-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Pr-Reitoria de Graduao -
PROGRAD
PROCESSO SELETIVO 2013
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
Provas de Redao, Lngua Portuguesa, Literatura Brasileira,
Conhecimentos Gerais e Lngua Estrangeira/Espanhol
N. doc. identificao (RG, CNH etc.): Assinatura do(a)
candidato(a):
Voc confia no resultado! Alagoas, 17 de maro de 2013.
UA
B/2
01
3
CADERNO DE QUESTES
1. Este Caderno de Questes somente dever ser aberto quando for
autorizado pelo Fiscal.
2. Assine neste Caderno de Questes e coloque o nmero do seu
documento de identificao (RG, CNH
etc.).
3. Ao ser autorizado o incio da prova, verifique se a numerao
das questes e a paginao esto corretas. Verifique tambm se contm 1
(um) tema de redao e 40 (quarenta) questes objetivas com 5
(cinco)
alternativas cada, caso contrrio comunique imediatamente ao
Fiscal.
4. Voc dispe de 3h00 (trs horas) para fazer esta prova. Faa-a
com tranquilidade, mas controle seu tempo. Esse tempo inclui a
marcao da Folha de Respostas de questes objetivas e o
preenchimento
da Folha de Redao. Voc somente poder sair em definitivo do Local
de Prova depois de decorrido o
tempo total de prova (3h00 - trs horas).
5. Na Folha de Respostas de questes objetivas, confira seu nome,
nmero do seu documento de identificao, curso/polo escolhido e lngua
estrangeira.
6. Em hiptese alguma lhe ser concedida outra Folha de Respostas
de questes objetivas e/ou Folha de
Redao.
7. Preencha a Folha de Respostas de questes objetivas e a Folha
de Redao utilizando caneta esferogrfica de tinta azul ou preta. Na
Folha de Respostas objetivas, preencha completamente o
crculo correspondente alternativa escolhida, conforme
modelo:
8. Ser atribudo o valor ZERO questo que contenha na Folha de
Respostas de questes objetivas: dupla marcao, marcao rasurada ou
emendada, no preenchida totalmente ou que no tenha sido
transcrita.
9. A correo da prova objetiva ser efetuada de forma eletrnica e
considerando-se apenas o contedo
da Folha de Respostas de questes objetivas. 10. Caso a Comisso
julgue uma questo como sendo nula, os pontos sero atribudos a todos
os
candidatos.
11. No ser permitida qualquer espcie de consulta. 12. A Redao
dever ter no mnimo 20 (vinte) e no mximo 30 (trinta) linhas,
considerando-se letra de
tamanho regular. No responda a lpis.
13. Ao terminar a prova, devolva ao Fiscal de Sala este Caderno
de Questes, juntamente com a Folha de
Respostas de questes objetivas e a Folha de Redao, e assine a
Lista de Presena.
Boa Prova!
INSTRUES GERAIS
LLEETTRRAASS//EESSPPAANNHHOOLL -- LLiicceenncciiaattuurraa
Curso de graduao em:
Coordenadoria Institucional
de Educao a Distncia
-
RASCUNHO DA REDAO 01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
ATENO! No coloque seu nmero de inscrio, nome ou assinatura
em
qualquer local da prova de redao. Isso o identificar e
consequentemente anular sua prova.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
1
REDAO
Leia o fragmento de reportagem abaixo:
BEBS VENDA - Para o jurista americano Richard Posner, a venda de
bebs eliminaria a burocracia envolvida no processo de adoo e
reduziria filas de espera em orfanatos. As crianas tambm sairiam
ganhando, por serem criadas em lares com melhores condies
econmicas. Regras claras impediriam eventuais abusos - pessoas com
ficha criminal, por exemplo, ficariam alijadas do processo. Mas
esse sistema no transforma uma criana em um produto - e assim
retira o valor intrnseco da vida humana? (VEJA, 21 de novembro de
2012).
Considere as ideias contidas no fragmento de reportagem da
revista VEJA e escreva um texto dissertativo-argumentativo.
TEMA:
Adote como tema a proposio temtica do trecho sublinhado na
matria.
Instrues: Para elaborar a sua redao, respeite os seguintes
critrios enumerados abaixo.
1. Seu texto ser do tipo dissertativo-argumentativo e ter no
mnimo 20 e no mximo 30 linhas. 2. A abordagem do tema no dever
restringir sua reflexo a casos particulares e especficos. 3.
Formule uma opinio sobre o assunto e apresente argumentos que
defendam seu ponto de vista. 4. Para esclarecer esses argumentos,
apresente causas e consequncias, exemplos, fatos-exemplo, dados e
testemunhos. 5. Conclua, defendendo sua posio. 6. Sirva-se da
leitura dos fragmentos apresentados somente para fazer uma reflexo
sobre o assunto e criar ideias para sua
redao. No os transcreva como se fossem seus. 7. Responda somente
com caneta de tinta azul ou preta e no se identifique com marcas,
assinaturas etc. na Folha de Resposta
da Redao.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
2
LNGUA PORTUGUESA
As questes 1 e 2 referem-se ao texto abaixo. Na TV, a audincia
do Big Brother patina. Nas redes sociais,
o programa um dos assuntos mais comentados. o fenmeno da segunda
tela o hbito de usar a internet para comentar em tempo real o que
se v na TV. E, a julgar pelo teor das postagens, o pblico das redes
gosta da poesia de Pedro Bial. Levantamento exclusivo de veja.com
mostra que, na semana seguinte estreia, 78,9% das postagens no
Twitter sobre o BBB foram positivas (VEJA, 6 de fevereiro de 2013,
p. 7).
1. As informaes expressas no texto concluem que A) a
caracterstica bsica do BBB a contradio que o
inviabiliza para as diferentes formas de mdias. B) os conflitos
que se evidenciam nas relaes entre os
confinados do BBB planificam as convivncias; por isso,
justificvel sua aceitao pelo pblico das redes.
C) o BBB, apesar de no mais interessar a certo pblico, consegue
revigorar-se em outras facetas de mdias e de audincia.
D) a generalidade nas formas de relaes em uma amostra de pblico
confinado fundamenta a audincia do BBB nas redes sociais.
E) esse tipo de programa j apresenta um formato obsoleto para
todos os tipos de pblico.
2. Em geral, o texto apresenta informaes A) que conceituam o BBB
nas suas variadas edies. B) que justificam o aumento da audincia do
BBB para o seu
pblico tradicional. C) que desconsideram o fenmeno da segunda
tela para a
justificativa de audincia do BBB. D) que retificam os ndices de
audincia do BBB nas redes
sociais. E) que suscitam uma mudana de comportamento do
pblico
na maneira de compreender e de recepcionar esse tipo de programa
televisivo.
A questo 3 refere-se ao texto abaixo. Lus Tinoco foi ter com
ele. Levou-lhe o soneto e a ode
impressos, e mais algumas produes no publicadas. Essas oravam
pela ode ou pelo soneto. Apareciam imagens safadas, expresses
comuns, frouxo alento e nenhuma arte (Machado de Assis).
3. Considerando a concordncia nominal, em qual opo a reescrita
da orao sublinhada no texto apresenta um uso indevido?
A) Levou-lhe impresso o soneto e a ode. B) Levou-lhe impressa a
ode e o soneto. C) Levou-lhe a ode e o soneto impresso. D)
Levou-lhe impressas a ode e o soneto. E) Levou-lhe a ode e o soneto
impressos.
As questes 4 e 5 referem-se ao texto abaixo.
Locadora de vdeo em casa
por Fabola Perez
Com o avano da internet, j possvel contar com um acervo de
milhares de filmes sem sair do sof. Saiba como usar o
servio e as novidades prestes a chegar ao mercado brasileiro
Ao contrrio do que muita gente previu, as locadoras de vdeo no
desapareceram com o avano da internet e da pirataria. Elas apenas
mudaram de lugar: esto agora nas casas dos consumidores. Em 2012, a
quantidade de filmes reproduzidos via streaming (sistema que
permite a transmisso do contedo em tempo real) cresceu de forma
espantosa no Brasil, passando de 1,4 milho para 3,4 milhes. As
empresas que no migrarem para essa tecnologia ficaro ultrapassadas,
afirma Flvio Velardo, scio-diretor da Enterplay, primeira companhia
brasileira a disponibilizar filmes em streaming com tecnologia
nacional. Velardo, porm, aponta dois entraves para um crescimento
ainda maior: o acesso limitado banda larga e ao contedo. O problema
da banda larga vem sendo discutido pelo governo e a ampliao do
contedo depende de investimentos das empresas. [...]
Revista ISTO, 13 fev/2013 ANO 37 N 2256.
4. A justificativa para o emprego da vrgula no contexto: Com o
avano da internet, j possvel [...], coincide com:
A) Ao contrrio do que muita gente previu, as locadoras de vdeo
[...]
B) Em 2012, a quantidade de filmes reproduzidos [...] C) [...]
cresceu de forma espantosa no Brasil, passando de 1,4
milho [...] D) [...] afirma Flvio Velardo, scio-diretor da
Enterplay [...] E) Velardo, porm, aponta dois entraves para
[...]
5. Nos perodos: [...] as locadoras de vdeo no desapareceram
[...] / [...] e a ampliao do contedo depende de investimentos das
empresas [...], os termos destacados exercem, respectivamente, as
seguintes funes sintticas:
A) adjunto adnominal / complemento nominal / objeto indireto /
adjunto adnominal
B) adjunto adnominal / complemento nominal / objeto indireto /
complemento nominal
C) complemento nominal / complemento nominal / objeto indireto /
adjunto adnominal
D) adjunto adnominal / complemento nominal / objeto direto /
adjunto adnominal
E) adjunto adverbial / complemento nominal / objeto direto /
adjunto adnominal
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
3
As questes de 6 a 9 referem-se ao texto abaixo.
Fumo afeta protena de forma similar fibrose cstica, diz estudo
Estudo indica que fumantes crnicos sofrem males
semelhantes doena. Pesquisa foi publicada na revista
cientfica 'PNAS'.
Um estudo realizado por diversas instituies francesas de
pesquisa sugere que sintomas de insuficincia pulmonar que atingem
fumantes podem ocorrer devido a alteraes no funcionamento de duas
protenas que tambm esto ligadas fibrose cstica.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira (18) na revista
"Proceedings of the Natural Academy of Sciences" (PNAS, na sigla em
ingls), da Academia Americana de Cincias.
Muitos fumantes sofrem de Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica
(conhecida por DPOC), problema caracterizado pelo comprometimento e
destruio dos alvolos, que tem como sintomas a tosse persistente,
crises de bronquite e falta de ar.
A DPOC causa condies parecidas aos efeitos da fibrose cstica nos
pulmes. A fibrose cstica, que hereditria, faz com que o indivduo
possua pulmes estruturalmente normais na infncia, mas que vo sendo
atingidos, com o tempo, por sucessivas inflamaes e infeces.
A fibrose cstica gera defeitos no funcionamento de uma protena
chamada CFTR, encontrada nos pulmes e vias areas, segundo os
cientistas. A doena, que tem origem gentica, leva insuficincia
respiratria crnica e hipertenso pulmonar, entre outros problemas,
de acordo com dados da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Os pesquisadores da Universidade de Reims Champagne-Ardenne, um
dos grupos responsveis pelo estudo francs, exploraram os mecanismos
pelos quais a fumaa do cigarro alteraria o funcionamento da protena
CFTR em ratos. Eles descobriram que outra protena, encontrada em
clulas epiteliais das vias areas, se liga nicotina. Esta protena
provavelmente cumpre o papel de regular o funcionamento da CFTR,
segundo o estudo. [...]
Disponvel:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/02/fumo-afeta-proteina-de-forma-similar-fibrose-cistica-diz-estudo.html
6. Nas opes seguintes, prope-se a classificao de uma palavra
destacada, quanto ao processo de formao. Uma opo, entretanto,
falsa. Marque-a.
A) Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (conhecida por DPOC) [...]
Siglonimizao.
B) [...] problema caracterizado pelo comprometimento [...]
Hibridismo.
C) [...] tem como sintomas a tosse persistente [...] Processo de
derivao sufixal.
D) [...] e hipertenso pulmonar [...] Processo de derivao
prefixal.
E) Esta protena provavelmente [...] Processo de derivao
sufixal.
7. Com base na anlise lingustica do texto, e considerando os
aspectos a seguir,
I. No ttulo do texto, o uso do acento grave est em desacordo com
as normas gramaticais.
II. No perodo: Estudo indica que fumantes crnicos sofrem males
semelhantes doena, o emprego do sinal de crase opcional.
(Ttulo)
III. Em [...] devido a alteraes no funcionamento de duas
protenas [...], o termo regente exige a preposio a e o termo regido
apresenta palavra feminina; portanto, deveria haver um acento
grave. (1 Pargrafo)
IV. No perodo: A doena, que tem origem gentica, leva
insuficincia respiratria crnica [...], a regncia do verbo levar
encontra-se equivocada. (5 Pargrafo)
verifica-se que esto incorretas as proposies A) I, II e III,
somente. B) II, III e IV, somente. C) I, II, III e IV. D) II e IV,
somente. E) III e IV, somente.
8. No texto em questo, podemos reconhecer a funo A) referencial,
por apresentar linguagem no verbal de modo
claro, preciso e objetivo. B) denotativa, porque a linguagem foi
organizada em funo do
referente, ou seja, do que se fala na manchete de jornal, com
ambiguidade.
C) referencial, por ter sido escrito em terceira pessoa, com
frases estruturadas na ordem direta e por apresentar linguagem
denotativa.
D) conotativa, utilizando como recursos de persuaso argumentos
significativos em relao ao pblico-alvo.
E) expressiva, porque o jornalista posiciona-se em relao ao tema
de que est tratando.
9. Analise os perodos abaixo, retirados do texto e, em seguida,
assinale a opo em que no aparece um mecanismo de coeso textual.
A) Um estudo realizado por diversas instituies francesas de
pesquisa sugere que sintomas de insuficincia [...](1 Pargrafo)
B) Muitos fumantes sofrem de Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica
[...](3 Pargrafo)
C) A fibrose cstica, que hereditria, faz com que o indivduo
possua pulmes estruturalmente normais [...](4 Pargrafo)
D) [...] que o indivduo possua pulmes estruturalmente normais na
infncia, mas que vo sendo atingidos [...](4 Pargrafo)
E) A doena, que tem origem gentica, leva insuficincia
respiratria crnica [...](5 Pargrafo)
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
4
A questo 10 refere-se ao texto abaixo. Uma sede horrvel
queimava-lhe a garganta. Procurou ver
as pernas e no as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a viso.
Ps-se a latir e desejou morder Fabiano. Realmente no latia: uivava
baixinho, e os uivos iam diminuindo, tornavam-se quase
imperceptveis (Graciliano Ramos Vidas secas).
10. O pequeno fragmento da obra de Graciliano Ramos A) apresenta
uma sequncia gradativa de atos marcada pelas
reminiscncias do animal. B) um painel de imagens em fragmentos,
no qual se
evidenciam metforas e catacreses. C) apresenta aes do animal
configuradas a partir de uma
perspectiva personificada. D) mostra a ampliao dos sentidos do
animal que se
reconhece a partir de sua limitao auditiva. E) animaliza o
indivduo humano a partir da perspectiva de um
co.
A questo 11 refere-se ao texto abaixo.
Quando se diz: segundo fulano de tal ou pesquisa cientfica X, h
o desejo de atribuir autoridade ao argumento, buscar nas relaes
sociais outros exemplos de estratgias argumentativas da interlocuo
persuasiva (Revista Lngua Portuguesa, fevereiro/ 2013, p. 64).
11. H no texto acima a seguinte concluso: A) as opinies e o
resultado de pesquisas conferem
credibilidade argumentao. B) as estratgias argumentativas
prescindem da necessidade
de convencimento. C) h incongruncia entre a veracidade do
argumento e as
pesquisas ou opinies de pessoas importantes. D) a estrutura da
opinio argumentativa no peculiar s
opinies de fulano de tal ou pesquisa cientfica X. E) a
interlocuo persuasiva refuta o princpio da
argumentao.
A questo 12 refere-se ao texto abaixo. Acabo comprando o
primeiro amor barato que me
aparece, por achar que j que est em liquidao, no me custar quase
nada experimentar e a vou usando sentimentos baratinhos, que no
pesam, no duram (http://natudo.com/2012/07).
12. O texto relaciona o amor a coisas negociveis. Essa estrutura
textual
A) apresenta um carter essencialmente hiperblico. B) se utiliza
das estratgias metafricas da linguagem. C) mostra o sentido dos
contrrios, estratgia inerente
presena de antteses. D) est abundante de neologismos; por isso,
justifica-se a
presena de catacrese. E) se ope subjetividade dos textos
literrios.
As questes de 13 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Nvel do mar cresce 0,5 cm em 5 anos
Aumento foi provocado pelo derretimento de 2 trilhes de t de
gelo; 2008 foi o 10 ano quente, diz ONU.
Em apenas cinco anos, 2 trilhes de toneladas de gelo da
Groenlndia, Alasca e Antrtida derreteram e elevaram o nvel do mar
em 0,5 centmetro. Os dados, da Nasa, a agncia espacial americana,
foram apresentados simultaneamente ao anncio das Naes Unidas de que
2008 ser o 10 ano mais quente j registrado no planeta desde que os
clculos comearam a ser feitos em 1850 e que a dcada ser a mais
quente de que se tem notcia, com impacto tambm para o Brasil.
Michel Jarraud, secretrio-geral da Organizao Meteorolgica
Mundial (OMM, brao da ONU), alerta que o ano de 2007 foi o pior em
termos de perda de cobertura de gelo no rtico, abrindo rotas
martimas pelo Polo Norte e possibilitando o incio de uma corrida
pelo petrleo e gs na regio. No ano passado, o gelo rtico cobria 4,3
milhes de km. Estamos vendo que a camada de gelo cada vez mais
fina, disse Jarraud.
Segundo a ONU, 200 milhes de pessoas que vivem em regies
costeiras estariam ameaadas pelo fenmeno nas prximas trs dcadas. O
governo das Ilhas Malvinas, por exemplo, j comeou a pensar em
solues como a pura e simples realocao de sua populao.
Liberao de Metano
Mais da metade do derretimento de gelo dos ltimos cinco anos
ocorreu na Groenlndia, regio que comea a experimentar uma
verdadeira revoluo natural. S o Alasca perdeu 400 milhes de
toneladas de gelo terrestre. Partes do rtico teriam registrado
temperaturas quase 10C mais quentes que em 2007. Na Sibria, o temor
com a emisso de metano, que estava congelado em lagos. Agora, o gs
pode comear a se desprender se as temperaturas continuarem
elevadas.
Parte da reduo da cobertura de gelo ocorre pelo aquecimento,
acelerado graas s emisses de CO2. Dados divulgados h duas semanas
mostraram que nunca a concentrao de CO2 na atmosfera foi to elevada
como agora.
[...]
O Estado de S. Paulo. So Paulo, 17 dez. 2008.
13. A respeito do gnero textual, podemos classific-lo como A)
reportagem, uma vez que predomina a exposio e cujo
objetivo levar informaes acerca do entrevistado. B) reportagem,
cuja inteno informar os leitores a respeito
de um fenmeno meteorolgico que teve grande impacto na vida da
populao de modo geral.
C) um editorial, por expressar a opinio de um jornal sobre um
fato nacional da atualidade.
D) um artigo de opinio, por ser um texto argumentativo a partir
do qual se defende um ponto de vista sobre a elevao do nvel do mar
que vem ocorrendo h anos.
E) uma entrevista, por ser um texto expositivo e informativo,
cujo objetivo fazer com que o leitor conhea melhor o que pensa o
entrevistado.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
5
14. Dadas as afirmaes a seguir sobre o texto, I. A exposio das
ideias apresenta-se de modo subjetivo e
isso confere ao texto maior credibilidade. II. As sequncias
expositivas se caracterizam pela aparente
impessoalidade e pelo emprego da terceira pessoa. III. No texto,
h uma relao de causa e consequncia entre os
fatos apresentados. O derretimento do gelo foi provocado pelo
aquecimento global e causou a elevao do nvel do mar.
IV. O desprendimento de uma maior quantidade de metano tambm foi
a causa do derretimento do gelo.
verifica-se que esto incorretos os itens A) I e III, apenas. B)
I, II, III e IV. C) I e II, apenas. D) II, III e IV, apenas. E) I e
IV, apenas.
15. Nos perodos: desde que os clculos comearam a ser feitos em
1850 / Estamos vendo que a camada de gelo cada vez mais fina, os
vocbulos destacados representam, respectivamente, as seguintes
classes gramaticais:
A) locuo conjuntiva, preposio e conjuno integrante. B) locuo
conjuntiva, pronome pessoal oblquo e conjuno
integrante. C) locuo prepositiva, preposio e conjuno
subordinativa
consecutiva. D) locuo prepositiva, artigo e pronome relativo. E)
locuo adverbial, artigo e pronome relativo.
LITERATURA BRASILEIRA
16. O poeta Carlos Drummond de Andrade, autor de vasta e
significativa obra, escreveu muitos poemas sobre o amor. Abaixo
temos um desses poemas, sobre o qual correto afirmar:
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarro.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruado na mesa, todos contemplam
esse romntico trabalho.
Desgraadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
Est sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E h em todas as conscincias um cartaz amarelo:
Neste pas proibido sonhar.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro:
Nova
Aguilar, 2002, p. 16.
A) nesse poema, escrito em versos livres, o amor abordado em um
contexto muito comum, relacionado, simultaneamente, ao sonho e ao
cotidiano, o que possvel de comprovar na primeira estrofe.
B) o sujeito potico, no soneto acima, escrito em versos
alexandrinos e com rimas ricas, lamenta a impossibilidade de
realizao plena do amor, que somente pode ser vivido como um
sonho.
C) o poema drummondiano, escrito em versos decasslabos, tpico da
terceira gerao do modernismo, em que h pesquisa formal aliada
reflexo sobre o sentido do amor, visto como central para a
felicidade do homem.
D) nesse poema, o amor apresentado como um sonho, sem nenhuma
referncia realidade, de modo muito idealizado, como se pode
perceber pela expresso romntico trabalho e pelo vocabulrio raro
utilizado.
E) o poema de Carlos Drummond de Andrade, escrito em versos
brancos, tem como tema exclusivamente os problemas sociais
brasileiros, como se verifica no ltimo verso: Neste pas proibido
sonhar.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
6
17. O indianismo romntico teve como principal romancista o
cearense Jos de Alencar, autor de obras representativas desse
movimento no Brasil. Com base na leitura do trecho de O Guarani,
transcrito abaixo, assinale a opo incorreta. Em p, no meio do espao
que formava a grande abbada
de rvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio,
via-se um ndio na flor da idade.
Uma simples tnica de algodo, a que os indgenas chamavam aimar,
apertada cintura por uma faixa de penas escarlates, caa-lhe dos
ombros at o meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto
como um junco selvagem.
ALENCAR, Jos de. O guarani. 20 ed. So Paulo: tica, 1996, p.
19.
A) Peri, descrito como belo, forte e corajoso, abandona a sua
tribo, da qual seria chefe, e sua famlia, para devotar-se famlia de
Dom Antnio Mariz, especialmente filha do fidalgo, Ceclia, que
venera e a quem tambm protege em diversas situaes de perigo.
B) Peri descrito de modo crtico e realista, pois, ao contrrio de
outros autores indianistas, Alencar pautou a construo de suas
personagens em rigorosas pesquisas dos costumes de tribos indgenas
brasileiras, sem descries fantasiosas.
C) Os atributos do ndio Peri tm relao com a descrio ufanista de
elementos da fauna e da flora brasileiras, o que ficou conhecido
como cor local e visava exaltar as belezas nacionais, o que era
muito comum a essa fase do Romantismo e se relacionava noo de Bom
Selvagem, de Jean-Jacques Rousseau.
D) Peri apresentado como dotado de grandes qualidades, fsicas e
morais; no entanto, ao longo do romance, ele visto tambm como
intelectualmente inferior a algumas personagens europeias, em
especial, a Dom Antnio Mariz e sua famlia.
E) Ao descrever Peri, o narrador em terceira pessoa destaca seus
atributos positivos e comenta diversas passagens do texto,
conduzindo a compreenso do leitor, o que est em consonncia com o
momento de publicao do livro, em que tambm se formava o pblico do
romance no Brasil.
18. Machado de Assis autor de textos consagrados na tradio
literria brasileira. Entre seus romances, destacam-se: Memrias
pstumas de Brs Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Memorial de
Aires e Esa e Jac. Sobre este ltimo, do qual foi transcrito abaixo
um fragmento, correto afirmar: Tudo esperavam, menos os dois gmeos,
e nem por ser o
espanto grande, foi menor o amor. Entende-se isto sem ser
preciso insistir, assim como se entende que a me desse aos dois
filhos aquele po inteiro e dividido do poeta; eu acrescento que o
pai fazia a mesma coisa. Viveu os primeiros tempos a contemplar os
meninos, a compar-los, a medi-los, a pes-los. Tinham o mesmo peso e
cresciam por igual medida. A mudana ia-se fazendo por um s teor. O
rosto comprido, cabelos castanhos, dedos finos e tais que, cruzados
os da mo direita de um com os da esquerda de outro, no se podia
saber que eram de duas pessoas. Viriam a ter gnio diferente, mas
por ora eram os mesmos estranhes. Comearam a sorrir no mesmo dia. O
mesmo dia os viu batizar.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Esa e Jac. So Paulo: FDT, 2011,
p. 34.
A) tem como personagens centrais Esa e Jac, dois irmos que mantm
uma relao de competio durante toda a narrativa, na vida poltica e
na vida amorosa.
B) o ttulo remete histria bblica de Esa e Jac, duas personagens
que tm uma convivncia tensa e conflituosa, como ocorre, no romance,
na relao entre os irmos Pedro e Paulo, personagens centrais.
C) narra a histria de Paulo, que, ao longo do romance, busca
descobrir se sua esposa, Capitu, foi de fato infiel, traindo-o com
seu melhor amigo, Escobar.
D) narrado em primeira pessoa por Jac, irmo de Esa, aps a sua
morte, da o epteto de Autor Defunto, uma vez que este se tornou
escritor aps falecer.
E) tem como personagens centrais Pedro e Paulo, dois irmos que
lutam pelo amor da mesma mulher, Marcela, uma prostituta muito
famosa naquela poca.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
7
19. Graciliano Ramos inicia Memrias do crcere com o seguinte
trecho: Resolvo-me a contar, depois de muita hesitao, casos
passados h dez anos e, antes de comear, digo os motivos porque
silenciei e porque me decido. No conservo notas: algumas que tomei
foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me
parecendo cada vez mais difcil, quase impossvel, redigir esta
narrativa. No vai aqui falsa modstia, como adiante se ver. Tambm me
afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces,
com os nomes que tm no registro civil. Repugnava-me deform-las,
dar-lhes pseudnimo, fazer do livro uma espcie de romance. Mas teria
eu o direito de utiliz-las em histria presumivelmente verdadeira?
Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos,
repetindo palavras contestveis e obliteradas?
RAMOS, Graciliano. Memrias do crcere. Vol. I. 21. ed. Rio de
Janeiro: Record,
1986, p. 33.
Sobre este livro, correto concluir: A) foi escrito na maturidade
do autor e se concentra
principalmente nas memrias de sua priso durante a Ditadura
Vargas. Trata-se de um livro em que Graciliano Ramos tambm discorre
sobre os limites e as dificuldades de narrar o vivido resgatado
pela memria.
B) foi elaborado por Graciliano Ramos na dcada de 30 e tinha
como objetivo narrar as misrias vividas por pessoas que o autor
conheceu no serto de Alagoas, regio assolada pela seca e pela
misria.
C) tem como tema apenas a infncia de Graciliano no interior de
Alagoas, onde passou dias muito felizes ao lado de seus amigos e
parentes, que ele agora transforma em personagens centrais do seu
livro de memrias.
D) deriva da utilizao de procedimentos formais que foram
copiados das vanguardas europeias, numa mera busca da inovao, o que
tpico da primeira gerao do modernismo brasileiro, e tem como
intuito denunciar as pssimas condies dos presdios brasileiros.
E) tem como personagem central e tambm narrador o prprio
Graciliano Ramos, que reconstitui o seu percurso de ascenso social,
com a compra da fazenda So Bernardo, e sua relao com sua esposa,
Madalena, que se suicida.
20. Grande serto: veredas, do escritor mineiro Joo Guimares
Rosa, considerado um romance que renova a narrativa brasileira, em
especial, a narrativa de carter regionalista que tinha como espao
de suas aes o serto. Leia atentamente o trecho transcrito. Dadas,
em seguida, as afirmaes acerca desse romance,
O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo,
isto: que as pessoas no esto sempre iguais, ainda no foram
terminadas mas que elas vo sempre mudando. Afinam ou desafinam.
Verdade maior. o que a vida me ensinou. Isso que me alegra,
monto.
ROSA. Joo Guimares. Grande serto: veredas. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986, p. 15.
I. Em Grande serto: veredas, a narrativa se pauta na
transformao, tudo est em contnua mudana, as personagens, a
paisagem, as relaes pessoais e profissionais.
II. Grande serto: veredas marcado, principalmente, pela
linguagem bastante inovadora, no que concerne sintaxe e seleo
vocabular, com muitos arcasmos e neologismos.
III. O romance de Guimares Rosa tem como principal tema a seca,
que assola o serto, provocando mudanas na paisagem e muitos
sofrimentos para os personagens centrais, os camponeses Riobaldo e
Diadorim.
IV. Este o nico romance da obra de Guimares Rosa, autor que
escreveu principalmente contos, reunidos, entre outros, nos livros
Primeiras estrias e Tutameia: terceiras estrias.
verifica-se que esto corretas A) I e III, apenas. B) I, II, III
e IV. C) I, II e IV, apenas D) III e IV, apenas. E) II, III e IV,
apenas.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
8
CONHECIMENTOS GERAIS
21. Desde o sculo XVI vinha-se operando na Inglaterra uma
verdadeira revoluo agrria que consistia, sobretudo, na substituio
da produo fragmentada em pequenas unidades distribudas entre
proprietrios ou arrendatrios camponeses por uma produo em larga
escala concentrada em grandes propriedades, controladas por um nico
senhor, que se tornava cada vez mais um grande empresrio. Essa
alterao foi possibilitada principalmente pelas leis de enclousures
ou leis de cercamento dos campos comuns. (NADAI, Elza; NEVES,
Joana. Histria Geral, Moderna e Contempornea. Saraiva. 1984).
Levando em considerao o texto e o seu conhecimento, pode-se afirmar
que
A) um dos fatores que explica o pioneirismo ingls na Revoluo
Industrial foi a abundncia de mo de obra.
B) as Leis de Cercamento permitiram o surgimento de novas
prticas econmicas, chamadas mercantilistas.
C) o trabalho em srie no garantiu uma maior produtividade. D) os
tratados de comrcio e navegao determinaram a
importao de produtos manufaturados e a exportao de matria
prima.
E) os cercamentos no ofereciam a matria prima para a indstria
txtil.
22. O renascimento nasceu e atingiu maior expresso na Itlia,
justamente o local onde o desenvolvimento comercial foi mais
precoce. De fato, as cidades italianas eram grandes centros
mercantis desde o final da Idade Mdia, com destaque para os portos
de Gnova e Veneza, embora houvesse outras cidades importantes na
regio, como Florena, Milo e mesmo Roma. Ao mesmo tempo, a riqueza
da regio tornou possvel o surgimento dos mecenas, indivduos ricos,
que, em busca de promoo pessoal, patrocinavam produes artsticas e
cientficas.
Neste sentido, relacione as duas colunas abaixo. I. Sandro
Botticelli II. Leonardo da Vinci
III. Nicolau Maquiavel IV. Michelangelo Buonarroti V. Erasmo de
Rotterdam
( ) O Prncipe ( ) Afrescos da Capela Sistina ( ) Elogio da
Loucura ( ) Nascimento de Vnus ( ) Santa Ceia Qual a sequncia
correta, de cima para baixo? A) III, II, IV, V e I. B) I, V, III,
IV e II. C) II, III, I, IV e V. D) III, IV, V, I e II E) IV, II, I,
V e III.
23. Sobre mercantilismo e processo de colonizao do Brasil, leia
os fragmentos abaixo.
Fragmento 1
O monoplio do comrcio das colnias pela metrpole define o sistema
colonial porque atravs dele que as colnias preenchem a sua funo
histrica, isto , respondem aos estmulos que lhes deram origem, que
formam a sua razo de ser, enfim, que lhes do sentido. [...] o
sistema colonial promovia, ao mesmo tempo acumulao de capitais, por
parte dos grupos empresariais, e expanso dos mercados consumidores
dos produtos manufaturados. [...] nesse contexto que se torna
possvel compreender o modo como se organizaram nas colnias as
atividades produtivas [...].
(NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do antigo sistema
colonial)
Fragmento 2
[...] a colonizao dos trpicos toma o aspecto de uma vasta
empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre
com o mesmo carter que ela, destinada a explorar os recursos
naturais de um territrio virgem em proveito do comrcio europeu.
este o verdadeiro sentido da colonizao tropical, de que o Brasil
uma das resultantes [...].
(PRADO JR., Caio. Formao do Brasil contemporneo)
Analisando os fragmentos acima, correto afirmar: A) Segundo os
fragmentos, a colonizao do Brasil foi
organizada a partir da explorao de recursos naturais, monoplio
sobre o comrcio e a produo colonial, e sistema de acumulao de
riqueza voltado para os interesses de grupos empresariais da
metrpole. Podemos consider-las caractersticas do mercantilismo e
sistema colonial praticados no Brasil entre os sculos XVI e
XVIII.
B) Nos fragmentos apresentados no enunciado da questo, Caio
Prado Jr. e Fernando Novais possuem ideias divergentes. Para
Fernando Novais, o sentido da colonizao do Brasil reside na
liberdade de diferentes naes em acumular riquezas a partir do
comrcio de manufaturas praticado autonomamente no Brasil. Para Caio
Prado Jr., a riqueza era resultado apenas da explorao de recursos
naturais sem associao de uma vasta empresa comercial.
C) O monoplio comercial da colnia pela metrpole no pode ser
considerado uma das caractersticas da prtica do mercantilismo, pois
limitaria a expanso do mercado.
D) A explorao dos recursos naturais se limitaram apenas ao
pau-brasil e minerais preciosos como o ouro, ambos encontrados na
natureza. A cana-de-acar, o algodo e o tabaco no devem ser
considerados produtos oriundos da explorao dos recursos naturais,
pois so produes artificiais resultantes da interveno humana e
trabalho escravo.
E) O comrcio europeu e os interesses metropolitanos no foram
preponderantes para definir o sentido e a forma de produo e
explorao colonial no Brasil. As colnias, a exemplo do Brasil e dos
E.U.A., por possurem plena autonomia econmica em relao s metrpoles
europeias, formaram Imprios Coloniais com suas prprias metrpoles,
como Salvador que foi a sede do Governo Geral no Brasil.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
9
24. Sobre processo de colonizao do Brasil e de Alagoas, correto
afirmar:
A) a produo da cultura da cana-de-acar em Alagoas, antigo
territrio que compreendia o sul da Capitania de Pernambuco, deu-se
em virtude da escassez de produtos naturais de alto valor comercial
para a Metrpole. Desse modo, a produo aucareira em Alagoas durante
o perodo colonial no possuiu relao com a prtica do mercantilismo
medida que o acar atendia apenas aos interesses dos senhores de
engenho.
B) o atual municpio alagoano de Porto Calvo, por possuir uma
geografia favorvel instalao de portos para o escoamento martimo do
acar, foi escolhido como terceiro local para povoamento ao sul da
Capitania de Pernambuco.
C) a colonizao do territrio alagoano ocorreu de forma gradativa
e economicamente sistemtica. Pode-se citar entre os primeiros
ncleos colonizadores de Alagoas, os atuais municpios de Penedo,
Porto Calvo, Marechal Deodoro e Santa Luzia do Norte. Aps a
destruio de Palmares no sculo XVII, tornou-se vivel a colonizao do
interior, a exemplo da criao do ncleo de Atalaia. Em Alagoas, a
cultura da cana-de-acar foi determinante na formao da paisagem
social e econmica predominante at meados do sculo XIX.
D) O Quilombo de Palmares expressou a resistncia indgena
escravido. Duarte Coelho e Cristvo Lins, aps liderar as tropas
responsveis pela derrubada de Palmares, iniciou o povoamento do
interior do territrio alagoano, estabelecendo um ncleo de
povoamento na regio que compreende hoje o municpio de Unio dos
Palmares.
E) as invases holandesas em Alagoas tiveram a colaborao de
Domingos Fernandes Calabar. Os holandeses, por serem catlicos,
preservaram as edificaes religiosas catlicas nas atuais cidades de
Penedo e Marechal Deodoro. Destruram apenas Porto Calvo, por ter
sido palco da guerra. A sada dos holandeses do Nordeste Colonial se
deu pela perda de interesse nas atividades mercantis.
25. Fbio de Souza, teve mais sorte que seu pai. Na dcada de
2000, Antnio de Souza se cansou da vida dura de pequeno agricultor
em Sobral, no Cear e migrou para So Paulo. Analfabeto, Antnio no
prosperou e teve de voltar para o Cear. Seu filho no vai precisar
se esforar tanto para buscar emprego numa fbrica. A indstria est
chegando ao serto.
As histrias de Antnio e Fbio de Souza mostram duas fases da
organizao da atividade industrial no territrio brasileiro. So elas,
respectivamente: A) a disperso da atividade industrial, durante o
milagre
brasileiro e a centralizao de unidades produtivas no perodo
Collor.
B) a concentrao da indstria de base no sudeste e a disperso da
indstria da construo civil.
C) a concentrao industrial em So Paulo e a transferncia da
indstria de alta tecnologia para o Nordeste.
D) a descentralizao do parque industrial sulista e o aumento da
industrializao nordestina.
E) a centralizao industrial na regio Sudeste e a disperso da
atividade industrial para as regies de custos mais baixos.
26. Uma poltica de desenvolvimento da produo agropecuria deve
conter como partes integrantes a reforma agrria, o fortalecimento
da agricultura familiar e o aumento nas exportaes. [...] Mesmo com
o abandono histrico, em funo do domnio da grande propriedade, as
unidades familiares so elementos fundamentais no espao geoeconmico
rural. As grandes propriedades produzem mais rebanhos, soja,
cana-de-acar etc., enquanto as unidades familiares esto frente na
produo de milho, batata, feijo, mandioca, carnes sunas e de aves,
ovos, leite, verduras, legumes e frutas. A luta pela terra no
Brasil existe h dcadas e j fez vrias vtimas entre trabalhadores do
campo, religiosos e tantos outros. Com o auxlio do texto e da
figura, entre as principais razes dos conflitos de terra no Brasil,
pode-se citar:
A) a disputa pelas poucas reas frteis em nosso territrio, tpico
de terras montanhosas.
B) a concentrao da propriedade da terra nas mos de poucos e a
ausncia de uma reforma agrria efetiva.
C) a diviso excessiva da terra em pequenas propriedades,
dificultando o aumento da produo.
D) a perda do valor da terra agrcola pelo crescimento da
industrializao no nosso pas.
E) a utilizao intensiva de mo de obra permanente, onerando o
grande produtor rural.
27. Durante os sculos XV a XVIII, ocorreu em grande parte da
Europa um processo de fortalecimento dos governos das monarquias
nacionais. Esse processo resultou no chamado absolutismo monrquico.
A autoridade do rei tornou-se a fonte suprema dos poderes do
Estado; em nome do soberano, o poder era exercido pelos diversos
membros do governo. Vrios tericos elaboraram argumentos que
justificavam o absolutismo; dentre eles, destacam-se:
A) Thomas Hobbes e Jacques Bossuet. B) Thomas Hobbes e Diderot.
C) Maquiavel e Voltaire. D) Voltaire e Jean Bodin. E) Montesquieu e
Jaques Bossuet.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
10
28. Responda questo com base no texto e nas afirmativas abaixo.
O desemprego acentua a crise nas grandes cidades e se expressa no
aumento da criminalidade, tantos tipos de violncia e na formao de
guetos geogrficos, econmicos e culturais. Ele tambm fonte da
instabilidade poltica e da descrena nas instituies, partidos
polticos tradicionais que alimentam os novos grupos extremistas
europeus. (Panorama do Mundo, 2009). O texto se relaciona:
I. globalizao, que provocou uma movimentao mais acentuada das
indstrias que necessitam de mo de obra para pases perifricos,
reduzindo o nmero de empregos na Europa;
II. evoluo tcnico-cientfica, que desenvolveu a informtica e a
robtica, aumentando as taxas de desemprego;
III. aos grupos extremistas neoliberais, que se fecha em guetos
geogrficos para defenderem a permanncia de latinos clandestinos em
pases ricos europeus;
IV. ao crescente aumento do ramo manufatureiro na Europa, que
tende a aprofundar a crise do desemprego, pois este ramo necessita
de menores investimentos em tecnologia.
Pela anlise das afirmativas, conclui-se que esto corretas
somente A) I, II e III. B) I e II. C) I e III. D) II e IV. E) III e
IV.
29. A organizao espacial de uma nao (pas), assim como a
articulao de seus compartimentos regionais (regies), o reflexo
permanente da natureza do sistema socioeconmico que preside suas
relaes de produo e das especificidades de seu desenvolvimento. Da
leitura e interpretao do texto sobre o Brasil, pode-se
concluir:
A) o desenvolvimento brasileiro tem suas razes nas polticas
nacionalistas implantadas no perodo colonial.
B) todas as alteraes nas formas de dependncia econmica que as
naes latino-americanas conhecem esto ligadas ao rompimento dos laos
que mantinham a dependncia.
C) o subdesenvolvimento latino-americano consequncia direta da
caracterstica tipicamente tropical deste continente e do estgio
primitivo de suas populaes autctones.
D) para se compreender a organizao do espao brasileiro necessrio
entender o processo do desenvolvimento do capitalismo internacional
e as especificidades deste na formao social brasileira.
E) durante o perodo colonial, o Brasil viu nascer uma classe
dominante que foi capaz de romper com o imperialismo, tornando-se
independente economicamente.
30. [...] O municpio tem uma renda per capita (riqueza total
dividida pelo nmero de habitantes) de R$13 mil, que 2 vezes maior
que a de Alagoas e mais alta que a do Nordeste. Pode ser
considerado um municpio economicamente rico, com um campo de
explorao de gs e petrleo, uma unidade da Braskem, uma usina de acar
e uma notvel rede hoteleira. No entanto, os indicadores sociais
mostram que, para uma localidade ser desenvolvida, no basta a
produo de riquezas, so necessrias polticas sociais, geraes de
emprego, distribuio de renda e elevar o padro de vida da populao, e
esse ainda um grande obstculo para essa localidade. (Enciclopdia
dos Municpios de Alagoas, 2012). O texto acima se refere ao
municpio de
A) Macei. B) So Miguel dos Campos. C) Crabas. D) Pilar. E)
Marechal Deodoro.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
11
Lngua Estrangeira - ESPANHOL
As questes de 31 a 33 referem-se ao texto abaixo.
AHORA ES CUBA Pablo Neruda
Y luego fue la sangre y la ceniza.
Despus quedaron las palmeras solas.
Cuba, mi amor, te amarraron al potro,
te cortaron la cara,
te apartaron las piernas de oro plido,
te rompieron el sexo de granada,
te atravesaron con cuchillos,
te dividieron, te quemaron. ()
31. Pablo Neruda, grande poeta chileno, tambm foi um destacado
ativista poltico, o que nos mostra na estrofe de seu poema Ahora es
Cuba que fala sobre
A) Cuba e suas riquezas naturais. B) a Guerra Civil cubana. C) o
sofrimento de suas mulheres violentadas sexualmente. D) o
isolamento e violncia sofrido por Cuba. E) ameaa ao meio ambiente
cubano.
32. A palavra sangre, destacada no primeiro verso, caracterizada
como heterogenrica em relao ao portugus. So do mesmo gnero
gramatical de sangre com exceo de
A) nariz. B) sal. C) leche. D) viaje. E) legumbre.
33. No verso te atravesaron con cuchillos, a palavra em destaque
significa
A) armas. B) facas. C) granadas. D) espingardas. E) bombas.
As questes 34 e 35 referem-se ao texto abaixo.
Patriotismo barato
www.elpais.es/2013
Amrica Latina existe hoy como bloque econmico, poltico e
internacional ms que nunca. Pero cierto patriotismo barato, de
rivalidad y dirigido contra el otro est lejos de haber
desaparecido.
Primero se conoci un vdeo del entrenamiento de un grupo de 27
grumetes chilenos, que mientras trotan en una calle de Via del Mar
cantan con la indiferencia ms absoluta: Argentinos matar,
bolivianos fusilar, peruanos degollar. Los vecinos Argentina,
Bolivia y Per son pases enzarzados con Chile en antiguos e
imborrables pleitos territoriales.
Acto seguido, la justificada indignacin de los afectados. La
presidenta Cristina Fernndez replica en Buenos Aires a la afrenta
coral y su Gobierno expresa sorpresa y malestar. Pero cadetes de
polica argentinos consideran la respuesta inadecuada y difunden
otro vdeo con la siguiente belleza: Chilenito, chilenito, ten
cuidado, ten cuidado, que una noche oscura a tu casa entrar y tu
cuello cortar y tu sangre beber.
Tercer acto. Las autoridades chilenas se horrorizan, tachan de
vergonzoso el suceso, prometen investigarlo y anuncian las mximas
sanciones, adems de comprometerse a frenar esas conductas. ()
34. Segundo a reportagem do dirio El Pas, A) Chile declarou
bloqueio econmico contra Argentina, Peru e
Bolvia por brigas de fronteiras. B) ainda se verifica nos dias
atuais situaes de rivalidade
entre Chile, Argentina, Peru e Bolvia por antigas questes
territoriais, mas que demonstram patriotismo barato.
C) Argentina oficializou sua indignao ao grupo musical Chileno
Via Del Mar que lanou cano ironizando o pas.
D) os soldados argentinos ironizaram os vizinhos Chile, Peru e
Bolvia, por conta de antigas rivalidades patriticas.
E) Chile se une Argentina para ironizar Per y Bolivia por
antigas rivalidades.
35. Na frase cantada pelos soldados argentinos Chilenito,
chilenito, ten cuidado, ten cuidado, que una noche oscura a tu casa
entrar y tu cuello cortar y tu sangre beber, a palavra em destaque
significa em portugus
A) pescoo. B) coelho. C) mo. D) cachorro. E) corao.
-
UFAL LETRAS/ESPANHOL Licenciatura
Prova tipo 1 17 MAR 2013 Processo Seletivo UAB 2013
12
A questo 36 refere-se ao texto abaixo.
Por qu llora tu beb? www.abc_sociedad / Madrid.2013
Si hay algo que preocupa, e incluso asusta, a los padres
primerizos es no saber por qu llora su beb. Los principales motivos
son hambre, dolor, enfado o miedo, pero para los adultos no es fcil
identificar qu sentimiento es el que est provocando las lgrimas.
Ahora, un estudio de la Universidad de Murcia y la Universidad
Nacional de Educacin a Distancia (UNED) describe, gracias a una
muestra de 20 bebs con edades comprendidas entre 3 y 18 meses, las
diferencias en el patrn de llanto provocado por tres emociones
caractersticas: miedo, enfado y dolor.()
Segn los resultados, publicados recientemente en el Spanish
Journal of Psychology, las principales diferencias se presentan en
la actividad ocular y en la dinmica del llanto. Cuando los bebs
lloran por enfado o miedo permanecen con los ojos abiertos, si bien
los mantienen cerrados durante todo el tiempo en el caso del dolor,
afirma el investigador.
36. Estudos da UNED descrevem as diferenas no padro de choro dos
bebs que provocado por
A) distanciamento dos pais. B) medo, cansao e dor. C) medo,
irritao e dor. D) insegurana dos pais de primeira vez. E) fome,
desmotivao e dor.
Fonte: http://spanishplans.files.wordpress.com
37. Na tira acima, o cliente diz: A) Desculpe. Caiu uma mosca em
minha sopa de tomate! B) Desculpe. H uma mosca em minha sopa de
tomate! C) Desculpe. Saiu uma mosca da minha sopa de tomate! D)
Desculpe. Morreu uma mosca em minha sopa de tomate! E) Desculpe.
Voou uma mosca para minha sopa de tomate!
As questes de 38 a 40 referem-se ao texto abaixo.
Polglota, la red social creada
en Chile para aprender idiomas
http://informe21.com/ciencia-y-tecnologia
Autor: Editor DJ Feb/2013
Aprender ingls, francs, rabe o chino, de forma gratuita y en
bares y parques de cualquier ciudad del mundo, es el objetivo de
Polglota, la red social en internet creada por dos chilenos para
quienes quieran practicar un idioma y conocer gente.
Cada jueves en la tarde, al salir del trabajo, Alejandra Pacheco
se dirige puntualmente a un bar de Providencia, un barrio de
oficinas al oriente de Santiago, donde la espera un grupo de 10
personas que conversa animadamente en ingls junto a una cerveza
como si se encontraran en un pub de Londres.
38. Segundo a revista eletrnica Informe.21, Polglota criada por
dois chilenos tem como objetivo:
A) acessar redes sociais rabes e americanas de forma gratuita
para intercmbio de estudantes de lngua estrangeira.
B) conhecer pessoas e praticar novos idiomas em qualquer lugar
do mundo, sem custos.
C) conhecer bares e parques de qualquer cidade do mundo atravs
da internet.
D) acessar rede social chilena em parques e bares de qualquer
cidade do mundo.
E) oportunizar gratuitamente a rabes e chineses conhecer
ingleses e franceses em bares e parques de qualquer lugar.
39. O segundo pargrafo da reportagem dar o exemplo de Alejandra
Pacheco usuria da Polglota que se rene uma vez por semana com um
grupo de 10 pessoas em um bar para praticar ingls ao sair do
trabalho nas tardes de
A) sexta-feira. B) segunda-feira. C) quarta-feira. D)
tera-feira. E) quinta-feira.
40. O bar onde Alejandra encontra-se semanalmente com amigos
para praticar ingls localiza-se ao oriente de Santiago em um bairro
de
A) lojas. B) oficinas. C) escritrios. D) cervejarias inglesas.
E) restaurantes.