Proposta para criação de Unidades de Conservação na Mata de Siriji, em São Vicente Ferrer - PE Fevereiro de 2014 Fevereiro de 2014
Proposta para criação de Unidades de Conservação na Mata de Siriji, em São Vicente Ferrer - PE
Fevereiro
de 2014
Fevereiro de 2014
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE – SEMAS
AGENCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - CPRH
Governador: Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice – Governador: João Soares Lyra Neto
COMITÊ EXECUTIVO PARA CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DAS UCs DE PERNAMBUCO
(Decreto nº 36.627 de 8 de junho de 2011)
Sérgio Luis de Carvalho Xavier
Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS
Hélvio Polito Lopes Filho
Secretário Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS
Giannina Cysneiros Bezerra
Superintendente Técnica – SEMAS
Carlos André Cavalcanti
Diretor Presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH
Paulo Teixeira
Diretor de Recursos Florestais e Biodiversidade – CPRH
Samanta Della Bella
Gerente da Unidade de Gestão de Unidades de Conservação – CPRH
EQUIPE TÉCNICA
Ana Cláudia Sacramento Durázio Siqueira
Giannina Cysneiros Bezerra Joana Aureliano
José Cordeiro dos Santos Marilourdes Guedes
Verônica Lima
APOIO Ivanildo Oliveira
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Agradecimentos
Ao Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN) e à Associação para Proteção da
Mata Atlântica do Nordeste (AMANE) e toda a equipe técnica que fazem parte destas instituições,
pelo apoio técnico para viabilizar a criação da unidade de conservação aqui proposta,
disponibilizando todos os estudos, pesquisas por eles elaborados. Aos integrantes do Comitê de
Bacia do rio Goiana pelo apoio logístico e operacional para a divulgação e realização da consulta
pública. A todos nossos sinceros agradecimentos e a certeza de que estaremos juntos na
continuidade desta jornada em defesa da Mata Atlântica e de todos os biomas existentes em
Pernambuco.
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Apresentação
A presente Proposta foi elaborada pela equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente e
Sustentabilidade de Pernambuco – SEMAS, atendendo a diversas demandas. Inicialmente, quando
em 27 de maio de 2012, foram apresentados ao Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA),
os resultados do projeto desenvolvido pela Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste
(AMANE) intitulado “Apoio à criação de Unidades de Conservação na Zona da Mata de
Pernambuco”, resultando na recomendação deste Conselho para criação de uma unidade de
conservação visando proteger a biodiversidade existente naquelas áreas indicadas como
prioritárias, dentre elas, a Serra do Mascarenhas. Posteriormente, em outubro do mesmo ano, nova
recomendação foi feita desta vez por parte da Universidade de Pernambuco, ratificando a
importância da área para a conservação da biodiversidade do estado. Ainda em 2012, o Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio Goiana (COBH Goiana) por meio do ofício nº 014/12 datado de 15.10.12,
solicitou a proteção das nascentes existentes na Serra do Mascarenhas como forma de garantir a
quantidade e qualidade dos seus mananciais hídricos. Atende também a comunidade científica que,
por meio de pesquisas, sempre ressaltaram a importância da região do Mascarenhas para a
conservação da biodiversidade ao norte do rio São Francisco.
Com a elaboração desta Proposta, a SEMAS apresenta para discussão a criação de unidade
de conservação para a proteção da Serra do Mascarenhas, que representa, em seu conjunto, o
segundo maior fragmento de mata atlântica existente ao norte do rio São Francisco. Com isso, a
Secretaria dá cumprimento às estratégias e metas estabelecidas no Programa de Conservação da
Biodiversidade de Pernambuco, buscando também estimular os municípios localizados naquela
região a exercerem seu papel no que se refere à proteção da natureza, garantindo a proteção
ambiental para gerações futuras.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade de Pernambuco
Figura 2 Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira.
Figura 3 Localização da Mata de Siriji na Serra do Mascarenhas
Figura 4 Localização da unidade de conservação na Região de Desenvolvimento (RD) Agreste Setentrional
Figura 5 Localização da unidade de conservação na bacia hidrográfica do rio Goiana
Figura 6 Vista do Açude do Açude Siriji, em São Vicente Ferrer/PE
Figura 7 Localização do município de São Vicente Férrer
Figura 8 Vista de São Vicente Férrer
Figura 9 Capela de santa Ana, na Vila de Siriji
Figura 10 Avifauna da Serra do Mascarenhas: i) gavião-de-pescoço-branco (Leptodon forbesi); ii)surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucum); iii) rolinha-caldo-de-feijão (Columbina talpacoti)
Figura 11 Aspectos da Mata de Siriji
Figura 12 Aspectos da Mata de Siriji
Figura 13 Fauna 1. Pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa); 2. Jaguatirica (Leopardus pardalis); 3. Pica-pau-anão-dourado (Picumnus exilis pernambucensis).
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SUMÁRIO
Agradecimentos
Apresentação
Lista de Figuras
Introdução
1 Justificativa e objetivos
2 Caracterização da região onde se localiza a mata de Siriji
2.1 Aspectos socioeconômicos e culturais
2.2 Aspectos Físicos
2.2.1 Geologia e geomorfologia
2.2.2 Clima
2.2.3 Recursos hídricos
3 Caracterização do município de São Vicente Férrer
3.1 Localização
3.2 Aspectos históricos e socioeconômicos
3.3 Aspectos físicos: relevo, solo e hidrografia
4 Caracterização da Mata de Siriji
4.1 Aspectos gerais
4.2 Aspectos biológicos
4.2.1 Vegetação e flora
4.2.2 Fauna
5 Proposição da Categoria de Manejo
6 Referencias
Apêndices
I Categorias de manejo e características básicas das unidades de conservação
II Lista das famílias de angiospermas
III Lista das 17 famílias de pteridófitas
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INTRODUÇÃO
O Estado de Pernambuco vem investindo nos últimos anos em um processo de
interiorização do desenvolvimento como parte de uma estratégia de governo que busca, a partir do
fortalecimento da base econômica, criar novas oportunidades para a melhoria da qualidade de vida
dos pernambucanos. Esta estratégia vem se consolidando por meio da captação de novos
investimentos e implantação de empreendimentos estruturadores em diversas Regiões de
Desenvolvimento (RD) do Estado, destacando-se, para o Norte Metropolitano e Goiana, o Polo
Farmacoquímico de Hemoderivados e de Biotecnologia e o Polo Automotivo, todos localizados no
município de Goiana. Estes investimentos trarão grandes transformações para os municípios da
Mata Norte, além de todo o norte metropolitano, oportunizando maior dinamismo para estas
regiões. Como parte dos investimentos em infraestrutura, a duplicação da BR-101 Norte, que
contribuirá para o escoamento da produção deste polo, também ocasionará impactos durante e
após sua conclusão, principalmente no que se refere à ocupação ao longo desta via, com
significativas alterações na paisagem. Ainda, em termos de prognóstico, pode-se prever um
incremento no turismo nesta região, o que demandará uma infraestrutura apropriada.
Este quadro investimentos e de transformação da base econômica (até então
predominantemente agroindustrial, tendo como principais atividades a produção da cana-de-
açúcar e de açúcar) para uma economia diversificada e de eminente crescimento e ampliação de
territórios ocupados, repercutirá em uma nova dinâmica de ocupação e utilização do solo de toda a
área norte do estado, com forte estímulo à instalação de diversas atividades inerentes a uma região
em pleno desenvolvimento. Toda esta dinâmica implicará no incremento do comércio e serviços e
na necessidade de implantação de equipamentos de habitação, educação, saúde, lazer bem como
outros daí decorrentes, além da infraestrutura necessária para abrigar o movimento populacional
que, com certeza, ocorrerá.
Toda esta dinâmica acarretará desafios ambientais que deverão ser enfrentados pelos
governos estadual e locais, destacando-se, o combate à poluição hídrica e atmosférica/queimadas,
o controle do uso de agrotóxicos e a recuperação de áreas degradadas pelo uso inadequado do solo
os desmatamentos e a caça e pesca predatória.
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Diante deste quadro, é fundamental que se inclua a proteção ambiental como um
componente essencial para viabilizar a sustentabilidade do desenvolvimento da Região Norte de
Pernambuco.
Por outro lado, no que se refere à conservação de áreas naturais, é a partir do ano de 2007,
que o Governo de Pernambuco passa a desenvolver ações mais proativas no que se refere à
conservação de sua biodiversidade. Inicialmente foi instituído o Plano Estratégico Ambiental de
Pernambuco onde, entre seus programas, destaca-se o de Conservação da Biodiversidade,
estabelecendo como ação prioritária, a criação do Sistema Estadual de Unidade de Conservação –
SEUC, fato que foi consumado com a Lei 13.787 de 8 de junho de 2009. Este ato significa um
marco para a estruturação de ações mais efetivas para a proteção do patrimônio natural do Estado.
Uma das determinações do SEUC é a elaboração do Programa de Conservação da Biodiversidade,
instituído em seu artigo 49. Este Programa, também elaborado em 2009, define uma série de
metas e atividades voltadas à promoção da proteção in situ dos biomas e ecossistemas existentes
em Pernambuco, distribuídas em oito componentes, destacando-se, para esta proposta, os que se
relacionam com a Identificação de Áreas Prioritárias para criação de Unidades de Conservação e
Criação de Novas Unidades de Conservação. O estabelecimento do SEUC e do Programa de
Conservação da Biodiversidade reflete o compromisso com uma política pública voltada para a
sustentabilidade socioambiental, com uma visão de futuro onde o desenvolvimento equilibrado e a
melhoria da qualidade de vida do povo pernambucano é a meta a ser atingida.
A partir de 2008, as atividades relacionadas à conservação da natureza ganham força no
âmbito do Governo Estadual com a criação da Área de Proteção Ambiental - APA de Santa Cruz, e
a modificação da categoria de manejo das unidades de conservação localizadas da Ilha de
Itamaracá, passando de Reservas Ecológicas para Refúgios de Vida Silvestre. Em 2010 foi criada a
APA Aldeia-Beberibe e em 2011 todas as Reservas Ecológicas da Região Metropolitana do Recife
passaram pelo processo de adequação ao SEUC, conforme estabelecido na Lei Estadual nº 14.324,
de 03 de junho de 2011. Ainda neste mesmo ano foi instituído o Comitê Executivo para Criação e
Implantação das Unidades de Conservação da Natureza do Estado de Pernambuco, envolvendo a
CPRH e a SEMAS, com a finalidade de apoiar administrativa e tecnicamente os processos de
criação e de implantação das Unidades de Conservação da Natureza. No âmbito das atividades
deste Comitê, foram criadas, em 2012, as primeiras unidades de conservação estadual do bioma
caatinga: o Parque Estadual Mata da Pimenteira e a Estação Ecológica Serra da Canoa nos
municípios de Serra Talhada e Floresta, respectivamente e o Monumento Natural Pedra do
Cachorro, abrangendo parte dos municípios de São Caetano, Tacaimbó e Brejo da Madre de Deus.
Para viabilizar a efetiva implantação destas áreas, foram criados 25 conselhos gestores e
elaborados/ revisados oito planos de manejo, três deles a partir de uma metodologia desenvolvida
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pela equipe da SEMAS, o que possibilitou, num período de quatro meses, a conclusão de planos de
manejo para três unidades de conservação: Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho, em
Olinda, Refúgio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchôa, em Recife e Parque Estadual Mata da
Pimenteira, em Serra Talhada. Dando continuidade ao processo de ampliar a proteção da caatinga,
outras onze áreas encontram-se em estudo para criação de novas unidades. No que se refere à Mata
Atlântica, foi criada a Estação Ecológica Bita e Utinga, no Cabo de Santo Agostinho e duas
Reservas Particulares do Patrimônio Natural: as RPPNs Pedra D’Antas e a Eco Fazenda Morim.
Apesar do grande investimento para o desenvolvimento econômico da região norte de
Pernambuco, não existe nenhuma unidade de conservação nesta área, excetuando a RPPN Fazenda
Tabatinga, localizada no litoral do município de Goiana. Do ponto de vista ambiental, esta região é
caracterizada pela presença de importantes componentes do ambiente natural como bacias
hidrográficas e remanescentes florestais o que a transforma em área de extrema importância para a
conservação da biodiversidade e de grande potencialidade hídrica para Pernambuco. Isso, por si só,
já demandaria um cuidado especial no sentido de garantir para as gerações futuras a manutenção
das funções ambientais que hoje ela desempenha. Assim, a criação de unidades de conservação na
Mata Norte de Pernambuco está inserida neste contexto e é uma das estratégias para atender este
objetivo.
É neste sentido que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) elaborou
esta proposta, incluindo o componente ambiental como parte integrante do desenvolvimento
regional previsto para a Zona da Mata e Litoral Norte de Pernambuco. A ideia foi amadurecida ao
longo dos últimos meses, tendo como referência os estudos já realizados por diversos
pesquisadores e ONGs. Os projetos e pesquisas foram disponibilizados à equipe técnica da SEMAS,
que realizou incursões em campo e sobrevoo na região para melhor precisar os limites e visualizar a
situação de ocupação da área indicada para unidade de conservação. Os dados e informações
existentes foram sistematizados e compõem esta proposta técnica que referenda a criação desta
unidade de conservação, cuja argumentação é apresentada a seguir.
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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
O Estado de Pernambuco, com uma superfície territorial de, aproximadamente, 98.938
km², abriga uma diversidade ímpar de ecossistemas desde o litoral, com a presença de ambientes
recifais, seguidos pelos manguezais, restingas e praias, passando pela mata atlântica, com sua
heterogeneidade em diversas florestas (estacional semidecídual, ombrófila aberta e ombrófila
densa), chegando ao sertão, com a grandiosidade do semiárido e sua vegetação típica, exclusiva do
Brasil: a caatinga. Esta diversidade de ambientes forma um mosaico rico e abundante em animais e
plantas e, além de ser uma importante fonte de recursos naturais, produz uma dinâmica
econômica, social e cultural, que se constitui outra importante riqueza do Estado.
Apesar de praticamente toda costa brasileira ter sido ocupada pela colonização europeia a
partir da mesma época (século XVI), foi no Nordeste do Brasil que a floresta Atlântica foi mais
rapidamente degradada. Dois ciclos econômicos foram fundamentais neste processo: o do pau-
brasil e o da cana-de-açúcar, o qual se estende até os dias atuais. Em 1990, restavam menos de 6%
da extensão original da floresta atlântica ao norte do rio São Francisco e alguns tipos florestais,
como a floresta ombrófila densa, foram reduzidos a poucas dezenas de quilômetros quadrados.
(TABARELLI, 2006.)
Quando se trata de recursos naturais, a Zona da Mata Norte de Pernambuco possui número
expressivo e de grande relevância em fragmentos florestais e recursos hídricos superficiais,
características que merecem ser destacadas. Em termos de biodiversidade, o maciço de Pirauá, área
onde está inserida o complexo Serra do Mascarenhas e Jundiá, está classificado, em diversos
estudos e documentos técnicos sobre o tema, como área prioritária para conservação da
biodiversidade, no âmbito nacional, regional e local.
No Atlas da Biodiversidade de Pernambuco, elaborado pela antiga Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA) e que definiu as áreas prioritárias para conservação da
biodiversidade no estado, o complexo Serra do Mascarenhas aparece como área de extrema
importância biológica para o estado, conforme Figura 1.
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Em 2007, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) elaborou o documento “Áreas
Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade
Brasileira”, a região objeto foi classificada como Ma502, denominada de Mascarenhas,
considerada de importância biológica extremamente alta, com recomendação para criação de
unidade de conservação de proteção integral. (Figura 2)
Em 2011, a elaboração do Mapa do Corredor de Biodiversidade da Mata Atlântica do
Nordeste, realizado pela SAVE Brasil e AMANE, classificou a região como microcorredor 3,
constituída pelos brejos pernambucanos, com destaque para as áreas: 33, 34 e 74, que
Figura 2: Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da
Biodiversidade Brasileira.
Fonte MMA, 2007
Complexo Serra do Mascarenhas/
Mata de Siriji
Figura 1: Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade de Pernambuco.
Fonte SECTMA, 2002
Complexo Serra do Mascarenhas/
Mata
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compreendem as Matas do Estado (ou Mata de Siriji), Serra do Mascarenhas e Engenho Água
Azul, respectivamente. Esta mesma região também é considerada como uma importante área para
conservação de aves (IBA - Important Bird Area) para o Brasil e um local de importância global
para a conservação da biodiversidade (KBA - Key Biodiversity Areas).
Do ponto de vista da cobertura vegetal, a Mata de Siriji está inserida nos domínios da Mata
Atlântica integrando o segundo maior bloco de Floresta Atlântica contínua ao norte do rio São
Francisco, a Serra do Mascarenhas (o primeiro é o remanescente da Mata do CIMNC, em Aldeia).
Neste complexo de serras, ocorrem espécies endêmicas, raras e/ou ameaçadas de extinção,
destacando-se, por exemplo, a quina, urucuba, jacaratiá, amarelo, cedro, copaíba, dentre outras. É
neste complexo de Serras que está localizada s Mata de Siriji (ou do Estado) considerada de
extrema importância biológica para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica.
No que diz respeito à fauna, os levantamentos já realizados registram para a avifauna a
ocorrência de 166 espécies, várias delas endêmicas da Floresta Atlântica Brasileira e do Centro de
Endemismo de Pernambuco e muitas em perigo de extinção. Registram também a presença de aves
de rapina do topo da cadeia alimentar, indicadoras de qualidade ambiental, como gaviões, falcões e
corujas, além de grandes frugívoros como tucanos.
Apesar de grande importância ambiental, considerando seus aspectos físicos, sua riqueza
biológica e seu potencial hídrico para a produção e manutenção da disponibilidade de água, além
da sua beleza natural, a região encontra-se ameaçada por processos antrópicos, em especial àqueles
resultantes da expansão paulatina da agricultura, como por exemplo, o cultivo de bananas e uvas,
pela introdução de espécies exóticas invasoras, como o nim e o eucalipto, e pelo potencial futuro de
transformação nos padrões de uso e ocupação do solo, o que poderá aumentar a degradação desses
espaços florestais ainda existentes, colocando-os em risco de extinção.
É para proteger a Mata do Siriji que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
(SEMAS) elaborou esta proposta para transformar este remanescente em uma unidade de
conservação estadual, cujos objetivos serão descritos posteriormente. A localização da Mata do
Siriji na Serra do Mascarenhas está representada na Figura 3.
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CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ONDE SE LOCALIZA A MATA DE SIRIJI
2.1. Localização, aspectos socioeconômicos e culturais1
A Mata de Siriji está localizada numa pequena porção do nordeste do Agreste Setentrional,
limítrofe com a Mata Norte, no município de São Vivente Férrer, (Figura 4).
1 Extraído do documento Pernambuco: realidade e desafios, elaborado pela Agencia Condepe/Fidem
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Mata de Siriji
Figura 3:Localização da Mata de Siriji na Serra do Mascarenhas Fonte: Acervo SEMAS, 2014
Figura 4: Localização da unidade de conservação na Região de
Desenvolvimento (RD) Agreste Setentrional.
Localização da unidade de conservação
RECIFE
Macaparana
Timbaúba
Vicência
São Vicente Férrer
Rio Siriji
Rio Capibaribe Mirim
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O principal acesso à área é realizado pelas rodovias BR-408 e BR-101, PE-062, PE-089, PE-
075 e PE-074, pelas quais escoa, praticamente, toda a produção econômica e circula o
abastecimento da região. A economia é baseada na agroindústria, tendo como principais atividades
a produção da cana-de-açúcar e de açúcar. Além disso, a região destaca-se com a produção de
banana, ovos, horticultura e aves. Já no setor industrial, a concentração é na indústria de
transformação com os segmentos de alimentos (principalmente o açúcar), papel, minerais não
metálicos (cimento) e calçados. Os Serviços participam com 67,4% do PIB, destacando-se o setor
público e o comércio. É previsto que, com a criação dos polos Farmacoquímico e Automotivo em
Goiana, haverá um maior dinamismo da indústria da região. Encontra-se em expansão o turismo
cultural a partir do seu rico patrimônio, onde se destacam as edificações oriundas do ciclo
canavieiro, tais como igrejas, casas grandes, capelas, e moitas. Uma expressão típica da cultura
local é o maracatu de baque solto ou maracatu rural, onde encontra suas expressões mais
significativas, particularmente o Cambinda Brasileiro, em Nazaré da Mata, o mais antigo maracatu
desse gênero no Brasil. Também são manifestações importantes o cavalo-marinho, o coco, a
ciranda, o bloco rural e o forró. Quanto à produção artesanal, sobressaem os tapetes de Lagoa do
Carro e o artesanato em barro de Tracunhaém e de Goiana, que são referências nacionais nesse tipo
de manifestação artística. Quanto à atividade turística, merece destaque o veraneio, no município
de Goiana, nos meses de dezembro a fevereiro, embora venha ocorrendo um incremento do
turismo rural, com o aproveitamento dos engenhos para essa finalidade.
2.2 Aspectos físicos
2.2.1 Geologia e geomorfologia2
A região onde está inserida a área proposta para criação da unidade de conservação
apresenta como traço característico de sua paisagem morfológica o conjunto de elevações (cristas e
vales paralelos) que assinalam a projeção da escarpa do Planalto da Borborema para leste, sobre as
terras baixas da costa setentrional pernambucana. Tais elevações, que constituem o maciço do
Pirauá e integram o conjunto montanhoso denominado por Grabois et alii (1991) “Terras Altas da
Transição Agreste/Mata Norte de Pernambuco”, propiciam o avanço “mais proeminente da zona
2 Extraído do documento: Plano de Manejo: Diagnóstico Ambiental da Bacia de Contribuição da Barragem do Siriji.
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costeira úmida sobre o interior mais seco nas proximidades da divisa de Pernambuco com o estado
da Paraíba.”
O maciço do Pirauá é de idade pré-cambriana (Proterozóico superior) e origem tectônica,
tendo em sua constituição rochas Granitóides intrusivas (batólitos) com idade estimada entre
2.100 e 1.800 milhões de anos cuja origem está associada ao sistema de Dobramentos Pajeú-
Paraíba (BRASIL, 1990). Ocupando extensa área do norte de Pernambuco, nos limites com a
Paraíba, o maciço do Pirauá compreende os municípios de São Vicente Férrer e Macaparana e
parte de Timbaúba, Aliança, Vicência, Nazaré da Mata, Bom Jardim e Orobó.
A espinha dorsal do maciço é a serra do Pirauá, extensa crista que se desenvolve no sentido
norte-sul com altitude superior a 600m, tendo do lado ocidental o vale do Paraíba e do lado
oriental os vales do Siriji e do Capibaribe Mirim. A leste da serra do Pirauá, o citado maciço forma
as cristas localmente chamadas Serras de Manoel de Matos, dos Dois Jiraus, do Mascarenhas, do
Canal e da Conceição.
Dentre estas se destaca a Serra do Mascarenhas por sua altitude, que varia entre 450 e
500m, alcançando mesmo 600m no ponto culminante, a pedra do Mascarenhas. Recebe
frontalmente os ventos de SE que passam sobre as serras baixas da Conceição e do Canal, situadas
ao sul, e é favorecida, assim, pela umidade que permitiu a formação da mata úmida nas áreas mais
expostas; aí estão as cabeceiras do rio Siriji e da maioria dos seus afluentes da margem esquerda,
quase todos perenes.
No topo da Serra do Mascarenhas encontram-se extensas chãs de solos claros areno-
argilosos, pobres em óxidos de ferro (lixiviados pelas águas pluviais e depositados nas camadas
inferiores ou nas encostas), onde nascem alguns dos principais afluentes da margem esquerda do
Siriji, dentre eles o riacho Coitadinha. Com altitudes mais modestas (300 a 450m), parte da serra
do Pirauá para leste, delimitando a porção sul da sub-bacia do Siriji, uma crista muito erodida,
encimada por chãs dentre as quais figuram a chã de Borracha, a do Bom Viver, a das Cabras e a de
Machados, que separam a bacia de contribuição em análise, dos afluentes da margem esquerda do
rio Tracunhaém – o Morojó e o Orobó. As chãs mais ocidentais apresentam encostas íngremes, de
solo argiloso (barro vermelho), espesso e com raros afloramentos rochosos, que declinam para
penetrarem na superfície de aplainamento pliocênica, com níveis entre 130 e 180m, onde corre o
rio Siriji.
Entre a Serra do Mascarenhas (ao norte) e a crista rebaixada (ao sul), na porção central da
bacia, o relevo é constituído por pequenas chãs e morros arredondados com altitudes inferiores a
300m, modelados em terrenos muito antigos compostos por rochas ígneas e metamórficas (xistos,
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gnaisses, migmatitos, quartzitos, granitos, dentre outras) integrantes dos Complexos Gnáissico-
Migmatítico (Arqueano) e Surubim (Proterozóico inferior) (BRASIL, 1990; PERNAMBUCO,
2001a) e realçados pela superfície de aplainamento pliocênica com níveis entre 130 e 180m, onde
se localiza a barragem do Siriji.
2.2.2 Clima3
Dispostas perpendicularmente ao fluxo de ar úmido dos alísios de sudeste, as encostas
dessas elevações funcionam como obstáculos orográficos, forçando o ar úmido a elevar-se, resfriar-
se e condensar-se, ocasionando o aumento do volume de chuvas nas encostas a barlavento
(expostas à massa úmida) do maciço do Pirauá, dando origem à sequência de brejos de exposição,
ali existentes (Bom Jardim, Machados, Natuba e São Vicente Férrer), onde ocorrem condições de
umidade, solo e vegetação semelhantes às da Mata Úmida e temperaturas mais amenas.
A variação espacial dos totais pluviométricos evidencia a importância do relevo para a
existência dos brejos ali situados e a destes para a manutenção dos corpos d’água da região.
Refletindo a influência do relevo na variação local das precipitações, a porção norte do município
de Vicência situada na encosta da Serra do Mascarenhas (em altitudes superiores a 350m),
apresenta-se mais úmida (com mata subperenifólia e riachos perenes) do que a porção sul, onde
domina a mata subcaducifólia e todos os tributários do Siriji “cortam” na estação seca. Nas áreas
localizadas a sotavento das elevações ou fora das influências destas, a exemplo da extremidade
ocidental dos municípios de Orobó e Bom Jardim, o clima torna-se progressivamente menos úmido
e as características do Agreste subúmido, progressivamente dominantes, com reflexos no regime
hidrográfico, na cobertura vegetal e no uso do solo.
As chuvas na região são de outono-inverno, motivadas pelas descargas da Frente Polar
Atlântica (FPA) nos alísios de sudeste e pelas Ondas de Leste (no outono), reforçadas pelos
“suprimentos de outra massa de ar, a Convergência Intertropical (CIT), o que resulta nas máximas
de inverno ‘antecipadas’ para o outono, caracterizando [...] um clima do tipo As’ de Köppen.”
(ANDRADE & LINS apud MACIEL, 1993, p. 25-26). O trimestre mais chuvoso é maio-julho e o
mais seco, outubro-dezembro. A temperatura média anual varia de 22º C nas áreas altas a 26º C
3 Extraído do documento: Plano de Manejo: Diagnóstico Ambiental da Bacia de Contribuição da Barragem do Siriji.
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nos níveis mais baixos. O sol brilha cerca de 2.220 a 2.800 horas/ano. A evaporação média anual
na bacia é da ordem de 1400 mm.
2.2.3 Recursos hídricos
A unidade de conservação da Mata do Siriji está inserida na bacia hidrográfica do Rio
Goiana, compondo a rede hidrográfica que integra a área do Complexo da Serra do Mascarenhas –
Jundiá, constituída pelo conjunto de rios e riachos que drenam as terras do alto Capibaribe Mirim
e Siriji e do Cruangi, estando localizada na bacia hidrográfica do rio Goiana.
Com uma área de 2.878,30km2, a bacia do rio Goiana compreende 2,91% da área total do
Estado. A área de drenagem da bacia envolve 26 municípios ou parte de municípios dos quais 20
estão com suas sedes inseridas na bacia.
A bacia do rio Goiana abrange terras dos municípios de Araçoiaba, Aliança, Buenos Aires,
Bom Jardim, Camutanga, Carpina, Casinhas, Condado, Ferreiros, Goiana, Igarassu, Itaquitinga,
Itambé, João Alfredo, Lagoa do Carro, Limoeiro, Macaparana, Machados, Nazaré da Mata, Orobó,
Paudalho, Salgadinho, São Vicente Férrer, Timbaúba, Tracunhaém e Vicência.
A referida bacia hidrográfica que corresponde a Unidade de Planejamento Hídrico –UP1,
está localizada na porção oriental norte do Estado de Pernambuco, entre 7o22’20” e 7o 54’ 47”’ de
latitude sul, e 34o 49’06”’ e 35o 41’43” de longitude a oeste de Greenwich e se estende desde a
região de desenvolvimento do Agreste Setentrional até a RD da Mata Norte (SECTMA,1998).
Limita-se ao norte com o Estado da Paraíba e com o sexto grupo de bacias hidrográficas de
pequenos rios litorâneos – GL6 (UP19); ao sul com a bacia hidrográfica do rio Capibaribe (UP2) e o
primeiro grupo de bacias hidrográficas de pequenos rios litorâneos - GL1 (UP14); a leste com o
Oceano Atlântico e a GL6 e a oeste com o Estado da Paraíba (CONDEPE/FIDEM, 2005).
O rio Goiana que dá nome a bacia, tem uma extensão de 15 km com deságue no Oceano
Atlântico. Em seus últimos 10,5 km é limite entre os Estados da Paraíba e Pernambuco, e é
formado a partir da confluência dos rios, Capibaribe-Mirim e Tracunhaém (CONDEPE/FIDEM,
2005).
A Figura 5 mostra a localização dos remanescentes florestais da Mata do Siriji na bacia
hidrográfica do rio Goiana.
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
17
“A sub-bacia do Capibaribe Mirim ocupa a porção norte da bacia do rio Goiana e abrange
cerca de 54% da área desta. Apresenta-se bastante larga, nas porções central e ocidental e estreita-
se bruscamente na porção oriental a leste da PE-004 que liga a cidade de Condado à PE-075. O rio
principal dessa sub-bacia, o Capibaribe Mirim, percorre cerca de 66 km da nascente até o encontro
com o rio Tracunhaém, tendo praticamente todo o seu curso situado na Microrregião Mata
Setentrional Pernambucana.”(CPRH, 2003).
O rio Capibaribe-Mirim apresenta direção geral oeste/leste, e tem regime fluvial
intermitente até as proximidades da cidade de Timbaúba onde se torna perene. Esse regime
temporário se dá em consequência do menor volume de chuvas e do reduzido número de fontes
(nascentes e olhos d’água) existente nesta porção da bacia. A sua foz junto com o rio Tracunhaém,
está 4 km à montante da cidade de Goiana.
Em terras da Serra do Mascarenhas encontram-se os primeiros formadores (nascentes) do
rio Capibaribe-Mirim, a uma altitude de 700m nos contrafortes da Serra Pirauá, no município de
São Vicente Ferrer, bem como a nascente dos seus principais afluentes pela margem direita, rio
Cruanji e rio Siriji, que nasce no município de São Vicente Férrer, na serra da Água Fria
(prolongamento sul do complexo montanhoso Pirauá-Mascarenhas), numa altitude superior a
600m e se estende por 74 km.
Legenda:
Unidade de Conservação Mata de Siriji (ou Mata do Estado)
Figura 5: Localização da unidade de conservação na bacia hidrográfica do rio Goiana
Mata de Siriji
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
18
Na área da Mata do Siriji observa-se o açude Siriji, também conhecido como açude do
Estado (Figura 6).
O reservatório de Siriji, localizado no município de Vicência, é o principal manancial do rio
Siriji, e foi construído com o objetivo de regular e reforçar o abastecimento hídrico de cidades e
aglomerados rurais do médio e baixo curso do Siriji, além do uso para irrigação. O citado
reservatório tem capacidade máxima de acumulação de 17.260.000m³ e área de drenagem de
11.418,35 ha.
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE FÉRRER
3.1 LOCALIZAÇÃO
O município de São Vicente Férrer está localizado na Região de Desenvolvimento (RD)
Agreste Setentrional de Pernambuco, limítrofe com a RD Mata Norte, na unidade geoambiental do
Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros que chegam a atingir mais de 650 m de
altitude, na mesorregião Agreste e na Microrregião Médio Capibaribe do Estado de Pernambuco.
Limita-se ao Norte com o município de Macaparana; ao Sul com o município de Machados;
à Leste com Vicência e à Oeste com o município de Orobó e com o estado da Paraíba (Figura 7).
A área municipal é de 113.985 km², com uma população estimada pelo IBGE para 2013 em
17.612 habitantes e uma densidade demográfica de 149,14 hab/km². Apresenta Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) igual a 0,549, considerado baixo. A sede do
3
Figura 6: Vista do Açude Siriji, em São Vicente Ferrer/PE
Fonte: Acervo SEMAS
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
19
município tem uma altitude aproximada de 419 metros, distando 130,5 km da capital, tendo como
acesso a BR-232/408 e PE-090/089.
Segundo dados do IBGE, o município de São Vicente Férrer é formado pela sede e pelo
distrito de São José de Siriji, ou Siriji.
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIOECONÔMICOS
O distrito de São Vicente Férrer foi criado pela Lei Provincial nº 581, de 30 de abril de 1864,
com a denominação de "São Vicente". A povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Estadual
nº 991, de 1º de julho de 1909. Na divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura como
distrito do município de Timbaúba. Foi elevada à categoria de cidade, sede do município, pela Lei
Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, com território desmembrado dos municípios de
Timbaúba e Bom Jardim. A sua sede foi transferida para a vila de Macapá (hoje Macaparana), que
foi elevada à categoria de cidade, pelo Decreto Estadual nº 57, de 21 de abril de 1931. Pelo Decreto-
lei Estadual nº 92, de 31 de março de 1938, o município de São Vicente passou a denominar-se
Macapá e o distrito de São Vicente ficou pertencendo a Macapá. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 235,
de 09 de dezembro de 1938, teve a sua denominação mudada para Manoel Borba. A Lei Estadual
nº 1.818, de 29 de dezembro de 1953, criou o município de São Vicente Férrer, desmembrado de
Macaparana, o qual foi instalado em 24 de julho de 1954.
No que se refere às atividades econômicas, o município possui características agrárias, com
uma produção diversificada, geralmente praticada em minifúndios. Além da cultura permanente da
banana, São Vicente Férrer produz uva, que mantém produtiva grande parte das pequenas e mini
Figura 7: Localização do município de São Vicente Férrer
São Vicente Férrer
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
20
propriedades. Com a modernização da
agricultura nos últimos 25 anos, houve o
incremento no uso de maquinas e
equipamentos agrícolas e um aumento no uso
de fertilizantes químicos. A banana produzida
na região abastece os mercados da
Pernambuco através da Central de
Abastecimento e Sociedade Anônima/PE
(CEASA), João Pessoa e Campina Grande no
Estado da Paraíba, Belém no Estado do Pará e
o mercado circunvizinho ao vale do rio Siriji.
Para aproveitar a sobra da banana, os chamados loré, existem algumas tentativas em São Vicente
Férrer para seu aproveitamento por meio da produção de licor, banana passa e chips além de
artesanato da palha da banana.
3.3 ASPECTOS FÍSICOS: RELEVO, SOLOS E HIDROGRAFIA
O município de São Vicente Ferrer está inserido na unidade geoambiental do Planalto da
Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros.
Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. O relevo é
geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Com respeito à fertilidade
dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta.
A área da unidade é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de
água subterrânea é baixo.
A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias
das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. A estação chuvosa se inicia
em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até outubro.
Os solos variam com a altitude:
Superfícies suaves onduladas a onduladas: ocorrem os Planossolos, de profundidade média,
fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e fertilidade natural média; ocorrem
também os solos Podzólicos, profundos, de textura argilosa e fertilidade natural média a
alta.
Elevações: ocorrem os solos Litólicos rasos, textura argilosa e fertilidade natural média.
Figura 8: Vista de São Vicente Férrer
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Vales dos rios e riachos: ocorrem os Planossolos medianamente profundos,
imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade
natural alta e problemas de sais.
Ocorrem ainda afloramentos de rochas.
Quanto às águas superficiais, o município de São Vicente Ferrer encontra-se inserido nos
domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Goiana. Seus principais tributários são os rios Capibaribe-
Mirim e Siriji, além dos riachos: Angelino, Banana e Seridó. Não existem açudes com capacidade
de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d’ água no município têm regime
de fluxo intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município tem um grande potencial para o turismo,
principalmente pelas suas cachoeiras, e pelas belas paisagens.
Na Vila Siriji o potencial turístico é representado pelos
monumentos religiosos, destacando-se a Capela de Santa Ana
distando 1 km da Vila e um dos pontos mais visitados desta
região. A preocupação da população é com a manutenção
deste patrimônio face ao descaso do poder público com a sua
conservação. A construção data do século 19, ano 1844 e está
inserido no conjunto do Engenho.
Na cidade todos os anos acontece uma corrida de costas que tem um percurso de 2 km. Ela
é disputada no último dia da tradicional Festa da Banana, realizada, atualmente, no último final de
semana de novembro (sexta, sábado e domingo).
CARACTERIZAÇÃO DA MATA DO SIRIJI
4.1 ASPECTOS GERAIS
A Mata do Siriji, também conhecida como Mata do Estado, está localizada no município de
São Vicente Ferrer, na mesorregião do Agreste pernambucano e microrregião do Médio Capibaribe.
Possui cerca de 32 nascentes formando córregos, rios e açudes que servem abastecimento público
dos municípios vizinhos. A área total da Mata do Siriji corresponde a cerca de 630 ha (6,3km²),
sendo 416 ha de propriedade do Município de Limoeiro, que adquiriu parte da mata para garantir o
abastecimento público de água para sua população. Este fato lhe dá um caráter singular, pois,
apesar de localizada em São Vicente, seu gerenciamento é feito pela Prefeitura de Limoeiro, que
4
Figura 9: Capela de Santa Ana, na Vila
Siriji
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
22
desenvolve ações de educação ambiental e ecoturismo no local. O nome Mata do Estado deve-se ao
fato da área ter abrigado uma barragem da Compesa.
Faz parte do complexo da Serra do Mascarenhas e Jundiá, sobre o Maciço do Planalto da
Borborema e constituindo-se em um brejo de altitude; a cobertura original da área foi caracterizada
como mata úmida e do tipo Floresta Perenifólia Higrófila Costeira ou Floresta Ombrófila Densa.
Levando em consideração a flora específica de pteridófitas coletada, constitui-se de uma Floresta
Ombrófila Densa e Serrana.
Está subdividida em três Matas denominadas pela população local de: Caidor, Pimenta e do
Brejinho. A sua formação vegetacional apresenta uma elevada área basal e variação quanto ao
porte, provavelmente em função do tipo e profundidade do solo, bem como de condições
climáticas, propiciando a presença de cinco estratos: três arbóreos, um arbustivo e um herbáceo
(Roda, 2006).
Do ponto de vista hidrológico, constitui-se em uma importante reserva florestal contendo
cerca de 32 nascentes, muita das quais abastecem os municípios vizinhos, destacando-se aquelas
que contribuem para a formação das Bacias dos Rios Siriji e Capibaribe – Mirim.
Devido a sua importância, a Mata do Estado foi recentemente incluída como uma das áreas
prioritárias para a conservação por várias instituições: MMA – PROBIO 118; SECTMA; e,
BirdLife/SAVE. Nesta última, foi considerada uma IBA (do inglês Important Bird Area), ou seja,
um lugar excepcionalmente importante para a conservação de aves e a biodiversidade em geral. A
Figura 10: Aspectos da Mata de Siriji
Fonte: Arquivo SEMAS, 2013
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23
IBA - PE02, que constitui a Mata do Estado foi cuidadosamente identificada seguindo critérios
científicos globais (Roda, 2006).
As principais ameaças à mata do Estado estão relacionadas ao fato dela se encontra cercada
por pastagens e plantações de cana-de-açúcar e banana, atividades dominantes na região. Além
destas, outras atividades secundárias como o plantio de uva, café, laranja, maracujá e tomate nos
seus arredores têm reduzido drasticamente as bordas deste fragmento e causando impactos com o
uso indiscriminado de agrotóxicos. Além disso, pecuaristas de fazendas vizinhas utilizam estradas
dentro da mata para a movimentação e transporte de gado. A caça e a extração ilegal de madeira
praticada por pessoas de outras localidades representam uma das piores ameaças para a Mata do
Estado. Os principais impactos causados na área advêm da falta de informação destas famílias em
trabalhar com sistemas agroflorestais. Em pesquisa realizada pelo CEPAN em 2011, foram
identificadas vinte famílias residentes, o que corresponde a aproximadamente, 120 pessoas. Alguns
representantes destes moradores formaram uma associação, a Associação dos Moradores da Mata
do Siriji, que “gerenciam” esta área, sob a orientação da Prefeitura da Cidade de Limoeiro,
proprietária da área. Ainda segundo o CEPAN, estas famílias possuem um acordo tácito com a
Prefeitura de Limoeiro que garante sua permanência no local em troca de prestação de serviços em
benefício da mata (limpeza do entorno da barragem, retirada de troncos caídos e fiscalização da
área para evitar o desmatamento e a caça). Este fato remete à necessidade de que a categoria de
manejo prevista para a mata considere a existência de organização e atuação de instituições na área
que, por meio de atividades educativas, buscam compatibilizar a atividade produtiva no entorno
com a proteção da mata, sendo imprescindível a participação destas pessoas no processo de gestão
da unidade, visto que são os que mais conhecem as peculiaridades e as necessidades do local.
4.2 Aspectos Biológicos
4.2.1 Vegetação e Flora
A vegetação original da região é a Floresta Subcaducifolia e Caducifólia, variando até a
Floresta Ombrófila Densa Montana em função das condições edafoclimáticas encontradas no
gradiente altitudinal do Maciço Pirauá com seu conjunto de serras. Esta última formação florestal
chega a predominar desde as médias altitudes (Submontana, em torno dos 300 metros) até as
maiores altitudes (Montana, em torno dos 600 metros), situadas nos municípios de São Vicente
Férrer, Macaparana, Timbaúba e Vicência.
Hoje, apesar de bastante fragmentados pela atividade agropecuária em plena expansão,
restam vários fragmentos florestais que necessitam de preservação ambiental, e que ainda
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
24
conservam seus processos biológicos e gozam de significativa capacidade de regeneração frente ao
processo antrópico.
São vastas as Áreas de Preservação Permanente (APP) das serras e encostas que foram e
estão sendo ocupadas pela atividade agropecuária, inicialmente com cana-de-açúcar e pasto e,
posteriormente, por extensos plantios de banana, uva, e outras lavouras de subsistência. Mais
preocupante, do ponto de vista da conservação dos processos biológicos naturais do ambiente, é a
chegada dos plantios de espécies madeireiras exóticas como o Azadirachta indica A.Juss. (nim) e o
Eucalyptus sp. (eucalipto), mais recentemente introduzidos nas chãs e encostas Leste e Sul da
Serra do Mascarenhas, em contato com os remanescentes florestais nativos, sugerindo avanço
espacial sobre estes.
Todo o complexo vegetacional nativo da área, especialmente os remanescentes florestais,
estão estabelecidos em função das condições peculiares do lugar, chegando até a apresentar
características estruturais e arquiteturais diferenciadas, como área basal elevada e estratificação,
respectivamente.
Algumas das espécies que ocorrem nestas matas não são mais encontradas com frequência
nas demais matas de Pernambuco, como Copaifera langsdorffii Desf. (pau-d’óleo ou copaíba),
Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff (sucupira-preta) e Plathymenia reticulata Benth.
(=Plathymenia foliolosa Benth.) (amarelo-vinhático) da família FABACEAE; Cedrela odorata L.
(cedro) e Guarea macrophylla Vahl (marinheiro) da família MELIACEAE, Jacaratia spinosa
(Aubl.) A.DC. (=Jacaratia dodecaphylla (Vell.) A.DC.) (jacaratiá-mirim) da família CARICACEAE,
Virola gardneri (A.DC.). Warb. (urucuba) da família MYRISTICACEAE e Zanthoxylum rhoifolium
Lam. (limãozinho) da família RUTACEAE, a Euterpe sp. (palmito-juçara) da família ARECACEAE,
Prunus myrtifolia (L.) Urb. (=Prunus sellowii Koehne) (pessegueiro-bravo) da família
ROSACEAE, Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi (bacupari) da família CLUSIACEAE,
Jacaranda puberula Cham. (caroba) da família BIGNONIACEAE e Quiina cruegeriana (= quiina
pernambucensis Pires & Andrade-Lima) Griseb. (quina) da família QUIINACEAE. Sendo estas
últimas espécies, talvez as mais raras atualmente.
A flora é bastante rica e diversificada, ocorrendo várias espécies comuns às formações
características das terras baixas do Litoral e Mata Sul de PE, que têm outras condições edáficas,
com altas pluviosidades e baixas altitudes. São exemplos: Psychotria bracteocardia (DC.)
Müll.Arg.e Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Schult.) Müll.Arg. (=Psychotria barbiflora
DC.) (RUBIACEAE), Apeiba tibourbou Aubl., Eriotheca macrophylla (K.Schum.) A.Robyns
(=Eriotheca crenulaticalyx A.Robyns) e Luehea ochrophylla Mart. (MALVACEAE); Albizia
pedicellaris (DC.) L.Rico (=Balizia pedicellaris (DC.) Barneby & J.W.Grimes), Bowdichia
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virgilioides Kunth, Inga capitata Desv.(FABACEAE); Casearia javitensis Kunth (SALICACEAE);
Cupania impressinervia Acev.-Rodr. (=Cupania revoluta Radlk.) (SAPINDACEAE);
Cymbopetalum brasiliense (Vell.). Benth. ex Baill., Guatteria pogonopus Mart. (=Guatteria
schlechtendaliana Mart.) Xylopia frutescens Aubl. (ANNONACEAE); Garcinia gardneriana
(Planch. & Triana) Zappi, Symphonia globulifera L.f. e Tovomita mangle G.Mariz (CLUSIACEAE);
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. (ARALIACEAE); Guapira opposita (Vell.) Reitz
(NYCTAGINACEAE); Lecythis pisonis Cambess. e Eschweilera ovata (Cambess. Mart. ex Miers
(LECYTHIDACEAE); Mabea occidentalis Benth. (EUPHORBIACEAE); Rauvolfia grandiflora
Mart. (APOCYNACEAE); Simarouba amara Aubl. (SIMAROUBACEAE); Tapirira guianensis
Aubl. e Thyrsodium spruceanum Benth. (ANACARDIACEAE).
O dosel e o estrato emergente são formados por árvores com cerca de trinta metros
de altura, geralmente das espécies Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico (=Balizia pedicellaris (DC.)
Barneby & J.W.Grimes) (jaguarana), Brosimum sp. (quiri-ferro), Diplotropis purpurea (Rich.)
Amshoff (sucupira-preta), Eriotheca macrophylla (K.Schum.) A.Robyns (=Eriotheca
crenulaticalyx A.Robyns) (munguba), Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers (embiriba),
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby (amora-da-mata), Pouteria bangii (Rusby)
T.D.Penn. (cocão-de-leite), Plathymenia reticulata Benth. (=Plathymenia foliolosa Benth.)
(amarelo-vinhático), Vochysia thyrsoidea Pohl (pau-de-tucano), Copaifera langsdorffii Desf.
(pau-d’óleo), Dialium guianense (Aubl.) Sandwith (pau-ferro-da-mata), Sloanea guianensis
(Aubl.) Benth. (mamajuda), Luehea ochrophylla Mart. (açoita-cavalo), Apeiba tibourbou Aubl.,
(pau-de-jangada), Rudgea sessilis (Vell.) Müll.Arg. (=Psychotria sessilis Vell.) (matadeira),
Dendropanax arboreus (L.) Decne. & Planch. (=Dendropanax arboreum (L.) Decne., Ilex aff.
sapotifolia Reissek, Diospyros serrana Sothers, Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al.
(sambaquim), Plathymenia reticulata Benth. (=Plathymenia foliolosa Benth.) (amarelo-
vinhático), Lecythis pisonis Cambess. (sapucaia-de-pilão), Virola gardneri (A.DC.) Warb.
(urucuba), Simarouba amara Aubl. (praiba).
Nos remanescentes mais preservados, ocorre uma grande quantidade de cipós e
trepadeiras herbáceas de várias espécies das famílias Fabaceae, Dilleniaceae, Menispermaceae,
Rhamnaceaee, Sapindaceae e Vitaceae, sugerindo um avançado grau de maturidade da floresta,
diante dos fragmentos perturbados, alguns em plena regeneração natural. Nestes, mais conhecidos
como capoeiras, são comuns as espécies Hymenaea sp. (jatobá), Croton sp. (velame), Senna
georgica H.S.Irwin & Barneby (sena), Dioclea sp. (mucunã) Cordia sellowiana Cham. (gargauba),
Byrsonima sericea DC. (murici-da-mata), Byrsonima crispa A.Juss. (murici), Stigmaphyllon
paralias A.Juss. (malina), além de várias outras espécies das famílias ACANTHACEAE,
ASTERACEAE, BORAGINACEAE, FABACEAE e LAMIACEAE.
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Como espécies indicadoras de bom estado de conservação e de elevada qualidade
ambiental estão citadas as espécies: Cipura sp. da família IRIDACEAE, Dorstenia bahiensis
Klotzsch ex Fisch. & C.A.Mey. da família MORACEAE e Quiina cruegeriana Griseb. (=quina
pernambucensis Pires & Adrade-Lima) (quina) da família QUIINACEAE, além de várias espécies
de pteridófitas ocorrentes nas áreas mais úmidas.
Outro aspecto florístico relevante que a área apresenta é a riqueza de Pteridófitas no
interior dos principais fragmentos, onde foi registrada a ocorrência de cerca de 94 espécies de 17
famílias botânicas.
4.2.2 Fauna
O Centro de Endemismo Pernambuco ocupa toda a faixa de ocorrência das florestas
litorâneas dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Nele, estima-se
ocorrer mais de 400 espécies de aves, muitas delas endêmicas. E, pelo menos 10% delas
(aproximadamente 40 taxa), estão incluídas em alguma categoria de ameaça segundo os critérios
do MMA (2003), de acordo com RODA, PEREIRA & ALBANO, conforme lista a seguir, com a
categoria em que se encontram (quando for o caso):
Figura 11 : Aspectos da Mata do Siriji Fonte: Acervo SEMAS, 2013
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27
Amazona rhodocorytha (em perigo),
Aphanthochroa cirrochloris (-),
Automolus lammi (em perigo),
Brotogeris tirica (-),
Carpornis melanocephala (vulnerável),
Caryothraustes canadensis frontalis (vulnerável),
Cercomacra laeta sabinoi (vulnerável),
Conopophaga lineata cearae (vulnerável),
Conopophaga melanops nigrifrons (vulnerável),
Crypturellus noctivagus (-),
Curaeus forbesi (vulnerável),
Dendrocincla fuliginosa taunayi (em perigo),
Dendrocolaptes certhia medius (em perigo),
Drymophila squamata (-),
Euphonia pectoralis (-),
Florisuga fusca (-),
Glaucidium mooreorum (criticamente em perigo),
Hemithraupis flavicollis melanoxantha (criticamente em perigo),
Hemitriccus mirandae (em perigo),
Herpsilochmus pectoralis (vulnerável),
Iodopleura pipra leucopygia (em perigo),
Leptodon forbesi (criticamente ameaçada),
Leucopternis lacernulatus (vulnerável),
Leucopternis polionotus (-),
Megascops atricapilla (-),
Momotus momota marcgraviana (em perigo),
Myrmeciza ruficauda soror (em perigo),
Myrmotherula snowi (criticamente em perigo),
Odontophorus capueira plumbeicollis (em perigo),
Ortalis guttata (-),
Pauxi mitu (extinto na natureza),
Penelope superciliaris alagoensis (-),
Phaethornis margarettae (=P. ochraceiventris camargoi) (em perigo),
Philydor novaesi (criticamente em perigo),
Phylloscartes ceciliae (em perigo),
Picumnus exilis pernambucensis (vulnerável),
Platyrinchus mystaceus niveigularis (vulnerável),
Procnias averano (vulnerável),
Procnias nudicollis (-),
Pyriglena leuconota pernambucensis (vulnerável),
Pyrrhura griseipectus (criticamente ameaçada),
Ramphocelus bresilius (-),
Saltator fuliginosus (-),
Schiffornis turdinus intermedius (criticamente em perigo),
Sclerurus caudacutus caligineus (em perigo),
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Sporagra yarrellii (vulnerável),
Synallaxis infuscata (em perigo),
Tangara cyanocephala corallina (vulnerável),
Tangara cyanomelaena (-),
Tangara fastuosa (vulnerável),
Terenura sicki (em perigo),
Thalurania watertonii (vulnerável),
Thamnophilus aethiops distans (em perigo),
Thamnophilus caerulescens pernambucensis (vulnerável),
Tinamus solitarius (-),
Touit surdus (-),
Xenops minutus alagoanus (vulnerável),
Xipholena atropurpurea (em perigo),
Xiphorhynchus atlanticus (vulnerável).
Dentre as aves, o grupo de rapina florestal também tem ocorrência significativa para a área.
De acordo com estudos de Roda & Pereira (2006), a distribuição recente das aves de rapina
florestais do Centro de Endemismo Pernambuco, com registro para os municípios da área é a
seguinte:
Accipiter bicolor (gavião-bombachinha-grande), Bubo virginianus (corujão-
orelhudo), Buteo albonotatus (gavião-de-rabo-barrabo), Buteo brachyurus (gavião-
de-cauda-curta), Buteo nitidus (gavião-pedrês), Buteogallus aequinoctialis
(caranguejeiro), Buteogallus urubitinga (gavião-preto), Elanoides forficatus
(gavião-tesoura), Falco rufigularis (falcão-cauré), Glaucidium brasilianum
(corujinha-caburé), Glaucidium mooreorum (caburé-de-Pernambuco), Geranospiza
caerulescens (gavião-pernilongo), Gampsonyx swainsonii (gaviãozinho),
Herpetotheres cachinnans (acauã), Ictinia plumbea (gavião-sauveiro), Leptodon
cayanensis (gavião-de-cabeça-cinza), Leptodon forbesi (gavião-de-pescoço-branco),
Leucopternis lacernulatus (gavião-pombo-pequeno), Leucopternis polionotus
(gavião-pombo-grande), Micrastur ruficollis (falcão-caburé), Micrastur
semitorquatus (falcão-relógio), Megascops atricapilla (corujinha-sapo), Megascops
choliba (corujinha-do-mato), Pulsatrix perspicillata (coruja-de-garganta-preta),
Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco) e Strix virgata (coruja-do-mato).
Mais especificamente para a área de abrangência da Serra do Mascarenhas
(Maparana, São Vicente Ferrer, Timbaúba e Vicência), trabalhos foram realizados destacando as
aves do Engenho Água Azul e da Mata do Estado.
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS
29
Segundo levantamento de PEREIRA (2009), na Mata do Estado foi registrado 166 espécies
de 41 famílias, sendo 75.3 % dependentes ou semidependentes do ambiente florestal, ou seja,
necessitam da floresta para manutenção de pelo menos parte de suas atividades biológicas.
Segundo este levantamento, várias espécies e subespécies são endêmicas da Floresta Atlântica
Brasileira ou do Centro de Endemismo Pernambuco, algumas ameaçadas de extinção nas seguintes
categorias, conforme a lista de ameaça consultada:
Aphantochroa cirrhoclhoris (-),
Cercomacra laeta sabinoi (vulnerável),
Conopophaga melanops nigrifrons (vulnerável),
Curaeus forbesi (vulnerável ou em perigo),
Dendrocincla fuliginosa taunayi (em perigo),
Euphonia pectoralis (-),
Florisuga fusca (-),
Hemithraupis flavicollis melanoxantha (-),
Iodopleura pipra leucopygia (em perigo),
Leptodon forbesi (crítica)
Momotus momota marcgraviana (em perigo)
Myrmotherula snowi (crítica),
Myrmeciza ruficauda soror (em perigo),
Penelope superciliaris alagoensis (em perigo)
Phaetornis margarettae (=Phaethornis ochraceiventris camargoi) (em perigo),
Phylloscartes ceciliae (em perigo),
Picumnus exilis pernambucensis (vulnerável),
Platyrinchus mystaceus niveigularis (vulnerável),
Pyriglena leuconota pernambucensis (vulnerável),
Ramphocelus bresilius (-),
Saltator fuliginosus (-),
Schiffornis turdina intermedia (-),
Synallaxis infuscata (em perigo),
Tangara cyanocephala corallina (vulnerável),
Tangara fastuosa (vulnerável),
Terenura sicki (em perigo),
Thalurania watertonii (vulnerável),
Thamnophilus aethiops distans (em perigo),
Thamnophilus caerulescens pernambucensis (vulnerável),
Xenops minutus alagoanus (vulnerável),
Xiphorhynchus atlanticus (vulnerável),
Xiphorhynchus fuscus atlanticus (vulnerável).
Como indicadoras da qualidade ambiental, estão citadas as aves de rapina florestais,
representados pelos gaviões, falcões e corujas, predadores que estão no topo da cadeia alimentar,
que necessitam de extensas áreas florestais principalmente para caçar e se reproduzir. Deste grupo,
merecem destaque o gavião-de-pescoço-branco (Leptodon forbesi), o gavião-de-cauda-curta
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(Buteo brachyurus), o acauã (Herpetotheres cachinnans). gavião-tesoura (Elanoides forficatus) e
o gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii). Outras aves indicadoras da qualidade ambiental, que
ocorrem na Mata do Estado e no Engenho Água Azul, são:
Os grandes frugívoros como tucanos, araçari jacue o surucuá-de-barriga-vermelha; e
os de menor porte, das família Thraupidae, Pipridae e Fringillidae.
Os nectarívoros (com 14 espécies registradas, das quais 13 pertencem à família dos
beija-flores).
Os insetívoros de sub-bosque, representados principalmente por passeriformes das
famílias Thamnophilidae, Tyrannidae, Furnariidae, Picidae e Dendrocolaptidae;
destacando-se o ipecuá (Thamnomanes caesius), o chororó-didi (Cercomacra laeta
sabinoi), o formigueiro-de-cauda-ruiva (Myrmeciza ruficauda soror), o papa-taioca
(Pyriglena leuconota pernambucensis), o patinho (Platyrinchus mystaceus
niveigularis), a choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi), a choquinha-de-
flanco-branco (Myrmotherula axillaris), a choquinha-lisa (Dysithamnus mentalis),
a choca-lisa (Thamnophilus aethiops distans), o abre-asa (Mionectes oleagineus),
pica-pau-anão-canela (Picumnus fulvescens), o pica-pau-de-topete-vermelho
(Dryocopus lineatus), o picapauzinho-avermelhado (Veniliornis affinis), o arapaçu-
pardo (Dendrocincla fuligionosa taunayi) e o arapaçu-rajado (Xiphorhynchus
fuscus atlanticus).
Também está registrada a ocorrência de várias espécies cinegéticas - ‘aves de caça’ - como o
lambu-espanta-boiada (Crypturellus parvirostris), a rolinha-caldo-de-feijão (Columbina
talpacoti), a juriti-gemedeira (Leptotila rufaxilla) e a parari (Geotrygon montana); e canoras -
‘aves de gaiola’ - como tapacu (Forpus xanthopterygius), sabiá-gongá (Turdus rufiventris), sabiá-
branco (T. leucomelas), sabiá-bico-de-osso (T. amaurochalinus), sabiá-golada (T. albicollis),
encontro-de-prata (Tachyphonus rufus), sangue-de-boi (Ramphocelus bresilius), sanhaçu-do-azul
(Thraupis sayaca), sanhaçu-do-verde (T. palmarum), pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa),
pintor-coleira (T. cyanocephala corallina), frei-vicente (T. cayana), verdelim (Dacnis cayana),
Figura 12: Avifauna da Serra do Mascarenhas - i) gavião-de-pescoço-branco (Leptodon forbesi);
ii)surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui);; iii) rolinha-caldo-de-feijão (Columbina talpacoti)
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saíra (Cyanerpes cyaneus), tiziu (Volatinia jacarina), papa-capim (Sporophila nigricolis),
patativa-golada (S. albogularis), galo-de-campina (Paroaria dominicana), papa-pimenta (Saltator
maximus), xexéu-de-bananeira (Icterus cayanensis), anumará (Curaeus forbesi), papa-arroz
(Molothrus bonariensis), vem-vem (Euphonia chlorotica) e guriatã (E. violacea).
De acordo com a Lista da Mastofauna do Estado de Pernambuco, há registro de várias
espécies, destacando-se a jaguatirica (Leopardus pardalis (=Felis pardalis)), o gato-maracajá
(Leopardus wiedii (=Felis wiedii)) e a lontra (Lontra longicaudis (=Lutra longicaudis)) na ordem
Carnivora; em Timbaúba (Usinas Cruangi e Aliança, Engenho Xixá e Fazenda Jundiá) e Vicência
(Engenho Jundiá).
São vários os pequenos mamíferos que ocorrem na área, todavia há uma carência de
registros oficiais.
PROPOSIÇÃO DA CATEGORIA DE MANEJO
O Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC foi instituído por meio da Lei
Estadual nº 13.787 de 8 de junho de 2009, definindo unidade de conservação como o “espaço
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e
limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção”. Dentre seus objetivos, destacam-se:
Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas
naturais estaduais; Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação
da natureza no processo de desenvolvimento sustentável estadual;
Proteger, no âmbito estadual, as características relevantes de natureza geológica,
geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e, quando couber,
histórica e cultural;
5
Figura 13: Fauna 1. Pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa); 2. Jaguatirica (Leopardus pardalis); 3.
Pica-pau-anão-dourado (Picumnus exilis pernambucensis).
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Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
Ampliar a representatividade dos ecossistemas estaduais como unidades de
conservação;
Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e
monitoramento ambiental;
Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação
em contato com a natureza e o ecoturismo;
Priorizar os ecossistemas que se encontrem mais ameaçados de alteração,
degradação ou extinção.
As unidades de conservação – UCs integrantes do Sistema Estadual de Unidades de
Conservação – SEUC dividem-se em dois grupos, com características e categorias específicas:
Unidade de Proteção Integral – Com o objetivo básico de preservar a natureza,
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
Unidade de Uso Sustentável – Com o objetivo básico de compatibilizar a
conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.
As categorias de manejo das UCs do grupo de Proteção Integral são: Reserva Biológica
(REBIO), Estação Ecológica (ESEC), Parque Estadual (PE), Monumento Natural (MONA), e
Refúgio de Vida Silvestre (RVS).
As categorias de manejo das UCs do grupo de Uso Sustentável são: Área de Proteção
Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Reserva de Fauna , Floresta
Estadual (FLOE), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS),
Reserva de Floresta Urbana (FURB), e Reserva Particular do Patrimônio Natural(RPPN). Os
objetivos e as características básicas de cada categoria de manejo estão apresentados no Apêndice
Tendo em vista a fragilidade da Floresta Atlântica na Mata Norte de Pernambuco,
caracterizado pela forte pressão antrópica exercida pelas atividades agrícolas e, considerando as
pressões potenciais futuras sobre este ecossistema, entende-se que é de extrema importância a
criação de uma unidade de conservação nesta região, face a inexpressiva proteção de seus
ecossistemas. O complexo representado ela serra do Mascarenhas apresenta bom estado de
conservação de seus fragmentos florestais com espécies de fauna ameaçadas e/ou vulneráveis a
extinção, conforme indicados pelos estudos realizados pelo CEPAN/AMANE, o que reforça a
necessidade de estabelecer a conectividade dos fragmentos florestais que a região oferece.
Diante da perspectiva de desenvolvimento da Mata Norte, é necessário que o governo
também esteja atento aos impactos que este processo pode ocasionar ao patrimônio natural da
região e apresente alternativas capazes de incluir este patrimônio como fator de agregação de valor
ao desenvolvimento local/regional. As propostas a seguir se inserem neste contexto
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Pela sua importância, quando da proposição da categoria de manejo para a Mata de Siriji
, alguns fatores devem ser considerados:
É considerada uma das pouquíssimas áreas remanescentes da Floresta Atlântica na
Zona da Mata Norte de Pernambuco e, de acordo com todos os estudos nelas já
realizados, apresentam uma importância biológica extremamente alta para a
conservação da biodiversidade no estado;
Pela importância que representa para a conservação da biodiversidade, existem
recomendações para a criação de uma unidade de conservação do grupo de proteção
integral na Serra do Mascarenhas, em especial, neste remanescente;
Existe uma população que desenvolve atividades agrícolas e que, em princípio,
poderão ser compatibilizadas com os objetivos de conservação das matas, e isto deve
ser considerado na definição da categoria.
Considerando estes aspectos, propõe-se para a Matas de Siriji a categoria de Refúgio de
Vida Silvestre (RVS).
Segundo o que determina a Lei 13.787, que instituiu o Sistema Estadual de Unidades de
Conservação (SEUC), o RVS tem o seguinte objetivo:
“... proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou
reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou
migratória.”
O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) pode ser constituído por áreas particulares,
desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da
terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. Também é permitida a
visitação pública, desde que sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano
de Manejo da unidade e às normas estabelecidas pelo órgão gestor.
Caso haja incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou
não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão gestor
da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) com o uso da
propriedade, a área deve ser desapropriada na forma da lei vigente. (Artigo 13, § 1º
ao 4º)
O Refúgio de Vida Silvestre Mata de Siriji tem os seguintes objetivos:
I. Proteger ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução
de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória;
I. Proteger e conservar espécies raras e endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção;
II. Conservar amostras em estado natural da Floresta Atlântica da Mata Norte de Pernambuco,
preservando seu patrimônio genético e recursos naturais;
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III. Contribuir para a preservação e a restauração da rede hidrográfica que a integra a região a
Serra do Mascarenhas;
IV. Promover atividades recuperação ambiental e de educação ambiental, que proporcionem à
comunidade local a compatibilização de suas atividades com a conservação dos recursos
naturais e aos visitantes, informações sobre o ecossistema Mata Atlântica e sua biodiversidade;
V. Estimular a substituição de espécies exóticas por espécies nativas;
VI. Estimular a pesquisa científica e a produção de conhecimento sobre a Floresta Atlântica, em
especial da Mata Norte de Pernambuco, inclusive seus aspectos socioeconômicos e culturais.
Recife, fevereiro de 2014
REFERÊNCIAS
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CEPAN. Apoio a Criação de Unidades de Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Disponível em: <http://www.cepan.org.br/projetos/teste.html>. Acessado em 10 jun. de 2010.
CEPAN. Aves do Engenho Água Azul, Timbaúba, Pernambuco, Brasil. In: Projeto de Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste Flora, 2009.
CEPAN. Aves do Engenho Água Azul, Timbaúba, Pernambuco, Brasil. In: Projeto de Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste Flora, 2009.
CEPAN. Caracterização da Situação Fundiária da Mata do Estado – São Vicente Férrer/PE. Consultor (a): Liza Baggio. Recife, 2011
CEPAN. Estudo Sócioeconômico Engenho Água Azul – Timbaúba/PE (Relatório Preliminar). Consultor (a): Bárbara Luna de Araújo. Recife, 2010
CEPAN. Estudo Sócioeconômico Mata do Estado – São Vicente Férrer/PE (Relatório Preliminar). Consultor (a): Bárbara Luna de Araújo. Recife, 2010.
CEPAN. Relatório e Flora da Mata do Estado, São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil. In: Projeto de Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste Flora, 2009.
CEPAN. Relatório e Flora do Engenho Água Azul, Timbaúba, Pernambuco, Brasil. In: Projeto de Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste Flora, 2009.
FERRAZ, E.M.N.; RODAL, M.J.N. 2006. Caracterização fisionômica - estrutural de um remanescente de floresta ombrófila montana de Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica. 20(4): 911-926.
Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 08 Jan. 2014
6
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35
MMA. Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da mata atlântica e campos sulinos. BSB, 2000.
MMA. Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira.BSB, 2007.
OLIVEIRA, F.F. & LANGGUTH, A. Pequenos Mamíferos (DIDELPHIMORPHIA E RODENTIA) de PB e PE, BRASIL. Revista Nordestina de Biologia, 18(2): 19-86 Vol. 18(2). 2004
PERNAMBUCO, Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas – CONDEPE/FIDEM. Série Bacias Hidrográficas de Pernambuco 2. Rio Goiana e GL 6. Recife, 2005. 65 p.
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PERNAMBUCO, Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH, publicações CPRH/MMA – PNMA II. Diagnóstico Sócioambiental do Litoral Norte de Pernambuco. Recife, 2003. 214 p.
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PERNAMBUCO, Secretaria de Planejamento e Gestão - SEPLAG. Plano de Manejo: Diagnóstico Ambiental da Área da Bacia de Contribuição da Barragem do Siriji. Recife, 2008.
PERNAMBUCO, Secretaria de Recursos Hídricos - SRH. Plano Estratégico de Recursos Hídricos e Saneamento – Pernambuco. Recife, 2008. 112p.
PERNAMBUCO. Diagnóstico Ambiental e Zoneamento Ecológico Econômico da Bacia de Contribuição da Barragem do Siriji. Recife, 2008. (PLANO DE MANEJO).
PIETROBOM, M.R. & BARROS, I.C.L.. 2002. Pteridófitas de um remanescente de Floresta Atlântica em São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil: Pteridaceae. Acta Bot. Bras. 16: 457-479.
RODA, S. A. & PEREIRA, G. A. Distribuição recente e conservação das aves de rapina florestais do Centro de Pernambuco, Revista Brasileira de Ornitologia 14 (4) 331-344. 2006.
RODA, S. A., PEREIRA, G. A., & Albano, C. Conservação de aves endêmicas e ameaçadas do centro de endemismo Pernambuco: Planos de conservação para Glaucidium mooreorum, Philydor novaesi. Terenura sicki, Myrmotherula snowi, Synallaxis infuscata, Phylloscartes ceciliae e Tangara fastuosa. Editora Universitária, UFPE, 2011.
RODA, S. A. Mata do Estado, São Vicente Férrer, PE. Diagnóstico preliminar para conservação da área. Recife, 2006.
TABARELLI, Marcelo; MELO, Maria das Dores de V. C. LIRA, Osvaldo C. de. In: a Mata Atlântica do Nordeste. 2006. Disponível em <http://www.amane.org.br/download/mata_atlantica_nordeste.pdf> acesso em 18.11.2013
VASCONCELOS, Maria Aurenita de. A degradação ambiental no Vale do Siriji – Pernambuco. 2005. Disponível em pdf.
www.srhe.pe.gov.br e www.apac.pe.gov.br visitado em 6/1/2014.icos
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APÊNDICES
APÊNDICE I- CATEGORIAS DE MANEJO E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
A. GRUPO DE PROTEÇÃO INTEGRAL (LEI 13.787/2009)
CATEGORIA DE MANEJO
OBJETIVO DOMÍNIO VISITAÇÃO PUBLICA
PESQUISA PERMANÊNCIA POP RESIDENTE
RESERVA BIOLÓGIA (REBIO)
Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites.
Posse e domínio público. Áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas.
Proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional.
Depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.
Não. Até a regularização fundiária, será garantida aos residentes as condições e meios que subsistiam a época da criação da UC.
ESTAÇÃO ECOLÓGICA (ESEC)
Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.
Posse e domínio público. Áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas.
Proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional.
Depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.
PARQUE Tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica.
Posse e domínio público. Áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas.
Sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade.
Depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.
MONUMENTO NATURAL
Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade.
Depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.
Sim, desde que haja compatibilidade dos usos com o objetivo da UC.
REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE (RVS)
Proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo.
Depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.
Sim, desde que haja compatibilidade dos usos com o objetivo da UC.
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B. GRUPO DE USO SUSTENTÁVEL
CATEGORIAS DE
MANEJO
OBJETIVO DOMÍNIO VISITAÇÃO
PUBLICA
PESQUISA PERMANÊNCIA
POP. RESDENTE
ÁREA DE
PROTECAO
AMBIENTAL
(APA)
Proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos
recursos naturais.
Constituída por terras públicas e/ou
privadas.
Nas áreas sob domínio
público serão
estabelecidas pelo
órgão gestor da
unidade. Nas áreas sob
propriedade privada,
cabe ao proprietário
estabelecer as
condições para
visitação pelo público,
observadas as
exigências e restrições
legais.
Nas áreas sob
domínio público
serão estabelecidas
pelo órgão gestor da
unidade. Nas áreas
sob propriedade
privada, cabe ao
proprietário
estabelecer as
condições para
pesquisa, observadas
as exigências e
restrições legais.
Sim.
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICO
(ARIE)
Em geral áreas de pequena
extensão, com pouca ou
nenhuma ocupação humana,
com características
naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota
regional.
Constituída por terras públicas e/ou
privadas.
Sim. Porém pouca ou
nenhuma ocupação
humana.
RESERVA DE
FAUNA (RF)
Área natural com populações
animais de espécies nativas,
terrestres ou aquáticas,
residentes ou migratórias,
adequadas para estudos técnico-
científicos sobre o manejo
econômico sustentável de
recursos faunísticos.
Posse e domínio público. Áreas
particulares incluídas em seus limites
serão desapropriadas.
Pode ser permitida,
desde que compatível
com o manejo da
unidade e de acordo
com as normas
estabelecidas pelo
órgão responsável por
sua administração.
Permite estudos-
técnicos faunísticos.
Não.
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39
RESERVA DE
DESENV.
SUSTENTÁVEL
(RDS)
É uma área natural que
abriga populações tradicionais,
cuja existência baseia-se em
sistemas sustentáveis de
exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo
de gerações e adaptados
às condições ecológicas locais e
que desempenham um papel
fundamental na
proteção da natureza e na
manutenção da diversidade
biológica.
Posse e domínio público. Áreas
particulares incluídas em seus limites
deverão, quando necessário, ser
desapropriadas.
É permitida e
incentivada a visitação
pública, desde que
compatível com os
interesses locais e de
acordo com o disposto
no Plano de Manejo da
área.
É permitida e
incentivada,
sujeitando-se à prévia
autorização do órgão
responsável pela
administração da
unidade.
O uso das áreas
ocupadas pelas
populações tradicionais
será regulado de acordo
com o disposto no art.
23 desta Lei e em
regulamentação
específica
FLORESTA
ESTADUAL
(FLOE)
Área com cobertura florestal de
espécies predominantemente
nativas, destinada à produção
econômica sustentável de
madeira e outro produtos
vegetais.
Posse e domínio público. Áreas
particulares incluídas em seus limites
serão desapropriadas.
É permitida,
condicionada às normas
estabelecidas para o
manejo da unidade.
É permitida e
incentivada,
sujeitando-se à prévia
autorização do órgão
responsável pela
administração da
unidade.
É admitida a
permanência de
populações tradicionais
que a habitam quando
de sua criação.
RESERVA DE
FLORESTA
URBANA (FURB)
Tem por objetivo prestar
serviços ambientais às cidades
como: proteção de nascentes e
disponibilidade de água,
amenização do clima,
manutenção e proteção do solo,
etc.
Posse publica ou privado É permitida e
incentivada,
condicionada às normas
estabelecidas para o
manejo da unidade.
É permitida e
incentivada,
sujeitando-se à prévia
autorização do órgão
responsável pela
administração da
unidade.
É admitida a
permanência de
populações que a
habitam quando de sua
criação.
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40
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NACIONAL
(RPPN)
É uma área privada, gravada
com perpetuidade, com o
objetivo de conservar a
diversidade biológica.
Privado
É permitida desde que
com objetivos
turísticos, recreativos e
educacionais.
É permitido desde
que autorizado pelo
proprietário e de
acordo com condições
estabelecidas no
Plano de Manejo
Não.
RESERVA
EXTRATIVISTA
(RESEX)
Área utilizada por populações
extrativistas
tradicionais. Tem como
objetivos básicos proteger os
meios de vida e a cultura dessas
populações, e assegurar o
uso sustentável dos recursos
naturais da unidade.
É de domínio público, com uso
concedido às populações extrativistas
tradicionais.
É permitida, desde que
compatível com os
interesses locais e de
acordo com o disposto
no Plano de Manejo
É permitida e
incentivada,
sujeitando-se à prévia
autorização do órgão
responsável pela
administração da
unidade.
Sim.
Apêndice II:
Lista das famílias de angiospermas com suas atuais espécies nativas e seus vernáculos mais comuns, amostradas nos levantamentos de flora realizados nos fragmentos florestais da Mata do Estado (Floresta Ombrófila Montana), classificadas de acordo com a Lista de Espécies da Flora do Brasil do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Família Espécie Vernáculo
Acanthaceae Ruellia cearensis Lindau melada Ruellia sp. 2 -
Alstroemeriaceae Bomarea edulis (Tussac) Herb. (=Bomarea salsilloides (Mart.) M.Roem.) - Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. cupiúba
Thyrsodium spruceanum Benth. caboatã-de-leite Annonaceae Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith -
Annona glabra L. araticum-do-brejo Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. ex Baill. pimenta-de-bobo Guatteria pogonopus Mart. (=Guateria schlechtendaliana Mart.) pindaíba Xilopia frutescens Aubl. embira-vermelha Xilopia sericea A.St.-Hil. embira-branca
Apocynaceae Aspidosperma discolor A.DC. cabo-de-machado Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müell.Arg. pequiá Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson banana-de-
papagaio Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K. Schum. mandevila Mandevilla hirsuta (A.Rich.) K.Schum. (=Mandevilla lasiocarpa (A.DC.) Miers) mandevila Odontadenia sp. - Peltastes peltatus (Vell.) Woodson cipó-bênção Peltastes sp.nov. - Prestonia annularis (L.f.) G.Don - Rauvolfia grandiflora Mart. - Tabernaemontana sp. (=Peschieria sp.) pau-de-cachimbo
Aquifoliaceae Ilex aff. sapotifolia Reissek pau-mate Araceae Monstera adansonii Schott costela-de-adão
Philodendron rudgeanum Schott imbé Rodosphata oblongata Poepp. -
Araliaceae Dendropanax arboreus (L.) Decne. & Planch. - Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. sambaquim
Arecaceae Desmoncus sp. titara Euterpe sp. -
Aristolochiaceae Aristolochia pubescens Willd. papo-de-peru Aristolochia sp. papo-de-peru
Asteraceae Achyrocline satureioides (Lam.) DC. macela Albertinia brasiliensis Spreng. - Baccharis oxyodonta DC. alecrim-da-mata Elephantopus mollis Kunth mata-pasto Vernonanthura brasiliana (L.) H.Rob. (=Vernonia brasiliana (L.) Druce) assa-peixe
Begoniaceae Begonia sp. - Bignoniaceae Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann (=Pithecoctenium crucigerum (L.)
A.H.Gentry) cipó-pente-de-macaco Callichlamys latifolia (Rich.) K. Schum. fava-de-arara
Fridericia conjugata (Vell.) L.G.Lohmann (=Arrabidaea conjugata (Vell.) Mart.) - Godmania dardanoi (J.C.Gomes) A.H.Gentry - Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (=Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC) Standl.)
ipê-roxo Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos (=Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith) ipê Jacaranda puberula Cham. caroba/jacarandá Lundia cordata (Vell.) DC. - Tanaecium selloi (Spreng.) L.G.Lohmann (=Arrabidea selloi (Spreng.) Sandwith) -
Bombacaceae (ver Malvaceae) Boraginaceae Cordia ecalyculata Vell. -
Cordia nodosa Lam. grão-de-galo Cordia sellowiana Cham. gargaúba
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Tournefortia bicolor Sw. - Varronia multispicata (Cham.) Borhidi (=Cordia multispicata Cham.) -
Bromeliaceae Aechmea fulgens Brongn. - Canistrum aurantiacum E.Morren - Tillandsia tenuifolia L. -
Burseraceae Crepidospermum atlanticum Daly - Protium aracouchini (Aubl.) Marchal amesclinha Protium giganteum Engl. amesclão Protium heptaphylum (Aubl.) Marchal amescla-de-cheiro
Cactaceae Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw. - Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume piriquiteira Cardiopteridaceae Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard erva-de-anta Caricaceae Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC.(=Jacaratia dodecaphylla (Vell.) A.DC.) jaracatiá Cecropiaceae (ver Urticaceae) Celastraceae Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C.Sm. -
Maytenus sp. bom-nome Prionostema aspera (Lam.) Miers - Salacia elliptica (Mart. ex. Schult.) G. Don. - Salacia multiflora (Lam.) DC. - Tontelea laxiflora (Benth.) A.C.Sm. (=Tontelea divergens A.C. Sm.) - Tontelea miersii (Peyr.) A.C.Sm. -
Chrysobalanaceae Couepia impressa Prance oiti Hirtella triandra Sw. - Licania kunthiana Hook.f. bafo-de-boi Parinari aff. excelsa Sabine -
Clusiaceae Clusia dardanoi G.Mariz & Maguire - Clusia pernambucensis G. Mariz pororoca Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi bacupari Garcinia brasiliensis Mart. (=Rheedia brasiliensis (Mart.) Planch. & Triana) bacupari Symphonia globulifera L.f. bulandi-de-leite Tovomita brevistaminea Engl. mangue-do-mato Tovomita mangle G. Mariz mangue-da-mata Vismia guianensis (Aubl.) Choisy lacre
Combretaceae Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard (=Buchenavia capitata (Vahl) Eichler) imbirindiba Commelinaceae Commelina sp. -
Dichorisandra thyrsiflora J.C.Mikan - Dichorisandra sp. -
Connaraceae Connarus blanchetii Planch. var. laurifolius (Baker) Forero - Rourea doniana Baker -
Convolvulaceae Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy - Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O’Donell -
Costaceae Costus scaber Ruiz & Pav. - Cucurbitaceae Cayaponia trilobata (Cogn.) Cogn. -
Gurania bignoniacea (Poepp. & Endl.) C.Jeffrey - Psiguria umbrosa (Kunth) C.Jefrey -
Cunoniaceae Lamanonia ternata Vell. - Cyperaceae Becquerelia cymosa Brongn. -
Hypolytrum bullatum C.B.Clarke - Dilleniaceae Davilla flexuosa A.St.-Hil. -
Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. - Ebenaceae Diospyros serrana Sothers - Elaeocarpaceae Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. mamajuda
Sloanea cf. parviflora Planch. ex Benth. mamajuda Erythroxylaceae Erythroxylum pulchrum A.St.-Hill. cumixá
Erythroxylum mucronatum Benth. cumixá Erythroxylum squamatum Sw. cumixá
Euphorbiaceae Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. marmeleiro-da-mata Cnidoscolus urens (L.) Arthur urtiga Croton floribundus Spreng. velame -da-mata Croton hirtus L’Hér. - Dalechampia ilheotica Wawra coça-coça
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Mabea occidentalis Benth. canudode-cachimbo Omphalea brasiliensis Müll. Arg. cruapé Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat (=Senefeldera multiflora Mart.) -
Fabaceae Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico (=Pithecellobium pedicellare (DC.) Benth.) jaguarana Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record angico-
branco/cambuí Bauhinia sp. - Bowdichia virgilioides Kunth sucupira Calopogonium velutinum (Benth.) Amshoff - Copaifera langsdorfii Desf. copaíba Dalbergia frutescens (Vell.) Britton -- Desmodium tortuosum (Sw.) DC. - Desmodium uncinatum (Jacq.) DC. - Dialium guianense (Aubl.) Sandwith pau-ferro-da-mata Dioclea virgata (Rich.) Amshoff - Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff sucupira-preta Hymenaea sp. jatobá Hymenolobium janeirense Kuhlm. sucupira-angelim Inga capitata Desv. ingá Inga ingoides (Rich.) Willd. - Inga flagelliformis (Vell.) Mart. - Inga subnuda Salzm. ex Benth. subsp. subnuda - Inga thibaudiana DC. ingá-da mata Inga sp. ingá Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz (=Caesalpinia ferrea Mart.) pau-ferro-da-mata Machaerium hirtum (Vell.) Stelfed - Machaerium salzmanii Benth. - Plathymenia reticulata Benth. (=Plathymenia foliolosa Benth.) amarelo Pterocarpus rohrii Vahl (=Pterocarpus violaceus Vogel) pau-sangue Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC. - Senna aversiflora (Herb.) H.S.Irwin & Barneby - Senna georgica H.S.Irwin & Barneby - Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. favinha Swartzia pickelii Killip ex Ducke jacarandá-branco Tachigali paratyensis (Vell.) H.C.Lima -
Flacourtiaceae (ver Salicaceae) Gesneriaceae Sinningia barbata (Nees & Mart.) G.Nicholson - Icacinaceae (ver Cardiopteridaceae) Iridaceae Cipura sp. - Lamiaceae Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke (=Aegiphila sellowiana Cham.) -
Aegiphila vitelliniflora Walp. - Vitex capitata Vahl -
Lauraceae Aiouea sp. - Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez - Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. canela Nectandra cuspidata (Nees & Mart.) Nees louro-canela Ocotea glomerata (Nees) Mez louro Ocotea longifolia Kunth - Ocotea sp. 1 (sp. nov.) - Ocotea sp. 3 (sp. nov.) - Ocotea sp. 5 (sp. nov.) -
Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers embiriba Gustavia augusta L. sapucarana Lecythis lurida (Miers) S.A.Mori sapucaia Lecythis pisonis Cambess. sapucaia
Loganiaceae Strychnos bahiensis Krukoff & Barneby - Malpighiaceae Byrsonima crispa A.Juss. murici-bala
Byrsonima sericea DC murici-da-mata Byrsonima sp. 1 - Byrsonima sp. 2 - Byrsonima sp. 3 - Heteropteris cf. anoptera A.Juss. -
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Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. pau-de-jangada Byttneria catalpifolia Jacq. - Eriotheca macrophylla (K.Schum.) A.Robyns (=Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns) munguba Guazuma ulmifolia Lam. (=Guazuma ulmifolia Lam. var. tomentella K. Schum) mutamba Luehea ochrophylla Mart. açoita-cavalo Malvaceae 1 - Malvaceae 2 - Pavonia sp. - Quararibea turbinata (Sw.) Poir coquiri Triumfetta semitriloba Jacq. (=Triumfetta abutiloides A.St.-Hil.) -
Marantaceae Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichler - Melastomataceae Clidemia debilis Crueg. -
Miconia albicans (Sw.) Triana - Miconia amacurensis Wurdack - Miconia calvescens DC. caramondé Miconia hypoleuca (Benth.) Triana - Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. sabiazeira Miconia nervosa (Sm.) Triana - Miconia prasina (Sw.) DC. -
Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. canjarana Cedrela odorata L. cedro Guarea kunthiana A.Juss. - Guarea macrophylla Vahl marinheiro Trichilia lepidota Mart. - Trichilia silvatica C.DC. - Trichilia sp. -
Menispermaceae Cissampelos andromorpha DC. - Hyperbaena domingensis (DC.) Benth - Orthomene sp. -
Monimiaceae Mollinedia selloi (Spreng.) A.DC. - Siparuna guianensis A.DC. -
Moraceae Brosimum guianense (Aubl.) Huber quiri Brosimum rubescens Taub. conduru Clarisia racemosa Ruiz & Pav. oiticica Dorstenia bahiensis Klotzsch ex Fisch. & C.A.Mey. - Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby amora-da-mata Sorocea hilari Gaudich. amora-da-mata Sorocea klotzschiana Baill -
Myristicaceae Virola gardneri (A. DC.) Warb. urucuba Myrsinaceae (ver Primulaceae) Myrtaceae Campomanesia eugenioides (Cambess.) D.Legrand ex Landrum guabirobeira
Eugenia ayacuchae Steyerm. (=Eugenia cauliflora O.Berg) - Eugenia diplocampta Diels - Eugenia sp. - Myrcia aff. amazonica DC. - Myrcia splendens (Sw.) DC. (=Myrcia fallax (Rich.) DC.) murta-preta Myrcia pubipetala Miq. (=Myrcia grandiflora O. Berg) - Myrcia splendens (Sw.) DC. (= Myrcia magnoliifolia DC.) - Myrcia sylvatica (G. Meyer) DC. - Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. - Psidium guineense Sw. araçá-do-mato
Nyctaginaceae Guapira graciliflora (Mart. ex Schmidt) Lundell - Guapira hirsuta (Choisy) Lundell - Guapira opposita (Vell.) Reitz pau-piranha/joão
mole Guapira venosa (Choisy) Lundell - Ochnaceae Ouratea hexasperma (A.St.-Hil.) Baill. - Olacaceae Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer -
Ximenia americana L. ameixa-de-espinho Orchidaceae Erythrodes sp. -
Sarcoglottis grandiflora (Hook.) Klotzsch - Zygostates cf. lunata Lindl. -
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Passifloraceae Passiflora kermesina Link & Otto - Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip -
Phyllanthaceae Hieronyma oblonga (Tul.) Müll.Arg. jerimum Margaritaria nobilis L.f. -
Phytolaccaceae Phytolaca thyrsiflora Fenzl. ex J.A.Schmidt - Picramniaceae Picramnia gardneri Planch. -
Picramnia glazioviana Engl. - Piperaceae Ottonia sp. -
Piper amplum Kunth - Piper arboreum Aubl. pimenta Piper glabratum Kunth - Peperomia sp. -
Poaceae Eremitis sp. - Ichnanthus grandifolius (Döll) Zuloaga & Soderstr. -
Polygalaceae Polygala sp. - Securidaca sp. -
Polygonaceae Coccoloba declinata (Vell.) Mart.(=Coccoloba confusa R.A.Howard) - Coccoloba parimensis Benth. (=Coccoloba ochreolata Wedd.) -
Primulaceae Ardisia semicrenata Mart. - Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze pororoca
Quiinaceae Quiina cruegeriana Griseb. (=Quiina pernambucensis Pires & Andrade-Lima) quina Ranunculaceae Clematis dioica L. - Rhamnaceae Gouania blanchetiana Miq. - Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. (=Prunus sellowii Koehne) pessegueiro-do-
mato Amaioua guianensis Aubl. carvoeiro Coccocypselum cordifolium Nees & Mart. - Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum. - Faramea multiflora A.Rich. ex DC. buquê-de-viúva Ixora venulosa Benth. - Malanea macrophylla Bartl. ex Griseb. - Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. - Posoqueria latifolia (Rudge) Schult. - Psychotria cf. bahiensis DC. - Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Schult.) Müll.Arg.(=Psychotria barbiflora DC.) - Psychotria bracteocardia (DC.) Mull.Arg. beijo-de-moça Psychotria carthagenensis Jacq. carne-de-vaca Psychotria platypoda DC. (=Psychotria martiana Mull.Arg.) - Psychotria vellosiana Benth. (=Psychotria sessilis (Vell.) Müll. Arg.) - Randia sp. - Ronabea latifolia Aubl. (=Psychotria erecta (Aubl.) Standl. & Steyerm.) -
Rutaceae Conchocarpus macrophyllus J.C.Mikan - Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul. limaozinho Zanthoxylum rhoifolium Lam. laranjinha-do-mato
Salicaceae Banara brasiliensis (Schott) Benth. - Casearia javitensis Kunth cafezinho Casearia sylvestris Sw cafezinho-do-mato Prockia crucis P.Browne ex L. calabura-da-mata
Santalaceae Phoradendron sp. erva-de-passarinho Sapindaceae Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. cipó
Allophylus sericeus (Cambess.) Radlk. _- Cupania oblongifolia Mart. caboatã-da-folha-
larga Cupania impressinervia Acev.-Rodr.(=Cupania revoluta Radlk.) caboatã-de-rego Cupania sp. nov 1 - Cupania sp. nov. 2 - Paullinia micrantha Cambess. cipó-de-uva Serjania caracasana (Jacq.) Willd. - Serjania communis Cambess. timbó-miúdo Serjania glabrata Kunth timbó Serjania paucidentata DC. timbó Talisia macrophylla Radlk pitombinha
Sapotaceae Chrysophyllum lucentifolium Cronquist -
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Diploon cuspidatum (Hoehne) Cronquist abiu Manilkara cf. salzmannii (A.DC.) H.J.Lam maçaranduba Micropholis compta Pierre in Urb bucho-de-veado Pouteria bangii (Rusbv.) T.D.Penn. cocão-de-leite Pouteria cf. gardneri (Mart. & Miq.) Baehni leiteiro Pouteria hispida Eyma abiu Pouteria sp. 1 - Pouteria sp. 2 - Sarcaulus brasiliensis (A.DC.) Eyma -
Schoepfiaceae Schoepfia brasiliensis A.DC. ameixa Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. praíba Smilacaceae Smilax spruceana A.DC. cipó-japecanga Solanaceae Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don manacá
Cestrum schlechtendalii G.Don (=Cestrum megalophyllum Dunal) fumo-brabo Lycianthes pauciflora (Vahl) Bitter - Solanum argenteum Dunal jurubeba-preta Solanum asperum Rich. coça-coça, russara Solanum paraibanum Agra jurubeba
Stemonuraceae Discophora guianensis Miers - Sterculiaceae (ver Malvaceae) Styracaceae Styrax camporum Pohl. benjoeiro Symplocaceae Symplocos cf. neglecta Brand congonha Tiliaceae (ver Malvaceae) Ulmaceae (ver Cannabaceae) Urticaceae Pourouma guianensis Aubl. embaúba-da-mata
Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. urtigão Verbenaceae Citharexylum sp. salgueiro
Lantana camara L. chumbinho Violaceae Amphyrrhox sp. -
Paypayrola blanchetiana Tul. japaranduba Viscaceae (ver Santalaceae) Vitaceae Cissus erosa Rich. cipó-coral
Cissus stipulata Vell. cipó Cissus simsiana Schult. & Schult.f. cipó Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis cipó-coral
Vochysiaceae Vochysia thyrsoidea Pohl pau-de-tucano
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Apêndice III: Lista das 17 famílias de pteridófitas com suas espécies nativas, amostradas nos levantamentos
realizados nos fragmentos florestais da Mata do Estado (Floresta Ombrófila Montana):
1. Aspleniaceae
Asplenium auriculatum Sw. Asplenium auritum Sw. Asplenium cristatum Lam. Asplenium formosum Willd. Asplenium inaequilaterale Willd. Asplenium laetum Sw. Asplenium otites Link Asplenium salicifolium L. Aspleniulll serratum L.
2. Blechnaceae Blechnum brasiliense Desv. Blechnum occidentale L. Blechnum serrulatum L.c. Rich. Salpichlaena volubilis J. Sm.
3. Cyatheaceae Alsophila sternbergii (Sternb.) Conant Cyathea abreviata Fernandes Cyathea microdonta (Desv.) Domin Cyathea phalerata Mart. Cyathea pungens (Willd.) Domin
4. Davalliaceae Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott
5. Dennstaedtiaceae Saccoloma elegans Kaulf. Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Ching Hypolepis repens (L.) C. Presl Lindsaea lancea (L.) Bedd. var.lancea
6. Dryopteridaceae
Ctenitis distans (Brack.) Ching Cyclodium heterodon (Schrad.) Moore var. abbreviatum (Presi) A.R. Smith Cyclodium meniscioides (Willd.) Presl var. meniscioides Didymochlaena truncatula (Sw.) J. Sm. Diplazium ambiguum Raddi Diplazium cristatum (Desr.) Alston Diplazium expansum WiIld. Megalastrum eugenii (Brade) A.R. Smith & Moran Polybotrya cylindrica Kaulf. Stigmatopteris brevinervis (Fée) Moran Triplophyllum dicksonioides (Fée) Holttum Triplophyllum funestum (Kunze) Holttum var.funestum
7. Gleicheniaceae
Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw.
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8. Hymenophylaceae
Trichomanes hymenoides Hedw. Trichomanes krausii Hook. & Grev. Trichomanes ovale (Foum.) W. Boer
9. Lomariopsidaceae Lomagramma guianensis (Aubl.) Ching Lomariopsis japurensis (Mart.) J. Sm.
10. Lycopodiaceae
Huperzia mandiocana (Raddi) Trevisan Lycopodiella cemua (L.) Pichi-Serm.
11. Marattiaceae Danaea elliptica 1. Sm.
12. Polypodiaceae
Campyloneurum phyllitidis (L.) C. Presl Campyloneurum repens (Aubl.) C. Presl Dicranoglossum furcatum (L.) J. Sm. Microgramma geminata (Schrad.) R.M. Tryon & A. Tryon Microgramma lycopodioides (L.) CapeI. Microgramma vacciniifolia (Langsd. & Fisch.) CapeI. Pecluma hygrometrica (Spligt.) M.G. Price Pecluma pectinata (L.) M.G. Price Pecluma ptilodon (Kunze) M.G. Price var. ptilodon Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm. Pleopeltis astrolepis (Liebm.) E. Foum. Polypodium fraxinifolium Jacq. Polypodium triseriale Sw.
13. Pteridaceae Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch. Adiantopsis radiata (L.) Fée Adiantum dioganum Glaziou & Baker Adiantum dolosum Kunze Adiantum hulmile Kunze Adiantum latifolillm Lam. Adiantllm obliquum Willd. Adiantum petiolatum Desv. Adiantum pulverulentum L. Adiantum terminatum Kunze & Miq. Adiantum tetraphyllum Humb. & Bonpl. ex Willd. Adiantum petiolatum Desv. x Adiantum terminatum Kunze & Miq. Doryopteris collina (Raddi) J. Sm. Doryopteris multipartita (Fée) Tryon Doryopteris pedata (L.) Fée Doryopteris varians (Raddi) J. Sm. Hemionitis palmata L. Pityrogramma calomelanos (L.) Link var. calomelanos Pteris biaurita L. Pteris denticulata Sw. var. denticulata Pteris leptophylla Sw.
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14. Schizaeaceae
Anemia hirta (L.) SW. Anemia villosa Humb. & Bonpl. ex Willd. Lygodium venustum Sw. Lygodium volubile Sw.
15. Selaginellaceae
Selaginella muscosa Spring 16. Thelypteridaceae
Macrothelypteris torresiana (Gaud.) Ching Thelypteris biolleyi (Christ) Proctor Thelypteris chrysodioides (Fée) Morton Thelypteris conspersa (Schrad.) A.R. Smith Thelypteris hispidula (Decne.) Reed Thelypteris interrupta (Willd.) Iwats. Thelypteris macrophylla (Kunze) Morton Thelypteris polypodioides (Raddi) C.F. Reed Thelypteris serrata (Cav.) Alston
17. Vittariaceae
Vittaria costata Kunze Vittaria lineata (L.) Sm.