1 PROTOCOLO CLÍNICO E DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICO ELABORAÇÃO Ana Margarida Jabali Marques – Cirurgiã-Dentista Auditora – SMS – Ribeirão Preto Especialista em Odontopediatria – APCD - Araraquara CO-AUTORES Profª Drª Marlívia Gonçalves de Carvalho Watanabe – Cirurgiã-Dentista Docente FORP – USP Prof. Dr. Wilson Mestriner Junior – Cirurgião-Dentista Docente FORP - USP Profª Drª Soraya Fernandes Mestriner – Cirurgiã-Dentista Docente FORP - USP Profª Drª. Suzie Aparecida de Lacerda – Cirurgiã-Dentista Docente FORP - USP Prof. Dr. Edson Alfredo – Cirurgião-Dentista Docente UNAERP Luiz Roberto C. Pires – Cirurgião-Dentista – SMS – Ribeirão Preto APRESENTAÇÃO A odontologia no município de Ribeirão Preto conta com uma rede estruturada, tendo em seu quadro funcional 225 cirurgiões-dentistas e 102 atendentes de consultório dentário. A grande maioria dos profissionais encontra-se lotada em 31 Unidades de Saúde (US), 55 Unidades Escolares (UE), além dos membros de equipes de saúde da família. Incluídos no número total de profissionais, há cirurgiões-dentistas executando serviços técnicos tais como: Chefia de Divisão (01), Gerência (12), Coordenadoria de Programa (02), Regulação (02) e Auditoria (01), Vigilância Sanitária (03), Diretor de Autarquia (1) e Encarregadoria. O funcionamento das US é bastante variado, assim, possuímos cirurgiões-dentistas trabalhando nos três períodos. O Pronto Atendimento Odontológico, que conta com uma equipe de 10 plantonistas funciona ininterruptamente, durante o ano todo. Além da Atenção Básica executada em 31 US e 55 escolas, possuímos uma oferta própria de serviços especializados, nas áreas de: Odontopediatria (COP – Centro de Odontopediatria), Pacientes com Necessidades Especiais, Endodontia, Cirurgia Especializada, Prevenção e Detecção do Câncer Bucal, Periodontia, Dentística Especializada e Prótese (Totais e Removíveis). Dispomos também de 01 cirurgião-dentista dedicado ao atendimento e acompanhamento de pacientes com fissuras lábio-palatais. Através de convênios firmados entre duas universidades do município, oferecemos à população do nosso município e das outras 25 cidades da DRS XIII, serviços especializados. Na área de prevenção dispomos do Programa de Procedimentos Coletivos em Odontologia que oferece aos escolares da rede pública municipal e estadual, atividades que têm por objetivo promoção de saúde, através de:
55
Embed
PROTOCOLO CLÍNICO E DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICO … · PROTOCOLO CLÍNICO E DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICO ... Especiais, Endodontia, Cirurgia Especializada, Prevenção e Detecção
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
1
PROTOCOLO CLÍNICO E DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICO
ELABORAÇÃO
Ana Margarida Jabali Marques – Cirurgiã-Dentista Auditora – SMS – Ribeirão Preto
Especialista em Odontopediatria – APCD - Araraquara
Prof. Dr. Edson Alfredo – Cirurgião-Dentista Docente UNAERP
Luiz Roberto C. Pires – Cirurgião-Dentista – SMS – Ribeirão Preto
APRESENTAÇÃO
A odontologia no município de Ribeirão Preto conta com uma rede estruturada, tendo em seu quadro funcional
225 cirurgiões-dentistas e 102 atendentes de consultório dentário. A grande maioria dos profissionais encontra-se lotada
em 31 Unidades de Saúde (US), 55 Unidades Escolares (UE), além dos membros de equipes de saúde da família.
Incluídos no número total de profissionais, há cirurgiões-dentistas executando serviços técnicos tais como:
Chefia de Divisão (01), Gerência (12), Coordenadoria de Programa (02), Regulação (02) e Auditoria (01), Vigilância
Sanitária (03), Diretor de Autarquia (1) e Encarregadoria.
O funcionamento das US é bastante variado, assim, possuímos cirurgiões-dentistas trabalhando nos três
períodos. O Pronto Atendimento Odontológico, que conta com uma equipe de 10 plantonistas funciona
ininterruptamente, durante o ano todo.
Além da Atenção Básica executada em 31 US e 55 escolas, possuímos uma oferta própria de serviços
especializados, nas áreas de: Odontopediatria (COP – Centro de Odontopediatria), Pacientes com Necessidades
Especiais, Endodontia, Cirurgia Especializada, Prevenção e Detecção do Câncer Bucal, Periodontia, Dentística
Especializada e Prótese (Totais e Removíveis). Dispomos também de 01 cirurgião-dentista dedicado ao atendimento e
acompanhamento de pacientes com fissuras lábio-palatais.
Através de convênios firmados entre duas universidades do município, oferecemos à população do nosso
município e das outras 25 cidades da DRS XIII, serviços especializados.
Na área de prevenção dispomos do Programa de Procedimentos Coletivos em Odontologia que oferece aos
escolares da rede pública municipal e estadual, atividades que têm por objetivo promoção de saúde, através de:
2escovação supervisionada, aplicações tópicas de flúor, educação em saúde e distribuição de escova e creme dental
para todos os escolares, quatro vezes ao ano, numa cobertura de 55.000 indivíduos.
O índice de CPOD do nosso município, medido através de levantamento epidemiológico, realizado em 2004, era de
1,67. O que significa que aos 12 anos um indivíduo tem em média em sua cavidade bucal, 1,67 dentes cariados,
perdidos ou obturados. Esforços têm sido realizados para que alcancemos a meta da OMS, que determina que o CPOD
deva ser menor que 1, para 2010.
INTRODUÇÃO
As ações de Saúde Bucal estão vinculadas à lógica do Complexo Regulador da Secretaria Municipal da Saúde
de Ribeirão Preto, que centraliza o acesso aos serviços especializados e busca acompanhar continuamente o usuário que
entra no Sistema Único de Saúde por sua porta principal, a Unidade de Saúde (US).
A implantação deste Protocolo Clínico e de Regulação permitirá que os profissionais da área o usem como
instrumento para nortear suas ações.
A atual visão de promoção de saúde é abrangente, superando a prática corrente que entende a promoção de saúde
apenas como ações voltadas à mudança de comportamento e prevenção das doenças.
Esta visão implica reconhecer que o objetivo de atuação dos profissionais de saúde bucal constitui-se em três
vertentes: a recuperação dos danos causados pelas doenças bucais, a aplicação de métodos de prevenção e a educação
para o auto-cuidado e manutenção da saúde, no sentido de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
I - ACESSO A ATENÇÃO BÁSICA
Os usuários terão acesso ao serviço odontológico básico e de urgência, prestado nas Unidades de Saúde (US), de
sua área de abrangência.
I-2 ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA - LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A FORMATAÇÃO DAS AGENDAS, NO
QUE DIZ RESPEITO A NÚMERO DE ATENDIMENTOS, POR PROFISSIONAL, POR PERÍODO:
O controle de abertura das agendas é de responsabilidade do Gestor Local de Saúde.
As agendas são formatadas no Sistema Hygia e disponibilizadas para agendamentos com antecedência de pelo menos,
30 dias para casos novos e 180 dias para retornos.
3I-2-A FORMATAÇÃO DIÁRIA DAS AGENDAS
A entrada do paciente no sistema se dará respeitando a realidade do local usando os critérios definidos pela Divisão
Odontológica: Bloco Fechado, de acordo com o risco, com inscrições abertas para casos novos durante o ano todo (no
acolhimento).
• US: 08 pacientes por período, sendo 05 programáticos (02 de alto risco, incluindo pessoas com necessidades
especiais, 02 de médio risco e 01 de baixo risco) com retornos semanais visando Tratamento Completo e 03
eventuais;
• Unidades Escolares (UE): 04 pacientes (02 de alto risco, 01 de médio risco e 01 de baixo risco) com retornos
semanais visando Tratamento Completo e 02 eventuais por período;
• Especialidades: 04 pacientes por período.
NA ORGANIZAÇÃO DAS DEMANDAS CONFORME O RISCO, LEVAR EM CONSIDERAÇÃO:
Classificação Doença Cárie Doença Periodontal Critério de Risco para Tecidos Moles
Baixo risco -Ausência de lesão de cárie, sem
placa, sem gengivite e/ou sem
mancha branca ativa.
-Elemento com
periodonto sadio,
ausência de dentes no
sextante.
-Indivíduo com tecidos moles sadios.
-História de dente restaurado,
sem placa, sem gengivite e/ou
sem mancha branca ativa.
-Elemento com cálculo
supra-gengival,
presença de gengivite.
Indivíduo com lesões suspeitas em
tecidos moles (bordas regulares e
coloração esbranquiçada ou qualquer
alteração de mucosa com mais de 14
dias de existência).
Risco moderado
-Uma ou mais cavidades em
situação de lesão de cárie
crônica, mas sem placa, sem
gengivite e/ou sem mancha
branca ativa.
-Seqüela de doença
periodontal anterior.
-Ausência de lesão de cárie ou
presença de dente restaurado,
mas com presença de placa, de
gengivite e/ou de mancha branca
ativa.
-Elemento com cálculo
sub-gengival (visível
pelo
afastamento/retração
gengival) e com
mobilidade reversível
ou sem mobilidade.
-Indivíduo com lesões de alto risco
(bordas irregulares e coloração
avermelhada ou enegrecida).
Alto risco
-Uma ou mais cavidades em
situação de lesão de cárie aguda.
-Elemento com
mobilidade irreversível
e perda de função.
-Presença de dor e/ou abscesso.
4I-3 FLUXOGRAMAS PARA O ENFRENTAMENTO DOS PRINCIPAIS AGRAVOS EM SAÚDE BUCAL
NA ATENÇÃO BÁSICA
A – AGRAVO PARA CÁRIE
IDENTIFICAÇÃO DE AGRAVOS ATRAVÉS DE AÇÕES DE SAÚDE
REALIZADAS DENTRO E FORA DA US (creches, escolas, grupos priorizados,
organizações e núcleos familiares)
ATIVIDADE DE CÁRIE PRESENTE?
- ORIENTAÇÃO DE HIGIENE BUCAL; - ESCOVAÇÃO SUPERVISIONADA (com evidenciação do biofilme dental); - CONTROLE DO BIOFILME DENTAL; - ORIENTAÇÃO DE DIETA; - RETORNOS PERIÓDICOS CONFORME NECESSIDADE:
• ALTO RISCO – TRIMESTRAL • BAIXO RISCO – ANUAL.
SIM NÃO
- EXAME RADIOGRÁFICO; - ORIENTAÇÃO DE HIGIENE BUCAL; - ESCOVAÇÃO SUPERVISIONADA (com evidenciação do biofilme dental); - CONTROLE DO BIOFILME DENTAL; - ORIENTAÇÃO DE DIETA; - TERAPIA COM FLÚOR; - SELAMENTO DE CAVIDADE (preferencialmente com cimento ionômero de vidro); - RASPAGEM, ALISAMENTO E POLIMENTO; - RECONTORNO E POLIMENTO DE RESTAURAÇÕES; - SELANTES DE FÓSSULAS E FISSURAS
- ORIENTAÇÃO SOBRE O PROCESSO SAÚDE/DOENÇA E FATORES ETIOLÓGICOS (diabete mellito, tabagismo, etilismo) - EXAME RADIOGRÁFICO; - MOTIVAÇÃO E ORIENTAÇÃO DE HIGIENE BUCAL; - ESCOVAÇÃO SUPERVISIONADA (com evidenciação do biofilme denta)l; - CONTROLE DO BIOFILME DENTAL; - TERAPIA COM FLÚOR; - SELAMENTO DE CAVIDADE (preferencialmente com cimento ionômero de vidro); - RASPAGEM, ALISAMENTO E POLIMENTO; - DESCONTAMINAÇÃO COM ULTRASSOM; - RECONTORNO E POLIMENTO DE RESTAURAÇÕES; - CONTENÇÕES; - EXODONTIAS
- CONTROLE E MANUTENÇÃO; - REAVALIAÇÃO
ENCAMINHAMENTO PARA ESPECIALIDADE * *VIDE
CRITÉRIOS
- Gengiva com alteração de coloração; - Alteração do contorno gengival, consistência e textura; - Sangramento gengival à sondagem; - Presença de biofilme dental visíveis; -Presença de bolsa periodontal.
- Paciente sem atividade de doença; - Gengiva rósea com aspecto de casca de laranja; - Gengiva sem calculo ou defeito marginal; - Sem sangramento a sondagem.
6C – AGRAVOS PARA TECIDOS MOLES – O CÂNCER DE BOCA
Maior atenção aos fatores de risco: idade superior a 40 anos; sexo masculino; tabagistas crônicos; etilistas crônicos;
desnutridos e imunodeprimidos; portadores de próteses mal ajustadas ou qualquer outro fator que cause irritação crônica
da mucosa bucal.
I-4 PRONTO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO
O Pronto Atendimento Odontológico (PA) é extensivo a todos os munícipes, independente da área de abrangência de
sua residência.
LOCAL: UBDS CENTRAL - 24 HORAS - TODOS OS DIAS DO ANO
AV JERÔNIMO GONÇALVES, 466.
-Atendimento de Urgências Odontológicas:
• Visa eliminar e/ou controlar a dor de origem dental de qualquer pessoa, do sistema ou não, que demande
atendimento;
IDENTIFICAÇÃO DE AGRAVOS ATRAVÉS DE AÇÕES DE SAÚDE
REALIZADAS DENTRO E FORA DA US (creches, escolas, grupos priorizados,
organizações e núcleos familiares)
- PRESENÇA DE ANTERAÇÃO DO
TECIDO MOLE
- ORIENTAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DO AUTO EXAME; - RETORNOS PERIÓDICOS CONFORME NECESSIDADE:
• ALTO RISCO – MENSAL; • BAIXO RISCO – ANUAL.
SIM NÃO
- DESCREVER AS LESÕES; - FORMULAR AS HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO; - QUANDO POSSÍVEL REALIZAR O TRATAMENTO; - ENCAMINHAR QUANDO NECESSÁRIO; - REAVALIAR/PROSERVAR; - ORIENTAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DO AUTO EXAME; - ORIENTARÇÃO DE HIGIENE BUCAL; - ORIENTAÇÃO QUANTO AOS FATORES DE RISCO.
-ENCAMINHAMENTO PARA ESPECIALIDADE; -MONITORAMENTO NA REDE APÓES RETORNO DA ESPECIALIDADE.
- Bordas regulares e coloração esbranquiçada ou qualquer alteração de mucosa com mais de 14 dias de existência; - Bordas irregulares e coloração avermelhada ou enegrecida.
Ausência de lesões
7• Após a finalização do atendimento de urgência, o paciente deve ser orientado para dar continuidade ao
tratamento em sua US de abrangência ou encaminhado (somente em casos de lesões suspeitas), obedecendo as
regras estabelecidas neste protocolo (item VI).
-São consideradas situações de urgência:
• Eventos hemorrágicos;
• Eventos que exijam supressão da dor ou controle de episódio infeccioso, tais como: dores de origem dental,
• Eventos traumáticos como reimplantes dentários e cimentação provisória de peças protéticas;
• Restaurações provisórias para adequação do meio bucal, para restabelecimento de conforto, até a busca de uma
solução definitiva;
• Presença de qualquer lesão oral.
8
ACOLHIMENTO
- DOR ESPONTÂNEA, PULSÁTIL E INTENSA; -INCHAÇO NA FACE - ABSCESSO/FÍSTULA; - DOR PÓS EXTRAÇÃO.
TRAUMA
QUEIXAS DE URGENCIAS ODONTOLÓGICAS
AGENDAMENTO PARA GRUPO DE TRIAGEM DE RISCO
LIMPAR O LOCAL COM SORO FISIOLÓGICO 0,9%; COMPRESSÃO LOCAL COM GAZE; APLICAR COMPRESSA DE GELO; PREENCHER FICHA DE ANAMNESE /URGÊNCIA; ATENÇÃO PARA POSSÍVEIS SINAIS DE VIOLÊNCIA; PARA ADULTOS, VERIFICAÇÃO DE PA; ENCAMINHAR PARA AVALIAÇÃO /SUTURA.
-DESLOCAMENTO LATERAL: COM UMA GAZE FAZER REALINHAMENTO IMEDIATAMENTE PARA EVITAR A FORMAÇÃO DE COÁGULO; -DESLOCAMENTO PARA FORA DO ALVÉOLO: FAZER REALINHAMENTO IMEDIATAMENTE; -DESLOCAMENTO PARA DENTRO DO ALVÉOLO: NÃO DEVE SER FEITO NENHUM PROCEDIMENTO NO SENTIDO DE REPOSICIONAR O ELEMENTO. APLICAR COMPRESSA DE GELO SE TIVER EDEMA;
-COLOCAR O FRAGMENTO DO DENTE EM SORO FISIOLÓGICO A 0,9% OU ÁGUA; -SE HOUVER TRAUMA DE MUCOSA, -FAZER IMEDIATAMENTE - COMPRESSA COM GELO;
-NUNCA REIMPLANTAR DENTE DECÍDUO -LIMPAR A REGIÃO AFETADA COM SORO FISIOLÓGICO 0,9%; -ORIENTAR A MORDER UM ROLETE DE GAZE -APLICAR COMPRESSA COM GELO SE TIVER EDEMA (INCHAÇO);
Presença de qualquer lesão oral
HEMORRAGIA
-FAZER COMPRESSÃO COM GAZE; -FAZER COMPRESSA EXTERNA COM GELO; - EM CASO DE GRANDE SANGRAMENTO, FAZER MEDICAÇÃO INJETÁVEL DE VITAMINA K - SUTURA
OBSERVAR SINAIS SUGESTIVOS DE VIOLÊNCIA FÍSICA. SE CONFIRMADO, OBSERVAR FLUXO ESPECÍFICO PARA SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA.
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO IMEDIATO NA US
-SE O DENTE FOI RECUPERADO, LAVAR COM SORO FISIOLÓGICO 0,9% SEM FAZER FRICÇÃO; -REIMPLANTAR IMEDIATAMENTE NO ALVÉOLO OBSERVANDO A FACE -(POSIÇÃO) CORRETA; -NA IMPOSSIBILIDADE DE REIMPLANTE, O DENTE DEVE SER MANTIDO DEBAIXO DA LÍNGUA DO PACIENTE, OU EM SORO FISIOLÓGICO A 0,9% PREFERENCIALMENTE, OU AINDA, NO LEITE ATÉ O MOMENTO DO REIMPLANTE; -APLICAR COMPRESSA COM GELO SE TIVER EDEMA (INCHAÇO); -SE O DENTE NÃO FOI RECUPERADO, ORIENTE QUE A RECUPERAÇÃO IMEDIATA É MUITO IMPORTANTE, POIS O ELEMENTO PODE SER REIMPLANTADO. E TAMBÉM ORIENTE COMO DEVE SER CONSERVADO ATÉ O MOMENTO DO REIMPLANTE.
DESLOCAMENTO DE DENTES
POR TRAUMA
CORTE DE LÁBIO / LÍNGUA /
MUCOSA ORAL
PERDA DO DENTE DECÍDUO
(DENTE DE LEITE) POR TRAUMA
AVULSÃO
PERDA DO DENTE
PERMANENTE POR TRAUMA
- ORIENTAR BOCHECHOS COM ÁGUA MORNA; - NÃO FAZER COMPRESSA QUENTE; - EVITAR AQUECIMENTO LOCAL; - EVITAR EXPOSIÇÃO AO SOL;
*¹
FRATURA DE DENTES POR
TRAUMA
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA
9
II-ATENDIMENTO A GRUPOS PRIORITÁRIOS
II-1-ATENDIMENTO DA GESTANTE NA ATENÇÃO BÁSICA – PROGRAMA MEU BEM QUERER
O estado de saúde bucal apresentado durante a gestação tem íntima relação com a saúde geral da gestante, podendo
influenciar diretamente na saúde geral e bucal do bebê.
A gravidez é uma fase ideal para a conscientização e incorporação de bons hábitos, pois a gestante mostra-se mais
receptiva para adquirir novos conhecimentos e mudar padrões que provavelmente terão influências no desenvolvimento
do bebê.
HEMORRAGIA PÓS-CIRÚRGICA HEMORRAGIA TRAUMÁTICA
PEQUENO SANGRAMENTO
GRANDE SANGRAMENTO
AUSÊNCIA DO DENTISTA
CIRURGIÃO DENTISTA
ENFERMEIRO MÉDICO
AUSÊNCIA DO DENTISTA CIRURGIÃO DENTISTA
AUSÊNCIA DO DENTISTA
CIRURGIÃODENTISTA
MÉDICO
MEDICAÇÃO INJETÁVEL VITAMINA “K”;
INVESTIGAÇÃO DAS POSSÍVEIS CAUSAS.
ENFERMEIROMÉDICO
COMPRESSÃO COMPRESSA COM GELO
SUTURA
SE NECESSÁRIO
COMPRESSÃO COM GAZE
PERSISTINDO SANGRAMENTO – REGULAÇÃO DE
URGÊNCIA
BUCO-MAXILO-FACIAL
*¹ NECESSIDADE DE ATENDIMENTO
IMEDIATO
10São três as limitações que envolvem a prática do tratamento odontológico em pacientes grávidas:
• Impossibilidade de atendimentos prolongados, especialmente com a gestante em posição de decúbito dorsal;
• Atenção à prescrição de medicamentos;
• Cuidados na utilização da radiografia.
O tratamento odontológico pode ser realizado em qualquer período gestacional, embora o segundo trimestre (entre
o quarto e o sexto mês) seja o momento mais oportuno, pois nessa fase, mãe e bebê encontram-se num período de maior
estabilidade.
As mães que participam do Programa já são orientadas a aderirem à Clínica do Bebê.
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA GESTANTE NA ATENÇÃO BÁSICA
ATIVIDADE DA DOENÇA
PRESENTE?
SIM NÃO
CONFIRMAÇÃO DA GRAVIDEZ NA US
- AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE INDIVIDUAIS OU COLETIVAS; -AÇÕES DE FLUORTERAPIA; - PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS; - ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL; - ATENDIMENTO CLÍNICO INDIVIDUAL NA US.
- AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE INDIVIDUAIS OU COLETIVAS; - PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS.
ENFERMAGEM ENCAMINHA GESTANTE PARA AVALIAÇÃO
ODONTOLÓGICA
11II-2-ATENDIMENTO DO BEBÊ NA ATENÇÃO BÁSICA – CLÍNICA DO BEBÊ
As ações programadas devem ser iniciadas o mais precocemente possível, no período materno-fetal, quando são
desenvolvidas ações educativas para as famílias sobre os cuidados com o bebê, independentemente do fator de risco,
com atividades continuadas no pós-parto.
A prevenção da cárie dentária, por meio do controle da dieta, pode ser desenvolvida desde a vida intra-uterina,
especificamente, a partir do quarto mês de gestação, período em que se inicia o desenvolvimento do paladar do bebê;
portanto, a implementação de novos hábitos alimentares da mãe proporcionará uma melhor condição de saúde bucal
para seu filho.
Já nos primeiros meses de vida do bebê, podem surgir na família, os primeiros hábitos inadequados como, por
exemplo, amamentação noturna, com ausência de higiene bucal e estimulação para o uso de chupetas.
Os hábitos da família determinam o comportamento que os filhos adotarão.
Hábitos saudáveis são fundamentais, como, por exemplo, hábitos de higiene bucal e de alimentação equilibrada.
A amamentação, além da importância nutricional e afetiva, durante o primeiro ano de vida é fundamental para a
prevenção da má oclusão.
II-2-A-CUIDADOS QUE A MÃE OU CUIDADOR DEVERÃO TER EM RELAÇÃO À SAÚDE BUCAL DO
BEBÊ
Primeiramente, cuidar da sua própria saúde. O nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal do bebê.
Hábitos familiares saudáveis serão assimilados pelas crianças e as conseqüências serão mais favoráveis a uma saúde
bucal desejável. Assim, o profissional ou CD deverá estimular a alimentação saudável, higiene adequada e
amamentação natural. Deverá ainda alertar quanto ao uso de chupetas, mamadeiras com conteúdos sem açúcar e
chupetas com bicos ortodônticos, que poderão amenizar os problemas de má oclusão.
Atentar a família e cuidadores quanto à transmissibilidade da doença cárie, orientando-os a não assoprar os
alimentos antes de oferecer ao bebê, não usar o mesmo talher para se alimentar e ao bebê, concomitantemente, não
beijar o bebê na boca, etc.
II-2-B-QUANDO LEVAR O BEBÊ AO DENTISTA?
Já nos primeiros meses de vida, mesmo antes da erupção dos primeiros dentes, os pais poderão procurar a equipe
de saúde bucal das US para obter informações sobre as reuniões e atendimentos da Clínica do Bebê. Nesses contatos, o
Cirurgião-Dentista e sua equipe reforçarão as informações e orientações importantes a respeito das causas e da
transmissão da cárie, da alimentação, da higiene da boca do bebê e do uso adequado do flúor.
12A equipe de enfermagem também deve estar sensibilizada quanto à necessidade de orientar os pais a procurar a
equipe de Saúde Bucal para obter informações sobre a Clínica do Bebê.
II-2-C-PROTOCOLO DA LIMPEZA DA BOCA DO BEBÊ
A limpeza da boca antes da erupção dos dentes deverá ser realizada com fralda, de tecido, limpa, reservada para
este único fim, ou gaze, embebidos em água filtrada ou fervida ou soro fisiológico, uma vez ao dia.
FLUXOGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DO BEBÊ NA ATENÇÃO BÁSICA
II-3-ATENDIMENTO DO IDOSO NA ATENÇÃO BÁSICA
Segundo o Estatuto do Idoso (lei n˚ 10.741, de 10 de outubro de 2003) é considerada idosa, pessoa com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade.
-ATIVIDADE DA DOENÇA CÁRIE
PRESENTE? -PRESENÇA DE PLACA?
-LESÕES BRANCAS NÃO
- SÃO DESENVOLVIDAS AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE OS CUIDADOS COM O BEBÊ ANTES MESMO DO PARTO; - AS MÃES SÃO ORIENTADAS E CONVIDADAS A INTEGRAREM OS GRUPOS DE REUNIÕES E ATENDIMENTOS DA CLÍNICA DO BEBÊ..
- EQUIPE DE ACOLHIMENTO ENCAMINHA MÃE E BEBÊ PARA QUE A EQUIPE ODONTOLÓGICA (DESDE O PRIMEIRO RETORNO DE PUERICULTURA) A ORIENTE A INTEGRAR OS GRUPOS DE REUNIÕES E ATENDIMENTOS DA CLÍNICA DO BEBÊ.
SIM
- AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE; - PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS.
- AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE; - PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS; - PROCEDIMENTOS CURATIVOS; - FLUORTERAPIA; - ENCAMINHAMENTO PARA ESPECIALIDADE.
NÃO SIM MÃE PARTICIPOU DO PROGRAMA
MEU BEM QUERER?
BEBÊ É INSCRITO NO PROGRAMA DA US
13É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Visando personalizar o atendimento, o profissional deve chamar o idoso pelo nome, não se utilizando as expressões
“titio” ou “vovô”. Abordar o idoso face a face para facilitar a leitura labial. O profissional, sempre que possível, deve
evitar o uso da máscara clínica, neste momento.
Ao preencher os dados cadastrais, preferencialmente, dirigir-se ao idoso e não ao acompanhante, que supostamente
prestaria informações com maior agilidade.
Dirigir-se ao acompanhante somente quando verificar que o idoso apresenta alguma dificuldade que não o permita
prestar as informações adequadamente.
Demonstrar respeito e paciência.
Explicar detalhadamente as etapas do processo de atendimento como consultas, exames ou marcação de consultas
especializadas. O idoso muitas vezes sente-se inseguro em relação às informações recebidas.
Exprimir-se com voz normal, grave, lentamente e articulando bem as palavras. Evitar falar alto. A atenção diminui,
o idoso se irrita e se desinteressa pela conversação.
Atenção:
• Na prescrição de medicamentos (posologia e interações medicamentosas). A integração com a equipe
médica que acompanha o idoso é muito importante;
• Câncer bucal:- exame profissional e auto-exame.
14FLUXOGRAMA DA ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DO IDOSO NA ATENÇÃO BÁSICA
III - ENCAMINHAMENTO PARA ATENDIMENTO DE ESPECIALIDADES
III-1-INFORMAÇÕES GERAIS
• Os encaminhamentos serão feitos, enquanto o sistema não estiver informatizado, através de Guia de Referência
(Verde – SAL – 0012 - CODERP) e enviados à Central de Regulação Odontológica, via malote;
15• Só deverão ser encaminhados pacientes que necessitem de especialidades, após tratamento básico
completado (exceto em casos de necessidade de diagnóstico especializado para lesões orais);
• Deverá acompanhar a Guia de Referência, laudo médico no caso dos pacientes especiais ou com necessidades
especiais (CID 10), relatando a patologia que o acomete, contendo ainda as condutas necessárias para o
tratamento odontológico;
• Casos de urgência que não possam ser resolvidos nas Unidades de Saúde deverão ser regulados através do
telefone da Central de Regulação Odontológica - 0 XX 16 3977- 9338;
• Não serão aceitas Guias de Referência solicitando atenção básica, sem justificativa.
• Após o término do tratamento nas especialidades, todos os pacientes deverão ser contra-referenciados para a
Central de Regulação de Odontologia, através do impresso próprio (até que o sistema não esteja
informatizado), disponibilizado a todos os serviços e prestadores (Guia de Contra-Referência Odontológica –
Anexo I).
• CENTRAL DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICA
RUA PRUDENTE DE MORAIS Nº 457 - RIBEIRÃO PRETO-SP.
FONE: 0.XX.16.3977- 9338
III-2-GUIA DE REFERÊNCIA
Todos os campos devem ser preenchidos com letra legível, preferencialmente com letra “de forma”.
CAMPOS DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO:
• Carimbo da unidade de origem;
CAMPO I – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
• Nome do paciente;
• Número Hygia;
• Endereço completo, inclusive com CEP;
• Data de nascimento;
• Nome da mãe;
• Número do Cartão Nacional de Saúde;
• Telefone (se houver);
CAMPO II – JUSTIFICAÇÃO DA REFERÊNCIA
• Descrever os procedimentos já realizados e a hipótese diagnóstica;
16CAMPO III – MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO
• Descrever detalhadamente os procedimentos solicitados. Se preferir pode descrever os procedimentos no verso
da Guia;
CAMPO IV – PROFISSIONAL SOLICITANTE
• Carimbo legível e assinatura do profissional que gerou a Guia;
CAMPO V – AGENDAMENTO
• Assim que o paciente for agendado, a Guia de Referência será enviada à US de origem, com data, horário e
local da consulta do paciente. O agendamento será efetuado em tempo suficiente para que o responsável por
esse serviço na Unidade contacte o paciente para que o mesmo vá buscar a Guia para poder apresentá-la no dia
da consulta.
IMPORTANTE: No momento da entrega da Guia com a consulta agendada, orientar e certificar-se de que o paciente
entendeu todas as informações a ele dadas.
III-3-FICHA DE CONTRA-REFERÊNCIA ODONTOLÓGICA
A exemplo da guia de referência, todos os campos devem ser preenchidos com letra legível, preferencialmente com
letra “de forma”.
• Será emitida após a realização dos procedimentos especializados solicitados ou se a US encaminhou o paciente
sem a realização dos procedimentos básicos;
• Será encaminhada para a Central de Regulação Odontológica, que a destinará à origem;
• Nas fichas de contra-referência serão apontados os procedimentos necessários para manutenção do caso
clínico, eventuais procedimentos básicos que não foram anteriormente realizados, os complementares para o
término do tratamento ou secundários que não foram solicitados no primeiro encaminhamento;
O paciente será contra-referenciado ao cirurgião-dentista responsável pelo seu encaminhamento
No município de Ribeirão Preto, todos os pacientes em alta terão automaticamente uma consulta agendada em sua US
de origem, dentro do período proposto na contra-referência para manutenção e/ou acompanhamento. Este agendamento
fica a cargo do gerente.
CAMPOS DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO:
• Carimbo da unidade de origem;
CAMPO I – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
• Nome do paciente;
• Número Hygia;
• Endereço completo, inclusive com CEP;
17• Data de nascimento;
• Nome da mãe;
• Número do Cartão Nacional de Saúde;
• Telefone (se houver);
CAMPO II – JUSTIFICAÇÃO DA CONTRA-REFERÊNCIA
• Assinalar o motivo da contra-referência e
• Descrever os procedimentos solicitados se for o caso.
CAMPO III – LOCAL PARA APRESENTAÇÃO DA CONTRA-REFERÊNCIA
• Deve ser devolvida sempre para a Central de Regulação Odontológica, que se encarregará de encaminhá-la ao
local adequado.
• As informações solicitadas neste campo são encontradas na Guia de Referência e são importantes para que a
Central de Regulação Odontológica possa dar o prosseguimento adequado do caso;
• Todas as Contra-Referências Odontológicas são devolvidas aos cuidados dos gerentes das US de origem do
paciente, para que os mesmos possam encaminhá-las aos profissionais responsáveis pelo referenciamento
inicial e esses possam continuar a seguir o caso.
CAMPO IV – PROFISSIONAL SOLICITANTE
• Carimbo legível e assinatura do profissional que gerou a Ficha;
• CRO e data.
OBS: Modelo de Contra-Referência Odontológica atualmente em uso na Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão
Preto – ANEXO I.
É papel da Atenção Básica estabelecer uma rede de comunicação entre todos os níveis de atenção dos serviços de Saúde
no município de Ribeirão Preto, assegurando com isto o acesso a uma atenção integral. Para sua efetivação é importante a
observação dos critérios recomendados a seguir:
18FLUXOGRAMA BÁSICO PARA ENCAMINHAMENTO PARA ESPECIALIDADES
-A US DE ORIGEM DEVE ENCAMINHAR DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS NESTE
PROTOCOLO (ITEM III-1 - INFORMAÇÕES GERAIS); -FAZ A PROSERVAÇÃO DO CASO ENQUANTO PACIENTE
AGUARDA MARCAÇÃO DA CONSULTA NA ESPECIALIDADE;
ENCAMINHA A GUIA DE REFERÊNCIA PARA A CENTRAL DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICA - SMS
- A CENTRAL DE REGULAÇÃO ODONTOLÓGICA AGENDA O PACIENTE; - DEVOLVE A GUIA DE REFERÊNCIA COM OS DADOS DA CONSULTA AGENDADA PARA A US DE ORIGEM, EM TEMPO HÁBIL PARA QUE O PACIENTE POSSA SER AVISADO; - PACIENTE RETIRA A GUIA DE REFERÊNCIA NA US E É ORIENTADO A COMPARECER NO LOCAL E DATA AGENDADOS; - RECEBE O TRATAMENTO PROPOSTO; - É CONTRA-REFERENCIADO PARA A CENTRAL DE REGULAÇÃO COM AS ORIENTAÇÕES DA ESPECIALIDADE PARA PROSERVAÇÃO E/OU ACOMPANHAMENTO E/OU TÉRMINO DO CASO CLÍNICO.
US DE ORIGEM: • FINALIZA O
TRATAMENTO E/OU • FAZ MANUTENÇÃO
E/OU • FAZ A PROSERVAÇÃO
DO CASO.
19III – 4 – TABELA DE CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTOS PARA ESPECIALIDADE
ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL
- Dentes inclusos ou semi-inclusos (enviar rx periapical); - Frenectomia – em casos onde o freio labial é bem desenvolvido, que penetre na papila, causando diastema. Após a erupção dos incisivos superiores (acima de 12 anos); - Bridectomia – quando a sua inserção dificultar a higienização e/ou causar recessão gengival; - Lesões hiperplásicas pelo uso de próteses mal adaptadas; - Lesões suspeitas.
Todos os dentes com exodontia indicada (inclusive para finalidade protética e/ou ortodôntica) deverão ser extraídos nas Unidades de Saúde.
-Procedimentos terapêuticos a serem adotados na atenção básica ante a um quadro agudo com indicação de exodontia: usar sempre o bom senso
Antibiótico -*²Amoxicilina – dose inicial – 2 cápsulas 500mg. Continuar com a terapia por 7 dias com 1 cápsula de 500mg a cada 8h. -Alérgicos à penicilina: substituir por 2 cápsulas de Cefalexina 500 mg iniciais e na seqüência, 1 cápsula a cada 6 horas por 7 dias.
Anti-inflamatório – associado com antibiótico. -Diclofenaco 50mg – 15 comprimidos – tomar 1 comprimido a cada 8 horas durante 5 dias. -Trauma extenso - Dexametazona – Decadron 4 mg – 1 comprimido de 12 em 12 horas nos primeiros 3 dias. 4º e 5ºs dias – 1 comprimido por dia.
Analgésico -Dipirona – 35 a 40 gotas de 6 em 6 horas. -Crianças – 1 gota por quilo de peso. Extrações Múltiplas: (quando serão feitas por etapas - dias ou semanas consecutivas) frente antibiótico terapia, adotar a conduta acima*² como inicial. Na seqüência, adotar a profilaxia antibiótica em cada nova intervenção – 2g de Amoxicilina ou 2g de Cefalexina, 2 horas antes da intervenção e 1 g, 8 horas após. Prescrições estas sempre associadas às medicações anti-inflamatórias e analgésicas
TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL
O paciente acidentado será regulado pela Central de Regulação de Emergência – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). As contra-referências de pacientes do atendimento hospitalar de emergência serão encaminhadas para as US de origem dos mesmos com as orientações devidas a cada caso.
20
ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
ENDODONTIA
-Ter concluído o tratamento nas Unidades da Rede Básica; -Ser dente permanente; -Quando o dente necessitar de prótese, verificar com o paciente, o seu real interesse em manter esse dente e dar prosseguimento ao tratamento; -Nos casos de retratamento¹, haverá uma avaliação da equipe do CEO quanto ao prognóstico. ¹Encaminhar os que têm sintomatologia dolorosa. Os dentes assintomáticos que apresentem imagens radiográficas apontando tratamento inadequado, com ou sem lesão periapical, devem sofrer acompanhamento radiográfico. Caso surja lesão periapical ou esta aumentar de tamanho, deve ser feito o encaminhamento para avaliação da viabilidade do retratamento.
Preparo prévio do dente para ser encaminhado para tratamento endodôntico: • Radiografia comprobatória da abertura coronária ou a descrição dos procedimentos de abertura realizados, conforme relação abaixo: - remoção de tecido cariado; - abertura coronária; - remoção do remanescente pulpar; - desinfecção do conduto radicular; - curativo endodôntico; - restauração provisória (se for o caso). • Atenção para os casos onde há necessidade de antibioticoterapia; • Dor de origem endodôntica deverá ser controlada na US até que surja vaga para tratamento na especialidade. - Hiperemia pulpar: somente remoção da causa. Não requer intervenção medicamentosa; - Pulpite irreversível: abertura coronária e pulpectomia; Pós operatório – analgésico (Paracetamol 500mg de 6/68h); - Necrose Pulpar: abertura coronária e penetração desinfectante; - Abscesso Dental Associado à Necrose Pulpar: - Abertura coronária com drenagem via canal e paciente sem febre – sem medicação - Abertura coronária sem drenagem via canal ou paciente com febre – medicar Antibiótico: Amoxicilina – dose inicial – 2 cápsulas de 500mg. Continuar com a terapia por 7 dias com 1 cápsula de 500mg a cada 8 horas. Alérgicos a penicilina: substituir por 2 cápsulas de Cefalexina 500 mg iniciais e na seqüência, 1 cápsula a cada 6 horas por 7 dias Antiinflamatório: Diclofenaco 50mg – 15 comprimidos – tomar 1 a cada 8 horas Analgésico:
Paracetamol 500mg – 1 comprimido a cada 6 horas ou Dipirona gotas – 35 a 40 gotas de 6 em 6 horas. Crianças – Dipirona gotas - 1 gota por quilo de peso. Reavaliar em 24 horas. - Drenagem de abscesso Intra-oral Antibiótico: Amoxicilina – dose inicial – 2 cápsulas de 500mg. Continuar com a terapia por 7 dias com 1 cápsula de 500mg a cada 8 horas. Alérgicos a penicilina: substituir por 2 cápsulas de Cefalexina 500 mg iniciais e na seqüência, 1 cápsula a cada 6horas por 7 dias Antinflamatório: Diclofenaco 50mg – 15 comprimidos – tomar 1 comprimido a cada 8 horas Analgésico:
Paracetamol 500mg – 1 comprimido a cada 6 horas ou Dipirona gotas– 35 a 40 gotas de 6 em 6 horas. Crianças – Dipirona gotas - 1 gota por quilo de peso. Reavaliar em 24 horas.
21
ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
DENTÍSTICA RESTAURADORA
-Mediante justificativa – grande destruição coronária e necessidade de aumento de coroa clínica. - Exceções, contatar a Central de Regulação
CIRURGIA ORTOGNÁTICA
-Pacientes Contra-Referenciados do Hospital das Clínicas (HC) também seguem a lógica da Regulação;
• As cirurgias ortognáticas e são somente realizadas no HC (Equipe do CIEDEF no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - CCP).
-Todo tratamento básico deve ser realizado antes de efetuar o encaminhamento
ODONTOPEDIATRIA COP – Centro de Odontopediatria
-Faixa etária: 0 a 4 anos incompletos - não colaborador.
-É necessário que tenham sido feitas duas tentativas de atendimento na rede; -Tentar vários profissionais da rede antes de encaminhar, objetivando empatia; -Tentar aliviar a dor.
ODONTOPEDIATRIA
-Faixa etária – 0 a 12 anos - não colaborador; -Casos de grandes reabilitações, grandes perdas dentais, necessidades comprovadas de dentística especializada e endodontia. O encaminhamento deve conter os elementos que deverão sofrer intervenção.
• Não será acatada como justificativa de encaminhamento: “o paciente não aceita tratamento / não colaborador” sem que o mesmo tenha passado por consulta por outro(s) profissional(is) da US, em busca de uma possível empatia. Anotar na Guia de Referência a data de pelo menos 02 tentativas.
-Realizar os procedimentos possíveis na rede, sendo o paciente colaborador;
22ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O
ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
PERIODONTIA - Tratamento não cirúrgico de periodontia avançada (com bolsas acima de 4 mm) - Cirurgia periodontal com acesso – por elemento ou por segmento – com bolsas acima de 4 mm - Cirurgia pré-protética – aumento de coroa clínica, para restaurações e próteses (dentes que apresentem fratura ou cárie subgengival). - Bridectomia – quando a sua inserção dificultar a higienização e/ou causando recessão gengival; - Splint – não em casos de traumatismo, somente em casos onde o paciente já passou pelo tratamento periodontal especializado; - Cunha distal ou mesial – nos casos de bolsas com mais de 4mm, onde se verifique hiperplasia gengival que impossibilite a higienização; - Gengivectomia e gengivoplastia – onde exista hiperplasia gengival, inclusive medicamentosa ou crateras interproximais.
A US deverá encaminhar o paciente com: - RAP (raspagem, alisamento, polimento) realizada; - Preservação deste primeiro tratamento; - Respeitar a vontade do paciente: encaminhando somente aqueles que tenham interesse no tratamento; - Orientações sobre higiene bucal, controle de biofilme e profilaxia; - Remoção de fatores retentivos de biofilme (adequação do meio com ionômero de vidro ou cimento provisório resistente); - Tratamento de processo periodontal agudo efetuado (drenagem de abscessos, GUNA, pericoronarite – parte emergencial, prescrições terapêuticas, entre outros). IMPORTANTE: - Não encaminhar dentes condenados – mobilidade vertical, raízes residuais - extraí-los previamente para início do tratamento dos demais; - Atenção para os casos onde há necessidade de terapia medicamentosa: usar sempre o bom senso.
Procedimentos terapêuticos a serem adotados na
atenção básica ante a um quadro agudo em periodontia:
1ª Etapa -Adequação ao meio bucal; -Descontaminação com ultra-som; -Adoção de medidas eficazes de Higiene Oral;-Recomendar uso de Solução de Clorexidina 0,12% de 12 em 12h – bochechar (pura, sem diluir) durante 1 minuto – usar 1 frasco. 2ª Etapa -Nova descontaminação com ultra-som. -Reforço quanto à Higiene Oral. -Entrar com terapia medicamentosa à base de Metronidazol 250mg – 8 em 8 horas, por 10 dias – Alertar para não ingerir bebida alcoólica durante o uso deste medicamento, devido à interação da droga com o álcool. A Azitromicina 500mg também poderá ser usada – 1 comprimido/dia, 2 horas antes do almoço ou 2 horas antes do jantar, por 06 dias. Ao sair da fase aguda, realizar raspagem convencional. Após estas medidas, permanecendo o quadro de doença periodontal, encaminhar para especialidade.
23ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O
ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
PRÓTESE DENTÁRIA -A preferência para grandes reabilitações é Prótese Parcial Removível. -Buscar o comprometimento do usuário com o tratamento antes de encaminhá-lo para confecção de próteses. -Próteses extensas não são executadas em nossos prestadores. Limitar os encaminhamentos a próteses de no máximo quatro elementos por indivíduo. OBS: Esclarecer aos pacientes, que aguardam por PPF, que as mesmas demandam muito tempo para confecção, são mais dispendiosas e a espera é muito maior.
-Para receber encaminhamento para Prótese Parcial Removível (PPR), o paciente deve estar com todas as restaurações, exodontias e periodontia básicas realizadas; -Para Próteses Totais (PT), a exemplo das PPRs, todas as exodontias já deverão ter sido realizadas; -Somente cirurgias pré-protéticas poderão ser solicitadas (remoção de hiperplasias, tórus e exostoses, correção de bridas, aprofundamento de vestíbulo, etc); -Próteses Parciais Fixas (PPF): os elementos devem ter recebido a adequação necessária para que o paciente possa aguardar o encaminhamento com conforto e função. - Especificar na Guia de Referência o tipo de Prótese solicitada (Superior, Inferior, Total, Removível e no caso das Fixas, especificar os elementos)
IMPLANTODONTIA Suspenso Suspenso
ORTODONTIA -Somente são aceitos pacientes para ortodontia preventiva com classificação de Angle de classe I, com dentes hígidos ou perfeitamente restaurados e ainda, com idade entre 06 e 08 anos; -Esclarecer aos responsáveis quanto à grande demanda acarretando em grande espera; -Não temos vagas para ortodontia corretiva;
Todo tratamento básico deve ser realizado antes de efetuar o encaminhamento
OCLUSÃO -São confeccionadas placas oclusais, jigs e realizada terapia para dor orofacial;
• Casos de urgência são passíveis de agendamento breve, porém, o tratamento consistirá em somente tirar o paciente da crise. Após o alívio dos sintomas o paciente retorna à fila de espera.
Todo tratamento básico deve ser realizado antes de efetuar o encaminhamento
24
ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
PACIENTES ESPECIAIS (deficiência física, mental, síndromes em geral, pacientes de risco – hipertensos, cardiopatas, que tiveram Acidente Vascular Encefálico – AVE, hemofílicos e outros);
- Paciente não é colaborador*³, após pelo menos 2 tentativas frustradas de atendimento na US (anotar as datas das tentativas de atendimento); - Prestar o maior número de informações possíveis no que diz respeito às necessidades de tratamento destes pacientes, isto é, quais elementos necessitam de intervenção e qual o tipo de intervenção; - Haverá necessidade de acompanhar a Guia de Referência, laudo médico da patologia que acomete o paciente especial (CID 10), contendo ainda as condutas necessárias para o tratamento odontológico;
-Quando possível, todo tratamento básico deve ser realizado na US; - Manutenção Clínica de pacientes colaboradores.
*³-Com movimentos involuntários que coloquem em risco a sua integridade física e aqueles cuja história médica e condições complexas necessitem de uma atenção especializada (não há necessidade de duas tentativas neste caso); -Pacientes com sofrimento mental que apresentam dificuldade de atendimento nas US, após duas tentativas frustradas de atendimento; -Paciente com deficiência mental, ou outros comprometimentos que não responde a comandos, não cooperativo, após duas tentativas frustradas de atendimento dentro da rede básica; -Paciente com deficiência visual ou auditiva ou física quando associado aos distúrbios de comportamento, após duas tentativas frustradas de atendimento dentro da rede básica; -Pessoas com patologias sistêmicas crônicas, endócrino-metabólicas, alterações genéticas e outras, quando associadas ao distúrbio de comportamento; -Paciente com distúrbio neurológico “grave” (ex. paralisia cerebral); -Pacientes com doenças degenerativas do sistema nervoso central, quando houver a impossibilidade de atendimento na US; -Paciente autista; -Crianças de 0 a 2 anos com cárie aguda ou crônica generalizada, que não cooperam com o atendimento clínico, após duas tentativas frustradas de atendimento dentro da rede básica; -Outros desvios comportamentais que tragam alguma dificuldade de condicionamento; -Outras situações não descritas que podem ser pactuadas com o profissional de referência e definidas pelo nível local, mediante relatório detalhado e assinatura do profissional.
25
ESPECIALIDADE CRITÉRIOS PARA O ENCAMINHAMENTO Situações em que se enquadra o encaminhamento:
RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
RADIOLOGIA
- Utilizar este recurso, quando as radiografias periapicais não são suficientes para o fechamento do diagnóstico; - Justificar devidamente - Dependendo das modificações orais produzidas, podem ser repetidas anual ou bi-anualmente.
HIV/AIDS Ambulatório NGA
-Poderá ser encaminhado, o paciente que necessite de acompanhamento e aconselhamento multidisciplinar. Procedimentos passíveis de serem realizados no Serviço: - Tratamento cirúrgico: exodontias, remoções de raízes residuais; - Lesões orais devido à infecção pelo HIV;- Lesões que necessitem exame histopatológico; - Pacientes com comprometimento clínico e hematológico; - Pacientes com necessidade de acolhimento e aconselhamento multidisciplinar; - Pacientes, os quais o CD encarregado, após avaliação do caso, julgou melhor serem atendidos no Serviço.
-Quando possível, todo tratamento básico deve ser realizado na US
26IV-ORIENTAÇÕES PARA CONDUTAS FRENTE ÀS CONDIÇÕES SISTÊMICAS MAIS COMUMENTE
RELACIONADAS COM O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
IV-1-DIABETE MELLITO (DM):
Diabete Mellito é um grupo de doenças metabólicas que apresentam em comum a hiperglicemia crônica, de
etiologia e patofisiologia diferentes, associada a distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
A classificação mais atual da DM constitui-se de 4 tipos: tipo 1, tipo 2, diabete gestacional e outros tipos
específicos (defeitos genéticos funcionais da célula beta, defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas
exócrino, endocrinopatias, induzida por fármacos e agentes químicos ou infecções, formas incomuns de diabetes
imuno-mediado e outras síndromes genéticas geralmente associadas ao diabetes).
As formas mais comuns são os tipos 1 e 2 que anteriormente eram denominados, respectivamente, de diabete
insulino-dependente ou juvenil e diabete não insulino-dependente ou do adulto. Estas nomenclaturas foram
desestimuladas devido às confusões em se classificar pacientes que eram diabete não insulino-dependentes, mas que
eram tratados pela insulina. Desta forma a classificação atual baseia na etiologia da doença.
O diabete tipo 1 caracteriza-se por destruição da célula beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de
insulina, de natureza auto-imune ou idiopática. Já o tipo 2 caracteriza-se por resistência dos tecidos periféricos à ação
da insulina e diminuição da secreção pancreática da insulina em resposta à glicose, de origem não imunológica.
O tipo 1 é mais comum em jovens (abaixo de 25 anos) de ambos os sexos e da raça branca, com início agudo.
Estes pacientes apresentam tendência a desenvolver cetoacidose. O tipo 2 é mais comum em pessoas mais velhas, está
fortemente ligado a história familiar positiva para DM, obesidade e falta de exercício físico, sexo feminino
(particularmente em mulheres com histórico de diabete gestacional) e negros, além de apresentar início mais brando a
cetoacidose ocorre em situações específicas como em infecções graves.
O termo diabete gestacional refere-se a casos de mulheres que desenvolveram a diabete durante a gestação.
Nestes casos o quadro pode desaparecer no pós-parto ou passar a ser permanente.
A hiperglicemia crônica pode produzir danos tais como disfunção e falência de vários órgãos, especialmente
rins, olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos. Os sintomas clássicos da diabete são a síndrome dos 4 P: Poliúria
(aumento na excreção de urina principalmente noturno), Polifagia (aumento da ingestão de alimentos), Polidipsia
(aumento da ingestão de líquidos) e Perda de peso. Com freqüência, os sintomas clássicos (perda inexplicada de peso,
polidipsia e poliúria) estão ausentes, porém poderá existir hiperglicemia de grau suficiente para causar alterações
funcionais ou patológicas por um longo período antes que o diagnóstico seja estabelecido. Além disto, o indivíduo pode
se manter por longos períodos entre os valores de glicemia considerados normais e aqueles que caracterizam a diabete
(quadro chamado de pré-diabetes). Os valores da glicemia de jejum normais vão até 110 mg/dl. Entre 110 e 125
considera-se predisposição ao desenvolvimento da diabete (fazer curva glicêmica e a alteração deve aparecer em pelo
27menos dois exames em dias diferentes) e acima de 125 considera-se diabete (deve aparecer em dois exames em dias
diferentes).
Glicemia – Resultados
Momento da avaliação Bom Regular Ruim
Jejum Até 110 Até 130 Mais de 130
1h após a alimentação Até 160 Até 180 Mais de 180
2 h após a alimentação Até 140 Até 150 Mais de 150
3 h após a alimentação Até 110 Até 130 Mais de 130
Costa, AA e Almeida Neto, JS. – Manual de Diabetes
No exame deve ser levado em consideração também o resultado da hemoglobina glicosada ou glicada. A
hemoglobina das hemácias (90 dias em média de vida) absorve a glicose na mesma proporção em que se encontra na
corrente sangüínea, formando a hemoglobina glicosada. Este exame demonstra a média das glicemias por um período
de 60 a 90 dias, prévios ao exame.
Resultado do exame de hemoglobina glicosada:
Valores normais 2,2 a 4,8%
Diabetes bem controlados 2,5 a 5,9%
Diabetes com controle aceitável 6 a 7%
Diatebes mal controlado + de 7%
A verificação deste exame é importante para saber se o paciente tem o controle de sua glicemia constante ou se
somente o faz próximo à data do exame de controle.
O controle da doença periodontal também ajuda a controlar a hemoglobina glicosada. É uma forma de
conseguir a adesão do diabético ao auto cuidado de seu agravo gengival.
A hipertensão arterial é duas vezes mais comum em diabéticos e a principal causa de morte está associada a
doenças cardiovasculares.
É importante a orientação, para que o paciente seja inscrito no Programa de Diabetes da US.
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO:
Os pacientes diabéticos freqüentemente apresentam xerostomia (secura na boca) diminuição na saliva,
sensibilidade dolorosa na língua, infecções orais recorrentes, cicatrização lenta, inflamações gengivais e periodontites,
perda óssea rápida e progressiva, aumento na incidência de cáries de rápida progressão. É comum a modificação da
28flora bucal, havendo uma predominância de colônias de estreptococos hemolíticos e estafilococos, com tendência a
candidíase oral e queilite angular. A prevalência de doença periodontal é de 75% dos pacientes diabéticos. Assim, a
manutenção da higiene bucal deve ser criteriosa. Menos freqüentemente observa-se tumefação de glândula parótida,
abscessos recorrentes, hiperplasia gengival, osteoporose trabecular e distúrbios do paladar.
a) Pacientes de pequeno risco: glicemia menor de 150 mg/dl, sem história de complicações recentes da doença -
tratamentos não cirúrgicos, de curta duração, estão liberados. Nos procedimentos cirúrgicos (que podem limitar a
função mastigatória no período pós-operatório) ou de maior duração (endodontia de molares ou preparos protéticos
extensos), trocar informações com o médico que atende o paciente sobre a necessidade de modificar a dieta e a dose de
insulina ou dos hipoglicemiantes orais, quando for o caso.
Na anestesia local, não há contra-indicação do uso de soluções com Epinefrina, que controlam melhor o
sangramento e reduzem o tempo de atendimento e, consequentemente o stress cirúrgico.
A profilaxia de infecções (uso de antibióticos em pacientes que não apresentam sinais de infecção) pode ser indicada
em intervenções cirúrgicas muito invasivas, para se prevenir infecções na ferida cirúrgica.
Protocolo: Amoxicilina 2g ou Clindamicina 600mg – Dose única – 1 hora antes da intervenção.
Na presença de infecções, o tratamento deve ser agressivo, sendo que a intervenção local deve ser priorizada,
como por exemplo, a drenagem de abscessos e descontaminação de canais radiculares. As medidas de ordem local
podem ser complementadas por terapia antibiótica pelo tempo necessário, cuidar da hidratação do paciente e
acompanhamento diário até a alta.
Infecções de maior gravidade: tratamento em ambiente hospitalar aos cuidados de um cirurgião buco-maxilo-
facial.
b) Paciente de risco moderado: sintomas ocasionais, história de complicações (cetoacidose ou hipoglicemia
ocasional), não recentes e glicemia menor de 250 mg/dl: tratamentos idênticos ao anterior acrescido de consideração
sobre internação para procedimentos cirúrgicos extensos e demorados.
c) Paciente de alto risco: controle metabólico ruim com quadros de cetoacidose e hiperglicemias freqüentes e recentes,
múltiplas complicações diabéticas, glicosúria (glicose na urina) e glicemia maior de 250 mg/dl: tratamentos eletivos
contra-indicados até estabilização, controle das infecções bucais por medicação. O tratamento adequado de pacientes
diabéticos exige uma perfeita integração entre o trabalho do médico e do dentista, pois situações em que a presença de
focos de infecção oral possam ser a causa de uma hiperglicemia de difícil controle médico, a intervenção odontológica
deve ser realizada para que se possa retornar a glicemia a níveis aceitáveis.
PRECAUÇÕES DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO DIABÉTICO
Para todos os casos considerar:
1) Anamnese direcionada a diabéticos:
29a) Está sob acompanhamento médico?
b) Quando se deu sua última consulta?
c) Quando foi feito o último exame de glicemia?
d) Qual o resultado?
e) Tem feito monitoramento domiciliar da glicose no sangue ou na urina?
f) Está tomando sua medicação de forma correta?
g) Tem observado algum sinal ou sintoma anormal?
h) Contato com médico que acompanha o paciente.
2) Reforçar que a alimentação e uso da medicação (insulina ou hipoglicemiante oral) devem ser normais antes
do atendimento (conforme prescrito pelo médico);
3) Não há contra-indicação do uso de Epinefrina. Pode-se também utilizar Felipressina como vasoconstritor;
4) Reduzir o estresse e utilizar sedação auxiliar se necessário, de acordo com orientação do médico; Controle
da dor: Paracetamol 750mg ou Dipirona 500 a 800mg.
Atenção: evitar o uso prolongado de antiinflamatórios não-esteróides de alta ligação protéica (Voltarem, Cataflan,
Piroxican, etc), pois estas drogas podem competir com os hipoglicemiantes orais pelos mesmos sítios de ligação
protéica, deslocando-os e potencializando seus efeitos (episódios de hipoglicemia). Como precaução usar somente
por 24h, um a cada 8h.
5) Consultas curtas e no meio da manhã;
6) Profilaxia antibiótica em pós-operatórios onde se possa promover bacteremia transitória; Amoxicilina 2g ou
Clindamicina 600mg – Dose única, 1 hora antes da intevenção;
7) Obedecer rigorosamente os princípios de assepsia e anti-sepsia – controle mecânico e químico de placa –
Clorexidina 0,12%.
OBSERVAÇÕES:
Conforme a literatura consultada os preferenciais medicamentos para diabéticos são:
a) Anestésicos: Lidocaína 2% ou Mepivacaína 2% com Epinefrina 1:100.000. Em pacientes com a doença mal
controlada (atender somente em caso de urgência) empregar a Prilocaína 3% com Felipressina.
b) Analgésicos: Paracetamol ou Dipirona;
c) Antiinflamatórios: Evitar o uso prolongado de antiinflamatórios não esteróides (Cataflan, Voltaren,
Piroxican, Arcóxia, Prexige) que podem interagir com a medicação anti-hipertensiva. Como precaução usar
somente por 24h, um a cada 8h.
d) Antibiótico: Penicilinas, podendo ser associadas ao Metronidazol;
- Alérgicos às Penicilinas: Eritromicina (infecções em fase inicial) ou Clindamicina (infecções em fase
adiantadas).
30
No atendimento de diabéticos, é importante que o paciente esteja tranqüilo e principalmente que não sinta dor,
pois o medo, a ansiedade e a dor são fatores de estresse, que podem causar alterações na glicemia. Isto é válido para
qualquer procedimento odontológico.
IV-2 GRAVIDEZ
“Na consulta inicial, toda mulher em idade fértil deve ser considerada grávida até que se prove o contrário”
O check-up odontológico deve fazer parte do pré-natal.
A troca de informações com o médico que acompanha a gestante e uma avaliação conjunta dos riscos e
benefícios do tratamento odontológico traz um efeito psicológico positivo, aumentando a segurança e confiabilidade por
parte da mesma.
Anamnese direcionada à gravidez:
1) Tempo e curso da gestação;
2) Problemas em gestações anteriores?
3) Histórico geral de saúde;
4) Medicação de uso contínuo;
5) Avaliar sinais vitais – pulso carotídeo ou carpal – quantidade, ritmo e freqüência, na consulta inicial e antes
de toda sessão de atendimento.
Pulso na grávida – freqüência normalmente acelerada. Em torno de 100bpm.
Freqüência respiratória – 20mpm (movimentos por minuto) em média.
Avaliar Pressão Arterial – pressão arterial alta é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna.
Sinais de Pré-eclâmpsia e Eclampsia
Pré-eclâmpsia Eclâmpsia
PA aumentada PA aumentada
Proteinúria Proteinúria
Edema Edema
- Convulsões sem causa
identificável
Há evidências científicas da associação da doença periodontal com pré-eclâmpsia.
31Ocorre na gravidez, o aumento de 10 a 30 vezes do normal, no nível dos hormônios sexuais (Estrogênio e
Progesterona) femininos:
Podem ser capazes de alterar:
• Sistema imunológico;
• Sistema vascular gengival;
• Microbiota subgengival normal.
Sistema Imunológico:
• Diminui a quimiotaxia e a fagocitose dos neutrófilos;
• Altera a resposta dos linfócitos;
• Diminui a produção de anticorpos.
Alteração do sistema vascular gengival
• Aumenta a permeabilidade vascular, resultando em edema gengival e aumento do fluido gengival;
• Diminui a queratinização do epitélio gengival;
• O aumento de Progesterona estimula a produção de Prostaglandina.
Microbiota Subgengival
• Aumento do nível de Prevotella intermedia - Kornman e Loesche, JPR, 1980 -Jonsson et al, JDR, 1988
• Existindo a gengivite ela pode se agravar se medidas de controle de placa não forem instituídos.
A Doença Periodontal pode provocar ruptura prematura da membrana ou provocar o trabalho de parto prematuro,
isto é, antes de 36 semanas de gestação.
Está comprovado que mães que apresentam doenças na gengiva (sangramento abundante) têm maior chance de
terem bebês prematuros e de baixo peso.
Mães com periodontite, com perda de inserção acima de 03 mm, afetando mais de 60% de dentição têm 7,5 vezes
mais chances de terem crianças prematuras e conseqüentemente de baixo peso (abaixo de 2,5kg).
MEDICAÇÃO NA GRAVIDEZ
A maioria das drogas lipossolúveis ultrapassa a barreira placentária. Dentre eles estão os anestésicos, ansiolíticos,
analgésicos, antiinflamatórios e antimicrobianos.
No caso de haver necessidade de cobertura antibiótica, a Penicilina e a Eritromicina são praticamente inócuas
para a mãe e para o feto, sendo provavelmente os antibióticos mais seguros nessa situação. A Eritromicina, assim como
a Clindamicina podem ser empregadas em caso de pacientes alérgicas à Penicilina ou em caso de bactérias resistentes,
pois os macrolídeos atravessam muito pouco a barreira placentária. Turner (2002) relata que a Cefalosporina e a
Clindamicina podem ser administradas a gestantes.
32O controle da infecção na mulher grávida é mais importante que o pequeno dano ao feto que pode existir
devido ao emprego de antibiótico, pois, qualquer enfermidade que produza febre pode conduzir ao aborto ou ao parto
prematuro. Assim, em caso de infecção odontogênica, o atendimento odontológico deve ocorrer independentemente do
período da gestação.
Analgésicos podem ser administrados à gestante quando necessários, pois as drogas utilizadas no controle da dor
freqüentemente produzem menos problemas ao feto do que aqueles produzidos pela dor não controlada. O aumento da
descarga adrenérgica endógena, o stress e outras alterações fisiológicas decorrentes da dor não controlada na mãe são
mais prejudiciais ao feto do que o emprego de analgésicos e são similares aos danos provocados pelos processos
infecciosos.
Não há evidências que demonstrem que a Aspirina e provavelmente o Paracetamol produzam qualquer problema
fetal. Turner (2002) recomenda em caso de dor a administração de Paracetamol que provoca menos irritação gástrica
que a Aspirina.
Alguns autores afirmam que a Aspirina pode ser administrada no segundo trimestre da gestação, mas não deve
ser empregada no terceiro trimestre devido às sua ação antiagregante plaquetária (Peterson et al., 1998). O uso de
Salicilato no final da gestação pode acarretar prolongamento do trabalho de parto, aumento do tempo de sangramento,
além da diminuição da agregação plaquetária no recém-nascido. Os AINEs (antiinflamatórios não esteróides) também
não devem ser usados no último mês de gestação. Outro analgésico recomendado por diversos autores é a Dipirona
Sódica, que pode ser administrado durante toda a gravidez assim como o Paracetamol, em casos de dor resistente ou
recidivante.
Se houver necessidade de um antiinflamatório mais potente usar Diclofenaco Sódico 25mg/ml – 3ml –
intramuscular, em dose única.
Nos casos de infecção, promover a descontaminação local associado a antimicrobianos (avaliar risco/benefício
com obstetra) – quanto menos antibióticos usar, melhor.
Na fase inicial da gravidez:
- Amoxicilina – 500mg – cada 8horas.
- Em caso de alérgicas à penicilina, usar Eritromicina na forma de estearato.
Em fases mais avançadas:
- Amoxicilina 500 mg mais Metronidazol 250 mg (após o 3º mês) – cada 8 horas.
- Em caso de alérgicas à Penicilina, usar Clindamicina – Dalacin C 300 mg
Duração do tratamento – prescrever inicialmente por 3 dias.
Antes de completar 72 horas de tratamento (antes da última dose), agendar consulta para reavaliar a paciente. Se
melhorar, interromper o uso. Se não houver melhora, manter a antibioticoterapia até que as defesas da paciente
reassumam o controle da infecção, sempre com base no exame clínico.
33Os anestésicos locais devem ser empregados com muito critério, pois, acumulam-se trabalhos que
demonstram a passagem rápida e completa de anestésicos locais através da placenta. De modo geral, o anestésico local
atravessa livremente a barreira placentária, entretanto, os efeitos diretos sobre o neonato parecem ser mínimos, mesmo
em altas doses (Turner, 2002).
O uso de Prilocaína próximo ao parto pode causar cianose por diminuição do oxigênio no sangue de recém-
nascido (Wannmancher & Ferreira, 1995). Em função da Felipressina (Octapressin) presente no Citanest ou Citocaína, à
semelhança da Ocitocina, estimular a contração da musculatura uterina e predispor ao aborto, é conveniente evitar o uso
desse anestésico em mulheres grávidas, principalmente naquelas com história anterior de aborto ou na primeira
gestação. Deve ser ressaltado, no entanto, que nas quantidades usualmente empregadas em consultório, esse anestésico,
segundo diversos autores, não representam perigo, mas não deve ser a primeira escolha.
A Lidocaína a 2%, com Epinefrina 1:100.000, salvo restrição médica, parece ser o anestésico mais indicado para
uso na gravidez. Limite de 3,6 ml (2 tubetes) por sessão de atendimento.
A anestesia tem que ser perfeita. Paciente não pode sentir dor.
Injetar pequenos volumes, após aspiração negativa. Máximo de 2 tubetes por sessão, em injeção lenta
(1ml/minuto), pois assim dificilmente ocorrerão problemas sistêmicos.
Sempre usar soluções com vasoconstritor, que diminui a velocidade de absorção e a toxicidade do sal anestésico.
O vasoconstritor indicado é a Epinefrina (Adrenalina) nas proporções – 1:100.000 ou 1:200.000. A Epinefrina, ao entrar
na corrente circulatória é rapidamente metabolizada. Não tem efeito acumulativo (Perussé et al. 1992.).
Lidostesin 3% - tem uma quantidade 50% maior de Lidocaína do que as soluções a 2%, aumentando o risco de
toxicidade à mãe e ao feto, no caso de injeção intravascular acidental ou emprego de grandes volumes do anestésico.
Portanto, NUNCA usar.
Todos anestésicos locais atravessam a placenta, entretanto não existem relatos de efeitos teratogênicos
originados por anestésicos locais usados em odontologia (Briggs et al., 1994)
Quando não usar Epinefrina em gestantes:
- PA alta, não controlada;
- Doença cardiovascular grave;
- Diabetes não controlada;
- Alergia aos sulfitos.
Alternativa à Epinefrina – Felipressina (Citocaína 3% - Citanest 3% - Prilonest 3%) – máximo 2 tubetes por
sessão. Evitar a Prilocaína em pacientes com história de anemia.
34No caso da impossibilidade de uso de vasoconstritor a recomendação é Mepivacaína 3% sem vasoconstritor
– os procedimentos deverão ser de curta duração e usar no máximo 1 tubete. Duração da anestesia: 20 minutos da
maxila e 30 a 40 minutos na mandíbula.
Controle da ansiedade aguda ou fobia ao tratamento
5. Cadernos de Saúde Bucal da SES SP “Qualidade e resolutividade na atenção básica: recomendações para
atendimento de pacientes com necessidades especiais”, adotado pela Área Técnica de Saúde Bucal para
subsidiar as ações de saúde bucal na rede municipal de saúde. Gestão 2005-2008
6. Consenso Brasileiro Sobre Diabetes: Diagnóstico e Classificação do Diabetes Mellitus e Tratamento do
Diabetes Mellitus Tipo 2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Maio, 2000.
7. Décio Mion Jr., Ângela MG Pierin. Hipertensão Arterial. In: Manual de Condutas Médicas: Atenção ao adulto
do Ministério da Saúde, p 275-282, acesso pelo link www.ids-saude.org.br/medicina
8. Epilepsia / Convulsão / Ataque epiléptico. Internet acesso pelo link:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?95
9. Estatuto do Idoso - www.senado.gov.br
10. Jennifer Mayfield, M.D Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus: New Criteria. American Academy
of family physicians. V 58, n 6, oct-dec, 1998 http://www.aafp.org/afp/981015ap/mayfield.html
11. Paulo Lotuffo. Diabetes. In: Manual de Condutas Médicas: Atenção ao adulto do Ministério da Saúde, p 275-
282, acesso pelo link www.ids-saude.org.br/medicina
12. Perfil Odontológico dos Pacientes Portadores de Necessidades Especiais atendidos no Instituto de Previdência
do Estado do Ceará – 1997 a 1998
13. Prabhu, S.R. Medicina Oral. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2007.
14. Primeiro Caderno de Acolhimento - Prefeitura da Cidade de São Paulo
15. Protocolo Integrado de Atenção à Saúde Bucal – Prefeitura Municipal de Curitiba – PR - 2004
16. Queluz, D.P., CD MSPH – EUA. Integração do odontólogo no serviço de saúde e uma equipe multidisciplinar,
acesso pelo link www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=253&idesp=1&ler=s
17. Recomendações para Referência e Contra-Referência aos CEOs – Ministério da Saúde – 2006
18. Report of the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care 1997;
20:1183-97.
19. SES – São Paulo – Caderno de Atenção Básica
20. Sol Silverman, Jr; Eversole, L.R.; Truelove, E.L. Fundamentos de medicina oral. Guanabara-Koogan, Rio de
Janeiro, 2004.
21. Sonis, S.T.; Fazio, R.C; Fang, L. Princípios e prática de medicina oral. 2ª ed. Guanabara-Koogan, Rio de
Janeiro, 1995.
22. Varellis, M.L.Z. O paciente com necessidades especiais na odontologia – manual prático. Editora Santos, São
Paulo, 2005.
53
COLABORADORES
Prof. Dr. Eduardo Dias de Andrade – Cirurgião-Dentista Docente FOP - UNICAMP
Camila Benedini Martelli – Cirurgiã-Dentista – SMS – Ribeirão Preto
Mestrado em Saúde Pública – EERP – USP
Prof. Dr. Ricardo de Toledo Cesco – Cirurgião-Dentista Especialista em Periodontia – CEO – SMS -Ribeirão Preto
Mestre em Periodontia – UNICAMP
Doutor em Reabilitação Oral – FORP - USP
Prof. José Antonio Brufato Ferraz – Cirurgião-Dentista – CEO – SMS – Ribeirão Preto
Mestre e Especialista em Endodontia – FORP - USP
Prof. José Antonio Salomão – Cirurgião-Dentista – CEO – Ribeirão Preto
Mestrado em Endodontia – FORP – USP
Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – APCD – SP
Doutorando em Endodontia - UNAERP
Ângela Mantovani – Cirurgiã-Dentista – CEO – SMS – Ribeirão Preto - Especialista em Periodontia – AORP
Mestrado em Periodontia – FORP – USP
Especialista em Prótese Dental - FORP – USP
Carolina Brunelli Álvares da Silva – Cirurgiã-Dentista – Pós Graduanda em Saúde na Comunidade – FMRP – USP
Prof. Dr. Luiz Alberto Manetta – Médico Ginecologista e Auditor da SMS – Ribeirão Preto
Docente da área de Tocoginecologia da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP
Médico Assistente Depto de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
Dr. Stênio José Correia Miranda – Médico – Responsável pelo Programa de Tuberculose - SMS – Ribeirão Preto
Drª Ana Alice Martin Correa de Castro e Silva – Médica Sanitarista – Vigilância Epidemiológica - SMS – Ribeirão
Preto
AGRADECIMENTOS:
Ângela Rosalina Sebastião Gueleri
Alceu Pereira Lima
Alessandra Castelucci Cedroni
Ana Lucia de Arimathea Moraes
Ana Paula Vieira
André Marcelo Perussi Minto
Carla Elaine Hiss Brochetto Ferreira
54Danielly Carneiro Lima
David Ranieri Bulgari
Diane Cristina Alves de Mello
Fernando Silveira
Francisco Pinto Neto
Gislaine Aparecida Pontes Moreno
Jorge Aparecido Brienza
Kellen Lara Martins das Neves
Kelly Machado de Andrade
Magali Augusta Perez
Marcelo Ricardo Ramos
Marcia Domingos
Márcio Conrado Sacardo
Márcio Reinaldo Pereira da Silva
Maria Helena Walter Pimenta Bueno
Mariane Gonçalves
Marli Aparecida de Oliveira da Silva
Marta Dias de Oliveira
Mauricio Martins de Andrade
Mauro Faleiros
Mozair de Oliveira
Roberto Coronato
Rosa Cristina B. Polachini
Renata Guerreiro Nascinbem
Simone Aparecida Foresto
Simone Lunardelo
Solange Aparecida Gual
Stella Machado de Andrade
Terezinha Neto Pinto
Valteria Leite Santana
Vera Wilma da Silva
55ANEXO I – FICHA DE CONTRA-REFERÊNCIA ODONTOLÓGICA
FFEP:
(CARIMBO DO PRESTADOR)
FICHA DE CONTRA-REFERÊNCIA ODONTOLÓGICA
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Secretaria da Saúde
Sistema Único de Saúde - SUS
I – Identificação do Paciente Nome: ________________________________________________________________________ Hygia nº: ___________________________ Endereço: ______________________________________________________________ Município: _________________________________ Data de Nasc.: ____/____/____ Idade: __________Sexo: _________ Telefone: ______________________ CEP:______________________ Nome da Mãe: _____________________________________________________________________________________________________ CNS:
II – Justificativa da Contra-Referência Alta do paciente. Acompanhamento na Rede Básica. Realização de Procedimentos Primários. Realização de Procedimentos Secundários.
Procedimentos Realizados No Prestador: Procedimentos a serem Realizados na atenção básica e secundária:
III – Local para apresentação da Contra-Referência: Central de Regulação Odontológica Unidade de saúde de referência do paciente: __________________________________________________________________________ Profissional* responsável pelo encaminhamento: ____________________________________________________CRO: ______________ * Cirurgião-Dentista da rede básica de saúde, que originou o encaminhamento para especialidade. **Agendado para: ____/____/____ **Horário: __________ (**Uso da Central de Regulação Odontológica SMS)
IV: Nome do Cirurgião-Dentista solicitante: _________________________________________________ CRO: ___________________ Assinatura: _______________________________________________________________________________ Data: _____/_____/_____ Carimbo: _______________________________________________________________________________________________________