Rua Mato Grosso, 9255 – Campo Largo – Pr Email:[email protected] PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO Versão Preliminar
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PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
Versão Preliminar
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SUMÁRIO1. Apresentação.....................................................................................................................................5
2. Identificação Do Estabelecimento de Ensino ....................................................................................8
3. Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico..............................................................................9
4. Marco Situacional..........................................................................................................................10
4.1.Filosofia e Princípios do Colégio Estadual Professora Edithe......................................................12
4.2. Caracterização do Atendimento....................................................................................................14
4.3. Relação do Corpo Docente ..........................................................................................................15
4.4. Relação do Corpo Técnico-Administrativo....................................................................................16
4.5. Organização do tempo e Uso do Espaço Escolar........................................................................17
4.6. Perfil da comunidade atendida.....................................................................................................17
5. Marco Conceitual ..........................................................................................................................20
5.1. Objetivos Gerais da Educação......................................................................................................20
5.2. Aprendizagem ..............................................................................................................................26
5.3.Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários....................................................28
5.4. Relações de Trabalho na Escola..................................................................................................31
5.4.1 Funções do Diretor ....................................................................................................................31
5.4.2 Funções do Diretor – Auxiliar .....................................................................................................33
5.4.3 Funções do Pedagogo ...............................................................................................................33
5.4.4 Funções do Docente ..................................................................................................................34
5.4.5 Funções da Equipe Auxiliar Operacional ...................................................................................36
5.4.6 Funções da Equipe Técnico-Administrativa ...............................................................................38
5.5. Participação dos Pais na Escola...................................................................................................41
5.6. Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente .............................................................42
5.7. Critérios de Organização e Distribuição de turmas .....................................................................44
5.8. Organização da Hora-Atividade:Problemas e Possibilidades ......................................................44
5.9. A Escola no Atual Contexto Da Realidade Brasileira, Do estado
e do Município.....................................................................................................................................45
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6.0 Concepção de Sociedade .............................................................................................................47
6.1. Concepção de Homem ................................................................................................................49
6.2. Concepção de Sociedade e Mundo .............................................................................................50
6.3. Concepção de Ensino, Conhecimento e Aprendizagem................................... ...........................50
6.4. Concepção de Educação e Escola ..............................................................................................53
6.5. Gestão Democrática ....................................................................................................................54
6.6. Concepção Curricular ..................................................................................................................56
6.7. Princípios Norteadores de Acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais ........................................................................................................................58
6.8. Educação Inclusiva ......................................................................................................................60
7. Marco Operacional ........................................................................................................................64
7.1. Linhas De Ação /Reorganização do Trabalho Pedagógico...........................................................64
7.2. Instâncias Colegiadas...................................................................................................................67
7.2.1. Conselho Escolar ......................................................................................................................68
7.2.2 Conselho de Classe ...................................................................................................................69
7.2.3. Grêmio Estudantil .....................................................................................................................72
7.2.4. Eleição do Aluno Representante de Turma ..............................................................................72
7.2.5. APM’F.........................................................................................................................................73
7.3.Formação Continuada para Professores e Funcionários ................... .........................................78
7.4 Ações Relativas á Recuperação Paralela......................................................................................79
7.5 Currículo Enquanto Núcleo do Projeto Político Pedagógico ........................................................81
7.6 Calendário Escolar ........................................................................................................................83
7.7 Processos de Avaliação, Classificação, Reclassificação, Promoção........................................... 84
7.7.1 Avaliação ....................................................................................................................................84
7.7.2 Classificação ..............................................................................................................................92
7.7.3 Reclassificação ..........................................................................................................................93
7.7.4 Promoção ...................................................................................................................................93
8. Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico ..................................................................94
9. Ensino Fundamental .......................................................................................................................95
9.1. Organização Curricular.................................................................................................................98
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9.1.1 Matriz Curricular Ensino Fundamental .......................................................................................99
9.1.2 Arte ...........................................................................................................................................100
9.1.3 Ciências ...................................................................................................................................112
9.1.4 Educação Física ......................................................................................................................121
9.1.5 Ensino Religioso ......................................................................................................................130
9.1.6 Geografia .................................................................................................................................136
9.1.7 História .....................................................................................................................................149
9.1.8 Língua Portuguesa ..................................................................................................................158
9.1.9 Matemática ..............................................................................................................................171
9.1.10 LEM – Inglês ..........................................................................................................................188
10. Ensino Médio ....................................................................................................................... ......195
10.1 Matriz Curricular do Ensino Médio ........................................................................................... 199
10.1.1 Arte .........................................................................................................................................200
10.1.2 Biologia ..................................................................................................................................210
10.1.3 Educação Física ....................................................................................................................227
10.1.4 Filosofia .................................................................................................................................238
10.1.5 Física ................................................................................................................................... 247
10.1.6 Geografia ...............................................................................................................................259
10.1.7 História ...................................................................................................................................273
10.1.8 Língua Portuguesa .................................................................................................................290
10.1.9 Matemática ............................................................................................................................299
10.1.10 Química ................................................................................................................................310
10.1.11 Sociologia .............................................................................................................................317
10.1.12 LEM – Inglês ........................................................................................................................325
10.1.13 LEM – Espanhol ...................................................................................................................333
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1. APRESENTAÇÃO
“ A vida é viola desafinada, que não afina nunca.São doze cordas e quando se afina uma,
sempre outra surge dasafinada.E viver é tirar a harmonia possível de uma viola
sempre desafinável ou desafinada “
(De um velho mineiro de bagagem iletrada)
Como a viola, o trabalho da escola e na escola, não ocorre de forma estável, inerte e
fixa. Há planejamentos, organização de pressupostos, metas e estratégias, cujo processo de
construção não ocorre na mesma ordem nem é realizado pela mesma lógica com que é formalizado.
A escola é um espaço para desenvolver a integração, onde entra-se em contato com
uma série de conhecimentos, que possibilitam a visão mais ampla do mundo e a compreensão da
ação humana de forma social e histórica, produzindo não só o mundo dos bens materiais, mas
também o próprio modo de ser do ser humano.
Assim, todo o trabalho desenvolvido pela escola, deve ser entendido como fator de
construção do ser humano, que pela ação coletiva, modifica o mundo externo, conforme suas
necessidades e ao mesmo tempo, constrói-se a si mesmo.
O ser humano age, reflete, adquire um novo entendimento, volta á ação, ação esta que obriga
a uma nova reflexão. Ação – reflexão – ação, fazem parte do nosso dia- a –dia, sendo necessário
Ter coragem de ousar e dar continuidade responsável ao projeto individual e coletivo de
transformação da sociedade.
O Projeto Político-Pedagógico é um espaço de construção de propostas inovadoras, criando e
definindo políticas de uma educação transformadora e de gestão democrática.
Conforme o artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei
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9394/96, “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Assim também,
respectivamente, os artigos 13 e 14, inciso I trazem que os docentes incumbir-se-ão de participar da
elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento a que pertencem e que os sistemas de
ensino deverão garantir essa participação.
Entretanto, a elaboração da proposta pedagógica da escola deve contar a participação de
todas as instâncias da comunidade escolar (professores, diretor, pedagogos, funcionários, alunos,
pais e comunidade) procurando ampliar o debate político acerca das práticas sociais e culturais,
desmascarando relações autoritárias, assegurando possibilidades democráticas de socialização do
saber, visando a qualidade da aprendizagem para todos, visto ser esta uma condição necessária ao
exercício da cidadania.
No decorrer do processo de construção do Projeto Político-Pedagógico são considerados
momentos interligados e permeados pela avaliação: o da concepção, o da análise e o da execução.
Para isso é necessário o reconhecimento da história do estabelecimento e a relevância de sua
contribuição para, através de uma autocrítica, buscar novas formas de organização do trabalho
pedagógico, reduzindo a fragmentação o individualismo e o controle hierárquico.
Desse modo, por intermédio da participação coletiva, a construção do Projeto Político-
Pedagógico irá revelar e explicitar as reflexões acerca das dimensões políticas, filosóficas,
sociológicas, antropológicas, psicológicas e pedagógicas da educação, visando a compreensão das
contradições, limites e possibilidades de seu colegiado, sob forma de registro documental.
O Projeto Político-Pedagógico revelará ainda, a dinâmica do processo de construção coletiva
evidenciando o referencial teórico em três atos distintos, porém interdependentes:
a) Marco Situacional - que explicita problemas e necessidades diante do mundo com o levantamento
de dados sobre a escola e a realidade do país, do estado, do município. A análise dos dados –
diagnóstico - evidencia os problemas, os conflitos e contradições presentes na realidade social da
escola.
b) Marco Conceitual – utopia - Análise das políticas públicas e suas contradições sobre a
organização dos saberes necessários à emancipação social, política, cultural e econômica dos
educandos e, ainda, explicitação da filosofia, dos objetivos, dos princípios norteadores e dos fins
educativos da escola.
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c) Marco Operacional – grandes linhas de ação - Apresenta as ações comprometidas com a
transformação da realidade educacional e social, formação continuada, educação, qualificação dos
espaços, dos equipamentos e da gestão democrática.
Diante disso, por se tratar de um momento de síntese, integração, organização e construção,
a elaboração do Projeto Político-Pedagógico propicia instrumentos para um trabalho coletivo em
busca de soluções aos problemas enfrentados pela instituição escolar.
Fica claro, portanto, ao elaborar e executar sua proposta pedagógica por intermédio do
Projeto Político-Pedagógico, que a escola estará repensando, reorganizando, e provendo um futuro
diferente do presente, eliminando a competitividade, o corporativismo e o autoritarismo que ainda
possam existir na instituição de ensino, para que esta possa partir em busca de uma educação de
qualidade.
Este Projeto Político Pedagógico será um instrumento aberto e flexível a serviço desta
formação, a partir de superações de limitações metodológicas e operacionais, empreendendo um
esforço conjunto entre todos os indivíduos da Escola.
O homem se encontra em um processo progressivo de adaptação e criação com o
meio. Ele vive na busca de superação constante, em direção a novas e complexas estruturas. O
meio também é um sistema vivo, capaz de adaptação e evolução, pois na medida em que o
indivíduo recria o mundo, desenvolve sua inteligência, afetividade e sociabilidade.
Para que tudo isso ocorra, é preciso buscar práticas pedagógicas que valorizem tanto
as atitudes individuais quanto coletivas, lembrando que o processo de interação e de cooperação
entre os alunos é fundamental para a conquista da autonomia e da socialização.
A educação é um processo contínuo de interação do indivíduo com o meio, ou seja,
deve ser compreendida como uma instância capaz de desenvolver em seus alunos o progresso
intelectual, material e cultural, que contribuam para a transformação social desejada.
Nesta preocupação está a base do trabalho educativo escolar. Educar o homem para
enfrentar o dia - a- dia, compreendendo a realidade natural e social, para que possa Ter condições
de exercer sua cidadania, apropriando-se do conhecimento científico e, por consequência
desenvolvendo habilidades e potencialidades capazes de satisfazer seus interesses pessoais e de
classe.
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2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Estabelecimento: Colégio Estadual Professora Edithe
Ensino Fundamental e Médio
Código do estabelecimento:1252
Email: [email protected]
Entidade Mantenedora: SEED/PR – Secretaria De Educação do
Estado do Paraná
Endereço: Rua Mato Grosso, n° 9255
Distrito de Ferraria
Município Campo Largo – Paraná
Telefone:3649-2468
Fax: 3649-3443
Núcleo Regional de Ensino: Área Metropolitana Sul
Diretor: Neyde Boaron Aleixo
Diretor auxiliar: Adriane Gawlak
Adriana Aparecida Sikora
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3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente,
o que fazemos para mudar o que somos...
EDUARDO GALEANO
Este documento tem como finalidade apresentar o Projeto Político Pedagógico do Colégio
Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, com base nos aspectos legais da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Como forma de organização do trabalho do
Colégio, fundamenta- se nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita.
A educação na legislação brasileira é concebida como um direito fundamental, universal,
inalienável e um instrumento de formação ampla na luta pelos direitos da cidadania e pela
emancipação social. Nessa perspectiva, a educação deve comprometer-se com a formação integral
do ser humano, alcançando todas as dimensões de sua relação com a sociedade.
Nesse processo de construção coletiva, são explicitadas propostas para uma escola cidadã,
autônoma e participativa que só se completa com o desenvolvimento de um Projeto Político-
Pedagógico capaz de aglutinar os esforços em busca de melhores resultados para os alunos,
configurando-se como um instrumento de trabalho que mostra o que será feito, quando, de que
maneira e por quem, para chegar aos resultados desejados.Desse modo, esse projeto a ser
construído pelo Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, irá explicitar sua
filosofia e harmonizar as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo-lhe
autonomia e definindo-lhe o compromisso com a clientela escolar, valorizando-a e chamando à
responsabilidade os agentes escolares com as racionalidades internas externas.Concebido como
práxis, o projeto não deverá ver a prática em um sentido puramente utilitário, esvaziada dos
ingredientes teóricos. Ao contrário, a prática será vista como o ponto de partida para a produção de
novos conhecimentos, uma vez que a teoria isoladamente não gera transformações, não produz
realidades inovadoras, porque se concretiza por meio da prática que a substancia.
O Projeto Político-Pedagógico da escola procurará garantir a equidade na oferta de serviços
educacionais; como também sensibilizar todos que fazem parte da instituição para que colaborem de
forma efetiva com o processo de levantamento da situação escolar, realizando um diagnóstico que
fundamentará as ações da escola para que esta atinja o padrão de qualidade exigido.
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4. MARCO SITUACIONAL
Segundo informações recebidas da Secretaria de Estado da Educação, através da
Fundepar, a Escola iniciou suas atividades em 1895. Não havendo nenhuma documentação da
época (Resolução ou Decreto) que oficialize o início das atividades escolares; não se pode, portanto,
precisar a data real do início de funcionamento.
Em 1973, a escola foi reorganizada, através do Decreto 3030 de 12 de janeiro de 1973,
sendo criada a Casa Escolar de Ferraria. Em 14 de maio de 1973, pela Resolução n° 973/73 do
Secretário de Negócios da Educação e Cultura passou a chamar-se “Casa Escolar Pe. Natal Pigatto”
tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná, era portanto uma escola
estadual que atendia alunos de 1ª a 4ª série primária.
No ano de 1978, iniciou o ensino de 5ª série do primeiro grau, com amparo legal da Lei
Municipal n° 406/78 de 31 de maio de 1978, sendo que a implantação das séries seguintes foi
gradativa até 1981. Pelo parecer 085/80 de 07 de junho de 1980, foi aprovado o plano de
implantação de 5ª a 8ª séries do primeiro grau, sendo criado o Ginásio de Ferraria, tendo como
entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Campo Largo. Funcionava portanto, duas escolas
no mesmo prédio.
A Casa Escolar Pe. Natal Pigatto (1ª a 4ª séries) atendia seus alunos no período da
manhã e o Ginásio de Ferraria, atendia seus alunos (5ª a 8ª séries) no período da tarde.
Em 23 de dezembro de 1982 o Governo do Estado, altera o nome da Casa Escolar Pe.
Natal Pigatto, passando a denominar-se “Escola Estadual Pe. Natal Pigatto – Ensino de 1º grau”.
Em 30 de dezembro de 1981, pela Resolução 3252/81, foi autorizado o
funcionamento da Escola Ferraria – Ensino de 1ºgrau.
No ano de 1984, a Escola Estadual Pe. Natal Pigatto – Ensino de 1º grau passou a
funcionar do Pré escolar a 4ª série.
Em 29 de novembro de 1983, pela Resolução 4021/83, fica reconhecido o curso de 1º
grau Regular da Escola Municipal Ferraria – Ensino de 1º grau.
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Em 29 de janeiro de 1991, pelo Decreto Municipal n° 009/91, a Escola Estadual Pe.
Natal Pigatto – Ensino de 1° grau, foi municipalizada. Foi criada assim a Escola Municipal Pe. Natal
Pigatto – Ensino Pré Escolar e Primeiro Grau atendendo alunos do Pré Escolar a 8ª série do
primeiro grau.
Dado o exposto, percebe-se que a Escola Municipal Pe. Natal Pigatto – EPEPG, é fruto
da unificação da Escola Estadual Pe. Natal Pigatto com a Escola Municipal Ferraria.
Em 29 de janeiro de 1998, pela Resolução n° 258/98 o ensino de 5ª a 8ª séries da
Escola Municipal Pe. Natal Pigatto, ficou a cargo do Governo do Estado do Paraná, passando a
denominar- se Escola Estadual Professora Edithe – Ensino de Primeiro Grau, e com a implantação
de ensino médio em 1999, hoje denomina- se Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino
Fundamental e Médio.
Em fevereiro do ano 2004 é inaugurada a nova unidade Escolar: Colégio Estadual
Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, localizado à Rua Mato Grosso, 9255, Fone/Fax
– 3649-3443, CEP 83.608.800, no Distrito de Ferraria no Município de Campo Largo, Estado do
Paraná
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4.1 Filosofia e Princípios
A escola prima por uma educação integral, que contribua para a aprendizagem de caráter
geral, visando à formação de pessoas aptas a assimilar mudanças, sendo cidadãos participativos na
era do conhecimento digitalizado, com mais autonomia em suas escolhas e mais solidariedade,
acolhendo e respeitando as diferenças, numa tentativa de superar a segmentação social. Portanto, a
atividade educacional é constituída não apenas de conteúdos, mas de formas ou estruturas que
possibilitem o pensar. Com isso, uma sala de aula assim entendida é ativa, no sentido da
experiência anterior, da fala e da possibilidade de ensaio, simular, cometendo tantos erros quantos
forem necessários para produzir cada acerto. Consequentemente entendemos que o
desenvolvimento do conhecimento deve ser concebido como um processo em evolução, em que
cada etapa desse processo possibilite a produção de novas transformações numa sucessão
temporal, sem fim e sem começo absoluto. Na medida em que a escola realiza o processo ensino -
aprendizagem numa ótica de utilidade futura, ela obstrui o próprio processo, inviabilizando o sentido
do aprender, perdendo, com isso, a sua motivação. Para tanto, o aprendizado deve contribuir não só
para o conhecimento técnico, mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para
a interpretação de fatos naturais, para a compreensão de procedimentos e equipamentos do
cotidiano social e profissional, articulando uma visão do mundo natural e social. Por isso, deve
propiciar a construção do entendimento dinâmico da nossa vivência material, de convívio harmônico
com o mundo da informação, utilizando da Internet, de entendimento histórico da vida social e
produtiva, de percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, enfim, um aprendizado com
caráter prático e crítico e uma participação no encanto da cultura científica, substância primordial da
aventura humana.
Alguns princípios norteiam a escola democrática, pública e gratuita, tais como Igualdade de
condições para acesso e permanência na escola, sabe- se que cada aluno é um ser único, tanto de
natureza sócio - econômica, cultural e de cor, porém todos têm capacidade de aprender, e o direito
de ter um ensino de qualidade, buscando extinguir a exclusão social, reprovação, discriminações.
Qualidade de ensino a todos, enfatizando os instrumentos, métodos e as técnicas, voltado para fins,
valores e conteúdos.
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Gestão Democrática abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira isso,
consagrado na Constituição. Incluem a ampla participação dos representantes da comunidade
escolar nas decisões, ações administrativo- pedagógicas nela desenvolvidas. Conta- se com um
Conselho Escolar sendo este um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o
objetivo de estabelecer o Projeto Político pedagógico do colégio com critérios relativos à sua função,
organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor
e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Lei do Sistema Estadual de
Ensino. Conta- se também com a APMF a qual é um órgão de representação dos pais, mestres e
funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. Tem- se o Conselho
de Classe, este por sua vez, é um órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didáticos- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino tendo por
objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos
adequados a cada caso.
Liberdade e Autonomia fazem parte da própria natureza do ato pedagógico, também é um
princípio consagrado na Constituição. É algo que se experimenta, individual e coletivamente, e que
envolve uma articulação de limites e possibilidades, é uma experiência que se constrói na vivência
coletiva e individual, e que envolve uma articulação de limites e possibilidades. Temos a autonomia
administrativa, que gerencia e deve estar a serviço do pedagógico; a pedagógica que deve ter
liberdade para elaboração do PPP; financeira na qual a escola deve ter total autonomia para
elaborar seu orçamento e jurídica que obedece a normas e regulamentos do aluno e do professor
tomando cuidado para não se tornar burocrática. É necessário que haja uma valorização
profissional, pois a formação continuada é um direito
de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão
funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também
propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as
escolas e seus projetos. Assim, a formação continuada dos profissionais da escola, compromissada
com a construção do projeto político- pedagógico, não deve limitar- se aos conteúdos curriculares,
mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.
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4.2 Caracterização do atendimento
Neste ano letivo de 2010,o Colégio Estadual Professora Edithe possui 1200 alunos matriculados
e distribuídos em 37 turmas nos períodos da manhã, tarde ou noite e cursando o ensino fundamental
e médio.
4.3 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE
ACINIR SIKORA LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
ACLISSON RIBEIRO DAMASCENA LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
ADEMILSON LEANDRO GATO LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA
ADILSON COSTA DUARTE LICENCIATURA PLENA - L.PORTUGUESA
ADRIANA DO CARMO STANICHESKI LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS
ADRIANA MARTINS DIAS BATISTA LICENCIATURA PLENA -HISTÓRIA
ALESSANDRA MARA DOS SANTOS LICENCIATURA PLENA - ARTE
ALEXSANDRA DOMBEKET LICENCIATURA PLENA - QUIMICA
ANA CAROLINA LOYOLA DA ROCHA LICENCIATURA PLENA - ED.FISICA
ANDREA BOCOIS LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
BRUNO DE SOUZA NOGUEIRA LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA
DAMARIS PEREIRA DE SOUZA LICENCIATURA PLENA - ARTE
DIRCEU LUIZ FEDALTO LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
DRIELE GOBETTI DA SILVA LICENCIATURA PLENA - QUIMICA
ENARUCI DURSKI LICENCIATURA PLENA - ED.FISICA
EVERALDO SANTANA LOBO NETO LICENCIATURA PLENA - L.PORTUGUESA
EVERTON COSTA LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA
FLAVIA CRISTINA FIOR LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA
GISELE GUEDES DE LIMA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
GISELLE DA SILVA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS
IBERE GOMES CORREA LICENCIATURA PLENA - FILOSSOFIA
IVO DAUFENBACH LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA
JULIO CEZAR MARQUES DA SILVA NÃO LICENCIADO – L.PORTUGUESA
JURACI FIALKOSKI NÃO LICENCIADO - ARTE
KARINA CORREIA MORAIS LICENCIATURA PLENA - QUIMICA
KESIA MARTINS DE SOUZA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
LUCIA CZELUSNIAK LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
LUCIANE CZELUSNIAK OBRZUT LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
MARILETE BISCOUTO ALEIXO LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
MARILICE MAZON TIGRINHO LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
MARISA MARIA DE SOUZA MAFRA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS
NELSON WADISKO HAYDUKI LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
OLIVIA ISFER SOBANIA LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA
PATRICIA MARIA GONCALVES LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA
RAFAEL MAURICIO HAUER LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
REJANE RODRIGUES LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA
RENY KERN LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
ROBERTO MENDES LICENCIATURA PLENA - FISICA
RONALDO DE CASTRO LICENCIATURA PLENA – ED.FISICA
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RONNIE PETTER PEREIRA ZANATTA LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS
ROSANA SABIN LICENCIATURA PLENA - GEOGREAFIA
SABRINA SORIANO DA CRUZ LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
SAMUEL ANTONIO DA SILVA LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
SEBASTIAO DONIZETE SANTAROSA LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
SELMA GORETE DE OLIVEIRA NÃO LICENCIADO - ARTE
SIDNEYS FIDELIS LICENCIATURA PLENA - MATEMÁTICA
SILVIO APARECIDO FARIAS CORREA LICENCIATURA PLENA - GEOGRAFIA
SIMONE DE OLIVEIRA CHRISTONI LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
SUELI CATARINA SEGURO LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
TATIANA LUCIANA FALVO DOS SANTOS LICENCIATURA PLENA - ARTE
TELMA VIEIRA CAMARGO LICENCIATURA PLENA - CIÊNCIAS
TIAGO BONATO LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
VERA LUCIA BEIRA BERCHIOR LICENCIATURA PLENA - HISTÓRIA
VERA LUCIA CZUY LICENCIATURA PLENA - BIOLOGIA
ZULEIKA FRANZEN LICENCIATURA PLENA – L.PORTUGUESA
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4.4 RELAÇÃO DO CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
ADRIANA APARECIDA SIKORA................................... DIRETOR AUXILIAR
ADRIANE GAWLAK.....................................................DIRETOR AUXILIAR
ANA ROSILDA MOREIRA.............................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ARIADNE TWIGG LIMA DO NASCIMENTO....................EQUIPE PEDAGOGICA
CLAUDETE DO ROCIO LUNARDON..............................EQUIPE PEDAGOGICA
CRISTIAN EDUARDO GORSKI DA LUZ..........................SECRETARIO/ESCOLA
CRISTIANE DA SILVA LIMA...........................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ELIZABETH SEGURO....................................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ELZA MARIA DE TOLEDO BISPO DE JESUS …..............CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
FRANCIO FERRAZ SANTOS …......................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
IVONETE MARIA GORSKI..............................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
JAQUELINE TERESINHA SANDRI ROSSATO....................EQUIPE PEDAGOGICA
JOANITA RAMOS ROGACHESKI....................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
LEANDRO DA LUZ........................................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
LORIAN DE PAULA..................................................... CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
LOURDES LORENA DOS SANTOS.............................. CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARIA APARECIDA GOMES DE PAULA........................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARIA DE FATIMA PORTELLA LUNARDON ….................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
MARIA HELENA PEDRO SANTOS CORDEIRO...............CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
NERLI APARECIDA SOBKOWIAK FRANCO..................... EQUIPE PEDAGOGICA
NEYDE BOARON ALEIXO …...........................................DIRETOR
PAULA BEATRIZ DE OLIVEIRA.......................................CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ROSELENE CALUCIUC DA SILVA..................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ROSELIS VANESSA HORNIG..........................................EQUIPE PEDAGOGICA
SILVIA REGINA FERREIRA DE OLIVEIRA …................. CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
SONIA REGINA ALVES ….............................................CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
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4.5 Organização do Tempo e uso do Espaço Escolar:
A organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela segmentação do dia letivo, e o
currículo é consequentemente, organizado em períodos fixos de tempo para as disciplinas
supostamente separadas.
O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O
calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as
férias, aos períodos em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,Conselhos de classe, os
períodos para reuniões pedagógicas, semana cultural e esportiva,etc.
O horário fixa o número de horas por semana, que vária em razão das disciplinas constantes da
grade curricular. Estipula, também, o mínimo de aulas por professor.
O estabelecimento de ensino funciona nos turnos da manhã, tarde e noite.
Manhã = 7:30 ás 11:50 horas
Tarde = 12:50 ás 17:20 horas
Noite = 18:30 ás 22:30 horas
Cada turma , tanto do ensino fundamental quanto médio, possuem 05 (cinco) aulas diárias
com 50 minutos de duração, com intervalo de 15 minutos para lanche.(recreio)
4.6 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA, NÍVEL SÓCIO- ECONÔMICO E CULTURAL DOS PAIS
O Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental e Médio, ocupa terreno que mede
6.000 m² e possui área construída com 14 salas de aula, secretaria, 2 salas para atendimento com
a Equipe Pedagógica, sala de professores,sala de multi- meios, biblioteca, sala de merenda,
cozinha, refeitório, 2 banheiros femininos, 2 banheiros masculinos, 2 banheiros e elevador para
portadores de necessidades especiais, ginásio de esportes coberto, laboratório de biologia, física e
química, laboratório de informática.
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O Colégio Estadual Professora Edithe encontra- se, atualmente com 1200 alunos distribuídos
entre Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio.
Os usuários deste Estabelecimento são oriundos da mais diversas culturas e descendências,
o que leva o estabelecimento de ensino a possuir uma diversidade cultural tão visível.
Também apresenta moradores das várias vilas da região e segundo dados coletados
percebeu- ,se que pertencem a uma classe social baixa, pois 50% têm uma renda de até três
salários mínimos, 25% recebem até um salário mínimo, 5% não possuem renda fixa e 15%
encontram-se desempregados.
No tocante à escolaridade dos pais obtivemos os seguintes resultados: 50% possuem ensino
fundamental incompleto, 25% o ensino fundamental completo, 10% ensino médio completo, 4%
ensino superior e 1% são analfabetos.
Quanto as mães 65% possuem ensino fundamental incompleto, 15% ensino fundamental
completo, 10% ensino médio completo, 4% ensino superior, 1% são analfabetos e 5% pós
graduadas.
Os pais ou responsáveis doa alunos são das mais diversas profissões como: pintor, pedreiro,
vendedor, metalúrgico, agricultor, encanador, eletricista, funcionário público, vigia, cozinheiro, babá,
cabeleireiro, aposentado, zelador, empregada doméstica, promotor de vendas, balconista, operador
de caixa, frentista, auxiliar de confeiteiro, autônomo, entre outros.
Quanto ao sistema conjugal pôde- se perceber que 60% dos pais são casados, 20%
separados, 10% divorciados, 5% estão no segundo casamento, 3% são viúvos e 2% não informaram
tal situação.
Com as exposições acima referentes ao cotidiano escolar deste Estabelecimento de Ensino
elencamos alguns tópicos que devem ser levados em consideração:
- Dificuldade de relacionamento interpessoal;
- Alunos sem estimulo familiar para frequentar o colégio e levá- lo a sério.
- Dificuldade de adaptação no ambiente escolar, onde terá que seguir certas diretrizes.
Dessa forma, este Projeto Político Pedagógico busca atender de forma eficiente às peculiaridades
de nossos educandos e comunidade escolar, a fim de estimular nos alunos deste estabelecimento
de Ensino:
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- A capacidade de iniciativa, criatividade, decisão e cooperação, ser dinâmico, comunicativo,
responsável e crítico;
- Espírito de pesquisa, saber entender os avanços sociais, científicos, e tecnológicos, com
disposição para o trabalho em equipe;
- Capacidade de ser líder socializado com o conhecimento;
- Desenvolver a expressão verbal e corporal, evitando atitudes inadequadas;
- Compromisso com a cidadania.
Tendo em vista a clientela citada acima o Colégio prima por uma convivência amigável, através do
diálogo, envolvendo escola e família, pautando em princípios e atitudes saudáveis, repudiando toda
discriminação baseada em diferentes raças, etnias, classe social, crença religiosa, sexo e outras
características individuais ou sociais, valorizando o convívio pacífico e criativo em sua diversidade
cultural.
A Equipe Técnico- Pedagógica, em específico os (as) pedagogos (as) buscando minimizar os
problemas disciplinares, bem como as dificuldades no ensino-aprendizagem e também de
relacionamento desenvolvem uma relação entre pais, educando e escola, identificando uma aliança
de envolvimento e compromisso educacional, para que o mesmo possa desenvolver suas
habilidades, através de vivências que facilitem sua maturidade, objetivando torná- los cidadãos
conscientes e críticos.
Nesta perspectiva realizam- se os seguintes trabalhos:
- Reuniões pedagógicas;
- Atendimento individual, através de encaminhamento ou espontaneamente, para orientação pessoal
em caso existencial, social, recuperação de estudos, motivação, etc;
- Entrevistas para auto- conhecimento;
- Atendimento coletivo em sala de aula, com temáticas de acordo com a necessidade do momento e
também de preservação, tais como: saúde, sexualidade, motivação, trânsito, meio ambiente, etc;
- Construção de regras básicas para melhor convivência;
- Atendimento de orientação em casos ocasionais e oportunos de toda natureza, levando o
educando a refletir sobre seus atos;
- Incentivo aos professores à realização de dinâmica de grupo em sala de aula que resulta relação
social, cidadania e perspectiva de futuro;
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Na orientação com os adolescentes, para que os mesmos se situem dentro da sua
problemática e encontre saídas e superação com segurança, temos como princípios básicos:
- compreensão, tolerância, apoio e simpatia, bem como ser enérgicos e positivos, quando
necessário;
- apresentar sugestões, esclarecimentos, razões, ponderações, para que o mesmo tome suas
decisões, por si, com liberdade;
- nas decisões, deixá- los participar para que se sintam co- responsáveis;
- fazer com que eles mesmos se critiquem, em vez de serem criticados, quando seus sentimentos
parecem exagerados;
- dialogar, mostrando as possibilidades de concessões, mas que eles possam rever a sua posição,
buscando o melhor caminho para se chegar ao bom senso;
- conceder aos alunos liberdade e responsabilidade;
- proporcionar atividades culturais e recreativas, dentre outras;
Traçando o perfil de nossa comunidade escolar ,percebe- se que
definitivamente são esses os que necessariamente precisam estar na Escola, e não somente estar,
como também nela se apropriarem do conhecimento historicamente construído ,para exigir e lutar
por condições de plena cidadania, sendo capazes de transformar esta sociedade na qual estão
inseridos.
5. MARCO CONCEITUAL
5.1 Objetivos gerais da Educação
"Não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio"
(Paulo Freire)
Paulo Freire entendia que a principal função da educação é seu caráter libertador. Para ele,
ensinar seria, fundamentalmente, educar para a liberdade, a “educação para o homem- sujeito”
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(1981, pág. 36). Compreendia a educação, não como condicionamento social, mas voltada para a
liberdade e a autonomia. “Todas as palavras de uso possível para expressarmos o propósito da
educação: ensino, instrução, criação, disciplina, aquisição de conhecimento, aprendizagem forçada
de maneiras ou moralidade - todas elas se reduzem a dois processos complementares que podemos
descrever com propriedade como “crescimento individual” e “iniciação social” (Read, 1986, pág. 18).
Ensino não é repasse de informações, mas criação de patrimônio pessoal. “Vamos entender
como transmissão e apropriação do legado cultural da humanidade os conhecimentos que foram
construídos ao longo do tempo e que foram dando configuração à compreensão do mundo e a sua
transformação. Isso significa a possibilidade de acesso de todos os seres humanos a todos os tipos
de conhecimento, assim como às diversas metodologias de abordagem dessa realidade. Oferecer
conhecimentos não significa somente transmitir e possibilitar a assimilação dos resultados da
ciência, mas também transmitir e possibilitar a assimilação dos recursos metodológicos utilizados na
produção dos conhecimentos. Às jovens gerações não interessa apenas apropriar-se dos resultados
dos entendimentos já estabelecidos pela humanidade. Interessa a elas também apropriar-se da
forma de abordagem dessa realidade, para que adquiram um instrumento cognitivo que permita o
aprofundamento dos conhecimentos existentes e a construção de novos entendimentos da
realidade” (Luckesi, 1993, pág. 84).
Ensino não é adestramento, mas incentivo à autonomia pessoal. (Duarte Jr., 1985, pág.
23).Ensinar não é informar, é formar. “Dentro dessa perspectiva, o educando não deve ser
considerado, pura e simplesmente, como massa a ser informada, mas sim como sujeito, capaz de
construir-se a si mesmo, através da atividade, desenvolvendo seus sentidos, entendimentos,
inteligência etc.” (Luckesi, 1993, pág. 118). Ensino não é adestramento, não é treinamento, nem
repasse de fórmulas. Ensinar é, antes de tudo, mobilizar as forças internas do aluno de forma a que
ele possa exercer o seu inteiro potencial.
Aprender significa envolver memória pessoal e coletiva. A memória, tanto de nossa história
pessoal Quanto da história coletiva, é fonte riquíssima de dados significativos, mobiliza a mente e a
alma. Ensino não é reprodução da realidade existente, mas ferramenta para sua transformação
sustentável. “Compreende uma atitude onde não existe ‘distância entre intenção e gesto’, segundo o
verso de Chico Buarque e Ruy Guerra.
Em nossa atual civilização, consciência crítica significa uma capacidade de escolha, uma
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capacidade crítica para não apenas se submeter à imposição de valores e sentidos, mas para
selecioná- los e recriá-los segundo nossa situação existencial” (Duarte JR., 1985, pág. 73). Essa
transformação da realidade, no entanto, deve- se fazer de forma sustentável, respeitando a herança
das gerações anteriores, a identidade e os valores coletivos. Desenvolvendo esse raciocínio, se
educar é fomentar a liberdade pessoal, então deve ser, também, criar uma identidade pessoal
relacionada ao contexto cultural onde se insere.
O educando deve formar seus próprios significados para elaborá- los em termos de
signos de apreensão coletiva. Luckesi reforça esse pensamento: “O conhecimento é a compreensão
inteligível da realidade, que o sujeito humano adquire através de sua confrontação com esta mesma
realidade. Ou seja, a realidade exterior adquire, no interior do ser humano, uma forma abstrata
pensada, que lhe permite saber e dizer o que essa realidade é. A realidade exterior se faz presente
no interior do sujeito de pensamento. A realidade, através do conhecimento, deixa de ser uma
incógnita, uma coisa opaca, para se tornar algo compreendido, translúcido”. Luckesi (1993, pág.
122).
Assim, apenas com a construção de parâmetros pessoais e de autonomia, inseridos em
um determinado contexto geográfico, histórico e social, o ser humano pode, efetivamente, educar-
se e usar a educação para o crescimento da sociedade em que vive, de acordo com o que nos
mostra Piaget (1977, pág. 245): “A personalidade não é o ‘eu’ enquanto diferente dos outros ‘eus’ e
refratário à socialização, mas é o indivíduo se submetendo voluntariamente às normas de
reciprocidade e de universalidade. Como tal, longe de estar à margem da sociedade, a
personalidade constitui o produto mais refinado da socialização. Com efeito, é na medida em que o
‘eu’ renuncia a si mesmo para inserir o seu ponto de vista próprio entre os outros e se curvar assim
às regras da reciprocidade que o indivíduo torna- se personalidade (...).
Em oposição ao egocentrismo inicial, o qual consiste em tomar o ponto de vista próprio como
absoluto, por falta de poder perceber seu caráter particular, a personalidade consiste em tomar
consciência desta relatividade da perspectiva individual e a colocá- la como em relação ao conjunto
das outras perspectivas possíveis. A personalidade é, pois, uma coordenação da individualidade
com o universal”.
Uma aprendizagem é tanto mais significativa quanto mais relações com sentido é capaz de
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estabelecer o aluno entre o que conhece, seus conhecimentos prévios e o novo conteúdo que se lhe
apresenta como objeto de aprendizagem. A escola torna acessível a seus alunos aspectos da cultura
que são fundamentais para o desenvolvimento pessoal e, não apenas, para o desenvolvimento
cognitivo. A educação é motor para o desenvolvimento pessoal globalmente entendido, o que supõe
incluir, também, as capacidades de equilíbrio pessoal, de inserção social e de relação interpessoal.
O ser humano constitui- se como tal no relacionamento social. A cultura torna- se parte da natureza
humana num processo histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda
o funcionamento psicológico do homem.
Se a função social da educação é, além da inserção sócio – econômica o
desenvolvimento dessa própria sociedade, a noção de patrimônio cultural, coletivo e comum a um
grupo, permite o desenvolvimento de uma ética de ações. Traz consigo a noção de desenvolvimento
sustentável, pelo qual cada intervenção na realidade deve considerar seus impactos na manutenção
da identidade e da herança coletiva, do ponto de vista ambiental ou cultural. Traz consigo o desejo,
não da reprodução do "status- quo", não da subserviência, mas da ação concreta de melhoria das
condições sociais globais, do desenvolvimento da comunidade onde se insere e da requalificação do
patrimônio coletivo acumulado ao longo das gerações, verdadeira riqueza de um povo, herança real
que deixamos para os nossos filhos.
Educação é um conceito amplo que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral
da personalidade, envolvendo a formação de qualidades humanas – físicas, morais, intelectuais,
estéticas - tendo em vista a orientação da atividade humana na sua relação com o meio social, num
determinado contexto de relações sociais.
A educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter – relações que
convergem para a colaboração de formação de traços de personalidade social e do caráter,
implicando uma concepção de mundo, ideais, valores, modos de agir, que se traduzem em
convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e desafios da
vida prática. Nesse sentido, educação é instituição social que se ordena no sistema educacional de
um país, num determinado momento histórico, é um produto, significando os resultados obtidos da
ação educativa conforme propósitos sociais e políticos pretendidos, é processo por consistir de
transformações sucessivas tanto no sentido histórico quanto no desenvolvimento da personalidade
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A educação, num sentido amplo, cumpre uma iniludível função de socialização, desde que a
configuração social da espécie se transforma em um fator decisivo da humanização humana. A
espécie humana, constituída biologicamente como tal, elabora instrumentos, artefatos, costumes,
normas, códigos de comunicação e convivência como mecanismos imprescindíveis para a
sobrevivência dos grupos e da espécie. Paralelamente, e posto que as aquisições adaptativas da
espécie ás peculiaridades do meio não se fixam biologicamente nem se transmitem através da
herança genética, os grupos humanos põem em andamento mecanismos e sistemas externos de
transmissão para garantir a sobrevivência nas novas gerações das conquistas sociais – processo de
socialização – costuma denominar- se genericamente como processo de educação.
Na sociedade atual a preparação das novas gerações para a sua participação na vida
pública requer a intervenção de instâncias específicas como a escola, cuja peculiar função é atender
e canalizar o processo de socialização.
A educação é um direito fundamental, universal, inalienável e constitui dever do
Estado. Todos devem ter condições iguais de acesso á educação. Este direito é assegurado
constitucionalmente e de forma que garante Escola Pública e gratuita em todos os níveis.
A gestão democrática da educação deve ter como preceito a radicalização da
democracia, que se traduz no caráter público e gratuito da educação, na inserção social, nas
práticas participativas, na descentralização do poder, no direito á representação e organização dos
trabalhadores, na eleição direta dos dirigentes, na socialização dos conhecimentos e na tomada de
decisões de forma colegiada. A escola deverá ser o local por excelência do aprendizado da
convivência humana. Entre sujeitos se estabelecem relações de horizontalidade, de igualdade.
Jamais de verticalidade, de imposições a escola como instituição social está na busca incessante
pela democracia. É necessário, porém, aprender o estabelecimento das novas relações – da prática
coletiva.
Formar o ser humano pleno, o sujeito, o cidadão consciente e atuante deve ser a principal
tarefa da escola. A vida é um grande aprendizado. Na escola devemos aprender a viver. Se,
efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária e democrática, necessariamente devemos
exercitar estes princípios no cotidiano da escola.
Juntamente com a democratização econômica e política a democratização da educação e
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da escola, através da universalização, da gratuidade e da permanência é um exigência para
emancipação social. Nesse sentido, a participação de toda comunidade escolar na escola não é uma
concessão mas uma prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação e
está vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente.
A educação que se situa no campo progressista , parte da realidade, construindo e
reconstruindo o conhecimento a partir dos saberes e das práticas dos educandos e educadores.
Pois a democracia se expressa na organização, na gestão da escola, no currículo e está articulada a
um projeto de escola, de educação e de sociedade, permeados por uma dimensão epistemológica,
política, ética e estética.
Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a democratização da
escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas, no exercício da cidadania, efetivando-
se como um exercício permanente de formação de sujeitos participativos e democráticos.
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da
compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um projeto –
político- pedagógico libertador.
A gestão democrática da escola e, de todo sistema educacional, apresenta- se como
mais uma dentre outros desafios para a construção das novas relações sociais, constituindo um
espaço público de decisão e de discussão. A superação da cultura de gestão autoritária só vai
acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via
conselhos de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões
pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí- la.
Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os
dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.
A formação continuada para todos os membros efetivos da comunidade escolar deve partir
da reflexão sobre a prática cotidiana da escola numa perspectiva problematizadora, dialógica e
sistematizadora que contribua para um processo de ação – reflexão – ação acerca da educação
que se tem e a educação que se quer. A formação precisa as possibilidades de transformação na
escola, atingir todos os trabalhadores da escola em: uma Gestão Democrática debatendo as
relações de poder, dialogando sobre relações de ensino aprendizagem, sobre avaliação superando
práticas punitivas, seletivas e meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a
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socialização de experiências e criação de novas práticas escolares, visando a qualidade do
processo ensino – aprendizagem.
5.2 Aprendizagem
A organização da escola e o planejamento do desenvolvimento da aprendizagem são
atividades obrigatórias para a transformação da escola pública e devem ser exercidas por todos que
nela atuam. Tendo em vista esta transformação, um amplo debate sobre a função social da escola,
seus objetivos e reflexão da prática pedagógica faz- se necessário.
É indispensável que todos os profissionais da escola, visem cumprir tal função e atingir os
objetivos fundamentais, que são: propiciar a aquisição do conhecimento científico, garantir a
qualidade do ensino e estimular, através de regras bem definidas, a permanência e o sucesso dos
alunos na escola. Essa tarefa, que não é fácil de ser cumprida, é responsabilidade de todos, pois se
não houver uma definição de tais pontos e um posicionamento quanto a esses objetivos, torna- se
praticamente impossível Ter- se uma estrutura orgânica e articulada e, consequentemente, um bom
funcionamento da escola.
Entretanto, ao analisar a questão do desenvolvimento da aprendizagem, precisamos Ter
claro que nosso compromisso é com a formação de um aluno reflexivo, crítico, participativo,
consciente em assumir seu papel transformador perante a sociedade.
Para que tal objetivo se concretize é preciso um comprometimento com o fazer
pedagógico, no sentido do fazer crítico e não um simples fazer. E para o fazer crítico é preciso partir
de alguns fundamentos básicos, como: estreita interdependência entre educação e realidades
sociais, e, finalmente, lutar pára que a escola pública se transforme num poderoso instrumento de
progresso intelectual dos menos favorecidos .Isso se garante a partir do momento em que se define
que tipo de homem se quer formar, para atuar em que tipo de sociedade , ou seja, quando os
profissionais da educação se apoderarem de uma concepção progressista e atuarem alicerçados
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nesta, não omitindo-se, nem sendo meros repetidores dos discursos alheios, mas posicionando-se
enquanto agentes construtores do processo educacional como um todo.
Contudo, faz- se necessário Ter clareza que o trabalho precisa partir de um ponto
básico: a especificidade do ato pedagógico que deve interligar-se a três componentes: um agente
social (profissional da educação), uma mensagem transmitida(conteúdos, métodos,...) e um
educando(também social, portanto , contextualizado). É ai que o ato pedagógico deve configurar-se,
ou seja, o especificamente pedagógico será a imbricação entre o educando e a mensagem,
propiciada pela ação do agente.
O essencial no processo de ensino –aprendizagem é a relação aluno – professor,
mediada pelo conhecimento , sendo que é do conhecimento das condições reais da vida do aluno,
aliado ao domínio do conhecimento por parte do professor, que deve organizar-se tal processo com
base científica, histórica e crítica, na direção da apropriação do saber elaborado pelo aluno.A
organização do trabalho pedagógico deve dar-se de forma que o desenvolvimento da aprendizagem
atinja a sua finalidade, que é a de modificar numa certa direção aquilo que é suscetível de educação.
Assim, a sistematização do trabalho do educador torna-se fundamental, no sentido de:
*** Propiciar aos educandos condições de aprendizagem, partindo da prática concreta dos mesmos,
onde juntos reinterpretarão e compreenderão, de maneira lógica, os conteúdos sistematizados;
*** Fornecer o domínio dos conhecimentos valorizados pela sociedade, desvendando as relações de
dominação e opressão
*** Permitir a aquisição de estratégias para que possam lutar no sentido de estabelecer um novo
projeto social, mais justo e humano;
Para tanto, se faz presente e necessário, na prática diária, a formulação e consolidação
de um processo de discussão – reflexão - ação, norteado na mesma concepção pedagógica,
construindo na escola uma unidade coletiva do saber e do agir, de forma democrática, onde os
interesses de todos os elementos que a compõem sejam atendidos.Tal democracia é caracterizada
pela construção coletiva, socialização do poder, divisão de responsabilidades, diálogo permanente,
liberdade de expressão, prática de direitos e deveres, conquistas de objetivos comuns, com o
propósito de desenvolver a eficácia da educação e possibilitar o processo de formação permanente,
que garanta a todos acompanhar as mudanças, avanços e transformações do mundo atual.
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5.3 Formação inicial e continuada de professores e funcionários
A formação continuada para os educadores deve partir da reflexão sobre a prática
cotidiana da realidade escolar numa perspectiva problematizadora, dialógica e sistematizadora que
contribua para um processo de ação –reflexão – ação acerca da educação que se tem e a
educação que se quer.
A formação precisa atingir as possibilidades de transformação na escola, atingir todos
os trabalhadores da escola em : uma gestão democrática debatendo as relações de poder,
dialogando sobre relações de ensino- aprendizagem, sobre avaliação superando práticas punitivas,
seletivas e meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a socialização de
experiências e criação de novas práticas escolares.
Além dos cursos ofertados pela entidade mantenedora, o Colégio promoverá estudos nas
horas atividade com leitura de livros, troca de experiência, apresentações de temas pedagógicos
diferenciados e com reuniões periódicas.
Nos encontros pedagógicos serão realizados debates e palestras, conforme a possibilidade
de recursos financeiros.
Esses estudos auxiliam o crescimento profissional, capacitando os profissionais promovendo
mudança de atitudes e posturas diante dos assuntos pertinentes à educação de qualidade.
A preferência dos professores que sejam atividades em forma de “oficina”, isto é, mais
dinâmica, utilizando-se da prática. Os temas sugeridos no ano 2006 para o ano seguinte são: meio
ambiente, orientação sexual, ética –profissional, cidadania, interpretação, auto – estima, qualidade
de vida, inclusão, psicologia das relações humanas e informática.
Atualmente, devido à necessidade imposta pelas mudanças de paradigmas, no avanço
tecnológico e na evolução dos meios de comunicação as exigências, na área educacional, apesar da
finalidade diferenciada, são afirmadas pelo Estado e pela União, a fim de se buscar a qualidade
social da educação através de um processo de capacitação continuada de seus profissionais.
O primeiro aspecto das capacitações continuadas, considerado importante na percepção dos
profissionais da educação é em relação à teoria que está sendo discutida nas reuniões técnicas,
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palestras, oficinas, grupos de estudos, jornadas pedagógicas, entre outros, e a sua ação
pedagógica.
Um processo de capacitação continuada visa levar à identificação das concepções que
embasam as teorias discutidas nos encontros de formação e relacioná-las com o sua ação na escola
diferenciando o 'saber' da 'ideologia. O 'saber' ou conhecer pressupõe compreender, analisar e
utilizar profissionalmente os novos dados e descobertas cujo acesso lhes é possibilitado.
Assim, "aqueles que dominam o conhecimento intervêm nas relações sociais, ao fazer que um
mundo determinado se aceite ou se transforme, isto é, que o domínio da teoria não pode ser
desligado das práticas sociais" ( Sacristán, 1999, p. 25).
A capacitação continuada, portanto, tem entre outros objetivos, propor novas metodologias e
colocar os profissionais da educação em contato com discussões teóricas atuais, procurando
contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na
escola e, consequentemente, da educação. Isso porque, o fato de se conhecer novas teorias, não
basta, pois é preciso saber relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-adia
(Nóvoa, 1995a; Perrenoud, 2000).
Diante disso, há a necessidade nas capacitações de existir a interação, o espaço para
discussão, a contextualização, pois este é um dos fatores determinantes para uma atuação eficaz,
na perspectiva de se tornar o ensino uma forma de construção histórica-social.
Segundo Ferreira (2003, p. 30), “ uma sólida formação humana relaciona-se diretamente com
sua emancipação como indivíduo social, sujeito histórico em nossa sociedade”. Para esse novo
cidadão do mundo, a formação é de suma importância, seja ela formação inicial ou continuada.
A formação continuada é responsável pela formação profissional e cultural do indivíduo e da
coletividade escolar, compreendendo as condições de transformação da população em povo, como
uma coletividade de cidadãos, como seres sociais em condições de inserirem nas mais diversas
formas de sociabilidade que o mundo globalizado dispõe e impõe.
A formação de Gestores, segundo Estevão (2002, p. 96), “deverá levar em consideração o
educador e não apenas um gestor de processos”. Para o autor, a autoridade será legitimada não
tanto pela sua habilidade em manusear técnicas de gestão, mas pelo seu perfil de pessoa educada
e educador, capaz de reconhecer e dar poder a outros autores, dentro do pressuposto de que o
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objetivo de uma política democrática não é erradicar o poder, mas multiplicar os espaços em que as
relações de poder estarão abertas à contestação democrática.
No que se refere aos Professores, a formação continuada permitirá um constante
aperfeiçoamento, o que possibilitará estar vivenciando as mudanças ocorridas na educação devido à
evolução da sociedade para poder aplicá-las com seus alunos e assim garantir um ensino de
qualidade.
A Equipe Pedagógica deverá estar constantemente se aperfeiçoando, para que possa dar
subsídios aos professores com sugestões de métodos e técnicas de ensino visando sanar
dificuldades de aprendizagem.
Assim também a Equipe Técnico-administrativa e os Auxiliares de Serviços Gerais necessitam
de capacitação continuada para que possam exercer sua função com eficiência, mesmo porque, em
primeiro lugar, eles também são educadores porque fazem parte da sociedade humana, que é
essencialmente educadora. Por isso não escapam do papel de educadores na escola, com funções
distintas, mas educativas, sejam elas de nível ambiental, alimentar, cultural, entre outras.
Nesse sentido, uma formação nestes moldes pressupõe um gestor e uma equipe pedagógica
conscientes da possibilidade de desenvolvimento e aprimoramento contínuo das capacidades de
todos os envolvidos na prática educativa, seja por meio da experiência vivida na escola ou por meio
da formação continuada. O que, sem dúvida, poderá se refletir nem maiores e mais significativas
chances de se implementar na escola uma aprendizagem consciente e emancipadora.
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5.4 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA
Quando se busca uma nova organização de trabalho pedagógico, está se considerando
que as relações de trabalho, no interior da escola, deverão estar calcadas nas atitudes de
solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição á organização regida
pelos princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. Há uma
correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos, as tensões, as rupturas,
propiciando a construção de novas formas de relação de trabalho, com espaços abertos á reflexão
coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos
envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder. A esse respeito, Machado
assume a seguinte posição: ”O processo de luta é visto como uma forma de contrapor-se á
dominação, o que pode contribuir para a articulação de práticas emancipatórias”(1989, p.30).
A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O fulcro para a
realização dessa tarefa será o empenho coletivo e isso implica fazer rupturas com o existente para
avançar.
5.4.1 Funções do Diretor:
Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; responsabilizar-se pelo patrimônio público
escolar recebido no ato da posse; coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do
Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; implementar a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais; coordenar a elaboração do plano de Ação Do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar,
dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; elaborar os planos de aplicação
financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital
público; prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e
fixando-os em edital público; coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após,
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encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação; garantir o fluxo de
informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;
encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando
necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar; deferir os requerimentos de matrícula; elaborar,
juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as orientações da
Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo
ao Núcleo Regional de Educação para homologação; acompanhar, juntamente com a equipe
pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de
conteúdo aos discentes; assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades
estabelecidos; promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito
escolar; propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após
aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;
participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar
para aprovação; supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e
padrões de qualidade nutricional; presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente; definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-
administrativa e equipe auxiliar operacional; articular processos de integração da escola com a
comunidade; solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria
de Estado da Educação; organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em
Educação Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da
carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado
de Educação, contida no Plano de Curso; participar, com a equipe pedagógica, da análise e
definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, juntamente com a comunidade escolar; cooperar com o cumprimento das orientações
técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;
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Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilinguístico da
língua Estrangeira Moderna, pelos Centro de línguas estrangeiras modernas – CELEM; disponibilizar
espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas
diferentes áreas da Educação Especial; assegurar a realização do processo de avaliação
institucional do estabelecimento de ensino; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; assegurar o
cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação /MEC – FNDE; cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
5.4.2 Funções do Diretor Auxiliar:
O Diretor Auxiliar tem como função: auxiliar assessorar o diretor em todas as suas atribuições
e substituí-lo na sua falta ou por algum impedimento, zelar pelo bom andamento das atividades e da
disciplina; informar à direção sobre todos os fatos ocorridos no funcionamento do estabelecimento
em sua ausência; detectar problemas que por sua natureza, exijam deliberação superior.
5.4.3 Funções do Pedagogo:
As funções dos Professores Pedagogos no interior da escola são amplas. Na medida do
possível, os mesmos procurarão cumpri-las, mas algumas delas acabam ficando de lado. Os
Pedagogos da escola são o elo de ligação entre alunos, professores e direção, buscando sempre a
melhoria no processo ensino-aprendizagem. Para isso, buscarão conforme Edital nº 10/2007 –
GS/SEED sobre a função do Pedagogo: Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a
efetivação do Projeto Político-Pedagógico, do Plano de Ação da Escola, da Proposta Pedagógica
Curricular da Escola e do Regimento Escolar, a partir das Políticas Educacionais da SEED/PR e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; promover e coordenar reuniões pedagógicas para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de
propostas de intervenção na realidade da escola; participar e intervir, junto à direção, da
organização do trabalho pedagógico escolar; sistematizar atividades que levem à efetivação do
processo ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando;
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intervir na elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do
horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade, no preenchimento do Livro Registro de
Classe de acordo com as Instruções Normativas da SEED; participar do processo de aquisição
de livros e periódicos; orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente; subsidiar
o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência; organizar a hora-atividade dos professores da escola, sempre
que possível, visando garantir esse espaço-tempo em função do processo pedagógico; atuar, junto
aos professores, na elaboração de propostas de recuperação de estudos; organizar a realização dos
Conselhos de Classe a fim de se visualizar as dificuldades encontradas pelos alunos e viabilizar
formas de saná-las através da elaboração de propostas de intervenção; informar ao coletivo da
comunidade escolar os dados do aproveitamento dos alunos; promover a construção de estratégias
pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de
ampliação do compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais existentes no
interior da escola.
5.4.4 Funções dos Docentes:
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.
Compete aos docentes: participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho
Escolar; elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento
de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais; participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos
livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento
de ensino; elaborar seu Plano de Trabalho Docente; desenvolver as atividades de sala de aula,
tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; proceder à reposição dos
conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o
calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno; proceder à avaliação
contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas
de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
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Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;
participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades
acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à
identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos
serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; participar de processos
coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do
processo ensino e aprendizagem; participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de
diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-
cultural, entre outras; viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de
ensino e aprendizagem; participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala
de Recursos e de Contra- turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de
intervenção educativa; estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística; participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-
se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania; zelar pela freqüência do aluno à
escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica; cumprir o calendário escolar,
quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; cumprir
suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de
atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED;
manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria
escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;
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Participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as
famílias e a comunidade; desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo; dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação
educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa; participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; comparecer ao
estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas
extraordinárias, quando convocado; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar
da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; cumprir e fazer cumprir o disposto no
Regimento Escolar.utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem
de cada jovem, adulto e idoso; atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva
e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela SEED;
5.4.5 Funções da Equipe Auxiliar Operacional:
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,
preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e
supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do
ambiente escolar e de seus utensílios e instalações: zelar pelo ambiente físico da escola e de suas
instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente; utilizar o material de
limpeza sem desperdícios e comunicar à direção,com antecedência, a necessidade de reposição
dos produtos; zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade
à direção; auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e de
término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela
direção; atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias
ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;
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Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas, e
outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar; auxiliar os
alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação durante o recreio,
atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro; auxiliar
nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares; cumprir
integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que
autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional; coletar lixo de todos os ambientes
do estabelecimento de ensino,dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias; participar
da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais
de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de
trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem
à especificidade de sua função.
São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de ensino:
zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária em vigor; selecionar e preparar a merenda escolar balanceada,
observando padrões de qualidade nutricional; servir a merenda escolar, observando os cuidados
básicos de higiene e segurança; informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade
de reposição do estoque da merenda escolar; conservar o local de preparação, manuseio e
armazenamento da merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor; zelar pela organização
e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda escolar; receber, armazenar e prestar
contas de todo material adquirido para a cozinha e da merenda escolar; cumprir integralmente seu
horário de trabalho e as escalas previstas,respeitado o seu período de férias; participar de
eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado
pela direção, visando ao aprimoramento profissional; auxiliar nos demais serviços correlatos à sua
função, sempre que se fizer necessário; respeitar as normas de segurança ao manusear fogões,
aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração; participar da
avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
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Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais
e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar das atribuições decorrentes do
Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.
5.4.6 Funções da Equipe Técnico-Administrativo:
O técnico-administrativo que atua na secretaria como secretário(a) tem como função:
conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; cumprir a legislação em vigor
e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal
do estabelecimento de ensino; cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas
da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
distribuir as tarefas decorrente dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos;
receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; organizar e manter atualizados a
coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais
documentos; efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência
e conclusão de curso; elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes; encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os
documento que devem ser assinados; organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e
conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da
regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por
qualquer irregularidade; manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado; organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,
referentes à sua estrutura e funcionamento; atender a comunidade escolar, na área de sua
competência, prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar; zelar
pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; orientar os
professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da
freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
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secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar; organizar o livro – ponto de professores e funcionários, encaminhando
ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio; secretariar os Conselhos de Classe e
reuniões, redigindo as respectivas Atas; conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos
recebidos; comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria
da escola; participar de eventos, cursos,reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; auxiliar a
equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no Sistema de Controle e
Remanejamento dos Livros Didáticos; fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da
secretaria escolar, quando solicitado; participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais
e com os demais segmentos da comunidade escolar; participar das atribuições decorrentes do
Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.
Compete aos técnicos- administrativos que atuam na secretaria do estabelecimento de
ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a): cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; atender a comunidade escolar e
demais interessados, prestando informações e orientações; cumprir a escala de trabalho que lhe for
previamente estabelecida; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função; controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os
mesmos a quem de direito; organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do
seu setor; efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar,
Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
Organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;
classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de
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expedientes; realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado; coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação
escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado; executar trabalho de
mecanografia e digitação; participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar
pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e
promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com
os demais segmentos da comunidade escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do
Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico-administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do
estabelecimento de ensino: cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,
assegurando organização e funcionamento; atender a comunidade escolar, disponibilizando e
controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio; auxiliar na implementação
dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;
Auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros; encaminhar à
direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários;
zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; registrar o acervo bibliográfico e dar
baixa, sempre que necessário; receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos
da biblioteca; manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua
manutenção; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático; participar da avaliação institucional, conforme
orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;exercer as demais atribuições
decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Há em nosso Estabelecimento de Ensino, uma interação entre as instâncias administrativas e
pedagógicas, no sentido de se promover um trabalho coletivo, visando o bom andamento da
instituição, visto que não existem individualidades na escola, uma vez que ela deve ser um todo, um
local onde todos trabalham visando um mesmo fim, que é o de se obter uma educação de qualidade.
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5.5 Participação dos pais na escola
A Família e a escola têm, na sociedade atual, tarefas complementares, apesar de distintas em
seus objetivos, metodologia de abordagem e campo de abrangência.
Cabe á família a tarefa de estruturar o sujeito em sua identificação, individualização e
autonomia. Isso vai acontecendo á medida que a criança vive o seu dia a dia inserida em um grupo
de pessoas que lhe dá carinho, apresenta o funcionamento do mundo, oferece suporte material para
suas necessidades, conta histórias, fala sobre as coisas e os fatos, conversa sobre o que sentem e
o que pensam, ensina a arte da convivência.
Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo,
no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades
que a aproximam desta mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar
uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo.
Em nossa realidade cotidiana a participação dos pais ou responsáveis não é constante,
porém, quando necessitamos sempre podemos contar com a colaboração dos mesmos
As duas instituições, família e escola, quanto mais se diferenciam, mais necessitam uma da
outra.
Para a articulação e participação da família e da comunidade nesta instituição escolar, serão
realizadas reuniões semestrais de acompanhamento, palestras, festividades, atividades artísticas
envolvendo-os juntamente com os alunos, grupos de estudos com pais, etc.
Mas em situações que envolvem problemas com procedimentos indisciplinares, de higiene, de
acompanhamento escolar e da saúde física e mental, as famílias e a comunidade, junto com os
pedagogos, devem ir construindo juntos as alternativas de mudança. A troca de informações
possibilita a descoberta de significados comuns, na tentativa de se encontrar soluções para os
problemas.
Porém, com o cuidado especial a ser tomado quando se observar uma família é o de não ir com
um modelo daquilo que a família “deve” ou não “deve” fazer. Não se deve ir com soluções prontas,
pois além de ineficiente isto desconsidera a capacidade da família de encontrar soluções para os
seus problemas, dentro do mundo em que vivem, com suas possibilidades e limitações.
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5.6-CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE
A docência competente somente se configura na prática persistentemente inquirida pela
reflexão pessoal e pelo discurso argumentativo na comunidade da profissão de forma a tornar-se
práxis de vida. Ela não é realizada, por outra parte, senão na referência e no confronto da
aprendizagem dos alunos. Não há, de fato, docência, ela não é cumprida, sem a efetiva
aprendizagem por parte dos alunos, mais ainda, sem que por meio dela também o professor
aprenda na relação diagonal com o outro.
Nessas perspectivas, ser professor significa exercer o domínio de seu específico campo
e processo de trabalho, passo a passo e a qualquer momento, o que requer trabalhar com rigor
científico dos conhecimentos que faz seus e com os meios materiais e instrumentais de que se
apropria na capacidade de elaborá-los ou de reconstruí-los segundo exigências de sua proposta
pedagógica e a esse cabedal de conhecimentos e habilidades técnicas é importante que o professor
acrescente uma competência comunicativa muito própria, que corresponda ao caráter
eminentemente dialogal de seu fazer pedagógico. Tudo isso, porém, muito pouco significa sem a
paixão pelo homem. Só ela faz a educação.
O autêntico professor acredita no homem que está no aluno, a quem busca conferir o
imenso privilégio de acreditar em si, desde a segurança afetiva até as capacidades adquiridas.
As contradições e conflitos existentes na prática docente serão minimizados com:
Um projeto político – pedagógico, cuja marca seja a permanente redefinição conceitual, por parte
da comunidade escolar (interna e externa),sobre o que entende ela por: conhecimento,
sociedade, educação, escola, ensino -aprendizagem, a educação que quer e para que, isto é
uma ética de valores a serem seguidos;
Uma programação para o curso dos estudos na escola, em que se relacione a processualidade
do ensino – aprendizagem em cada ano, ou série, e para cada turma de alunos, na linha
conceitual da escola;
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Um programa de atuação integrada da equipe discente e docente, em que as disciplinas e os
temas não apareçam isolados, nem os alunos e professores atuem cada um por si, mas os
conceitos trabalhados correlacionem-se em decorrência da aprendizagem deles, desde as
aplicações simples, lineares, até a exploração autônoma das possibilidades que a ele se
estabelecem;
Redução do número de alunos por turma (em sala de aula),
Articulação entre educadores dos diferentes níveis e modalidades de ensino,
Melhor qualificação docente e de todos os sujeitos que fazem parte do processo pedagógico
Superação da idéia de avaliação para passar de ano, no vestibular ou de uma avaliação
competitiva, punitiva, meritocrática;
Garantia das condições materiais necessárias ao desenvolvimento do processo ensino –
aprendizagem.
O trabalho pedagógico será organizado de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para
cada disciplina, tendo sempre o aluno como alvo principal e como meta reconhecer que as
aprendizagens são constituídas na interação entre os processos de conhecimento, linguagem e
afetividade, como conseqüência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes
do contexto escolarizado, através de ações inter e intra-subjetivas; as diversas experiências de vida
dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, para que sejam capazes de
protagonizar ações solidárias e autônomas de constituição de conhecimentos e valores
indispensáveis à vida cidadã.
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5.7 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
O critério de formação das turmas ocorre de acordo com o número de alunos
matriculados, cabendo à secretaria fazer a distribuição em turmas por período e série no Ensino
Fundamental e Ensino Médio. Essa formação das turmas é repassada à Equipe Pedagógica que
juntamente com os professores analisa- as e faz as alterações necessárias referentes à separação
de alunos. Quando iniciam- se as aulas os professores tem o prazo de uma semana para rever a
listagem da turma e fazer, se necessário for, mais algum remanejamento. Estes são repassados
novamente à secretaria para a elaboração da listagem final com a organização definitiva das turmas.
5.8ORGANIZAÇÃO DA HORA- ATIVIDADE:PROBLEMAS E POSSIBILIDADES
A hora –atividade é o tempo específico que o professor tem garantido por lei, para fazer suas
atividades de preparação de aulas, formulação / correção de provas e outras atividades que poderão
ser utilizadas em sua regência em classe.
Deverá ser cumprida pelo docente na escola onde leciona,25% desta hora - atividade será
destinada a estudos com acompanhamento da equipe pedagógica: Leitura de textos relacionados
com a disciplina lecionada pelo professor, debates sobre textos e/obras relacionadas ao contexto
pedagógico: avaliação, indisciplina, Inclusão, etc.
A hora-atividade, ou seja, o percentual de 20% da carga horária sobre o total de horas
assumidas pelo professor em efetiva regência de classe, que foi instituída pela Resolução
nº 305/200, será na referida escola, o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para
estudos, avaliação, planejamento ou atendimento aos pais, alunos e comunidade, terá para tanto,
sua organização, de acordo com as exigências que venham favorecer o trabalho pedagógico,
procurando promover o encontro por disciplina.
Quando da impossibilidade do encontro por área, série ou disciplina, a hora-atividade será
organizada por professor, de uma forma mais individual.
A hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, priorizando-se o
encontro de todos que trabalham na mesma área do conhecimento para planejamento,
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desenvolvimento de ações voltadas para o enfrentamento de problemáticas diagnosticadas na
instituição e reflexões para implementação de projetos e ações visando a melhoria da qualidade do
ensino. Assim também, deve ser um espaço para se planejar, executar e avaliar as ações a serem
desenvolvidas nesse período de estudos, garantindo ainda a carga horária necessária para que o
professor realize atividades pedagógicas individuais e correção de atividades discentes. Bem como,
a seu critério, atender alunos de horário oposto para sanar dúvidas ou dificuldades encontradas em
sala.
5.9 A ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO E DO
MUNICÍPIO
Entender a escola supõe entender as cabeças dos que a fazem no dia-a-dia, isto é, as
mais recônditas razões que os movem. Qual o imaginário individual e grupal dos alunos? Quais as
expectativas dos pais? E a dos professores? O que significa a escola na cultura em que se insere?
Que aprendizagens sociais acham-se pressupostas nas intenções dos que criam a escola da
escola?
A história da instituição não se constitui em sucessão de fatos, mas em construção e
circulação de sentidos, exigentes não de descrição causal, mas de compreensão na rede de
articulações no imaginário social, isto é, naquilo que as pessoas imaginam ser a realidade.
A escola justifica sua existência e torna válida sua atuação ao traçar sua proposta
pedagógica no livre consenso dos nela interessados e por ela solidariamente responsáveis e ao
propiciar-lhe as condições de efetividade com eficiência. No entanto, faz-se necessário torná-la
efetiva e eficaz na estrutura organizacional , na dinâmica curricular, na processualidade das práticas
educativas referidas á sistematização das aprendizagens, na especificação dos conteúdos das
aprendizagens pretendidas, no pleno aproveitamento das virtualidades dos recursos e das
metodologias disponíveis e, sobretudo, na mediação da docência em sala de aula, por onde se
cumpre a forma escolar da sistematização das aprendizagens necessárias á co-cidadania de todos,
solidária, responsável, construtiva de novas formas de convívio.
A aprendizagem escolar dá-se, por isso, em uma instância que supõe sujeitos diferenciados á
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busca de se entenderem sobre si mesmos e sobre seus mundos e que, desde suas situações
desiguais, progridem na direção da igualdade da relação política, em que se constituem em
cidadãos – sujeitos sigularizados capazes de conduzirem-se com a autonomia exigida por suas
responsabilidades.
A escola enquanto instituição enfrenta os seguintes problemas:
Turmas e salas de aulas muito numerosas;
Falta de funcionários nos diversos setores (equipe pedagógica, biblioteca,
principalmente);
Falta de comprometimento dos profissionais da educação;
Falta de investimento nos recursos humanos e físicos da escola;
Ausência de uma garantia para melhores condições de trabalho, visando a
ampliação do número de professores, funcionários e equipe pedagógica e a diminuição do
número de alunos por sala de aula;
Falta de uma política de prevenção de doenças e acidentes de trabalho com
garantia de atendimento e tratamento, com afastamento médico para todos os trabalhadores
em Educação;
Falta de profissionais habilitados para atuar em todos os níveis e modalidades
de ensino;
Falta de espaços alternativos na escola, inclusive de utilização pela
comunidade;
Falta de segurança / manutenção no espaço físico escolar;
Falta de disponibilidade de coordenações por área de conhecimento;
Falta de espaço e disponibilidade para projetos especiais em
contra - turno;
Despreparo dos profissionais para o atendimento dos alunos inclusos;
Precariedade nos espaços físicos e nas adaptações para receber alunos
portadores de necessidades especiais;,
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6. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, ESCOLA, ENSINO
– APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO
A educação como uma prática social, não pode restringir-se a ser puramente livresca,
sem compromisso com a realidade local e com o mundo em que vivemos. O conhecimento é tanto
mais eficiente quanto se fizer na prática e levar a uma prática coerente e consciente. Assumindo um
compromisso claro e confirmação continuamente na prática da sala de aula, no sentido de um
esforço constante que contribua para a eliminação da miséria e da fome e para a construção de uma
sociedade mais justa.
Com isso, a finalidade da educação escolar é a transmissão sistemática dos conteúdos
de ensino, os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela humanidade, de
modo a assegurar que os alunos se apropriem ativamente e possam reelaborar novos
conhecimentos, processando uma crítica não abstrata, mas embasada na compreensão científica do
real. Os conhecimentos traduzem- se nos instrumentos que possibilitam aos seres humanos não se
submeterem passivamente às leis da natureza, mas interferirem nelas, dominando os seus
princípios e transformando- os a fim de colocá- los a serviço da sobrevivência da melhoria das
condições de vida.
A elaboração do conhecimento, a educação escolar implica num conjunto de tarefas que
exigem a identificação das formas mais desenvolvidas do saber objetivo numa perspectiva histórica
e crítica, a “tradução” deste saber em saber escolar através da seleção e organização dos
conteúdos.
Para isso acontecer é necessário uma Concepção Curricular na qual os conteúdos
sejam reais e dinâmicos, permitindo a redescoberta e a reconstrução por parte do aluno e onde os
limites e as possibilidades da prática docente se utilizem de métodos ativos, promovendo a
cooperação e a solidariedade.
Utilizando recursos atuais e abrangentes, abrindo novas possibilidades; onde todos os
envolvidos no processo educativo visem os mesmos objetivos, com compromisso ético e
comprometimento com a escola. Que deve assegurar a re- apropriação do conhecimento, onde as
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diferenças são consideradas, por meio dele ocorre a mudança na condição humana pois o indivíduo
adquire o saber, e passa a ver o mundo e a si mesmo de outro ponto de vista, consequentemente
elemento transformador de seu mundo.
Para a escola trabalhar a diversidade há que se contar com a participação consciente e
responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: professores, familiares e
membros da comunidade. Debatendo idéias, contextualizando situações, respeitando e valorizando
as individualidades, o que atualmente chamamos de Gestão Democrática.
Para a construção de uma escola inclusiva implica em transformações no contexto
educacional: transformações de idéias, de atitudes, e da prática das relações, tanto no âmbito
político, no administrativo, como no didático-pedagógico.
O processo de mudança tem um ponto decisivo por onde iniciar: a construção do
projeto político pedagógico. Seu desenvolvimento requer reflexão, organização de ações e a
participação de todos, afim de uma formação integrada, reafirmando sua identidade.
A medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade
da qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a
serem alcançados por meio da ação educacional, a escola passa a ser sentida como ela realmente
é: de todos para todos.
As pessoas são diferentes, têm necessidades diversas, deve- se garantir condições
apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as
oportunidades existentes. O aluno não pode se adaptar a escola e sim a escola se adaptar ao aluno.
A proposta deve comportar esses alunos com necessidades. Seja com material de
apoio, seja com contra- turno, trabalho diversificado, cursos preparatórios para professores
(formação continuada). Adequar o currículo ao aluno, flexibilizando para suas reais necessidades.
A escola deve ser um espaço que favoreça, a todos os cidadãos , o acesso ao
conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do
conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da
cidadania. Desta maneira, deve organizar- se de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte
em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno.
Em outras palavras, estamos fazendo inclusão quando garantimos a qualidade de ensino
educacional a cada um de nossos alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo
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a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver
organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência,
condição social, ou qualquer outra situação, um ensino significativo, garantindo o acesso ao conjunto
sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados. Tendo o aluno como sujeito
de direito e foco central de toda ação educacional, garantindo a sua caminhada no processo de
aprendizagem e de construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania.
Deste modo o papel da escola pública na atualidade é “tudo”. Aquela que forma
sujeitos críticos, responsáveis, que trabalhe para que o aluno pense, seja mais humano sem ser
manipulado, que faça as escolhas certas. Uma escola que não promova a competição a
desigualdade dentro e fora dela, que qualifique e promova o desenvolvimento integral do aluno, uma
escola que promova a cultura.
O papel da escola na sociedade só será re- significado na medida em que cada um
escola/família assuma a responsabilidade. A escola deve tornar- se atraente, convidativa onde os
alunos não queiram pular os portões para fora, e sim o inverso.
6.1.Concepção de Homem: Tendo em vista que o homem é um indivíduo biopsicossocial,
caracteriza- se por um desenvolvimento contínuo ao longo de toda a sua existência. Entretanto, a
profunda segmentação social, concentração de rendas, níveis elevados de pobreza, tanto cultural,
quanto financeira, falta de acompanhamento familiar na educação, devido à necessidade de
sobrevivência, dentre outros, fazem com que o mesmo chegue até a escola desprovido de
perspectivas para o futuro, principalmente de valorização do conhecimento e da própria educação.
Diante desta realidade, cabe à escola formar um ser dinâmico e crítico, que descubra e evolui
enquanto cresce, estando em constante mudança. Para tanto, deve conhecer e vivenciar seus
direitos e deveres, ter clareza, segurança para fazer opções. É necessário, também, que lhe seja
dado à oportunidade e o espaço para o desenvolvimento do senso crítico, pois será graças a essa
consciência, que o mesmo assumirá cada vez mais o papel de sujeito transformador, escolhendo e
decidindo com liberdade. Também é tarefa da escola saber trabalhar com emoções, motivações,
valores e atitudes do sujeito em relação ao outro, reafirmando, assim, suas responsabilidades e
compromissos enquanto agente social.
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6.2 Concepção de sociedade e do mundo: A educação deve ser compreendida dentro da
sociedade, como também do mundo, no qual está inserida. Por este prisma, sendo considerada
como um processo transformador é necessário enquadrá-la na sociedade, com seus determinantes
e condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização, estando a serviço
de um projeto de libertação das maiorias que são oprimidas.
“A sociedade é toda ela uma situação educativa; dado à vivência entre os homens, é
condição da educação. A ação desenvolvida entre os homens os educa e, ao interagirem, educando-
se entre si, os homens formam a sociedade.” (Kruppa, Sônia M. Portela, 1994, pág. 12).
Contudo, apesar da educação ocorrer em todas as sociedades, não se apresenta nelas
de forma única. O que ocorre de fato são educações, uma vez que as experiências de vida dos
homens, suas necessidades e condições de trabalho apresentam-se de formas diferentes. Diante
disso, a compreensão de sociedade, exige a análise de como os homens produzem sua
subsistência, como transformam a natureza em produtos úteis para sua sobrevivência, ou seja, o
seu modo de produção, para que a mesma venha a cumprir com eficácia um papel de mediação
num projeto democratizador da sociedade.
“Do ponto de vista prático, trata-se de retomar vigorosamente a luta contra a seletividade,
a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade,
através da escola, significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da
melhor qualidade possível nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica da
educação é dar s ubstância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja
apropriada e articulada com os interesses dominantes.” (Saviani, Demerval, 2008. Pág.31).
6.3 Concepção de ensino, conhecimento e aprendizagem :
Por muito tempo a Pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo que como
decorrência, estaria valorizando o conhecimento. Posteriormente, o ensino ganhou autonomia em
relação à aprendizagem, criaram- se métodos próprios, relegando- se o processo de aprendizagem
para segundo plano.
Atualmente, o processo de ensino e aprendizagem caminha de forma paralela,
fazendo- se necessário utilizar métodos diferenciados para a aprendizagem e valorizando- se o
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conhecimento empírico e o conhecimento adquirido. O conhecimento não é algo situado fora do
sujeito, nem tão pouco algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade exterior, dos
demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais. É, antes de tudo, uma construção
histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, epistemológica, cultural e
psicológica, entre outros.
A realidade torna- se conhecida quando se interage com ela, modificando- a física e
mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados,
permite também construir novas possibilidades de ação e conhecimento. Nesse processo de
interação do sujeito com o objeto a ser conhecido, o primeiro constrói representações, que
funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna que faz sentido
para o sujeito. Essas idéias, construídas e transformadas ao longo do desenvolvimento, fruto de
aproximações sucessivas, são expressões de uma construção inteligente por parte do sujeito. No
entanto, muitas vezes são incoerentes aos olhos de outros sujeitos que as interpretam como erros.
A tradição escolar – que não faz diferença entre erros integrantes do processo de
aprendizagem, erros construtivos, e simples enganos ou desconhecimentos – trabalha com a ideia
de que a ausência de erros na tarefa escolar é a manifestação da aprendizagem. Hoje, o erro
construtivo é interpretado como algo inerente ao processo de aprendizagem e fator de ajuste da
ação pedagógica.
O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado processo de
construção, modificação e reorganização, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os
conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade
depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de
desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é,
a ação pedagógica deve se ajustar a o que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua
aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação educativa. Por mais que o professor, os
companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a
aprendizagem se realize nada pode substituir a atuação do aluno
na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem vai modificar
enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de ação e
interpretação.Conceber o processo de aprendizagem da interação com o meio social
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e,particularmente, com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores co- participam, ambos com uma influência
decisiva para o êxito do processo.
A abordagem construtivista afirma um papel mediador dos padrões culturais, para
integrar, num único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual, à
pertinência cultural, à construção de conhecimentos e a interação social.
A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa entre
professor e aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais, influenciam o processo de
construção de significado e o sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares.
As construções do conhecimento sobre os conteúdos escolares, sofrem influencia das
ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de comunicação, dos pais,
irmãos, amigos, das atividades de lazer e outras mais. Dessa forma, a escola precisa estar atenta às
diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam a aprendizagem significativa.
As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas na medida em
que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos
previamente construídos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do
aluno.Se a aprendizagem for uma experiência bem-sucedida, o aluno constrói uma representação
de si mesmo como alguém capaz de aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o
ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se
transformará em medo, para o qual a defesa possível e a manifestação de desinteresse.
As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam a
conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem considerados, provocam
mudanças significativas no diálogo entre ensino e aprendizagem e repercutem de maneira positiva
no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que
fazem e ao que aprendem. É um processo de interação, onde o professor e o aluno são sujeitos do
processo de ensino-aprendizagem, visando à formação ampla do cidadão.
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6.4 Concepção de Educação/Escola:“Educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus
membros à sua imagem e em função de seus interesses; consequentemente, educação é formação
do homem pela sociedade, ou seja, o processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o
desenvolvimento do ser humano, no intento de integrá- lo no modo de ser social vigente e de
conduzi- lo a aceitar e buscar os fins coletivos.” (Pinto, 1994, pág. 29-30).
Assim sendo, a escola é reflexo da sociedade que temos, e, nesta perspectiva de
realidade, pretendemos uma educação abrangente informatizada em todos os aspectos necessários,
para integração do ser humano como ser social, globalizado, crítico, com múltiplos olhares, no
exercício da cidadania, sendo papel da educação preparar o ser humano para um melhor
ajustamento dentro dos padrões da contemporaneidade. O homem durante toda sua existência
possui capacidade de aprender, ensinar, trocar experiência e produzir conhecimento, modificando
sua cultura e sua atuação como ser crítico e social. A educação está diretamente ligada ao
desenvolvimento integral do indivíduo que acontece no processo de socialização no contexto
escolar, nas relações sociais, culturais e econômicas. Por isso, a mesma deve ver o ser humano
como um ser biológico e psicossocial, em constante adaptação, que constrói sua personalidade nas
relações sociais e culturais.
Visa- se uma educação participativa onde os professores se reúnam para discutir e
planejar assuntos, fazer projetos multidisciplinares e avaliação conjunta; uma educação para a
diversidade, étnica racial e gênero; valorização do lúdico, uma educação com visão de futuro.
Tornando- se tudo muito bonito no papel. Para realizarmos uma prática pedagógica competente e
socialmente comprometida, é necessário ter clareza da função da escola e do tipo de cidadão que
queremos formar.
A escola deverá ser valorizada como instrumento de apropriação do conhecimento
cientifico, formando cidadãos que aspirem melhores padrões de vida e de emprego, visando à
formação de pessoas mais aptas a assimilar mudanças, mais solidárias e que superem a
segmentação social.Nesta perspectiva, o ensino tem o sentido de possibilitar o educando a
compreender, o usufruir e transformar a realidade na qual está inserido.
A escola propiciará ao corpo docente a autonomia de aplicar sua capacidade didática,
em forma diversificada, estimulando inovações, inspirado na estética da sensibilidade e
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cumplicidade na capacidade de todas para aprender na busca de uma política de igualdades.
A escola deve ser um meio, uma ferramenta a mais no processo educativo do aluno,
sendo de qualidade, transformadora, construtiva e que auxilie o aluno a construir seus
conhecimentos de forma significativa.
6.5 Gestão Democrática
A gestão democrática da escola e, de todo sistema educacional, apresenta- se como
mais uma dentre outros desafios para a construção das novas relações sociais, constituindo um
espaço público de decisão e de discussão. A superação da cultura de gestão autoritária só vai
acontecer com o debate e a construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via
conselhos de escola, conselhos de classe, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões
pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí- la.
Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os
dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.
Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua identidade como
espaço – tempo pedagógico com organização e projeto político próprio, com base nas convicções
que envolvem o processo como construção coletiva, supõe e exige:
*** Definição clara de princípios e diretrizes contextualizadas, que projetem o vir – a – ser da escola;
*** Envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar a utopia pedagógica que
rompe com os individualismos e estabelece a parceria e o diálogo franco;
*** Conhecimento da realidade escolar baseado em diagnóstico sempre atualizado e acompanhado;
*** Análise e avaliação diagnóstica para criar soluções ás situações – problema da escola, dos
grupos, dos indivíduos;
*** Planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas, claras e exequíveis
e crie consciência coletiva ;
*** Clarificação constante das bases teóricas do processo com revisão e dinamização contínuas da
prática pedagógica á luz dos fundamentos e das diretrizes do currículo, da metodologia, da
avaliação, dos conteúdos, das bases de organização escolar, do regimento, dos mecanismos de
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participação, do ambiente e do clima institucional, das relações humanas, dos cronogramas de
estudos e de reuniões etc;
*** Atualização constante do pessoal docente e técnico inserida num processo de formação
continuada;
*** Coordenação administrativo – pedagógica competente e interativa que estimule, planeje,
comande, avalie, apóie e dialogue sempre, continuamente.
A gestão da escola é traduzida como um ato político, porque implica sempre uma tomada de
posição dos atores sociais. Assim sendo, sua construção não pode ser individual, mas coletiva,
envolvendo os diversos atores na discussão e na tomada de decisões.
A gestão democrática, é uma prática cotidiana que contém os princípios da reflexão, da
compreensão e da transformação que envolve, necessariamente a formulação de um Projeto
Político-Pedagógico libertador.A participação pode ser entendida como um processo complexo que
envolve os vários cenários e múltiplas possibilidades de organização, pois não existe apenas uma
forma ou lógica de participação, uma vez que há dinâmicas que se caracterizam por um processo de
pequena participação e outras que se caracterizam por efetivar processos em que se busca
compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os
diferentes segmentos da comunidade escolar.
Entretanto, para que a participação seja realidade, são necessários meios e condições
favoráveis, porque é preciso repensar a cultura escolar e os processos, normalmente autoritários, de
distribuição do poder no seu interior.
Assim, por uma gestão democrática entendemos a garantia de mecanismos e condições para
que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram.
A LDB dispõe que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da
escola;
II - participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes.
O Projeto Político-Pedagógico, nesse sentido, ocupa um papel central na construção de
processos de participação e na implementação da gestão democrática, pois, ao envolver os diversos
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segmentos em sua elaboração e em seu acompanhamento, é colocado um grande desafio para a
gestão democrática e participativa, por envolver diretamente os diferentes segmentos das
comunidades local e escolar, seus valores, atitudes e comportamentos. Isso porque, a escola é um
espaço de contradições e diferenças.
6.6 CONCEPÇÃO CURRICULAR – o papel do currículo na formação humana do aluno, os
limites e as possibilidades da prática docente
Se entendemos a Escola como espaço de rompimento das estruturas, de construção
de novas relações para uma outra sociedade; se a Escola é o lugar onde se constrói/ aprende/
ensina/ socializa algum tipo de saber, de conhecimento, como educadores precisamos nos
questionar: qual saber deve a escola difundir? Como e a Quem?
O saber escolar constitui- se a partir de escolhas, ideias, opções internacionais que
atendem a determinados fins. Como diz Saviani: “ As idéias variam, cruzam- se, em determinados
momentos avançam, em outros recuam, saem de cena, reaparecem, ostentam- se, dissimulam- se...
a depender da correlação de forças, conforme necessidades e exigências impostas pelas
circunstâncias e pelos atos em movimento, em conflito...” E acrescenta: “ meu ponto de partida é a
noção de que a educação visa instrumentalizar o povo para fins de participação social, ou seja, tem
dupla função: técnica (enquanto dotação de instrumentos, que envolve o como e com que educar –
os meios) e política (enquanto dotação voltada para a participação social, envolvendo o porquê e
para quê educar – os fins)”.
Entendemos que construir um currículo exige uma compreensão de totalidade e
profundidade sobre a função social da escola, revendo sua forma de organização e gestão;
garantindo condições objetivas e subjetivas que visem sua democratização. Não se pode reduzir
currículo a escolha de conteúdos!
Precisamos trabalhar, em cada área do conhecimento, com conteúdos engajados ,
conteúdos que expliquem o mundo físico e social, que recuperem a memória histórica para
construção de um projeto de futuro, que problematizem o presente e, com posicionamento teórico e
político, recoloquem a escola lado a lado das lutas sociais.
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É no currículo que ocorre a determinação destes conteúdos e por isto discutiu- se
coletivamente, a reflexão sobre o quê , para quê e para quem ensinar: este foi o ponto de partida
das discussões entre nós, que fazemos o currículo onde ele realmente acontece, na escola – como
intelectuais comprometidos – e que estamos construindo, no dia a dia, as grandes transformações –
como sujeitos históricos.
Os estudos culturais permitem conceber o currículo como um campo de luta em torno
da significação e da identidade da escola. Sob esta perspectiva, o currículo é um artefato cultural
que como “instituição” é uma invenção como qualquer outra e como “conteúdo” é uma construção
social. Como construção social, o currículo não pode ser compreendido sem que haja uma análise
das
relações de poder que fizeram e fazem com que se tenha a definição determinada de currículo e não
outra, que fizeram e fazem com que o currículo inclua um tipo determinado de conhecimento e não
outro.
Desse modo, o currículo escolar de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino Do Paraná deve apontar horizontes bem definidos,
propostas claras e decisão firme para implementar uma política educacional de qualidade. Assim, o
conceito de currículo remete, necessariamente, à reflexão sobre para que serve, a quem serve e que
tipo de sujeito forma.
Diante disso, o currículo é visto como uma práxis antes que um objeto estático. Mesmo
porque, ele emana de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens necessárias
dos educandos e não se esgota na parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. O
currículo também reagrupa à sua volta uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as
quais o fazer pedagógico na instituição escolar e os saberes a serem socializados.
Diante de sua missão, a escola, através do currículo, passa a trabalhar um projeto de
educação para a vida, devendo ser uma organização que aprenda e que seja capaz de ensinar. O
que exigirá do aluno um comportamento ativo e livre no processo de aprendizagem, dando-lhe uma
sensação de autodireção e decisão.
Conforme a Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96, em seu Art. 27, os
conteúdos curriculares da educação básica serão direcionados no sentido de difundir valores
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fundamentai ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem comum e à
ordem democrática, entre outros.
Nesse sentido, o currículo deve ser entendido como um espaço de construção social que
enfatize precisamente o caráter construído e interpretativo do conhecimento, procurando
proporcionar ao educando os saberes necessários `a sua vida em sociedade; resgatando os valores
fundamentais da vida, do conhecimento e do trabalho, e motivando as pessoas a vivê-los de forma
mais intensa.
Portanto, o currículo é o orientador das práticas educativas na escola e por isso está em
constante mudança devido a fatores de ordem epistemológica – social (mudanças que ocorrem no
campo das ciências) e de também de ordem sistêmica.
Pensamos que uma boa definição de currículo o relaciona a um conjunto de experiências,
organizada pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com
objetivo que os alunos aprendam algo. O eixo do currículo, em torno do qual ele gira, é o
CONHECIMENTO ESCOLAR. A centralidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve
ensinar – este é um pressuposto do qual todos partilhamos
6.7 PRINCÍPIOS NORTEADORES DE ACORDO COM AS DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS
Elencamos, na seqüência, alguns princípios que embasaram nossas reflexões na
construção curricular.
1 – Utilização de ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas áreas
do conhecimento, que sejam capazes de capacitar não apenas os educandos como também os
demais sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretar, se
posicionar e influenciar sobre ela.
2 – Respeito e incentivo á liberdade de pensamento, á discussão, á capacidade
argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no interior da escola.
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3 – Organização de programas através de conteúdos socialmente significativos, permitindo
compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa
interpretação dialética, respeitando as diferentes formas de compreender o mundo, tendo em vista a
construção de uma sociedade mais justa e humana.
4 – Recriminação de práticas desumanizadoras de consumo, competição, desrespeito à vida
e à natureza.
5– Entendimento e respeito aos educandos como sujeitos escolares em movimento,
mostrando a necessidade de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros
escolares.
6 – Compreensão da necessidade de estudo permanente e de formação contínua e
atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender – para desenvolver a autonomia
intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da dominação cultural
burguesa.
7 – Contribuir para que os sujeitos escolares tenham o domínio do conhecimento, o acesso
e a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das ciências, das letras e da
tecnologia.
8 – Oportunizar aos sujeitos escolares o conhecimento, valorização e vivência das
manifestações populares, compreendendo as relações de interdependência entre as culturas e sem
qualificar uma delas como superior.
9 – Vivenciar em sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas pelas populações
do campo, das comunidades indígenas, das populações ribeirinhas e outras, rompendo com a falsa
dicotomia entre o popular e o erudito.
10 – Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural,
para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra os portadores
de necessidades especiais, entre outras.
11 – Incentivo a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação coletiva
nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os órgãos de representação e a
participação efetiva de todos.
12- Contribuir para a concretização de uma aprendizagem permanente, liberta da
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padronização burocrática, com propostas pedagógicas próprias e com qualificação permanente;
13 - Criar oportunidades para permanência do aluno no sistema escolar, através de ensino
fundamental médio universalizado e que desenvolva o máximo suas potencialidades;
14 - Estar preparada para atender com qualidade, clientelas de origens, destinos sociais e
aspirações muito diferenciadas, tornando-as aptas a assimilar mudanças, com mais autonomia em
suas escolhas, superando a segmentação social;
15- Propiciar uma avaliação universalizada, através da prestação de contas, na qual, tanto o
corpo discente como o docente, tenha a oportunidade de expor seus conhecimentos e o seu valor;
16 - Desenvolver todas as capacidades de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos para a formação do individuo.
17- Oportunizar ao educando identificar e valorizar a diversidade cultural e a influência das
etnias na formação da cultura brasileira;
18 -Criar no aluno uma visão provável, possível ou preferível capaz de criar critérios para sua
escolha profissional.
19- Possibilitar ao educando uma visão de análise crítica da sociedade em todas as escalas de
espaço, bem como a participação da Gestão Democrática e prática da cidadania.
6.8 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A compreensão da Educação Especial como parte integrante do sistema educacional
que se realiza, desde a Educação Infantil, até os mais elevados níveis da Educação Superior, é uma
realidade que delineia seus contornos a partir dos movimentos mundiais em favor da inclusão. Ora,
se o princípio filosófico norteador do movimento incluso repousa na idéia de uma escola democrática
e comprometida com os interesses e necessidades de todos os alunos, houve a necessidade do
redimensionamento de práticas dessa modalidade de educação, já que o critério básico de
organização previa locais distintos dos convencionais, para o atendimento especializado.
Além disso, o movimento pela inclusão de todos os alunos não se restringe ao
atendimento daqueles com deficiências, pois decorre dos múltiplos fatores nela envolvidos que
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delimitam os grupos marginalizados e excluídos em cada um dos momentos históricos de
determinada sociedade.
Esses fatores incluem uma ampla rede de significações no entrecruzamento de
diferentes olhares e formas de se efetivar esse processo; é na inter-relação de concepções e
práticas que envolvam o eu, os outros e as instituições sociais é que se definem os grupos-alvo da
inclusão.
Dito isso, fica claro que políticas e práticas de inclusão não tem um significado único e
consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores.
Com a mudança de concepção sinalizada na lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela inclusão social, aponta-se uma
ressignificação da Educação Inclusiva, ampliando-se não apenas a sua abrangência desde a
Educação Infantil até o Ensino Superior, bem como o público-alvo a que se destina: alunos com
necessidades educacionais especiais.
Entende-se Educação Inclusiva como uma proposta pedagógica, que assegura um
conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de
modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, organizados para apoiar,
complementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a
educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da
educação.
Como modalidade da Educação Básica, a educação inclusiva considerará as situações
singulares, os perfis dos estudantes, as características bio-psicossociais dos alunos e sua faixas
etárias e se pautará em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
A dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de
estudo, de trabalho e de inserção na vida social;
A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização
das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no
processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores,
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atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;
Uma educação inclusiva, neste caso, busca resgatar valores humanos de
solidariedade, de colaboração e, sobretudo, de assegurar o direito à igualdade de direitos que por
séculos foram negados a esse grupo de pessoas pelas inúmeras contingências históricas
detalhadas ao longo desse texto.
A cidadania que se busca para todas as pessoas, apresentem ou não deficiências ou
superdotação, sustenta-se na possibilidade de acesso e participação plenos nas relações sociais.
Ser criado também supõe a apropriação e a fruição do saber histórico acumulado
historicamente, das formas mais desenvolvidas do conhecimento, de seus símbolos e códigos de tal
maneira que se constituíam em instrumentos imprescindíveis ao pleno exercício da cidadania. Isso
representa a necessidade de superar as formas empíricas de educação, os conteúdos curriculares
de orientação meramente manipulativos, as doses homeopáticas de escolaridade e as estratégias
isoladas e espontaneisitas de participação tavestidas pelo discurso da igualdade e da integração
(ROSS, 1998, p 107).
O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social,
política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de
seus direitos.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de
desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente,
bem como pelos recursos e apoios que o colégio deverá proporcionar, objetivando a remoção das
barreiras para a aprendizagem, e compreendem:
a) Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou
deficiências;
b) Dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização de outras
línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
c) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;
d) Superdotação/ Altas habilidades
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Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e
tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, o colégio deve realizar, como
acessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando para
tal com:
*** A experiência de seu corpo docente, diretores, coordenadores, orientadores e
supervisores educacionais;
*** O setor responsável pela educação inclusiva do respectivo sistema;
*** A colaboração da família e a cooperação dos serviços de saúde, assistência social,
trabalho, justiça e esporte, bem como Ministério Público, quando necessário;
*** As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas
classes comuns;
*** Professores capacitados e especializados para o atendimento ás necessidade
educacionais dos alunos.
“ Todas as crianças, jovens e adultos, em sua condição de seres humanos, têm direito de
beneficiar-se de uma educação que satisfaça as suas necessidades básicas de
aprendizagem, na acepção mais nobre e mais plena do termo, uma educação que
signifique aprender e assimilar conhecimentos, aprender a fazer, a conviver e a ser. Uma
educação orientada a explorar os talentos e capacidades de cada pessoa e desenvolver a
personalidade do educando, com o objetivo de que melhore a sua vidas e transforme a
sociedade (Marco de Açaõ de Dakar, p.8).
Podemos considerar que a citação acima contém os princípios da educação
inclusiva, ou seja, uma educação de boa qualidade para todos e com todos, sem
discriminações por qualquer tipo de preconceito.
A proposta da Educação Inclusiva precisa ser, definitivamente, entendida como um
dever a ser assumido e concretizado pelo Estado , contando com a parceria da
sociedade.
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7. MARCO OPERACIONAL
7. 1 LINHAS DE AÇÃO E A REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR, NA
PERSPECTIVA ADMINISTRATIVA, PEDAGÓGICA, FINANCEIRA E POLÍTICO – EDUCACIONAL.
“ Cabe a educadores progressistas, armados de clareza e decisão política, de coerência, de
competência pedagógica e científica, da necessária sabedoria que percebe as relações entre táticas
e estratégias, não se deixarem intimidar. Cabe a eles criar com o medo a coragem, com a qual
confrontem o abuso de poder. Cabe a eles, finalmente, realizar o possível de hoje para que
concretizem, amanhã, o impossível de hoje.”
Paulo Freire
Atualmente reflete-se muito sobre a necessidade de construção de uma nova sociedade.
Necessidade que passa pela compreensão do mundo em que vivemos , seus determinantes
históricos, da função da escola e seus desafios na denúncia do presente que desumaniza e no
anúncio de um amanhã como construção a partir do agora, com intencionalidades e conflitos.
Queremos uma escola da vida, nesta escola a prática pedagógica é atuante e revolucionária
pois a prática gesta um processo educativo transformador da escola e da sociedade.
Nas lutas do povo brasileiro localizamos os princípios da educação e da escola que
desejamos: Pública, Gratuita, Democrática, de Qualidade e para Todos. Em pleno século XXI ainda
temos inúmeros desafios para a efetivação destes princípios e um deles é que essa luta precisa ser
feita no cotidiano da escola, em seu movimento permanente de reflexão, de diálogo, de
enfrentamento e de construção coletiva, compreendendo a si mesma no contexto atual.
Podemos afirmar que a originalidade da relação administração – escola está justamente em
se constituir em administração da educação.
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O mundo da educação diz respeito ás pessoas e ao seu contexto sociocultural, aos sujeitos,
aos acontecimentos, aos conflitos de liberdade e de decisão e ás condições de vida, tanto em plano
individual como coletivo.
A globalidade do processo educativo e sua complexidade tornam imperioso que se busque
um nível de interdisciplinaridade e de complementaridade epistemológica para dar conta da
consecução dos fins educacionais.Na concretização dessa tarefa tem importante papel a ação
administrativa. Ela se situa no espaço - tempo entre as decisões políticas que o processo educativo
exige e a implementação dessas decisões.
Assim, ao examinar a importância da administração na escola e suas peculiaridades há que se
considerar a influência e a relação da escola com seu contexto social e político e considerar,
especialmente, a subjetividade na construção do conhecimento, os valores e a hierarquia desses
valores que presidem o estabelecimento de metas e prioridades. Isso implica um posicionamento
filosófico, paradigmas de conhecimento que expressam nova visão de homem e de sociedade e que
fundamentam a questão educacional. Afinal, o que queremos, para que e para quem administramos
a escola? Como viabilizar o processo de construção e reconstrução do saber?
Assim, é impossível separar uma teoria e uma prática administrativa como, da mesma
forma, é impossível separar essa teoria e prática administrativa de uma teoria e prática pedagógica.
Administrar é educar ou deseducar e não há meio – termo.
O comportamento administrativo manifesta seu alcance pedagógico de várias
maneiras. Por exemplo: no estabelecimento das políticas, dos fins, dos meios, no planejamento e na
avaliação, na articulação com a comunidade escolar, na destinação e na alocação de recursos, no
estabelecimento de prioridades, no respeito á liberdade e ás individualidades, na defesa dos
interesses do coletivo escolar e na defesa das necessidades dos educandos, em sua passagem pela
escola.
Administrar é agir de modo a combinar adequadamente o uso de recurso disponíveis
para atingir um objetivo. É, portanto, uma ação finalista, voltada á obtenção de algum resultado.
Na organização escola, que se quer democrática, em que a participação é elemento
inerente á consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais
baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que
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é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo
decisório como tal e seus desdobramentos de execução.
Liderança e firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar decisões com segurança, como
elementos de competência pedagógica, ética e profissional para assegurar que decisões tomadas
de forma participativa e respaldadas técnica, pedagógica e teoricamente sejam efetivamente
cumpridas por todos.No caso da organização escolar as questões éticas e administrativas têm a ver
com a questão pedagógica.
A equipe diretiva ou coordenadora, a quem cabe direcionar o pessoal docente,
discente, técnico – administrativo e de serviços, não pode dissociar da tarefa diretiva seu caráter
formativo, razão maior da ação escolar expressa neste Projeto Político – Pedagógico.
O ambiente socioeconômico e político mundial apresenta turbulências, e está marcado
por profundas e constantes transformações, exigindo das organizações extrema agilidade e
competência adaptativa. Nelas, o conflito é elemento constitutivo, sendo capaz de propiciar ás
organizações um clima propício á mudança adaptativa, pois o conflito gera mudança, mudança gera
adaptação e, em consequência, gera a sobrevivência da organização com salto de qualidade ou
não, conforme as alternativas que surgem. Isso significa humanizar a escola e amadurecer a
percepção de que seus problemas não são de indivíduos isolados, fragmentados, mas de um
processo social, portanto político e cultural, assim como as saídas para estes problemas exigem
ações coletivas.
Considerando que a escola é espaço de ensino - aprendizagem e que esta se dá a
partir da relação entre sujeitos, mediada pelo conhecimento, a forma de organização e de gestão
escolar, a definição dos papéis dos diferentes sujeitos expressam muito da concepção educativa ali
existente. A prática vivencial desta escola passa pela afirmação cotidiana deste espaço como direito
de todos e pelo dever do Estado em garantir as condições de trabalho para a efetivação do trabalho
pedagógico, administrativo, financeiro e político educacional realmente comprometido com a
emancipação humana e a transformação da sociedade.
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7.2. INSTÂNCIAS COLEGIADAS:
Quando se busca construir na escola um processo de participação baseado em relações de
cooperação, no trabalho coletivo e no partilhamento do poder, é preciso exercitar a pedagogia do
diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a todos a liberdade de expressão, a vivência de
processo de convivência democrática, que devem ser efetivados no cotidiano escolar, visando a
construção de projetos coletivos, de administração colegiada.
No entanto, para que a decisão seja partilhada, é necessária a implementação de vários
mecanismos de participação: aprimoramento dos processos de provimento ao cargo de diretor,
criação e consolidação de órgãos colegiados na escola (Conselhos Escolares, Conselho de Classe,
Grêmios Estudantis...), que coletivamente podem implementar formas de organização da educação
e da escola, visando uma educação emancipatória e democrática, que se constrói por meio de
novas formas de organização e gestão, pela implementação de mecanismos de distribuição do
poder, que só se torna possível pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, articulada à
necessidade de formação para a democracia.
É através da participação, que cada pessoa é respeitada enquanto indivíduo e enquanto
integrante de um corpo maior e coletivo, que é a escola.
A administração colegiada deverá também vislumbrar meios de se promover a avaliação da
Proposta Pedagógica, como: reuniões freqüentes com todos os envolvidos na instituição escolar
para análise e discussão sobre a mesma, sobre os seus pontos positivos e negativos, vislumbrando
por correções de possíveis pontos falhos.
Porém, a participação da comunidade escolar e de seus órgãos colegiados não depende
somente da abertura propiciada pelo corpo diretivo da escola, mas principalmente, da
conscientização dos diversos segmentos acerca da importância da participação de cada um no
processo pedagógico. Neste sentido, ressalta-se principalmente, a necessidade de real
envolvimento da equipe interna da escola na consecução dos objetivos idealizados, cuja atuação e,
sem dúvida, determinante para que o processo pedagógico se desenvolva de forma participativa
e democrática.
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A gestão democrática da educação tem como preceito a radicalização da democracia,
que se traduz no caráter público e gratuito da educação, na inserção social, nas práticas
participativas, na descentralização do poder, no direito á representação e organização dos
trabalhadores, na eleição direta dos dirigentes, na socialização dos conhecimentos e na tomada de
decisões de forma colegiada.
7.2.1 CONSELHO ESCOLAR:
O Conselho escolar é um órgão colegiado, organizado para promover a democracia no interior da
escola. é o maior órgão da gestão escolar porque tem como funções discutir, aconselhar, deliberar e
normatizar as questões mais importantes do cotidiano escolar. No conselho, os representantes dos
diferentes segmentos- familiares, professores, funcionários, alunos, direção e equipe pedagógica- se
reúnem para decidir as questões pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a política de
ação da escola.
Os Conselhos Escolares foram criados através da Deliberação 20/91, do Conselho
Estadual de educação.
As reuniões do Conselho são sempre abertas: todas as pessoas (e não apenas os
conselheiros) podem participar, porém, somente os conselheiros eleitos por seus segmentos podem
votar. A tarefa dos conselheiros não é falar em seu próprio nome, mas falar em nome do seu
segmento. Por isso, deve se reunir com seu segmento para debater e chegar ao consenso, de forma
a poder representá-lo corretamente.
A composição do Conselho deve ser paritária, isto é, o total de vagas para conselheiros
deve ser distribuído em: metade para as pessoas que trabalham na escola (professores, equipes
pedagógicas e funcionários) e metade para os representantes dos alunos e familiares. No estatuto
do Conselho devem ficar bem evidenciadas as definições dos direitos e deveres dos conselheiros, a
forma e periodicidade das reuniões, a forma de tomada de decisões, etc.
Dentre as principais funções do Conselho, depois de debatido coletivamente pela
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Escola estão:
a) Construir e reconstruir o Regimento Interno da Escola
b) Elaborar e reelaborar o Projeto Político Pedagógico
c) Acompanhar as ações administrativas
d) Definir e fiscalizar as aplicações financeiras
e) Ajudar na definição do Calendário escolar
f) Constituir comissões especiais para estudos e aprofundamentos
g) Acompanhar os aspectos pedagógicos
h) Servir como última instância de recursos e avaliação da escola
i) Debater e aprovar, em última instância de recursos, o Currículo e o Plano de Ação da Escola
Os Conselhos Escolares contribuem decisivamente para a criação de um novo cotidiano
escolar, na qual a escola e a comunidade se identificam, no enfrentamento não só dos desafios
escolares imediatos, mas dos grandes problemas sociais vividos na realidade brasileira. O desafio
nas Escolas é criar uma cultura democrática e participativa, com pessoas que tenham
representatividade no seu segmento, disposição para exercer a função e, sobretudo, compromisso
com a educação pública.
7.2..2 CONSELHO DE CLASSE:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino,
tendo por objetivo avaliar o processo ensino - aprendizagem, na relação professor - aluno e os
procedimentos adequados para cada caso.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na
direção do processo ensino – aprendizagem, proposto pelo planejamento ( proposta curricular)
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Acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino - aprendizagem dos alunos;
Analisar os resultados da aprendizagem em relação com o desempenho da turma, com a
apropriação dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos
conteúdos necessários de ensino, evitando comparação dos alunos entre si;
O Conselho de Classe será constituído pelo Diretor, pela equipe Pedagógica e por
todos os professores que atuam na mesma turma do representante de turma.
A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor, que em sua falta será
substituído pelo Diretor – Auxiliar, Equipe Pedagógica
O Conselho de Classe reunir – se –á ordinariamente em cada trimestre, em datas
previstas pelo Calendário escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o
exigir.
São atribuições do Conselho de Classe:
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo de ensino – aprendizagem, respondendo a
consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e
processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;
Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o respeito á
cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;
Estabelecer planos viáveis de recuperação paralela de conteúdos, em consonância com a
proposta curricular deste Estabelecimento de Ensino
Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de
alunos transferidos, quando se fizer necessário;
Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que apresentarem frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero),
levando sempre em consideração o desenvolvimento do aluno até então.
O Conselho de Classe, é um órgão colegiado presente na organização da escola, em que os
vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, ou
pedagogos, reúnem-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas
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turmas. Ele apresenta segundo DALBEN (2004, p. 32), algumas características básicas que o fazem
diferente de outros órgãos colegiados, por exigir a participação direta dos profissionais que
desenvolvem o trabalho pedagógico com os alunos que analisarão e discutirão o processo de
trabalho de sala de aula que concretamente se efetiva, isto é, o docente participa do Conselho de
Classe trazendo o rendimento do aluno em relação ao trabalho desenvolvido em sala de aula.
Uma das características fundamentais do Conselho de Classe é configurar-se como espaço
interdisciplinar de estudo e tomadas de decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola
e, nesse sentido, é um órgão deliberador sobre os objetivos de ensino a serem alcançados, o uso de
metodologias e estratégias de ensino, critérios de seleção de conteúdos curriculares, projetos
coletivos de ensino e atividades, formas e critérios de avaliação, adequações curriculares, entre
outros.
Entretanto, é interessante salientar que, embora em algumas composições as reuniões
podem não contar com a presença do aluno, ele é a figura central das discussões e avaliações,
estando presente por meio de seus resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de
suas resistências, de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os
debates nas questões da prática de ensino e de aprendizagem, objetos de discussão das
reuniões.
A figura do aluno representante de turma é importante no Conselho de Classe, uma vez que a
participação de todos os envolvidos no processo educativo, numa inter-relação entre turnos, turmas,
séries e áreas tornam-se a tônica das da discussão das necessidades de gestão do projeto
pedagógico da escola. Essa participação de alunos representantes de turma, professores,
pedagogos e direção, entrelaçada pela análise direta de questões vividas no cotidiano pelos
diferentes profissionais na sala de aula e na escola, permitem ainda o desenvolvimento do processo
educativo pela reflexão e discussão coletiva sobre o fazer de toda a escola. Permitindo um olhar
conjunto e a percepção das necessidades coletivas e das possíveis soluções.
Das reuniões do Conselho de Classe, será lavrada ata, pelo secretário, em livro próprio, para
registro, divulgação ou comunicação aos interessados.
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7.2.3 GRÊMIO ESTUDANTIL:
O Grêmio é uma associação de alunos, que representa e defende seus direitos. Tem total
autonomia dentro da escola. É garantido pela lei n°7.398, de 04 de novembro de 1985, que
assegura aos estudantes do ensino Fundamental e Ensino Médio a organização em grêmios
estudantis como entidades autônomas representativas dos estudantes com finalidades
educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. Assim sendo, o “ grêmio é entidade máxima
de representatividade dos estudantes de cada escola”.
A organização de eventos (campeonatos, festivais, cursos, teatros, jornalzinho, etc) são
algumas das funções do Grêmio, no entanto a função maior, esta em representar todos os
educandos reivindicando e propondo mudanças para a melhoria do ensino.
Os estudantes têm uma grande contribuição a dar na transformação da realidade atual
da educação brasileira. Têm também a responsabilidade de participar na construção da cidadania.
O Grêmio tem validade anual e foi eleito por intermédio de votação, sendo a organização que
representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e
fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
O Grêmio na escola representa também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
7.2.4 ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA:
Contribuir para a formação do ser humano pleno, o sujeito, o cidadão consciente e
atuante é a principal função da escola. Se, efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária
e democrática, necessariamente devemos exercitar estes princípios no cotidiano da escola com
nossos educandos. A escolha do representante de turma é o primeiro passo para que os alunos
possam escolher e ser escolhidos democraticamente como representatividade na sua turma, sendo
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um elo de ligação direta entre alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários e direção.
Contribuindo na manifestação de idéias, críticas, planejamentos e ações para uma melhor eficácia
no desenvolvimento do processo ensino - aprendizagem.
7.2.5 APMF:
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários da( o) Colégio Estadual Professora Edithe
- Ensino Fundamental e Médio, APMF / do Colégio Estadual Professora Edithe - Ensino
Fundamental e Médio, com sede e foro no Distrito de Ferraria Município de Campo Largo, Estado do
Paraná, localizado à Rua Mato Grosso, nº 9255, reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos
dispositivos legais ou regulamentares que lhe forem aplicados.
A APMF ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos
Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário,
religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.
Os objetivos da APMF são:
I. Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola comunidade, enviando sugestões, em
consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe -
pedagógica - administrativa.
II. Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
III. Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade
IV. Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o
Conselho Escolar
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V. Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e
universal
VI. Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda
a comunidade, através de atividades sócio educativas - cultural- desportivas, ouvindo o
Conselho Escolar.
VII. Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata
VIII. Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.
São atribuições da APMF:
I. Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as
alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino,
para deferimento ou não;
II. Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à
utilização das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do
estabelecimento de ensino
III. Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho
Escolar;
IV. Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,
professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por
esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da
SEED;
V. Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
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necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
VI. Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes
da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a
Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembléia Geral
Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com
pauta claramente definida na convocatória;
VII. Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos
advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem
como, reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;
VIII. Apresentar balancete semestral aos participantes da comunidade escolar,
através de editais e em Assembléia Geral;
IX. Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as
reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a
participação do Conselho Escolar;
X. Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata
próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF);
XI. Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de
bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho
Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do
estabelecimento de ensino;
XII. Acompanhar a aplicação das receitas oriundas de qualquer contribuição
voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da
associação e à Direção do estabelecimento de ensino;
XIII. Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo, preenchido em 02
vias;
XIV. Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de 'serviços temporários na forma
prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia informação à
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Secretaria de Estado da Educação;
XV. Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão
representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;
XVI. Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do estabelecimento de ensino,
depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, tomá-la pública;
XVII. Apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os
pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar
do estabelecimento de ensino;
XVIII. Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o (os)
representante(s) para compor o Conselho Escolar;
XIX. Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares,
implantação e implementação de projetos e programas nos estabelecimentos de ensino da
rede pública estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente
repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do estado do Paraná dos recursos
utilizados;
XX. Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal nº 8.666/93,
prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos utilizados com o
acompanhamento do Conselho Escolar;
XXI. Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas
para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia
informação à Secretaria de Estado da Educação;
XXII. Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente a
APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;
XXIII. Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias
consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do estabelecimento de ensino
II. Parágrafo Único - Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão Negativa
de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas do Estado do 76
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Paraná, para solicitação da Certidão 1\-egativa, e outros documentos da legislação vigente,
para os fins necessários.
Os recursos da APMF serão provenientes de :
I. Contribuição social voluntária dos integrantes;
II. Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes públicos
e pessoas fisicas ou jurídicas;
III. Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação vigente;
IV. Juros bancários e correções monetárias provenientes de aplicações em Caderneta
de Poupança e/ou Conta Corrente; Investimentos e operações monetárias
previamente autorizadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;
VI. Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos,
administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a
legislação em vigor;
VII. Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação específica;
O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes categorias de
integrantes: efetivos, colaboradores e honorários.
§ 1 ° Serão . integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e
Funcionários da Unidade Escolar.
§ 2° Serão integrantes colaboradores, ex-alunos, pais de ex-alunos, ex - professores,
ex-funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar.
3° Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a
aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços à
educação e à APMF.
A ADMINISTRAÇÃO
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São órgãos da administração da APMF:
I. Assembléia Geral;
II. Conselho Deliberativo e Fiscal;
III. Diretoria;
IV. Assessoria Técnica;
A Assembléia Geral Ordinária, constituída pela totalidade dos integrantes, será convocada e
presidida pelo presidente da APMF.
A convocação far-se-á por edital, em local visível e de passagem, com no mínimo 2 (dois)
dias úteis de antecedência, e por comunicado enviado a todos os integrantes-
As Assembléias Gerais realizar-se-ão em primeira convocação, com presença de mais da
metade dos integrantes efetivos, ou em segunda convocação, meia hora depois, com
qualquer número de integrantes.
As deliberações da Assembléia Geral Ordinária ou Extraordinária, serão aprovadas por
maioria simples dos integrantes presentes com registro em ata.
Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1 ° Tesoureiro e 2° Tesoureiro e representantes
da comunidade junto ao Conselho Deliberativo e Fiscal, serão privativos de pais, responsáveis
legais de alunos matriculados com freqüência regular.
Os cargos de 1° Secretário elo Diretor Sócio-Cultural-Esportivo, serão privativos de
professores e ou funcionários do estabelecimento de ensino, desde que respeitada a paridade.
Todas as deliberações da Diretoria deverão ser tomadas em reunião conjunta dos seus
membros e constar em livro ata próprio da APMF.
7.3 - FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA
A formação continuada para os educadores deve partir da reflexão sobre a prática cotidiana
da realidade escolar numa perspectiva problematizadora, dialógica e sistematizadora que contribua
para um processo de ação –reflexão – ação acerca da educação que se tem e a educação que se
quer.
A formação precisa atingir as possibilidades de transformação na escola, atingir todos os
trabalhadores da escola em : uma gestão democrática debatendo as relações de poder, dialogando
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sobre relações de ensino- aprendizagem, sobre avaliação superando práticas punitivas, seletivas e
meritocráticas, consolidando o trabalho coletivo contribuindo para a socialização de experiências e
criação de novas práticas escolares.
Além dos cursos ofertados pela entidade mantenedora, o Colégio promoverá estudos nas
horas atividade com leitura de livros, troca de experiência, apresentações de temas pedagógicos
diferenciados e com reuniões periódicas.
Nos encontros pedagógicos serão realizados debates e palestras, conforme a possibilidade
de recursos financeiros.
Esses estudos auxiliam o crescimento profissional, capacitando os profissionais promovendo
mudança de atitudes e posturas diante dos assuntos pertinentes à educação de qualidade.
A preferência dos professores que sejam atividades em forma de “oficina”, isto é, mais
dinâmica, utilizando-se da prática. Os temas sugeridos no ano 2006 para o ano seguinte são: meio
ambiente, orientação sexual, ética –profissional, cidadania, interpretação, auto – estima, qualidade
de vida, inclusão, psicologia das relações humanas e informática.
7.4 AÇÕES RELATIVAS Á RECUPERAÇÃO PARALELA
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, permanente e
cumulativa. Deverá obedecer à ordenação e à seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como a
orientação do currículo. Devem ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num
processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do
aproveitamento escolar, tomando na sua melhor forma.
O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante
recuperação de estudos, proporcionando obrigatoriamente. A recuperação é um dos aspectos da
aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos. Devendo construir um
conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
A recuperação é desenvolvida paralelamente às atividades regulares dos alunos, sempre que
forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem.
A recuperação de conteúdos será feita durante o trimestre pelo acompanhamento do
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professor, o qual adotará metodologias diferenciadas para melhor rendimento do aluno, como:
reestruturação de textos, avaliação escrita e oral, trabalhos, pesquisas entre outros. Acontecerá
durante o ano letivo é considerada, para efeito de documentação escolar, os registros nos livros de
chamada. Os resultados da recuperação devem incorporar-se aos das avaliações efetuadas durante
o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
A proposta de recuperação de estudos deve incidir sobre a área de estudos e os conteúdos
da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente, preferencialmente
concomitante ao período letivo, constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino além
de se adequar às dificuldades dos alunos.
A recuperação de estudos, portanto, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não
apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação
serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no
processo de recuperação de estudos.
A recuperação ocorre de duas formas:
1. Pela retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação.
2. Pela reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala de aula.
A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que todos os instrumentos
serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos
mesmos e não como fins de aferir valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que
dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados.
É preciso, assim, estabelecer estratégias de recuperação concomitante ao processo ensino-
aprendizagem sempre que se constatar a necessidade da mesma para que o aluno atinja os
objetivos propostos pelos professores no Plano de Trabalho Docente e se aproprie dos conteúdos
necessários ao seu rendimento escolar.
A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos
instrumentos foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para auto regular o
processo.
O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das avaliações (como
um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos
conteúdos, a recuperação não é um "adendo" à nota, tem peso de 0 a 100%.
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Os alunos que se constatam dificuldades acentuadas na aprendizagem, são encaminhados à
avaliação pedagógica e psicológica e, se for o caso, encaminhados à Sala de Recursos.
É constatada a recuperação, quando na revisão dos resultados anteriormente anotados,
houver alterações positivas quanto aos objetivos pretendidos. Deverá ser planejada ou ter
planejamento e registro em livro de chamada que está realizado atividades de recuperação de
determinado conteúdo, nunca deverá somar e dividir, pois a avaliação é somatória, cumulativa.
A recuperação de estudos é realizada de forma concomitante ao processo ensino-
aprendizagem, sempre que se fizer necessário, sendo os alunos de 5ª série quando apresentarem
dificuldade em Língua Portuguesa e Matemática, encaminhados à Sala de Apoio à Aprendizagem.
7.5 CURRÍCULO ENQUANTO NÚCLEO DO PROJETO POLÍTICO –PEDAGÓGICO
Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currículo implica,
necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um
referencial teórico que o sustente.
Sendo uma construção social do conhecimento, o Currículo pressupõe a sistematização dos
meios para que essa construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente
produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são
processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja,
o currículo propriamente dito. Neste sentido, ele refere-se á organização do conhecimento escolar.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico,
que se adequaria á faixa etária e aos interesses dos alunos. Foi a partir desse pressuposto, que a
nossa escola promoveu, juntamente com representantes de todos os segmentos da comunidade
escolar, uma reflexão aprofundada para uma melhor compreensão das questões curriculares.
Na organização curricular de nosso estabelecimento de ensino foram considerados:
♦ O currículo não é um instrumento neutro, portanto, é necessário uma análise interpretativa e
crítica do conhecimento / conteúdo a ser nele incluído. O currículo expressa cultura;
♦ O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado
e culturalmente determinado;
♦ A organização curricular deve visar a redução do isolamento entre asa diferentes disciplinas 81
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curriculares “cada conteúdo deixa de Ter significado por si só, para assumir uma importância
relativa e passar a Ter uma função bem determinada e explícita dentro do todo de que faz parte”.(
DOMINGOS, 1985,p.153)
♦ Subjacente ao discurso curricular crítico, encontra-se uma noção de controle social orientada
para a emancipação, nesse sentido, comprometido com fins de liberdade que dêem ao estudante
uma voz ativa e crítica.
♦ A organização curricular para fins emancipatórios implica, inicialmente, desvelar as visões
simplificadas de sociedade, concebida como um todo homogêneo, e de ser humano, como
alguém que tende a aceitar papéis necessários á sua adaptação ao contexto em que vive.
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7.6 - CALENDÁRIO ESCOLAR
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7.7 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO
7.7 .1 AVALIAÇÃO
- Base Legal da Avaliação e Recuperação
A Lei das Diretrizes e Base Nacional nº. 9.394/96 na IV do Ensino Fundamental no art.
36, no item II contempla com diretriz o seguinte aspecto: “adotará metodologias de ensino e de
avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes” e no parágrafo 1º diz: “os conteúdos, as
metodologias e as formas de avaliação serão organizadas de tal forma que ao final do ensino
Fundamental o educando demonstre”:
- Desenvolvimento da capacidade de aprender os meios básicos de leitura, escrita e cálculo;
- Compreensão do ambiente natural, sistema político, tecnologia, artes, valores que fundamentam a
sociedade;
- Desenvolvimento da capacidade de aprendizagem para aquisição de conhecimentos, habilidades e
formação de atitudes e valores;
- Fortalecimento dos vínculos de família, laços de solidariedade humana e tolerância recíproca para
a vida social.
Ainda a Lei de Diretrizes e Base Nacional nº. 9.394/96, no Título IV que versa sobre a organização
da Educação Nacional em seu art.12, aponta nos incisos a seguir o que toda a instituição deverá
encaminhar no processo de avaliação:
“V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento”;
No art. de nº. 13, inciso III, “ Os docentes incumbir-se-ão de:
“III – zelar pela aprendizagem dos alunos de menor rendimento”;
“No art. 24, inciso V e alíneas “a” e “e”:
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:”
- Avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais;
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- Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelas ao período letivo, para os
casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus
regimentos.
A reorganização do Ensino Fundamental que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº. 9.394/98, pede necessariamente uma nova abordagem da Avaliação,
entendidas aqui como condições de não apenas fazer, mas de saber fazer e, sobretudo de refazer
permanentemente nossa relação com a sociedade e com a natureza, usando como instrumento o
conhecimento.
Nesse sentido, a contribuição que a escola oferece para a construção da cidadania,
fundamenta- se no conhecimento, primeiro para educá- lo, e, segundo, para estabelecer
inequivocamente uma sociedade pautada na ética da solidariedade, da sensibilidade, da
fraternidade, da construção coletiva.
Por isso, a avaliação enquanto componente indissociável do processo ensino
aprendizagem deve ter a sua função diagnóstica muito mais privilegiada do que a classificatória, pois
é mais válido que se use como pólo de referência, o desempenho do aluno, percebido em relação
aos seus progressos e não só nos resultados não alcançados.
Valorizando a experiência, a prática social do aluno, como ponto de partida para a
construção do conhecimento e privilegiando os conteúdos essenciais, numa visão totalizante do
currículo, a avaliação cumpre sua função integradora, pois, revela, discute, contempla, amplia e
propõe caminhos alternativos.
Portanto, a introdução de formas alternativas de avaliação requer que ela seja compreendida como
um processo permanente de acompanhamento do desenvolvimento do aluno e que proponha outros
indicadores de desempenho do aluno como: interesse, iniciativa, responsabilidade,
comprometimento, participação individual ou coletiva, etc.
As formas e instrumentos de avaliação deverão ser diferenciados e elaborados de
maneira a auxiliar na tomada de decisões do processo ensino-aprendizagem e a construir, no aluno,
a capacidade de autonomia, de reflexão e pensamento.
O instrumento básico de avaliação, nessa nova concepção de escola, é a pesquisa que
deve transformar- se acima de tudo em atitude cotidiana no professor e no aluno. No entanto, é
preciso não restringi- la a momentos de acumulação de dados, leituras de manuais didáticos,
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materiais, experimentos, etc., ela inclui sempre a percepção emancipatória no processo de
construção do sujeito histórico.
O trabalho em equipe vai ajudar no aprimoramento da participação conjunta, a
capacidade de contribuição, valorizando assim, o exercício da cidadania coletiva. A reorganização do
ritmo de trabalho que permita desenvolver tarefas mais participativas e profundas, o equilíbrio entre
trabalhos individuais e coletivos; a capacidade de elaboração própria, formação pessoal,
argumentação, fundamentação, questionando com propriedade,propor e contrapropor são desafios
que a escola tem que adicionar na sua prática, pois são iniciativas que supõe o sujeito capaz.
Desta forma, considerando a avaliação, como um elemento de reflexão contínua de
todos os envolvidos no processo educacional, a recuperação acontecerá de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, significando a maneira própria como cada
disciplina maneja os seus conteúdos e verificam os seus resultados.
Sendo para o professor a reflexão da sua prática em sala de aula, de criação de novos
encaminhamentos de trabalho e de retomada de aspectos que devam ser revistos; e para o aluno é
instrumento de tomada de consciência em suas conquistas e dificuldades e possibilidades para a
reorganização de sua tarefa de aprender.
Acontecerá ao longo de todo o processo pedagógico como um todo será avaliado com
vistas à reorganização do currículo, dos recursos, das relações, das condições espaços temporais
do ambiente escolar sempre atendendo de forma geral ao que diz a Lei de Diretrizes e Bases e
especificamente a Proposta Pedagógica Curricular e Regimento Escolar.
Assim, a avaliação e a recuperação devem dar condições ao professor de tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionar dado que
permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com a adequação dos
conteúdos e métodos de ensino, bem como possibilitar novas alternativas para o planejamento do
estabelecimento de ensino e do sistema como um todo.
Os critérios de avaliação e de recuperação, de responsabilidade dos estabelecimentos
de ensino, devem constar do Regimento Escolar obedecido à legislação existente. Também, serão
elaborados em consonância com a organização curricular do estabelecimento de ensino.
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A avaliação deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de
aprendizagem durante o bimestre utilizando- se de procedimentos didático- metodógicos
diversificados.
É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de
aferição.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, cumulativa
e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características
individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursando, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos pelos alunos durante o
período letivo, levando- se em consideração aos conteúdos adquiridos, participação,
comportamento, assiduidade, interesse, cooperação, responsabilidade, criatividade, atividades
extracurriculares num processo contínuo, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.
Com relação ao Ensino da Educação Física e de Arte, a avaliação deverá adotar
procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, levando em
consideração a capacidade individual, o desempenho e a participação nas atividades realizadas.
A avaliação deverá ser registrada em documento próprio, a fim de serem asseguradas
a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno, entregando- se as notas trimestralmente a
secretaria. Entretanto, em caso de transferência, o professor será obrigado a fornecer uma média
das avaliações realizadas até o momento.
A recuperação, por sua vez consiste num aspecto da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno com aproveitamento insuficiente dispõe de condições
que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos.
O processo de recuperação será efetuado da seguinte forma:
a) No final de cada temática (conteúdo), o professor de cada disciplina realizará um diagnóstico para
constatar o nível de aprendizagem;
b) Após diagnóstico, se for constatada insuficiência na aprendizagem, o professor deverá usar de
metodologias e instrumentos diferenciados a fim de propor a recuperação ao aluno;
c) As atividades de Recuperação Paralela deverão constar no Livro de Registro de Classe do
professor;
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d) Fica determinado que quando do não comparecimento do aluno, o mesmo terá direito de fazê- lo
mediante atestado médico entregue em até 02 (dois) dias úteis para o professor da disciplina, como
consta do Regimento Escolar, bem como regulamento interno.
Entende- se por período letivo a carga mínima anual de 800 (oitocentas) horas
distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, incluído o tempo
reservado as provas finais.
A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade,
tendo em vista uma tomada de decisão. Devendo ser instrumento dialético do avanço, identificando
novos rumos. Diagnosticar pois possibilita ao educador condições de compreensão do estágio em
que o aluno se encontra, ,0consequentemente trabalhar com ele para que saia do estágio defasado
e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários, definindo encaminhamentos
adequados para aprendizagem.Deve possibilitar novas alternativas auxiliando e redimensionando
uma ação. Deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem,
devendo preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem.
Dar- se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal sobre a memorização.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,
permanente e cumulativa. Deverá obedecer à ordenação e à seqüência do ensino e da
aprendizagem, bem como a orientação do currículo. Devem ser considerados os resultados obtidos
durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá- los,
expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomando na sua melhor forma.
Deverão ser utilizados no mínimo três técnicas de instrumentos diversificados de
avaliação, dentro das seis avaliações exigidas para o trimestre.
A média anual será feita através da seguinte fórmula:
Média Anual = 1º + 2º + 3º =6,0
3
O rendimento mínimo exigido é 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina e conteúdos
específicos. Os resultados semestrais serão comunicados aos alunos e seus responsáveis através
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do boletim ao final de cada trimestre.
O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação
mediante recuperação de estudos, proporcionando obrigatoriamente.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,
pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a
apreensão dos conteúdos básicos. Devendo construir um conjunto integrado ao processo de ensino,
além de se adequar às dificuldades dos alunos.
A recuperação é desenvolvida paralelamente às atividades regulares dos alunos,
sempre que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem.
A recuperação de conteúdos será feita durante o trimestre pelo acompanhamento do
professor, o qual adotará metodologias diferenciadas para melhor rendimento do aluno, como: re-
estruturação de textos, avaliação escrita e oral, trabalhos, pesquisas entre outros. Acontecerá
durante o ano letivo é considerada, para efeito de documentação escolar, os registros nos livros de
chamada. Os resultados da recuperação devem incorporar- se aos das avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo- se em mais um componente do aproveitamento escolar.
É constatada a recuperação, quando na revisão dos resultados anteriormente
anotados, houver alterações positivas quanto aos objetivos pretendidos. Deverá ser planejada ou ter
planejamento e registro em livro de chamada que está realizado atividades de recuperação de
determinado conteúdo, nunca deverá somar e dividir, pois a avaliação é somatória, cumulativa.
“A Avaliação é um processo natural, que nos permite ter consciência do que fazemos, da
qualidade do que fazemos e das conseqüências que acarretam nossas ações” (Juam Manuel).
A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão pedagógica, o
desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento.
Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a transparência também é
fundamental. A avaliação é tanto mais discriminatória quanto mais ela se oculta por meio de critérios
que não são debatidos, não são criticados e não são acompanhados.
Qualquer instrumento de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem é bom,
desde que seja adequado como recurso de investigação (pesquisa) sobre as aprendizagens dos
educandos, de forma que possibilitem uma intervenção adequada de reorientação do trabalho
pedagógico. Isso porque, avaliar é investigar, por intermédio de instrumentos variados, para intervir.
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A avaliação deve ser praticada a serviço do plano de ação docente, visando a obtenção dos
resultados esperados.
É preciso estabelecer, portanto, com clareza, a proposta de trabalho/a avaliação deve ser
usada sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar. Mesmo porque, ensinar,
aprender a avaliar não são momentos separados. Formam um contínuo em interação permanente.
Para que avaliar? É uma pergunta que se deve fazer na escola. Tudo o que fazemos na vida
está em constante avaliação e ela deve verificar se os objetivos propostos estão ou não sendo
atingidos. O erro mais comum que a escola incorre é fazer uso da avaliação como forma de punição.
Logicamente sabe-se que o resultado de uma avaliação é conseqüência do aproveitamento das
responsabilidades que os alunos e os professores devem ter no dia-a-dia da sala de aula e não com
a finalidade de verificar o nível de aprendizagem escolar e do desempenho do aluno em
determinado conteúdo e classificá-lo em termos de aprovação e reprovação.
Assim, a avaliação na perspectiva da construção do conhecimento, deverá partir de duas
premissas básicas: confiança na possibilidade de os educandos construírem suas próprias verdades
e a valorização de suas manifestações e interesses.
O que avaliar? É outra questão que dever ser refletida no âmbito escolar, visto que o trabalho
do professor deve ser de maneira a criar situações que busquem garantir aos alunos o
desenvolvimento das capacidades necessárias à construção progressiva do conhecimento para uma
atuação pautada por princípios da ética democrática; verificando seus avanços e suas dificuldades,
orientando os mesmos sobre o que deverão fazer no seu processo de construção de aprendizagens.
Como avaliar? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita, uma vez que os
alunos podem e devem ser avaliados:
- Através do acompanhamento do processo de desenvolvimento do aluno;
- Por meio de uma observação fundamentada no conhecimento de suas etapas de desenvolvimento;
- Registrando as manifestações dos alunos e dos aspectos significativos de seu desenvolvimento;
- De modo coletivo e consensual, com consciência crítica e responsável de todos, sobre o cotidiano;
- Através de portifólios;
- Auto-avaliação.
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O quando avaliar? É uma questão que pode ser assim respondida:
A avaliação deveria (mas não é) ser feita a cada nova aula, a cada contato com os alunos,
observando-se seu procedimento frente à problemas, suas tentativas de acerto e as saídas
alternativas por ele encontradas. No entanto, para alcançar o êxito esperado, o professor deverá
trabalhar com o número reduzido de alunos, porque precisa conhecê-los individualmente, para saber
onde ele quer chegar e avaliar se está apto, se suas opções são sólidas e refletidas. Esta deve ser
de forma diária e de todos as atividades trabalhadas para realimentação da aprendizagem e
aproveitamento do tempo disponível, bem como servindo auto-avaliação para o próprio professor.
A avaliação sendo um espaço caracterizado pela multiplicidade, tem a polissemia como um
traço marcante das interações estabelecidas. Freqüentemente a avaliação se fundamenta, segundo
Esteban (1999, p.6), “na fragmentação do processo de ensino e aprendizagem e na classificação
das respostas dos alunos a partir de um padrão predeterminado, relacionando a diferença ao erro e
a semelhança ao acerto”.
A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas, suas culturas e seus
processos de construção de conhecimentos e, desvalorizando saberes, fortalece a hierarquia que
está posta.
Diante disso, o que se pretende no Colégio Estadual Professora Edithe – Ensino Fundamental
e Médio - é a realização de uma prática avaliativa que coloque o diálogo no centro do processo de
ensino e aprendizagem que jogue luz sobre as pontes que conectam os territórios artificialmente
isolados, substituindo a interpretação unívoca, de natureza excludente que propõe a avaliação como
um processo articulado pela distinção entre o erro e o acerto, por uma orientação dialógica, que
pressupõe inclusão da multiplicidade de saberes, eliminando a classificação.
Lei 9394/96 - Inciso V traz que a verificação do rendimento escolar deverá observar os
seguintes critérios:
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- Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais.
A Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná também
destaca que a avaliação deve representar:
- Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do seu próprio trabalho,
aperfeiçoar o processo, diagnosticar resultados e atribuir valor.
- Acompanhamento do aluno em diversas situações de aprendizagem.
- Um trabalho com técnicas e instrumentos diversificados.
- Uma maneira de dar relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal
sobre a memorização.
- Uma forma contínua, permanente e cumulativa e perceber os avanços, retrocessos ou estagnação
na aprendizagem dos alunos.
Assim, o resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento escolar "tomado na
sua melhor forma".
7.7.2 - CLASSIFICAÇÃO
Classificação é o procedimento adotado pelo Estabelecimento para posicionar o aluno
em série compatível com a idade, experiência ou desempenho, adquiridos por meios formais ou
informais. Poderá ser realizada por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a
série anterior no próprio Colégio, por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas
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do país ou exterior, considerando a classificação na escola de origem; também independente de
escolarização anterior, mediante avaliação feita pelo Colégio, que definirá o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série adequada.
De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação tem caráter pedagógico
e exige as medidas administrativas que resguardem o direito dos alunos, das escolas e dos
profissionais.
Deve- se proceder avaliação diagnostica documentada pelo professor e equipe
pedagógica; comunicar ao aluno e responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter o
respectivo consentimento; organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção para
efetivar o processo; provas, trabalhos e outros instrumentos utilizados devem ser arquivados e os
resultados registrados no histórico escolar do aluno.
7.7.3 Reclassificação
Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação o aluno deverá estar
matriculado no estabelecimento de ensino, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de
encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registre o seu histórico escolar.
O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar a Pasta Individual do
aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu Histórico Escolar.
7.7.4 - PROMOÇÃO
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno mais a
apuração da freqüência. Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total das 800 horas anuais e média igual ou superior a
6,0 (seis vírgula zero).
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Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75%
do total das 800 horas anuais e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) ou que apresentar freqüência
inferior a 75% das 800 horas anuais e qualquer média.
Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará no histórico escolar
do aluno sua condição de aprovado ou reprovado.
8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A avaliação institucional é um instrumento contemporâneo de avaliação da
escola, lançando um olhar sobre o todo, oferecendo oportunidade para que os diferentes segmentos
da escola tenham voz. Avaliar o que é realizado, apontar as demandas, contribuindo para que ela
avance. O primeiro passo deve ser a avaliação interna e a auto - avaliação.
A avaliação institucional, como instrumento de gestão democrática, em todos os
níveis e modalidades, deve contribuir para subsidiar, permanentemente, o processo de tomada de
decisões necessárias ao planejamento das políticas com as escolas, com os núcleos regionais de
educação e com a própria secretaria de educação.
Este Projeto Político - Pedagógico que ora apresenta-se, será um instrumento
aberto e flexível a serviço da transformação, a partir de superações de limitações pedagógicas e
operacionais, emprendendo um esforço conjunto entre todos os indivíduos da Escola, portanto,
acompanhar e avaliar este projeto é avaliar os resultados da própria organização do trabalho
pedagógico.
Dessa forma, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao
Projeto Político- Pedagógico implicando uma direção ás ações dos educadores e educandos.
As Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, Conselho Escolar,
Comunidade Escolar e APMF participam dos processos decisórios da escola e da avaliação do
Projeto Político-Pedagógico.
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Como espaços de representação dos segmentos da escola: discentes, docentes, pais e
comunidade, as Instâncias Colegiadas são importantes ferramentas para o aprimoramento do
processo educativo, a efetivação do PPP e para o exercício da democracia no interior das escolas.
Por isso é fundamental que se estabeleça uma relação de respeito pela opinião de uns e
outros, cumplicidade nas tomadas de decisão e, principalmente, que todos tenham objetivos comuns
e procurem agir de forma autônoma, espontânea e consciente.
9- ENSINO FUNDAMENTAL
Os Preceitos Legais para o Ensino Fundamental têm como referências as orientações legais
decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96.Esta lei estabelece que
a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por
finalidades “desenvolver o educando, assegurar- lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer- lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”
Como uma das etapas da educação básica, o Ensino Fundamental, conforme o Art.32 da
LDBEN/1996, terá duração mínima de nove anos, será obrigatório e gratuito na escola pública,
inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria. Esta etapa da escolarização básica deve
garantir a formação básica do cidadão e desenvolvimento integral do educando, mediante:
I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo;
II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos
valores em que se fundamenta a sociedade;
III – O desenvolvimento da capacidade e da aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
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Ao expressar a importância e o significado da Educação Fundamental no processo de
escolarização da população brasileira, a LDBEN/1996 incube os Estados e Municípios, em regime
de colaboração, de implementarem políticas educacionais que assegurem a oferta do Ensino
fundamental.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o Ensino Fundamental
é prioridade no atendimento escolar, justificando o seu caráter obrigatório e gratuito, inclusive para
as pessoas que não tiveram acesso á escolarização em idade própria e constitui- se, portanto, em
um direito público subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao interesse
individual, mas de toda a sociedade, e subjetivo porque todo cidadão individual ou coletivamente tem
direito de exigir do Estado a sua oferta.
Desde 2007,o Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração, organizados em dois
segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais, atendendo a crianças e jovens na faixa etária
em torno de 6 a 14 anos.
Nesse propósito, a preparação técnica e pedagógica individual dos professores precisa estar
cotidianamente a serviço do coletivo da escola cujo desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os
seus alunos, independente das condições sociais, econômicas e culturais. Isso implica questionar
práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e que se não forem superadas por
encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de ensino e de
aprendizagem estarão contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais que marcam a
história de vida de muitos dos alunos de nossas escolas.
Assim, o ensino fundamental deve:
*** Pautar todas as suas ações visando a garantia de acesso, de permanência e de aprendizagem
para todos os alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram acesso ao Ensino
Fundamental em idade própria;
*** Contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma sociedade mais justa;
*** Objetivar o zelo pela aprendizagem dos alunos, conforme as referências das Diretrizes
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Curriculares para o Ensino Fundamental
*** Valorizar os conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares em suas propostas
curriculares;
Nesse sentido, o Ensino Fundamental tem a finalidade de resgatar a dimensão política, ética
e humanizadora que envolve o ato educativo, visando á conquista de uma sociedade e uma cultura
mais amplamente democratizadas, garantindo a todos não só o direito á escolarização, mas á
aprendizagem efetiva e o acesso aos bens culturais da sociedade da qual faz parte.
O Ensino Fundamental possui um caráter obrigatório e gratuito no atendimento escolar,
constituindo assim, um direito público subjetivo. Nesse sentido, a função da escola fundamental é
proporcionar aos alunos oportunidades de aprendizagem que viabilize a tomada de consciência das
operações que mobilizam durante a aprendizagem e que contribua para a compreensão de
conceitos-chaves que explicitem seu mundo e seu tempo.
Diante disso, a escola procurará zelar pela aprendizagem de todos os seus alunos,
independente das condições sociais, econômicas e culturais, com encaminhamentos pedagógicos
que contemplem todos os alunos no processo de ensino e de aprendizagem. Assim como garantir o
acesso e a permanência na escola de todos esses alunos, para isso, deve estabelecer uma proposta
de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido que constitui em patrimônio de todos.
Por isso, deve contemplar em sua proposta curricular os eixos norteadores como a
valorização da cultura dos povos do campo, a formação humana e o acesso à cultura geral para
uma participação política e ética de seu tempo; repensar a organização dos saberes escolares, bem
como os tempos e os espaços pedagógicos e a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
conforme estabelece a Lei nº 11.645/08. E, ainda, proporcionar a articulação da
diversidade sócio-cultural com necessidades educativas especiais, prevendo formas de atender às
necessidades de sua comunidade, partindo da realidade dos educandos.
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Diante disso, o coletivo dos professores tem o compromisso com a universalização dos bens
materiais e simbólicos, o que exige a ampliação do seu campo de atuação para além dos conteúdos
escolares.
9.1 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: Composição do Núcleo Comum e da Parte Diversificada
A organização curricular utilizada em nosso Estabelecimento de Ensino é por disciplina,
sendo:
Base Nacional Comum: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso (matrícula
facultativa), Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática
Parte Diversificada.: LEM- Inglês
Além destas, são ainda inseridos os Desafios Educacionais Contemporâneos como:
Educação Ambiental, Educação Sexual, Violência na escola, Drogadição, Educação das Relações
Étnico-Raciais, com o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, que também
são trabalhados no Programa Viva Escola com o tema "Fórum de Estudos e Discussões".
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9.1.1 MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL
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9.1.2 - ARTE
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Atualmente, tendo a arte o espaço na grade curricular como disciplina, pensa- se arte na escola
como forma de conhecimento da produção cultural, compreendido os diferentes grupos sociais
durante a história, procurando desvendar o que foi produzido dando significações às suas ações e o
mundo que os rodeia de posse dos diferentes códigos apreendidos das diferentes culturas. Pensa-
se também arte como linguagem visual, possuidora de um conjunto de símbolos, elementos e
códigos, onde se vê o valor educativo da Arte como componente curricular imprescindível na
formação do indivíduo e para o exercício da vida cidadã. Assim, a arte é hoje entendida como área
do conhecimento, e como tal, deve ser trabalhada de forma que proporcione ao educando o contato
com a produção artística da humanidade.
De posse dos esclarecimentos dos pressupostos da Arte como produção cultural e a Arte como
linguagem, esclarece- se o que deve- se considerar no tratamento dos conteúdos:
** Manifestações artísticas presentes na comunidade e na região bem como a produção
historicamente construída.
** Arte como comunicação, responsável pelo conhecimento cultural importante para a formação
da bagagem cultural do indivíduo.
** Arte como parte da produção coletiva, com conhecimento cultural historicamente construído.
** Arte como conjunto de linguagens artísticas, possuidora de signos que devem ser apreendidos
para construção, compreensão de significados, buscando novos conceitos sobre à realidade, no
intuito de contribuir para o educando analisar, criticar, transformar a sociedade de uma maneira
positiva e consciente.
*** A arte como componente curricular é fundamental para à formação do indivíduo e para o
exercício da vida cidadã.
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OBJETIVO GERAL
• Pretende- se ampliar os conhecimentos e experiências do aluno e aproximá -lo das
diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela
humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Experimentar, explorar, compreender as mais variadas possibilidades de cada linguagem
artística, reconhecendo os estilos artísticos da história da Arte, entendendo a Arte como fato
histórico, contextualizado.
Conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em Artes, bem como
pesquisar identificar, investigar informações sobre a Arte, compreendendo diferentes funções da
Arte, do trabalho e da produção dos artistas.
Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra.
Perceber e apropriar a obra em contexto.
Formar conceitos artísticos.
Desenvolver trabalhos artísticos.
Permitir a prática criativa.
Exercitar os elementos compositivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental pautara seus conteúdos específicos por série
utilizando- se dos seguintes conteúdos estruturantes: Artes Plásticas / Visuais, Música, Dança.
Teatro.
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Artes Plásticas / Visuais:
As visuais como expressão e comunicação – no fazer dos alunos :desenho, pintura, colagem,
escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos e produções
informatizadas pela criação e construção de formas plásticas e visuais em aspectos diversos
( bidimensional e tridimensional);
As artes visuais como objeto de apreciação significativa: ( os elementos básicos e os recursos
expressivos da linguagem visual: apreciação, fruição, interpretação, experiências estéticas com
obras e suas reproduções);
As artes visuais como produto cultural e histórico (produtores de arte – vida, épocas e produtos em
conexões);
a diversidade das concepções e estética na produção visual regional e mundial;
A arte na sociedade, ressaltando os artistas, pensadores, profissionais e diferentes meios de
divulgação das artes plásticas.
Música:
A música como expressão e comunicação dos indivíduos: interpretação, improvisação e
composição. apreciação significa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem
musical (os elementos fundamentais da linguagem musical , estilos, formas, de interpretação);
A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo ( os produtores,
épocas e produtos em conexões, a diversidade da produção musical regional, nacional e mundial em
diferentes culturas e momentos históricos, a música da sociedade, compositores, intérpretes, outros
profissionais e suas formas de preservação e divulgação.
♦Dança:
A dança na expressão e na comunicação humana;
A dança como manifestação coletiva;
A dança como produto cultural e apreciação estética102
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♦Teatro:
*** O teatro como expressão e comunicação (participação e desenvolvimento nos jogos de
atenção, observação, improvisação, etc; reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem
dramática: espaço cênico, personagem e ação dramática, experimentação e articulação entre as
expressões corporal, plástica e sonora, experimentação na improvisação com base em estímulos
diversos ( temas, textos dramáticos, poéticos, jornalísticos, etc, objetos, máscaras, situações físicas,
imagens e sons); pesquisa, elaboração e utilização de cenários, figurino, maquiagem, adereços,
objetos de cena, iluminação e som, elaboração e utilização de máscaras, bonecos e outros modos
de apresentação teatral;
*** O teatro como produção coletiva ( observação, apreciação e análise dos trabalhos em
teatro realizados pelos grupos), compreensão dos significados expressivos corporais, textuais,
visuais e sonoros da criação teatral, criação de textos e encenação com o grupo, etc;
*** O teatro como produto cultural e apreciação estética ; observação, apreciação e análise
das diversas manifestações de teatro; compreensão, apreciação e análise das diferentes
manifestações dramatizadas (teatro em palco e em outros espaços, circo, teatro de bonecos,
manifestações populares dramatizadas, etc); identificação das manifestações e produtores de teatro
nas diferentes culturas e épocas, pesquisa e leitura de textos dramáticos e de fatos da história do
teatro, elaboração de registros pessoais para sistematização das experiências observadas e da
documentação consultada.
Conteúdos Específicos
5a Série
• Arte Pré-histórica, Primitiva, Greco - Romana
• Dança Circular
• Arte Oriental
• Gravura
• Arte Brasileira (Desafios Contemporâneos – Meio Ambiente, Trabalho Infantil)
• Composição Tridimensional
• Espaço103
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• Arquitetura
• Arte Paranaense - (D.C.- Identidade, Meio Ambiente)
• Composição bidimensional
• Figurativo e abstrato
• Figura e fundo
• Ponto
• Linha
• Cor
• Textura
• Relevo
• Luminosidade
• Ritmo visual
• Volume
• Folclore - Música e Cultura Brasileira
• Melodia
• Ritmo
• Timbre
• Densidade
• Dinâmicas e improvisação
• Jogos Teatrais
6a Série
• Arte Indígena
• C. Bidimensional
• Pintura
• Desenho
• C. Tridimensional
• Modelagem – escultura
• Ritual
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• Formas animadas
• Instrumentos musicais
• Arte Popular Brasileira e Paranaense (Desafios Contemporâneos – meio
ambiente)
• Expressionismo
• Abstracionismo
• Impressionismo
• Composição Bidimensional
• Figurativo e abstrato
• Geométrica
• Ponto
• Linha
• Cor
• Textura
• Relevo
• Luminosidade
• Ritmo visual
• Composição Tridimensional
• Espaço
• Música- Renascimento/Neoclássica / Sertaneja / Raiz/Vocal
Étnica/Contemporânea Brasileira – Paisagem Sonora
• Improvisação
• Duração
• Timbre
• Instrumentos musicais
• Melodia
• Estrutura
• Altura
• Ritmo
• Densidade
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• Movimento Corporal
• Ação
• Dinâmicas e níveis
• Jogos Teatrais
• Comédia dell’arte
• Formas animadas
7a Série
• Vanguardas - Op art
• Arte Brasileira
1. Arte Contemporânea
2. Cinema Novo –Cenografia – Texto Dramático – Jogos Teatrais -Representação
3. Personagem
4. Realismo
5. Classicismo
• Pop Art e Indústria Cultural
1. Composição Bidimensional
2. Figurativo e abstrato
3. Ponto
4. Linha
5. Forma
6. Cor
7. Textura
8. Contraste
9. Relevo
10. Luz
11. Gravura
12. Ritmo visual
13. Simetria
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• Composição Tridimensional 1. Escultura
2. Espaço
• Música: Sertanejo pop, Afro-brasileira; Erudita; Rap, Rock, minimalista; Eletrônica; Contemporânea;
Tecno (Tonal/ Modal)
1. Sonoplastia
2. Melodia
3. Harmonia
4. Duração
5. Altura
6. Timbre
7. Ritmo
8. Densidade
• Dança
1. Musicais
2. Moderna; Clássica; Hip Hop
3. Dinâmicas e níveis
4. Indústria Cultural
5. Espetáculo
8a Série
• Muralismo
• Arte Engajada
• Romantismo
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• Pré Colombiana
• Dadaísmo
• Arte Brasileira
1. Música Popular Brasileira
2. Grafite
• Arte Paranaense
1. Música Contemporânea; Rock; Punk; Romantismo
• Vanguardas Artísticas
• Composição Bidimensional
1. Figura e fundo
2. Figurativo
3. Perspectiva
4. Semelhanças
5. Ponto
6. Linha
7. Cor
8. Textura
9. Volume
10. Relevo
11 Luminosidade
12. Ritmo visual
• Composição Tridimensional
1. Espaço
• Hip-Hop
1. Som
2. Timbre
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3. Ritmo
4. Densidade
• Performance
- Dinâmicas e níveis
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O método de ensino de Arte, pode ocorrer com uso de obras de arte, textos, músicas, teatro,
dança, dinâmicas, uso de diversos meios de comunicação da imagem e outros, promovendo
apreciação, análise dos elementos estéticos, reflexão e produção, associando sempre ao momento
histórico (contexto) em que a obra foi produzida com o contexto dos alunos.
Deve- se pensar nos conteúdos com o intuito de oferecer possibilidades dos alunos pensarem
criticamente, desenvolvendo práticas que contribuam para a formação de cidadãos ativos, que lidem
com a diversidade de modo positivo na arte e na vida.
O método deve promover o conhecimento que permita aos alunos situar à produção da arte.
Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte,
três momentos:
- Teorizar: fundamentar e possibilitar ao aluno perceber e apropriar a obra artística, bem
como, desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
- Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso obra de arte.
- Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra
de arte.
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou separados do
contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área de conhecimento que interage
nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são
construções históricas que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
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AVALIAÇÃO
Processual: discutindo as dificuldades e progressos do educando a partir da sua criação /
produção tanto individual e coletiva. Diagnóstica: a partir dos conhecimentos artísticos e estéticos,
levando em conta a sistematização e significação da realidade e do lúdico para o educando. Auto -
avaliação: quanto ao professor , deverá verificar a eficiência da metodologia utilizada, quanto ao
educando, a partir da seleção de amostra da produção individual, o aluno identificará seu processo
de compreensão , interpretação, reflexão, crítica, análise, recriação e reinterpretação do seu
trabalho.
A sistematização para os alunos preocupa- se com o desenvolvimento do olhar e do sentir, na
perspectiva do processo de fazer, contendo a intenção de construção de significados. Os alunos se
envolverão em práticas sensíveis de produção, apreciação e reflexão artística. Nelas, desenvolvem
os saberes culturais que permitem conhecer e comunicar a arte e seus códigos na experiência
cotidiana, na formação da identidade e na consciência de uma sociedade multicultural.
A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção
individual e coletiva desenvolvida a partir desses saberes. É necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois a avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e aponte caminhos para
o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e
compartilha a produção do aluno.
A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição de
apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo
dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o
desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos
para a leitura da realidade.
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Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam nos
critérios para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção
dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental.
Curitiba:SEED, 2009.
______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações étnico-raciais.
Curitiba: SEED/-PR, 2009. (Cadernos Temáticos).
Novos Caminhos – Música, Movimento e Artes Visuais
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9.1.3 CIÊNCIAS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde o surgimento da humanidade, o homem tenta resolver seus problemas e ensaia
explicações sobrenaturais. Produzir ciência faz parte da atividade humana. Ensinar como o
conhecimento é produzido exige pensá-lo numa dimensão de historicidade, considerando que o
processo de produção é determinado pelas condições sociais da época. A ciência nasceu da
contemplação da natureza. Explicações sobrenaturais para os fenômenos satisfaziam às civilizações
primitivas. Essas explicações eram passadas de pai para filho dentro das pequenas comunidades, e
isso perdurou até a instituição da escola. Surge a ciência experimental onde o mundo é observado a
partir do real, do observável. Essa nova concepção da ciência tem exercido influência nas propostas
de ensino surgidas recentemente. ( C Baptista, 2002).
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Ao ser humano cabe conhecer para respeitar os seres vivos e os
fenômenos que permitam a sobrevivência dos mesmos buscando a integração do homem com o
meio ambiente, através dos preceitos de sustentabilidade.
Conscientizar o educando sobre a importância do estudo da Ciências, tendo em vista que
estuda os seres vivos, suas atividades, bem como as interações entre estes e o ambiente. Ressaltar
a importância do conhecimento e respeito aos seres vivos e suas condições de sobrevivência .
Buscar a integração do homem com o meio ambiente, através do conhecimento de Desenvolvimento
Sustentável.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza o conjunto de
elementos integradores que constitui o universo em toda sua complexidade. Ao homem cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida; permitindo aos alunos estabelecer relações entre o mundo natural, o mundo construído pelo
homem e seu cotidiano, objetivando o conhecimento e a prática social, potencializando a função
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social da disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,
conseqüentemente, influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes transformadores.
Desse modo, justifica-se a necessidade do ensino de ciência no Ensino Fundamental porque
este explica as necessidades históricas que levavam o homem a compreender e apropriar-se das
leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais, construindo-se em um processo
humano, inerente a fenômenos naturais, que torna- se fenômeno social, econômico, vinculando-se
às relações de poder existente na sociedade.
Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que não é único,
nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o conhecimento foi produzido,
as necessidades materiais da humanidade, a movimentação social para atendê-las, o grau de
desenvolvimento da tecnologia, as idéias e os saberes previamente elaborados, prezando pelo
saber sistematizado e elaborado, cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma
abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.
Assim sendo, torna-se imprescindível a disciplina abordar também dados sobre a História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena, em cumprimento da Lei 11.645/08, que influenciaram e
influenciam ainda a cultura do país, principalmente no que tange aos hábitos alimentares e aos
costumes.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também
às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e
as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e
daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza nos
diversos momentos históricos.
OBJETIVOS
♦♦♦ Pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente.
♦♦♦ Classificar biologicamente os seres vivos de acordo com suas características;
♦♦♦Entender o processo de origem da vida, do universo e do Sistema Solar, bem como as suas
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influencias nos seres vivos;
♦♦♦ Identificar as camadas da Terra e suas influencias nos seres vivos;
♦♦♦ Conhecer a diversidade, o equilíbrio e a energia nos ecossistemas;
♦♦♦ Conhecer as características vitais de um indivíduo ou organismo;
♦♦♦ Classificar e identificar as diferenças entre os grupos vegetais;
♦♦♦Conhecer a estrutura celular e os tecidos, bem como diferencia-los reconhecendo a importância
dos mesmos para os organismos;
♦♦♦ Compreender as divisões e o funcionamento do corpo humano, bem como as doenças que
podem nos atingir;
♦♦♦Conhecer a importância da química no nosso dia a dia;
♦♦♦Conhecer a estrutura atômica e os elementos químicos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências serão elencados levando em
consideração os conteúdos estruturantes:
1. Astronomia:
2. Sistemas biológicos;
3. Biodiversidade;
4. Energia;
5. Matéria;
5ª série
Conteúdos Básicos:
- Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases
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da Lua, constelações, dias e noites.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros, meteoritos, cometas.
- Matéria
Constituição da Matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas,
solos, rochas, minerais, água.
- Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular, pluricelular,
procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
- Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
- Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, população.
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)
6ª série
Conteúdos Básicos:
- Astronomia
Astros – Constituição físico-química dos astros.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
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- Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a
Terra antes do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,
núcleo terrestre, estrutura química da célula.
- Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas
animais e vegetais,
- Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica.
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos,
sistemas endotérmicos,
- Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – , diversidade das espécies, extinção de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida,
geração espontânea.
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,populações.
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7ª série
Conteúdos Básicos:
- Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera
celeste e suas coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo
( Teorias Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito, modelos de
Universo inflacionário, modelos de Universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia
moderna.
- Matéria
Constituição quimíca da matéria – alimentos, sangue, tecidos.
- Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais, estrutura e
funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de diferentes seres vivos,
sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade
de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades,
como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial, sistema reprodutor ,
sistema de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene, DNA, RNA,
mitose, meiose.
- Energia
Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia, nuclear, energia
elétrica, energia química, energia eólica.
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- Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas.
8º série
Conteúdos Básicos
- Astronomia
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
- Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos,
íons, ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais,
bases, óxidos,lei da conservação da massa,compostos orgânicos.
Propriedades da matéria – Massa, volume densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,
indestrutibilidade, impenetrabilidade ,maleabilidade,ductibilidade, flexibilidade, elasticidade,
permeabilidade, condutibilidade, dureza,tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
- Sistemas Biológicos
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Noções de hereditariedade, cromossomos,
gene, DNA, RNA, mitose, meiose.
- Energia
Conversão de Energia - Sistemas semi- conservativos, ciclos de matéria, eletromagnetismo,
movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência,eletromagnetismo, conversão de
energia potencial em cinética.
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia,
leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.
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- Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecífica
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia de ensino das Ciências Naturais, busca o envolvimento de processos
organizados e integrados, relacionando o ser humano com a natureza, considerando o
conhecimento prévio do educando, integrando a ele os conhecimentos científicos por meio deste
encaminhamento metodológico:
• Uso de aulas expositivas e dialogadas;
• Leituras e discussões de textos,
• Produção de cartazes, folders ou jornais;
• Desenhos e montagens de materiais didáticos;
• Uso da TV multi meios;
• Debates e seminários;
• Aulas experimentais e práticas.
Diante de todas as considerações propõe- se alguns encaminhamentos metodológicos que são
valorizados no ensino de ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a
interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a
atividades em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico,
utilizando na prática para garantir o processo ensino-aprendizagem recursos pedagógicos e
tecnológicos que enriqueçam a prática docente como: livro didático, texto de jornal, figuras, quadro-
de-giz, televisor, computador, pen drive, etc; recursos instrucionais como gráficos, tabelas e outros e
de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, exposições de ciências,
seminários e debates.
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AVALIAÇÃO
O instrumento de investigação da prática pedagógica atua como uma dimensão formadora
por meio de um processo avaliativo que tem como princípio obter um diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem, permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica,
acompanhar o desempenho no presente e buscando práticas alternativas e modificando as
insuficientes, tendo como embasamento as diretrizes curriculares.
A partir disso, o educador pretende valorizar a condições histórico-culturais do educando a fim
de formar pessoas críticas e reflexivas, capazes de adquirirem um desenvolvimento intelectual
gerando cidadãos com autonomia em suas próprias ações.
Nesse contexto, faz- se necessário repensar os instrumentos de avaliação, para que os
objetivos possam ser atingidos de forma reflexiva e não apenas por memorização, sendo que estes
podem ser por meio de uma aula teórico- prática, experimental, expositiva dialogada, entre outros.
REFERÊNCIAS
BERTONI, D.; SANTOS, E.; ROCHA, M.; TONON, R. J.; CABRAL, T. M.. Diretrizes curriculares da
Educação Básica de Ciências do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.
DEPARTAMENTO DE EDUCACAO BÁSICA. Grupos de Estudos. 2. Encontro.
Avaliação: Um processo intencional e planejado.
GOWCLAK, D; MARTINS, E. Ciências: Novo Pensar. Ed. Renovada. São Paulo:FTD, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental.Curitiba: SEED, 2008.
______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações
étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).
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9.1.4 EDUCAÇÃO FÍSICA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a
contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a inovar, criar
movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a este novo mundo, que
exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos
conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de construção do
conhecimento a partir da re-elaboração de idéias e práticas que intensificam a compreensão do
aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a vida e influência na
comunidade.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Ed. Física (2008, p.50-51), propõe- se que a
Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante
os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental
importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores,
alunos e da comunidade.
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a
Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida
humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar
articulada ao projeto político- pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e
ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. O compromisso do professor
de Ed. Física, tal como o de todos os professores, é com o projeto de escolarização instituído na
escola, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os
conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura Corporal,
exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.
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Busca- se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto
que a superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada
objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,
procura- se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,
relacionando- o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
OBJETIVO GERAL
*** Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania, no
entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando atitudes de
respeito, solidariedade e cooperação estimulando todas as formas de manifestações e linguagens
corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do
ambiente de convívio.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Entender os princípios fundamentais do jogo, suas diferenças em relação ao esporte, sendo
capaz de propor novas regras e situações, criando assim novas formas de jogos e de jogar;
• Conhecer e vivenciar os esportes mais praticados pela população, bem como seu histórico,
regras e fundamentos;
• Perceber e praticar as diversas formas de ginástica, sua importância para a qualidade de
vida das pessoas;
• Entender a importância da dança enquanto elemento formador da cultura de cada
sociedade, participando e respeitando as diferenças de ritmos.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE :
“A expressividade corporal” e sua interação com:
• Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquetebol, Atletismo, Tênis de mesa, Futsal, Xadrez;
• Jogos e brincadeiras;
• Dança;
• Ginástica;
• Lutas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª série:
• Origem/histórico dos esportes;
• Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.
• Fundamentos básicos;
• Brincadeiras de rua / populares;
• Brincadeiras de roda;
• Jogos de tabuleiro;
• Jogos de estafetas;
• Jogos dramáticos e de interpretação;
• Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
• Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos; • Construção dos
Brinquedos;
• Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro;
• Danças folclóricas;
• Atividades de expressão corporal;
• Cantigas de roda;
• Origem e histórico das danças;
• Contextualização da dança;
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• Atividades de criação e adaptadas;
•Movimentos de experimentação corporal (seqüência de movimentos)
• Ginástica artística;
• Atividades circenses;
• Ginástica natural;
• Origem e histórico da ginástica artística;
• Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda);
• Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas;
• Cultura do Circo;
• Consciência Corporal;
• Lutas: Judô e Capoeira;
• Origem e histórico das lutas;
• Atividades que utilizem materiais alternativos;
• Jogos de oposição;
• Musicalização;
• Ginga, esquiva e golpes;
6ª série:
• Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;
• Noções das regras e elementos básicos;
• Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
• Sentido da competição esportiva;
• Jogos e brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de interpretação;
• Jogos de raquete e peteca;
• Jogos cooperativos;
• Jogos de estafetas;
• Jogos de tabuleiro;
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras.
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• Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.
• A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.
• Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
• Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro.
• Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
• Hip Hop: Break;
• Dança folclórica;
• Dança criativa;
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
. Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas ;
Criação e adaptação de coreografias.
• Construção de instrumentos musicais.
• Ginástica;
• Atividades circenses;
• Ginástica rítmica;
• Ginástica artística;
• Ginástica natural;
• Aspectos históricos e culturais da ginástica;
• Noções de posturas e elementos ginásticos;
• Cultura do Circo;
• Lutas: Capoeira e Judô;
• Origem das lutas, mudanças no decorrer da história jogos de oposição;
• Ginga, esquiva e golpes;
• Rolamentos e quedas;
7ª série:
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
• Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento,
condicionamento físico.
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• Esporte e mídia.
•Esporte: benefícios e malefícios à saúde Prática dos fundamentos das diversas modalidades
esportivas;
• Jogos e brincadeiras;
• Jogos cooperativos;
• Jogos intelectivos;
• Jogos de raquete e peteca
• Jogos de tabuleiro
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.
• Festivais;
• Estratégias de jogo;
• Hip Hop;
• Danças folclóricas;
• Dança de rua;
• Dança de salão;
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;
• Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, MC, GRAFITE E BREAK).
• Elementos e técnicas de dança Esquetes (são pequenas seqüências cômicas).
• Montar pequenas composições coreográficas;
• Ginástica artística;
• Ginástica rítmica;
• Ginástica geral;
• Atividades circenses;
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
• Noções de postura e elementos ginásticos.
• Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,pensando suas
mudanças ao longo dos anos.
• Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
• Movimentos acrobáticos;
• Lutas: Capoeira e Judô;
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• Roda de capoeira;
• Projeção e imobilização;
• Jogos de oposição.
8ª série:
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
• Esporte de rendimento X qualidade de vida.
•Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
• Regras oficiais e sistemas táticos.
• Súmulas, noções e preenchimento.
• Scalt.
• Conhecimento popular X conhecimento científico.
• Relação Esporte e Lazer.
• Função social.
• Esporte e mídia.
• Esporte e ciência.
• Doping e recursos ergogênicos.
• Nutrição, saúde e prática esportiva.
• Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.
• Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
• Jogos e brincadeiras
• Jogos populares, jogos competitivos, jogos cooperativos, jogos de tabuleiro e Jogos
intelectivos;
• Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
• Organização de eventos.
• Dinâmica de grupo.
• Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.
• Recorte histórico delimitando tempo e espaço
• Dança folclórica e dança de salão
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• Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.
• Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.
• Interpretação e criação coreográfica.
• Alongamento, relaxamento e consciência corporal
• Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
• Diferentes tipos de dança.
• Organização de Festival de Dança.
• Aulas teóricas, práticas e expositivas;
•Observação individual para verificação de possíveis necessidades e progressos;
• Apresentação de vídeos e transparências;
• Pesquisa e diálogo com as outras áreas do conhecimento;
• Aulas práticas com exercícios específicos, de acordo com a modalidade esportiva;
• Seminário.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
• Problematização do conteúdo → Reflexão / Intervenção → Avaliação.
• Aulas teóricas, práticas e expositivas;
• Observação individual para verificação de possíveis necessidades e progressos;
• Apresentação de vídeos e transparências;
• Pesquisa e diálogo com as outras áreas do conhecimento;
• Aulas práticas com exercícios específicos, de acordo com a modalidade esportiva;
• Seminário.
RECURSOS DIDÁTICOS
• Quadra. Bolas, Quadro e giz, Som, Filmes, TV Pendrive;
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Historicamente o termo avaliação, vem sendo discutido por professores, mestres, e
comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais segurança na aplicação e na
medição do desempenho e das capacidades físicas. Os elementos utilizados para esta avaliação
nem sempre são corretos ou formalizam a conquista de seus objetivos. No geral se caracteriza
como seletiva, classificatória e punitiva e é de consciência coletiva que não qualifica e nem mensura
o conhecimento ou aprendizagem do educando. Busca- se chegar a uma forma de avaliar onde
professor e aluno sintam-se à vontade para discutir o termo ensino-aprendizagem com
responsabilidade e de forma a priorizar a qualidade, o diagnóstico e a continuidade do processo no
ambiente escolar.
Na avaliação diagnóstica, progressiva e contínua serão utilizados os seguintes instrumentos
e critérios:
• Pesquisas individuais e em grupo;
• Trabalhos práticos individuais e coletivos;
• Teste de conhecimentos podendo ser oral ou escrito;
• Participação em aula
• Criatividade na apresentação de trabalhos práticos;
• Organização;
• Cooperação;
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Ed. Física para o Ensino Fundamenta e Ensino Médio l.
Curitiba: 2008.
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9.1.5 - ENSINO RELIGIOSO
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A escola possui como objeto de trabalho construído historicamente: o conhecimento científico.
O desafio da escola persiste em como relacionar tal conhecimento com o conhecimento empírico do
aluno, mediando saberes também historicamente construídos e os desafios sociais/culturais
exigidos na contemporaneidade. Ingênuo seria se afirmássemos a ver receitas, fórmulas ou métodos
prontos e definitivos - estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico
entre sociedade/escola/sociedade se constituem.
O Ensino Religioso constitui- se como disciplina, com um novo olhar, com uma nova
perspectiva configurada na LDBEN 9394/96, artigo 33 e nova redação na LEI 9475/97, superando o
proselitismo no espaço escolar. O entendimento sobre esta importante e fundamental área do
conhecimento humano implica em uma concepção que tem por base o multiculturalismo religioso.
Neste enfoque o sagrado e suas diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a
realidade, numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do
conhecimento religioso.
A trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes momentos e, diante da
sociedade globalizada e multicultural da atualidade, requer uma nova forma de ser pensado e
entendido na sua implementação no âmbito do espaço escolar.
Nesta perspectiva, o conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, legalmente
institui- se na escola, e pressupõe promover aos educandos oportunidade de se tornarem capazes
de entender os movimentos específicos das diversas culturas. Requer ainda,o entendimento e a
reflexão do espaço escolar diante do reconhecimento da justiça e dos direitos de igualdade civil,
social, cultural e econômico, bem como a valorização da diversidade daquilo que distingue os
diferentes componentes culturais de elaboração histórico-cultural da nação brasileira. Como a
convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo preconceito, um dos grandes desafios da
escola é conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade brasileira.
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Portanto, é proposto ao aluno, nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes
manifestações religiosas presentes na sociedade. Essa compreensão deve favorecer o respeito à
diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da sociedade.
O Ensino Religioso, disciplina obrigatória nas escolas públicas do Estado do Paraná, está
regulamentada pela Lei 9475, que dá nova redação ao artigo 33 da Lei 9394/96, pela Instrução
05/04 – SEED / SUED / DEF e pela deliberação 01/2006.
Hoje a sociedade civil, reconhece como direito os pressupostos desse conhecimento no
espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as suas formas, respeitando a
formação dos diferentes grupos da sociedade brasileira.
Nessa perspectiva, o Ensino Religioso, contribui também para a superação da desigualdade
étnico-religiosa e vem garantir o direito constitucional de liberdade, de crença e expressão, conforme
Art 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira.
O que busca hoje o Ensino Religioso é a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de
manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as
relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.Para isso lançará mão
também do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e de História do Paraná
segundo a especificidade da disciplina sempre que houver oportunidade.
Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de conceitos básicos no campo
religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da
afirmação ou negação do sagrado.
A abordagem dos conteúdos em Ensino Religioso terá como objeto de estudo o Sagrado, por
contemplar algo que está presente em todas as manifestações religiosas.
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OBJETIVOS
*** Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
*** Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade Religiosa e cultural;
*** Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de e identidade de cada grupo
social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES;
Textos Sagrados –
Paisagem Religiosa –
Universo Simbólico Religioso.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª. série
– Respeito à diversidade religiosa
– Lugares sagrados
– Textos sagrados orais e escritos
Organizações religiosas
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6ª Série
Universo simbólico religioso
Ritos
Festas religiosas
Vida e morte
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos podem ser trabalhados
conforme os seguintes aspectos:
dos ritos;
dos mitos;
do cotidiano;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Pensar o encaminhamento metodológico de uma disciplina, não se reduz a determinar
formas, métodos, ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas pressupõe um (re) pensar e
refletir sobre que concepção se possui do processo de ensino e de aprendizagem, que vínculos se
estabelece com os alunos e ainda o entendimento de como esse aluno aprende.
O encaminhamento da disciplina do Ensino Religioso considera os pressupostos da proposta
curricular do Estado do Paraná que define a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes
escolares das disciplinas com base nas reflexões que contemplem a visão de homem, de mundo e
de escola.
Assim sendo, ao delinear o encaminhamento das aulas de Ensino Religioso considerará os
seguintes pressupostos:
*** A superação, pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou a presença de qualquer
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cultural e as relações que estabelecem;
*** A necessidade da construção, reflexão e socialização do conhecimento religioso que crença
religiosa, toda forma de proselitismo, bem como a discriminação de toda e qualquer expressão do
sagrado;
*** Considerar as diversas manifestações do sagrado como sendo componentes do patrimônio
proporcione ao indivíduo sua base de formação integral, de respeito e de convívio com o diferente.
O Ensino Religioso como componente curricular busca a compreensão cultural por meio da
elaboração de suas temáticas, a relação na manifestação do sagrado em sua profunda diversidade.
AVALIAÇÃO
O Ensino específico o Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não
terá registros de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da matrícula na disciplina.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes
situações de ensino e aprendizagem, ou seja, através do comportamento, das atitudes dos alunos
frente aos colegas, profissionais da educação e comunidade em geral. De fato, a apropriação do
conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes situações de ensino e
aprendizagem. Eis algumas sugestões de observação por parte do professor:
- em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo
social?
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- o aluno emprega conceitos adequados para referir- se às diferentes manifestações do sagrado?
Diante da sistematização das informações obtidas da avaliação, o professor terá elementos
para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, para retomar as lacunas
identificadas na aprendizagem do aluno, e terá elementos para dimensionar os níveis de
aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.
Depois da avaliação, o professor de Ensino Religioso terá, também, indicativos para a própria
avaliação pedagógica ou a imediata reorganização do que já tenha trabalhado. Apesar de não haver
aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda- se
que o professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao
aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina. Por meio
dessa prática, o aluno terá oportunidade de retomar conteúdos e conhecimentos que o auxiliam a
compreender melhor a diversidade cultural, da qual a religiosidade é parte integrante. Finalmente, o
aluno poderá articular o Ensino Religioso aos demais componentes curriculares que abordam
aspectos relativos à cultura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba: SEED – EF,
2008.
______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações
étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos
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9.1.6 GEOGRAFIA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O trabalho geográfico desempenha a função de compreender e intervir na realidade social,
mostrando ao aluno que as sociedades e a natureza formam um integrado. Dentro deste contexto criar
e planejar situações de aprendizagem através da observação, descrição e analogia são necessários
para o aprendizado, a compreensão e a representação do conteúdo geográfico.
A organização espacial e as relações sociais que se desenvolvem desempenham o papel da
compreensão e passamos a perceber a existência de uma totalidade de que é a sociedade produzindo
e reproduzindo o espaço para nele estabelecer, relacionando- se com a natureza e este espaço
geográfico como parte de estratégia de sobrevivência de todos os seres.
O ensino e a aprendizagem de Geografia é, portanto, um processo de continuidade, é mais do
que o estudo destas relações entre o físico e o humano, a possibilidade de estabelecer relações éticas
de convergência entre o homem e a natureza. O aluno observa, descreve, representa
cartograficamente ou por imagens os espaços, seleciona informações, explicações e expressa seus
pensamentos e opiniões.
Os conhecimentos se relacionam entre sociedade e cultura, e a compreensão do mundo pode se
ampliar. Dentro desta área, o jovem passa a discutir fases da história das técnicas, do trabalho e das
concepções da natureza, integrando o global, regional e o local.
Assim, a Geografia tem um papel importante na formação de cidadãos conscientes e
responsáveis, sendo instrumento para relacionar os acontecimentos que ocorrem nas mais distantes
partes do nosso planeta e o ritmo das transformações.
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O estudo da Geografia permite compreender o mundo em que vivemos. Seu objeto de
investigação é o espaço geográfico, ou seja, o espaço da sociedade humana, em que homens e
mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações possibilitando sua construção e
reconstrução. O espaço geográfico é compreendido a partir dos conceitos básicos como: sociedade,
natureza, território, região, paisagem e lugar, visto sob uma perspectiva mais ampla, isso quer dizer,
estruturada a partir da dimensão econômica, sócio-ambiental, cultural, demográfica e geopolítica.
Tal proposta está embasada na Geografia Crítica, uma vez que esta compreende o espaço
geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana, enfatizando a dimensão
econômica da produção deste espaço, com destaque para as atividades industriais, rompendo por suas
vez com o ensino tradicional da geografia. Desta forma, no espaço geográfico ocorrem as
manifestações da natureza e as atividades humanas. Conhecê-lo bem é a garantia para um
posicionamento inteligente e responsável. Durante muito tempo o homem vem transformando o espaço
natural em seu benefício, o que implica em problemas que não dizem respeito apenas aos geógrafos,
mas longe disso, referem-se a todos os cidadãos. Estes por sua vez devem ser levados a pensarem o
mundo em que vivem a partir de suas condições reais de existência, ou seja, integrados criticamente na
sociedade e, participando ativamente de suas transformações.
Em conformidade com a lei 11.645/08, que trata da inserção dos conteúdos de História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena nos currículos escolares, a geografia que tem como objeto de
estudo o espaço geográfico e suas inter-relações, propõe ações que possibilitem o contato com esta
cultura, objetivando a valorização a valorização da diversidade étnica brasileira. Tais abordagens serão
tratadas através dos conteúdos específicos derivados dos conteúdos estruturantes no decorrer da
relação ensino-aprendizagem no cotidiano escolar.
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Desta maneira a Geografia enquanto disciplina e área do conhecimento científico aparece como
possibilidade de pensar o mundo real e a sociedade num mundo fragmentado apesar de global. Diante
disso, também será tratado nesta disciplina conteúdos referentes à História do Paraná, a fim de se
vislumbrar a organização sócio-espacial, fatos históricos, entre outros.
O estudo da disciplina justifica-se porque entendemos que a formação do cidadão é
imprescindível num mundo em que a informação é rápida e em pouco tempo tudo passa a ser obsoleto.
O processo de formação envolve o tempo da reflexão, da análise e da critica profunda acerca do
“mundo globalizado”. A geografia enquanto disciplina científica apresenta grande relevância na
formação do cidadão e contribui como instrumento analítico da sociedade e do espaço geográfico.
Acreditamos também que “o ato de conhecer transforma o indivíduo e sua condição de mundo, o
que o transporta para novos modos de ver o mundo”. Desta maneira “a geografia aparece como
possibilidade de pensar o mundo real e a sociedade num mundo fragmentado, apesar de global”.
Devemos entender que ciência é também política, portanto o cientista da geografia deve saber porque é
utilizada, como é utilizada e em favor dos interesses de quem é ela é utilizada. Desta forma
possibilitará uma formação de qualidade ao educando, contribuindo para sua compreensão de mundo
partindo das três dimensões recorrentes e articuladas dos estudos geográficos que é “a singularidade
do local, a particularidade do regional e a universalidade do global”.
Concluímos com isso que para levar o aluno a ter uma compreensão desses aspectos, é
relevante considerar “os conteúdos básicos propostos para cada série do Ensino Fundamental, que
além de ser um direito deste na etapa de sua escolarização é extremamente importante para sua
formação cidadã.
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OBJETIVO
• Oportunizar conhecimentos aos educandos que possibilitem sua atuação como agente co-
responsável do espaço geográfico, dentro da dinâmica econômica, política, sócio- ambiental.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
*** Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de como as paisagens,
os lugares e os territórios se constroem;
*** Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedades e suas consequências em diferentes
espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação propositiva e
reativa nas questões socioambientais locais;
*** Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o
papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar;
*** Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas
dinâmicas e interações
*** Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os
seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar- se em democratizá- las;
*** Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a paisagem, o
território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e
contradições
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*** Compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem , desde as imagens,
música e literatura de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que
interprete, analise e relacione informações sobre o espaço;
*** Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos
fenômenos geográficos;
*** Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo- os como direitos
dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia .
*** Compreender os temas relativos aos Desafios Educacionais Contemporâneos – DECs
(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de Drogas e, Sexualidade), estabelecendo
relações destes temas com os conteúdos curriculares do ensino de Geografia.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia da Geografia possibilita ao aluno a construção de uma consciência crítica, coletiva
articulada, conhecendo o espaço geográfico, aproveitando o conhecimento vivido pelo aluno,
desenvolvendo relações entre espaços distantes e sua realidade, analisando e diferenciando conceitos
importantes, básicos para entendimento de geografia.
Empregado, para a abordagem dos conteúdos, a exposição oral com abertura de um espaço
para questionamento e contribuições dos alunos é fundamental, pois consecutivamente, os alunos
elaboram um texto dissertativo sobre o tema da forma de exercícios interpretativos.
Durante o desenvolvimento das atividades faz- se o uso de mapas,globo maquetes, fotografias,
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cartazes, reportagens, história em quadrinho, músicas, poemas, além de recurso audio - visual ,
imagens com o pendrive,mapas, fotografias e seminários, são recursos e métodos, são constantemente
usados para a área disciplinar, principalmente para apresentar uma associação dos fenômenos físicos
da natureza com processos de mudança humana.
Dentro desses aspectos, observamos que o Ensino Fundamental no terceiro e quarto ciclo
consideram a leitura das paisagens, a observação, a descrição, a explicação, a interação, a análise, o
trabalho de tempos diferentes, destacando benefícios e problemas.
Para a descrição dos lugares, é necessário explicar como fatores os constituem e se organizam,
podendo- se utilizar trabalho de campo, sempre que necessário e possível.
Nenhum estudo geográfico tende a pesquisa a representação cartográfica.
Na leitura da paisagem, reconhece- se seus elementos sociais, culturais ou naturais e a
interação existente entre eles. Observando o processo de transformação, compara- se a mesma
paisagem em tempos diferentes, destacando benefícios e problemas.
Para a descrição dos lugares, é necessário explicar como fatores os constituem e se organizam,
podendo- se utilizar trabalho de campo, sempre que necessário e possível.
Nenhum estudo geográfico tende a deixar de lado a representação cartográfica, porque sempre
definem uma extensão, pois compreender a utilização desta linguagem amplia as possibilidades dos
alunos de extrair, comunicar e analisar informações em vários campos do conhecimento.
Não se pode desarticular que a construção do conhecimento depende mesmo do aluno.
Informações obtidas por meio da televisão, vídeo cassete, rádio, gravador e computador trazem
informações sobre o campo e a cidade, questões ambientais, povos, nações, construção de territórios,
entrevistas e noticiários, observações, comparação, análise de diferentes cenários, enciclopédias,
livros, revistas, jornais, bibliotecas eletrônicas, por meio de softwares e sites na Internet (quando
existir).
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Concluímos que o educador nas interações educativas, cria desafios, revelando a realidade do
mundo para ter clareza dos limites de sua intervenção, não eliminando a criatividade e a iniciativa dos
alunos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos de cada série serão elencados levando-se em consideração os
seguintes conteúdos estruturantes:
A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço
A Dimensão Socioambiental
A Dinâmica Cultural demográfica
A Questão Geopolítica
5º SÉRIE:
A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço:
- O homem, as paisagens e o espaço geográfico;
- O lugar e a localização no espaço geográfico;
- A representação do espaço geográfico.
- A atividade industrial e as fontes de energia;
- A agropecuária;
- O comércio, os transportes e as comunicações;
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- O Turismo.
Questão Geopolítica
- A sociedade e a cidadania;
- A sociedade e o trabalho;
Dinâmica Cultural Demográfica
População – crescimento e condições socioeconômicas;
A concentração da população no meio urbano e a ocupação do espaço urbano no Brasil
Dimensão Socioambiental
Atmosfera – condições naturais e ação humana
Climas e as formações vegetais da terra
Hidrosfera e a importância da água para a sociedade
A Litosfera e o relevo terrestre – condições naturais e a ação humana
6º SÉRIE:
QUESTÃO GEOPOLÍTICA
Poder político, estado e organização do espaço;
As desigualdades sociais no Brasil;
Crescimento econômico e concentração de riquezas
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Indicadores sociais: saneamento básico, renda, saúde, educação
Dimensão Socioambiental
- A formação do território brasileiro;
- A paisagem natural brasileira e a ação humana;
- A sociedade e a economia no Brasil;
Dimensão Econômica De Produção Do / No Espaço
A indústria brasileira;
O espaço geográfico e o nível de desenvolvimento econômico - social
Dinâmica Cultural Demográfica
- A urbanização brasileira;
- A população brasileira;
- A regionalização no Brasil;
- O nordeste;
- O centro-sul;
- A Amazônia
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7ª SÉRIE:
GEOPOLÍTICA
- O capitalismo e a formação do espaço mundial;
- A revolução técnico-científico e a globalização;
- A urbanização e as cidades globais;
- Desenvolvimento / subdesenvolvimento e regionalização do espaço mundial;
- A América Latina – países subdesenvolvidos industrializados e paises exportadores de
produtos primários;
Cuba – O Socialismo na América;
Dinâmica Cultural Demográfica
- América;
- O Relevo e a hidrografia do continente Americano;
- O clima e as paisagens vegetais na América;
- A população Americana;
- A integração na América e a formação dos Blocos Econômicos;
- Os EUA a superpotência mundial;
- O Canadá;
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8ª SÉRIE:
GEOPOLÍTICA
- Geopolítica e a economia mundial no século XX;
- A globalização e a formação dos blocos econômicos;
Dinâmica Cultural Demográfica
- Europa – o espaço natural;
- Europa – a sociedade;
- Europa – espaço econômico;
- Rússia;
- Ásia;
- Oriente Médio;
- Japão e Tigres Asiáticos;
- A China;
- A África – a influência externa e o espaço natural;
- A África – espaço socioeconômico;
- A Oceania;
Dimensão socioambiental
- A questão ambiental no Mercosul;
- Problemas ambientais urbanos
- A degradação ambiental
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- As alterações da natureza provocadas por fenômenos naturais
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser considerada como parte integrante do trabalho realizado em sala de aula e
tem como objetivo principal ajudar os alunos a aprenderem. É por meio que podemos repensar o
trabalho e os procedimentos adotados em sala de aula e identificar os avanços e as dificuldades do
grupo; individualmente, serve para propor as intervenções necessárias. Embora todos os componentes
curriculares sirvam como indicadores do avanço de cada aluno e do grupo, é preciso ter clareza sobre:
• A importância geográfica do que se vai solicitar aos alunos;
• O melhor caminho para avaliar;
• A escolha do instrumento
• A utilização de vários instrumentos. Devem ser realizadas diferentes avaliações para que sejam
atendidas as diferenças individuais existentes no grupo;
• O tempo disponível para este tipo de avaliação;
• Os elementos que dificultarão ou auxiliarão os alunos
• Apresentação de esquemas, gráficos, tabelas e mapas dos conteúdos trabalhados;
• Leitura e interpretação de textos: internet, jornal, revistas, livros, etc.; Produção de textos
• em grupo e individual; Pesquisas bibliográficas; Elaboração de relatórios de atividades de
campo/extra- classe;Apresentação de teatro, seminários, fotografias, etc.; Construção de maquetes.
A avaliação desenvolvida deverá ser diagnostica e continuada, contemplando a metodologia e
recursos propostos para os conteúdos desenvolvidos, proporcionando, acima de tudo, como resultado,
a pesquisa, a interpretação, a analise critica e, principalmente, a compreensão de que precisamos,
através da relação dialógica professor-aluno, construir na interação entre na teoria referencial de
sociedade/espaço e natureza com uma práxis ética, saudável e justa que garante um futuro melhor e 147
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mais digno para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
CALLAI, H.C.A. A Geografia e a escola: Muda a Geografia? Muda o Ensino? Terra livre, São Paulo,
m.16, p. 130-152,2001;
CARVALHO, M.I. Fim de século: A Escola e a Geografia. Ijuí, ed. UNIJUÍ, 1998;
ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.
ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, Ana F. Alessandri (org). A geografia na sala de aula. São Paulo:Contexto, 2003.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.Campinas: Papirus, 1999.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Fundamental da rede de Educação Básica do
Estado do Paraná: Ensino Fundamental, Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações
étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).
Projeto Araribá. História / obra coletiva. São Paulo: Moderna, 2006
Projeto Araribá. Geografia / obra coletiva. São Paulo: Moderna. 2006
RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
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9.1.7 HISTÓRIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história é uma ciência em constante construção, para tanto, a mesma não é resultado de
um método pronto e acabado, mas sim de sucessivas transformações e perguntas que as diferentes
gerações fizeram e fazem no seu referido tempo, baseada em métodos de pesquisa e de novas
concepções teóricas tornando o saber possível de novas interpretações.
A experiência humana no tempo contém fontes inesgotáveis de informações, portanto, a história é
um conjunto de recortes, que atendem diferentes finalidades educativas refletindo a representação do
passado e a construção de identidades estabelecidas ao longo do tempo, levando o aluno a
compreender a construção histórica, percebendo a si próprios como sujeitos ativos nessa construção.
O ensino de história pretende ser legitimador da sociedade democrática representativa, laica e
valorizadora da vida como valor supremo, propiciando ações voltadas à participação política e processos
redistributivos de poder e riqueza da nossa sociedade.
O conhecimento histórico é fundamental na definição das identidades pessoais e coletivas, na
medida em que se oferece os primeiros conjuntos organizados de informação sobre o grupo e o
indivíduo.
O ensino de história, em articulação com as demais disciplinas, tem como um de seus objetivos a
formação de atitudes e concepções úteis para a vida pessoal e cidadã: respeito á diversidade, espírito
de justiça, criatividade e solidariedade.
A História tem como objeto de estudo as ações e as relações humanas no tempo, sendo que a
produção do conhecimento histórico possui um método específico que é a explicação e interpretação
dos fatos construída a partir da problematização e análise de documentos, sendo a sua finalidade formar
a consciência histórica do sujeito.
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No entanto, a disciplina de História passou por uma longa trajetória na Educação brasileira, desde
quando as aulas eram ministradas pela Companhia de Jesus, depois as aulas régias, passando pela sua
afirmação como disciplina escolar obrigatória a partir da criação do Colégio Pedro II, em 1837,
adentrando o período republicano até chegar aos nossos dias.
Durante décadas, o seu ensino foi predominantemente tradicional, valorizando determinados
personagens, fatos políticos, marcado pelas aulas meramente expositivas, memorização e repetição de
conteúdo, privilegiando a forma linear e factual, servindo também como legitimadora do nosso projeto de
nacionalidade embasada no caráter cívico e moral dado à mesma. Sob essa ótica,
seu ensino não dava espaço para análise e interpretações críticas, pautando-se na historiografia oficial,
na manutenção de heróis, nos grandes feitos, exaltação da pátria e no ponto de vista da civilização
branca, cristã, ocidental.
Romper com essa visão fortemente eurocêntrica e meramente factual e a concepção da História
como verdade pronta e acabada a ser depositada nos alunos é o que se pretende, de forma a
proporcionar uma reflexão sobre os princípios que determinam sua construção como Ciência, bem como
sobre temas, objetos e métodos essenciais ao seu ensino.
A consciência histórica é a construção do sentido da experiência no tempo através da narrativa
histórica, significando que o passado é compreendido em relação ao processo de constituição das
experiências sociais, culturais, políticas e temporais. Assim, analisar as implicações das opções teórico-
metodológicas para o ensino da História na formação e compreensão dos fatos históricos no cotidiano
das atuais civilizações é repensar práticas e conceitos, de tal forma que abranja fatores econômicos,
sociais e políticos presentes no dia-a-dia, na visão dos vencidos e
excluídos, na situação da mulher, na mentalidade dos grupos sociais, servindo de partida para que os
alunos exercitem seu senso crítico e desenvolvam uma perspectiva transformadora e conscientizadora.
Neste sentido o ensino de história contribui significativamente para a construção da subjetividade,
acreditando- se que ela promova a consciência crítica dos alunos, bem como de seu papel ativo na
sociedade em que vivem.
O indivíduo, ao agir, atribui sentido ao tempo e à sua ação dentro dele, para tanto, o ensino de
história tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada de decisões em situações práticas.
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OBJETIVOS
• Entender que o conhecimento é construído podendo ser questionado, duvidado, contestado e
reconstruído;
• Estabelecer recortes de representação do passado;
• Trabalhar com diferentes documentos históricos.
• Propor formas de problematizar o passado
• Favorecer o respeito à diversidade, ao caráter multi cultural da sociedade brasileira e de outras
sociedades.
• Elaborar conceitos que permitam pensar historicamente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
*** Compreender o significado da história, sua importância, identificando com fatores primordiais para
entender a história, o tempo e as ciências auxiliadoras para a construção do conhecimento histórico.
*** Construir a identidade nacional e individual, localizando os momentos históricos, seu processo de
sucessão e duração, ressaltando o papel do ser humano como agente ativo do processo.
*** Propiciar ao aluno que entenda a sua realidade a partir do passado da humanidade, com uma visão
crítica a respeito dos fatos atuais e da própria história visando o intuito da mudança.
*** Destacar a importância de que adquirem na compreensão do processo histórico de construção da
realidade social brasileira e do mundo, enfatizando práticas de cidadania e de lutas por mudanças na
vida cotidiana.
*** Desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, socializando a
produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas de
como este se produz, formando um ser humano político, capaz de compreender onde ele se insere e
nele interfere, considerando o aluno e professor como sujeito de seu próprio conhecimento, numa
constante elaboração e reelaboração que se dá a partir de necessidades e problemas cotidianos.
*** Desenvolver a capacidade de observar e extrair informações e interpretar características da realidade
que o cerca.
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*** Identificar as intenções do homem branco com relação ás terras do Paraná.
*** Reconhecer os grupos humanos que habitaram o território de Curitiba há dez mil anos atrás.
*** Identificar os grupos que habitaram o Paraná por ocasião de desbravamento e os Negros Africanos.
*** Reconhecer o Paraná como parte integrante do Brasil da América do Sul e do mundo.
*** Identificar os motivos que levaram a adotar o Sistema Escravista no Paraná.
*** Reconhecer que foi a perspectiva do ouro no Paraná que deu início á colonização do Território
Paranaense.
*** Conhecer os motivos que levaram á Revolução Federalista suas causas e resultados.
*** Compreender o que é o Contestado, qual o motivo que levou á guerra e seus resultados.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
1. Dimensão Política
2. Dimensão Econômica – Social
3. Dimensão Cultural.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série
Pré- história
A história e suas divisões
O Egito Antigo
Os povos da Mesopotâmia
Os Hebreus e os Fenícios
Os Persas
Os Gregos
Os Romanos
Os primeiros habitantes de Curitiba
Os donos da terra – Indígenas Paranaenses
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Os povos pré-colombianos: Incas, Maias e Astecas
CONTEÚDOS BÁSICOS
6ª série
Reinos Germânicos
A Sociedade Medieval
A cultura medieval e a influencia do cristianismo
Império Bizantino
Mundo islâmico
Expansão Européia e Conquista da América
O Impacto da Conquista
Renascimento
Reformas Religiosas
Mercantilismo e Sistema Colonial
A Colonização do Brasil
Administração Colonial: Estado e Igreja
Açúcar, escravos e mercado interno
Escravidão Africana
Domínio Espanhol, e Brasil Holandês
Expansão territorial e seus conflitos
A Mineração
Paraná – integrante do Brasil, da América do sul e do Mundo
A participação do Negro na História do Paraná
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CONTEUDOS BÁSICOS
7ª série
A Europa no século XVII
A expansão colonial portuguesa na América
Enfim o ouro
A consolidação do solo colonial
Os jesuítas na América portuguesa
O Iluminismo
A Revolução Francesa
A Independência do E.U.A
A Revolução Francesa
O Governo de Napoleão Bonaparte
Revoltas e conflitos na Colônia
A Independência das Colônias
O Brasil conquista sua soberania
O primeiro reinado
O Período Regencial
D. Pedro II no poder
Movimento social dos trabalhadores
Mudanças no Segundo Reinado brasileiro
A República brasileira
A guerra de Canudos e o Cangaço
A Escravidão no Paraná
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CONTEÚDOS BÁSICOS
8ª série
Verificação da Itália e Alemanha
O neocolonialismo
A Primeira Guerra Mundial
A Revolução Russa
No Brasil a 1ª República
Entre duas guerras a crise do capitalismo
A ascensão dos Regimes totalitários
A era de Vargas
A Segunda Guerra Mundial
Brasil 1945- 1964
A guerra fria
A Independência da Colônias da África
Movimentos e Revoluções socialistas
Brasil de 1964-1985
A democratização política do Brasil
Os E.U.A no mundo atual
A União Soviética e o fim do socialismo no Leste Europeu
O Oriente Médio
Japão , China, Vietnã e os Tigres Asiáticos
Brasil, trabalho e riqueza
O Brasil e suas relações comerciais no exterior
Pluralidade cultural no Brasil
Desafios do mundo atual
A Guerra do Contestado
A Revolução Federalista
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Desenvolver os conteúdos de forma crítica e reflexiva, levando o aluno a perceber- se como peça
importante no processo histórico e reconhecendo- se como agente transformador da história.
Para isto, as atividades devem ser variadas ( individuais, duplas, grupos) os alunos realizarão
análises de textos, filmes, artigos de jornais, revistas, documentários.
Levando em conta o incentivo à pesquisa como forma de despertar no aluno o gosto pela leitura e
por novas descobertas, o interesse em adquirir novos conhecimentos, acrescentando- os dos
conhecimentos adquiridos em sala.
Utilizar fontes documentais (relatos, músicas, filmes de época, jornais etc.)
Através do uso contínuo de diversas fontes históricas o educando poderá compreender melhor a
sociedade contemporânea e nela situar- se, de modo a perceber- se como agente transformador e
atuante, participativo e consciente.
AVALIAÇÃO
A avaliação, parte integrante e necessária na prática pedagógica, se dará pelo acompanhamento
dos alunos no processo ensino-aprendizagem. Tal avaliação dita diagnóstica, pretende que professores
e alunos revejam as práticas identificando lacunas no cotidiano escolar, planejando e propondo
diferentes encaminhamentos que venham superar possíveis dificuldades. Aprendizado e avaliação
devem ser fenômenos compartilhados, permitindo uma analise critica das
ações que podem ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
A avaliação dar-se-á através de: observação, discussão em sala, produção de textos, relatórios,
provas escritas e pesquisas, em que os alunos desenvolverão a capacidade analítica e a argumentação
crítica, visando o entendimento de diferentes conceitos e contextos, conjunturas históricas, respeito à
diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica que possam contribuir para a diminuição das
desigualdades sociais e a luta por uma sociedade mais justa e
igualitária.
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A avaliação dar- se- á em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem. Será
valorizada a participação do educando nas atividades grupais, individuais, elaboração e apresentação de
trabalhos (orais, escritos, individuais e coletivos), além de avaliações contendo questões de análises
( subjetivas e objetivas), fazer uso de mapas, documentos, filmes e outros materiais necessários para o
desenvolvimento das atividades propostas no decorrer do ano letivo.
Serão produzidos textos, ou será cobrada a sua interpretação. Bem como estabelecer relações
entre continuidade/ permanência e ruptura/transformação nos processos históricos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
CHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. O saber histórico na sala de aula. Cierce
Bitttencourt (org).10 ed – São Paulo: Contexto, 2005.
MOTA, Myriam Becho; BRAIK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro
milênio.. - 1.ed. - São Paulo: Moderna, 2005.
MOTA, Lúcio Tadeu, 1953- A Guerra dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924).
As cidades e os povos indígenas: mitologias e visões. Maringá: EDUEM, 2000.
MUNDURUKU, Daniel. Contos indígenas brasileiros; ilustrações Rogério Borges. - 2 ed., - São
Paulo: Global, 2005
PARANA. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede deeducação básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental, História: Curitiba,SEED, 2008.
______. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relaçõesétnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).
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9.1.8 LÍNGUA PORTUGUESA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ensino da Língua Portuguesa sempre preocupou os professores e os estudiosos da educação.
Essas preocupações geraram reflexões em torno do assunto e foram ampliadas, especialmente a partir
da década de 80, por uma série de pesquisas nas áreas da Psicologia e da Lingüística e contribuíram
para o surgimento de propostas pedagógicas que buscam instalar, na sala de aula, a reflexão e a
contribuição do conhecimento em lugar da repetição e memorização dos conteúdos.
O espaço específico para o ensino da língua materna (Língua Materna) nos impele a observar
detalhes, interessar- nos pelas diferenças e peculiaridades, procurando um fio de meada que possa
explicar o próprio desafio de refletir e compreender os contextos em que se desenrola a vida social.
Nesses aspectos, para ensiná- la, não podemos priorizar temas que enfocam a discussão atual do
processo de mobilização da sociedade, separadamente do trabalho com a articulação de conceitos no
interior do ensino da Língua Portuguesa.
Assim, o Ensino de Língua Portuguesa é entendido como uma interação viva com as forças
sociais, que nos permite aprender não só o sujeito contemporâneo, mas também as questões materiais
e simbólicas a partir das quais esse sujeito se exprime. São por esses aspectos que deveremos
desenvolver um trabalho pedagógico capaz de colaborar na ampliação e domínio da língua e da
linguagem de nossos alunos, organizando situações de ensino para que eles desenvolvam
conhecimentos discursivos e linguísticos. Para isso, deve- se considerar a diversidade de textos, que
circulam socialmente, para construir a reflexão sobre a linguagem e seu uso em situações significativas
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de interlocução, priorizando as práticas sociais da: leitura, escrita e oralidade, para garantir a
apropriação de padrões da língua escrita e refletir sobre os fenômenos da linguagem, fazendo uso do
ensino contextualizado da metalinguagem, permitindo um trabalho com a multiplicidade de linguagens
que serão utilizadas na produção textual dos alunos.
Os textos selecionados e dinamizados devem possibilitar por meio da observação e da análise, a
sistematização de determinados recursos da Língua, como a riqueza de adjetivos, a
semântica, a coesão e coerência como lógica textual, entre outros. Portanto, nesta proposta, as leituras
são dinamizadas, também, para possibilitar a análise dos recursos de cada texto com a sua estrutura,
suas marcas linguísticas e suas expressões em contexto. É preciso ir além da realização de exercícios,
constituindo- se em produção de significado que trabalha com a intuição linguística desses sujeitos e a
reflexão sobre os focos específicos. O trabalho pedagógico em Língua Portuguesa deve promover
situações que permitam refletir sobre a linguagem nos mais diferentes contextos de uso, procurando
revelar práticas concretas de leitura e escrita tecidas ao longo das historias de vidas tanto do educador
quanto do educando, problematizando a realidade concreta das experiências humanas, emaranhando
os aspectos políticos, psicológicos, culturais e históricos que atravessam a compreensão das questões
cotidianas. Por isso, é consensual que a eficiência desse processo depende de um trabalho sistemático
com diferentes textos que circulam na sociedade, bem como de uma nova concepção de língua e de
linguagem.
Assim, a concepção que adotamos, considera o ensino/ aprendizagem da língua, na escola,
como resultante da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino. Com relação a este
último, a idéia é de que deve ser contínuo, pois espera- se que os alunos adquiram progressivamente
uma competência em relação à linguagem até alcançarem o grau de letramento necessário para
realmente exercerem cidadania, fazendo com que ao longo de quatro anos, ele leia, escreva e fale com
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eficácia, sabendo assumir a palavra, produzir textos coerentes, adequados às diversas situações
sociais e aos assuntos tratados.
Nessa perspectiva, as relações entre oralidade e escrita não são vistas em separado, como
estruturas estanques em que as duas modalidades de uso da língua são colocadas em posições
opostas. Ao contrário, essas relações refletem um constante dinamismo fundado numa continuação
entre as práticas sociais e a produção de discursos. Por isso, no trabalho com oralidade e escrita, deve-
se procurar sempre mostrar ao aluno quais as condições de produção e que tipo de texto se pode
esperar para tais condições. Além disso, deve haver um cuidado na exploração textual objetivando
analisar contrastes e semelhanças entre os processos de produção discursiva e as características da
organização dos diferentes discursos orais e escritos.
Nesse sentido, entende- se que produzir linguagem significa produzir discursos pluriculturais se
valendo da existência do plurilingüismo, ou seja, a experiência lingüística do aluno, se expande da
linguagem usual no seu meio para as diferentes variedades sociais – com maior ênfase à variedade
padrão atual - , uma vez que refletir sobre as variedades é condição essencial para a superação do
preconceito lingüístico. Essa visão compreende que produzir discurso significa dizer alguma coisa para
alguém, com uma intenção. Assim, escolhas feitas ao dizer, ao produzir, não são aleatórias – ainda que
possam ser inconscientes – mas decorrentes das condições sociais e ideológicas em que esse discurso
é realizado.
Por isso, em diferentes momentos, a reflexão sobre a Língua Portuguesa, enfatizará a
possibilidade de o falante se valer do uso de discursos formais e informais dependendo de sua intenção
e situação. Desta forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras clássicas da gramática
normativa, procurar-se-á mostrar aspectos que precisam ser organizados em função das necessidades
apresentadas no momento de produção de língua oral e escrita. A intenção, então, é que desenvolvam
sua competência lingüística para estabelecer a comunicação, quer em discursos formais ou informais,
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importando, na verdade, que consigam interagir de maneira adequada aos seus próprios objetivos, aos
objetivos dos diferentes interlocutores, às características sociais dos envolvidos na interlocução, bem
como à situação.
OBJETIVOS
*** Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e
interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de
um posicionamento diante deles;
*** Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que
considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
*** Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguísticos-discursivos;
*** Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade da leitura e da escrita;
*** Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso à ferramentas de expressão
e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a
linguagem aos diferentes contextos sociais.
*** Ler de forma autônoma os diferentes tipos de textos que circulam socialmente;
*** Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto, reconhecendo
as intencionalidades implícitas;
*** Produzir textos escritos, coesos e coerentes, adequados á situações de interlocução;
*** Revisar seu próprio texto;
*** Usar a Língua Portuguesa como geradora de significação e integradora do mundo e da própria
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identidade;
*** Desenvolver as habilidades de produzir e ouvir textos orais e escritos de diferentes gêneros e com
diferentes funções, conforme os interlocutores, os seus objetivos, a natureza do assunto sobre o qual
falam ou escrevem, o contexto, enfim, as condições de produção do texto oral ou escrito.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Toda produção humana de linguagem nasce preocupada em dirigir- se a alguém. Segundo
Bakthin a linguagem enquanto produto de uma consciência humana não pode ser reduzida a estrutura
desvinculadas a fatores externos ou seja, construção de caráter humano se deve menos a fatores
biológicos do que sociais.
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a
linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus
sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica referente à linguagem, portanto,
precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a
produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse
modo, buscar-se-á um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.
A pratica da língua portuguesa precisa relacionar- se a situações reais de comunicação diferente
da tradicional, torna- se um espaço de interação e de encontro entre sujeitos.
Os falantes constituem- se sujeitos de sua história, e a sala de aula torna- se um lugar
privilegiado de interação e aprendizado.
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O professor deve buscar novas formas de trabalhos, metodologias variadas, determinando
conteúdos, atividades, que possam ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de
suas vivências.
PRÁTICA DA ORALIDADE: Apresentar temas variados: história da família, da comunidade, um filme,
um livro etc...
Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu
convívio.
Uso do discurso oral para emitir opiniões justificar ou defender opções tomadas, colher e dar
informações,fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer
convites etc...
Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar a similaridades e diferenças
entre as modalidades oral e escrita.
Relato de acontecimentos mantendo- se a unidade temática.
Debates, seminários, júris- simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da
argumentação.
Análise de entrevistas televisivas ou rádio fônicas a partir de gravações para serem ouvidas,
transcritas e analisadas, observando- se as pausas, hesitações,truncamentos, mudanças de
construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos,
etc...
PRÁTICA DA LEITURA: A leitura deve ser vista em função de uma concepção interacionista da
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linguagem, onde busca- se formar leitores e o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção
do mundo articulado ao modo de produção social.
O professor deve proporcionar ao aluno, dentro da escola, ambientes atrativos para a realização
de leituras através de livros ilustrados e selecionados que possam ser folheados na escola e levados
para casa.
Escolher o autor do mês / semestre, trabalhar a leitura de suas obras.
Proporcionar ao aluno a leitura de poesias ( prosa e verso) possibilitando a percepção e
reconhecimento dos elementos da linguagem poética.
PRÁTICA DA ESCRITA: A escrita deve ser pensada e trabalhada numa perspectiva discursiva que
aborda o texto através da prática textual.
A escrita deve ter modo significativo e não apenas preencher linhas com temas aleatórios. O aluno
deve criar e desenvolver o hábito de planejar, escrever, revisar,e re-escrever seus textos, para garantir
a socialização da sua produção textual.
O aluno deve estar em contato com diferentes tipos e gêneros textuais, onde ser é mais fácil
assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão.(gramática).
Explorar o nível fonético, sintático e semântico da língua, possibilitando entendimento entre os
falantes.
Proporcionar atividades de revisão e re-estruturação dos textos em análise.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS
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Levando- se em conta os conteúdos estruturantes da oralidade, leitura e escrita, deve- se
observar que estes devem respeitar a maturidade e o conhecimento, adequando- se a cada série.
Entende- se o conjunto de saberes e conhecimentos maiores, que irão identificar e organizar
uma disciplina escolar. A partir deles virão os conteúdos específicos que serão trabalhados no cotidiano
da escola.
Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da lingüstica, sociolingüística,
semiótica, pragmática, estudos literários, semântica, morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso,
gramáticas normativa/descritiva e de uso, que irão aprimorar a competência
lingüística dos estudantes.
DOMINIO DA LÍNGUA ORAL: Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos ,eventos, textos lidos - literários ou informativos, programa de TV, filmes, entrevistas,
etc.); Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,
programas, etc.); Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);
a) No que se refere às atividades da fala: clareza na exposição de idéias; seqüência na exposição de
idéias; objetividades na exposição de idéias; consistência argumentativa na exposição de idéias,
adequação vocabular.
b) No que se refere à fala do outro: reconhecer as interações e objetivos; julgar a fala do outro na
perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa.
c) No que se refere ao domínio da norma padrão: concordância verbal e nominal; regência verbal e
nominal; conjugação verbal; emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
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DOMINIO DA LEITURA: prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos; textos da
cultura afro.
a) No que se refere à interpretação: identificar as idéias básicas apresentadas no texto, reconhecer
no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo),identificar o processo e o contexto de
produção, confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas,atribuir significado (s) que
extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo
tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em época diferentes, ou sob perspectivas
diferentes.
b) No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na
perspectiva da unidade temática,avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e
recursos coesivos).
c) No que se refere à mecânica da leitura: ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor
expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
DOMÍNIO DA ESCRITA:
a) No que se refere à produção de textos: produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e
dissertativos.
b) No que se refere ao conteúdo: clareza; coerência.
c) No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;
uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,etc.); organização de parágrafos;
pontuação;
d) No que se refere à expressão: adequação a norma padrão ( concordância verbal e nominal);
e) No que se refere à organização gráfica dos textos: ortografia; acentuação,recursos gráficos- visuais
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(margem, titulo, etc.).
f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional: reconhecer e refletir sobre a estruturação
do texto: os recursos coesivos e conectividade seqüencial e a estruturação temática; refletir e
reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,objeto indireto e predicativo;reconhecer
as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores; a posição na
sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão; a estrutura da oração com
verbos, ser, ter e haver; o sintagma verbal nominal e sua flexão; a complementação verbal - verbos
transitivos e intransitivos; as sentenças simples e complexas; a adjunção; a coordenação e a
subordinação;
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto de regras: as que
devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o falante domina. Os três tipos básicos de
gramática mais ligados às questões pedagógicas:
1. Gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O domínio das regras dá a
ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a forma escrita, apresentando uma forma
considerada culta da língua. Aparece nas gramáticas e nos livros didáticos.
2. Gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém a modalidade escrita ou
padrão, mas à descrição das variantes lingüísticas a partir do seu uso. Prefere a manifestação oral da
língua, possui maior mobilidade.
3. Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a nível fonético
como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os falantes de uma mesma língua.
Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio texto, os conteúdos
gramáticas devem ser estudados a partir dos seus aspectos funcionais na constituição da unidade de
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sentido dos enunciados. Devemos considerar não só a gramática normativa, mas também as outras: a
descritiva e a internalizada, no processo de ensino da Língua Portuguesa.
LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: Tem a finalidade em si mesma, sem prestar- se ao
ensino gramatical. Cabendo ao professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua
“passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar a
leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição.
AVALIAÇÃO
Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a avaliação precisa
ser analisada sob novos parâmetros; precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno
está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e
escrita, considerando- se a avaliação formativa e somativa.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens
diferentes nos estudantes, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades e
possibilita que a intervenção pedagógica aconteça,informando os sujeitos do processo (professor e
alunos), ajudando- os a refletirem e tomarem decisões.
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É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de aprendizagem
contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista,
num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado
numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posisionar
como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas
televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
A leitura será avaliada pelas estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do
texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência
entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto
explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo em vista o multiletramento,
também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos,
infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leitura
de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de
expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que
lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Com relação à escrita, é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
discursivo-textuais, verificando: a coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao gênero
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solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos
consistentes, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de
seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do
texto foi alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às
repetições, se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.
A prática pedagógica de análise lingüística usada nos diferentes gêneros precisam ser avaliadas
sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e
informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos
linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores, bem como das relações semâticas entre as partes do texto (causa,
tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em
outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente
em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes
possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, o
letramento.
Já a avaliação somativa será usada para definir uma nota. Os alunos que não dominam
determinado conteúdo têm direito a uma recuperação paralela, onde o conteúdo é revisado e é dada
outra avaliação para definir e recuperar o conteúdo que não foi dominado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação Sâo Paulo: Parábola, 2003.
BAGNO, M.. A norma oculta: língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola,2003.
BAKHTIN,M Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1986.
CASTRO, Gilberto de: FARACO, Carlos Alberto: TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED/-PR, 2006. (Cadernos Temáticos).
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.
9.1.9 MATEMÁTICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A matemática surgiu da relação dos homens com o mundo e a sociedade em que vivem. Ela
existe desde os primórdios da humanidade a partir das próprias necessidades de sobrevivência do
homem, que o levaram a contar, quantificar, realizar trocas, efetuar medições, construir e criar.
Ao longo da história o ser humano produziu e desenvolveu leis , conceitos e teorias a partir de
aplicações matemáticas, levando á construção de uma ciência universal, que podemos hoje aceitar
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como um patrimônio histórico e cultural da humanidade.
Esta ciência possibilita ao homem conhecer a realidade que a cerca e resolver problemas
cotidianos, em busca de sanar suas necessidades fisiológicas e sociais. Fornecendo instrumentos
necessários para a intervenção e transformações nas relações de trabalho,com a própria natureza,
políticas, econômicas e sociais.
A matemática está presente na vida das pessoas onde é necessário quantificar, contar, calcular,
localizar um objeto no espaço, ler e interpretar dados,relatórios, gráficos, tabelas e mapas ou fazer
previsões. Enfim, da música à informática, do comércio à metereologia, da medicina à cartografia, das
engenharias às comunicações, faz- se necessária e presente a matemática, codificando, ordenando,
quantificando, interpretando dados , taxas, dosagens, coordenadas, tensões, escalas, freqüências e
outras variáveis que possam aparecer.
As formas de pensar desta ciência possibilitam ir além da descrição da realidade e da elaboração
de modelos. Ela não trata de verdades imutáveis, mas é dinâmica,sempre aberta a incorporação de
novos conhecimentos e às mudanças que ocorrem no mundo.
O conhecimento matemático é essencial para novas conquistas e descobertas no campo da
ciência e tecnologia. Cumpre ainda o papel primordial no desenvolvimento do potencial da capacidade
de abstração e raciocínio lógico do ser humano. Tornando- se mais hábil na resolução de problemas
cotidianos pessoais e sociais e mais seguro na formulação de críticas e proposição de mudanças.
O conhecimento matemático auxilia na formação do senso crítico, pois fornece subsídios para
efetuar uma análise mais apurada dos acontecimentos e da realidade. Demonstrando através de dados
e cálculos (exatos) se determinadas idéias ou hipóteses são corretas, verdadeiras e confiáveis, e
favorecendo assim, uma atuação mais consciente na sociedade.
O estudo da matemática, bem como o seu ensino na escola está fundamentado na sua
importância historicamente comprovada em proporcionar ao indivíduo conhecimentos que o tornem
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capaz de compreender, adaptar- se e integrar- se ao meio em que vive, bem como de questionar,
criticar e realizar mudanças nesse meio, a fim de atender suas necessidades e de outros. Tendo em
vista a formação de cidadãos capazes de atuar no mundo que o cerca de maneira consciente, criativa e
participativa, aproximando as diferentes realidades sociais e promovendo melhoras nesse mundo.
OBJETIVOS GERAIS:
O ensino da Matemática do Ensino Fundamental deve levar o aluno: a
*** Comunicar- se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas; tomar decisões,
fazer conjecturas, hipóteses e inferências; criar estratégias e procedimentos; adquirir e aperfeiçoar
conhecimentos e valores; trabalhar solidária e cooperativamente; e estar sempre aprendendo. Ampliar
e aprofundar conhecimentos, estudar outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de
raciocinar, de resolver problemas, generalizar, abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos
cerca, usando para isso o instrumento matemático.
Auxiliar a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico, quanto instrumental, utilitário, de
aplicação no dia-a-dia, em outras áreas do conhecimento e nas atividades profissionais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Ampliar e construir novos significados para os números e operações;
• Resolver situações- problemas que envolvam vários tipos de números e operações;
• Traduzir situações- problemas na linguagem matemática;
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• Ler e interpretar tabelas e gráficos, que abordem temas relevantes;
• Identificar as figuras bidimensionais e tridimensionais e em seguida os seus contornos e seus
elementos;
• Compor e decompor figuras espaciais;
• Observar a variação entre grandezas e estabelecendo relações entre elas;
• Resolver situações- problemas que envolvam proporcionalidade, Identificando se elas são direta ou
inversamente proporcionais ou se não são proporcionais;
• Utilizar unidades de medidas adequadas em cada situação;
• Resolver situações- problemas que envolvam grandezas e unidades;
• Identificar e resolver equações e problemas do 1o e 2o graus;
• Verificar as relações métricas nos triângulos retângulos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas;
• Geometrias;
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• Funções;
• Tratamento da Informação.
5ª SÉRIE
:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Números e Àlgebras:
- Sistema de numeração;
- Números naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais.
- Grandezas e Medidas:
- Medidas de Massa, Àrea, Volume, Tempo e de Ângulos;
- Sistema Monetário.
- Geometria:
- Plana;
- Espacial.
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- Tratamento da Informação:
- Dados, Tabelas e Gráficos;
- Porcentagem ( sua relação com os números na forma decimal e fracionária).
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Números e Àlgebras:
- Números Inteiros;
- Números Racionais;
- Equação de 1º grau;
- Razão e Proporção;
- Regra de Três.
- Grandezas e Medidas:
- Medidas de Temperatura;
- Ângulos.
- Geometria:
- Geometria Plana:
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- Geometria não – euclidiana;
- Geometria Espacial.
- Tratamento da Informação:
- Pesquisa estatistica;
- Média Aritmética;
- Moda e Mediana;
- Juros Simples.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Númeoros e álgebras:
- Números Irracionais;
- Sistemas de Equaçãodo 1º grau;
- Potencias;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
- Grandezas e Medidas:
- Medida de Comprimento;
- Medida de Área;
- Medidas de Ângulos.
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- Geometria:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não – euclidiana.
- Tratamento da Informação:
- Gráfico e Informação;
- População e Amostra.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números e álgebra:
- Números reais;
- Propiedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teoremas de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de três Composta.
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- Grandezas e Medidas:
- Relações Métricas no Triângulo retângulo;
- Trigonometria no Triângulo retângulo.
- Funções:
- Noção Intuitiva de função afim;
- Noção Intuitiva de função quadrática.
- Geometria:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não – eucliana.
- Tratamento da Informação:
- Noções de análise combinatória;
- Noções de probabilidade;
- Estatística;
- Juros compostos.
Números, Operações e Álgebra:
- Sistemas de Numeração decimal e não decimal.
- Números naturais e suas representações.
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- Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);
- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação).
- Transformação de números fracionários em números decimais.
- Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.
- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de calculo (razão, proporção, fração e decimais).
- As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por
valores numéricos.
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
- Equações, inequações, e sistema de equações do 1º e 2º graus.
- Polinômios e os casos notáveis.
- Ângulos.
- Fatoração.
- Cálculo do número de diagonais de um polígono.
- Expressões numéricas
- Funções.
- Trigonometria no triângulo retângulo.
- Medidas
- Organização de sistema métrico decimal e do sistema monetário.
- Transformações de unidades de massa, capacidade, comprimento e tempo.
- Perímetro, área, volume, unidade correspondentes a aplicação na resolução de problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas relações.
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- Ângulos e arcos unidade, fracionamento e cálculo.
- Congruência e semelhança de figuras planas – teorema de Talles.
- Triângulos retângulos-relações métricas e Teorema de Pitágoras.
- Triângulos quaisquer.
- Poliedros regulares e suas relações métricas.
- Geometria:
- elementos da geometria euclidiana e noções de geometria não euclidianas.
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
- Construções e representações no espaço e no plano.
- Planificação de sólidos geométricos.
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas.
- Condições de paralelismo e perpendiculares.
- Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.
- Desenho geométrico com uso de régua e compasso.
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.
- Ângulos, polígonos, e circunferência.
- Classificação de triangulo.
- Representação cartesiana e confecção de gráficos.
- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides.
- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
- Representação geométrica dos produtos notáveis.
- Estudo dos poliedros de Platão.
- Construção de polígonos inscritos em circunferências.
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- Circulo e cilindro.
- Noções de geometria espacial.
- Tratamento da Informação:
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e
gráficos.
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas,
- Médias, moda e mediana.
- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por raça, renda e
escolaridade no país e no município.
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.
- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população negra.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A aprendizagem da matemática busca a construção de conhecimentos úteis ao homem e à
sociedade, desencadeando a ação reflexiva, raciocínio – lógico, a capacidade comunicativa de criar e
expressar idéias próprias sabendo respeitar e criticar as idéias alheias e a capacidade de viver e
participar ativamente na sociedade.
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O ensino da matemática não pode ser uma transmissão de conhecimentos estanques, já
construídos, como um produto acabado. Mas deve ser a construção de conhecimentos que visam
solucionar problemas do nosso cotidiano e da sociedade que nos cerca. Implica na proposição de
metodologias que tornem possível a compreensão do significado dos conceitos e o estabelecimento de
relações entre estes com experiências já vivenciadas pelo aluno, bem como a construção de novos
conhecimentos que o possibilitem ampliar e modificar suas experiências de vida.
O aluno é um indivíduo em desenvolvimento, com características próprias, dons, habilidades,
anseios sentimentos e necessidades diferentes, com alguns conhecimentos já construídos, face às
suas experiências, cultura e costumes do meio onde vive. Essas características devem ser respeitadas
e aproveitadas para estabelecer relações e servirem de ponto de partida para a construção de novos
conhecimentos, mais elaborados e construídos cientificamente.
Segundo a tendência histórico- crítica, o aluno aprende significativamente matemática quando
atribui sentido e significado à mesma, podendo discutir, justificar e estabelecer relações sobre as idéias
matemáticas.
O ensino da matemática, não deve porém reter- se ao cotidiano, mas partir e caminhar na busca
do caráter científico da disciplina. Faz- se necessário favorecer a apropriação de conhecimentos que
vão além dos adquiridos pela vivência ou observação da realidade. Ou seja, sair do senso comum e
buscar o conhecimento cientificamente construído.
A Educação Matemática deve possibilitar ao estudante, realizar análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. A partir do conhecimento matemático, o
estudante deve adquirir condições de criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O professor deve conhecer o aluno, para que possa adequar os métodos e procedimentos de
ensino à sua realidade e facilitar o processo de aprendizagem e construção do conhecimento. Levando
o aluno à compreensão da realidade que o cerca e à aquisição de condições de interferir nessa
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realidade.
O professor desempenha papel mediador entre o aluno e o conhecimento e favorece o alcance
do conhecimento já construído. Tomando como ponto de partida as experiências vivenciadas e os
conhecimentos já adquiridos pelo aluno, incentiva a apropriação de novos conhecimentos. Utilizando-
se de métodos adequados relaciona a teoria à prática, criando uma ponte entre o conhecimento
acadêmico e o cotidiano do aluno, onde a teoria torna- se “real” para o aluno, assumindo significado e
tomando ligar na sua prática diária. A partir dessa relação leva o aluno a pensar além da sua realidade
e oferece condições para a apropriação de novos conhecimentos. Conhecimentos estes que
possibilitarão ao estudante ampliar sua capacidade de observar, analisar, criticar e pensar em
transformações e ações de cunho econômico, político e social, capazes de interferir nos problemas da
sociedade.
A maneira como o professor ensina matemática sofre influência da concepção que possui da
matemática em si, do processo ensino-aprendizagem, da sua visão de mundo, sua escala de valores e
de como ele vê a relação professor- aluno. Pode- se afirmar que a maneira como o professor ensina
matemática, depende da sociedade vigente e valores que a regem numa determinada época. Portanto,
sofreu influência dos vários modelos e tendências metodológicas ao longo da história: desde a
chamada Matemática Clássica, caracterizada pelo modelo euclidiano, com o ensino expositivo centrado
no professor; passando pela Matemática Moderna, com seus desdobramentos lógico – estruturais; pela
tendência tecnicista, com ênfase nas tecnologias de ensino fundamentados no Behaviorismo; passando
ainda pelo Construtivismo, a partir das idéias genéticas de Piaget; pela tendência sócio- cultural
apoiada em Paulo Freire, onde o conhecimento matemático tem suas bases nas práticas sociais; até o
aparecimento da tendência histórico- crítica que considera a matemática como um saber vivo,
dinâmico , construído historicamente, segundo o qual o aluno aprende matemática quando atribui
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sentido a ela; e ainda a tendência sócio – interacionista de Vygotsky ,fundamentada na maneira como o
conhecimento matemático é produzido e aceito por uma comunidade científica ou cultural.
Diante das diversas tendências e métodos surgidos ou adotados ao longo da história é
impossível eleger uma única tendência, ou um método, considerando o perfeito e infalível, que atenda a
todas as situações que possam surgir no processo de ensino- aprendizagem.
Por mais que o professor adote determinados métodos e práticas de ensino, deve estar atento às
diferenças individuais dos alunos ou da classe e exercer uma já esperada flexibilidade, podendo variar
seus procedimentos visando melhores resultados.
A diversidade de métodos e estratégias de ensino permite atender aos diferentes aspectos e
natureza dos conteúdos trabalhados e às diferentes expectativas dos alunos. Portanto, o professor
deve compreender a natureza dos métodos e ser flexível ao utilizá- los.
O exercício da prática docente encontra apoio em diferentes tendências metodológicas, dentre
as quais podemos eleger algumas que , segundo Beatriz D’Ambrósio (1989), procuram alterar as
maneiras pelas quais se ensina matemática; Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o
uso de Mídias e Tecnologias, a Etnomatemática e a História da Matemática.
A construção do conhecimento matemático deve advir de uma visão histórica, em que os
conceitos foram construídos ao longo do processo de formação do pensamento humano, sofrendo
influências das idéias, das tecnologias e das diferentes visões de mundo ao longo do tempo.
A ação docente do professor de matemática deve estar fundada numa ação reflexiva,
concebendo a Ciência Matemática como uma atividade humana e em construção.
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AVALIAÇÃO
A avaliação é o instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se
efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, deve contemplar diferentes fases desse
processo e estar adequada à metodologia utilizada.
Sua utilização possibilita verificar a apropriação dos conteúdos pelo aluno, bem como rever a sua
maneira de estudar e os métodos e estratégias utilizadas pelo professor. Constitui- se instrumento
capaz de demonstrar se houve e em que momento ocorreram falhas no processo de ensino–
aprendizagem, dando subsídios necessários para intervenções.
O processo de construção do conhecimento deve ser observado ao longo da ”vida“ escolar.
Assim, a avaliação deve ser diagnóstica, mas também contínua. Os erros ou falhas observados devem
ser tratados e servem como indicativos de novas possibilidades e novos caminhos para estudar e
ensinar. Ou seja, a avaliação será a prática e o instrumento utilizado a fim de promover melhorias no
processo educacional. Podemos então chamá- la de avaliação formativa.
A avaliação não é um instrumento de aprovação e reprovação, mas sim um processo necessário
para medir o potencial matemático do aluno e fornecer dados para o professor intervir, a fim de
melhorar ou ampliar esse potencial. Em busca desses dados é necessário observar, no aluno, a sua
capacidade de raciocinar logicamente, de resolver problemas relacionados com o cotidiano, de
expressar-se matematicamente, de formular e defender suas idéias próprias e entender as idéias
alheias, de produzir críticas conscientes, de ser participativo e criativo.
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Para se avaliar tais aspectos, faz- se necessária à utilização de uma diversidade de instrumentos
avaliativos: trabalhos individuais e em grupo; provas, pesquisas, atividades orais (exposições e
seminários), manipulação de materiais (jornais, revistas, gráficos e outros), de calculadoras, à utilização
dos símbolos e da linguagem adequada para se expressar matematicamente e a desenvoltura e
facilidade de raciocínio lógico e crítico.
Os instrumentos utilizados devem facilitar a medição do processo ensino- aprendizagem,
possibilitando verificar em que medida o aluno atribui significado ao conhecimento que adquiriu e
consegue materializá- lo em situações que exigem raciocínio matemático.
A avaliação formativa seguindo as avaliações diagnósticas e contínua proporciona ao aluno,
diversas oportunidades de expressar-se e de aprofundar o seu conhecimento, revendo sua maneira de
estudar e, ao professor, rever e aperfeiçoar seus métodos e estratégias de ensino. Fornecendo
informações possibilidades para sanar ou minimizar as causas de insucesso e promover melhoras no
processo ensino – aprendizagem.
Se a aprendizagem não acontece, tem- se indícios de que o ensino não cumpriu sua finalidade.
Faz- se então necessária, além da revisão dos métodos e estratégias de ensino, criar a oportunidade
de se retomar a aprendizagem e, após sanadas as falhas, proceder- se a uma reavaliação, a fim de
observar se as intervenções e mudanças foram satisfatórias, surtindo os resultados esperados. A esse
processo pode- se atribuir o nome de recuperação.
A recuperação dos conteúdos não apropriados pelo aluno e dos objetivos não alcançados, deve
acontecer ao longo do processo ensino-aprendizagem, imediatamente à observação de sua
necessidade. Dando- se oportunidade para, além de corrigir as falhas no processo, promover a
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continuidade na construção do conhecimento.
A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada e pode
ser considerada o elemento integrador entre o ensino e a aprendizagem. Promove informações sobre o
que foi aprendido possibilitando a intervenção e orientação pedagógica para melhorar a aprendizagem
e facilitar a reflexão do professor, sobre a sua prática educativa, e a tomada de consciência de
progressos, dificuldades e possibilidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; e OLIVARES Ayrton,Matemática – Fazendo
a diferença, editora FTD, 2006;
CASTRUCCI Giovanni; Giovanni Jr, A conquista da matemática, editora FDT, 2002;
DANTE, Luiz Roberto, Tudo é Matemática, editora ática, 2008;
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação
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Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
9.1.10 LÍNGUA INGLESA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois da chegada da
família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de Francês, Inglês e Alemão. A partir de 1906,
com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter científico. Em 1942 as línguas
privilegiadas passaram a ser a francêsa, a inglesa e a espanhola. Em 1996, a Lei das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, n. 9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua
estrangeira moderna, escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já para o Ensino
Médio, poderia haver uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da
instituição, permanecendo apenas o inglês, até 2005, pelo fato de este ter sido escolhido como língua
universal.
A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas públicas, faz-se necessária
tendo em vista a falta de oportunidade que os alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas
têm na escola, muitas vezes, o único espaço de aprender e conhecer uma Língua Estrangeira. Por
outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar aos nossos educandos conhecer uma outra
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cultura, possibilitar a construção de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como
também alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para a formação de
um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para transformar a realidade.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino de LEM deve oportunizar o desenvolvimento da consciência crítica sobre o papel
exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no cenário internacional, para que os
alunos possam analisar as questões da nova ordem global e suas implicações, bem como, construir
identidades, aprender percepções de mundo e maneiras de artibuir sentidos, formar subjetividades.
No Ensino Fundamental, a LEM deve também, contribuir para formar alunos críticos e
transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja
capaz de :
*** usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
*** Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
*** Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e , portanto, passíveis
de transformação na prática social;
*** Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
*** Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para
o desenvolvimento do país.
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Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais devam ser
contempladas.
A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais ampla, para que
ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do
e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a
inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras.
Um outro objetivo da disciplina de LEM-Inglês no Ensino Fundamental é que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações
significativas e relevantes. Além disso, o ensino de LEM deve contemplar os discursos sociais que o
compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação
com os textos, comunicar-se com eles, interagindo ativamente, sendo capaz de comunicar-se de
diferentes formas, com os diferentes tipos de textos, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir
o próprio sentido aos textos.
O Ensino de LEM favorecerá o contato com os discursos diversos da língua
manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando alargar a compreensão dos
diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de
significados, ampliando suas possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua
transformação.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
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O conteúdo Estruturante de Língua Estrangeira é o “Discurso” enquanto prática
social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade e escrita.
Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações
sociais, é preciso que os níveis de organização lingüística sirvam ao uso da linguagem na compreensão
e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.
De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico recai sobre a
necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo capazes de comunicar-se
com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos lingüísticos discursivos, bem como as
práticas discursivas a serem trabalhadas.
A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, devem
articular-se com o Discurso como prática social, contemplando as quatro habilidades lingüísticas:
Leitura, Oralidade, Escrita e Compreensão Auditiva, dependendo do nível dos alunos e da realidade
local.
É importante ressaltar que, para os alunos perceberem as condições de produção dos
diferentes discursos e das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso trabalhar em
sala de aula os níveis de organização lingüística-fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe e
que isso sirva ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
Lembramos, também, que em respeito à Lei Nº 10.639/03, referente a História da Cultura Afro-
Brasileira e Africana, será contemplada, nas aulas de LEM- Inglês, através de textos que abordam o
tema, como música, textos publicitários, literários, além de discutir sobre atitudes discriminatórias na
sociedade e pela mídia em geral.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais do que um meio de
acesso à informação, é importante compreender que o trabalho docente com a LEM-Inglês é uma
possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve ser apresentado como princípio gerador de
toda unidade temática e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas. É um espaço para a
discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e
agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.
Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros discursivos, abordando
assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa esta
pertinente entre as atribuições da disciplina de LEM-Inglês.
Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de significados, porque o
falante/escritor tem papel ativo na construção de significados na interação, assim como seu interlocutor.
Desse modo, a Língua deve ser entendida como prática sociocultural.
A aula de LEM deve ser um momento de discusssão da linguagem oral, escrita e ou visual a
partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.
Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho pedagógico, para que os alunos com
deficiência auditiva possam participar da aula de Língua Estrangeira Moderna.
Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as aulas e a ter uma posição
crítica frente aos textos acerca das visões de mundo, tais como:
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Que pressupostos estão por trás de tal discurso?
Qual é o seu propósito?
Aos interesses de quem serve?
Como o autor compreende a realidade?
Quais as implicações de sua posição e afirmação?
Isso posto, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu contexto social de produção e
nos itens gramaticais que indiquem a estrutura da língua. Portanto, serão apresentados em sala de
aula os diversos tipos de textos, em atividades diversificadas, tais como:
• Comparação das unidades temáticas, lingüísticas e com posicionais de um texto com outros
textos;
• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
• Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo idioma estudado na escola e
dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais) sobre o mesmo tema e as
abordagens de tais publicações;
• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da
língua estrangeira estudada como língua materna.
Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o conhecimento de mundo e as
experiências dos alunos, por meio de discussões dos temas abordados, como também, subsidiar os
educandos para que eles se posicionem em relação ao texto, contemplando as quatro habilidades
lingüísticas, de modo a desenvolver o próprio sentido acerca do contexto que o perpassa.
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AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da LI deve ser entendida como parte integrante do processo de
aprendizagem e contribuir para a construção de saberes.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação seja contínua e que
os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
A avaliação, além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, servirá, também,
para que seja repensada a sua metodologia e o planejamento das aulas de acordo com as
necessidades
dos alunos. A partir do ato avaliativo, é possível perceber quais os conhecimentos (lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade) que merecem
mais atenção, ou seja, que ainda não foram suficientemente trabalhados e que necessitam ser
abordados para garantir a efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.
Avaliação é uma das questões cruciais em educação, não pode ser vista como algo que se
realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do processo educacional”. Portanto, deve ser
diagnosticada, para que o professor identifique como seus alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho
docente pode ser redirecionado para planejar e propor outros encaminhamentos para superar as
dificuldades encontradas no processo ensino aprendizagem.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
MULLER, Vera; SARMENTO, Simona Org. O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira: Estudos
e reflexões. APIRS5, Porto Alegre. 2004.
PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e Experiências. 3 ed. Pontes
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Moderna para a
Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2008.
10. ENSINO MÉDIO
Os atuais marcos legais para oferta do ensino médio, consubstanciados na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (no. 9394/96), representam um divisor na construção da identidade da
terceira etapa da educação básica brasileira. Dois aspectos merecem destaque.
O primeiro diz respeito às finalidades atribuídas ao ensino médio: o aprimoramento do educando
como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu
pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências
para continuar seu aprendizado. (Art. 35)196
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O segundo propõe a organização curricular com os seguintes componentes:
• base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada que atenda a especificidades regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e do próprio aluno (Art. 26);
• planejamento e desenvolvimento orgânico do currículo, superando a organização por
disciplinas estanques;
• integração e articulação dos conhecimentos em processo permanente de interdisciplinaridade e
contextualização;
• proposta pedagógica elaborada e executada pelos estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as de seu sistema de ensino;
• participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino.
A estrutura do Curso do Ensino Médio, período diurno e noturno, será feita de forma anual, sendo
que o ano letivo corresponderá ao ano civil. Constará de três séries (1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino
Médio).
A carga horária anual será de 800 (oitocentas horas), sendo 25 (vinte e cinco ) aulas semanais
de 50 (cinqüenta minutos), de efetivo trabalho escolar, sendo 23 (vinte e três) aulas dentro da Base
Nacional Comum e 2 (duas) aulas na Parte Diversificada.
O total da carga horária do curso, com três anos de duração, será de 2.400 (duas mil e
quatrocentos) horas de efetivo trabalho escolar previstos no Artigo 24 da Lei 9394/96.
A identidade do Ensino Médio esteve, ao longo de sua história retratada por dois focos: um que
privilegia a formação do aluno para o mercado de trabalho e outro voltado para a continuidade dos
estudos. Essas duas possibilidades determinavam, para os diferentes indivíduos, a posição a eles
reservada, na divisão social e técnica do trabalho. Esta dicotomia, portanto, vem identificando
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historicamente o Ensino Médio e mantendo- o atrelado com a organização e a permanência da
sociedade de classes.
Dessa perspectiva, estas escolas faziam parte do projeto social para inserir o Brasil nas relações
de produção capitalistas, pois surgiram com o processo de urbanização brasileiro e a conseqüente
necessidade de controle social.
Para a construção de uma sociedade do trabalho era preciso a disciplinarização dos filhos das
classes operárias, com o hierarquizante da educação. O contexto político do país, naquele período, era
dominado por um nacionalismo liberal, em que diversos setores sociais queriam o industrialização do
Brasil e a disputa era pelo comando deste processo.
No entanto, esta política de expansão nacional desenvolvimentista vivia uma tensão entre dois
tipos de orientação defendidos pelos diferentes partidos políticos: a industrialização pela substituição de
importações e a industrialização pela desnacionalização da economia. Isto fortalecia a bandeira de uma
educação básica para todos com uma crítica à precocidade da profissionalização, o que vinha ao
encontro dos interesses do setor produtivo por uma mão de obra melhor preparada para o desafio da
industrialização nacional.
Do ponto de vista cultural havia por um lado, a resistência da classe média que não tinha
interesse em ver seus filhos preparados para o trabalho manual, mas sim na universidade. Por outro
lado, havia a resistência da classe operária que via a escola como meio de ascensão social e não como
espaço para que as futuras gerações continuassem no trabalho manual. O segundo grau passou a
preparar e não mais qualificar para o trabalho.
Apesar das mudanças legais o que se manteve o tempo todo foi a separação entre educação
para a elite e educação profissional, que reflete a separação entre trabalho manual e trabalho
intelectual, necessária e coerente com os princípios do modo capitalista de produção. Se a ênfase, em
determinadas momentos foi valorizar a formação de trabalhador, e em outros foi predominante a
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formação propedêutica em currículos vocacionais, estas tendências estão sempre atreladas com a
orientação política dos grupos no poder e de seus projetos político-econômicos para o país.
Percebe- se que, em todas as perspectivas apresentadas neste apanhado histórico, o para o
Ensino Médio esteve fundamentalmente centrado no mercado de trabalho e não na pessoa humana.
O histórico sobre a dicotomia estrutural do Ensino Médio procurou deixar claro que é este desafio
a ser enfrentado: a busca de um currículo para este nível de ensino que, por um lado ofereça uma
formação humanista consistente – por meio da qual o estudante possa- se apropriar dos conhecimentos
historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo sobre essa constituição – e, por
outro lado possibilite uma compreensão da lógica e dos princípios técnicos- científicos que marcam o
atual período histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.
Trata- se da proposta de uma educação humanista e tecnológica, que ofereça uma formação
pluridimensional, para além do humanismo clássico e da profissionalização específica. Uma proposta
de educação que possibilite ao estudante condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de
continuar seus estudos, ingressando no ensino superior.
Assim, a especificidade do Ensino Médio, enquanto Educação Básica, não o afasta nem o
dissocia da vida e do mundo do trabalho, mas não deve submetê- lo aos interesses do mercado.
É preciso destacar, ainda, que o conhecimento a ser trabalhado no Ensino Médio não pode ser a
reprodução das formas de organização e do método da academia. Ela deve ter a especificidade de
tratar as dimensões do conhecimento em sua totalidade.
O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinada com a
contemporaneidade, situando o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do
mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação”, - cidadão.
Nessa perspectiva, o Ensino Médio, como parte da educação escolar, “deverá vincular- se ao
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mundo do trabalho e à prática social”.
*** a formação da pessoa, de maneira a desenvolver- se com condições necessárias à
integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;
*** o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
***a orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho permitindo que acompanhe
as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;
***o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e
crítica, em níveis mais complexos de estudos.
10.1 - MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO
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10.1.1 ARTE
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Atualmente, tendo a arte o espaço na grade curricular como disciplina, pensa- se arte na escola
como forma de conhecimento da produção cultural, compreendido os diferentes grupos sociais durante
a história, procurando desvendar o que foi produzido dando significações às suas ações e o mundo que
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os rodeia de posse dos diferentes códigos apreendidos das diferentes culturas. Pensa- se também arte
como linguagem visual, possuidora de um conjunto de símbolos, elementos e códigos, onde se vê o
valor educativo da Arte como componente curricular imprescindível na formação do indivíduo e para o
exercício da vida cidadã. Assim, a arte é hoje entendida como área do conhecimento, e como tal, deve
ser trabalhada de forma que proporcione ao educando o contato com a produção artística da
humanidade.
A arte é hoje entendida como área do conhecimento, e como tal, deve ser trabalhada de forma
que proporcione ao educando o contato com a produção artística da humanidade. A arte proporciona o
desenvolvimento de habilidades, a construção de saberes e vivências emocionais além de possibilitar
novas formas de expressão e valores estéticos. Pensando nisso buscou- se nas Diretrizes Curriculares
as considerações sobre o ensino de arte na escola. Nessas Diretrizes, considera- se que a disciplina de
Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Para isso propõe- se uma
organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a
disciplina e possibilitam uma prática pedagógica, a qual articula as quatro linguagens de Arte: música,
artes cênicas, teatro e artes visuais. Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são os elementos
formais, compositivos, movimentos e períodos de cada linguagem que podem e devem ser trabalhados
simultaneamente, de forma a educar integralmente o ser humano.
De posse dos esclarecimentos dos pressupostos da Arte como produção cultural e a Arte como
linguagem, esclarece- se o que deve- se considerar no tratamento dos conteúdos:
Manifestações artísticas presentes na comunidade e na região bem como a produção historicamente
construída.
5 Arte como comunicação, responsável pelo conhecimento cultural importante para a formação da
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bagagem cultural do indivíduo. Arte como parte da produção coletiva, com conhecimento cultural
historicamente construído.
6 Arte como conjunto de linguagens artísticas, possuidora de signos que devem ser apreendidos para
construção, compreensão de significados, buscando novos conceitos sobre à realidade, no intuito de
contribuir para o educando analisar, criticar, transformar a sociedade de uma maneira positiva e
consciente.
A arte como componente curricular é fundamental para à formação do indivíduo e para o exercício
da vida cidadã.
OBJETIVO GERAL
• Pretende- se ampliar os conhecimentos e experiências do aluno e aproximá- lo das diversas
representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Experimentar, explorar, compreender as mais variadas possibilidades de cada linguagem artística,
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reconhecendo os estilos artísticos da história da Arte, entendendo a Arte como fato histórico,
contextualizado.
Conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em Artes, bem como
pesquisar identificar, investigar informações sobre a Arte, compreendendo diferentes funções da
Arte, do trabalho e da produção dos artistas.
Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra.
Perceber e apropriar a obra em contexto.
Formar conceitos artísticos.
Desenvolver trabalhos artísticos.
Permitir a prática criativa.
Exercitar os elementos compositivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A disciplina de Arte no Ensino Médio pautara seus conteúdos específicos por série utilizando- se
dos seguintes conteúdos estruturantes: Artes Plásticas / Visuai,Música, Dança, Teatro.
Artes Plásticas / Visuais:
*** As visuais como expressão e comunicação – no fazer dos alunos :desenho, pintura, colagem,
escultura, gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos e produções
informatizadas pela criação e construção de formas plásticas e visuais em aspectos diversos
( bidimensional e tridimensional);
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*** As artes visuais como objeto de apreciação significativa: ( os elementos básicos e os recursos
expressivos da linguagem visual: apreciação, fruição, interpretação, experiências estéticas com obras e
suas reproduções);
*** As artes visuais como produto cultural e histórico (produtores de arte – vida, épocas e produtos em
conexões);
*** a diversidade das concepções e estética na produção visual regional e mundial;
*** a arte na sociedade, ressaltando os artistas, pensadores, profissionais e diferentes meios de
divulgação das artes plásticas.
Música:
A música como expressão e comunicação dos indivíduos: interpretação, improvisação e
composição. apreciação significa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem
musical (os elementos fundamentais da linguagem musical , estilos, formas, de interpretação);
A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo ( os produtores, épocas e
produtos em conexões, a diversidade da produção musical regional, nacional e mundial em
diferentes culturas e momentos históricos, a música da sociedade, compositores, intérpretes,
outros profissionais e suas formas de preservação e divulgação.
*** Dança:
*** A dança na expressão e na comunicação humana;
*** A dança como manifestação coletiva;
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*** A dança como produto cultural e apreciação estética
*** Teatro:
*** O teatro como expressão e comunicação (participação e desenvolvimento nos jogos de atenção,
observação, improvisação, etc; reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem dramática:
espaço cênico, personagem e ação dramática, experimentação e articulação entre as expressões
corporal, plástica e sonora, experimentação na improvisação com base em estímulos diversos ( temas,
textos dramáticos, poéticos, jornalísticos, etc, objetos, máscaras, situações físicas, imagens e sons);
pesquisa, elaboração e utilização de cenários, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena,
iluminação e som, elaboração e utilização de máscaras, bonecos e outros modos de apresentação
teatral;
*** O teatro como produção coletiva ( observação, apreciação e análise dos trabalhos em teatro
realizados pelos grupos), compreensão dos significados expressivos corporais, textuais, visuais e
sonoros da criação teatral, criação de textos e encenação com o grupo, etc;
*** O teatro como produto cultural e apreciação estética ; observação, apreciação e análise das
diversas manifestações de teatro; compreensão, apreciação e análise das diferentes manifestações
dramatizadas (teatro em palco e em outros espaços, circo, teatro de bonecos, manifestações populares
dramatizadas, etc); identificação das manifestações e produtores de teatro nas diferentes culturas e
épocas, pesquisa e leitura de textos dramáticos e de fatos da história do teatro, elaboração de registros
pessoais para sistematização das experiências observadas e da documentação consultada.
CONTEÚDOS ESPECIFICOS:
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Artes Visuais
1. Funções das imagens e da Arte na sociedade
2. Arte Mesopotâmica e Egipcia
3. Arte Grega e Romana
4. Idade Média – Românica, Bizantina e Gótica
5. Renascimento
6. Barroco/Rococó
7. Realismo/Neoclassicismo/Romantismo
8. Impressionismo
9. Vanguardas Artísticas ( Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo,
Dadaísmo e Surrealismo ).
10.POP ART E OP ART
Musica
1. A musica na pré-história
2. A musica nos povos na antigüidade
3. Música medieval
4. Musica renascentista
5. O período clássico da musica: barroca,clássica, romântica
6. Musica moderna: serialismo, neoclassicismo
7. Musica eletroacustica: aleatória, minimalismo, serialismo.
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1. Arte na Pré-História (brasileira)
2. Arte Índigena
3. Arte Afro-Brasileira
4. Arte no séc. XVI e XVII
5. Barroco
6. Arte no Séc. XIX
7. Arte no Séc. XX
modernismo nos anos 20
modernismo nos anos 30/40
anos 50/60 – Formação da Bienal e as Tendências Contemporâneas
Arte Paranaense/ Artistas
Música
1. A musica Índigena, Africana e ibero-americana.
Musica Erudita no Brasil Colonia
A musica no periodo republicano e o romantismo.
Vila Lobos
2. Modernismo musical no Brasil
3. Gêneros populares urbanos: Modinha, lundu, marcha, choro, samba, baião, bossa nova, canção de
protesto, tropicalismo e outros.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O método de ensino de Arte, pode ocorrer com uso de obras de arte, textos, músicas, teatro,
dança, dinâmicas, uso de diversos meios de comunicação da imagem e outros, promovendo
apreciação, análise dos elementos estéticos, reflexão e produção, associando sempre ao momento
histórico (contexto) em que a obra foi produzida com o contexto dos alunos.
Deve- se pensar nos conteúdos com o intuito de oferecer possibilidades dos alunos pensarem
criticamente, desenvolvendo práticas que contribuam para a formação de cidadãos ativos, que lidem
com a diversidade de modo positivo na arte e na vida.
O método deve promover o conhecimento que permita aos alunos situar à produção da arte.
Apresentar de forma expositiva a teoria sucinta sobre a técnica a ser desenvolvida;
Incluir atividades dirigida, para verificar o grau de avaliação do aluno e exercitar suas
habilidades;
Propor atividades, na qual o aluno irá aplicar o que aprendeu de acordo com sua criatividade;
Uso do vídeo;
Uso de textos informativos;
Rádio – CD;
Revistas;
Jornal;
Material Reciclável;
Exposição de desenhos, poesia, cartaz;
Trabalhos em grupos;
Aulas expositivas;
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AVALIAÇÃO
Processual: discutindo as dificuldades e progressos do educando a partir da sua criação /
produção tanto individual e coletiva. Diagnóstica: a partir dos conhecimentos artísticos e estéticos,
levando em conta a sistematização e significação da realidade e do lúdico para o educando. Auto -
avaliação: quanto ao professor , deverá verificar a eficiência da metodologia utilizada, quanto ao
educando, a partir da seleção de amostra da produção individual, o aluno identificará seu processo de
compreensão , interpretação, reflexão, crítica, análise, recriação e reinterpretação do seu trabalho.
A sistematização para os alunos preocupa- se com o desenvolvimento do olhar e do sentir, na
perspectiva do processo de fazer, contendo a intenção de construção de significados. Os alunos se
envolverão em práticas sensíveis de produção, apreciação e reflexão artística. Nelas, desenvolvem os
saberes culturais que permitem conhecer e comunicar a arte e seus códigos na experiência cotidiana,
na formação da identidade e na consciência de uma sociedade multicultural.
A avaliação em arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em artes e a sua realidade. Busca propiciar aprendizagens socialmente significativas
para o aluno. A observação e registros percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático
Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares. Curitiba, 2008.
PEDROSA, Israel. O Universo da Cor. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2004
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte. São Paulo: Ática, 2005
RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino de artes visuais.
Campinas: Mercado das Letras, 2003
SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante; tradução Marisa T. Fonterrada – São Paulo: Unesp, 1991
WONG, Wucius. Princípio de Forma e Desenho; [tradução Alvanar Helena Lomparelli]. SãoPaulo:
Martins Fontes, 1998
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10.1.2 BIOLOGIA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
De acordo com a LDB/96, no nível médio, o ensino da Biologia deverá considerar o momento
de desenvolvimento intelectual dos alunos, de sorte a possibilitar que eles compreendem os conceitos
envolvidos, com eles operem e avancem no seu desenvolvimento, de tal forma que ao ocorrer uma
articulação dos conteúdos permita- lhes a compreensão das inter-relações dos temas abordados,
propiciando a compreensão do fenômeno da vida, desde o ser vivo mais simples até o mais complexo
(Citologia, Histologia e Genética), as interações entre estes e os elementos físicos- químicos que
configuram um ecossistema (Ecologia/ Educação Ambiental), conhecer a diversidade das espécies
(Zoologia e a Botânica).
Se é este o entendimento, isto é que o ensino médio é a etapa final da educação fundamental,
e que o mundo contemporâneo no qual nosso jovem vive se acha inserido, passa por um processo de
re-estruturação do sistema produtivo e de uma ampliação da internacionalização da produção, se torna
indispensável que se desenvolva neles instrumentos mínimos essenciais ao exercício da cidadania, de
desenvolvimento cognitivo e afetivo, da capacidade de comunicação e expressão individuais, da
sociabilidade.
Ainda que o ensino médio deva também preparar para o prosseguimento dos estudos, não
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deve segregar quem não continue sua escolarização formal, pois, os conhecimentos úteis para outras
etapas escolares devem também servir a quem não o almeje.
Por isso a nossa preocupação deve ser desenvolver atividades práticas de modo a permitir que
o aluno ao vivenciar o método científico seja capaz de levantar hipóteses, testá- las, refutá- las e
abandoná- las quando for o caso, trabalhando de forma a redescobrir os conhecimentos.
Dessa forma torna- se desde logo necessário desenvolver capacidades (habilidades, aptidões)
diretamente relacionadas ao fazer Ciência e a possibilidade de chegar ao conhecimento científico que
são o APRENDER, o COMPREENDER e o CONHECER.
O aprender implica desenvolver destrezas e atitudes naturais do aluno, capacitando –o a
aplicar conhecimentos e compreensões, pensar disciplinadamente, de conformidade com as normas da
lógica e da evidência, envolvendo amplitude mental e independência de critério, desenvolver uma forma
de pensamento imaginativo e criador.
O compreender implica uma atividade marcada pela curiosidade, pelo entender da natureza
da ciência como conhecimento organizado e de confiança, revelando compreensão intuitiva e o
manejar, com desenvoltura, habilidades. Conhecer implica posse de informações e assimilação de
novos conhecimentos a estrutura cognitiva, bem como recordação e aplicação do que foi incorporado.
Este direcionamento para Aprender, Compreender e Conhecer é bastante relevante,
fazendo- se necessário um estudo mais detalhado destes aspectos.
A utilização desse método deve permitir dar ao aluno um conhecimento maior sobre a vida e
sobre sua posição singular na natureza, assim como posiciona- lo acerca de questões polêmicas como
os desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica. Deve poder levá- lo ainda a
perceber a vida humana, seu próprio corpo a um todo dinâmico, que interage com o meio em sentido
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amplo pois, tanto a herança biológica, quanto as condições sociais e afetivas refletem- se no corpo.
Assim o conhecimento não será algo situado fora do indivíduo constrói independentemente
da realidade exterior, dos demais indivíduos e suas próprias capacidades pessoais. Mas será uma
construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, cultural e psicológica
entre outros.
Pois a realidade só pode tornar- se conhecida quando se interage com ela, modificando- se a
física ou mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir significados,
permite também construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.
Nesse processo de interação do sujeito com o objetivo a ser conhecido, o primeiro constrói
representações, que funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna
que faz sentido para o sujeito. Essas idéias construídas e transformadas ao longo do desenvolvimento,
fruto das aproximações sucessivas, são expressões de uma construção inteligente por parte do sujeito.
Portanto o conhecimento será o resultado de um complexo e intrincado processo de construção,
modificação e reorganização utilizando para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. O que o
aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade vai depender das possibilidades
delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos
conhecimentos que construiu anteriormente e do ensino que recebe.
E, é a isto, que podemos chamar de ação pedagógica, pois nesse processo o aluno irá aprender
a lidar com motivações, auto-estima, adequar atitudes no convívio social, a valorizar o trabalho escolar.
Essas aprendizagens o levarão a compreender a si mesmo e aos outros, possibilitando o
desenvolvimento da capacidade de relação interpessoal, que envolve compreender, conviver e produzir
com os outros, com suas distinções, contrastes de temperamento, de intenções e de estados de ânimo.
O desenvolvimento dessa capacidade implica levar o aluno a colocar- se do ponto de vista do outro e a
refletir sobre seus próprios pensamentos.
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A ética será outra capacidade a ser desenvolvida. Por meio da ética, é possível reger as próprias
ações e tomadas de decisão, levando em conta um sistema de princípios, segundo os quais os valores
e as opções que envolvem são analisados, nas diferentes situações de vida. O desenvolvimento dessa
capacidade permite considerar e buscar compreender razões, nuanças, condicionantes, conseqüências
e intenções, isto é, permite a superação da rigidez moral, no julgamento e na atuação pessoal, na
relação interpessoal e na compreensão das relações sociais.
OBJETIVO GERAL
• Levar os alunos a adquirirem uma visão critica do que é proposto, apresentando
conhecimentos sistematizados, como resultado do fazer humano, não fragmentados nem atemporais,
aplicando as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e ou no contexto
relevante para sua vida. Adquirindo informações, aplicando e trazendo situações do cotidiano,
alertando para problemas existentes e incitando a responsabilidade como cidadão do mundo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para
problemas existentes e incitando à responsabilidade.
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• Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu cotidiano.
• Levar os alunos a adquirirem uma visão critica e sensível do que é proposto e apresente o
conhecimento como resultado do fazer humano não fragmentado.
• Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros
contextos relevantes para sua vida.
• Compreender conceitos, procedimentos e estratégias e aplicá- las em situações diversas no
contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
CONTEÚDOS : ESRUTURANTES / ESPECÍFICOS
1 ª SÉRIE
MECANISMOS BIOLÓGICOS
- A unidade os organismos e seu desenvolvimento.
- Conceito e sistematização de célula.
- Origem e evolução de uma célula, procarionte, eucarionte, autotrófica e heterotrófica.
- Especialização, diferenciação celular.
- Interações, entre células: organismos pluricelulares.
- Embriologia humana.
- Medicina ortomolecular.
- Radicais livres.
- Envelhecimento celular.
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2 ª SÉRIE
BIODIVERSIDADE
Ecossistemas
- Relações alimentares básicas.
- Formas de obtenção de alimento.
- Interações entre a porção biótica e abiótica do sistema.
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS
- Ciclo da matéria.
- Fluxo de energia.
- Movimentos populacionais.
BIODIVERSIDADE
- Ecossistemas brasileiros.
- Sucessão ecológica.
- Ocupação humana.
- Desenvolvimento sustentado.
- Morfo-fisiologia comparada dos animais.
- Morfo-fisiologia comparada dos vegetais.
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3ª SÉRIE
IMPLICAÇÃO DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA
- Manipulação do DNA.
- Idéias sobre o surgimento da vida na Terra: fixismo, abiogênese, biogênese, pasperdia, outros.
- A teoria de Oparin e Haldane.
- Os primeiros sistemas de organização.
- Níveis de organização.
- Algumas explicações sobre a diversidade da vida: fixismo, catastrofismos, lamarkismo, darwinismo.
Especiação.
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- A diversidade dos seres vivos no tempo geológico.
- Funções vitais básicas e as diferentes estruturas que permitem sua realização nos diferentes
meios (nutrição, transporte, trocas gasosas, respiração, excreção, reprodução).
MECANISMOS BIOLÓGICOS
Hereditariedade e biotecnologia.
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- Material genético
- Síntese protéica.
- Divisão Celular.
Herança Mendeliana.
IMPLICAÇÃO DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA
- Recombinação gênica
- Ligação fatorial e mapa gênico
- Clonagem
- Destaque ao corpo humano
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O Ensino de Biologia está passando por grandes transformações. Estas transformações. Estas
transformações começam pela revisão e re-estudo dos objetivos básicos desta disciplina, pondo em
discussão aspectos relacionados a conteúdos, ampliando a ênfase da aprendizagem exclusiva de
conhecimentos para incluir habilidades e atitudes científicas; estão sendo propostas revisões nos
métodos e técnicas para o ensino de Biologia. É proposto o uso de recursos e meios mais
apropriados e, finalmente, é proposta uma reformulação na maneira de avaliar os resultados
implicando a fuga do simplesmente receber de volta os fatos, princípios e leis que o aluno deveria
ter aprendido, para incluir medidas de mudanças de comportamento e habilidades.
No Brasil, esta transformação está consubstanciada em leis quando estas definem, como um
dos objetivos do ensino de Biologia do Ensino Médio é a vivência do Método Científico.
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Um dos aspectos que mais têm sido enfatizados na reformulação do ensino de Biologia é o que
se refere aos métodos de ensino. O que tem sido feito em relação a este aspecto pode ser resumido
como uma batalha para motivar o professor de Biologia a fugir do método expositivo, em maior
intensidade, o método da descoberta.
Hoje, aprender Biologia no Ensino Médio significa muito mais do que aprender os
processos da Ciência, do que apreender o produto. A prender Educação Ambiental, desta forma
significa muito mais aprender como fazer Ciências do que aprender e armazenar fatos, princípios e
leis.
Aceitando- se este posicionamento, não é possível deixar de aceitar o Método da descoberta
como Método Básico de Aprendizagem de Educação Ambiental.
O método da descoberta, na maioria de suas técnicas , envolve a ação ativa do aluno sobre
materiais e o meio ambiente, isto é, permite- nos treinar habilidades e atitudes científicas.
Portanto, é nosso pensamento que ao desenvolvermos em nosso alunos o método da
descoberta estaremos implementando as habilidades e atitudes juntamente com os conhecimentos
científicos, que é o que caracteriza o cientista , pois todo ser humano, adequadamente preparado
pela escola, necessita ter alguns atributos de cientista para poder enfrentar o meio em constante
renovação. Uma forma da escola cumprir com seu papel de formação de cidadãos, é pelo uso do
método da Descoberta no Ensino das Ciências.
Ensinar através do Método da Descoberta é treinar habilidades e atitudes científicas.
Técnicas do Método da Descoberta
Já caracterizamos o Método da descoberta como aquele em que o aluno descobre informações
novas com o auxilio de sua própria mente. A função básica do professor é ajudar para que esta
descoberta possa ocorrer e criar as condições que facilitem esta descoberta.
Nesta sua função de auxiliar as descobertas, o professor pode assumir graus de reatividade. De
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um lado, ele pode preparar todo cenário da descoberta orientando o aluno a executar atividades
determinadas previamente com o máximo de precisão. São as descobertas dirigidas. Do outro lado,
o professor pode deixar o aluno determinar inteiramente as condições. O professor é um co-
investigador junto ao aluno a executar atividades determinadas previamente com o máximo de
precisão. São as descobertas dirigidas. Do outro lado, o professor pode deixar o aluno determinar
inteiramente as condições.
Utilizando- se a variável das atividades de parte do professor, podemos apresentar três
técnicas básicas para o ensino.
1ª Técnica da Redescoberta
Um conjunto de atividades cuidadosamente preparadas pelo professor que culminam com o
aluno tendo o seu “ estalo” – de descoberta.
A técnica da Redescoberta se caracteriza pela diretividade do professor. O professor orienta e
dirige o trabalho do aluno, sem, entretanto tirar-lhe a satisfação da descoberta.
2ª Técnica de problemas
Um problema e focalizado, seja pelo professor ou diretamente pelo aluno e, então, o aluno
procura solucioná- lo através do uso do Método Científico. O aluno com a ajuda do professor
quando necessário, formula hipóteses, com dados e formula conclusões.
A técnica de problemas se caracteriza por uma diretividade intermediária de parte do professor.
O professor assume a função de orientador. Pode até prever os materiais que o aluno necessitar.
Não os fornece, entretanto, a não ser que o aluno os solicite. O professor pode preparar hipótese
em relação ao problema proposto. Só se utilizará dessas suas pré- elaborações se as condições
assim o exigirem. Relembrando, o importante é que o aluno descubra por ele mesmo.
3ª Técnica de Projetos
Também esta técnica giram em torno da solução de um problema. Neste caso, entretanto, o
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problema tem sua origem no aluno. Geralmente nem o professor conhece a solução. O aluno então
investiga, de uma forma semelhante aos cientistas, até encontrar uma solução para o problema.
A técnica de projetos se caracteriza no fato de o professor ser um co-investigador junto ao aluno.
Isto significa que esta técnica se localiza no extremo da não diretividade. O aluno é livre para
investigar da forma que achar melhor. O professor apenas investiga com ele.
Concluído uma forma de resumir os principais objetivos do ensino de ciências poderia ser:
preparar indivíduos com embasamento científico, preocupado com o homem e o seu meio, com
elevada competência para pensar e agir racionalmente.
Uma análise cuidadosa dos métodos de ensino nos levaria, invarialvelmente, a selecionar o
Método da descoberta como um dos mais adequados para a consecusão desses objetivos.
Isto se deve , especialmente, a que um objetivo como este não envolve apenas armazenar
informações científicas. O método da descoberta, sem suas diversas técnicas, baseado nos
processos da Ciência, permite de um modo muito complexo atingir, integralmente, a este e outros
objetivos básico do ensino de Biologia.
AVALIAÇÃO
As tendências internacionais, tanto em realidades próximas das nossas como nas mais
distantes, acentuam a importância da formação geral na educação básica, não só para a
continuidade da vida acadêmica como, também, para uma atuação autônoma do indivíduo na vida
social, com destaque da sua inserção no mercado de trabalho, que se torna cada vez mais
competitivo. Esta formação deve ser compreendida como sólida aquisição de conteúdos tradicionais
das ciências e das artes associada ao desenvolvimento de estruturas capazes de operacioná-los no
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enfrentamento de problemas apresentados pela realidade social, cada vez mais complexa, e numa
dinâmica de tempo progressivamente acelerada.
Estas premissas na nova LDB, que incentivam outras profundas transformações no ensino
médio, desvinculando- o do vestibular, flexibilizando os mecanismos de acesso ao ensino superior e,
principalmente, delineiam o perfil de saída, estipulando que, ao final do Ensino Médio, o educando
demonstre competências e habilidades.
Essas competências e habilidades para poderem ser avaliadas, devem ser agrupadas
tendo em vista as interfaces com as outras áreas do conhecimento no sentido de a partir delas
verificar como o conhecimento foi construído pelo aluno.
Quanto ao aprendizado de Biologia, além de promover competências como domínio de
conceitos e a capacidade de aplicar fórmulas, pretende desenvolver atitudes e valores, através de
atividades dos educandos como discussão, leituras, observações, experimentações e projetos.
Este deverá ser demonstrado através de sua autonomia de julgamento e ação, de
atitudes, valores e procedimentos diante de situações problemas que se aproximem o máximo
possível das condições reais de seu convívio social e de trabalho individual e coletivo.
As situações de avaliação deverão se reestruturadas de modo a verificar se o aluno é capaz de:
Identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para realização
e/ou a interação dos resultados do mesmo.
Traduzir as informações disponíveis na linguagem ordinária.
Identificar a representação de informações gráficas de diferentes formas.
Reorganizar as informações, possibilitando interpolações e extrapolações tendo em vista
finalidades específicas.
Identificar e dimensionar configurações naturais.
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Analisar perturbações ambientais decorrentes.
Analisar as implicações sociais e econômicas dos processos.
Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações planetárias,
origem e evolução da vida, crescimento de diferentes populações.
Identificar uma unidade fundamental no fenômeno vital: padrões comuns aos processos
metabólicos, nas estruturas intracelulares e nos códigos químicos de informação para a
reprodução, que garantem a continuidade da vida, diante da diversidade de manifestações de
vida e dos distintos níveis de complexidade, apresentadas na forma de texto, diagramas ou
outras ilustrações.
Relacionar a diversidade de formas de vida, a variedade condições do meio,
demonstrando compreensão do caráter sistêmico da vida no planeta por meio de análise de
textos, diagramas ou outras formas de organização de dados.
Utilizar instrumentos adequados para descrição de fenômenos naturais, demonstrando
compreensão dos aspectos aleatórios dos mesmos em medidas e representação de freqüência
relativas.
Identificar fonte, transporte e sorvedouro dos poluentes e contaminantes.
Reconhecer algumas transformações químicas e biológicas que possam ocorrer durante o
transporte do poluente.
Propor formas de intervenção para reduzir os efeitos agudos e crônicos da poluição
ambiental.
Ao adotamos esta concepção nossa avaliação deverá levar em conta as competências
cognitivas e as modalidades estruturais de inteligência.
Para executarmos uma boa avaliação devemos procurar articular as competências e
habilidades permitindo ao aluno demonstrar que possui instrumental de comunicação e expressão
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adequado para a compreensão de um problema matemático quanto para a descrição de um processo
físico, químico ou biológico, mesmo para percepção das transformações de espaço/tempo.
Este tipo de raciocínio se mantém fiel a definição de Bloom, (1971). Avaliação é a sistemática de
dados por meio da qual se determinam mudanças de comportamento do aluno e em que medidas estas
ocorrem.
Essas mudanças requerem procedimentos adequados que vão além da típica prova escrita
e que serão descritos mais abaixo.
Os registros de avaliação refletem a imagem da ação desenvolvida pelo professor. Tal
reflexo tende a ficar mais nebuloso, falso, quando os códigos a serem utilizados não permitem uma
representação clara nítida, significativa, do que observou e do trabalho realizado junto aos alunos.
Assim, se o professor fizer apenas o registro de notas dos alunos nos trabalhos, ele não
saberá, após um tempo, quais foram as dificuldades que cada aluno apresentou, o que ele fez para
auxiliá- lo a compreender aquele aspecto. Da mesma forma, o professor que só faz anotações de
conduta, não poderá descrever outros aspectos do seu desenvolvimento. Registros significativos são
construídos pelo professor ao longo do processo. Sua forma final é apenas uma síntese do que vem
ocorrendo, uma representação do vivido.
Não se trata, portanto, de simplesmente classificar mais ou melhor as competências almejadas,
pois todos os objetivos educacionais em princípio podem ser medidos; entretanto, alguns deles-
sobretudo os não cognitivos ou afetivos- não são de fácil mensuração pelos meios ora existentes. A
dificuldade em medi-los decorre, sobretudo, da ausência de uma conceituação de atitude e interesse;
por outro lado, com os atuais instrumentos, a medida de comportamentos cognitivos acaba tornando –
se uma mensuração de variáveis cognitiva , como a capacidade de recordar, de selecionar e avaliar.
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É necessário ressaltar que, numa avaliação escolar, nem sempre todos os objetivos são
obrigatoriamente considerados.
Assim sendo, nas ciências é aconselhável que os objetivos sejam classificados segundo
categorias como: conhecimentos, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Incluindo- se
outras mais, como habilidades de calcular, quando for o caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. BIOLOGIA, vol. Único; ed. Moderna – São
Paulo / SP; 1ª ed, 1999.
- PAULINO, Wilson Roberto. BIOLOGIA; vol. Único; ed. Ática – São Paulo/ SP 9ª ed., 2004.
- LOPES; Sônia. BIO; vol. Único, ed. Saraiva – São Paulo/ SP ; 11ª ed. , 2001
- LAURENCE; J. BIOLOGIA; vol. Único, ed. Nova Geração; São Paulo/ SP; 1ª ed., 2005.
- SEED, DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO; Curitiba/PR, julho
2009
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10.1.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica,
sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição
interdisciplinar, ela é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar articulada ao
Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana. Deve- se considerar que a Educação
Física abrange todas as áreas propiciando uma educação voltada para a consciência critica,
oportunizando ao aluno dar novo significado aos seus valores como cidadão. Dessa forma, espera -se
que por meio da Educação Física os alunos aprendam a reconhecer na convivência e nas práticas,
maneiras de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas,
econômicas e culturais dos povos.
A educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais, destacando: - a ampliação
para além das abordagens centrada na motricidade;- conteúdos que sejam relevantes e estejam de
acordo com a capacidade do aluno;- as práticas pedagógicas corporais devem primar o
desenvolvimento do sujeito unilateral;- propiciar ao aluno uma visão critica do mundo;- integrar no
processo pedagógico a formação humana do aluno.
A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo,
considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo critérios para
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aqueles que apresentem dificuldades em realizar as atividades propostas pelo grupo.
Pretende- se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e sejam
capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos contextos sociais em que estão
inseridos.
OBJETIVO GERAL:
Oportunizar através de conhecimentos práticos e teóricos o conhecimento de seu corpo, suas
limitações e potencializações, o respeito as várias formas e manifestações culturais, bem como o saber
que instiga a busca da melhoria da qualidade de vida do educando no contexto social e na comunidade
em que está inserido. Estimula- los para uma convivência coletiva e digna na produção de movimentos
corporais que são criados a partir de sua necessidade e criatividade no contexto histórico e social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Oportunizar a todos os alunos que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática,
visando o aprimoramento como seres humanos;
• Oportunizar aos alunos experiências e vivências ante aos conteúdos,levando em consideração
suas histórias, evolução e contemporaneidade; desta forma permitir no decorrer do processo de
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ensino-aprendizagem uma visão histórico- crítica;
• Aceitação da disputa como um elemento da competição e não como uma atitude de rivalidade
frente aos demais;
• Conhecer técnicas, táticas e regras dos Variados tipos de Jogos;
• Valorização do próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas do
resultado;
• Valorização da cultura corporal de movimento como possibilidade de obter satisfação e prazer;
• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e
esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;
• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando suas potencialidades, adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos de qualidade de vida;
• Percepção de ritmo pessoal;
• Busca de uma melhor qualidade de vida;
• Desenvolver habilidades da técnica do esporte individual e coletivo, executando os principais
fundamentos;
• Desenvolver habilidades corporais e participar de atividades corporais como as ginásticas e
danças.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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1ª Série
• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus
benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)
através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.
• aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.
• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta
dentro dos princípios básicos de fisiologia.
• Saber posicionar- se e movimentar- se com domínio e aplicação técnico-tática.
• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).
• Função social do esporte;
• Competição X Cooperação;
• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;
• O esporte e a mídia;
• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;
• Regras e Jogos.
• Tendências da ginástica no Brasil e a realidade de Guarapuava.
• Aspectos fisiológicos da ginástica.
• As diferenças da ginástica de academia e ginástica escolar.
• Sedentarismo;Qualidade de vida;
• Ginástica no mundo do trabalho;
• Contextualização da Ginástica preventiva, corretiva e de recuperação.
• Construção de coreografias básicas.
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• A prática pedagógica da dança no contexto escolar;
• A dança como expressão coletiva dos povos;
• A dança como expressão da vida e poesia do movimento;
• Cantigas de roda e atividades de expressão corporal;
• Dança folclórica e regional;
• Jogos Cooperativos:
• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;
• Jogos Criativos;
• Fugindo do estereótipo e do padrão;
• Jogos de salão
• Socialização e interação dos grupos;
• Jogos Populares
• Contexto cultural.
• Jogos Dramáticos
• Representação de papéis sociais.
2a Série
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• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus
benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)
através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.
• Aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.
• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta
dentro dos princípios básicos de fisiologia.
• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).
• O saber-fazer do treinamento esportivo.
• Organização de atividades recreativas e de lazer.
• Função social do esporte;
• Competição X Cooperação;
• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;
• O esporte e a mídia;
• A lógica do mercado e o esporte;
• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;
• Regras; Sistemas de jogo;
• Organização de campeonatos.
• A diversidade de denominações e métodos de ginástica no contexto sócio- histórico;
• A ginástica no mundo do trabalho;
• A sociedade de consumo e a ginástica;
• Integrar os vários tipos de ginástica;
• Reprodução ou produção criativa;
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• Dança de rua (expressão cultural da juventude);
• Danças folclóricas da região;
• Principais grupos étnicos presentes na região e suas danças;
• Jogos Cooperativos;
• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;
• Criação de novos jogos;
• Jogos adaptados;
• Jogos populares e contexto cultural;
• Análise de regras e analogia com o cotidiano.
3a Série
• Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré- adquiridos de atividade física e seus
benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar; (professores e funcionários)
através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou acompanhamento.
• Aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral.
• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para a atividade proposta
dentro dos princípios básicos de fisiologia.
• Esportes radicais (ter o conhecimento através de vídeos, palestras ou demonstrações).
• O saber-fazer do treinamento esportivo.
• Organização de atividades recreativas e de lazer.
• Função social do esporte;
• Competição X Cooperação;
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• Prática pedagógica do esporte no contexto escolar;
• O esporte e a mídia;
• A lógica do mercado e o esporte;
• Revisão e aprimoramento dos fundamentos;
• Regras; Sistemas de jogo;
• Organização de campeonatos.
• A diversidade de denominações e métodos de ginástica no contexto sócio- histórico;
• A ginástica no mundo do trabalho;
• A sociedade de consumo e a ginástica.
• Integrar os vários tipos de ginástica.
• Ginástica Rítmica e artística;
• Ginástica para condicionamento e preparação física;
• Ginástica com fins de tratamento de lesões.
• Reprodução ou produção criativa;
• Dança de rua (expressão cultural da juventude);
• Danças folclóricas da região;
• Principais grupos étnicos presentes na região e suas danças;
• Jogos Cooperativos
• Valores éticos, políticos e sociais da cooperação;
• Criação de novos jogos;
• Jogos adaptados;
• Jogos populares e contexto cultural;
• Análise de regras e analogia com o cotidiano
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• Jogos dramáticos e de interpretação;
• Organização de Festival de jogos Cooperativos.
• Princípios básicos do judô;
• História e elementos formadores da Capoeira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na Educação Física o processo de ensino aprendizagem se enraíza no esclarecimento sobre as
diferenças e na compreensão e respeito desta pela comunidade escolar. As estratégias escolhidas
devem não apenas favorecer a inclusão, como também discuti- la e torna- la clara para os educandos,
professores e comunidade em geral. Inclusão e trabalho coletivo implicam em responsabilidade e
comprometimento profissional para com os educandos, na busca da compreensão e respeito as
diferentes manifestações da cultura corporal. Nesse contexto, podemos ressaltar o papel do professor
no encaminhamento de uma aprendizagem dinâmica,consciente, enaltecendo valores que são
essenciais para a formação do cidadão. O debate, o diálogo e a pesquisa são formas de auxiliar o
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educando na construção de um saber amplo e articulado, que determinam práticas corporais coletivas
e individuais, encaminhando o processo para a formação integral nos meios escolares e social, bem
como na análise, interpretação e resolução de problemas perante as adversidades do dia-a-dia.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve mostrar- se útil para professores, alunos e escola, contribuindo para o auto-
conhecimento e para a verificação das etapas vencidas, considerando os conteúdos selecionados para
o período, oportunizando um novo olhar e um novo planejamento dos objetivos traçados previamente.
A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para uma reflexão contínua do
ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão dos aspectos que devem ser requisitados, na
tomada de consciência das conquistas, dificuldades e possibilidades desenvolvidas pelos alunos. A
participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as decisões a serem tomadas
professor – aluno, cada um assumindo sua responsabilidade no processo ensino-aprendizagem. Cabe
ao professor informar aos alunos seus avanços e suas
dificuldades, pois a avaliação é um processo continuo, permanente e cumulativo, onde ambos poderão
organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a aprendizagem. A avaliação
poderá ocorrer por meio da observação das situações de vivência, através de pesquisas, relatórios,
apresentações, avaliações escritas e auto- avaliação, levando em consideração a diversidade das
mesmas, oportunizando atender a todos os alunos inclusive com a retomada dos instrumentos de
avaliações propostos no decorrer do trimestre.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In:
Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista
Motrivivência, no 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de Educação
Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes
Curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2009.
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10.1.4 FILOSOFIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presença da Filosofia no Currículo do Ensino Médio justifica-se pelo seu valor, historicamente
consagrado, de formação, acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e
epistemológicos, que permanecem válidos e insubstituíveis.
A Filosofia tem um espaço a ocupar e uma imensa riqueza de conteúdos a oferecer. Entretanto
não pode ser tratada simplesmente como um corpo de saber já a disposição para ser transmitido, pois
em nosso entendimento, no Ensino Médio ela tem a finalidade de contribuir para a formação
pluridimensional e democrática, possibilitando um maior/melhor entendimento e envolvimento com as
complexidades do mundo contemporâneo nas suas particularidades especializações. Promove assim o
exercício das capacidades intelectuais, requerendo algumas habilidades, mas é antes de tudo, uma
disciplina cultural, pois a formação que propicia diz respeito a significação dos processos culturais e
históricos.
Segundo Chauí, “os principais campos filosóficos relativos às manifestações culturais são: a
filosofia das ciências, da religião, das artes, da existência ética e da vida política. Além disso, a filosofia
ocupa- se também com a crítica das ideologias que se originam na vida política, mas se estendem para
todas as manifestações da cultura”. (Chauí, pg 132)
Não se pode perder de vista a necessidade da garantia da provocação e do convite aos
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educandos quanto à reflexão filosófica, portanto ao pensamento. Tal capacidade humana nos permite
estar no mundo com algum saber, “com consciência”. Segundo Cotrim “... a biologia classifica o homem
atual como sapiens: o ser que sabe. É que o homem é capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre
si mesmo para tomar posse de seu próprio saber, avaliando sua consciência, sua consistência, seu
limite e seu valor”. (Cotrim pg42).
Nesse contexto em busca do conhecimento que transcende a realidade imediata a Filosofia constitui a
essência do pensamento filosófico, que a longo da história percorreu os mais variados caminhos,
seguiu interesses diversos, elaborou muitos métodos de reflexão e chegou a várias conclusões, em
diferentes sistemas filosóficos. Conhecimento do conhecimento e da ação humana, conhecimento da
transformação temporal dos princípios do saber e do agir, conhecimento da mudança das formas do
real ou dos seres, a Filosofia sabe que esta na história e que possui uma história.
A Filosofia no Ensino Médio tem como disposição promover a perplexidade, o deslumbre, o
espanto e a admiração que leve o educando a um posicionamento ativo em busca do conhecimento.
Não sendo, portanto, a tarefa da Filosofia a solução de todos os problemas da existência humana.
Apresenta-se como uma ferramenta, um instrumento de reflexão, análise crítica e criativa, que leve o
estudante a desenvolver um estilo próprio de pensamento.
OBJETIVOS
*** Compreender as configurações de pensamento e sua constituição histórica, seu funcionamento
interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referências.
*** Apropriar- se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Filosofia.
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*** Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.
*** Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem como métodos e técnicas de
leitura e análise de textos.
*** Produzir textos analíticos e reflexivos.
*** Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos procedimentos.
*** Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científico - tecnológicos, éticos –
políticos, sócio – culturais e vivenciais.
*** Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.
*** Desenvolver discussão oral de modo sistemático.
*** Problematizar sistuações discursivas
*** Argumentar filosoficamente
*** Formular raciocínio lógico, coerente e crítico
*** Desmistificar a realidade.
*** Perceber o que está por trás das ideologias posicionar- se.
*** Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico.
*** Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para emprega- la coletivamente de
forma consciente e criativa.
*** Reconhecer- se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da
existência enquanto ser humano – subjetividade.
*** Compreender as diversas culturas a sua linguagem, valorizando- as, sem apontar uma hierarquia
de valores, considerando- as dentro do seu próprio contexto.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Mito e Filosofia;
• Teoria do Conhecimento;
• Ética;
• Filosofia Política;
• Filosofia da Ciência;
• Estética.
Mito – passagem do mito para a razão “logos”
O homem como ser racional, animal, político, práxis, livre, finito.
Senso comum e conhecimento científico
método científico
finalidades e mitos que envolvem a ciência
reflexão crítica
o teórico, o prático e o poético
tecnologia
Teoria do conhecimento
*** o que é conhecer
*** questão do ser
*** idealismo
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*** empirismo
*** fenomenologia
O mundo do trabalho
*** visão histórica do trabalho
*** visão filosófica do trabalho
*** alienação
*** Filosofia Moral
*** ética
*** virtudes e vícios
*** liberdade
*** Filosofia Pré-Socrática
*** Filosofia Grega
*** Pensamento Cristão (Patrística e Escolástica)
*** Platão, Aristóteles e Sócrates
*** Tensão entre fé e razão
*** Idealismo, Empirismo, Fenomenologia
*** Filosofia Política
*** Estado e forma de governo
*** Democracia
*** Cidadania
*** Ideologia
*** Jusnaturalismo
*** Contratualismo
*** Materialismo
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*** Neoliberalismo
♦ Estética
• Criatividade
• Arte como forma de pensamento
• O belo – mimises
• Arte e sociedade
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar n horizonte dos problemas contemporâneos
científicos, tecnológicos, éticos – políticos, artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens
e das modalidades e sistemas de comunicação, implica uma tomada de posição para sua contribuição
seja significativa, enquanto aos conteúdos e processos cognitivos.
Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da conjugação de um repertório de
conhecimentos que funcionam como um sistema de referências para discussões, julgamentos,
justificações e valorizações, e de procedimentos básicos de análises, leitura e produção de textos.
Tomando posse desse repertório de conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo
um sistema discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos, acontecimentos, opiniões e idéias
para o estado reflexivo do pensamento, para a atitudes de discernimento que produz configurações de
pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado, não se pode esquecer que a leitura filosófica retém
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o essencial da atividade filosófica. Uma leitura não é filosófica apenas porque os textos são filosóficos,
pode- se ler textos filosóficos sem filosofar e ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos,
etc. Esta leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de leitura e análise de texto,
mas pela atenção aos pressupostos subentendidos do texto, pela reconstrução de um imaginário oculto
que ultrapasse a literalidade. É através das competências e habilidades que os alunos capacitam- se
para tratar os conteúdos programáticos justificando tomadas de decisões e posições, produzindo
interpretações, transferindo conhecimentos de uma dimensão a outra da realidade, estabelecendo
articulações entre as questões tratadas nas diferentes áreas do saber e a experiência. Munidos de
sistemas de referências e exercitando os requisitos discursivos, podem aceder ao domínio das
representações, isto é, à elaboração teórica.
Podem, assim, deslocar- se da apreensão imediata da realidade para uma disposição
esclarecida, efeito da criticidade.
Podem ser utilizados como encaminhamento metodológico as seguintes atividades:
• leituras
• elaboração de textos
• cartazes
• transparências
• debates
• histórias em quadrinhos
• recortes de propaganda
• charges
• vídeos/ outros recursos fornecidos pela mídia
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• seminários
• músicas/ paródias.
AVALIAÇÃO
A avaliação para o ensino de Filosofia não deve se restringir ao mero cumprimento de exigências
legais, para mensuração de notas. A avaliação deve estar inserida no contexto da própria aula de
Filosofia e sua especificidade.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnostica, isto é, ela não possui uma finalidade
em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redimensionar o curso da ação do processo
ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional, que professores,
estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. No ensino de Filosofia, a
avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno assimilou o conteúdo presente na
história da filosofia, o problema dos filósofos, nem tão pouco sua capacidade de tratar deste ou daquele
tema. Portanto, o pensamento crítico não surge apenas das discussões sobre questões atinentes aos
problemas culturais, históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições divergentes, nem da
reprodução das soluções apresentadas pelo professor.
O professor pode considerar também para a avaliação os trabalhos em grupos realizados em
sala de aula e como atividade extra- classe, nas quais os alunos deverão demostrar intensa atividade
de pesquisa e capacidade de expor, por escrito, de forma clara, as sua idéias.
Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos programáticos, desenvolvido de forma
sistemática, nos quais se procura levar em conta a participação do aluno, poderá ser um outro ponto
para avaliação. Enfim, o professor organizará os instrumentos de avaliação dos conteúdos de Filosofia,
procurando constatar se o aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a capacidade do
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aluno em reformular questões de maneira organizada e estruturada, procedendo de forma sistemática,
com conteúdos determinados, procurando as raizes e examinando as diversas dimensões do problema
num todo articulado. Através de exercícios do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas,
nas discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor poderá ir avaliando o grau de
inteligibilidade alcançada pelos educandos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no
processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão. Neste sentido é possível entender a
avaliação como um processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um momento em
separado destinado a avaliar.
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10.1.5 FISICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A cidadania, o ser humano faz parte de uma sociedade mais globalizada, com o acesso a
qualquer tipo de informação. Novos desafios são impostos à vida cotidiana e torna- se necessário
desenvolver capacidades que possibilitem, a qualquer indivíduo, a buscar soluções criativas para
resolver seus problemas.
Dessa forma, a escola deve estar organizada de modo a estar centrada em conteúdo e
metodologia capacitada de levar aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a ótica
de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.
Um fato importante a ser considerado é de que a Ciência e a Técnica não são neutras e nem
tão pouco desprovidas de historicidade. Desse modo, a ciência está atrelada aos processos
econômicos, políticos e sociais da produção e reprodução humana.
Sabe- se que não há como o indivíduo participar de uma sociedade, atuando em sua
transformação, sem ciência básica.
Sendo assim, da cultura científica constitui instrumento indispensável a participar políticas,
esta é uma condição extremamente importante, uma vez que o que se quer é a formação de sujeitos
criativos e participativos capazes de atuar na sociedade atual.
Diante do que foi exposto, faz- se necessário contemplar na disciplina de Física, saberes que
oportunizem os alunos o acesso ao conteúdo historicamente acumulado e o mais próximo possível da
produção científica, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadão.
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OBJETIVOS GERAIS
Educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de
admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta
dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.
Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as
estruturas que representam esses aspectos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Contribuir para a formação dos sujeitos, através de conteúdos que dêem conta do
entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo, sua evolução, suas
transformações e as interações que nele se apresentam.
- Estimular os educandos a acompanhar as notícias científicas, orientando- os para a
identificação sobre o assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus
significados.
- Construir uma visão critica da realidade, da ciência e das relações entre a ciência e a
sociedade, buscando em diversas fontes de informações relevantes para o conhecimento da Física.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º Ano
Conteúdo Estruturante
MECÂNICA
Conteúdos pontuais:
Introdução da Física;
Cinemática;
Cinemática Vetorial;
Movimento circular;
Energia.
Possíveis Desdobramentos:
Evolução da Física;
Ramos da Física;
Divisões da Mecânica;
Teorias;
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Criadores;
Repouso, movimento e referencial;
Trajetória;
Posição escalar;
Deslocamento;
Velocidade escalar;
Movimento Uniforme Variado;
Equação de Torricelle;
Queda dos corpos;
Vetor;
Operações com Vetor;
Vetor posição e deslocamento;
Lançamento Horizontal;
Velocidade Angular;
Aceleração Centrípeta;
Força e força resultante;
Equilíbrio;
Primeira Lei de Newton;
Segunda Lei de Newton;
Plano inclinado;
Força de Atrito;
Trabalho de uma força;
Potência;
Rendimento;
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Energia;
Teorema da Energia;
Princípio da conservação da energia;
Energia mecânica total.
2º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
TERMOLOGIA
1. Conteúdos pontuais:
Termômetro;
Dilatação térmica;
Calorímetro;
Estudo dos gases.
Possíveis desdobramentos:
- Teoria;
- Seus criadores;
- Temperatura;
- Calor;
- Escalas;
- Equações Termométricas;
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- Dilatação linear;
- Dilatação superficial;
- Dilatação volumétrica;
- Dilatação dos líquidos;
- Quantidade de calor;
- Calor sensível;
- Calor latente;
- Princípio da troca de calor;
- Gás e vapor;
- Equação dos gases.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
ÓPTICA
Conteúdos pontuais:
Princípios fundamentais;
Reflexão da luz;
Refração da luz;
Princípio da óptica.
Desdobramentos:
- Conceitos;
- Velocidade da luz;
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- Câmara escura;
- Difusão da luz;
- Reflexão regular;
- Espelhos Planos;
- Formação de imagens;
- Associação de espelhos;
- A cor de um corpo;
- Índice de refração;
- Leis de refração;
- Dioptro plano,
- Prismas;
- Lentes esféricas;
- Fenômenos de refração e reflexão.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
OSCILAÇÕES
Conteúdos pontuais:
Ondulatório;
Acústico;
Possíveis desdobramentos:
- Teorias;
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- Seus criadores;
- Classificação de ondas;
- Velocidade de propagação da onda;
- Reflexão e refração de ondas estacionárias;
- Ondas sonoras;
- Fenômenos sonoros;
- Efeitos ondulatórios.
3º Ano
1) CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
ELETRICIDADE
Conteúdos Pontuais
Eletrostática;
Força elétrica;
Campo elétrico;
Trabalho e potencial;
Capacidade do condutor capacitor;
Eletrodinâmica;
Estudos dos resistores;
Associações em séries paralelo;
Associação mista;
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Gerador e receptores;
Circuitos elétricos;
Corrente elétrica;
Possíveis desdobramentos:
Campo elétrico;
Eletrizações;
Princípio condutores e isolantes;
Leis de Coulomb;
Gráficos do vetor campo elétrico;
Varias cargas;
Condutor esférico;
Trabalho da força elétrica;
Contato entre condutores;
Energia potencial;
Associação de condutores;
Sentido, tipos e efeitos da corrente elétrica;
Resistores elétricos;
Leis de OHM;
Amperimetro;
Voltímetro;
Geradores e receptores;
Equação do circuito elétrico;
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
ELETRICIDADE
Conteúdos Pontuais
Eletromagnetismo
Possíveis desdobramentos:
Fenômenos magnéticos;
♦ Campos magnéticos;
♦ Propriedades do Imã;
♦ Campo magnético por condutor solenóide;
♦ Forças magnéticas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Uma grande dificuldade na transferência do conhecimento é o “como ensinar”, ou seja, qual a
adequada metodologia que devemos utilizar com o nosso aluno para efetivar o ensino- aprendizagem.
Temos um conjunto de procedimentos que ajudarão a nossa ação. Portanto, não se trata de
elaborar novas listas de tópicos de conteúdo, mas dar ao ensino de física novas dimensões em nosso 256
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cotidiano, levando o aluno a se planejar, a pensar, que há um mundo físico de as coisas diferentes
englobado no se próprio mundo. O nosso aluno será capaz de investigar, classificar, organizar e
sistematizar pontos e fenômenos físicos que lhe é colocado no seu dia-a-dia, por isso esses conteúdos
nortearão a base para o profundo conhecimento físico.
A proposta de Física se contrapõe aos velhos métodos que priorizam os conhecimentos como
fragmentos desligados da realidade dos alunos, cuja ênfase recaia nos aspectos quantitativos e
conceituais, onde a resolução de problemas de Física, traduzidas em aplicações de fórmulas
matemáticas prevalecia.
Dessa forma, faz- se necessário uma metodologia de ensino que possa contribuir com a
relação teoria- prática e que parta do conhecimento prévio dos estudantes, rumo uma aprendizagem
significativa onde se faz presente o valor social construído e sistematizado.
Isso de efetivará por meio de aulas expositivas e dialogados, pesquisas, resolução de
atividades em grupo, práticas em laboratório, seminário.
AVALIAÇÃO
Ensinar física significa possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma formação para a
cidadania mais adequada.
O conhecimento da Física “em si mesma” não basta, é imprescindível considerar o mundo dos
alunos, suas realizadas próximas ou distantes, os objetivos com que efetivamente lidam, problemas e
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indagações que movem sua curiosidade.
Avaliação é parte integrante do processo ensino aprendizagem e tem como objetivo principal
aprimorar a qualidade desse processo. Requer observações realizadas de maneira sistemática que
possibilitem detectar se houve ou não uma efetiva aprendizagem.
A avaliação é o resultado de um processo de observação e verificação, tanto do conhecimento
construído e adquirido pelo aluno, quanto da forma como ocorreu essa construção, transformação num
registro contínuo, integral e dinâmico que permita acompanhar e comprovar o grau de aquisição de
aprendizagem tornando-se também uma referência para a reflexão e conscientização do aluno e do
professor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Paraná – Física (Série Novo Ensino Médio – Volume Único) Ed. Átic.
Bonjorno – Física Fundamental (2o Grau – volume único) Ed. F.T.D.
Ivan Ramalho Nicolau Toledo – Os fundamentos da física (volume um). Ed. Moderna.
Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga – Física (volume 1) Ed. Bernardo Álvares.
258
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Michael Valero – Física Editorial Valero.
10.1.6 GEOGRAFIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo o geógrafo Antônio Carlos Robert Moraes “ o pensamento geográfico deve vivenciar na
atualidade um amplo processo de renovação, rompendo com as descrições áridas, com as exaustivas
enumerações, enfim com aquele sentimento de inutilidade que se tem ao decorar todos os afluentes da
margem esquerda do rio Amazonas”. Portanto, a geografia tem mais do que nunca um papel de maior
relevância na formação dos cidadãos conscientes e responsáveis, sendo uma ciência viva, um
instrumento de compreensão do mundo em que vivemos e dos acontecimentos que ocorrem nas mais
distantes partes, é portanto, uma ciência que compartilha da área tanto das ciências físico- naturais
como das ciências humanas ou sociais. Como descreve Milton Santos “as ciências evoluem porque os
fatos evoluem, fazem- se outros. Quando os fatos se fazem outros e a ciência continua trabalhando
como se os fatos já fossem diferentes, ela não mais traduz os fatos e se torna tradicional, pela perda de
seu objeto”.
Uma incursão nos desafios do presente nos faz pensar sobre possibilidades do entendimento da
Geografia no Ensino Médio. Com isso, questões relacionadas ao como ela esta sendo abordada e
ensinada, o que e como nossos alunos estão aprendendo e para quê, permeiam o cotidiano docente,
oportunizando o refletir sobre esta área do conhecimento e sua mediação pedagógica.
Nesse sentido, a Geografia, deve incorporar a dimensão do espaço em sua intrínseca relação
com o tempo. Ou seja, falar da Geografia contemporânea significa apropriar- se, e ir além das
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informações do relevo, clima e população presentes nas relações do homem com a terra.
Hoje, ela focaliza o que lhe é específico na singularidade do local, na particularidade do regional
e na universalidade do global. É expressão ao mesmo tempo que expressa a revolução técnico -
científica, a globalização da economia e os problemas ambientais que surgem de uma totalidade em
que as relações sociais se estabelecem.
Com o entendimento de que a sociedade exerce permanentemente um diálogo com o território
usado e que este inclui as coisas naturais, artificiais, a herança social e a sociedade em seu momento
atual, é que necessitamos buscar critérios de relevância para a seleção de conteúdos, sempre
focalizando os fenômenos ligados ao espaço geográfico – produto das relações, dos olhares e
experiências do cotidiano que se interligam a outros conjuntos espaciais.
O espaço geográfico precisa ser lido e compreendido pelos alunos como uma construção
humana que se desenvolve um substrato da superfície terrestre que é também um meio biofísico, o
qual constitui o habitat das comunidades animais e vegetais que povoam a Terra sendo necessário
precisar bem o objeto de que se fala. Só sua efetiva delimitação permite ao educando e localizá- lo e
localizar- se num universo maior pois cada vez mais o espaço geográfico se produz em uma articulação
entre o local e o mundial, pois o mundo contemporâneo e reprodução das relações sociais não se
explica por transformações endógenas nos limites da localidade ou do país, as influências externas
necessitam ser compreendida para explicar o que acontece no local. Desta compreensão é que
passamos a perceber a existência de uma totalidade de, que é a sociedade produzindo e reproduzindo
o espaço para nele se estabelecer e se perpetuar, como cita Edgar de Decca “um universo onde são
produzidas as relações sociais e onde se dá uma particular e decisiva apropriação do saber”. É
necessário, portanto, realizar uma geografia que busque um modo de fazer Ciência sobre os objetos
sociais e as estratégias dos geógrafos de aprofundarem seus conhecimentos a respeito dos
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paradigmas concernentes à realização dessa meta.
Aos educadores da área da geografia cabe esse avanço, forjando coletivamente a construção do
novo e de respostas por outra ordem social, na qual cesse a contradição entre quem produz e quem
administra o espaço.
OBJETIVO GERAL
• Oportunizar conhecimentos aos educandos que possibilitem sua atuação como agente
co- responsável do espaço geográfico, dentro da dinâmica econômica, política, sócio- ambiental.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
**** Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.),
considerando- os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou
especializados.
**** Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica, como formas de organizar e
conhecer a localização, distribuição e freqüência dos fenômenos naturais e humanos.
*** Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando
as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.
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*** Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos processos de
formação e transformação dos territórios, tendo em vista as reações de trabalho, a incorporação de
técnicas e tecnologia e o estabelecimento de redes sociais.
*** Analisar e comparar, interdisciplinarmente as relações entre preservação e degradação da vida no
planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais,
econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local,
regional, nacional e global.
*** Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua
essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos
contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças
na organização e no conteúdo do espaço.
*** Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia
*** Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e
políticas no seu “lugar- mundo”, comparando, analisando e sintetizando a densidade das relações e
transformações que tornam concreta e vivida a realidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos na disciplina de Geografia de cada série do ensino médio, serão
elencados segundo os seguintes conteúdos estruturantes:
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A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço
Geopolítica
Dimensão Socioambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
1ª Série
Dimensão Socioambiental:
Os conceitos básicos para compreensão da relação Sociedade- Espaço
A importância do espaço geográfico
Conceituar Geografia
Evolução do pensamento geográfico
Reconhecer paisagem vivida
Reconhecer a paisagem transformada
Reconhecer a paisagem percebida
Tempo geológico e as placas tectônicas
As águas continentais
Os diversos tipos de clima nas diversas regiões do Mundo e do Brasil
Os diversos tipos de vegetação nas diversas regiões do Mundo e do Brasil
As regiões e relevo do Brasil
As regiões e relevo do Paraná
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A Dinâmica Cultural Demográfica
A Distribuição e crescimento populacional
Os problemas étnicos
População mundial
Crescimento demográfico
Taxa de natalidade
Crescimento vegetativo
Taxa de mortalidade
Controle de natalidade
Pirâmide etária
A população brasileira: crescimento e formação étnica
A população brasileira: distribuição e estrutura
Movimentos da população no brasil
Minorias étnicas
Movimento sem - terra
A Dimensão Econômica Da Produção Do / No Espaço
Organização do espaço em benefício humano
Evolução e transformação geográfica (naturais e humanas)
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2ª série
Dimensão Socioambiental
Os conceitos para compreensão da importância da composição geológica para o desenvolvimento
da sociedade
Os conceitos sobre agricultura e sua importância no desenvolvimento da sociedade, bem como a
influência no aumento desordenado nas áreas urbanas
O sistema hidrográfico brasileiro e sua composição
A importância dos vários tipos de energia
Degradação dos solos
Condicionamento ambiental propício á agricultura: solo, relevo, clima, recursos florestais e hídricos
Energia hidráulica
Energia termoelétrica
Combustível fóssil
Combustível e sua utilização
Energia
Energia não – renovável
A Dimensão Econômica Da Produção Do/No Espaço
Influência do capital na formação dos centros urbanos, bem como o processo de industrialização e sua
importância na migração operária
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Apresentar os conceitos para compreensão da importância da composição geológica para o
desenvolvimento da sociedade
Conceituar tempo geológico
Geologia e minerologia
Geologia brasileira
Geologia paranaense
Importância da geologia no processo industrial
A agricultura e sua importância no desenvolvimento da sociedade
Aumento desordenado nas áreas urbanas
Extrativismo vegetal e mineral
Grandes e pequenas propriedades
Trabalho assalariado e não - assalariado
Organização capitalista na produção agrícola
A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil
Influência do capital na formação na formação dos centros urbanos
Processo de industrialização
A Dinâmica Cultural Demográfica
Exôdo rural
Crédito rural
Reforma agrária
Capital urbano-industrial
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Movimentos operários
Especialização da mão-de-obra
Modernização e desenvolvimento do sistema financeiro
Revolução industrial
Processo de industrialização brasileira
Processo de industrialização do Paraná
Geopolítica
Energia e geopolítica
Industrialização e processo de urbanização no Brasil
Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras
Industrialização e processo de urbanização no Paraná
Os transportes no Brasil
3ª série
A Dimensão econômica da Produção Do/No Espaço
O capitalismo e a construção do espaço geográfico
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Geopolítica
O Socialismo
Capitalismo / Socialismo: Guerra Fria
O mundo pós guerra fria
A internacionalização do capital
O subdesenvolvimento
O comércio mundial
União européia
Mercosul
Outros blocos econômicos
América Latina
Oriente Médio
O Islã – entre a paz e o terrorismo
África
Leste europeu
China
Coréia Do Norte, Cuba, Vietnã
Estados Unidos, a superpotência mundial
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A geografia, como disciplina escolar, contribui para a formação do cidadão que participa dos
movimentos promovidos pela sociedade, que conhece o seu papel no interior das várias instituições das
quais participa. O professor precisa deter um conhecimento aprofundado no campo do qual é
especialista e estabelece a interface com as demais disciplinas, no sentido de completar o
conhecimento de determinados temas e objetos de pesquisa. O avanço do trabalho pedagógico faz-se
na mediação que o mestre realiza entre o conhecimento da realidade, do mundo e do desenvolvimento
cognitivo, emocional e efetivo dos estudantes.
Uma forma de integrar os professores e alunos é realizar pesquisas e leituras em sala de aula,
da realidade da escola em um trabalho de reflexão conjunto. Muitas questões surgem: que tipo de
trabalho os alunos desempenham? Quais os enfrentamentos do cotidiano de seu trabalho? Como
conciliam o estudo e o trabalho? Seus sonhos? Seus devaneios? Suas crenças? A interferência da
mídia sobre a maneira de ver e se relacionar com o mundo e a atual modernidade através de pesquisas
bibliográficas trabalhos com mapas, gravuras, vídeos, textos, desenhos, revistas, jornais, aulas
expositivas e seminários, este estudo abre horizontes e auxilia o professor de Geografia e os demais a
pensar na elaboração de um projeto para a escola e como se dará a produção geográfica selecionada
que mereça transformar-se em uma Geografia a ser ensinada.
A integração dos demais campos do conhecimento é importante para que os estudante conheça
o seu papel no interior da sociedade e do mundo em que vive. A geografia contribui para a formação de
um jovem que certamente já possui uma capacidade de abstração maior e portanto pode realizar
generalizações mais elaboradas.
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Na escola o jovem precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender como
os diferentes elementos desse espaço se relacionam. Nesse diálogo, formula questões e tenta dar
respostas, discutindo com o professor e os colegas suas idéias, suas experiências e sua reflexões,
compartilhadas e filtradas, nos debates que se estabelecem numa aula de Geografia.
A tecnologia e as pesquisas podem contribuir para o conhecimento aprofundado das porções da
superfície terrestre e o conhecimento dos raros testemunhos de ecossistemas persistindo no meio da
paisagem destruída pelo sistemas econômicos, visando obter lucros imediatos.
Os professores devem considerar os conteúdos programáticos como instrumentos de apoio para
a elaboração de seus projetos pedagógicos, tendo como meta o entrelaçamento desses conteúdos de
modo a permitir a compreensão do espaço geográfico integrados aos métodos de apreensão desse
espaço e ao uso da tecnologia disponível no mundo atual. O professor poderá para isso lançar mão de
atividades como:
Pesquisas em sala de aulas (livros), Trabalho com mapas e gravuras
Trabalho individual ,Aula expositiva
Trabalho em grupo
Textos/ xerox
Pesquisa bibliográfica
Recortes de jornais e revistas
Apresentação/ seminários
Mapas ,Vídeo
Textos mimiografados
Debate
Gráficos/ tabelas (dados IBGE)
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AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação coloca- se a serviço da proposta pedagógica que norteia a elaboração
do currículo de geografia. Neste sentido convém lembrar que nosso entendimento é o de educação
como instrumento da transformação da prática social. Assim temos que ter de forma bem clara que a
proposta pedagógica deve levar em consideração a relação conteúdo - método, de modo que o aluno
tenha a sua disposição saberes que lhes possibilitem a ampliação de uma concepção de mundo, e que
sobretudo lhe assegurem o questionamento da realidade em que ele está inserido.
Na prática pedagógica a avaliação deve estar preocupada com a transformação social, não deve
estar vinculada à autoritarismo que reforça a heteronomia do jovem, e com princípios que desenvolvem
sua autonomia. A avaliação deverá ser democrática e manifestar- se com um mecanismo diagnóstico
da situação que não meramente classificatório.
A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir daquilo que é básico, fundamental para que
o aluno avance no caminho da aquisição dos conteúdos básicos, a relação professor – aluno no
processo de construção do conhecimento e a concepção científica e geográfica.
O processo de avaliação se fará de forma gradativa e levará o aluno a se instrumentalizar por
meio dos conteúdos fundamentais, implícitos nos conteúdos estruturantes/conteúdos específicos. E que
possibilitarão a apreensão das relações que os homens mantém entre si e com o meio no processo de
produção, organização dos diferentes tipos de espaço realizados e por diferentes grupos humanos,
assegurados pelo desenvolvimento do aluno.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M.C. de. Geografia da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987;
CALLAI, H.C.A. A Geografia e a escola: Muda a Geografia? Muda o Ensino? Terra livre,
São Paulo, m.16, p. 130-152,2001;
CARVALHO, M.I. Fim de século: A Escola e a Geografia. Ijuí, ed. UNIJUÍ, 1998;
CHRISTOFOLETTI, A. (org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982;
CORREA, R.L. Região e Organização espacial. São Paulo. Ática, 1986;
GOMES, P.C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro. Bertrano Brasil, 1997;
GONÇALVES, C.W.P. Os (Des)Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo. Contexto,1999;
LACOSTE, Y. A Geografia – Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.Campinas. Papirus,
1988;
OLIVEIRA, A.U. Para onde vai o ensino de Geografia? São Paulo. Contexto, 1989;
PARANÁ, DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado
do Paraná. Geografia, Curitiba, 2009
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10.1.7 HISTÓRIA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Estudamos história para compreender o passado. Compreendendo o passado, entendemos
melhor o presente.
Ao estudarmos a escravidão negra no Brasil, entendemos o porquê do preconceito racial, da
existência de favelas e da pobreza em geral, das populações negras.
Quando estudamos a colonização do Brasil, obtemos elementos para compreender a existência
da péssima distribuição de renda em nosso país, ou seja, porque poucos têm muito e muitos têm
pouco.
Ao assistirmos a um filme, ao vermos o noticiário na TV, ou viajarmos, tudo se tornará mais
proveitoso se nós compreendemos a história.
Como todas as ciências, a história tem suas especificidades, trabalha com formas de raciocínio
próprias a ela, tem seus limites e também suas exigências. Uma grande dificuldade que nós
encontramos quando queremos falar de nossos estudos é estabelecer a diferença entre o que é o
trabalho historiográfico sobre um determinado tema e o que é simples juízo de valores.
Quando falamos sobre preconceito racial, todos nós temos uma opinião a respeito. Alguns são
contra, outros a favor; uns dizem que a culpa é do próprio descriminado, outras afirmam que o
preconceito é pura injustiça.
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Trata- se apenas de opiniões sobre o assunto. Outra coisa, e bem diferente, é analisar
historicamente o racismo, pesquisar suas origens, quem ele serviu ou ainda serve, quais interesses
estão por trás de uma teoria racista e em que contexto ela foi elaborada.
Vamos pensar no Brasil Colonial. A que conjunto de acontecimentos pertencia a idéia corrente de
que os negros não tinham alma? Certamente a questão da escravidão. A quem interessava a difusão
desta idéia? Não aos escravos.
Eis a diferença. Não se trata apenas de opinar ou julgar quem está certo ou errado. Trata- se de
localizar e compreender historicamente o acontecimento, de tentar entender porque os homens daquela
época agiam daquela forma e, finalmente, contribuir para a formação de valores e de uma visão de um
mundo mais justo.
Contemplaremos uma história dinâmica, construída por todos e não por grandes heróis que a
história tradicional e factual sempre privilegiou. A proposta é superar a “velha” concepção de ensino da
história, que apresenta o fato histórico, as datas e os grandes personagens, como objetos essenciais de
análise.
A palavra “História” vem do grego e significa “Conhecimento Narrado” ou “Aprendizado pela
narrativa”. Heródoto, o Pai da História, afirmava que os homens podem conhecer a si mesmos e
também sobre a humanidade.
Quanto ao conhecimento histórico e dinâmico, essa abordagem da história não significa que
temos a capacidade de recuperar a verdade do passado. O conhecimento histórico é uma reconstrução
dos fatos passados, a partir de fontes históricas, ou seja, é o nosso pensamento de hoje tentando
alcançar o modo de pensar e de viver de outros tempos e povos. O conhecimento histórico é dinâmico:
modifica- se, reestrutura- se, a partir de novas descobertas, do aparecimento de novos documentos e
até mesmo de novas formas de ler documentos já conhecidos.
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Por isso, qualquer profissão que nós viermos a escolher é fundamental que se conheça a
realidade econômica, social e política do país. Assim seremos cidadãos conscientes e capazes de
mudar a nossa Pátria para melhor.
Não pretendemos formar um cidadão apenas com boa oratória e com maior bagagem intelectual,
aumentado sua cultura geral, mas sim, formar um aluno com capacidade dirigente e técnica com
formação científica e histórico- crítica, que lhe possibilite cada vez mais neste mundo dinâmico,
competitivo e processo de constante transformação.
Dessa forma, estaremos contribuindo plenamente para o desenvolvimento integral do educando,
por uma prática educativa, contextualizada e conscientizadora, problematizadora e crítica, dialógica e
participativa.
Para que o estudo da história se torne significativa para o aluno, faz- se necessária a
contextualização dos conteúdos, ou seja, é imprescindível motivar o aluno a estabelecer relações da
história do passado com a do presente, para que ele possa construir sua visão de mundo à luz de
experiências concretas, fruto de suas relações em sociedade, sentindo- se, desta forma, com o sujeito
atuante e transformador do processo histórico.
OBJETIVO GERAL
Possibilitar ao aluno conhecimento para compreender o conjunto das transformações realizadas
pelas ações humanas, seja o modo como homens e mulheres em suas relações sociais produziram e
transformaram sua existência, mediadora da prática social, ou seja, das relações sociais diversas
construídas no cotidiano do viver em sociedade. Vai dar base de sustentação teórica para o indivíduo
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compreender sua realidade social , proporcionando consciência de sua real importância no contexto
histórico percebendo- se como cidadão transformador da história,que não é único , valorizando e
respeitando valores e práticas das várias etnias.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das
diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua
produção;
- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, à partir das categorias e
procedimentos próprios do discurso historiográfico;
- Relativizar as diversas concepções de tempo digo, e as diversas formas de periodização do tempo
cronológico, reconhecendo- as como construções culturais e históricas;
- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, à partir de reconhecimento do papel do
indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos;
- Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos “lugares
de memória” socialmente instituídos;
- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos a duração e nas relações de sucessão e/ou de
simultaneidade;
- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as
tecnologia e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação;
- Posicionar- se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado,
estabelecendo relações entre permanências e transformações no processo histórico.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A integração da história com as demais disciplinas permite sedimentar e aprofundar temas
estudados no ensino fundamental, redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do
indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a compreensão das relações do
indivíduo – sujeito da história.
Se o objetivo do ensino da história no ensino médio é conduzir o aluno a compreender fatos
passados e relacioná- los ao presente, a adequação metodológica deverá acontecer tomando a
realidade do aluno nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim ao aluno apoderar- se
da pluralidade das memórias, proporcionando- lhe a sua compreensão e do conflito que se produz.
A história nessa perspectiva dá para os jovens do Ensino Médio condições de ampliar conceitos
introduzidos nas séries anteriores do ensino fundamental, contribuindo para a construção dos laços de
identidade e consolidar a formação da cidadania.
O ensino da história pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade ao
incorporar a reflexão sobre o indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas
afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de, compromisso com classes, grupos sociais,
cultura, valores e gerações do passado e do futuro.
A contribuição mais substantiva da história para melhor compreensão da sociedade
contemporânea e de nela o jovem se situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de
desenvolver capacidades e apreensão do tempo em sua totalidade.
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Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para as novas gerações, considerando-
se que a sociedade atual vive um presente contínuo que tende a esquecer e anular a importância das
relações que o presente mantêm com o passado. Nos dias atuais a cultura capitalista impregnada de
dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma
ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e com explicações simplificadas que
as reduzem aos acontecimentos imediatos.
Os objetivos que deverão ser atingidos no ensino médio devem ajudar a construir a identidade
social e individual identificando o jovem com as gerações passadas e reconhecendo- se como sujeito e
produto histórico, sendo capaz de redimensionar o presente em processo contínuo, e nas relações que
mantêm com o passado e ainda ser capaz de identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no
processo histórico.
Utilizar- se da metodologia no sentido de desenvolver o senso crítico rompendo com o valor do
saber enciclopédico socializando a produção da ciência histórica, passando de reprodução do
conhecimento à compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político capaz
de compreender a estrutura do mundo da produção.
Deve- se buscar a recuperação da dinâmica própria das sociedades no tempo evitando trabalhar
com base em etapas ou apenas no presente. Tendo como fundamento que, ensinar história é
selecionar conteúdos, dividi- los e programá- los de maneira que acrescente algo nos educandos
contemplando a formação necessária à ser ensinada no Ensino Médio.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
No Ensino médio os conteúdos estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações
culturais devem organizar a investigação do conhecimento histórico, priorizando os recortes
específicos e mais aprofundados que no Ensino Fundamental, com o objetivo de uma melhor
compreensão das ações humanas, discorrendo acerca de problemas contemporâneos, e das temáticas
História e Cultura Afro- Brasileira e História do Paraná.
Os conteúdos específicos da disciplina de História serão elencados levando- se em consideração
os conteúdos estruturantes:
Relações De Trabalho
Relações De Poder
Relações De Cultura
1ºano
Introdução ao estudo da história
A História como ciência
As ciências auxiliares da História
Divisão da História
Tempo Histórico
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O profissional da História
Pré – História
Origem e evolução do homem
A Pré-História e suas divisões
Arte, ciência e religião na Pré-História
A Pré-História brasileira
Civilizações da Antigüidade
Civilizações antigas: ontem e hoje
História da África
Os povos da Mesopotâmia
Civilização Egípcia
O povo hebreu
Os fenícios
Civilização Grega
Antes dos gregos: civilização egéia
Primórdios da civilização grega
Esparta e Atenas
Guerras Médicas
Imperalismo grego
A cultura grega: legado grego
Civilização Romana
Primórdios da civilização romana
Imperalismo romano
Cultura romana
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Os irmãos Graco
Os triunviratos
O império romano
Decadência de Roma
A Idade Média
Conceitos e divisões
Invasões bárbaras
Estrutura da sociedade feudal
2ºano
A Alta Idade Média
O Islamismo
Expansão muçulmana
Cultura Árabe
Império Bizantino
A Baixa Idade Média
As cruzadas
Renascimento comercial e urbano
Cultura Medieval
A igreja Medieval
A educação, ciência, filosofia, na Idade Média
Renascimento Cultural
281
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Novos valores: Humanismo
Renascimento Científico
Mercantilismo e expansão marítima
Busca de novas terras
Primeiras expedições
Sistema de colonização: primeiros contatos
Colonização portuguesa e espanhola
Reforma Religiosa
Revisão dos valores
Reforma Protestante: Calvismo, Luteranismo, Anglicanismo
Contra – reforma
Brasil Colonial
Povos indígenas brasileiros
Primeiros 30 anos do Brasil
Administração portuguesa no Brasil
Economia açucareira – escravidão
Invasões estrangeiras
Expansão territorial
A época do ouro
As primeiras rebeliões da colônia
♦ O Iluminismo
Origens das idéias iluministas
O iluminismo e a economia
• Revolução Industrial
282
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Início da mecanização
O sistema de trabalho
O mundo urbano industrial
• Independências dos Estados Unidos
Colônias do norte e do sul
Relações entre colônias e metrópole
O processo de independência
• Revolução Francesa
França antes da Revolução
Início da revolução
Queda da Bastilha
Os direitos humanos
Fases da revolução
Período Napoleônico
• Independência da América Ibérica
Crise do sistema colonial
Independência do México, Antilhas, América do Sul
Independência do Brasil: - família real no Brasil; - fim do monopólio colonial; - a caminho da autonomia
política; - revolução do Porto; - conflitos internos
• Primeiro Reinado
Definição do Estado – reconhecimento externo
Confederação do equador
Dificuldades econômicas283
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Abolicação de D. Pedro I
• Regências e Revoltas
Disputas políticas e reformas
Relação entre estado e sociedade
A Cabanagem
A Balaiada
A Sabinada
Os Farrapos
O Golpe da Maioridade
• Segundo Reinado
Liberais e Conservadores
Revolução Praieira
Economia
Produção Cafeeira
Expansão para Oeste paulista
Transição para o trabalho livre: imigração
Guerra do Paraguai
284
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3ºano
• Transição do Império para a República
Questão abolicionista
Questão religiosa
Questão militar
Movimento Republicano e a Proclamação da República
• Expansão e Mudança do Capitalismo
Ideologia do “progresso”
Industrialização do planeta
Consciência de classe – Marxismo
Comuna de Paris
• Pensamentos do século XIX
Socialismo
Anarquismo
Imperialismo – Partilha da Ásia – Partilha da África
Nacionalismo
Unificação alemã
Unificação italiana
Democracia
• República Velha no Brasil
Militares no poder
República Oligárquica
Política dos governadores285
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O café – com – leite
Coronelismo
Canudos e Contestado
Revolta da Vacina
Convênio de Taubaté
Café a industrialização
Diversificação econômica
• Primeira Guerra Mundial
Antecedentes
Política das alianças
Fases da guerra
Tratado de Versalhes
• Revolução Russa
Acontecimentos de 1905
Revolução de 1917
Governo de Lenin
Stalin
• Período entre guerras
Crise de 1929
New deal
• Regimes totalitários
Fundamentos nazifascitas
Alemanha e Itália286
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Espanha e Portugal
• Segunda Guerra Mundial
Contexto europeu na década de 1930
Desenrolar da guerra
Desfecho da guerra
Holocausto e Hiroshima e Nagasaki
Formação do Estado de Isarel
• Período Vargas
Contexto político, social e econômico do final da década de 1920
Revolução de 1930
Primeira fase do governo de Vargas
Estado Novo – experiência totalitária
Política trabalhista de Vargas
• Guerra Fria
Dois blocos econômicos e as estratégias de dominação
Plano Marshall e macarthismo
Guerras e revoluções no contexto da Guerra Fria
• Período democrático no Brasil
O fim do estado novo
Governo Dutra e Vargas
De JK a Jango
• Governo Militar no Brasil
No tempo dos AI’s
287
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A sociedade civil contra o militarismo
Movimentos sindicais
Cultura nesse período
• Fim da Guerra Fria e Nova Ordem
Fim do bloco soviético
Reunificação da Alemanha
Globalização – o impacto da tecnologia
• Brasil atual
Governo Sarney
Assembléia Nacional Constituinte
Collor
Política Neoliberal
Itamar Franco
Fernando Henrique Cardoso
Lula
Movimentos sociais brasileiros
• A tecnologia e suas influências
O poder da mídia
A arte com a tecnologia
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AVALIAÇÃO
Será diagnóstica formativa e somativa. Esta será verificada, por atividades
realizadas em folhas, que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de
uma narrativa histórica; atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de idéias e
conceitos históricos; Atividades que revelem se o educando apropriou a capacidade de leituras de
documentos com linguagem contemporâneas, como cinema, fotografias, quadrinhos, musicas e
televisão, relativos ao conhecimento histórico atividades serão atribuídos conceitos e no final do
bimestre se converterão em nota,também serão feitas provas com questões de vestibulares e do
ENEM, bem como seminários..
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTTENCOURT, Cierce O saber Histórico na sala de aula. (org).10 ed – São Paulo: Contexto,
2005.
CHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História São Paulo:
Scipione,2004.
MOTA, Lúcio Tadeu, 1953- A Guerra dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924). As
cidades e os povos indígenas: mitologias e visões/ Lúcio Tadeu Mota, organizador –
PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de História na Educação Básica.________,
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História – Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação.2009
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10.1.8 LÍNGUA PORTUGUESA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O ensino de Língua Portuguesa sempre preocupou os professores e os estudiosos da
educação. Essas reflexões foram ampliadas, especialmente a partir da década de 80, por uma série
de pesquisas nas áreas da Psicologia e da Lingüística e contribuíram para o surgimento de
propostas pedagógicas que buscam instalar, na sala de aula, a reflexão e a construção do
conhecimento em substituição a repetição e memorização de conteúdos. Nesse aspecto, a
aprendizagem é fruto da interação entre aluno e professor, assim como aluno- aluno.
Ensinar a Língua Portuguesa é muito mais do que ensinar um código e suas regras, pois é preciso
entender a linguagem como um conhecimento resultante da interação social e, como tal, composta
de diversos discursos. Para tanto, deve-se centralizar o Ensino de Língua Portuguesa em três eixos
fundamentais: o domínio da expressão oral, escrita e da leitura eficaz, entendendo a linguagem
como modo de inserção social e histórico do indivíduo e não exclusão, necessitando, portanto, de
reflexão, interação e trabalho coletivo.
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Médio, deve pressupor
antes uma visão sobre o que é a linguagem verbal. Ela se caracteriza como construção humana e
histórica de um sistema lingüístico e comunicativo em determinados contextos. Assim, homem, seus
sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
As expressões humanas incorporando todas as linguagens, mas, para efeito didático, a
linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua materna, ela é
prioritária como instrumento de trabalho. Para trabalhar a Língua Portuguesa é necessário, então,
criar situações significativas para a prática da linguagem, concretizadas no exercício de oralidade,
leitura e escrita.
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Aprender a ler e escrever significa, necessariamente, estar praticando a oralidade, porque
aquilo que os alunos dizem são textos, construídos com coerência e coesão, obviamente distintos da
escrita. Ao contar suas histórias, justificar suas escolhas e argumentar, os alunos estarão refletindo
sobre o que e como dizer, realizando um processo de elaboração do pensamento e da linguagem.
Pensar a linguagem como fruto da interação, significa, também, considerar que não
produzimos palavras e frases soltas, sem sentido. O que produzimos, efetivamente, em situações de
interação, são textos com alguma finalidade e dirigimos a um interlocutor determinado. Para ser
compreendido pelo outro, o texto precisa ser claro, ou seja, precisa ter coerência e coesão. Além
disso, é necessário que esteja adequado à sua situação de produção e que veicule alguma nova
informação. Todas essas características textuais devem ser estudadas, constituindo conteúdos
essenciais da disciplina de Língua Portuguesa.
Quanto à leitura, é importante considerar que o leitor atribui sentidos ao texto, utilizando o que
já conhece e lançando hipóteses a respeito do que vai ler, num processo ativo e reflexivo. Nesse
processo, ao interpretar os textos que lê, o leitor leva em conta, além do texto em si, fatores extra-
lingüísticos. Em outras palavras, a escola precisa aprender a considerar as diferentes interpretações,
pois mesmo, que haja marcas no próprio texto e que elas apontem para determinadas
possibilidades, não são absolutas na constituição do significado. Assim, o professor munido de seu
bom senso de observador e leitor poderá definir se a interpretação realizada pelo aluno é ou não
procedente.
Em relação à prática de produção de textos, é preciso desfazer a idéia, muitas vezes
presente, de que se ensinarmos a ler estaremos automaticamente ensinando a escrever. Assim
como se aprende a ler lendo textos significativos, só será possível aprender a escrevê- los,
escrevendo- os. E não se trata de escrever apenas para o professor corrigir. É preciso criar espaços
em que alunos, leitores reais interajam com textos escritos, produzido por alunos, autores com
diferentes objetivos: informar, emocionar, divertir, registrar sensações eternizar histórias vividas ou
inventadas. E mais que isso garantir a produção escrita como forma de interação social.
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OBJETIVO GERAL:
• Desenvolver a capacidade de leitura e interpretação de textos diversos, percebendo a
presença de interlocutores e suas intenções, relacionando os tempos presente, passando e futuro e
observando como esse fazer reflete, diretor ou indiretamente no fazer e no pensamento atual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Capacitar o aluno para interagir no mundo, a partir dos conhecimentos linguísticos,
fazendo a leitura de mundo necessária aos múltiplos momentos que se apresentarem
proporcionando a este aluno a capacidade de leitura, compreensão e produção/interpretação de
textos nas diversas áreas de conhecimento.
• Desenvolver a capacidade de perceber a flexibilidade da língua, ou seja, reconhecer as
diversas possibilidades que a língua oferece, isto é, observar do uso adequado dos elementos
linguísticos.
• Desenvolver a capacidade de emitir opinião, desenvolvendo o senso crítico e reflexivo.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
DOMINIO DA LÍNGUA ORAL : Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos ,eventos,textos lidos - literários ou informativos, programa de TV, filmes, entrevistas,
etc.);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas,
etc.);
Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);
a) No que se refere às atividades da fala:
clareza na exposição de idéias;
seqüência na exposição de idéias;
objetividades na exposição de idéias;
consistência argumentativa na exposição de idéias,
adequação vocabular.
b) No que se refere à fala do outro:
reconhecer as interações e objetivos;
julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da
clareza e consistência argumentativa.
c) No que se refere ao domínio da norma padrão:
concordância verbal e nominal;
regência verbal e nominal;
conjugação verbal;
emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
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DOMINIO DA LEITURA: prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos; textos
da cultura afro.
a) No que se refere à interpretação:
identificar as idéias básicas apresentadas no texto,
reconhecer no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo),
identificar o processo e o contexto de produção,
confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas,
atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo tema em linguagens
diferentes; o mesmo tema tratado em época diferentes, ou sob perspectivas diferentes.
a) No que se refere à análise de textos lidos:
avaliar o nível argumentativo;
avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.
avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).
c) No que se refere à mecânica da leitura:
ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os
sinais de pontuação.
DOMÍNIO DA ESCRITA
a) No que se refere à produção de textos:
produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.
b) No que se refere ao conteúdo:
clareza;
coerência.
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c) No que se refere à estrutura:
processo de coordenação e subordinação na construção das orações;
uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,etc.);
organização de parágrafos;
pontuação;
d) No que se refere à expressão:
adequação a norma padrão ( concordância verbal e nominal);
e) No que se refere à organização gráfica dos textos:
ortografia;
acentuação.
recursos gráficos- visuais (margem, titulo, etc.).
f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional:
reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos e conectividade seqüencial
e a estruturação temática;
refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,
objeto indireto e predicativo;
reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e
especificadores;
a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;
a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;
o sintagma verbal nominal e sua flexão;
a complementação verbal - verbos transitivos e intransitivos;
as sentenças simples e complexas;
a adjunção;
a coordenação e a subordinação;
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LITERATURA : O professor deve ser contínuo leitor, ser capaz de selecionar os textos a serem
trabalhados, estimular associações entre um ponto e outro da leitura, estabelecendo conexões. Ler
um texto, neste sentido, é como escrevê- lo no momento da leitura.
É preciso enfatizar o contexto histórico da obra, estudando o autor e outras obras, além de formar
uma ligação com outros assuntos, textos, livros, filmes e produções correlatos, encadeando idéias.
A literatura deve ter relação com arte, biologia, religião, antropologia, história, psicanálise e outros.
Sugere- -se um tempo para a leitura em sala de aula, e o planejamento dos conteúdos a serem
trabalhados deverá ser feito em conjunto entre professor e alunos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como Prática Social – Leitura e Produção de Texto
Conteúdos Específicos
• Leitura e Produção de Textos: Identificação do tema; Identificação dos
Argumentos; Interpretação de Texto.
• Variedades Lingüísticas – Revisão
• Intencionalidade do Texto
• Elementos extralingüísticos: Entonação, Pausas, Gestos, Etc.
• Adequação de Gênero
• Argumentação
• Particularidades do Texto em Registro Formal e Informal
• Diálogo da Leitura com outras áreas
• Discurso Direto, Indireto e Indireto – Livre
• Termos Essenciais da Oração – Sujeito e Predicado
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• Termos Integrantes da Oração – Objetos e Complementos
• Termos Acessórios das Orações – Adjuntos, Aposto, Vocativo
• Regência Verbal e Nominal
• Concordância Verbal e Nominal
Literatura – Discurso como Prática Social
Conteúdos Específicos:
• Romantismo
• Realismo/Naturalismo
• Simbolismo
• Parnasianismo
• Literatura e Produção de Textos
• Classes de Palavras – Retomada
• Verbos – Retomada
• Regência Verbal e Nominal
• Concordância Verbal e Nominal
• Sintaxe: Orações Coordenadas; Orações Subordinadas,
• Particularidades de Grafia de Algumas Palavras
Literatura:
• Pré-Modernismo
• Modernismo
• Pós-Modernismo
• Contemporâneo
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AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, diagnóstica, cumulativa em função dos objetivos. Será observado o
desempenho na realização dos exercícios, criatividade, imaginação, forma de expressão oral e
escrita, exposição de idéias com clareza e participação e principalmente com repertório lexal
argumentativa de uma fala.
A avaliação deverá levar o aluno a pensar, refletir, entender e analisar a realidade que o
cerca, portanto deverão ser aplicadas diversas formas avaliativas que proporcionem ao educando
decodificar seu próprio desenvolvimento.
Valorizar as participações em apresentações orais como seminários, dramatizações, teatros,
debates e outros.
Avaliar a compreensão de livros literários, fragmentos, vídeos, poesias, através de sínteses,
resumos, exercícios de interpretação, resenhas críticas etc.
Também acontecerá através de trabalhos em sala de aula, em grupo ou individualmente.
Pesquisar sobre obras de autores, avaliar através de testes e provas escritas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino fundamental para as
escolas brasileiras. 2. Ed. Campinas, SP: Autores Associados. Fundação Carlos
Chagas, 2000. (coleção formação de professores)
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Orientações Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba SEED/DEF, 2008.
SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
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10.1.9 MATEMÁTICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A matemática surgiu da relação dos homens com o mundo e a sociedade em que vivem. Ela
existe desde os primórdios da humanidade a partir das próprias necessidades de sobrevivência do
homem, que o levaram a contar, quantificar, realizar trocas, efetuar medições, construir e criar.
Ao longo da história o ser humano produziu e desenvolveu leis , conceitos e teorias a partir de
aplicações matemáticas, levando á construção de uma ciência universal, que podemos hoje aceitar
como um patrimônio histórico e cultural da humanidade.
Esta ciência possibilita ao homem conhecer a realidade que a cerca e resolver problemas
cotidianos, em busca de sanar suas necessidades fisiológicas e sociais. Fornecendo instrumentos
necessários para a intervenção e transformações nas relações de trabalho,com a própria natureza,
políticas, econômicas e sociais.
A matemática está presente na vida das pessoas onde é necessário quantificar, contar,
calcular, localizar um objeto no espaço, ler e interpretar dados,relatórios, gráficos, tabelas e mapas
ou fazer previsões. Enfim, da música à informática, do comércio à metereologia, da medicina à
cartografia, das engenharias às comunicações, faz- se necessária e presente a matemática,
codificando, ordenando, quantificando, interpretando dados , taxas, dosagens, coordenadas,
tensões, escalas, freqüências e outras variáveis que possam aparecer.
As formas de pensar desta ciência possibilitam ir além da descrição da realidade e da
elaboração de modelos. Ela não trata de verdades imutáveis, mas é dinâmica,sempre aberta a
incorporação de novos conhecimentos e às mudanças que ocorrem no mundo.
O conhecimento matemático é essencial para novas conquistas e descobertas no campo da
ciência e tecnologia. Cumpre ainda o papel primordial no desenvolvimento do potencial da
capacidade de abstração e raciocínio lógico do ser humano. Tornando- se mais hábil na resolução
de problemas cotidianos pessoais e sociais e mais seguro na formulação de críticas e proposição de
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mudanças.
O conhecimento matemático auxilia na formação do senso crítico, pois fornece subsídios para
efetuar uma análise mais apurada dos acontecimentos e da realidade. Demonstrando através de
dados e cálculos (exatos) se determinadas idéias ou hipóteses são corretas, verdadeiras e
confiáveis, e favorecendo assim, uma atuação mais consciente na sociedade.
O estudo da matemática ,bem como o seu ensino na escola está fundamentado na sua
importância historicamente comprovada em proporcionar ao indivíduo conhecimentos que o tornem
capaz de compreender, adaptar- se e integrar- se ao meio em que vive, bem como de questionar,
criticar e realizar mudanças nesse meio, a fim de atender suas necessidades e de outros. Tendo em
vista a formação de cidadãos capazes de atuar no mundo que o cerca de maneira consciente,
criativa e participativa, aproximando as diferentes realidades sociais e promovendo melhoras nesse
mundo.
OBJETIVOS GERAIS
**** Fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e
atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público.
**** Fazer com que o educando compreende e se apropria da própria Matemática concebida como
um conjunto de resultados, métodos e procedimentos algoritmos.
**** Transpor para prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao
educando ser um conhecedor desse objeto.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Resolver problemas práticos de aplicação dos conceitos e gráficos de funções;
• Reconhecer, determinar e operar com a expressão do termo geral das progressões
aritméticas e geométricas, bem como a resolução de problemas;
• Determinar as razões trigonométricas em triângulos retângulos, aplicando- as na resolução
de problemas;
• Definir e graduar a circunferência trigonométrica em graus e radianos, compreendendo que
as razões trigonométricas podem ser estendidas como funções;
• Obter conceito de matriz, sua notação e tipos e operar com matrizes;
• Definir e calcular determinantes aplicando o Teorema de Laplace e a regra de Sarrus para
resolvê-los;
• Reconhecer, classificar e resolver sistemas lineares;
• Resolver problemas de contagem, usando o Princípio fundamental de contagem;
• Operar com fatoriais, resolvendo equações que os envolvam;
• Definir permutações simples, arranjos e combinações simples, aplicando na resolução de
problemas;
• Resolver expressões envolvendo números binomiais;
• Desenvolver binômio de Newton e determinando o seu termo geral;
• Calcular a probabilidade de ocorrência de eventos;
• Estabelecer posições relativas entre entes geométricos, identificando elementos
importantes;
• Calcular ares e volumes dos sólidos geométricos, aplicando-os na resolução de problemas;
• Resolver em geometria Analítica problemas geométricos com recursos algébricos;
• Ampliar os conjuntos numéricos, operando com números complexos;
• Reconhecer e classificar polinômios;
• Efetuar operações com polinômios;
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• Estabelecer relações entre coeficientes e restos em divisões de polinômios;
• Estabelecer condições de identidades polinomiais;
• Identificar as raízes de um polinômio, empregando as relações de Girard.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / ESPECIFÍCOS
1a Série
Conteúdos Estruturantes
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas;
• Geometrias;
• Funções;
• Tratamento da informação.
Conteúdos Específicos
• Noção de Função;
• Funções Elementares: Função Afim, Quadrática;
• Exponencial e logaritmo;
• Trigonometria no triângulo retângulo;
• Trigonometria na circunferência;
• Seqüências numéricas: P.A. e P.G.
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2a Série
Conteúdos Estruturantes
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas;
• Geometrias;
• Funções;
• Tratamento da informação.
Conteúdos Específicos
• Trigonometria do triângulo qualquer e da Primeira volta;
• Funções Trigonométricas;
• Matrizes;
• Determinantes;
• Sistemas Lineares;
• Contagem;
• Binômio de Newton;
• Probabilidade.
3a Série
Conteúdos Estruturantes
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas;
• Geometrias;
• Funções; e
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• Tratamento da informação.
Conteúdos Específicos
• Geometria Plana: Reações métricas fundamentais (triângulo retângulo e polígonos
regulares inscritos na circunferência). Área das principais figuras planas;
• Geometria Espacial de Posição: Principais axiomas e propriedades.
Geométrica Espacial Métrica: Poliedros, Prismas, Pirâmides e Corpos Redondos (área e volume);
• Geometria Analítica: Distância entre dois pontos; estudo da reta e da
circunferência (representações no plano cartesiano, equações e posições relativas);
• Números Complexos: Forma Algébrica e Trigonométrica;
• Polinômios: Operações Polinomiais.
. Identidade de Polinômios. Equações Algébricas;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A aprendizagem da matemática busca a construção de conhecimentos úteis ao homem e à
sociedade, desencadeando a ação reflexiva, raciocínio – lógico, a capacidade comunicativa de criar
e expressar idéias próprias sabendo respeitar e criticar as idéias alheias e a capacidade de viver e
participar ativamente na sociedade.
O ensino da matemática não pode ser uma transmissão de conhecimentos estanques, já
construídos, como um produto acabado. Mas deve ser a construção de conhecimentos que visam
solucionar problemas do nosso cotidiano e da sociedade que nos cerca. Implica na proposição de
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metodologias que tornem possível a compreensão do significado dos conceitos e o estabelecimento
de relações entre estes com experiências já vivenciadas pelo aluno, bem como a construção de
novos conhecimentos que o possibilitem ampliar e modificar suas experiências de vida.
O aluno é um indivíduo em desenvolvimento, com características próprias, dons, habilidades,
anseios sentimentos e necessidades diferentes, com alguns conhecimentos já construídos, face às
suas experiências, cultura e costumes do meio onde vive. Essas características devem ser
respeitadas e aproveitadas para estabelecer relações e servirem de ponto de partida para a
construção de novos conhecimentos, mais elaborados e construídos cientificamente.
Segundo a tendência histórico- crítica, o aluno aprende significativamente matemática quando
atribui sentido e significado à mesma, podendo discutir, justificar e estabelecer relações sobre as
idéias matemáticas.
O ensino da matemática, não deve porém reter- se ao cotidiano, mas partir e caminhar na
busca do caráter científico da disciplina. Faz- se necessário favorecer a apropriação de
conhecimentos que vão além dos adquiridos pela vivência ou observação da realidade. Ou seja, sair
do senso comum e buscar o conhecimento cientificamente construído.
A Educação Matemática deve possibilitar ao estudante, realizar análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. A partir do conhecimento matemático,
o estudante deve adquirir condições de criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O professor deve conhecer o aluno, para que possa adequar os métodos e procedimentos de
ensino à sua realidade e facilitar o processo de aprendizagem e construção do conhecimento.
Levando o aluno à compreensão da realidade que o cerca e à aquisição de condições de interferir
nessa realidade.
O professor desempenha papel mediador entre o aluno e o conhecimento e favorece o
alcance do conhecimento já construído. Tomando como ponto de partida as experiências
vivenciadas e os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, incentiva a apropriação de novos
conhecimentos. Utilizando- se de métodos adequados relaciona a teoria à prática, criando uma
ponte entre o conhecimento acadêmico e o cotidiano do aluno, onde a teoria torna- se “real” para o
aluno, assumindo significado e tomando ligar na sua prática diária. A partir dessa relação leva o
aluno a pensar além da sua realidade e oferece condições para a apropriação de novos
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conhecimentos. Conhecimentos estes que possibilitarão ao estudante ampliar sua capacidade de
observar, analisar, criticar e pensar em transformações e ações de cunho econômico, político e
social, capazes de interferir nos problemas da sociedade.
A maneira como o professor ensina matemática sofre influência da concepção que possui da
matemática em si, do processo ensino-aprendizagem, da sua visão de mundo, sua escala de valores
e de como ele vê a relação professor- aluno. Pode- se afirmar que a maneira como o professor
ensina matemática, depende da sociedade vigente e valores que a regem numa determinada
época. Portanto, sofreu influência dos vários modelos e tendências metodológicas ao longo da
história: desde a chamada Matemática Clássica, caracterizada pelo modelo euclidiano, com o ensino
expositivo centrado no professor; passando pela Matemática Moderna, com seus desdobramentos
lógico – estruturais; pela tendência tecnicista, com ênfase nas tecnologias de ensino fundamentados
no Behaviorismo; passando ainda pelo Construtivismo, a partir das idéias genéticas de Piaget; pela
tendência sócio- cultural apoiada em Paulo Freire, onde o conhecimento matemático tem suas bases
nas práticas sociais; até o aparecimento da tendência histórico- crítica que considera a matemática
como um saber vivo, dinâmico , construído historicamente, segundo o qual o aluno aprende
matemática quando atribui sentido a ela; e ainda a tendência sócio – interacionista de Vygotsky
,fundamentada na maneira como o conhecimento matemático é produzido e aceito por uma
comunidade científica ou cultural.
Diante das diversas tendências e métodos surgidos ou adotados ao longo da história é
impossível eleger uma única tendência, ou um método, considerando o perfeito e infalível, que
atenda a todas as situações que possam surgir no processo de ensino- aprendizagem.
Por mais que o professor adote determinados métodos e práticas de ensino, deve estar atento
às diferenças individuais dos alunos ou da classe e exercer uma já esperada flexibilidade, podendo
variar seus procedimentos visando melhores resultados.
A diversidade de métodos e estratégias de ensino permite atender aos diferentes aspectos e
natureza dos conteúdos trabalhados e às diferentes expectativas dos alunos. Portanto, o professor
deve compreender a natureza dos métodos e ser flexível ao utilizá- los.
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O exercício da prática docente encontra apoio em diferentes tendências metodológicas,
dentre as quais podemos eleger algumas que , segundo Beatriz D’Ambrósio (1989), procuram alterar
as maneiras pelas quais se ensina matemática; Resolução de Problemas, a Modelagem
Matemática, o uso de Mídias e Tecnologias, a Etnomatemática e a História da Matemática.
A construção do conhecimento matemático deve advir de uma visão histórica, em que os
conceitos foram construídos ao longo do processo de formação do pensamento humano, sofrendo
influências das idéias, das tecnologias e das diferentes visões de mundo ao longo do tempo.
A ação docente do professor de matemática deve estar fundada numa ação reflexiva,
concebendo a Ciência Matemática como uma atividade humana e em construção.
AVALIAÇÃO
A avaliação é o instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se
efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, deve contemplar diferentes fases desse
processo e estar adequada à metodologia utilizada.
Sua utilização possibilita verificar a apropriação dos conteúdos pelo aluno, bem como rever a
sua maneira de estudar e os métodos e estratégias utilizadas pelo professor. Constitui- se
instrumento capaz de demonstrar se houve e em que momento ocorreram falhas no processo de
ensino– aprendizagem, dando subsídios necessários para intervenções.
O processo de construção do conhecimento deve ser observado ao longo da ”vida“ escolar.
Assim, a avaliação deve ser diagnóstica, mas também contínua. Os erros ou falhas observados
devem ser tratados e servem como indicativos de novas possibilidades e novos caminhos para
estudar e ensinar. Ou seja,a avaliação será a prática e o instrumento utilizado a fim de promover
melhorias no processo educacional. Podemos então chamá- la de avaliação formativa.
A avaliação não é um instrumento de aprovação e reprovação, mas sim um processo
necessário para medir o potencial matemático do aluno e fornecer dados para o professor intervir, a
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fim de melhorar ou ampliar esse potencial. Em busca desses dados é necessário observar, no aluno,
a sua capacidade de raciocinar logicamente, de resolver problemas relacionados com o cotidiano, de
expressar-se matematicamente, de formular e defender suas idéias próprias e entender as idéias
alheias, de produzir críticas conscientes, de ser participativo e criativo.
Para se avaliar tais aspectos, faz- se necessária à utilização de uma diversidade de
instrumentos avaliativos: trabalhos individuais e em grupo; provas, pesquisas, atividades orais
(exposições e seminários), manipulação de materiais (jornais, revistas, gráficos e outros), de
calculadoras, à utilização dos símbolos e da linguagem adequada para se expressar
matematicamente e a desenvoltura e facilidade de raciocínio lógico e crítico.
Os instrumentos utilizados devem facilitar a medição do processo ensino- aprendizagem,
possibilitando verificar em que medida o aluno atribui significado ao conhecimento que adquiriu e
consegue materializá- lo em situações que exigem raciocínio matemático.
A avaliação formativa seguindo as avaliações diagnóstica e contínua proporciona ao aluno,
diversas oportunidades de expressar-se e de aprofundar o seu conhecimento, revendo sua maneira
de estudar e, ao professor, rever e aperfeiçoar seus métodos e estratégias de ensino. Fornecendo
informações possibilidades para sanar ou minimizar as causas de insucesso e promover melhoras
no processo ensino – aprendizagem.
Se a aprendizagem não acontece, tem- se indícios de que o ensino não cumpriu sua
finalidade. Faz- se então necessária, além da revisão dos métodos e estratégias de ensino, criar a
oportunidade de se retomar a aprendizagem e, após sanadas as falhas, proceder- se a uma
reavaliação, a fim de observar se as intervenções e mudanças foram satisfatórias, surtindo os
resultados esperados. A esse processo pode- se atribuir o nome de recuperação.
A recuperação dos conteúdos não apropriados pelo aluno e dos objetivos não alcançados,
deve acontecer ao longo do processo ensino-aprendizagem, imediatamente à observação de sua
necessidade. Dando- se oportunidade para, além de corrigir as falhas no processo, promover a
continuidade na construção do conhecimento.
A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada e
pode ser considerada o elemento integrador entre o ensino e a aprendizagem. Promove informações
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sobre o que foi aprendido possibilitando a intervenção e orientação pedagógica para melhorar a
aprendizagem e facilitar a reflexão do professor, sobre a sua prática educativa, e a tomada de
consciência de progressos, dificuldades e possibilidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DCE Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba2009
MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.
CASTRUCI, Benedito. Conquista da Matemática. São Paulo, FTD, 1992
BIGODE, Lopes J.A. Matemática Atual, São Paulo, Editora Atual, 1998
GIOVANNI, J.R. Matemática Pensar e Descobrir. São Paulo, FTD, 1996
BONGIOVANNI, Vicenzo. et alii. Matemática e Vida, São Paulo, Ática, 1995
DANTE, L.R. Tudo é Matemática, São Paulo, Ática, 2004
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10.1.10 QUIMICA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A concepção de química no ensino médio considera que o aluno deva exercer a sua
cidadania, à qual se refere à participação do indivíduo na participação comunitária, empregando
seus conhecimentos para o encaminhamento das soluções de problemas sociais que afetam o
cidadão.
Hoje em dia, muitos produtos e processos envolvem a química, com isso cria- se uma
dependência que vai desde a utilização diária de produtos químicos até as inúmeras influências no
desenvolvimento dos países, nos problemas relacionados à qualidade de vida das pessoas e
principalmente nos efeitos ambientais.
A química é o ramo da ciência que estuda as transformações da matéria, contudo, o
conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante mutação.
Como ciência da natureza, tem por objetivo o estudo das substâncias, da sua composição, suas
estruturas e propriedades. Apesar de ter nascido há cerca de 340 anos, a química estuda processos
que sempre existiram.
O homem talvez tenha observado estas transformações pela primeira vez, ao notar que o
fogo, resultado de algum acontecimento casual, transformava madeiras sólidas em cinzas
quebradiças. Muitas técnicas químicas foram descobertas ainda pelo homem primitivo como a salga
de alimentos, a fermentação, a fabricação de azulejos através da vitrificação de superfícies
cerâmicas e a produção de pigmentos e tintas. Ainda antes da era cristã, os egípcios já
manipulavam cosméticos e Cleópatra utilizava produtos químicos para pintar os olhos.
Aproximadamente em 400 a.C., Demócrito raciocinando sobre a natureza dos corpos, propôs
que toda matéria seria formada por partículas minúsculas chamadas de átomos. Já Aristóteles
defendia que a constituição do mundo baseava- se em cinco elementos: terra, água, ar, fogo e éter.
Por volta de 330 a.C., surgiram os alquimistas que buscavam a transmutação de metais em
ouro e o elixir da longa vida. Mesmo não atingindo seus objetivos, os alquimistas foram muito
importantes para o avanço da química, pois desenvolveram técnicas e equipamentos que foram
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aperfeiçoadas e até hoje são usadas.
Pode- se observar que a humanidade há milhares de anos interage com o conhecimento
químico por diferentes meios. Muitos mitos e lendas da antiguidade, hoje são facilmente explicados
através dos conhecimentos químicos. Estas histórias que permeiam a vida dos alunos são
importantes para o processo de ensino aprendizagem, pois através destas concepções do senso
comum, o professor pode inserir o conhecimento científico.
Sabe- se que os alunos têm certa dificuldade de abstrair este conhecimento; por isso as
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica, objetiva que o aprendizado de química
faça com que os alunos compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de
forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as informações advindas da
tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões automaticamente, enquanto
indivíduos e cidadãos.
A função do ensino de química deve ser a de desenvolver a capacidade de pensar, investigar
e resolver problemas, contribuindo assim para o desenvolvimento do aluno como pessoa humana e
cidadão. Através da experimentação, ocorre a apropriação efetiva dos conceitos químicos devido ao
seu caráter investigativo, auxiliando o aluno na explicitação, problematização e construção de
significados claros e concretos para estes conceitos.
O conhecimento deve ser construído pelo aluno, lembrando que a química não é um conjunto
de conhecimentos isolados, prontos e acabados, o educando deve estar apto para fazer
associações com outros saberes, fazendo com que a construção de sua mente seja um processo
contínuo em constante mudança.
Diante da constante interação do homem com o seu meio, torna- se evidente que o indivíduo
que utilizar apenas do conhecimento técnico passa a interagir cada vez menos com a natureza dos
fatos, tornando- se individualista e alheio as questões sociais, políticas e econômicas.
É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o
acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã.
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OBJETIVOS GERAIS
• Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos, relacionando- os às suas
aplicações e implicações no ambiente, na economia, na política e principalmente na vida dos
indivíduos.
• Com a experimentação o aluno possa absorver e dar significado os conceitos químicos,
completando as definições, possibilitando reflexão de situações no trabalho prático.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Aplicar conceitos químicos básicos para a construção e reconstrução do conhecimento
científico;
• Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em
linguagens discursivas e traduzi- las para outras formas de linguagem como: gráficos, tabelas, etc;
• Possibilitar que o estudo da Química obtenha interação com o estudo de energia e resulte
em trabalho interdisciplinar com as demais ciências.
• Identificar produtos naturais muito utilizados no cotidiano;
• Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;
• Compreender os conceitos, códigos e símbolos próprios da química atual e as
transformações observadas no trabalho experimental;
• Desenvolver a capacidade de interpretar, argumentar, analisar dados, tirar conclusões,
avaliar e tomar decisões;
• Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;
• Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o
indivíduo se veja como agente de transformação;
• Aprimorar os conceitos e respeitos à periculosidade de manuseio de materiais.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar articulados à especificidade
regional de cada escola. Para a disciplina de química, são propostos os seguintes conteúdos
estruturantes:
• Matéria e sua natureza;
• Biogeoquímica
• Química sintética
Matéria e sua energia :É o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de química, por se tratar
da essência da matéria. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
Biogeoquímica:Esse conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações existentes entre a
hidrosfera, litosfera e atmosfera. Promove a interação entre as disciplinas de Biologia,Geografia e
Química.
Química sintética:Este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da apropriação da Química
na síntese de novos produtos e novos materiais, e permite o estudo que envolve os produtos
farmacêuticos e indústria alimentícia. Ressalta os avanços tecnológicos.
Os conteúdos específicos relacionados abaixo estão inseridos nos conteúdos estruturantes
citados:
1a Série:
• Reações químicas;
• Fenômenos físicos e químicos;
• Estrutura da matéria e substância;
• Estrutura atômica;
• Distribuição eletrônica;
• Tabela periódica;
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• Ligações químicas;
• Funções químicas inorgânicas e orgânicas;
• Estequiometria;
• Estudo dos gases.
2a Série:
• Misturas e métodos de separação;
• Soluções;
• Estado coloidal;
• Reações químicas;
• Termoquímica;
• Cinética química;
• Equilíbrio químico;
• Ligação metálica;
• Eletroquímica;
• Radioatividade
3a Série:
• Química do carbono;
• Funções oxigenadas;
• Polímeros;
• Funções nitrogenadas;
• Isomeria;
• Química na agricultura, medicamentos e indústria.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia visa propiciar condições para que o educando perceba o significado do
estudo da disciplina de Química, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura
científica e tecnológica oriundas desse processo. Métodos utilizados com o objetivo de sensibilizar o
aluno para um comprometimento com a vida no planeta, abordando assuntos relevantes ao
cotidiano, relacionando- os aos conteúdos teóricos propostos na disciplina. Utilizar- se de
equipamentos com vídeo, TV, computador, natureza, laboratório, etc, visando possibilitar a
interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre os alunos. A atividade prática
resultante em análise criteriosa e articulação entre a teoria e a prática, estabelecendo relações do
experimento e aspectos pertinentes em seu cotidiano, rompendo a distância os meios de
conhecimento.
Propor aos alunos leituras que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico,
enriquecendo- os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para em um
próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de grande importância.
AVALIAÇÃO
Com base, a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre e interações recíprocas, no
dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual; portanto, está sujeita a
alterações no seu desenvolvimento. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a
avaliação formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do
professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola. Em
química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata- se de um
processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (MALDANER,
2003, p. 144).
Valoriza- se, assim, uma ação pedagógica includente dos conhecimentos anteriores dos
alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Por isso,
ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação
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que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos,
produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios
de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Finalmente, é necessário que os
critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também para os alunos, como direito de
apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a própria realidade, o
mundo em que vivem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
ALLINGER, Norman L. Química Orgânica: volume único; 2a edição; Editora LTD; Rio de Janeiro;
1976.
COVRE, Geraldo José. Química Total. Volume único; Editora FTD; São Paulo; 2001.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná
2009
PERUZZO, Tito Miragaia. Química; 2a Edição; Volume único; Editora Moderna; São Paulo, 2003.
RUSSEL, Jhon B. Química Geral; 2a Edição; Volume 2; Editora Makron Books; São Paulo; 1994.
SARDELLA , A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil; Editora Ática; 2004.
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10.1.11 SOCIOLOGIA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O objeto de estudo da sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade através da
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações
que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das
conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividade. O tratamento dos conteúdos
pertinentes à Sociologia fundamenta- se e sustenta- se em teorias originárias de diferentes tradições
sociológicas, cada uma delas com seu potencial explicativo - a ciência, dessa forma, pode ser
mobilizada para a conservação ou para a melhoria ou para degradação humana. A da Sociologia
como disciplina acadêmica e escolar não está desvinculada dos fundamentos teóricos e
metodológicos que a constituem como um campo científico mais abrangente. O conhecimento das
concepções de sociedade e educação dos teóricos clássicos como Émile Durkheim; Karl Marx; Max
Weber; Antonio Gramsci; Pierre Bourdieu; Florestan Fernandes é de importância central na
construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar, porque não só possibilita
ao professor refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também possibilita ao aluno
de Ensino Médio ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica,
acerca da realidade social na qual está inserido.
A sociedade brasileira, com suas acentuadas desigualdades sociais, econômicas, políticas e
culturais permite questionar muito da Sociologia clássica e moderna a partir do resgate dos seus
conteúdos críticos. Categorias como coersão, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe
social, reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam-se como
possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e estruturas de dominação
política e apropriação econômica que articulam as desigualdades e antagonismos que caracterizam
a realidade brasileira e sua inserção no mundo contemporâneo.
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OBJETIVO GERAL
• Contribuir para a ampliação do conhecimento dos educandos sobre sua própria condição de
vida e fundamentalmente para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber
especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos problemas da vida social.
OBJETIVO ESPECÍFICO
*** Aprofundar a abordagem de assuntos pertinentes ao educando, promovendo uma visão crítica
e contextualizada da sociedade no momento contemporâneo.
*** Identificar conceitos básicos da Sociologia, assim como seu método de investigação, que lhes
servirão de instrumentos para mediar a análise de sua realidade social, para que possam melhor
entendê- la, explicá-la e consequentemente intervir na mesma.
*** Diferenciar o conhecimento sociológico do senso comum, buscando desvendar nas idéias pré-
concebidas os preconceitos que norteiam nossas relações sociais, tais como: preconceito racial,
de classe, de gênero.
*** Discutir a vida do ser humano em grupo e as regras e fundamento que norteiam essa
convivência.
*** Buscar a compreensão das estruturas sociais, do papel do indivíduo na sociedade e da dinâmica
social, visando a consciência das possibilidades de mudança.
*** Identificar as desigualdades sociais e discutir a participação política do indivíduo como forma de
superação das mesmas.
*** Discutir os sistemas de poder e os regimes políticos, as formas de estado e o conceito de
democracia e o papel dos movimentos sociais (passado e presente) dentro da dinâmica de uma
sociedade de classes.
*** Discutir o conceito de trabalho em nossa sociedade, apresentando os diferentes modos de
produção,; discutindo sua relação com o consumo e conceitos clássicos como: mercadoria,
capital, exploração e lucro.
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*** A partir da categoria trabalho, discutir os conceitos de desigualdades sociais; estratificação social;
classes sociais; desenvolvimento e pobreza. O papel da tecnologia e o emprego e desemprego em
nossa sociedade. O conceito de globalização vem para frisar a discussão sobre produção, consumo,
emprego e desigualdades mundiais, divisão entre países ricos e países pobres.
*** Compreender o conceito de cultura, discutindo a diversidade cultural, levando à valorização de
diversas manifestações culturais e ao reconhecimento da diversidade de etnias que formam nosso
país e à contribuição que deram para a formação de nosso arcabouço cultural.
*** Associar e identificar os diversos conceitos discutidos ao cotidiano do aluno, contribuindo para o
desenvolvimento da crítica à realidade e da capacidade de intervenção da mesma, através de
diversas formas de participação e do respeito à diversidade cultural, étnica
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos para a disciplina de Sociologia serão elencados levando- se em
consideração os seguintes conteúdos estruturantes:
1ª Série: O surgimento da Sociologia , as Teorias sociológicas, O Processo De Socialização e as
Instituições Sociais.
2ª Série: Cultura e Indústria Cultural, Trabalho, Produção e Classes Sociais.
3ª Série: Poder, Politica e Ideologia, Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.
–O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas:
O que Sociologia;
Construção histórica das Ciências Sociais: Antigüidade Clássica; Idade Média; Renascença;
Iluminismo
Consolidação do Capitalismo;
Desenvolvimento do Pensamento socialização;
Teorias sociológicas Clássicas;
Augusto Comte e o Positivismo;
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Karl Marx e o Materialismo Histórico;
Émile Durkheim; Max Weber e a Sociologia Compreensiva;
Desenvolvimento da sociologia no Brasil;
-O Processo De Socialização e as Instituições Sociais
Senso Comum e Ciência;
Sociabilidade;
Socialização: conceito e tipos;
Contato Social: o que é; quais são;
Isolamento Social;
Processos sociais associativos;
Processos sociais dissociativos;
Instituições sociais: Familiares, Escolares, Religiosas;
– Cultura e Indústria Cultural:
Conceito de cultura;
Tipos de Cultura, nas diferentes sociedades
Diversidade cultural;
Identidade
Cultura e ideologia;
Conceito de Indústria Cultural (mundo e Brasil);
Meios de comunicação de massa,
Questões de gênero;
Sociedade de consumo;
Cultura Afro-brasileira e indígena
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– Trabalho, Produção e Classes Sociais
O que é trabalho;
Os modos de produção ao longo da história nas diferentes sociedades;
A divisão do trabalho e a dependência econômica
Desigualdades sociais: Estamentos, castas e classe social;
As mulheres e o trabalho
Desemprego
Trabalho e lazer – o elogio ao ócio;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil;
5– Poder, Política e Ideologia
O conceito de Estado
Desenvolvimento do Estado Moderno
Tipos de regime político;
O avanço da democracia liberal
Mudança política e social;
Estado no Brasil;
Conceito de Poder, Ideologia, Dominação e Legitimidade;
– Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Direitos Civis, Políticos e Sociais
A globalização e os movimentos sociais
Movimentos nacionalistas
Como definir a religião
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A diversidade de religiões
Religião, secularização e transformação social;
Os novos movimentos religiosos;
Conceito de Cidadania;
Histórico: da cidadania da Antigüidade Clássica à Revolução Francesa;
Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão e Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Movimentos pró- cidadania no Brasil;
Cidadania e Inclusão Social e racial no Brasil: as cotas nas universidades públicas brasileiras;
Movimento estudantil;
MST e a questão agrária no Brasil;
Movimento Negro;
Movimento feminista no Brasil;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos de Sociologia serão propostos de forma a atentar especialmente para a proposição
de problematizações, contextualizações, investigações e analises,encaminhamentos que podem ser
realizados a partir de diversos recursos como:
Leitura de autores clássicos
Textos informativos (jornais, revistas e livros)
Exposições orais
Cartazes
Charges
Gravuras
Vídeos
Seminários
TV Pen-Drive
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No ensino de Sociologia pressupõe conceituar as principais teorias sociológicas em
conteúdos estruturantes, acima alienados através de aulas expositivas. Os conteúdos estruturantes
ramificam- se em conteúdos específicos, dentre os quais o professor pode atribuir alguns
momentos de estudo, como sensibilização, problematização e criação de conceitos através de
trabalhos em grupo. O ensino de qualquer tema pode começar pela exibição de filme ou imagem
leitura de um texto de audição de uma musica, além de pesquisa e de estudo de casso. Neste
sentido, é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem
adequar- se aos objetivos pretendidos.
Os conteúdos de Sociologia serão propostos de forma a atentar especialmente para a
proposição de problematizações, contextualizações, investigações e analises,encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diversos recursos como:
Leitura de autores clássicos
Textos informativos (jornais, revistas e livros)
Exposições orais
Cartazes
Charges
Gravuras
Vídeos
Seminários
TV Pen-Drive
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação, serão observados no decorrer da disciplina a apreensão de
alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de
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argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição de idéias, seja no
texto oral ou escrito como também a forma de olhar para os problemas sociais, a iniciativa e a
autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam com a acomodação e o senso
comum.
Na avaliação serão observados a reflexão crítica nos debates dos textos ou filmes, a
participação nas pesquisas de campo, a produção de textos que demonstrem capacidade de
articulação entre teoria e prática, enfim várias formas com objetivos claros,
pretendendo atingir a apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos.
Avaliação contínua, diagnóstica, dinâmica, contextualizada e voltada para o cotidiano do aluno;
Produção de textos;
Trabalhos de pesquisa e entrevistas;
Desenhos;
Análise de charges e textos;
Construção de murais, painéis, revistas, referentes ao conteúdo estudado;
Uso de CDs.
Observação da participação do aluno (grupos);
Provas escritas individuais ou em grupo;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o ensino médio - SEED - PR/ 2010
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Volume Único, 25 edição, Editora Ática,
2004.
GIDDENS, A. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em Ciências Sociais. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1989.
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10.1.12 LÍNGUA INGLESA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Em sua proposta a disciplina de língua inglesa para o ensino médio ressalta a importância
da aprendizagem deste idioma na escola, recuperando a relevância desta apropriação para a
condição cidadã dos educandos do tempo presente. Para tanto é necessário levar em conta todas
as outras áreas que, mediadas pelo inglês, permitam o acesso a diferentes formas de pensar, sentir,
criar e agir.
A proposta para o ensino da língua inglesa no ensino médio, é a de ações de trabalho
efetivo para o aluno, priorizando as que desenvolvem as capacidades de ouvir, falar, escrever,
discutir, interpretar situações, pensar criativamente, fazer suposições, relacionar propriedades da
língua materna, ampliar a consciência dos sons e produzir discursos escritos ou orais com
autonomia e segurança. A capacidade comunicativa deve ser adotada como pressuposto para a
condição de aprendizagem, por apropriar- se das ferramentas necessárias para utilizá- la com os
seus significados, isso favorece a aquisição de habilidades linguisticas, percebendo a natureza das
linguagens e compreendendo o seu funcionamento, oferecendo possibilidades para o
desenvolvimento de ações nas quais os alunos tenham capacidade de aprender e, ao mesmo
tempo, tragam elementos para diagnosticar os conhecimentos prévios, possibilitando a troca de
experiências e a construção de novos conhecimentos.
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de
interagir criticamente com o mundo e o ensino da língua inglesa deve contribuir para esse fim. O
ensino da língua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar- se na
educação para que o aluno reflita e transforme a realidade que se lhe apresenta, entendendo essa
realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que
essa realidade é inacabada e está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como
prática social significativa: oral e/ou escrita.
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O trabalho com essa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas informações, a
ver e entender o mundo construindo significados, permitindo que alunos e professores construam
significados além daqueles que são possíveis na língua materna.
Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da
consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa identidade,
como um cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da identidade do sujeito e
da comunidade como formação social.
OBJETIVOS GERAIS
• Proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo em
situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas linguísticas
descontextualizadas;
• Ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos,
formando subjetividades independente do grau de proficiência atingido, bem como objetiva-se que
os alunos possam analisar as questões da nova ordem global, suas implicações que desenvolvam a
consciência crítica à respeito do papel das línguas na sociedade;
• Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de
comunicação e também inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas
comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros
conhecimentos;
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
Desenvolver a capacidade de pensar, analisar e relacionar com o mundo na língua inglesa;
Ler, escrever, ouvir e falar estabelecendo relações com o conhecimento e o engajamento de
novas tradições e culturas de diferentes povos;
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando ativamente,
integrando- o nas situações do dia-a-dia e as informações globais. Assim sendo, a leitura é vista
como uma atividade construtiva e criativa. O texto apresenta- se como um espaço de temática
fundamental para o desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a
prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores. Possibilita- se, desse
modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os fenômenos lingüísticos e culturais como
realizações discursivas, as quais se revelam pela história dos sujeitos que fazem parte desse
processo, apresentando assim como um princípio gerador de unidades temáticas e de
desenvolvimento das práticas lingüístico- discursivas. Portanto, é fundamental que se apresente ao
aluno textos de diferentes gêneros textuais, mas sem categoriza- los, proporcionando ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva. Para tanto, é importante trabalhar a
partir de temas referentes a questões sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da
língua estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes
presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial: publicitários, jornalísticos,
literários, informativos, de opinião, etc., interagindo com uma complexa mistura da língua escrita,
visual e oral. Sendo assim, será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como
produzir textos orais, escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.
Ao apresentar textos literários deve- se propor atividades que colaborem para que o aluno reflita
sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sócio- cultural particular. O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando
necessário, dos procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira: o
trabalho com a gramática, portanto, estabelece- se como importante na medida em que permite o
entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Assim o conhecimento formal
da gramática deve estar subordinado ao conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais
devem ser decorrentes de necessidades específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se
ou construir sentidos com os textos. A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma
frase, a um parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade
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menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, elaborar
pequenos textos direcionados a um público determinado. Serão utilizados os materiais didáticos
disponíveis na prática-pedagógica: livro didáticos, paradidáticos, dicionários, vídeos, dvds, cd-rooms,
internet, sob a ótica da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.
Os encaminhamentos devem gerar significações com formas ampliadas de horizontes
culturais. È nessa rede de significados que o aluno é levado a ler textos com coesão e coerência,
explorando suas idéias principais. Ao mesmo tempo, as práticas sociais expressas nos materiais
com os quais o professor trabalha: textos diversos, músicas, vídeos, traduções, ou mesmo aulas
expositivas, constituem- se em referencial que amplia o vocabulário, sedimenta as estruturas da
língua e ativa o conhecimento de mundo do aluno.
O próprio movimento de aprendizagem de uma língua estrangeira impõe levar- se em
conta todas as outras áreas, permitindo o acesso a diferentes formas de pensar, sentir, criar e agir. É
preciso chegar no aluno estabelecendo vínculos entre o ensino e a vida do mesmo, portanto, é
preciso fazer uso de todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela
multimídia, pela interação aluno - aluno, professor – aluno, procurando ultrapassar o conteúdo para,
por meio dele, ajudar a construir um referencial de língua inglesa, rico de conhecimento, de emoções
e de práticas sociais. Lançar um olhar para a importância da aprendizagem da língua inglesa na
escola significa recuperar a relevância que por muito tempo foi negada a este idioma. Ao mesmo
tempo, é disponibilizar- se a entender que ler só pode ser aprendida nos caminhos que levam a uma
sociedade interconectada.
Com este olhar, o professor, propõe- se valorizar a influência desta língua na formação de
um a sociedade humana e cidadã, reafirmando a importância e a complexidade do trabalho docente
na contribuição educacional, integrada em um mundo globalizado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem
ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimento
constituído e acumulados historicamente. O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido
como pratica social sob seus vários gêneros.
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Faz- se necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho com a
linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir com uma nova discursividade,
integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos lingüísticos, discursivos
culturais, e sócio- pragmáticos. Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à
fonética e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que
se lhe apresenta. Os discursivos, são diferentes gêneros que constituem a variada gama de práticas
sociais que são apresentadas aos alunos. Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz,
faz e tem uma sociedade ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócios-
pragmáticos, aos valores ideológicos sociais e verbais que envolvem o discurso em contexto sócio-
histórico particular. Alem disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeiras nas quais as práticas de
leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam numa prática sócio cultural.
Conteúdo estruturante é aquele que traz a língua de forma dinâmica a ser trabalhada na sua
prática social, efetivada por meio da prática discursiva, a qual envolve a leitura, oralidade e a escrita,
desta forma os conteúdos específicos a serem trabalhados serão:
1ª SÉRIE
Prática de leitura de texto informativo de revista
Identificação e estabelecimento de relações entre informações do texto e do contexto
Relacionamento de informações do texto com conhecimentos prévios
Personal pronouns (subjective and objective)
Possessives ( adjectives and pronouns)
Simple present tense
Regular and irregular plural
Leitura de texto em formato de história em quadrinhos
Interrogative pronons (who? Whom? Which? Whose? What? How? Why? When? Where?)
Present continuous
Leitura de textos cientifíco
Definite and indefinite articles
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Simple past tense
Regular past
Pronunciation of regular past
Irregular verbs
Past continuous
Present perfect
Conditional sentences – if clauses (future – possible)
Conditional sentences – if clauses ( present – unreal conditions)
Conditional sentences – if clauses (past – unreal conditions)
2ª Série
Adjectives ( with ending “ed” and “ing”)
Adjectives (order)
Adverbs ( manner, place, time, frequency)
Position of adverbs
Comparative ( equality, superiority, inferiority)
Superlative ( superiority, inferiority)
Affixes (prefix, suffix)
Modal verbs ( can – could, may – might, must – should)
Past modals ( could have, should have, would have, must have)
Deceptive cognates
Direct speech
Indirect speech
Relative pronouns
Reflexive pronouns
Passive voice
Possessive case
Conjunctions
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3ª Série
Simple past regular and irregular verbs
Present perfect
Used to be / be used to / get used to
Have / have got
Past perfect
Past perfect continuous
Infinitive – ing
Enjoy / finish...+ ing form
Prepositions + ing form
Prefer / would rather / had better
Countable and uncountable nouns
Such / such a / suchan and so
Word order ( adjectives – verbs – adverbs)
Enough / very and too
Preposition in, on, at
Still / yet, like / as
Phrasal verbs and idioms
AVALIAÇÃO
A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar,
sustentar e orientar a intervenção pedagógica.
O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o professor deve verificar se
a compreensão e a leitura vão se tornando práticas comuns na vida do estudante. Para isso, o
professor deve ser estudar os textos profundamente com os alunos, desde uma leitura global até o
estudo de detalhes da estrutura da língua.
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A aprendizagem da língua inglesa deve ser vista como fonte de ampliação de horizontes
culturais. Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s) de encarar a realidade os alunos passam
a refletir , também, muito mais sobre a sua própria cultura, ampliam a sua capacidade de analisar o
seu entorno social com maior profundidade tendo melhores condições de estabelecer vínculos,
semelhanças e contrastes , entrega a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos,
enriquecendo a sua formação.
A avaliação deve ser entendida como parte do processo de Ensino – Aprendizagem . Ela é
participativa, pois indica tanto ao professor quanto aos alunos os avanços e as dificuldades. Sendo
assim, a avaliação deve ser entendida como resultado de um acompanhamento contínuo e
sistemático. Dessa forma é fundamental utilizar diversos instrumentos e situações para avaliar, a
contextualização é necessária para que os alunos interpretem a aprendizagem não como algo
isolado, sem significado, mas, sim, que façam e identifiquem seu uso constantemente nas vivências
diárias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas: Pontes,
2002.
BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des(re)construção
de conceitos. In: LEFFA, V. O Professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão.
Pelotas: EDUCAT, 2001.
BORTONI, RICARDO, S. M. Educação em Língua Materna: a sociolingüística na sala de aula.
São Paulo: Parábola, 2004.
BOURDIEU, P. A Economia das Trocas Lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996.
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10.1.13 LÍNGUA A ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do ensino de LE
no Brasil, percebe- se que, a escola pública foi marcada pela seletividade, tendências e interesses.
Então, diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua estrangeira consolidou- se
historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da escola pública vem
demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LE possa ter um papel democratizante
das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu
processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar
suporte ao educando sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna
norteia- se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura,
oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do
conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e
compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de
construir sentidos no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso
como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir
mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social com
maior profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre
sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua
formação. O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o acesso a ela, o
fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e diferentes. Possibilita
análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir
significados para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades
linguísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da língua como discurso
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para que o aluno se constitua e faça uso deste aprendizado.
Propõe- se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça
e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e
perceba possibilidade de construção de significados em relação ao mundo que vive. Toda língua é
uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a
língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico: é heterogênea,
ideológica e opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a língua
organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos
possíveis.
A aprendizagem de língua estrangeira contribui para o processo educacional como um todo,
indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades lingüísticas. Ao promover uma
apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da
própria cultura por meio da compreensão de culturas estrangeiras
Devido a Lei nº 11.161 (05/08/2005), que torna a obrigatoriedade da Língua Espanhola no
Ensino Médio esta tem por objetivos sinalizar rumos para este ensino, pois agora o espanhol está
presente como disciplina obrigatória nas Escolas, é fato, portanto, que sobre tal decisão pesa certo
desejo brasileiro de estabelecer uma nova relação com os países de Língua Espanhola, em especial
com aqueles que firmaram o Tratado do Mercosul.
Esse não é, no entanto, o único motivo para que se ofereça um ensino de espanhol de
qualidade, nem o mercado deve ser o objetivo fundamental para o ensino dessa língua.
Como apontam Celada & Rodrigues
“El reordenamiento geográfico y político que implica la formación de mercados comunes – en
nuestro caso del Tratado del Mercosur, que continúa lentamente en curso – ha tenido un
fuerte impacto sobre la identidad y funcionamiento de los estados nacionales. Y, como es de
amplio conocimiento entre los ciudadanos de la Unión Europea (testigos del diseño de
políticas lingüísticas sin procedentes en los nuevos marcos de integración), tal proceso de
globalización también tiene un impacto sobre las cuestiones relacionadas con las lenguas.”
(CELADA & RODRIGUES, 2005).
Essa relação foi marcada também ao longo de algumas décadas, por uma hegemonia do
espanhol peninsular, que se impôs, por várias razões, tanto os professores hispanofalantes e latino-
americanos quantos os professores e estudantes brasileiros, lavando a consolidação de
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preconceitos, à camuflagem das diferenças locais e ao apagamento faz diferenças culturais e
manifestações lingüísticas que configuram a diversidade identitária do universo hispanofalante.
(CAMARGO, 2004: 143-144).
“A “língua fácil”, “língua que não se precisa estudar” (falas que circulam no senso comum),
ganha um novo lugar e um novo estatuto a partir da assinatura do Tratado do Mercosul, passa a
ocupar novos e mais amplos espaços, torna-se objeto de atenções preocupações e projeções
quanto ao seu alcance, seu êxito e às suas conseqüências, por parte de vários segmentos da
sociedade, seja no âmbito dos negócios, no âmbito educativo, acadêmico, político, e no discurso da
imprensa, que ora se mostra favorável, ora contrária, ora reticente,mas raramente indiferente a essa
nova situação.
OBJETIVO GERAL
Fazer uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que
não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.
Encaminhamento Metodológico
Nortear o ensino de línguas estrangeiras, nesse caso o Espanhol, no ensino médio, dar- lhe
um sentido que supere o seu caráter puramente veicular, dar-lhe um peso no processo educativo
global desses estudantes, expondo- os à alteridade, à diversidade, à heterogeneidade, caminho fértil
para a construção de sua identidade.
O ensino de língua estrangeira no espaço da escola regular reiterou que não pode nem ser
nem ter um fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar
independências, convergências de modo que a se restabeleçam as ligações de nossa realidade
complexa que os olhares simplificadores tentaram desfazer; precisa enfim, ocupa um papel
diferenciado na construção coletiva do conhecimento e na formação do cidadão.
Cabe reiterar um dos princípios registrados na carta de Pelotas (2000), documento síntese do
II Encontro Nacional sobre as Políticas do Ensino de Línguas Estrangeiras, segundo o qual diz: “a
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aprendizagem de línguas não visa apenas os objetivos instrumentais, mas faz parte da formação
integral do aluno”, deve- se reiterar ao que já está presente na proposta curricular para o ensino
médio, ou seja, que é fundamental trabalhar as linguagens não apenas como conhecimento de
valores. Estão aí incorporadas as quatro premissas apontadas pela UNESCO como eixos
estruturais da educação na sociedade contemporânea: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver e aprender a ser.
Afirma Burgel (2000) “Seguir adelante con una visión de la enseñanza del español como una
empresa libre de influencias culturales y políticas puede tener graves consecuencias”. E Conclui:
“Para asegurar el éxito de las clases de ELE en el caso de Brasil, estas cuestiones deberían
repensarse”.
Como proceder, então, para enfrentar a questão crucial das variedades do Espanhol de modo
a contemplá- las de formas adequadas ao ensino dessa língua para estrangeiros e, mas
precisamente, no Brasil? A própria autora nos dar a resposta:
Evidentemente, esta propuesta de pensar el español y su enseñanza a partir de un modelo
pluricéntrico obliga a repensar también la cuestión de los materiales didácticos y la dinámica
actual de la disciplina, que hoy parece moverse en una sola dirección – desde el “centro”
peninsular hacia la “periferia” mundial. Probablemente, optar por un ejercicio más realista. En
términos sociolingüísticos, sea menos difícil de lo que parece y sin duda será mucho más
enriquecedor porque nos permitirá poner en práctica, cabalmente, todas las posibilidades de
nuestra lengua. (BUGEL 2000).
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento do papel das
línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso à informação. O aprendizado de
línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de
entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se
constitua por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva
discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu
conhecimento prévio. A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias
metodológicas
para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim
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diferentes. A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em
grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores resultados na
aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD,
DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a
língua e a cultura. Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e
Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade brasileira e
latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o espanhol como língua oficial.
Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão abordados para que os alunos conheçam e analisem de
forma crítica como outras sociedades tratam tais assuntos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos serão ministrados de acordo com a realidade de cada comunidade escolar, como a
maioria dos alunos não possui um conhecimento prévio da Língua espanhola, as aulas terão início
do básico, até partir para um nível mais avançado.
Os conteúdos propostos para o 3° ano do Ensino Médio terá uma abordagem direcionada para
Exame Nacional do Ensino Médio ENEM e também para o Vestibular.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO:
Permeando o gênero esferas temáticas gramaticais e recursos lingüísticos.
Saludos y despedidas Diálogos los nuevos
amigos
presentaciones
Gramática: Pronombres
personales, verbos no
presente do indicativo
Fonética: alfabeto y
vocalesVocabulario Objetos
de clase
Los días de la semana Gramática: Los artículos,
contracciones.
Ortografía: el uso de la B
El cuerpo humano Expresiones
populares
Gramática: Los adjetivos
calificativos, verbos
irregulares.
Ortografía: el uso de d al
final de palabras
Texto poéticoFamilia
Vocabulario: grados
de parentesco
Los meses del año
Estaciones de año
Nociones de tiempo
Zodiaco
Animales
Objetos del
supermercado
Frutas y verduras
Gramática: Los adjetivos
posesivos, verbos
regulares.
Ortografía:
El uso de la C
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Vocabulario: el
vestuario
Tipos de ropas
Los colores
Aspectos Culturales
de los países que
hablan Español
Gramática: Los
numerales cardinales.
Conociendo las horas
El uso de muy y mucho
Expresiones adverbiales
de tiempo.
Ortografía: El uso de H
El uso de E-Y
Origen del idioma
¿Español o
Castellano?
Tipos de comidas de
España
Otras lenguas que se
hablan en España y
dialectos.
Datos especiáis
Artículos Determinantes y
Indeterminados
El uso de diccionario
Pesquisa en el ordenador
Lecturas y
interpretaciones de
texto, sobre
vestibulares
Textos culturales
sobre México y otros
países hispanos
Verificar elementos
gramaticales en el texto
Profesionales Describir
profesionales ESFERAS
TEMÁTICAS
GENERO RESURSOS
LINGUÍSTICOS E
GRAMATICAISCOTIDIANA Família, causos, piadas,
músicas, receitas entre
outros....
IDENTIFICAR: verbos
pronombres y artículos
LITERARIA Contos, fábulas, letras
de músicas, histórias
Completar música com
elementos gramaticais,
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em quadrinhos identificar personagensESCOLAR Pesquisas, mapas,
resenhas, resumos e
textos de opinião
Identificar cidades, construir
resumos empregando
recursos gramaticaisIMPRENSA Charge, fotos,
reportagens, sinopses
de filmes, editorial.
Observar a intenção do
texto e observar estruturas
gramaticaisPUBLICITÁRIA Anúncios, fotos,
músicas, placas e
paródia.
Identificar elementos
gramaticais nos textos
PRODUÇÃO E
CONSUMO
Bulas, textos
argumentativos, textos
de opinião, relatos de
experiências
Identificar elementos
gramaticais nos textos
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Aceitabilidade do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA:
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Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbo/nominal.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
LEITURA
Conteúdo temático;
Tema do texto;
Interlocutor;
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Finalidade do texto;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Polissemia;
Léxico;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,Recursos gráficos
como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Semântica:
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
AVALIAÇÃO
Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166)
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a
função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária
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para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de
autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o
crescimento.
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função
de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreende- se, portanto que avaliação
da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal,
objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas
produções, no processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos
alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das
avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,
somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de
observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e consideradas como
subsídios.
É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a
participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela
interação verba, a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e
o professor; entre os alunos da turma; na interação do material didático; nas conversas em Língua
Materna e Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao
promover o desenvolvimento de idéias (Vygotsky, 1989).
De acordo com Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de entendimento
reflexivo, conectado, compartilhado e autônomo no processo ensino/aprendizagem, que nos permita
formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar- se- á em consideração os objetivos
propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político- Pedagógico da escola e serão
utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais e em grupos), produção de textos
orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A recuperação
para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A
expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste
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estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS :
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edição. São Paulo – SP, 2004.
E. F. M; Projeto Político Pedagógico. Campo Largo, Paraná – 2008.
LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006
MEC; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília – DF, 2004.
SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino de Línguas Estrangeiras da Rede
Pública do Estado do Paraná. Curitiba – PR, 2009.
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Básica. (p. 82-155) Brasília – DF, 2006.
SEED PARANÀ, Língua Estrangeira Moderna Espanhol – Inglês / Vários Autores – Curitiba:
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DE LOS ÁNGELES J. GARCIA, MARIA; Español Sin Fronteras Curso de lengua española Vol. I
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SEED – PARANÀ; Eureka Espanhol ( p. 2-13) 2010.