Curso de Design Vinícius Cristiano Fruet Projeto de Produto I: Projeto de copo térmico para o consumo de café, abordando a função simbólica. Caxias do Sul 2014
Curso de Design
Vincius Cristiano Fruet
Projeto de Produto I:
Projeto de copo trmico para o consumo de caf, abordando a funo
simblica.
Caxias do Sul
2014
Linha de formao: Design de Produto
Design de Utenslio Domstico
1
ndice de Figuras
Figura 1 - Bebidas Consumidas regularmente ................................................................. 6
Figura 2 Consumo de caf dentro e fora de casa .......................................................... 7
Figura 3 Comparao entre pesquisas ....................................................................... 10
Figura 4 Produtos de sensorialidade e prazer ............................................................. 12
Figura 5 Associaes ao caf ..................................................................................... 13
Figura 6 Escolaridade da populao ........................................................................... 22
Figura 7 Usurios de Internet no Brasil ....................................................................... 23
Figura 8 Renda familiar por classes ............................................................................ 24
Figura 9 - Anlise de Funes ........................................................................................ 30
Figura 10 - Ambiente de Consumo ................................................................................. 32
Figura 11 Painel de produtos consumidos pelo pblico alvo ....................................... 37
Figura 12 - Painel Conceitual I ....................................................................................... 38
Figura 13 - Termostato Nest ........................................................................................... 45
Figura 14 - Render Copo Trmico .................................................................................. 49
Figura 15 - Vistas e Isometria ......................................................................................... 50
Figura 16 - Vista explodida ............................................................................................. 51
2
ndice de Tabelas
Tabela 1 - Comparao entre produtos .......................................................................... 31
Tabela 2 - Necessidades, Requisitos e Atributos ........................................................... 33
3
Sumrio
Resumo ............................................................................................................................ 5
1 CONSUMO DO CAF .................................................................................................. 6
1.1 TIPOS DE CAF ........................................................................................................ 7
1 TENDNCIAS DE CONSUMO NO RAMO ALIMENTCIO ........................................... 8
1.1 SENSORIALIDADE E PRAZER ............................................................................... 11
2 ASSOCIAES COM O CAF ............................................................................... 12
2.1 A CULTURA STARBUCKS DE TOMAR CAF ....................................................... 14
TEORIA DO DESIGN ..................................................................................................... 16
1 CONCEITOS SOBRE DESIGN ................................................................................... 16
1.1 DESIGN FUNCIONALISTA ...................................................................................... 17
1.1.1 Plato e o Design Funcionalista ................................................................... 17
1.2 DESIGN SIMBLICO .............................................................................................. 19
1.3 ASPECTOS ABORDADOS PELO DESIGN DE PRODUTO.................................... 20
1.3.1 Produtos de Uso: Utenslio Domstico ........................................................ 20
GRUPO DE INTERESSE ............................................................................................... 22
1 PBLICO-ALVO ......................................................................................................... 22
2 ENTREVISTA: CAF E ESTILO DE VIDA ................................................................. 24
2.1 CONCLUSES DA ENTREVISTA .......................................................................... 28
3 ANLISE DE PRODUTOS PARA O CONSUMO DE CAF ...................................... 29
4 CONCLUSO DO DESIGN ........................................................................................ 32
5 NECESSIDADES E REQUISITOS DO USURIO ...................................................... 33
Especificao da Oportunidade .................................................................................. 35
MATERIAIS E MECANISMOS ....................................................................................... 36
1. ESPECIFICAES DOS MATERIAIS ...................................................................... 36
1.1 DURABILIDADE ...................................................................................................... 36
1.2 APARNCIA ESTTICO-FORMAL ......................................................................... 36
1.3 FATORES SIMBLICOS ......................................................................................... 37
1.4 DIMENSO SEMITICA ......................................................................................... 38
4
2 PROPRIEDADES INTANGVEIS DOS MATERIAIS ................................................. 39
3 SELEO DOS MATERIAIS ...................................................................................... 40
3.1 TAMPA ..................................................................................................................... 40
3.1.1 Dispositivo para realar o aroma ........................................................................... 41
3.2 CORPO .................................................................................................................... 41
3.3 BASE ........................................................................................................................ 42
3.4 DISPOSITIVOS EXTRAS ......................................................................................... 42
PROCESSO CRIATIVO ................................................................................................. 45
1 SKETCHES EM A5 ..................................................................................................... 45
2 SKETCHE DA TAMPA EM A3 ................................................................................... 46
3 MESCRAI .................................................................................................................... 46
CONCEITO DO PROJETO ............................................................................................ 48
ESPECIFICAES DO PRODUTO .............................................................................. 49
1 RENDER ..................................................................................................................... 49
2 DESENHOS TCNICOS ............................................................................................. 50
CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................... 52
RERNCIAS .................................................................................................................. 53
5
Resumo
Por meio de uma anlise de pesquisas sobre o ramo alimentcio e uma breve
reviso terica, este produto terico visa apontar uma oportunidade de projeto dentro
do ramo de consumo do caf, se utilizando de apontadores oficiais sobre o mercado e
buscando encontrar atravs da teoria do Design e da sua aplicao, uma forma de
concepo de um produto que transmita identidade e reflita o imaginrio popular que
circunda o caf, resultando em um utenslio domstico, um copo trmico para o
consumo de caf.
Palavras-chave: Design de Produto, Caf, Funo Simblica, Utenslio Domstico.
Copo Trmico.
6
JUSTIFICATIVA
1 CONSUMO DO CAF
Segundo o Brasil Food Trends 2020 (BFT 2020) o aumento da populao
urbana faz com que a demanda alimentcia aumente de forma proporcional. O
indivduo, que antes produzia para seu prprio sustento, passa a consumir produtos
industrializados e processados, incorporando assim a economia de mercado vigente.
Dentro deste padro de consumo o caf a bebida mais consumida no Brasil,
ficando atrs somente da gua, de acordo com a Associao Brasileira da Industria de
Caf (ABIC. 2010), e seguido principalmente de refrigerantes, leite e suco, como
demonstra o grfico (Figura 01).
Figura 1 - Bebidas Consumidas regularmente
Fonte ABIC
H muitas motivaes ao consumo do caf, como indicam pesquisas das
principais fabricantes de mquinas caf expresso, Zylbersztajn e Farina & Santos
(1993), o caf faz parte do contexto cultural brasileiro. (Sampaio et al. 2012)
7
Segundo a ABIC, entre 2003 a 2010, observa-se que o caf possui um ndice
de consumo com poucas mudanas, com seu ponto mais baixo em 2003 e 2007, com
91% de consumo declarado do produto, obtendo seu pice em 2008 e 2009, com 97%
de pessoas declarando o consumo. Isto prova a consolidao do caf na cultura
brasileira, o produto no tem tantas variaes no consumo, devido ao fato de no ser
um produto regional ou de tendncia de curto prazo, mas sim um produto que faz parte
do dia-a-dia do brasileiro.
Essa alta constante do caf, proporciona um dos principais desafios da indstria
cafeeira, a manuteno entre o consumo e a produo do caf, pois quando
perguntado aos consumidores sobre o que seria um caf de qualidade, as respostas
sempre trazem a referncia ao aroma/sabor, que mesmo parecendo aspectos simples,
demonstram o esforo da cadeia como um todo. (ABIC, P.7,8. 2010)
1.1 TIPOS DE CAF
Segundo ABIC(2010) os tipos de caf mais consumidos podem ser segregados
em: Modo, Instantneo, Cappuccino instantneo, Cappuccino no instantneo,
Expresso e Especiais.
O grfico de mesma fonte (Figura 02), demonstra o consumo dentro e fora de
casa, de cada um dos tipos de caf classificados anteriormente.
Figura 2 Consumo de caf dentro e fora de casa
Fonte ABIC
Se torna perceptvel, atravs do grfico, a consolidao do consumo de caf
fora de casa, que vem em um crescente de 307% desde 2003.Tambm percebido
8
que o caf modo o mais consumido em casa, enquanto os instantneos so mais
consumidos fora de casa.
H destaque tambm para o crescimento do consumo de cafs especiais, que
conforme a ABIC, podem ser divididos entre: Orgnicos, Descafeinados, Gourmet e/ou
de origem certificada.
1 TENDNCIAS DE CONSUMO NO RAMO ALIMENTCIO
Partindo de um panorama mundial e seguido de um paralelo com o Brasil, a
BFT 2020, apontou os principais fatores que influenciam o consumidor no momento da
compra.
A partir de dados j consumados no Brasil, e em processo de consolidao em
outros pases emergentes, a pesquisa aponta a grande migrao do meio rural para o
urbano, tornando maior o nmero de pessoas que consomem os produtos
industrializados.
Outro dado apresentado pela pesquisa, o aumento da expectativa de vida da
populao, como contraponto da baixa natalidade, assim como o aumento da
participao da mulher no mercado de trabalho.
Um dos dados atrativos para este projeto o de que, segundo dados do World
Economic Outlook Database (WEO), citado pela BFT 2020(p.29), o aumento de renda e
poder de consumo do indivduo em pases emergentes, tem crescido de forma
significativa, tendo como exemplo a China, que aumentou a renda em mdia em 8,7%
por ano, a partir de 2008.
Segundo o Censo Demogrfico, efetuado pelo IBGE em 2010, foi apontado no
Brasil o aumento na renda mensal, em relao ao Censo anterior, aumento foi por
cerca de 5,5%, separando por sexo, a mulher teve um aumento na renda de 13,5% e os
homens de 4,1%.
O mesmo censo aponta o aumento na instruo do povo brasileiro, no qual
anteriormente era de 65,1% de pessoas sem instruo ou com fundamental completo,
caiu para 50,2%, sendo essas com dez anos ou mais de idade por nvel de instruo.
J o nmero de pessoas com ensino superior subiu de 4,4% para 7,9%.
9
Apesar do nmero de analfabetos no Brasil ainda, ser expressivo, cerca de
11,4% de toda a populao, o crescimento no nvel de instruo da populao vem
crescendo e se tornando perceptvel. (BFT 2020)
O aumento no nvel de escolaridade, sugere uma mudana no modo de
consumo, adequando-se melhor ao consumidor, e o mesmo tendo conscincia maior
sobre o que e como consumir. (BFT 2020)
Outra mudana que influencia o consumo dos alimentos, o fcil intercambio
entre informaes e cultura, sendo este um fator qualitativo tanto quanto o maior nvel
de escolaridade. Neste mbito a internet toma grande destaque, nela a fcil transio
de informaes e culturas, de forma democrtica, se associa ao conhecimento
individual ou de um grupo, influenciando um grande nmero de usurios. (BFT 2020)
Segundo o IBGE (2010), a quantidade de microcomputadores era de 38,3%,
sendo estes 30,7% com acesso internet, mas partindo especificamente para a regio
Sudeste, esse nmero passa a 48% e 39.6% respectivamente.
Com esses dados conclui-se que o maior desafio conciliar a qualidade do
produto e sua produo, com as exigncias do consumidor, que a cada dia compe
novos filtros aos produtos que consome, e nesses intrinsicamente includos os do setor
alimentcio.
A partir de dados como estes, o BFT 2020 fez um paralelo entre pesquisas de
tendncia no setor alimentcio em mbito mundial. As pesquisas utilizadas apontam 5
vieses principais na tendncia no setor. Sendo eles:
1. Sensorialidade e Prazer
2. Saudabilidade e Bem-estar
3. Convenincia e Praticidade
4. Confiabilidade e Qualidade
5. Sustentabilidade e tica
Abaixo, segue um quadro (Figura 03) mostrando as pesquisas usadas e a
periodicidade em que esses pontos aparecem nelas.
10
Figura 3 Comparao entre pesquisas
Fonte BFT 2020
Para uma melhor anlise sobre o setor no Brasil, foi solicitado ao Ibope uma
pesquisa sobre como os fatores relacionados a tendncias mundiais se refletiam no
Brasil, sendo esta pesquisa encomendada pelo Fiesp e apresentada no BFT 2020.
A pesquisa apontou quanto o Brasil sucessvel as tendncias apresentadas
tambm em outros pases, nessa pesquisa, trs fatores principais foram iguais aos de
mbito mundial, sendo eles: Convenincia e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade, e
Sensorialidade e Prazer.
Segundo esta pesquisa, as trs tendncias so equilibradas, com 34% em
Convenincia e Praticidade, 23% em Confiabilidade e Qualidade, 23% em
11
Sensorialidade e Prazer, sendo o quarto item, uma juno de sustentabilidade e tica
com saudabilidade e bem-estar, este item fica com 21%.
Com base nestes dados, a justificativa do projeto, partir pelo vis de
Sensorialidade e Prazer como embasamento para resoluo da problemtica.
1.1 SENSORIALIDADE E PRAZER
Diretamente ligada a renda da populao, nvel de educao, informao e
outros fatores, surge o que permeia o vis da sensorialidade e prazer.
A culinria tem sido valorizada como uma experincia ao redor do mundo, os
produtos tnicos e culinrias regionais tomam destaque nesse quadro, tanto em
ambientes especficos, como nos produtos industrializados. Essa distribuio cria a
experincia do novo, fazendo com que o consumidor consuma mais sabores texturas,
aromas etc. (BFT 2020)
Outro ponto importante o uso da culinria como meio de interao social, e
sendo este muito valorizado, torna assim os produtos um forte elo social, tanto
internamente em seus lares, quanto em ambientes projetados para esses fins. (BFT
2020)
O valor acrescentado ao produto, que trata tanto de qualidade, mas tambm do
valor simblico no consumo do mesmo, um forte ponto a ser explorado. Os produtos
gourmet e premium tomam destaque nesse contexto, com sua destinao comum ao
pblico de classe alta, porm pensando no possvel consumo do pblico emergente,
que segundo o BFT 2020 ser o que representar o grande pblico consumidor da
indstria de alimentos. (BFT 2020)
Dentro deste mbito, destaca-se o consumidor foodies, que o consumidor
aficionado pelos novos sabores e experincias na alimentao. (BFT 2020)
Abaixo, segue um quadro de exemplos relacionados a tendncia da
sensorialidade e prazer (Figura 04).
Neste quadro, perceptvel que em qualquer das trs divises, a busca pela
experincia, o aumento do valor agregado ao produto e a oportunidade de gerao de
laos permeados pelos produtos alimentcios.
12
Figura 4 Produtos de sensorialidade e prazer
Fonte BFT 2020
2 ASSOCIAES COM O CAF
Estudos na rea de psicologia, tem sido de grande utilizao em setores ligados
com a conceituao de projetos, segundo estes, o ser humano tem necessidades,
sendo algumas solucionadas com o consumo. Segundo Maslow (1954, 1970) pode-se
segregar as necessidades em sete grupos, sendo eles: fisiolgicas, segurana, social,
estima/status/ego, compreenso cognitiva, estticas e de auto realizao/continuas,
onde cada uma deve ser suprida para que a prxima possa existir, este processo sendo
conhecido como hierarquia das necessidades. (Sampaio, Coelho, Gosling, Fagundes,
Sousa. 2012)
13
Partindo do pressuposto de que as necessidades fisiolgicas e de segurana,
no caso do consumo do caf com nfase em sensorialidade e prazer, j foram supridos,
comea-se a pensar do mbito social.
O caf associado com diversas sensaes, normalmente ligado a sensaes
positivas, como aponta o grfico seguinte pela ABIC (Figura 05).
Figura 5 Associaes ao caf
Fonte - ABIC
Segundo Zilbersztajn et al. (apud SOUZA,2000), O caf est presente e
familiarizado com o cliente, como preceito de que ele um forte estimulante pessoal,
tambm o torna como um pretexto para intervalos e relaes sociais, assim como o
caf pode trazer uma experincia pessoal particular ao consumidor, um momento para
si.
Outra associao muito presente com o caf, a percepo de seu aroma,
segundo o artigo Justificativas e motivaes do consumo e no consumo de caf,
apontado que o aroma do caf uma das partes mais apreciadas pelo consumidor,
mesmo entre os que no consomem o produto, sendo o aroma, utilizados por empresas
cosmticas. (ARRUDA et al. 2009)
14
Segundo a ABIC, o benefcio principal do caf, percebido por seus
consumidores, a melhora da disposio pessoal e mental. A mesma pesquisa aponta
a pr-disposio ao gasto maior para cafs com mais qualidades, sendo estes
apresentados como oportunidade e responsabilidade com a manuteno dos fatores
mais associados com o caf, que so o sabor e o aroma.
2.1 A CULTURA STARBUCKS DE TOMAR CAF
O investimento dentro de uma experincia em tomar caf, explorando os
aspectos simblicos do caf, j empreendido pelo mercado, um exemplo claro a
empresa Starbucks.
Fundada em 1971, em Seattle, hoje j uma importante empresa dentro do
ramo alimentcio, conseguiu inovar e trazer o caf, produto quase banal, segundo
Michelli (2007), para o patamar de uma experincia extraordinria, sendo hoje uma das
empresas em maior crescimento no setor.
A Starbucks muito caracterizada pela fidelidade de seus clientes, considerada
como uma empresa que alm de inovar o setor, tambm modificou a cultura de como
tomar caf. (MICHELLI. 2007)
Segundo Claro (2006) a filosofia da empresa a de capturar o imaginrio do
cliente, citando as palavras de Howard Schultz, fundador da empresa, so apontados
cinco pontos da filosofia da empresa.
1. Entrar em uma de nossas lojas como o sabor do romance. As pessoas
conseguem um break de dez minutos que os remetem para bem longe da rotina
da vida cotidiana. Qualquer um tem a chance de pedir desde uma xcara de
caf at uma bebida extica de caf que podem ser a marca de um dia comum.
2. Os nossos clientes tm a chance de ter acesso a um produto de luxo. Nas
nossas lojas voc pode encontrar desde um policial at um alto executivo ou
um cirurgio plstico. Um policial ou gari talvez no consiga comprar um carro
importado como aquele dirigido pelo executivo, mas com certeza eles
conseguem comprar o mesmo cappuccino de 2 dlares. Ambos esto dando
um prmio a si mesmo e apreciando algo muito especial. 3. Ns oferecemos um
Osis para nossos consumidores. Na correria do dia-a-dia, nossas lojas
15
oferecem uma atmosfera onde as pessoas podem recarregar as energias para
logo aps retornarem as atividades do dia. 4 Nossos baristas sorriem, servem
rpido e no atormenta quem frequenta nossos ambientes. As lojas possuem
assentos confortveis, poltronas, lareiras, luminosidade apropriada e msica
suave. Tudo para que o cliente escape dos acontecimentos do dia. Queremos
ser um suspiro de ar fresco! 5. Criamos o clima para encontros casuais. A
combinao de todos os fatores acima cria o clima para a interao social.
(CLARO, 2006, apud SCHULTZ)
Neste contexto fica claro a movimentao do mercado, para tornar o consumo
do caf uma experincia social e/ou particular, criando elos sociais, e incluindo o caf
de uma forma diferente na cultura.
16
TEORIA DO DESIGN
1 CONCEITOS SOBRE DESIGN
A palavra design vem sendo associada por meios publicitrios a vrios fins, o
prprio conceito de Design confuso, torna a ideia geral de Design apenas em termos
superficiais, como aponta Lbach (1976).
Segundo o Dicionrio Aurlio, o conceito de design :
Disciplina que visa criao de objetos, ambientes, obras grficas etc. que
sejam ao mesmo tempo funcionais, estticas e conformes com os imperativos
da produo industrial. / Conjunto de objetos criados sob tais critrios.
Como observado por Lbach (1976), Design seria a concepo de uma ideia
transpondo-a para um meio passvel de produo industrial, utilizando-se de
ferramentas projetuais para sua concretizao, como croqui, projetos etc. trazendo de
uma forma visvel a soluo da problemtica. Assim o Design estaria funcionando na
forma de um processo configurativo.
Outro conceito sobre design foi proposto por Maldonado (1961):
Design uma atividade projetual que consiste em determinar as propriedades
formais dos objetos a serem produzidos industrialmente. Por propriedades
formais entende-se no s as caractersticas exteriores, mas, sobretudo, as
relaes estruturais e funcionais que do coerncia a um objeto tanto do ponto
de vista do produtor quanto do usurio.
J Flusser (1999), partindo por um vis menos funcionalista atribui ao Design a
propriedade de signum, ou seja, a importncia de dar significado simblico(signo) ao
item projetado.
17
1.1 DESIGN FUNCIONALISTA
O Design funcionalista tem como principal vertente a funo prtica do artefato.
Segundo Brdek (2005), tem como base um conceito mal interpretado do arquiteto
Louis H. Sullivan (1856 - 1924), "Cada coisa na natureza tem sua configurao, quer
dizer uma forma, uma aparncia externa, pela qual ns sabemos o que significa, e o
que a diferencia de ns mesmos e de todas as outras coisas" (Sullivan, 1896. Apud
BRDEK, 2006). Porm o autor busca expressar a necessidade de uma ligao entre a
forma do projeto arquitetnico com a vida, explorando principalmente a dimenso
semitica do projeto. (BRDEK, 2006)
A concretizao do conceito funcionalista associado a Bauhaus, ali a
configurao da forma e tida como um superao aos estilos, que ao mesmo tempo se
tornava simbolicamente um estilo bauhausiano reservado a uma pequena parte da
populao, tendo conotao de intelectual e progressista. (BRDEK, 2006)
Como Brdek (2006) afirma, o contexto histrico era favorvel ao florescimento
desta maneira de se fazer Design, em suas palavras:
A produo em massa desenvolvida era reconhecida como um instrumento
adequado para a estandardizao e racionalizao da produo. Isto valia para
o design e a arquitetura. Especialmente na HfG Ulm, este conceito foi
desenvolvido terica e praticamente nos anos 60, de forma consequente.
1.1.1 Plato e o Design Funcionalista
O autor Portugal (2013) faz um paralelo entre o conceito de retrica como uma
tchne, segundo Plato, com o conceito de Design funcionalista. O dilogo, composto
por Plato, mostra que o conceito de retrica no existiria como uma cincia, ela no
possuiria uma essncia, sendo ento a retrica a mestra da persuaso.
Segundo o texto e partindo do pressuposto que a retrica teria o papel de
persuadir, por exemplo: um mdico poderia persuadir mais facilmente outro profissional
da mesma rea, fazendo isso com mais exatido e sucesso do que um orador, a
18
retrica existiria como uma espcie de enganao para com os leigos. (Plato, apud
PORTUGAL, 2013)
Para Plato, o apego as aparncias, distanciaria a essncia das coisas, e na
essncia onde se encontra a qualidade e a beleza, sendo estas totalmente
verdadeiras, no servindo como engodo. (PORTUGAL, 2013)
Em suas palavras: A qualidade, a beleza e perfeio de cada utenslio, de cada
animal ou aco no visam outra coisa que no seja funo para a qual cada um foi
feito ou nasceu. (Ibidem, p.462, apud PORTUGAL, 2013)
Esta concepo se aproxima bastante ao Design funcionalista, porm em uma
oposio entre Plato e o Design, talvez o Design no seria a melhor forma de busca a
essncia, como demonstrado por Portugal (2013) em um dilogo, ao modo de Plato.
Scrates: - Com o que se ocupa o designer?
Designer:- Com a forma.
Scrates: - Por Hera, designer! Sua resposta me agrada. Mas me diga, o
sapateiro tambm no se ocupa da forma dos sapatos, e o construtor de navios
da forma dos navios? E para determinar a forma do sapato e do navio, estes
profissionais no se baseiam em seus conhecimentos da tchne da sapataria e
da tchne da construo de navios, de modo a fazer o sapato calar melhor e o
navio navegar melhor?
Designer: - Sim.
Scrates: - Ento se o construtor de navios se ocupa da forma dos navios e o
sapateiro da forma dos sapatos, com a forma de que coisa o designer se
ocupa?
Designer Ora, com a forma de todas as coisas.
Scrates Mas se concordamos que o sapateiro sabe mais sobre a forma do
sapato do que um designer, e um construtor de navios sabe mais sobre a forma
de navios, e assim por diante com todas as coisas, cada profissional sabendo
mais sobre a forma das coisas que so objetos de sua tchne, teremos que
admitir que em nenhuma ocasio tchne do design que devemos recorrer
para determinar a forma das coisas, de modo que temo ser obrigado a dizer-lhe
que a tchne do design no existe por no possuir objeto especfico.
Sendo assim, pela perspectiva de Plato o Design no existe como tchne.
Mesmo seu argumento tendo coerncia, esse dilogo acaba explorando o design
apenas pelo vis funcionalista, porm se transcendido a utilidade, como observa
19
Portugal (2013), O design passa a existir, entretanto, na medida em que escapa dessa
priso em que perspectivas como platnica e funcionalista o colocam. sendo o vis
que transpe a utilidade conhecido como Design Simblico.
1.2 DESIGN SIMBLICO
Segundo Lbach (1976), um objeto com funo simblica evoca sensaes e
experincias relacionados a acontecimentos j ocorridos. Sendo assim procede o
conceito, A funo simblica dos produtos determinada por todos os aspectos
espirituais, psquico e sociais do uso.
O aspecto simblico tambm tido como uma forma associativa, apresentado
em uma forma que no seja clara, assim sua interpretao depende do contexto em
que se aplica. (BRDEK, 2006)
Sloterdijk (2011) apresenta esse mesmo conceito de forma mais
contempornea, segundo ele o design deve repensar a problemtica, ou seja, no criar
algo do nada, mas sim repensar seu uso, esttica etc. de forma que se renove, por mais
que seu objetivo funcional j tenha chegado ao grau mximo de desenvolvimento. Para
ele, design continua para reinventar um mundo, partindo do pressuposto em que j
existe, mas no suficiente, sendo assim, continua-se a renovao com justificativa
para um novo comeo.
A esttica no meio simblico de relevante importncia, pois como Lbach
(1976) aponta, a funo simblica deriva da esttica, sendo essa expressa atravs da
forma, cor, tratamento de superfcie etc. assim fazendo com que o usurio consiga fazer
associaes sensoriais religadas a aparncia do produto. Gomes Filho (2006)
acrescenta ao conceito simblico a incorporao do estilo de vida e de valores culturais
de pessoas ou grupos.
Um dos pontos de origem do conceito de Design Simblico, parte na Idade
Mdia, onde a nobreza, para se diferenciar, obtinha produtos que trouxessem consigo
um status, um dos fatores que diferenciavam esses produtos eram o modo de
confeco, assim como seus materiais e acabamentos, sendo estes produtos luxuosos
20
e caros. A utilizao destes produtos tinha conotao de poder poltico, nvel cultural,
riqueza, servindo assim como uma afirmao social (LBACH, 1976)
J Portugal (2013) mostra que contemporaneamente o consumo est
intrinsicamente ligado a construo de uma identidade. Segundo ele, o uso de signos e
imagens se torna intencional pelo usurio, fazendo assim com que o usurio tenta
expressar e expor sua identidade. Assim, o design como fator comunicativo a
sociedade tambm se torna de relevante importncia.
Portanto a preocupao de projetar a intangibilidade do produto, se torna uma
forte vertente no design, como Cardoso (2012) defende, assim como SloterdijK (2011) e
Mizanzuk (2013), ou seja: O design como uma forma de reavaliar problemas ao invs
de solucion-los. (MIZANZUK, 2013)
1.3 ASPECTOS ABORDADOS PELO DESIGN DE PRODUTO
Segundo Gomes Filho (2006) o Design de Produto engloba as seguintes
funes:
Produtos de uso;
Mquinas e equipamentos em geral;
Produtos componentes em geral;
Artigos do lar.
A partir desta simplificao feita por Gomes Filho (2006), o projeto partir pelo
vis de produtos de uso.
1.3.1 Produtos de Uso: Utenslio Domstico
Os produtos de uso so definidos como itens que tem contato de interface
direto ao usurio, exemplos destes so: utenslios domsticos, joias, calados e outros.
O setor de utilidades domsticas separado, pela CNI (2005), como setor de
bens durveis, sendo seccionado em: servios de mesa, copa e cozinha (louas,
faqueiros, cristais), eletrodomsticos portveis (liquidificadores, ventiladores,
21
batedeiras, espremedores etc.) e linha branca (foges, mquina de lavar e secar,
geladeiras, aparelhos de refrigerao e etc.). (FARIA LEMOS, 2006).
22
GRUPO DE INTERESSE
1 PBLICO-ALVO
Parte-se do pressuposto que, como j analisado, o nvel maior na escolaridade
(Figura 06), afeta diretamente a anlise feita pelo consumidor, sendo assim, este tendo
maior conhecimento sobre o que consumir, caracteriza-se um dos primeiros dados
sobre pblico-alvo. (BFT 2020)
Figura 6 Escolaridade da populao
Fonte IPEA, BFT 2020
O grfico a seguir (Figura 07), mostra tambm o crescente acesso a informao
atravs da internet. (BFT 2020)
23
Figura 7 Usurios de Internet no Brasil
Fonte: BFT 2020
Assim, configura-se dois fatores importantes do pblico-alvo, so usurios com
o nvel de escolaridade crescente, provavelmente partindo do nvel superior, e com
acesso a informaes interculturais atravs de recursos como a internet.
Partindo tambm pelo vis apresentado anteriormente, na tendncia em
sensorialidade e prazer, indica-se outro fator importante ao pblicoalvo, sua classe de
renda, como analisado por LIMA e RICHERS (1991), dentro da modalidade
socioeconmica de segmentao de mercado.
Como analisado anteriormente, o pblico-alvo caracterizado pelo vis da
sensorialidade e prazer um pblico que tem grande apreo por vivenciar uma
experincia ao se alimentar, assim como a construo de elos sociais atravs da
interao oferecida pelos produtos. Configura-se um pblico que tem disponibilidade a
gastos maiores, com nfase em produtos de maior qualidade, assim como um status
social maior, sendo este pblico ento de classes A e B. (BFT 2020)
As classes A e B, segundo a ABEP (2005), partem de uma renda de R$ 2.013,
classe B2, a uma mdia de R$ 9.733 para classe A1, como mostra a tabela abaixo
(Figura 08):
24
Figura 8 Renda familiar por classes
Fonte - ABEP
Este sistema de classificao ABEP, classifica pelo critrio de renda
permanente, no por renda corrente como a SAE. Este modelo considerado mais
refinado, como relatado pelos desenvolvedores deste sistema para o jornal O Globo
(2013), pois analisa por um sistema de pontuao, assim analisando tambm posses.
(O GLOBO, 2013)
2 ENTREVISTA: CAF E ESTILO DE VIDA
Conforme apontado anteriormente, o caf tem representado um papel simblico
expressivo, com a inteno de comprovar territorialmente esse vis, foi entrevistado um
profissional, no qual se identifica com o pblico alvo, sobre aspectos relacionados ao
consumo de caf, atravs desta pesquisa foram abordados aspectos simblicos sendo
paralelos a pontos apontados em sensorialidade e prazer.
25
Esta pesquisa visa a percepo de usurios de caf em relao ao mesmo e
sua inter-relao com a intangibilidade do produto, alguns fatores como a experincia
de tomar o caf como um momento para si, o caf como justificativa para interao
social, consumo do caf em ambiente externo e interno ao de casa, a frequncia do
consumo do caf, o status que envolve o caf, produtos relacionados ao caf, so
questes abordadas pela pesquisa. Em geral a funo desta pesquisa avaliar os
fatores mais subjetivos ligados ao caf.
Foi orientado ao entrevistado a livre dissertao em suas respostas, com o
intuito de explorar o significado mais amplo em suas respostas.
O entrevistado Tiago Rossi escritor e designer, tem 23 anos, pertencente ao
sexo masculino, consumidor de caf e frequentador de ambientes para o consumo de
caf. Abaixo segue a entrevista.
1) Voc consome caf com frequncia?
Todos os dias.
2) Qual a importncia do caf na sua rotina?
Ele me desperta, d um break no trabalho. Momento de interao com colegas e
amigos.
3) Para voc, quais associaes so feitas em relao ao caf? (Ex. anima)
Energia, disposio, tira o estresse.
4) perceptvel para voc um simbolismo em torno do caf?
Sim. Cafs de um modo geral so frequentados por pessoas cultas. Sendo que
neste tipo de ambiente, dificilmente iremos encontrar pessoas de gosto cultural
duvidoso. um pblico bastante selecionado, geralmente relacionado a literatura
(por isto muito comum a associao de livraria e caf). O estabelecimento que
comercializa cafs, sempre um ambiente que conseguimos absorver cultura e
conhecimento.
26
5) O consumo de caf em meio a um grupo social, pode trazer alguma imagem
pr-estabelecida em relao a quem consome? Essa imagem positiva?
Sim, associam-se os ambientes que comercializam caf a pessoas cultas e
interessantes, que sempre tem algo de peculiar para compartilhar. Esta imagem,
sem sombra de dvidas extremamente positiva.
6) Para voc, pode-se dizer que o caf pode refletir caractersticas de quem o
consome?
Sim. O bom apreciador de caf semelhante a um somellier de vinhos. Ele no
bebe o caf apenas como uma bebida comum. Ele bebe buscando conhecer os
diferentes prazeres que a bebida pode trazer.
7) Atravs do uso das associaes sociais ao caf, pode-se consumir caf com a
inteno de transmitir uma identidade de quem o consome para a sociedade?
Todos os ramos comerciais existentes sempre associam determinadas pessoas a
determinadas caractersticas. De tempos em tempos, podemos observar alguns
modismos, que levam pessoas que no possuem os mesmos gosto a
frequentarem estes lugares apenas para parecerem algo. Acredito sim que
algumas pessoas faam o uso do gosto pelos cafs apenas para transmitir uma
imagem.
8) Para voc, o caf tem algum papel de interao social?
Sim. Em torno do caf sempre podemos perceber que se formam grupos.
9) Onde voc consome o caf?
Em casa, no escritrio, em pontos comerciais, no shopping e em livrarias.
10) Quando o consumo de caf relacionado a interao social, voc o consome
em casa ou em algum outro lugar?
Em locais pblicos. Especializados em comercializar diversos tipos de cafs.
27
11) Quando o consumo de caf relacionado a um momento para si, voc o
consome em casa ou em algum outro lugar?
Depende do contexto e do momento. Algumas vezes o consumo fora de casa.
Tendo em vista que podemos sair para comprar algum livro, revista, ou at apenas
no estar em casa.
12) Que tipo de caf voc preferencialmente toma? Em qual contexto?
Caf expresso. No ambiente de trabalho.
13) Quais os recipientes melhores para o consumo de caf? Porque?
Gosto de xcaras que mantem a temperatura do caf e tambm canecas
diferenciadas que demonstram a minha personalidade. Gostaria de encontrar no
mercado algo maior que uma xcara, porque gosto de tomar caf em quantidade,
mas que, mantivesse a temperatura da bebida e pudesse ser personalizado ao
estilo das canecas disponveis no mercado.
14) Para voc, o recipiente em que o caf consumido, pode transmitir algo a
quem o observa?
Sim. Considerando que no mercado esto disponveis diversos modelos, cores e
formatos de recipientes para consumo de caf, a pessoa que bebe caf tem um
grande leque de opes. Assim a escolha do recipiente diz muito, mesmo que
intrinsecamente sobre a personalidade do consumidor.
15) Na sua opinio, momentos de reflexo podem ser associados com o consumo
de caf?
Sim. Em diversas oportunidades o caf relacionado a momentos de break em
uma jornada. Esses momentos servem para refletir, programar e organizar o
restante da rotina, repensar os compromissos e espairecer.
16) O caf tem alguma ligao com intelectualidade?
28
Sem dvidas. Imagens que vem cabea quando pensamos em caf, envolvem
culos, ambientes acolhedores e confortveis, e boa conversa.
17) Voc concorda que o caf pode ter um status social? Se sim, que status?
Sim, intelectualidade. No se v em ambientes que comercializam cafs, pessoas
que tomam cervejas em postos de gasolina. Geralmente, o consumo de caf
atrelado a intelectualidade. Em vista disso, os frequentadores so,
empreendedores, professores, estudantes, etc. Como dito anteriormente, o caf
no uma bebida para ser consumida como pingadinho em bares de estrada. Ele
precisa ser apreciado. Como algo raro e nobre.
18) Relacionado diretamente ao consumo do caf, quais fatores do mesmo so
mais perceptveis? (Ex. textura, aroma.)
Destaca-se o aroma, a cor escura e o sabor amargo.
19) Voc consome produtos que remetem ao caf? (Ex. cosmticos, decoraes)
Sim. Utenslios para o manuseio e preparo da bebida, bem como, artigos de
cozinha com o tema caf.
20) Outras consideraes: (opcional)
Nenhuma.
2.1 CONCLUSES DA ENTREVISTA
Percebe-se atravs da pesquisa realizada, relaes de intangibilidade ligadas
ao caf, apesar de seu consumo costumeiro em ambientes de trabalho, o consumo do
caf como experincia tido com forte associao.
O consumo de caf como uma happy-hour entre um grupo de mesmo interesse
tambm apontado, destacando a associao a intelectualidade ligada ao caf, sendo
assim, o consumo tanto individual quanto em grupo do caf, se d muitas vezes pelo
significado social de beber o caf.
29
O aroma, sabor so confirmados pela entrevista, assim como pesquisas j
citadas pela ABIC (2010), como fatores mais apontados como fortes caractersticas do
caf.
Com a realizao da pesquisa, comprovou-se fatores apontados anteriormente,
principalmente pela tendncia de sensorialidade e prazer, esta apontado pelo BFT
2020.
3 ANLISE DE PRODUTOS PARA O CONSUMO DE CAF
Atravs de um mtodo de anlise apresentada por Baxter (2011), ser
estudado o processo de consumir caf, com foco no recipiente utilizado para o
consumo. Esta anlise consiste em uma tcnica descritiva do uso de um produto,
podendo assim ser uma ferramenta de relevncia para o incio de um projeto e ao fim,
conceituar de melhor forma uma nova alternativa.
A ferramenta apresentada, consiste na deteco de uma funo principal,
sendo esta a funo mais intrnseca do produto, aps parte-se para as funes
secundrias e o detalhamento processual das mesmas. Pode-se ler o diagrama
partindo-se de cima para baixo e a cada passo perguntando-se como?, ou de baixo
para cima, prosseguido da pergunta porqu? (BAXTER, 2011)
Abaixo segue anlise feita de funes de copos trmicos para caf.
30
Figura 9 - Anlise de Funes
Fonte: Autor
Partindo assim dos pressupostos apresentados anteriormente, analisa-se trs
copos para o consumo de caf, cada qual com propostas diferentes, sendo estes: (1)
copo descartvel, (2) copo trmico, (3) caneca trmica. Esta anlise segue abaixo:
31
Tabela 1 - Comparao entre produtos
O quadro analisa trs propostas diferentes, cada uma com suas especificaes
que as destacam. No caso do copo descartvel, o diferencial seu uso descartvel e
custo menor, sua venda feita atravs da compra da bebida em ambientes que
caracterizam o consumo de caf, como mostrado na imagem a seguir:
32
Figura 10 - Ambiente de Consumo
Fonte: Autor
O copo trmico tem como sua principal caracterstica a maior quantidade
volumtrica, e suas propriedades de conservar a temperatura da bebida, um possvel
ponto a ser explorado sua forma e sua pega, para facilitar o transporte.
A caneca trmica um recipiente de pouca popularidade, porm tem o
diferencial de um sistema eletrnico, no qual mistura a bebida atravs de um boto
externo, acrescentando assim um valor maior no momento de venda e compra.
4 CONCLUSO DO DESIGN
Conclui-se portanto que o pblico-alvo do devido projeto , usurios de ambos
os sexos, classes A e B, com nvel de escolaridade partindo do superior, pessoas
informatizadas, com apreo a tecnologia, jovem-adulto, que consumam o produto fora
de casa, em ambientes de trabalho e criao, e em todo o ambiente que traga a
conotao de intelectualidade e inspirao trazidas pelas associaes ao caf, visando
o vis da sensorialidade e prazer.
33
5 NECESSIDADES E REQUISITOS DO USURIO
A partir dos dados recolhidos pelo projeto, fora criado um quadro no qual
relaciona as necessidades do usurio, requisitos do usurio e os atributos de cada item.
Segue abaixo o quadro.
Tabela 2 - Necessidades, Requisitos e Atributos
Fonte: Autor
Esta tabela indica claramente o motivo de consumo do usurio. Ele busca
atravs do consumo construir uma identidade e um prazer pessoal ao adquirir um
34
produto de cunho pessoal e individual. Tambm mostra como aps este consumo
particular e satisfatrio, se utiliza do produto para uma interao social, tendo refletir
para um grupo todos os aspectos citados anteriormente.
Conclui-se ento que, a partir dos dados analisados e mostrados por este
quadro, pode-se hierarquizar o projeto conforme seus atributos, sendo assim: 1)
Simblico, 2) Esttico, 3) Funcional.
35
Especificao da Oportunidade
Atravs dos dados apresentados, analisou-se a oportunidade de projetar um
recipiente, para consumo e transporte de caf, com apego simblico, estereotipando
atravs da esttica e uso, todo o pblico alvo, assim como a acentuao as
associaes feitas ao caf.
36
MATERIAIS E MECANISMOS
1. ESPECIFICAES DOS MATERIAIS
Segundo Gomes Filho (2006), as especificaes dos materiais podem ser
divididas em: resistncia dos materiais, durabilidade, processos de fabricao,
viabilidade de reciclagem, econmico, aparncia esttico-formal, ergonmico, simblico
e dimenso semitica.
Como observa o autor, dependendo dos pr-requisitos projetuais, um projeto de
produto pode incluir um ou mais dos segmentos apresentados.
Percebe-se portanto que a durabilidade, a aparncia esttico-formal, fatores
simblicos e a dimenso semitica so os quatro segmentos selecionados como foco
para o projeto em questo.
1.1 DURABILIDADE
A durabilidade de um produto est diretamente ligada ao tempo de uso efetivo
de um produto, sendo esta qualificao relacionada com a resistncia dos materiais
aplicados. (GOMES FILHO,2006)
Quando relacionado estas definies com o pblico-alvo do projeto, percebe-se
a necessidade da seleo de materiais de resistncia mecnica boa, e que exera as
funes exigidas pelo produto, sendo que este mesmo deve ser um produto de
durabilidade alta, podendo assim ter maior valor agregado.
1.2 APARNCIA ESTTICO-FORMAL
Com o foco do projeto predefinido em suas atribuies simblicas como a
representao da identidade do usurio, a aparncia esttico-formal se torna de
relevante importncia. Como aponta Lbach (1976), a funo simblica acaba por
derivar-se da funo esttica, sendo portanto da funo simblica dependente da
esttica.
37
Como apontado por Gomes Filho (2006) os materiais tm propriedades e
caractersticas como textura, cor, brilho, transparncia, etc. essas se relacionam
diretamente com a configurao esttica do produto, sendo que os processos
envolvidos na produo tambm podem interferir nessas caractersticas. A figura 11
demonstra um painel de produtos, de predominncia da empresa Braun, que se
relacionam com o pblico-alvo.
Figura 11 Painel de produtos consumidos pelo pblico alvo
Fonte: Autor
Portanto quando h uma pr-seleo de materiais com mesmas propriedades
e essas suprem as necessidades exigidas para o produto, opta-se pelo material que
melhor se adapte esteticamente a proposta do projeto.
1.3 FATORES SIMBLICOS
Concordando com o vis deste projeto, Gomes Filho (2006) afirma que os
materiais tm qualidades em si que podem transmitir valores simblicos em suas
palavras:
38
Em muitos casos, o material, por meio de sua aparncia ou valor esttico
intrnseco, transmite valores simblicos e emocionais associados a aspectos
culturais e sociais do usurio, de que so exemplos os metais e pedras
preciosas, madeiras nobres, papis sofisticados, tecidos txteis de alta
qualidade, e assim por diante.
Portanto torna-se preliminar a seleo de materiais que tenham uma conotao
que se relacione com o pblico-alvo, evitando na escolha materiais que podem trazer
um sentimento vulgarizado ao produto.
1.4 DIMENSO SEMITICA
Assim como fatores simblicos, os materiais selecionados em um produto
podem trazer conotao e denotao semnticas diversas, portanto trazendo
significados variados ao usurio.
Na busca de encontrar estas relaes semiticas com o usurio, foram feitos
trs painis visuais, aqui expostos apenas um (Figura 12), estando os outros em anexo
(apndice) ao artigo cientfico.
Figura 12 - Painel Conceitual I
Fonte - Autor
39
Neste painel foram agrupadas imagens com o tema livros e caf, usados para
a concepo do conceito, assim como para a relao semitica de texturas, cores e
cenrios, estes tendo relao com os materiais.
Conclui-se ento que estes quatros segmentos devem ser, de forma
equilibrada, supridos pelos materiais selecionados para o produto, com o fim de ter em
vista o alcance da melhor qualidade possvel do produto (GOMES FILHO,2006).
2 PROPRIEDADES INTANGVEIS DOS MATERIAIS
Ashby e Johnson (2011) afirmam que o design deve se utilizar da tecnologia
dos materiais para criao de solues que sejam significativas para as pessoas, dando
a oportunidade de novas experincias aos usurios, e essas sendo inspiradoras,
segundo os autores os produtos devem ter de primazia o funcionamento, porm apenas
isto no basta, os produtos devem ter personalidade que satisfaa, inspire e de
prazer.
Portanto, os materiais exercem as funes tcnicas necessrias e podem criar
personalidade ao produto. (ASHBY, JOHNSON. 2011)
Pressupe-se ento, que os materiais colaboram na criao da experincia
relacionada ao produto, contudo essas informaes so transmitidas atravs da forma
em que o usurio percebe o mundo e se relaciona com ele. Essa percepo se d
portanto atravs dos sentidos responsveis ao acesso a memria/conhecimento
perceptivo, enquanto ocorre o intercmbio entre o usurio e o mundo. (, et al)
A sinestesia como combinao de sentidos, atribui ao designer a inspirao de
manipular os sentidos e suas reaes atravs do produto, concebendo assim a
identidade do produto. (ASHBY, JOHNSON. 2011)
Atribui-se portanto seleo de materiais o papel de articulao dos sentidos
atravs dos atributos estticos dos materiais, Ashby e Johnson (2011) exemplificam
estes atributos com os exemplos do toque do metal ser frio, ou mesmo a propriedade
sonora de uma taa de vinho ser parecido com uma campainha, demonstrando
portanto a diferenciao dos materiais atravs de seus atributos estticos.
40
Seguindo este vis de o material atribuir personalidade ao produto, assim como
explorar os sentidos dos usurios, atravs de suas propriedades, Dischinger, Collet e
Kindlein dissertam sobre a importncia da textura dentro desta articulao sobre os
sentidos, segundo eles:
O relevo pode influenciar a ambos sentidos: o visual e o ttil. O sentido do
toque, aquele que a pele reserva para ser percebido sobre todo o corpo, est
conectado no somente aos instintos de proteo e segurana, mas tambm a
outros sentimentos primrios presentes desde os primeiros momentos no
mundo exterior.
Coloca-se portanto como parmetro para o projeto a articulao dos atributos
estticos dos materiais como influenciadores perceptivos em relao ao usurio.
3 SELEO DOS MATERIAIS
Aps uma anlise da teoria exposta neste artigo, foi feito um painel na forma de
mapa mental para a seleo dos materiais, este mapa estando em anexo como
apndice.
O mapa mental partiu do pressuposto em que o copo trmico fosse dividido em
trs partes, sendo estas: tampa, corpo e base. Foram avaliados materiais que
suprissem as necessidades tcnicas do projeto, mas tambm os atributos estticos dos
materiais e sua relao com os sentidos, como parametrizado anteriormente.
3.1 TAMPA
Na seleo de materiais para a tampa, duas classes de materiais foram
analisadas: polmeros e metais.
Dentro de fatores de produo o polmero supre melhor a necessidade do
projeto, devido a sua fcil moldagem de formas complexas, j que no caso do metal
esta situao se torna mais difcil.
41
Outro fator analisado foi o contato do material com a boca do usurio, devido ao
produto final do projeto ser um recipiente para lquidos quentes, o metal por ter uma
temperatura fria, acabaria por no colaborar com a experincia do produto como o
desejado. J o polmero, adapta-se nesse quesito melhor, devido a uma temperatura
neutra, proporcionando assim uma melhor experincia ao usurio.
Portanto para o material da tampa, foi escolhido o polmero Polietileno (PE), por
ser fcil de fabricar, ter alta resistncia a temperatura e no afetar o gosto do produto.
3.1.1 Dispositivo para realar o aroma
Utiliza-se um espao na tampa como um pequeno recipiente para a insero de
p de caf ou algum tipo de fragrncia de caf, neste dispositivo, o vapor do liquido j
inserido no copo passaria por ele, e intensificaria o aroma do caf, este aroma saindo
por pequenas perfuraes na tampa, porm este p devendo ser trocado em certo ciclo
de tempo.
3.2 CORPO
O corpo do copo foi subdividido em trs partes, sendo elas: camada interna,
camada do meio e externa.
A camada interna tem como funo o contato primrio com o lquido, nesta
parte foram analisados dos tipos de materiais: materiais polimricos e metais. Os
materiais polimricos no foram selecionados, pois alm de sua possvel percepo de
menor qualidade, o plstico poderia transferir ao liquido aroma ou sabor indesejado,
devido a temperatura do liquido, portanto o material para a parte interna do copo foi
selecionado o ao inoxidvel, devido a sua alta durabilidade e no interferncia ao
sabor do lquido.
42
Na camada do meio era necessrio algum isolante trmico da camada interna
com a externa, para preservar a temperatura e no transferir a mesma para a mo do
usurio. Habitualmente nesta camada fica um espao de ar, que cumpre com
excelncia esta funo, porm visto que a sonoridade que copo teria ao sofrer algum
tipo de impacto seria um som metlico, ento o material selecionado foi o silicone, pois
alm de ser pssimo condutor trmico, fcil de moldar e trar um som mais macio
ao produto, se relacionando portanto com o conceito do copo.
A camada externa do copo, tem como funo dar o acabamento visvel e o ttil
a parte maior do copo, o material selecionado para esta parte foi o alumnio, devido ao
seu atributo de ter alta durabilidade e a conotao de ser um produto de maior
qualidade e moderno, se distanciando dos concorrentes no mercado. Como textura ao
alumnio, foi optado por uma textura de ao escovado, dando assim maior sensibilidade
ao toque.
3.3 BASE
A base do copo foi a parte escolhida para representar melhor esteticamente o
pblico-alvo, devido a construo de painis visuais de conceito, sobre o estilo de vida
e ligaes feitas ou caf, percebeu-se a frequncia da madeira, como o uso de madeira
de alta qualidade dificultaria a produo, assim como aumentaria o peso do produto, foi
optado pelo uso de laminado de bambu, atribuindo assim, junto as outras partes,
personalidade ao produto condizente ao seu pblico-alvo.
3.4 DISPOSITIVOS EXTRAS
Fora projeto um dispositivo para a observao da temperatura do liquido dentro
do copo, este dispositivo no teria a funo de controlar a temperatura, mas de indicar
ao usurio se o lquido est muito quente, na temperatura ideal, morno ou frio. Este
dispositivo se localizaria no centro do copo, sem salincia alguma.
43
Outro dispositivo estaria localizado na base do produto, seria um Universal Serial Bus
(USB), no qual teria o conector Mini-A, o mesmo utilizado por um grande nmero de
celulares no mercado, com a funo de aumentar a temperatura do lquido, assim
podendo ser ligados a qualquer dispositivo USB, como computadores e carregadores.
44
45
PROCESSO CRIATIVO
1 SKETCHES EM A5
Como princpio para o processo criativo, partiu-se atravs de sketches em
folhas A5. A iniciativa de projetar um copo com caractersticas do pblico alvo, portanto
escolheu-se um formato clssico circular para o incio dos desenhos.
A mescla de formas redondas com quadradas foi cogitada inicialmente, devido
dificuldade gerada ao pegar e carregar o produto, esta foi descartada.
A opo de acrescentar um termmetro, surgiu atravs de pensamento da
mescla das formas, sendo este acessrio sido includo desde esta parte do projeto.
Cogita-se que este, tenha esttica similar aos termostatos disponveis no mercado
atravs da empresa Nest, como demonstrado na Figura 13.
Figura 13 - Termostato Nest
Fonte: https://d24p8oa045rip8.cloudfront.net/assets/social/thermostat-
06a9c6fbaf7440c18bd775820ea3c2d7.png
46
Aps estas primeiras pr-selees, foi cogitado o acrscimo de ala para o
copo, esta tambm descartada devido a percepo de no atingir o objetivo do projeto
e o receio da possvel descaracterizao do projeto.
Atravs de alguns desenhos, que cogitaram o projeto de um complemento para
o aquecimento do caf, aps alguns destes, percebeu-se a possibilidade da utilizao
de um detalhe na base, este tendo suporte para conexes USB, assim cumprindo a
funo desejada, podendo ser utilizado como um detalhe que identifica-se o pblico
alvo, tanto pelo material utilizado neste detalhe, como a funo.
Posteriormente a estas decises, percebeu-se a possvel utilizao da tampa,
como dispositivo para a acentuao ao aroma de caf. Por incio pensou-se em uma
tampa com trs divises, pensando na diminuio de partes, reduziu-se para duas
peas, estas que aps montadas fossem inseparveis, para evitar acidentes com o
lquido e o usurio. Projetou-se ento um boto para a abertura, e neste espao a
insero do p de caf, assim o vapor do lquido quente j inserido no interior do copo,
passa atravs da tampa e exala de forma mais acentuada o aroma do caf;
2 SKETCHE DA TAMPA EM A3
Com a deciso da tampa, optou-se por fazer mais alguns desenhos para o
melhor esclarecimento, aps o desenho final da deciso, com uma vista cortada, pode-
se decidir por esta tampa, e est, girando apenas uma volta e sendo bloqueada aps
isto.
Junto ao sketch em A3, foi feito um desenho para o teste das texturas do
produto, apesar da forma ainda no estar finalizada, as texturas foram escolhidas.
Em formato A3 foram feitos painis visuais, os quais serviro de esclarecimento
ao pblico, assim como inspirao para os desenhos.
3 MESCRAI
Posterior as escolhas, fora utilizada a ferramenta indicada por Baxter (2000)
MESCRAI, foram feitos vinte desenhos utilizando esta ferramenta projetual.
47
Percebeu-se atravs do desenho 2 que a forma pouco afunilada pareceu
mais adequada ao projeto.
O desenho 10 com a funo de combinar (c), demonstrou uma alternativa
interessante, apesar da escolha de no a utiliza-la no devido projeto, abriu-se a
alternativa para futuros.
O desenho 20 tambm demonstrou tima oportunidade esttica ao mesmo
produto, sendo uma possvel utilizao para outra verso do mesmo produto.
Aps os desenhos aplicou-se o que aprendido e decidiu-se por continuar com
uma configurao muito parecida com a escolhida anteriormente, apenas alterando a
forma um pouco menos afunilada.
48
CONCEITO DO PROJETO
Copo trmico para consumo de caf, que aborde significados como o conforto e
a intelectualidade(simbolismo), utilizando os atributos estticos dos materiais para a
articulao dos sentidos percebidos pelo usurio, criando assim uma experincia e se
integrando a identidade do mesmo.
49
ESPECIFICAES DO PRODUTO
1 RENDER
Atravs de um desenho feito atravs de lpis aquarelvel, demonstra-se como
seria o produto finalizado, este desenho segue-se abaixo.
Figura 14 - Render Copo Trmico
Fonte: Autor
Este mesmo segue como apndice do projeto junto ao processo criativo.
50
2 DESENHOS TCNICOS
Fora utilizado o software SolidWorks para finalizar o projeto de forma tcnica.
Abaixo segue as vistas: frontal, superior e lateral, e na mesma folha, um desenho
isomtrico.
Figura 15 - Vistas e Isometria
Fonte: Autor
Atravs do software fora desenhada uma vista explodida do copo inteiro, de
forma a mostrar e destacar cada parte do copo, segue-se abaixo o mesmo.
51
Figura 16 - Vista explodida
Fonte: Autor
Todos estes seguem como apndice ao projeto.
52
CONSIDERAES FINAIS
Este projeto teve como objetivo apontador um vis de inovao no setor
alimentcio. A soluo na forma de um copo para o consumo de caf pode ser
considerada apenas como um ponto ser investido, sendo portanto apenas um vis
passvel de inovao.
No que diz respeito aos componentes do copo, percebeu-se a necessidade de
anlise maior para a montagem do copo, cogita-se portanto a retirada de algum em
especial, como por exemplo o termmetro central do copo.
Percebe-se tambm a necessidade de uma identidade de marca ao copo,
assim como naming para o produto, se este produzido.
53
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