Top Banner
RADIOLOGIA DO ABDOME Prof. Lucas Gennaro 2019-1
64

RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

Mar 13, 2020

Download

Documents

dariahiddleston
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

RADIOLOGIA DO ABDOME

Prof. Lucas Gennaro2019-1

Page 2: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

RADIOLOGIA DO ABDOMEOBJETIVOS:1) Semiologia radiológica do abdome. - Terminologia utilizada na descrição radiológica- Métodos de imagem para avaliação do abdome2) Análise da radiografia simples de abdome- Conhecer padrões normais e principais alterações3) Avaliação do conteúdo abdominal- Anatomia radiológica- Principais indicações dos métodos de imagem

Page 3: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA:

1- DENSIDADE:

- RADIOLOGIA CONVENCIONAL

a) Radiotransparente ou radioluscente

b) Hipotransparente

c) Radiopaca

- TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

a) Hipodensa (atenuação baixa e negativa)

b) Hiperdensa

c) Isodensa

d) Se utilizado meio de contraste: Hipercaptante / hipervascular ; hipocaptante / hipovascular ; Espontaneamente densa

Densidade mista

Page 4: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA:

2- CONTORNOS / FORMATO / MEDIDAS

3- LIMITES

*Nota: em relação a estruturas tubulares (TGI, vasos, ureteres, árvore traqueobrônquica, cavidade uterina e tubas) preenchidas por meio de contraste (bário / iodo), podemos acrescentar:

Trajeto / perviedade

Calibre

Falha de enchimento

Page 5: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

TERMINOLOGIA UTILIZADA NA DESCRIÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA:

(De acordo com a transmissão sonora)

- Anecóico

- Hipoecóico / hipoecogênico

- Ecogênico / Hiperecóico / Hiperecogênico

Obs: Cálculos, calcificações, ossos e gases são ecogênicos com grande redução do som, produzindo sombra acústica posterior, que não permite a visualização de imagens abaixo dessas estruturas.

TERMINOLOGIA UTILIZADA NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:

- Isointensa

- Hipointensa

- Hiperintensa

Obs: Calcificações e gases, pelas propriedades físicas em geral, produzem imagens que se caracterizam pela ausência de sinal.

Page 6: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples

- Radiografia contrastada

2) ULTRASSONOGRAFIA

3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

4) RESSONANCIA MAGNÉTICA

Page 7: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

Page 8: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL

RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:- Conhecer os padrões de - Identificar alterações radiológicas

uma radiografia normal

Page 9: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples de abdome:

a) Ampla disponibilidade, baixo custo e fácil realização.

b) Métodos seccionais (CT, US, MRI) x Método bidimensional

3D 2D

c) 4 densidades básicas: gás, gordura, líquido e cálcio (metal*).

Page 10: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples de abdome:

Page 11: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples de abdome:

Imagens obtidas preferencialmente em apneia ou fim da expiração

Tipos de incidência variam conforme indicação

• Radiografia panorâmica em decúbito dorsal

• Radiografia em posição ortostática

Page 12: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples de abdome:

Incide na crista ilíaca e deve incluir

sínfise púbica, polo superior dos

Rins e flancos.

Page 13: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Radiografia simples de abdome:

Utilizada na rotina para abdome

agudo. Identificação de

pneumoperitônio e níveis hidro-

aéreos.

**Radiografia de tórax

Page 14: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Avaliação limitada de órgãos sólidos: forma e tamanho (exceto tumores grandes com efeito de massa).

- Rins: tamanho e localização com técnica adequada (3 – 3,5 corpos vertebrais). Bexiga identificada se em repleção adequada.

- Planos de gordura do retroperitônio delimitam contornos de órgãos abdominais (exceto pacientes magros / crianças ou líquido).

- Trato gastrintestinal: identificado quando há gás no interior (útil na identificação de obstrução e diferenciação entre cólon e delgado –localização e padrão mucoso).

Page 15: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Indicações frequentes:

A) Pesquisa de cálculos

(preparo intestinal prévio).

Aproximadamente 90% radiopacos

Sensibilidade de 50%

Page 16: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Indicações frequentes:

B) Avaliação de dor abdominal:

Em geral conjunto de incidências

(rotina para abdome agudo)

que inclui:

Radiografia de tórax ortostático.

Radiografias de abdome:

ortostático e decúbito dorsal

(pelo menos 2 incidências)

Page 17: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

MÉTODOS DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DO ABDOME:

1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL

- Indicações frequentes:

B) Avaliação de dor abdominal:

Apesar de fornecer informações limitadas, existem principais situações úteis:

• Suspeita clínica de obstrução intestinal

• Suspeita de abdome agudo perfurativo

• Localização de corpo estranho ingerido

Page 18: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

Radiografia de tórax ortostático:

- Afastar causas torácicas de dor abdominal

- Melhor incidência para identificação

de pneumoperitônio

Page 19: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

- Radiografias de abdome:

Ortostático e decúbito

dorsal.

Page 20: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINAL PELA RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME

Page 21: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais e padrão de distribuição dos gases intestinais.

- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).

- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste existente entre estruturas contíguas.

Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.

Pancreas – calficiações

Rins – gordura perirrenal

Bexiga

Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido

Page 22: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais e padrão de distribuição dos gases intestinais.

- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).

- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste existente entre estruturas contíguas.

Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.

Pancreas – calficiações

Rins – gordura perirrenal

Bexiga

Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido

Page 23: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais e padrão de distribuição dos gases intestinais.

- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).

- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste existente entre estruturas contíguas.

Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.

Pancreas – calficiações

Rins – gordura perirrenal

Bexigo

Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido

Page 24: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais e padrão de distribuição dos gases intestinais.

- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).

- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste existente entre estruturas contíguas.

Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.

Pancreas – calficiações

Rins – gordura perirrenal

Bexigo

Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido

Page 25: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- Atenção sistemática: ossos, tecidos moles, bases pulmonares, órgãos abdominais e padrão de distribuição dos gases intestinais.

- OSSOS: lesões (blásticas / líticas), fraturas e artropatias (ex: EA).

- ÓRGÃOS ABDOMINAIS E TECIDOS MOLES: Visualização depende do contraste existente entre estruturas contíguas.

Fígado – gordura pararrenal anterior – líquido – apagamento margem inferior.

Pancreas – calficiações

Rins – gordura perirrenal

Bexiga

Músculo psoas – massa retroepritoneal / abscesso / líquido

Page 26: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- DISTRIBUIÇÃO DOS GASES

Pontos de referência (bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática e esplênica do cólon e ampola retal) – localiza estruturas e identifica deslocamentos.

Alças de delgado em condições não patológicas, geralmente tem pouco gás.

Cólon contem gás e fezes

- CALCIFICAÇÕES

Em alguns casos são bastante específicas (apendicolito / apendicite). Granulomas baço e fígado. Miomas calcificados. Calcificações vasculares. Cálculos renais e de vesícula biliar. Calcificações da pancreatite crônica.

Page 27: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME

Jejuno-ileo: 3cmCólon: 6 cmCeco: 9 cm

Page 28: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- DISTRIBUIÇÃO DOS GASES

Pontos de referência (bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática e esplênica do cólon e ampola retal) – localiza estruturas e identifica deslocamentos.

Alças de delgado em condições não patológicas, geralmente tem pouco gás.

Cólon contem gás e fezes

- CALCIFICAÇÕES

Em alguns casos são bastante específicas (apendicolito / apendicite). Granulomas baço e fígado. Miomas calcificados. Calcificações vasculares. Cálculos renais e de vesícula biliar. Calcificações da pancreatite crônica.

Page 29: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO ABDOMINALRADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME:

- DISTRIBUIÇÃO DOS GASES

Pontos de referência (bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática e esplênica do cólon e ampola retal) – localiza estruturas e identifica deslocamentos.

Alças de delgado em condições não patológicas, geralmente tem pouco gás.

Cólon contem gás e fezes

- CALCIFICAÇÕES

Em alguns casos são bastante específicas (apendicolito / apendicite). Granulomas baço e fígado. Miomas calcificados. Calcificações vasculares. Cálculos renais e de vesícula biliar. Calcificações da pancreatite crônica.

Page 30: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

RADIOLOGIA DO ABDOME ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICO

Prof. Lucas Gennaro2019-1

Page 31: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINTRODUÇÃO:

Síndrome caracterizada por dor abdominal de inicio súbito, que necessita de intervenção médica (clínica ou cirúrgica) de urgência.

Representa uma das síndromes clínicas mais comuns na prática diária, correspondendo a cerca de 5 – 10 % dos atendimentos em serviços de urgência de emergência, exigindo abordagem rápida e precisa.

O diagnóstico etiológico é de extrema importância, pois o atraso na identificação e tratamento, piora o prognóstico, aumentando a morbidade e mortalidade.

Diagnósticos diferenciais incluem uma variedade de doenças.

Page 32: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO SINDRÔMICO:

De acordo com a localização da dor e sintomas associados

Page 33: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO SINDRÔMICO:

Com base achados clínicos e laboratoriais, devemos decidir se exames de imagem são necessários para confirmar a suspeita diagnóstica e decidir o tratamento

O tipo de exame solicitado depende exclusivamente da suspeita clínica.

De acordo com a etiologia, o abdome agudo é classificado em:

- Inflamatório

- Perfurativo

- Obstrutivo

- Vascular / Hemorrágico

- Ginecológico

Page 34: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICO

CLASSIFICAÇÃO: (varia conforme autores diferentes)

INFLAMATÓRIO PERFURATIVO OBSTRUTIVO VASCULAR / HEMORRÁGICO

GINECOLOGICO

Apendicite Ulcera péptica Invaginação Isquemia mesentérica DIP

Diverticulite Diverticulo colônico Tumor Infarto omental Torção ovariana

Colecistite Tumor Bridas / Volvo Rotura de AAA Gestação ectópica

Pancreatite DII Hernia Coagulopatias Cisto hemorrágico

Page 35: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO POR IMAGEM:

Não existe consenso sobre a melhor abordagem.

1) Radiologia convencional

Comumente utilizado na avaliação inicial (baixo custo e amplamente disponível.)

Baixa sensibilidade para a maioria das causa de dor abdominal

Especialmente útil em 3 situações:

- Obstrução intestinal

- Perfuração de viscera oca

- Ingestão de corpo estranho.

Page 36: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO POR IMAGEM:

Não existe consenso sobre a melhor abordagem.

2) Ultrassonografia

Baixo custo, ausência de radiação, possibilidade de realização a beira do leito.

Importante papel na avaliação das vias biliares, aparelho urinário, emergências ginecológicas e apendicite.

Distensão abdominal / obesidade / experiência do médico radiologista são fatores limitantes.

Otimiza e racionaliza o uso da TC

Page 37: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO POR IMAGEM:

Não existe consenso sobre a melhor abordagem.

3) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Método que apresenta a maior acurácia para identificação da causa de dor abdominal (sensibilidade / especificidade de 95%)

Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos.

Uso de TC sem contraste tem sido proposto como método alternativo à radiologia simples para avaliação inicial de pacientes com quadro de abdome agudo.

Não esquecer de pesar risco/benefício de acordo com a suspeita clínica (radiação ionizante e uso de contraste iodado)

Page 38: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICODIAGNÓSTICO POR IMAGEM:

Não existe consenso sobre a melhor abordagem.

4) RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:

Alternativa em situações que US foi inconclusiva e TC deve ser evitada

- GESTANTES / CRIANÇAS

Acurácia semelhante a TC para abdome agudo inflamatório.

Alto custo e baixa disponibilidade

Maior tempo de exame

Page 39: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO (ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)A rotina radiológica é composta pelas seguintes incidências: radiografia de tórax em PA ortostática, AP de abdome em decúbito dorsal e AP de abdome em posição ortostática.

Page 40: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Por que é feita radiografia de tórax?

- Determinar doenças do tórax que podem cursar com dor abdominal e simular quadro de abdome agudo (ex: pneumonia de lobos inferiores, pneumotórax, dissecção de aorta)

- Algumas afecções abdominais podem cursar com complicações pulmonares (ex: derrame pleural em pacientes com pancreatite aguda)

- Pneumoperitônio pode ser observado no contorno inferior do diafragma na incidência em PA de tórax (paciente deve permanecer em ortostase previamente ao exame para que o gás ocupe a região subdiafragmática).

Page 41: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Por que é feita radiografia de tórax?

- Determinar doenças do tórax que podem cursar com dor abdominal e simular quadro de abdome agudo

Page 42: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Por que é feita radiografia de tórax?

- Algumas afecções abdominais podem cursar com complicações pulmonares

Page 43: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO (ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)Por que é feita radiografia de tórax?- Pneumoperitônio pode ser observado no contorno inferior do diafragma na

incidência em PA de tórax (paciente deve permanecer em ortostasepreviamente ao exame para que o gás ocupe a região subdiafragmática).

Page 44: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Incidências complementares:

- Pacientes debilitados ou incapazes de ficar sentado ou em pé, pode ser realizada radiografia de tórax em AP (decúbito dorsal) e exame de abdome em decúbito lateral esquerdo com raios horizontais (DLERH) – incidência que também pode demonstrar peumoperitônio inclusive em casos duvidosos.

Page 45: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Pneumoperitônio ou sinal do crescente: traduz rotura de víscera oca

(em casos duvidosos e com forte suspeita, realizar incidência complementar DLERH)

Page 46: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Apagamento / Velamento da borda externa do psoas e lojas renais : traduz acometimento do retroperitônio

Page 47: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Ausência de gás na ampola retal / presença de níveis líquidos / distensão de alças intestinais: traduz obstrução

Page 48: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO (ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:- Alça sentinela: alça que se encontra fixa, edemaciada e distendida.

Page 49: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Volvo ou sinal do grão de café: ocorre secundariamente à torção de alça sobre o próprio eixo.

Page 50: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Sinal de Riegler: ocorre pela presença de ar entre alças no caso de perfuração intestinal

Page 51: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICOINCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DO ABDOME AGUDO

(ROTINA DE ABDOME AGUDO – RAA)

Sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:

- Retropneumoperitônio: ar no espaço retroperitoneal (pode destacar bem o rim e o psoas)

Page 52: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

RADIOLOGIA DO ABDOME

CASOS CLÍNICOS

Page 53: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 54: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 55: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 56: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 57: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 58: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 59: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 60: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 61: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 62: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 63: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto
Page 64: RADIOLOGIA DO ABDOME · Maior sensibilidade que radiologia convencional na determinação da presença, nível e causa dos quadros obstrutivos. Uso de TC sem contraste tem sido proposto

RADIOLOGIA DO ABDOME

FIM