21
Sumrio1.0INTRODUO32.0Ptio ferrovirio42.1. Tipos de desvios42.2.
reas de ptios42.3. Localizao dos ptios53.0PROJETO DO
PTIO64.0CARACTERSTICAS DA VIA PERMANETE E DOS AMVS84.1. Definies
dos elesmentos que compem os AMVs84 .2. Tringulo de reverso94.3.
Terminal de gransi liquidos105.0DIMENSIONAMENTOS DOS AMVS115.1.
Dimensionamento para n=10125.1.1.ngulo do Corao125.1.2.ngulo de
desvio125.1.3.Contra agulha135.1.4.Raio de curvatura na sada da
agulha135.1.5.Distncia do talo da agulha ao corao145.1.6.Raio de
curvatura na sada do corao145.1.7.Distncia da ponta do corao ao
marco de desvio145.1.8.Arco do trilho antes do corao155.1.9.Arco do
trilho aps o corao155.1.10.Comprimento total da pra
ferroviria155.1.11.Comprimento total do terminal de
granis155.1.12.Comprimento total do terminal de derivados de
petrleo165.1.13.Comprimento total do desvio morto, acesso da
oficina:165.2.1.ngulo do Corao175.2.2.ngulo de desvio175.2.3.Contra
agulha175.2.4.Raio de curvatura na sada da agulha185.2.5.-Distncia
do talo da agulha ao corao185.2.6.-Raio de curvatura na sada do
corao185.2.7.- Distncia da ponta do corao ao marco de
desvio195.2.8.- Arco do trilho antes do corao195.2.9.- Arco do
trilho aps o corao195.2.10.- Comprimento total do triangulo de
reverso206.0QUANTIDADE DE TANQUES PARA ARMAZENAMENTO21
1.0 INTRODUO
A logstica na construo de um ptio ferrovirio fundamental para o
sucesso do transporte das cargas. Praticidade, eficincia e economia
de movimentos devem ser estudadas profundamente para viabilizar o
transporte ferrovirio. Neste documento ser apresentado o projeto do
ptio do terminal ferrovirio de Rondonpolis, localizado entre as
cidades de Rondonpolis e Itiquira. Para entender a logstica do
projeto do ptio de Rondonpolis, haver uma explicao terica a
respeito dos ptios, instalaes, acesso dos terminais e acesso
rodovia. Ser mostrado tambm o memorial de clculo para o
detalhamento dos AMVs (Aparelho de mudana de via), juntamente com o
embasamento terico dos elementos que o compe. Os dados utilizados
para o projeto do ptio foram disponibilizados pelo professor da
disciplina de ferrovias, Luiz Miguel De Miranda.
2.0. PTIOS
Os ptios servem de apoio ao sistema de transporte ferrovirio,
desempenhando diversas funes essenciais para o funcionamento do
sistema, atuando em alguns casos como ponto de integrao com outros
sistemas de transporte. Os ptios podem desempenhar as seguintes
funes:
a) Classificao e pr-classificao dos vages;b) Carregamento e/ou
descarregamento de mercadorias;c) Embarque e/ou desembarque de
passageiros;d) Cruzamento de trens;e) Abastecimento de
locomotivas;f) Regularizao do trfego;g) Reviso e manuteno de
locomotivas e/ou vages;h) Transbordo de mercadoria ou troca ou
alargamento de truques devido mudana de bitola.2.1. Tipos de
desvios
a) Desvio vivo - Tem uma entrada e uma sada.b) Desvio morto -
aquele em que s h uma entrada.
Figura 12.2. reas de ptios
a) rea de recebimento de trens: aquela onde os trens que
adentram o ptio so desviados da linha principal e temporariamente
armazenados antes de serem desmembrados e classificados. Nesse
intervalo de tempo ocorre tambm a inspeo da composio, sendo que
conforme a necessidade os vages avariados so marcados para serem
separados e ento destinados ao conserto.
b) rea de classificao: onde os vages so separados e reagrupados
em blocos segundo um destino comum, que pode ser o destino final da
carga ou outro ptio subseqente.
c) rea de formao de trens: aquela onde os trens so formados e
armazenados enquanto aguardam outras operaes que iro permitir a sua
partida, ou seja, o retorno para a linha principal. Entre essas
operaes esto a inspeo da composio para a partida, a preparao da
documentao fiscal do transporte das cargas e o prprio licenciamento
da movimentao pela linha principal.
2.3. Localizao dos ptios
A localizao de um ptio deve ser estudada afim de facilitar todo
o processo de chegada de carga pela rodovia, pela descarga dos
granis, e pelas manobras das locomotivas. H tambm a necessidade de
implantao de um ptio em plos geradores de receitas, entroncamentos
ferrovirios e ncleos habitacionais de importncia. Para que os trens
sejam abastecidos de maneira rpida e eficiente, deve haver diversos
desvios de manobra (desvios vivos e mortos) para permitir uma maior
mobilidade ao trem para receber os granis.Tambm importante prever
uma demanda futura de mercadoria, para que o ptio, silos e tanques
de armazenagem sejam dimensionados para prever tal demanda. H
outros fatores a serem vistos na construo de um ptio, entre eles
esto: maior planicidade possvel, solos resistentes s cargas
atuantes da ferrovia, evitar desapropriaes, facilidade de drenagem
na gua pluvial, evitar impactos ambientais.
3.0 PROJETO DO PTIO
Os ptios ferrovirios so dimensionados seguindo determinados
parmetros de projeto, segundo o trfego previsto, funo do volume de
transporte para o horizonte de projeto. Porm, dada a dinmica da
atividade, algumas vezes os volumes verificados superam em muito os
volumes previstos, o que torna necessria a reavaliao da sua
infra-estrutura a fim de garantir o atendimento da demanda de
transporte, na medida em que os ptios, na maioria das vezes,
constituem-se nos maiores gargalos operacionais.
Para o projeto de um ptio devem-se obedecer as seguintes
etapas:
Tabela 1 Etapas de um projeto
Nos parmetros bsicos na otimizao do ptio ferrovirio entre
Rondonpolis e Itiquira, foram adotadas as seguintes informaes:a)
Primeiro desvio vivo com comprimento til de 2.500 m; b) Segundo
desvio vivo com comprimento til de 2.450 m;c) Um desvio morto para
acesso ao terminal de granis lquidos derivado do desvio principal,
de acordo com o esquema fornecido, de 600 m;d) Um desvio morto para
acesso oficina de locomotivas, comprimento til de 300 m;e) Pra
ferroviria de raio de 180 m;f) Um tringulo de reverso para acesso
pedreira;
O esquema geral do ptio est mostrado na figura abaoxo.
PRA FERROVIRIA TERMINAL DE GRANIS LQUIDOSCUIAB
SANTOSBR-163RONDONPOLIS ITIQUIRASILOS TRINGULO DE REVERSO PTIO DE
CAMINHES GRANELEIROSPTIO DE CAMINHES TANQUES OFICINA DE
LOCOMOTIVASRAMAZNS AMV linha corrida (No 12)AMV ptio (ver tabela de
N 8)
Figura 2 Arranjo geral do terminal
4.0 CARACTERSTICAS DA VIA PERMANETE E DOS AMVS
4.1. Definies dos elementos que compe os AMVs
Agulhas - so peas laminadas de perfis de trilhos cuja ponta se
adapta ao encosto do trilho para direcionar o friso da roda. As
agulhas so retilneas, e o seu comprimento varia de acordo com as
caractersticas da linha. A abertura da agulha define o ngulo do
desvio.Contra agulha - so peas semelhantes s agulhas que recebem a
face destas quando so movimentadas para direcionar o friso das
rodas. Aparelho de manobra - o sistema de comando da agulha,
composto por um conjunto de peas e articulaes que movimentam as
agulhas. Geralmente, os aparelhos de manobra na linha corrida so
comandados eletricamente, enquanto nos terminais e ptios so
operados manualmente.Trilhos de ligao so trilhos curvos que unem o
talo da agulha com o corao do AMV. neles que ocorre a curvatura
para acesso ao desvio.Corao ou jacar - a parte principal do AMV,
geralmente constituda de uma pea fundida, com as sees dos trilhos e
canais por onde passam os frisos das rodas.
Figura 3 ngulo do corao do AMV2Contra trilho so trilhos que so
colocados junto dos trilhos externos, cuja finalidade evitar o
atrito do friso da outra roda com a ponto do corao e mant-lo
confinado para evitar descarrilamentos, uma vez que o impacto da
mudana de direo facilita que o friso da outra roda escale o boleto
consumando assim a desestabilizao do movimento. Calos - So peas de
ferro fundido, aparafusadas entre os trilhos e contratrilhos,ou
entre a agulha e contra-agulha e tm por finalidade de manter
invarivel o afastamento entre eles.Coxins - Chapas colocadas sob as
agulhas do AMV, e mantidas sempre lubrificadas, pois sobre elas
deslizam as agulhas, quando movimentadas.
4.2. Pra ferroviria
So desvios fechados contendo um raio de curvatura compatveis com
a locomotiva, comprimento til do trem e velocidade de trajeto. Esse
desvio responsvel pela mudana de trajetria da composio e de
facilitar o acesso do trem aos terminais desejados.
Figura 4 Pra ferroviria
4 .3. Tringulo de reverso
Um tringulo de reverso consiste em uma bifurcao em duas linhas,
com possibilidade de passagem em todos os sentidos. Ela composta
por trs aparelhos de mudana de via ligando as duas linhas em uma
linha de concordncia entre elas. O raio de curvatura tem de ser
adequado para operao da locomotiva de ptio, para evitar algum tipo
de acidente e desgaste excessivo do trilho.
Figura 5 Tringulo ferrovirio
5.0 DIMENSIONAMENTOS DOS AMVS
Na via corrida ser utilizado corao nmero 12, e para os AMVS do
ptio sero utilizados os parmetros correspondentes ao nmero 8.Para o
dimensionamento do projeto temos as caractersticas gerais:
- bitola : 1,60m- carga por eixo : 35,0 t - trilho : TR- 68-
tenso mxima admissvel : 1.500 kg/cm2- temperatura mxima : 60 C-
temperatura mnima : 10 C- fixaes : elsticas tipo pandrol - largura
do boleto do trilho : 74,6 mm - Entrelinha :3,5 m-Nmero do corao :8
- 12
Tabela 2 Quadro de caractersticas do projeto da via permanente
(Variveis do projeto)ParmetrosGrupo 03
Entrelinha, (m)3,5
No do corao8/12
Velocidade de projeto, km/h75
Raio de curvatura da pra, (m)180
De acordo com o nmero do AMV determinado anteriormente, o
comprimento da agulha atribudo de conforme a tabela 3.
Tabela 3 - Projeto das agulhasNo do AMVComprimento da agulha
(m)
83,3528
126,7056
5.1.Dimensionamento para n=81. 2. 3. 4. 5. 5.1. 5.1.1. ngulo do
CoraoO ngulo do corao calculado atravs da frmula:
ngulo do corao ()N nmero do coraoDe acordo com os parmetros
adotados na tabela 2 para o nmero 09, tem-se:
5.1.2. ngulo de desvioCom o comprimento da agulha especificado
na tabela 3, tem-se o ngulo de desviocalculado atravs da frmula
seguinte:
ngulo de desvio ()h comprimento da agulha (m)i afastamento entre
agulha e contra-agulha (m), que calculado da seguinte forma:
f Talo da agulha (mm)c largura do boleto (mm)
Tabela 4 Dimenses padro dos trilhos
O trilho selecionado foi o TR 68 e de acordo com a Tabela 4 -
Dimenses padro dos trilhos, largura correspondente do boleto de
74,6 mm, e considerando um talo da agulha com 100 mm, tem-se:
De acordo com a Tabela 26 Parmetros dos Aparelhos de mudana de
via, o comprimento da agulha para um nmero igual a 08 (oito) de
3353 mm, ou seja, de 3,353 m.Logo:
5.1.3. Contra agulhaA contra agulha dimensionada atravs da
seguinte equao:
m contra agulha (m);h comprimento da agulha (m);
5.1.4. Raio de curvatura na sada da agulhaJ o raio de curvatura
deve ser dimensionado da seguinte forma:
R raio de curvatura na sada da agulha (m); ngulo do corao ()
ngulo de desvio (),t medida da entrada do corao (m),B bitola do
rodeiro (m), onde:
b bitola (m)c largura do boleto (m)
5.1.5. Distncia do talo da agulha ao coraoEsta grandeza
calculada da seguinte forma:
R raio de curvatura na sada da agulha (m);l distncia do talo da
agulha ao corao (m), ngulo do corao () ngulo de desvio ()t medida
da entrada do corao (m)
5.1.6. Raio de curvatura na sada do coraoPara o raio de
curvatura na sada do corao temos:
R raio de curvatura na sada do corao (m)n medida da entrada do
corao (m);E Entrelinha (m) ngulo do corao () ngulo de desvio ()
Segundo Tabela 01 Caractersticas da via permanente, a Entrelinha
de projeto de 4,5 m, sendo assim:
5.1.7. Distncia da ponta do corao ao marco de desvio
l distncia da ponta do corao ao marco de desvio (m);E Entrelinha
(m) ngulo do corao ()R raio de curvatura na sada do corao (m)
5.1.8. Arco do trilho antes do corao
R raio de curvatura na sada da agulha (m);
5.1.9. Arco do trilho aps o corao
R raio de curvatura na sada do corao (m)
5.1.10. Comprimento total da pra ferroviriaPor fim, o
comprimento total do desvio e dado a seguir:
L comprimento total do desvio (m),m contra agulha (m)l distncia
do talo da agulha ao corao (m),l distncia da ponta do corao ao
marco de desvio (m);lw comprimento da composio ferroviria
De acordo com projeto, a pra ferroviria tem 2500m de
comprimento, sendo assim:
5.1.11. Comprimento total do terminal de granisPor fim, o
comprimento total do desvio e dado a seguir:
L comprimento total do desvio (m),m contra agulha (m)l distncia
do talo da agulha ao corao (m),l distncia da ponta do corao ao
marco de desvio (m);lw comprimento da composio ferroviria
De acordo com projeto, o terminal de granis tem 650m de
comprimento, sendo assim:
5.1.12. Comprimento total do terminal de granis lquidosPor fim,
o comprimento total do desvio e dado a seguir:
L comprimento total do desvio (m),m contra agulha (m)l distncia
do talo da agulha ao corao (m),l distncia da ponta do corao ao
marco de desvio (m);lw comprimento da composio ferroviria
De acordo com projeto, o terminal de granis lquidos possui 600 m
de comprimento, sendo assim:
5.1.13. Comprimento total do desvio morto, acesso da oficina:Por
fim, o comprimento total do desvio e dado a seguir:
L comprimento total do desvio (m),m contra agulha (m)l distncia
do talo da agulha ao corao (m),l distncia da ponta do corao ao
marco de desvio (m);lw comprimento da composio ferroviria
5.2 Dimensionamento para n=125.2. 5.2.1. ngulo do CoraoO ngulo
do corao calculado atravs da seguinte formula:
ngulo do corao ()N nmero do coraoDe acordo com os projetos
Caractersticas da vias de acesso rpido, o nmero do corao igual a 12
(doze), logo:
5.2.2. ngulo de desvioJ o ngulo de desvio calculado atravs da
seguinte formula:
ngulo de desvio ()h comprimento da agulha (m)i afastamento entre
agulha e contra-agulha (m), que calculado da seguinte forma:
f Talo da agulha (mm)c largura do boleto (mm)
O trilho selecionado foi o TR 68 e de acordo com a Tabela XX
Dimenses padro dos trilhos, largura correspondente do boleto de
70,5 mm, e considerando um talo da agulha com 100 mm, tem-se:
De acordo com a Tabela 26 Parmetros dos Aparelhos de mudana de
via, o comprimento da agulha para um nmero igual a 12 (seis) de
6706 mm, ou seja, de 6,706 m.Logo:
5.2.3. Contra agulhaA contra agulha dimensionada atravs da
seguinte equao:
m contra agulha (m);h comprimento da agulha (m);
5.2.4. Raio de curvatura na sada da agulha
J o raio de curvatura deve ser dimensionado da seguinte
forma:
R raio de curvatura na sada da agulha (m); ngulo do corao ()
ngulo de desvio (),t medida da entrada do corao (m),B bitola do
rodeiro (m), onde:
b bitola (m)c largura do boleto (m)
5.2.5. -Distncia do talo da agulha ao corao
Esta grandeza calculada da seguinte forma:
R raio de curvatura na sada da agulha (m);l distncia do talo da
agulha ao corao (m), ngulo do corao () ngulo de desvio ()t medida
da entrada do corao (m)
5.2.6. -Raio de curvatura na sada do corao
Para o raio de curvatura na sada do corao temos:
R raio de curvatura na sada do corao (m)n medida da entrada do
corao (m);E Entrelinha (m) ngulo do corao () ngulo de desvio ()
Segundo Tabela 01 Caractersticas da via permanente, a Entrelinha
de projeto de 3,5 m, sendo assim:
5.2.7. - Distncia da ponta do corao ao marco de desvio
l distncia da ponta do corao ao marco de desvio (m);E Entrelinha
(m) ngulo do corao ()R raio de curvatura na sada do corao (m)
5.2.8. - Arco do trilho antes do corao
R raio de curvatura na sada da agulha (m);
5.2.9. - Arco do trilho aps o corao
R raio de curvatura na sada do corao (m)
5.2.10. -Comprimento total do triangulo de reverso
O comprimento total do desvio e dado a seguir:
L comprimento total do desvio (m),m contra agulha (m)l distncia
do talo da agulha ao corao (m),l distncia da ponta do corao ao
marco de desvio (m);lw comprimento da composio ferroviria
De acordo com projeto, o desvio principal tem 2500 m de
comprimento, sendo assim:
Dados do projeto:
Tabela 5 dados dos AMVs
6.0 QUANTIDADE DE TANQUES PARA ARMAZENAMENTO DOS GRANIS
A capacidade de armazenagem dos granis foi calculada para
armazenar os granis durante um dia.
Tabela 6 Quantificao dos tanques