-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 19
Fala galera! Tudo na paz? Seguinte, domingo, dia 09/03, rolou a
prova de
Economista para a SUFRAMA. A banca foi o Cespe.
Falando da prova, eu a considerei de dificuldade mediana. Uma ou
outra questo difcil, algumas muito fceis, mas a maioria na mdia.
Tenho
certeza que nossos alunos do curso de Economia aqui no Estratgia
tiveram todo o apoio para fazer uma excelente prova. Com
CERTEZA
ABSOLUTA nosso curso alcanou mais de 90% das questes da prova e
as outras no diretamente comentadas eram possveis de serem
inferidas
com os conhecimentos adquiridos.
S percebi uma possibilidade de recurso na questo 52.
Aquele abrao pra todos vocs e sigam firmes!
Segue a prova comentada!
A tabela acima apresenta os coeficientes tcnicos de horas de
trabalho da mo de obra na produo de uma unidade de alimento
e de uma unidade de tecido em duas economias, identificadas
como A e B. A partir dessas informaes, julgue os itens a
seguir.
51 A economia A tem menos custo de oportunidade na produo de
tecidos que a economia B.
Comentrios:
Repare que a questo fala que os coeficientes tcnicos representam
os coeficientes de HORAS trabalhadas para uma unidade de alimento
e
tecido. No caso em questo, a economia A tem maior custo de
oportunidade na
produo de tecidos, pois deixa de ganhar 3 unidades de alimento
ao resolver produzir tecidos.
J a economia B deixa de ganhar apenas 2 unidades de alimento
para produzir tecidos.
Dessa forma, o custo de oportunidade de A MAIOR.
Gabarito: Errado.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 19
52 Na economia B, o custo de oportunidade na produo de
alimentos menor que o da economia A.
Comentrios: Para a Economia B, o custo de produzir alimentos
significa deixar de
ganhar 3 unidades de tecidos. J para a Economia A, o custo de
produzir alimentos significa deixar de
ganhar 4 unidades de tecidos.
Assim, o custo de oportunidade de B menor que o de A, por isso,
cabe recurso nessa questo.
Gabarito: Errado
Gabarito proposto: Certo
Comentrios:
53 Na comparao entre as duas economias, verifica-se que a
economia B tem vantagem comparativa na produo de tecidos.
Comentrios:
A teoria das vantagens comparativas nos informa que cada
economia deve se especializar na produo de bens em que mais
eficiente. Veja
que a Economia A mais eficiente tanto na produo de alimentos
quanto na de tecidos, mas qual a melhor soluo para as duas
economias em
conjunto? A melhor soluo que A produza Alimentos ( j que mais
eficiente que
B) e B produza tecidos (pois j que A produzir alimentos, B deve
produzir tecidos). Pois, desse modo, a sociedade ter 3 unidades
de
alimento e 3 de tecido. De qualquer outra forma a sociedade ter
mais de
um bem do que de outro e, assim, no teremos uma satisfao
melhor.
Gabarito: Certo
54 Na comparao entre as duas economias, verifica-se que a
economia B possui vantagem absoluta na produo de tecidos.
Comentrios:
Veja que em uma hora, a economia B 3 tecidos OU 2 alimentos,
desse modo, ela deve optar por produzir o que for mais eficiente.
Assim, ela
optar por produzir tecidos.
Gabarito: Certo
55 A economia B apresenta vantagem relativa na produo de
alimentos e tecidos, em comparao com a economia A.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 19
Comentrios: Na verdade, a Economia A possui vantagem relativa,
pois, em uma hora,
produz mais alimento e mais tecido que a Economia B.
Gabarito: Errado
Em relao aos efeitos preo, renda e substituio em uma
microeconomia, julgue os itens seguintes.
56 Dois bens so complementares se a elasticidade-preo
cruzada
da demanda positiva.
Comentrios: Dois bens sero complementares se a elasticidade-preo
cruzada da
demanda for negativa.
Gabarito: Errado
57 Quando a elevao do preo do bem causa reduo da
quantidade demandada, diz-se que o bem inferior.
Comentrios: Nesse caso, o bem um bem normal.
Gabarito: Errado
No que se refere teoria do consumidor, julgue os itens que
se
seguem. 58 Quando preos dos bens e renda do consumidor so
multiplicados por escalar positivo, a restrio oramentria no
alterada.
Comentrios: Multiplicar por um escalar positivo o mesmo que
multiplicar a renda e os
preos na mesma proporo. E, como vimos na nossa aula 01, pgina
49, ao multiplicar renda e preos na mesma proporo, a restrio
oramentria no alterada, pois a equao da linha de oramento
permanece a mesma.
Gabarito: Certo
59 A escolha tima do consumidor sempre caracterizada pela
igualdade entre a taxa marginal de substituio dos bens e a razo
entre os seus respectivos preos.
Comentrios:
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 19
Estudamos o caso das preferncias bem comportadas e, para estas,
a
igualdade entre a TMgS e a razo entre os respectivos preos
vlida. No entanto existem as preferncias mal comportadas e, nesse
caso, tal
relao no vlida. Assim, no sempre que a escolha tima do
consumidor ser caracterizada pela relao apresentada no
enunciado.
Gabarito: Errado.
60 Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1
representado no eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas.
Nessa situao, se o preo de B1 for duplicado e o de B2 for
triplicado, a restrio oramentria do consumidor ser deslocada
para a esquerda e ficar mais inclinada.
Comentrios:
Eixo das ordenadas o eixo vertical. Eixo das abscissas o
eixo
horizontal. Assim, B1 estar no eixo vertical e B2 no eixo
horizontal. Exatamente como vimos em nossa aula, caso haja mudana
nos preos,
haver mudana tambm nos interceptos da curva de oramento. O
intercepto do bem B1 representado por m/p1 enquanto o
intercepto
do bem B2 representado por m/p2. Vimos durante o nosso curso que
o aumento do preo do bem do intercepto vertical (B1) torna a reta
de
restrio menos inclinada e que o aumento do preo do bem do
intercepto horizontal (B2) torna a reta de restrio mais inclinada
(vertical). Assim,
como o preo de B2 aumentou mais que B1 (triplicou, enquanto B1
duplicou), o resultado final que o efeito de B2 ser maior,
tornando,
portanto, a reta de restrio mais inclinada.
Gabarito: Certo.
Considerando a funo utilidade U = 2x0,4 y0,6, com px = 1 e py =
6,
em que pi o preo do bem i e a renda do consumidor igual a 50
unidades monetrias, julgue os seguintes itens.
61 O consumidor escolhe de forma tima 25 unidades do bem x.
Comentrios:
Antes de comearmos os comentrios, importante notar que a funo
utilidade em questo um funo Cobb-Douglas e que, alm disso, o
enunciado ainda nos deu a renda do consumidor. Dessa forma,
podemos usar o biz que aprendemos na aula para resolver as questes
desse
enunciado.
Vimos durante a aula que, para funes Cobb-Douglas, a frmula
que
mostra a quantidade tima do consumidor :
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 19
Onde a o coeficiente de X, b o coeficiente de Y, m a renda do
consumidor e Px o preo de X. Assim, substituindo os
valores, teremos:
Resolvendo a equao, encontraremos que X = 20. Ou seja, a
quantidade
tima do consumo de X igual a 20 e no a 25, como afirma a
questo.
Gabarito: Errado
62 O nvel de satisfao timo do consumidor superior a 17
unidades.
Comentrios: Para encontrarmos o nvel de satisfao timo do
consumidor, temos que
ter o consumo timo da quantidade dos bens X e Y, mas como o
consumo timo de X 20, j podemos concluir que o nvel de satisfao
superior
a 17 unidades.
Gabarito: Certo
63 O consumidor escolhe de forma tima 5 unidades do bem y.
Comentrios:
Da mesma forma como fizemos para o bem X, faremos para o bem Y,
s tomando o cuidado de fazer as alteraes nas variveis.
Substituindo as variveis:
Ao resolvermos a equao acima, chegaremos ao resultado do consumo
timo de Y que de 5 unidades.
Gabarito: Certo
64 A demanda marshalliana do bem x igual a
.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 19
Comentrios:
A demanda marshalliana no foi um tpico em que demos muita ateno,
mas acredito que era possvel responder esse item s com a frmula
de
quantidade tima para funes Cobb-Douglas. Uma demanda
marshalliana uma funo que fornece os valores que resolvem o
problema de maximizao da utilidade, apenas relacionando a
quantidade tima com o preo do bem. Ou seja, uma funo de demanda
tima, a funo de demanda que representa a demanda tima. Para o bem
X, essa funo o prprio biz que passamos na aula.
Assim, a demanda marshalliana para o bem X ser:
Ou seja, a demanda
e no
.
Gabarito: Errado
Considerando a funo de produo Cobb-Douglas descrita por f(x,y) =
Axay, em que x e y so os fatores de produo e a e , os parmetros,
julgue os itens subsequentes.
65 A produtividade mdia e a produtividade marginal do insumo y
so dadas, respectivamente, por Axay-1 e Axay-1. Comentrios:
Questo bem tranquila! S precisamos de algum conhecimento dos
conceitos de produtividade mdia (produo total dividida pela
quantidade) e produtividade marginal (derivada da produtividade
total). Apenas temos que levar em considerao o que pediu a questo:
a Pme e
a Pmg do insumo Y (s do Y).
Produtividade Mdia do insumo y:
Como o y do denominador est dividindo, ele igual, devido a uma
propriedade matemtica, a ser multiplicado por y-1. Ou seja:
Y = Axay.y-1 que igual a Y = Axay -1!
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 19
Produtividade Marginal do insumo y: para isso teremos o clculo
da
derivada. Como estamos querendo saber s a Pmg do insumo y, s
derivaremos a varivel referente ao insumo y, assim, usaremos a
regra
da derivada aprendida em nossa aula que tombarmos o expoente e,
depois, no coeficiente de y, subtrairmos 1. Dessa forma, a funo
produtividade dada no enunciado tem como coeficiente de y o .
Assim, repare que no item, na equao da produtividade marginal do
insumo y, o
est multiplicando (pois foi tombado) e tambm, no insumo y
aparece no expoente a expresso -1, caracterizando assim a correta
aplicao da regra da derivada.
Gabarito: Certo.
66 Se a tecnologia de produo tem rendimentos constantes escala,
ento a produtividade marginal dos fatores constante.
Comentrios: No h, no curto prazo, essa relao entre rendimentos
constantes e
produtividade marginal.
Gabarito: Errado.
67 Se a + > 0, a economia apresenta rendimentos crescentes
escala.
Comentrios:
Ateno em questes desse tipo! Concurseiro que no presta ateno
toma prej! Para que a economia apresente rendimentos crescentes
escala, a soma dos coeficientes deve maior que 1 e no maior que
0.
Gabarito: Errado
Considere que uma firma opera em concorrncia perfeita,
praticando preo de mercado unitrio de 6 unidades monetrias e
cuja funo custo total descrita por
CT = 0,2Q2 - 5Q + 30, em que Q a funo de produo. Com base nessas
informaes, julgue os itens que se seguem.
68 A empresa est no equilbrio de longo-prazo.
Comentrios:
Questo que trabalha mais percepo do que contedo. Repare o termo
30 no final da funo custo. Esse valor independe da produo (pois no
multiplicado por nenhum Q). Se esse valor no depende da produo ele
um custo fixo. E, se temos custo fixo, estamos no curto prazo,
pois
no longo prazo s possumos custos variveis.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 19
Gabarito: Errado
69 A empresa vende mais que 25 unidades.
Comentrios:
Questo de dificuldade mediana. Repare que o enunciado comenta
que o preo de venda de 6, que a firma opera sobre concorrncia
perfeita e
nos d a funo custo. E qual a caracterstica da concorrncia
perfeita que relaciona preo e custo? Exatamente isso que voc pensou
( ou eu
espero que tenha pensado! Kkkkkkkkkkk)! Na concorrncia perfeita,
temos a igualdade P = Cmg. Assim, basta encontrarmos o custo
marginal
e igual-lo ao preo. Assim, acharemos a quantidade tima! Vamos
l?
O custo marginal a derivada da funo custo total. Pelas regras de
derivada que aprendemos no curso, a funo custo marginal ficar
assim:
Cmg = 0,4Q 5.
Igualando P = Cmg, ficaremos com:
6 = 0,4Q 5. Isolando Q, temos que Q = 27,5.
Gabarito: Correto.
70 A firma opera com lucro positivo superior a 120 unidades
monetrias.
Comentrios:
Essa questo fica mais fcil de ser respondida se soubermos
responder o item anterior. Como vimos no curso, o Lucro as Receitas
Custos. Receita Preo x Quantidade e o Custo a questo nos deu.
Assim:
Receitas = P.Q = 6 x 27,5 = 165.
Custos: 0,2(27,5)2 5(27,5) + 30 = 43,75
Lucro = R C = 165 43,75 = 121,25.
Gabarito: Correto.
Considerando o sistema de contas nacionais, os conceitos de
dficit e de dvida pblica e as identidades e os agregados
macroeconmicos, julgue os itens a seguir.
71 Quanto maior for o crescimento da economia de um pas, maior
ser a necessidade de gerao de supervits primrios, para se
manter constante a relao dvida pblica/PIB.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 19
Comentrios:
Quanto maior for o crescimento de um pas, MENOR ser a
necessidade de gerao de supervits primrios, pois como o denominador
PIB cresce
bastante, isso diminui a relao dvida pblica/PIB e, assim, pode
haver um menor esforo para alcanar supervits.
Gabarito: Errado.
72 No clculo do produto interno lquido a preos de mercado,
considera-se o fluxo de bens de propriedade de residentes do
pas, excluindo-se tanto a depreciao quanto os impostos
indiretos e os subsdios.
Comentrios: Mais uma questo que necessita de ateno. O enunciado
est dizendo
que no conceito PILPM so excludos a depreciao, os Imp. Indiretos
e os
subsdios. Isso no verdade, pois o conceito de PILPM leva em
considerao (ou seja, NO exclui) os Impostos Indiretos. Para
lembr-
los, calculamos o PILPM pela frmula:
PIL = PNBcf Depreciao + II Sub.
Gabarito: Errado
73 O produto nacional calculado sob a tica da renda pode ser
expresso pela soma dos salrios e dos lucros das empresas,
deduzindo-se as despesas com aluguis e com juros, para se evitar
a dupla contagem.
Comentrios:
Na verdade, sob a tica da renda, so levadas em considerao os
aluguis e juros, portanto, a questo est errada. Quando levamos
em considerao alguma varivel, ns somamos ela no clculo, no
deduzimos, como afirma a questo.
Gabarito: Errado.
74 As tabelas de recursos e usos (TRU), que representam as
operaes de produo, importao e consumo (intermedirio
e final) por atividade econmica, apresentam como saldo o valor
adicionado e, consequentemente, o produto interno bruto
(PIB) do pas.
Comentrios: No comentamos sobre as TRU em nosso curso. Sentimos
muito por
isso...
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 19
Mas a questo est correta, sim, pois o saldo do valor
adicionado
representa o PIB do pas. Calculamos em nosso curso o PIB sob a
tica do valor adicionado. Assim, dava para chutar certo mesmo no
sabendo exatamente o que eram as TRU.
Gabarito: Certo
No que diz respeito ao comrcio exterior, formao de blocos
econmicos e ao fenmeno da globalizao, julgue os itens
seguintes.
75 O MERCOSUL considerado um mercado comum, porque h livre
movimentao de capital e trabalho entre os pases-membros
do bloco.
Comentrios:
Questo bem simples tambm! Vimos que o MERCOSUL tem o OBJETIVO de
se tornar um mercado comum, mas que ele ainda no chegou l. Na
pgina 47 da aula 9 parte II, vimos que, atualmente, o MERCOSUL
considerado uma unio aduaneira imperfeita e no um mercado
comum.
Gabarito: Errado
76 Os efeitos do processo de globalizao so tanto positivos
quanto negativos, uma vez que esse fenmeno permitiu a
melhor alocao de fatores de produo, mas aumentou a
interdependncia econmica de pases com poucas relaes
comerciais.
Comentrios: Questo de conhecimentos gerais! Exatamente isso.
Esse enunciado
resume bem as caractersticas do Comrcio Internacional que vimos
no
nosso curso.
Gabarito: Certo
77 O livre-comrcio de mercadorias entre dois pases tende a
aumentar a riqueza de ambos os pases, ainda que um deles
seja mais eficiente, em termos absolutos, na produo de qualquer
mercadoria.
Comentrios:
Questo tambm correta. Mesmo que um deles seja mais eficiente, em
termos absolutos, na produo de uma mercadoria, o comrcio TENDE
a
aumentar a riqueza entre os dois pases. Se um pas possui
vantagem na produo de uma mercadoria, ele ir se especializar na
produo dessa
mercadoria e precisar adquirir as outras mercadorias no
mercado
internacional. Assim, o comrcio entre pases beneficia os dois
pases.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 19
Gabarito: Certo
O balano de pagamentos o registro contbil das transaes econmicas
de um pas com o resto do mundo. Acerca desse
assunto, julgue os prximos itens.
78 Um dos objetivos da criao do Fundo Monetrio Internacional
(FMI) foi a concesso de emprstimos aos
pases-membros para se reduzir a durao e se diminuir a
intensidade do desequilbrio nos balanos de pagamentos
desses pases.
Comentrios: Esse foi, de fato, um dos objetivos do FMI. Vimos
esse assunto logo no
comeo de nossa aula 09, parte II.
79 Conceder subsdios s exportaes e estabelecer restries no
tarifrias s importaes, embora sejam medidas contrrias aos
preceitos do livre- comrcio, so formas de se elevar o saldo da
balana comercial e reduzir o dficit no balano de pagamentos.
Comentrios: Certo! As questes 51 e 53 da nossa aula 09, parte I,
ajudam muito a
responder essa questo. A Balana Comercial do BP composta pelas
exportaes e importaes (X M) . Assim, quando h subsdios s exportaes
h um aumento das exportaes (aumenta o X). Quando h restrio para as
importaes h uma diminuio das importaes
(diminui o M). Assim, como houve aumento de X e diminuio de M, h
uma melhora no saldo X M e, ento, uma melhor no saldo da BC, que
reduz o dficit no Balano de Pagamentos.
Gabarito: Certo
80 Um pas est sujeito a perder reservas internacionais caso
o
ingresso lquido de recursos financeiros registrados na conta de
capital e na conta financeira supere o dficit registrado no
balano de transaes correntes.
Comentrios: Na verdade, no. Se o ingresso lquido de recurso
financeiros na CCF
superior ao dficit em TC, isso significa que o BP superavitrio.
Dessa forma, como o BP superavitrio h GANHO em reservas
internacionais e
no perda como afirma a questor. Obs: Cuidado para no confundir
as reservas internacionais com a VARIAO das reservas
internacionais.
Gabarito: Errado
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 19
81 A valorizao do real frente ao dlar norte-americano aumenta o
poder de compra do exportador brasileiro e encarece os
produtos importados, o que resulta na elevao do saldo da balana
comercial.
Comentrios:
T tudo ao contrrio! A valorizao do real frente ao dlar
norte-americano DIMINUI o poder de compra do exportador brasileiro
(pois o
produto dele fica mais caro para os estrangeiros que compram
seus produtos) e BARATEIA os produtos importados, o que resulta na
PIORA do
saldo da balana comercial.
Gabarito: Errado.
Acerca dos agregados monetrios, bem como dos instrumentos e
efeitos econmicos das polticas monetria e fiscal, julgue os
itens subsequentes.
82 As operaes de mercado aberto so os instrumentos mais
eficazes de poltica monetria, nas quais o Banco Central vende
ttulos para aumentar a liquidez da economia e produzir
uma elevao da renda.
Comentrios: Na verdade, quando o Banco Central vende ttulos ele
DIMINUI a liquidez
na economia, pois entrega ttulo e retira moeda.
Gabarito: Errado
83 A elevao da taxa de recolhimento compulsrio, que mede a
relao entre os encaixes legais e os depsitos vista de bancos
comerciais, reduz o volume de meios de pagamento em
circulao na economia, movimento que representado pelo
deslocamento da curva LM para a esquerda.
Comentrios:
Certssimo! Quando elevamos a taxa de recolhimento compulsrio,
praticamos poltica monetria restritiva (h reduo do volume de
meios
de pagamento em circulao) e, assim, a curva LM se desloca para a
esquerda.
Gabarito: Certo.
84 A adoo de uma poltica fiscal restritiva por meio da
elevao
de impostos tende a aumentar a renda, deslocando a curva IS
para a direita.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 19
Comentrios:
Erradssimo! Uma poltica fiscal restritiva tende a DIMINUIR a
renda e desloca a curva IS para ESQUERDA.
Gabarito: Errado
85 A senhoriagem uma poltica limitada em razo do risco de se
criar processo inflacionrio, embora possa ser utilizada para se
financiar o dficit pblico e se manter constante a relao dvida
pblica/PIB.
Comentrios: Falamos da senhoriagem na aula 14 de nosso curso. E
todas essas
implicaes que a questo cita estava l no nosso material e esto,
de fato, corretas.
Gabarito: Certo
86 Os meios de pagamentos ampliados (M2) correspondem soma dos
meios de pagamentos restritos (M1) com os depsitos
especiais remunerados, depsitos de poupana e ttulos emitidos por
instituies depositrias.
Comentrios:
Correto! Questo meio decoreba, ento, no temos muito o que
acrescentar...
Gabarito: Certo
Considerando o papel do governo na economia, os postulados
da
teoria keynesiana, as curvas de oferta e demanda agregada e
a
relao destas com a curva de Philips, julgue os itens que se
seguem.
87 Com a adoo de uma poltica monetria contracionista,
reduz-se a taxa de juros e aumenta-se o volume real de moeda,
deslocando-se a curva LM para a direita e para cima, contudo,
sem
gerar efeitos na curva de demanda agregada.
Comentrios: No way, man! Esses so efeitos da poltica monetria
EXPANSIONISTA.
Mas, no caso de uma poltica monetria expansionista, o
deslocamento da LM para direita e para baixo.
Gabarito: Errado
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 19
88 A adoo de uma poltica fiscal expansionista tende a elevar
a
inflao e a demanda agregada e a reduzir a taxa de desemprego,
relao entre preos e mercado de trabalho
ilustrada na curva de Philips.
Comentrios: Questo correta! Essa questo abordou conhecimentos
das nossas aulas
12 e 13. Como esses so efeitos esperado de uma poltica fiscal
expansionista, no tenho muito o que acrescentar...
Gabarito: Certo
89 O governo tem como funes a busca da adequada alocao de
bens pblicos e a promoo de distribuio de renda equitativa, de
forma que a estabilidade e o crescimento
econmicos so alcanados pela prpria dinmica do sistema
de mercado.
Comentrios: Errado! Vimos que as funes do governo so 3:
alocativa, distributiva e
estabilizadora. Nesse item, o Cespe apenas atribui ao governo as
duas primeiras funes, o que errado, j que vimos que o Governo, de
forma
proativa, age tambm para estabilizar a economia, ou seja, essa
estabilidade no automtica.
Partindo do pressuposto da Teoria da Mo Invisvel de Adam Smith
at
poderamos tentar um recurso, mas duvido que o Cespe aceite.
Gabarito: Errado.
90 Na teoria geral do emprego, Keynes refuta a noo de pleno
emprego ao admitir que os salrios nominais so rgidos e o
desemprego involuntrio o que, dado um baixo nvel de
demanda agregada, pode levar recesso econmica.
Comentrios: Conversamos sobre as ideias de Keynes na nossa aula
10. Na aula, vimos
que Keynes considerava que os salrios nominais so rgidos e que o
desemprego (aula 13) tem um vis involuntrio.
Repare que apesar da questo no ter citado o curto prazo, ela
cita Keynes e, por isso, podemos inferir que estamos tratando do
curto prazo.
Gabarito: Certo
Com relao s polticas fiscal e monetria do setor pblico,
julgue
os itens a seguir.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 19
91 Considerando-se que a poupana nacional seja superior ao
investimento agregado e que as reservas internacionais sejam
constantes, ser correto afirmar que o pas apresentar dficit
em transaes correntes.
Comentrios: Se a poupana NACIONAL superior ao investimento
agregado isso
significa que a poupana externa negativa, pois Poupana =
Investimento. Assim como vimos na aula, uma poupana externa
negativa significa um SUPERVIT em TC.
A condio das reservas internacionais constantes demonstra apenas
que o BP est em equilbrio (pois no h variao das reservas
internacionais).
Gabarito: Errado.
92 A variao positiva das reservas internacionais faz que o
BACEN tenha de vender ttulos pblicos no mercado para manter a
taxa de juros, SELIC, constante, o que resulta diretamente da
fixao da taxa de juros pelo BACEN.
Comentrios: Exatamente! Se houve variao positiva das reservas
internacionais o
pas gastou suas reservas internacionais e h menor moeda
estrangeira no pas. Assim, a tendncia natural seria a moeda
estrangeira se
valorizar. Para que isso no acontea, o BACEN pode optar por
retirar moeda NACIONAL de circulao (vendendo ttulos pblicos, por
exemplo)
e assim, como haver diminuio da circulao tanto de moeda nacional
quanto da estrangeira, haver novo equilbrio (com um nvel de oferta
de
moeda mais baixo) e a taxa de juros permanecer constante.
Gabarito: Certo
93 A reduo do compulsrio por parte do Banco Central do
Brasil (BACEN), independentemente do comportamento dos bancos
comerciais, amplia a liquidez da economia.
Comentrios:
Para ampliar a liquidez da economia, a reduo do compulsrio pelo
BACEN depende do comportamento dos bancos comerciais. O que
ocorre
que quando o BACEN reduz o compulsrio e os bancos comerciais
emprestam esses recursos que antes estavam contingenciados, h
ampliao da liquidez da economia. Diferentemente, se os bancos
resolverem no repassar esses recursos, sob a forma de emprstimos
ou
o que for, para os clientes, no haver ampliao da liquidez.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 19
Gabarito: Errado
94 A emisso de letras financeiras do tesouro (LFT) para
financiar
a dvida pblica brasileira reduz o poder da poltica monetria.
Comentrios: Se houve emisso de LFT (que so ttulos pblicos) h uma
diminuio da
moeda em circulao e, assim, uma reduo do poder da poltica
monetria.
Gabarito: Certo
Julgue os itens subsequentes, relativos estrutura oramentria
e
evoluo do dficit e da dvida pblica no Brasil.
95 A DBGG considera o total das dvidas de responsabilidade
do
governo junto ao setor privado.
Comentrios: Sim, a DBGG compreende o total das dvidas do governo
junto ao setor
privado, ao setor pblico financeiro, ao BACEN e ao resto do
mundo. Vimos esse conceito na pgina 15 da nossa aula 14. No caso, a
questo
s falou da dvida junto ao setor privado, mas ela no est
incorreta, pois a questo no falou em somente. Gabarito: Certo
96 Uma operao de crdito internacional a favor do governo
federal aumenta a DBGG.
Comentrios:
Sem problemas aqui, n? Se o Governo Federal pega um emprstimo
internacional emprestado, ele aumenta sua Dvida. Assim, a DBGG
aumenta seu saldo (aumenta a dvida) j que a DBGG leva em
considerao tambm a dvida do Governo em relao ao resto do
mundo.
Gabarito: Certo
97 O clculo da dvida bruta do governo geral (DBGG) considera as
operaes compromissadas realizadas pelo BACEN.
Comentrios:
O conceito de Dvida que NO leva em considerao as operaes
compromissadas o de dvida mobiliria. O conceito DBGG leva em
considerao essas operaes.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 19
Gabarito: Certo
98 O clculo da dvida bruta realizado no Brasil difere
daquele
realizado pelo FMI.
Comentrios: Na verdade, o clculo da dvida bruta segue as
orientaes emanadas
pelo FMI. Conversamos rapidamente sobre isso na pgina 5 da nossa
aula 14.
Gabarito: Errado
Considere que uma economia seja descrita pelas equaes
abaixo,
em que u a taxa de desemprego, g a taxa de crescimento da
economia, a taxa de inflao, gm a taxa de crescimento da oferta de
moeda e t o indicativo de tempo, base anual.
ut = ut - 1 - 0,2(gt - 0,03)
t = t - 1 - (ut - 0,06) gt = gmt - t Com base nas informaes
apresentadas acima, julgue os itens
que se seguem. 99 Caso o Banco Central reduza a taxa de inflao
de 10% para
5% ao ano de uma nica vez, a taxa de desemprego subir para
13%.
Comentrios:
Questo bem simples! s substituir o valor na frmula da inflao
(j
que temos duas taxas de inflao)! A inflao atual 10% (t-1), pois
o Bacen quer reduzir a taxa de 10% para a de 5 % (essa taxa de 5%
ento
a futura, t).
nt = nt-1 (ut 0,06)
0,05 = 0,10 ut + 0,06 (Aqui, j substitu e fiz o jogo de
sinais)
Assim, ut = 0,11 = 11%
Gabarito: Errado
100 O produto potencial da economia de 3% ao ano.
Comentrios:
Infelizmente, no abordamos esse tema no curso...
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 19
O pior que era fcil pois na equao sobre desemprego levamos
em
considerao o produto da economia e o produto potencial. O
produto potencial entra diminuindo no clculo. T vendo aquele 0,03 l
na
equao de desemprego? Ento, justamente o produto potencial, que
escrito de outra forma, o 3% que o item fala.
Gabarito: Certo
101 Se for observada inflao de 10% ao ano e a economia
estiver
operando no nvel do produto potencial, a taxa de crescimento da
oferta de moeda ser de 13% ao ano.
Comentrios:
Fcil, fcil, s substituir na ltima frmula, de acordo com as
especificaes do enunciado.
gt = gmt nt
0,03 = gmt 0,1
Gmt = 0,03 + 0,1 = 0,13 = 13%
Gabarito: Certo
Acerca de bens pblicos, julgue os itens a seguir. 102 Os
shopping centers so tradicionalmente classificados como
bens pblicos.
Comentrios: Shopping centers apresentam rivalidade e excluso do
consumo, por isso,
no podem ser classificados como bens pblicos.
Gabarito: Errado
103 O sistema monetrio nacional pode ser considerado um
exemplo de bem comum.
Comentrios: Sei l o que o Cespe quis dizer com essa questo!
Kkkkkkkkkkkk
Deixando a brincadeira de lado, acredito que o termo bem comum
se aproximaria do conceito de bem pblico, nesse caso. E assim,
podemos inferir que o gabarito Errado, pois o sistema monetrio
apresenta
caractersticas de excluso no consumo e rivalidade.
O Cespe deu uma viajada? Com certeza.
-
Economia - Cespe Prova Comentada
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho
Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 19
Gabarito: Errado.
Com relao aos conceitos de dvida pblica e supervit primrio,
julgue os itens seguintes.
104 No clculo da dvida lquida do setor pblico, no so
consideradas as dvidas junto a instituies como Caixa
Econmica Federal, Banco do Brasil, BNDES e demais bancos pblicos
federais.
Comentrios:
Correto, pois a DLSP no leva em considerao o setor pblico
financeiro.
Gabarito: Certo
105 O supervit fiscal primrio corresponde diferena entre
receitas e gastos governamentais, excetuadas as despesas com
pagamento de juros. No conceito acima da linha, as receitas so
apuradas pelo regime de caixa, enquanto as despesas so apuradas
pelo regime de competncia.
Comentrios:
Na verdade, no h relao entre os critrios acima/abaixo da linha e
os
regimes de contabilizao. Mas, no conceito primrio, as receitas e
despesas so apuradas, ambas, pelo regime de caixa.
Gabarito: Errado.