a televiso e a famlia, a televiso
brasileira, etc.Bem voc deve ter notado que cada tpico especifica
um tema. Ento basta escolherUM TEMA APENAS E FALAR SOMENTE
DELE,esquecendo os demais.
Exerccio
Delimite o tema "MODA".
Resposta: A moda vero.
Observao: veja que ao colocar a palavra vero ao lado de " a
moda", eu delimitei o tema , ou seja, eu no vou mais falar sobre o
mundo da moda e sim, somente da moda que usada no vero.
3- Aonde voc pretende ir? (O OBJETIVO)
Vamos supor que voc tenha planos de viajar no prximo carnaval.
As malas j foram arrumadas e voc j sabe aonde quer ir. Mas antes de
partir preciso saber por qual caminho voc ir, concorda? Pois bem,
com a redao tambm assim. No adianta apenas se arrumar as malas, ou
seja , no adianta apenas delimitar o tema. preciso definir o que
voc pretende ao escrever.
Como conseguir o objetivo da redao? Vamos a um exemplo
prtico:
Tema:Big Brother Brasil
Tpico (tema delimitado): A sexualidade dentro do Big Brother
Brasil
Objetivos(o que pretendo):1-provar que a sexualidade fica muito
intensa dentro do reality show;2-mostrar que o sexo usado para se
aumentar a audincia; 3- H como ganhar o milho sem se envolver
sexualmente no Big Brother? 4-As mulheres controlam o jogo sexual
dentro do Big Brother?
Observe que foram escritos quatro objetivos. Na hora de escrever
, voc ir escolher apenas um e vai falar somente dele at o
final.
4- Comeando a arrumar a casa (tema+ tpico frasal+
objetivo)
Vamos continuar usando o tema "Big Brother Brasil, ok?Vamos, l.
Primeiro , escreva num papel em separado os seguintes campos:
a) Tema: Big Brother Brasilb) Tpico(tema delimitado): a
sexualidade dentro do BBBc) Objetivo: Mostrar que a sexualidade
utilizada para aumentar a audincia do programa
Bem, agora preciso arrumar idias para provar o seu objetivo.
Essas idias so os argumentos. Nessa hora, voc deve escrever o mximo
de argumentos que puder. a famosa TEMPESTADE DE IDIAS (lembre-se
que todas as idias tem a funo de defender o seu objetivo).
d) Tempestade de idias: A produo do programa inventa jogos e
brincadeiras sensuais a todo instante; H cmeras que filmam casais
fazendo sexo; As mulheres usam trajes mnimos e os homens esto quase
sempre sem camisa; Nas festinhas, estimulado o beijo entre
mulheres, as cmeras filmam preferem filmar as pessoas em poses e
ngulos mais provocantes, o apresentador sempre faz perguntas
picantes aos confinados e assim estimula o jogo sexual.
E agora? Escolha trs idias (argumentos). Mas escolha aquelas que
voc acha mais fceis de desenvolver. Cada idia escolhida formar um
novo pargrafo de desenvolvimento da redao.Eu escolhi essas: As
cmeras filmam casais fazendo sexo; a produo inventa jogos e
brincadeiras sensuais a todo instante; o apresentador sempre faz
perguntas picantes que estimulam o jogo sexual.Essas sero as
principais idias do texto. As outras devem ser descartadas, jogadas
fora.
O pargrafo um conjunto de um ou mais perodos (um bom pargrafo
deve possuir de dois a quatro perodos) Ah! Voc no sabe o que um
perodo? simples: a parte do texto que comea com letra maiscula e
termina no ponto.
Maneiras de comear um pargrafoO pargrafo pode comear de vrias
maneiras, mas vamos ensinar , primeiramente , a mais fcil. Assim
podemos comear com:
a) uma declarao inicialExemplo:No possvel que no haja vida em
outros planetas.
Bem, perceba que houve uma opinio inicial, um posicionamento
claro sobre o tema "Vida aliengena" j na primeira frase. Pois bem,
agora hora de escrever frases que "sustentem" esse raciocnio:
frase 1: Antigas civilizaes demonstram em pinturas , utenslios e
tecnologia que receberam ajuda de seres superiores.frase 2: H
aluses a seres que vinham do cu at na Bblia, por exemplo.
Agora vamos juntar essas frases todas e construir nosso
pargrafo? Bem, mas antes de fazermos isso, temos que junt-las com
um tipo de "cola-frases" chamado de conectivo. Abaixo , essas
"cola-palavras esto em negrito;
Vamos l , ento:
No possvel que no haja vida em outros planetas,visto queantigas
civilizaes demonstram em pinturas, utenslios e tecnologia, que
receberam ajuda de seres superiores.Alm disso, h aluses a seres que
"vinham do cu" at mesmo na Bblia.
Pronto! o nosso primeiro pargrafo est concludo! Viu como
simples?
Agora, treine isso com uma opinio contrria, ou seja, afirmando
que no seja possvel a vida extraterrestre.
DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA DISSERTAO!
Para tirar nota dez na redao dissertativa so necessrios os
seguintes cuidados:1. Ter uma letra bem legvel ( o leitor precisa
entender!);2. Escrever de modo simples: de nada adiantam palavras
difceis ou pouco usadas no cotidiano;3. No usar grias, palavres e
nem figuras de linguagem;4. No explique tudo logo na introduo
(primeiro pargrafo). Nesta apenas, apenas cite o que vai ser
explicado no resto do texto. Portanto, na introduo somente d umas
"pinceladas";5.No escreva sem fazer pausas no texto. preciso
colocar pontos no meio dos pargrafos, para que este no fique
cansativo ao leitor;6. Escreva dando a sua opinio sobre o tema, mas
jamais se inclua no texto. Assim pronomes como "eu", "ns", "nosso",
e verbos na primeira pessoa como "precisamos", por exemplo, so
proibidos nas dissertaes.7. Jamais "fale com o leitor". Ento no se
dirija a ele de forma nenhuma.8. Para tudo que explicar, d pelo
menos um exemplo de algum fato ocorrido que seja do conhecimento
geral;9. A palavra inicial do ltimo pargrafo pode ser "Portanto",
"Sendo assim", "Dessa forma", etc.10. No use reticncias e nem "etc"
em dissertaes.
INTRODUOAristteles j dizia: " A introduo aquilo que no pede nada
antes, mas que exige algo depois". E ele tinha razo, pois a
introduo inicia o leitor no assunto. Diz o que o texto vai dizer.
Ento, j deu pra perceber que nas primeiras linhas, o leitor deve
ser informado sobre o tema da redao. E mais: como essa tema ser
apresentado.Comece com frase bem atrativa, que chame a ateno de
quem est lendo. Pode ser uma pergunta, uma declarao, uma exclamao.
O importante que esteja dentro do tema. Bem, mas como aqui a gente
mata a cobra e mostra o pau, vamos dar um exemplo de introduo:
O mundo anda carente de confiana. Em quem acreditar, em quem
confiar? Antigamente confiava-se nas pessoas, que, inclusive,
cumprimentavam-se mesmo sem se conhecerem. Hoje, talvez pela
violencia que gera um medo coletivo, as pessoas estao cautelosas e
receosas demais.
Olhe que bela introduo de texto: logo na primeira frase, o autor
j diz o tema da redao, que a carncia de confiana que o mundo est
sofrendo. Depois ele refora o tema com uma pergunta ( em quem
confiar?). Aps isso, ele apresenta argumentos para provar o valor
da declarao inicial : (1) antigamente, confiava-se mais nas pessoas
, (2) a violencia gera um medo coletivo que torna as pessoas mais
receosasSo esses argumentos que sero defendidos no desenvolvimento,
um em cada pargrafo. Fcil, no?
Vejamos outra introduo:
Parece que agora o governo brasileiro quer ensinar aos
governantes estrangeiros como sair da crise. Do jeito que falam,
doa entender que o Brasil um exemplo de administrao pblica e
prosperidade, ao contrrio dos outros pases. Mas basta viajar para a
Europa, por exemplo, para se ter uma opinio bem diferente da dos
nossos dirigentes.
Nessa introduo, o autor comea com uma frase inicial que j contm
o tema : o governo brasileiro quer ensinar aos estrangeiros a como
sair de uma crise econmica. Depois, ele apresenta um argumento para
explicar o que disse anteriormente e na ltima frase, ele demonstra
que no concorda com a atitude dos governantes brasileiros e assim j
nos mostra qual o objetivo do texto.
tema: o governo brasileirodelimitao do tema (tpico frasal): o
governo brasileiro quer ensinar aos estrangeiros a como sair de uma
crise.objetivo: mostrar que a realidade no outraO DESENVOLVIMENTOO
DESENVOLVIMENTO a parte da dissertao na qual se diz o que foi
apenas apresentado na INTRODUO, ou seja, nessa etapa, o redator
deve sustentar a tese levantada no primeiro pargrafo do texto.
Vejamos um exemplo:
Cariocas so bacanas?
H uma msica de Adriana Calcanhoto que diz assim; "cariocas so
bacanas, cariocas so dourados, cariocas so espertos, cariocas so
modernos..." Tudo muito bonitinho! Mas, como em muitas outras
homenagens feitas ao povo nascido na Cidade Maravilhosa, aspectos
no to "bacanas" deixam de ser abordados. Para dar um exemplo, quem
nunca viu uma latinha de coca-cola sendo atirada janela a fora de
um nibus ou automvel? Ou ento, quem j experimentou pisar na faixa
de pedestres para fazer com que o motorista pare, como por exemplo,
acontece em Braslia? outro costume horrendo o de "guardar lugar na
fila" para algum. Ah! Essas coisas nada tm de bacana...E se o
carioca dourado, a cidade do Rio , a princpio, um lugar que tem
vrias cores, dependendo das embalagens jogadas nas ruas. A
companhia de limpeza at que faz sua parte, mas muita gente sujando
para to poucas limpando. No ltimo reveillon, aps a festa, havia uma
verdadeira montanha de lixo em Copacabana. O prefeito chegou a
afirmar:O carioca porco!No precisava tanto, senhor prefeito,
afinal, errado ofender os animais... Mas, brincadeiras parte, ta
povinho que gosta de sujar...Outro aspecto a falta de respeito aos
pedestres. No bastasse a falta de caladas decentes (e limpas!), o
carioca no tem o direito de atravessar a rua se o sinal no estiver
fechado! claro que num cruzamento movimentado, o pedestre deve
mesmo espera a sua vez, mas em se tratando de uma rua com pouco
movimento, no custa nada o motorista dar a vez ao transeunte para
que este atravesse at a outra calada. Em Braslia e em Curitiba, por
exemplo, basta pisar na faixa e os motoristas automaticamente
param...O que, porm no para nunca o costume de "ser espertinho
demais" e pedir para algum "guardar o seu lugarzinho na fila", seja
no banco, na lotrica ou na inscrio do bolsa-famlia. Nunca h uma
fila na qual isso no acontea. Pelo menos aqui, na "terra dos
espertos" O resultado? quem chegou cedo apenas esquentou o lugar
para aquele que preferiu dormir um pouco mais...Entretanto, no se
trata aqui de negar os aspectos maravilhosos do povo carioca.
Realmente, so dourados, espertos e bacanas, como disse a famosa
cantora. So alegres e extrovertidos, acima de tudo. Porm, h de se
enfatizar esses costumes nada "modernos" para que se tome
conscincia de que preciso melhorar. Afinal, a populao do Rio no
curte dias nublados, como diz a msica, mas, com certeza, tambm no
curte falta de educao. Cariocas? Sim, eles so bacanas!
Veja que na parte marcada do texto (DESENVOLVIMENTO) defendem-se
os argumentos apresentados no primeiro pargrafo. Foi utilizado um
pargrafo para defender cada argumento. Como foram trs argumentos
apresentados, construram-se trs pargrafos defendo-os. muito
simples: na INTRODUO voc apresenta ao leitor o assunto que ir
dizer. No DESENVOLVIMENTO, voc diz. E na concluso, deve-se fazer um
breve "resumo" do que foi dito, fechando com uma frase otimista.
Fcil, no?A COESOO dicionrio Cegalla afirma categoricamente : coeso
significa conexo, ligao. E esse atributo deve estar presente em
todo texto. bastante comum , infelizmente, vermos textos nos quais
essa unio no est presente. Veja isso no exemplo abaixo:
A sade no Brasil vai de mal a pior. Os salrios dos mdicos esto
muito baixos. Os remdios esto muito caros. Ningum suporta mais
tantas filas em hospitais.
Repare que as frases, embora tratem do mesmo tema, esto soltas ,
sem conexo entre si.Vamos consertar esse texto ento? Veja:
A sade no Brasil vai de mal a pior.Pode-se ver isso nossalrios
dos mdicosqueesto muito baixos. Os remdiostambmesto muito caros.Alm
disso, ningum suporta mais tantas filas em hospitais.
O simples uso de pequenas expresses como "Pode ser ver isso",
"tambm" e "alm disso" foram suficientes para unir as frases e fazer
assim a coeso entre elas.
Veja outro tipos de coeso:
COESO REFERENCIAL-ocorre quando um termo faz referncia a outro
escrito anteriormente:
Exemplo:Mariasaiu s trs horas, mas nesse horrio seria impossvel
contact-la.
COESO LEXICAL- impede a repetio desnecessria de termos ou
vocbulos.
Exemplo: O presidenteLulaafastou-se do debate poltico. H tempos
no se vesse grande ex-metalrgico do abcparticipando da discusso de
algum tema relevante para a sociedade.
A igrejadeve orientar tambm sobre a questo da opo sexual entre
os jovens. Dessa forma , crianas e adolescentes devem buscar ajuda
espiritual nasinstituies religiosas.
A COESO ENTRE PARGRAFOSDepois de terminado o rascunho, leia o
seu texto todo e veja se , ao se ler cada pargrafo isoladamente,
tem-se a percepo de qual o tema. Se no se puder ter essa percepo,
algo est errado, pois os pargrafos podem estar soltos, isolados.
Vamos dar um exemplo com o tema:as medidas contra o ato de dirigir
alcoolizado devem ser mais rgidas?
As medidas contra o ato de dirigir devem ser mais rgidas. Apesar
da criao da Lei seca, as pessoas ainda no perderam o hbito de
dirigirem alcoolizadas. Com isso, os acidentes continuam vitimando
milhares de pessoas todos anos. preciso tambm uma campanha
preventiva entre os jovens que mostre como esse hbito destri tantas
vidas.
Os efeitos do lcool so devastadores com relao ao reflexos do
motorista. Perde-se a noo de espao e o tempo de resposta fica muito
grande. Com isso, vrios acidentes acontecem de repente e o pior:
outras pessoas so vitimadas sem terem a menor culpa. preciso ,
portanto, ter-se a conscincia de que a mistura lcool e direo
altamente perigosa.
Perceba, que embora a ideia do segundo pargrafo seja semelhante
ao tema principal, este nem sequer foi citado, pois no se falou
emmedidas punitivas mais rgidas. No preciso se repetir o que j foi
falado, mas ao menos deve-semencionar o tema em cada pargrafo,
percebeu? Veja abaixo um novo segundo pargrafo, com a coeso
estabelecida com o primeiro:
Os pedidos por medidas punitivas mais severas no so nenhum
exagero,visto que os efeitos do lcool so devastadores com relao ao
reflexos do motorista. Perde-se a noo de espao e o tempo de
resposta fica muito grande. Com isso, vrios acidentes acontecem de
repente e o pior: outras pessoas so vitimadas sem terem a menor
culpa. preciso , portanto, ter-se a conscincia de que a mistura
lcool e direo altamente perigosa.
Veja, caro amigo, que a colocao da frase em negrito estabeleceu
a coeso ideolgica com o tema principal que "As medidas contra o ato
de dirigir alcoolizado devem ser mais rgidas?
ESQUEMAS PARA DISSERTAODissertao: esquema 1
primeiro pargrafo: Frase inicial + objetivo + citao dos
argumentos 1,2 e 3.
segundo pargrafo: desenvolva o argumento 1
terceiro pargrafo: desenvolva o argumento 2
quarto pargrafo : desenvolva o argumento 3
quinto pargrafo : Concluso : frase conclusiva citando o tema da
redao + observao final (impessoal, positiva, otimista, que
solucione o problema e a apresente uma feio humanstica)
Exemplo: Vamos supor que voc j tenha lido com bastante ateno os
textos base da prova e concluiu que o tema :A exploso do Crack nas
cidades brasileiras.objetivo: mostrar a real e trgica situao e
apresentar soluesargumento1: A infncia e a adolescncia sendo
destrudas pelo consumo do crackargumento 2: a demora do governo em
agir;argumento 3: Governo Federal, Estados, prefeituras e a
televiso devem unir esforos.
Seguindo o esquema construdo acima, aintroduoficaria assim:
O consumo do crack uma febre em todas as cidades brasileiras
(frase inicial contendo o tema). E preciso tomar medidas rpidas e
eficazes contra essa epidemia (objetivo). Ela est tornando vrios
adolescentes e crianas verdadeiros "zumbis" (argumento1). Sabendo
disso, o Governo federal j criou vrios projetos, mas efetivamente
ainda no agiu. Mas essa ao deve ter a ajuda das prefeituras e
estados, atuando em conjunto. E como complemento, a televiso deve
contribuir , expondo o problema em novelas e seriados (argumento
3).
Repare que o esquema foi seguido, mas no copiado, pois o escrevi
com outras palavras (isso fundamental).Nos prximos trs pargrafos,
desenvolva seus trs argumentos. Para tal, siga a ordem de sua
introduo, abordando cada argumento em um pargrafo. Nesse momento
que voc ir convencer o leitor, portanto d bastantes explicaes e
exemplos sobre cada argumento.
Observao: No esquea que , para conseguir explicar bem qualquer
assunto, voc deve estar "por dentro" de tudo o que acontece, por
isso leia bastante boas revistas e bons jornais (Folha de So Paulo,
O Globo, A tarde, Le Monde, Carta Capital, Veja, Isto ) e assista
bons canais e programas (Globo news, History channel, Gnt, J
Soares, Roda Viva, Sem censura, etc)
Nos anos 70, a Organizao Internacional do Trabalho (OIT)
registrou pela primeira vez a existncia da economia informal. Hoje,
o trabalho sem vnculo empregatcio (alternativo, temporrio,
provisrio) uma realidade que desconhece
fronteiras.(http://www.dw.de/economia-informal-o-futuro-do-mercado-de-trabalho/a-434175)Com
base no que est transcrito acima, redija um texto
dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema:Causas e
efeitos do trabalho informal
Asilo poltico: abrigo concedido por um pas ou por sua legao a um
estrangeiro perseguido, por motivo poltico, pelo seu Estado.(Maria
Helena Diniz. Dicionrio jurdico universitrio. So Paulo: Saraiva, 3.
ed., 2011, p. 54)
Pode-se dizer que, desde tempos imemoriais, o asilo poltico um
direito. O Brasil, pas que aceita a concesso de asilo poltico,
passa por muitos questionamentos acerca dos interesses advindos das
concesses aos solicitantes. H casos em que o Estado, de prontido,
se sensibiliza e confere o beneficio. Todavia, em outros casos, o
Brasil se nega a conceder ao solicitante o asilo poltico.(Adaptado
de:
http://jus.com.br/revista/texto/14997/concessao-de-asilo-politico-no-brasil)Considerando
o que est transcrito acima, redija um texto
dissertativo-argumentativo, posicionando-se a respeito do tema:A
concesso de asilo poltico no BrasilA msica popular urbana
brasileira resultado da confluncia cultural de trs etnias: o ndio,
o branco e o negro [...]. Como manifestao cultural expressiva, essa
msica urbana surgiu no incio do sculo XIX, nos principais centros
da colnia, notadamente Rio de Janeiro e Bahia [...].Nos anos 60 e
70 do sculo XX, estava em voga dizer que s atravs da arte poderamos
transformar o mundo. A frase tinha um qu de exagero, mas, ao menos
no mbito da msica popular brasileira, serviu de inspirao para
milhares de jovens que participaram dos festivais pelo
pas.(Adaptado de Andr Diniz, Almanaque do samba)Considerando-se o
que est transcrito acima, redija um texto
dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:A msica popular
como expresso de valores culturais brasileiros