-
ISSN 1806-3713
Publicação Mensal
Editor ChefeJosé Antônio Baddini Martinez – Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto, SP
Editores ExecutivosIlma Aparecida Paschoal – Universidade de
Campinas, Campinas, SPJoão Carlos Prolla – Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RSJosé Alberto Neder –
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Editores AssociadosAfrânio Lineu Kritski – Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJÁlvaro A. Cruz – Universidade
Federal da Bahia, Salvador, BADaniel Deheinzelin – Hospital do
Câncer, São Paulo, SPFábio Biscegli Jatene – Universidade de São
Paulo, São Paulo, SPGeraldo Lorenzi-Filho – Universidade de São
Paulo, São Paulo, SPNestor Muller – Vancouver General Hospital,
Vancouver, BC, CanadáRenato Tetelbom Stein – Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
Conselho EditorialAlberto Cukier – Universidade de São Paulo,
São Paulo, SPAna C. Krieger – New York School of Medicine, New
York, USAAna Luiza Godoy Fernandes – Universidade Federal de São
Paulo, São Paulo, SPCarlos Alberto de Assis Viegas – Universidade
de Brasília, Brasília, DFCarlos Alberto de Castro Pereira –
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPCarlos M. Luna –
Hospital de Clinicas, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires,
ArgentinaCarlos Roberto Ribeiro de Carvalho – Universidade de São
Paulo, São Paulo, SPCarmem Silvia Valente Barbas – Universidade de
São Paulo, São Paulo, SPCelso Carvalho – Universidade de São Paulo,
São Paulo, SPChris T. Bolliger – University of Stellenbosch,
Stellenbosch, South AfricaDany Jasinowodolinski – Universidade
Federal de São Paulo, São Paulo, SPDouglas Bradley – University of
Toronto, Toronto, ON, CanadáElnara Márcia Negri – Universidade de
São Paulo, São Paulo, SPEmílio Pizzichini – Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, SCFrank McCormack – University of
Cincinnati School of Medicine, Cincinnati, OH, USAIrma de Godoy –
Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SPJohn J. Godleski –
Harvard Medical School, Boston, MA, USAJosé Dirceu Ribeiro –
Universidade de Campinas, Campinas, SPJosé Miguel Chatkin –
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RSJosé Roberto de Brito Jardim – Universidade Federal de
São Paulo, São Paulo, SPJosé Roberto Lapa e Silva – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJJúlio César de Abreu
de Oliveira – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora,
MGLuiz Eduardo Nery – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
SPManoel Ximenes Netto – Hospital de Base do Distrito Federal,
Brasília, DFMarc Viravitlles – Hospital Clinic, Barcelona,
EspañaMarcelo Alcântara Holanda – Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, CEMarcelo Amato – Universidade de São Paulo, São Paulo,
SPMargareth Maria Pretti Dalcolmo – Centro de Referência Hélio
Fraga, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJMaria Marli Knorst –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RSMilton
de Arruda Martins – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPNoé
Zamel – University of Toronto, Toronto, ON, CanadáNuno Fevereiro
Ferreira de Lima – Universidade de Brasília, Brasília, DFPaulo
Francisco Guerreiro Cardoso – Pavilhão Pereira Filho, Porto Alegre,
RSPaulo Hilário Nascimento Saldiva – Universidade de São Paulo, São
Paulo, SPPeter J. Barnes – National Heart et Lung Institute,
Imperial College, London, UKRenato Sotto-Mayor – Hospital Santa
Maria, Lisboa, PortugalRiad Nain Younes – Hospital A.C. Camargo,
São Paulo, SPRichard W. Light – Vanderbili University, Nashville,
TN, USARik Gosselink – University Hospitals Leuven, BélgicaRobert
Skomro – University of Saskatoon, Saskatoon, CanadáRogério de Souza
– Universidade de São Paulo, São Paulo, SPRuzena Tkacova – L
Pasteur Faculty Hospital, EslováquiaTalmadge King Jr. – University
of California, San Francisco, CA, USAThais Helena Abrahão Thomaz
Queluz – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SPVera Luiza
Capelozzi – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPVerônica
Parreira – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
MGWalter Araújo Zin – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho,
Rio de Janeiro, RJWilson Leite Pedreira Júnior – Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP
Brazil
Publicação Indexada em:Latindex, LILACS, Scielo Brasil, Scopus,
IndexCopernicus e MEDLINEDisponível eletronicamente nasversões
português e inglês:www.jornaldepneumologia.com.br e
www.scielo.br/jbpneu
-
ISSN 1806-3713
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIASecretaria: SEPS
714/914, Bloco E, Asa Sul, salas 220/223. CEP 70390-145 - Brasilia
- DF, Brasil.Telefone 0800 616218. Site: www.sbpt.org.br. E-mail:
[email protected] Jornal Brasileiro de Pneumologia ISSN 1806-3713,
é uma publicação mensal da Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia. Os conceitos e opiniões emitidos nos artigos são de
inteira responsabilidade de seus autores. Permitida a reprodução
total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a
fonte.Diretoria da SBPT (Biênio 2006-2008):Presidente: Antônio
Carlos Moreira LemosPresidente Eleito: Jussara
FitermanSecretário-Geral: Paulo Henrique Ramos
FeitosaSecretário-Adjunto: Eduardo Felipe Barbosa SilvaDiretor
Financeiro: Benedito Francisco Cabral JúniorDiretor de Assuntos
Científicos: Luiz Carlos SellDiretor de Divulgação e Defesa
Profissional: Luiz Fernando Ferreira PereiraDiretor de Ensino e
Exercício Profissional: Sérgio Saldanha Menna BarretoPresidente do
XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia: Carlos
Alberto de Assis ViegasPresidente do Conselho Deliberativo: Mauro
ZamboniCONSELHO FISCAL:Efetivos: Marcelo Fouad Rabahi, Nuno
Fevereiro Ferreira de Lima, Eraldo Emanoel S. BarbosaSuplentes:
Marcelo Palmeira Rodrigues, Paulo César Nunes Restivo, Terezinha do
Socorro Macedo LimaCOORDENADORES DOS DEPARTAMENTOS DA SBPT:Cirurgia
Torácica – José de Jesus Peixoto CamargoEndoscopia Respiratória –
Antônio José Pessoa DóreaFunção Pulmonar – José Alberto Neder
SerafiniImagem – Arthur Soares Souza JúniorPneumologia Pediátrica –
José Dirceu RibeiroCOORDENADORES DAS COMISSÕES CIENTÍFICAS DA
SBPT:Asma Brônquica – Roberto StirbulovCâncer Pulmonar – Carlos
Alberto GuimarãesCirculação Pulmonar – Jaquelina Sonoe Ota
ArakakiDistúrbios Respiratórios do Sono – Flávio José M. da
SilveiraDoenças Intersticiais – Carlos Alberto de Castro
PereiraDoença Pulmonar Avançada – Maria Christina Lombardi de
Oliveira MachadoDPOC – Aquiles Assunção CamelierDoenças
Respiratórias Ambientais e Ocupacionais – Ericson
BagatinEpidemiologia – José Miguel ChatkinFibrose Cística – Maria
Angélica SantanaInfecções Respiratórias e Micoses – Ricardo de
Amorim CorrêaPleura – Simone MirandaRelações Internacionais –
Octávio Messeder e João Gonçalves PantojaTabagismo – Jônatas
ReichertTerapia Intensiva – Arthur Osvaldo de Abreu
ViannaTuberculose – Jamocyr Moura Marinho
Secretaria Administrativa: SEPS 714/914, Bloco E, Asa Sul, salas
220/223. CEP 70390-145 - Brasília - DF, Brasil.Telefones/Fax:
0xx61-3245-1030, 0xx61-3245-6218.Secretária: Luana Maria Bernardes
Campos. E-mail: [email protected]ão de
português, assessoria técnica e tradução: Precise
EditingEditoração: cubo multimidiaTiragem: 3800
exemplaresDistribuição: Gratuita para sócios da SBPT e
bibliotecasImpresso em papel livre de ácidosAPOIO:
-
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 1
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
AO002 ASMA NO ADULTO - SEGURIDAD DE LOS BETA2 AGONISTAS DE LARGA
DURACIÓN (LABA) EN EL TRATAMIENTO DEL ASMA: LABA + CORTICOIDES
INHALADOS (ICS) VS. ICS. REVISIÓN SISTEMÁTICA CON
META-ANÁLISISGUSTAVO JAVIER RODRIGO1; VICENTE PLAZA2; LUÍS
GARCÍA-MARCOS3; JOSÉ CASTRO-RODRIGUEZ4.1.HOSPITAL CENTRAL FF.AA,
MONTEVIDEO, URUGUAI; 2.HOSPITAL DE LA SANTA CREU I SANT PAU,
BARCELONA, ESPANHA; 3.UNIVERSIDAD ARRIXACA, MURCIA, ESPANHA;
4.UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL CHILE, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE:
ASMA; BRONCODILATADORES; SEGURIDADIntroducción: En asmáticos
mayores a los 5 años de edad que no logran controlar su enfermedad
con dosis bajas de ICS, los LABA constituyen la terapia preferida
para combinar con los ICS. Sin embargo, algunos estudios sugieren
que el uso regular de LABA conduce a un aumento de los efectos
adversos y un deterioro del control de la enfermedad. El propósito
de esta revisión fue evaluar la seguridad de los LABA en
combinación con los ICS en el tratamiento del asma. Material y
Métodos: Revisión sistemática con meta-análisis de ensayos clínicos
aleatorizados, publicados y no publicados (registros de los
laboratorios y FDA), de más de 1 mes de duración, que comparan LABA
+ ICS con ICS (dosis iguales o mayores del mismo esteroide) sin
restricción de edad. Resultados: Cincuenta y cuatro estudios con
30.399 asmáticos fueron seleccionados. El riesgo relativo (RR) y la
diferencia del riesgo para las diferentes variables se presenta en
la Tabla. Conclusiones: De acuerdo con los datos de este
meta-análisis, la combinación LABA + ICS se asoció con
disminuciones significativas en la incidencia de exacerbaciones
asmáticas que requirieron CCS sistémicos, y en la incidencia de
hospitalizaciones por exacerbaciones, al compararse con dosis
iguales o superiores de ICS. Por otro lado, la terapia combinada
resultó equivalente al tratamiento con ICS en términos de la
frecuencia de exacerbaciones con riesgo vital. Se constataron 3
muertes en igual número de estudios (2 en pacientes que recibían
formoterol y 1 en un paciente tratado con salmeterol), resultando
la diferencia del riesgo no significativa.
Tabla
Variable No. de eventos (total
sujetos)
No. de eventos (total
sujetos)
Riesgo Relativo (IC 95%)
Número necesario
para tratar (IC 95%)
LABA Placebo
Exacerbaciones con uso de corticoides
sistémicos
765 (6731)
1051 (6448)
0.69 (0.63,0.77)
20 (16,26)
Hospitalizaciones 118 (9575)
156 (7897)
0.58 (0.46,0.74)
135 (90,282)
Exacerbaciones con riesgo vital
31 (4639) 20 (3318) 0.98 (0.57,1.68)
Muertes por asma 3 (2643) 0 (1885) 2.95 (0.47,18.7)
AO001 ASMA NO ADULTO - SEGURIDAD DE LOS AGONISTAS BETA2 DE LARGA
DURACIÓN (LABA) EN EL TRATAMIENTO DEL ASMA: LABA VS. PLACEBO.
REVISIÓN SISTEMÁTICA CON META-ANÁLISISGUSTAVO JAVIER RODRIGO1;
VICENTE PLAZA2; LUÍS GARCÍA-MARCOS3; JOSÉ
CASTRO-RODRIGUEZ4.1.HOSPITAL CENTRAL FF. AA, MONTEVIDEO, URUGUAI;
2.HOSPITAL DE LA SANTA CREU I SANT PAU, BARCELONA, ESPANHA;
3.UNIVERSIDAD ARRIXACA, MURCIA, ESPANHA; 4.UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL
CHILE, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; BRONCODILATADORES;
SEGURIDADIntroducción: Algunos estudios han sugerido que el uso
regular de LABA en asmáticos, conduce a un aumento de los efectos
adversos graves, incluyendo el riesgo de fallecimiento. El
propósito de esta revisión consistió en evaluar la seguridad de los
BALD como monoterapia en el tratamiento del asma. Material y
Métodos: Revisión sistemática con meta-análisis de ensayos clínicos
aleatorizados, publicados y no publicados (registros de los
laboratorios y FDA), de más de 1 mes de duración, que comparan LABA
con placebo sin restricción de edad. Resultados: Cuarenta estudios
incluyendo 38.128 asmáticos fueron seleccionados. El riesgo
relativo (RR) y la diferencia del riesgo para las diferentes
variables se presenta en la Tabla. Solo dos estudios presentaron
una o más muertes por asma. El primero de ellos reportó un solo
fallecimiento en un paciente tratado con 24 mcg bid de formoterol,
y el segundo, 13 muertes en asmáticos que recibieron 42 mcg bid de
salmeterol contra 3 muertes en el grupo placebo. Conclusiones: Este
meta-análisis confirma el incremento en el riesgo de muerte por
asma en los pacientes tratados con LABA. Sin embargo, la casi
totalidad de las muertes derivaron de un solo estudio. Por el
contrario, el uso regular de LABA se asoció a reducciones
significativas en la incidencia de exacerbaciones de asma que
requirieron corticoides sistémicos. Contrariamente a otros
estudios, los LABA, al ser comparados con placebo, no mostraron un
incremento en la frecuencia de hospitalizaciones así como de
exacerbaciones con riesgo vital.
Tabla
Variable No. de eventos (total
sujetos)
No. de eventos (total
sujetos)
Riesgo relativo (IC
95%)
Número nec-esario para tra-tar (IC 95%)
LABA Placebo
Exacerba-ciones con uso de corticoides
sistémicos
666 (4.728)
664 (3.634) 0.79 (0.71,0.89)
24 (17-39
Hospitaliza-ciones
94 (3611)
75 (2438) 0.98 (0.64,1.51)
Exacerba-ciones con riesgo vital
59 (15.831)
36 (14.797) 1.18 (0.76,1.84)
Fallecimiento por asma
14 (13.451)
3 (13.320) 3.83 (1.21,12.1)
1226 (703-10.585).
Apresentações Orais
-
R 2 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e
Tisiologia 2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
26 semanas, com injeções de MEPO (n=8) (5 injeções mensais de
750 mg) ou placebo (n=10) nos participantes acima caracterizados. A
dose de prednisona necessária para manter o controle foi reduzida
após a segunda infusão, de acordo com protocolo pre-estabelecido.
As exacerbações foram classificadas de acordo com a presença de
eosinófilos no escarro em eosinofílicas e não eosinofílicas.
Resultados: O uso de MEPO previniu a ocorrência de exacerbações
eosinofílicas em todos os pacientes que receberam a intervenção
enquanto que 8 dos pacientes que receberam placebo desenvolveram
este tipo de exacebações (p
-
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 3
face e tórax). Os pacientes são acompanhados trimestralmente e
são realizadas reuniões mensais com fins educativos. Resultados: O
PACA possui cerca de 850 pacientes cadastrados. Destes, 510 (60%)
aderiram muito bem ao programa, freqüentando assiduamente os
ambulatórios e as reuniões mensais destinadas a apresentação de
medidas de controle e prevenção da asma. Verificou-se também, a
partir de um levantamento realizado, que o número de crises e
internações hospitalares reduziu significativamente associado a uma
melhora da qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Na nossa
região o PACA é fundamental para o controle da asma, auxiliando em
seu diagnóstico, controle, prevenção e tratamento, reduzindo a
morbimortalidade desses pacientes. Além disso, contribui de forma
significativa para o aprendizado do aluno e a realização de
atividades destinadas a assistência da população.
AO008 ASMA NO ADULTO - AVALIAÇÃO DE FATORES ASSOCIADOS AO
NÃO-CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES AMBULATORIAIS.PAULO DE TARSO ROTH
DALCIN1; LIANA FRANCISCATTO2; MARCELO DE FIGUEIREDO3; FERNANDO
SOLIMAN4; DIEGO MILLÁN MENEGOTTO5; GLAUCO LUÍS KOZEN6; ANGELA
ZANONATO7; ROSEMARY PETRIK PEREIRA8.1,8.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL - HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE,
RS, BRASIL; 2.PONTIFICE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL,
PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 3,4,5,6,7.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA;
CONTROLE DA DOENÇA; MEDICINA AMBULATORIALA avaliação sistemática do
grau de controle da asma em resposta ao tratamento é fundamental no
manejo ambulatorial dessa doença. A identificação dos fatores
associados com a ausência de controle da asma poderia contribuir
para uma intervenção mais eficaz na busca do controle da doença.
Objetivos: avaliar o grau de controle da asma nos pacientes em
acompanhamento ambulatorial, buscando identificar fatores
associados com o não-controle da doença. Métodos: estudo
transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico de asma e em
acompanhamento ambulatorial. Foi realizada coleta dos dados
clínicos por questionário e revisão da técnica inalatória. A
avaliação da gravidade da doença e do seu grau de controle foi de
acordo com o proposto pela Global Initiative for Asthma (GINA).
Resultados: Foram estudados 259 pacientes, sendo que 45 (17,4%)
apresentaram asma totalmente controlada, 68 (26,3%) asma
parcialmente controlada e 146 (56,4%) asma não controlada. As
variáveis que se associaram com o não-controle da asma foram:
condição de não ser estudante (p = 0,033), não estar trabalhando (p
= 0,015), não utilização do corticóide inalado (p = 0,002), uso do
beta-agonista de curta ação (p < 0,001), e gravidade clínica da
asma (p < 0,001). Na análise de regressão binária, as variáveis
que se associaram de forma significativa ao não controle da asma
foram: o não uso de corticóide inalatório (razão de chances - RC =
6,7, p = 0,011) a gravidade cínica da doença (RC = 5,5, p <
0,001). Conclusões: Uma parcela significativa dos pacientes
asmáticos em tratamento ambulatorial não apresenta controle da
doença. Os principais fatores associados ao não-controle da asma
foram o não uso do corticóide inalado e a gravidade cínica da
doença. O uso efetivo de corticóide inalatório no tratamento da
asma constitui-se em fator passível de intervenção.
AO009 ASMA NO ADULTO - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES
ASMÁTICOS ATENDIDOS NO PAPA EM 2007.RAYSSA YASMIN PEREIRA SAUAIA;
LÍVIA ARRUDA DE MELO; MARIA DO ROSÁRIO DA SILVA RAMOS COSTA;
HAMILTON BARBOSA DE SOUSA; DANIEL LUCENA DE AGUIAR; LAURA CAROLINA
RODRIGUES BERNARDES; ÉRIKA SALES LOPES; VANESSA SANTANA
LOBO.UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUÍS, MA,
BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PNEUMOLOGIA; ASMA; PERFIL
EPIDEMIOLOGICOIntrodução: Reconhece ser necessário que
profissionais de saúde que atuam na área da Pneumologia conheçam o
perfil epidemiológico de pacientes asmáticos para que possam
identificar situações de risco e oferecer um tratamento e controle
adequados. Objetivo: Traça o perfil epidemiológico dos pacientes
asmáticos atendidos em um Programa de Assistência ao Paciente
Asmático (PAPA) no ano de 2007. Métodos: Realiza estudo descritivo
e transversal. Coleta dados de prontuários, em junho de 2008,
relativos a características clínicas de 459 pacientes asmáticos
acompanhados no PAPA durante o ano de 2007. Utiliza o programa
EPIINFO2005 para análise dos dados. Resultados:
farmacêutica que, que já demonstrou produzir melhora nos índices
de adesão ao tratamento medicamentoso. A atenção farmacêutica foi
importante para a adequada realização da técnica inalatória,
principalmente quanto ao uso de nebulímetros.
AO006 ASMA NO ADULTO - FATORES RELACIONADOS AO USO CORRETO DOS
DISPOSITIVOS INALATÓRIOS EM PACIENTES ASMÁTICOS.PAULO DE TARSO ROTH
DALCIN1; LIANA FRANCISCATTO2; MARCELO DE FIGUEIREDO3; FERNANDO
SOLIMAN4; DIEGO MILLÁN MENEGOTTO5; GLAUCO LUÍS KOZEN6; ANGELA
ZANONATO7; ROSEMARY PETRIK PEREIRA8.1,8.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL - HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE,
RS, BRASIL; 2.PONTIFICE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL,
PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 3,4,5,6,7.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA;
DISPOSITIVO INALATÓRIO; TÉCNICA INALATÓRIAO corticóide inalatório
(CI) é a principal medicação para o tratamento de manutenção da
asma e a técnica inalatória adequada é fundamental para o controle
da doença. Objetivos: avaliar a técnica de uso dos dispositivos com
corticóide inalatório no tratamento de manutenção da asma,
estabelecendo fatores associados ao uso incorreto. Métodos: estudo
transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico de asma e em
acompanhamento ambulatorial. A coleta dos dados clínicos foi
realizada por questionário padronizado aplicado após consulta
ambulatorial. Os pacientes foram testados quanto às etapas de
utilização de seus dispositivos inalatórios pelos membros da
pesquisa. Resultados: Foram estudados 253 pacientes, sendo que 128
(50,6%) realizaram a técnica inalatória correta em todas as suas
etapas. O uso correto da técnica inalatória se associou com o
estado civil (uso correto mais freqüente nos pacientes casados e
menos nos viúvos, p = 0,030), com a renda familiar (técnica
inadequada mais freqüente com a renda familiar menor, p = 0,009),
com o grau de instrução (técnica inadequada mais freqüente com
ensino fundamental incompleto, menor p= 0,046), com o tipo de
dispositivo inalatório (técnica inadequada mais freqüente com o uso
do aerossol dosimetrado do que os dispositivos em pós, p <
0,001). Não foi observada associação da técnica inalatória com sexo
e idade. Na análise de regressão logística binária, as variáveis
que se associaram significativamente com o uso incorreto foram: uso
do dispositivo em aerossol (razão de chances – RC = 3,7, p <
0,001) e grau de instrução com ensino fundamental incompleto (RC =
1,9, p = 0,022). Conclusões: Uma percentagem significativa de
pacientes asmático utiliza incorretamente os dispositivos
inalatórios, sendo os erros mais freqüentes com a utilização do
aerossol dosimetrado e em pacientes com menor grau de instrução. As
estratégias educativas em asma devem priorizar esses grupos.
AO007 ASMA NO ADULTO - CONTROLE DE ASMA E EDUCAÇÃO EM UM
AMBULATÓRIO ESCOLA.MARIA DO SOCORRO L CARDOSO; PATRÍCIA GONÇALVES
MIZOGUCHI; RAQUEL CHICRE B MELO CAVALCANTE; HENRIQUE OLIVEIRA
MARTINS; NATHÁLIA WANDERLEY CORONEL; GISELLE EUGÊNIA PEREIRA
IZEL.UFAM, MANAUS, AM, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; PACA;
CONTROLEIntrodução: A asma é uma doença crônica das vias aéreas.
Apesar dos avanços no entendimento da doença, não tem ocorrido uma
redução em sua morbimortalidade. Os pacientes geralmente tratam
seus sintomas na fase aguda da doença, carecendo de tratamento e
orientação no período inter-crises, levando-os a buscar
repetidamente os serviços de emergência. Objetivos: O PACA tem o
objetivo de educar asmáticos adultos e crianças em relação ao
entendimento e manejo de sua doença, uso de medicações, controle
dos sintomas, assim reduzindo a necessidade de consultas de
emergência e hospitalizações por asma aguda. Material e métodos: O
PACA tem cinco anos de implantação, com atividade contínua. Há uma
equipe composta por médicos, estudantes de medicina, enfermeiro e
psicólogo, os quais acompanham os pacientes asmáticos a partir de
quatro anos de idade. No início é realizado anamnese com
invetisgação da história de aparecimento da doença, fatores
desencadeantes, número de crises, estudo de exposição aos alérgenos
e história familiar. A avaliação laboratorial baseia-se no perfil
atópico (hemograma e IgE sérico), funcional (espirometria e pico de
fluxo) e infeccioso (RX de seios da
-
R 4 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e
Tisiologia 2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
intensivos. Desta forma; estima-se que, em ausência do exame da
PET em estudo, os tratamentos convencionais elevar-se-iam a R$
1.017.230,50. Assim, comparativamente aos custos de R$ 716.199,50 e
incorporando as 47 PETs que custaram R$ 61.100,00, os custos totais
do programa somam R$ 777.299,50 proporcionando a oportunidade de
economizar 23% dos recursos financeiros para atender os 47 casos.
Desta forma, cada caso tratado durante o estudo custou a média de
R$ 15.000,00 comparados aos R$ 22.000,00 nos casos sem a PET.
Assim, a relação de custo-efetividade do programa com a PET é de
0,77: 1 relativamente ao programa convencional sem este exame.
Conclusão: A incorporação da PET-FDG no estadiamento do CPNPC é
custo-efetiva, na medida em que evita a realização de cirurgias não
curativas.
AO011 CÂNCER DE PULMÃO - IMPACTO CLÍNICO DA INCORPORAÇÃO DA
PET-FDG NO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS
CÉLULAS.RAFAEL SILVA MUSOLINO1; THIAGO OLIVEIRA MENDOÇA2; TERESA
YAE TAKAGAKI3; GUSTAVO FAIBISCHEW PRADO4; JOSE SOARES JUNIOR5; JOSE
CLAUDIO MENEGHETTI6.1,2,3,4.DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA HC - FMUSP,
SÃO PAULO, SP, BRASIL; 5,6.SERVIÇO DE MEDICINA NUCLEAR INCOR HC -
FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PET-FDG; CANCER DE
PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS; ESTADIAMENTOIntrodução: Após o
diagnóstico inicial de um câncer de pulmão não-pequenas células
(CPNPC) um estadiamento TNM acurado é crucial para determinação da
terapêutica adequada e estimativa mais fiel do seu prognóstico.
Estadiamento não-invasivo foi substancialmente melhorado com o uso
da tomografia por emissão de pósitron com 2-[18F]
flúor-2-deoxi-D-glicose (PET-FDG). Um grande número de estudos de
acurácia e meta-análises demonstraram que a PET é superior à
tomografia computadorizada (TC) para o estadiamento linfonodal
medistinal nos pacientes com CPNPC potencialmente operáveis. Além
disso, após um estadiamento convencional negativo, metástases
ocultas podem ser achadas pela PET em 5-29% dos pacientes,
evitando-se, dessa forma, cirurgias não curativas. Sensibilidades e
valores preditivos negativos foram comparáveis entre PET e
mediastinoscopia para o estadiamento linfonodal mediastinal,
entretanto o valor preditivo positivo do PET é menor devido a
falso-positivos gerados por etiologias inflamatórias e infecciosas.
No caso da PET mediastinal positiva, a biópsia é necessária para
confirmar metástases linfonodais. Objetivo: Testar a hipótese de
que a utilização da PET-FDG no estadiamento do CPNPC poderia evitar
cirurgias não terapêuticas. Método: Estudo piloto prospectivo
realizado entre junho de 2006 e março de 2008 no Instituto Central
e InCor do HC/FMUSP, com a realização de PET-FDG em pacientes com
diagnóstico histológico de CPNPC potencialmente operáveis quando
avaliados pelo estadiamento convencional. O estadiamento
convencional consistia de TC de Tórax e Abdome Superior com
contraste nos pacientes com estagio I à IIb, além da realização de
TC de crânio e cintilografia óssea com tecnécio, quando houvesse
sintoma sugestivo de doença metastática nesses sítios ou do estagio
III em diante, mesmo que assintomáticos. Resultados: Foi realizado
PET-FDG em 47 pacientes com CPNPC, sendo que 40 destes eram
potencialmente operáveis, quando avaliados pelo estadiamento
convencional. A PET mudou o estadiamento em 30(63%) dos 47 casos,
aumentando a identificação de metástases e/ou linfonodos em 28(59%)
casos. Houve aumento de 34% na detecção de metástases à distância.
No estadiamento mediastinal, em 20 (42%) casos ocorreu aumento do
N. Em 53% dos casos, a realização da PET-FDG modificou a conduta.
Das 40 cirurgias propostas, apenas 14 (35%) permaneceram indicadas
após o estadiamento com a PET-FDG. Em 2 casos de diagnóstico
tuberculose pulmonar associado ao de câncer, ocorreu a captação da
PET-FDG, configurando falso-positivo. Em 2 casos houve diminuição
do estadiamento (downstaging), um deles com diminuição do
estadiamento mediastinal, indicando dessa forma a cirurgia. Em
outro, descartando a suspeita de metástase de supra-renal suscitada
pela TC de abdome superior. Conclusão: O PET-FDG é um instrumento
efetivo para o estadiamento do CPNPC, modificando o estadiamento,
dessa forma, alterando a conduta e o prognóstico, evitando
cirurgias não curativas.
Revela o predomínio do sexo feminino (69,7%) e uma idade média
de 46 anos. Identifica algum grau de desconforto respiratório na
pré-consulta em 33,7% dos casos. Expõe que, de 399 pacientes que
tiveram o pico de fluxo expiratório aferido, apenas 29,6%
alcançaram um valor igual ou inferior a 60% do previsto. Registra a
presença de sintomatologia em 238 (51,8%) pacientes no momento da
consulta, com 42% destes apresentando-a menos de duas vezes por
semana. Destaca a ocorrência de dispnéia, chiado, tosse e dor
torácica em 47,2%, 27,5%, 19,6% e 5,6%, respectivamente. Constata
que 134 (29,19%) pacientes apresentavam sintomas somente quando
expostos a fatores desencadeantes, sendo 15,6% dos casos
desencadeados por mais de um fator, 10,4% por gripes, 9,7% por
exercícios físicos e 9,1% pelo frio. Verifica a existência de
episódios moderados e intensos de asma em 16,1% dos pacientes e de
episódios noturnos em 30,9%. Chama atenção para o uso de
broncodilatador de curta duração por 53,1% dos asmáticos, 37,7%
diariamente. Evidencia 175 (39,6%) portadores de rinite ativa e 71
(16,6%) de sinusopatia. Desvela 156 (35,5%) casos de exacerbações
dos sintomas da asma, mas somente 13,6% de idas à emergência.
Ressalta que 46,2% das exacerbações ocorreram por causa conhecida;
destas, 18,2% relacionavam-se a gripes e 9,8% a baixas
temperaturas. Aponta a presença de ruídos adventícios à ausculta
torácica em 130 (29,5%) pacientes, predominando os sibilos em
61,2%. Diagnostica asma intermitente, persistentes leve, moderada e
grave em 4,4%, 34,3%, 49% e 12,1% dos indivíduos, respectivamente.
Registra um único diagnóstico de asma associada a DPOC. Constata
que apenas 22,8% apresentavam asma não controlada na primeira
consulta de 2007, condição reduzida a 17,7% na última consulta do
mesmo ano. Conclusão: Evidencia que menos da metade dos pacientes
apresentavam descompensação respiratória grave, embora metade
estivesse sintomático no momento da consulta. Chama atenção para o
elevado uso de broncodilatador de curta duração, apesar deste
índice se justificar pela quantidade de pacientes sintomáticos.
Ressalta a importância de se considerar a existência de fatores
desencadeantes da asma, destacando-se nesse contexto as gripes e
baixas temperaturas. Diagnostica a asma como patologia respiratória
isolada na maioria dos casos.
AO010 CÂNCER DE PULMÃO ESTUDO DE CUSTO/EFETIVIDADE PARA O
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS, SOBRE A INCORPORAÇÂO DA PET-FDG NO
ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS.RAFAEL SILVA
MUSOLINO1; TERESA YAE TAKAGAKI2; EVELINDA TRINDADE3; JOSE SOARES
JUNIOR4; GUSTAVO FAIBISCHEW PRADO5; JOSE CLAUDIO
MENEGHETTI6.1,2,5.HC - FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 3,4,6.INCOR HC
- FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PET-FDG; CANCER DE
PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS; CUSTO-EFETIVIDADEIntrodução: O
Ministério da Saúde – MS – se interessa nas possíveis contribuições
da tomografia por emissão de pósitron com 2-[18F]
flúor-2-deoxi-D-glicose (PET-FDG), e patrocinou este estudo de
base, prático e local para prover evidências farmacoeconômicas ao
debate acerca de sua incorporação à relação de procedimentos
diagnósticos autorizados rotineiramente pelo SUS. Objetivo: Este
estudo visa responder ao MS se a incorporação da PET-FDG no
estadiamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) é
custo-efetivo. Métodos: Estudo prospectivo de série de casos
realizados no InCor e no Instituto Central do HC-FMUSP, entre junho
de 2006 e março de 2008. Realizada a PET-FDG em 47 casos de
pacientes com diagnóstico histológico de CPNPC, sendo a maioria
(40) deles potencialmente operáveis quando avaliados pelo
estadiamento convencional. Uma primeira base de dados de estrutura
matricial permitiu anotar as variáveis demográficas e clínicas, as
fichas com diagnóstico, o estadiamento clínico baseado em
tomografia computadorizada (TC) do tórax e aquele orientado pela
PET, bem como a decisão do médico assistente sobre a conduta a ser
seguida. Todos os recursos utilizados nos casos foram anotados
prospectivamente em uma segunda estrutura matricial. Resultados: A
PET mudou o estadiamento em 30 (63%) dos 47 casos, aumentando a
identificação de linfonodos e/ou metástases (upstaging) em 28
pacientes ou excluindo a suspeita destes em dois outros pacientes
(downstaging). Em 26 (65%) dos 40 casos operáveis, a conduta de
realizar cirurgia foi modificada para a indicação de quimioterapia
isolada ou com radioterapia paliativa concomitante. Para os 40
pacientes para os quais se indicariam cirurgias conforme o
estadiamento habitual (sem o recurso da PET-FDG)haveria a soma de
780 dias de permanência em enfermaria regular e 120 diárias de
cuidados
-
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 5
relativamente seguro, observou-se uma extensão da sobrevivência
global neste grupo de pacientes.
AO014 CÂNCER DE PULMÃO - BAIXA QUALIDADE DE VIDA
PÓS-PNEUMONECTOMIA POR NEOPLASIA – É POSSÍVEL DEFINIR
PREDITORES?FERNANDO VANNUCCI; FRANCESCO LEO; FELIPE CARVALHO BRAGA
DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS
SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.DEPARTAMENTO DE
CIRURGIA TORÁCICA – INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA (IEO), MILÃO,
ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: QUALIDADE DE VIDA; CÂNCER DE PULMÃO;
PNEUMONECTOMIAIntrodução: A realização de uma pneumonectomia pode
comprometer de forma por vezes imprevisível a qualidade de vida
(QoL) de parte dos pacientes operados. O surgimento de queixas
cardio-respiratórias e/ou dor conduzem a limitações nas atividades
cotidianas destes indivíduos. Poucas doenças determinam tanto
impacto sobre a QoL dos pacientes como o câncer por si só e suas
várias formas de tratamento. Objetivos: Avaliar prospectivamente as
modificações na QoL de uma coorte de pacientes seis meses após
pneumonectomia por câncer, além de buscar identificar preditores de
uma baixa QoL pós-operatória. Métodos: Entre 1º de Agosto de 2006 e
31 de Julho de 2007, os pacientes candidatos a pneumonectomia por
câncer no Departamento de Cirurgia Torácica do Instituto Europeu de
Oncologia (IEO, Milão / Itália) foram submetidos à avaliação de QoL
por meio de questionários padrão da Organização Européia para
Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC). Os questionários usados
foram o EORTC QLQ-C30 (avaliação da QoL global) e o EORTC QLQ-LC13
(específico para câncer de pulmão). Os pacientes preencheram os
questionários à internção (dia anterior à cirurgia), um, três e
seis meses depois da pneumonectomia. Na análise estatística, onze
variáveis clínicas foram testadas no intuito de se identificar
fatores de risco para uma baixa QoL vida pós-operatória.
Resultados: Numa população final de 41 pacientes, aos seis meses
observou-se piora na QoL de 17 destes (41.6%), melhora em 11 casos
(24.4%), enquanto que a QoL se manteve inalterada em 13 pacientes
em relação ao pré-operatório. Entretanto, após análise comparativa
entre a QoL expressa pelo “global health status” (GH)
pré-operatório (60.4±26.5) e seis meses após a cirurgia
(56.3±24.2), a diferença não foi estatisticamente significativa
(p=0.15). De acordo com o conceito previamente estabelecido de
baixa QoL pós-operatória, 10 pacientes (24.4%) registraram QoL
baixa seis meses pós-pneumonectomia. A análise estatística das
variáveis identificou como fatores de risco para baixa QoL
pós-operatória: idade acima de 70 anos (OR 1.13 CI95% 1-1.26) e
tratamento adjuvante (OR 2.6 CI95% 1.4-3.2). Análise univariada,
mostrou o GH pré-operatório como principal preditor da QoL
pós-operatória (OR 0.16, CI95% 0.02-0.46, p=0.0086). Conclusão: A
pneumonectomia não apresentou impacto estatisticamente
significativo sobre a QoL pós-operatória a seis meses, ao contrário
das expectativas iniciais da equipe de pesquisadores. Todavia, foi
possível identificar fatores de risco para uma baixa QoL
pós-operatória (idade > 70 anos e terapia adjuvante). Além
disto, o perfil de QoL pré-operatória (GH de base) mostrou-se como
preditor da QoL pós-operatória. Tais achados podem ser considerados
ferramentas pré-operatórias na identificação de pacientes de risco
para uma baixa QoL pós-pneumonectomia por neoplasia, afim de
permitir um planejamento terapêutico mais individualizado focado
também no melhor êxito possível a nível de QoL pós-tratamento.
AO015 CÂNCER DE PULMÃO - SINÓVIO-SARCOMA PRIMÁRIO DO TÓRAX:
EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA.FELIPE CARVALHO BRAGA
DOS SANTOS; DOMENICO GALETTA; JULIANA GUARIZE; FERNANDO VANNUCCI;
EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO;
LORENZO SPAGGIARI.INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA, MILANO,
ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: SINÓVIO-SARCOMA; TECIDOS MOLES; RESSECÇÃO
CIRÚRGICAIntrodução: O sarcoma sinovial é uma neoplasia maligna,
que afeta predominantemente os tecidos moles das extremidades em
adolescentes e adultos jovens, e pode, mais raramente, ocorrer em
outras partes do organismo. Achados recentes demonstram que o
pulmão, o mediastino, a pleura, e a parede torácica também podem
ser acometidos como sítios primários. Foram avaliados os aspectos
clínicos e patológicos do sarcoma sinovial primário do tórax, e o
valor da abordagem cirúrgica, na tentativa de identificar fatores
prognósticos
AO012 CÂNCER DE PULMÃO - ABLAÇÃO PERCUTÂNEA POR RADIOFREQUÊNCIA
DE TUMOR DE PULMÃO EM PACIENTE CLINICAMENTE INOPERÁVEL.RICARDO
BEYRUTI; FÁBIO BISCEGLI JATENE.DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA,
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP, SAO PAULO,
SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE PULMÃO ; ABLAÇÃO PERCUTÂNEA ;
RADIOFREQUÊNCIAObjetivo: Apresentação de caso de paciente com
câncer de pulmão clinicamente inoperável e sintomatologia dolorosa
importante, tratado pela ablação percutânea por radiofrequência.
Método: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com adenocarcinoma
periférico do lobo superior do pulmão esquerdo, estadio clínico
T3N0M0 e dor torácica discreta. Antecedentes: insuficiência renal
crônica (creatinina 3,2), insuficiência coronária, DPOC, diabetes
insulino-dependente. Contra-indicada a operação e encaminhado para
a radioterapia. Após resposta inicial, apresentou recidiva da dor
aos 4 meses, necessitando opiáceos para seu controle. Submetido,
então, sob anestesia geral, à ablação percutânea por
radiofrequência em sessão única com agulha Cooltip®, três ciclos de
12 minutos cada e orientação radioscópica. Resultado: Apresentou
alívio imediato da dor e cavitação tumoral em tomografia de
controle realizada uma semana após o procedimento, período que
permaneceu internado para observação da insuficiência renal. Aos
seis meses mantinha-se assintomático, com desaparecimento do tumor
e discreto espessamento pleural no local. Conclusão: A ressecção
cirúrgica é a forma mais eficaz de tratar o câncer de pulmão. No
entanto alguns pacientes apresentam contra-indicação clínica que
impede sua realização. São então encaminhados para a radio ou
quimioterapia, tratamentos que além de prolongados tem efeitos
colaterais significativos. A ablação percutânea por
radiofrequência, largamente empregada em outros órgãos (fígado,
rim), ao promover em uma única aplicação necrose tumoral, pode
constituir-se em uma alternativa terapêutica com intenção paliativa
ou mesmo curativa neste grupo de pacientes, desde que adequadamente
selecionados.
AO013 CÂNCER DE PULMÃO - ERLOTINIB: UM TRATAMENTO EFICAZ PARA O
CARCINOMA PULMONAR NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC) LOCALMENTE
AVANÇADO/METASTIZADO?NUNO FILIPE PIRES; ANTÓNIO MORAIS; ADRIANA
MAGALHÃES; IDALINA ARAÚJO; TERESA FERREIRA; ALICE BARBOSA;
VENCESLAU HESPANHOL; HENRIQUE QUEIROGA.HOSPITAL DE SÃO JOÃO, PORTO,
PORTUGAL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DO PULMÃO; ERLOTINIB;
PULMÃOIntrodução: O erlotinib é um inibidor tirosina cinase do
EGFR, selectivo e reversível. É um fármaco disponível por via oral,
estando aprovado em monoterapia para o tratamento de doentes com
CPNPC localmente avançado/metastizado após falência de pelo menos
um regime de quimioterapia (QT) prévio. Objectivo: Avaliação da
experiência clínica do nosso Serviço com erlotinib em doentes com
CPNPC localmente avançado/metastizado. Material e Métodos: Estudo
retrospectivo dos casos diagnosticados no Hospital de S. João de
CPNPC localmente avançado/metastizado tratados com erlotinib.
Avaliaram-se os seguintes parâmetros: idade, sexo, exposição e
carga tabágicas, diagnóstico histológico, estadio, tratamento e
sobrevivência global. A análise estatística foi realizada
utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social
Sciences) versão 15.0. Resultados: No total de doentes (n=60), a
idade mediana aquando do diagnóstico foi de 63 anos e 51,7%
pertenciam ao sexo masculino. Quanto aos hábitos tabágicos, 25
doentes (42%) eram fumadores/ex-fumadores. Histologia: 71,7%
adenocarcinoma, 10% carcinoma epidermóide, 18,3% outros. Estadio ao
diagnóstico: 1,7% - I, 1,7% - II, 6,7% - IIIA, 35% - IIIB, 55% -
IV. O tratamento inicial passou maioritariamente por QT isolada
(60% dos casos). Número de regimes prévios de QT: 48,3% - 2, 40% -
1, 11,7% - 3. Exposição anterior a: vinorelbina-68,3%,
gemcitabina-66,7%, platinos-63,3%, taxanos-46,7%, pemetrexed-26,7%.
A sobrevivência global mediana foi de 20,7 meses. A mediana do
tempo para progressão da doença desde início de tratamento com
erlotinib foi de 2,68 meses. Os principais efeitos adversos grau
3/4 que ocorreram foram: rash cutâneo – 20%, diarreia – 5% e
hipersensibilidade – 1,7%. Nove doentes (15%) necessitaram de
redução de dose durante o tratamento com erlotinib para 100 mg. Não
foram observados efeitos adversos inesperados. Conclusão: Erlotinib
é uma boa opção terapêutica para CPNPC em regime de 2ª ou 3ª linha.
Com um perfil
-
R 6 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e
Tisiologia 2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
tratamento pré-operatório (quimioterapia em cinco, e
radioterapia em quatro). Onze pacientes (52,3%) foram submetidos a
uma ressecção alargada, e dois (9,5%) foram submetidos à
carinectomia com traqueoplastia. Resultados: A mortalidade
pós-operatória (até o trigésimo dia) foi de 4,7% (1/21). A
morbidade relacionada ao procedimento foi de 23,8% (5/21);
ocorreram: uma hérnia cardíaca, uma hérnia diafragmática, um
infarto miocárdico, um TIA, e uma fístula bronco pleural imediata
que foi submetida a tratamento cirúrgico. A permanência média na
Unidade de Terapia Intensiva foi de um dia (de 0-6 dias). O tempo
médio de internação hospitalar foi de oito dias (de 5-16 dias). O
tratamento pré-operatório não teve influência na mortalidade nem na
morbidade relacionados à cirurgia. Oito pacientes (38%)
apresentavam doença no estádio I, três (14,3%) estádio II, e dez
(47,7%) estádio III. A média de sobrevida em cinco anos foi de
28,7%. O tratamento pré-operatório não influenciou na sobrevida
(25,7% para o grupo tratado pré-operatoriamente contra 29,6% no
grupo não tratado). Pacientes do estádio I tiveram um prognóstico
significativamente melhor (66,7%), quando comparados com estádio II
(0%) e III (21,8%) (p=0.04). Os fatores T e N não influenciaram a
sobrevida. Oito pacientes (38%) foram submetidos a tratamento
curativo e permanecem livres de doença. Em uma analise estatística
uni variada, apenas o tipo de tratamento pré-operatório apresentou
significância estatística em termos de sobrevida (p=0,01), o que
foi confirmado com uma analise multivariada (p=0,009). Conclusão:
Os resultados deste estudo permitem concluir que a pneumonectomia
de completamento para NSCLC apresenta baixa mortalidade, morbidade
aceitável e boa sobrevida a longo prazo, o que justifica a sua
realização como alternativa de tratamento cirúrgico, e que o uso de
tratamento pré-operatório não influencia a evolução
pos-operatória.
AO017 CÂNCER DE PULMÃO - ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES
SUBMETIDOS A CIRURGIA PARA CÂNCER DE PULMÃO COM INTENÇÃO
CURATIVA.PEDRO HENRIQUE NABUCO DE ARAÚJO; RICARDO MINGARINI TERRA;
ISRAEL LOPES MEDEIROS; RICARDO BEYRUTI; PAULO MANUEL
PÊGO-FERNANDES; FÁBIO BISCEGLI JATENE.DISCIPLINA DE CIRURGIA
TORÁCICA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP,
SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE PULMÃO; CIRURGIA;
SOBREVIDAIntrodução: A neoplasia de pulmão é principal causa de
morte por neoplasia em nosso país. Grande parte da informação
referente à sobrevida e fatores prognósticos é baseada em trabalhos
internacionais, porém dados nacionais são essenciais para um melhor
entendimento do tema em nosso meio. Objetivo: Estimar a sobrevida
de pacientes com câncer de pulmão submetidos a cirurgia com
intenção curativa em hospital público terciário brasileiro, assim
como analisar prevalência e impacto de seus diferentes tipos
histológicos. Métodos: Foram incluídos todos os pacientes com
câncer de pulmão submetidos a cirurgia com intenção curativa em
nosso serviço, no período 2003-2006. Foram extraídos de
prontuários: idade, sexo, cirurgia realizada, tipo histológico,
estádio conforme exame anatomopatológico e sobrevida. Pacientes que
não foram seguidos em nosso serviço foram contatados por telefone
para confirmar sobrevida. O teste de Wilcoxon foi utilizado para
comparações de sobrevida entre diferentes estadios e tipos
histológicos, sendo considerado significativo p
-
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 7
dados avaliou informações referentes a complicações
pós-operatórias em geral, complicações respiratórias e
cardiológicas, tempo de permanência em UTI e tempo de internação
hospitalar. Resultados: Dentre os pacientes, 79.9% eram do sexo
masculino, a idade média foi de 63,4 anos (variando entre 36 e 82
anos). Do total da amostra, 88,3% eram tabagistas ativos ou
ex-tabagistas; 80 pacientes (51,9%) foram submetidos a tratamento
neoadjuvante pré-operatório. As mensurações médias de FEV1% e
DLCO/VA% foram 83,4% e 85,3%, respectivamente. Os valores médios
pré-operatórios de albuminemia, proteinemia e creatinemia foram
4,07 g/dl, 7,23 g/dl e 0,81 mg/dl, nesta ordem. Das pneumonectomias
realizadas, 65 (42.2%) foram à direita. Não foram observadas
diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no que
tange ao tempo de permanência em UTI, tempo de internação
hospitalar e complicações cardíacas. O grupo de “IMC elevado”
apresentou maior incidência de complicações respiratórias (21,7%
versus 4,8% - p = 0,004) e de complicações em geral (54,5% versus
28,5%, p = 0,001). Conclusão: Valores de IMC acima de 25 Kg/m2
estão relacionados com maior incidência de complicações em geral e
complicações respiratórias no pós-operatório de pacientes
submetidos a pneumonectomia por CPNPC. A equipe que lida com este
tipo de patologia deve estar ciente destas informações durante o
planejamento da abordagem terapêutica que envolva eventualmente uma
pneumonectomia em um paciente portador de sobrepeso ou
obesidade.
AO020 CÂNCER DE PULMÃO - O PAPEL DA METASTASECTOMIA PULMONAR EM
PACIENTES IDOSOS.FERNANDO VANNUCCI; FRANCESCO LEO; FELIPE CARVALHO
BRAGA DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON
ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.DEPARTAMENTO
DE CIRURGIA TORÁCICA – INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA (IEO), MILÃO,
ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: METASTASECTOMIA; IDOSO; CIRURGIA
PULMONARIntrodução: Nos últimos anos, devido ao aumento da
expectativa de vida da população ocidental, mais pacientes idosos
desenvolvem tumores sólidos e, por consequência, se observa um
incremento na incidência de metástases pulmonares nestes pacientes.
A cirurgia das metastases pulmonares obedece a critérios bem
definidos dentre os quais não se inclui a idade, mas a discussão
acerca do papel da metastasectomia pulmonar no que concerne
especificamente a esta faixa etária ainda merece investigação.
Objetivos: Analisar a morbi-mortalidade operatória e os resultados
a longo prazo da metastasectomia pulmonar em pacientes acima de 70
anos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão da base de
dados dos pacientes com 70 anos ou mais submetidos à
metastasectomia pulmonar no Departamento de Cirurgia Torácica do
Instituto Europeu de Oncologia (IEO, Milão/Itália) entre 1º de
Janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2007. Foram analisados dados de
morbidade e mortalidade operatória e as informações de seguimento
pós-operatório dos pacientes foram obtidas através de revisão
eletrônica de prontuários e por meio de contato telefônico
complementar. Os “end-points” da análise de seguimento foram: a)
sobrevida global em cinco anos, b) perfil de recorrência
pós-metastasectomia; e c) preditores de falha terapêutica precoce
da mestastasectomia. Resultados: Foram arrolados 82 pacientes
consecutivos com 70 anos ou mais, sendo 44 do sexo masculino e 38
do sexo feminino. A idade mediana foi de 73 anos, variando de 70 a
85. Foram realizadas 66 metastasectomias unilaterais e 16
metastasectomias bilaterais sequenciais, com intervalo de três a
cinco semanas entre o primeiro e o segundo procedimento. Um total
de 98 toracotomias foram realizadas (lateral com preservação
muscular em todos os casos), tendo sido efetuadas ressecções
anatômicas em 30 casos e ressecções em cunha e/ou enucleações de
precisão nos 68 pacientes restantes. Não houve mortalidade
operatória. As complicações mais frequentemente observadas foram
fibrilação atrial (18,3%) e escape aéreo prolongado por mais de 7
dias (15,3%). A taxa de sobrevida global em cinco anos para o grupo
estudado foi de 41% e 54% dos óbitos assinalados ocorreram por
recidiva da neoplasia de base. A análise estatística dos dados
confirmou o número de lesões ressecadas (menos que quatro
metástases) como único fator preditor de sobrevida a longo prazo
(< 4 lesões: OR 0.8; CI 0.2-0.9). Nenhum outro fator preditor de
sobrevida ou recorrência precoce. Conclusão: Os resultados da série
demonstram que a idade acima de setenta anos, por si só, não é uma
contra-indicação para pacientes candidatos à metastasectomia
pulmonar, procedimento que representa uma modalidade terapêutica
segura e potencialmente curativa, mesmo para pacientes idosos. A
sobrevida global em cinco anos para este grupo de pacientes
AO018 CÂNCER DE PULMÃO - FACTORES PRONÓSTICOS DE LAS NEOPLASIAS
EPITELIALES PRIMARIAS DEL TIMO (NEPT).MARIA JOSE ROCA; ANTONIO
RIOS; PATRICIA MARTINEZ; ANDRES ARROYO; ELENA ROMERA; ARANCHA
GARCIA; MARIA RAMIREZ; JUAN TORRES.H. UNIVERSITARIO VIRGEN DE LA
ARRIXACA, MURCIA, ES, ESPANHA.PALAVRAS-CHAVE: MEDIASTINO; TIMO;
TUMORES EPITELIALESIntroducción: Los factores implicados en el
pronóstico de las NEPT siguen siendo actualmente controvertidos, de
ahí las múltiples subclasificaciones que van surgiendo. Objetivos:
Presentamos una serie de 77 pacientes con estas tumoraciones,
analizando los posibles factores pronósticos. Pacientes y Métodos:
La edad media de los pacientes fue de 57 + 14 años (15-82), siendo
el 57,1 % mujeres. 22 casos (28,5%) estaban asintomáticos, siendo
un hallazgo radiológico casual. La sintomatología más frecuente fue
la miastenia gravis (36,3 %), seguida de la disnea (15%) y el dolor
torácico (10%). En las exploraciones complementarias la radiología
de tórax mostró una masa localizada en el mediastino anterosuperior
en el 95,2% de los casos. La TAC informó en todos de tumoración a
nivel tímico y permitió valorar la extensión local del tumor. El
diagnóstico histológico definitivo se obtuvo por el análisis de la
pieza de timectomia en 57 casos y por biopsia quirúrgica en los
casos restantes Se realizó resección tumoral completa en 57 casos
(74%). La morbilidad postoperatoria fue del 31,7% (24 casos), y la
mortalidad intrahospitalaria fue del 3,8 %. La histología
corresponde en 69 casos (89,6%) a timomas y en 8 a carcinomas
tímicos. Se analizan los datos clínicos, quirúrgicos y
anatomopatológicos. En el estadiaje de Masaoka 22 pacientes (28,5%)
estaban en estadío III y 11 (14,2%) en estadío IV. Para la
estadística se utilizó el log. rank test y el modelo de regresión
de Cox. Resultados: Tras un seguimiento medio de 8,2 años, han
fallecido 20 pacientes (27%), que corresponden a los 6 carcinomas
tímicos y a 14 timomas. Los factores pronósticos negativos con
significación estadística (p
-
R 8 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e
Tisiologia 2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
AO022 CÂNCER DE PULMÃO - SOBREVIDA DOS PACIENTES COM CÂNCER DE
PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS ESTADIO N2 (CONFIRMADA POR
MEDIASTINOSCOPIA) APÓS QUIMIOTERAPIA DE INDUÇÃO E TRATAMENTO
CIRÚRGICO.FELIPE CARVALHO BRAGA DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE;
DOMENICO GALETTA; FERNANDO VANNUCCI; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON
ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.INSTITUTO
EUROPEU DE ONCOLOGIA, MILÃO, ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: CIRURGIA;
QUIMIOTERAPIA DE INDUÇÃO; SOBREVIDAIntrodução: Quinze per cento dos
pacientes com NSCLC se apresentam com envolvimento mediastínico no
momento do diagnóstico, e seu prognóstico com tratamento cirúrgico
isolado (9% em cinco anos) ou com tratamento adjuvante apenas (1cm
no estudo topografico, e/ou Pet-TC positiva). Não foram incluídos
casos de linfadenopatia N2 “bulky”. Todos os pacientes foram
submetidos a quimioterapia de indução com cisplatina. Após o
tratamento neo-adjuvante os pacientes foram submetidos a:
pneumonectomia 18%; lobectomia 75%; e toracotomia exploradora 7%.
Resultados: A mortalidade pós-operatória foi de 3.2%. a
probabilidade geral de sobrevida em cinco anos foi de 28% com uma
sobrevida média de 24 meses. A sobrevida livre de doença em cinco
anos foi de 20%; no entanto 70% dos pacientes apresentaram
recorrência sistêmica com 24 meses. A constatação de “down staging”
mediastínico (i.e. pN0-N1) e a presença de doença N2 em mais de uma
estação, não afetaram a sobrevida. Pacientes com menos de 60 anos
apresentaram um melhor prognóstico em relação a sobrevida (45% em 5
anos). Conclusão: NSCLC N2 continua um desafio terapêutico mesmo
com tratamento multimodal, porém os resultados daqueles pacientes
tratados com quimioterapia de indução e tratamento cirúrgico
combinado mostram-se melhores que daqueles tratados apenas com
terapia adjuvante, ou apenas tratamento cirúrgico. A persistência
de doença N2 após a quimioterapia ou doença N2 em mais de uma
estação não afetaram a sobrevida, sugerindo que o tratamento
cirúrgico pode ser realizado mesmo em casos de persistência de
doença N2.
AO023 CIRURGIA TORÁCICA - NÓDULO PULMONAR INDETERMINADO –
EXPERIÊNCIA PESSOAL DE 317 CASOS OPERADOS.RUI HADDAD.ESCOLA MÉDICA
DE PÓS-GRADUAÇÃO DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA, RIO DE
JANEIRO, RJ, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: NÓDULO PULMONAR;
VÍDEO-TORACOSCOPIA; CIRURGIAO nódulo pulmonar indeterminado (NPI) é
uma das alterações mais comuns encontradas em RX ou em tomografia
computadorizada de tórax. Seu manuseio é bastante controvertido, e
não há consenso firmado sobre qual conduta é a melhor. No sentido
de tentar estabelecer uma conduta padrão para o manuseio do NPI o
autor resolveu avaliar sua experiência desde que iniciou o uso da
vídeo-toracoscopia até os dias atuais em pacientes com NPI. Para
tal, o autor estudou retrospectivamente as fichas de 310 pacientes
de clínica privada submetidos a 317 ressecções de nódulos
pulmonares, realizadas num período de quatorze anos, entre janeiro
de 1994 e dezembro de 2007. Foram levantados dados sobre o sexo e a
idade dos pacientes, dados clínicos da doença, resultados de exames
de imagem e dados dos procedimentos cirúrgicos realizados. Foi
avaliado o diagnóstico anatomopatológico da lesão ressecada e,
quando aplicável, os resultados dos testes microbiológicos e o
estadiamento da lesão, se maligna e se primária pulmonar. A seguir,
fez uma comparação entre uma série de parâmetros para pacientes
portadores de nódulos benignos e nódulos malignos. Por fim, foi
feita análise comparativa entre dois períodos consecutivos, com
relação à incidência e características das lesões benignas e
foi equivalente àquela observada em pacientes mais jovens, de
acordo com os
dados do registro internacional de metastases pulmonares.
AO021 CÂNCER DE PULMÃO - FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÃO
PULMONAR NOS INDIVÍDUOS COM TUMORES ÓSSEOS E SARCOMAS DE PARTES
MOLES SUBMETIDOS À TORACOTOMIA PARA RESSECÇÃO DE METÁSTASES.ROGÉRIO
SANTOS SILVA; PAULO SERGIO SIEBRA BERALDO; FLÁVIA FERRETTI
SANTIAGO.REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO, BRASÍLIA, DF,
BRASIL.
PALAVRAS-CHAVE: PÓS-OPERATÓRIO TORACOTOMIA; METÀSTASE PULMONAR;
RESSECÇÃO DE METÀSTASES
Introdução: Os tumores ósseos malignos, notadamente o
osteossarcoma, são agressivos e evoluem precocemente com
metástases. Estas estão presentes em
até 20% dos casos, no momento do diagnóstico, sendo que 85%
localizam-se
nos pulmões. A presença de metástases, embora modifique o
prognóstico,
não contra-indica sua ressecção. No geral, após toracotomias,
pneumonias,
atelectasia, pneumotórax e derrame pleural são as complicações
mais citadas.
A literatura não esclarece os fatores de risco para complicações
pulmonares no
pós-operatório de indivíduos com tumores ósseos. Tendo em vista
que esses
tumores apresentam especificidades, seria interessante
conhecermos o perfil de
risco dos pacientes que irão complicar no pós-operatório.
Objetivos: Identificar fatores de risco relacionados às
complicações pulmonares no pós-operatório de
toracotomia para ressecção de metástases de sarcomas ósseos e de
partes moles.
Métodos: Coorte hospitalar retrospectiva de 45 pacientes
consecutivamente submetidos à toracotomia para ressecção de
metástases pulmonares no Hospital
Sarah Centro, Brasília, DF, em 2007. Como variável dependente
registramos
todas as complicações pulmonares apresentadas no pós-operatório
até a alta
hospitalar. Como variáveis preditoras analisamos, além do gênero
e idade,
outras relacionadas ao pré, trans e pós-operatório. No primeiro
caso, anotamos
os principais parâmetros da espirometria, comorbidades e
toracotomias prévias.
Com relação ao trans-operatório anotamos o tempo e tipo de
cirurgia, número
de nódulos ressecados e perdas sanguíneas. Foi conduzida uma
univariada
para determinar possíveis associações com o desfecho de
interesse, seguida de
análise de regressão múltipla (logística binária, backward,
Wald, SPSS, versão
13). Resultados: Dos 45 pacientes, 34 (76%) eram homens, idade
mediana de 21 anos (variação de 7 a 70), sendo que o osteossarcoma
predominou (24
casos, 53%). Sete pacientes (15,5%, IC95%, 20-49) apresentaram
complicação
pulmonar no pós-operatório, sem registro de óbitos. A mediana do
tempo de
internação do grupo que complicou foi superior aos pacientes sem
complicação,
respectivamente, 6 (intervalo interquartílico 5-7) e 11
(7,5-15,5) dias (P=0,025).
A mediana de nódulos pulmonares retirados foi de 2 (1-6). O
tempo mediano
de cirurgia foi de 85 minutos (60-123; computados apenas 16 dos
casos), com
4 dias (3-6) de tempo de dreno. Numa análise preliminar, já que
o tempo de
cirurgia de todos os pacientes ainda não foi levantado, o
percentual do previsto
de VEF1 (OR=2,28; IC95% 0,99-5,30, P=0,056) e tempo de
permanência do
dreno torácico (OR=0,92; IC95% 0,83-1,01, P=0,083) foram as
únicas que
permaneceram no modelo. Conclusão: Entre os pacientes que
apresentaram complicação pulmonar pós-operatória o tempo mediano de
internação foi,
aproximadamente, o dobro daqueles que não complicaram. Esse
resultado
justifica a busca por fatores de risco. Embora preliminar, já
que não incluímos
o tempo cirúrgico, os resultados reproduzem os fatores de risco
descritos na
literatura para toracotomias em geral. Ainda que não
significativos, o tempo
de dreno torácico configurou um fator de risco, enquanto o VEF1
um fator
de proteção. Ambos são fatores não passíveis de controle prévio,
porém
marcadores de pior prognóstico pós-operatório. O presente estudo
irá ampliar
o período de observação para pelo menos mais 2 anos, além de
contemplar a
totalidade de informações das variáveis de interesse.
-
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 9
em relação ao G2, sendo que em 6 do G1 (14%) foi necessária
descorticação. A necessidade de relocação do dreno ocorreu em 18
pacientes tratados por drenagem simples (42%), sendo em um caso,
relocado por 2 vezes. Somente 1 dos pacientes com dreno locado por
VATS (7%) necessitou relocação. Conclusão: A VATS para tratamento
do empiema mostrou-se mais eficaz que a drenagem simples, por
permitir o saque mais precoce do dreno e não necessitar
re-intervenção.
AO025 CIRURGIA TORÁCICA - TUMORES CARCINOIDES DE PULMÓN:
DIAGNÓSTICO, TRATAMIENTO Y FACTORES PRONÓSTICOS.ANA KARINA PATANÉ;
MOISÉS ROSENBERG; GLORIA OLMEDO; CLAUDIA POLERI; OSCAR
ROJAS.HOSPITAL MARIA FERRER, BUENOS AIRES,
ARGENTINA.PALAVRAS-CHAVE: CARCINOIDE BRONQUIAL; BRONCOPLASTIAS;
SOBREVIDAIntroducción: Los tumores carcinoides de pulmón pertenecen
al grupo de neoplasias neuroendócrinas (4), son de bajo grado de
malignidad y suelen afectar a pacientes significativamente más
jóvenes (2; 7; 14; 19) . Inicialmente se pensó que se originaban en
las glándulas mucosas, de modo que fueron agrupados junto con los
carcinomas adenoide-quísticos y mucoepidermoides con el nombre de
tumores derivados de las mismas. Como además se supuso que éstas
lesiones eran benignas, se las conoció durante algún tiempo con la
denominación de adenomas bronquiales (4;10). Fue en 1928 cuando por
primera vez se asoció al SCLC (carcinoma de células pequeñas) con
el síndrome de Cushing, y, diez años después se pensó que los
tumores carcinoides tenían también propiedades neuroendócrinas. Sin
embargo fue hasta 1968 cuando un grupo de investigadores sugirió
que éstas dos neoplasias estaban relacionadas en virtud de contener
similares gránulos de secreción en su citoplasma (4;10).
Finalmente, entrados los años ´80, surgen una serie de
clasificaciones, como la de Gould en 1983, y Travis en 1991, hasta
llegar a la actual clasificación de la Organización Mundial de la
Salud (OMS) del año 1999, que los subdivide en típicos y atípicos,
teniendo en cuenta principalmente el número de mitosis en 10 campos
de gran aumento, y la presencia de necrosis, hecho que se
correlaciona con la evolución (4; 10). Son tumores de baja
frecuencia, muchos de ellos centrales y en el caso de los típicos,
de buen pronóstico post-resección quirúrgica, y no parecen tener
relación con el antecedente de tabaquismo (8;10; 20). Realizamos un
análisis retrospectivo sobre 58 pacientes operados desde enero de
1975 hasta diciembre del 2007 en el Hospital de Rehabilitación
Respiratoria Maria Ferrer, con diagnóstico histológico de tumor
carcinoide típico o atípico. El objetivo del análisis es evaluar
diversos factores pronósticos, entre ellos etarios, clínicos,
quirúrgicos e histopatológicos. Materiales y Métodos: Se incluyeron
todos los pacientes con diagnóstico histológico de tumor carcinoide
típico o atípico y se recategorizaron según la clasificación de la
OMS. En todos los pacientes se estudiaron los siguientes
parámetros: edad , sexo, antecedentes de tabaquismo, evolución de
la enfermedad hasta el momento del diagnóstico, síntomas, métodos
de diagnóstico utilizados, tipo de cirugía practicada, histología
del tumor y supervivencia libre de enfermedad (considerada como el
tiempo transcurrido desde la cirugía hasta el último control ) .
Asimismo se evaluó la relación entre factores pronósticos
histológicos y evolución, analizando en este caso por separado los
carcinoides típicos y los atípicos. Los factores pronósticos
evaluados fueron: tamaño del tumor, presencia de metástasis
ganglionar, permeación linfática e invasión vascular o de la grasa
peri-ganglionar. En todos los pacientes operados se realizó
congelación intra-operatoria para descartar compromiso del muñón
bronquial proximal a la lesión. El análisis fue realizado con el
paquete estadístico Stata 9.0. Los datos están expresados como
proporciones para las variables categóricas y promedios y desvíos
estándar para las continuas. Se estableció como punto de corte para
la significancia estadística un valor de p menor o igual a 0.05, y
el cálculo de la misma se realizó con el test de chi 2 para las
proporciones y el test de Wilcoxon para las variables continuas.
Resultados: Se operaron un total de 58 pacientes, de los cuales 54
tuvieron diagnóstico de carcinoide típico y 4 de atípico. En ambos
subgrupos histológicos se observó una prevalencia de la enfermedad
en el sexo femenino y a edades más avanzadas en el grupo de los
carcinoides atípicos (tabla I). En relación al antecedente de
tabaquismo sólo 14 pacientes eran fumadores activos (24,13%), 32 no
fumadores (55.17 %) y no fue posible determinar el antecedente de
tabaquismo en 12 pacientes (21,68%). No se estableció ninguna
asociación estadísticamente significativa entre el hábito de fumar
y alguno de los tipos histológicos analizados en nuestra muestra (p
=0.158). La mediana del tiempo de evolución de la enfermedad,
malignas por sexo, idade, tabagismo, tamanho das lesões, tipos
de cirurgia, diagnóstico e estadiamento. Os achados mostraram que
92% dos pacientes eram assintomáticos e 51% dos nódulos pulmonares
operados foram benignos. O sexo masculino predominou com 53% dos
casos. A idade média dos operados foi de 59 anos sendo de 55,5 anos
para lesões benignas e 62,3 anos para as malignas. 65% dos
pacientes com lesões benignas eram fumantes contra 75% dos
pacientes com nódulos malignos e 91% dos pacientes com carcinomas
broncogênicos. O pulmão direito e os lobos superiores foram os mais
acometidos tanto em nódulos benignos quanto em malignos. A
ressecção em cunha foi o tratamento utilizado em 86% dos nódulos
benignos, enquanto a lobectomia foi usada em 62% dos pacientes com
nódulos malignos. O tamanho médio das lesões benignas foi de 16,31
mm e para as malignas de 19,81 mm. Predominaram os granulomas entre
as lesões benignas (outras lesões foram: histoplasmoma,
tuberculoma, hamartoma) e o carcinoma broncogênico entre as
malignas (outras lesões foram: metástases pulmonares, tumores
carcinóides e carcinoma bronquíolo-alveolar). A comparação entre o
período de janeiro de 1994 e dezembro de 2001 com o período entre
janeiro de 2002 e dezembro de 2007 mostrou uniformidade em relação
à idade, sexo e incidência de tabagismo, mas mostrou cirurgias em
nódulos menores no segundo período do estudo, com predomínio
absoluto de lesões malignas e um estadiamento T1N0M0 cerca de 22%
maior que no período anterior. Concluiu o autor que houve melhoria
significativa nas indicações cirúrgicas no segundo período de
estudo, tanto no número menor de casos benignos quanto na cirurgia
de tumores malignos mais precoces.
AO024 CIRURGIA TORÁCICA - TRATAMENTO DO EMPIEMA EM CRIANÇAS:
ESTUDO RETROSPECTIVO DA DRENAGEM SIMPLES VERSUS A
VIDEOTORACOSCOPIA.DANIELE CRISTINA CATANEO1; CARLOS ALEXANDRE
POLÔNIO2; ERICA NISHIDA HASIMOTO3; LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO4;
ANTONIO JOSÉ MARIA CATANEO5.1,2,3,5.DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA
DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL;
4.DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE
BOTUCATU - UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: EMPIEMA;
VIDEOTORACOSCOPIA; DRENAGEMIntrodução: O empiema tem sido tratado
de várias formas, desde a toracocentese seriada, drenagem simples,
drenagem com infusão de fibrinolíticos, descorticação por
toracotomia e drenagem e limpeza da cavidade através da
videotoracoscopia (VATS). A drenagem simples é um método bastante
antigo, e continua muito eficaz, sendo dependente do estágio do
empiema. Já a VATS, bem mais recente, mesmo sendo mais invasiva,
por demandar anestesia geral, é resolutiva na maioria dos estágios
do empiema, com exceção da fase tardia de organização. Objetivos:
Estudar retrospectivamente crianças com pneumonia e empiema pleural
submetidos à drenagem simples ou a videotoracoscopia, para avaliar
se em nosso serviço há superioridade de algum dos dois métodos, por
melhor evolução terapêutica. Métodos: Foram selecionadas para
estudo os prontuários de todas as crianças com derrame pleural
internadas no HC da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) nos
últimos 4 anos e submetidas a drenagem, com ou sem associação de
VATS para limpeza. Foram coletados a idade, o sexo, a queixa, o
tempo de história, a análise do líquido, os patógenos encontrados,
a conduta adotada (drenagem simples – G1 ou videotoracoscopia –
G2), o tempo de evolução da drenagem e a necessidade de
re-intervenção. Resultados: Nos últimos 4 anos, 57 crianças foram
tratadas no serviço de Cirurgia Torácica por empiema pleural.
Quarenta e três crianças foram tratadas por drenagem simples e 14
por VATS. A idade variou de 7 meses a 14 anos (Md±dp=4,4±3,8). O
sexo masculino foi o predominante em 60% dos casos. O tempo de
história variou de 1 a 30 dias, não havendo diferença entre os
grupos. O lado mais acometido pelo derrame foi o esquerdo, em 30
pacientes e o direito em 27. O pH variou de 6,22 a 7,40 (Md±dp:
G1=6,9±0,2; G2=7,0±0,2; p=0,08), o DHL de 632 a 49.377 (Mediana:
G1=4.786; G2=2.973; p=0,53) e a glicose de 10 a 140 (Md±dp:
G1=51,4±47,2; G2=36,4±30,4; p=0,53). A bacterioscopia e/ou a
cultura foram positivas em 27% dos casos (15 pacientes), com
predominância absoluta do streptococos pneumoniae (87%) em ambos os
grupos. O tempo de drenagem variou de 2 a 24 dias (Md=10,14). No
G2, o tempo médio de drenagem foi de 7 dias, sendo aumentado em 2
casos, devido a abscesso pulmonar drenado para cavidade pleural,
com necessidade de manutenção do dreno por mais de 20 dias. No G1,
o tempo médio de permanência do dreno foi de 11 dias, havendo
diferença significante (p
-
R 10 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e
Tisiologia 2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
tumores carcinoides atípicos mayores de 3 cm en comparación a
los carcinoides típicos de igual característica (p=0.02), no
hallándose diferencias significativas entre los mismos cuando el
tamaño tumoral es menor a esa magnitud (p=0.69). En cuanto a las
metástasis ganglionares, para los carcinoides típicos se demostró
invasión de ganglios linfáticos en la estación N2 en 9 pacientes y
ausencia de metástasis en los restantes 43. En el primer grupo se
realizó seguimiento en el total de casos y, entre los segundos, en
41 de los 43 totales. No se observó ninguna diferencia en la
supervivencia promedio de los dos grupos de pacientes (p =0.58),
hallándose todos ellos vivos. Se evaluaron a continuación los
carcinoides atipicos, hallándose metástasis en N1 en un paciente,
en las estaciones N1 y N2 en dos pacientes y ausencia de metástasis
ganglionar en el cuarto. No se halló una diferencia
estadísticamente significativa en la supervivencia de los pacientes
con y sin metástasis ganglionar dentro de éste grupo (p= 0.08). Al
comparar los pacientes con metástasis ganglionar de cada tipo
histológico, el promedio de sobrevida libre de enfermedad fue
significativamente meyor para los carcinoides típicos (p=0.01). Se
evaluó además el valor pronóstico de la presencia de permeación
linfática e invasión vascular y/o de la grasa periganglionar. En el
subgrupo de carcinoides típicos se detectaron uno o varios de éstos
hallazgos en nueve pacientes de los 54 operados, cinco de ellos
acompañados también de metástasis ganglionar N1 y/o N2. No fue
posible establecer entre los dos subgrupos de pacientes analizados
alguna diferencia significativa en la supervivencia libre de
enfermedad de los mismos (p =0.29). De éste grupo sólo presentó dos
recidivas un paciente al cual se le practicó una lobectomía, con
recaída de la enfermedad al año, momento en el cual se completó la
neumonectomía en otro hospital; siete años después llega a nuestra
institución con hemoptisis, detectándose un nuevo implante
endoluminal a nivel del BFI, que requirió resección y cierre
bronquial, sin necesidad de reconstrucción carinal debido a un
largo muñón (Tabla V). En el caso de los carcinoides atípicos, tres
pacientes presentaron, además de metástasis ganglionar, invasión
vascular, permeación linfática y en un paciente metástasis pleural
al momento de la cirugía, hallándose dos de ellos fallecidos y un
tercero con recaída local de la enfermedad a tres años de la
cirugía. El caso restante no presentó ninguno de los hallazgos
histológicos anteriores y sigue aún vivo completando una
supervivencia global de 8 años aunque con dos recaídas locales. Si
bien no se pudo establecer una diferencia estadísticamente
significativa (p =0.08), sí fue claramente diferente la sobrevida
entre los dos grupos histológicos (p= 0.012). Discusión: Los
tumores carcinoides de pulmón constituyen lesiones poco frecuentes
y de bajo grado de malignidad. Si bien el 12% de los tumores
carcinoides se localiza en el pulmón, ésta entidad representa menos
del 1% de las neoplasias pulmonares. Pertenecen al grupo de
neoplasias neuroendócrinas que incluye también al carcinoma de
células pequeñas y al carcinoma neuroendócrino de células grandes.
Todos comparten características morfológicas, ultraestructurales ,
inmunológicas y moleculares, están caracterizados por la presencia
de mediadores neuroendócrinos y de gránulos de núcleo denso por
microscopía electrónica, sin embargo, presentan epidemiología,
comportamiento y evolución marcadamente diferentes (2,7;14;19). De
acuerdo a los datos publicados, los carcinoides típicos suelen
tener buen pronóstico post –resección quirúrgica, con una tasa de
supervivencia cercana al 100 % a 5 años, y raramente metastatizan
(2,7;14;19). En contraposición, los carcinoides atípicos presentan
una supervivencia más pobre, del 25 al 69 % a 5 años ( 2 ) y tienen
mayor tendencia a metastatizar, presentando una tasa de metástasis
a distancia a 5 años del 23 % y una tasa de recurrencia local para
los estadíos I también del 23 % a 5 años (2;7;14;19). En nuestra
serie observamos una marcada prevalencia de esta enfermedad en el
sexo femenino, para los dos subgrupos de tumores carcinoides y no
existe relación significativa entre el hábito de fumar y la
histología del tumor. La mayoría de éstos pacientes presentan un
largo período de síntomas hasta el momento del diagnóstico, lo cual
revela el bajo grado de agresividad de éstas lesiones y su lento
crecimiento. Dentro de los mismos, tos, hemoptisis e infección
respiratoria, incluídas las neumonías a repetición, fueron los
síntomas más frecuentemente manifestados por estos enfermos. ( 2;
7;14;19). Como la mayoría de estas lesiones tiene expresión
endoluminal y son centrales, el método diagnóstico de elección es
la FBC con toma de biopsia, la cual fue diagnóstica en cerca del
58% de los casos, no existiendo mayores riesgos de sangrado que en
otros procedimientos endoscópicos (23). La FBC sin toma de biopsia
fue realizada en los primeros años de la experiencia, por el riesgo
de sangrado asociado a la misma. Entonces el diagnóstico de la
enfermedad se basaba en la visualización de una lesión rojo vinosa,
de contornos lisos e hiperémicos y de localización endobronquial.
Esta caracterítica “lesión cereza“, considerada altamente
sangrante, integró el grupo de lesiones denominadas
considerada como el tiempo transcurrido desde el inicio de los
síntomas hasta el momento del diagnóstico endoscópico, fue de 24,9
+/- 42 meses para 50 pacientes, no hallándose diferencias
significativas entre los dos grupos histológicos (p =0,598). En
cinco pacientes la enfermedad fue un hallazgo en un control
radiológico y en tres pacientes no fue posible establecer el tiempo
de evolución de los síntomas hasta el diagnóstico. Los síntomas de
presentación más frecuentes fueron infección respiratoria -
incluyendo neumonías a repetición- (22,81%), hemoptisis (21,05 %) y
tos (19,3%). Ningún paciente recibió tratamiento endoscópico previo
a la cirugía en nuestra o en otra institución ni desarrolló
síndrome carcinoide. El método de diagnóstico más frecuentemente
utilizado fue la FBC con toma de biopsia, la cual se practicó sin
complicaciones en 31 pacientes (53%). No fue diagnóstica en 2 de
ellos, en los cuales la biopsia informó metaplasia pavimentosa en
uno y adenocarcinoma en otro. Le sigue en frecuencia la FBC sin
toma de biopsia, que se practicó en 14 pacientes (24% de los
casos). Otros métodos de diagnóstico utilizados incluyen biopsia
quirúrgica en tres pacientes (5%), las cuales no fueron realizadas
en nuestro hospital, punción con aguja fina en un paciente (1.7%),
que informó células neoplásicas y tomografía en otro (1.7%), la
cual demostró una lesión endobronquial. Dos pacientes no tuvieron
diagnóstico preoperatorio, con FBC normal (3.4%) y en 6 pacientes
no fue posible obtener datos acerca del método diagnóstico
utilizado (10.3%). En cuanto al tipo de cirugías practicadas, se
han realizado 23 plásticas bronquiales, con o sin resección
pulmonar, 30 lobectomías y 6 neumonectomías por compromiso hiliar
(4 de las cuales correspondieron a carcinoides atípicos). Cabe
destacar que la realización de plásticas bronquiales se practicó en
nuestra institución desde los primeros años analizados. Uno de los
pacientes a los cuales se le realizo una plástica de carina era
portador de una recidiva local de un carcinoide atípico, motivo por
el cual fue incluído dos veces en el registro de cirugías. Otro
paciente, con diagnóstico de carcinoide típico y dos cirugías
anteriores en otro hospital, debió ser sometido a una resección de
bronquio fuente izquierdo y cierre bronquial por recidiva local.
Hubo marcadas diferencias entre el tipo de cirugía practicada por
grupo histológico, recibiendo resecciones más extensas los
carcinoides atípicos (p=0.000), entre los cuales se practicaron
cuatro neumonectomías, una de ellas ampliada (Tabla II). Según el
actual sistema TNM, dentro del grupo de carcinoides típicos, 43
pacientes correspondieron a estadío I, 7 a estadío II, 4 a estadío
III y ningún paciente a estadío IV. Para los carcinoides atípicos,
1 paciente correspondió a estadío I de la enfermedad, 2 a estadío
III y un paciente a estadío IV por presentar al momento de la
cirugía un nódulo pleural positivo. Se realizó seguimiento a
distancia en 52 de los 54 pacientes con diagnóstico de tumor
carcinoide típico y en la totalidad de los atípicos, definiéndose
el período libre de enfermedad como el tiempo transcurrido desde la
cirugía hasta el último control o hasta la primer recaída.
Considerando únicamente el tipo histológico, el promedio de
supervivencia entre los carcinoides típicos es de 9.81 +/- 22 años,
y, entre los atípicos, de 1.5 +/- 3 años, siendo esa diferencia
estadísticamente significativa (p=0.036). Dentro del subgrupo de
carcinoides típicos, en 36 pacientes (66.67%) el tamaño del tumor
fue menor o igual a tres centímetros y en los 18 restantes
(33.33%), mayor de tres centímetros, hallándose un promedio de
supervivencia de 7,5 +/- 7,4 años en el primer grupo y de 13 +/- 37
años en el segundo (p =0.58), hallándose todos ellos vivos a la
fecha del estudio. El hecho de que el tiempo libre de enfermedad
sea mayor en el grupo de tumores mayor a tres cm puede ser
explicada por el hecho de que la mayoría de ellos fueron tratados
en los primeros años de la presente serie y por lo tanto tuvieron
mayor tiempo de seguimiento. Sólo un paciente, operado en otra
institución y con diagnóstico de carcinoide típico, presentó dos
recidivas locales, la primera al año de la primer cirugía y la
segunda ocho años después, el cual se halla vivo hasta la fecha.
Realizando el mismo análisis en el grupo de carcinoides atípicos,
en tres pacientes el tamaño del tumor fue mayor de tres
centímetros, dos de los cuales fallecieron, y en el caso restante
el paciente se halla vivo pero presentó al tercer año de la cirugía
una recidiva local, debiendo recibir radioterapia. Estos tres
pacientes requirieron neumonectomía por compromiso hiliar o
extensión local de la enfermedad. En el cuarto caso, también
neumonectomizado, el tamaño de la lesión fue de dos centímetros,
pero el paciente presentó dos recidivas locales y se halla vivo al
momento de éste estudio, completando una sobrevida global de 8
años. Si bien no se observó una diferencia significativa entre los
promedios de supervivencia libre de enfermedad (p =0.08), es de
destacar que aquellos pacientes con tumores mayores a tres
centímetros presentaron un promedio de supervivencia menor en
contraposición al único paciente cuya lesión fue menor de 3 cm. Al
comparar los grupos histológicos entre sí, es significativamente
menor la supervivencia libre de enfermedad entre los
-
Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia
2008
J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274
R 11
AO026 CIRURGIA TORÁCICA - RECONSTRUÇÃO DA PAREDE TORÁCICA EM
RESSECÇÕES EXTENSAS.OLAVO RIBEIRO RODRIGUES1; MILTON LUIZ
YAEKASHI2; ROBERTO STORTE MATHEUS3; AURELINO FERNANDES SCHMIDT JR4;
PAULO E.OLIVEIRA CARVALHO5.1.UNIVERSIDADE DE MOGI DAS
CRUZES-SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA,HCLPM-SPDM-UMC, MOGI DAS
CRUZES, SP, BRASIL; 2,3,4.UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES, MOGI DAS
CRUZES, SP, BRASIL; 5.FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA-SP, MARÍLIA,
SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: TUMORES TORÀCICOS ,CIRURGIA; CIRURGIA DE
PAREDE TORÀCICA; RECONSTRUÇÔES DO TÓRAXIntrodução: Muitas técnicas
de reconstrução da parede podem ser usadas nas ressecções extensas.
Vários materiais sintéticos como telas de polipropileno,vycril,
titânio e metacrilato são empregadas. Entretanto a cobertura de
próteses com tecidos musculares é boa opção para proteger vísceras
e evitar infecções. Objetivos: Investigar as próteses de
metacrilato a longo prazo, as recomendações e restrições a seu uso.
Comparar os resultados de reconstruções com tela e combinações de
tela com metacrilato nas reconstruções. Métodos: 270 casos de
tumores primários e metastáticos da parede foram submetidos a
ressecções (esqueleto e tecidos moles) no período de 1977a2007. A
idade variou de 3a 82 anos,160 masc.e 110 fem.Vinte eram crianças
com tumor neuroectodérmico primitivo (PNET). Nestes,em 16,
empregou-se quimioterapia de indução. A reconstrução em ressecções
extensas,foi feita em 121dos 270 operados. Empregou-se técnicas
combinadas ou isoladas. O procedimento de reconstrução mais
utilizado foi a tela de polipropileno coberta por flap
muscular.Reconstruções de esterno realizou-se em 34 pacientes.
Nestes,utilizou-se com frequência dupla tela de marlex com
metacrilato (sandwich). O seguimento pós-operatório e os dados de
evolução foi possível em 92 das 121 reconstruções durante 1 ano
(77%%);em 42 pacientes durante 5 anos (35%); em 36 pacientes
durante 10 anos (30% ) e em 32 durante 25 anos (27%). Resultados: o
resultado estético tardio foi bom da maioria dos operados.
Complicações foram observadas em 4% de 121 reconstruções:
sangramento pós-operatório (1); infecção com extrusão (1);
fratura,deslocamento e compressão traqueal (1);deslocamento do
metacrilato emgravidez (1) e hérnia cardíaca pré-cordial (1). 82
reconstruídos estavam vivos após 1 ano (sobrevida 68%);38 estavam
vivos após 5 anos (sobrevida 32%);32estavam vivos após 10 anos
(sobrevida 27%) e 24 permanecem vivos sem doença após 25 anos da
reconstrução (sobrevida 20%) quando considerou-se apenas os tumores
malignos operados.Comparou-se as vantagens e desvantagens do
metacrilato em parede lateral e em região esternal a longo prazo.
No grupo de PNET (Askin/Ewing),a sobrevida de 5 anos foi de 50%. Os
fatores que se relacionaram significantemente com recidiva precoce,
com complicações pós-operatórias e óbito pela doença,foram a
existência de radioterapia pré-op.,a falta de quimioterapia de
indução nos tumores de partes moles e tumor metastático. Conclusão:
Um longo período de observação demonstrou complicações das próteses
de metacrilato como absorção,fraturas,instabilidade e restrições ao
emprego. Por outro lado,consolidou seu uso e recomendações nas
reconstruções esternais. Demonstrou também que a quimioterapia
pré-operatória nos tumores indiferenciados melhora a
ressecabilidade e a sobrevida.
AO027 CIRURGIA TORÁCICA - EVALUACION DE RESULTADOS
INSATISFACTORIOS EN 1400 SIMPATECTOMÍAS.CLAUDIO SUAREZ1; FRANCISCO
SUAREZ2; FERNANDO SUAREZ3.1.CLINICA SANTA MARIA, SANTIAGO, CHILE;
2.UNIVERSIDAD DE CHILE, SANTIAGO, CHILE; 3.UNIVERSIDAD DEL
DESARROLLO, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE: HIPERHIDROSIS;
SIMPATECTOMIA; HIPERHIDROSEIntroduccion: La simpatectomia
videotoracoscopica se realiza hace casi 20 años para el tratamiento
de la hiperhidrosis, con satisfaccion de 90 a 99% de los pacientes.
Los resultados insatisfactorios se producen por persistencia de la
hiperhidrosis (1-10%), sudoracion compensatoria severa (5-30%),
complicaciones pleurales (1-4%) y reinervacion simpatica (3-18%).
Nuestro grupo empezo a trabajar en diciembre 2002 con pacientes con
hiperhidrosis. El objetivo del presente trabajo es presentar la
experiencia acumulada por nuestro grupo determinando y evaluando
las causas de los resultados insatisfactorios que pudieran
aparecer. Material y Metodo: Se estudiaron 1410 simpatectomias
consecutivas realizadas en 701 pacientes desde diciembre 2002 a
julio 2008 en la Clinica Santa Maria de Santiago, Chile. En todos
los casos se realizo con anestesia general, por 2 canales de
trabajo axilares
durante algunos años “adenoma bronquial ”, y que incluía también
al carcinoma mucoepidermoide y al carcinoma adenoide-quístico, para
luego pasar a tener su denominación actual de tumor carcinoide. La
cirugía que debiera practicarse en estos pacientes debe tender a la
máxima conservación del parénquima funcionante, recurriendo a la
plástica bronquial de ser posible, dado que, a diferencia de otras
lesiones neoplásicas del pulmón, los márgenes de resección pueden
ser menores, sin afectar ello el pronóstico de éstos enfermos
(5;20;24). En el plano histológico, resulta evidente la mayor
frecuencia de los carcinoides típicos en comparación con los
atípicos, hecho que se confirma en la literatura. Existen muchos
trabajos que destacan la evolución lenta y favorable de los tumores
carcinoides típicos, y en nuestro análisis sobre los 54 pacientes
operados no hemos hallado diferencias con la bibliografía existente
hasta la fecha. Sólo un paciente presentó dos recidivas locales de
un carcinoide típico, operados en otra institución. Los trabajos
publicados acerca de técnicas de resección broncoscópicas como
único tratamiento de éstas lesiones, se basan en el hecho de la
baja tasa de metástasis ganglionar y a distancia de los carcinoides
típicos, sumado a su tendencia al crecimiento endoluminal y a la
posibilidad de lograr varios milímetros de necrosis en profundidad
con las técnicas actuales (23). Este último paciente, con dos
recidivas locales post-quirúrgicas, parece contradecir el uso del
tratamiento endoscópico exclusivo. Poco se ha publicado acerca de
factores pronósticos asociados a sobrevida en tumores carcinoides
de pulmón. En un trabajo de Thomas del año 2001, se analizan 34
casos de pacientes con tumor carcinoide de pulmón asociados todos a
metástasis ganglionar regional (N1 o N2). De éstos, 23 eran típicos
y 11 atípicos; en el primer grupo sólo dos pacientes presentaron
metástasis a distancia entre los 54 y 78 meses posteriores al
diagnóstico, mientras que en el grupo de carcinoides atípicos,
siete pacientes desarrollaron metástasis a distancia a los 17 meses
del diagnóstico, falleciendo por esa causa seis de los mismos (25).
Al igual que en nuestra presentación, todos los pacientes
portadores de un carcinoide típico tuvieron una evolución favorable
y una supervivencia entre el 87 y el 100 %, muriendo de otras
causas distintas a la neoplásica. El autor describe una evolución
marcadamente diferente para los carcinoides atípicos con una tasa
de metástasis a distancia mayor (7 de los 11 pacientes analizados)
(25). Un trabajo de Ferguson sobre 139 pacientes encuentra un
riesgo relativo de recurrencia mayor para los carcinoides atípicos
aunque sus resultados