Top Banner
7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 1/75 PROVAS DIREITO CONSTITUCIONAL 2ª FASE DO EXAME DA ORDEM XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2014.2) FGV - Prova aplia!a "# 14$0%$2014 P"&a Pro'iioal  João e José são pessoas com defciência ísica, tendo concluído curso de nível superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrião no n!mero "ue deveria ser reservado, por ora de disposião em lei ederal, aos defcientes ísicos com o grau de defciência de João e José, o "ue restou indeerido por ato do pr#prio Ministro de $stado, adu%indo "ue a citada lei, apesar de vigente h& ' (dois) anos e com plena efc&cia, não se aplicaria *"uele concurso, pois não houve previsão no seu edital. +rresignados, os candidatos apresentaram Mandado de egurana originariamente no -mbito do uperior ribunal de Justia, tendo a seão competente, por maioria de votos, denegado a segurana, dando ra%ão ao Ministro de $stado. /ouve embargos de declaraão, improvidos. Ainda inconormados, apresentaram o recurso cabível contra a decisão do colendo uperior  ribunal de Justia. 0edigir o recurso cabível contra a decisão da 1orte $special. (2alor3 4,5) Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 6 enunciado indica a competência origin&ria do uperior ribunal de  Justia para 7ulgamento dos Mandados de egurana impetrados contra atos de Ministro de $stado, a teor do Art. 854, +, b) da 109: (Art. 854. 1ompete ao uperior ribunal de Justia3 + ; processar e  7ulgar, originariamente3 b) os mandados de segurana e os habeas data contra ato de Ministro de $stado, dos 1omandantes da Marinha, do $<ército e da Aeron&utica ou do pr#prio ribunal= (0edaão dada pela $menda 1onstitucional n. '>, de 8???). 6correndo a denegaão da segurana, como afrmado, por unanimidade ou por maioria, cabe a apresentaão de recurso ordin&rio ao upremo ribunal 9ederal, consoante o Art. 85', ++, a), da 109: (++ ; 7ulgar, em recurso ordin&rio3 a) o habeas;corpus, o mandado de segurana, o habeas;data e o mandado de in7unão decididos em
75

Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

Jan 09, 2016

Download

Documents

Wanirly Cirilo

Temas mais importante para segunda fase
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 1/75

PROVAS DIREITO CONSTITUCIONAL 2ª FASE DOEXAME DA ORDEM

XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2014.2)FGV - Prova aplia!a "# 14$0%$2014

P"&a Pro'iioal 

 João e José são pessoas com defciência ísica, tendo concluído cursode nível superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento decargos vinculados ao Ministério da Agricultura, postularam a sua

inscrião no n!mero "ue deveria ser reservado, por ora dedisposião em lei ederal, aos defcientes ísicos com o grau dedefciência de João e José, o "ue restou indeerido por ato do pr#prioMinistro de $stado, adu%indo "ue a citada lei, apesar de vigente h& '(dois) anos e com plena efc&cia, não se aplicaria *"uele concurso,pois não houve previsão no seu edital. +rresignados, os candidatosapresentaram Mandado de egurana originariamente no -mbito douperior ribunal de Justia, tendo a seão competente, por maioriade votos, denegado a segurana, dando ra%ão ao Ministro de $stado./ouve embargos de declaraão, improvidos. Ainda inconormados,apresentaram o recurso cabível contra a decisão do colendo uperior

 ribunal de Justia.

0edigir o recurso cabível contra a decisão da 1orte $special. (2alor34,5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 enunciado indica a competência origin&ria do uperior ribunal de Justia para 7ulgamento dos Mandados de egurana impetradoscontra atos de Ministro de $stado, a teor do Art. 854, +, b) da 109:(Art. 854. 1ompete ao uperior ribunal de Justia3 + ; processar e 7ulgar, originariamente3 b) os mandados de segurana e os habeasdata contra ato de Ministro de $stado, dos 1omandantes da Marinha,do $<ército e da Aeron&utica ou do pr#prio ribunal= (0edaão dadapela $menda 1onstitucional n. '>, de 8???).

6correndo a denegaão da segurana, como afrmado, porunanimidade ou por maioria, cabe a apresentaão de recursoordin&rio ao upremo ribunal 9ederal, consoante o Art. 85', ++, a), da109: (++ ; 7ulgar, em recurso ordin&rio3 a) o habeas;corpus, o mandado

de segurana, o habeas;data e o mandado de in7unão decididos em

Page 2: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 2/75

!nica inst-ncia pelos ribunais uperiores, se denegat#ria a decisão=)$ssa regra é replicada no Art. 4>?, do 1@1.

6 recurso deve ser dirigido ao @residente do J paraencaminhamento ao 9 para 7ulgamento.

6s undamentos do recurso devem ser3

a) reserva de vagas para os portadores de defciência Art. >B, 2+++,da 109: (2+++ ; a lei reservar& percentual dos cargos e empregosp!blicos para as pessoas portadoras de defciência e defnir& oscritérios de sua admissão)= ou Art. 'C, +++, c, da ei B.E4>F8?E? ou Art.4C, G'C da ei E.88'F8??5 ou 1onvenão +nternacional sobre osdireitos das pessoas com defciência, Art. 'B, 8, g.

b) preservaão do principio da legalidade, 109:, Art. 4C, ++3 Hninguémser& obrigado a a%er ou dei<ar de a%er alguma coisa senão em

virtude de leiI=

c) principio da isonomia, 109:, Art. 4C, caput (odos são iguaisperante a lei, sem distinão de "ual"uer nature%a, garantindo;se aosbrasileiros e aos estrangeiros residentes no @aís a inviolabilidade dodireito * vida, * liberdade, * igualdade, * segurana e *propriedade, ...).

Aplicam;se ao 0ecurso 6rdin&rio as regras de procedimento previstasno 1@1. Assim, devem ser apresentadas ra%es. 6s recorrentes são osimpetrantes, no caso os portadores de necessidades especiais e o

recorrido o Ministro de $stado. Deve haver pedido de reorma dadecisão atacada.

Deve ser re"uerida a intervenão do Ministério @!blico e a remessado autos ao 9.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

A +mprensa 6fcial do $stado HKI publicou, em '>.85.'58>, a ei nC8.'>L, de iniciativa do overnador, "ue veda a utili%aão de "ual"uersímbolo religioso nas reparties p!blicas estaduais. @ressionado porassociaes religiosas e pela opinião p!blica, o overnador a7uí%aAão Direta de +nconstitucionalidade tendo por ob7eto a"uela lei,alegando violaão ao pre-mbulo da 1onstituião da 0ep!blica, "ueafrma Ha proteão de Deus sobre os representantes na Assembleia1onstituinteI.

Diante do e<posto, responda, undamentadamente, aos itens a seguir.

Page 3: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 3/75

A) N possível o a7ui%amento de uma Aão Direta de+nconstitucionalidade tendo por par-metro preceito inscrito nopre-mbulo da 1onstituião da 0ep!blicaO (2alor3 5,P4)

:) N possível o a7ui%amento de uma Aão Direta de

+nconstitucionalidade pelo overnador do $stado, tendo por ob7eto leide sua iniciativaO (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) Qão é possível preceito inscrito no @re-mbulo da 1onstituião da0ep!blica atuar como par-metro ao controle concentrado deconstitucionalidade (a7ui%amento de Aão Direta de+nconstitucionalidade), uma ve% "ue o pre-mbulo da 1onstituião nãotem valor normativo, apresentando;se desvestido de ora cogente.

:) @or se tratar de processo ob7etivo, a Aão Direta de+nconstitucionalidade pode ser proposta pelo overnador do $stadomesmo se o ob7eto da aão or uma lei de sua iniciativa. 6 ob7etivo daAD+n é a preservaão da higide% do ordenamento 7urídico,desvinculado, portanto, de interesses individuais.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

ob orte inRuência de grandes produtores rurais, numerososparlamentares do 1ongresso Qacional se mobili%am para a edião deuma $menda * 1onstituião, a fm de retirar do te<to constitucional areerência * unão social da propriedade. 1omo resposta, asociedade civil comeou uma campanha de coleta de assinaturaspara deRagrar a edião, por iniciativa popular, de uma $menda paratornar crime a manutenão de propriedades improdutivas.

1om base no ragmento acima, responda aos itens a seguir,undamentadamente.

A) Sm parlamentar tem iniciativa no processo legislativo de $menda *1onstituiãoO $ a sociedade civilO (2alor3 5,P5)

:) N possível a edião de $menda com o conte!do pretendido pelosprodutores ruraisO (2alor3 5,P4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) A resposta é negativa. 6 Art. P5 da 1onstituião estabelece a

iniciativa para a proposta de $menda * 1onstituião3 (+) um tero, nomínimo, dos membros da 1-mara dos Deputados ou do enado

Page 4: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 4/75

9ederal= (++) o @residente da 0ep!blica= e (+++) mais da metade dasAssembléias egislativas das unidades da 9ederaão.

Desse modo, um parlamentar, isoladamente, não pode deRagrarprocesso legislativo de $menda 1onstitucional. Do mesmo modo, a

sociedade também não pode deRagrar tal processo. Qão se h& deconundir a iniciativa popular para a edião de leis, prevista no Art.P8, G 'C, da 1onstituião 9ederal, com a iniciativa para a edião de$mendas * 1onstituião.

:) A resposta também é negativa. rata;se do tema das cl&usulaspétreas, limitaes materiais * possibilidade de reorma *1onstituião. 6 Art. P5, G LC, da 1onstituião de 8?EE, em relaão aoconte!do das $mendas * 1onstituião, aasta a possibilidade desupressão dos direitos e garantias individuais. $ a unão social épositivada na 1onstituião como inerente ao pr#prio direito *

propriedade (Art. 4C, KK+++, da 109:). +sto é, ela a% parte do pr#prioconte!do do direito * propriedade, "ue dei<a de ser considerado emuma l#gica puramente individual. A unão social incide sobre aestrutura e o conte!do da propriedade, sobre a pr#pria confguraãodo direito, e constitui elemento "ue "ualifca sua situaão 7urídica.Desse modo, não pode ser alterada por $menda * 1onstituião.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

 ício a7ui%ou demanda em ace do $stado HKI, postulandodeterminada prestaão estatal. A sentena proerida pelo Juí%o da 8T2ara de 9a%enda @!blica da 1omarca da 1apital, entretanto, 7ulgouimprocedente o pedido, apontando, no undamento da decisão, osdierentes graus de efc&cia das normas constitucionais, "ueimpedem todos os eeitos pretendidos por ício.

1om base no ragmento acima, responda, undamentadamente, aos

itens a seguir.A) $m "ue medida as normas constitucionais de efc&cia plena sedierenciam das normas de efc&cia contidaO (2alor3 5,P4)

:) As normas constitucionais de efc&cia limitada de princípioprogram&tico, antes da intermediaão legislativa, geram algum eeito 7urídicoO (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 5: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 5/75

A) 6 e<aminando deve identifcar "ue, apesar de ambas possuíremaplicabilidade imediata, se dierenciam pela possibilidade de uturarestrião em seu -mbito de efc&cia. As normas de efc&cia plena sãoa"uelas "ue produ%em a plenitude dos seus eeitos,independentemente de complementaão por norma

inraconstitucional. ão revestidas de todos os elementos necess&rios* sua e<ecutoriedade, tornando possível sua aplicaão de maneiradireta, imediata e integral. De outro lado, as normas de efc&ciacontida são a"uelas "ue, de início, produ%em a plenitude dos seuseeitos, mas podem ter o seu alcance restringido pela legislaãoinraconstitucional. ais normas também possuem aplicabilidadedireta, imediata e integral, mas o seu alcance poder& ser redu%ido,em ra%ão da e<istência, na pr#pria norma, de uma cl&usula e<pressade redutibilidade.

:) 6 e<aminando deve identifcar "ue as normas constitucionais deefc&cia limitada de princípio program&tico, apesar de dependerem daintegraão da lei para a produão da plenitude de seus eeitos, geramde imediato, eeitos 7urídicos. Assim, apesar de não se poder e<trairde imediato, da norma, a plenitude de seus eeitos, em especial aefc&cia positiva, capa% de amparar a pretensão de produão daconse"uência 7urídica prevista na norma, é possível e<trair, da norma,uma efc&cia interpretativa, capa% de reger a interpretaão dasnormas de hierar"uia inerior, bem como uma efc&cia negativa, istoé, a capacidade de servir de par-metro ao controle deconstitucionalidade das normas de hierar"uia inerior "ue vierem a

lhe contrariar ou ao controle de constitucionalidade das omisses do@oder @!blico.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

A circulaão no :rasil do subtipo L do vírus da dengue e o retorno dosubtipo 8 podem aumentar o n!mero de casos graves da doena noperíodo "ue, historicamente, 7& registra o maior contingente deinectados. @ara tentar conter a epidemia, o $stado com maior índicede cont&gio elabora lei "ue obriga os médicos p!blicos e particulares"ue atuam em seu territ#rio a notifcarem os casos de dengue *ecretaria de a!de. A mesma lei, mediante outro dispositivo,imputou responsabilidade civil ao médico por alta de notifcaão.

Diante do caso, responda, undamentadamente, aos itens a seguir.

A) N constitucional a obrigatoriedade de notifcaão dos casos dedengueO (2alor3 5,P5)

:) N constitucional a responsabili%aão dos médicos "ue não

notifcaremO (2alor3 5,P4)

Page 6: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 6/75

6bs.3 a simples menão ou transcrião do dispositivo legal nãopontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) im. A necessidade de notifcaão dos casos de dengue éconstitucional, pois a matéria encontra;se no -mbito da competêncialegislativa concorrente dos $stados para legislar sobre deesa dasa!de, conorme Art. 'L, K++, da 19.

:) Qão. 6 dispositivo da lei estadual "ue atribui responsabili%aão civilao médico por alta de notifcaão é inconstitucional= cabe * Sniãolegislar sobre essa matéria conorme Art. '', +, da 19. (AD+'EB4,'5F5PF'55E).

XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2014.1)FGV - Prova aplia!a "# 01$0$2014

P"&a Pro'iioal 

6 @residente da 0ep!blica editou o Decreto nC 4444, estabelecendo aobrigatoriedade, como e<igência * obtenão do diploma degraduaão em engenharia, de um elevado aproveitamento nasdisciplinas do curso, e, para inscrião nos 1onselhos 0egionais, a

conclusão de uma p#s;graduaão com carga hor&ria mínima de LE5horas de aula. A medida tem por ob7etivo conerir maior controlesobre a ormaão do profssional, num momento de e<pansão dasobras de inraestrutura no país.

A 1onederaão indical dos $ngenheiros, entidade "ue re!ne 8E(de%oito) 9ederaes de sindicatos em dierentes $stados, cada umacom ao menos 85 (de%) sindicatos, procura os seus servios paraimpugnar o Decreto e<pedido pelo @residente da 0ep!blica,salientando "ue o mesmo viola diretamente a 1onstituião, sendocerta a urgência na obtenão de um provimento 7udicial avor&vel,

tendo em vista a apro<imaão do fnal de ano, época em "ue,tradicionalmente, são ormados milhares de bacharéis em todo oterrit#rio nacional.

1onsiderando a hip#tese acima, ormule a pea ade"uada. (2alor34,55)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A pea a ser elaborada consiste em uma petião inicial de Aão Direta

de +nconstitucionalidade (AD+n), a "ual ter&, por ob7eto, o Decreto

Page 7: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 7/75

e<pedido pelo @residente da 0ep!blica, e, como par-metros, diversosdispositivos da 1onstituião da 0ep!blica.

De início, deve;se destacar "ue os decretos do 1hee do @oder$<ecutivo podem ser regulamentares ou autUnomos. Qa

 7urisprudência do 9, somente se admite a propositura de aãodireta tendo por ob7eto decreto autUnomo, a"uele "ue inovaautonomamente na ordem 7urídica, e não o decreto "ue tenha porescopo regulamentar a lei. +sso por"ue o decreto regulamentar nãopossui autonomia normativa. e o decreto apenas ere a lei, oudesborda dos limites regulamentares, abrir;se;& a via do controle delegalidade, e não do controle de constitucionalidade.

Desse modo, o e<aminando deve destacar a autonomia normativa doDecreto em "uestão, tendo em vista a ausência de lei da "ual decorraa"uele ato normativo.

A competência para 7ulgamento da Aão Direta é do upremo ribunal9ederal, e para essa corte deve ser endereada a petião inicial.

omente possuem legitimidade para propositura da Aão Direta de+nconstitucionalidade a"ueles e<plicitados no rol do artigo 85> da1onstituião. Qo caso em an&lise, a 1onederaão indical dos$ngenheiros tem legitimidade com base no inciso +K do citadodispositivo3 entidade de classe de -mbito nacional. Deve serdemonstrado o preenchimento dos re"uisitos constantes dos Artigos4>> a 4>4 da 1 (Has 1onederaes organi%ar;se;ão com o mínimo

de > 9ederaesI e Hé acultado aos indicatos, "uando em n!meronão inerior a 4, desde "ue representem a maioria absoluta de umgrupo de atividades ou profsses idênticas, similares ou cone<as,organi%arem;se em ederaãoI), uma ve% "ue tais re"uisitos sãoe<igidos pela 7urisprudência do upremo ribunal 9ederal.

Ainda em relaão * legitimidade, o e<aminando deve identifcar "ue oupremo ribunal 9ederal erigiu o re"uisito da pertinência tem&tica "ue se tradu% na relaão de congruência "ue necessariamente devee<istir entre os ob7etivos estatut&rios ou as fnalidades institucionaisda entidade autora e o conte!do material da norma "uestionada em

sede de controle abstrato * condião de pressuposto "ualifcador dapr#pria legitimidade ativa ad causam para eeito de instauraão doprocesso ob7etivo de fscali%aão concentrada de constitucionalidade.6 e<aminando deve demonstrar, assim, a pertinência tem&tica, namedida em "ue a 1onederaão sindical atuar& na deesa dointeresse de uma classe diretamente atingida pelo decretoimpugnado.

6 @residente da 0ep!blica, "ue editou a norma impugnada, deve serindicado no polo passivo da aão.

6 e<aminando deve ormular pedido de concessão da medidacautelar, a fm de suspender a vigência do decreto cu7ainconstitucionalidade arguiu. 6s pressupostos * concessão da medida

Page 8: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 8/75

são o umus boni iuris e o periculum in mora. 6 primeiro édemonstrado pela direta e rontal violaão *s normas constitucionais"ue estabelecem o princípio da separaão de poderes, o princípio dalegalidade e a liberdade de e<ercício de profssão= o segundo, pelapro<imidade da conclusão do curso de milhares de bacharéis, "ue

restarão impossibilitados de concluir o curso eFou obter a inscriãonos 1onselhos 0egionais com base em e<igência sem previsão legal.

Qo mérito, o e<aminando deve demonstrar "ue o Decreto, a um s#tempo, viola o princípio da separaão de poderes (pois ingressa ematividade legislativa não autori%ada pela 1onstituião, em violaão *separaão constitucional de unes entre cada um dos @oderes) e oprincípio da legalidade (pois restringe direitos e disciplina matériasu7eita * lei em sentido ormal).

6 e<aminando deve demonstrar, ainda, "ue o Decreto viola o

princípio da liberdade de e<ercício de atividades ou profsses,inscrito no artigo 4C, K+++ da 109:, "ue estabelece ser livre o e<ercíciode "ual"uer trabalho, oício ou profssão, atendidas as "ualifcaesprofssionais "ue a lei estabelecer.

@or fm, deve ser apontada a violaão ao princípio dara%oabilidadeFproporcionalidade, pois a medida prevista na lei, ainda"ue ade"uada * fnalidade declarada, alha nos subprincípios danecessidade ("ue impe a utili%aão, dentre as possíveis, da medidamenos gravosa para atingir determinado ob7etivo) e daproporcionalidade em sentido estrito ("ue impe a an&lise da relaão

custo;beneício da norma avaliada, de modo "ue o Unus imposto pelanorma se7a inerior ao beneício por ela engendrado, sob pena deinconstitucionalidade).

6 e<aminando deve ormular, e<pressamente, pedido de concessãoda medida cautelar (a fm de suspender a vigência e a efc&cia dodecreto impugnado, pena de restar consolidada a violaão) e, ao fnal,pedido de declaraão da inconstitucionalidade do Decreto.

Deve ser re"uerida a oitiva do Ministério @!blico e da AS.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1

$m '55L, entrou em vigor a lei estadual HKI, de autoria de umdeputado governista (partido A), sob protestos de algunsparlamentares da oposião (partido :), 7& "ue a lei eraRagrantemente inconstitucional de acordo com a 7urisprudênciapacífca do 9. A oposião, contudo, venceu as eleies na"uele anoe 7& em '554, "uando o partido : con"uistou a maioria das cadeiras

na Assembleia egislativa, oi aprovada a lei V "ue revogou a lei IKI,

Page 9: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 9/75

ao dispor de orma distinta sobre a mesma matéria (revogaãot&cita), embora mantido vício de inconstitucionalidade.

A partir do caso descrito, utili%ando os argumentos 7urídicosapropriados e a undamentaão legal pertinente ao caso, responda

aos itens a seguir.A) Ap#s a entrada em vigor da ei HVI, pode o partido : a7ui%ar AD+, 7unto ao 9, pedindo a declaraão de inconstitucionalidade da leiHKIO (2alor3 5,44)

:) 6 @rocurador;eral da 0ep!blica pode a7ui%ar AD+ pedindo adeclaraão de inconstitucionalidade das leis HVI e HKI,sucessivamenteO (2alor3 5,B5)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) Qão, pois lei revogada não pode ser ob7eto de AD+. 9altaria ob7eto,pois uma ve% revogada, não mais estaria no mundo.

:) im, pois se a lei V osse declarada inconstitucional, voltaria avigorar a lei K, e o @rocurador;eral da 0ep!blica 7& poderia pedir ainconstitucionalidade na mesma AD+, conorme entendimento atualdo 9.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

i&como e iovanna são turistas italianos "ue, apai<onados pelo:rasil, a"ui f<am residência, obtêm emprego e constituem amília.eus dois flhos, uigi e 9ilipa nasceram no :rasil, respectivamenteem 8?E? e 8??8.

1onsiderando "ue o ordenamento italiano atribui nacionalidade

italiana aos flhos de seus cidadãos, ainda "ue nascidos noestrangeiro, responda, undamentadamente, aos itens a seguir.

A) 9ilipa pode ser e<traditada para a +t&lia, pela pr&tica de crimecomum, caso o :rasil mantenha tratado de e<tradião com a"uele@aísO (2alor3 5,E5)

:) A legislaão ordin&ria pode estabelecer nova hip#tese de a"uisiãode nacionalidade brasileiraO (2alor3 5,L4)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Page 10: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 10/75

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) A resposta é negativa. A despeito da previsão constante dalegislaão italiana, 9ilipa é brasileira nata, conorme previsãoconstante do artigo 8', inciso +, da 1onstituião. Além disso, o artigo

8', G LC, ++, WaW, dispe "ue não perde a nacionalidade brasileiraa"uele "ue tiver reconhecida a sua nacionalidade origin&ria pela leiestrangeira, caso de 9ilipa. $ os brasileiros natos não podem sere<traditados, conorme artigo 4C, inciso +, da 1onstituião.

:) A resposta também é negativa. As hip#teses de outorga danacionalidade brasileira, "uer se trate de nacionalidade origin&ria"uer se trate de nacionalidade derivada, decorrem e<clusivamente dote<to constitucional, pois a "uestão da nacionalidade tradu% matéria"ue se su7eita, unicamente, "uanto * sua defnião, ao podersoberano.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

6 Deputado 9ederal HI, de matri% política conservadora, proeriu, emsessão reali%ada na 1-mara dos Deputados, pesado discurso contra oreconhecimento legal do direito de diversas minorias. entindo;selesados, representantes de diversas minorias vão a p!blico paramaniestar sua indignaão.

A partir da hip#tese sugerida, pergunta;se3

A) 6 deputado HI pode ser condenado, civil ou penalmente, pelodiscurso oensivo "ue proeriu no plen&rioO $ se proerir tal discursodurante entrevista televisiva, ora do ambiente da 1-mara dosDeputadosO 0esponda undamentadamente. (2alor3 5,P4)

:) 6s vereadores possuem a chamada imunidade materialO $m "uecondies territoriaisO (2alor3 5,P5)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) 6 e<aminando deve indicar "ue, conorme previsão constante da1onstituião, aos Deputados é garantida a imunidade material, civil epenal, pela "ual os parlamentares ederais são inviol&veis eirrespons&veis pelas suas opinies e votos "uando o a%em na"ualidade de agentes políticos. 6 dispositivo constitucional "ueassegura tal direito é o artigo 4>, caput, da 1onstituião3 Hos

Deputados e enadores são inviol&veis, civil e penalmente, por"uais"uer de suas opinies, palavras e votos.I @ortanto, o deputado

Page 11: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 11/75

HI não pode ser condenado pelo discurso proerido, ainda "ueoensivo *s minorias. Deve ser indicado "ue a imunidade material seestende para os discursos proeridos ora do ambiente do 1ongresso9ederal, desde "ue proeridos em ra%ão do e<ercício do mandatoparlamentar (isto é, na "ualidade de agentes políticos). Qesse sentido

é a 7urisprudência pacífca do upremo ribunal 9ederal.:) 6 e<aminando deve identifcar "ue a garantia constitucional daimunidade parlamentar em sentido material também alcana osvereadores, para e<cluir a responsabilidade civil e penal do membrodo @oder egislativo, por danos eventualmente resultantes demaniestaes, orais ou escritas, desde "ue motivadas pelodesempenho do mandato (pr&tica in oXcio) ou e<ternadas em ra%ãodeste (pr&tica propter oXcium).

 ratando;se de vereador, a inviolabilidade constitucional "ue o

ampara no e<ercício da atividade legislativa estende;se *s opinies,palavras e votos por ele proeridos, mesmo ora do recinto da pr#pria1-mara Municipal, desde "ue nos estritos limites territoriais doMunicípio a "ue se acha uncionalmente vinculado, conorme previsãoconstante do artigo '?, 2+++, da 1onstituião 9ederal.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

A 1onvenão +nternacional sobre os Direitos das @essoas comDefciência e seu @rotocolo 9acultativo, assinados em Qova VorY, em>5 de maro de '55B, oram incorporados ao ordenamento 7urídicobrasileiro pelo rito do artigo 4C, G >C, da 1onstituião da 0ep!blica.

Maria V, portadora de necessidades especiais, consulta;o comoadvogado, indagando3

A) Ao ser incorporada ao ordenamento p&trio com base no artigo 4C, G>C, da 1onstituião 9ederal, "ual o status hier&r"uico normativo dareerida convenão internacionalO (2alor3 5,L5)

:) 6s demais tratados internacionais sobre direitos humanosincorporados sem a observ-ncia do procedimento disposto no artigo4C, G >C, da 1onstituião 9ederal, possuem o mesmo statushier&r"uicoO Justif"ue. (2alor3 5,L5)

1) A 1onvenão +nternacional sobre os Direitos das @essoas comDefciência, ap#s seu processo de internali%aão, de acordo com oartigo 4C, G >C, da 1onstituião 9ederal, pode servir de par-metro paracontrole de constitucionalidadeO Justif"ue sua resposta. (2alor3 5,L4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 12: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 12/75

A) 6 e<aminando deve identifcar "ue a reerida convenãointernacional possui status de norma constitucional ($menda1onstitucional), pois oi aprovada de acordo com o rito deincorporaão do artigo 4C, G >C, da 1onstituião 9ederal.

:) 6 e<aminando deve identifcar "ue os tratados internacionais dedireitos humanos não incorporados segundo o procedimento do artigo4C, G >C, da 1onstituião 9ederal, possuem status hier&r"uico denorma supralegal, conorme restou consolidado na 7urisprudência doupremo ribunal 9ederal.

1) 6 e<aminando deve identifcar "ue, ap#s sua incorporaãoconorme o procedimento descrito pelo artigo 4C, G >C, a convenãopossui status de norma constitucional. Deste modo, pode vir a serconsiderada como par-metro para controle de constitucionalidade,

assim como as demais normas da 1onstituião da 0ep!blica.

XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (201.)

FGV - Prova aplia!a "# 0%$02$2014

P"&a Pro'iioal 

Ap#s mais de L5 ("uarenta) dias de intensa movimentaãopopular, em protestos "ue chegaram a reunir mais de ummilhão de pessoas nas ruas de diversas cidades do $stado, e"ue culminaram em atos de violência, vandalismo edepredaão de patrimUnio p!blico e particular, o overnadordo $stado K edita o Decreto nC 8?PE.

A prete<to de disciplinar a participaão da populaão emprotestos de car&ter p!blico, e de garantir a fnalidadepacífca dos movimentos, o Decreto dispe "ue, além daprévia comunicaão *s autoridades, o aviso deve conter aidentifcaão completa de todos os participantes do evento,sob pena de desa%imento da maniestaão. Além disso, prevêa revista pessoal de todos, como orma de preservar asegurana dos participantes e do restante da populaão.

Qa "ualidade de advogado do @artido @olítico H9rente

:rasileira SnidaI, de oposião ao overnador, você a7ui%ouuma Aão Direta de +nconstitucionalidade, perante o ribunal

Page 13: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 13/75

de Justia do $stado K, alegando a violaão a normas da1onstituião do $stado reerentes a direitos e garantiasindividuais e coletivos ("ue reprodu%em disposiesconstantes da 1onstituião da 0ep!blica).

6 @len&rio do ribunal de Justia local, entretanto, por maioria, 7ulgou improcedente o pedido ormulado, de declaraão deinconstitucionalidade dos dispositivos do Decreto estadual,por entender compatíveis as previses constantes da"ueleato com a 1onstituião do $stado, na interpretaão "ue restouprevalecente na corte. Alguns dos Desembargadoresregistraram em seus votos, ainda, a impossibilidade depropositura de aão direta tendo por ob7eto um decretoestadual.

$ntendendo "ue a decisão da corte estadual, apesar de nãoconter obscuridade, omissão ou contradião, oi e"uivocada, e"ue não apenas as disposies do Decreto sãoinconstitucionais como também a pr#pria interpretaão dadapelo ribunal de Justia é incompatível com o ordenamento

 7urídico nacional, os dirigentes do @artido pedem "ue vocêproponha a medida 7udicial cabível a impugnar a"ueladecisão.

Elabore a peça jud!al ade"uada#

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A pea a ser elaborada consiste em um 0ecurso$<traordin&rio contra decisão proerida em sede deAãoDireta de +nconstitucionalidade.

Qo caso, a aão direta de controle tendo como par-metro a1onstituião do $stado, tem previsão no Art. 8'4, G 'C da1onstituião da 0ep!blica. N possível a interposião de0ecurso $<traordin&rio contra decisão proerida pelo ribunalde Justia no 7ulgamento da mesma, a fm de "ue se7aapreciada, pelo upremo ribunal 9ederal, a norma da1onstituião da 0ep!blica repetida na 1onstituião $stadual,mas interpretada, pelo ribunal de Justia local, em sentidoincompatível com o da 1onstituião da 0ep!blica.

6 0ecurso deve ser endereado ao @residente do ribunal de

 Justia local, com as ra%es recursais dirigidas ao upremo ribunal 9ederal.

Page 14: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 14/75

6 @artido @olítico é o recorrente. 0ecorrido é o #rgão do "ualemanou a norma impugnada (isto é, o overnador do $stado).

Apesar de não constar do voto vencedor a impossibilidade decontrole de constitucionalidade de decreto por meio de aão

direta, o e<aminando deve demonstrar o cabimento da viaeleita para a impugnaão do Decreto estadual, pois, adespeito de se tratar de um Decreto, não é um ato deregulamentaão da lei, mas ato normativo prim&rio, "ue inovaautonomamente na ordem 7urídica. 6 e<aminando deveindicar, em sua pea, todos os elementos "ue permitam o seuconhecimento e também o seu provimento, aastando, desdeo início, argumentos desavor&veis * pretensão "ue deende.

6 e<aminando deve demonstrar o cumprimento do re"uisitoda 0epercussão eral, "ue encontra previsão no Art. 85', G >Cda 1onstituião, e "ue deve ser demonstrado pela e<istênciade "uestes relevantes do ponto de vista econUmico, político,social ou 7urídico, "ue ultrapassem os interesses sub7etivos dacausa, ou se7a, a "uestão suscitada não pode ser benéfcasomente para o caso concreto proposto, mas para o interesseda coletividade, na orma do Art. 4L>;A, G 8C, do 1@1. Qo casoapresentado, a repercussão geral pode ser demonstrada pelaoensa a direitos undamentais titulari%ados por toda a

coletividade, uma ve% "ue a norma cria restrião e<cessiva aoe<ercício de direito constitucionalmente assegurado, e o a%sem previsão em lei.

Qo mérito, o e<aminando deve demonstrar "ue o decretoimpugnado viola o princípio da legalidade, na ormulaão doArt. 4C, ++ da 1onstituião da 0ep!blica, uma ve% "ue não sepode criar restrião a direito senão em virtude de lei.

6 decreto viola o Art. 4C, K2+, da 1onstituião, "ue assegura o

direito de reunião em locais abertos ao p!blico,independentemente de autori%aão, desde "ue não rustremoutra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,sendo apenas e<igido prévio aviso * autoridade competente.6u se7a, "ual"uer outra e<igência "ue venha a ser ormuladacomo condião de e<ercício do direito é inconstitucional.

Ainda ocorre a violaão ao Art. 4C, da 109:, "ue trata doprincípio da liberdade de e<pressão.

@or fm, deve ser indicada a violaão ao princípio dara%oabilidadeFproporcionalidade, pois, ainda "ue se

Page 15: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 15/75

entendesse possível a restrião ao direito de reunião, arestrião veiculada pelo decreto, no caso analisado, alha nossubprincípios da necessidade ("ue impe a utili%aão, dentreas possíveis, da medida menos gravosa para atingir

determinado ob7etivo) e da proporcionalidade em sentidoestrito ("ue impe a an&lise da relaão custoFbeneício danorma avaliada, de modo "ue o Unus imposto pela norma se7ainerior ao beneício por ela engendrado, sob pena deinconstitucionalidade).

6 e<aminando, ao fnal, deve ormular pedido de reorma dadecisão recorrida, para fm de ver declarada ainconstitucionalidade do Decreto editado pelo overnador do$stado, bem como re"uerer a notifcaão do Ministério

@!blico.i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

+nsatiseito com a demora para a eetivaão dasdesapropriaes necess&rias * construão de uma rodoviaederal, o @residente da 0ep!blica editou o Decreto n. ?.???,por meio do "ual, e<pressamente, determinou a revogaão doDecreto ei n. >.>P4F8?L8, "ue dispunha sobre adesapropriaão por utilidade p!blica, e, ao mesmo tempo,institui novo regramento a respeito do tema.

obre a hip#tese apresentada, responda, 7ustifcadamente,aos itens a seguir.

A) $m nosso ordenamento 7urídico constitucional, e<isteprevisão para a edião de decreto autUnomoO (2alor3 5,45)

:) N possível a revogaão do Decreto ei n. >.>P4F8?L8 pelo decretopresidencialO (2alor3 5,B4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) A resposta é positiva. HA $menda 1onstitucional n. >'F'558,"ue modifcou a redaão do Art. EL, 2+ da 1onstituião da0ep!blica, permitiu, em nosso ordenamento p#s;1onstituiãode 8?EE, o chamado Zdecreto autUnomo[, isto é, a"uele

decreto de perfl não regulamentar, cu7o undamento devalidade repousa diretamente na 1onstituiãoI. 1ontrape;se

Page 16: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 16/75

aos chamados decretos regulamentares, ou de e<ecuão,previstos no Art. EL, +2, da 1onstituião, "ue não criam,modifcam ou e<tinguem direitos, mas apenas desenvolvem alei 7& e<istente, de onde buscam undamento de validade.

 anto assim "ue o upremo ribunal 9ederal admite ocontrole, por via de aão direta de inconstitucionalidade, dodecreto autUnomo, revestido de conte!do normativo, mas nãoo admite "uando se tratar de decreto de regulamentaão dalei.

:) A resposta é negativa. $m primeiro lugar, a desapropriaãoé matéria "ue e<ige lei em sentido ormal para a suadisciplina, conorme previsão constante do Art. 4C, KK+2, da1onstituião. Desse modo, o Decreto ei n. >.>P4F8?L8, "ue

se reveste de orma não mais e<istente em nossoordenamento, oi recepcionado com status de lei ordin&ria, esomente por essa orma legislativa pode ser revogado oualterado. A mesma conclusão pode ser e<traída do princípioda legalidade, "ue condiciona restrião a direito * e<istênciade lei em sentido ormal.

Além disso, o decreto autUnomo s# encontra espao, emnosso ordenamento, para as hip#teses do Art. EL, 2+, da1onstituião, cabendo;lhe, no mais, apenas a regulamentaão

das leis. @or essa ra%ão, decreto "ue cria disciplina nova ou"ue revoga ato normativo hierar"uicamente superior e<orbitada disciplina constitucional. Qesse mesmo sentido, o upremo

 ribunal 9ederal 7& se maniestou, reiteradas ve%es, afrmando"ue Halece competência ao chee do @oder $<ecutivo parae<pedir decreto destinado a paralisar a efc&cia de atonormativo hierar"uicamente superiorI e a possibilidade deHcontrole de constitucionalidade de decretos "ue determinama suspensão de lei complementar e a introduão de inovaes

legislativas, em e<trapolaão da unão regulamentarI.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

1om a apro<imaão do pleito eleitoral, o @reeito do Município

A:1, "ue concorrer& * reeleião, vem tentando resgatar a suaimagem, desgastada por conta de sucessivos esc-ndalos. 6

Page 17: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 17/75

@reeito deu início a uma série de obras p!blicas deembele%amento da cidade e "uadruplicou as receitasdestinadas * publicidade. @ara a%er ace a essas despesas, oMunicípio dei<ou de aplicar o mínimo e<igido da receita

municipal na manutenão e desenvolvimento do ensino e nasaes e servios p!blicos de sa!de e anunciou corte aindamaior nas verbas destinadas * educaão e sa!de para oe<ercício fnanceiro seguinte.

1onsiderando "ue a 1onstituião da 0ep!blica autori%a aintervenão nessa hip#tese, responda, undamentadamente,aos itens a seguir.

A)A Snião pode intervir nos Municípios, caso o $stado dei<ede a%ê;loO (2alor3 5,P4)

:) 1aso o overnador decrete a intervenão do $stado no Município, tal atoestar& su7eito a alguma orma de controle políticoO (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) A resposta é negativa. A intervenão é medida e<cepcional,"ue s# poder& ocorrer nas hip#teses ta<ativamenteenumeradas no te<to constitucional. $ a 1onstituião somente

autori%a a intervenão ederal em $stados ou em Municípiossituados em territ#rios ederais (artigos >L e >4, da 109:),mas não a intervenão ederal em municípios situados em$stados (ainda "ue ha7a omissão do $stado). Qesse sentido, oupremo ribunal 9ederal, de longa data, dei<ou assentadaessa impossibilidade, registrando "ue os municípios situadosno -mbito dos estados;membros não se e<pem *possibilidade constitucional de sorerem intervenãodecretada pela Snião, eis "ue, relativamente a esses entes

municipais, a !nica pessoa política ativamente legitimada aneles intervir é o $stado;membro. @or isso mesmo, no sistemaconstitucional brasileiro, alece legitimidade ativa * Sniãopara intervir em "uais"uer Municípios, ressalvados,unicamente, os Municípios locali%ados em errit#rio 9ederal.

:) A resposta é positiva. A intervenão estadual no município,no caso descrito, é ato e<ecutado pelo 1hee do @oder$<ecutivo (overnador). Qada obstante, a pr#pria1onstituião da 0ep!blica estabelece o controle político a

posteriori da Assembleia egislativa do $stado sobre o

Page 18: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 18/75

Decreto de intervenão e<pedido pelo overnador (Art. >P, G8C, 109:).

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

6 $stado H\I editou lei "ue institui uma a<a de 9iscali%aãode $stradas, impondo o pagamento de uma elevada "uantiapara o acesso ou para a saída do territ#rio da"uele $stado pormeio rodovi&rio.

obre a hip#tese sugerida, responda, undamentadamente,

aos seguintes itens.A) 6 overnador do $stado HVI pode impugnar a lei editadapela Assembléia egislativa do $stado H\I por meio de aãodireta de inconstitucionalidadeO (2alor3 5,P4)

:) 1aso a lei do $stado H\I se7a impugnada por um partido político, pormeio de Aão Direta de +nconstitucionalidade, pode prosseguir a aão emcaso de perda superveniente da representaão do partido no 1ongressoQacionalO (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) 6 e<aminando deve identifcar "ue, no caso de Aão Diretade +nconstitucionalidade proposta por overnador de um$stado tendo por ob7eto lei de outro $stado da 9ederaão,impe;se a demonstraão do re"uisito da Hpertinênciatem&ticaI. $sse re"uisito se reere * comprovaão, por algunslegitimados, de "ue o ob7eto da instituião guarda relaão(pertinência) com o pedido da aão direta proposta por

reerida entidade, tendo em vista a repercussão do ato sobreos interesses do $stado. A pertinência tem&tica é re"uisitoconstruído, de longa data, pela 7urisprudência do upremo

 ribunal 9ederal.

Qesse sentido, seria necess&rio "ue o overnador de um$stado da 9ederaão demonstrasse "ue o conte!do debatidoem tal aão de controle de constitucionalidade (isto é, a lei deoutro $stado da 9ederaão) tem ligaão, no mínimo indireta,com o interesse do seu $stado e de sua populaão.

Page 19: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 19/75

:) 6 e<aminando deve identifcar "ue a perda supervenientede representaão no 1ongresso Qacional não obsta oprosseguimento da Aão Direta de +nconstitucionalidade. +ssopor"ue a aerião da legitimidade h& de ser eita no momento

da propositura da aão, uma ve% "ue se trata de processoob7etivo e indisponível. 6 pr#prio upremo ribunal 9ederalsuperou antiga 7urisprudência "ue apontava adescaracteri%aão superveniente da legitimidade no caso deperda de bancada legislativa no 1ongresso Qacional ap#s apropositura da demanda.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

Ap#s intenso debate, a Assembleia egislativa do $stado Keditou a ei n. 8.558, de iniciativa do Deputado HMI, "ueprevê a obrigatoriedade de instalaão, em até >P5 (tre%entose sessenta dias), de um sistema eletrUnico de limitaão davelocidade de veículos automotores, de bai<o custo, a fm deredu%ir o n!mero de acidentes com vítimas nas estradasestaduais.

+rritado, o Deputado H@I, da oposião, "uando procurado por

 7ornalistas, afrmou "ue estava envergonhado da"uele dia,pois a lei aprovada era Huma piada, uma palhaada, ridículaI,protegia os empres&rios, e não a populaão e s# poderia ter,como origem, um Deputado associado a grupos interessadosno mercado de peas automotivas.

1onsiderando o e<posto, responda undamentadamente, aositens a seguir.

A) 6 Deputado H@I pode ser responsabili%ado pelas oensas

proeridas durante a entrevistaO (2alor3 5,E4):) N v&lida a lei estadual "ue impUs a obrigatoriedade de instalaão desistema de controle de velocidade de veículos automotoresO (2alor3 5,L5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) A resposta é negativa. A 1onstituião assegura aosDeputados e enadores, em seu Art. 4>, a inviolabilidade, civile penal, por suas opinies, palavras e votos. rata;se da

chamada imunidade material. $ssa inviolabilidade, ouimunidade material também abrange, sob seu manto

Page 20: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 20/75

protetor, as entrevistas 7ornalísticas e as declaraes eitasaos meios de comunicaão social, uma ve% "ue taismaniestaes desde "ue vinculadas ao desempenho domandato se "ualifcam como natural pro7eão do e<ercício

das atividades parlamentares. Qesse sentido é a 7urisprudência consolidada do upremo ribunal 9ederal. @oressa ra%ão, H@I não pode ser responsabili%ado pelas oensasproeridas a outro Deputado durante a entrevista.

:) A resposta é negativa. A 1onstituião estabelece umsistema de repartião de competências legislativas, atribuindoprivativamente * Snião legislar sobre tr-nsito e transportes(Art. '', K+).

Qesse sentido, não se admite aos $stados a edião de lei "uedisponha sobre a adoão de mecanismos ou sistemaseletrUnicos de controle da velocidade de veículosautomotores, por constituir invasão de tema reservado *competência privativa da Snião. Qesse sentido 7& semaniestou o upremo ribunal 9ederal, em reiteradasocasies.

XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO (201.2)

FGV - Prova aplia!a "# 0$10$201

P"&a Pro'iioal 

9&bio é universit&rio, domiciliado no $stado ] e pretendeingressar no ensino superior através de nota obtida pelo$<ame Qacional, organi%ado pelo Ministério da $ducaão.Ap#s a divulgaão dos resultados, 9&bio é surpreendido comseu bai<o desempenho nas "uestes discursivas, a

transparecer "ue não corrigiram ade"uadamente sua prova,ou dei<aram de lanar ou somar as notas das "uestes, o "ueinviabili%a seu ingresso na entidade preerida.

Qão h& previsão de vista de prova e nem de recursoadministrativo no edital, sendo certo "ue e<iste agentep!blico do Ministério da $ducaão respons&vel pelo e<ameem cada estado da ederaão, denominado de 1oordenador$stadual do $<ame Qacional, sediado na capital.

Page 21: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 21/75

9&bio re"uereu vista de prova e revisão da mesma ao1oordenador $stadual do $<ame Qacional, tendo o seu pedidosido indeerido, por ausência de previsão editalícia.

+nconormado, 9&bio contrata advogado "ue impetra mandado

de segurana, ob7etivando ter vista da prova, tendo a liminarsido indeerida, sem interposião de recurso. Ap#s trinta diasde tramitaão, surge sentena "ue 7ulga improcedente opedido, confrmando a legalidade da recusa de acesso * provapor alta de previsão no edital. A decisão restou clara, sem"ual"uer vício de omissão, contradião ou obscuridade. 9oramopostos embargos de declaraão, os "uais oram re7eitados.9&bio, por meio do seu advogado, apresenta o recursopertinente.

0edi7a a pea recursal cabível ao tema.

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua. (2alor34,5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A aão proposta oi o Mandado de egurana regulado pelaei n. 8'.58PF5? e prevista no Art. 4C, K+K, da 19 (1onceder;

se;& mandado de segurana para proteger direito lí"uido ecerto, não amparado por Whabeas;corpusW ou Whabeas;dataW,"uando o respons&vel pela ilegalidade ou abuso de poder orautoridade p!blica ou agente de pessoa 7urídica no e<ercíciode atribuies do @oder @!blico) .

6 impetrante oi 9&bio e o impetrado, o 1oordenador $stadualdo $<ame Qacional, autoridade coatora.

endo o pedido 7ulgado improcedente por sentena, o recurso

cabível é o de apelaão (M, Art. 8L. Da sentena,denegando ou concedendo o mandado, cabe apelaão. G 8C1oncedida a segurana, a sentena estar& su7eitaobrigatoriamente ao duplo grau de 7urisdião.G 'C $stende;se* autoridade coatora o direito de recorrer.).

6 recorrente ser& 9&bio e o recorrido, a autoridade co;atora.

6s undamentos do recurso de apelaão serão os mesmodedu%idos na aão. 3

Page 22: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 22/75

a) principio da legalidade (190:, Art. 4C, ++ ; ninguém ser&obrigado a a%er ou dei<ar de a%er alguma coisa senão emvirtude de lei.)=

b) principio da publicidade (190:, Art. >B, caput ) =

c) direito de petião (190:, Art. 4C, KKK+2 ).

A petião é dirigida ao Juí%o da sentena. Assim, tendo emvista "ue a autoridade coatora é ederal, a petião é dirigidaao Juí%o 9ederal vinculado * eão Judici&ria do $stado ] paraencaminhamento a inst-ncia de revisão, no caso o ribunal0egional 9ederal.

As ra%es recursais são dirigidas ao ribunal 0egional 9ederal.

6 recurso deve conter a postulaão de reorma da sentenacom a procedência do pedido.

Qo caso de mandado de segurana, não e<iste condenaão em honor&rios enem em custas, consoante determinaão legal e 7urisprudência assente.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

Determinado $stado;membro aprovou uma lei "ue incluiu adisciplina de ormaão para o tr-nsito nos currículos do 8C edo 'C graus de ensino da rede p!blica estadual.

A esse respeito, responda aos itens a seguir, utili%ando osargumentos 7urídicos apropriados e a undamentaão legalpertinente ao caso.

A) Analise a constitucionalidade dessa lei estadual. (2alor3

5,P4):) 6 overnador de outro $stado pode a7ui%ar AD+ ou AD@9contra esta leiO @or "ual (is) motivo (s)O (2alor3 5,P5)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 candidato dever&, na essência, observar "uanto *s

perguntas, o seguinte3

Page 23: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 23/75

A) A lei é constitucional, pois o Art. 'L, +K, atribui competênciaconcorrente * Snião, aos $stados e ao Distrito 9ederal paralegislar sobre educaão, cultura, ensino e desporto. $sta leitrata de educaão no tr-nsito e não sobre tr-nsito e

transporte, "ue seria de competência privativa da Snião9ederal (Art. '', K+, 109:). Qeste sentido, 7& se pronunciou o9, ao 7ulgar a AD+ 8??8FD9 (0el. Ministro $ros rau, ribunal@leno, un-nime, 7. 5>.88.'55L).

:) Qão, uma ve% "ue, de acordo com a 7urisprudência do 9,o overnador do $stado é legitimado especial, o "ue signifca"ue s# pode a7ui%ar a aão se demonstrar a e<istência depertinência tem&tica entre o interesse do $stado e o ob7eto daaão, o "ue não ocorre no caso concreto.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

Morales, de nacionalidade cubana, participante de realit^sho_ produ%ido e divulgado por emissora de televisãobrasileira, alega "ue teve o seu direito undamental *intimidade violado, ao serem amplamente divulgadasimagens suas em ato de convulsão, decorrentes de disunãoepilética "ue possui. Assim, ap#s sua saída do programa,ingressa com demanda em ace da emissora de televisão.

1onsiderando o ato acima descrito, respondaundamentadamente3

A) N possível invocar um direito undamental, previsto na1onstituião, em uma demanda movida contra um particularO(2alor3 5,P4)

:) eria correto o argumento, posto em sede de deesa, "ue a normaconstitucional "ue resguarda o direito * intimidade não pode ser invocado,tendo em vista a ausência de lei disciplinando o dispositivo constitucionalO(2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 ob7etivo da "uestão é verifcar se o candidato temconhecimento das características dos direitos undamentais,bem como das teorias acerca de sua aplicaão.

Page 24: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 24/75

A) Deve ser respondido "ue é possível a demanda, e<plicandoo "ue vem a ser efc&cia hori%ontal dos direitos undamentais,bem como esclarecendo "ue esta efc&cia hori%ontal decorreda dimensão ob7etiva dos direitos undamentais.

:) Qão é correto o argumento da deesa. 6s direitos individuais, nos termosdo Art. 4`, G 8`, da 1onstituião 9ederal, têm aplicabilidade imediata,prescindindo de edião de norma regulamentadora, salvo "uando a pr#pria1onstituião assim o e<igir e<pressamente.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

6 partido político HKI move, perante o upremo ribunal

9ederal, aão direta de inconstitucionalidade contra a lei do$stado HVI, "ue dispe sobre licitaes e contratosadministrativos no -mbito da"uele $stado ederado, paraatender *s suas peculiaridades, sem arontar normas geraispree<istentes.

6 partido alega "ue a reerida lei estadual é inconstitucional,uma ve% "ue a competência privativa para legislar sobre amatéria é da Snião, conorme o Art. '', KK2++ da 1onstituiãoda 0ep!blica.

@arecer da @rocuradoria;eral da 0ep!blica opina no sentidodo não conhecimento da aão, uma ve% "ue o partido políticoHKI possui em seus "uadros apenas seis Deputados 9ederais,mas nenhum enador, não sendo dessa maneira legitimado amover a reerida aão direta.

Além disso, não estaria demonstrado na inicial o re"uisito dapertinência tem&tica.

A partir da hip#tese apresentada, responda 7ustifcadamenteaos "uestionamentos a seguir, empregando os argumentos 7urídicos apropriados e apresentando a undamentaão legalpertinente ao caso.

A) N caso de se acolher o parecer da @rocuradoria;eral da0ep!blica no sentido do não conhecimento da aãoO (2alor35,P4)

:) uanto ao undamento de mérito apresentado, tem ra%ão opartido político ao "uestionar a constitucionalidade da normaimpugnadaO (2alor3 5,P5)

Page 25: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 25/75

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 candidato dever&, na essência, observar "uanto *sperguntas, o seguinte3

A) Qão. A aão deve ser conhecida, uma ve% "ue o partidopolítico possui representaão no 1ongresso Qacional,conorme Art. 85>, 2+++, da 1onstituião 9ederal, 7& "ue bastapossuir representante em apenas uma das casas do1ongresso Qacional para "ue o partido político tenharepresentaão no 1ongresso, não sendo necess&rio "uepossua representantes nas duas casas legislativas. Além do

mais, o partido político é legitimado universal e não precisacumprir o re"uisito da pertinência tem&tica.

:) Qão. uanto ao mérito, não tem ra%ão o partido político no seu pleito,sendo caso de improcedência da aão, uma ve% "ue a competênciaprivativa da Snião do Art. '', KK2++, da 1onstituião 9ederal se reere anormas gerais, tendo os estados ederados competência para legislar sobreo tema para atender *s suas peculiaridades, desde "ue não ha7a aronta *snormas gerais editadas pela Snião.

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

ei do Município VV, de iniciativa da 1-mara de 2ereadores,estipulou novo plano de carreira para a categoria deproessores municipais, impondo remuneraes escalonadas,f<ando pisos mínimos e vinculando a remuneraão global aopercebido por servidores do @oder egislativo local.

1om base no caso proposto, responda aos itens a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso.

A) 6bservadas as regras constitucionais, h& vício na reeridaleiO (2alor3 5,P4)

:) A vinculaão de remuneraes entre @oderes é acolhida note<to constitucionalO (2alor3 5,P5)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Page 26: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 26/75

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 candidato dever&, na essência, observar "uanto *sperguntas, o seguinte3

A) im, h& vício de iniciativa. 1onsoante o Art. P8, G 8C, ++,letras a) e c), da 1onstituião 9ederal, "ue atribui ao 1hee do@oder $<ecutivo a iniciativa "uanto ao tema servidoresp!blicos, norma "ue, por simetria, deve ser observada pelos$stados e Municípios.

:) Qão, pois do art. >B, K+++, da 1onstituião 9ederal veda ae"uiparaão ou vinculaão remunerat#ria de "ual"uerespécie.

X EXAME DE ORDEM UNIFICADO (201.1)FGV - Prova aplia!a "# 1$0$201

P"&a Pro'iioal 

6 ribunal de Justia do $stado J 7ulgou improcedente aãodireta de inconstitucionalidade proposta pelo @reeito domunicípio , tendo o ac#rdão declarado constitucional normada lei org-nica municipal "ue dispUs "ue o @reeito e o 2ice;

@reeito não poderiam ausentar;se do país, por "ual"uerperíodo sem autori%aão da 1-mara Municipal. Qo pra%orecursal oram oertados embargos declarat#rios, improvidos.

1ontratado como advogado pelo @reeito do Município, ap#s a decisãoproerida nos embargos declarat#rios, apresente a pea cabível.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 tema apresentado di% respeito * aplicaão do princípio dasimetria aos aastamentos determinados por legislaãomunicipal, tendo em vista as regras constitucionaispertinentes ao @residente da 0ep!blica.

Do ac#rdão prolatado pelo ribunal de Justia em 7ulgamentode aão direta de inconstitucionalidade de lei municipal, caberecurso e<traordin&rio, por "uebra do principio da simetriaconstitucional ao upremo ribunal 9ederal.

Aplic&vel ao caso as regras do Art. '?, caput (Art. '?. 6Município reger;se;& por lei org-nica, votada em dois turnos,

Page 27: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 27/75

com o interstício mínimo de de% dias, e aprovada por doisteros dos membros da 1-mara Municipal, "ue a promulgar&,atendidos os princípios estabelecidos nesta 1onstituião, na1onstituião do respectivo $stado e os seguintes preceitos3..),

do Art. L?, +++ (Art. L?. N competência e<clusiva do 1ongressoQacional.. +++ ; autori%ar o @residente e o 2ice;@residente da0ep!blica a se ausentarem do @aís, "uando a ausênciae<ceder a "uin%e dias=..) e do Art. E> (Art. E>. 6 @residente e o2ice;@residente da 0ep!blica não poderão, sem licena do1ongresso Qacional, ausentar;se do @aís por período superiora "uin%e dias, sob pena de perda do cargo.), da 109:.

6 9 7& estabeleceu nesses casos3 H$M$QA3 $02+D60@:+16. @reeito municipal. Ausência do país.

Qecessidade de licena prévia da 1-mara Municipal, "ual"uer"ue se7a o período de aastamento, sob pena de perda docargo. +nadmissibilidade. 6ensa ao Art. L?, +++, e ao Art. E>,cc. Art. '?, caput, da 19. Qormas de observ-ncia obrigat#riapelos estados e municípios. @rincípio da simetria. Aão 7ulgadaprocedente para pron!ncia de inconstitucionalidade de normada lei org-nica. N inconstitucional o G !nico do Art. ?? da ei6rg-nica do Município de :etim, "ue não autori%a o @reeito aausentar;se do país, por "ual"uer período, sem prévia licena

da 1-mara Municipal, sob pena de perda do cargo.I (0$>8B.4BLFM)

6 0ecurso $<traordin&rio é previsto no Art. 85' da 190: e nosartigos 4L8F4LP do 1@1. Qo caso, aplic&vel a regra do Art.85', +++, HaI eFou HcI).

A petião deve ser dirigida ao @residente do ribunal de Justia (1@1, art. 4L8), a "uem cabe o 7uí%o deadmissibilidade.

As ra%es devem ser dirigidas ao upremo ribunal 9ederal.

/& necessidade de pré"uestionamento da "uestãoconstitucional, o "ue oi preenchido ve% "ue na origem a aãopugnava a inconstitucionalidade da norma.

/& repercussão geral, ve% "ue o tema é passível de serespraiado por todas as leis org-nicas.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$

Page 28: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 28/75

+tem 8 @etião de interposião dorecurso endereada ao J do $stado HJI

*+**,*+-*

+tem ' 0a%es endereadas ao 9 *+**,*+-*+tem > 0ecorrente @reeito do

Município HI (5,'4)Frecorrida 1-mara Municipal (5,'4)

*+**,*+2-,*+-*

+tem L 1abimento do 0$ (109:, Art.85', +++, HaI eFou HcI) (5,'4)

*+**,*+2-

+tem 4 0epercussão geral *+**,*+-*+tem P @re"uestionamento *+**,*+-*+tem B 9undamentaão; Menão aoprincipio da simetria ou norma deobserv-ncia obrigat#ria (5,45) 109:,Art. '?, caput (5,45). 109:, Art. L?, +++6S 109:, Art. E> (5,45).

*+**,*+-*,.+**,.+-*

+tem E @edido de provimento dorecurso (especifcaão)

*+**,*+/-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

Determinado Ministério apresentou desempenho considerado

insufciente pela imprensa e pela opinião p!blica, havendosério "uestionamento "uanto aos gastos p!blicos destinadospara a sua manutenão.

Dessa orma, um enador pelo $stado V apresentou umpro7eto de lei no sentido de e<tinguir este Ministério. alpro7eto oi votado em plen&rio em um dia em "ue >' (trinta edois) dos E8 (oitenta e um) senadores estavam presentes,sendo aprovado pelo voto da maioria dos presentes eencaminhado * 1-mara dos Deputados.

1ontando com orte apoio popular, a proposta legislativa oiaprovada pela maioria absoluta dos deputados ederais eencaminhada ao @residente da 0ep!blica, "ue a sancionoudo%e dias !teis depois de tê;la recebido, determinando suaimediata publicaão no Di&rio 6fcial da Snião.

Sma semana ap#s a publicaão da lei na imprensa ofcial, a16QAM@ (Associaão Qacional dos Membros do Ministério@!blico) a7ui%ou uma aão declarat#ria de constitucionalidade

em "ue pleiteava a declaraão de conormidade da novanorma legal com a 1onstituião.

Page 29: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 29/75

0esponda 7ustifcadamente aos "uestionamentos a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados eapresentando a undamentaão legal pertinente ao caso.

A) /& algum vício "ue ulmine a constitucionalidade da norma

em "uestãoO (2alor3 5,E5)

:) A 16QAM@ poderia ter a7ui%ado a aão declarat#ria deconstitucionalidadeO (2alor3 5,L4)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A. A norma possui vícios a ulminar a sua constitucionalidade.@ro7eto de lei para e<tinguir Ministério é de iniciativa privativado @residente da 0ep!blica (Art. P8, G 8`, ++, HeI da1onstituião), havendo, portanto, vício de iniciativa, 7& "ue omesmo não poderia ter sido apresentado por um senador./ouve ainda vício na votaão do pro7eto no enado 9ederal,eis "ue o Art. LB da 1onstituião e<ige a presena de maioriaabsoluta dos membros da 1asa egislativa para a votaão deum pro7eto de lei, ou se7a, no caso, seria necess&ria apresena de ao menos L8 senadores para reali%ar a votaão.

:. Apesar de legitimada pelo Art. 85>, +K da 1onstituião, a16QAM@ não poderia ter apresentado a aão declarat#ria deconstitucionalidade no caso em an&lise, pois ausente ore"uisito da pertinência tem&tica "ue deve obedecer,consoante 7urisprudência pacífca do upremo ribunal9ederal. Além do mais, tendo proposta a aão apenas umasemana ap#s a publicaão da lei, não oi seguido o re"uisitoda controvérsia 7udicial relevante, e<igido pelo Art. 8L, +++ daei n. ?.EPEF??.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) 6 pro7eto era de iniciativaprivativa do @residente da0ep!blica (5,'5). Aplicaão do Art.P8, G 8`, ++, HeI da 1onstituião(5,'5).

*+**,*+2*,*+0*

N necess&ria ao menos a presenada maioria absoluta dos membros

*+**,*+2*,*+0*

Page 30: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 30/75

da 1asa egislativa para a votaãodo pro7eto de lei (5,'5), conormeArt. LB da 1onstituião 9ederal(5,'5).

:) /& ausência de pertinênciatem&tica para a7ui%ar a aão(5,'4). Qão oi obedecido ore"uisito da controvérsia 7udicialrelevante (5,85).+ncidência do Art. 8L, +++ da ei n.?.EPEF?? (5,85)6bs. 3 A simples citaão da lei nãopontua.

*+**,*+.*,*+2*,*+2-,*+1-,*+0-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

ei do $stado HVI, editada em abril de '58', com base no Art.'84, G 8` da 1onstituião da 0ep!blica, regulamenta achamada rinha de galo, pr&tica popular onde dois galos seenrentam em lutas e espectadores apostam no galo "ueacreditam ser o vencedor.

1omumente, os dois galos saem com muitos erimentos dacontenda, e não raras ve%es algum animal morre ou ad"uirese"uelas permanentes "ue recomendam seu abate imediato.

A Associaão 1omercial do $stado HVI a7uí%a aão direta deinconstitucionalidade no upremo ribunal 9ederal em "uepleiteia a declaraão de inconstitucionalidade da reerida leiestadual.

$m deesa da norma, parlamentar "ue votou pela suaaprovaão, di%, em entrevista a uma r&dio local, "ue a pr&ticada conhecida briga de galos é comum em v&rias localidadesrurais do $stado HVI, ocorrendo h& v&rias geraes. Além domais, animais, especialmente aves, são abatidos diariamentepara servir de alimento, o "ue não ocorreria com as avesdestinadas para as rinhas.

0esponda 7ustifcadamente aos "uestionamentos a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados e

apresentando a undamentaão legal pertinente ao caso.

Page 31: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 31/75

A) uanto ao mérito do pedido, é cabível a declaraão deinconstitucionalidade da lei do $stado HVI, "ue regulamenta achamada rinha de galoO (2alor3 5,P4)

:) /& regularidade na legitimidade ativa da aãoO (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A. im. $m "ue pese a 1onstituião dispor "ue o $stadoproteger& as maniestaes das culturas populares, h& normae<pressa "ue proíbe pr&ticas "ue submetam os animais acrueldade. 6 caso é de aplicaão do Art. ''4, G 8`, 2++ da1onstituião da 0ep!blica. @elo princípio da unidade da1onstituião eFou o princípio da especialidade, não é possível"ue o $stado prote7a maniestaes culturais "ue submetamanimais * crueldade. @recedentes do 93 AD+ >BBP, AD+ 8E4Pe AD+ '48L.

:. Qão. 6 Art. 85>, +K, da 1onstituião (reprodu%ido no Art. 'C,+K, da ei ?EPEF??) e<ige "ue a entidade de classe tenha-mbito nacional para a7ui%ar AD+, o "ue não se deu nopresente caso, uma ve% "ue a Associaão 1omercial do$stado HVI é entidade de classe de -mbito estadual.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) im. +ncidência do Art. ''4, G 8`, 2++ da1onstituião (5,L5). @elos princípios daunidade da 1onstituião 6S daespecialidade não se pode ter umamaniestaão cultural "ue submeta osanimais * crueldade (5,'4).

*+**,*+2-,*+0*,*+-

:) Qão. A Associaão 1omercial do $stadoHVI não é entidade de classe de -mbitonacional (5,>5), como e<ige o Art. 85>, +Kda 109: 6S Art. 'C, +K da ei ?EPEF??(5,>5).

*+**,*+1*,*+*

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

@roposta de emenda * 1onstituião é apresentada por cercade 85 (de% por cento) dos Deputados 9ederais, cu7o teor é

Page 32: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 32/75

criar novo dispositivo constitucional "ue determine asubmissão de todas as decises do upremo ribunal 9ederal,no controle abstrato de normas, ao crivo do 1ongressoQacional, de modo "ue a decisão do ribunal somente

produ%iria eeitos ap#s a aprovaão da maioria absoluta dosmembros do 1ongresso Qacional em sessão unicameral.

A proposta é discutida e votada nas duas casas do 1ongressoQacional, onde recebe a aprovaão da maioria absoluta dosDeputados e enadores nos dois turnos de votaão.$ncaminhada para o @residente da 0ep!blica, este resolvesancionar a proposta, publicando a nova emenda no Di&rio6fcial.

1inco dias ap#s a publicaão da emenda constitucional, aMesa da 1-mara dos Deputados apresenta perante oupremo ribunal 9ederal aão declarat#ria deconstitucionalidade em "ue pede a declaraão deconstitucionalidade desta emenda com efc&cia erga omnes eeeito vinculante.

A partir da hip#tese apresentada, responda 7ustifcadamenteaos "uestionamentos a seguir, empregando os argumentos

 7urídicos apropriados e apresentando a undamentaão legal

pertinente ao caso.A) /& inconstitucionalidades materiais ou ormais na emendaem "uestãoO (2alor3 8,55)

:) A aão declarat#ria de constitucionalidade poderia serconhecida pelo upremo ribunal 9ederalO (2alor3 5,'4)

A simples menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) /& diversas inconstitucionalidades ormais. +nicialmente a@$1 não poderia ser apresentada por 85 (de% por cento) dosDeputados 9ederais, 7& "ue, segundo o Art. P5, + da1onstituião, esta s# pode ser emendada por proposta de, nomínimo, um tero dos membros da 1-mara dos Deputados. Aproposta deveria ser aprovada por três "uintos dos membrosde cada casa do 1ongresso Qacional (Art. P5, G 'C da1onstituião) e não pela maioria absoluta dos Deputados e

enadores. @or fm, não cabe sanão ou veto de proposta deemenda * 1onstituião, pois, conorme Art. P5, G >C da

Page 33: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 33/75

1onstituião, as emendas deverão ser promulgadas pelasMesas da 1-mara e do enado.

Materialmente também h& inconstitucionalidade, uma ve% "ueo teor da proposta, ao submeter todas as decises do 9, no

controle abstrato, ao crivo do 1ongresso Qacional, éatentat#rio contra a cl&usula pétrea da separaão dospoderes (Art. P5, G LC, +++ da 1onstituião), pois esta cl&usulapressupe um sistema de reios e contrapesos, com controle evigil-ncia dos poderes constituídos entre si, sendo a emendatendente a abolir tal cl&usula.

:) Qão. A aão não poderia ser conhecida pelo upremo ribunal 9ederal por ausência do re"uisito legal da e<istênciade controvérsia 7udicial relevante (Art. 8L, +++ da ei n.?.EPEF8???), 7& "ue não houve tempo h&bil para "ue o

 Judici&rio "uestionasse a norma ob7eto da reerida aão.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A.8. A @$1 não oi apresentada por, nomínimo, um tero dos membros da 1-marados Deputados (5,84). Art. P5, + da1onstituião (5,85)

*+**,*+.-,*+2-

A.'. A @$1 não oi aprovada por, ao menos,três "uintos dos membros de cada casa do1ongresso (5,84). Art. P5, G 'C, da1onstituião (5,85)

*+**,*+.-,*+2-

A.>. Qão cabe ao @residente da 0ep!blicasancionar ou vetar uma @$1 (5,84). Art. P5,G >C, da 1onstituião (5,85)

*+**,*+.-,*+2-

A.L. A @$1 viola a separaão dos poderespor su7eitar as decises do upremo ao

crivo do @oder egislativo (5,84). Art. P5, GLC, +++, da 1onstituião (5,85)

*+**,*+.-,*+2-

:. Qão, 7& "ue não h& o re"uisito dacontrovérsia 7udicial relevante (5,84). Art.8L, +++, da ei ?.EPEF8??? (5,85)

*+**,*+.-,*+2-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

Page 34: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 34/75

6 $stado , sem motivo de ora maior, não repassa aosmunicípios receitas tributarias determinadas pela 1onstituião9ederal, nos pra%os nela determinados. 6 Município JJnecessita dos recursos para reali%ar os servios b&sicos de

atendimento * populaão.Diante do narrado, responda aos itens a seguir.

A) uais as conse"uências do não repasse das verbasreeridasO (2alor3 5,45)

:) uais os procedimentos e<igidos pela 1onstituião nessecasoO (2alor3 5,B4)

6 e<aminando deve undamentar corretamente sua resposta. A simples

menão ou transcrião do dispositivo legal não pontua.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A) Qos termos do Art. >L, 2, b) da 190:. ( Art. >L. A Snião nãointervir& nos $stados nem no Distrito 9ederal, e<ceto para3... 2; reorgani%ar as fnanas da unidade da 9ederaão "ue3 a)suspender o pagamento da dívida undada por mais de doisanos consecutivos, salvo motivo de ora maior= b) dei<ar de

entregar aos Municípios receitas tribut&rias f<adas nesta1onstituião, dentro dos pra%os estabelecidos em lei=). rata;se de intervenão para deesa das fnanas estaduais.

:) 6 ato de intervenão ser& ormali%ado por decreto do @oder$<ecutivo (190:, Art. >P ). Qo caso em tela depender& apenasda constataão dos atos, ou se7a, do não repasse. /aver& anomeaão de um interventor, pois se trata de intervenão no$<ecutivo. er& o decreto submetido ao 1ongresso Qacional"ue, se em recesso, sorer& convocaão e<traordin&ria (190:,

Art. >P, GG 8C e 'C). 6 ato pode ser reali%ado e< oXcio pelo@residente da 0ep!blica ou decorrer de comunicaão domunicípio. Deverão ser ouvidos o 1onselho da 0ep!blica (Art.?5, +, da 109:) e o 1onselho de Deesa Qacional (Art.?8, G 8C,++, da 109:).

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A. +ntervenão da Snião nos $stados (5,'4).

Art. >L, 2, IbI, da 109: (5,'4)

*+**,*+2-,*+-*

:8. Decreto do @residente (190:, Art. >P) *+**,*+.-,*+1*,

Page 35: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 35/75

(5,84). ubmissão ao 1ongresso (190:, Art.>P) (5,84).1onvocaão e<traordin&ria (5,84)

*+0-

:'. 1onselho da 0ep!blica (Art. ?5, +, da

109:) (5,84) e o 1onselho de DeesaQacional (Art.?8, G 8C, ++, da 109:) (5,84).

*+**,*+.-,*+1*

IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2012.)

FGV - Prova aplia!a "# 24$02$201

P"&a Pro'iioal 

 José, brasileiro, desempregado, domiciliado no Município HA:1I,capital do $stado HKI, chegou a um hospital municipal "ue não possui1entro de ratamento +ntensivo (1+) sentindo ortes dores decabea. José aguardou atendimento na fla da emergência peloperíodo de 8' (do%e) horas, durante o "ual oi tratado de orma&spera e ve<at#ria pelos servidores do hospital, "ue, entre outroscomportamentos aviltantes, debocharam do ato de José estar de péh& tanto tempo esperando atendimento. Ap#s tamanha espera esorimento, o "uadro de sa!de de José agravou;se e ele entrou emestado de incapacidade absoluta, sem poder locomover;se e semautodeterminaão, momento no "ual, enfm, um médico do hospitalveio atendê;lo.

Adamastor, também desempregado, pai de José, revela "ue, segundolaudo do médico respons&vel, seu flho necessita urgentemente serremovido para um hospital "ue possua 1+, pois José corre risco desorer danos irreversíveis * sua sa!de e, inclusive, o de morrer.+norma ainda "ue o médico mencionou a e<istência de hospitaismunicipais, estaduais e ederais nas pro<imidades de onde José seencontra internado, todos possuidores de 1+.

6corre "ue José e Adamastor são economicamente hipossufcientes,

de modo "ue não possuem condies fnanceiras de arcar com aremoão para outro hospital p!blico, nem de custear a internaão emhospital particular, sem pre7uí%o do sustento pr#prio ou da amília.

+ndignado com todo o ocorrido, e ansioso para preservar a sa!de deseu flho, Adamastor o procura para, na "ualidade de advogado,identifcar e minutar a medida 7udicial ade"uada * tutela dos direitosde José em ace de todos os entes "ue possuem hospitais pr#<imosao local onde José se encontra e "ue se7a levado em consideraão otratamento hostil por ele recebido no hospital municipal. 3Valor4 -+*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 36: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 36/75

A pea a ser elaborada consiste em uma aão condenat#ria compedidos de obrigaão de a%er e de indeni%ar.

Qão cabe mandado de segurana pelas seguintes ra%es3

8) N invi&vel a postulaão de perdas e danos.

') +ne<istem autoridades coatoras no enunciado.

>) /averia necessidade de produão de provas testemunhal e pericialpara aerião dos danos e do risco de vida.

 endo em vista o pedido no sentido de obter remoão e internaãoem hospitais municipais, estaduais ou ederais pr#<imos, devemintegrar o polo passivo o Município A:1, o $stado HKI e a Snião. ogo,o 7uí%o competente para processar e 7ulgar a demanda ser& uma das

varas ederais da seão 7udici&ria de HKI.N importante "ue o e<aminando desta"ue "ue o autor da aão é José,o "ual é representado por seu pai, tendo em vista sua moment-neaincapacidade absoluta.

6 pedido de obrigaão de a%er reere;se * remoão de José parahospital "ue possua 1+, a correspondente internaão e oornecimento de tratamento ade"uado, em hospital municipal,estadual ou ederal, tendo em vista a solidariedade dos entesederativos na prestaão de servios de sa!de, com base no Art. 8?P,

da 1onstituião da 0ep!blica.Diante da e<trema urgência do caso, e da possibilidade de danoirreversível, o e<aminando dever& pleitear a antecipaão de tutela,para "ue se7a reali%ada a imediata internaão do autor.

6 pedido de indeni%aão (e<clusivamente em ace do Município)reere;se aos danos morais soridos por José em decorrência daconduta ilícita praticada pelos servidores municipais "ue trabalhamno hospital municipal, com ulcro no G PC, do Art. >B, da 1onstituiãoda 0ep!blica.

6 enunciado dei<a claro "ue o pai de José procura advogado com ointuito de obter não apenas a remoão de seu flho, mas a reparaãopor danos morais soridos no hospital municipal.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$$ndereamento da petião inicial32ara ederal da seão 7udici&ria de HKI

*+**,*+.*

ualifcaão das partes3 (5,'5 paracada item)

 José F representado por Adamastor FMunicípio A:1 F $stado HKI F Snião.

**+**,*+2*,*+0*,*+*,*+6*,.

+**

Page 37: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 37/75

@edido de gratuidade de 7ustia3preenchimento dos re"uisitos contidosno Art. LC, da ei n. 8.5P5F45.

*+** , *+.*

9undamentaão para a pretensão deobrigaão de a%er3

8. Direito * internaão e aoornecimento de tratamento de sa!deade"uado, com base no Art. 8?P, da1onstituião da 0ep!blica (8,5)='. @leito de reconhecimento desolidariedade entre o Município, o$stado e a Snião (5,45)=

*+**,*+-*,.+**,.+-*

9undamentaão para a pretensão deobrigaão de a%er3 ('T parte)>. Direito * reparaão por danosmorais em ace do Município3>.8. Demonstraão da conduta ilícita,ne<o causal e resultado danoso (5,'4)=e>.'. 9undamentaão com base nateoria do risco administrativo, comresponsabilidade ob7etiva, e no G PC doArt. >B da 1onstituião da 0ep!blica(5,'4).

*+**,*+2-,*+-*

@edido de antecipaão de tutela3 Art.'B>, do 1@1. 2erossimilhana das

alegaes e periculum in mora.Demonstraão concreta de aparênciado bom direito e de perigo na demorada prestaão 7urisdicional. A alusãomeramente abstrata aos re"uisitos daantecipaão de tutela não merecepontuaão.

*+**,*+-*

@edidos (5,'5 para cada item)38. 0e"uerimento para citaão doMunicípio e do $stado e da Snião='. @rocedência do pedido paracondenar a Snião, o $stado e oMunicípio a promoverem a internaãodo autor em 1+=>. @leito de f<aão de multa em casode descumprimento da determinaãode internaão=L. @rocedência do pedido decondenaão do Município A:1 *reparaão dos danos morais soridospelo autor=

4. 0e"uerimento para produão deprovas=

*+**,*+2*,*+0*,*+*,*+6*,.+**,.+2*

Page 38: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 38/75

P. 1ondenaão em honor&riossucumbenciais.Atribuião de valor * causa *+** , *+.*

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

 José, em um evento de conraterni%aão na empresa em "ue trabalha,ouviu de 0oberto, alterado pela ingestão de bebida alco#lica, "ue estedetinha um cargo em comissão no ribunal de 1ontas da Snião, ao"ual nunca comparecera, e<ceto para a retirada do contrache"ue, aofnal de cada mês.

 José se dirige, no dia seguinte, ao ribunal de 1ontas da Snião esolicita c#pia dos assentamentos uncionais relativos a 0oberto, a fmde instruir uma aão 7udicial.

6 pedido administrativo oi dirigido ao Ministro @residente da"uela1orte de 1ontas, "ue resolveu neg&;lo.

1onsternado, José impetrou /abeas Data em ace do @residente do ribunal de 1ontas da Snião.

1onsiderando a situaão acima descrita, responda 7ustifcadamente

aos itens a seguir.

A) ual o Juí%o ou ribunal competente para 7ulgamento do /abeasData impetrado por JoséO 3Valor4 *+0*5 

:) 6 dispositivo de lei "ue e<ige, para impetraão do /abeas Data,demonstraão da recusa ao acesso *s inormaes, * lu% do princípioda inaastabilidade de 7urisdião, é constitucionalO 3Valor4 *+0*5 

1) A pretensão de José, nesse caso, pode ser veiculada por /abeasDataO 3Valor4 *+0-5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A "uestão trata do /abeas Data, remédio constitucional destinado aassegurar o conhecimento de inormaes relativas * pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de car&ter p!blico, nos termos do Art. 4C, KK++,da 1onstituião da 0ep!blica.

A. 6 e<aminando deve destacar a competência do upremo ribunal9ederal, conorme previsão e<pressa do Art. 85', +, HdI da1onstituião da 0ep!blica.

Page 39: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 39/75

:. A prova do anterior indeerimento do pedido de inormaão dedados pessoais, ou da omissão em atendê;lo, constitui re"uisitoindispens&vel para "ue se concreti%e o interesse de agir no /abeasData. em "ue se confgure situaão prévia de pretensão resistida, h&carência da aão constitucional do /abeas Data. $sse é o

entendimento de longa data consagrado pelo upremo ribunal9ederal (0/D '', 0el. pF o ac. Min. 1elso de Mello, 7ulgamento em 8?;?;8??8, @len&rio, DJ de 8C;?;8??4) e pelo uperior ribunal de Justia(!mula '). $sse entendimento restou positivado no Art. EC, G !nico,da ei n. ?.45BF8??B e vem sendo reafrmado, sempre, pelo 9.(Qesse sentido3 /D EB;Ag0, 0el. Min. 1armen !cia, 7ulgamento em'4;88;'55?, @len&rio, DJ$ de 4;';'585).

1. A pretensão de José não é amparada por /abeas Data, pois oremédio não se presta para solicitar inormaes relativas a terceiros,nos termos da alínea HaI do inciso KK++, do Art. 4C, da 109:. ua

impetraão deve ter por ob7etivo Hassegurar o conhecimento deinormaes relativas * pessoa do impetrante.I (Qesse sentido, ainda, 7urisprudência 93 /D EB;Ag0, 0el. Min. 1armen !cia, 7ulgamentoem '4;88;'55?, @len&rio, DJ$ de 4;';'585).

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) 6 9, na orma do Art. 85', +, HdI da 109: *+*,*+0*:) im. 6 re"uisito confgura concreti%aão dointeresse de agir para a propositura de uma

demanda (5,'5), conorme 7urisprudência doupremo ribunal 9ederal (5,'5).

*+*,*+2*,*+0*

1) Qão. @revisão do Art. 4C, KK++, HaI, da1onstituião 9ederal de "ue o remédio sedestina a assegurar o conhecimento deinormaes do pr#prio impetrante (5,L4).

*+*,*+0-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

+nstituto destinado a dar maior efciência aos comandosconstitucionais, a medida provis#ria possibilita "ue, em situaese<cepcionais, o @residente da 0ep!blica edite norma com ora de ei6rdin&ria. A avalanche de medidas provis#rias, porém, vematravancando o tr-mite dos pro7etos de lei, o "ue motivou novaorientaão do então presidente da 1-mara dos Deputados3 a pautanão fca travada em relaão a matérias "ue não podem, em tese, serob7eto de medida provis#ria.

$m relaão ao tema medida provis#ria, responda,undamentadamente, aos seguintes itens.

Page 40: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 40/75

A) uais os limites para sua ediãoO 3Valor4 *+0*5 

:) N possível 1onstituião $stadual prever edião de medidaprovis#ria pelo overnador do $stadoO Qesse caso, a normaconstitucional estadual poderia estabelecer limites dierentes

da"ueles previstos na 1onstituião da 0ep!blica 9ederativa do :rasilO3Valor4 *+0-5 

1) N possível o controle 7urisdicional dos re"uisitos de relev-ncia eurgência da medida provis#riaO 3Valor4 *+0*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A. A medida provis#ria encontra limites materiais, estampados no G8C,do Art. P', da 1onstituião 9ederal= limites temporais, encontradosnos GG 'C e BC do reerido artigo e limites circunstanciais, encontradosno G 85 do aludido dispositivo.

:. A resposta é afrmativa "uanto * criaão, pois a 1onstituião$stadual poder& criar Medidas @rovis#rias. @or outro lado, a normaconstitucional estadual dever& guardar os mesmos re"uisitos e limitesda norma da 1onstituião 9ederal, ace ao mandamento da simetriadas normas.

1. ão re"uisitos indispens&veis *s medidas provis#rias a relev-ncia eurgência, conorme dispe o Art. P', caput da 1onstituião 9ederal. 6upremo ribunal 9ederal, por longa data, entendeu não ser possível

o controle de constitucionalidade dos re"uisitos relev-ncia e urgência,sob pena de violaão ao princípio da separaão de poderes. odavia,houve parcial mudana no entendimento da 1orte, admitindo oe<ame 7urisdicional do mérito dos re"uisitos de relev-ncia e urgênciana edião de medida provis#ria em casos e<cepcionais, em "ue aausência desses pressupostos se7a evidente, como por e<emplo, naabertura de crédito e<traordin&rio para destinar verba para a sa!de"ue 7& deveria estar inclusa na lei orament&ria anual.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) A medida provis#ria encontra limitesmateriais, estampados no G 8C, do Art. P', da1onstituião 9ederal (5,'5)= limites temporais,encontrados nos GG 'C e BC do reerido artigo(5,85) e limites circunstanciais, encontrados noG 85 do aludido dispositivo (5,85).

*+**,*+.*,*+2*,*+1*, *+0*

:) im, é possível 1onstituião $stadual preveredião de medida provis#ria pelo overnadordo $stado (5,'4)

A norma constitucional estadual não poder&estabelecer limites dierentes da"ueles

*+**,*+2*,*+2-,*+0-

Page 41: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 41/75

previstos na 1onstituião da 0ep!blica9ederativa do :rasil, devendo guardar osmesmos re"uisitos e limites da norma da1onstituião 9ederal, ace ao mandamento dasimetria das normas. (5,'5)

1) 6 upremo ribunal 9ederal admite o e<ame 7urisdicional do mérito dos re"uisitos derelev-ncia e urgência na edião de medidaprovis#ria em casos e<cepcionais.(5,L5)

*+**,*+0*

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

A ei 6rg-nica do Município HVI, "ue integra o $stado HKI, ao disporsobre ingresso na administraão p!blica municipal, e em observ-nciaaos princípios da efciência e da moralidade, estabeleceu "ue oscargos, empregos e unes p!blicas seriam acessíveis aos brasileirosnaturais do $stado HKI, "ue tivessem residência no Município HVI, e"ue seriam investidos nos cargos mediante aprovaão prévia emconcurso p!blico de provas ou de provas e títulos, de acordo com anature%a e a comple<idade do cargo ou emprego, na orma previstaem lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comissão.

1ontra esse dispositivo da ei 6rg-nica oi a7ui%ada, 7unto ao ribunalde Justia, uma Aão Direta de inconstitucionalidade, nos termos doArt. 8'4, G 'C, da 109:, alegando violaão a dispositivo da1onstituião estadual "ue, basicamente, reprodu% o Art. >B, da 109:.6 ribunal de Justia conheceu da aão, mas 7ulgou improcedente opedido, entendendo "ue, respeitados os limites constitucionais, oMunicípio pode criar regras pr#prias, no e<ercício da sua capacidadede auto;organi%aão.

A partir do caso apresentado, responda 7ustifcadamente aos itens aseguir.

A) 6 Município tem autonomia para criar a regra citada no enunciado,

conorme entendeu o ribunal de JustiaO 3Valor4 *+0*5 

:) A AD+ estadual pode ter por ob7eto dispositivo de ei 6rg-nicaO3Valor4 *+0-5 

1) Dessa decisão do ribunal de Justia, cabe 0ecurso $<traordin&rioao 9O 3Valor4 *+0*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 42: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 42/75

A. Qão. 6 dispositivo da lei org-nica viola o princípio da isonomia (Art.4C, da 109:) ou mais especifcamente o da isonomia ederativa (Art.8?, +++, da 109:), também prevista no Art. >B, + da 109:.

:. im. A AD+ estadual pode ter por ob7eto atos normativos estaduais

e municipais, incluindo a ei 6rg-nica, "ue deve estar de acordo coma 1onstituião da 0ep!blica e com a 1onstituião do respectivo$stado, conorme dispe o Art. '?, da 109:.

1. im. 6 dispositivo da 1onstituião estadual violado é norma dereproduão, de modo "ue, nesses casos, entende o 9 "ue é cabível0ecurso $<traordin&rio.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) Qão. +sonomia (Art. 4C) ou isonomia

ederativa (Art. 8?, +++) ou Art. >B, + (5,L5)

*+**,*+0*

:) im. 6b7eto de AD+ (5,'4) (Art. 8'4, G 'C)(5,'5).

*+**,*+2*,*+2-,*+0-

1) im. Qorma de reproduão (5,L5). *+**,*+0*

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

6 :rasil assinou tratado internacional, discutido e votado no -mbitoda 6rgani%aão Mundial do 1omércio, "ue regulamentava novasormas de controle sobre o comércio e<terior. Ao invés de a unão sere<ercida pelo Ministério da 9a%enda, como preceitua o Art. '>B da1onstituião 9ederal, o te<to do tratado veda "ual"uer possibilidadede controle interno do comércio internacional pelos paísessignat&rios.

A partir do ato acima, responda aos itens a seguir.

A) De acordo com o ordenamento constitucional vigente, a "ueautoridade ou #rgão compete promover a internali%aão do reeridotratado internacionalO 3Valor4 *+-*5 

:) Sma ve% internali%ado o tratado em "uestão, com "ue hierar"uiaele passa a integrar o ordenamento 7urídico p&trioO 3Valor4 *+2-5 

1) ual (is) princípio(s) de +nterpretaão 1onstitucional deve(m)nortear a resoluão do conRito entre o te<to do tratado e o te<toconstitucionalO 3Valor4 *+-*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 43: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 43/75

A) 1abe ao @residente da 0ep!blica tão somente assinar o documentointernacional (Art. EL, 2+++), "ue deve ser submetido ao 1ongressoQacional, a "uem compete resolver defnitivamente sobre ratados,promovendo a sua internali%aão, conorme dispe o Art. L?, inciso +,da 1onstituião 9ederal.

:) ratados internacionais "ue não versam sobre direitos humanos,como o reerido na "uestão, depois de internali%ados, ingressam noordenamento 7urídico com status de ei 6rdin&ria.

1) @elo @rincípio da upremacia da 1onstituião, conRito entre normaconstitucional e norma com hierar"uia de ei 6rdin&ria deve serresolvido atestando;se a prima%ia do dispositivo constitucional.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$

A. 1abe ao @residente da 0ep!blica assinar odocumento internacional (Art. EL, 2+++), "uedeve ser submetido ao 1ongresso Qacional a"uem compete resolver defnitivamente sobre ratados, promovendo a sua internali%aão,conorme dispe o Art. L?, inciso +, da1onstituião 9ederal. (5,45)

*+**,*+-*

:. ratados internacionais "ue não versamsobre direitos humanos, depois deinternali%ados, ingressam no ordenamento

 7urídico com status de ei 6rdin&ria. (5,'4)

*+**,*+2-

1. @elo @rincípio da upremacia da 1onstituião(5,45)

*+**,*+-*

VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2012.2)

FGV - Prova aplia!a "# 2$10$2012

P"&a Pro'iioal 

1om undamento na recente ei n. 8.'>L, do $stado V, "uee<clui as entidades de direito privado da Administraão@!blica do dever de licitar, o banco K (empresa p!blicada"uele $stado) reali%a a contrataão direta de uma empresade inorm&tica ; a $mpresa ; para atuali%ar os sistemas dobanco.

6 caso vem a p!blico ap#s a revelaão de "ue a empresacontratada pertence ao flho do presidente do banco e nunca

prestou tal servio antes. Além disso, o valor pago (milhes

Page 44: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 44/75

de reais) estava muito acima do preo de mercado do servioem outras empresas.

 José, cidadão local, a7uí%a aão popular em ace do @residentedo banco K e da empresa perante o Juí%o de 8T inst-ncia da

capital do $stado V, em "ue pleiteia a declaraão deinvalidade do ato de contrataão e o pagamento das perdas edanos, ao undamento de violaão ao art. 8C, par&grao !nicoda ei n. E.PPPF8??> (norma geral sobre licitaão e contratos)e a diversos princípios constitucionais.

A sentena, entretanto, 7ulgou improcedente o pedidoormulado na petião inicial, afrmando ser v&lida a leiestadual "ue autori%a a contrataão direta, sem licitaão,pelas entidades de direito privado da Administraão @!blica,analisada em ace da lei ederal, não considerando violadosos princípios constitucionais invocados. José interpe recursode apelaão, ao "ual se negou provimento, por unanimidade,pelo mesmo undamento levantado na sentena.

De% dias ap#s a publicaão da decisão "ue re7eitou os seusembargos declarat#rios, José procura um advogado paraassumir a causa e a7ui%ar a medida ade"uada.

Qa "ualidade de advogado, elabore a pea cabível, observando todos os

re"uisitos ormais e a undamentaão pertinente ao tema.

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A pea cabível é o 0ecurso $<traordin&rio, com undamentono art. 85', +++, alíneas HaI e HdI da 1onstituião. Qão écabível o 0ecurso $special por"ue o ob7eto da decisãorecorrida é a validade da lei local em ace da lei ederal e da1onstituião 9ederal. Ademais, conorme o enunciado da

!mula 8'P do J, não é cabível a interposião isolada de0ecurso $special "uando a decisão recorrida possuiundamento inraconstitucional e constitucional, "ual"uerdeles sufciente, por si s#, para mantê;la.

N importante a observ-ncia do art. 4L8 do 1#digo de @rocesso1ivil, "ue determina "ue se7a o 0ecurso $<traordin&rioendereado ao @residente ou ao 2ice;@residente do tribunallocal (HArt. 4L8. 6 recurso e<traordin&rio e o recurso especial,nos casos previstos na 1onstituião 9ederal, serão interpostosperante o presidente ou o vice;presidente do tribunal

Page 45: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 45/75

recorridoI). +sso por"ue o 0ecurso $<traordin&rio est& su7eito aum e<ame de admissibilidade na origem, ap#s o "ue os autosserão submetidos ao upremo ribunal 9ederal.

Devem ser indicados, na "ualifcaão das partes, o recorrente

(José, o autor popular) e os dois recorridos, "ue compem opolo passivo da demanda (o @residente do banco K e aempresa ).

Deve ser demonstrado o cabimento do recurso, conorme art.4L8, inciso ++ do 1@1. 6 e<aminando deve indicar o cabimentodo recurso não apenas com undamento na alínea HaI doinciso +++ do art. 85' da 1onstituião da 0ep!blica (cabimentodo 0$ nos casos em "ue a decisão recorrida contrariardispositivo da 1onstituião), mas também com undamentono art. 85', +++, HdI da 1onstituião (cabimento do 0$ "uandoa decisão recorrida 7ulgar v&lida lei local contestada em acede lei ederal). Desde a $menda 1onstitucional n. L4F'55L, oupremo ribunal 9ederal passou a ser competente para

 7ulgar recursos contra decisão 7udicial "ue entender v&lida leilocal contestada em ace de lei ederal, tendo sido talcompetência retirada do elenco de competências do uperior

 ribunal de Justia. A 7ustifcativa para tal alteraão reside noato de "ue o conRito entre leis local e ederal é também um

conRito ederativo, a ser resolvido pelo #rgão de c!pula do Judici&rio.

Devem ser demonstrados, ainda, a e<istência de repercussãogeral e o pré;"uestionamento. A e<igência de demonstraãoda repercussão geral oi veiculada pela $1 n. L4F'55L, "ueincluiu o G >C ao art. 85' da 1onstituião. A lei n. 88.L8EF'55Pdisciplinou a"uela e<igência, incluindo o art. 4L>;A no 1@1, o"ual determina "ue o recorrente dever& demonstrar, empreliminar do recurso, a e<istência de repercussão geral ('C).

Qo caso, José dever& demonstrar a e<istência de "uestes deinteresse econUmico e 7urídico "ue ultrapassa os interessessub7etivos da causa, tendo em vista o pre7uí%o ao $r&rio e *moralidade administrativa. J& o re"uisito do pré;"uestionamento decorre de construão 7urisprudencial dos

 ribunais superiores, e, no caso, oi cumprido não apenas pelaeetiva maniestaão do ribunal de origem, como, ainda, pelaoposião de embargos de declaraão.

6 e<aminando deve indicar, como undamento do seurecurso, "ue compete privativamente * Snião legislar sobre

Page 46: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 46/75

normas gerais de licitaão e contrataão (art. '', KK2++ da109:), e "ue tal competência oi e<ercida por meio da ediãoda ei n. E.PPPF?>). A ei n. 8.'>L, do $stado K, desbordoudos limites da competência do $stado, e, portanto, é inv&lida.

Qada obstante, o ribunal de origem entendeu v&lida a leilocal contestada em ace da lei ederal ("ue impe a licitaão*s empresas p!blicas), e, assim, d& ense7o a um conRito"uanto *s competências de cada ente ederativo (Snião e$stado K).

Ainda, a conduta impugnada viola os princípios da moralidadee da impessoalidade, pois oi contratada, sem licitaão, umaempresa sem e<periência na &rea, por um preo muito acimado valor de mercado, apenas pelo ato de a empresapertencer ao flho do dirigente do banco estatal (empresap!blica).

@or fm, deve ser ormulado pedido para "ue se7a dadoprovimento ao recurso, a fm de reormar a decisão recorrida,para declarar a invalidade do ato de contrataão e opagamento das perdas e danos ao $r&rio.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$Co7pe%8'!a3 petião de endereamentoao @residente ou 2ice;@residente do

 ribunal de Justia local (5,'4) e ra%esrecursais dirigidas ao upremo ribunal9ederal (5,'4)

*+**,*+2-,*+-*

ualifcaão das partes (5,'5 para cadaitem)3(José F banco K F empresa )

*+**,*+2*,*+0*,*+*

De7o'$%raç&o do !ab7e'%o30ecurso $<traordin&rio interposto comundamento nas alíneas HaI (5,'5) e HdI(5,'5) do art. 85' da 109:.

*+**,*+2*,*+0*

Reper!u$$&o 9eral *+**,*+-*Pre"ue$%o'a7e'%o3 demonstraão de"ue a matéria oi eetivamente discutidanas inst-ncias ordin&rias

*+**,*+-*

Fu'da7e'%o .3 1ompete privativamente* Snião legislar sobre normas gerais de

licitaão e contrataão (art. '', KK2++ da109:) e tal competência oi e<ercida por

*+**,*+-*

Page 47: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 47/75

meio da edião da ei n. E.PPPF?>).Fu'da7e'%o 23 A ei n. 8.'>L, do $stadoK, desbordou dos limites da competênciado $stado, e, portanto, é inv&lida.

*+**,*+-*

Fu'da7e'%o 13 6 ribunal de origementendeu v&lida a lei local contestada emace da lei ederal, e, assim, d& ense7o aum conRito "uanto *s competências decada ente ederativo (Snião e $stado K).

*+**,*+-*

Fu'da7e'%o 03 A conduta impugnadaviola os princípios da moralidade e daimpessoalidade segundo Art. >B, caput, da109:.

*+**,*+-*

Peddo .  3 @rovimento ao recurso, parareormar a decisão recorrida (5,84)

*+**,*+.-

Peddo 2 3 0e"uerer a invalidade da ei n.8'>L, do $stado K (5,85).

*+**,*+.*

Peddo 13 0e"uerer a invalidade do ato decontrataão e condenaão dos recorridosao pagamento das perdas e danos (5,'4)

*+**,*+2-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

Sma agência reguladora ederal editou, recentemente, umaportaria proibindo aos médicos prescrever a utili%aão demedicamentos "ue não tenham similar nacional.

A Associaão :rasileira de @rofssionais da a!de, entidade de-mbito nacional constituída h& mais de dois anos, propUs umaArguião de Descumprimento de @receito 9undamental (AD@9)contra a"uela medida.

A respeito da situaão acima, responda aos itens a seguir,utili%ando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso.

A) N possível a propositura da AD@9 contra a portaria emitidapela agência reguladora ederalO 0esponda 7ustifcadamente.(2alor3 5,L5)

:) A Associaão tem legitimidade para a propositura da"uela

AD@9O 0esponda 7ustifcadamente. (2alor3 5,L5)

Page 48: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 48/75

1) @ode um $stado instituir uma AD@9 no plano estadualOQesse caso, "ual o instrumento 7urídico apto * criaão doinstitutoO 0esponda 7ustifcadamente. (2alor3 5,L4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A. A "uestão trata do tema da Arguião de Descumprimentode @receito 9undamental (AD@9), previsto no art. 85', G 8C da1onstituião da 0ep!blica 9ederativa do :rasil e disciplinadopela ei n. ?.EE'F8???.

6 legislador determinou, no art. LC, G 8C da"uela lei, "ue HQãoser& admitida arguião de descumprimento de preceitoundamental "uando houver "ual"uer outro meio efca% de

sanar a lesividadeI. 6 dispositivo consagra o chamadoprincípio da subsidiariedade, de modo "ue o cabimento deuma Aão Direta de +nconstitucionalidade (AD+n) paraimpugnar a validade de determinado ato do poder p!blicoe<clui o cabimento da AD@9.

 endo em vista "ue a AD+n não é o mecanismo h&bil *impugnaão de atos normativos Hsecund&riosI (inralegais),abre;se espao para o cabimento da AD@9 para a impugnaãode portaria editada por agência reguladora ederal.

:. Qos termos do art. 'C da ei n. ?.EE'F8???, Hpodem proporarguião de descumprimento de preceito undamental (....) oslegitimados para a aão direta de inconstitucionalidadeI. Deseu turno, os legitimados para a propositura da AD+n são, nostermos do art. 85> da 1onstituião, H+ ; o @residente da0ep!blica= ++ ; a Mesa do enado 9ederal= +++ ; a Mesa da1-mara dos Deputados= +2 ; a Mesa de Assembleia egislativaou da 1-mara egislativa do Distrito 9ederal= 2 ; o overnadorde $stado ou do Distrito 9ederal= 2+ ; o @rocurador;eral da0ep!blica= 2++ ; o 1onselho 9ederal da 6rdem dos Advogadosdo :rasil= 2+++ ; partido político com representaão no1ongresso Qacional= +K ; conederaão sindical ou entidade declasse de -mbito nacionalI.

$m relaão * legitimidade das entidades de classe de -mbitonacional, a 7urisprudência do upremo ribunal 9ederalcunhou o conceito de pertinência tem&tica, "ue signifca anecessidade de demonstraão, por alguns legitimada, de "ue

o ob7eto da instituião guarda relaão com o pedido da aãodireta proposta por reerida entidade. Qo caso, tal re"uisito

Page 49: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 49/75

encontra;se atendido, tendo em vista "ue a norma impugnadase dirige, e<atamente, aos profssionais da sa!de.

1. A 1onstituião 9ederal não previu a arguião no -mbito dos$stados;membros como e% com aão direta de

inconstitucionalidade (art. 8'4, G 'C) mas, a e<emplo do "uese passa com a aão direta de constitucionalidade, pode serinstituída pelo constituinte estadual, com base no princípio dasimetria com o modelo ederal.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) im, a AD@9 é medida 7udicial ade"uadaa impugnar a validade de ato normativo

inralegal (5,'5), pois restou atendido oprincípio da subsidiariedade, previsto noart. LC, G8C da ei n. ?.EE'F8??? (5,'5)6:.3 A mera indicaão do artigo nãopontua.

*+**,*+2*,*+0*

:) im, pois os legitimados para apropositura da AD@9 (art. 'C da ei n.?.EE'F8???) são os mesmos da AD+n (art.85> da 109:) (5,'5), e oi observado o

re"uisito da pertinência tem&tica (5,'5).6:.3 A mera indicaão do artigo nãopontua.

*+**,*+2*,*+0*

1) im, é possível a instituião de umaAD@9 no plano estadual (5,85), desde "uese o aa por meio de previsão na1onstituião do $stado. (5,>4)

*+**,*+.*,*+1-,*+0-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

Maria alugou um prédio comercial no centro da cidade H@I,capital do estado H]I, para "ue o $stado estrangeiro aliinstalasse sua representaão consular. 9oram estabelecidosaluguéis de 0 L5.555,55 ("uarenta mil reais) mensais.

@assados dois anos de vigência do contrato, em ra%ão dedifculdades fnanceiras no continente onde se locali%a o

$stado , o mesmo dei<a de pagar aluguéis para Maria, "ue,

Page 50: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 50/75

inconormada, busca a orientaão de um profssional daadvocacia para melhor deender seus interesses.

6 advogado contratado e<plica "ue propor& a aão em 2ara1ível do Município H@I, cabendo eventual recurso de apelaão

para o ribunal de Justia do $stado ].

0esponda, 7ustifcadamente, se a orientaão do advogado contratado porMaria est& na direão correta ao apontar os #rgãos 7urisdicionaiscompetentes para a matéria em primeiro e em segundo graus de 7urisdião.(2alor3 8,'4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

As orientaes ornecidas estão e"uivocadas, pois aesmovidas contra $stado estrangeiro devem ser propostas emprimeira inst-ncia perante um Jui% 9ederal, conorme art. 85?,++ da 1onstituião= em grau recursal é cabível um recursoordin&rio ao uperior ribunal de Justia, conorme art. 854, ++,HcI da 1onstituião.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$Qão. A primeira inst-ncia dever& serperante Jui% 9ederal (5,L4), conormeart. 85?, ++ da 1onstituião (5,85).6:.3 A mera citaão do artigo nãopontua.

*+**,*+0-,*+--

$m segundo grau é cabível o recursoordin&rio (5,>5) perante o J (5,>5),conorme art. 854, ++, HcI da1onstituião (5,85).6:.3 A mera citaão do artigo não

pontua.

*+**,*+1*,*+0*,*+*,*+/*

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

$m '585 oi aprovada emenda * 1onstituião do $stado HKI,acrescentando dispositivo "ue permite "ue o overnador do$stado edite medida provis#ria, com ora de lei, com efc&cia

imediata, devendo ser convertida em até >5 dias. 1om baseneste dispositivo, em 84 de de%embro de '588, o overnador

Page 51: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 51/75

do $stado editou medida provis#ria ma7orando as alí"uotasmínima e m&<ima do +mposto sobre ransmissão W1ausaMortisW e Doaão de uais"uer :ens ou Direitos ; +1MD,visando * cobrana do imposto com as novas alí"uotas em

'58'. Qão tendo sido apreciada nos primeiros vinte dias devigência, a medida provis#ria entrou em regime de urgência,e oi fnalmente aprovada pela Assembleia egislativa.

A partir da hip#tese apresentada, responda 7ustifcadamenteaos "uestionamentos a seguir, empregando os argumentos

 7urídicos apropriados e apresentando a undamentaão legalpertinente ao caso.

A) 6 dispositivo da 1onstituião do $stado K "ue conere aoovernador competência para editar medida provis#ria viola a1onstituião da 0ep!blicaO (2alor3 5,L5)

:) A alteraão das alí"uotas pela medida provis#ria editadapelo overnador é constitucionalO (2alor3 5,L5)

1) As novas alí"uotas podem ser cobradas em '58'O (2alor3 5,L4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

A. Qão. 6s $stados, no e<ercício da capacidade de auto;organi%aão (art. '4, caput, 109:), decorrente da autonomiaconstitucional, podem autori%ar os overnadores a editarmedida provis#ria. rata;se de uma aculdade conerida aos$stados e não de uma obrigaão decorrente do princípio dasimetria. A 1onstituião da 0ep!blica, ao proibir "ue os$stados regulem a e<ploraão e a concessão dos servioslocais de g&s canali%ado Wpor medida provis#riaW (art. '4, G 'C,109:), permite, contrario sensu, a edião de medidaprovis#ria para regular outras matérias.

:. im. A alteraão da alí"uota mínima é constitucional. J& aalteraão da alí"uota m&<ima é de competência do enado,de modo "ue a sua alteraão por medida provis#ria estadualgera inconstitucionalidade ormal parcial.

1. Qão. $mbora os $stados possam autori%ar a edião demedida provis#ria pelo overnador, devem, por outro lado,observar a regulaão deste ato normativo em -mbito ederal,o "ue inclui a observ-ncia do princípio da anterioridade em

matéria tribut&ria, de modo "ue uma medida provis#ria "ueimpli"ue a instituião ou a ma7oraão de impostos s#

Page 52: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 52/75

produ%ir& eeitos no e<ercício fnanceiro seguinte, se houversido convertida em lei até o !ltimo dia do ano em "ue oieditada.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) Qão. Autonomia ou auto;organi%aão(5,>5) conorme art. '4, G 'C. (5,85)6:.3 A mera indicaão do artigo nãopontua.

*+**,*+1*,*+0*

:) Alí"uota mínima3 sim. (5,'5) *+**,*+2*Alí"uota m&<ima3 não, conorme art. 844,G8C, +2. (5,'5)

*+**,*+2*

1) Qão. 6bservar a regulaão do art. P', G'C 6S observar o princípio da anterioridade(5,L4)

*+**,*+0-

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

1aio e ício, servidores p!blicos ederais, oram surpreendidoscom o advento de uma $menda 1onstitucional "ue alterou osistema previdenci&rio dos servidores, aumentando a idademínima para aposentadoria e a orma de c&lculo dosproventos 1aio 7& havia completado todos os re"uisitos para aaposentadoria (idade e tempo de contribuião), mas optoupor permanecer em atividade. ício ainda não haviapreenchido todos os re"uisitos3 apesar de 7& possuir a idademínima, altava;lhe um ano de contribuião.

@ergunta;se3

A) as novas normas são aplic&veis a 1aio e ício, no "ue di%respeito * idade para aposentadoria e * orma de c&lculo dosproventosO (5,E5)

:) Alguns anos depois, 7& aposentados, 1aio e ício recebem a notícia de"ue oi editada lei ederal "ue, ma7orando seus proventos de aposentadoria,modifcou a sua orma de composião. N v&lida a lei "ue altera acomposião da remuneraão dos aposentados, "uanto ao seu valor e a#rmula de c&lculoO (5,L4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 53: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 53/75

A. $m relaão a 1aio, as novas normas não lhe são aplic&veis,pois, no momento em "ue preencheu os re"uisitos, ad"uiriudireito * aposentadoria pelas normas então vigentes. $ uma$menda 1onstitucional não pode erir direito ad"uirido

(cl&usula pétrea).$m relaão a ício, as novas normas são aplic&veis, pois oservidor possuía apenas e<pectativa de direito *aposentadoria com as regras anteriores. N possível "ue a$menda 1onstitucional traga regra de transião para abarcara"ueles "ue 7& eram servidores ao tempo de sua edião, mas,caso não e<ista essa regra (ou caso o servidor não seen"uadre nessa regra), a nova sistem&tica da aposentadoria éimediatamente aplic&vel.

:. 6 e<aminando deve indicar "ue é possível a alteraão, poisnão e<iste direito ad"uirido a regime 7urídico no "ue di%respeito * orma de composião dos vencimentos. Deve;serespeitar a irredutibilidade dos proventos, mas não a orma dec&lculo do beneício.

D$%rbuç&o do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Valore$A) $m relaão a 1aio, as novas normas nãolhe são aplic&veis, pois, no momento em"ue preencheu os re"uisitos, ad"uiriudireito * aposentadoria pelas normas entãovigentes (5,L5) $m relaão a ício, asnovas normas são aplic&veis, pois possuíaapenas e<pectativa de direito *aposentadoria com as regras anteriores(5,L5).

*+**,*+0*,*+6*

:) im, a lei é v&lida, desde "ue respeitada

a irredutibilidade dos proventos, uma ve%"ue não e<iste direito ad"uirido a regime 7urídico em relaão a composião devencimentos (5,L4)

*+**,*+0-

VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2012.1)

FGV - Prova aplia!a "# 03$0$2012

Page 54: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 54/75

P"&a Pro'iioal 

6 $stado ]V editou norma determinando a gratuidade dosestacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais,como supermercados, hipermercados, shopping centers,

determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradaãonas punies administrativas e delegando ao @0616Q local aresponsabilidade pela fscali%aão dos estabelecimentos relacionadosno instrumento normativo. ício, contratado como advogado Junior da1onederaão Qacional do 1omércio, é consultado sobre apossibilidade de a7ui%amento de medida 7udicial, apresentando seuparecer positivo "uanto * matéria, pois a reerida lei arontaria a109:. $m seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autori%aa propositura da aão 7udicial constante do parecer.

Qa "ualidade de advogado elabore a pea cabível, observando3

a) competência do Juí%o=

b) legitimidade ativa e passiva=

c) undamentos de mérito constitucionais e legais vinculados=

d) re"uisitos ormais da pea=

e) tutela de urgência.

3)alor4 -+**5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o !o7e'%ado4

A aão reerida no parecer, consoante 7urisprudência assente, é aAão Direta de +nconstitucionalidade.

6 autor ser& a 1onederaão Qacional do 1omércio, legitimada pelanorma do art. 85>, +K, da 109:, "ue deve comprovar a pertinênciatem&tica "ue est& caracteri%ada nesse caso.

erão interessados o overnador do $stado e a Assembleiaegislativa estadual.

A competência ser& do upremo ribunal 9ederal.

6 undamento constitucional assente nesse caso é a violaão dacompetência legislativa para o Direito 1ivil privativa da Snião 9ederal,pelo 1ongresso Qacional (109:, art. '', +), pois ocorre violaão aodireito de propriedade (109:, art. 4C, KK++).

/& necessidade de medida liminar ve% "ue estão preenchidos ospressupostos legais.

Page 55: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 55/75

6s re"uisitos ormais da pea são os previstos no art. 'E', do 1@1,ressaltando o re"uerimento de intervenão do Ministério @!blico e daAdvocacia eral da Snião.

6 undamento legal para a cautela é o art. 85 da ei n. ?EPEF??.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Fa;a de)alore$

+tem 8 ; cabealho (competência) 5,55F8,55+tem ' legitimidade ativa 5,55 F 5,45+tem > undamentaão @ertinência tem&tica (5,'4)+nvasão de competência (art. '', +) (5,'4)Direito de propriedade (art. 4C, KK++) (5,'4)

6bs,3 a mera indicaão do artigo não pontua.

5,55F5,'4F5,45F5,B4

+tem L re"uerimento de notifcaão dosinteressados. overnador do $stado (5,'4) eAssembleia egislativa (5,'4)

5,55F5,'4F5,45

+tem 4 re"uerimento de intervenão do Ministério@!blico.

5,55F5,45

+tem P valor da causa. @ara fns procedimentais. 0<<<<<,<< ("ual"uer valor).

5,55F5,'4

+tem B re"uerimento de intervenão do Advogadoeral da Snião.

5,55F5,45

+tem E tutela de urgência. 9undamento legal3 ei n.

?EPEF??. 9umus boni 7uris (5,'4) e periculum in mora(5,'4).

5,55F5,'4F5,4

5

+tem ? postulaão (incompleta3 5,'4) (completa35,45)

5,55F5,'4F5,45

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

Qo mês de maro, um pro7eto de emenda constitucional oi re7eitadologo no primeiro turno de votaão, reali%ado na 1-mara dosDeputados. $m agosto do mesmo ano, esse pro7eto de emenda oinovamente posto em votaão na 1-mara dos Deputados. Qase"uência, determinado Deputado 9ederal, contr&rio ao pro7eto deemenda e decidido a impedir sua tramitaão, afrmou "ue iria acessaro @oder Judici&rio.

Discorra sobre a possibilidade de o @oder Judici&rio e<ercer controlesobre a tramitaão da emenda, bem como sobre a possível medidacabível no caso em tela. 3)alor4 .+2-5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

Page 56: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 56/75

:abar%o !o7e'%ado4

/& possibilidade de o @oder Judici&rio controlar a constitucionalidadedo processo legislativo do pro7eto de emenda constitucional. Qo caso

em tela o controle mostra;se vi&vel em unão da violaão dalimitaão procedimental constante no art. P5, par&grao 4C da 109:.

A !nica medida cabível ao caso é a impetraão do mandado desegurana perante o upremo ribunal 9ederal.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Fa;a de)alore$

A) +dentifcaão da violaão do Art. P5, G. 4C da 109:(5.>5) e da possibilidade de controle da @$1 pelo

 7udici&rio (5,>4).

5,55F5,>5F5,>4F 5,P4

:) +dentifcaão do mandado de segurana comomedida cabível (5,>5), bem como da competência do9 para a reali%aão do Julgamento (5,>5).

5,55F5,>5F5,P5

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

$rasmo, cidadão residente e eleitor do $stado HAI, viveu sua in-nciano $stado H:I, pelo "ual possui grande apreo. @or entender "uecerto Deputado 9ederal, no e<ercício de sua unão, e no -mbitoterritorial do $stado H:I, praticou ato lesivo ao patrimUnio p!blico doente ao "ual est& vinculado, $rasmo propUs aão popular em varaederal da seão 7udici&ria de H:I. 6 Deputado 9ederal, em suacontestaão, alega a incompetência do 7uí%o de 8C grau, com oundamento de "ue possui oro privilegiado, e a ilegitimidade ativa de$rasmo.

0esponda aos "uestionamentos a seguir, empregando os argumentos

 7urídicos apropriados e apresentando a undamentaão legalpertinente ao caso.

A) ual o #rgão competente para conhecer a aão popular a7ui%adaem ace do Deputado 9ederalO 3)alor4 *+-5

:) egundo a 7urisprudência dos tribunais superiores, $rasmo terialegitimidade ativa para a7ui%ar a aão popular na seão 7udici&ria deH\IO 3)alor4 *+*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o !o7e'%ado4

Page 57: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 57/75

A) A aão oi proposta no #rgão competente, ou se7a, em #rgão de 8Cgrau da Justia 9ederal, em virtude do disposto no art. 4C da ei n.L.B8BFP4 e no art. 85' da 1onstituião da 0ep!blica (109:). 6upremo ribunal 9ederal (9) 7& decidiu reiteradamente "ue o rol decompetências origin&rias f<adas na 10 (art. 85') é ta<ativo, e "ue a

prerrogativa de oro, unicamente invoc&vel em procedimentos decar&ter penal, não se estende *s causas de nature%a civil (e<3 @et>84' Ag0F@A e 8B>E Ag0FM). ogo, não são de sua competênciaorigin&ria as aes populares, ainda "ue o réu se7a autoridade "uetenha oro por prerrogativa de unão no 9.

:) A resposta deve ser positiva. 1onorme 7urisprudência do uperior ribunal de Justia (J), vide 0$sp 8'L'E55FM (7ulgamento em8LF5PF'588) o ato de o cidadão ser eleitor em Município diversoda"uele onde ocorreram as irregularidades não o impede de a7ui%araão popular, o "ue poder& ser eito em "ual"uer seão 7udici&ria

(HAI, H:I, HDI, I\I). Afnal, a legitimidade ativa da aão é deerida aocidadão. A condião de eleitor confgura meio de prova documentalda cidadania.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Fa;a de)alore$

A8. rgão de 8C grau da Justia 9ederal (5,'5), emvirtude de o rol de competências origin&riasf<adas no artigo 85' da 109: ser ta<ativo F a

prerrogativa de oro, unicamente invoc&vel emprocedimentos de car&ter penal, não se estende*s causas de nature%a civil (5,'4).

5,55F5,'5F5,'4F5,L4

A'. Aplicaão do artigo 4C da ei n. L.B8BFP4(5,'5)

5,55F5,'5

:. im. 6 ato de o cidadão ser eleitor emmunicípio diverso da"uele em "ue ocorreram asirregularidades não o impede de a7ui%ar aãopopular, pois a legitimidade ativa da aão édeerida ao HcidadãoI, sendo a condião de eleitormero meio de prova da cidadania.

5,55 F 5,P5

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

$m determinado $stado da ederaão, vieram a p!blico, den!ncias deirregularidades praticadas em obra p!blica, com graves indícios dedesvio de dinheiro do $r&rio. ício, deputado estadual, pretendeinstalar 1omissão @arlamentar de +n"uérito para apuraão das

den!ncias, com base em previsão constante da 1onstituião estadual.

Page 58: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 58/75

1onsiderando a situaão acima descrita, responda aos"uestionamentos a seguir, empregando os argumentos 7urídicosapropriados e apresentando a undamentaão legal pertinente aocaso.

A) N possível "ue a 1onstituião $stadual preve7a a criaão da1omissão @arlamentar de +n"uérito no plano estadualO 3)alor4 *+0-5

:) N possível o a7ui%amento de aão em "ue se "uestione aconstitucionalidade de norma de 1onstituião $stadual perante a1onstituião da 0ep!blica, de modo a invalidar a"uelaO 6 overnadordo $stado tem legitimidade para a%ê;loO 3)alor4 *+6*5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o !o7e'%ado4

A) /& possibilidade de previsão da 1@+ na 1onstituião $stadual,undamentando a resposta na autonomia do $stado. 6u se7a, aoconerir poder de auto;organi%aão aos estados da 9ederaão (art. 8E,109:), permitiu "ue editassem constituies prevendo ormas deinvestigaão, como a 1@+ (9, A16 B>5;0J), observado o princípio dasimetria.

:) 6 overnador tem legitimidade para propositura de Aão Direta de+nconstitucionalidade, devendo demonstrar pertinência tem&tica.Além disso, deve ser tratada a possibilidade de "uestionar a

constitucionalidade da norma da 1onstituião $stadual perante a1onstituião 9ederal, conorme reiterada 7urisprudência do 9.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Fa;a de )alore$A. @ossibilidade da criaão da 1@+ na1onstituião $stadual, com undamento naautonomia (capacidade de auto;organi%aão)dos $stados (art. 8E, 109:) (5,'4).6bservado o princípio da simetria (5,'5

5,55F5,'5F5,'4F5,L4

:. @ossibilidade de a 1onstituião $stadualser ob7eto de controle de constitucionalidadeperante a 1onstituião 9ederal (5,L5).egitimidade do overnador para a7ui%ar aAD+, no caso (art. 85>, 2, 109:) (5,'5).@ertinência tem&tica (5,'5).

5,55F5,'5F5,L5F5,P5F5,E5

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

Page 59: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 59/75

0enata, servidora p!blica estadual, ingressou no servio p!blico antesda edião da 1onstituião da 0ep!blica de 8?EE, e é regida pela ei K,estatuto dos servidores p!blicos do $stado;membro.

obre a situaão uncional de 0enata, responda 7ustifcadamente3

A) 6 "ue ocorrer& com a ei K caso ela não tenha sido editadaconorme os tr-mites do processo legislativo previstos pela atual1onstituiãoO 3)alor4 *+0*5

:) N possível "ue 0enata "uestione, em aão individual, por meio decontrole diuso, a inconstitucionalidade ormal da ei K perante aconstituião revogadaO 3)alor4 *+0*5

1) endo em vista "ue 0enata 7& estava inserida em um regime 7urídico, é possível afrmar "ue a mesma tem direito ad"uirido a nãoser atingida pela 1onstituião de 8?EE no "ue tange * sua situaão

uncionalO 3)alor4 *+0-5

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o !o7e'%ado4

A) 0enata continuar& sendo regida pela lei K, "ue não é ormalmenteinconstitucional. Ademais, "uando nova constituião é editada,somente são consideradas não recepcionadas as normas "uecontenham incompatibilidade material com a mesma. 6u se7a, a

incompatibilidade analisada é a de conte!do e não de orma, "ue éregida pelo princípio do tempus regit actum.

:) N possível "ue se "uestione perante "ual"uer #rgão 7urisdicional,em um caso concreto, incidentalmente, a invalidade ormal de atolegislativo "ue oi editado em desacordo com os re"uisitos e<igidospara a sua ormaão, ato "ue é inv&lido ab initio.

1) Qão é possível a oposião do direito ad"uirido em ace de umanova 1onstituião. A 1onstituião é o undamento de validade de todaordem 7urídica. Qesse sentido, todas as normas (como é o caso da ei

K da "uestão) e<istentes no regime constitucional anterior, no "uesão materialmente incompatíveis com a nova 1onstituião, fcamrevogadas, salvo disposião e<pressa da 1onstituião nova. Alémdisso, h& reiterada 7urisprudência do 9 no sentido de ine<istir direitoad"uirido a regime 7urídico.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

(ue$%o A)alado Fa;a de)alore$

A. A lei K não é aetada, pois somente são

consideradas não recepcionadas as normas "uecontenham incompatibilidade material com a nova

5,55 F 5,L5

Page 60: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 60/75

1onstituião.:. @ossibilidade de se "uestionar, em controlediuso, a constitucionalidade da lei editada antesda nova 1onstituião, tendo a 1onstituiãorevogada como par-metro.

5,55 F 5,L5

1. +mpossibilidade de invocar direito ad"uirido emace da nova 1onstituião,notadamente direito ad"uirido a regime 7urídico.

5,55 F 5,L4

VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2011.)FGV - Prova aplia!a "# 25$0$2012

P"&a Pro'iioal 

$scul&pio da ilva, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliadona capital do $stado de V], é comunicado por amigos "ue aAdministraão do $stado est& providenciando um plano deobras custosas e pretendendo "ue elas se7am entregues,independentemente de licitaão, a empresas com vínculospessoais com dirigentes do seu partido político. 6s valorescorrespondentes *s obras são incluídos no oramento,observado o devido processo legislativo. uando dareali%aão das obras, adu% a necessidade de urgência diante

de evento artístico de grande repercussão a reali%ar;se emapro<imadamente um ano, o "ue inviabili%aria a reali%aão deprocedimento licitat#rio e designa três empresas para repartiras verbas orament&rias, cabendo a cada uma reali%ar parteda obra preconi%ada. As empresas Mastodonte .A., Mamute.A. e Dente de abre .A. aceitam, de bom grado, o encargoe assinam os contratos com a Administraão. 6 valor dasobras corresponde a um bilhão de reais. +nconormado comesse ato, $scul&pio da ilva, cidadão "ue gosta de participarativamente da deesa da Administraão @!blica e est& em diacom seus direitos políticos, procura orientaão 7urídica e,ap#s, resolve a7ui%ar a competente aão.

Qa "ualidade de advogado, elabore a pea cabível,observando3 a) competência do 7uí%o= b) legitimidade ativa epassiva= c) undamentos de mérito constitucionais e legaisvinculados= d) os re"uisitos ormais da pea= e) tutela deurgência.

(2alor3 4,5)

Page 61: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 61/75

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

A aão popular pode ser proposta por "ual"uer cidadão para

proteão contra atos "ue causem danos ao er&rio.Qo caso vertente, havendo irregularidades na licitaão,possível a aão popular lastreada na violaão dos princípiosregentes da Administraão @!blica (19, art. >B, caput), "uaisse7am, moralidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eefciência. , bem como o do inciso KK+ (ressalvados os casosespecifcados na legislaão, as obras, servios, compras ealienaes serão contratados mediante processo de licitaãop!blica "ue assegure igualdade de condies a todos os

concorrentes, com cl&usulas "ue estabeleam obrigaes depagamento, mantidas as condies eetivas da proposta, nostermos da lei, o "ual somente permitir& as e<igências de"ualifcaão técnica e econUmica indispens&veis * garantia documprimento das obrigaes)

6 autor ser& o cidadão indicado no enunciado e os réus serão3o $stado e as empresas benefci&rias (art. PC, da ei no.L.B8BFP4).

6s re"uisitos da petião inicial seguem os mesmos do ritoordin&rio(1@1,art. 'E').

/& intervenão obrigat#ria do Ministério @!blico (art. PC, G LC,da ei no. L.B8BFP4).

6 7uí%o competente é a"uele com competência a%end&ria(art. 4C., da ei no. L.B8BFP4)

1onsoante o enunciado o Juí%o competente é o da 1omarcasede, "ue tem competência a%end&ria.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&o

8; 1abealho (competência) 5 F 8,5' ; egitimidade ativa (5,'4) e passiva (5,'4) 5 F 5,'4 F

5,45> ; 9undamentaão @rincípios da legalidade(5,84), impessoalidade (5,84), moralidade (5,84),publicidade (5,84) e efciência (5,84) art. >B,

5 F 5,84 F5,>5 F 5,L4F 5,P5 F

Page 62: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 62/75

caput, da 109: (5,84). 5,B4 F 5,?5L ; Qecessidade de licitaão (5,>5) art. >B, KK+,da 109: (5,>5).

5 F 5,>5 F5,P5

4 ; 0e"uerimento de provas. 5 F 5,'4 F

5,45P ; 0e"uerimento de intervenão do Ministério@!blico.

5 F 5,'4 F5,45

B ; 2alor da causa. 6 do contrato impugnado. 5 F 5,'4 F5,45

E ; 0e"uerimento de condenaão nas verbassucumbenciais.

5 F 5,'4

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

uponha "ue tramite perante a 1-mara dos Deputados@roposta de $menda * 1onstituião da 0ep!blicaestabelecendo a obrigatoriedade de $stados, Municípios eDistrito 9ederal inde<arem a remuneraão de seus servidoresp!blicos de acordo com o sal&rio mínimo.

1onsiderando a situaão hipotética, analise os itens a seguir,

empregando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso3

a) a constitucionalidade da reerida @$1= (2alor3 5,P)

b) a possibilidade de provimento 7urisdicional "ue avalie aconstitucionalidade da @$1 ainda no curso do processolegislativo. (2alor3 5,P4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

A @$1 não resiste ao conronto com as limitaes materiais aopoder de reorma, estabelecidas no artigo P5, GLC, da 109:,mais especifcamente ao enra"uecimento do pactoederativo. +sso por"ue a inde<aão da remuneraão dosservidores estaduais, distritais e municipais pelo sal&riomínimo (f<ado em lei da Snião 9ederal) importa emvulneraão da autonomia dos entes ederativos e, nesse

sentido, em "uebra do pacto ederativo (AD@9 >>F@A).

Page 63: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 63/75

uanto ao item ', a 7urisprudência do 9 7& se frmou nosentido de reconhecer a possibilidade de controle 7urisdicionalda @$1 em tramitaão, reconhecendo a legitimidade dosdeputados e senadores para a impetraão de mandado de

segurana por violaão ao direito lí"uido e certo deobserv-ncia do devido processo legislativo (M 'L.PL'FD9).

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&o

a) Mencionar os limites materiais ao poder dereorma (5,>). Artigo P5, GLC, +, da 109:3 violaão* autonomia dos entes ederativos "uebra dopacto ederativo (5,>).

5 F 5 , > F5,P

b) 6 9 admite o controle 7urisdicional de @$1sdurante a tramitaão legislativa para coibirviolaão ao devido processo legislativo (5,>4).egitimidade do parlamentar para impetraão demandado de segurana (5,>).

5 F 5 , > F5,>4 F 5,P4

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

Marco AntUnio, titular, desde '55P, de mandato de enadorpelo $stado K, pretende se reeleger, em '58L, para o enado,mas dessa ve% como enador pelo $stado V, governado pelasua esposa, Maria, eleita em '585 e "ue pretende a reeleiãoem '58L. 1omo Marco Antonio ir& concorrer, em '58L, aocargo de enador pelo $stado V, @aulo, flho de Marco Antonioe Maria, decidiu "ue na"uele ano ir& se candidatar ao cargode enador pelo $stado K.

Diante desse "uadro, responda3

a) @ode Marco Antonio se candidatar ao cargo de enado pelo$stado V, em '58LO (2alor3 5,B4)

b) @ode @aulo se candidatar ao cargo de enador pelo $stadoK, em '58LO (2alor3 5,4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

Page 64: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 64/75

8. Qão, pois h& impedimento em ra%ão de parentesco. MarcoAntonio se lanaria candidato a enador pelo $stado em "uesua esposa é overnadora. Qeste caso, não ocorre a e<ceãoda parte fnal do art. 8L, par. B, por"ue Marco Antonio não é

Htitular do cargo de enador pelo $stado VI.'. im, por"ue o impedimento previsto no art. 8L, par. B,limita;se aos parentes dos chees do @oder $<ecutivo(@reeito,overnador e @residente).

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 a Po'%uaç&o

Qão. +nelegibilidade relativa (5,4) ; art. 8L, GBC

(5,'4). 6bs.3 A mera resposta HnãoI não épontuada.

5 F 5,'4 F

5,4 F 5,B4

I%e7 bim. A inelegibilidade se aplica apenas aparentes do @oder $<ecutivo (5,4). 6bs.3 A meraresposta HsimI não é pontuada.

5 F 5,4

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

6 @reeito do Município ] apresenta pro7eto de lei "ueoutorga rea7ustes a determinadas categorias de servidoresp!blicos, "ue veio a sorer emendas pelos parlamentaresampliando os beneícios para outras categorias não acolhidasno pro7eto do 1hee do $<ecutivo, com aumento de despesas,em previsibilidade orament&ria. A 1onstituião $stadualprescreve "ue nessa matéria a iniciativa é e<clusiva do 1hee

do $<ecutivo, repetindo normas da 1onstituião 9ederal. A leioi votada por maioria e sancionada pelo @reeito. Alegitimidade prevista para o controle de constitucionalidaderepete, no plano local, a"uela inscrita na 1onstituião 9ederal.

0esponda undamentadamente3

a) A emenda parlamentar ao pro7eto de lei seria possívelO(2alor3 5,P4)

b) $<istiria algum meio de controle de constitucionalidade da

lei votada pela 1-maraO (2alor3 5,L)

Page 65: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 65/75

c) eria o @reeito legitimidade para propor a eventual aãodireta de inconstitucionalidade, mesmo tendo sancionado opro7etoO (2alor3 5,')

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

Qas leis de iniciativa e<clusiva ou privativa do 1hee do @oder$<ecutivo (art. P8, G8C, ++, HaI, da 109:) não pode ocorreremenda parlamentar "ue gere aumento de despesas. (art. P>,+, da 109:).

Qo caso de oensa * 1onstituião $stadual, seria cabível a

aão direta de inconstitucionalidade em ace de lei municipalde competência do ribunal de Justia estadual, com alegitimidade conerida ao 1hee do @oder $<ecutivo local, porsimetria com a 1onstituião 9ederal.

Adite;se "ue mesmo a sanão não seria passível de convalidara norma, não impedindo, portanto, o controle deconstitucionalidade. A 7urisprudência do 9 é uníssona nessamatéria.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 a Po'%uaç&o

Qão. @or ser lei de iniciativa do 1hee do @oder$<ecutivo (5,'4). @rincípio da simetria (5,').6bs.3 A mera resposta HnãoI não é pontuada.

5 F 5 , ' F5,'4 F 5,L4

Artigo P8, G8C, ++, HaI, da 109: (5,8). Artigo P>, +,da 109: (5,8).

5 F 5 , 8 F5,'

I%e7 b

im. Aão direta de inconstitucionalidadeestadual. (5,') Artigo 8'4, G'C, da 109:. (5,')6bs.3 A mera resposta HsimI não é pontuada.

5 F 5 , ' F5,L

I%e7 !im, por simetria * 1hefa do $<ecutivo 9ederal.6bs.3 A mera resposta HsimI não é pontuada.

5 F 5,'

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

Page 66: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 66/75

6 enador da 0ep!blica 2aldecir oi preso em Ragrante porcrime inafan&vel. 6s respons&veis pela prisão comunicaramo ato ao @oder Judici&rio, "ue manteve a prisão.

a) Diante do ato descrito, pode ser tomada alguma medida

para "ue o enador se7a posto em liberdadeO (2alor3 5,P4)

b) $m caso positivo, "ue medida seria e com "ueundamentoO $m caso negativo, 7ustif"ue sua resposta.(2alor35,P)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

N impossível a manutenão da prisão por decisão 7udicial,uma ve% "ue, em unão da imunidade ormal prevista no art.4>, G'C, da 1onstituião da 0ep!blica, cabe * 1asa a "uepertence o parlamentar deliberar sobre a manutenão daprisão nos casos de crimes inafan&veis.

Diante da ilegalidade da manutenão da prisão por autoridadeincompetente para tanto, cabe a impetraão de habeascorpus perante o upremo ribunal 9ederal, conormedisposião do art. 85', +, HbI e HdI, da 109:.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&o

im, por violaão da imunidade ormal (5,>4) nostermos do art. 4>, G'C, da 109: (5,>).6bs.3 A mera resposta HsimI não é pontuada.

5 F 5 , > F5,>4 F 5,P4

A medida cabível é a impetraão de habeascorpus perante o 9 (5,>), nos termos do art.85', +, HbI e HdI, da 109: (5,>).

5 F 5 , > F5,P

V EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2011.2)FGV - Prova aplia!a "# 04$12$2011

P"&a Pro'iioal 

Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universit&rio, domiciliado

na capital do $stado , re"uereu o seu ingresso em programade bolsas fnanciado pelo overno 9ederal, estando

Page 67: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 67/75

matriculado em Sniversidade particular. Ap#s apresentar adocumentaão e<igida, é surpreendido com a negativa do#rgão ederal competente, "ue adu% o não preenchimento dere"uisitos legais. $ntre eles, est& a e<igência de pertencer a

determinada etnia, uma ve% "ue o programa é e<clusivo deinclusão social para integrantes de grupo étnico descrito noedital, podendo, ao arbítrio da Administraão, ocorrerintegraão de outras pessoas, caso ocorra saldo no oramentodo programa. +norma, ainda, "ue e<iste saldo fnanceiro e"ue, por isso, o seu re"uerimento fcar& no aguardo do pra%oestabelecido em regulamento. 6 reerido pra%o não consta nalei "ue instituiu o programa, e o reerido ato normativotambém não especifcou a limitaão do fnanciamento paragrupos étnicos. 1om base na negativa da Administraão

9ederal, a matrícula na Sniversidade particular fcoususpensa, pre7udicando a continuaão do curso superior. 6valor da mensalidade por ano corresponde a 0 '5.555,55,sendo o curso de "uatro anos de duraão. 6 estudantepretende produ%ir provas de toda a espécie, receoso de "uesomente a prova documental não se7a sufciente para odeslinde da causa. +sso oi eito em atendimento * consultarespondida pelo seu advogado ício, especialista em Direito@!blico, "ue indicou a possibilidade de prova pericial

comple<a, bem como depoimentos de pessoas paracomprovar a sua necessidade fnanceira e outrosdepoimentos para indicar possíveis benefci&rios não incluídosno grupo étnico reerido pela Administraão. Adu% ainda "ue opleito deve restringir;se no reconhecimento do seu direitoconstitucional e "ue eventuais perdas e danos deveriam serbuscadas em outro momento. /& urgência, diante dapro<imidade do início do semestre letivo.

Qa "ualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a

pea cabível ao tema, observando3 a) competência do 7uí%o=b) legitimidade ativa e passiva= c) undamentos de méritoconstitucionais e legais vinculados= d) os re"uisitos ormais dapea inaugural. (2alor3 4,5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

6 tema envolve, de início, o e<ame da competência para 7ulgamento da causa "ue envolve a Snião 9ederal e

Sniversidade particular havendo atos encadeados "ueindicam a atuaão con7unta dessas pessoas no polo passivo

Page 68: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 68/75

da demanda, o "ue indica a competência por atraão da Justia 9ederal da capital do $stado , domicílio do autor(109:, art. 85?, G'C).

@or outro lado, atuar& no polo ativo o estudante Mévio e no

polo passivo a Snião 9ederal, "ue negou o fnanciamento e aSniversidade "ue suspendeu a matrícula, por ora doprimeiro ato. $sse litiscons#rcio se afgura necess&rio parasolver a situaão do autor, de orma defnitiva, condenandoambos os su7eitos passivos, nos limites das suasresponsabilidades.

A petião inicial ser& obediente ao rito ordin&rio pelacomple<idade da "uestão envolvida e por envolver apossibilidade de prova pericial comple<a.

uanto aos undamentos "ue devem servir de suped-neopara a pea e<ordial deve o candidato indicar3 a) oensa aoprincipio da isonomia pois esse tipo de fnanciamento nãopode benefciar somente determinado grupo étnico= b) oensaao princípio da legalidade ve% "ue h& conronto entre oregulamento e o te<to legal= c) oensa aos princípiosconstitucionais da Administraão @!blica pois o ato daAdministraão não pode ser arbitr&rio podendo ser

discricion&rio. d) oensa ao direito constitucional * educaão.Qo caso em e<ame, o valor da causa corresponder& aobenefcio econUmico postulado, "ue ser& de '5.555,55 ve%esL, devendo ser f<ado em E5.555,55.

Diante da urgência da medida, dever& o autor apresentarre"uerimento de tutela antecipada caracteri%ando osre"uisitos do art. 'B> do 1@1.

Alternativamente, aceitando a ideia de "ue a atitude do novo

advogado seria recusar a produão de provas, caberiamandado de segurana, corrigido conorme espelho '.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$ < E$pel=o .

+tem um ; 8 cabealho (competência) 5 F 8,5+tem dois legitimidade ativa (5,84) e passiva(5,84) litiscons#rcio (5,'5)

5 F 5 ,84 F5,>5 F 5,>4 F5,45

+tem três undamentaão oensa ao principio

da isonomia pois esse tipo de fnanciamentonão pode benefciar somente determinado

5 F 5 ,'4 F

5,45 F 5,B4 F8,5

Page 69: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 69/75

grupo étnico= b) oensa ao princípio dalegalidade ve% "ue h& conronto entre oregulamento e o te<to legal= c) oensa aosprincípios constitucionais da Administraão

@!blica pois o ato da Administraão não podeser arbitr&rio podendo ser discricion&rio. d)oensa ao direito constitucional * educaão.(5,'4 para cada item)+tem "uatro re"uerimento de provas (geral 5,'4= específcas 5,'4).

5 F 5 ,'4 F5,4

+tem cinco valor da causa (5,'4) 0E5.555,55 (5,'4)

5 F 5 ,'4 F5,4

+tem seis postulaão procedência do pedido.(completo 5,4 F incompleto 5,'4)

5 F 5 ,'4 F5,4

+tem sete re"uerimento de citaão dos réus 5 F 5,'4+tem oito tutela de urgência. 2erossimilhana(5,'4) Srgência (5,'4) @ostulaão de tutelaantecipada (5,'4)

5 F 5 ,'4 F5,4 F 5,B4

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$ < E$pel=o 2

+tem um ; 8 cabealho (competência) 5 F 8,5+tem dois legitimidade ativa (5,84) e passiva(5,84) litiscons#rcio (5,'5)

5 F 5,84 F5,>5 F 5,>4

F 5,45+tem três undamentaão oensa ao principioda isonomia pois esse tipo de fnanciamento nãopode benefciar somente determinado grupoétnico= b) oensa ao princípio da legalidade ve%"ue h& conronto entre o regulamento e o te<tolegal= c) oensa aos princípios constitucionais daAdministraão @!blica pois o ato daAdministraão não pode ser arbitr&rio podendoser discricion&rio. d) oensa ao direito

constitucional * educaão. (5,'4 para cada item)

5 F 5,'4 F5,45 F 5,B4F 8,5

+tem "uatro Qotifcaão da autoridade coatora(uma autoridade 5,'4= segunda autoridade 5,'4).

5 F 5,'4 F5,4

+tem cinco valor da causa (5,'4) "ual"uervalor (f<ar um)(5,'4).

5 F 5,'4 F5,4

+tem seis postulaão procedência do pedido.(completo 5,4 F incompleto 5,'4)

5 F 5,'4 F5,4

+tem sete 0e"uerimento de +ntervenão do M@. 5 F 5,'4

+tem oito 0$S$0+M$Q6 D$ +M+QA0 (5,'4).@0$S@66 9SMS :6Q+ JS0+(5,'4). 5 F 5,'4 F5,4 F 5,B4

Page 70: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 70/75

@$0+1SSM +Q M60A(5,'4)

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 1 

1om o ob7etivo de incrementar a arrecadaão tribut&ria,pro7eto de lei estadual, de iniciativa parlamentar, cria umagratifcaão de produtividade em avor dos 9iscais de 0endas"ue, no e<ercício de suas atribuies, alcancem metaspreviamente estabelecidas. 6 pro7eto é aprovado pelaAssembleia egislativa e, em seguida, encaminhado aoovernador do $stado, "ue o sanciona.

1om base no cen&rio acima, responda aos itens a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso.

a) +ndi"ue a inconstitucionalidade ormal "ue a lei apresenta einorme se a sanão da 1hefa do @oder $<ecutivo teve ocondão de san&;la. (2alor3 5,P4)

b) upondo "ue a lei se7a "uestionada perante o 9 por meiode AD+, de "ue orma poderia o indicato dos 9iscais de

0endas da"uele $stado atuar no eito em deesa da leiO erialegitimidade para interposião de embargos declarat#rioscontra a decisão fnal adotada na AD+O (2alor3 5,P5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

A inconstitucionalidade ormal decorre da não observ-nciadas regras de processo legislativo previstas na 1onstituiãoda 0ep!blica, "ue são, consoante 7urisprudência frme doupremo ribunal 9ederal, de reproduão compuls#ria pelas1onstituies $staduais, uma ve% "ue corol&rio do princípio daseparaão uncional de poderes. Qa situaão proposta, opro7eto de lei de iniciativa parlamentar vulnera a norma doartigo P8, G8C, inciso ++, alínea HaI da 109:, aplic&vel, porsimetria, aos $stados;membros. Qo "ue tange * sanãogovernamental, a 7urisprudência do 9 é pacífca emreconhecer "ue a sanão do overnador não tem o condão de

convalidar o vicio de iniciativa, estando superado $nunciadon. 54 da"uele ribunal.

Page 71: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 71/75

6 indicato dos 9iscais de 0endas do $stado poderia re"uerera sua admissão no eito na "ualidade de amicus curiae, nostermos do artigo BC, G'C, da ei ?.EPEF??. $m sendo deerido opedido, poderia o indicato maniestar;se por escrito e

reali%ar sustentaão oral, mas não poderia interpor recurso,conorme precedentes do 9.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&oA8) 2ício de iniciativa (5,84) artigo P8, G8C,inciso ++, alínea HaI da 109: (5,84) princípioda simetria (5,84).

5 F 5 ,84 F5,>5 F 5,L4

a') A sanão não convalida o vício de iniciativa.(5,'5)

5 F 5,'5

b) 0e"uerer admissão no eito na "ualidade deamicus curiae (5,>5) Artigo BC, G'C, ei ?.EPEF??(5,84) 6 9 não reconhece legitimidaderecursal ao amicus curiae (5,84).

5 F 5 ,84 F5,>5 F 5,L4 F5,P5

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 2 

6 ribunal de 1ontas da Snião (1S), acolhendorepresentaão contendo ortes indícios de irregularidades emprocedimento licitat#rio reali%ado por entidade submetida *sua fscali%aão, determina, cautelarmente, a suspensão docertame e f<a pra%o para "ue o gestor respons&vel apresentedeesa. Ap#s regular instruão do processo, o 1S re7eita asra%es de deesa, confrma a medida acautelat#ria e aplicamulta sancionat#ria ao administrador p!blico respons&velpelas irregularidades.

1om base no cen&rio acima, responda aos itens a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso.

a) N 7uridicamente possível a suspensão cautelar doprocedimento licitat#rio por decisão do 1SO (2alor3 5,P4)

b) upondo "ue, contra a aplicaão da multa sancionat#ria,não tenha sido interposto "ual"uer recurso administrativo,"ual é a providência a ser adotada para sua e<ecuãoO (2alor35,P5)

Page 72: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 72/75

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

uanto * adoão de medidas cautelares pelo ribunal de1ontas da Snião, a 7urisprudência do upremo ribunal9ederal reconhece a atribuião de índole cautelar *s 1ortes de1ontas, com apoio na teoria dos poderes implícitos,permitindo a adoão das medidas necess&rias ao felcumprimento de suas unes institucionais e ao plenoe<ercício das competências "ue lhe oram outorgadas,diretamente, pela pr#pria 1onstituião da 0ep!blica. 6leading case na matéria oi o M 'L.485, 0el. Min. $llenracie, 7ulgamento em 8?;88;'55>, @len&rio, DJ de 8?;>;'55L.Além disso, seria um poder implícito decorrente dacompetência e<pressa no artigo B8, +K, da 109:.

@or sua ve%, "uanto ao item b, as decises dos ribunais de1ontas de "ue resulte aplicaão de multa ostentam efc&ciade título e<ecutivo e<tra7udicial (artigo B8, G>C, 109:) e suae<ecuão compete ao #rgão de representaão 7udicial do entep!blico benefci&rio da condenaão, no caso, a Advocacia;eral da Snião.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&oa8) N 7uridicamente possível a suspensãocautelar do procedimento licitat#rio, conormeprecedentes do 9 (5,>5). A 7urisprudência do9 reconhece o poder geral de cautela aos

 ribunais de 1ontas com undamento na teoriados poderes implícitos. (5,'4)

5 F 5 ,'4 F5,>5 F 5,44

a') Artigo B8, +K, da 109:. (5,85) 5 F 5,85b) 1ompete * AS F representante 7udicialpromover a e<ecuão da multa (5,>5). Adecisão do ribunal de 1ontas "ue aplica amulta tem nature%a de título e<ecutivoe<tra7udicial (5,84) artigo B8, G>C, 109:(5,84).

5 F 5 ,84 F5,>5 F 5,L4 F5,P5

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o  

Page 73: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 73/75

Sm a%endeiro descobriu "ue sua mulher o havia traído comum cidadão de etnia indígena "ue morava numa reservapr#<ima * sua a%enda. Qo mesmo instante em "ue tomouciência do ato, o a%endeiro dirigiu;se * reserva indígena edisparou três tiros contra o índio, "ue, no entanto, sobreviveuao atentado.

1om base nesse cen&rio, responda aos itens a seguir,empregando os argumentos 7urídicos apropriados e aundamentaão legal pertinente ao caso.

a) A "uem compete 7ulgar esse casoO (2alor3 5,L4)

b) ual é o undamento do art. 85?, +K, da 1onstituião da

0ep!blicaO (2alor3 5,L5)c) 1aso o 7ui% ederal entendesse ser incompetente para

 7ulgar esse caso e encaminhasse os autos ao 7ui% de direito eeste também entendesse ser incompetente, a "uem caberiadecidir "ual o 7uí%o competenteO @or "uêO (2alor3 5,L5)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

8. @or se tratar de crime doloso contra a vida, o caso dever&ser 7ulgado pelo ribunal do J!ri, da 7ustia estadual comum.$mbora a vítima se7a um índio, o caso não est& relacionado adisputa de direitos indígenas, ra%ão pela "ual não seriacompetência da Justia 9ederal (art. 85?, K+).

'. A atribuião * Justia 9ederal da competência para 7ulgardisputas sobre direitos indígenas decorre da competênciaatribuída * Snião 9ederal para proteão da cultura indígena,

seus bens e valores (art. '>8, 109:). N por esta ra%ão "ue acompetência, nestas hip#teses, ser& da Justia 9ederal,independentemente do $stado onde o caso tenha ocorrido.

>. A competência, neste caso, ser& do J, pois se trata deconRito negativo de competência entre #rgãos vinculados atribunais diversos (art. 854, +, d, 109:).

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 Po'%uaç&oa) Justia estadual (5,84) ribunal do J!ri 5 F 5,84 F

Page 74: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 74/75

(5,84). Qão se trata de disputa de direitosindígenas (5,84).

5,>5 F5,L4

b) @roteão dos direitos dos índios écompetência da Snião, art. 85?, K+ (5,L) 6S b)

0eerência ao undamento contido no art. 85?,+K. (5,L)

5 F 5,L

c) J (5,'), por ser conRito negativo decompetência entre #rgãos vinculados atribunais diversos 6S art. 854, +, d, da 109:(5,')

5 F 5,' F 5,L

i+a&*o-Pro/l"#a

"+*o 4 

6 @residente da 0ep!blica a7ui%ou aão direta deinconstitucionalidade contra o art. 4C da lei ederal K, de'554. $ssa lei tem sido declarada totalmente inconstitucionalpelo 9 em reiteradas decises, todas em sede de controlediuso.

1om base nesse cen&rio e * lu% da 7urisprudência do 9,responda aos itens a seguir, empregando os argumentos

 7urídicos apropriados e a undamentaão legal pertinente aocaso.

a) 6 Advogado;eral da Snião est& obrigado a deender aconstitucionalidade da lei KO $<pli"ue. (2alor3 5,E)

b) Ao 7ulgar essa AD+, pode o 9 declarar ainconstitucionalidade de outro(s) dispositivo(s) da lei K, alémdo art. 4CO $<pli"ue. (2alor3 5,L4)

Pa!r*o !" R"po+a $ Ep"l,o !" Corr"&*o 

:abar%o Co7e'%ado

8. Qão. $mbora a 1onstituião determine "ue o AS devedeender a constitucionalidade das leis impugnadas atravésde AD+, de acordo com o "ue oi decidido pelo 9 na AD+8P8P, o AS est& dispensado desta obrigaão se a lei em"uestão 7& tiver sido declarada inconstitucional pelo 9através de controle concreto;diuso.

Page 75: Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

7/17/2019 Provas Direito Constitucional 2ª Fase Oab

http://slidepdf.com/reader/full/provas-direito-constitucional-2a-fase-oab 75/75

'. im, caso ha7a interdependência do art. 4 com outrodispositivo legal. N a chamada inconstitucionalidade porarrastamento.

D$%rbuç&o Do$ Po'%o$

I%e7 . Po'%uaç&o@ela 1onstituião, a AS deve deender (5,').@elo 9, est& dispensado se 7& houver decisãodo tribunal pela inconstitucionalidade. (5,P)

5 F 5,' F5,P F 5,E

I%e7 2im, inconstitucionalidade por arrastamento. 5 F 5,L4