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Proteínas Plasmáticas Bioquímica Clínica Profª Alessandra Vale Daur
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Proteínas Plasmáticas

Mar 19, 2016

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Jamal

Proteínas Plasmáticas. Bioquímica Clínica Profª Alessandra Vale Daur. Aminoácidos e Proteínas. Proteínas são as biomoléculas mais abundantes em todos os seres vivos e exercem funções fundamentais de todos os processos biológicos. - PowerPoint PPT Presentation
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Page 1: Proteínas Plasmáticas

Proteínas Plasmáticas

Bioquímica ClínicaProfª Alessandra Vale Daur

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Aminoácidos e Proteínas

Proteínas são as biomoléculas mais abundantes em todos os seres vivos e exercem funções fundamentais de todos os processos biológicos.

São polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações covalentes específicas.

São constituídas por 20 diferentes aa

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A combinação entre estes 20 aminoácidos reunem infinitas combinações – possibilitando a formação de milhões de diferentes estruturas.

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Proteínas Totais

O número de proteínas distintas dentro de célula humana está estimado entre 3000 a 5000.

Somente no plasma sanguíneo foram identificados mais de 300 proteínas diferentes.

Dentre as funções das proteínas plasmáticas, temos: transporte, manutenção da pressão oncótica,

tamponamento de alterações do pH, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação e resposta de fase aguda.

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Proteínas Totais

O laboratório de bioquímica mede rotineiramente as concentrações de “proteínas totais” e de “albumina”.

A fração de globulina é relatada nos laudos fazendo a diferença entre os dois primeiros resultados.

A eletroforese de uma amostra de soro separa suas proteínas em cinco bandas (gama, beta, alfa 1, alfa 2 e albumina).

PT = ALBUMINA + GLOBULINASPT = ALBUMINA + GLOBULINAS

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Metabolismo das Proteínas

Três principais fatores irão determinar a concentração das proteínas: velocidade de síntese, velocidade do catabolismo, e o volume de líquido no qual as proteínas estão distribuídas.

Síntese: grande parte das proteínas plasmáticas são sintetizadas no fígado. Outras são produzidas pelos linfócitos = imunoglobulinas, apolipoproteínas = enterócitos e Beta 2 microglobulina (proteína de superfície celular).

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Metabolismo das Proteínas Distribuição: os valores normais de proteínas totais no

plasma é em torno de 7 g/dl. A concentração das proteínas no espaço vascular é afetada pela distribuição líquida.

Catabolismo: As proteínas são degradadas através do corpo e os aminoácidos ficam disponíveis para síntese outras proteínas celulares.

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Hiperproteinemia Desidratação: a desidratação causa o

aumento de todas as frações protéicas na mesma proporção.

Pode ocorrer por uma ingestão inadequada de líquidos ou por perda brusca de água (vomitos, diarreia....)

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Hiperproteinemia Enfermidades monoclonais: mieloma múltiplo,

macroglobulinemia de Waldenstrom e doença da cadeia pesada. Essas patologias causam a elevação de imunoglobulinas, aumentando os níveis de proteínas totais.

Enfermidades policlonais crônicas: lupus, infecção bacteriana crônica.

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Hipoproteinemia Aumento do volume plasmático: hemodiluição

Perda renal de proteínas: síndrome nefrótica e glomerulonefrite crônica.

Perda de proteínas pela pele: queimaduras severas.

Distúrbio da síntese protéica: redução de aminoácidos, insuficiência hepatocelular.

Outras causas: colite ulcerativa, doença de Crohn, edema, hemorragia grave, leucemia, má absorção e outras mais.

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Proteínas na Urina - proteinúria

Proteinúria é a presença de quantidades excessivas de proteína na urina.

As proteínas de baixa massa molecular (albumina) frequentemente são filtradas pelo glomérulo mas são totalmente reabsorvidas pelo tubulo renal.

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Coleta

Para determinação das proteínas na urina são utilizadas urina de 12 ou 24 horas

Manter em refrigerador Amostras congeladas são estáveis por

1 ano

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Frações protéicas – Albumina

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Frações protéicas – Albumina

Aprox. 60% das proteínas no plasma.

Síntetizada no parenquima hemático

Sintese diminuida por citocinas inflamatórias

Meia vida de 15-19 dias

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Frações protéicas – Albumina

Funções: Regulação osmótica: grande quantidade no

organismo – no espaço intravascular – papel na pressão coloidosmótica (75 a 80% do efeito osmótico do plasma) – um dos fatores que distribuem água entre os compartimentos intra e extracelulares.

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Frações protéicas – Albumina

Funções: Transporte e armazenamento – por ser altamente

polar ( até 200 cargas em pH 7,4) apresenta uma grande capacidade de ligação não seletiva a muitos compostos pouco solúveis em água, como por exemplo:

- Ácidos graxos livres, bilirrubina e alguns farmacos.

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Frações protéicas – Albumina

Hiperalbuminemia: a elevação dos níveis de albumina é muito raro (exceto na desidratação).

Hipoalbuminemia: redução de síntese pelas células hepáticas devido a hepatopatias, desnutrição=falta de AA, hemorragias, queimaduras ( a pele é o maior local de armazenamento de albumina extravascular)

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Frações protéicas – Albumina Avaliação laboratorial da hipoalbuminemia: a) Elevação de PCR = sugere processo inflamtório.

b) Proteinúria acima de 3 g/dl = síndrome nefrótica.

c) Provas de função hepática = em pacientes cirróticos devem estar elevadas.

d) Provas qualitativas e quantitativas de gordura fecal.

e) Eletroforese sérica = para detectar hipergamaglobulinemia.

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Região Alfa1-Antitripsina (AAT) Sintetizada predominantemente nos

hepatócitos.

Faz a proteção alveolar, atuando com antiprotease.

Inativa a elastase dos neutrófilos, enzima liberada durante a fagocitose, que destrói a parede alveolar.

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Região Alfa1-Antitripsina (AAT)

O primeiro sintoma na redução é a dispnéia.

As proteases em excesso destroem as paredes alveolares e causam enfisema.

Uma deformidade genética pode causar a redução da produção pelos hepatócitos. Este defeito genético atinge 1 em cada 3000-5000 indivíduos.

O tabagismo acelera o aparecimento dos sintomas em 10 anos. Elevando os números de neutrófilos nos alvéolos.

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Região Alfa1-Glicoproteína Ácida

Sua função exata ainda não está bem definida, atua na inibição da progesterona e também está vinculada a fármaco-cinética de algumas drogas.

Apresenta aumento na artrite reumatóide, lupus eritematoso sistêmico, neoplasma maligno, queimaduras e infarto do miocárdio.

A redução ocorre na má-nutrição, enfermidade hepática severa, síndrome nefrótica e gastroenterites.

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Região Alfa1-Fetoproteína Proteína sintetizada no fígado, usada como

marcador tumoral.

A elevação dos níveis não é específica de malignidade, usada principalmente para monitorar pacientes submetidos a cirurgias ou quimioterapia.

Está presente em até 75% das hepatopatias benignas (cirrose, hepatite alcoólica, doenças inflamatórias intestinais e colite ulcerativa.

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Região Alfa2 Haptoglobina (HAP)

Realiza o transporte da hemoglobina livre para o sistema retículo endotelial, onde é degradada.

Quando a hemoglobina não está ligada a haptoglobina é filtrada pelos glomérulos e precipita nos túbulos, causando enfermidades renais.

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Região Alfa2-Macroglobulina (AMG)

A avaliação da AMG raramente tem valor clínico.

É inibidora das proteases.

Diminuida em pacientes com artrite reumatóide e mieloma múltiplo.

Aumentado em deficiências de alfa1-antitripsina e neoplasias.

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Região Alfa2 Haptoglobina (HAP)

Realiza o transporte da hemoglobina livre para o sistema retículo endotelial, onde é degradada.

Quando a hemoglobina não está ligada a haptoglobina é filtrada pelos glomérulos e precipita nos túbulos, causando enfermidades renais.

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Região Alfa2-Ceruloplasmina (CER) Responsável por transportar 90% do cobre no

plasma.

Aumentado em infecções, doenças malignas e traumas.

Importante no diagnóstico da doença de Wilson.

Nessa patologia ocorre a diminuição de CER, levando a redução da incorporação do cobre na apoproteína, elevando a deposição nos rins, fígado e cérebro.

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Região Beta1- Transferrina (TRF)

Proteína transportadora de ferro.

A sua avaliação é útil no diagnóstico da anemia ferropênica.

Na deficiência de ferro o teor de TRF está aumentado devido ao aumento de síntese, porém a proteína está menos saturada com o ferro.

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Região Beta2-Fibrinogênio

Sintetizada pelo fígado, atua como substrato para a ação da enzima trombina.

Valores reduzidos, levam a uma coagulação intravascular descompensada, resultando em episódios esporádicos de sangramento.

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Região Gama - PCR

Sintetizada pelo fígado, está presente no plasma de pacientes com doenças agudas.

Marcador não específico, de resposta de fase aguda.

Está associado com o sistema auto-imune e atua na ativação do complemento e fagocitose.

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Região Gama-Imunoglobulinas São glicoproteínas sintetizadas pelo sistema

imune em resposta a uma partícula estranha. IgG, IgM, IgA, IgD e IgE.

IgG: 85% das imunoglobulinas totais. De pequeno tamanho, difundo para o espaço extravascular e atravessa a placenta.

Serve para neutralizar toxinas nos espaços teciduais, produzidos em resposta à bactérias e vírus.

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Região Gama-Imunoglobulinas

A IgG é aumentada em doença hepática crônica, infecção crônica, doenças auto-imunes e doenças parasitárias.

IgA: fornece proteção anti-séptica, presente nas mucosas, atua como primeira barreira, encontrada na saliva, suor, leite, lágrimas, colostro e secreções gastrointestinais.

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Região Gama-Imunoglobulinas IgM: é primeira imunoglobulina produzida pelo feto.

Primeira resposta imune ou estimulo antigênico.

Devido ao sua elevada massa molecular, fica confinada ao espaço intravascular.

Níveis elevados em recém nascidos (1° semana de vida) sugere infecção pré-natal (rubéola, CMV, toxoplasmose...)

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Região Gama-Imunoglobulinas

IgD: função específica ainda desconhecida, estrutura similar a IgG, pode estar relacionada como receptor de antígenos na superfície de linfócitos B.

Valores aumentados em doença auto-imune, infecção crônica.

IgE: encontrada em pequenas quantidades no plasma, expressa um resposta alérgica e imunidade antiparasitária.

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Eletroforese de Proteínas Normalmente a eletroforese das proteínas séricas

exigem bandas que correspondem a albumina, alfa-1 e alfa-2-globulinas, beta-globulinas e gamaglobulinas.

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Padrão de reação aguda

Elevação do fibrinogênio (não esta presente no soro)

Aumento de alfa-1 antitripsina (pouco frequente)

Aumento de haptoglobinas (região alfa-2) Aumento de ceruloplasmina Aumento da PCR (área de interface beta-gama)

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Padrão da síndrome nefrótica

Redução dos níveis de albumina. Aumento dos níveis de alfa-2. (maior do que

ocorre na reação aguda).

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Padrão da cirrose

Redução dos níveis de albumina. Aumento dos níveis de gamaglobulinas. Graus variáveis de incorporação do pico beta

no pico gama. (quanto mais pronunciado a ponte de beta-gama, mais sugestivo de cirrose)

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Elevação de gamaglobulina policlonal Aumento da área total da regiao gama. Infecções crônicas, tuberculose, lupus, e

outros.

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Hipogamaglobulinemia

Redução dos níveis da região gama. Sugestivo da variante de cadeia leve –

mieloma múltiplo.

Page 43: Proteínas Plasmáticas

Pico de gamopatia monoclonal

Pico alto e delgado na região gama. A maioria apresenta mieloma.