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CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS PROFESSORA MARIA DO CARMO BOCATI – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Rua Estados Unidos, nº1669 – Centro – CEP: 86.181-100 – Fone/Fax: 3251-6968Cambé / Paraná
[email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
JANEIRO / 2012
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ÍNDICE
1 – ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1.1 – JUSTIFICATIVA
2 – IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1 – HISTÓRICO DA ESCOLA
2.2 – CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
2.3 – OFERTA POR SEGMENTO
2.4- REGIME DE FUNCIONAMENTO
2.5- CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
3- CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
3.1- ESPAÇO FÍSICO
3.2 - RECURSOS MATERIAIS
4- RECURSOS HUMANOS
5- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ENTIDADE ESCOLAR
5.1 - Direção
5.2 - Professor Pedagogo
5.3 - Coordenações
5.3.1 - Coordenador Geral
5.3.2 - Coordenador Itinerante
5.3.3 - Coordenador de Exames Supletivos
5.4 - Docentes
5.5 - Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de
Multimeios
6 – MARCO SITUACIONAL
7- MARCO CONCEITUAL
8- MARCO OPERACIONAL
9 – FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO
9.1 – Objetivos / Metas do Estabelecimento de Ensino
9.2 – Inclusão
10 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
10.1 – LÍNGUA PORTUGUESA
10.2 - ARTE
10.3 – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
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10.4 – EDUCAÇÃO FÍSICA
10.5 – MATEMÁTICA
10. 6 – CIÊNCIAS NATURAIS
10.7 - HISTÓRIA
10.8 - GEOGRAFIA
10.9 – ENSINO RELIGIOSO
10.10 - FILOSOFIA
10.11 – SOCIOLOGIA
10.12 – QUÍMICA
10.13- FÍSICA
10.14- BIOLOGIA
10.15 – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
11 – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E O NÃO OBRIGATÓRIO
12 – MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
13- MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
14- CALENDÁRIO ESCOLAR
15- EVENTOS ESCOLARES
16- EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
16.1- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
17- SISTEMA DE AVALIAÇÃO
17.1- Concepção de Avaliação da Instituição
17.2- Critérios de Avaliação e Promoção
17.3- Classificação e Reclassificação
17.4- Recuperação de Estudos
17.5- Aproveitamento de Estudos
18- FORMA E PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
19- PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
20- PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
21- GESTÃO ESCOLAR EXPRESSA POR MEIO DOS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS
22- RESPALDO LEGAL PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
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1 – ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1.1 – JUSTIFICATIVA
O Projeto Político Pedagógico é antes de tudo a expressão de autonomia da
escola no sentido de formular e executar sua proposta de trabalho. É um documento que
norteia e encaminha as atividades desenvolvidas no espaço escolar e tem como objetivo
central identificar e solucionar problemas que interferem no processo ensino
aprendizagem.
Este projeto é o resultado de um trabalho participativo e elaborado a partir
de sugestões e críticas da comunidade escolar. Assim, os alunos estarão conscientes de
sua realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capazes de participar do
processo de construção da sociedade.
2 – IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
O CEEBJA - Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos
Professora Maria do Carmo Bocati – Ensino Fundamental e Médio, está localizado na Rua
Estados Unidos, nº 1669 - centro – Fones: (43) 3251-6968 e 3251-6084, e-mail
[email protected] , município de Cambé, no Estado do Paraná e é mantido
pelo Governo do Estado do Paraná.
2.1 – HISTÓRICO DA ESCOLA
Na história recente, foram várias as tentativas para enfrentar o desafio da
escolarização da população jovem e adulta. No Paraná, o atendimento a essa clientela foi
institucionalizada em 1972, com a criação do Departamento de Educação Complementar
que veio a transformar-se no Departamento de Ensino Supletivo. Em acordo com
pressupostos tecnicistas, adequado aos moldes da época, via-se na escolarização de
adultos, concebida como suplência, uma estratégia para potencialização da preparação
de mão de obra e sua inserção no mercado de trabalho.
Ampliando a rede estadual de ensino público para jovens e adultos, foram
criados na década de oitenta os primeiros Centros de Estudos Supletivos, nas principais
cidades do Paraná: Curitiba, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá.
A Resolução nº5.126/86, da SEED, de 28 de novembro de 1986 implantou o
estabelecimento, com a denominação de Núcleo Avançado de Estudos Supletivos,
autorizando sua implantação e funcionamento.
Em agosto de 1987, começou a funcionar, nas dependências ociosas da
Escola Estadual Attilio Codato – Ensino de 1º Grau, o Núcleo Avançado de Estudos
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Supletivos – NAES. Naquele semestre o NAES iniciou suas atividades sem equipe
administrativa.
Em 1988, foram fixados os professores e uma equipe administrativa que era
composta por uma diretora, uma secretária e uma orientadora.
A primeira diretora foi a Professora Nair Alves Dias e a primeira secretária foi
Edith Marta de Barros.
O NAES oferecia alfabetização, ensino de 1ª a 8ª séries para jovens maiores
de quatorze anos e adultos, com frequência livre; oferecia, também, os Exames de
Equivalência e todas as disciplinas do ensino regular de 5ª a 8ªséries, com funcionamento
ininterrupto, das treze horas às vinte e uma horas.
Durante a década de noventa, as exigências de escolarização e de melhor
qualificação de mão de obra dos trabalhadores fizeram crescer a procura nos Centros de
Estudos Supletivos, que foram respondidas, em parte, pela criação de outros Centros e
pela ampliação do número de professores.
Em 1991, o NAES transferiu-se para um salão alugado, na esquina da Rua
França com Avenida Roberto Conceição. Em 1992, foi eleita a segunda diretora, a
Professora Maria de Lourdes Andrade, e Isabela Antônio assumiu a secretaria do
estabelecimento. O fluxo de alunos aumentou bastante após a mudança de local que logo
se mostrou pequeno.
Buscou-se responder a esse novo quadro também com mudanças na forma
de atendimento dessas escolas: maior presença dos alunos na escola, organização de
horários de estudos, combinação de momentos individuais e coletivos no atendimento ao
aluno, atendimento a clientelas com necessidades específicas e atendimento
descentralizado. Desse último, vale registrar que a proximidade da residência e a
ocupação de espaços escolares ociosos, em parceria com prefeituras, empresas e
instituições possibilitou a oferta e a escolarização de muitas pessoas, seja no processo de
alfabetização, seja na conclusão do ensino fundamental.
Com o advento da LDBEN 9394/96, a Educação de Jovens e Adultos
aparece com mais vigor no cenário educacional, exigindo regulamentações específicas. A
nova legislação possibilita a evolução do sistema educativo e impulsiona a modernização
da escola.
Em 1996, no NAES transferiu-se para outro espaço alugado, na esquina da
Avenida Inglaterra com a Avenida Brasil, o que deu mais visibilidade para a escola.
A Resolução nº1236/99, da SEED, de 23 de março de 1999 transformou o
NAES em Centro de Educação Aberta, Continuada à Distância de Cambé.
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Finalmente, a Resolução nº 3438/2000, da SEED, de 09 de novembro de
2000, reconheceu o estabelecimento como CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS DE CAMBÉ - ENSINO FUNDAMENTAL.
No ano de 2000, o CEEBJA, por ordem da Secretaria da Educação, passou
a funcionar somente no período noturno, o que trouxe muitos transtornos para uma parte
dos alunos.
Em 2002, com a abertura dos PACs de 5ª a 8ª séries, o CEEBJA prestava
atendimento descentralizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Cambé. Em
2004, foi mudada a nomenclatura para APED.
No ano de 2003, o CEEBJA muda sua sede para a Rua Rio Grande do
Norte, número 20, na área central da cidade.
No ano de 2006, a SEED autorizou o funcionamento do Ensino Fundamental
- Fase II e Ensino Médio, tendo a oferta dos referidos cursos de forma presencial para
alunos acima de 18 anos.
Já em 2007, o governo estadual cessou neste estabelecimento de ensino, a
Fase I, deixando a responsabilidade dessa faixa etária, para a Rede Municipal de Cambé.
Em 30 de abril de 2010, o CEEBJA foi transferido para a Escola Estadual
Professora Helena Kolody- Ensino Fundamental no período noturno, no que acarretou
grandes prejuízos para os alunos, tendo muitas desistências pela localização da mesma.
A Resolução nº 4509/2010, da SEED, de 13 de outubro de 2010 transformou
o CEEBJA CAMBÉ em CEEBJA PROFESSORA MARIA DO CARMO BOCATI – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Atualmente oferta o Ensino Fundamental (Fase II) e Ensino Médio para
jovens e adultos, que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade
adequada, bem como os Exames de Suplência do Ensino Fundamental – Fase II e Médio.
A partir de 2011, o CEEBJA volta a ofertar matrículas para alunos de 15
anos completos para frequentar o Ensino Fundamental - Fase II.
2.2 – CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos
no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e
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Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação
vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de
modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos
conhecimentos;
4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos os
planos de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o
Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações
sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e
término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A
mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma
coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na
história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-
estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que
não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,
aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há,
no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a
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sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do
educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já
apropriado.
2.3 – OFERTA POR SEGMENTO
Neste estabelecimento de ensino é ofertado o Ensino Fundamental – Fase II
e Ensino Médio na modalidade EJA.
2.4- REGIME DE FUNCIONAMENTO
Período Noturno, das 18:30 às 22:00 horas
ENSINO FUNDAMENTAL
08 Turmas de momento coletivo.
08 Turmas de momento individual.
Alunos Matriculados: 154
ENSINO MÉDIO
08 Turmas de momento coletivo.
08 Turmas de momento individual.
Alunos Matriculados: 189
Total de alunos matriculados no Estabelecimento de Ensino: 343 alunos.
A educação neste estabelecimento escolar é ofertada de forma presencial
coletiva e individual, dependendo da condição e disponibilidade de tempo do educando,
sendo quatro aulas de cinquenta minutos, de segunda a sexta-feira com início às dezoito
horas e trinta minutos, sendo dez minutos de intervalo e término às vinte e duas horas.
Segue abaixo a tabela com a carga horária semanal de cada disciplina, tanto no individual
como no coletivo.
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA MOMENTO INDIVIDUAL MOMENTO COLETIVO
PORTUGUÊS 06 H/A 06 H/A
MATEMÁTICA 06 H/A 06 H/A
HISTÓRIA 04/HA 06 H/A
GEOGRAFIA 06 H/A 06 /HA
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CIÊNCIAS 06 H/A 06H/A
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 H/A 04 H/A
ARTE 02 H/A 04 H/A
INGLÊS 04 H/A 06 H/A
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA MOMENTO INDIVIDUAL MOMENTO COLETIVO
PORTUGUÊS 04 H/A 06 H/A
MATEMÁTICA 04 H/A 06 H/A
HISTÓRIA 02 H/A 04 H/A
GEOGRAFIA 02 H/A 04H/A
BIOLOGIA 02 H/A 04 H/A
FÍSICA 02 H/A 04H/A
QUÍMICA 02 H/A 04 H/A
INGLÊS 02 H/A 04H/A
ARTE 02 H/A 04H/A
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 H/A 04 H/A
SOCIOLOGIA 02 H/A 04H/A
FILOSOFIA 02 H/A 04 H/A
LÍNGUA ESPANHOLA -------- 04H/A
2.5- CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos – EJA
requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com
diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou-se da escola devido a
fatores sociais, econômicos, políticos e / ou culturais. Entre esses fatores, destacam-se o
ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou a repetência escolar.
A partir das entrevistas realizadas por amostragem com os alunos deste CE-
EBJA, concluímos que a maioria deles parou de estudar na idade adequada para a série,
devido à necessidade de ajudar os pais na manutenção das despesas da família. Outros
alunos pararam de estudar por falta de escolas onde moravam, por falta de existência de
escolas com oferta de 5ª / 8ª séries, por falta de incentivo dos pais, por casamento, por
morar longe da escola, por mudanças constantes etc.. Outros ainda alegaram trabalhar
longe de casa, e consequentemente da escola, o horário não atendia às necessidades
dos alunos, reprovações periódicas e excluídos do ensino regular.
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A maioria dos alunos mora nos bairros periféricos do município de Cambé e
são casados, possuindo uma família nuclear, poucos são viúvos, e uma pequena parcela
é divorciado/desquitado ou vivem juntos maritalmente.
Em relação ao trabalho remunerado, a maioria deles está empregada,
realizando serviços como: pedreiros, domésticas, metalúrgicos, costureiras, operadores
de máquinas, pintores, marceneiros, açougueiros, jardineiros, eletricistas, mecânicos e
serviços gerais tendo como faixa salarial de um a três salários mínimos mensais e há ca-
sos isolados, onde recebem acima de três salários mínimos. Alguns recebem benefícios
do governo como: bolsa família, auxílio doença e aposentadoria.
Alunos menores de dezoito anos não trabalham e algumas mulheres fazem
apenas os serviços do lar.
Os alunos retornaram aos estudos por motivos de trabalho, para conseguir
um bom emprego ou pela exigência da empresa. Alguns ainda, para a realização pessoal
e outros ainda, querem dar continuidade aos estudos (cursar uma faculdade).
Quanto ao transporte para virem à escola, observamos que noventa por cen-
to dos alunos necessitam de algum tipo de transporte: ônibus, moto, carro, bicicleta ou
transporte fretado pelo município.
No que diz respeito ao lazer, os alunos tem o costume de ficar em casa para
descansar, realizam passeios, leituras e poucos ficam ociosos. Também observamos que
a maioria deles já foi ao cinema e que possuem computador em casa e fazem uso do
mesmo.
A dinâmica desenvolvida nesta modalidade de ensino possibilita a flexibiliza-
ção de horários e a organização do tempo escolar destes educandos, viabilizando a con-
clusão dos seus estudos para a obtenção de seus objetivos.
Muitos dos jovens e adultos ingressos na EJA trazem modelos internalizados
durante suas vivências escolares ou por outras experiências. O modelo predominante é o
de uma escola com características tradicionais, onde o educador exerce o papel de deten-
tor do conhecimento, e o educando de receptor passivo deste conhecimento. Com base
nesses modelos, muitos depositam na escola a responsabilidade pela sua aprendizagem.
Há necessidade de romper com esses modelos e motivar a autonomia intelectual, a fim
de que se tornem sujeitos ativos do processo educacional.
Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em
outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e sociali-
zação dos saberes. Essas experiências de vida são significativas ao processo educacio-
nal e devem ser consideradas para a elaboração do currículo escolar, que configura-se
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numa forma diferenciada de ensino-aprendizagem, já que possui características próprias
distintas do Ensino Regular.
A procura pela escolarização na EJA se dá tanto pelos homens quanto pelas
mulheres, havendo uma grande presença da mulher, que durante anos sofreu, e por di -
versas vezes ainda sofre as consequências de uma sociedade desigual com predomínio
da tradição patriarcal, que a impediu das práticas educativas em algum momento de sua
história de vida.
Este CEEBJA contempla também, o atendimento a educandos com necessi-
dades educacionais especiais. Considerando a situação em que se encontram individual-
mente estes educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas e que oportuni-
zem o acesso a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Considerando o perfil diferenciado dos educando da EJA e suas necessida-
des, assim como, as características próprias desta modalidade de ensino, deve-se garan-
tir o retorno e permanência destes educandos à escolarização formal, pela manutenção
da oferta da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, através de políticas pú-
blicas direcionadas especificamente a este atendimento, de forma permanente e contínua,
enquanto houver demanda.
A Equipe Multidisciplinar procurará estabelecer uma relação de atitudes po-
sitivas envolvendo a comunidade escolar.
3- CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
3.1- ESPAÇO FÍSICO
O espaço físico do CEEBJA é um prédio do Governo do Estado do Paraná,
onde funciona a Escola Estadual Helena Kolody – Ensino Fundamental nos períodos ma-
tutino e vespertino. Atendemos cerca de 428 (quatrocentos e vinte e oito) alunos no perío-
do noturno. Este Centro de Estudos faz uso de 8 (oito) salas de aula. O espaço destinado
a sala de professores e pedagogo é conjugado. Não há espaço disponível para a sala da
direção. A secretaria está em local precário, improvisado e inadequado, pelo trabalho que
realiza. A biblioteca é compartilhada com o laboratório de informática e também com o la-
boratório do PROINFO, dificultando assim o trabalho específico de uma biblioteca. Conta-
mos com uma cozinha e um depósito para a merenda conjugados. Possui um pátio cober-
to com mesas e cadeiras utilizado como refeitório. Anexo a este espaço temos o banheiro
masculino e o banheiro feminino. Para a prática de Educação Física, temos uma quadra
de esporte sem cobertura. Há um pátio aberto com mesinhas para recreação. O almoxari-
fado também é um espaço conjugado. Para atender de forma eficiente as necessidades
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do corpo docente e discente, com relação aos aspectos pedagógicos e administrativos
são necessários os seguintes espaços físicos: construção de um espaço para a biblioteca,
uma sala para o laboratório de ciências, física e química, salas específicas para direção e
equipe pedagógica.
Um espaço adequado para o funcionamento da secretaria, onde haja espaço
para locomoção de pessoal, espaço para arquivos de documentos, uso dos computado-
res, mesa para despacho de documentos por parte da direção e secretária, maior espaço
para atendimento a comunidade escolar.
3.2 - RECURSOS MATERIAIS
Procurando atender as necessidades dos educandos, a equipe docente con-
ta com quadro negro, giz, livros paradidáticos e livros didáticos do Ensino Médio, vídeo,
retroprojetor, aparelho de DVD, livros informativos, mapas históricos e geográficos, atlas,
fitas de vídeos, o laboratório de informática próprio do CEEBJA foi desativado. O laborató-
rio da escola onde está funcionando este Centro de Estudos conta com 20 computadores.
4- RECURSOS HUMANOS
FUNÇÃO NOME Vínculo GRADUAÇÃO CARGO
Direção Ivete Ribeiro Serrato QPM Estudos Sociais Professora
Equipe Pedagógica Marta Viviani Torrezan Pomini
Denise Lopes Barbosa
QPM
PSS
Pedagogia
Pedagogia
Pedagoga
Pedagoga
Coordenador de
Exame de Suplência
Gustavo Adolfo de Freitas
Fregonezi
QPM Agronomia Professor
Professor da Lei
15308/06
Angela Maria Migliorini Luizão QPM Letras Professora
Docentes do Ensino
Fundamental – Fase
II
Marli Aparecida Gaffo QPM Língua Portuguesa
Letras
Professora Regina Agnes Duhatschek SC02 Professora
Ariadine Castilho Ozan QPM Matemática / Física Professora Márcia Helena Trevisan Neri QPM Matemática ProfessoraLuis Aparecido Roncon QPM História Professor Fátima Regina Ribeiro Cil QPM Estudos Sociais ProfessoraLucelia Ignácio PSS Geografia ProfessoraSuely Sonia Bianchini QPM Ciências ProfessoraTerezinha Ap. Delfini QPM Letras Professora Arisia Mendes Gonçalves QPM Educação Física Professora
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Maria Margarete Neri QPM Educação Artística ProfessoraMaria Luiza B. de Paula
Ana Cristina Magalhães
Jacqueline Hitomi Nakao
Sawada Buratto
Juliana Souza Coelho
Margarida Sebastiana Lopes
Maria Aparecida Pardo
QPM
PSS
PSS
PSS
PSS
SC02
Educação Artística
Letras
Matemática
Educação Artística
Geografia
Geografia
Professora
Professora
Professora
Professora
Professora
professora
Docentes
do
Ensino Médio
Isabela Carolina de Chico PSS Letras ProfessoraRômulo Sergio Yanke QPM Letras ProfessoraAriadine Castilho Ozan QPM Matemática ProfessoraMárcia Helena Trevisan Neri QPM Matemática ProfessoraKaliandra Nascimento Fadel QPM Geografia Professora Luis Aparecido Roncon QPM História ProfessorRonaldo Dall Aqua PSS Geografia ProfessorIgor Ribeiro Cil PSS Agronomia ProfessorFabricio de Oliveira Zerbeto QPM Física Professor Karina Frasson PSS Química ProfessoraRegina Agnes Duhatschek SC02 Letras ProfessoraArisia Mendes Gonçalves QPM Educação Física ProfessoraMaria Margarete Neri QPM Educação Artística ProfessoraMaria Luiza Bossoni de Paula QPM Educação Artística ProfessoraSoraya Favaro Passeri PSS Educação Artística ProfessoraAna Maria de Oliveira PSS Ciências Sociais ProfessoraAlessandro Vitturi Cilião PSS História ProfessorLuana Pagano Peres Molina
Juliana Souza Coelho
Jacqueline Hitomi Nakao
Sawada Buratto
PSS
PSS
PSS
Filosofia
Educação Artística
Matemática
Professora
Professora
Professora
Representantes dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios
Tania Mara Sarggin Rocha
Leandro Confortini Ponce
Simone do Amaral
Arivaldo Lins
QFEB
QFEB
PSS
PSS
Pedagogia
Técnico em Contabilidade/ EM.
História
2º Grau
Representante dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção e Infraestrutura Escolar e Preservação do MeioAmbiente,
Marli Aparecida Gonçalves
Luiza Aparecida Gomedes
Castilho
Maria Aparecida Felipe
QFEB
QFEB
PSS
Pedagogia
Ensino Médio
Ensino Fundamental
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Alimentação Escolar e Interação com o Educando.
5- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ENTIDADE ESCOLAR
Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á
o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função so-
cial da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curricu-
lares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações
inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
5.1 - Direção
O diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo
participativo, e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos escolares
com toda a equipe, criando e estimulando a participação de todos, o que requer um
profissional que possua:
- comunicação;
- ética;
- empreendedorismo;
- capacidade de reunir, analisar e socializar informações;
- acessibilidade;
- capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;
- motivação;
- compromisso;
- agilidade.
- capacidade de administração de conflitos;
- capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.
Compete ao Diretor:
- Convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual de
Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à apreciação e aprovação do Conselho
Escolar;
- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e
submeter à apreciação do Conselho Escolar;
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- Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas de
administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e orientações
gerais da Secretaria de Estado da Educação;
- Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da Secretaria
de Estado da Educação;
- Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do
estabelecimento;
- Coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
- Deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
- Abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das práticas
escolares;
- Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do Estabelecimento
de Ensino;
- Coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos objetivos
propostos para a EJA.
- Coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores, professores
pedagogos e professores) para a elaboração e implementação do plano de trabalho;
- Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a
participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
- Negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes, levando em
conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente;
- Solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando a legislação vigente;
- Administrar os recursos financeiros;
- Controlar a frequência de professores e funcionários;
- Adquirir e controlar material de consumo e permanente.
5.2 - Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num
processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais envolvidos,
o desenvolvimento de um trabalho coletivo, envolvendo toda a equipe pedagógica
(pedagogos, coordenadores de ações pedagógicas), para planejar, implementar e avaliar
programa de Educação Continuada para os docentes, a partir das necessidades
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pedagógicas apresentadas.
Deverá proporcionar aos educandos reflexão sobre a realidade social na qual estão
inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades existentes,
favorecendo-lhes assim, o pleno desenvolvimento.
Cabe ao Professor Pedagogo:
- Discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que motivem os
educandos durante o seu processo escolar;
- Planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais (evasão,
repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);
- Subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de diagnóstico
estabelecido;
- Acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos planos de
trabalho;
- Buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades oferecidas pela
mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa própria;
- Coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem
dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas
possíveis de atendimento;
- Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão
de cursos;
- Participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas consequências no
desempenho dos educandos;
- Promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades comunitárias;
- Pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente situado,
oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;
- Integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do Diretor, se não
houver Diretor Auxiliar.
- Coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada disciplina;
- Subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar, de acordo
com as orientações do NRE;
- Analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de recebimento
de transferências, de acordo com a legislação vigente;
- Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e grupos de
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estudos;
- Coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;
- Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e educandos, no
sentido de analisar os resultados da aprendizagem e traçar planos de recuperação;
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
- Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos quando, no
estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões);.
- Acompanhar o estágio não-obrigatório.
-
5.3 - Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação
Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm
como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando
autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador (es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
5.3.1 - Coordenador Geral
- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do
Estabelecimento.
- Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.
- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
- Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.
- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o atendimento
aos educandos de todas as turmas.
- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante as
horas-atividade dos professores.
- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de experiências
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pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que
necessitam de escolarização.
- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando
solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações
Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;
5.3.2 - Coordenador Itinerante
- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.
- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
- Observar e registrar a presença dos professores.
- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
- Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.
- Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.
- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer
problema neste procedimento.
- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os
professores;
5.3.3 - Coordenador de Exames Supletivos
- Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
- Tomar conhecimento do edital de exames.
- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser
executados.
- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão de
Relatório de Inscritos.
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- Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para
execução dos exames.
- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e as
ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o DET/CEJA/SEED,
autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.
- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.
- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos
Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a
organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.
- Divulgar as atas de resultado.
- Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames on line.
5.4 - Docentes
O docente será consciente de que a escolarização de jovens e adultos
trabalhadores precisa de ações educativas inovadoras, que responda às novas exigências
de uma sociedade em transformação, e requer um educando que garanta a inter-relação
personalizada e contínua do educando com o sistema de ensino.
Os docentes de EJA deverão apresentar perfil que contemple:
- Compromisso com a Proposta Pedagógica da EJA;
- Visão global do currículo e dos princípios de sua organização;
- Postura interdisciplinar e contextualizada;
- Planejamento de estratégias pedagógicas;
- Conhecimento da função social da EJA;
- Busca de aprimoramento profissional constante, seja por meio de oportunidades
oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento de Ensino ou por iniciativa
própria.
- Espírito de coletividade;
- Compromisso com as ações desenvolvidas regularmente e extra curriculares pelo
Estabelecimento de Ensino;
- Disponibilidade de horário de acordo com sua carga horária docente;
- Disposição para o trabalho coletivo.
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Cabe aos docentes:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais da EJA, das Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA e da
Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino;
- Conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível socioeconômico,
expectativas, hábitos de estudo);
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino, que respeite o
processo de ensino-aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
- Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;
- Estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos educandos,
tendo como princípio o acompanhamento contínuo da aprendizagem;
- Analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando, obtido no
processo de avaliação, para fins de planejamento;
- Realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensino-
aprendizagem;
- Utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;
- Elaborar, junto com a equipe de professores pedagogos e de coordenadores, a
Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em consonância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Estaduais e com a
Proposta Pedagógica Curricular de EJA;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
educandos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
- Realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, tendo em
vista uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino e aprendizagem;
- Participar da realização de atividades extracurriculares do estabelecimento de ensino;
- Utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;
Aos docentes cabe também:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste
Estabelecimento Escolar.
- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo
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de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste
Estabelecimento.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e
nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá
atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e
individuais.
5.5 - Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de
Multimeios
A secretaria é o setor que tem a seu encargo, todo registro de escrituração
escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino.
O cargo de Secretário(a) será exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício desta função.
O Secretário será auxiliado por funcionários do quadro de apoio
administrativo.
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela Direção, ficando
a ela subordinado.
Compete ao Secretário:
- Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
- Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
- Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
- Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
- Executar os registros na documentação escolar referentes a matrícula, transferência,
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de cursos;
- Manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
- Comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
- Manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema informatizado.
A organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este ambiente
têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas as suas ações.
Aos profissionais que executam esta função, secretários e apoio
administrativo, cabe a tarefa de:
- Conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege o registro
de documentação escolar do educando;
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- Efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em pastas
individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle de
notas e frequência individual e coletivo; certificados; históricos escolares; transferên-
cias; relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que necessário;
- Atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o processo
educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;
- Utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão competente;
- Participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por iniciativa
própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
- Auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;
- Atender às solicitações do Diretor.
- Providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores, impressoras,
fotocopiadora, entre outros) e conservá-los em bom estado;
- Providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e reprodução
de materiais, com a devida autorização da Direção;
- Racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor produtividade;
- Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a
organização da EJA prevista nesta proposta.
6 – MARCO SITUACIONAL
Neste Estabelecimento de Ensino, a prática pedagógica está coerente com o
papel de socialização dos sujeitos, atitudes reflexivas com base em valores como o res-
peito mútuo, solidariedade e justiça, apoiado nos três eixos articuladores: cultura, trabalho
e tempo.
Partindo deste pressuposto, o trabalho desenvolvido valoriza a experiência
de vida dos educandos, sua cultura, etc.
Um dos fatores que prejudicou os alunos foi o fechamento das APEDs e na
sequência, a mudança de prédio para um local de difícil acesso aos mesmos.
Este Estabelecimento de Ensino situa-se próximo ao centro da cidade, po-
rém, a noite o acesso se torna difícil por não contar com linha de ônibus, pois a maioria de
nossos alunos são trabalhadores e utilizam o coletivo para vir a escola. Além da falta da li-
nha do ônibus, há o problema da má iluminação das ruas para se chegar á escola. Essas
duas situações fizeram com que muitos de nossos alunos desistissem de estudar.
Em todas as disciplinas são ofertadas o momento individual e o momento
coletivo, sendo que no coletivo, o aluno tem que esperar o tempo certo para cursar a dis-
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ciplina e nem sempre o aluno pode aguardar o tempo de início.
Verifica-se que não há muita flexibilidade para atender as necessidades edu-
cacionais de alunos da EJA.
Diante do exposto acima, o educando sente-se desmotivado e desiste dos
estudos.
Quanto aos alunos que apresentam necessidades especiais são desenvolvi-
das atividades diversificadas de acordo com sua necessidade no momento e são avalia-
dos de acordo com seu desenvolvimento. Há também alunos com dificuldades de apren-
dizagem, tanto na leitura quanto na resolução de situações problema. Nesse caso, o pro-
fessor procura retomar conteúdos defasados, já que isso faz aprte da continuidade de seu
trabalho, pois, não tem como avançar sem tais conhecimentos.
As expectativas dos alunos deste CEEBJA, é que com o estudo eles podem
conseguir ou garantir o emprego, fazer faculdade, ter um nível de conhecimento que o
ajude a resolver seus problemas.
Na visão dos alunos, a escola é de boa qualidade, tem bons professores que
são dedicados no que fazem. As únicas reclamações dos alunos são: a carga horária é
extensa e a escola é de difícil acesso, conforme citado acima.
Os professores esperam que os alunos aprendam, consigam realizar seus
objetivos, pois, conhecendo seus direitos e deveres de cidadão, tenham uma vida mais di-
gna e com qualidade.
7- MARCO CONCEITUAL
Partindo do pressuposto que, o homem é um ser pensante, inacabado, que
sofre constantes mudanças, físicas, psicológicas e intelectuais, e que está apto a apren-
der com cada nova situação que enfrentar, podemos perceber que este desenvolvimento
humano vem do espaço cultural e de conhecimento que a escola possui em âmbito glo-
bal, pois é nela que acontece o processo contínuo de aprendizagem, de promoção do co-
nhecimento, não apenas informar, mas formar o ser como parte integrante do processo de
desenvolvimento cognitivo, social, cultural e político.
Como consequência da educação do ser humano, surge a cidadania plena
onde o indivíduo através da sua mudança de comportamento, se desenvolve e modifica a
sociedade em que vive.
Ao longo dos anos e dos vários momentos históricos em que a sociedade se
desenvolve, a educação vai mudando lentamente tentando acompanhar as mudanças
sociais, políticas e econômicas que ocorrem no mundo.
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A escola tem como papel principal desenvolver o ser numa forma completa,
que o coloque apto para agir como parte integrante da sociedade, por isso temos que
pensar nossa prática de uma maneira coerente que atinja tal objetivo diretamente, o
aluno. A ação direta para alcançar o objetivo deve ser feita a partir do máximo de
inserção do aluno no trabalho prático, ao trazer o aluno para a experiência de
coletividade como um todo, proporcionando-lhes, oportunidades de se tornarem cidadãos
autônomos e transformarem a escola na porta de entrada de um mundo a ser
descoberto.
A filosofia que norteia o trabalho pedagógico desta escola a pedagogia
histórico-crítica, onde a mesma deve respeitar e considerar os diferentes níveis de
conhecimento que o aluno traz consigo e esses conhecimentos são a base da formação
da identidade cultural do aluno, pois, ele a adquiriu no convívio social.
A ação pedagógica baseada na teoria progressista, tem como objetivo a
construção do conhecimento a partir da interação indivíduo-meio em que vive. O aluno é o
ponto de partida para a aprendizagem e o professor tem o papel de planejador de
intervenções que favorecem a ação do aprendiz sobre o que é objeto de seu
conhecimento.
Para Ilma Passos, a organização do processo escolar e a construção de prá-
ticas democráticas contribuem para uma educação de caráter transformador, já que envo-
lve a comunidade escolar no processo ensino aprendizagem, permitindo ampliar o debate
sobre as práticas sociais e culturais, assegurando iguais possibilidades de acesso a todos
à escolarização.
Como este Estabelecimento também atende adolescentes a partir de 15
anos, torna-se necessário ter o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) de 13 de julho de 1990, que representa uma mudança de paradigma na área da in-
fância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e adolescente. Estes
passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais como “menores” obje-
tos da ação do poder público, principalmente em casos de abandono e/ou delinquência,
passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e repressivas como nos Códigos de
Menores de 1927 e 1979.
Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os adoles-
centes eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e, a partir de então,
como cidadãos, sujeitos de direitos.
Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa reco-
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nhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno desenvolvimento
biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se
desenvolverem plenamente.
Essas necessidades e cuidados são postos em termos de direitos, estenden-
do-se ao conjunto desse segmento, sem discriminação de qualquer tipo, cabendo ao po-
der público, à família e à sociedade, assegurar com absoluta prioridade a efetivação des-
ses direitos relativos à sobrevivência e ao seu desenvolvimento integral das crianças e
adolescentes.
8- MARCO OPERACIONAL
A reorganização da prática pedagógica se dá nas Hora-Atividades, nas reu-
niões pedagógicas e replanejamento.
No início de uma turma de coletivo o professor faz seu Plano de Trabalho
Docente baseado na Proposta pedagógica e nas DCEs, para nortear sua prática pedagó-
gica.
O professor está constantemente reavaliando seu trabalho e adequando-o á
realidade de seus alunos.
Os conteúdos associados à cultura estão sendo incluídos neste Projeto Polí-
tico Pedagógico e são eles: A História Afro-Brasileira que culmina com o Dia da Consciên-
cia negra em 20 de novembro e as Festas Juninas associadas ao Folclore.
Assim, facilitará a compreensão e ampliação de um universo de conheci-
mentos ligados a todo tipo de cultura, possibilitando uma aprendizagem a médio e longo
prazo.
Em seguida, os Planos de Ação deste Estabelecimento de Ensino:
PLANO DE AÇÃO – DIREÇÃO
OBJETIVOS AÇÃO RESPONSÁVEL CRONOGRAMA
Desenvolver uma proposta educacional
de qualidade.
Promover reuniões periódicas com a APMF e Conselho
Propor trabalho coletivo entre a comunidade
escolar.
Reunião dos membros para prestação de contas
e/ou tomada de
Direção.
Direção.
Durante o ano letivo.
Durante o ano letivo.
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Escolar.
Incentivar constante atualização e
formação profissional.
decisões.
Facilitar a participação dos docentes e
funcionários em cursos, promover grupos de
estudos.
Direção
Durante o ano letivo.
PLANO DE AÇÃO – PEDAGOGOS
OBJETIVOS AÇÃO RESPONSÁVEL CRONOGRAMA
Acompanhar o trabalho pedagógico
do professor.
Auxiliar os professores na elaboração do
Plano de Trabalho Docente.
Acompanhar o processo do aluno a ser reclassificado.
Verificação do livro de registro de classe e das
fichas individuais, quanto às práticas pedagógicas
em sala de aula.
Auxílio e colaboração na elaboração do Plano de Trabalho Docente.
Verificar através das provas do processo se o aluno está apto a fazer a
reclassificação.
Pedagogos.
Pedagogos
Pedagogos.
Durante o ano letivo.
Durante o ano letivo.
Durante o ano letivo.
PLANO DE AÇÃO
Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção e Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando
OBJETIVOS AÇÃO RESPONSÁVEL CRONOGRAMA
Participar de cursos de formação para merendeiras.
Buscar capacitação específica para o preparo da merenda diferenciada a alunos da EJA, visando
Durante o ano letivo.
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Elaborar cardápios com alimentação mais saudável para os alunos, para uma melhor qualidade de vida.
à troca de experiências.
Formulação de um cardápio saudável,
variado e de acordo com a necessidade do aluno
trabalhador.
Interação com os alunos no intuito de tomar
conhecimento sobre suas preferências e carência
alimentar.
Durante o ano letivo.
Organizar e limpar o espaço escolar, tornando-o um local agradável para toda a comunidade escolar.
Participar de cursos de formação.
Interagir com os educando quando for necessário.
Reuniões com a direção para distribuição de tarefas, esclarecimentos de dúvidas das atividades e/ou reorganização das funções.
Facilitar a participação nas capacitações ofertadas pela SEED e/ou outros para aquisição e troca de experiências.
Ter disponibilidade em atender o educando quando necessário.
Durante o ano letivo.
Durante o ano letivo.
PLANO DE AÇÃO – Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios
OBJETIVOS AÇÃO RESPONSÁVEL CRONOGRAMA
Participar de cursos de formação ofertados pela
SEED.
Participação em cursos ofertados pela SEED e /ou outros,
Durante o ano letivo.
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Redefinir tarefas no trabalho da secretaria
escolar.
Discutir melhorias e otimizar a organização
para haver um desempenho profissional satisfatório, com menos possibilidades de erros
Reunir os funcionários da secretaria para estudar documentos inerentes à função da secretaria da
escola.
Auxiliar os profissionais da educação para o uso
das tecnologias de informação e
comunicação na escola.
Interagir com a comunidade escolar,
para troca de experiências,
aprofundamento e aquisição de
conhecimentos correlatos à função.
Elaborar um cronograma
mensal/bimestral para reuniões
administrativas com o intuito de ampliar a interação entre os funcionários, bem
como obter conhecimento sobre as
leis, deliberações, orientações, etc.
Orientação e incentivo aos professores,
agentes educacionais I e equipe pedagógica
no uso das tecnologias disponíveis no
estabelecimento de ensino.
Interação junto à equipe pedagógica,
direção e professores para apresentar as dificuldades no que
tange à organização e melhor
desenvolvimento do trabalho administrativo, através da participação
em reuniões pedagógicas.
9 – FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO
9.1 – Objetivos / Metas do Estabelecimento de Ensino
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a educação é um direito de
todos e dever do Estado, tendo como um dos princípios a igualdade de condições para
acesso e permanência na escola.
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Conforme Art.208 da Constituição Federal, a Educação Básica é obrigatória
dos quatro aos dezessete anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
Assim, este Estabelecimento de Ensino tem como objetivo atender as
pessoas que não tiveram oportunidades de estudo quando criança, ou na idade própria.
Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças e
adolescentes tem direitos, que hoje são reconhecidos, enfatizados e garantidos por lei,
independentemente da classe, raça ou qualquer outro tipo de discriminação. Assim,
recebendo alunos com quinze anos ou mais, essa escola de período noturno acaba
atendendo essa nova demanda de faixa etária menor e dando a oportunidade para que
os mesmos continuem seus estudos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96 veio
acrescentar Informações e obrigatoriedade de extrema importância na educação do
Brasil, pois, de acordo com ela, a educação é um direito de todos e as crianças precisam
ter acesso desde os primeiros anos de vida, com a inclusão dessas em creches e pré-
escolas. Deverá ter oitocentas horas de carga horária, que deve ser respeitada e utilizada
de forma consciente para que os educandos sejam preparados para a sua vivência dentro
da sociedade.
Por se tratar de Educação de Jovens e Adultos, os profissionais da
Educação deste Estabelecimento de Ensino devem conhecer as especificidades do
ensino ofertado, para que possam ver os educandos como sujeitos de sua própria
história, respeitando-os e valorizando sua cultura, suas experiências, etc.
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo
educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a
ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos
descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação
de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como
perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como
direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandos - trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos
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venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento
ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e
moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação
na qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da
vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos .
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo
ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os
levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e
justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –
cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima
da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao
conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história, sendo
assim, a filosofia que norteia o trabalho pedagógico desta escola é a Pedagogia Histórico-
Crítica, onde a mesma deve respeitar e considerar os diferentes níveis de conhecimento
que o aluno traz consigo e esses conhecimentos são a base da formação da identidade
cultural do aluno, pois, ele a adquiriu no convívio social.
O pensamento reflexivo vai ser parte integrante da vida do aluno, a partir do
momento que ele se perceber questionador, dessa forma, ele mesmo poderá chegar a
conclusões, negando, aceitando ou formulando mais proposições que lhes proporcionará
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desenvolvimento do intelecto.
O professor nesta perspectiva deve garantir a apropriação dos conteúdos
pelos alunos com vistas ao atendimento dos interesses das camadas populares e à
democratização da sociedade brasileira.
Para Vygotsky, “a escola nunca começa no zero. Toda a aprendizagem com
que o aluno se depara na escola sempre tem uma pré-história”, como no caso da EJA,
que são alunos adultos que já têm um saber, experiências de vida e partindo deste saber
do senso comum, consegue ultrapassar as barreiras do espontâneo, até chegar ao
conhecimento científico e se transformar em prática social.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste, busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado
de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos
possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos
formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino
de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação
qualitativa com o conhecimento;
III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à
ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de
pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação
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da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo
assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social;
V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que
fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim,
como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,
estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo
integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas
do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de
formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências
acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;
- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das
relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o
raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e
sócio-históricos;
- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses
do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho;
- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e
democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade
com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações
do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas,
que demandam uma proposta pedagógica - curricular que considere o tempo/espaço e a
cultura desse grupos.
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9.2 – Educação Inclusiva
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva
ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos
mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram
individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,
por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação
assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que
apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
3. superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover
barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. Desse modo, desloca-
se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à
educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas
decorrentes não apenas de deficiências, mas também, de condições sócio-culturais
diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados
daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de EJA, na página 36, “... é preciso
atender aos interesses e às necessidades de pessoas que já tem um determinado
conhecimento socialmente construído, com tempos próprios de aprendizagem e que
participam do mundo do trabalho e, por isso, requerem metodologias específicas para
alcançar seus objetivos”. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o
modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. O
Parecer 04/09 do Ministério Público do Paraná, tem como objetivo a inclusão do nome
social que identifica o aluno em conformidade com suas identidades de gênero,
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assegurando seus direitos sociais, independentemente de sua orientação sexual.
10 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica, cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou
seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva
do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se
no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado
de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de
forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às
suas práticas diárias. Nesta ótica, o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do
conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de
Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em
razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos
conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica,
a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos
nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais
devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se
restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações
etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à
abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
10.1 – LÍNGUA PORTUGUESA
Apresentação da Disciplina
A disciplina de língua portuguesa se fundamenta no estudo linguístico cen-
trado no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. A dimensão tradi-
cional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de
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uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental. É importante refletir so-
bre a necessidade de partilhar experiências de leitura, mostrando que ler não é apenas
uma atividade escolar mecânica e descontextualizada, mas atividade vital, plena de signi-
ficação. No processo de ensino, o aluno toma contato com diferentes linguagens, nas di -
ferentes esferas sociais, planejando atividades que possibilitem a leitura, produção oral, a
escrita, bem como a reflexão e uso da linguagem em diferentes situações, o domínio da
linguagem é hoje, condição para o acesso ao conhecimento. O trabalho com a escrita
deve ser uma prática escolar que tenha finalidade e destinatário. O aluno deve ter acesso
aos mais variados tipos de textos que circulam socialmente, percebendo suas intenções
explícitas e implícitas, funções e finalidade de cada texto para se tornar um leitor capaz de
utilizar adequadamente o discurso nas diversas situações de uso.
Objetivos da Disciplina
- Desenvolver a competência discursiva, ampliando os recursos expressivos e o domínio
das variedades linguísticas na modalidade oral.
- Propiciar o conhecimento do uso da fala em situações públicas ( discurso, seminários,
etc ) e nos meios de comunicação.
- Realizar a compreensão de texto oralmente.
- Reconhecer as diferenças da modalidade oral formal e informal e ser capaz de utilizá-las
conforme o contexto.
- Produzir texto oral, considerando a especificidade da situação comunicativa.
- Desenvolver habilidades de leitura por níveis de complexidade, adequando esse pro-
cesso ao grau de dificuldade dos textos e das atividades propostas nas sequências didáti-
cas.
- Desenvolver habilidades de identificação de informações explícitas, exemplificação,
comparação, relação e inferência.
- Incentivar e propiciar a leitura de diferentes gêneros de texto.
- Reconhecer as principais características e marcas linguísticas presentes em diferentes
gêneros textuais, considerando a situação de uso, e refletir criticamente a respeito dessa
prática de linguagem.
- Destacar as diversas intenções de leitura: ler para se informar, ler para escolher diver-
são e lazer, ler para saber mais sobre sua própria cultura e faixa etária, ler para estudar,
etc.
- Realizar a compreensão do texto por escrito, atendo-se aos elementos, a partir de ques-
tões que explorem: habilidades de identificação de informações explícitas, exemplifica-
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ção, comparação, inferência, elaboração de síntese geral, análise e avaliação sobre ele.
- Reconhecer o texto literário como a arte da palavra, no qual podem ser organizados os
sentimentos e apreensões humanas.
- Proporcionar o conhecimento de gêneros textuais literários: crônica, conto, lenda, ro-
mance, texto dramático, poema, etc.
- Conhecer os dados biográficos de autores da literatura brasileira e estrangeira, assim
como o contexto social no qual estão inseridos.
- Desenvolver habilidades de escrita por níveis de complexidade, adequando esse proces-
so ao grau de dificuldade dos textos e das atividades propostas nas sequências didáticas.
- Desenvolver a competência discursiva, ampliando os recursos expressivos e o domínio
das variedades linguísticas na modalidade escrita.
- Escrever textos baseados em roteiros de orientação para produção e modelos textuais,
previamente estudados.
- Expor e trocar ideias, argumentar e contra-argumentar, interpretando e refletindo a res-
peito de diferentes textos ( verbais, não verbais e icônico-verbais), temas e situações-
problema.
- Escrever textos utilizando as seguintes modalidades: transcrição, decalque, paródia e
autoria.
- Promover a prática de planejamento prévio à escrita.
- Desenvolver a prática da refacção textual, com o objetivo de qualificar as produções
textuais.
- Promover a circulação de textos escritos.
Encaminhamentos Metodológicos
A linha de pensamento selecionado é o interacionismo, uma vez que a língua é o
espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio da relação e inter-
relação com ela.
A interlocução serve como ponto de partida o trabalho com o texto, os conteúdos
gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição
da unidade de sentido dos enunciados.
Não considerando somente a gramática normativa, mais também as outras,
como a descritiva e a internalizada no processo de ensino da Língua Portuguesa.
Prática de leituras de textos de diferentes gêneros, consideração dos
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conhecimentos prévios dos alunos, inferências no texto, leitura de textos verbais e não-
verbais, midiáticos, iconográficos, utilização de materiais gráficos diversos entre (fotos,
gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos, relato de experiências significativas
relacionadas ao assunto do texto, discussão sobre finalidade do texto, fonte, interlocutor,
contação de histórias, análise dos recursos próprios dos gêneros orais, apresentação de
textos produzidos pelos alunos, leitura de outros textos para a observação das relação
dialógicas, narração de fatos reais ou fictícios, seleção de discursos de outros, como:
- Entrevistas, senas de desenhos, programas humorísticos...
- Discussão sobre o tema a ser produzido.
- Seleção de gênero finalidade, interlocutores.
- Exploração sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
- Produção de texto narrativo e descritivo.
- Revisão textual e reestrutura e reescrita textual.
- Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de
uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos.
Estudo dos conhecimentos linguísticos, a partir:
- do gênero selecionado
- textos produzidos pelos alunos
- das dificuldades apresentadas pela turma.
Avaliação
A avaliação é um processo de aprendizagem contínuo e tem como
prioridade a qualidade e desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Será formativa,
considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e,
por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção
pedagógica aconteça a todo tempo. Permitindo ao professor acompanhar o
desenvolvimento no presente, orientar as possibilidades de desempenho no futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontado novos caminhos para superar problemas e
adotar novas práticas educativas, envolvendo o coletivo a serviço da ação pedagógica,
aprendizagem do aluno, qualificação do professor e da escola.
Os instrumentos de avaliação, serão: testes escritos com questões objetivas
e subjetivas; leitura oral; trabalhos de pesquisa individuais e em grupo; leitura extraclasse;
avaliação subjetiva do aluno pela participação em sala de aula; atividades orais e escritas,
desenvolvidas em sala de aula (leituras, debates, dramatizações)
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A recuperação paralela (de estudos), será realizada sempre que o aluno não
atingir os conteúdos selecionados, através da retomada do conteúdo, modificação de
estratégias e recursos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Dessa forma, a
recuperação de notas é simples decorrência da recuperação do conteúdo.
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
LÍNGUA PORTUGUESA:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos
Gêneros Textuais
história em quadrinhos, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de enigma, narrativas de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV, causos, carta pessoal, carta de socialização, e-mail, receita, autobiografia, cartaz, carta ao leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, história em quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, música, notícia, narrativa de terror, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinópse de filme, poema, etc...)
Leitura
- Identificação do tema;- Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas;
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
- Inferências;- As particularidades (lexicais,sintáticas e textuais) do texto
em registro formal e informal.- Texto verbal e não – verbal;- As diferentes vozes sociais representadas no texto;- Linguagem verbal, não –verbal, midiático, infográficos;- Relações dialógicas entre textos- Informações implícitas no texto;- Estética do texto literário.
Oralidade
- Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;- Variedades linguísticas;- Intencionalidade do texto;- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)
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- Papel do locutor e do interlocutor: ( participação e cooperação / turnos de fala)- Particularidades de pronúncia de algumas palavras.- Finalidade do texto oral.
Escrita
- Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;- Argumentação;- Paragrafação;- Clareza de ideias;- Refacção textual;- Linguagem formal /informal- Coerência e Coesão textual;- Organização de ideias /parágrafos;- Finalidade do texto;- Paráfrase de textos;- Intertextualidade.
Análise Linguística
(perpassando as práticas de leitura,escrita e
oralidade)
− Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;
−Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
−Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de suas categorias como elementos do texto;
− A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;− Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen,
itálico;− Acentuação gráfica;− Processo de formação de palavras;− Gírias;−Figuras de pensamento (prosopopéia, ironia, hipérbole,
ironia, eufemismo, antítese);− Concordância verbal e nominal;−Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das
vozes que falam no texto;−Função do substantivo do adjetivo, advérbio, pronome, artigo
e de suas categorias como elementos de texto;− Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;−A representação do sujeito no texto (expressivo /elíptico;
determinado /indeterminado; ativo /passivo);− Neologismo;− Linguagem digital;− Semântica;− Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e
oral;− Conotação e denotação,− A função das conjunções na conexão de sentido do
texto;− Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes,
substantivos...);− A elipse na sequência do texto;
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− Estrangeirismos;− As irregularidades e regularidades da conjunção verbal;− A função do advérbio: modificador e circunstanciador;− Complementação do verbo e de outras palavras.- Leitura de textos e debates orais sobre Diversidade sexual/ sexualidade humana e prevenção ao uso indevido de drogas. A continuidade e conclusão dos temas será através de palestra com um profissional de saúde para melhores orientações e esclarecimentos.- Apresentação de vídeo informativo sobre educação ambiental. Discussão oral sobre o tema. - Texto para discussão e interpretação sobre o tema: enfrentamento a violência contra a criança e ao adolescente. Produção de texto dissertativo sobre o assunto.- Palestra sobre história e cultura indígena. Leitura e recitação de poemas sore o tema: Cultura Afro-brasileira, africana e indígena. Levantamento de palavras de origem indígena e africana- Leitura de texto sobre educação fiscal, vocabulário e siglas.
ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Discurso Como Prática Social
Conteúdo Básico Abordagem Teórico-Metodológica
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferassociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
LEITURA• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;• Contextualize a produção:
LEITURAEspera-se que o aluno:• Efetue leituracompreensiva, global,crítica e analítica detextos verbais e não verbais;• Localize informaçõesexplícitas e implícitasno texto;• Produza inferênciasa partir de pistas textuais;• Posicione-seargumentativamente;• Amplie seu léxico;• Perceba o ambienteno qual circula o
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com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. LEITURA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade Intencionalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso ideológico presente no texto;• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial no texto;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos, gráficos como aspas, travessão, negrito;• Semântica:• - operadores argumentativos;- polissemia;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto.ESCRITA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Intencionalidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e
suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,fotos, imagens, mapas e outros;• Relacione o tema com o contexto atual;• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;• Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de palavrase/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.ESCRITA• Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;• Acompanhe a produção do texto;• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;figuras
gênero;• Identifique a ideiaprincipal do texto;• Analise as intençõesdo autor;• Identifique o tema;• Referente à obraliterária, amplieseu horizonte deexpectativas, percebaos diferentes estilose estabeleça relaçõesentre obras dediferentes épocas como contexto históricoatual;• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contextoCompreenda asdiferenças decorridasdo uso de palavrase/ou expressões nosentido conotativo;• Conheça e utilizeos recursos paradeterminar causa econsequência entre aspartes e elementos dotexto;• Reconheça palavrase/ou expressõesque estabelecem aprogressão referencial;• Entenda o estilo,que é próprio de cadagênero.ESCRITAEspera-se que o aluno:• Expresse ideias com clareza;• Elabore textos atendendo:- às situações de produção propostas(gênero, interlocutor, finalidade...);- à continuidade temática;• Diferencie o contexto de uso dalinguagem formal e
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consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância;• Sintaxe de regência;• Processo de formação de palavras;• Vícios de linguagem;• Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;- polissemia.ORALIDADE• Conteúdo temático ;• Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial, corporal egestual, pausas ...;• Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;• Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódicas entre utras);• Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição, conectivos;• Semântica;• Adequação da fala ao contexto (uso deconectivos, gírias, repetições, etc.);• Diferenças e semelhanças entreo discurso oral e o escrito.
de linguagem no texto;• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;• Encaminhe a reescrita textual: revisão dosargumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.);• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.ORALIDADE• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade,informatividade, situacionalidade finalidade do texto;• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;•• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,pausas e outros;• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de
informal;• Use recursos textuais comocoesão e coerência, informatividade,intertextualidade, etc.;• Utilize adequadamente recursoslinguísticos como pontuação, uso e funçãodo artigo, pronome, substantivo, adjetivo,advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.ORALIDADEEspera-se que o aluno:• Utilize seu discurso de acordo com asituação de produção (formal/ informal);• Apresente ideias com clareza;• Obtenha fluência na exposição oral, emadequação ao gênero proposto;• Compreenda os argumentos do discursodo outro;• Exponha objetivamente seus argumentose defenda claramente suas ideias;• Organize a sequência da fala de modoque as informações não se percam;• Respeite os turnos de
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desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.• Propicie análise e comparação dos recursosveiculados em diferentes fontes como jornais,emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.- Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: debates, TV pendrive – vídeo e imagens, textos - diversos gêneros, palestras e dinâmicas variadas.- Educação Ambiental: debates, TV pendrive – vídeos e imagens, textos- diversos gêneros, palestras e dinâmicas variadas.- Educação Fiscal: textos – diversos gêneros e palestras.- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente: debates, TV pendrive – vídeos e imagens, textos – diversos gêneros, palestras e dinâmicas variadas.- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena: textos de diversos gêneros e debate sobre o filme: A Missão e outros.
fala;• Analise, contraponha, discuta osargumentos apresentados pelos colegasem suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;• Contra-argumente ideias formuladaspelos colegas em discussões, debates,mesas redondas, diálogos, discussões, etc.;• Utilize de forma intencional e conscienteexpressões faciais, corporais e gestuais,pausas e entonação nas exposições orais,entre outros elementos extralingüísticos; • A recuperação de conteúdos será realizada paralelamente e como reforço, quando se observar que os alunos não atingiram os objetivos propostos ao término de cada unidade temática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12ª edição _ SãoPaulo: Hucitec, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica, DEB
Itinerante _ Apostila 2008.
CEREJA e MAGALHÃES, William e Thereza. Português Linguagens. São Paulo: Editora
Atual, 2009.
ERNANI & FLORIANA. Terra e Toscano Cavallete. Projeto Radix: Português. São Paulo:
Scipione, 2009.
ERNANI & NICOLA, Gramática, Literatura e Redação. Editora Scipione, 1997.
HOUAISS, Instituto Antônio. Escrevendo pela nova ortografia. Houaiss Publifolha, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Língua Portuguesa, 2008.
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10.2 - ARTE
Apresentação da Disciplina
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com a
ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo principal era a cate-
quização dos grupos que aqui habitavam e que incluía a Retórica, a Literatura, a Escultu-
ra, a Pintura, a Música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma Pombalina -
o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à Mate-
mática na forma de Desenho Geométrico.
Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do século
XIX – o que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – nas escolas,
o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão
foi ratificada na 1ª. Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por
Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria. A partir de
1931, com a implantação do ensino da Música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da
Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de massa.
No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual, na ci-
dade de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.
O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras em
1971, com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido, fundado em uma visão tecnicis-
ta e entendendo o educador de Artes como um profissional polivalente, ou seja, aquele
que deve dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música. Em 1996, a Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino de Arte na Educação Bási -
ca, porém, a Arte passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,
abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.
Esse breve passeio pela história nos dá uma ideia dos conceitos que per-
mearam a educação de Artes no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso, com a
catequização dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas. Passamos de um
extremo a outro, do “sensibilizador” para o “científico racional”. É importante frisar que a
educação pública no Brasil até o início do século XX estava voltada para uma elite basica-
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mente masculina. Verificamos também que, após a expulsão dos jesuítas, o pensamento
iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que
contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação
dos educandos e das educandas.
Quando Regina Migliori (1993 p.14) propõe uma “perspectiva de abordagem
global” como sendo a “possibilidade de lidarmos com tudo o que se nos apresenta e não
somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a ideia é que se busque uma nova leitu-
ra da realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma perspectiva de uma for-
mação omnilateral, crítica e autônoma do educando e da educanda, ou seja, “temos que
aprender a lidar com as divergências de forma não excludente” (Migliori, 1993 p.14).
Quando privilegiamos a produção artística de um determinado grupo, povo
ou etnia, fragmentamos a realidade e automaticamente criamos um juízo ou valor no qual
os recortes do conhecimento que fazemos passam a ser os verdadeiros ou os únicos.
“Essa visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera uma outra verdade
cruel: a marginalidade que não é alternativa” (Migliori 1993 p.14). isso implica que ao
apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão pre-
sentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando e a
educanda outras leituras diferentes daquelas que vem sendo oficialmente apresentadas.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela
a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concreti-
zada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica,
dentre outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui para outras possibilida-
des de leituras da realidade e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo
dessa proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade
em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma sim-
bologia própria e portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel Mar-
ques: ”Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente esco-
lar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar, experimen-
tar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas
próprias vidas e na construção da sociedade brasileira”.
A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de
que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e
recepção de ideias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como lin -
guagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na Dan-
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ça (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e ans Artes
Visuais (forma e luz).
Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no
que tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto artísti-
co como seja um “veículo portador de significado” (ver Bakhtin, p.132). Nesse sentido, os
símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos comunica-
mos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singu-
lar, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristan J.G.,2001). Na escola, esse trabalho,
ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É com base
nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem.
Objetivos Gerais da Disciplina
A arte é o meio indispensável para a união do indivíduo com o todo; reflete a
infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e ideias.
Antes de qualquer teorização é preciso, primeiro, considerar que o ser
humano realiza um trabalho em arte quando deseja comunicar algo que está além daquilo
que poderia expressar com palavras. Não poderíamos descrever através da linguagem
falada todas as impressões e sensações que temos ao criarmos uma imagem, um som,
ou ao elaborarmos, cuidadosamente, um gesto. A arte cumpre seu papel de dar
expressão aos sentimentos mais subjetivos de uma pessoa.
Em segundo lugar, e em consequência do que foi colocado, se a arte vem
para dar forma a sensações e sentimentos subjetivos, o ser humano a realiza para poder
comunicar esses conteúdos íntimos a seus pares e companheiros. O artista tem a
necessidade de compartilhar suas vivências e sentimentos com a sociedade e, através
da arte, busca meios para fazê-lo.
Portanto, ao refletirmos sobre a função da arte para a humanidade,
concluímos que ela é, antes de tudo, uma linguagem (pois deseja um modo de
comunicação) que busca através de determinadas estratégias e códigos (sintaxe)
comunicar uma experiência da vida humana (semântica).
O que não podemos perder de vista, quando trabalhamos com educação em
arte no ensino básico e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), é que, em primeira e
última instância, desejamos que nossos alunos consigam se expressar, utilizando-se de
sintaxes (códigos) que possam ser reconhecidas por seus pares no contexto sócio-
Page 48
cultural em qual estão inseridos.
A partir dessas constatações podemos considerar outros objetivos, mais
formais da expressão artística, como secundários. A contextualização histórica da arte ou
as questões específicas das técnicas artísticas (tais como estudo de cores, composição,
forma, ritmo, melodia, harmonia, trabalho de corpo, improvisação, etc), passam a ser
necessárias na medida em que sirvam ao objetivo de dar expressão aos conteúdos
internos trazidos pelos alunos.
Todo esse processo nos aproxima de outras questões que interessam
especificamente ao ensino de arte na EJA, ligadas ao mercado de trabalho. Compreender
como a arte se insere no mercado de trabalho atual, quais são seus usos, seus
mecanismos de profissionalização, as relações existentes entre artista e mercado, são
questões importantes para a compreensão do papel dela na nossa sociedade.
Assim, poderíamos dizer que os principais objetivos da aprendizagem da
arte, passam a ser a possibilidade do aluno perceber:
1º) que tem em mãos um meio de comunicação que expressa seus sentimentos e
sensações e, também, as representações da sociedade em que vive;
2º) que ao produzir arte ele estará expressando impressões subjetivas que não seriam
exprimíveis por palavras, pois envolvem o pensamento e a lógica mas, também,
sentimentos, sensações, etc.;
3º) que cada linguagem artística (as artes visuais, a música, o teatro ou a dança) tem
suas próprias técnicas e códigos (léxico) que devem ser apreendidos para que o artista
possa se comunicar;
4º) que a experiência na área, seja na produção de obras ou na sua apreciação, é a
maneira de conhecer o léxico artístico, já que a arte se dá por experiência;
5º) que o mercado de trabalho em arte tem sua própria dinâmica.
AVALIAÇÃO
Avaliação contínua, somativa, provas, pesquisas individuais e em grupos,
seminários, aulas práticas e recuperação paralela.
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Page 49
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - (ARTES VISUAIS)
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Encaminhamentos metodológicos
Conteúdos Básicos
#Ponto
representação
variação
#Linha
Forma
Contorno
movimento
#Textura
Própria
produzida
#Volume
Altura
Largura
profundidade
# Cor
Primária
Secundária
Terciária
Quentes e frias
Neutras
Monocromia
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Técnicas
Pintura
Escultura
colagem
Gravura
Gênero
Paisagem
Retrato
Natureza morta
Análise
Releitura de
obras
Arte-pré-histórica
Arte Greco-
Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Indígena
Arte Popular
brasileira
Renascimento
Barroco
Indústria Cultural
Arte no século XX
Arte
Contemporânea
Realismo
Vanguardas
Hip-Hop
Percepção dos modos de estruturas e compor as artes visuais na cultura
destes povos.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com
características da cultura popular, relacionado aos conteúdos dos alunos. (Estes e outros serão
apresentados na semana cultural.)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - (Música)
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Encaminhamentos
Page 50
metodológicos
Conteúdos Básicos
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros
Folclórico
Indígena
Popular
Étnico
Técnicas
Vocal
Instrumental
Mista
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Música popular
Indústria Cultural
Eletrônica
Engajada
Popular Brasileira
Contemporânea
Percepção de modos de fazer música, através de
diferentes formas musicais.
Teorias da Música
Produção de trabalhos com características
populares e composição de sons da paisagem
sonora.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - (Teatro)
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Encaminhamentos metodológicos
Conteúdos Básicos
PersonagemExpressõescorporaisVocaisGestuaisFaciaisAção
Espaço
TécnicasRepresentaçãoLeitura dramática CenografiaTécnicasJogos teatraisMímicaImprovisaçãoFormas animadasGênerosRuaArenaCaracterização
ComédiaTeatro popularbrasileiroTeatro AfricanoParanaenseIndústria CulturalRealismoExpressionismoOprimido
Percepção dos modos de fazer teatro através de diferentes espaços disponíveis
Teorias do teatro Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Page 51
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - (Dança)
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Encaminhamentos metodológicos
Conteúdos Básicos
Movimentocorporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve,pesado)Fluxo( livre,interrompido econduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis(alto,médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero.Folclóricapopular, étnica
Dança popular BrasileiraAfricana
IndígenaPré-históriaParanaense
Hip-HopModernaContemporânea
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executadaTeorias da dança
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: coleta e registro de informações através de mural.
Educação Ambiental: leitura de textos sobre o assunto e elaboração de cartazes.
Educação Fiscal: textos e questões oral e escrito.
Enfrentamento à violência contra a criança e ao adolescente: produção plástica, utilizando recursos publicitários.
Prevenção ao uso indevido de drogas: leitura de textos e elaboração de cartazes, etc.
Page 52
ENSINO MÉDIO
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Encaminhamentos
Metodológicos
Objetivos EspecíficosElementos
Formais
Composição Movimentos e
PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfíci
e
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Deformação
Técnicas:
Pintura,
Desenho
Modelagem,
Instalação
Performance,
Fotografia
Gravura e
Primeiros
artistas da
humanidade:
# Arte na Pré-
História
Arte das
primeiras
civilizações da
Antiguidade:
# Arte na
Mesopotâmia
# Arte Egípcia
# Arte Grega
# Arte Romana
# Arte Cristã
Primitiva
# Arte
Bizantina
Arte na Idade
Média:
Percepção dos
modos de faze
trabalhos com
artes visuais nas
diferentes culturas
e mídias.
Teoria das artes
visuais.
Produção de
trabalhos de artes
visuais com os
modos de
organização e
composição, com
enfoque nas
diversas culturas.
Compreensão dos
elementos que estruturam
e organizam as artes
visuais e sua relação com
a sociedade
contemporânea.
Produção de trabalhos de
artes visuais visando a
atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
Apropriação prática e
teórica dos modos de
composição das artes
visuais nas diversas
culturas e mídias,
relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
Page 53
Escultura
Arquitetura
Gênero:
Paisagem
natureza
morta
Cenas do
cotidiano,
histórica,
religiosa, da
Mitologia.
# Arte
Romântica
# Arte Gótica
Arte na Idade
Moderna
# Arte
Renascentista
# Arte Barroca
# Arte Rococó
Arte na Idade
Contemporâne
a:
# Arte
Neoclássica
# Arte
Romântica
#Arte Realista
# Arte
Impressionista
/ Pós-
Impressionista
e
Expressionista
Arte no Século
XX:
# Fauvismo
# Cubismo
#Abstracionis
mo
# Futurismo
#Dadaísmo
# Surrealismo
História da
Arte Brasileira
História da
Page 54
cultura Afro-
Brasileira
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Encaminhamentos
Metodológicos
Objetivos EspecíficosElementos
Formais
Composição Movimentos e
PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidad
e
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal,
tonal e
fusão de
ambos.
Gêneros:
Erudito
Clássico
Popular
Étnico
Folclórico
Pop
Técnicas:
Vocal,
Instrumenta
l,
Mista
Ocidental
Africana
Latino-
americano
Oriental
Vanguarda
Engajada
Indústria
Cultural
Popular
Paranaense
Música
Popular
Brasileira
Percepção da
paisagem sonora
como constitutiva
da música
contemporânea
(popular e erudita)
dos modos de fazer
música e sua
função social.
Teorias da Música.
Produção de
trabalhos com os
modos de
composição
musical, com
enfoque na música
de diversas
culturas.
Compreensão dos elementos
que estruturam e organizam
a música e sua relação com a
sociedade.
Produção de trabalhos
musicais, visando atuação do
sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica
dos modos de composição
musical das diversas culturas
e mídias, relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
Page 55
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Encaminhamentos
Metodológicos
Objetivos EspecíficosElementos
Formais
Composição Movimentos e
PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Personage
m:
Expressões
Corporais
Vocais
Gestuais
Faciais
Ação
Espaço
Técnicas:
Jogos Teatrais
Teatro direto e
indireto
Mímica
Ensaio
Teatro –
Fórum
Roteiro
Encenação
Leitura
dramática
Gêneros :
Tragédia
Comédia
Drama e épico
Dramaturgia
Representação
nas mídias
Caracterização
Cenografia
Sonoplastia
Figurino
Iluminação
Greco-
Romano
Medieval
Oprimido
Pobre
Latino
Americano
Realista
Simbolista
Dialético
Renascentista
Popular
Vanguarda
Teatro
Estudo da
personagem, ação
dramática e do
espaço cênico e
sua articulação
com os elementos
de composição e
movimento e
períodos do teatro.
Percepção dos
modos de fazer
teatro e sua função
social.
Teorias do teatro.
Produção de
trabalhos com
teatro em
diferentes espaços.
Produção de
trabalhos com
modos de
Compreensão dos elementos
que estruturam e organizam
o teatro e sua relação com o
movimento artístico no qual
se originaram.
Compreensão da dimensão
do teatro enquanto fator de
transformação social.
Produção de trabalhos
teatrais, visando atuação do
sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica
das tecnologias e modos de
composição da representação
nas mídias, relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
Apropriação prática e teórica
de técnicas e modos de
composição teatrai
Page 56
Direção
Produção
Brasileiro
Teatro
Paranaense
organização e
composição teatral
como fator de
transformação
social.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Encaminhamento
s
Metodológicos
Objetivos EspecíficosElementos
Formais
Composição Movimentos e
PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Desenvolvi
mento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Saltos e
Quedas
Giro
Rolamentos
Movimentos
articulares
Lento, rápido
e moderado
Aceleração
Desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gênero:
Espetáculo
Industrial
Pré-História
Greco –
Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Hip Hop
Dança Moderna
Vanguarda
Dança
Contemporânea
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Estudo do
movimento
corporal tempo,
espaço e sua
articulação com
elementos de
composição e
movimentos e
períodos da
dança.
Percepção dos
modos de fazer
dança, através de
diferentes
espaços onde é
elaborada e
executada.
Teorias da dança.
Produção de
Compreensão dos elementos
que estruturam e organizam
a dança e sua relação com o
movimento artístico no qual
se originaram.
Compreensão das diferentes
formas de dança popular,
suas origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão da dimensão
da dança enquanto fator de
transformação social.
Compreensão das diferentes
formas de dança no Cinema,
musicais e nas mídias, sua
função social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica
das tecnologias e modos de
Page 57
Cultural
Étnico
Folclórico
Populares
Salão
Africana
Indígena
trabalhos com
dança utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
Produção de
trabalhos com
dança utilizando
diferentes modos
de composição.
Diversidade
Sexual /
Sexualidade
Humana: coleta e
registro de
informações
através de mural.
Educação
Ambiental:
leitura de textos
sobre o assunto e
elaboração de
cartazes.
- Educação
Fiscal: textos e
questões oral e
escrito.
Enfrentamento à
violência contra a
criança e ao
composição da dança nas
mídias, relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
Page 58
adolescente:
produção
plástica,
utilizando
recursos
publicitários.
Prevenção ao uso
indevido de
drogas: leitura de
textos e
elaboração de
cartazes, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra 2002
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a
Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba 2008
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Departamento de Ensino Médio. LDP:
Livro Didático Público de Arte. Curitiba:SEED-PR,2006
Page 59
10.3 – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
Apresentação da Disciplina
A língua estrangeira moderna está cada vez mais presente em nosso
cotidiano e vem se mostrando como importante meio de comunicação no mundo
globalizado em que vivemos, tendo como objetivo permitir ao aluno conhecer, confrontar
conhecimentos e culturas diferentes, favorecendo sua percepção enquanto sujeito
histórico e socialmente constituído, por isso faz-se necessário trabalhar a LEM enquanto
discurso.
Esta concepção é a mais atual, pois o ensino da língua estrangeira tem
percorrido um longo caminho. Desde o seu inicio com os padres jesuítas até o momento a
LEM sofreu mudanças significativas e a partir de 1996 passa a ser obrigatório desde a 5
série a sua inclusão no currículo.
A LEM possibilita novas formas de conhecer, transformar e construir os sig-
nificados, funcionando como instrumento de inclusão e interação social expandindo as ca-
pacidades interpretativas e cognitivas, oportunizando aos educandos a vivência crítica da
cultura do outro ao mesmo tempo em que valoriza a sua própria cultura.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Desenvolver a possibilidade de compreender e expressar, oralmente e por escrito, opini -
ões, valores, sentimentos e informações.
- Entender a comunicação como troca de ideias e de valores culturais.
- Comparar suas experiências de vida com as de outros povos.
- Identificar o universo que o cerca, percebendo-se como parte integrante de um mundo
plurilíngue.
-Vivenciar uma experiência de comunicação humana no que se refere a novas maneiras
de se expressar e ver o mundo, possibilitando maior entendimento de seu próprio papel
como cidadão do país e do mundo em que vivem.
- Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas, lhes possibilitam o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.
- Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e quando
utilizar a linguagem nas situações de comunicação.
- Adquirir consciência linguística e crítica dos usos que se faz da Língua estrangeira mo-
derna que se está aprendendo.
Page 60
- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a também como
meio de acesso ao mundo do trabalho e estudos avançados.
- Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.
Encaminhamentos Metodológicos
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a
língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e
construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa
concepção, levar-se-á em consideração a realidade do educando, valorizando sua
bagagem de conhecimentos e respeitando suas necessidades e características
individuais, na certeza de que o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e
responsabilidade quando se vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade
da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares
frente à experiência social construída historicamente pelos educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em
conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como
agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com os
saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em
consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e
compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e
precisam ser vistas como plurais, complexas e dependentes de contextos específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como
algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o
aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes, toda
diversidade da LE se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes não
vêm prontos na linguagem.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo será visto sob a ótica em que o educador e educando,
construirão a aprendizagem, sendo ambos sujeitos desse processo de construção. A
Page 61
avaliação será um processo contínuo e cumulativo, por meio de:
Prova objetiva
Prova subjetiva
Trabalhos individuais
Trabalhos em grupo
Pesquisas
Participação das atividades
Serão realizadas avaliações de Recuperação Paralela com o objetivo de
suprir as necessidades e deficiências no rendimento dos alunos, sendo que os resultados
alcançados integrarão o fechamento de cada média.
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos
Gêneros
Discursivos
informativos, narrações, descrições, poesias, tiras,
correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors,
placas de sinalização, etc.
Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Componentes
lingüísticos
Vocabulário: Saudações, apresentações, horas, família, partes do
corpo, cores, dias da semana, meses do ano, estações do ano,
profissões, roupas, animais, locais públicos, condições do tempo
(rainy, sunny, windy, cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da casa,
refeições, adjetivos, numerais (cardinal e ordinal).
Foco linguístico:
Substantivos.
Adjetivos.
Page 62
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
Verbo to be (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples
(regular e irregular) futuro com will.
Imperativo: afirmativa e negativa.
Preposições (in, on, at, from, to...)
Advérbios de tempo, lugar e freqüência.
Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: Palestra sobre o
assunto, com funcionário da Secretaria Municipal de Saúde.
Educação Ambiental: Palestra, leitura de textos, debate.
Educação Fiscal: Palestra com profissional habilitado no assunto.
Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente:
Leitura do ECA, debate, depoimentos.
Prevenção ao uso indevido de drogas: Palestra com profissional
habilitado no assunto.
História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena: Filme e
discussão sobre o mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth. New Ace. Longman, São Paulo.
AUN, Eliana; MORAES, Maria Clara Preste de; SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Get
together. São Paulo, Saraiva, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna, 2008.
ROCHA. M. A & Ferrari, ª Z Take Your Time. São Paulo, 1993.
Page 63
INGLÊS - ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos: Oralidade; Leitura; Escrita.
Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos. Adequação do dis-
curso ao gênero. Turnos de fala. Variações linguísticas. Pronúncia. Tema do texto. Finali-
dade do texto. Recursos estilísticos. Variedade linguística. Ortografia. Funções das clas-
ses gramaticais no texto. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Ade-
quação da fala ao contexto.
- Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: palestra com profissional habilitado, leitura
de textos, debates e pesquisas.
- Educação Ambiental: leitura de textos e discussões sobre o assunto.
- Educação Fiscal: palestra com profissional habilitado no assunto.
- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente: depoimentos, leitura do
ECA.
- Prevenção ao uso indevido de drogas: palestra e debates, pesquisas.
- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena: filme e debate sobre o filme.
Encaminhamentos Metodológicos
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa partir do enten-
dimento do papel das línguas nas sociedades e como possibilidade de conhecer, expres-
sar e transformar modo de entender o mundo e de construir significados, assim é preciso
considerar o trabalho com textos em contexto de seu uso, valorizando o conhecimento de
mundo e as experiências dos alunos por meio de discussões referentes aos temas abor-
dados, explorando pressupostos, formulando hipóteses com os mesmos.
Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento as demais
no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, pode haver uma intera-
ção da linguagem escrita, visual e oral.
É preciso então, considerar que os textos a serrem trabalhados devem pro-
mover a construção dos significados nas práticas socioculturais, assim durante as aulas
será possível fazer discussões orais sobre a compreensão, bem como produzir textos ora-
is, escritos ou visuais a partir do texto lido integrando todas as práticas discursivas neste
Page 64
processo.
Sendo assim, a importância e utilização dos recursos tecnológicos na insti-
tuição fazem-se necessário para auxiliar o trabalho pedagógico e ajudar os alunos no pro-
cesso de inferência sobre os temas estudados.
Alguns recursos que poderão ser utilizados: leitura (individual ou em grupo),
exercícios de fixação (orais e escritos), consulta em dicionário, diálogos, discussão e in-
terpretação de textos, aulas expositivas, músicas e uso de CDs, pesquisas, jogos ditados
e cópias, apresentação de trabalhos em grupos e dramatizações.
Avaliação
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, a avaliação deve ser contínua e cumulativa cujos aspectos qualitativos prevale-
çam sobre os quantitativos, considerando as diferentes naturezas da avaliação (diagnósti-
ca, somativa e formativa) que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos defi -
nidos nas escolas, respeitando as diferenças individuais e escolares. A avaliação deve ser
parte integrante do processo de aprendizagem, uma vez que servirá que o professor re-
pense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com necessidade de seus
alunos. Tal avaliação será realizada por meio de instrumentos diversificados como partici-
pação individual ou em grupo: testes escritos, interpretação de texto, leitura, pesquisa,
exercícios de prática oral, auditiva e escrita, relatórios de filmes, músicas, listening, con-
fecção de mini textos e diálogos.
A recuperação paralela de estudos, será realizada sempre que o aluno não
atingir os conteúdos selecionados, através da retomada do conteúdo, modificação de es-
tratégias e recursos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Dessa forma, a re-
cuperação de notas é simples decorrência da recuperação do conteúdo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth. New Ace. Longman, São Paulo.
AUN, Eliana; MORAES, Maria Clara Preste de; SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Get
together. São Paulo, Saraiva, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna, 2008.
ROCHA. M. A & Ferrari, ª Z Take Your Time. São Paulo, 1993.
Page 65
10.4 – EDUCAÇÃO FÍSICA
O mundo em que vivemos sofre constantes transformações. Sociedades se
modificam à medida que os valores são alterados, de acordo com a evolução dos tempos.
De acordo com essa dinâmica evolutiva podemos considerar a educação,
por conseguinte a Educação Física, enquanto área de conhecimento, elementos
fundamentais no processo de desenvolvimento do homem.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, a Educação
Física garante o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações
ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir
com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,
reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político,
social e cultural.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas cara-
cterísticas físicas e desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar
por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais.
- Adotar atividades de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos e
brincadeiras, danças, ginástica e esportes.
- Saber diferenciar o contexto amador, recreativo, escolar e o profissional, reconhecendo
e evitando o caráter excessivamente competitivo em quaisquer desses contextos.
- Analisar alguns dos padrões de beleza, saúde e desempenho presentes no cotidiano, e
compreender sua inserção no contexto sócio-cultural em que são produzidos, despertan-
do para o senso crítico e relacionando-os com as práticas da cultura corporal do movi-
mento.
- Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar lo-
cais adequados para promoção de atividades corporais e de lazer, reconhecendo-as
como necessidades do ser humano e um direito do cidadão em busca de uma melhor
qualidade de vida.
- Contemplar e incentivar a participação dos alunos com necessidades educacionais es-
peciais, integrando-os ao grupo.
- Reconhecer e valorizar a identidade, história e cultura dos afro-brasileiros e indígenas.
Page 66
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Conteúdo estruturante: Esporte
Conteúdos Básicos Encaminhamentos metodológicos Avaliação
Esportes coletivos e
individuais.
Análise dos diferentes esportes no
contexto social e econômico.
Regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos,
montagem de tabelas e formas de
disputa.
O que é possível trabalhar sobre os
esportes dentro da educação física.
Histórico dos diferentes esportes.
Compreende a função social do
esporte.
Participa ativamente de atividades em
grandes e pequenos grupos,
compreendendo as diferenças
individuais.
Avaliação teórica
objetiva e subjetiva.
Conteúdos Estruturantes: Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos Encaminhamentos metodológicos Avaliação
Jogos cooperativos,
Jogos competitivos,
Jogos de tabuleiros,
Jogos e brincadeiras e suas
possibilidades de fruição nos espaços
e tempos de lazer.
Organizar atividades e
dinâmicas de grupos
que possibilitem
Page 67
Jogos dramáticos. Aspecto lúdico do jogo e a intenção.
Possibilidade de interferência nas
regras.
aproximação e
considerem as
individualidades.
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
metodológicos
Avaliação
Dança de rua.
Dança folclórica.
Dança criativa.
Diversidade de
manifestações ritmo
dramatização
Alongamento relaxamento e
consequência e consciência
corporal.
Desenvolvimento do ritmo
habilidade motora,
lateralidade, coordenação
consciência corporal e
expressividade.
Diversidade Sexual /
Sexualidade Humana:
palestra.
Educação Ambiental:
receitas culinárias com
reaproveitamento dos
alimentos.
Educação Fiscal: pesquisa.
Enfrentamento à violência
contra a criança e o
adolescente: palestra.
Prevenção ao uso indevido
Reconhecer, aprofundar as
formas de ritmo e expressões
culturais por meio da dança.
Criação e apresentação de
coreografias.
Page 68
de drogas: palestra,
pesquisa, etc.
História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e
Indígena: pesquisas.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
metodológicos
Avaliação
Ginástica Geral.
Ginástica Acadêmica
Abordagem sobre:
Ginástica X Sedentarismo e
qualidade de vida.
Composição corporal.
Fonte metafólica e gasto
energético.
Aquisição de hábitos para
uma melhor qualidade de
vida (preparação para vida
futura).
Compreender e aprofundar a
relação entre ginástica e
trabalho.
Discussão sobre a influência da
indústria cultural na ginástica.
Reconhecer a importância da
ginástica na qualidade de vida
Conteúdo Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
Metodológicos
Avaliação
Muay Thai.
Greco-Romana.
Capoeira.
História filosófica e
características das diferentes
artes marciais.
Técnicas táticas e
estratégicas.
Provas teóricas: objetivas e / ou
subjetivas.
Reconhecer as possibilidades de
vivenciar o lúdico a partir da
utilização de materiais
Page 69
Apropriação da luta pela
indústria cultural.
Lutas X Artes Marciais.
alternativos.
EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos Encaminhamentos metodológicos
Avaliação
danças de ruas,
dança folclórica
Diversidade de manifestações, ritmo,
dramatização
Alongamento relaxamento e
consciência corporal
Diversidade Sexual / Sexualidade
Humana: palestra com profissional
habilitado no assunto.
Educação Ambiental: receitas
culinárias com reaproveitamento dos
alimentos.
Educação Fiscal: pesquisa.
Enfrentamento à violência contra a
criança e o adolescente: palestra.
Prevenção ao uso indevido de
drogas: palestra com profissional
Reconhecer e aprofundar
as formas de ritmo e
expressões
Culturais por meio da
dança
Criação e apresentação
de coreografias
Page 70
habilitado, pesquisa, etc.
História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena: pesquisas, filmes
e debates sobre os filmes.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos Encaminhamento metodológico Avaliação
Ginástica geral
ginástica
acadêmica
Ginástica X sedentarismo e qualidade
de vida
Composição corporal (IMC)
Desvios posturais
Fonte metabólica e gasto energético
Compreender e aprofundar
a relação entre ginástica e
trabalho. Discutir sobre a
influência da indústria
cultural na ginástica.
Reconhecer a importância
da ginástica na qualidade
de vida.
Conteúdo Estruturante: Esporte
Conteúdos Básicos Encaminhamento metodológico Avaliação
Futsal, Handebol,
Voleibol, tênis de
mesa, xadrez
Análise dos diferentes esportes no
contexto social e econômico.
Regras oficiais e sistemas táticos
Doping
Nutrição saúde e pratica esportiva
Compreender as questões
sobre doping recursos
ergogênicos utilizados e
questões relacionadas a
nutrição.
Page 71
Organização de campeonatos
montagem de tabelas forma de disputa
O que é possível trabalhar sobre os
esportes dentro da educação física
Compreender a função
social do esporte.
Participar ativamente de
atividades em grandes e
pequenos grupos
compreendendo as
diferenças individuais.
Conteúdos estruturante: Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
metodológicos
Avaliação
Jogos cooperativos; jogos
competitivos; jogos de
tabuleiro, jogos dramáticos
Jogos e brincadeiras e suas
possibilidades de fruição
nos espaços e tempos de
lazer.
Dinâmica de grupo
Espaço Disponível;
Aspecto Lúdico do jogo e a
intenção;
Possibilidade de
interferência nas regras;
Abrange diversos
conceitos;
Organizar atividades e
dinâmicas de grupos que
possibilitem aproximação e
considerem
individualidades
Conteúdos Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos Encaminhamento
metodológico
Avaliação e instrumentos
de avaliação
Page 72
Muya thai,
Greco e Romana.
Histórico filosofia e
características das
diferentes artes marciais
técnicas táticas estratégias.
Apropriação da luta pela
indústria cultural.
Lutas X Artes Marciais
Conhecer os aspectos
históricos filosóficos e as
características das
diferentes formas de lutas.
Discutir e aprofundar a
forma de apropriação das
lutas pela indústria cultural.
Discutir a questão que se
refere a diferença entre
lutas e artes marciais.
Provas teóricas objetivas
ou subjetivas
Prova de texto
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
10.5 – MATEMÁTICA
Apresentação da Disciplina
O papel da educação no processo de ensino está muito além de preparar o
aluno para o ingresso na Educação Superior e também ajudá-lo a tornar-se um cidadão
que busca, organiza informações, conhecimentos, critica e participa de forma efetiva da
vida em sociedade.
No que diz respeito ao ensino de Matemática, a proposta é que, de forma
geral, espera-se que o aluno consiga desenvolver a capacidade de analisar, comparar,
conceituar, representar, abstrair e generalizar.
Desenvolver a capacidade de julgamento, habituar-se ao estudo, atenção,
responsabilidade e cooperação, conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem
Matemática, associando-a com a linguagem usual.
Adquirir conhecimentos básicos possibilitando sua integração na sociedade
em que vive, desenvolvendo a partir de suas experiências um conhecimento organizado
que proporcione a construção de seu aprendizado. Com isso, o educando desenvolve um
Page 73
pensamento reflexivo que lhe permita a descoberta de soluções e a capacidade de con-
cluir, associar a Matemática a outras áreas do conhecimento, construindo assim uma ima-
gem da Matemática como algo agradável e prazeroso.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Compreender a Matemática como construção humana, relacionando o seu desenvolvi-
mento com a transformação da sociedade.
- Ampliar formas de raciocínio e processos mentais utilizando conceitos e procedimentos
matemáticos.
- Construir significados e ampliar os já existentes para os números naturais, inteiros e ra-
cionais.
- Utilizar o conhecimento geométrico para realizar leitura da realidade.
- Interpretar informações obtidas da leitura de gráficos e tabelas.
- Compreender conceitos, estratégias e situações matemáticas numéricas para aplicá-los
à situações diversas.
Encaminhamentos Metodológicos
De acordo com as novas propostas curriculares para o ensino de
Matemática, os alunos devem ser capazes de processar informações e conhecimentos,
transpondo-os para a realidade próxima e desenvolvendo habilidades de comunicação em
todas as suas formas “oral, escrita, gráfica, etc”. Além disso, os educandos devem estar
aptos a analisar, sintetizar e correlacionar informações de naturezas diversas.
Com base na metodologia adotada, propomos formas operacionais que
viabilizem o processo de aprendizagem a partir de uma visão sócio-interacionista do
ensino de Matemática. O desenvolvimento de todos os conteúdos envolve momentos de
reflexão, de resgate do conhecimento prévio dos alunos, de levantamento de hipóteses,
de valorização do saber cotidiano e da realidade do lugar onde vivem.
Entre outras formas de tornar as aulas e o aprendizado mais interessantes e
dinâmicos citamos algumas tendências metodológicas que fundamentam a prática
docente:
− Aulas expositivas e dialogadas
− Leituras
− Pesquisas
− Resolução de situações problemas
− Análise de situações concretas e do cotidiano
Page 74
− História da Matemática
− Etnomatemática
- Recursos e Mídias Tecnológicas
− Vídeos (TV Pen-drive)
− Jornais, revistas e imagens
− Livros didáticos e para-didáticos
− Gráficos, tabelas e diagramas
− Jogos
− Sólidos geométricos
− Instrumentos de medidas
− Planificações
− Quadro, giz
− Exercícios desafiadores, estratégia e lógica
− Materiais concretos diversos.
Avaliação
A Avaliação é um processo de observação e verificação de como os alunos
constroem os conhecimentos matemáticos e do que pensam sobre Matemática. Ela é
parte integrante do processo ensino-aprendizagem e o objetivo da mesma é aprimorar a
qualidade dessa aprendizagem, sendo assim, a avaliação será contínua, dinâmica, formal
e informal, para que por meio de diversas observações sistemáticas, o professor possa
emitir um juízo de valor sobre a evolução do estudante, possibilitando a tomada de
decisões que visam o sucesso desse processo.
Serão feitos encaminhamentos diversos como observação do desempenho
do aluno nas atividades desenvolvidas em sala de aula e participação efetiva das
mesmas, intervenção, revisão de noções, instrumentos avaliativos orais e/ou escritos,
incluindo quando necessário o uso de materiais manipuláveis, calculadora e a
possibilidade do aluno expor seu raciocínio; provas descritivas/objetivas com exercícios
variados, atividades realizadas em casa, trabalho individual e/ou em grupo, pesquisas,
resolução e participação de exercícios desafiadores.
Dentro do processo avaliativo o professor deve considerar as noções que o
estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos
conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
Page 75
MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
Construção do conceito de número
Conjuntos numéricos
Algoritmos e operações
Raciocínio proporcional
Porcentagem
Grandezas diretas e inversamente proporcionais
Regra de três
Potenciação e radiciação
Generalizações sobre propriedades das operações
aritméticas
Equações do 1º e 2º graus
Sistema de equações de 1º grau
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento
Medidas de massa
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de tempo
Medidas de ângulos
Sistema monetário
Medidas de temperatura
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Trigonometria no Triângulo Retângulo
Geometrias
Perímetro e área de figuras planas
Medidas de ângulos, comprimento, superfície,
capacidade e volume
Conceitos de direção e sentido: paralelismo e
perpendicularismo
Reconhecimento dos sólidos: faces, arestas e vértices
Classificação dos sólidos: poliedros e corpos redondos
Conceituação e identificação de poliedros
Page 76
Planificação: construção das figuras espaciais
Classificação dos polígonos
Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos
Ampliação e redução de figuras
Ângulos notáveis
Congruência e semelhança de triângulos
Tratamento da Informação
Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos
Teorema de Tales
Teorema de Pitágoras
Probabilidade
Estatística: problematização, coleta, organização,
representação e análise de dados
Porcentagem
DIVERSIDADE SEXUAL/SEXUALIDADE HUMANA: Na
matemática propõe-se situações-problema,
principalmente envolvendo tabelas e gráficos, a respeito
de temas sobre os quais os alunos possam refletir
sobre tão importante assunto na vida deles e ao mesmo
tempo aprendendo matemática. Assim os alunos
estarão interagindo dentro desse assunto e
desenvolvendo conceitos matemáticos. Exemplos de
dados a serem trabalhados com os alunos por meio do
conteúdo estatística e Gráficos:
*Estatísticas e gráficos de métodos anticoncepcionais
utilizados por jovens na faixa etária da idade deles e
quais oferecem mais segurança.
*Evolução da AIDS nos diferentes grupos (jovens,
homens, mulheres, homossexuais, e
*Estatística sobre incidência de gravidez prematura
entre os jovens;
*Estatísticas sobre doenças sexualmente transmissíveis
e suas prevenções.
Também podemos abordar as formas poligonais do
corpo humano, quando do estudo dos polígonos.
Page 77
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: serão trabalhados textos
referentes a reciclagem do lixo, envolvendo conteúdo
porcentagem.
EDUCAÇÃO FISCAL:
*Apresentação do vídeo: TRIBUTOS - QUE HISTÓRIA
É ESSA?
*Estudo do cálculo do valor do IPTU(relacionando com
o conteúdo área das figuras planas)
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A
CRIANÇA E O ADOLESCENTE.
*Serão realizadas análises e construções de gráficos e
tabelas envolvendo dados de pesquisas envolvendo o
assunto enfrentamento à violência contra a criança e o
adolescente.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS:
*Apresentação de vídeos ligados ao tema
*Elaboração de atividades, tais como análises de
tabelas que tratem da quantidade de álcool ingerida em
ml e seus respectivos efeitos, do teor alcoólico de
algumas bebidas, da percentagem de uso de algumas
drogas na vida dos estudantes e suas consequências.
Também, poderão realizar atividades práticas como
levantamento de dados, construção de tabelas e
gráficos a partir de questionários elaborados em sala de
aula, e medidas de capacidade e massa.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA,
AFRICANA E INDÍGENA.
*Exploração da arte indígena e africana, simetria, jogos
africanos e indígenas.
Page 78
MATEMÁTICA - ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
1. Conjuntos Numéricos
- Números Naturais
- Números Inteiros
- Números Racionais
- Números Irracionais
- Números Reais
2. Teoria dos conjuntos
- Representação de um conjunto
- Tipos de conjunto
3. Matrizes
- Matrizes especiais
- Adição e subtração de matrizes
- Multiplicação de um número por uma matriz
- Multiplicação entre matrizes
4. Sistemas Lineares
- Equação linear
- Sistema linear
- Solução de um sistema linear
- Sistema linear escalonado
5. Determinantes
- Determinante de ordem 2
- Determinante de ordem 3
- Regra de Sarrus
- Discussão de um sistema linear1. A linguagem das funções
- Conceito de função
2. Função do 1º grau
3. Função do 2º grau
4. Função Trigonométrica
- Trigonometria no triângulo retângulo
- Circunferência trigonométrica
Page 79
Funções - Seno, cosseno e tangente de um arco trigonométrico
5. Sequências
- Progressão Aritmética
- Progressão Geométrica
6. Funções
- Função exponencial
- Função logarítmica
Geometrias
1. Geometria Plana
- Circunferência
- Círculo
- Cálculo de áreas
2. Geometria Espacial
- Poliedros
- Prisma e pirâmide
- Corpos redondos
3. Geometria Analítica
- Ponto e Reta
- Formas da equação da reta, paralelismo e
perpendicularismo
- Equações da circunferência
Tratamento da Informação
1. Estatística
2. Análise Combinatória
- Agrupamentos e métodos de contagem
- Arranjo simples
Permutação simples e permutação com elementos
repetidos
- Combinação simples
3. Probabilidade
- Conceito de probabilidade
- Definição de probabilidade
- Adição de probabilidades
DIVERSIDADE SEXUAL/SEXUALIDADE HUMANA: Na
matemática podemos explorar muitos pontos dentro do
tema transversal sexualidade, propondo situações-
problema, principalmente envolvendo tabelas e gráficos, a
respeito de temas sobre os quais os alunos possam refletir
Page 80
sobre tão importante assunto na vida deles e ao mesmo
tempo aprendendo matemática. Assim os alunos estarão
interagindo dentro desse assunto e desenvolvendo
conceitos matemáticos. Exemplos de dados a serem
trabalhados com os alunos por meio do conteúdo
estatística e Gráficos:
*Estatísticas e gráficos de métodos anticoncepcionais
utilizados por jovens na faixa etária da idade deles e quais
oferecem mais segurança.
*Evolução da AIDS nos diferentes grupos (jovens, homens,
mulheres, homossexuais.
*Estatística sobre incidência de gravidez prematura entre
os jovens;
*Estatísticas sobre doenças sexualmente transmissíveis e
suas prevenções.
Também podemos abordar as formas poligonais do corpo
humano, quando do estudo dos polígonos.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: serão trabalhados textos
referentes a reciclagem do lixo, envolvendo conteúdo
porcentagem.
EDUCAÇÃO FISCAL:
*Apresentação do vídeo: TRIBUTOS-QUE HISTÓRIA É
ESSA?
*Estudo do cálculo do valor do IPTU( relacionando com o
conteúdo área das figuras planas)
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA
E O ADOLESCENTE.
*Serão realizadas análises e construções de gráficos e
tabelas envolvendo dados de pesquisas envolvendo o
assunto enfrentamento à violência contra a criança e o
adolescente.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS:
*Apresentação de vídeos ligados ao tema
*Elaboração de atividades , tais como análises de tabelas
que tratem da quantidade de álcool ingerida em ml e seus
Page 81
respectivos efeitos, do teor alcoólico de algumas bebidas,
da percentagem de uso de algumas drogas na vida dos
estudantes e suas consequências. Também, poderão
realizar atividades práticas como levantamento de dados,
construção de tabelas e gráficos a partir de questionários
elaborados em sala de aula, e medidas de capacidade e
massa.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA
E INDÍGENA.
*Exploração da arte indígena e africana, simetria, jogos
africanos e indígenas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Matemática 2008.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei
9394/96.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.
Matemática. Brasília: MEC, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do
Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
XAVIER e BARRETO, Matemática Aula por Aula – Ensino Médio, 2000.
PAIVA, Manoel, Matemática (Ensino Médio) Volume único 2ª Edição, Editora Moderna,
2003.
10. 6 – CIÊNCIAS NATURAIS
Apresentação da Disciplina
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-
se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constituem o Universo em toda
sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos
observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como
tempo, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
Page 82
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a
elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de
dominar a natureza e compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.
Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização
do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que
nela ocorrem, uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que
influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e
políticas.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Compreender-se como parte integrante e um dos principais agentes transformadores da
natureza.
- Compreender-se como um ser individual e coletivo, sendo capaz de exercer um papel
responsável diante das transformações sociais e ambientais do planeta.
- Compreender a importância do equilíbrio físico, mental, social e ambiental para a
melhoria da qualidade de vida.
- Compreender a Ciência como uma constante em sua vida e a construção do
conhecimento científico como parte do desenvolvimento histórico da humanidade,
resultado de um processo coletivo de ordem social, econômica, política e cultural.
- Perceber a presença do conhecimento científico e da produção tecnológica no cotidiano
como instrumentos facilitadores, bem como sua importância para a melhoria da qualidade
de vida.
- Desenvolver valores, conceitos e habilidades para atuar de forma crítica e consciente
sobre o ambiente social, político e cultural que o cerca, respeitando a pluralidade étnica,
cultural e social.
- Desenvolver valores e atitudes que propiciem uma convivência responsável e solidária
no mundo.
- Observar, ler, questionar, coletar dados, organizar, registrar, analisar, relacionar
conceitos, propor soluções para diferentes situações da vida.
- Valorizar a experiência pessoal e coletiva na construção do conhecimento.
Encaminhamentos Metodológicos
Page 83
Aulas expositivas e dialogadas de forma que os alunos participem expondo
seus conhecimentos e formulação baseada numa metodologia crítica e histórica, de modo
a considerar a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Trabalhos individuais ou em grupos de acordo com o conteúdo trabalhado
sempre buscando despertar o interesse dos alunos pela pesquisa, leitura, interpretação e
contextualização nas atividades propostas.
Uso de textos, revistas, jornais ou similares que os alunos trarão para a sala
de aula, para relacionar os conteúdos ao seu cotidiano, procurando desenvolver o espírito
crítico dos mesmos.
Os recursos audiovisuais como vídeos, transparências, fotos devem ser
apresentados de forma problematizadora, bem como a análise de tabelas, gráficos e
gravuras.
CIÊNCIAS
Conteúdo Estruturante: Astronomia
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos Avaliação
Universo
A origem e a evolução do
Universo.
História da astronomia.
Teoria do Big – Bang.
Galáxia Via – Láctea.
Produção de texto: O Big –
Bang e eu.
Oficina sobre a dimensão do
Sol e dos planetas do
sistema solar.
Esquema do sistema solar.
Interpretação de textos
apresentados.
Prova sobre os assuntos
estudados.
Investigação sobre a
mudança de opinião em
relação aos assuntos
estudados.
Elaboração de modelos de
como os povos antigos
Sistema Solar
Planetas do sistema solar
Posição dos planetas no sistema
solar.
Sol – fonte de luz e calor.
Movimentos
celestes e terrestres
Rotação.
Translação.
Dia e noite.
Nascente e poente.
Estações do ano.Estrelas
Planetas
Page 84
Astros Satélites
Cometas
Meteoros
Meteoritos
imaginavam o Universo.
Construção de uma luneta.
Tecnologia Tecnologias para explorar e
conhecer o espaço.
Conteúdo Estruturante: Matéria
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos Avaliação
Propriedades da
Matéria
Transformações físicas e
químicas.
Estados físicos.
Mudanças de estados físicos.
Prova sobre os conteúdos
estudados e as ligações que
conseguem fazer desses
conteúdos com seu dia a dia.
Interpretação de reportagens
sobre os assuntos estudados.
Apresentação das
conclusões tiradas dos
artigos de jornais.
Relatório sobre
documentários de vídeos
apresentados.
Observação das mudanças
de opinião após o estudo de
conteúdos básicos.
Confecção de trabalhos como
modelo atômico e ligações
químicas.
Constituição da
matéria.
Átomos – estrutura e identificação.
Elementos químicos.
Classificação dos elementos
químicos.
Ligações químicas.
Substâncias.
Reações químicas.
Funções químicas – ácidos e
bases.
Page 85
Conteúdo Estruturante : Energia
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Energia e Trabalho
Transformações de energia.
Temperatura e calor.
Medida da temperatura.
Transmissão de calor.
Dilatação e contração
térmicas.
A luz.
Eletricidade.
Magnetismo.
Fotossíntese.
Energia do ar.
Energia da água.
Energia dos alimentos.
Prova sobre os conteúdos
estudados e as ligações que
conseguem fazer desses
conteúdos com seu dia a dia.
Interpretação de reportagens
sobre os assuntos
estudados.
Apresentação das
conclusões tiradas dos
artigos de jornais.
Relatório sobre
documentários de vídeos
apresentados.
Observação das mudanças
de opinião após o estudo de
conteúdos básicos.
Confecção de trabalhos
como modelo atômico e
ligações químicas.
Maquete representando a
fotossíntese.
Conteúdo Estruturante: Matéria
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Formação da Terra. Prova sobre os assuntos
Page 86
Solo Interior da Terra.
Composição da crosta
terrestre, manto e núcleo.
Tipos de rochas.
Propriedades do solo.
Aproveitamento do solo.
Técnicas para combater o
desgaste do solo.
Solo e saúde.
Fósseis.
estudados.
Pesquisas.
Debates sobre
acontecimentos recentes no
planeta.
Produção de textos.
Oficinas: produção de humo
e fósseis.
Filme: “ O núcleo “ e debate.
Água
Estados físicos da água.
Ciclo da água.
Componentes da água.
Água como solvente.
Tratamento da água.
Água e vida.
Água e saúde.
Provas sobre os assuntos estudados.
Ar
Atmosfera
Composição do ar.
Ar e combustão.
Propriedades do ar.
Previsão do tempo.
Ar e saúde.
Conteúdos Estruturantes: Sistemas Biológicos
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Ambiente
Ecologia.
Ecossistema.
Cadeias alimentares.
Relações entre os seres
vivos.
Pesquisas.
Montagem de maquete com
figura de seres vivos e
classificação dos mesmos.
Prova sobre os conteúdos
Page 87
estudados e a interação com
o seu cotidiano.
Documentários sobre
características dos seres
vivos e debate.
Elaboração de cartazes.
Mapas conceituais –
elaboração.
Células
Descoberta da célula.
Partes fundamentais da
célula e organelas
citoplasmáticas.
Unicelulares e pluricelulares.
Célula animal e célula
vegetal.
Célula eucarionte
Célula procarionte.
Características dos seres
vivos
Ciclo vital.
Reprodução sexuada e
assexuada.
Conteúdos Estruturantes: Biodiversidade
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Origem da vida Hipóteses sobre a origem da
vida.
Evolução dos seres vivos.
Pesquisas.
Montagem de maquete com
figura de seres vivos e
classificação dos mesmos.
Prova sobre os conteúdos
estudados e a interação com
o seu cotidiano.
Documentários sobre
características dos seres
vivos e debate.
Elaboração de cartazes.
Mapas conceituais –
elaboração.
Classificação dos seres
vivos.
Reino monera.
Reino protista.
Reino Fungi.
Reino Plantal.
Reino animalia ( vertebrados
e invertebrados ).
Conteúdos Estruturantes: Sistemas Biológicos
Page 88
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Organização
do corpo humano
Células.
Tecido.
Órgãos.
Sistema Digestório.
Sistema Circulatório.
Sistema Linfático.
Sistema Urinário.
Sistema Respiratório.
Sistema Esquelético.
Sistema Muscular.
Sistema Nervoso.
Os sentidos.
Sistema Endócrino.
Sistema Reprodutor.
Genética.
Provas sobre os conteúdos
estudados.
Montagem de célula com
suas partes.
Montagem com recorte de
sistema do corpo humano e
identificação de órgãos e
funções.
Pesquisas sobre prevenção
contra algumas doenças.
Observar a relação que
fazem dos conteúdos
estudados com os seus
hábitos e mudanças desses
hábitos quando são
prejudiciais.
Construção de pirâmide
alimentar.
Interpretação de textos.
Conteúdos Estruturantes: Biodiversidade
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Ser Humano Reino dos animais.
Classificação do ser
humano.
A evolução.
Provas sobre os conteúdos
estudados.
Montagem de célula com
suas partes.
Montagem com recorte de
sistema do corpo humano e
identificação de órgãos e
funções.
Pesquisas sobre prevenção
Page 89
contra algumas doenças.
Observar a relação que
fazem dos conteúdos
estudados com os seus
hábitos e mudanças desses
hábitos quando são
prejudiciais.
Construção de pirâmide
alimentar.
Interpretação de textos.
Conteúdos Estruturantes: Matéria
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Avaliação
Alimentos
Principais nutrientes dos
alimentos.
Carboidratos.
Proteínas.
Lipídios.
Sais minerais.
Vitaminas.
Água.
Provas sobre os conteúdos
estudados.
Montagem de célula com
suas partes.
Montagem com recorte de
sistema do corpo humano e
identificação de órgãos e
funções.
Pesquisas sobre prevenção
contra algumas doenças..
Construção de pirâmide
alimentar.
Interpretação de textos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Ciências, 2008.
Page 90
10.7 - HISTÓRIA
Apresentação da Disciplina
Podemos dizer que, por ser um poderoso instrumento para a compreensão
das experiências sociais, culturais, tecnológicas, políticas e econômicas da humanidade
ao longo do tempo, a História possui um papel privilegiado na construção de um mundo
mais solidário, fraterno e tolerante.
Para que seja possível formar cidadãos críticos e atuantes, no entanto, a
História não pode apenas apresentar os fatos do passado de forma pronta e
enciclopédica. De modo geral, além de sobrecarregar o aluno com informações para ele
muitas vezes sem sentido, esse tipo de abordagem não estimula o interesse nem pela
disciplina nem pela realidade em que ele vive.
Para despertar o interesse do aluno é necessário utilizar o passado para
politizar o nosso presente. Sentindo-se instigado pelas questões do seu cotidiano, o aluno
poderá entender o passado como parte integrante de um processo que lhe permite
compreender e tomar consciência de sua própria realidade social.
Acredito que um bom começo é evidenciar para o aluno os seus saberes,
contribuindo assim, para o resgate de sua autoestima social. Nesse sentido, tratar o aluno
como um sujeito social que possui conhecimentos prévios sobre inúmeros assuntos e
questões e sobre os quais deve ter a oportunidade de se expressar, expondo suas
opiniões e valores.
Também é importante estimular o aluno a fazer uma observação atenta do
mundo em que ele vive. Assim, ele poderá perceber que questões aparentemente simples
de sua vida ou de sua comunidade estão, muitas vezes, relacionadas com questões
globais. Ao fazer isso, ele poderá identificar as relações sociais encontradas ao seu redor
e compará-las com as do passado. Essa atitude lhe servira de importante ponto de partida
para a construção de conceitos históricos.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros
tempos e espaços.
- Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam localizar
acontecimentos numa multiplicidade de tempo.
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos
e espaços.
Page 91
- Reconhecer as mudanças e permanências nas vivências humanas.
- Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre
algumas de suas possíveis soluções.
- Dominar a leitura e a escrita, lidando com símbolos e signos, e, assim, beneficiar-se das
oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
- Perceber as múltiplas linguagens utilizadas pela humanidade.
- Conhecer, compreender, interpretar, analisar, relacionar, comparar e sintetizar dados ,
fatos e situações do cotidiano e, por meio dessa imersão, adquirir competências que os
tornem aptos a enfrentar inúmeras situações.
- Compreender as redes de relações sociais e atuar sobre elas como cidadãos.
- Valorizar o diálogo, a negociação e as relações interpessoais.
- Descobrir o encanto e a beleza nas expressões culturais de sua gente e de seu entorno.
-Aprender o sentido da verdadeira cooperação.
- Respeitar os valores do pluralismo e da compreensão mútua.
Encaminhamentos Metodológicos
A metodologia a ser utilizada no Ensino de História será norteada pelas
correntes teóricas-metodológicas contempladas nas diretrizes. Essa metodologia visa a
formação da Cidadania, sustentada pelo domínio dos saberes tanto do professor quanto
do aluno, aplicando-os de forma adequada no Ensino Fundamental, viabilizando a prática
em sala enquanto ambiente de produção do conhecimento através da pesquisa
continuada, tendo como construtores do saber histórico, os alunos e professores.
É na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e
metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas devem ser tratados
como documentos a serem abordados historiograficamente.
Os conteúdos de serão estudados por meio de:
Aulas expositivas – selecionar e priorizar conteúdos históricos que permitam
aproximar o aluno das questões atuais.
Leitura e discussão de textos bibliográficos, depoimentos testemunhais, noticias,
propagandas, etc.
Leitura critica de imagens, caricaturas, charges, cartuns e histórias em quadrinhos
de humor, pois a linguagem metafórica exprime uma reflexão crítica e interrogativa do
mundo.
Pesquisa de dados históricos que permitam buscar o conhecimento, sempre
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levantando hipóteses para discussão em sala.
Discussões que estimulem o aluno a refletir sobre o papel da mídia, sua influência
na opinião pública, na manipulação de notícias e criação de fatos dentro de um
contexto globalizante e neoliberal.
Projeção de filmes que permitam ao aluno refletir sobre a História, suas mudanças
e permanências.
Resolução de exercícios que despertem o interesse pela leitura de texto de forma
interpretativa.
Síntese de textos estudados com a ajuda do professor, que permitam a
produção de diferentes textos: narrativos, informativos, dissertativos e outros.
Trabalhos em grupo e apresentação de seminários.
Avaliação
A avaliação será realizada durante o processo de ensino aprendizagem. O
professor acompanhara o processo através de avaliação formal, processual, continuada,
pois assim estará percebendo o quanto cada educando estará se apropriando do
conhecimento histórico estudado. Para tanto serão utilizadas, provas objetivas e
subjetivas. Trabalhos de pesquisas individuais e em grupo na sala de aula que permitam
que os alunos reflitam sobre o seu papel dentro da História. Debates com argumentações
para suas ideias.
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básico
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da
cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
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História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena: * Semana
indígena no CEEBJA de Cambé
* Palestra com o Padre Jurandir sobre Missões jesuítas em
Cambé
* Textos: Comunidade Quilombolas.
Filme: A Missão
Visita ao Museu Histórico de Cambé: arqueologia Fazenda
Santa Dalmácia.
Educação Ambiental: * História da Educação Ambiental no
Brasil
* Trabalho de Campo: Parque Municipal do Zezão
* Leis vigentes sobe Educação Ambiental
* Palestra: Reaproveitamento de Alimentos – APMI de
Cambé.
Prevenção e uso indevido das Drogas: * Vídeo sobre o
CRACK
* Cartilhas, folders e cartazes sobre drogas
* Trabalho em sala de aula sobre drogas
* Palestra com profissional da Secretária de Saúde de
Cambé.
Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: Leitura de
textos diversos sobre sexualidade
* Vídeos relacionados ao assunto: Educação Sexual
* Trabalho com Cartazes
* Palestra Profissional da Saúde, agendada pela equipe
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pedagógica.
Educação Fiscal: Texto: História Econômica do Brasil
* Planos Econômicos no Brasil década de 90.
* Planejamento Econômico Familiar.
Enfrentamento à violência contra a criança e ao
adolescente: Estudo sobre o Estatuto da Criança e
Adolescentes/ECA
* Convite aos Membros do Conselho Tutelar de Cambé
(funcionamento do Conselho, membros e relatos das
atividades).
HISTÓRIA - ENSINO MÉDIO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
metodológicos
Relações de Trabalho
Modos de Produção: Primitivo,
Escravista, Asiático, Capitalista,
Socialismo e Comunismo;
Revolução Industrial;
Liberalismo e Neoliberalismo;
Luta pela Posse da Terra no Brasil;
Globalização e Revolução
Tecnológica.
Aulas
expositivas, leitura e
discussões de textos,
pesquisas
bibliográficas, projeções
de filmes históricos,
resoluções de
exercícios, elaboração
e resoluções de
questões, produção de
textos e trabalhos
individuais e coletivos.
Utilização de Recursos
didáticos: Livros de
História do Ensino
Brasil Colônia
Brasil Império
Brasil República
Relações de dominação e
resistência no mundo do trabalho;
Formação dos Estados Totalitários;
Page 95
Relações de Poder
Período Entre - Guerras: Nazismo e
Fascismo
Revolução Russa de 1917;
Primeira e Segunda Guerra
Mundial;
Regime Militar no Brasil;
Guerra Fria;
Nacionalismo e Era Vargas.
Médio, textos
complementares,
jornais, revistas, mapas,
transparências,
gráficos, cartazes,
recursos áudios-visuais:
DVD, televisão, outros.
* Semana indígena no
CEEBJA de Cambé
* Palestra com o Padre
Jurandir sobre Missões
jesuítas em Cambé
* Textos: Comunidade
Quilombolas.
Filme: A Missão
Visita ao Museu
Histórico de Cambé:
arqueologia Fazenda
Santa Dalmácia;
Educação Ambiental
* História da Educação
Ambiental no Brasil
* Trabalho de Campo:
Parque Municipal do
Zezão
* Leis vigentes sobe
Educação Ambiental
* Palestra:
Reaproveitamento de
Relações Culturais
Construção do Sujeito Histórico;
Produção do Conhecimento
Histórico;
História Paraná;
História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena;
Resistência do Povo Negro:
Quilombos, Canudos, Revolta da
Chibata;
Educação Ambiental
Page 96
Prevenção e uso indevido das
Drogas
Diversidade Sexual/Sexualidade
Humana
Educação Fiscal
Alimentos – APMI de
Cambé
* Vídeo sobre o CRACK
* Cartilhas, folders e
cartazes sobre drogas
* Trabalho em sala de
aula sobre drogas
* Palestra com
profissional da
Secretária de Saúde de
Cambé.
* Leitura de textos
diversos sobre
sexualidade
* Vídeos relacionados
ao assunto: Educação
Sexual
* Trabalho com
Cartazes
* Palestra Profissional
da Saúde, agendada
pela equipe pedagógica
* Texto: História
Econômica do Brasil
* Planos Econômicos
no Brasil década de 90
* Planejamento
Econômico Familiar
Estudo sobre o
Estatuto da Criança e
Adolescentes/ECA
Page 97
-Enfrentamento à violência contra a
criança e ao adolescente
* Convite aos Membros
do Conselho Tutelar de
Cambé (funcionamento
do Conselho, membros
e relatos das
atividades).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBATROZ, Susana. O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense, 2004
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos São Paulo:
Cortez,2004
PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.Curitiba,2008
BEECHO MOTA, Myriam e RAMOS BRAICH, Patrícia. História das Cavernas ao
Terceiros Milênio. Volume 1, 2, 3 e 4. Editora Moderna. PNLEM 2009, 2010 e 2011.
GISLANE E REINALDO, História, Volume Único, Editora Ática, 2008;
Secretária de Estado da Educação do Paraná, História, Ensino Médio, 2006;
VICENTINO, Cláudio, História Geral, Editora Scipione;
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura? São Paulo, Brasiliense, 2004.
10.8 - GEOGRAFIA
Apresentação da Disciplina
A ciência geográfica compreende as relações com a natureza e com o
espaço geográfico, refletindo as leis sociais e servindo de poderoso instrumento para o
conhecimento do mundo e consequentemente ao aproveitamento sustentável dos
recursos naturais limitados e ilimitados ofertados pelo planeta.
O ensino da Geografia possibilita desenvolver no aluno a capacidade de
observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor
compreende-la e identificar as possibilidades de transformações produzidas pela
sociedade e pela própria natureza na construção das paisagens. Nesse contexto, a
Geografia também auxilia a localização, proporcionando ao educando que se posicione
em diferentes escalas, tanto no local onde vive quanto no mundo.
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Cada período histórico e processo de produção (fases econômicas) vividos
pela humanidade surgem necessidades de determinados objetos serem construídos no
espaço a união desses objetos formam a paisagem do espaço geográfico, portanto a
compreensão do espaço pelo aluno denota a interpretação das inter-relações contidas
nesse processo até mesmo para entender o espaço e quem vive e as possibilidades de
sua modificação a partir da ação social.
Sendo assim, o ensino da Geografia se coloca de modo essencial, pois
busca fornecer para os alunos uma visão integradora para a compreensão do mundo
proporcionando-lhes elementos básicos que garantam seu acesso a vários tipos de
informação, interagindo com a realidade que o cerca, relacionando-se melhor com as
pessoas e participando mais ativamente da vida em comunidade, o que o leva a um
exercício mais pleno da cidadania.
Mas o planejamento, se encarado apropriadamente, consiste numa atividade
de reflexão essencial para a prática didática, no planejamento, o professor organiza os
conteúdos curriculares a serem trabalhados e desenvolvidos em cada uma das series de
modo a interagir no ciclo de ensino.
Os conteúdos curriculares abrangem conteúdos programáticos, de um lado,
e competências e habilidades de outro, durante o planejamento, o professor evidencia
para si o desdobramento dos conceitos e das técnicas ao longo do tempo e tem a
oportunidade de estabelecer os nexos da sua disciplina.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Reconhecer que o ser humano se apropria do espaço em que vive, estabelece relações
sociais e constrói a cidadania a partir dos conhecimentos que formula e das ações que
pratica ao longo de sua existência.
- Estimular a reflexão sobre o seu lugar de vida como parte integrante de um espaço
global.
- Compreender que a relação homem – natureza é responsável pela construção,
destruição e reconstrução históricas do espaço geográfico.
- Identificar e utilizar pontos de referência como forma de orientação e localização no
espaço geográfico, compreendendo sua necessidade para a produção e interpretação
cartográfica.
- Reconhecer que a construção das paisagens implica a interferência humana nos
princípios que regem as leis da natureza, trazendo alterações para o ciclo da vida no
planeta Terra.
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- Compreender que a evolução humana e o progresso científico devem estabelecer um
desenvolvimento sustentado capaz de conceber o planeta Terra como patrimônio da
humanidade a ser preservado para as próximas gerações.
- Conhecer a degradação ambiental que decorre da utilização capitalista dos recursos
naturais, do desenvolvimento de atividade econômicas no campo e da urbanização,
sentindo-se agente capaz de transformações dessa realidade.
- Reconhecer que as diferenças sociais são responsáveis pela produção de diferentes
paisagens, posicionando-se de maneira crítica sobre essa questão.
- Analisar as características do capitalismo, compreendendo a distribuição desigual das
riquezas produzidas e suas consequências para os diferentes níveis de desenvolvimento
existentes no mundo.
- Compreender que os avanços tecnológicos e científicos são responsáveis pelo avanço
da globalização , formulando conceitos e opiniões sobre esse fenômeno.
- Entender as transformações locais, regionais e mundiais ocorridas em virtude da
globalização, formulando conceitos e opiniões sobre esse fenômeno.
- Identificar os impactos da globalização no mercado de trabalho mundia, regional e
locval, reconhecendo e buscando as novas capacidades necessárias para sua inserção
nessa realidade.
- Capacitar o educando para a cidadania no mundo globalizado por meio do
questionamento e da familiarização com as novas linguagens e tecnologias.
Encaminhamentos Metodológicos
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Para o entendimento do espaço geográfico, faz-se necessário o uso dos
instrumentos de leitura cartográfica e gráfica, compreendendo signos, legenda, escala e
orientação.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade
do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade-natureza e as
relações espaço-temporais, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que
possível.
Os conteúdos serão espacializados e tratados em diferentes escalas
geográficas, com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação.
Page 100
Avaliação
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas.
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de
energia, forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e
sociedade.
Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas.
Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado
de fatores históricos, naturais e econômicas.
Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na
organização espacial.
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes.
GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do
espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e
culturais
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção
As relações entre campo e a cidade na sociedade
capitalista
Page 101
Dimensão política
do espaço
geográfica
Dimensão cultural
demográfica do
espaço geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
A evolução demográfica, a distribuição espacial da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural
As diversas regionalizações do espaço geográfico mundial
e brasileiro
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração
do território brasileiro.
Movimentos migratórios e suas motivações
O espaço rural e a modernização da agricultura
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o
papel do Estado
O comércio em suas implicações socioespaciais
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias
e das informações
A evolução demográfica da população, sua distribuição
espacial e os indicadores estatísticos
A revolução técnico-científico- informacional e os novos
arranjos no espaço da produção
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações
Page 102
na atual configuração territorial.
Diversidade sexual/ sexualidade humana: Sobre este tema
serão realizadas palestras de cunho informativo para todos
os alunos da escola.
Metodologia de trabalho em sala: Expor os vídeos clipe
para os alunos, distribuir as letras das musicas impressas,
abri um dialogo com a sala, relembrando os conteúdos
comentados nas palestras, para fazer os alunos refletirem
sobre sexo e amor, e as diversidade entre as opções
sexuais construindo conceitos de respeito a individualidade
do próximo. Videoclipe: Amor e Sexo – Rita Lee / Meninos
E Meninas – Legião urbana
Recursos utilizados: TV pendrive, musica e vídeo clipe.
Educação Ambiental: Sobre este tema serão realizadas
palestras de cunho informativo para todos os alunos da
escola sobre alimentos e como evitar a desperdício
( aproveitamento de partes geralmente descartadas de
frutas verduras e legumes)
Metodologia de trabalho em sala: A ideia de
reaproveitamento e reciclagem será reforçada a partir da
exibição do vídeo “ilha da fores “que também discute a
desigualdade social, o problema do lixo e da fome. Sera
solicitado aos alunos analises pessoais e relatório sobre o
mesmo. Recursos Didáticos a serem utilizados: TV, DVD.
Filme: “ilha das flores” (1989). Jorge Furtado . Sinopse:
Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque
seus problemas de ordens sociais, econômicas e culturais,
na medida em que contrasta a força do apelo consumista,
os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço
da liberdade do homem, enquanto um ser individual e
responsável pela própria sobrevivência. Através da
demonstração do consumo e desperdícios diários de
materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução
social de indivíduo, em todos os sentidos.
Page 103
Educação Fiscal: Sobre este tema serão realizadas
palestras de cunho informativo para todos os alunos da
escola. Metodologia de trabalho em sala:Estruturando
grupos de alunos em seminários. Selecionar e distribuir
temas importantes relacionados a educação fiscal, por
grupos, tais como reforma tributária, a sonegação e gestão
de recursos públicos etc. Pedir para que realizem
pesquisas sobre os temas e apresentem o que
conseguiram aprender através delas, para a sala em geral.
Após as apresentações, será promovida uma discussão
sobre consciência da importância do pagamento dos
tributos e o conhecimento do sistema tributário nacional.
Recursos Didáticos a serem utilizados: Livros, jornais,
internet.
Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente: Sobre este tema serão realizadas palestras
de cunho informativo para todos os alunos da escola.
Metodologia de trabalho em sala: O tema será abordado
através de partilha de experiências e conversas como os
alunos, a partir da analise do filme "Preciosa". Recursos
Didáticos a serem utilizados: TV, DVD. Filme: “Preciosa -
Uma História de Esperança”( Lee Daniels, 2009, E.U.A).
Sinopse: 1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece
"Preciosa" Jones é uma adolescente de 16 anos que sofre
uma série de privações durante sua juventude. Violentada
pelo pai e abusada pela mãe, ela cresce irritada e sem
qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda
também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa
tem um filho apelidado de "Mongo", por ser portador de
síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó.
Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa
da escola. A sra. Lichtenstein consegue para ela uma
escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com
sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua
Page 104
existência traumática, se refugiando em sua imaginação.
Prevenção ao uso indevido de drogas: Sobre este tema
serão realizadas palestras de cunho informativo para todos
os alunos da escola. Metodologia de trabalho em sala:
Analise e interpretação do texto “O Crime pegou carona na
infovia” e mapeamento das regiões onde se concentram os
maiores fluxos( entrada e saída de drogas )do trafico de
drogas no país. Recursos Didáticos a serem utilizados:
Textos e mapas.
Historia e cultura afro brasileira, africana e indígena: Sobre
este tema será realizada uma semana cultual temática de
para todos os alunos da escola. Metodologia de trabalho
em sala: Aliado a temática do negro no brasil será
trabalhado a questão da diversidade da população
brasileira e a influência dessa miscigenação nos costumes
da nossa cultura tais como alimentação, vestimenta e
religião. Também será abordada a questão do preconceito
e do lugar do negro na sociedade aproveitando a abertura
do documentário, a partir de diálogos e debates. Filme:
Além de trabalhador, negro.( Daniel, Brasil, 1989. )
Sinopse: Uma reconstituição das lutas do trabalhador
negro na cidade de São Paulo, desde a Abolição. As
primeiras associações, a participação política e sindical.
Uma cobertura que vai da Frente Negra de 1930 até os
dias atuais. Recursos Didáticos a serem utilizados: TV,
DVD.
GEOGRAFIA - ENSINO MÉDIO
Page 105
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfica
Dimensão cultural
demográfica do
espaço geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação
da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico
A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos
no espaço da produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do
espaço.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e
os indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Page 106
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
A diversidade sexual/ sexualidade humana, a educação ambiental,
o enfrentamento á violência contra a criança e ao adolescente,
educação fiscal, o uso indevido de drogas, a cultura afro-brasielira
e a cultura indígena serão trabalhados juntamente com os
conteúdos, envolvendo momentos de reflexão, de resgate do
conhecimento prévio dos alunos, de levantamento de hipóteses,
de valorização do seu cotidiano e da realidade onde vivem e
participando também de palestras com pessoas habilitadas no
assunto, pesquisas, debates, etc.
Encaminhamentos Metodológicos
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos. Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. A compreensão
do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações
espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. A realidade local
e paranaense deverá ser considerada sempre que possível. Os conteúdos devem ser
especializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem
cartográfica – signos, escala e orientação.
Avaliação
- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.
-Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia – mapas,
tabelas, gráficos e imagens.
- Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens
pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas.
- Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de
Page 107
fontes de energia na sociedade industrializada.
- Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais.
- Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de
matérias primas e a organização espacial.
- Reconheça as influências das manifestações culturais dos diversos grupos
étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
- Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente
a sua importância estratégica.
- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua
importância política, estratégica e econômica.
- Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.
- Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em
sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo.
- Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das
regiões onde as indústrias se instalam.
- Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
- Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como
fator de transformação do espaço.
- Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo
agropecuário moderno.
- Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a
formação de cidades mundiais.
- Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra,
capital e das informações na organização espaço mundial.
- Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na
atualidade e sua repercussão ambiental e social.
- Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os
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problemas sociais e ambientais.
- Reconheça as interdependências econômicas e culturais, entre campo e
cidade.
- Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural
e urbano.
- Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de
segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
- Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
- Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho,
consumo e de produção.
- Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.
-Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
- Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de
planejamento familiar.
- Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras agrícolas.
- Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.
- Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os
grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
- Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial.
- Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da
OMC para o comércio mundial.
- Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas
internacionais, FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço
geográfico mundial.
- Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a
divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
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- Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações
econômicas e de poder na nova ordem mundial.
- Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das
relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.
- Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
10.9 – ENSINO RELIGIOSO
Apresentação da Disciplina
O sentido da disciplina Ensino Religioso está na formação de um sujeito
pleno para a sociedade sendo este constituído de identidade religiosa. Basicamente,
entendemos que a cultura religiosa é elemento importante para a formação do aluno e,
pautados pelas leis e diretrizes governamentais, nos é possível aqui desenvolver um
trabalho que aumente a sensibilidade religiosa do aluno sem que isto interfira em suas
opções ideológicas ligadas a isto.
O objetivo desta disciplina é o estudo do transcendente. Não há espaço para
qualquer tipo de proselitismo que imponha ao aluno qualquer costume de uma religião na
forma de verdade absoluta. Neste sentido reconhecemos a importância de não fazer
afirmações, inclusive sobre o próprio cristianismo, que leve o aluno a entrar em
contradição com sua identidade religiosa.
A disciplina Ensino Religiosa neste estabelecimento visa o desenvolvimento
da consciência religiosa do aluno para que o mesmo seja capaz de entender, praticar e
respeitar diferenças religiosas.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Reconhecer a si próprio e ao outro, em relação com o todo sistêmico, para a construção
da paz e do entendimento mútuo.
- Conhecer os diferentes grupos religiosos presentes na realidade próxima, construindo o
seu referencial de entendimento das diferenças e de respeito ao outro.
- Perceber a existência de diferentes símbolos religiosos, identificar e estabelecer relação
de significado respeitando a ideia do transcendente.
- Compreender a pluralidade religiosa, e que a ideia do transcendente expressa-se de
Page 110
maneiras diferentes e pessoais.
- Vivenciar a alteridade por meio de valores, que promovam o encontro consigo mesmo e
com o outro.
- Identificar no contexto social a existência de diferentes tradições religiosas e reconhecer
a sua importância para a expressão da religiosidade do ser humano e a construção de um
mundo mais fraterno.
- Reconhecer a representação do transcendente nas diferentes tradições religiosas,
vivenciando a alteridade, favorecendo o respeito mútuo e o diálogo inter religioso na sala
e na sociedade.
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Encaminhamentos
Metodológicos
Avaliação
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico
Religioso
Texto
Sagrado
Organizações Reli-
giosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados
orais ou escritos
Símbolos Religio-
sos
Temporalidade Sa-
grada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
Os Conteúdos
Básicos devem ser
tratados sob a ótica
dos três Conteúdos
Estruturantes;
A linguagem utilizada
deve ser a científica
e não a religiosa, a
fim de superar as
tradicionais aulas de
religião;
É vedada toda e
qualquer forma de
proselitismo e
doutrinação,
entendendo que os
conteúdos do Ensino
Religioso devem ser
trabalhados
Estabeleça discussões
sobre o Sagrado numa
perspectiva laica;
Desenvolva uma cultura
de respeito à
diversidade religiosa e
cultural;
Reconheça que o
fenômeno religioso é
um dado de cultura e de
identidade de cada
grupo social
Dividimos o processo
de avaliação entre
diagnóstica e formativa.
Na primeira há uma
tomada de consciência
sobre as ideias que os
alunos possuem acerca
do tema, preconceitos e
Page 111
Diversidade
Sexual/Sexualidade
Humana
Educação
Ambiental
Educação Fiscal
Enfrentamento à
violência contra a
criança e ao
adolescente:
enquanto
conhecimento da
diversidade sócio-
político e cultural.
Palestra sobre o
assunto.
Discussão com os
alunos sobre a
importância do
campo e a
preservação
ambiental para a
continuidade da raça
humana no mundo.
Informar através de
panfletos e pequenos
textos a necessidade
de economizar, bem
como o uso
consciente de
impostos, pelo
governo.
Lleitura do Estatuto
da Criança e do
Adolescente.
convicções. Na
segunda há a aferição
do quanto os conteúdos
trabalhados foram
capazes de acrescentar
à identidade religiosa
dos alunos.
Page 112
Prevenção ao uso
indevido de drogas.
História e Cultura
Afro-Brasileira,
Africana e Indígena.
Uso de textos do
programa 'Amor
Exigente' para tratar
do tema.
Utilização de
imagens, filmes,
documentários sobre
a vida das
comunidades afro-
brasileira, africana e
indígena.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ELIADE, Mircea. Dicionário das Religiões. São Paulo: Martins Fontes,1995
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Ensino Religioso, 2008.
10.10 - FILOSOFIA
Apresentação da Disciplina
Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia na Educação de Jovens e
Adultos foi elaborada tendo como referência as Diretrizes Curriculares de Filosofia para a
Educação Básica do Estado do Paraná e as especificidades desta modalidade de ensino
que considera os educandos sujeitos de um processo histórico em que a experiência
vivida fora do processo de educação institucionalizada constitui forte elemento formativo.
As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de ensino de
Filosofia, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e
filosofar. Ensina-se Filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é
possível ensinar Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele não é possível separar a
Filosofia do filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria
filosofia. Do mesmo modo Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da Filosofia sem
filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo na medida em que reflete sobre ele. A prática
da Filosofia leva consigo o seu produto não é possível fazer filosofias sem filosofar, nem
filosofar sem filosofia, porque a Filosofia não é um sistema acabado, nem o filosofar
Page 113
apenas investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos (GALLO &
KOHAN, 2000, p.184).
Não é possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Deste
modo, entende-se que as aulas de Filosofia, na EJA, são espaços de estudo da Filosofia
e do filosofar. A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao educando da EJA o desenvolvimento de um estilo próprio
de pensamento.
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia no Estado do Paraná
propõe que este ensino seja um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o
filosofar como atividades indissociáveis que dão vida a aula. Seguindo essas Diretrizes,
propomos que o trabalho pedagógico com a EJA tome esse ensino como criação e
ressignificação de conceitos.
Sobre a necessidade de pensar a Filosofia e o seu ensino com caráter de
criação de conceitos, Deleuze & Guattari (1992) têm uma significativa contribuição. Mas o
conceito é dado é criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo,
auto posição (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p, 20).
Portanto, a Filosofia na EJA, em sua dimensão pedagógica, significa o
espaço de experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento
original, da busca, da compreensão, da imaginação da investigação e da criação de
conceitos.
Os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva de pensar problemas
com significados histórico e social para os educandos, e serão estudados e analisados
com auxilio de fragmentos de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o
educando possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, ressignificar e criar
conceitos.
Por isso é importante não fazer apenas uma leitura histórica dos textos
filosóficos, o que seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a
atividade filosófica. Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar
numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação da aula de
Filosofia. Eles são importantes na medida em que atualizam o problema filosófico a ser
tratado com os educandos.
O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar para o educando da
EJA, a experiência do “específico” da atividade filosófica. Este exercício poderá se
manifestar em cada aula refazendo o percurso filosófico. O educador organiza a aula
propondo problematizações, leituras filosóficas e análises de textos; organiza debates,
Page 114
propõe pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.
O ensino de Filosofia na EJA possui uma especificidade que se concretiza
na relação com o educando com os problemas suscitados, com a busca de soluções nos
textos filosóficos por meio do diálogo investigativo.
Objetivos Gerais da Disciplina
A disciplina deve propiciar a adoção de parâmetros filosóficos para o jovem
criar conceitos que deem conta dos problemas relacionados a eles próprios e ao mundo
de forma original e autônoma. Acreditamos que em textos com cuja linguagem este
jovem não se identifica, é possível que este mesmo jovem não possa sentir-se motivado
à leitura da Filosofia e deixar de ser ‘original’ e ‘autônomo’ em suas inquietações frente
ao seu mundo contemporâneo. Nesses termos, acreditamos, que a adoção de uma
linguagem filosófica mais acessível aos jovens, e inserida num gênero textual mais
atraente a esta faixa etária, poderá tornar o estudo da Filosofia também mais atraente.
FILOSOFIA
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Encaminhamentos Metodológicos
Mito e Filosofia
- O nascimento da Filosofia;
- A vida cotidiana na
sociedade grega;
- O mito a origem de todas as
coisas;
- Mito e razão filosófica;
- Senso comum e
conhecimento filosófico;
-Senso comum, conhecimento
filosófico e conhecimento
científico;
- Ciência e senso comum.
Na EJA, o trabalho pedagógico
com os conteúdos específicos da
Filosofia constitui-se em quatro
momentos: a sensibilização; a
problematização; a investigação; e a
criação de conceitos.
Em sala de aula, o início do
conteúdo pode ser facilitado pela
exibição de um filme ou de uma
imagem; da leitura de um texto
jornalístico ou literário; da audição de
uma música; ou tantas outras
possibilidades (atividades
geralmente conduzidas, pelo
educador, com o objetivo de Teoria do
Conhecimento
- O problema do
conhecimento;
- Fundamentos do
Page 115
conhecimento;
- Filosofia e método;
- Racionalismo;
- Empirismo;
- Ceticismo.
investigar e mobilizar possíveis
relações entre o cotidiano do
educando e o conteúdo filosófico a
ser desenvolvido) damos o nome a
essa etapa de sensibilização.
Após a sensibilização, inicia-se
o trabalho propriamente filosófico – a
problematização, a investigação e a
criação de conceitos. Não significa
dizer que a sensibilização não possa
ocorrer diretamente a partir do
conteúdo problematizado.
A problematização seria o
segundo momento, quando o
educador e educando levantam
questões, identificam problemas e
problematizam o conteúdo. Ë
importante ressaltar que o recurso
utilizado para a sensibilização seja o
filme, a música, ou o texto, filosófico
ou não, podem ser retomados a
qualquer momento no trabalho em
sala.
Problematizando, o educador
convida o educando da EJA a
investigar o problema em questão,
isto se dá por meio do diálogo
investigativo. O diálogo investigativo
a partir do texto e com o texto é o
primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica em sala de
aula. Recorrendo à história da
Filosofia e aos clássicos, o educando
defronta-se com as diferentes
maneiras de enfrentar o problema e
Ética
- Ética e moral;
- Concepções éticas;
- O que é liberdade?
- Liberdade e autonomia;
- Liberdade e determinismo;
- Sociabilidade e
reconhecimento;
- Autoridade e autoritarismo;
- Responsabilidade e
liberdade;
- Questões de gênero;
- Diversidade e sociedade.
Filosofia Política
- O preconceito contra política;
- Os Gregos e a invenção da
Política;
- Nascimento da democracia;
- Ética e Política;
- Concepção liberal e Política;
- Crítica de Marx ao
liberalismo.
- Essência da política;
- Política e poder;
- Política e violência;
- Política e liberdade subjetiva;
- Política e sociabilidade;
- Formas de governo;
- Liberdade Política;
-Crise da política
contemporânea;
Page 116
- A função do político na
contemporaneidade.
com as possíveis soluções que já
foram elaboradas, que não obstante,
podem não resolver o problema, mas
orientar a discussão.
A aula de Filosofia na EJA deve
estar na perspectiva de quem
dialoga com a vida, por isso, é
importante que a busca de resolução
do problema se preocupe também
com uma análise atual, fazendo uma
abordagem contemporânea que
remeta o educando a sua própria
realidade. Desta forma, partindo de
problemas atuais, estudados a partir
da história da filosofia, do estudo dos
textos clássicos, da abordagem
realizada por outras ciências, e de
sua abordagem contemporânea, o
educando da EJA pode formular
seus conceitos e construir seu
discurso filosófico. Portanto, o texto
filosófico que ajudou os filósofos do
passado a entender e analisar
filosoficamente o problema em
questão deve ser trazido para o
presente. O contemporâneo, no
sentido de fazer entender o que
ocorre hoje e como o educando
pode, a partir da história da filosofia,
entender os problemas da nossa
sociedade.
Após esse exercício, o
educando terá condições de
perceber o que está implícito nas
ideias e de com elas se tornam
Filosofia da
Ciência
- O que é Ciência;
- Revoluções científicas e
progresso da ciência;
- As consequências sociais e
políticas da ciência;
- Bioética: geral, especial e
clínica;
- Tendências da Bioética;
- Bioética e Aborto;
- Bioética e experiência
Genética.
Estética
- Pensar a beleza;
- Estética ou Filosofia da Arte?
- Concepções de estética;
- Concepções de Arte;
- Arte como conhecimento;
- Necessidade ou finalidade da
Arte;
- Arte e Política;
Arte e movimento: cinema,
teatro e dança;
Perspectivas contemporâneas:
Arte conceitual e suas
perspectivas
Page 117
Diversidade Sexual /
Sexualidade Humana
Educação Ambiental
Educação Fiscal
Enfrentamento à violência
contra a criança e ao
adolescente
conhecimentos e por vezes
ideologias, criando assim a
possibilidade de argumentar
filosoficamente, por meio de
raciocínios lógicos um pensar
coerente e crítico.
É imprescindível que a aula de
Filosofia seja permeada por
atividades individuais e coletivas,
que organizem e orientem o debate
filosófico, dando um caráter dinâmico
e investigativo ao ato de filosofar.
Palestra com pessoa habilitada da
Secretaria Municipal de Saúde.
Discussão com os alunos sobre a
importância do campo e a
preservação ambiental para a
continuidade da raça humana no
mundo.
Informar através de panfletos e
pequenos textos a necessidade de
economizar, bem como o uso
consciente de impostos, pelo
governo.
Apresentar as leis que regem o
Estatuto da Criança e do
Adolescente e discussão sobre a
mesma.
Page 118
Prevenção ao uso indevido de
drogas
História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena
Uso de textos do programa 'Amor
Exigente' para tratar do tema.
Utilização do Filme: A Missão, para
que possam perceber a influência
dos jesuítas na educação brasileira e
como o indígena era visto pelos
mesmos.
Avaliação
Para Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática,
como discussão com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu
sentido na experiência do pensamento filosófico.
Entendemos por experiência esse conhecimento inusitado que o educador
pode propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto e não tem
finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da
ação no processo de ensino-aprendizagem, pela qualidade com que educadores,
educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não resumir-se-á a
perceber quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na história da Filosofia, do
texto ou dos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou
daquele tema.
Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do
educando, mesmo que não concorde com ela, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas
e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do educando da EJA
trabalhar e criar conceitos sob os seguintes pressupostos:
Page 119
• Qual conceito trabalhou e criou/recriou;
• Qual discurso tinha antes;
• Qual discurso tem após o estudo da Filosofia.
A avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que
o educando pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível
entender a avaliação como um processo, não como um momento separado, visto em si
mesma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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experiência filosófica. CEDES. Campinas. n. 64, 2004.
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São
Paulo: Martins Fontes, 1990.
BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In NOVAES, Adauto. Ëtica. São Paulo: Companhia
das Letras, 1997.
CHAUI, M. O retorno do teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.). Retorno ao
republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986,
v.1.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed.34, 1992. 288p.
(coleção Trans).
GALLINA, S. O ensino da Filosofia e a criação de conceitos. CEDES. Campinas, n. 2004.
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
HORN, G. B. Por uma mediação praxiológica do saber filosófico no ensino médio: análise
e proposição a partir da experiência paranaense. Tese (Doutorado, FEUSP). São Paulo,
2002.
LANGON, M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.;
DANELON, M. (org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes,2003.
LEPOLDO E SILVA, F. Por que Filosofia no segundo grau. Revista estudos avançados, v.
6, n. 14, 1992.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In:
FÁVERO, A; KOHAN, W. O.; RAUBER, J. J. Um olhar sobre o ensino de Filosofia. Ijuí:
Ed. Da Unijuí, 2002.
Page 120
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de
Filosofia no 2º grau. Curitiba, 1994.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. São Paulo: Ed. 34, 2005.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo: Paulus,
2003.
RIBEIRO, R. J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo, 06 mar.. 2005.
RUSSELL, B. Os problemas da filosofia. Coimbra: Almedina, 2001.
SEVERINO, A. J. In: GALLO, S.; DANELON, M.; CORNELLI, G. (orgs.). Ensino de
filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
WOLFF, F. A invenção da política, In: NOVAES, A. (org.) A crise do estado nação. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
10.11 – SOCIOLOGIA
Apresentação da Disciplina
Historicamente, a sociedade tem assumido, características capitalistas e a
busca da compreensão destas, entre outras coisas, tem sido a preocupação da Sociologia
para sua consolidação como ciência.
O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas
mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos buscassem
explicações para os fenômenos sociais com os quais conviviam.
As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas
pela experiência da Modernidade que propõe, entre outras coisas, a utilização da razão
como formatadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais cotidianas foram
transformadas neste processo.
O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais e de
trabalho, traz em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de respostas.
Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas questões
através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes
olhares e posicionamentos políticos.
Com Augusto Comte (1798-1857) surge o termo Sociologia, este autor
buscar criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a
ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria
Page 121
ao progresso.
Émile Durkheim (1858-1917) irá utilizar-se de conceitos de Comte na
elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as relações
sociais. Para Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o compõe, então, a
mesma só faz sentido se: ” compreendida como um conjunto cuja existência própria,
independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma
coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades porque, de alguma forma ela não
“cabe” na sua totalidade, na mente de cada indivíduo” (SEED, 2006, p.21). Sendo assim,
a precedência da sociedade sobre os indivíduos faz com que a cooperação seja
necessária à organização social. Tal cooperação só pode existir no consenso, daí caber à
educação papel fundamental neste processo.
Em Max Weber (1864-1920) a orientação vai num outro sentido, para ele o
indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva que vai
buscar entender a sociedade partindo da compreensão das ações individuais. Para ele
“compreender a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela racionalidade dos
sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens que se relacionam
uns com os outros, de acordo com um cálculo e uma finalidade que tem por base as
regras”.(SEED, 2006, p.22).
A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da racionalidade,
rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel de “(...) prover os sujeitos
de conteúdos especializados, eruditos, e de disposições que os predisponham a ter
condições – conduta de vida e conhecimento especializados – necessárias para realizar
suas funções de perito na burocracia profissional” (SEED, 2006, p22).
Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx
(1818-1883). Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma
ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades. Buscando
compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua transformação,
Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das relações sociais
apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes, enunciou “(...) como
lei de validade geral - que a história das sociedades é movida pela luta entre as classes
sociais. (SEED, 2006, p.21). Ainda de acordo com o autor, a educação é um mecanismo
que, conforme seu conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o homem.
Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem
sido a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os
mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados ou
Page 122
não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade,
possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre a realidade que
os cercam.
É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na
Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a
formação humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia contribuirá no desempenho de
tal tarefa, na medida em que propicia aos educandos a possibilidade de uma maior
compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Construção da cidadania por meio da formação dos cidadãos.
- Preparação básica para o trabalho por meio do entendimento das novas formas de
organização do trabalho e da produção em tempos de globalização.
- Promoção de uma compreensão sociológica da realidade na qual estamos inseridos
especialmente pelo desenvolvimento de seu modo específico de pensar – constituem a
preocupação fundamental que deve nortear o ensino da sociologia e justificar a sua
inclusão na grade curricular do Ensino Médio.
Encaminhamentos Metodológicos
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos que devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de
músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a
relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente
novos saberes.
É necessário utilizar um método pelo qual os alunos possam se expressar e
desenvolver a sensibilidade, a intuição, através de diálogos, reflexões, debates, relatos,
entrevistas, questionamentos, análises de textos, pesquisas em livros, revistas e
pesquisa de campo. Através destas práticas, utilizar recursos audiovisuais,
especialmente vídeos, filmes e documentários.
Avaliação
A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um
processo de técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos
utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no
Page 123
desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva
marcada pela autonomia do educando.
Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as
próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em
debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa
bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva,
ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo educando.
SOCIOLOGIA
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
O surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas.
-Modernidade(Renascimento; Reforma Protestante;
Iluminismo; Revolução Francesa e Revolução Industrial).
- Desenvolvimento das Ciências;
- Senso comum e Conhecimento científico;
- Teóricos da sociologia: Comte, Durkheim, Weber,
Engels e Marx;
- Produção Sociológica Brasileira.
O processo de socialização
e as instituições sociais.
- Instituições familiares;
- Instituições escolares;
- Instituições religiosas;
- Instituições políticas, dentre outras.
Cultura
e
Indústria Cultural.
- Conceitos antropológicos de cultura;
- Diversidade cultural;
- Relativismo;
- Etnocentrismo;
- Identidade;
- Sociedade de consumo;
- Cultura de massa – cultura erudita e cultura popular;
- Questões de gênero e outras minorias.
Trabalho,
- Salário e lucro;
- Desemprego, desemprego conjuntural e desemprego
estrutural;
- Subemprego e informalidade;
- Terceirização;
Page 124
produção e
classes sociais;
- Voluntariado e cooperativismo;
- Empreendedorismo;
- Agronegócios;
- Empregabilidade e produtividade;
- Capital humano;
- Reforma trabalhista e Organização Internacional do
Trabalho;
- Economia solidária;
- Flexibilização;
-- Neoliberalismo;
- Reforma agrária;
- Reforma sindical;
- Toyotismo, Fordismo;
- Estatização e privatização;
- Parcerias público-privadas;
- Relações de mercado, entre muitos outros.
Poder, política e
ideologia
- Estado Moderno;
- Tipos de Estados;
- Conceito de poder;
- Conceito de dominação;
- Conceito de Política;
- Conceito de ideologia.
Direitos, cidadania e
movimentos sociais.
- Conceito moderno de direito;
- Conceito de movimento social;
- Cidadania;
- Movimentos sociais urbanos;
- Movimentos sociais rurais;
- Movimentos sociais conservadores.
- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena:
palestra com pessoa habilitada no assunto sobre a
Missão Jesuítica na cidade de Cambé.
- Prevenção ao uso indevido de droga: vídeo sobre o
Crack e trabalho em sala de aula sobre o mesmo.
- Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: Palestra
com Profissional da Saúde, agendada pela equipe
Page 125
pedagógica.
- Educação Ambiental: História da Educação Ambiental
no Brasil
Trabalho de Campo: Parque Municipal do Zezão
Leis vigentes sobe Educação Ambiental
Palestra: Reaproveitamento de Alimentos – APMI de
Cambé
- Educação Fiscal: Texto: História Econômica do Brasil
Planos Econômicos no Brasil década de 90
Planejamento Econômico Familiar.
- Enfrentamento a violência com a criança e os
adolescentes: Estudo sobre o Estatuto da Criança e
Adolescentes/ECA. Convite aos Membros do Conselho
Tutelar de Cambé (funcionamento do Conselho, membros
e relatos das atividades).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.
ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo:
Expressão popular, 2004.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia:pequena introdução ao estudo da sociologia geral.
São Paulo: Duas Cidades, 1973.
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Paz e Terra, 1990.
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Vozes, 1981.
COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
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DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
Page 126
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, A . Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.
GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores
sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná - Sociologia. Curitiba, 2008.
MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
10.12 – QUÍMICA
Apresentação da Disciplina
A química representa uma parte importante entre todas as outras ciências
naturais, básicas e aplicadas. O crescimento e o metabolismo das plantas , a formação
das roxas ígneas , o papel desempenhado pelo ozônio na atmosfera superior, a
degradação dos poluentes ambientais, as propriedades do solo lunar, a ação medicinal de
drogas: nada disto pode ser compreendido sem o conhecimento e as perspectivas
fornecidas pela Química.
De fato, as pessoas estudam Química a fim de poderem aplicá-la nas áreas
particulares de interesse, aprendendo mais sobre o mundo físico e o comportamento da
matéria, a partir de um ponto de vista químico. Alguns apreciam “o que os químicos
fazem” e assim, decidem fazer o mesmo.
A Química é uma das ciências que mais tem contribuído para a vida que
temos atualmente. Ela é, pois, a ciência que esta mais diretamente relacionada ao nosso
dia a dia, permeando de forma fascinante e central a nossa vida cotidiana, contribuindo
decisivamente para a melhoria da qualidade de vida de todos, de tal forma que tudo ao
nosso redor pode ser considerado um produto da Química: o papel em que desenhamos
Page 127
os alimentos que ingerimos, os lápis e as canetas com que escrevemos, os automóveis
em que andamos e tantos outros.
Pode-se dizer que o mundo gira devido à Química e são muito vastos os
domínios de aplicação desta ciência: na medicina, na indústria, na agricultura e até
mesmo na criminalística, com a utilização de processos químicos, para a obtenção de
provas.
No entanto, o desenvolvimento tecnológico não nos tem trazido só bem estar
e conforto, pois os riscos estarão sempre presente. Para exemplificar isso, basta
pensarmos na poluição das águas que bebemos, do ar que respiramos e do solo de onde
provém a nossa alimentação; no lixo que produzimos, algum do qual não é biodegradável;
na destruição da camada de ozônio, originada pelo abuso de aerosois e outras
substâncias; nos desastres ecológicos que tem acontecido; e tantos outros problemas.
O desenvolvimento até agora tem crescido muito e com ele, a consequente
degradação ambiental, mas o homem criou já um grande número de regras que devem
ser cumpridas para que o controle seja possível.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Perceber que a Química está sempre em seu dia a dia.
- Entender que a Química é uma ciência que estuda os materiais e os processos pelos
quais eles são retirados da natureza e / ou são obtidos pelos seres humanos.
- Entender a diferença do aspecto macroscópio e microscópio da matéria.
- Perceber e classificar fenômenos químicos e físicos presentes em seu dia a dia.
- Perceber que o principal “laboratório” especializado em transformações é a própria
natureza.
- Perceber que a ciência está em constante evolução.
− Compreenda códigos, símbolos próprios da química.
−
QUÍMICA
Page 128
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Encaminhamentos
Metodológicos
Matéria e sua
natureza
- Estrutura da matéria, substâncias,
fenômenos químicos e físicos.
- Estrutura atômica, distribuição
eletrônica.
- Tabela periódica.
- Ligações químicas.
A metodologia utilizada para
o ensino de química tem a
proposta de incorporar
elementos importantes do
cotidiano, elementos de
experiência de vida dos
alunos como ponto de
partida para o processo de
aprendizado, provendo
professores e alunos de
condições para desenvolver
uma visão atualizada do
nosso mundo por meio dos
conhecimentos científicos.
Deve também levar
em consideração que os
estudantes quando chegam
à escola não estão
totalmente desprovidos de
conhecimentos, na verdade
eles possuem uma
concepção espontânea
sobre os conceitos que
adquirem no seu dia-a-dia,
na interação com os
diversos objetos no seu
espaço de convivência, na
escola e que devem se fazer
presentes no momento em
que se inicia o processo de
Química sintética
- Química do carbono.
- Hidrocarbonetos.
- Funções oxigenadas.
- Funções nitrogenadas.
- Isomeria.
Matéria e sua
natureza
- Funções químicas: ácidos, bases,
sais e óxidos.
- Reações químicas.
Biogeoquímica - Grandezas químicas.
- Concentração de soluções.
Page 129
ensino/aprendizagem.
O programa será
desenvolvido de maneira
prática e atual, utilizando-se
os recursos disponíveis na
escola, tais como: livros
didáticos, retroprojetor, para
apresentação de
transparências, esquemas e
gráficos, e outros que
poderão auxiliar o aluno
numa interpretação precisa.
Será trabalhada durante as
aulas de Química Orgânica,
através do estudo dos
esteroides estrógeno e
progestágenos, suas
fórmulas químicas e como
agem no organismo como
anticonceptivos. Haverá a
comparação de como as
índias evitavam a
concepção utilizando
compostos naturais, se hoje
em dia esses compostos
ainda são utilizados e como
essas substâncias são
tratadas neste povo.
Serão abordados em
Química Orgânica, através
Matéria e sua
natureza
- Eletroquímica
- Radioatividade.
Biogeoquímica
- Termoquímica.
- Cinética química.
- Equilíbrio químico.
Diversidade sexual / sexualidade
humana
Page 130
A prevenção ao uso indevido de
drogas e o enfrentamento a violência
contra a criança e o adolescente
Educação Ambiental
do estudo das fórmulas das
drogas ilícitas como:
cocaína, anfetaminas,
ecstasys, crack, heroína,
assim como drogas licitas:
álcool, tabaco, nicotina.
Estudando seus efeitos e
como são absorvidos pelo
organismo, após o estudo
dos efeitos e como agem
essas drogas no organismo
será discutido com os
alunos se uma causa maior
do crescimento da violência
pode ou não estar ligada ao
uso indevido das drogas.
Onde os alunos colherão
amostras de solo para
analise laboratorial, os
próprios farão a correção do
solo para estarem
aprendendo a fazer o cultivo
nesse solo e descobrindo
assim os íons, sais minerais,
ácidos, que podemos
encontrar no solo e como
estes podem ser absorvidos
pelas plantas.
Durante as explicações da
Lei de Proust onde verificou
que as massas dos
Page 131
Educação Fiscal
História e Cultura Afro-Brasileira
Africana e Indígena
reagentes e as massas dos
produtos que participam da
reação obedecem sempre a
uma proporção constante.
Essa proporção é
característica de cada
reação, isto é, independente
da quantidade de reagentes
utilizados. Será abordado
que vários reagentes só são
adquiridos quando a
empresa possui CNPJ e
muitos produtos só podem
ser vendidos se possuírem o
registro do CRQ de um
Químico.
Através de estudos de
pigmentação de pele,
costumes alimentares,
bebidas, tintas, seus
remédios, cultivo de solo,
como cada um desses
povos contribuíram para que
a química pudesse evoluir
no campo das industrias e
da agricultura.
Na abordagem
conceitual do conteúdo
químico, considera-se que a
experimentação favorece a
apropriação efetiva do
conceito e ”o importante é a
reflexão advinda das
situações nas quais o
Page 132
professor integra o trabalho
prático na sua
argumentação” (AXT, 1991,
p.81). Na proposta de AXT,
a experimentação deve ser
uma forma de problematizar
a construção dos conceitos
químicos, sendo ponto de
partida para que os alunos
construam sua própria
explicação das situações
observadas por meio da
prática experimental.
Além do
experimento, o professor
poderá utilizar inúmeras
estratégias para encaminhar
o processo pelo qual os
estudantes constroem uma
aprendizagem significativa
nas aulas de Química , tais
como: filme, vídeos, passa
tempos, textos e
reportagens, jogos, entre
outros.
Os conteúdos
da disciplina serão
desenvolvidos de maneira
prática e atual, utilizando-se
dos recursos disponíveis na
escola, tais como: livros
didáticos, retroprojetor, para
apresentação de
transparências, esquemas e
Page 133
gráficos, TV multimídia e
outros que poderão auxiliar
o aluno numa interpretação
precisa.
Avaliação
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse tipo de avaliação leva em conta o
conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas concepções espontâneas, além de
orientar e facilitar a aprendizagem.
Por isso, devemos avaliar, por meio não só de provas, mas também por
outras formas de expressão tais como: leitura, interpretação de textos, produção de
textos, interpretação de tabelas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de
laboratório, apresentação de seminários, participação, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2002.
SARDELLA, A. Curso Completo de Química. 2ª edição. São Paulo: Editora Ática. 1999.
FONSECA, M. R. M. Interatividade Química: cidadania, participação e transformação. 1ª
edição. São Paulo: FTD. 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná - Química. Curitiba, 2008.
10.13 – FÍSICA
Apresentação da Disciplina
O ensino de Física realiza-se, em geral, mediante a apresentação
desarticulada e descontextualizada de conceitos, leis e fórmulas, esse modelo de ensino
prioriza a teoria e a abstração.
O conhecimento físico, geralmente, concebe-se na ideia de que o aluno
adquira conhecimento cientifico. O conhecimento da Física deve, necessariamente,
começar pela pergunta, pela inquietação, pela existência de problemas e pela
Page 134
curiosidade. Muitas dessas perguntas partem de situações concretas da vida e do
cotidiano, ou seja, já têm significado para o aluno.
Na maioria das vezes, a compreensão da realidade a partir da teoria
científica implica, para o aluno, uma mudança na maneira de olhar determinado
fenômeno. Assim, as situações de aprendizagem devem permitir, em primeiro lugar, que o
aluno explicite suas ideias sobre os assuntos em estudo e, posteriormente, devem
apresentar problemas que não sejam resolvidos pelas ideias dos alunos. A percepção de
que suas justificativas sobre um fenômeno não explicam todas as questões relativas a
este leva o aluno a uma postura de investigações da realidade, permitindo-lhe avaliar
suas concepções frente às teorias cientificas.
Dessa forma, o ensino de Física deve promover o livre diálogo entre as
ideias científicas e as ideias dos alunos.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Espera-se que a disciplina contribua para a reconstrução do conhecimento
historicamente produzido, condição para que esse conhecimento se transforme em
ferramenta e subsidie os sujeitos em formação, como ser humano e futuro profissional de
uma sociedade em processo de globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e
inteirado com a sociedade, com as tecnologias a sua volta e que o mesmo interage, a
partir de uma leitura de mundo com as ferramentas científicas.
- Deseja-se que esses sujeitos compreendam a ciência como uma visão abstrata da
realidade, que no caso da Física se apresenta sob a forma de definições, conceitos,
princípios, leis e teorias, os quais são submetidos a rigorosos processos de validação.
Encaminhamentos Metodológicos
- Leituras
- Pesquisas
- Aulas expositivas, apresentando problemas de cotidiano a serem relacionados com o
conteúdo a ser desenvolvido;
- Leitura e interpretação de textos científicos relacionados à Física;
- Uso de vídeos didáticos, com posterior debate;
- Uso de recursos tecnológicos disponíveis
Avaliação
A avaliação servirá como diagnóstico do processo ensino-aprendizagem e
Page 135
será realizada através de observações e anotações contínuas de todas as atividades
desenvolvidas em sala de aula, pesquisas bibliográficas propostas pelo professor para
crescimento do aluno em relação a determinado conteúdo, produção e interpretação de
textos, apresentação de relatórios, resoluções de problemas, trabalho escrito referente a
assuntos trabalhados pelo professor, testes escritos de múltipla escolha e provas escritas.
FÍSICA
Conteúdos EstruturantesConteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosConteúdos Básicos
Movimento
1. Introdução à Física
2. Cinemática Escalar
- Espaço
- Deslocamento
- Velocidade
- Aceleração
- Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: será
explicado a diferença entre as velocidades dos
espermatozoides responsáveis pelo sexo masculino
e feminino.
3. Tipos de Movimento
- Movimento Uniforme
- Movimento uniformemente variado
4. Dinâmica
- Força
- Força resultante
- Leis de Newton
- Força de atrito
1. Termometria
- Conceito de temperatura
- Calor
- Equilíbrio Térmico
- Termômetro
- Escalas termométricas
- Relação entre as escalas
Page 136
Termodinâmica
2. Dilatação Térmica
- Dilatação linear
- Dilatação superficial
- Dilatação volumétrica
- Dilatação dos líquidos
3. Calorimetria
- Calor sensível e latente
- Calor específico
- Equação fundamental da calorimetria
- Fases da matéria
- Tipos de vaporização
- Transmissão de calor
4. Estudo dos gases
5-Educação Ambiental: através da consciência
sustentável, afim de diminuir os efeitos do
aquecimento global.
5- Prevenção ao uso indevido de drogas: por meio
da explicação de como as drogas afetam a
coordenação psicomotora, retardando o tempo de
resposta dos pés e mãos no trânsito e será abordado
na Dinâmica.
Óptica
1. Conceitos
- Velocidade da luz
2. Princípios da óptica geométrica
3. Reflexão da luz
- Leis da reflexão
- Formação de imagens
- Associação de espelhos
- Cor de um corpo
4. Espelhos esféricos
- Construção de imagens
5. Refração da luz
-Leis da refração
6- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena: serão abordados na Acústica, Óptica e
Page 137
Dinâmica, através do entendimento de como
funcionam os instrumentos musicais africanos e
indígenas e suas ferramentas de caça e pesca.
Ondulatória
1. Ondas
- Introdução
- Ondas periódicas
2. Ondas sonoras
- Fenômenos sonoros
Eletromagnetismo
1. Eletrostática
- Primeiros conceitos
- Eletrização de um corpo
- Processos de eletrização
2. Força elétrica
- Lei de Coulomb
3. Campo elétrico
- Vetor campo elétrico
- Campo elétrico de uma carga puntiforme
4. Trabalho e potencial elétrico
- Trabalho da força elétrica
- Energia potencial elétrica
- Potencial elétrico
5. Corrente elétrica
6. Estudo dos resistores
- Associação dos resistores
7 – Enfrentamento à Violência Contra a Criança e
ao Adolescente: palestras com profissional
habilitado..
8- Educação Fiscal: palestras, pesquisas, etc.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Física. Curitiba: SEED, 2008.
Page 138
10.14 – BIOLOGIA
Apresentação da Disciplina
O ensino de Biologia tem o papel de colaborar com a compreensão do mundo,
suas transformações e avanços tecnológicos do homem como indivíduo participativo e
integrante do Universo. Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia não
são o resultado apenas da contemplação da natureza, mas sim modelos teóricos
elaborados pelo homem, representando o seu esforço para entender, explicar, utilizar e
manipular os recursos naturais.
A Biologia como fazer humano, resultado da organização da conjunção de
fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos é uma realidade
em constante construção; é dinâmica e pode ser concebida como processo de recriação
de uma nova realidade.
Para o aprendizado em Biologia é salutar a aplicação de metodologias que
envolvam a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, tendo como pano
de fundo a articulação histórico-filosófico.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Ensinar conceitos científicos importantes para o entendimento da vida;
- Conhecer as características do meio ambiente e sua importância para a manutenção da
vida na Terra;
- Oferecer noções de higiene para possibilitar uma vida com mais qualidade;
- Ampliar o conhecimento sobre o funcionamento do corpo humano;
- Proporcionar o debate crítico sobre teorias científicas atuais;
- Oferecer informações básicas sobre as doenças, suas formas de contágio, sintomas e
procedimentos de tratamento e cura;
− Na área de saúde, trabalhar com os temas relacionados à alimentação saudável e
as consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas;
- Conscientizar sobre a importância do desenvolvimento sustentável para a
manutenção saudável do planeta Terra.
−
BIOLOGIA
Page 139
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdo Básico
Organização dos
Seres Vivos
Classificação dos seres vivos (Taxonomia);
Critérios taxonômicos e árvores filogenéticas;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Biodiversidade
- Origem e evolução da vida (Principais teorias)-Origem das
espécies - especiação;
- Genética (Características Hereditárias, Leis de Mendel, Alelos
Múltiplos, Herança Quantitativa, Interação Gênica
Mutação);
- Introdução a ecologia (significado dos termos utilizados em
ecologia);
- Biomas terrestres (Florestas Tropicais, Florestas
Temperadas, Taiga, Tundra, Desertos, Savanas) e aquáticos
(marinho e límnico);
- Ecossistemas;
- Interações Ecológicas;
- Ciclos biogeoquímicos (água, carbono, nitrogênio, Fósforo,
Cálcio);
- Desequilíbrio ambiental urbano e rural (impacto do
desenvolvimento humano sobre o meio ambiente).
Mecanismos
Biológicos
- Desenvolvimento Embriológico (Zigoto, Mórula, Blástula,
Gástrula, Nêurula);
-Fisiologia celular (mecanismos biofísicos e bioquímicos).
Manipulação
Genética
- Genética e Biotecnologia (Material Genético, Genoma,
Manipulação Genética e Transgênicos.
- História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena:
pesquisas, seminários, leitura das Leis 10.639/2003 e Lei
11.645/2008, etc.
- Educação Fiscal: atividades de pesquisa sobre o assunto.
- Diversidade Sexual/ Sexualidade Humana: palestras com
Page 140
profissionais habilitados pela Secretaria Municipal de Saúde.
- Educação Ambiental: leitura e pesquisa de textos sobre a
fauna e a flora.
-Enfrentamento à Violência contra a Criança e ao Adolescente:
leitura de textos para debates, etc.
- Prevenção ao uso indevido de drogas: os efeitos das drogas
lícitas e ilícitas no ser humano.Encaminhamentos Metodológicos
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar
conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e
cultural.
Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na
construção a partir da práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de
volta para os currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se retome
a história da produção do conhecimento científico.
As explicações para o surgimento e a diversidade da vida levam à
proposição de conhecimentos científicos, os quais conviveram e convivem com outros
sistemas explicativos, tais como: teológicos, filosóficos e artísticos.
Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias primeiras do
aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos
conceitos científicos que levam à compreensão do conceito VIDA.
Recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é favorecer o debate
em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a formação de um sujeito
investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade. Aulas
expositivas.
Avaliação
Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os professores se
envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um instrumento de
aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Ao considerar o professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o
foco da pergunta muda de “merece uma valorização positiva e quem não“ para ”que
auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados desejados”.
Page 141
Além incentivar a reflexão, por parte do professor, sobre sua própria prática Nestas
Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológico garantam uma abordagem
crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o
processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.
Pressupõe- se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a avaliação
como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos”. Serão dadas atividades para avaliação tais como: questões
objetivas, subjetivas, relatórios, trabalhos em grupo, seminários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo:
EDUC, 1988.
ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em aberto, Brasília, n. 40, out/dez.
1988.
ASTOLFI, J. P. & DEVELAY, M. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1991.
BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações
Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. p. 148-149.
DEMARCHI D’AGOSTINI, L. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.
Resumo, 2000. Disponível em: http://www.virtual.udesc.br/Midiateca/Publicacoes/
tutor_01.htm, acesso em 15/05/2006.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar. São Paulo:
EDUSP, 1980.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Reestruturação do Ensino de 2o grau. Proposta de conteúdos do Ensino de 2o grau –
Biologia. Curitiba, 1993.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Biologia, Curitiba, 2008.
Page 142
10.15 – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
Apresentação da Disciplina
A língua estrangeira moderna está cada vez mais presente em nosso
cotidiano e vem se mostrando como importante meio de comunicação no mundo
globalizado em que vivemos, tendo como objetivo permitir ao aluno conhecer, confrontar
conhecimentos e culturas diferentes, favorecendo sua percepção enquanto sujeito
histórico e socialmente constituído, por isso faz-se necessário trabalhar a LEM enquanto
discurso.
Esta concepção é a mais atual, pois o ensino da língua estrangeira tem
percorrido um longo caminho. Desde o seu inicio com os padres jesuítas até o momento a
LEM sofreu mudanças significativas e a partir de 1996 passa a ser obrigatório desde a 5
série a sua inclusão no currículo.
A LEM possibilita novas formas de conhecer, transformar e construir os sig-
nificados, funcionando como instrumento de inclusão e interação social expandindo as ca-
pacidades interpretativas e cognitivas, oportunizando aos educandos a vivência crítica da
cultura do outro ao mesmo tempo em que valoriza a sua própria cultura.
Objetivos Gerais da Disciplina
- Desenvolver a possibilidade de compreender e expressar, oralmente e por escrito, opini -
ões, valores, sentimentos e informações.
- Entender a comunicação como troca de ideias e de valores culturais.
- Comparar suas experiências de vida com as de outros povos.
- Identificar o universo que o cerca, percebendo-se como parte integrante de um mundo
plurilíngue.
-Vivenciar uma experiência de comunicação humana no que se refere a novas maneiras
de se expressar e ver o mundo, possibilitando maior entendimento de seu próprio papel
como cidadão do país e do mundo em que vivem.
- Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas, lhes possibilitam o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.
- Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e quando
utilizar a linguagem nas situações de comunicação.
- Adquirir consciência linguística e crítica dos usos que se faz da Língua estrangeira mo-
derna que se está aprendendo.
- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a também como
Page 143
meio de acesso ao mundo do trabalho e estudos avançados.
- Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.
Encaminhamentos Metodológicos
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa partir do enten-
dimento do papel das línguas nas sociedades e como possibilidade de conhecer, expres-
sar e transformar modo de entender o mundo e de construir significados, assim é preciso
considerar o trabalho com textos em contexto de seu uso, valorizando o conhecimento de
mundo e as experiências dos alunos por meio de discussões referentes aos temas abor-
dados, explorando pressupostos, formulando hipóteses com os mesmos.
Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento as demais
no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, pode haver uma intera-
ção da linguagem escrita, visual e oral.
É preciso então, considerar que os textos a serem trabalhados devem pro-
mover a construção dos significados nas práticas socioculturais, assim durante as aulas
será possível fazer discussões orais sobre a compreensão, bem como produzir textos ora-
is, escritos ou visuais a partir do texto lido integrando todas as práticas discursivas neste
processo.
Sendo assim, a importância e utilização dos recursos tecnológicos na insti-
tuição fazem-se necessário para auxiliar o trabalho pedagógico e ajudar os alunos no pro-
cesso de inferência sobre os temas estudados.
Alguns recursos que poderão ser usados são:
− Leitura (individual e grupo);
− Exercícios de fixação (orais e escritos);
− Consulta em dicionário;
− Diálogos;
− Discussão e interpretação de textos;
− Aulas expositivas;
− Músicas;
− Uso de CDs;
− Pesquisas;
− Jogos;
− Ditados e cópias;
− Apresentação de trabalhos em grupos;
Page 144
− Dramatizações;
Avaliação
De acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, a avaliação deve ser continua e cumulativa cujos aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos, considerando as diferentes naturezas da avaliação
(diagnostica, somativa e formativa) que se articulam com os objetivos específicos e
conteúdos definidos nas escolas, respeitando as diferenças individuais e escolares. A
avaliação deve parte integrante do processo de aprendizagem uma vez que servirá para
que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com
necessidades de seus alunos. Tal avaliação será realizada por meio de instrumentos
diversificados como participação individual ou em grupo; testes escritos interpretação de
texto; leitura; pesquisas e exercícios de prática oral, auditiva e escrita; relatórios de filmes,
músicas, listening, confecção de mini textos e diálogos.
Ao serem detectados problemas de aquisição dos conteúdos, deve se
proporcionar ao aluno atividades de recuperação paralela com: retomar o conteúdo
através de explicações e trabalhos em grupos; trabalhos, atividades e avaliações,
reestruturação de texto e substituição de atividades avaliativas quando necessário.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos: Oralidade; Leitura; Escrita.
Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos. Adequação do discurso ao gêne-
ro. Turnos de fala. Variações linguísticas. Pronúncia. Tema do texto. Finalidade do texto.
Recursos estilísticos. Variedade linguística. Ortografia. Funções das classes gramaticais
no texto. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Adequação da fala
ao contexto.
- Diversidade Sexual / Sexualidade Humana: palestra, leitura de textos, debates e pesqui-
sas.
- Educação Escolar Indígena: leitura de resoluções.
- Educação do Campo: leitura de textos e debates.
- Educação Ambiental: leitura de textos e discussões sobre o assunto.
- Educação Fiscal: palestra com profissional habilitado no assunto.
- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente: depoimentos, leitura do
ECA.
Page 145
- Prevenção ao uso indevido de drogas: palestra e debates, pesquisas.
- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena: filme e debate sobre o filme.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.
GIMENEZ T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: O
caso do Paraná. Signum, 1999.
11 – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E O NÃO OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no
ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº11.788, de 25 de setembro de 2008.
CEEBJA - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS PROFESSORA MARIA DO CARMO BOCATI – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Estados Unidos, nº1669 – Centro – Fone/Fax 3251-6968 – CEP: 86.181-100
Cambé / Paraná
12 – MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Professora Maria do Carmo Bocati – Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: CAMBÉ NRE: LONDRINA
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920/1932 H/A
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
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LÍNGUA PORTUGUESA 280 336
ARTE 94 112
LEM - INGLÊS 213 256
EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112
MATEMÁTICA 280 336
CIÊNCIAS NATURAIS 213 256
HISTÓRIA 213 256
GEOGRAFIA 213 256
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
Cambé, 05 de dezembro de 2011.
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CEEBJA - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS PROFESSORA MARIA DO CARMO BOCATI – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Estados Unidos, nº1669 – Centro – Fone/Fax 3251-6968 – CEP: 86.181-100.
Cambé / Paraná13 – MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Professora Maria do Carmo Bocati – Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: CAMBÉ NRE: LONDRINA
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
Língua Portuguesa e Literatura 174 208
LEM Inglês 106 128
Arte 54 64
Page 147
Filosofia 54 64
Sociologia 54 64
Educação Física 54 64
Matemática 174 208
Química 106 128
Física 106 128
Biologia 106 128
História 106 128
Geografia 106 128
Língua Espanhola* 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
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Cambé, 05 de dezembro de 2011.
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Conforme matrizes curriculares, este Estabelecimento de Ensino oferta aos educandos
matrícula por disciplina, onde o mesmo faz opção por no máximo quatro disciplinas.
14 – CALENDÁRIO ESCOLAR
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15 - EVENTOS ESCOLARES
Todos nós temos assumido compromissos e nos empenhado, para que a
educação escolar seja inclusiva, democrática e emancipadora. Com esse objetivo desen-
volvemos as seguintes atividades e ações pedagógicas junto a comunidade escolar du-
rante o ano letivo.
15.1 - Comemoração do dia das Mães e dia dos Pais: confecção de material ( cartões )
em homenagem às mães e aos pais.
15.2 - Gincana esportiva e cultural, com o objetivo de interação entre os educandos, reali-
zada ao longo do ano letivo.
15.3 - Festa Julina, tendo como atividades: danças, comidas típicas, ornamentação, com
objetivo de dar continuidade e preservar a cultura popular, sendo realizada no mês de ju-
lho.
15.4 – Dia do Estudante, tendo como atividades: apresentações de talentos da própria es-
cola (música, dança, etc.), sendo realizado no dia 11 de Agosto ou durante a semana.
15.5 - Semana da Pátria, tendo como atividades: cantar o Hino Nacional e da Indepen-
dência.
15.6 - Desfile Cívico: participar do desfile cívico em comemoração ao aniversário da cida-
de, sendo realizado em 11/10 ou em data determinada pelo município.
15.7 - Visitas a museus e passeios culturais: como forma de enriquecer os conteúdos.
15.8 - Dia Nacional da Consciência Negra e Relações Étnicorraciais, conforme Lei
10.639/2003 e 11.645/2008, sendo realizadas atividades referentes ao tema durante o
mês de novembro.
15.9 - Dia da Bandeira – 19 de novembro: Cantar o Hino à Bandeira.
16 – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
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16.1 – Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
Identificação da Equipe Multidisciplinar
CEEBJA - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
PROFESSORA MARIA DO CARMO BOCATI – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
CAMBÉ – PARANÁ - NRE: LONDRINA
NOME DOS INTEGRANTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
MARTA VIVIANI TORREZAN POMINI
GUSTAVO ADOLFO DE FREITAS FREGONEZI
LEANDRO CONFORTINI PONCE
MARCIA HELENA TREVISAN NERI
LUIS APARECIDO RONCON
FATIMA REGINA RIBEIRO CIL
Objetivos
- Desenvolver ações que positivem a presença de alunos negros, indígenas, quilombolas,
assim como a sua história, a sua cultura e a sua religiosidade.
- Refletir sobre os processos de exclusão, racismo, preconceito vivenciados por todos os
que estão sofrendo essa exclusão.
- Primar pela Formação Continuada dos docentes em relação à História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena.
- Garantir que as explanações, reflexões e orientações não sejam pontuais;
- Orientar os docentes a realimentar os planejamentos escolares com temas diversos.
Justificativa / Ações a serem desenvolvidas
A Equipe Multidisciplinar é um grupo com diferentes especializações
visando um trabalho interativo entre todos os profissionais que trabalham para alcançar
um objetivo comum com uma metodologia de ensino que privilegie a construção dos
conhecimentos como princípio educativo.
Os encontros das Equipes Multidisciplinares seguirão o cronograma enviado
pelo NRE, tendo em vista a articulação entre teoria e prática no percurso curricular de
constante realimentação dos planejamentos, considerando as necessidades de
aprendizagem por professores especialistas, através de leituras e reflexões sobre os
textos em reuniões pedagógicas, conforme calendário escolar aprovado.
A busca de flexibilidade pela equipe multidisciplinar, será buscar através de
Page 152
reflexões sobre o cotidiano escolar, quanto ao respeito, o que fazer para que a
discriminação de qualquer natureza seja abolida, já que a escola é o local pública e que a
diversidade impera ao ritmo e condições onde os alunos aprendam o que se exigirá dele.
Favorecendo a interação como ação compartilhada em que existem trocas
de conhecimento, capazes de contribuir para evitar o isolamento profissional dos
educadores e manter o processo motivador da aprendizagem através da contextualização
que é um recurso para tirar o estudante da condição de expectador passivo.
As horas atividades podem ser usadas como base sólida para a
compreensão de conceitos fundamentais voltados à área de atuação, pois, alguns dos
membros da equipe multidisciplinar estarão fora da sala de aula, podendo assim, fazer um
acompanhamento com os demais professores, fazendo uso e difusão de das tecnologias
oferecidas pela escola.
Cronograma
Os encontros estão sendo realizados de acordo com as orientações da
Coordenação de Formação Continuada – CFC, aos sábados. Além destes, são utilizadas
as reuniões pedagógicas para explanação dos temas, já que neste ano de 2011 será
trabalhado a cultura indígena no mês de novembro.
Avaliação
A Avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre durante os
encontros e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu
desenvolvimento.
A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação da Equipe, em busca de assegurar a qualidade do processo
educacional no coletivo da escola.
As avaliações podem ser objetivas e subjetivas, discussões, debates,
relatórios e seminários.
Page 153
- Referências Bibliográficas:
- Lei 10.639/2003.
- Lei 11.645/2008
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
- Resolução nº 1 de 17/06/2004 do Conselho Nacional de Educação.
- Deliberação 04/06 – CEE do Paraná.
- Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 3/2004, aprovado em 10/03/2004.
- As artes da vida do indígena brasileiro. Berta G. Ribeiro.
- www.suapesquisa.com/indios. Índios do Brasil.
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
www.acordacultura.org.br
17 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO
17.1 – Concepção de avaliação da instituição
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda
e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes
valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta
pedagógica.
A avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente ás suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude
crítico-reflexiva frente à realidade concreta
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá
orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes
princípios:
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- investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para
propor atividades e gerar novos conhecimentos;
- contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
- sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
- abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
- permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando
no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz
curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas - aula por turno, com avaliação
presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que
marcam o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como
durante o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,
participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares
propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e
avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
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17.2 – Critérios de avaliação e promoção
a) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade
educativa;
b) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por
disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros
instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito
no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota paraq fins de
promoção e certificação;
c) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados
expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
d) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero),
em cada disciplina, de acordo com a Resolução nº3794/04 – SEED e frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na
organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
e) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro
da avalição processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os
demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos
conhecimentos;
f) para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final
corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos
atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
g) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar
do educando;
h) na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de cálculo
da média final;
i) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no
Page 156
processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação
escolar, por não ser objeto de retenção;
j) o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus
limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.
17.3 – Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino
utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
17.4 – Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese
de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudo, entrevista para melhor diagnosticar o
nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de
avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
17.5 – Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,
amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por
meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e
prosseguimento de estudos.
18 – FORMA E PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO
ALUNO
Como a modalidade de ensino é diferenciada do Ensino Regular, o aluno faz
a avaliação escrita e a mesma é corrigida e discutida no ato com o aluno.
Page 157
19 – PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A escola vem procurando alternativas metodológicas diferenciadas que
ajudam o aluno a enfrentar situações novas para trabalhar os desafios contemporâneos.
Desta maneira, procuramos melhorar a autoestima do aluno, fazendo-o perceber seus
progressos e assim, sentindo-se vencedor em cada etapa.
Os conteúdos são trabalhados de maneira que os alunos possam criar,
opinar, trocar ideia, discutir, construindo assim, seu próprio conhecimento.
Todas as atividades realizadas em sala de aula ou fora dela são avaliadas
para averiguação da aprendizagem.
20 –PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada consiste em ofertar propostas voltadas para a
qualificação do docente, oportunizando momentos de atualização de sua prática
pedagógica tanto aos professores já atuantes em sala de aula quanto àqueles que estão
ingressando na carreira e ainda não adquiriram a formação e experiência necessárias.
As propostas são formuladas com conteúdos relacionados à superação de
problemas de natureza teórica e/ou prática decorrente da produção de novos saberes nas
diferentes áreas de conhecimento ofertadas em forma de cursos, seminários, oficinas.
Os processos de formação continuada podem ser de dois tipos:
- tipo escolar;
- interativo-reflexivo.
No tipo escolar estão os cursos, palestras, seminários. No tipo interativo-
reflexivo incluem a resolução de problemas reais, do cotidiano do professor, que é feito
com a ajuda dos colegas.
Após as capacitações, os professores utilizam seus conhecimentos em sala
de aula, tanto na resolução de problemas quanto na produção de novos conhecimentos.
Tal procedimento é acompanhado pelo professor pedagogo possibilitando novos rumos à
prática docente.
A Hora-Atividade está organizada no horário de trabalho do professor,
Page 158
facilitando a estes a análise e interpretação da realidade de seus alunos.
A maioria dos professores possui apenas uma hora-atividade semanal, por
isso, o encontro com professores da mesma área, torna-se um pouco difícil. Além do
mais, o momento individual por disciplinas que alguns professores tem, toma muito o seu
tempo, pois, os professores tem que preencher as fichas individuais semanalmente e o
restante do tempo preparam atividades, provas, etc.
Entendemos que para exercer seu papel com eficiência, é necessário
conhecer as referências dos educandos, sua realidade sócio-cultural, suas paixões e
curiosidades que resultarão num processo de aprendizagem de qualidade.
21 – GESTÃO ESCOLAR EXPRESSA POR MEIO DOS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS
- Conselho Escolar e APMF: Os membros participam das reuniões, dando sugestões de
como e em que aplicar as verbas recebidas.
- Grêmio Estudantil: Nesse Estabelecimento de Ensino não tem o referido Grêmio.
22- RESPALDO LEGAL PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
- LEI 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
- Diretrizes Curriculares Nacionais: Parecer 04/98 – Ensino Fundamental 15/98 – Ensino Médio
- Deliberação CEE: 014/99 – Proposta Pedagógica
- Deliberação CEE: 007/99 – Avaliação e Recuperação
- 03/06 – Ensino Fundamental de 09 anos
- 03/08 – Filosofia e Sociologia
- 02/03 – Educação Especial
- Lei Federal nº11.788 de 25 de setembro de 2008 – Estágio Obrigatório e o Não Obrigatório.
- Lei Federal nº10. 639/2003 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
- Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990.
- Constituição Federal de 1988.
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- Parecer 04/09 do Ministério Público do Paraná – Inclusão do nome social.
- Lei Federal nº 11.645/2008 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena.
- Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA.
- Deliberação Estadual – CEE - nº05/10
- Diretrizes Curriculares Estaduais. SEED./ PR. 2008.