Transtorno bipolar informaes teisO transtorno bipolar resulta de
distrbios na funo dos neurotransmissores cerebrais, e a
psicoterapia clssica no mostrou benefcio no tratamento dessa doena,
nos trabalhos j publicados. No entanto, novas abordagens tm provado
sua eficcia. Alm disso, os especialistas em sade mental devem
fornecer apoio psicolgico adequado aos pacientes, pois isso
essencial no tratamento dos mesmos, em todas as fases da doena.
Fornecimento de informaes ao paciente sobre a sua doena e as
opes de tratamento, ajudando-os a seguir o tratamento
adequadamente;
Os profissionais tm papel importante em ajudar o paciente a se
ajustar realidade da doena, entendendo as conseqncias de cada fase,
mania e depresso;
Fornecem apoio aos pacientes com relao aos seus sentimentos de
culpa e remorso, que costumam se seguir aos episdios de mania;
importante a monitorao do paciente, de forma a intervir mais
precocemente, no incio da crise. Isso reduz a gravidade da
mesma;
Ajudam tambm o paciente a lidar com sentimentos de imperfeio e
desespero, ao compreenderem melhor sua doena.
Qual o papel da terapia cognitivo-comportamental no tratamento
do transtorno bipolar?
A terapia cognitivo comportamental um mtodo estruturado, que
ajuda o paciente a reconhecer seus pensamentos negativos e seus
padres de comportamento e a modific-los. Em muitos pacientes, esse
tipo de terapia pode ser benfico. Sabe-se tambm que a terapia
cognitivo-comportamental til no tratamento de outros transtornos do
humor, como a depresso e a ansiedade, e os estudos vm mostrando que
pode ser benfica tambm no tratamento do transtorno bipolar. Nesses
pacientes, os objetivos da terapia cognitivo-comportamental so: (1)
aprender a reconhecer os episdios de mania, antes que eles atinjam
o mximo de intensidade e a mudar o comportamento durante a crise;
(2) aprender como tolerar o episdio depressivo, desenvolvendo
comportamentos e pensamentos que ajudam a neutralizar o humor
negativo.
Mtodo da Monitorao do Humor
Essa tcnica bastante til para ajudar o paciente a reconhecer uma
crise que est para comear. Consiste na anotao em um grfico ou
dirio, dos efeitos do estado mental do paciente em seu nvel de
energia e atividade fsica, graduando esses registros.
O preenchimento do grfico requer os seguintes passos:
Utilizando um dirio, o paciente descreve a cada dia o seu humor
e seus efeitos nas atividades realizadas;
De posse dessa informao, o paciente faz uma marca na escala, que
representa o humor de cada dia e seus efeitos. Cada marca deve ser
conectada marca anterior, com uma linha;
Alm disso, devem ser descritos todos os eventos emocionais ou
fsicos significativos, a ocorrncia de menstruaes, uso de
medicamentos e sua dosagem, qualquer outro fator que possa afetar o
humor ou a realizao das atividades dirias;
Aps alguns meses, o terapeuta e o paciente vo ser capazes de
detectar um padro e identificar possveis fatores desencadeantes de
crises de transtorno bipolar;
Essas informaes so muito teis, e ajudam o paciente a fazer
ajustes que permitem reduzir a gravidade das variaes do humor.
No que consiste a terapia familiar?
O envolvimento dos familiares e dos parceiros de extrema
importncia no tratamento dos pacientes com transtorno bipolar. A
terapia cognitivo-comportamental tambm til, j que auxilia na
aceitao da doena (...)Algumas recomendaes para o apoio ao
paciente:
Inicialmente, deve ser estabelecido um pacto entre a famlia e o
paciente, com o objetivo de identificar os passos a serem seguidos
para manter a estabilidade emocional. Caso essas medidas falhem,
ambas as partes devem estar de acordo para adotar as medidas
necessrias durante a crise, como a hospitalizao, por exemplo;
Deve-se criar um senso de apoio forte, pois esses pacientes
apresentam risco aumentado de suicdio;
Deve-se conseguir que o paciente siga o tratamento, mesmo que
seja necessrio amea-lo com a hospitalizao;
No se deve sentir culpa e nem fazer com que o paciente sinta
culpa, j que a doena no se deve a algum erro de alguma pessoa.
Importante ressaltar que os familiares e companheiros devem
receber um suporte adequado do profissional de sade mental, j que
eles podem tambm desenvolver algum grau de depresso. Deve ser
encorajada a realizao de atividades que reduzam o estresse,
como:
Meditao;
Tcnicas de relaxamento;
Prtica regular de atividade fsica; caminhadas dirias; exerccios
regulares, realizados corretamente (os professores de educao fsica,
esto preparados para auxiliar as pessoas na prtica correta dos
exerccios fsicos!) Passar alguns perodos (feriados) longe do
paciente;
Prtica de atividades prazerosas; [sono reparador: criar o hbito
de dormir o mais cedo possvel, ... escureceu, ir para a cama;
manter o quarto o mais escuro possvel (nada de luz fraca no quarto,
abajur, ... nada!). Segundo a pesquisadora T S Willey em seu livro
Apague a Luz! (veja trecho do livro no final deste estudo) devemos
dormir no mnimo 9 horas e meia por dia, NO MNIMO!!!. Livro
importantssimo, deve ser lido por todos que desejam ter sade e
qualidade de vida]
Envolvimento em grupos de apoio.
Quais mudanas no estilo de vida so recomendadas para os
pacientes com transtorno bipolar?
1) Sono
A manuteno de um bom padro de sono extremamente importante nos
pacientes com transtorno bipolar. Estudos tm mostrado que o uso de
tcnicas para a obteno de boa qualidade de sono ajuda a reduzir as
variaes do humor.[O prof de Educao Fsica Nuno Cobra, tambm enfatiza
a importncia do sono reparador para se ter sade. Devemos deixar que
a natureza faa a sua parte, indo para a cama mais cedo, na maioria
dos dias. Veja o artigo O Sono Essencial, no final deste estudo,
bem como um outro artigo relacionado com o tema, escrito pela
profa. Jocelem Mastrodi Salgado O Sono Essencial]2) Dieta
Recomenda-se manter uma dieta saudvel, pobre em gorduras
saturadas e rica em gros, frutas e vegetais frescos, da mesma forma
que o indicado para todas as pessoas. Alguns estudos mostram que o
consumo de cidos graxos mega-3, encontrados em leos de peixe, pode
ajudar a reduzir os sintomas de diversas doenas psiquitricas,
incluindo o transtorno bipolar. Alguns estudos em andamento esto
avaliando o emprego de cpsulas contendo compostos de cido
eicosapentanico e docosahexanico, principalmente nos pacientes que
no responderam a outras terapias. Outro agente sob investigao o
inositol, um componente do grupo das vitaminas do complexo B, o
qual parece ter efeito benfico no tratamento da depresso.
3) Atividade Fsica
A prtica regular de atividade fsica parte fundamental no
tratamento desses pacientes, principalmente para evitar-se o ganho
excessivo de peso. Alm disso, ajuda o paciente a manter uma sensao
de bem-estar. [O nosso corpo foi feito para o movimento!, portanto,
devemos fugir do sedentarismo. Sedentarismo enfermidade, doena,
velhice e morte]O sinal mais importante da decadncia o
sedentarismo! O corpo est atento quilo que fazemos, ao nosso
comportamento fsico, todos os dias, como se fosse uma ave de
rapina. Na natureza, nada justifica o sedentarismo. (Dr. Henry S.
Lodge, M.D., pg 41, do livro Fique Mais Jovem a Cada Ano, editora
Sextante).Nota: os pacientes com transtornos do humor, depresso,
transtorno bipolar, podem tambm utilizar os recursos da homeopatia.
A Homeopatia oferece excelentes recursos teraputicos para auxiliar
os pacientes com estes problemas de sade. - - - - - - - - - - - - -
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complementares:
Abaixo, um trecho do livro APAGUE A LUZ! da pesquisadora
norte-americana T S Willey: (da pgina 13 pgina 42)INTRODUO
O tema notcia em toda parte.
Na revista Life de janeiro de 1998, 70 milhes de americanos
finalmente admitiram que, ocasionalmente, dormimos ao volante,
deixamos a bola cair ou samos literalmente do ar. Livros como Power
Sleeping e recortes de notcias sobre jet lag esto sempre aparecendo
nos meios de comunicao. A falta de sono o mais novo dficit dos
Estados Unidos. Este dficit uma trementa cratera que no temos
esperana de fechar. Aparentemente, quando perdemos horas de sono, a
sensao igual a correr a p atrs de um trem em movimento. O problema
que, no caso do sono, realmente no se pode recuperar. Por que
no?
Seus hormnios no so to elsticos assim.
Hormnios e sono? Isso novidade.
Hormnios ocomo o estrognio e, ocasionalmente, a testosterona, so
sempre notcia. O DHEA e o hormnio do crescimento humano at aparecem
de vez em quando, mas sempre nas matrias sobre envelhecimento. O
nico hormnio ligado ao sono a boa e velha melatonina e todo mundo
sabe que pode ser comprada sem receita mdica. Se precisar fcil
conseguir, certo?
Ento, por que deixar a falta de sono mant-lo noites e noites
acordado?
Porque, quando voc dorme menos no que deve, a melatonina no o
nico hormnio afetado. H pelo menos dez hormnios diferentes, e
outros tantos neurotransmissores no crebro, que comeam a no
funcionar direito quando voc no dorme o suficiente. A melatonina
apenas a ponta do iceberg, por assim dizer. Todas as outras
alteraes que modificam o apetite, a fertilidade e a sade mental e
cardaca.
Ento, porque essa notcia faa parte, separadamente, de cinco ou
seis disciplinas acadmicas diferentes. Por exemplo, a Dra. Eve Van
Cauter, da Universidade de Chicago, chama de dvida de sono as
alteraes hormonais que registra em seu laboratrio de estudos do
sono. Um nome que pode pegar... Talvez assim a perda do sono atraia
alguma ateno. De alguma maneira, a idia de relacionar a perda do
sono a ser credor ou devedor de alguma coisa igual a dinheiro
atribua ao assunto maior importncia. O dinheiro sempre fala alto e
essa dvida de sono que voc est contraindo tem um custo anual
direto, para a nao, de 15,9 bilhes de dlares, e um custo indireto
de mais de 100 bilhes de dlares, em horas perdidas de trabalho e
acidentes. Mas ns dizemos que o custo , na verdade, bem maior.
o custo da sua vida.
Dormir depois que o despertador toca, cochilar no teclado do
computador ou derramar o caf na mesa de trabalho, no so os
principais desastres para quem dorme pouco: a morte a pior
conseqncia.
E, quando falamos de morte no estamos falando de acidentes de
automvel.
Como a nao, estamos doentes porque no dormimos. Estamos gordos e
diabticos porque no dormimos. Estamos morrendo de cncer ou do corao
porque no dormimos. Uma avalanche de artigos cientficos escritos e
revisados por colegas nossos do suporte nossa concluso de que,
quando no dormimos em sincronia com a variao sazonal da exposio
luz, alteramos definitivamente um equilbrio da natureza que foi
programado em nossa fisiologia desde o Primeiro Dia. O relgio
csmico est embutido na fisiologia de cada ser vivo.
A histria que estamos prestes a contar to bvia e, no entanto to
fantstica, que voc no acreditaria, se no fosse verdade. H mais
coisas na histria da perda de sono do que qualquer um de ns
esperaria, porque at agora ningum foi capaz de enxergar o quadro
completo.
Ns enxergamos e vamos mostr-lo a voc.
Em Apague a luz, provamos que a obesidade e os principais
assassinos relacionados a ela doenas cardacas, diabetes e cncer so
causados por noites curtas, por trabalhar durante horas
ridiculamente longas, por, literalmente, queimar a vela nas duas
pontas e pela eletricidade, que nos permite fazer tudo isso. A
causa, com toda a certeza, no comer gordura demais ou a falta de
exerccio.
Pesquisamos o crescimento da obesidade e das chamadas doenas
relacionadas a esse aumento de peso durante dois anos e meio.
Nossas concluses so suportadas por mais de uma dcada de pesquisa
feita no National Institutes of Health (NIH), em Washington, e em
mais de outras fontes cientficas. A nova abordagem em relao doena
pode ser humilde e desconcertante, mas o preo da verdade.
Ento oua.
* * *
Quando o dia mais longo, criado pelos ciclos artificiais de
claridade e escurido se tornou a norma, h apenas setenta anos com o
uso indiscriminado das lmpadas eltricas obesidade, diabetes, doenas
cardacas e cncer de repente se tornaram as causas oficiais de morte
nos relatrios dos investigadores pblicos.
Desde que essas doenas comearam a aparecer como as principais
causas de morte, por volta de meados do sculo, os esforos por parte
da cincia e da medicina para explicar o impressionante aumento de
casos nunca examinaram qualquer outra mudana ambiental gritante, a
no ser a dieta. E aps todos esses anos, enquanto os americanos
continuam a morrer, todos os mdicos e pesquisadores continuam a
insistir no mesmo ponto.
hora de ver a luz.
A maior mudana pela qual os seres humanos passaram, nos ltimos
10 mil anos, aconteceu h menos de setenta anos. A eletricidade e o
uso indiscriminado da lmpada eltrica figuram, ao lado da descoberta
do fogo, do advento da agricultura e da descoberta do tratamento
com antibiticos, entre os marcos sem retorno na histria da
humanidade.
Em 1910, um adulto ainda dormia de nove a dez horas por noite.
Hoje, esse adulto tem sorte se consegue dormir sete horas por
noite. A maioria de ns no consegue. Esses nmeros significam
quinhentas horas a mais acordados por ano. Na natureza, dormiramos
4.370 horas de um possvel total de 8.760, ou metade de nossas
vidas. H oitenta anos, j tnhamos cado para 3.395 horas. Agora,
temos sorte de atingir umas parcas 2.255 horas. Se a natureza conta
o nosso tempo, e apostamos que sim, isso significa que s chegamos a
viver a metade do que viveramos. Talvez tenhamos dobrado esses
nmeros com cirurgias e antibiticos, mas imagine o quanto mais
poderamos viver se tambm dormssemos.
Na dcada de 1970, os americanos dedicavam 27 horas semanais ao
lazer. Na dcada de 1990, essa mdia caiu para quinze horas. E
trabalhamos pelo menos 48 horas semanais, em comparao s 35 que um
trabalhador cumpria, em mdia, na dcada de 1970. naquela poca
tnhamos hobbies, jogvamos beisebol, montvamos miniaturas de navios,
ramos membros de clubes e lderes de escoteiros. Hoje, embora o
nmero de horas que dedicamos ao trabalho e ao lazer seja
aproximadamente o mesmo, a proporo mudou consideravelmente. Nos
ltimos trinta anos, desde 1970, encontramos novas paixes para
acrescentar s antigas: fazer exerccios, ir ao mdico, agentar um
trfego cada vez mais ensandecedor, assistir a 150 canais e a filmes
de verdade na TV a cabo, alm dos mais recentes bandidos: e-mail e
eBay. No admira que no sobra tempo para dormir ou cuidar das
crianas.
Ento, por que os guardies da nossa sade no prestam ateno ao
estresse e falta de sono antes de colocarem a culpa na comida? Vai
advinhar. E quando resolveram examinar a dieta dos americanos e dar
conselhos, fizeram tudo ao contrrio. Disseram populao para comer
acar e evitar gorduras.
Ao revelar como seu corpo evoluiu junto com o planeta e tudo o
mais que nele existe, e ao explicar como esse corpo utiliza o
alimento para provocar o sono e lidar com o estresse, podemos dizer
exatamente o que acontece sua mente, ao seu corpo e ao planeta
quando voc come. Agora vamos lhe mostrar a luz.
A cincia do ritmo circadiano explica tudo. Todos os mistrios
podem ser desvendados. Neste livro, examinamos as evidncias
cientficas atravs das lentes da biologia evolutiva e da biofsica.
Os mapas moleculares nos mostram o caminho de casa e nos contam de
novo o que sempre soubemos. O sono controla o apetite, e o apetite
e o estresse controlam a reproduo. Dormir, comer e fazer amor
controlam o envelhecimento.
Os hormnios melatonina e a prolactina so atores fundamentais em
nossa conexo mente-corpo-planeta. Eles se comunicam com o sistema
imunolgico e com o sistema de metabolizao de energia, em relao aos
ciclos de luz-e-escurido. A insulina e a prolactina orquestram a
qumica cerebral que governa a serotonina e a dopamina no crebro,
para controlar nosso comportamento e estado de esprito. Serotonina
e dopamina controlam o comportamento em relao comida e ao sexo.
Resultado: pouco sono faz voc ficar gordo, faminto, impotente,
hipertenso, canceroso, e com o corao doente.
A energia solar a catalizadora de todo tipo de vida. A
quantidade de luz que age sobre voc informa os controles do seu
sistema sobre a rotao e a rbita do planeta em que vivemos. Esse
posicionamento global ajuda nossos sentidos a ficarem de olho no
estoque de alimentos. essa comunicao csmica que nos diz, desde o
incio dos tempos, quando comer, o que comer e quando reproduzir,
para maximizar a comida disponvel. Ns e todos os outros organismos
neste planeta evolumos com o giro do planeta dentro e fora da luz
do sol.
O fato de voc estar lendo isto significa que o sistema teve
sucesso.
O fato de voc querer ler isto mostra que o sistema est
desmoronando.
A maioria das pessoas est absolutamente cansada de controlar o
peso e preocupar-se com o corao. Estamos prestes a lhe dizer como
parar.
Poderamos ter dado a este livro o ttulo de Perca peso enquanto
voc dorme, mas nos pareceu demasiado vulgar. Quase o chamamos de
Mantido no escuro, depois que descobrimos exatamente onde eram
conduzidos os estudos que provavam nossa premissa: em Washington. E
ningum menos do que o National Institutes of Health confirma que um
dado cientfico dizer que os ciclos de luz-e-escurido:
ligam e desligam a produo de hormnios
ativam o sistema imunolgico
determinam a liberao diria, particularmente a sazonals, dos
neurotransmissores
Acabamos de dizer que, anos e anos atrs, ns existamos em
sincronia com todos os ciclos biofsicos e ritmos da natureza. Hoje,
no apenas controlamos o estoque de alimentos, mas tambm fazemos
retroceder a noite e o tempo. Neste livro dizemos qual o preo que
estamos pagando por querer brincar de Deus.
Aqui est a conta: a infindvel luz artificial com a qual
convivemos registrada, em nosso relgio interno, igual aos longos
dias de vero, porque a noite nunca cai e o inverno nunca chega.
Como mamferos, somos teleguiados para armazenar gordura durante a
exposio a dias longos e depois dormir um pouquinho ao menor sinal
de fome.
S que agora no dormimos e tambm no sentimos fome; pelo menos, no
temos fome de carboidratos. por isso que estamos gordos e ficamos
cada vez mais gordos. Afinal, sempre vero!
Enquanto o fogo, com sua luz, estendeu nosso dia o suficiente
para afetar o intelecto e a reproduo, a eletricidade ilimitada pode
simplesmente acabar com a gente.
A menos que o governo faa isso primeiro.
Se o NIH realizou a maior parte dos estudos que fornecem as
provas de que a depresso, a obesidade, as doenas do corao e o cncer
podem ser prevenidos, em grande parte dos casos, se as pessoas
simplesmente dormirem mais e apagarem as luzes, por que eles nos
mantiveram no escuro at agora? Por que continuar a insistir que
dietas ricas em carboidratos e exerccio vo nos curar? Ser que eles
esto realmente tentando nos matar?
A verdade sempre mais estranha que a fico. Os cientistas da
MacArthur Mind/Body Foundation, da Universidade de Chicago, da
NASA, do National Institutes of Health e do National Institutes of
Mental Health, esses ltimos em Washington, vm estudando biofsica ao
longo da ltima dcada. Isso significa que os mais importantes
pensadores cientficos dos Estados Unidos esto pesquisando a mesma
cincia que ns pesquisamos para este livro. Enquanto voc l, tambm
eles esto provando que nos reproduzimos e nos alimentamos
sazonalmente, que temos um metabolismo fartura-fome, que
desenvolvemos diabetes, doenas cardacas, cncer e depresses graves
se dormirmos menos de nove horas e meia por noite durante pelo
menos sete meses no ano.
Quando perguntamos ao Dr. Thomas Wehr, o chefe do departamento
que estuda os ritmos sazonais e circadianos no NIH em Washington,
se ele achava que a populao tinha o direito de saber que com menos
de nove horas e meia de sono por noite ou seja, no escuro as
pessoas a) nunca sero capazes de deixar de comer acar, fumar e
beber lcool; e b) com grande margem de certeza desenvolvero uma das
seguintes condies: diabetes, doenas cardacas, cncer, infertilidade,
doena mental e/ou envelhecimento precoce, ele respondeu:Bem, sim,
ela tem o direito de saber. E deve ser informada; mas isso no vai
mudar nada. Ningum vai apagar mesmo as luzes...
Talvez no.
Afinal, a luz sedutora. Quanto mais tempo ficamos acordados,
mais aprendemos. por isso que os americanos so os melhores e os
mais brilhantes e tambm os mais doentes do mundo.
Mas ainda acreditamos que algo pode acontecer.
Afinal, quando os nmeros divulgados pelas autoridades disseram
aos americanos, no final da dcada de 1960, que era melhor
encontrarem tempo para fazer exerccios ou ento morreriam, eles
passaram a fazer exerccios. E quando nos disseram para cortar a
gordura de nossa dieta porque seno morreramos, todas as fbricas de
alimentos se prepararam para isso. Quando a medicina declarou que
os remdios para diminuir o colesterol seriam a nossa salvao,
enquanto ficvamos cada vez mais doentes. A gente botou as plulas
para dentro como se fossem balas de chocolate. claro que muita
gente ganhou dinheiro com o movimento do condicionamento fsico, com
os alimentos de baixo teor de gordura e com os remdios. Mas a nica
pessoa que vai se beneficiar com o sono voc mesmo.
O que est em jogo, aqui, se queremos ou no ir mais cedo para a
cama e trabalhar menos horas por dia. Com os minimercados 24 horas,
250 canais de televiso e a internet para surfar a noite toda,
reverter nosso ritmo exigiriam um esforo hercleo. Sabemos disso,
mas estamos prestes a fazer da volta ao tempo dos dinossauros uma
escolha pessoal, no federal. Acreditamos que a populao merece, de
nosso governo, o acesso aos fatos e a uma consultoria nutricional
mais precisa.
Ns pagamos por isso.
Todos os americanos sabem que Washington prdiga em segredos, mas
um pouco difcil de engolir que, ao mesmo tempo que o Departamento
Federal de Medicina nos diz para ingerir uma dieta pobre em gordura
e 58% de carboidratos para curar obesidade, diabetes, doenas
cardacas e cncer, o NIH, que fica do outro lado da rua, est
provando que o consumo excessivo de carboidratos, provocado pela
privao do sono, figura entre as causas dessas mesmas doenas.
Por que vimos sendo mantidos na ignorncia, quando eles sempre
souberam da verdade?
PARTE I
SEGREDOS
E MENTIRAS
UM
QUEREMOS ACREDITAR:
A igreja dos falsos deuses
Em algum momento do passado, os cientistas descobriram que o
tempo flui mais vagarosamente quanto mais longe estivermos do
centro da Terra. O efeito minsculo, mas pode ser medido com
instrumentos extremamente sensveis. Uma vez conhecido o fenmeno,
algumas pessoas, ansiosas por permanecer jovens, mudaram-se para as
montanhas.
Agora, todas as casas esto construdas em Dom, no Matterhorn,
Monte Rosa e outras elevaes. impossvel vender casas em qualquer
outro lugar... Pilotis... Pessoas ansiosas por viver mais
construram suas casas nos pilotis mais altos... Elas celebram sua
juventude e caminham nuas em suas varandas...
Com o tempo, as pessoas esqueceram a razo por que o mais alto
melhor.
Mesmo assim, continuam a ensinar a seus filhos a evitarem
deliberadamente outras crianas que vivem em elevaes menores. Elas
at se convenceram de que o ar rarefeito bom para seus corpos e,
seguindo essa lgica, adotaram dietas parcimoniosas e recusam tudo
que no seja o alimento mais leve. No final, o povo se tornou fino
como o ar, ossudo e velho antes da hora.
Alan Lightman,
Os sonhos de Einstein
Em O Dorminhoco, clssico de Woody Allen, o personagem Miles
Monroe, dono de uma loja de alimentos naturais e clarinetista, d
entrada no Saint Vincents Hospital em 1977 para um procedimento de
rotina. Tem uma lcera pptica. Quando acorda, duzentos anos depois,
descobre que morreu e que uma tia carinhosa o colocou em suspenso
criognica.
A trama engrossa quando dois cientistas fora-da-lei o
descongelam ilegalmente para tirar vantagem do fato de que ele uma
no entidade numrica e, como tal, pode ajud-los a derrubar o regime
fascista que controla os Estados Unidos em 2173. H uma conversa em
que eles discutem o progresso do paciente:
Ele pediu algo especial?
No caf da manh, pediu umas coisas chamadas germe de trigo e mel
orgnico.
Aah, sim, parece que naquele tempo as pessoas pensavam que essas
coisas eram substncias encantadas, que continham propriedades
capazes de preservar a vida.
Quer dizer que no havia gordura, churrasco ou cobertura de
chocolate quente?
Oh, no, essas coisas eram consideradas ms para a sade exatamente
o oposto do que hoje a gente sabe ser verdade.
Incrvel!
O que mais enervante a respeito desse pequeno flash de
cinematografia? Que os nmeros do seguro social classificam todo
cidado em um banco de dados de computador tipo O Grande Irmo, que
um regime fascista controla os Estados Unidos ou que o New England
Journal of Medicine divulgou um estudo em 1998 que conclui que a
gordura pode, na verdade, proteger contra doenas cardacas? Ser que
a sabedoria nutricional de 1970, na qual confiamos h dcadas, pode
estar completamente equivocada?
O que vem agora? Durma mais ou voc ter cncer?
Pode considerar proftica esta ltima afirmao.
Mais tarde, Miles (Woody) v o personagem vivido por Diane Keaton
acender um cigarro por razes mdicas e reclama: Como pudemos errar
tanto? Todo mundo sabia que gordura e cafena eram substncias
txicas! O outro respondeu: Miles, todo mundo sabe que as nicas
coisas que mantiveram viva a humanidade foram caf, cigarros e carne
vermelha!
De certa forma no parece to engraado, agora que pode ser
verdade.
Sem dvida, caf e cigarros parecem manter os franceses vivos.
Eles at tm uma aparncia melhor que a nossa. Nessa mesma cena
tragicmica, o germe de trigo dubl muito velado de nossas saladas e
barras nutritivas. Na dcada de 1970, as saladas e barras nutritivas
certamente seriam classificadas como comida saudvel para os manacos
da sade. Todos se sentiam muito confortveis com o fato de que havia
os manacos da sade e o resto de ns. Atualmente, se voc no cuida da
sua sade, considerado um imbecil.
Hoje em dia tudo rotulado de baixo teor de gordura, sem gordura,
99% livre de gordura ou com 30% menos de gordura, na tentativa de
se qualificar um alimento saudvel. At mesmo os sucos de frutas e as
massas secas so vendidas como sem gordura porque somos todos
imbecis. Seu mdico e os doutores que aparecem na mdia, todos dizem
mesmo depois que os livros Protein Power do Dr. Atkins, j provaram
o contrrio que voc no consegue carboidratos de alta qualidade para
perder peso a menos que consuma:
5 a 7 pores de frutas e verduras por dia, alm das
5 a 7 pores recomendadas de gros e pes, alm de
Massas e vinho
Eles nunca contam a Pepsi, a Coca, o mel no ch o xarope de milho
com alto teor de frutose, que aparece como conservante em quase
todos os alimentos processados. Agora vamos imaginar toda a comida
que eles recomendam empilhada sobre a mesa (isto porque jamais
caberia no prato). No lhe parece muita coisa?
E se todas essas promessas de baixo teor de gordura gerando vida
longa, sem cncer e diabetes, num corpo magro e esbelto, ativado por
um corao forte, limpo e sem hipertenso, fossem falsas desde o
incio? E se os carboidratos, e no a gordura fossem a causa da
obesidade, do diabetes e do cncer?
O MDULO DE DEUS
A gente acha que o exerccio explica por que as pessoas se sentem
to bem quando esto morrendo. tambm a razo pela qual algumas pessoas
conseguem manter regimes de baixo teor de gordura durante tempo
suficiente para se matarem. O que faz uma pessoa agir assim?
O desejo de ser magra e se sentir bem? De forma alguma.
Michael Persinger, Ph.D., professor de neurocincia e psicologia
na Laurentian University, no Canad, isolou uma rea dos neurnios,
nos lobos temporais do crebro, que emite repetidamente fagulhas de
atividade eltrica quando a pessoa pensa em Deus ou tem qualquer
sentimento relativo espiritualidade. Ns, cientistas, conhecemos
isso atravs das tomografias de monges, freiras e esquizofrnicos,
quando falam com Deus. Quase na frente desses lobos temporais est a
amigdala, um rgo de formato amendoado que imbui os eventos de
intensa emoo e de sensao de significado.
Devido forma como os lobos temporais so estruturados e
sensorialmente conectados com a amigdala, eles so as regies mais
eletricamente sensveis do crebro. O Dr. Persinger tem conhecimento
pessoal sobre isto porque ele criou um elmo com molas de fios de ao
colocadas logo acima das orelhas (lembra Woody Allen em O
Dorminhoco?). Ao passar uma corrente eltrica cuidadosamente
controlada atravs dessas molas, o mdico cria um campo magntico
pulsante que imita os padres transmissores de energia dos neurnios
nos lobos temporais. Isso gera uma experincia espiritual mstica
completa, com uma saudvel dose de paz. Os cobaias do Dr. Persinger
relatam um efeito opiceo, com uma queda substancial da ansiedade e
uma elevada sensao de bem-estar, semelhante aos relatos de
iluminao.
Enquanto o Dr. Persinger caprichava em sua melhor caracterizao
de cientista louco, Vilayanur Ramachandran, Ph.D., diretor do
Laboratrio do Crebro e da Percepo da Universidade da Califrnia, em
San Diego, entrava em contato com o cu. O Dr. Ramachandran
anunciou, em 1998, que havia descoberto o mdulo de Deus. Este mdulo
est localizado no crebro, numa rea dentro dos lobos temporais, que
se torna eletricamente ativada quando uma pessoa pensa em Deus ou
em espiritualidade, ou relembra uma experincia mstica. Olha, isso
me parece familiar.
Sabemos tambm que o estresse, a tristeza e principalmente a
falta de oxignio estimulam fortes descargas eltricas na mesma rea,
vizinha ao mdulo de Deus. Como a falta de oxignio desencadeia estas
exploses neurais, alguns cientistas acreditam que esse mecanismo
pode ser o responsvel pelas vrias experincias de euforia e
tranqilidade prximas da morte. Tambm a apnia do sono, em pessoas
com lobos temporais descontrolados, pode significar que elas ouvem
algum chamar seu nome quando adormecem, ou que tm uma experincia
fora do corpo, como a sensao de estar voando, durante o sono.
Podemos dizer tambm que a hiperventilao resultante do exerccio,
junto com o estilo de vida Yuppie-urbano de baixo teor de gordura,
aciona o mdulo de Deus. por isso que o barato do corredor uma
experincia to religiosa.
Seu crebro pensa que voc est morrendo. Mas voc s est sem
flego.
Receamos que voc esteja sem tempo tambm.
A verdade que todo esse exerccio est fazendo mais do que lhe dar
um barato. Est exacerbando a queima de seus receptores de cortisol.
Correr uma resposta de medo. No mundo real, significa algo est
querendo te pegar; pelo menos o que seu corpo e seu crebro pensam.
Se voc correr por tempo suficiente, todos os seus sistemas
acreditaro que voc vai conseguir ultrapassar aquele predador. A
qumica cerebral que acompanha as corridas longas evolui para tornar
mais agradvel a sada deste mundo. Isso significa que a falta de
oxignio, sozinha, vai acionar aquela parte do crebro que nos leva
para o cu ou, neste mundo, nos d uma razo para continuar correndo.
O mecanismo da qumica cerebral que o faz ver Deus enquanto fica sem
oxignio evolui a partir das respostas programadas respostas a
impulsos ambientais que no mais existem, respostas que, num passado
remoto, podem ter salvo sua vida ou tornado a morte agradvel.
Pois agora essas respostas o esto matando.
VIDA SAUDVEL?
Que outros impulsos ambientais esto acionando os mecanismos
ancestrais da sobrevivncia? A resposta a essa questo uma cena
arrepiante, digna de um romance de fico cientfica. Ou de um livro
como o nosso.
Trabalhar at tarde, com luzes bem claras aps escurecer, assistir
ao programa de David Letterman ou conferir os e-mails tarde da
noite, mesmo que seja por apenas meia hora tudo isso fica
registrado como se fosse um longo dia de vero, em seus controles
ambientais internos. Isso significa que seu crebro o forar a buscar
energia para armazenar, atravs da ingesto de acar. O acar
(carboidratos) o nico caminho para a liberao da insulina; e a funo
da insulina armazenar o excesso de carboidratos como gordura e
colesterol, para que voc tenha algo com que viver quando terminar o
vero.
A faixa de gordura no abdome, comum nos pacientes cardacos
resistentes insulina e com colesterol alto, assim como nos
diabticos Tipo II teria servido, em outro tempo e lugar, para
manter aquecidos os rgos internos e ser utilizada como energia
durante o perodo normal de fome (o inverno). A ingesto cada vez
maior de carboidratos (acar) sempre acaba numa produo maior de
colesterol tambm, porque os carboidratos baixam a temperatura de
congelamento da membrana celular. No mundo real, voc nunca teria
acesso a uma tal quantidade de acar, a menos que fosse vero antes
do inverno. Mas voc no vive no mundo real.
Da prxima vez que seu mdico disser que seu colesterol est alto
demais e que voc deve cortar gorduras e fazer mais exerccio,
diga-lhe que ele est errado. Diga-lhe que voc no est doente, que s
vai hibernar e que no quer congelar. Talvez ele ache graa.
Voc, por outro lado, deveria estar chorando pois tem um grande
problema.
Todos os sistemas que evoluram para mant-lo vivo, e que o
mantiveram at este ponto, esto berrando: A fome est chegando!!!
Quando voc se exercita dia e noite para driblar o ganho de peso
que seu corpo e sua mente desejam, voc aciona sua resposta de
estresse. E a mensagem que voc envia a esses sistemas : Ai, meu
Deus, a fome est chegando e tem um tigre atrs de mim!
Acredite, isso no soluo.
Na realidade, o exerccio pode muito bem ser o ltimo prego de
nossos caixes coletivos. A resposta de estresse ancenada quando voc
corre para salvar sua vida naquela esteira eleva seus nveis de
cortisol. Se voc faz isso de vez em quando digamos, a cada dez
dias, a resposta episdica natural do cortisol vai manter seu corao
e crebro saudveis. Mas se voc faz exerccio feito um manaco mais de
uma vez por semana, os altos nveis de cortisol resultantes de todo
o exerccio crnico na verdade imitam o estresse da poca da procriao,
quando as longas horas de luz e a competio (principalmente para os
machos) mantinham o cortisol em picos anuais. A competio sexual a
situao mais estressante possvel na natureza, depois da morte. O
perodo da procriao seria um fracasso sem uma base de gordura para
sustentar uma gravidez durante o inverno. Assim sendo, no por acaso
que a compulso por carboidratos, para gerar gordura, coincide com
os altos nveis de cortisol e de hormnios sexuais. preciso ter po no
forno em agosto ou setembro para a maioria dos mamferos, para que o
beb possa nascer em abril ou maio, na primavera, quando o alimento
abundante.
Agora voc est na academia de ginstica, novembro e o horrio um
momento qualquer entre seis e meia e nove e meia da noite; pelo
menos dez watts de luzes florescentes esto acesos, intensificados
pelos espelhos que brilham diretamente em seus olhos e sobre a pele
de seu corpo superexposto. Voc levante pesos, corre e caminha numa
esteira ou trilha, e se for realmente suicida, est num StairMaster
ou girando.
Saiba que, para seu corpo e sua mente que evoluram, ao longo de
milnios, para reconhecer os sinais da Natureza voc est numa luta,
uma disputa mortal, igualzinho aos gnus que golpeiam com os
chifres, que voc v no Discovery. Voc est lutando por um ovo, pela
imortalidade ou apenas por uma chance no prximo round. Essa luta
parece razovel para seu corpo porque as luzes noite (a luminosidade
da sala de ginstica) significa que estamos no auge do vero, e que
voc deve se acasalar ou vai se tornar violento. por isso que o
cortisol fica elevado durante o dia: para fornecer glicose aos
msculos para correr ou fugir, e para mant-lo calmo para os
processos de tomada de deciso no caso, acasalar-se. por isso que,
quando somos constantemente banhados por luzes inesgotveis,
sentimo-nos todos to nervosos (leia-se: paranicos, agressivos,
histricos, apressadssimos), at mesmo quem no se exercita, at nos
desligarmos de tudo.
Nesse estado crnico, voc no est apenas mantendo alto o nvel de
acar no sangue, o que sobrecarrega o sistema de resposta da
insulina com os efeitos mobilizadores do acar no sangue do
cortisol; na verdade, tambm est se tornando resistente insulina
enquanto se exercita.
Esse fato significa que o exerccio pode engordar.
Enquanto voc faz exerccios feito um manaco e vive numa dieta de
baixo teor de gordura, ganha peso at se cheirar um biscoito. Alm
disso, de quebra, desperdia hormnios sexuais, causa cncer e provoca
supresso do seu sistema imunolgico. O cortisol alto crnico tambm
altera sua percepo do tempo e fez com que voc viva constantemente
correndo. essa percepo alterada do tempo que provoca o perodo de
divagao tarde da noite, antes de ir para a cama, quando voc fica
acordado sob a impresso de que deve haver algo a ser feito, ou de
que voc no concluiu seu trabalho. A voc enche mais de acar, porque
no dormiu e sua insulina vai estratosfera. Sabemos que s esse
comportamento j o torna gordo e doente.
Acredite, a culpa no da falta de exerccio, da carne ou da
manteiga.
Nem da gordura, de jeito nenhum.
De verdade, gente.
Se a ingesto de gordura saturada causasse obesidade, j estaramos
l na frente, no sentido de reduzir a obesidade nutricionalmente.
Todos ns teramos a aparncia de supermodelos. Estamos comendo menos
gordura e nos exercitando mais do que nunca, mas no lembramos em
nada os supermodelos.
Na verdade, estamos horrveis.
Estamos mais gordos e doentes do que nunca, em toda a histria do
nosso pas. E o problema no apenas a nossa aparncia terrvel: nossos
planos de erradicar doenas cardacas, cncer e diabetes foi para o
brejo. O americano mediano na verdade ganhou, em mdia, quatro
quilos de peso desde o incio da uerra do baixo teor de gordura
contra a obesidade.
O pressuposto que cultivamos com carinho durante trinta anos era
que perder peso cortando gorduras e fazendo exerccios levaria a uma
reduo importante nas ocorrncias de doenas cardiovasculares, sem
mencionar o diabetes e o cncer.
Mas no foi o que aconteceu.
E quando no aconteceu, a medicina disse que os cientistas
disseram que a gente no tinha cortado gordura suficiente. E que, se
diminussemos o teor de gordura de todos os alimentos processados,
se reduzssemos o consumo de carne vermelha e crissemos imitaes de
gordura com o Olean, a marca do olestra, a mar finalmente se
reverteria. Hoje, todos esses milagres e metas j se concretizaram,
a gente se exercita dia e noite e, no entanto, muitos de ns j
tentaram, pelo menos uma vez durante os ltimos anos, virar vegans.*
Todos os dias os apresentadores de televiso, os documentrios, novos
ncoras e programas de culinria nos dizem que a vida de baixo teor
de gordura funciona. E voc jamais saber que no funciona, a menos
que d uma olhada nas estatsticas e no crescimento das vendas de
remdios para dieta. Esses nmeros mostram um quadro totalmente
diferente.
Dizer que o cenrio no to rseo, no mnimo, uma brincadeira de mau
gosto. Estudos recentes mostraram que perdemos mais de
___________________
*Vegans: vegetariano radical, que no consome qualquer produto de
origem animal, nem mesmo laticnios. (N.T.)
um milho de vidas, s de doenas cardacas. O grande rumor, entre
os estatsticos, que as mortes por doenas cardiovasculares tm sido
omitidas indiscriminadamente. De alguma forma, embora o nmero de
mortes por doenas cardacas tenha cado, o verdadeiro nmero de
ataques cardacos subiu bastante.
Isto significa que algum est manipulando os nmeros.
Significa, tambm que as pessoas continuam tendo tantos ataques
cardacos e doenas cardiovasculares quanto sempre tiveram; no
entanto, procedimentos como cirurgias, angiogramas, uma droga que
dissolve cogulos chamada t-PA, 911 e angioplastia as tm salvo, por
enquanto, e com isso o ndice de mortes tem cado. Isso para falar s
em morte cardiovascular; outros 60 milhes de pessoas (isso 25% da
popoulao norte-americana) vo acabar morrendo de doenas cardacas,
tendo em vista seu perfil de risco.
Alguns desses riscos so cigarro, idade, gnero, presso alta,
elevadas taxas de colesterol, diabetes, estresse e, logicamente, a
obesidade, o pesadelo mdico de quase todo o mundo (em nossa
sociedade), o terror no a pogreza, as doenas cardacas ou sequer os
crimes violentos; a idia assustadora de que, um dia, a pessoa pode
simplesmente acordar de manh e constatar que est realmente
gorda).
Muito bem, agora acorde e sinta o cheiro do milk-shake
diettico.
O homem mediano, nos Estados Unidos, no magro. Tem 23% de
gordura corporal, enquanto a mulher mediana tem 32%. Esses nmeros
tornam o cidado mdio 53% mais gordo do que o ideal saudvel, e a
cidad mdia pelo menos 50% mais gorda. Em 1961, a obesidade atingia,
historicamente ou pelo menos assim se pensava 20% de toda a
populao. Em 1995, o Centers for Disease Control and Prevention nos
revelou que o nmero de americanos gravemente obesos havia aumentado
30%, somente durante a dcada de 1980. lembre-se da academia de
ginstica. Nos vinte anos anteriores, essa mesma estatstica de
obesidade permaneceu inalterada, em um quarto da populao. E este
exatamente o mesmo perodo de vinte anos em que se desenvolveu o
grosso da pesquisa nutricional que hoje seguimos. Esse intervalo de
vinte anos assistiu tambm ao fim da comida de verdade, da semana de
trabalho de quarenta horas e das frias de suas semanas, assim como
ao advento da TV a cabo, dos telefones celulares, do correio de voz
e do e-mail.
J PENSOU NISSO?
Todos os anos, 80 milhes de americanos comeam com uma dieta. A
quantidade de peso que perdem nem conta, porque 95% deles engordam
tudo de novo (e ainda ganham mais alguns quilos) num prazo de cinco
anos. Vimos diminuindo regularmente o nosso consumo de gordura e
colesterol e mesmo assim aumentou a incidncia de obesidade, doena e
morte.
Desde a virada do sculo, o consumo de acar aumentou 150%. Como o
acar se revelou um conservante barato, virou aditivo em quase todos
os alimentos processados e, como sabemos, o consumo de alimentos
processados nos Estados Unidos vem crescendo exponencialmente ao
longo dos ltimos cinqenta anos.
Na dcada de 1940, os aparelhos de televiso eram raros. Em meados
da dcada de 1950, trs em cada dez residncias j recebiam ondas de
rdio visveis. Mesmo no perodo de glria da programao tipo
Nickelodeon, s ocasionalmente as assoberbadas donas-de-casa
envenenavam suas famlias com jantares comprados. Hoje, a famlia
mediana tem dois adultos que trabalham em horrio integral e comem
fora, ou comida congelada, pelo menos quatro noites por semana. Se
essa a norma numa famlia tradicional, imagine quo raramente uma
casa com um nico resposvel pode se dar ao luxo de servir uma refeio
caseira.
Ou a me pega as crianas na creche e sai com elas para comer, ou
ento chama a bab para comear a ferver a gua para cozinhar a massa.
J so seis e meia da tarde quando jantar servido (massa, suco ou
leite desnatado para as crianas, alm de po e sobremesa). A me
precisa de um drinque para se manter de p e ainda tem o dever de
casa, os banhos a mais a ateno de qualidade para das s crianas. Se
a me faz jantar de verdade, com mais de dois grupos de alimentos
reconhecidamente importantes, em vez de alimentar a prxima gerao
com massa, tudo se atrasa ainda mais. Para isso, a me precisa de
dois drinques.
Bom, j so nove ou nove e meia da noite, e ela no teve ainda um
minuto para sentar e descansar depois do trabalho. No vero, isso
seria natural. Mas a cena de descrevemos ocorre durante o ano
escolar, o que significa durante os dias escuros na natureza. Ento,
essa famlia de me solteira, ou de me que trabalha e de pai ausente,
seja por preguia ou por trabalhar ainda mais horas, vai agentar
pelo menos cinco, ou talvez sete horas a mais de luz, num perodo de
24 horas, dia sim dia tambm, durante sete meses por ano,
completamente fora de estao. Isso entra ano e sai ano, dcada aps
dcada at a me ter cncer de mama e a filha ter acne e ser gorda
demais para estar na capa da Vogue. E o Jnior, com apenas 1.70 m de
altura, ainda por cima ter asma. Se o nosso pai imaginrio estiver
presente, ter artrias obstrudas, presso alta e excesso de acar no
sangue.
Como tudo isso acontece um completo mistrio para a cincia
mdica.
A desastrosa derrocada na sade do povo americano corresponde ao
aumento das atividades noturnas estimuladas pela luz e ao consumo
de carboidratos que as acompanha. Considere apenas o aumento do
peso mdio de jovens adultos e adolescentes ao longo dos ltimos
quinze a vinte anos. Na mdia, esse peso aumentou, previsivelmente,
mais de 5 quilos. O percentual de adolescentes obesos estava em 15%
na dcada de 1970, e subiu para 21% na dcada de 1990. agora, est
acima de 30%.
Um recente artigo de primeira pgina do New York Times citou a
televiso como a causa do aumento da obesidade entre os jovens. O
artigo se baseava apenas na premissa preguia, alegando falta de
atividade fsica exerccio). A causa a televiso, sim, mas no da forma
que eles pensam. Grande parte dos jovens de hoje nasceram num mundo
de baixo teor de gordura/exerccios pesados. Mais de um tero deles
se autodeclaram vegetarianos, ciclistas, montanhistas e
patinadores. E h aproximadamente 12,5 milhes de jovens como esses
hoje nos Estados Unidos. E quando se pergunta a esses jovens
adultos por que so vegetarianos, a maior parte diz que por causa da
sade; o resto s acha que legal. Eles no tem idia do que esto
fazendo a si mesmos.
A SNDROME DO ETERNO VERO
Alm de um aumento regular na ocorrncia de doenas cardacas e de
obesidade, as estatsticas j mostram que o diabetes e o cncer tambm
esto aumentando.
Talvez no seja s por causa da comida.
Na edio de 12 de janeiro de 1998 do U.S. News and World Report,
Walter Willet, o chefe do departamento de nutrio da Escola de Sade
Pblica de Harvard um homem muito inconstante foi questionado com
relao ao fracasso da dieta de baixoi teor de gordura em curar
doenas ou salvar vidas. Sua resposta fraca e inconsistente: Desde o
incio isso era apenas uma hiptese no demonstrou vergonha
alguma.
Essa hiptese custou mais vidas do que as duas guerras mundiais e
o conflito do Vietn juntos. Basta verificar as estatsticas da
American Cncer Society e da American Heart Association nas ltimas
trs dcadas. Em 1999, a previso era de que, s de cncer, 1.257.800
pessoas iriam morrer.
Se preferir uma projeo de futuro, consulte os nmeros misteriosos
da American Diabetes Association sobre a crescente populao de
diabticos Tipo II. Agora, os pesquisadores esto em busca de
explicaes genticas para a obesidade porque, se temos certeza de
alguma coisa, essa certeza de que a obesidade o comeo do fim. A
obesidade a precursora do diabetes adulto. No coincidncia o fato de
que, at o final do ano 2000, haver mais de 25 milhes de diabticos
Tipo II. cerca de 98% de toda a populao diabtica. Se todos os 25
milhes se tornarem diabticos, com certeza uma grande parcela deles
ter doenas cardacas e presso alta duas condies que levam ao
derrame. Essas complicaes so as que mais matam os diabticos.
H anos que se prev que a reduo da gordura na dieta reduziria
tambm o cncer; s que as estatsticas nos mostram uma crescente
incidncia de cncer de colo, associada a uma queda na incidncia de
morte. Isso significa que o cncer de colo est aumentando, mas as
pessoas esto morrendo menos disso. Isso no quer dizer cura; no caso
do cncer de mama e de prstata, podemos ver aumento na incidncia e
tambm nas mortes. Esses dados sobre cncer de mama, prstata e colo
so os que, com toda certeza, deveriam ter apresentado queda, dadas
as mudanas que os americanos fizeram na dieta dos ltimos quinze
anos. Em vez de reconhecer a dieta de baixo teor de gordura, a
pesquisa mdica nos deu Mevacor, Provachol, Proscar e agora
Tamoxifen e Raloxifene.
A medicina admite que a melhora nas estatsticas de cncer
conseqncia do diagnstico precoce, no do tratamento ou da preveno.
Mas o diagnstico procece aumenta apenas o perodo de conhecimento a
vitima s fica sabendo antes que vai sofrer e morrer. Na verdade, no
muda a data da morte. O diagnstico procece nunca salva vidas; com
maior freqncia, apenas as prolonga por tempo suficiente para
confundir os nmeros. E todos esses nmeros provam que estamos no
caminho ERRADO. Concordamos que a interveno da dieta com certeza
pode reverter o curso da doena. Cortar carboidratos pode curar a
obesidade e grande parte do diabetes, mas no as doenas cardacas, e
com certeza nem todos os tipos de cncer. O final dessa histria a
EXTINO.
A comida parte dessa equao, est bem, mas no a resposta. A
resposta est no ritmo circadiano e na evoluo.
A resposta est em comer, dormir e reproduzir-se em sincronia com
a rbita do planeta, ou acabar como os dinossauros. As longas horas
de luz artificial que confundem seu ancestral sistema regulador de
energia tambm destroem o revestimento de seu corao, e portanto o
colesterol em excesso pode obstruir o fluxo sangneo. Ao longo do
curso da evoluo, seu subconsciente foi condicionado e ajustado para
acreditar a agir da seguinte maneira quando as luzes ficam acesas
por um perodo muito longo: Coma carboidratos agora, ou morra mais
tarde. Da mesma forma, ao longo do curso da evoluo, seu
subconsciente foi condicionado e ajustado para acreditar e agir da
seguinte maneira quando as luzes ficam acesas por um perodo muito
longo: Acasale-se ou morra. Esse instinto que responde luz tem sido
a base de nosso metabolismo fartura-ou-fome e, em ltima anlise, de
nossa sobrevivncia, durante pelo menos 3 milhes de anos. Todos os
efeitos da exposio crnica luz e o consumo de carboidratos que
acompanha essa exposio, em outro tempo e lugar, ter-nos-iam
preparado para o pior: para a falta de comida e para os dias mais
frios, curtos e escuros, em que h menos sol.
Ns sempre nos fartamos para agentar a fome que certamente viria
at agora. Infelizmente, a verdade em nosso tempo que ingerimos
carboidratos hoje e morremos mais depressa. Nosso corpo traduz como
vero as interminveis horas de luz artificial. Como ele sabe,
instintivamente, que o vero vem antes do inverno, e que o inverno
significa falta de comida, comeamos a desejar carboidratos, para
acumular gordura para um perodo em que o alimento escasso e
deveramos estar hibernando. Esta a frmula:
A. Longas horas de luz artificial = vero na mente.
B. Inverno significa fome, para seus controles internos.
C. Fome no horizonte significa desejo instintivo de
carboidratos, para armazenar gordura para a hibernao e para a
escassez.
Essa escassez acompanhada de:
Consumo cada vez maior de carboidratos, at que seu corpo
responda a toda a insulina, tornando-se resistente insulina no
tecido muscular;
Garantia de que os carboidratos ingeridos se transformem em
depsito de gordura;
Fazer com que o fgado use o excesso de acar na produo de
colesterol, o que evitar que as membranas celulares congelem com as
baixas temperaturas.
Se voc dormir noite durante o nmero de horas em que normalmente
estaria escuro l fora, s vai desejar carboidratos no vero, quando
as horas de luz so mais longas. a adaptao perene, ou a crnica e
constante inteno de hibernar, que provoca o consumo excessivo de
carboidratos e a obesidade e a conseqente presso arterial elevada,
o colesterol alto e a inevitvel falncia cardaca.
As etapas 1, 2 e 3 correspondem tambm ao quadro hormonal do
diabetes Tipo II doena, na verdade, o resultado final da fadiga
extrema provocada pela toxidade da luz. Na caminhada rumo ao fim.
Voc certamente encontrar uma das seguintes condies: obesidade,
doena cardaca, derrame, doena mental ou cncer. A comunidade mdica,
a FDA, o Instituto Nacional de Sade e sua televiso diro que a causa
uma praga dos cus que s poder ser curada com uma dieta com 80%
menos de gordura, trs a seis horas semanais de exerccio pelo menos,
e um monte de suplementos e vitaminas.
Em quem voc vai acreditar?
O mercado est saturado de informaes sobre dietas de baixo teor
de gordura: como se alimentar com pouca gordura, por que se
alimentar com pouca gordura, quem deve se alimentar com pouca
gordura. Existem apenas algumas opinies dissidentes, embora o nmero
esteja crescendo a cada dia. Est vazando lentamente na conscincia
nacional a idia de que para algumas pessoas, o baixo teor de
gordura talvez no seja a melhor opo, de acordo com Walter Willet.
Este recuo, meio balbuciado, meio escondido, muito tmido e vem
tarde demais para aqueles que conhecemos e que no sobreviveram ao
movimento pela pouca gordura.
Esta catstrofe nacional da sade, na verdade, vem sendo construda
h 75 anos. Durante todo esse tempo, um nmero incalculvel de almas
lutaram e fracassaram ao seguir um aconselhamento nutricional que
nunca poderia levar ao sucesso. Fracassaram porque a comida no era
realmente a culpada. A histria nos ensina que todas as doenas da
civilizao surgiram com fora total depois da Revoluo Industrial,
quando a eletricidade tornou real a disponibilidade da luz
artificial ilimitada e barata. Foi a lmpada eltrica que transformou
a noite em dia. A curva do desempenho de preos da lmpada eltrica
semelhante curva do desempenho de preos de um computador porttil.
Uma lmpada de 100 watts custa 33 centavos de dlar em qualquer
supermercado; em 1883, a mesma quantidade de luz custaria ao
consumidor US$1.445. Os especialistas concluram que as mquinas
usurparam nosso bem-estar fsico; na verdade, foram os alimentos
processados, refinados e adoados que entraram pela primeira vez na
nossa vida (ao mesmo tempo que as luzes estenderam o nosso dia e
mudaram nosso apetite) que provocaram todo esse processo. Embora o
instrumento da destruio possa ser a alimentao, a causa da morte
algo bem mais insidioso.
A CAUSA DA MORTE
Seu apetite apenas um dos sintomas dessa disfuno mortal, assim
como a obesidade est associada s doenas cardacas mas no a causa. A
grande verdade que a necessidade urgente de dormir tambm a causa do
diabetes Tipo II. Todas as doenas que no so causadas por contgio ou
maus-tratos so provocadas por disfunes imunolgicas, em funo do
metabolismo. Seu sistema imunolgico governado por duas substncias:
a prolactina e a melatonina e ambas so controladas pelos ciclos de
luz e pela escurido. So esses controles biolgicos fundamentais que
esto em perigo. A variao sazonal e a intensidade da luz do dia
controlam a florao, o crescimento e o estado de dormncia nas
plantas e nos animais; as mudanas sazonais na iluminao ambiente
controlam a hibernao, a migrao e o acasalamento. Expor as pessoas
ao brilho incessante da luz artificial por um nmero de horas maior
do que o dia claro em si problema na certa. At 75 anos atrs,
passvamos at quatorze horas por noite, dependendo da estao, no
escuro.
Por volta de 1920, a maioria das pessoas tinha condies de manter
as luzes acesas durante umas duas ou trs horas noite. Tinham
condies de comprar uma ou duas novas lmpadas eltricas de Edison, e
tambm a eletricidade necessria para mant-las acesas, porque a mesma
fonte de energia estava construindo uma economia que utilizava uma
enorme fora de trabalho. As luzes geravam empregos para pagar por
elas. No final da dcada de 1920, as caras mquinas instaladas nas
fbricas j haviam comeado a funcionar junto com os ponteiros do
relgio. De repente, estavam rodando durante as 24 horas do dia,
enquanto, apenas uma dcada antes, a energia proveniente do gs era
cara demais para ser usada durante a noite inteira. Antes da
eletricidade, as fbricas s funcionavam durante dez horas. Essa
segunda Revoluo Industrial remapeou o panorama econmico.
O trabalho noturno trouxe mais dinheiro de vrias maneiras. No
apenas forrou os bolsos dos donos das fbricas; gerou tambm mais
empregos e dinheiro para uma subclasse econmica de novos
imigrantes. O mais importante, porm, que o trabalho noturno trouxe
com ele uma economia de servio. Essa economia fez proliferarem
transportes, restaurantes e mercados 24 horas, quadras de tnis e
jogos de beisebol noturnos, pontos de jogo e por a vai. A
eletricidade alimentou o telefone, que a base de nossa atual
capacidade de comunicao de fico cientfica, e que permitiu que os
pequenos mercados se tornassem globais. Existe at uma nova prola de
terminologia, na lngua inglesa, para este fenmeno, graas Internet:
24 por 7. Foi um golpe de sorte ridiculamente terrvel, num sculo
que de outra forma seria bem interessante, o fato de que,
exatamente ao mesmo tempo que o acar comeou a ser usado para
preservar e embalar comida industrializada, ns tivssemos a
oportunidade de ficar acordados a noite toda para com-lo.
claro que, naquela poca, no havia muitos alimentos
industrializados no mercado; porm os que existiam utilizavam xarope
de milho altamente refinado (em mquinas industriais) para evitar
perda de umidade e aumentar a vida de prateleiras de produtos.
Muitos alimentos industrializados ainda usam o mesmo conservante.
At os pezinhos de aveia adoados com mel, feitos com gros integrais
e de baixos teores de gordura, bem embaladinhos, que voc encontra
prximo s caixas registradoras dos minimercados, so preservados com
acar. altamente esclarecedor observar, neste ponto, que a incidncia
de diabetes Tipo II caiu tremendamente durante as duas guerras
mundiais, poca em que o acar era racionado.
O INSTRUMENTO DA MORTE
Para entender por que os carboidratos so o instrumento da morte,
precisamos de um pouquinho de cincia. S recentemente a cincia e a
medicina comearam a reconhecer uma condio chamada hiperinsulinemia
crnica. Este o termo que designa a insulina elevada crnica,
produzida no prprio organismo. Isso s pode ocorrer quando a pessoa
consome carboidratos de forma crnica. Na natureza, nunca seria
possvel uma pessoa comer carboidratos de forma crnica. As rvores e
plantas do frutos apenas em uma estao e floresce na outra. Viver s
de acar por mais de um ou dois meses no seria possvel, a menos que
voc estivesse se preparando para hibernar, como uma marmota,
durante um longo sono de inverno.
A mdia no fala muito sobre insulina, a no ser em relao ao
diabetes do Tipo I; por isso mesmo, as pessoas pensam na insulina
como um remdio para os diabticos do Tipo I que, seja por razes
virais ou por serem auto-imunes, no conseguem fabricar a prpria
insulina.
A insulina o elemento central em ambas as formas de doena, pois
ela controla o nvel de acar no sangue ao se encaixar nos receptores
das clulas como uma chave que abre uma tranca. Uma vez abertos os
portes, o acar presente no sangue pode entrar e energizar todas as
clulas do organismo. A resistncia insulina a incapacidade do corpo
em responder insulina que produzida normalmente, porque os
receptores recuam para salvar sua vida. Cada funo do seu corpo
desde a comunicao bsica molcula a molcula at operaes complexas,
como o controle do apetite ou da temperatura est numa estreita zona
de normalidade chamada homeostase. Um recuo dos receptores de
insulina uma tentativa de controlar a quantideade de acar
permitida. Insulina demais no normal.
A pista reveladora de nosso destino ameaador que a incidncia de
resistncia insulina vem ocorrendo em pessoas cada vez mais jovens.
A populao inteira est envelhecendo em ritmo acelerado. A resposta
lgica seria reequipar todas as indstrias alimentcias e aconselhar
as pessoas a evitarem o acar, certo? Foi essa a nossa abordagem em
relao gordura, e a populao aderiu em massa. Acredite em ns, com o
acar isso no seria assim to fcil. Seria mais parecido com Proibio.
Somos to viciados numa dieta de baixo teor de gordura e alto teor
de acar quanto os alcolatras so viciados em lcool, porque os altos
nveis de insulina criam, no crebro, o mesmo estado criado pelo
lcool.
Os alcolatras dormem depois de um pileque no apenas porque o
lcool em si temum efeito sedante sobre seus receptores opiceos, mas
tambm porque a enorme carga de carboidratos da uva, dos gros, da
batata, do cactus ou, no caso do rum, da cana-de-acar contida na
bebida literalmente os faz adormecer. Lembre-se disso toda vez que
tomar aquela taa de vinho aps o jantar. O pico de insulina depois
de um pileque transforma a serotonina do crebro em melatonina e
isso quer dizer luzes apagadas. Em nossa cultura, ingerimos tantos
carboidratos num nico dia quanto um bbado durante um porre. Para
ele e para ns, a recuperao natural a mesma.
Dormir.
A RESSURREIO DA VERDADE
Ser que a perda de sono pode estar destruindo o relgio endcrino
que controla o ganho de peso? Ser que a quantidade de horas que voc
dorme realmente pode controlar seu apetite? Nossas descobertas so
quase simples e extraordinrias demais para se acreditar. Mas aqui
gostaramos de recordar a legendria regra da lmina de Occam, que
diz: Em condies iguais, a resposta mais simples sempre a correta.
Sabemos que, para a maioria de ns o que estamos dizendo algo como
descobrir que tudo aquilo que voc acreditou desde pequeno mentira.
E ! Voc no quer saber?
Ocorre que tudo o que era fato sobre nossa sade acaba no sendo
mais do que conjecturas absurdas. Conjecturas que no tm evidncias
cientficas que as apiem. Conjecturas que, para algumas pessoas,
fizeram sentido.
S que no fazem mais.
DOIS
No escuro:
Um evento no nvel de extino
Dormir, talvez sonhar.
- William Shakespeare,
Hamlet, 3.2.54, 1554
Dormir, talvez sonhar,
quem sabe transformer a realidade.
- Sony Corporation, 1997
tu, escurido, envolve o esprito daqueles que ignoraram a tua
glria. Leva-nos agora.
- Mayra Montero, uma prece para os que esto
morrendo, extrado de you, Darkness, 1999
O suave conforto proporcionado pelos sons dos anfbios na noite
est profundamente enraizado na conscincia humana, assim como a
msica prateada do som da gua correndo. A batida dos oceanos na
praia, uma borbulhante fonte romana, grilos cantando e sapos
coaxando tudo isso antecipa o bem para a humanidade. E ns contamos
com isso. Desde o primeiro dia da criao que nos sentimos seguros ao
ouvir esses sons, pois eles sempre se traduziram em sobrevivncia:
comida, gua e companhia.
Agora, porm, tudo isso est mudando. Os sapos andam quietos
demais. O silncio est ficando surdo. Os anfbios, sapos e rs esto
morrendo sob cinscunstncias misteriosas. Em alguns casos, nem os
corpos so encontrados. De acordo com a revista New Scientist, no
Parque Nacional de Causuco, em Honduras, vrias espcies de sapos
selvagens desapareceram sem deixar rastro; e tambm no h mais
girinos. Na Austrlia, quatro nem uma, nem duas, nem trs: quatro
espcies desapareceram das florestas de Queensland. Na ilha havaiana
de Kauai, um tipo de r que antes abundava na regio simplesmente no
existe mais. Os nativos disseram aos pesquisadores(trecho do livro:
da pgina 13 pgina 42)Para adquirir este livro:
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O SONO ESSENCIAL
Nuno Cobra,
Prof de Educao Fsica
O sono a chave da vida, da disposio, da energia e do bom homor.
Se voc no dorme bem, no adianta fazer seu corpo trabalhar, porque o
esforo no ser produtivo. Voc vai perder energia e correr riscos
porque no teve repouso necessrio da sua mquina orgnica. Afinal, voc
o que voc dorme! Neste incio de milnio, as pessoas parecem mais
consistentes do que h poucos anos, quando dormir era considerado
pura perda de tempo, mas ainda necessrio estabelecer uma conscincia
dessa importante forma que nosso organismo possui de se
restabelecer. Nossa vida est assentada neste princpio bsico: temos
de dormir muito bem todos os dias para contrabalanar nossa intensa
e rigorosa luta. Precisamos ceder a esse apelo que nosso corpo faz
diariamente para, no dia seguinte, viver por inteiro e vibrando a
cada instante, com energia, disposio e bom humor. Quando jovens, o
sono ocorria to logo deitssemos na cama. Era algo natural porque
ramos mais puros e libertos. No havia preocupao, e sim ocupao o
tempo todo. Quando parvamos, o que mais desejvamos era dormir. Uma
delcia, o maior prazer. Mas as esporas da sociedade comeam a nos
cutucar o tempo todo, obrigando-nos a nos preocupar com as coisas,
a levarmos tudo muito a srio; e, obedecendo direitinho, cedo ou
tarde experimentamos essa tal insnia. Tudo na vida tem seu
equilbrio: o sol e a lua, o claro e o escuro, o trabalho e o
repouso. Podemos trabalhar muito sim, mas com o repouso devido. A
pessoa que acredita ser insubstituvel ser substituda muito antes do
que possa imaginar, porque seu organismo no aguentar. Muitos levam
a vida to a srio, virando noites de trabalho e adiando o sono
imenso que sentem, que um dia as solicitaes normais do nosso corpo
para dormir se tornam fracas. E a insnia, que em nossa sociedade
ps-moderna ataca um nmero astronmico de pessoas, vai se instalando.
Precisamos resgatar esta coisa esplndida e natural que dormir bem.
O primeiro passo para isso saber que no se pode dormir apenas de
uma imposio mental. algo que s acontece se voc conduzir seu corpo
para isto. Para quem j est neste estado de falta de sono, essencial
praticar atividades fsicas, pois elas ajudam a acalmar o ritmo
mental e a extravasar a agressividade e as tenses. A conjugao de
corpo cansado e cabea fria (pois quanto mais envolvemos o corpo em
uma atividade fsica, mais descansamos nossa mente) faz o sono
acontecer de forma mais natural. Para vivermos necessrio dormir! No
existe ainda uma forma milagrosa capaz de compensar as noites em
claro. O organismo se acostuma falta de sono e comea a fabricar
estimulantes para manter-se acordado, dando a falsa impresso de que
est bem. Muitas pessoas no sabem mais quantas horas devem dormir
pois passam o dia muito bem com apenas cinco ou seis horas de sono.
Elas no entendem que isso s acontece custa da maior produo de
hormnios, que sobrecarrega a capacidade fisiolgica e qumica do
organismo levando ao envelhecimento precoce. A pessoa que rompe
seus limites est numa situao perigosa. Ela no sente dor ou cansao e
seu crebro est sempre em estado de alerta, mas o prejuzo orgnico
grande e o envelhecimento acelerado. Em vista disso, pergunto: as
seis horas que voc dorme so o que seu organismo realmente
necessita? Experimente dormir sete ou oito horas durante dois ou
trs meses. Se depois desse perodo voc ficar mais bem-humorado e com
mais disposio sinal de que precisa mudar seus hbitos e passar a
dormir mais. Nossa resistncia orgnica fantstica. Uma pessoa pode at
agentar a falta de sono por dcadas, mas o preo que pagar em
envelhecimento precoce e comprometimento dos rgos alto demais.
Fonte:
Revista Viva Ano 2 No 21 2003 Ed. Maro
Abaixo, mais um artigo, mostrando a importncia do sono reparador
para se ter SADE e QUALIDADE DE VIDA.
GARANTA SEU SONO E A QUALIDADE DE VIDA
Dra. Jocelem Mastrodi Salgado,
Nutricionista
Jornal O Estado de So Paulo - Magazini - 26/09/2002 O sono, um
elemento fundamental da vida, que no costuma merecer a devida
importncia quando falamos de preveno de doenas e de qualidade de
vida. Sempre que tratamos da questo sade, a alimentao e as boas
prticas, como no fumar e fazer exerccios, aparecem como responsveis
principais pelo bem-estar do nosso organismo.
O sono fundamental, todo mundo sabe. O problema com o sono que
os estudos e as opinies costumam no coincidir. H um consenso sobre
a necessidade de se dormir oito horas por dia, especialmente quando
se trata de organismos jovens. H outras correntes que defendem sete
horas, ou menos ainda. H estudos mostrando que dormir mais de oito
horas por noite pode reduzir o tempo de vida.
Um estudo publicado em fevereiro pela revista Archives of
General Psychiatry veio provocar confuso. A pesquisa, com mais de
um milho de pessoas entre 30 e 102 anos, mostrou que no grupo que
dorme em mdia oito horas dirias, o risco de morte ficou em 12%. Mas
entre aqueles que dormiam nove horas, o risco subiu para 19%. E
para quem dormia 10 horas por dia, 34%. J para aqueles que dormiam
menos de oito horas, o risco tambm aumentava, mas numa proporo
muito menor: quem dormia seis, cinco e quatro horas, em mdia, o
risco foi de 8%, 11% e 17%, respectivamente.
Quer dizer, de acordo com esse estudo, dormir mais significava
maior risco para a sade.
Mas j foram publicados estudos que mostraram o contrrio, quem
dormia mais, vivia mais. Quando os especialistas entram nessa
discusso, o caminho mais sensato aceitar que cada organismo um
organismo: h quem se contente com cinco ou seis horas de sono, e h
quem precise de nove a dez horas.
Nesse universo de desencontros, a antroploga e terica mdica
norte-americana T.S.Wiley provoca mais confuso ao pregar que dormir
melhor, e dormir ao menos nove horas por noite, capaz de provocar
perda de peso, diminuir a presso arterial e reduzir o estresse.
Wiley e Bent Formby so autores do livro "Apague a Luz", publicado
no Brasil pela Editora Campus. Wiley cita em seu livro que 70
milhes de americanos admitiram que, ocasionalmente, dormiram ao
volante.
Pouco sono, mais doenas
A melatonina o principal hormnio ligado ao sono. Mas quando voc
no dorme o suficiente h pelo menos dez hormnios diferentes e outros
tantos neurotransmissores no crebro que deixam de funcionar
direito.
Os americanos so bons em nmeros e graas a eles podemos ter uma
idia dos custos da insnia: o sono insuficiente custaria 15,9 bilhes
de dlares por ano, em custos diretos, e mais de 100 bilhes de
dlares em horas perdidas de trabalho e em acidentes. So dados que
aparecem no livro de Wiley. A autora diz que esse apenas um dos
clculos. A conta do sono seria muito maior pois para ela somos
gordos e diabticos porque no dormimos. "Estamos morrendo de cncer
ou do corao porque no dormimos o suficiente", afirma.
A autora defende uma tese polmica, a de que as doenas cardacas,
o diabetes e o cncer no so causados pelo consumo excessivo de
gordura nem pela falta de exerccios, mas por noites curtas de sono.
Ela afirma que a maior mudana pela qual os seres humanos passaram,
nos ltimos dez mil anos, aconteceu h setenta anos, com a luz
eltrica. Antes disso, entre os eventos importantes para o homem
esto conhecer o fogo, o advento da agricultura e os
antibiticos.
Wiley defende que a claridade artificial aumentou as principais
doenas. Em 1910, um adulto ainda dormia de nove a dez horas por
noite. Hoje, esse adulto dorme sete horas no mximo. So 500 horas a
mais acordados por ano. O sono controla o apetite, e o apetite e o
estresse controlam a reproduo. Dormir, comer e fazer amor controlam
o envelhecimento, a sua tese. Resultado: pouco sono faz voc ficar
gordo, faminto, impotente, hipertenso, canceroso, e com um corao
doente.
As instituies de sade dos EUA sabem que h uma relao entre luz e
escurido e sade, mas continuam a insistir que dietas ricas em
carboidratos e exerccios que vo nos curar, afirma Wiley.
O que est em jogo aqui se queremos ou no ir mais cedo para a
cama e se queremos ou no trabalhar menos horas por dia. Com
supermercados, lojas de convenincia abertos 24 horas, dezenas de
canais de TV e a Internet para surfar a noite toda, reverter nosso
ritmo exige um esforo enorme.
Insnia tem muitas causas
Os distrbios do sono esto relacionados a dezenas de causas.
Podem ter razes fsicas, como o colcho em que voc dorme, ou a
temperatura do quarto, o barulho do lugar onde vive. Ou o excesso
de comida, ou a falta dela.
Mas tambm pode ser causado por dores, pela depresso, pela lista
de problemas e de angstias que insistem em no abandonar nossos
pensamentos quando tentamos dormir. Nesse caso, um medicamento
prescrito pelo mdico poder ajudar, no resolver.
Para os distrbios de rotina, h uma srie de solues, dependendo de
cada um: ouvir uma msica tranqila, caminhar pela casa ou pelo
quarteiro, ler o livro preferido. Para alguns isso resolve, para
outros no.
Mas algumas regras valem para todos, evitar refeies pesadas
antes de dormir, evitar discusses, evitar problemas que vo
inquiet-lo. Um banho quente poder ajud-lo a relaxar. Melhor ainda
se voc tiver uma banheira E melhor ainda se voc tiver algum
disposto a massagear suas costas.
Tente preparar voc mesmo um ch que o agrade. E tente exerccios
respiratrios e concentre-se na viagem mais deliciosa que deseja
fazer, ou na melhor coisa que quer. Nenhum desses recursos a soluo
se voc est com problemas na famlia, no trabalho, ou preocupado com
sua sade, mas ser uma ajuda. Nesses casos, o melhor conversar com
um amigo, ou procurar um profissional que poder orient-lo.
Um tero
H alguns nmeros que j foram aceitos no mundo todo. Por exemplo,
que passamos um tero de nossas vidas dormindo. At a, tudo bem. O
problema que a insnia um drama que afeta um tero dos adultos, em
todo mundo. No se trata de uma noite mal dormida, ou alguns dias
sem sono, provocados por uma angstia identificada.
Falamos dos insones crnicos, que passam anos dormindo mal,
acordando com a sensao de que esto mais cansados do que quando
foram para a cama no dia anterior.
Esse universo de pessoas, um tero de todos ns, passa o dia
sonolento, reduz a produtividade e est mais sujeito a acidentes no
trabalho e no trnsito. To grave a questo do sono que a Organizao
Mundial da Sade lanou em 1996 o Projeto Mundial de Sono e Sade.
Mas o que causa a insnia? Em geral, a queixa mais comum a
dificuldade de adormecer. H os que tm o sono interrompido durante a
noite, e aqueles que acordam horas antes. Podem ser problemas de
sade, dores, desconfortos, quartos muito frios ou muito quentes,
rudos, efeitos colaterais de medicamentos, mudanas no trabalho,
estresse, depresso, ansiedade e mudanas importantes na vida pessoal
e na vida familiar.
Os estudos do sono esto revelando outro lado do nosso dormir, a
qualidade do nosso sono, to ou mais importante do que o nmero de
horas que dormimos. Em outras palavras, no basta dormir apenas um
nmero suficiente de horas, preciso que esse sono seja profundo e no
interrompido.
Algumas sugestes para dormir melhor:
Espere que o sono venha naturalmente. No se enfie debaixo dos
lenis, achando que assim vai dormir rapidamente. Espere at se
sentir sonolento para acomodar-se na cama;
Evite ler, ver TV ou ficar telefonando na cama. Cada programa,
ou cada captulo, ou cada conversa, pode alterar seu estado de
esprito, afastando seu sono;
Procure manter o quarto na temperatura que o agrade, troque o
colcho se ele estiver incomodando, e procure reduzir todo rudo;
Programe um horrio para deitar e para acordar. Com o tempo, esse
ritual vai ajud-lo a dormir melhor e a levantar mais disposto;
Se tiver fome antes de dormir, prepare um lanche leve e se
dedique a preparar um ch, do tipo erva cidreira e maracuj. Bebidas
alcolicas, caf e ch preto devem ser evitados;
Se ao enfiar-se sob os lenis, sua cabea vier a se encher de
preocupaes, tente desviar o pensamento para as coisas boas do dia,
ou para os projetos interessantes que voc tem pela frente; no uma
tarefa fcil, mas substituir as preocupaes por idias agradveis
fundamental para a chegada do sono;
H muitos medicamentos que podem ajudar algum que sofre de
insnia, mas sua indicao exclusivamente de competncia mdica; s o
mdico pode dizer o que voc deve tomar e se deve tomar;
No faa exerccios antes de dormir, mas lembre-se que atividades
fsicas durante o dia podem proporcionar um sono bem mais
reparador;
Reserve um perodo de 20 a 30 minutos para preparar o seu sono;
um banho quente de chuveiro certamente vai ajud-lo a descontrair;
se tiver uma banheira, melhor ainda, mergulhe numa gua morna e
deixe seu corpo relaxar.
A pesquisadora Jocelem Mastrodi Salgado professora titular de
Nutrio Humana da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirz, a
USP de Piracicaba. Como especialista, escreve regularmente nesse
espao sobre temas ligados sade e alimentao. a criadora de compostos
para reeducao alimentar e equilbrio do organismo conhecidos como
Sanavita e Suprinutri. Informaes sobre seus trabalhos podem ser
obtidas pelo 0800-554414 ou pelo e-mail [email protected]
Fonte:
http://www.estadao.com.br/magazine/materias/2002/set/26/141.htm-
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Depresso, transtorno bipolar, distrbios do humor, obesidade,
diabetes tipo II, hipertenso, doenas do corao, cncer, ... tudo isto
pode ser evitado. Saiba que a Medicina Preventiva pode lhe oferecer
os recursos, as informaes corretas, para driblar o desenvolvimento
e a manifestaes destas enfermidades.. . . . . . . . . . . . . . . .
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Fique atento nestes nomes: bioqumica, biofsica, fisiologia do
exerccio, biologia celular, biologia molecular, biologia
evolutiva.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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anos com a sade, o vigor e a forma fsica de um cinqnto; Chris
Croeley e Henry S. Lodge, M.D. Editora Sextante, 2007.O Leite que
ameaa as mulheres, um documento explosivo: o consumo de derivados
do leite teria uma influncia preponderante sobre os cnceres de
mama; Raphal Nogier, cone Editora Ltda, So Paulo, 1999.
As Alergias Ocultas nas Doenas da Mama, Raphal Nogier, Organizao
Andrei Editora Ltda,1998.
Leite: Alimento ou Veneno? do pesquisador e cientista Robert
Cohen, Editora Ground, So Paulo, 2005.
Alimentao que evita o Cncer e outras doenas,
Dr. Sidney Federmann/ Dra. Miriam Federmann Editora Minuano
Curas Naturais Que Eles No Querem Que Voc Saiba, Kevin Trudeau,
Editora Alliance Publishing Group. Inc., 576 pginas, Spain, 2007
(Edio em portugus publicada pela LTVM, S.A.) (pedidos pelo tel:
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Editora, 116 pginas (O Livro Explica Como, Porque e Quando o
Estresse Causa Problemas Alem de Mostrar Formas Eficientes de
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Fazendo as Pazes com Seu Peso, Obesidade e Emagrecimento:
entendendo um dos grandes problemas deste sculo, Dr. Wilson Rond
Jr., Editora Gaia, So Paulo, 3 Edio, 2003.
A dieta do doutor Barcellos contra o Cncer e todas as alergias,
Sonia Hirsch - uma publicao Hirsch & Mauad, Rio de Janeiro,
2002, www.correcotia.com
"Atividade Fsica e Envelhecimento Saudvel", Dr. Wilson Jacob
Filho, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do
Servio de Geriatria do Hospital das Clnicas (SP), Editora
Atheneu.
O Fator Homocistena, A revolucionria descoberta que mostra como
diminuir o risco da doena cardaca, Dr. Kilmer McCully e Martha
McCully, 231 pginas, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2000.
Apague a Luz!, durma melhor e: perca peso, diminua a presso
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