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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
ASP OF R/2 ANDRÉ SALVADOR PONCE DA MOTTA
1º TEN DIOGO TONINI NUNES
PROJETO MODULAR DA SUSPENSÃO DE UM VEÍCULO
TERRESTRE
Projeto Final de Curso apresentado ao Curso de
Graduação do Instituto Militar de Engenharia,
como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia.
Orientador: Fernando Ribeiro da Silva – D. Sc.
Rio de Janeiro
2008
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c2008
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha
Rio de Janeiro – RJ CEP 22290-270
Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-lo em base
de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar qualquer forma de arquivamento.
É permitida a menção, reprodução parcial ou integral e a transmissão entre bibliotecas
deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que esteja ou venha a ser fixado,
para pesquisa acadêmica, comentários e citações, desde que sem finalidade comercial e que seja
feita a referência bibliográfica completa.
Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade dos autores e do orientador.
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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
ANDRÉ SALVADOR PONCE DA MOTTA
1º TEN DIOGO TONINI NUNES
PROJETO MODULAR DA SUSPENSÃO DE UM VEÍCULO TERRESTRE
Projeto de Final de Curso apresentado ao Curso de Graduação do Instituto Militar de Engenharia,
como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia.
Orientador: Fernando Ribeiro da Silva – DC, DE
Co-Orientador:
Aprovada em 15 de agosto de 2008 pela seguinte Banca Examinadora:
______________________________________________________________________________
Fernando Ribeiro da Silva – D. Sc do IME - Presidente
______________________________________________________________________________
Cap Ricardo Teixeira da Costa Neto – D. Sc. do IME
______________________________________________________________________________
Cap André Luiz Tenório Resende – MC do IME
Rio de Janeiro
2008
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DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado às nossas famílias e a todos os nossos amigos.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos os amigos que, de diversas maneiras, direta ou indiretamente,
contribuíam para a elaboração deste trabalho.
Aos familiares que, incondicionalmente, atendiam nossas necessidades primárias,
prestavam todo o apoio moral e afetivo nas horas mais turbulentas.
Ao nosso professor orientador, que propôs diversas soluções eficientes no decorrer do
projeto. E ainda, antes disso, nos contribuiu de forma brilhante com os ensinamentos da teoria de
grafos.
Finalmente a Deus, que além de nos manter em vida, garantiu-nos a suficiente capacidade
intelectual para a concepção deste trabalho.
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“Não há nada que seja maior evidência de insanidade
do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar
resultados diferentes.” – Albert Einstein
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................................ 9
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ 11
NOMENCLATURA ................................................................................................................... 12
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 16
1.1 CONTEXTO E MOTIVAÇÃO ........................................................................................ 16
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 17
1.3 ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO ............................................................................... 17
2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 18
2.1 FERRAMENTAS UTILIZADAS ..................................................................................... 18
2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 18
2.2.1 GRAFOS DE LIGAÇÃO .................................................................................................. 18
2.2.2 MATLAB/SIMULINK ..................................................................................................... 21
2.3 APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS ......................................................................... 22
2.3.1 VEÍCULO PLANO ........................................................................................................... 22
2.3.2 VEÍCULO COMPLETO ................................................................................................... 24
2.4 MODELAGEM DOS COMPONENTES ENVOLVIDOS .............................................. 24
2.4.1 EXCITAÇÃO DE BASE (QUEBRA-MOLAS) ............................................................... 24
2.4.2 SUBSISTEMA DO CONJUNTO PNEU-RODA ............................................................. 25
2.4.3 SUBSISTEMA DO MECANISMO DE SUSPENSÃO ................................................... 29
2.4.3.1 TIPO I (SUSPENSÃO SEMI-EIXO OSCILANTE) ........................................................ 29
2.4.3.2 TIPO II (SUSPENSÃO ALTERNATIVA) ...................................................................... 32
2.4.4 SUBSISTEMA DO CHASSI ............................................................................................ 35
2.4.4.1 BIDIMENSIONAL ........................................................................................................... 35
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2.4.4.2 TRIDIMENSIONAL ........................................................................................................ 39
.5 PARÂMETROS DE REFERÊNCIA UTILIZADOS ....................................................... 46
2.6 ACOPLAMENTO DOS COMPONENTES DO VEÍCULO PLANO ............................. 47
2.6.1 SIMULAÇÃO ................................................................................................................... 48
2.6.1.2 DINÂMICA DO CHASSI ................................................................................................ 49
2.6.1.3 ESFORÇOS NAS SUSPENSÕES .................................................................................... 52
2.7 ACOPLAMENTO DOS COMPONENTES DO VEÍCULO COMPLETO ..................... 54
2.7.1 SIMULAÇÃO ................................................................................................................... 57
2.7.1.2 DINÂMICA DO CHASSI ................................................................................................ 57
2.7.1.3 ESFORÇOS NAS SUSPENSÕES .................................................................................... 61
3 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ................................................................................... 64
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 67
5 APÊNDICES .................................................................................................................... 68
Apêndice 5.1 – Subsistema Cinemática da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink ......... 68
Apêndice 5.2 – Subsistema1 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink .......................... 68
Apêndice 5.3 – Subsistema2 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink .......................... 69
Apêndice 5.4 – Subsistema3 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink .......................... 69
Apêndice 5.5 – Subsistema Cinemática da Suspensão Alternativa em Simulink ........................ 70
Apêndice 5.6 – Subsistema1 da Suspensão Alternativa em Simulink .......................................... 70
Apêndice 5.7 – Subsistema2 da Suspensão Alternativa em Simulink .......................................... 71
Apêndice 5.8 – Função Excitação de Base em MATLAB ........................................................... 71
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIG. 2.1 – Diagrama de Blocos de um veículo completo. ............................................................ 20
FIG. 2.2 – Veículo plano com suspensão Semi-Eixo Oscilante ................................................... 22
FIG. 2.3 – Suspensão Semi-Eixo Oscilante .................................................................................. 23
FIG. 2.4 – Suspensão alternativa .................................................................................................. 23
FIG. 2.5 – Excitação de base. ....................................................................................................... 25
FIG. 2.6 – Equivalência do Conjunto Roda-Pneu a um Massa-Mola-Amortecedor .................... 25
FIG. 2.7 – Subsistema Roda-Pneu representado por Grafos de Ligação ...................................... 27
FIG. 2.8 – Subsistema Roda-Pneu em Simulink........................................................................... 29
FIG. 2.9 – Mecanismo de Suspensão Semi-Eixo Oscilante representado por Grafos de Ligação 30
FIG. 2.10 – Subsistema Mecanismo de Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink ............... 32
FIG. 2.11 –Mecanismo de Suspensão Alternativo representado por Grafos de Ligação ............. 33
FIG. 2.12 – Subsistema Mecanismo de Suspensão alternativo em Simulink ............................... 34
FIG. 2.13 – Variáveis do Chassi Bidimensional ........................................................................... 35
FIG. 2.14 – Chassi Bidimensional representado por Grafos de Ligação ...................................... 36
FIG. 2.15 – Subsistema Chassi Bidimensional em Simulink ....................................................... 38
FIG. 2.16 – Vista frontal do chassi ............................................................................................... 39
FIG. 2.17 – Vista lateral do chassi ................................................................................................ 39
FIG. 2.18 – Chassi Tridimensional representado por Grafos de Ligação ..................................... 40
FIG. 2.19 – Subsistema Chassi Tridimensional em Simulink ...................................................... 45
FIG. 2.20 – Acoplamento dos subsistemas no Simulink .............................................................. 47
FIG. 2.21 – Acoplamento dos subsistemas no Simulink .............................................................. 48
FIG. 2.22 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s) .................................................. 49
FIG. 2.23 – Velocidade do Centro de Massa (m/s) versus Tempo (s) .......................................... 49
FIG. 2.24 – Aceleração do Centro de Massa (m/s2) versus Tempo (s) ........................................ 50
FIG. 2.25 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s) .................................................. 50
FIG. 2.26 – Velocidade do Centro de Massa (m/s) versus Tempo (s) .......................................... 51
FIG. 2.27 – Aceleração do Centro de Massa (m/s2) versus Tempo (s) ......................................... 51
FIG. 2.28 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s) .............................................. 52
FIG. 2.29 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s) ...................................................................... 52
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FIG. 2.30 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s) ......................................................... 53
FIG. 2.31 – Acoplamento dos subsistemas com suspensão Semi-Eixo Oscilante no Simulink ... 54
FIG. 2.32 – Acoplamento dos subsistemas com suspensão alternativa no Simulink ................... 55
FIG. 2.33 – Acoplamento dos subsistemas com os dois tipos de suspensão no Simulink ........... 56
FIG. 2.34 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s) .................................................. 57
FIG. 2.35 – Roll (rad/s) versus Tempo (s) .................................................................................... 57
FIG. 2.36 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s) ................................................................................... 58
FIG. 2.37 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s) .................................................. 58
FIG. 2.38 – Roll (rad/s) versus Tempo (s) .................................................................................... 59
FIG. 2.39 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s) ................................................................................... 59
FIG. 2.40 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s) .................................................. 60
FIG. 2.41 – Roll (rad/s) versus Tempo (s) .................................................................................... 60
FIG. 2.42 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s) ................................................................................... 61
FIG. 2.43 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s) .............................................. 61
FIG. 2.44 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s) .............................................. 62
FIG. 2.45 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s) ...................................................................... 62
FIG. 2.46 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s) ......................................................... 63
FIG. 2.47 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s) ...................................................................... 63
FIG. 2.48 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s) ......................................................... 64
FIG. 2.49 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s) .............................................. 64
FIG. 2.50 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s) ...................................................................... 65
FIG. 2.51 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s) ......................................................... 65
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LISTA DE TABELAS
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NOMENCLATURA
Letras Latinas
M -Massa da carroceria do veículo completo [kg]
M1/2 -Massa da carroceria do veículo plano [kg]
m -Massa do conjunto roda-pneu [kg]
g -Aceleração da gravidade [m/s2]
Jx -Momento de Inércia – eixo roll [kg.m2]
Jy -Momento de Inércia – eixo pitch [kg.m2]
I -Momento de Inércia da barra da suspensão Semi-Eixo Oscilante [kg.m2]
l -Comprimento da barra da suspensão [m]
l1 -Distância do ponto inferior de ancoragem da suspensão ao C.M. [m]
l2 -Distância do primeiro ponto superior de ancoragem da suspensão ao C.M. [m]
l3 -Distância do segundo ponto superior de ancoragem da suspensão ao C.M. [m]
d1 -Distância do eixo dianteiro ao C.M. [m]
d2 -Distância do eixo traseiro ao C.M. [m]
v -Velocidade linear do veículo [m/s]
vcm -Velocidade vertical do C.M. do chassi do veículo [m/s]
y0 -Altura do quebra-molas [m]
d -Largura do quebra-molas [m]
d’ -Distância percorrida pelo C.M. até o início do quebra- molas [m]
y(t) -Excitação de base [m/s]
t0 - Instante de excitação [s]
kp -Constante elástica do pneu [N/m]
bp -Coeficiente de amortecimento do pneu [N.s/m]
ks -Constante elástica da mola da suspensão [N/m]
bs -Coeficiente de amortecimento do amortecedor da suspensão [N.s/m]
w -Velocidade angular da barra inferior da suspensão [rad/s]
�̇� -Velocidade de curso da haste que contém o conjunto mola-amortecedor [m/s]
Vr -Velocidade do ponto comum entre os subsistemas roda-pneu e suspensão [m/s]
V1 -Velocidade do ponto inferior de ancoragem da suspensão no chassi [m/s]
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V2 -Velocidade do primeiro ponto superior de ancoragem da suspensão no chassi [m/s]
V3 - Velocidade do segundo ponto superior de ancoragem da suspensão no chassi [m/s]
E1 -Esforço transmitido pelo ponto inferior de ancoragem da suspensão [N]
E2 -Esforço transmitido pelo primeiro ponto superior de ancoragem da suspensão [N]
E3 -Esforço transmitido pelo segundo ponto superior de ancoragem da suspensão [N]
Er -Esforço transmitido pela conexão da suspensão com o conjunto roda-pneu [N]
Letras Gregas
�̇� -Pitch [rad/s]
ω -Roll [rad/s]
α -Ângulo entre as barras da suspensão Semi-Eixo Oscilante [rad]
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RESUMO
Este Projeto Final de Curso trata do desenvolvimento de um algoritmo computacional que
seja capaz de simular, de maneira modular, o desempenho de uma suspensão de veículo terrestre,
onde o sistema completo é composto por seus subsistemas: o conjunto roda-pneu, o mecanismo de
suspensão e o chassi.
A seqüência será modelar e analisar os mecanismos de suspensão utilizados nos veículos
terrestres, desenvolver um procedimento de acoplamento da suspensão para a análise dinâmica
nestes veículos, além de analisar a dinâmica vertical e o esforços nas suspensões de um veículo
real através do procedimento modular de modelagem.
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ABSTRACT
This Course Conclusion Project presents the development of a computer program that is
able to simulate, in a modular fashion, the performance of a suspension of ground vehicle. The
complete system is composed of its subsystems: the set tire-wheel, the mechanism of suspension
and chassis.
The sequence will be model and analyze the mechanisms of suspension used in land
vehicles, develop a procedure for the coupling of the suspension for dynamic analysis in these
vehicles, and analyzing the vertical dynamics and forces in suspensions of a vehicle through the
procedure of modular modeling.
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1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO E MOTIVAÇÃO
A evolução científica nas últimas décadas vem se destacando por sua elevada velocidade,
demandando alta capacidade de inovação e poder de criação de técnicas que facilitem o
entendimento de sistemas cada vez mais complexos. De maneira bastante superficial, um sistema
complexo requer subsistemas incorporados, de modo a facilitar sua manipulação e gerar uma
integração inteligente entre estas partes. Com base nesta integração planejada surge o conceito de
modularidade, capaz de atribuir autonomia a um subsistema, tornando-o uma “peça” que pode ser
“encaixada” ao sistema completo no momento que isso se fizer conveniente, ou até mesmo o
contrário, se for o caso. Porém, antes disso, deve-se definir a melhor e mais adequada forma de
modelar um sistema e conseqüentes subsistemas de interesse.
Observa-se que tanto no meio acadêmico como no setor industrial, as técnicas de
modelagem de sistemas ainda são pouco conhecidas, e aplicar uma delas em conjunto à
modularidade torna-se um grande motivador para a elaboração deste trabalho. Apesar de restrita e
um pouco simplificada, é esta ferramenta que poderá ser usada por outros alunos de graduação e
até mesmo de pós-graduação em engenharia que ainda não conhecem e nem dominam a área de
Dinâmica de Sistemas.
Particularmente, a técnica dos Grafos de Ligação tem se apresentado nos últimos anos
como bastante atrativa para diversos tipos de problemas, nas mais diversas áreas do
conhecimento, inclusive quando subsistemas dinâmicos de naturezas distintas interagem entre si.
Por este motivo, toda abordagem matemática do conteúdo deste texto será feita utilizando este
método, pois algumas de suas características mais importantes são exploradas, como a
modularidade. Ainda, o fato de ser totalmente computacional, permite que tanto o modelo
matemático quanto a solução das equações sejam obtidas a partir de algoritmos bastante
intuitivos, como será visto mais adiante.
Porém, embora a teoria dos Grafos de Ligação possua uma abordagem computacional, é
evidente a necessidade de um programa que possa, de fato, converter e calcular o modelo
dinâmico criado a partir desta técnica. Portanto, o aspecto ou abordagem computacional se
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17
concretiza somente com a integração destas duas partes, e para isso, o software que se utilizará
com esta finalidade será o Simulink, ferramenta integrada ao MATLAB capaz de modelar,
simular e analisar sistemas dinamicamente.
1.2 OBJETIVOS
Até aqui mencionou-se em um sistema modelado a partir da técnica dos Grafos de
Ligação, através da ferramenta Simulink, com a finalidade de modularizá-lo, mas ainda falta
expor os problemas e seus objetivos.
Então, este trabalho consiste em projetar a suspensão de um veículo terrestre de forma
modular, onde o sistema completo é o próprio veículo, e seus subsistemas estão representados
pelo conjunto roda-pneu, suspensão e pelo chassi. A seqüência será modelar e analisar os
mecanismos de suspensão utilizados nos veículos terrestres, desenvolver um procedimento de
acoplamento da suspensão para a análise dinâmica nestes veículos, além de analisar a dinâmica
vertical de um veículo real através do procedimento modular de modelagem.
1.3 ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO
O relatório está organizado na ordem cronológica em que o projeto se desenvolveu. O
capítulo dois contém todo o desenvolvimento do trabalho, citando as ferramentas utilizadas e suas
principais vantagens. São apresentados também os problemas propostos e toda a modelagem,
simulação e análise dos subsistemas envolvidos. O capítulo 3 trata das conclusões e considerações
finais, fazendo um balanço do trabalho como um todo e propondo algumas sugestões para o
posterior aprofundamento do tema.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 FERRAMENTAS UTILIZADAS
Para alcançar o objetivo proposto, duas ferramentas específicas foram de fundamental
importância. A primeira é a teoria dos Grafos de Ligação, utilizada para a modelagem de sistemas
dinâmicos e que apresenta uma série de vantagens, explicadas posteriormente, sobre o
procedimento clássico da 2ª lei de Newton para os problemas em questão.
A partir do método de modelagem selecionado, o Simulink se apresenta como a segunda
ferramenta para o desenvolvimento do trabalho. Trata-se de um software para modelagem,
simulação e análise de sistemas dinâmicos. Sua interface primária é uma ferramenta de
diagramação gráfica por blocos e bibliotecas customizáveis de blocos, e oferece alta integração
com o resto do ambiente MATLAB. As suas características, aliadas ao método de modelagem
escolhido, proporcionam grandes vantagens e facilidades, que serão explicitadas no decorrer do
trabalho.
2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2.1 GRAFOS DE LIGAÇÃO
A técnica dos Grafos de Ligação é uma ferramenta poderosa na modelagem de
dispositivos complexos, que podem incluir sistemas de naturezas físicas distintas, tais como
elétricos, mecânicos, hidráulicos, pneumáticos e térmicos, ou combinações desses, entre outros.
Desenvolvida inicialmente para representar sistemas de parâmetros concentrados, lineares ou não,
atualmente apresenta generalizações que permitem sua aplicação a sistemas de parâmetros
distribuídos e a dinâmica de corpos rígidos no espaço, entre outros.
Esta técnica estabelece uma representação gráfica adequada para a estrutura do modelo
físico do sistema e possui uma formulação bem definida e consistente para o desenvolvimento do
modelo matemático. São características dos grafos de ligação:
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19
Representação apropriada para as propriedades físicas dos elementos e para as relações de
causa e efeito e restrições entre variáveis;
Modularidade na modelagem, permitindo que o modelo de um sistema seja obtido a
partir da modelagem de seus subsistemas;
Sistemática para a obtenção das equações de estado.
Sistemas Multiportas e Variáveis de Potência
Um sistema dinâmico complexo é composto por subsistemas que interagem entre si. As partes
primitivas de um subsistema são chamadas de componentes. Naturalmente os conceitos de
sistema, subsistema e componente não podem ser absolutos, uma vez que por mais simples que
seja uma parte de um sistema, ela pode ser modelada com tanto detalhamento que pode ser
considerada como um sistema complexo. Entretanto, nas aplicações de engenharia, os subsistemas
e componentes são claramente identificados.
A interação entre subsistemas e/ou componentes se realiza através da transmissão de
potência entre eles, dando origem à definição de portas. As portas são locais nos quais sistemas,
subsistemas e/ou componentes podem ser conectados, ou seja, locais onde a potência pode fluir
entre sistemas, subsistemas e/ou componentes. Sistemas físicos com mais de uma porta são
chamados de multiportas.
Quando dois sistemas multiportas são conectados as variáveis de potência associadas a cada
porta são forçadas a serem iguais duas a duas. Um modelo em grafo de ligação é composto por
componentes ou subsistemas conectados por ligações que representam o fluxo de potência entre
eles, ou seja, é nestas ligações que ocorre a transmissão de potência. Assim, a interação de
potência está sempre presente quando dois multiportas estão conectados. Na técnica dos grafos de
ligação são utilizadas quatro tipos de variáveis generalizadas:
esforço ( e);
fluxo (f);
quantidade de movimento ( p);
deslocamento ( q).
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20
As variáveis de esforço e(t) e de fluxo f(t) são chamadas de variáveis de potência porque o
produto dessas duas variáveis, consideradas como funções do tempo, é igual à potência
instantânea que flui entre os dois componentes ou subsistemas conectados pela ligação. A
potência fluindo para ou de uma porta é expressa por
𝑃(𝑡 ) = 𝑒(𝑡 ). 𝑓 (𝑡) (2.1)
As variáveis de quantidade de movimento p(t) e de deslocamento q(t) são chamadas de
variáveis de energia, pois são obtidas pela integração das variáveis de potência.
Um exemplo disto que foi dito acima, já contextualizado aos problemas que surgirão mais
adiante, considera-se um sistema chamado veículo completo, o qual apresenta três subsistemas,
explicitados na figura seguinte. Como mostrado, tanto os subsistemas Roda-Pneu quanto o Chassi
transferem fluxo para o Mecanismo de Suspensão, e este responde com transferência de esforço.
Portanto, é baseada em transferências de fluxos e esforços que a técnica dos Grafos de
Ligação se aplica ao presente problema, e a autonomia de cada subsistema facilitará o
entendimento e simplificará os cálculos em relação à 2º Lei de Newton.
FIG. 2.1 – Diagrama de Blocos de um veículo completo.
A representação gráfica dos subsistemas será bastante empregada mais adiante, e por isso não
será abordada neste tópico.
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21
2.2.2 MATLAB/SIMULINK
O Simulink é um programa utilizado para modelagem, simulação e análise de sistemas
dinâmicos. O programa se aplica a sistemas lineares e não-lineares, contínuos e/ou discretos no
tempo.
Utiliza uma interface gráfica com o usuário para construção dos modelos a partir de
diagramas em blocos, através de operações de clique-e-arraste do mouse. Com esta interface
podem-se criar modelos da mesma forma que se faz com papel e caneta. Simulink é o resultado
de uma longa evolução de pacotes de simulação anteriores que necessitavam a formulação de
equações diferenciais ou de equações de diferenças em linguagens de programação. Inclui
bibliotecas de blocos contendo fontes, visualizadores, componentes lineares, não-lineares e
conectores, com a opção de criação ou personalização de blocos.
Após a definição do modelo, a simulação pode ser feita com diferentes algoritmos de
resolução, escolhidos a partir dos menus do Simulink ou da linha de comando do MATLAB. Os
menus são particularmente convenientes para o trabalho interativo, enquanto a linha de
comando tem utilidade na simulação repetitiva a qual se deseja somente mudar parâmetros.
Usando osciloscópios (Scopes) ou outros visualizadores, têm-se o resultado gráfico da
simulação enquanto esta está sendo executada. Os resultados da simulação podem ser
exportados para o MATLAB para futuro processamento ou visualização.
As ferramentas de análise de modelos incluem ferramentas de linearização e ajuste
(Trimming) que podem ser acessadas a partir da linha de comando do MATLAB, assim como
várias ferramentas do MATLAB e suas TOOLBOXES específicas. Sendo o MATLAB e o
Simulink integrados, pode-se simular, analisar e revisar os modelos em qualquer dos dois
ambientes.
Para acessar o Simulink deve-se primeiro abrir o MATLAB, pois apesar de ser uma
aplicação específica, este não trabalha independente e utiliza suas ferramentas de cálculo.
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22
2.3 APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS
Para o desenvolvimento do procedimento modular de modelagem é proposto um problema
preliminar de análise da dinâmica vertical de um veículo plano, e em seqüência o problema final,
que considera um veículo completo no espaço.
2.3.1 VEÍCULO PLANO
O desenvolvimento do modelo bidimensional abaixo proporciona, além da motivação
didática, uma maneira bastante eficiente em validar os elementos básicos presentes no modelo
completo.
Todos os parâmetros necessários para o desenvolvimento e simulação estão presentes na
figura, na qual observa-se o veículo em vista frontal.
FIG. 2.2 – Veículo plano com suspensão Semi-Eixo Oscilante
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23
Na figura, a integração entre a roda e o chassi é feita pelo mecanismo de suspensão do tipo Semi-
Eixo Oscilante detalhado abaixo:
FIG. 2.3 – Suspensão Semi-Eixo Oscilante
Para o procedimento modular, é preciso mais um tipo de mecanismo de suspensão. Para tal é
proposto o seguinte modelo alternativo:
FIG. 2.4 – Suspensão alternativa
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24
Assim, os elementos básicos do problema preliminar do veículo plano estão definidos.
Para uma análise específica do sistema, um quebra-molas é considerado como excitação de base e
sua abordagem matemática é apresentada no tópico 2.4.1.
2.3.2 VEÍCULO COMPLETO
A abordagem para o veículo completo é similar ao apresentado para o caso bidimensional,
porém com uma completa aplicação à realidade e maior combinação de usos das suspensões
propostas. Por exemplo, à frente e à traseira do veículo podem-se empregar respectivamente as
suspensões do tipo Semi-Eixo Oscilante e alternativa, ou vice-versa, além de poder utilizar a
mesma suspensão nas quatro rodas. Este modelo também passará sobre uma excitação de base, e
suas conseqüências serão analisadas adiante.
Resumindo, tem-se que a vista frontal do modelo completo é idêntica ao mostrado no item
anterior, e sua visão lateral limita-se a expor o comprimento do veículo e a posição do centro de
massa do mesmo, parâmetros que serão fornecidos e aplicados mais adiante, respectivamente nos
itens 2.5 e 2.7.
2.4 MODELAGEM DOS COMPONENTES ENVOLVIDOS
2.4.1 EXCITAÇÃO DE BASE (QUEBRA-MOLAS)
O modelo do quebra-molas é apresentado abaixo e será a principal entrada do problema.
Sua modelagem se resume à apresentação da expressão que a rege. Considera-se que, se esta
excitação possui uma amplitude 𝒚𝟎, comprimento d, e o veículo uma velocidade constante v.
Logo:
)]cos(1[2
)( 0 ty
ty , ω = 2πv
d (2.2)
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25
FIG. 2.5 – Excitação de base.
2.4.2 SUBSISTEMA DO CONJUNTO RODA-PNEU
A figura abaixo representa o subsistema roda-pneu do veículo, e somente para este se fará
duas abordagens de modelagem: pela 2º Lei de Newton e via Grafos de Ligação.
Antes de prosseguir, é importante ressaltar que este problema é exatamente o clássico
massa-mola-amortcedor, bastante abordado em qualquer análise fundamental de dinâmica de
sistemas.
FIG. 2.6 – Equivalência do Conjunto Roda-Pneu a um Massa-Mola-Amortecedor
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26
i. 2º Lei de Newton
Entre os pontos 1 e 2 da figura existe um conjunto mola-amortecedor, e com isso pontos
de velocidades diferentes entre eles. Ainda, seja o ponto 2 o representante do centro de massa do
conjunto. De acordo com a 2º Lei de Newton, tem-se:
∑ 𝑭 = 𝒎. �̈� (2.3)
Se o ponto 2 recebe um esforço E proveniente da suspensão, então :
−𝑬 − 𝒎. 𝒈 − (𝒙𝟐 − 𝒙𝟏)𝒌 − (�̇�𝟐 − �̇�𝟏)𝒃 = 𝒎. �̈�𝟐 (2.4)
Rearranjando, tem-se:
𝒎. �̈�𝟐 + (�̇�𝟐 − �̇�𝟏)𝒃 + (𝒙𝟐 − 𝒙𝟏)𝒌 = 𝑬 + 𝒎. 𝒈 (2.5)
Neste ponto, é necessário que se faça uma implementação no MATLAB para resolver esta
equação diferencial ordinária. Além disso, se a variável de interesse for, por exemplo, a
velocidade do ponto 2, ou seja, a primeira derivada do resultado da equação, haveria ainda uma
maior dificuldade.
Como abaixo se abordará, as saídas possíveis para uma modelagem via grafos de ligação
são mais acessíveis e práticas, pois o Simulink, integrado ao MATLAB, possui rotinas de cálculo
que já incluem resolução de equações deste tipo. Inclusive, a principal vantagem disso situa-se na
possibilidade de fornecer valores das derivadas e integrais do resultado inicial, feito
dinamicamente pelo software incorporado.
ii. Via Grafos de Ligação
De acordo com esta teoria, para cada ponto distinto de velocidade deve-se pôr uma junção
de fluxo comum (1). Entre estas junções haverá um operador de fluxo, que neste caso se traduz
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27
em velocidade, denominada junção de esforço comum (0). A figura abaixo representa a versão já
simplificada do subsistema roda-pneu.
FIG. 2.7 – Subsistema Roda-Pneu representado por Grafos de Ligação
Na figura, Sf representa a fonte de fluxo proveniente do solo ou a excitação de base. A
inércia, I, do conjunto pneu-roda é caracterizada pela sua massa. A resistência mecânica, R, é
atribuída ao amortecedor e finalmente o capacitor, C, equivale ao inverso da constante de mola.
Estes dois últimos são intrínsecos do conjunto pneu-roda. Com isso, as equações constitutivas
seguem abaixo:
Fontes: 𝒇𝟏, 𝒆𝟕, 𝒆𝟖;
Relações constitutivas:
𝒆𝟒 = 𝒌𝒑. 𝒒𝟒 (2.6)
𝒆𝟑 = 𝒃𝒑. 𝒇𝟑 (2.7)
𝒇𝟔 =𝟏
𝒎. 𝒑𝟔 (2.8)
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28
Junção 0:
𝒆𝟏 = 𝒆𝟐 ,𝒆𝟓 = 𝒆𝟐 𝐞 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝒇𝟐 = 𝒇𝟏 − 𝒇𝟓 (2.9)
Junções 1:
𝒇𝟑 = 𝒇𝟐 ,𝒇𝟒 = 𝒇𝟐 𝐞 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝒆𝟐 = 𝒆𝟑 + 𝒆𝟒 (2.10)
𝒇𝟓 = 𝒇𝟔 , 𝒇𝟕 = 𝒇𝟔 , 𝒇𝟖 = 𝒇𝟔 𝐞 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝒆𝟔 = 𝒆𝟓 + 𝒆𝟖 − 𝒆𝟕 (2.11)
Explicitando as variáveis de estado p6 e q4, tem-se:
�̇�𝟔 = 𝒃𝒑. 𝒇𝟏 −𝒃𝒑
𝒎. 𝒑𝟔 + 𝒌𝒑. 𝒒𝟒 + 𝒆𝟖 − 𝒆𝟕 (2.12)
�̇�𝟒 = 𝒇𝟏 −𝟏
𝒎. 𝒑𝟔 (2.13)
Finalmente:
𝑓7 =1
𝑚. 𝑝6 (2.14)
Observe que a variável f7 representa a velocidade do conjunto roda-pneu e utilizando as
equações 2.12 e 2.13 pode-se explicitá-la em função das constantes e das entradas.
Portanto, a variável de interesse ficou em função das constantes de mola, amortecedor e
inércia, além das fontes de fluxo e esforço, e sua representação em Simulink é mostrada na
próxima figura.
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FIG. 2.8 – Subsistema Roda-Pneu em Simulink
2.4.3 SUBSISTEMA DO MECANISMO DE SUSPENSÃO
2.4.3.1 TIPO I (SUSPENSÃO SEMI-EIXO OSCILANTE)
A figura abaixo representa o subsistema Mecanismo de Suspensão McPherson, modelado
através da teoria de grafos de ligação. Este modelo poderia ser um pouco mais simplificado,
porém a permanência de algumas junções que poderiam ter livre passe é necessária para a
visualização das velocidades de interesse. Estas junções separam componentes que têm mesmos
fluxo e esforço e, portanto, apresentam redundância.
Observa-se que existem três fontes de fluxo, Sf1, Sf2 e Sf3. A primeira corresponde ao fluxo
que o subsistema roda-pneu fornece à suspensão, e é calculada através do grafo do tópico anterior.
As duas fontes restantes advêm do chassi do veículo, uma para cada ponto de ancoragem deste
com a suspensão.
Como mencionado inicialmente, as velocidades de interesse devem ser expostas, e no
grafo destacam-se cinco que são:
Vr: velocidade do ponto comum entre os subsistemas roda-pneu e suspensão. Representa
justamente a fonte de fluxo Sf1.
V1: velocidades comuns entre os subsistemas chassi e suspensão no ponto inferior de
ancoragem. Representa a fonte de fluxo Sf2.
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V2: velocidades comuns entre os subsistemas chassi e suspensão no ponto superior de
ancoragem. Representa a fonte de fluxo Sf3.
�̇�: velocidade de curso da haste que contém o conjunto mola-amortecedor.
𝒘: velocidade angular da barra inferior da suspensão.
As operações de transformação são responsáveis em converter velocidades, mostrado nas
equações subseqüentes.
FIG. 2.9 – Mecanismo de Suspensão Semi-Eixo Oscilante representado por Grafos de Ligação
Equações constitutivas
Fontes: f1, f4, f5;
Relações Constitutivas:
𝑒13 = 𝑘𝑠. 𝑞13 (2.15)
𝑒14 = 𝑏𝑠. 𝑓14 (2.16)
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Simplificações:
𝑒3 = 𝑒4 = 𝑒34 , e também 𝑓3 = 𝑓4 = 𝑓34 (2.17)
𝑒5 = 𝑒6 = 𝑒56 , e também 𝑓5 = 𝑓6 = 𝑓56 (2.18)
𝑒9 = 𝑒10 = 𝑒910 , e também 𝑓9 = 𝑓10 = 𝑓910 (2.19)
Junções 0:
𝑒6 = 𝑒7 , 𝑒8 = 𝑒7 e 𝑓7 = 𝑓6 − 𝑓8 (2.20)
𝑒2 = 𝑒11 , 𝑒3 = 𝑒11 e 𝑓11 = 𝑓2 − 𝑓3 (2.21)
Junções 1:
𝑓2 = 𝑓1 , 𝑓8 = 𝑓1 e 𝑒1 = 𝑒2 − 𝑒8 (2.22)
𝑓13 = 𝑓12 , 𝑓14 = 𝑓12 e 𝑒12 = 𝑒13 + 𝑒14 (2.23)
Transformadores:
𝑓9 = 𝑇𝐹1. 𝑓7 e 𝑒7 = 𝑇𝐹1. 𝑒9 onde 𝑇𝐹1 =1
𝑙 (2.24)
𝑓12 = 𝑇𝐹12. 𝑓11 e 𝑒11 = 𝑇𝐹2. 𝑒12 onde 𝑇𝐹2 = 𝑠𝑒𝑛 𝛼 (2.25)
De acordo com a variável de interesse, uma manipulação algébrica das equações acima é
feita até que esta fique em função apenas das fontes e parâmetros fornecidos, ou seja, Sf1, Sf2, Sf3, ks,
bs, l e α. Neste caso, é interessante que os esforços que esta suspensão transmitirá ao chassi sejam
obtidos, pois serão as entradas para este subsistema.
Para efeito de simplificação, é considerado que o valor do ângulo α entre as barras da
suspensão tem pequena variação, e por isso será considerado constante.
Da mesma maneira que na modelagem do subsistema roda-pneu, as variáveis de interesse,
que neste caso são os esforços, ficam em função das constantes de mola, amortecimento, inércia e
da geometria da suspensão, além das fontes de fluxo, que são as entradas.
A figura 2.19 mostra o arranjo principal elaborado no Simulink, e suas ramificações
encontram-se desde o apêndice 5.1 até o 5.4.
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32
FIG. 2.10 – Subsistema Mecanismo de Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink
2.4.3.2 TIPO II (SUSPENSÃO ALTERNATIVA)
Este modelo apresenta-se mais simplificado que o exemplo anterior, pois as junções
redundantes foram suprimidas com o objetivo diminuir o número de equações. Observa-se na
figura correspondente a esta suspensão que existem quatro pontos de ancoragem. Um está
conectado ao conjunto roda-pneu através de uma das extremidades da barra horizontal, e as outras
três são ligadas ao chassi, sendo um par através do conjunto mola-amortecedor e a última pela
outra extremidade da barra. Conseqüentemente, deve haver um conjunto igual de fontes de fluxo,
correspondentes a cada velocidade comum entre os subsistemas.
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33
FIG. 2.11 –Mecanismo de Suspensão Alternativo representado por Grafos de Ligação
Equações constitutivas
Fontes: f1, f12, f13, f14.
Relações Constitutivas:
𝑒9 = 𝑘𝑠. 𝑞9 (2.26)
𝑒5 = 𝑏𝑠. 𝑓5 (2.27)
Junções 0:
𝑒4 = 𝑒5 , 𝑒6 = 𝑒5 , 𝑒14 = e5 e ainda 𝑓5 = 𝑓4 + 𝑓14 − 𝑓6 (2.28)
𝑒1 = 𝑒2 , 𝑒3 = 𝑒2 e ainda 𝑓2 = 𝑓1 − 𝑓3 (2.29)
𝑒8 = 𝑒9 , 𝑒10 = 𝑒9 , 𝑒13 = e9 e ainda 𝑓9 = 𝑓8 + 𝑓13 − 𝑓10 (2.30)
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34
Junções 1:
𝑓3 = 𝑓12 , 𝑓4 = 𝑓12 , 𝑓8 = 𝑓12 e ainda 𝑒12 = 𝑒3 − 𝑒4 − 𝑒8 (2.31)
𝑓7 = 𝑓15 , 𝑓11 = 𝑓15 e 𝑒15 = −𝑒7 − 𝑒11 (2.32)
Transformadores:
𝑓15 = 𝑇𝐹1. 𝑓2 e 𝑒2 = 𝑇𝐹1. 𝑒15 onde 𝑇𝐹1 =1
𝑙 (2.33)
𝑓10 = 𝑇𝐹2. 𝑓11 e 𝑒11 = 𝑇𝐹2. 𝑒10 onde 𝑇𝐹2 =1
𝑙2−𝑙 (2.34)
𝑓6 = 𝑇𝐹3. 𝑓7 e 𝑒7 = 𝑇𝐹3. 𝑒6 onde 𝑇𝐹1 =1
𝑙3−𝑙 (2.35)
Novamente, as variáveis de interesse, que neste caso são os esforços, ficam em função das
constantes de mola, amortecimento, e da geometria da suspensão, além das fontes de fluxo, que
são as entradas.
A figura 2.21 mostra o arranjo principal elaborado no Simulink, e suas ramificações
encontram-se desde o apêndice 5.5 até o 5.7.
FIG. 2.12 – Subsistema Mecanismo de Suspensão alternativo em Simulink
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2.4.4 SUBSISTEMA DO CHASSI
2.4.4.1 BIDIMENSIONAL
A modelagem para o subsistema chassi inicia-se com a apresentação da figura que o
representa e as seguintes velocidades de interesse, destacadas pelos pontos em vermelho. Uma vez
feito este modelo, pode-se empregar para os dois tipos de suspensão em estudo, pois o número de
pontos de ancoragem é no máximo três em cada lado.
FIG. 2.13 – Variáveis do Chassi Bidimensional
Pela teoria dos grafos de ligação, sabe-se que para cada velocidade distinta em um
subsistema há uma junção de fluxo comum (1). Porém, seis destas não aparecem no grafo porque
são simplificadas até as respectivas junções de esforço comum (0), que aparecem indiretamente
no esquema. O chassi, ao receber esforço da suspensão, retorna fontes de fluxos para o mesmo
através destas velocidades, que são comuns entre os dois subsistemas.
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FIG. 2.14 – Chassi Bidimensional representado por Grafos de Ligação
Equações constitutivas
Fontes: e1, e23, e24, e25, e26, e27, e9.
Relações Constitutivas:
𝑓17 =1
𝐽𝑥. 𝑝17 (2.36)
𝑓10 =1
𝑀1/2. 𝑝10 (2.37)
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Junções 0:
𝑒2 = 𝑒1 , 𝑒3 = 𝑒1 e ainda 𝑓1 = 𝑓2 + 𝑓3 (2.38)
𝑒4 = 𝑒23 , 𝑒18 = 𝑒23 e ainda 𝑓23 = 𝑓4 + 𝑓18 (2.39)
𝑒5 = 𝑒27 , 𝑒19 = 𝑒27 e ainda 𝑓27 = 𝑓5 + 𝑓19 (2.40)
𝑒6 = 𝑒24 , 𝑒20 = 𝑒24 e ainda 𝑓24 = 𝑓6 + 𝑓20 (2.41)
𝑒7 = 𝑒25 , 𝑒21 = 𝑒25 e ainda 𝑓25 = 𝑓7 + 𝑓21 (2.42)
𝑒8 = 𝑒26 , 𝑒22 = 𝑒26 e ainda 𝑓26 = 𝑓8 + 𝑓22 (2.43)
Junções 1:
𝑓3 = 𝑓10 , 𝑓4 = 𝑓10 , 𝑓5 = 𝑓10 , 𝑓6 = 𝑓10 , 𝑓7 = 𝑓10 , 𝑓8 = 𝑓10, 𝑓9 = 𝑓10, (2.44)
e ainda 𝑒10 = 𝑒3 + 𝑒4 + 𝑒5 + 𝑒6 + 𝑒7 + 𝑒8 − 𝑒9
𝑓11 = 𝑓17 , 𝑓12 = 𝑓17 , 𝑓13 = 𝑓17 , 𝑓14 = 𝑓17 , 𝑓15 = 𝑓17 , 𝑓16 = 𝑓17, (2.45)
e ainda 𝑒17 = 𝑒11 + 𝑒12 + 𝑒13 + 𝑒14 + 𝑒15 + 𝑒16
Transformadores:
𝑓19 = 𝑇𝐹1𝑒. 𝑓13 e 𝑒13 = 𝑇𝐹1𝑒 . 𝑒19 onde 𝑇𝐹1𝑒 = 1/𝑙1 (2.46)
𝑓18 = 𝑇𝐹2𝑒 . 𝑓12 e 𝑒12 = 𝑇𝐹2𝑒 . 𝑒18 onde 𝑇𝐹2𝑒 = 1/𝑙2 (2.47)
𝑓2 = 𝑇𝐹3𝑒 . 𝑓11 e 𝑒11 = 𝑇𝐹3𝑒 . 𝑒2 onde 𝑇𝐹3𝑒 = 1/𝑙3 (2.48)
𝑓20 = 𝑇𝐹1𝑑. 𝑓14 e 𝑒14 = 𝑇𝐹1𝑑. 𝑒20 onde 𝑇𝐹1𝑑 = 1/𝑙1 (2.49)
𝑓21 = 𝑇𝐹2𝑑. 𝑓15 e 𝑒15 = 𝑇𝐹2𝑑. 𝑒21 onde 𝑇𝐹2𝑑 = 1/𝑙2 (2.50)
𝑓22 = 𝑇𝐹3𝑑. 𝑓16 e 𝑒16 = 𝑇𝐹3𝑑. 𝑒22 onde 𝑇𝐹3𝑑 = 1/𝑙3 (2.51)
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Uma vez determinadas as relações acima, pode-se representar este subsistema em
Simulink. Este arranjo é mais extenso devido ao número de saídas de interesse. Nota-se que do
lado esquerdo do esquema estão as seis entradas, representadas pelos esforços que a suspensão
fornece ao chassi, e do lado direito, as seis saídas, que são as velocidades de interesse que ficam
em função das entradas e dos parâmetros do chassi.
FIG. 2.15 – Subsistema Chassi Bidimensional em Simulink
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2.4.4.2 TRIDIMENSIONAL
Por uma questão de simplicidade, decidiu-se representar o chassi do veículo tridimensional
através de duas vistas: frontal e lateral. A primeira é idêntica ao modelo em duas dimensões e é
novamente mostrado abaixo.
FIG. 2.16 – Vista frontal do chassi
A visão lateral representada abaixo contém referências necessárias para o entendimento das
equações subseqüentes:
FIG. 2.17 – Vista lateral do chassi
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O grafo abaixo representa o chassi tridimensional, no qual estão destacadas, em vermelho,
três velocidades em relação ao centro de massa do mesmo: bounce, roll e pitch. Para cada uma
delas há uma junção de fluxo comum (1). As doze junções restantes representam a soma das três
velocidades de interesse em cada um dos quatro conjuntos de suspensão fixada ao chassi. Todas
as fontes de esforço provenientes da suspensão estão devidamente numeradas e identificadas, de
forma a facilitar o entendimento do equacionamento.
FIG. 2.18 – Chassi Tridimensional representado por Grafos de Ligação
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41
Equações Constitutivas
Fontes: e26, e43, e46, e49, e52, e55, e58, e61, e64, e67, e70, e73, e76;
Relações Constitutivas:
𝑓27 =1
𝑀. 𝑝27 (2.52)
𝑓13 =1
𝐽𝑥. 𝑝13 (2.53)
𝑓40 =1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.54)
Junções 0:
𝑒14 = 𝑒43 , 𝑒41 = 𝑒43 , 𝑒42 = 𝑒43 e ainda 𝑓43 = 𝑓14 + 𝑓41 + 𝑓42 (2.55)
𝑒15 = 𝑒46 , 𝑒44 = 𝑒46 , 𝑒45 = 𝑒46 e ainda 𝑓46 = 𝑓15 + 𝑓44 + 𝑓45 (2.56)
𝑒16 = 𝑒49 , 𝑒47 = 𝑒49 , 𝑒48 = 𝑒49 e ainda 𝑓49 = 𝑓16 + 𝑓47 + 𝑓48 (2.57)
𝑒17 = 𝑒61 , 𝑒59 = 𝑒61 , 𝑒60 = 𝑒61 e ainda 𝑓61 = 𝑓17 + 𝑓59 + 𝑓60 (2.58)
𝑒18 = 𝑒64 , 𝑒62 = 𝑒64 , 𝑒63 = 𝑒64 e ainda 𝑓64 = 𝑓18 + 𝑓62 + 𝑓63 (2.59)
𝑒19 = 𝑒67 , 𝑒65 = 𝑒67 , 𝑒66 = 𝑒67 e ainda 𝑓67 = 𝑓19 + 𝑓65 + 𝑓66 (2.60)
𝑒20 = 𝑒52 , 𝑒50 = 𝑒52 , 𝑒51 = 𝑒52 e ainda 𝑓52 = 𝑓20 + 𝑓50 + 𝑓51 (2.61)
𝑒21 = 𝑒55 , 𝑒53 = 𝑒55 , 𝑒54 = 𝑒55 e ainda 𝑓55 = 𝑓21 + 𝑓53 + 𝑓54 (2.62)
𝑒22 = 𝑒58 , 𝑒56 = 𝑒58 , 𝑒57 = 𝑒58 e ainda 𝑓58 = 𝑓22 + 𝑓56 + 𝑓57 (2.63)
𝑒23 = 𝑒70 , 𝑒68 = 𝑒70 , 𝑒69 = 𝑒70 e ainda 𝑓70 = 𝑓23 + 𝑓68 + 𝑓69 (2.64)
𝑒24 = 𝑒73 , 𝑒71 = 𝑒73 , 𝑒72 = 𝑒73 e ainda 𝑓73 = 𝑓24 + 𝑓71 + 𝑓72 (2.65)
𝑒25 = 𝑒76 , 𝑒74 = 𝑒76 , 𝑒75 = 𝑒76 e ainda 𝑓76 = 𝑓25 + 𝑓74 + 𝑓75 (2.66)
Junções 1:
Junção referente a velocidade angular ω:
𝑓1 = 𝑓2 = 𝑓3 = 𝑓4 = 𝑓5 = 𝑓6 = 𝑓7 = 𝑓8 = 𝑓9 = 𝑓10 = 𝑓11 = 𝑓12 = f13 (2.67)
e ainda 𝑒13 = 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 + 𝑒4 + 𝑒5 + 𝑒6 + 𝑒7 + 𝑒8 + 𝑒9 + 𝑒10 + 𝑒11 + 𝑒12
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42
Junção referente a velocidade do centro de massa vcm:
𝑓14 = 𝑓15 = 𝑓16 = 𝑓17 = 𝑓18 = 𝑓19 = 𝑓20 = 𝑓21 = 𝑓22 = 𝑓23 = 𝑓24 = 𝑓25 = 𝑓26= f27 (2.68)
e ainda 𝑒27 = 𝑒14 + 𝑒15 + 𝑒16 + 𝑒17 + 𝑒18 + 𝑒19 + 𝑒20 + 𝑒21 + 𝑒22 + 𝑒23+𝑒24 + 𝑒25+𝑒26
Junção referente a velocidade �̇�:
𝑓28 = 𝑓29 = 𝑓30 = 𝑓31 = 𝑓32 = 𝑓33 = 𝑓34 = 𝑓35 = 𝑓36 = 𝑓37 = 𝑓38 = 𝑓39 = f40 (2.69)
e ainda 𝑒40 = 𝑒28 + 𝑒29 + 𝑒30 + 𝑒31 + 𝑒32 + 𝑒33 + 𝑒34 + 𝑒35 + 𝑒36 + 𝑒37 + 𝑒25+𝑒26
Transformadores:
𝑓41 = 𝑇𝐹1. 𝑓6 e 𝑒6 = 𝑇𝐹1. 𝑒41 onde 𝑇𝐹1 = 1/𝑙1 (2.70)
𝑓44 = 𝑇𝐹2. 𝑓5 e 𝑒5 = 𝑇𝐹2. 𝑒44 onde 𝑇𝐹2 = 1/𝑙2 (2.71)
𝑓47 = 𝑇𝐹3. 𝑓4 e 𝑒4 = 𝑇𝐹3. 𝑒47 onde 𝑇𝐹3 = 1/𝑙3 (2.72)
𝑓66 = 𝑇𝐹4. 𝑓1 e 𝑒1 = 𝑇𝐹4. 𝑒66 onde 𝑇𝐹4 = 1/𝑙3 (2.73)
𝑓63 = 𝑇𝐹5. 𝑓2 e 𝑒2 = 𝑇𝐹5. 𝑒63 onde 𝑇𝐹5 = 1/𝑙2 (2.74)
𝑓60 = 𝑇𝐹6. 𝑓3 e 𝑒3 = 𝑇𝐹6. 𝑒60 onde 𝑇𝐹6 = 1/𝑙1 (2.75)
𝑓50 = 𝑇𝐹7. 𝑓12 e 𝑒12 = 𝑇𝐹7. 𝑒50 onde 𝑇𝐹7 = −1/𝑙1 (2.76)
𝑓53 = 𝑇𝐹8. 𝑓11 e 𝑒11 = 𝑇𝐹8. 𝑒53 onde 𝑇𝐹8 = −1/𝑙2 (2.77)
𝑓56 = 𝑇𝐹9. 𝑓10 e 𝑒10 = 𝑇𝐹9. 𝑒56 onde 𝑇𝐹9 = −1/𝑙3 (2.78)
𝑓69 = 𝑇𝐹10. 𝑓9 e 𝑒9 = 𝑇𝐹10. 𝑒69 , onde 𝑇𝐹10 = −1/𝑙1 (2.79)
𝑓72 = 𝑇𝐹11. 𝑓8 e 𝑒8 = 𝑇𝐹11. 𝑒72 onde 𝑇𝐹11 = −1/𝑙2 (2.80)
𝑓75 = 𝑇𝐹12. 𝑓7 e 𝑒7 = 𝑇𝐹12. 𝑒75 onde 𝑇𝐹12 = −1/𝑙3 (2.81)
𝑓65 = 𝑇𝐹13. 𝑓28 e 𝑒28 = 𝑇𝐹13. 𝑒65 onde 𝑇𝐹13 = 1/𝑑2 (2.82)
𝑓62 = 𝑇𝐹14. 𝑓29 e 𝑒29 = 𝑇𝐹14. 𝑒62 onde 𝑇𝐹14 = 1/𝑑2 (2.83)
𝑓59 = 𝑇𝐹15. 𝑓30 e 𝑒30 = 𝑇𝐹15. 𝑒59 onde 𝑇𝐹15 = 1/𝑑2 (2.84)
𝑓48 = 𝑇𝐹16. 𝑓31 e 𝑒31 = 𝑇𝐹16. 𝑒48 onde 𝑇𝐹16 = −1/𝑑1 (2.85)
𝑓45 = 𝑇𝐹17. 𝑓32 e 𝑒32 = 𝑇𝐹17. 𝑒45 onde 𝑇𝐹17 = −1/𝑑1 (2.86)
𝑓42 = 𝑇𝐹18. 𝑓33 e 𝑒33 = 𝑇𝐹18. 𝑒42 onde 𝑇𝐹18 = −1/𝑑1 (2.87)
𝑓74 = 𝑇𝐹19. 𝑓34 e 𝑒34 = 𝑇𝐹19. 𝑒74 onde 𝑇𝐹19 = 1/𝑑2 (2.88)
𝑓71 = 𝑇𝐹20. 𝑓35 e 𝑒35 = 𝑇𝐹20. 𝑒71 onde 𝑇𝐹20 = 1/𝑑2 (2.89)
𝑓68 = 𝑇𝐹21. 𝑓36 e 𝑒36 = 𝑇𝐹21. 𝑒68 onde 𝑇𝐹21 = 1/𝑑2 (2.90)
Page 43
43
𝑓57 = 𝑇𝐹22. 𝑓37 e 𝑒37 = 𝑇𝐹22. 𝑒57 onde 𝑇𝐹22 = −1/𝑑1 (2.91)
𝑓54 = 𝑇𝐹23. 𝑓38 e 𝑒38 = 𝑇𝐹23. 𝑒54 onde 𝑇𝐹23 = −1/𝑑1 (2.92)
𝑓51 = 𝑇𝐹24. 𝑓39 e 𝑒39 = 𝑇𝐹24. 𝑒51 onde 𝑇𝐹24 = −1/𝑑1 (2.93)
Através das equações acima, deve-se extrair as expressões das velocidades de interesse a
partir das constantes e das fontes de esforço. Tais velocidades são as três principais em cada
suspensão, além da velocidade do centro de massa e as duas rolagens, totalizando quinze.
Portanto, as velocidades de saída são as seguintes:
V1FE, V2FE, V3FE , V1FD , V2FD , V3FD , V1TE , V2TE , V3TE , V1TD , V2TD , V3TD , VCM , ω e �̇�
Manipulando algebricamente o conjunto de equações acima, tem-se que:
V1FE = f43 𝑓43 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙1.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.94)
V2FE = f46 𝑓46 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙2.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.95)
V3FE = f49 𝑓49 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙3.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.96)
V1FD = f52 𝑓52 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙1.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.97)
V2FD = f55 𝑓55 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙2.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.98)
V3FD = f58 𝑓58 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙3.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 −
1
𝑑1.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.99)
V1TE = f61 𝑓61 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙1.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.100)
Page 44
44
V2TE = f64 𝑓64 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙2.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.101)
V3TE = f67 𝑓67 =1
𝑀. 𝑝27 +
1
𝑙3.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.102)
V1TD = f70 𝑓70 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙1.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.103)
V2TD = f73 𝑓73 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙2.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.104)
V3TD = f76 𝑓76 =1
𝑀. 𝑝27 −
1
𝑙3.
1
𝐽𝑥. 𝑝13 +
1
𝑑2.
1
𝐽𝑦. 𝑝40 (2.105)
Onde,
𝑝27 = ∫(𝑒43 + 𝑒46 + 𝑒49 + 𝑒52 + 𝑒55 + 𝑒58 + 𝑒61 + 𝑒64 + 𝑒67 + 𝑒70 + 𝑒73 + 𝑒76 + 𝑒26)
𝑝13 = ∫ (1
𝑙1(𝑒43 + 𝑒61 − 𝑒70 − 𝑒52) +
1
𝑙2. (𝑒64 + 𝑒46 − 𝑒73 − 𝑒55) +
1
𝑙3. (𝑒67 + 𝑒49 − 𝑒76 − 𝑒58))
𝑝40 = ∫1
𝑑2. (𝑒61 + 𝑒64 + 𝑒67 + 𝑒70 + 𝑒73 + 𝑒76) −
1
𝑑1. (𝑒43 + 𝑒46 + 𝑒49 + 𝑒52 + 𝑒55 + 𝑒58)
(2.106)
Como os respectivos esforços contidos nas integrais acima representam as fontes, os
valores das velocidades de interesse estão finalmente representados.
Page 45
45
A seguir, na ilustração, é mostrado como foi resolvido o sistema de equações diferenciais
obtidos na modelagem do chassi tridimensional considerando os esforços como entradas e
velocidades como saídas.
FIG. 2.19 – Subsistema Chassi Tridimensional em Simulink
Page 46
46
2.5 PARÂMETROS DE REFERÊNCIA UTILIZADOS
M=1000; Massa do veículo completo (kg)
M1/2=200; Massa do veículo plano (kg)
kp=160000; Rigidez do pneu (N/m)
bp=100; Coeficiente de amortecimento do pneu (N.s/m)
Jx=460; Momento de inércia - eixo roll (kg.m²)
Jy=2160; Momento de inércia - eixo pitch (kg.m²)
I=150; Momento de inércia do chassi do veículo plano (kg.m²)
d1=0,847; Distância entro o eixo dianteiro e o C.G. do veículo (m)
d2=1,513; Distância entre o eixo traseiro e o C.G. do veículo (m)
bs=1600; Coeficiente de amortecimento do amortecedor da suspensão (N.s/m)
ks=16000; Constante elástica da mola da suspensão traseira direita (N/m)
y0=0.08; Altura do quebra-molas (m)
d=1,5; Comprimento do quebra-molas (m)
v=1; Velocidade linear do veículo (m/s)
l=1; Comprimento da barra da suspensão (m)
α=2π/5; Ângulo entre as barras da suspensão Semi-Eixo Oscilante (rad)
t0=5; Instante de excitação (s)
Suspensão Alternativa
l1=1; Distância do ponto inferior de ancoragem da suspensão ao C.M.
l2=1.20; Distância do primeiro ponto superior de ancoragem da suspensão ao C.M.
l3=1.35; Distância do segundo ponto superior de ancoragem da suspensão ao C.M.
Suspensão Semi-Eixo Oscilante
l1=1; Distância do ponto inferior de ancoragem da suspensão ao C.M.
l2=1; Distância do primeiro ponto superior de ancoragem da suspensão ao C.M.
Page 47
47
2.6 ACOPLAMENTO DOS COMPONENTES DO VEÍCULO PLANO
FIG. 2.20 – Acoplamento dos subsistemas no Simulink
A figura acima resume o conceito de modularidade proposto no trabalho. Os três blocos
coloridos superiores correspondem aos subsistemas (roda-pneu, suspensão e chassi) envolvidos no
problema e o bloco cinza é o responsável por chamar uma função que contém a excitação de base
de entrada no sistema. Na figura percebe-se que o bloco do chassi não tem todas as suas conexões
ligadas. Isso acontece porque ele foi modelado para qualquer suspensão com até três pontos de
ancoragem, e, como visto anteriormente, a suspensão Semi-Eixo Oscilante se conecta ao chassi
por apenas dois pontos.
Logo, a modularidade se faz efetiva já que é possível alterar a suspensão apenas
substituindo o bloco amarelo como é mostrado na figura abaixo:
Page 48
48
FIG. 2.21 – Acoplamento dos subsistemas no Simulink
2.6.1 SIMULAÇÃO
As seis próximas figuras apresentam a posição, velocidade e aceleração do centro de
massa do veículo bidimensional cujas rodas passam por um quebra-molas no instante t0=5s. O
primeiro conjunto de figuras mostra tais valores utilizando-se a suspensão Semi-Eixo Oscilante, e
o segundo refere-se ao desempenho que a suspensão alternativa proporciona.
Com isso, podem-se comparar tais valores e finalmente definir qual tipo de suspensão é
mais conveniente em termos de dinâmica do chassi.
Page 49
49
2.6.1.2 DINÂMICA DO CHASSI
Suspensão Semi-Eixo Oscilante
FIG. 2.22 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s)
Observa-se no gráfico que no instante inicial o chassi parte da posição nula e depois de um
tempo atinge a posição de equilíbrio. A partir daí, este percorre uma distância, até que no instante
t0 = 5s começa a passar sobre a excitação de base. Como esperado, a trajetória do centro de massa
do chassi é aproximadamente igual ao perfil do quebra-molas.
FIG. 2.23 – Velocidade do Centro de Massa (m/s) versus Tempo (s)
Page 50
50
FIG. 2.24 – Aceleração do Centro de Massa (m/s2) versus Tempo (s)
Suspensão alternativa
FIG. 2.25 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s)
Page 51
51
FIG. 2.26 – Velocidade do Centro de Massa (m/s) versus Tempo (s)
FIG. 2.27 – Aceleração do Centro de Massa (m/s2) versus Tempo (s)
Page 52
52
2.6.1.3 ESFORÇOS NAS SUSPENSÕES
Suspensão Semi-Eixo Oscilante
FIG. 2.28 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s)
Suspensão Alternativa
FIG. 2.29 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s)
Page 53
53
FIG. 2.30 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s)
Page 54
54
2.7 ACOPLAMENTO DOS COMPONENTES DO VEÍCULO COMPLETO
As figuras 2.39 e 2.40 representam acoplamentos dos subsistemas que compõem um
veículo completo, utilizando-se respectivamente as suspensões Semi-Eixo Oscilante e alternativa.
FIG. 2.31 – Acoplamento dos subsistemas com suspensão Semi-Eixo Oscilante no Simulink
RODA+PNEU TRASEIRO ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA+PNEU TRASEIRO DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
RODA+PNEU FRONTAL ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA +PNEU FRONTAL DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON TRASEIRO ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON TRASEIRO DIREITO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON FRONTAL ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON FRONTAL DIREITO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
Exct base tras esq
MATLAB
Function
Exct base tras dir
MATLAB
Function
Exct base front esq
MATLAB
Function
Exct base front dir
MATLAB
Function
Clock3Clock2
Clock1Clock
CHASSI TRIDIMENSIONAL
EF
E1
EF
E2
EF
E3
EF
D1
EF
D2
EF
D3
ET
E1
ET
E2
ET
E3
ET
D1
ET
D2
ET
D3
VF
E1
VF
E2
VF
E3
VF
D1
VF
D2
VF
D3
VT
E1
VT
E2
VT
E3
VT
D1
VT
D2
VT
D3
Page 55
55
FIG. 2.32 – Acoplamento dos subsistemas com suspensão alternativa no Simulink
Novamente, o conceito de modularidade apresenta-se nas figuras, permitindo a fácil
mudança dos subsistemas correspondentes aos tipos de suspensão.
RODA+PNEU TRASEIRO ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA+PNEU TRASEIRO DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
RODA+PNEU FRONTAL ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA +PNEU FRONTAL DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO TRASEIRO ESQUERDO 1
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3
MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO TRASEIRO ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3
MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO FRONTAL ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3
MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO FRONTAL DIREITO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3Exct base tras esq
MATLAB
Function
Exct base tras dir
MATLAB
Function
Exct base front esq
MATLAB
Function
Exct base front dir
MATLAB
Function
Clock3Clock2
Clock1Clock
CHASSI TRIDIMENSIONAL
EF
E1
EF
E2
EF
E3
EF
D1
EF
D2
EF
D3
ET
E1
ET
E2
ET
E3
ET
D1
ET
D2
ET
D3
VF
E1
VF
E2
VF
E3
VF
D1
VF
D2
VF
D3
VT
E1
VT
E2
VT
E3
VT
D1
VT
D2
VT
D3
Page 56
56
A seguir, a ilustração mostra mais uma facilidade da modularidade. Agora é possível
também utilizar os dois tipos de suspensão mesmo tempo, na dianteira e na traseira, Semi-Eixo
Oscilante e alternativa respectivamente.
FIG. 2.33 – Acoplamento dos subsistemas com os dois tipos de suspensão no Simulink
RODA+PNEU TRASEIRO ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA+PNEU TRASEIRO DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
RODA+PNEU FRONTAL ESQUERDO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneu
vel rodapneu
RODA +PNEU FRONTAL DIREITO
Exct Base = YpE(t)
esf rodapneuvel rodapneu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON FRONTAL ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
MECANISMO DE SUSPENSÃO MCPHEARSON FRONTAL DIREITO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO TRASEIRO ESQUERDO 1
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3MECANISMO DE SUSPENSÃO ALTERNATIVO TRASEIRO ESQUERDO
ve
l cha
ssi
1
ve
l cha
ssi
2
ve
l ro
da
pn
eu
ve
l cha
ssi
3
esf ch
assi
1
esf ch
assi
2
esf ro
dap
neu
esf ch
assi
3
Exct base tras esq
MATLAB
Function
Exct base tras dir
MATLAB
Function
Exct base front esq
MATLAB
Function
Exct base front dir
MATLAB
Function
Clock3Clock2
Clock1Clock
CHASSI TRIDIMENSIONAL
EF
E1
EF
E2
EF
E3
EF
D1
EF
D2
EF
D3
ET
E1
ET
E2
ET
E3
ET
D1
ET
D2
ET
D3
VF
E1
VF
E2
VF
E3
VF
D1
VF
D2
VF
D3
VT
E1
VT
E2
VT
E3
VT
D1
VT
D2
VT
D3
Page 57
57
2.7.1 SIMULAÇÃO
Para uma análise completa dos graus de liberdade do modelo, na simulação fez-se
apenas as rodas esquerdas, dianteira e traseira, passarem pelo quebra-molas inicialmente
em t0=5s, para assim se avaliar também o movimento Roll do veículo.
2.7.1.2 DINÂMICA DO CHASSI
4 Suspensões Semi-Eixo Oscilante
FIG. 2.34 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s)
FIG. 2.35 – Roll (rad/s) versus Tempo (s)
Page 58
58
FIG. 2.36 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s)
4 Suspensões alternativas
FIG. 2.37 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s)
Page 59
59
FIG. 2.38 – Roll (rad/s) versus Tempo (s)
FIG. 2.39 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
PITCH VS TEMPO
Tempo (s)
Pitch (
rad/s
)
Page 60
60
Suspensões Frontais Semi-Eixo Oscilante e Traseiras Alternativa
FIG. 2.40 – Posição do Centro de Massa (m) versus Tempo (s)
FIG. 2.41 – Roll (rad/s) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-0.25
-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
POSIÇÃO DO CENTRO DE MASSA VS TEMPO
Tempo (s)
Posiç
ão d
o C
entr
o d
e M
assa (
m)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
ROLL VS TEMPO
Tempo (s)
Roll
(rad/s
)
Page 61
61
FIG. 2.42 – Pitch (rad/s) versus Tempo (s)
2.7.1.3 ESFORÇOS NAS SUSPENSÕES
4 Suspensões Semi-Eixo Oscilante
- Suspensão Dianteira Esquerda:
FIG. 2.43 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
PITCH VS TEMPO
Tempo (s)
Pitch (
rad/s
)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-3000
-2500
-2000
-1500
-1000
-500
0ESFORÇO NA SUSPENSÃO FRONTAL ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
e A
mort
ecedor
(N)
Page 62
62
-Suspensão Traseira Esquerda:
FIG. 2.44 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s)
4 Suspensões alternativas
- Suspensão Dianteira Esquerda:
FIG. 2.45 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-5000
-4000
-3000
-2000
-1000
0
ESFORÇO NA SUSPENSÃO TRASEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
e A
mort
ecedor
(N)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-600
-500
-400
-300
-200
-100
0
ESFORÇO NA SUSPENSÃO DIANTEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
(N
)
Page 63
63
FIG. 2.46 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s)
- Suspensão Traseira Esquerda:
FIG. 2.47 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-400
-300
-200
-100
0
100
200
ESFORÇO NA SUSPENSÃO DIANTEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
o A
mort
ecedor
(N)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-800
-600
-400
-200
0
ESFORÇO NA SUSPENSÃO TRASEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
(N
)
Page 64
64
FIG. 2.48 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s)
Suspensão Frontal Semi-Eixo Oscilante e Traseira Alternativa
- Suspensão Dianteira Esquerda:
FIG. 2.49 – Esforço na mola e amortecedor (N) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-500
-400
-300
-200
-100
0
100
ESFORÇO NA SUSPENSÃO TRASEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
o A
mort
ecedor
(N)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-3000
-2500
-2000
-1500
-1000
-500
0
ESFORÇO NA SUSPENSÃO FRONTAL ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
e A
mort
ecedor
(N)
Page 65
65
- Suspensão Traseira Esquerda:
FIG. 2.50 – Esforço na mola (N) versus Tempo (s)
FIG. 2.51 – Esforço no amortecedor (N) versus Tempo (s)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-1000
-800
-600
-400
-200
0
ESFORÇO NA SUSPESÃO TRASEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
a M
ola
(N
)
0 2.5 5 7.5 10 12.5 15-600
-400
-200
0
200
ESFORÇO NA SUSPESÃO TRASEIRA ESQUERDA VS TEMPO
Tempo (s)
Esfo
rço n
o A
mort
ecedor
(N)
Page 66
66
3 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Embora a apresentação e utilização do conceito de modularidade fosse o ponto buscado
neste trabalho, o meio para tal aplicação fazia-se necessário, e os problemas que envolvem a
geometria do mecanismo de suspensão adaptaram-se perfeitamente a este fato. Isso significa que
não somente a técnica modular foi desenvolvida e aprendida, pois o modo de modelagem
alternativa, por grafos de ligação, garantiu um aspecto multidisciplinar bastante interessante e
válido para graduação.
Em face aos objetivos propostos, o desenvolvimento do trabalho obteve êxito ao produzir
um software de simulação gráfica completamente modular com subsistemas independentes e de
fácil manipulação, capaz gerar resultados coerentes com a realidade.
Uma outra característica importante do projeto em si é capacidade do mesmo em fornecer
diversos tipos de gráficos para as variáveis intermediárias. Uma vez elaborado o arranjo final, as
etapas intermediárias foram mantidas à disposição, e puderam ser analisadas com uma simples
inserção da função scope. Desta forma, a simplificação se tornou uma forte aliada comparada ao
método tradicional da 2º Lei de Newton.
Por fim, uma proposta para o continuamento do trabalho é o desenvolvimento de outros
tipos de suspensão considerando também a dinâmica lateral e a implementação de uma interface
gráfica com a ferramenta GUIDE do MATLAB.
Page 67
67
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
da Silva, F.R., 2007, Notas de Aula, IME, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
da Silva, F.R., 2004, “Modelagem e Análise de Sistemas Dinâmicos”, UERJ, Rio de Janeiro,
Brasil;
Costa Neto, R. T., Sarzeto, C. A. P., 2001, ”Modelo Plano de Suspensão Semi-Eixo Oscilante
Utilizando Transformadores Cinemáticos”, IME, Rio de Janeiro, Brasil;
Motta, Daniel da Silva, 2005, “Modelagem de uma suspensão veicular com elementos não-
lineares e comparação de seu desempenho com um modelo semi-ativo”, UNICAMP, Campinas,
SP, Brasil;
Soares, A. L. V., 2005, “Análise de Conforto e Elastocinemática das Suspensões de Duplo Estágio
de um Veículo de Competição OFF-ROAD em Ambiente Multicorpos”, USP, São Carlos, SP,
Brasil;
“Curso de Simulink 2.0 – Modelagem, Simluação e Análise de Sistemas Dinâmicos”, UERJ, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
Page 68
68
5 APÊNDICES
Apêndice 5.1 – Subsistema Cinemática da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink
Apêndice 5.2 – Subsistema1 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink
Page 69
69
Apêndice 5.3 – Subsistema2 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink
Apêndice 5.4 – Subsistema3 da Suspensão Semi-Eixo Oscilante em Simulink
Page 70
70
Apêndice 5.5 – Subsistema Cinemática da Suspensão Alternativa em Simulink
Apêndice 5.6 – Subsistema1 da Suspensão Alternativa em Simulink
Page 71
71
Apêndice 5.7 – Subsistema2 da Suspensão Alternativa em Simulink
Apêndice 5.8 – Função Excitação de Base em MATLAB
function u = exctbase(t)
t1=3; lambda=1.5; v=1; h=0.08;
if (t<t1) u=0; elseif (t<t1+lambda/v) u=h/2*(2*pi*v/lambda)*(sin(2*pi*(t-t1)*v/lambda)); else u=0; end