PROTEÍNAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL Polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas. Diferenciam-se pela seqüência e número com que os aminoácidos encontram-se unidos. 20 aminoácidos (microorganismos, animais e plantas) Sob o ponto de vista da nutrição animal: AAs são classificados em essenciais e não essenciais.
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PROTEÍNAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas. Diferenciam-se pela seqüência e número com que os aminoácidos encontram-se unidos.
20 aminoácidos (microorganismos, animais e plantas)
Sob o ponto de vista da nutrição animal: AAs são classificados em essenciais e não essenciais.
Os aminoácidos consistem em um átomo de carbono (carbono alfa), ligado ao grupo amina (NH2), ao grupo carboxila (COOH), ao átomo de hidrogênio e a cadeia lateral R que é única para cada aminoácido.
H \ R – C - COOH / NH2
Estrutura dos Aminoácidos
Proteína – alimentação animal
A proteína é o componente mais caro da ração animal; A qualidade de um alimento pode ser comparada com a de
outro pela composição dos AAs (presença AAs essenciais) Os vegetais sintetizam todos os AAs de que precisam, mas
têm qualidade inferior à proteína animal; Dietas elaboradas apenas com cereais e farelos não atendem
as necessidades de AAs, sendo necessária a inclusão de AAs industriais
A redução da proteína de rações à base de milho e soja requer suplementação com AAs industriais
Constituíntes elementos estruturais: colágeno, elastina, queratina
Contração muscular: miosina, actina Transporte (receptor/carreador membrana celular): gorduras,vitaminas e minerais (hemoglobina, lipoproteína); Formação de enzimas, hormônios, anticorpos Fonte alternativa de energia (deficiência alimentar CHO e Gordura)
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS
QUALIDADE DA PROTEÍNA
A qualidade de uma proteína refere-se à quantidade, proporção e interações dos aminoácidos essenciais em função do requisito animalFatores importantes ligados à qualidade protéica:
Presença de AAs essenciais AA Limitante Disponibilidade dos AAs (digestibilidade proteína) Quantidade total de proteína na dieta Energia / Vitaminas / Minerais
Aminoácidos Essenciais
São aqueles que não são sintetizados no organismo em velocidade suficiente para atender as necessidades do animal considerando que necessitam de muitos passos metabólicos para sua biossíntese
Atualmente as dietas de aves e suínos são formuladas para fornecer aos animais os aminoácidos essenciais em uma relação
balanceada com a lisina - aminoácido referência
As proteínas de origem vegetal são deficientes em aminoácidos essenciais, especialmente os cereais que, de um modo geral, representam a maior fração das dietas animais, e são deficientes principalmente em lisina e treonina
A LISINA é utilizada como aminoácido referência por possuir as seguintes características: É um aminoácido estritamente essencial, não havendo nenhuma via de síntese endógena.
Possui metabolismo orientado principalmente para deposição de proteína corporal.
O conhecimento da sua exigência para aves e suínos relacionada com cada fase de produção encontra-se disponível.
A sua suplementação nas dietas de aves e suínos é economicamente viável
Aminoácido Limitante
Mesmo que todos os aminoácidos essenciais estejam presentes na dieta, em quantidades adequadas, mas com exceção de um, a síntese protéica efetuada pelo animal far-se-á até o nível daquele presente em menor quantidade;
Digestão protéica pode estar impedida ou limitada, pela presença de inibidores enzimáticos (o mais conhecido é o inibidor da tripsina presente na soja crua)
Uma das causas mais comuns do excesso de calor, sobre a proteína, é a reação de Maillard, na qual açucares redutores combinam-se com o grupo amino da lisina, tornando o aminoácido biologicamente indisponível para o animal.
Quantidade de Proteína na Dieta
Animais monogástricos - as formulações de rações são realizadas em função do
que se denominada “Proteína Ideal”
Proteína Ideal
“Relação ideal de AAs na dieta”“refere-se a dietas que possuem o perfil de
aminoácidos nas proporções exatas das necessidades dos animais.”
A utilização de dietas equilibradas em todos os aminoácidos contribui para aumentar significativamente a retenção dos mesmos e reduzir a emissão de N de excretas no meio ambiente.
A exigência nutricional das aves é principalmente por aminoácidos e não simplesmente pela proteína bruta da ração O conceito “proteína ideal” torna possível reduzir o teor protéico das rações e, concomitantemente, manter os aminoácidos essenciais dentro dos níveis adequados às exigências das aves
A proteína ideal é, portanto definid como um balanço exato de aminoácidos capaz de prover sem excesso ou déficit as necessidades de todos os aminoácidos essenciais.
Uso de aminoácidos sintéticos (Industriais)
Com o surgimento da produção de aminoácidos sintéticos, as dietas passaram a ser formuladas com menor nível protéico e com níveis de aminoácidos mais próximos das necessidades da ave.
Aminoácidos industriais para nutrição animal
A produção dos aminoácidos industriais permitiu a redução da proteína dietética de uma forma eficiente, tanto zootecnicamente como economicamente.
A redução proteica das dietas via adição de aminoácidos industriais oferece as seguintes vantagens:
Redução do custo de formulação. Melhora de desempenho em condições de temperaturas ambientais altas. Otimização da eficiência proteica. Redução de excreção de nitrogênio e volume de fezes.
Aminoácidos industriais para nutrição animal
Produção de poedeiras de 18 a 32 semanas de idade alimentadas com duas dietas antes e pós pico de produção
DIGESTÃO DA PROTEÍNA - MonogástricosESTOMAGO INTESTINO DELGADO
Secreção de Gastrina (Cel G)
Estímulo Secreção de HCl
Secreção Pepsinogênio (gl. Pilórica)
PEPSINA
Hidrólise das ligações peptídicas
Proteínas e fragmentos de Peptídeos e AAs
Ação das enzimas:Tripsina, Quimotripsina,
Carboxipeptidase, Elastase (secretadas no pâncreas)
Hidrólise no lúmen ID
Peptídeos e AAs
Aminopeptidadses (mucosa)
Aminoácidos livres e Oligopepetideos
(ABSORÇÃO)
Absorção
Os sistemas de absorção de AAs podem ser por transporte ativo (Bomba de Na+) ou facilitado
O transporte ativo apresenta maior eficiência na absorção, por atuar contra o gradiente de concentração
AAs absorvidos
Vários Destinos
Metabólicos
Utilizados para SÍNTESE PROTÉICA – Mantença e Produção Poderão ser desaminados (def. energética), esqueletos de
carbono metabolismo energético ATP Síntese de aminoácidos não essenciais (transaminacão) Precursores de compostos nitrogenados, (ác. nucléicos, creatina, colina e tiroxina;) Síntese de glicose (gliconeogênese); Convertidos a gordura (cetona e corpos cetônicos)
Processos biológicos do metabolismo dos AAs (suíno)
1. Absorção de Aminoácidos
2. Mantença “Turnover” de proteína corporal; perda tegumental; perda endógena de AAs no intestino; síntese de outros compostos; perda urinária
Independente da fonte, os AAs absorvidos no intestino vão pra corrente sanguínea, e aqueles que não são incorporados à proteína biológica são degradados no fígado, ou seja, AAs em excesso não são armazenados e nem excretados como AAs.
AAs excesso catabolizados: - o grupo amino é removido e excretado como ác. Úrico (aves) e uréia (mamíferos)- o esqueleto de C entra vias metabólicas de energia
Consumo de AAs em excesso é dispendioso
Exigências de Proteínas / AAs
IDADE DO ANIMAL
Necessidades dietéticas de proteínas decrescem com o avanço da idade dos animais
Exigências Nutricionais de Frangos de Corte Machos de Desempenho Regular
A proteína contida nos alimentos dos ruminantes é composta por uma fração degradável no rúmen (PDR) e uma fração não degradável no rúmen (PNDR)
A degradação no rúmen ocorre pela ação de enzimas microbianas (proteases, peptidases, deaminases)
Os microorganismos degradam a PB da dieta e utilizam os peptídeos, aminoácidos e amônia para a síntese microbiana e multiplicação celular
Proteína Microbiana (PM)
A atividade das proteases microbianas ocorre associada à superfície da parede bacteriana: PROTEÍNA NO RÚMEN adsorção pela bactéria ação das proteases oligopeptídeos e aminoácidos livres No interior da cél. bacteriana: peptídeos a aa`s livres incoorporação dos aa`s na proteína bacteriana deaminação de aa`s livres amônia e esqueletos carbonônicos uso da amônia para síntese de aa`s microbianos difusão da amônia não utilizada para fora da célula.
Frações de proteína bruta (PB) e proteína não degradada no rúmen (PNDR) de alguns alimentos
SM = silagem de milho; FM = fubá de milho; FGM = farelo de glúten de milho; FS = farelo de soja; FA = farelo de algodão; GS = grão de soja; GST = grão de soja tostado; CA = caroço de algodão; FPE = farinha de peixe; FCO = farinha de carne e ossos; FSA = farinha de sangue e FP = farinha de penas.
4. N Endógeno (N Reciclado)
Amônia excedente no Rúmen
Excreção renal Saliva
Rúmen – difusão
Fígado (Uréia)
PROTEÍNA - Animais Ruminantes
PROTEÍNA - Animais Ruminantes
Solubilização
Os microorganismos ruminais sintetizam suas proteínas a partir da amônia e dos aminoácidos liberados no rúmen pela degradação da proteína dietética e pelo NNP salivar
A amônia é a fonte preferida de N para as bactérias fermentadoras de fibras.
Estudos sugerem que 5 a 8 mg de N_NH3 / 100 mL de fluido ruminal é a concentração ideal para o crescimento microbiano
SÍNTESE DE PROTEÍNA MICROBIANA
A relação Energia:Proteína pode ser alterada pelo tipo de carboidrato ou pela proporção de concentrado na dieta.
Além do N disponível, o fator mais importante a afetar o crescimento microbiano é a quantidade de matéria orgânica fermentável, isto é, a disponibilidade de ENERGIA para a síntese dos constituíntes celulares bacterianos
SÍNTESE DE PROTEÍNA MICROBIANA
Requisitos para Síntese da Proteína Microbiana no Rúmen
Nitrogênio – Amônia e AA’s (PDR / NNP )
ENERGIA > consumo de MOF > síntese de PM
Certa quantidade de aminoácido pré-formado
Fósforo (para formação dos ácidos nucléicos)
Enxofre (síntese dos aminoácidos sulfurados)
Proporção Volumoso: Concentrado
Volumoso de baixa qualidade síntese de PM
Concentrado (excesso) pH rúmen inibe síntese de PM
Figura 07. Efeito da ingestão de proteína na dinâmica ruminal e a sua relação com a ingestão de energia. Adaptado de: Nocek & Russell (1988).
METABOLISMO DE COMPOSTOS NITROGENADOS NO RUMINANTE