Departamento de Engenharia Mecânica Projecto de Climatização e Preparação de AQS de um Hotel de Quatro Estrelas. Projecto apresentado para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Mecânica Autor Nuno Barros Orientador Pedro Q. F. Miraldo Instituto Superior de Engenharia Mecânica Coimbra, Setembro, 2012
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Departamento
de Engenharia Mecânica
PPrroojjeeccttoo ddee CClliimmaattiizzaaççããoo ee PPrreeppaarraaççããoo ddee AAQQSS ddee
3.8. Depósitos de água quente sanitária (AQS) ........................................................................................... 55
3.9. Grupos electroaceleradores .................................................................................................................. 55
3.10. Redes de circulação de ar ..................................................................................................................... 56
4.3.2. Envolvente não opaca - Vãos envidraçados ........................................................................... 80
4.3.3. Inércia térmica do edifício ...................................................................................................... 81
4.3.4. Factor de forma do edifício, FF .............................................................................................. 81
4.4. Caudais de ar novo ............................................................................................................................... 83
4.4.1. Caudais mínimos de ar novo e tipologias dos espaços úteis ................................................... 83
4.5. Verificação do cumprimento dos requisitos energéticos e de concepção dos sistemas AVAC ........... 84
4.6. Verificação do cumprimento dos requisitos da QAI ............................................................................ 86
4.7. Cálculo dos IEE’s e da classe energética do edifício ........................................................................... 87
4.7.1. Factores de correcção dos consumos de energia .................................................................... 88
4.7.2. Perfis de funcionamento e consumos dos equipamentos do sistema de climatização ............ 89
4.7.3. Consumos não atribuídos ao sistema de climatização - “Outros consumos” .......................... 94
PROJECTO DE CLIMATIZAÇÃO E AQS – HOTEL ÍNDICE DE FIGURAS
Nuno Barros xv
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 2.1 Localização. .......................................................................................................................................... 3
Figura 2.2 Planta (sem escala). ............................................................................................................................... 4
Figura 2.3 Alçado principal (sem escala). .............................................................................................................. 4
Figura 2.4 Alçado posterior (sem escala). .............................................................................................................. 4
Figura 2.5 Alçado lateral direito (sem escala). ....................................................................................................... 5
Figura 2.6 Alçado lateral esquerdo (sem escala). ................................................................................................... 5
Figura 2.7 Planta do piso -2 (sem escala). .............................................................................................................. 6
Figura 2.8 Planta do piso -1 (sem escala). .............................................................................................................. 6
Figura 2.9 Planta do piso 0 (sem escala). ............................................................................................................... 6
Figura 2.10 Planta do piso 1 (sem escala). ............................................................................................................. 7
Figura 2.11 Planta do piso 2 (sem escala). ............................................................................................................. 7
Figura 2.12 Planta do piso 3 (sem escala). ............................................................................................................. 8
Figura 2.13 Planta do piso 4 (sem escala). ............................................................................................................. 8
Figura 2.14 Planta do sótão (sem escala). .............................................................................................................. 8
Figura 2.15 Ligação hidráulica entre colectores solares. ...................................................................................... 13
Figura 2.16 Esquema de princípio – AQS. ........................................................................................................... 13
Figura 2.17 Esquema de princípio (sem escala). .................................................................................................. 14
Figura 2.18 Balanço energético - colector “padrão”. ........................................................................................... 20
Figura 2.20 Vista panorâmica da fachada principal (Cype). ................................................................................ 22
Figura 2.21 Vista panorâmica da fachada posterior (Cype). ................................................................................ 22
Figura 2.22 Distância à costa marítima. ............................................................................................................... 23
Figura 2.23 Temperatura de ponto de orvalho �dp, resultado do diagrama psicrométrico. ................................... 33
Figura 2.24 Propriedades da água ........................................................................................................................ 33
Figura 4.1 Rosa dos Ventos para a estação da Guarda. ........................................................................................ 87
PROJECTO DE CLIMATIZAÇÃO E AQS – HOTEL
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PROJECTO DE CLIMATIZAÇÃO E AQS – HOTEL ÍNDICE DE TABELAS
Nuno Barros xvii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1 Potencias rejeitadas e recuperadas das UTA’s/UTAN’s em regime de aquecimento. ........................ 18
Tabela 2.2 Coeficiente de transmissão térmico U e massa superficial útil Msi dos elementos construtivos. ........ 25
Tabela 2.3 Caudais de ar a insuflar ....................................................................................................................... 27
Tabela 2.4 Energia despendida com sistemas convencionais de preparação de AQS, Qa. ................................... 35
Tabela 2.5 Características do vaso de expansão – climatização. .......................................................................... 38
Tabela 2.6 Características do vaso de expansão – solar térmico. ......................................................................... 38
Tabela 2.7 Características do vaso de expansão – AQS. ...................................................................................... 38
Tabela 3.1 Características dos grupos de insuflação ............................................................................................ 47
Tabela 3.2 Características dos ventiladores de rejeição ........................................................................................ 51
Tabela 3.3 Características dos VC’s ..................................................................................................................... 52
Tabela 3.4 Dimensões dos radiadores previstos em projecto ............................................................................... 53
Tabela 3.5 Características dos grupos electroaceleradores. .................................................................................. 56
Tabela 3.6 Espessuras mínimas de isolamento em tubagens. ............................................................................... 69
Tabela 4.1 Tipo e padrões associados à delimitação das envolventes. ................................................................. 78
Tabela 4.2 Pontes térmicas lineares consideradas em estudo. .............................................................................. 79
Tabela 4.3 U’s máximos admissíveis da envolvente opaca do edifício. ............................................................... 80
Tabela 4.4 Valores regulamentares para a Msi em função do tipo de elemento. ................................................... 81
Tabela 4.5 Potências reais e nominais dos ventiladores das UTA’s/UTAN’s ...................................................... 92
Tabela 4.6 Perfis de utilização dos espaços complementares. .............................................................................. 96
Tabela 4.7 Valores de referência dos IEE e parâmetro S para o cálculo da classe energética .............................. 97
De forma a impedir a transmissão de vibrações provenientes destas unidades, deverão existir
elementos amortecedores de vibrações no contacto com a estrutura do edifício, da mesma
forma que as ligações às condutas deverão ser efectuadas por intermédio de juntas elásticas.
A rejeição do ar viciado, com excepção do ar proveniente do VRIS.1 (efectuado por intermédio
de grelha exterior em parede), será efectuada através de conduta executada em aço inox, cuja
montagem e fixação na cobertura deverá incluir uma vedação para evitar a entrada de águas
pluviais e possuir na sua parte superior, uma cobertura (“chapéu”) também em aço inox, com
rede anti-insectos.
Como referência doptou-se o modelo “TD-Mixvent” da marca “S&P”, ou equivalente.
3.5. Ventiloconvectores (VC’s)
Serão fornecidos e instalados 85 VC’s, todos eles do tipo horizontal e próprios para montagem
em tecto falso com ligação a condutas.
A sua selecção deverá ser efectuada para a sua velocidade média, por questões ligadas ao ruído
que outras velocidades mais elevadas poderiam provocar, e naturalmente com potências de
aquecimento e arrefecimento (total e sensível) suficientes para vencer as cargas térmicas
(Anexo A) associadas a cada espaço, com excepção da carga térmica do ar novo, que já virá
“compensada” pela UTAN.
As unidades pertencentes às salas de estar das suites 421/422, irão possuir apenas a velocidade
mínima, devido ao requisito da QAI em termos de velocidade máxima do ar, uma vez que são
espaços relativamente pequenos e como tal o limite em termos de caudal insuflado será mais
CONDIÇÕES TÉCNICAS
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apertado, tendo em conta o 2º critério da QAI e que será descrito no capítulo adiante. As
características principais dos VC’s encontram-se completamente descritas no Anexo H,
indicando-se resumidamente na Tabela 3.3 Características dos VC’s”:
Tabela 3.3 Características dos VC’s
Ref. Tipo Tamanho Aquec. Arrefec.
Quarto / Suite / Sala - Tecto Falso - Condutas H1.3 3,90 1,09
Sala de estar UC4.04 Tecto Falso - Condutas H2.3 6,10 1,81
Ventiloconvector
Características Potência mín. [kW]Espaço
Todas estas unidades serão fornecidas de fábrica completas, testadas e incorporando os
componentes necessários ao seu correcto funcionamento, nomeadamente:
- Ventilador centrífugo de 3 velocidades.
- Filtro de ar regenerável constituído por fibras sintéticas, de classe mínima G4 e de fácil
extracção.
- Bateria de aquecimento/arrefecimento em tubo de cobre sem costura expandido
mecanicamente em alhetas de alumínio.
- Grelhas de insuflação frontal e retorno inferior em alumínio extrudido.
- Tabuleiro de recuperação de condensados com bomba incorporada.
- Sensor de temperatura ambiente.
- Placa electrónica para ligação ao sistema de controlo centralizado (GTC).
- Comando à distância com ligação à unidade por cabo.
O motor eléctrico será monofásico de três velocidades montado em suportes antivibráticos. O
ventiloconvector utilizará um ventilador com turbina tangencial em alumínio com Ø 120 mm
de baixo nível acústico, com contactos antivibráticos, pás côncavas e composto por duas
volutas, uma externa em PVC e uma outra interna em chapa de aço galvanizado.
Todos os componentes dos VC’s terão que ficar facilmente acessíveis para se poder proceder a
operações de limpeza, manutenção ou reparação dos componentes.
Existirá um termóstato electrónico colocado em local que garanta uma leitura o mais exacta
possível ou seja resguardado de eventuais fontes de calor ou de correntes ar que poderão causar
leituras incorrectas e que irá efectuar o controlo do VC.
Os VC’s serão ainda equipados com os seguintes acessórios:
- Uma válvula de três vias com actuador “tudo ou nada”.
- Válvula de seccionamento na entrada e outra na saída da água.
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 53
- Válvula dinâmica de regulação de caudal na saída.
- Purgador automático de ar.
A bomba de condensados existente em cada VC deverá ser ligada à rede de águas pluviais do
edifício através de um tubo de PVC, e nunca à rede de esgotos.
Como referência deverá considerar-se o modelo “Hégoa Silence – Pack Hotel” horizontal sem
caixa, da marca “France Air”, ou equivalente.
3.6. Radiadores / Convectores
Estes radiadores por elementos, serão fabricados por injecção à pressão de liga de alumínio
previamente fundida. Serão constituídos por uma pintura de acabamento em dupla camada,
uma camada inicial, caracterizada por uma imersão num banho de tinta, sujeitos à acção de
uma corrente eléctrica, em que a peça estará conectada a um pólo e o outro polo conectado aos
eléctrodos. A pintura irá ocorrer por migração da partícula de pigmento em direcção à peça
(electroforese), assegurando uma protecção de qualidade, uma maior durabilidade e, uma
segunda camada, composta por um revestimento final em pó de epoxy-poliester de cor branca,
RAL 9010 com ambas as camadas de pintura cozidas a altas temperaturas.
Serão fornecidos com os equipamentos os acessórios necessários ao seu correcto
funcionamento, nomeadamente tampões, reduções, juntas e purgadores automáticos e serão
também instalados com suportes adequados e devidamente aparafusados à parede.
As dimensões dos radiadores previstos em projecto, encontram-se descritas na Tabela 3.4, os
catálogos dos radiadores encontram-se indicados no Anexo H.
Tabela 3.4 Dimensões dos radiadores previstos em projecto
Ref. a b c
MEC 45 425 350 80
MEC 60 575 500 80
MEC 70 675 600 80
JET 60 570 500 97
JET 70 670 700 97
Radiador / Convector
Cotas (mm)
A dimensão de cada equipamento seleccionado e indicado nas peças desenhadas será baseada
na potência considerada para cada unidade, indicada também nos respectivos desenhos para um
diferencial de temperatura de ∆θ = 50 ºC (diferença entre a temperatura média da água e a
temperatura de conforto de inverno).
CONDIÇÕES TÉCNICAS
54
Todas as unidades serão compostas pelos seguintes acessórios:
- Uma válvula de dupla regulação com união, na entrada;
- Uma válvula de fecho com união, na saída;
- Uma válvula de regulação dinâmica de caudal no retorno da água aquecida para cada
espaço;
- Um purgador automático de ar na extremidade superior oposta à entrada da água.
Como referência deverão considerar-se os modelos em alumínio, “MEC” e “JET” da marca
“Baxi-Roca”, ou equivalente.
3.7. Colectores solares
Os colectores solares planos a fornecer e a instalar serão da melhor qualidade com uma área
equivalente, em termos de captação de energia, a 150 m2 de colector solar “padrão”.
As características principais, serão as seguintes:
- Superfície colectora em cobre com revestimento altamente selectivo;
- Isolamento térmico em lã mineral com 40 mm de espessura;
- Caixilho de perfil contínuo em alumínio anodizado de grande resistência;
- Vidro temperado de 3,2 mm de espessura com revestimento de borracha de etileno-
propileno-dieno (EPDM);
- Rendimento óptico = 0,94;
- Distância entre colectores = 37 mm.
A instalação solar será composta por três canais agrupados cada um com 5 conjuntos de 4
colectores. A ligação entre os colectores existente em cada grupo será efectuada em série e a
ligação entre os canais e entre os grupos será em paralelo.
Toda a superfície de painel solar de captação de energia irá ficar instalada sobre a cobertura
relativa à fachada principal orientada 35º relativamente a um plano horizontal com um azimute
para Sul.
Estará também incluído o fornecimento e montagem dos respectivos suportes e fixação na
cobertura, através de peças em aço inox incluindo a respectiva vedação.
Como referência foi considerado o modelo “Is-Pro 2H” da marca “Immosolar”, ou equivalente,
com o qual serão necessários 60 colectores, totalizando uma área efectiva de 120 m2, conforme
se pode verificar do relatório do programa “Solterm”, que se indica no Anexo D (Relatórios
Solterm).
Os colectores solares a fornecer e a instalar terão que possuir certificação “Certif”, ou
equivalente, terão quer ser instalados por técnicos devidamente credenciados pela Direcção-
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 55
Geral de Energia e Geologia (DGGE) para esse efeito e terão também que ser alvo de contracto
de manutenção válido por um período mínimo de seis anos após a instalação.
3.8. Depósitos de água quente sanitária (AQS)
Os depósitos aquecedores e acumuladores de água quente sanitária (DAQS) irão ser duas
unidades com uma capacidade de 3000 litros cada uma e irão ser apropriadas para uma
instalação vertical através de suportes e apoios adequados.
Estes serão constituídos por duas serpentinas em aço inox colocadas no interior de cada
depósito, a serpentina colocada na parte inferior do mesmo onde irá circular a água do circuito
primário proveniente do sistema de captação de energia solar e uma outra segunda na parte
superior do depósito onde circulará a água respeitante ao sistema de apoio e que irá ser
conectada à rede de água aquecida das caldeiras.
Os depósitos serão construídos em aço S235JRG2, termicamente isolado com espuma de
poliuretano injectado de espessura não inferior a 150 mm sem CFC’s com uma camada de
revestimento de PVC RAL 9006, ou equivalente, e devidamente protegidos contra a corrosão
através de um revestimento de esmalte duplo em conjunto com protecção catódica permanente.
Serão equipados com válvulas de seccionamento em todas as ligações e com uma válvula de
purga de fundo. Cada depósito será equipado ainda com 3 sensores de temperatura do tipo de
imersão e termómetro do tipo de tensão de vapor ou bimetálico, com um quadrante de diâmetro
não inferior a 660 mm.
O sistema de preparação e acumulação de AQS previsto e dimensionado neste projecto garante
a capacidade do sistema em responder às necessidades impostas pelos consumos de ponta,
nomeadamente o fornecimento de 4900 litros em 60 minutos e de 1600 litros em 10 minutos,
tendo em conta uma temperatura média de entrada de água na rede de 10 ºC, uma temperatura
de saída para o consumo de AQS de 45 ºC e também uma temperatura de entrada relativamente
ao sistema de apoio de 80 ºC.
Como referência foi considerado o modelo “Iss” da marca “Immosolar”, ou equivalente, com
como se indica no Anexo D (Relatórios Solterm).
3.9. Grupos electroaceleradores
Estes equipamentos destinados a efectuar a circulação da água de aquecimento/arrefecimento
irão ser do tipo centrífugo e “in-line”, uma vez que serão energeticamente mais eficientes,
fiáveis e terão a vida dos rolamentos mais longa, ou seja, em termos gerais possuem uma
concepção mais resistente e são mais económicos a longo prazo comparativamente com as
bombas de motor de rotor húmido.
As ligações à rede de tubagens, às quais serão integrados, serão realizadas intercalando juntas
antivibráticas flangeadas para facilidade de desmontagem para posterior manutenção/reparação.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
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Estes grupos electroaceleradores serão constituídos por um corpo em ferro fundido e o rotor e
respectivo veio em aço inox, com o motor e a bomba montados numa base comum. Os seus
motores eléctricos serão trifásicos, de alta eficiência e de classe energética mínima de EFF2.
As características principais destas unidades, serão as seguintes:
Tabela 3.5 Características dos grupos electroaceleradores.
B.1 Circuito 1 9.177 48 0,38
B.2 Circuito 2 6.048 57 0,36
B.3 Circuito 3 11.197 54 0,48
B.4 Circuito 4 5.440 66 0,36
B.5 Circuito 5 10.457 65 0,69
B.6 / B.7 Caldeira 12.615 35 0,30
B.8 / B.9 Incluídas no "Chiller" 19.910 35 0,46
ServiçoRef Caudal de Água
[m3/h]
Pr. Estát. (valor previsto)
[kPa]
Pot. Motor (valor previsto)
[kW]
Em regime de arrefecimento os grupos seleccionados terão que garantir simultaneamente uma
circulação de caudal nos circuitos com um diferencial de 5 ºC nas unidades terminais e de
forma a que vença a pressão estática prevista no circuito, garantindo que as unidades
funcionem sempre, para qualquer velocidade, o mais próximo possível do rendimento máximo.
Como referência adoptaram-se os modelos “IL” (B.3 e B.5) e “IPL” (restantes) da marca
“Wilo”, ou equivalente.
3.10. Redes de circulação de ar
3.10.1. Generalidades
Nas condutas, como já foi referido anteriormente, foram consideradas velocidades máximas
para evitar consequentes problemas associados ao ruído, nomeadamente nos ramais terminais
até 3,0 m/s, nos tramos intermédios velocidades entre 3,0 m/s a 5,0 m/s e nos tramos principais
na ordem dos 5,0 m/s a 7,0 m/s.
Como referido na memória descritiva, adoptaram-se condutas em chapa de aço galvanizado
rectangulares e também do tipo “Spiro”, ambas com isolamento e barreira de vapor para os
sistemas de tratamento de ar inerentes às zonas climatizadas, e sem isolamento para os sistemas
de exaustão de ar viciado pertencentes aos espaços não climatizados.
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 57
3.10.2. Condutas
Em Anexo encontram-se os desenhos das condutas de ar tratado insuflado, de ar novo, e de ar
extraído dos espaços climatizados e também de extração de ar viciado.
Contudo, as condutas terão os seguintes requisitos:
a) As condutas adoptadas em projecto, nomeadamente conduta do tipo “Spiro” e do tipo
rectangular, serão executadas em chapa de aço galvanizado cujas espessuras,
correspondentes aos respectivos formatos e dimensões transversais, estarão de acordo
com as normas SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors National
Association, Inc.), NP-EN 1505 e NP-EN 1506 nos aspectos construtivos e DW-143 e
EUROVENT no que diz respeito à estanquidade.
b) As dimensões indicadas nos desenhos existentes nos anexos dizem respeito às
dimensões interiores úteis. Sempre que houver necessidade, em termos de instalação, de
efectuar alterações das dimensões das mesmas, dever-se-á manter a mesma área útil,
sem aumento da perda de carga.
c) Nas ligações entre os troços irão ser utilizados perfis de ligação adequados para cada
situação, garantindo por intermédio de juntas, vedantes e costuras uma perfeita
estanquidade e elevada rigidez, adoptando sempre materiais “ecologicamente limpos”.
d) Nas curvas, de forma a evitar o surgimento de turbulências e o consequente aumento de
vibrações, perda de carga e ruído, estabeleceu-se que o raio de curvatura da conduta não
poderá ser muito acentuada, ou seja não poderá ser inferior a 1,5 vezes a dimensão do
diâmetro, no caso de condutas “Spiro” ou a maior dimensão da mesma no caso das
condutas rectangulares.
e) Nas uniões de conduta em que se verifique um aumento ou redução da sua área útil
interior, irão ser usadas peças adequadas com uma inclinação não superior a 30 ºC
relativamente ao eixo da conduta, de modo a não provocar, como anteriormente se
disse, problemas inerentes ao surgimento de turbulência do ar.
f) Pelas mesmas razões mencionadas na alínea d) e e) como resultado das turbulências,
para o caso das derivações existentes nas condutas e por forma a minimizar as suas
consequências, as mesmas terão que, dentro do possível, ser efectuadas em forma de
“Y” ao contrário do formato “T” esquematizado nos desenhos.
g) Está prevista a colocação de registos de regulação do caudal de ar, para uma correcta
distribuição do mesmo, a partir dos ramais terminais e intermédios de ligação directa a
difusores, grelhas ou válvulas de extração.
h) De forma a evitar a transmissão de vibrações proveniente da circulação do ar no interior
das condutas irão ser instaladas suspensões, devidamente executadas e espaçadas entre
si, por intermédio de sistemas de fixação resistentes à acção da corrosão, nomeadamente
em aço inox.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
58
i) As ligações entre as condutas e os equipamentos serão efectuadas através de juntas
antivibráticas, de modo a impedir a transmissão de vibrações.
j) A passagem das condutas entre pavimentos, paredes e vigas efectuar-se-á através de
mangas em chapa galvanizada revestidas de um material isolante compressível e dotada
de barreira de vapor, não podendo neste caso fragilizar a resistência ao fogo de
eventuais elementos com esse fim, que possam eventualmente ser atravessados.
k) Não poderão ser utilizados quaisquer tipos de materiais, que de alguma forma
prejudiquem ou coloquem em risco a saúde dos utentes aquando da sua combustão num
eventual incêndio, nomeadamente fumos tóxicos ou negros.
l) As ligações das condutas aos difusores e/ou a “plenuns” através de conduta flexível,
terão que apresentar comprimentos inferiores a 1 metro, de modo a impedir a
acumulação de sujidades e poeiras e desta forma impedir eficazmente a sua limpeza.
m) Estarão previstos acessos de limpeza de toda a rede de condutas através de portas de
visita conforme a prEN 12097, identificadas dos desenhos das condutas em anexo.
n) Durante o transporte de equipamentos ou condutas para posterior instalação, os mesmos
terão de estar tamponados ou dotados de uma protecção eficaz de modo a impedir a
entrada e deposição de sujidade que será nociva aos utentes aquando do arranque
definitivo da instalação.
3.10.3. Registos motorizados
Os registos motorizados a instalar nos sistemas de tratamento de ar (UTA’s) serão do tipo
modulante para que seja efectuado a variação do caudal de ar insuflado em função da variação
do número de ocupantes e, evidentemente, em função do teor de CO2 de modo a que este não
exceda os 900 ppm.
No caso dos sistemas “tudo ar novo”, que servem os quartos de hotel, nomeadamente na
insuflação do ar novo e da extração do ar viciado das instalações sanitárias, serão do tipo “tudo
ou nada”, cuja abertura ou fecho depende exactamente da ocupação ou não do respectivo
quarto.
A abertura dos registos será de posição ajustável para regulação automática do caudal de ar, os
seus motores de accionamento dos registos terão baixo consumo de energia e terão que possuir
ligação ao sistema de controlo centralizado (GTC) para controlo e verificação da sua activação.
3.10.4. Difusores, grelhas e válvulas
Difusores e grelhas de insuflação serão dimensionados para os caudais indicados no desenho do
circuito aerólico, tendo em consideração a velocidade do ar no ramal terminal que terá que ser
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 59
inferior a 3 m/s, o ruído abaixo dos 35 db(A) e a velocidade residual na “zona útil” de conforto,
que só poderá alcançar um máximo de 0,2 m/s.
Em termos globais todos os difusores serão executados em alumínio extrudido e como
acabamento serão anodizados à cor natural. A fixação ao tecto real, terá que ser executada
através de cabos ou varões de aço fazendo uso das patilhas existentes nas paredes laterais dos
“plenuns” e posteriormente o difusor será fixado ao pleno mediante o uso de parafusos. A caixa
do pleno deverá ser em chapa de aço galvanizado e o registo em chapa de aço perfurada,
devendo-se poder regular o caudal a partir da face frontal do difusor.
No caso das grelhas, à semelhança da execução definida para os difusores, tanto a moldura
como as lâminas serão fabricadas a partir de perfis de alumínio anodizado à cor natural e
deverão ser montadas nos locais indicados nos desenhos da rede eólica anexos, com o recurso a
um aro de montagem, para um remate perfeito de abertura na parede e uma eficaz montagem
posterior da grelha. Deverão incluir um vedante perfeito, localizado na parte anterior da
moldura, para assegurar uma boa estanquidade na superfície de contacto entre a grelha e a
parede, e a sua fixação deverá ser oculta, isto é, sem parafusos na moldura frontal.
As ligações dos “plenuns” às condutas serão, na maioria dos casos, executadas através de
condutas circulares flexíveis e de comprimento inferior a um metro.
Tanto os “plenuns” destinados aos difusores e grelhas como as condutas circulares flexíveis
anteriormente descritas, terão que possuir isolamento térmico e ser dotadas de barreira de
vapor, com características idênticas às preconizadas para a rede de condutas.
As dimensões dos difusores e das grelhas encontram-se indicados nos desenhos respeitantes ao
circuito aerólico e no Anexo H (Propostas de Equipamentos).
3.10.5. Difusores lineares de insuflação (DLI’s)
Este tipo de difusor será linear e terá o comprimento e o número de vias indicado em cota nos
desenhos já mencionados. Os seus deflectores, para efectuar a orientação do ar, poderão ser em
plástico de alta qualidade de cor branca ou preta e deverão também possuir um registo de
regulação manual do caudal de ar na conduta terminal de ligação ao pleno.
Como referência adoptou-se o modelo “VSD 50” da marca “Trox”, ou equivalente.
3.10.6. Difusores rotacionais (DRO’s)
Este tipo de difusor será em formato quadrado ou redondo com uma zona circular central e um
conjunto de ranhuras radiais, e é precisamente a geometria das mesmas que confere um efeito
rotacional ao ar insuflado, atingindo-se assim uma elevada indução do ar ambiente, uma rápida
redução do diferencial de temperatura e da velocidade do ar, mantendo ao mesmo tempo um
baixo nível sonoro.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
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O pleno que constitui o interface entre a conduta do ar de insuflação e a placa frontal de saída
do ar, deverá ter uma entrada horizontal através de uma gola de diâmetro apropriado,
nomeadamente do mesmo diâmetro da conduta terminal. Deverá incluir um registo do tipo
“borboleta” na gola de entrada em chapa perfurada manobrável pela parte inferior do lado do
compartimento a climatizar, de modo a permitir um ajuste do caudal de ar. Deverá também
incluir no seu interior uma placa oblíqua em chapa perfurada de modo a uniformizar a pressão
do ar em toda a superfície da placa frontal e conseguir-se assim uma distribuição uniforme de
ar no espaço ambiente. O difusor terá o tamanho comercial e o caudal de insuflação indicado
em cota nos desenhos já mencionados.
Como referência adoptaram-se os modelos “ADD” e “TDV” da marca “Trox”, ou equivalente.
3.10.7. Grelhas de insuflação (GI’s)
As grelhas, a adoptar e a instalar nos compartimentos devidamente indicadas nos respectivos
desenhos, serão rectangulares e terão dois conjuntos de lâminas ajustáveis individualmente,
sendo um vertical e o outro horizontal e, deverão incluir um registo de regulação de caudal do
tipo multilâminas de acção oposta e ajustável pela parte frontal da grelha. Excepção será feita
para o caso das grelhas adoptadas para os VC’s instaladas nos quartos de hotel, as quais
pertencem ao “Pack Hotel” incluídas no fornecimento do equipamento.
Como referência considerou-se o modelo “AT-DG” da marca “Trox”, ou equivalente.
3.10.8. Grelhas de aspiração (GA’s) e retorno (GR’s)
As grelhas de retorno a adoptar e a instalar nos compartimentos devidamente indicadas nos
respectivos desenhos, serão rectangulares e terão lâminas frontais fixas, construídas com perfis
de alumínio, fornecidas de fábrica e pintadas de cor branca, equipadas com registo de regulação
de caudal de ar manual.
Relativamente às grelhas de aspiração pertencentes aos arrumos, estas serão, à semelhança do
definido para as GR’s, também rectangulares de lâminas fixas inclinadas a 45ºC, com registo
de regulação de caudal de ar manual, serão construídas em alumínio anodizado à cor natural e
como referência para as GR’s e GA’s considerou-se o modelo “AH” da marca “Trox”, ou
equivalente.
3.10.9. Grelhas de exterior (GE’s)
Estas grelhas destinadas à aspiração do ar novo e rejeição do ar viciado irão ser seleccionadas
para uma velocidade efectiva de passagem do ar inferior a 4 m/s, com baixa perda de carga e
baixo nível de ruído. Serão, à semelhança das restantes existentes em projecto, de formato
rectangular. Contudo serão executadas em alumínio anodizado à cor natural para montagem no
exterior, conferindo uma boa protecção às intempéries, nomeadamente às chuvas e aos insectos
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 61
através de uma rede “anti-insectos” em aço inox. Serão compostas também por lâminas fixas
construídas apartir de secções de alumínio extrudido.
Como referência para as GE’s considerou-se o modelo “AWG” com rede anti-insectos da
marca “Trox”, ou equivalente.
3.10.10. Valvulas de aspiração (VA’s)
As válvulas de aspiração (VA’s) destinadas à aspiração das instalações sanitárias e balneários,
serão executadas a partir de chapa de aço galvanizado, com acabamento esmaltado e cor de
RAL 9010. A válvula consiste em dois componentes, nomeadamente um anel periférico e um
disco central, e inclui uma vedação perimetral para garantir a necessária estanquidade na sua
fixação ao tecto.
O caudal de ar é ajustado por rotação do disco central e a sua posição garantida através de uma
porca inserida no varão central roscado (oculto). Serão seleccionadas de modo a causar baixa
queda de pressão estática e baixos níveis de ruído. Serão equipadas também com registos de
regulação de caudal de ar manuais instalados nas condutas.
Como referência para as VA’s considerou-se o modelo “LVS” da marca “Trox”, ou
equivalente.
3.11. Redes de circulação de água
3.11.1. Tubagens
a) Tubagens de água aquecida / arrefecida
O material das tubagens pertencentes ao sistema de água aquecida/arrefecida, incluindo
tubagens exteriores, de ligação aos Chillers”, UTA’s e UTAN’s, serão em ferro preto e as
conexões entre as tubagens serão efectuadas por intermédio de acessórios roscados.
Antes da instalação da tubagem, deverá proceder-se à sua limpeza e à aplicação de uma pintura
exterior de um primário anti-corrosivo “ecologicamente limpo”.
Por fim, depois de ensaiada hidraulicamente e pintada, será devidamente isolada termicamente
e limpa antes da sua utilização definitiva.
b) Tubagem de água de alimentação e de AQS
As tubagens interiores referentes à circulação da água nas caldeiras e “Chillers” e ao sistema de
rede da água quente sanitária serão em aço inox, utilizando ligações de aperto rápido.
Serão termicamente isoladas após de serem devidamente ensaiadas hidraulicamente.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
62
3.11.2. Montagem
A execução e a montagem das redes de tubagens de água aquecida/arrefecida, para além de ter
que obedecer às exigências da norma NP 182 – “Identificação dos fluidos – Cores e sinais para
canalizações”, terão que possuir os seguintes requisitos:
a) As conexões, como anteriormente se referiu, serão na generalidade roscadas e, para
facilitar a desmontagem para posterior manutenção/reparação dos principais acessórios
e/ou equipamentos com a rede de tubagens, serão efectuadas recorrendo ao uso de
junções, para tubagens de diâmetros até DN50, e de flanges, para diâmetros superiores.
b) As juntas de vedação terão que ter em conta os requisitos dimensionais inerentes às
normas DIN 2690, 2691 e 2692, sendo, no caso das juntas roscadas, constituídas por
uma fita de “teflon” (PTFE) ou material vedante equivalente.
c) Relativamente ao meio de fixação das tubagens instaladas em tecto falso ou à vista, este
será efectuado por intermédio de suportes, guias e abraçadeiras.
d) Deverá ter-se em conta o correcto afastamento entre os apoios, uma vez que
naturalmente irá variar com a secção da tubagem e da sua disposição horizontal ou
vertical.
e) Será também imprescindível a colocação de purgadores automáticos nos pontos mais
altos da rede de tubagens de modo a purgar todo o ar que venha a existir na instalação
indicados no esquema de princípio e eventualmente os que venham a ser necessários ao
longo da instalação.
f) Por forma a impedir a ocorrência de ruídos provenientes do contacto das tubagens em
elementos do edifício como consequência das dilatações térmicas, será necessário a
inserção de juntas de dilatação apropriadas, sempre que a necessidade assim o exija.
g) A passagem das tubagens entre pavimentos, paredes e vigas efectuar-se-á através de
mangas de tubo em PVC revestidas de um material isolante compressível e dotada de
barreira de vapor, não podendo neste caso fragilizar a resistência ao fogo de eventuais
elementos com esse fim, que possam eventualmente ser atravessados.
3.11.3. Acessórios
a) Generalidades
Em relação aos acessórios, serão instalados todos aqueles indicados nos desenhos e esquema de
princípio, bem como outros que eventualmente possam vir a ser necessários para o correcto
funcionamento da instalação. Como anteriormente foi referido, as ligações com estes elementos
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 63
será efectuada recorrendo ao uso de junções para tubagens de diâmetros até DN50 e de flanges
para diâmetros superiores.
b) Vasos de expansão
Estes elementos serão do tipo fechado e passivo, ou seja construídos em chapa de aço com uma
membrana de “butilo” que separa no seu interior uma câmara de azoto de outra que estará
ligada à instalação hidráulica, aptos para funcionar com a pressão estática determinada.
Como calculado e referido anteriormente, os depósitos dimensionados para cada sistema
existente (climatização, solar térmico e AQS) terão volumes de 250 litros, 100 litros e 350
litros respectivamente.
Poderá ser necessário eventualmente, rectificar a capacidade dos vasos de expansão previstos,
uma vez que poderão ocorrer variações do volume de água, de temperatura e de pressão a que a
instalação irá estar sujeita na realidade.
c) Válvulas motorizadas de 2 e 3 vias
Estas válvulas serão seleccionadas para impor a menor perda de carga possível, tendo em conta
o caudal que atravessa a válvula e o parâmetro característico kvs, obtendo-se a redução de
pressão estática que a mesma impõe ao circuito, através da seguinte expressão:
∆_ = ( 5`AB
)Y [abc] (3. 1)
Em que:
�P - Redução de pressão estática imposta pela válvula quando é atravessada pelo fluido.
V - Quantidade de água que atravessa a válvula por unidade de tempo, [m3/h].
kvs - Parâmetro característico da válvula (coeficiente de escoamento), e que representa o
caudal que atravessa uma válvula, quando esta está totalmente aberta e é sujeita a
uma pressão diferencial de 1 bar, [m3/h].
Serão adoptadas válvulas de 3 vias com actuador modulante, as válvulas das UTAN’s e UTA’s,
precisamente as que efectuam o controlo da temperatura da água em circulação no sistema de
AVAC e também a que controla a temperatura de AQS à saída dos depósitos de acumulação.
Serão também usadas na rede de água aquecida, para adequar a temperatura da água à
CONDIÇÕES TÉCNICAS
64
temperatura exterior, diminuindo a temperatura da água com o aumento da temperatura
exterior, de forma a reduzir as perdas de calor no sistema.
O corpo destas válvulas poderá ser do tipo linear ou rotativo, com o corpo em latão niquelado,
a esfera e o veio em aço inox.
Como referência considerou-se a válvula “R3xx”, da marca “Belimo/Contimetra”
Existirão também válvulas do tipo de 3 vias com actuador “tudo ou nada”, mais concretamente
as válvulas dos VC’s, radiadores, bem como as de entrada de água fria nos depósitos de AQS.
O corpo destas válvulas poderá ser do tipo linear ou rotativo, com o corpo em latão, a mola e o
veio em aço inox.
As restantes válvulas motorizadas serão de 2 vias do tipo “tudo ou nada”, e como referência
considerou-se a válvula da série “VG”, da marca “Frese/Contimetra”, ou equivalente, tanto
para as de 3 vias do tipo “tudo ou nada” como para as restantes motorizadas.
d) Válvulas de seccionamento
As válvulas de seccionamento serão do tipo de macho esférico, com o corpo e esfera em aço
inox e vedante em “teflon” (PTFE), para todos os diâmetros previstos em projecto.
Como referência considerou-se a válvula da série “BVHxx”, da marca “InterAPP”, ou
equivalente.
e) Válvulas dinâmicas de regulação de caudal
Estas válvulas dinâmicas de regulação de caudal serão dimensionadas tendo em consideração o
caudal de água de passagem estipulado em projecto e a pressão diferencial a que estarão
sujeitas. Serão do tipo cartucho, cuja área de passagem do fluido irá variar com a pressão
dinâmica instantânea. O corpo será construído em latão estampado a quente com ligações
roscadas para diâmetros até DN50 e corpo executado em ferro fundido com ligações flangeadas
para diâmetros superiores.
Os vedantes/”O-Rings” serão em borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM).
Como referência considerou-se a válvula da série “Alpha”, da marca “Frese/Contimetra”, ou
equivalente.
f) Válvulas de retenção
As válvulas de retenção para ligações roscadas, terão o corpo em latão, obturador em nylon e a
mola em aço inox. Caso se opte por ligações flangeadas, a mesma será uma válvula de retenção
de charneira, com o corpo e disco em ferro fundido e aneis da sede do corpo em bronze e da
sede do disco em EPDM, com uma protecção externa de resina epóxica. Para a sua selecção
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 65
será tido em conta a posição em que irá ser colocada bem como a menor perda de carga
possível.
Como referência considerou-se a válvula para ligação roscada da série “Syc”, e como válvula
de charneira para ligação flangeada da série “VF530”, ambas da marca “Frese/Contimetra”, ou
equivalente.
g) Válvulas de segurança
As válvulas de segurança serão roscadas com o diâmetro nominal adequado, com mola em aço
inox, ajustadas para serem activadas sob uma pressão de 0,5 bar acima da pressão nominal de
serviço.
h) Válvulas redutoras de pressão
Estas válvulas, destinadas a reduzir e estabilizar a pressão de entrada da rede pública, permitem
manter uma pressão constante a jusante da válvula quando variar a pressão a montante da
mesma. Serão roscadas com o corpo em bronze e tampa em latão, a sede e o filtro serão em aço
inoxidável. Tanto os anéis aplicados no pistão como as partes mais sujeitas à deterioração,
devido ao atrito das peças em movimento, serão em “teflon” (PTFE). A membrana, filtro, sede,
obturador e pistão serão montados num bloco extraível para fácil remoção e posterior
manutenção/reparação.
Como referência considerou-se a válvula da série “5365”, da marca “Caleffi”, ou equivalente.
i) Filtros de água
Os filtros a instalar serão do tipo oblíquo em “Y” com corpo em latão. O filtro será em aço
inoxidável e a junta em “teflon” (PTFE).
A montante e a jusante de cada filtro serão instaladas tomadas de pressão, com válvula de
seccionamento, para posterior verificação e controlo periódicos da respectiva colmatação do
filtro.
Como referência considerou-se o filtro da série “1292xx”, da marca “Contimetra”, ou
equivalente.
j) Termómetros, manómetros e termohidrómetros
Os termómetros terão caixa, haste e anel em aço inox e serão do tipo lâmina bimetálica,
graduados de 0 ºC a 120 ºC com bolbo de imersão inserido em bainha metálica, para protecção,
em aço inox e com diâmetro nominal mínimo DN 63.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
66
Como referência considerou-se o modelo “TB7”, da marca “NFima/Contimetra”, ou
equivalente.
Os manómetros terão caixa e anel em aço inox e serão do tipo Bourdon, com classe de precisão
1,6% (norma EN 837.1), graduados de 0 a 6 bar, com diâmetro nominal mínimo DN 63 e serão
também equipados com purgador de ar manual.
Como referência considerou-se o modelo “MGS18”, da marca “NFima/Contimetra”, ou
equivalente.
Relativamente aos termohidrómetros, estes serão do mesmo tipo dos termómetros e
manómetros já anteriormente referidos. Terão simultâneamente uma escala de temperaturas de
0 ºC a 120 ºC e outra para a visualização da pressão de 0 a 6 bar no mesmo visor.
k) Purgadores automáticos de ar
Os purgadores serão instalados em todos os locais onde se torne necessário e fundamental
efectuar a purga, mas com especial destaque para os pontos mais altos das linhas gerais do
circuito. Serão de funcionamento automático, com uma pressão de trabalho máxima de 10 bar e
temperaturas máximas de 110 ºC.
O corpo será em bronze e serão equipados com válvula de fecho, de forma a permitir a
substituição do purgador sem haver a necessidade de esvaziar o sistema para tal.
Como referência considerou-se o modelo “RX970B02/03”, da marca “NFima/Contimetra”, ou
equivalente.
l) Juntas de dilatação e de absorção de vibrações
As juntas antivibráticas, serão do tipo de fole e irão ter o elemento de absorção em borracha
sintética reforçada com lonas, serão instaladas em todas as ligações dos grupos
electroaceleradores às tubagens, de forma a evitar a transmissão de vibrações e ruídos
indesejáveis à estrutura do edifício.
As juntas de expansão irão ser do mesmo tipo das adoptadas para a eliminação das vibrações,
serão construídas em aço inox, com uma pressão admissível de funcionamento de 10 bar.
Ambos os tipos de juntas terão o mesmo diâmetro nominal correspondente à tubagem onde
serão colocadas.
m) Doseador de polifosfatos
Para o tratamento da água de alimentação pertencente ao sistema de climatização, será
fornecido e instalado um doseador de polifosfatos, do tipo proporcional com contacto directo.
Será constituído em policarbonato, com o vaso contentor de sais transparente, com ligações
roscadas executadas em latão, devidamente encastradas no corpo do doseador.
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 67
3.12. Isolamentos
3.12.1. Generalidades
Irão ser efectuados nas tubagens, condutas, equipamentos e acessórios, todos os trabalhos de
colocação de revestimentos térmicos e acústicos, necessários ao correcto desempenho dos
sistemas AVAC projectados, bem como ao conforto acústico que deverão estar inerentes às
soluções previstas, descritas seguidamente.
Em relação às espessuras de isolamentos adoptadas, estas tratar-se-ão de valores mínimos
exigíveis, tendo obviamente em conta as condições consideradas em projecto, tais como
temperaturas exteriores, interiores de referência e temperaturas de circulação do fluido.
Só serão válidas as espessuras para um isolamento com condutibilidade térmica de referência � = 0,040 W/m.K, a 20 ºC. Caso seja utilizado material de isolamento com � diferente, a
espessura (e) terá que ser corrigida na proporção directa do respectivo � em relação ao valor de
referência anterior, devendo sempre a resistência da solução adoptada (R) ser igual ou superior
à da solução indicada, utilizando a seguinte expressão:
d = e
f [gYh/!] (3. 2)
Em que:
R - Resistência térmica do isolamento térmico.
e - Espessura do isolamento térmico, [m].
� - Condutibilidade térmica do isolamento térmico, [W/m2K].
3.12.2. Isolamento de condutas
As condutas de insuflação e de extracção instaladas no interior em tecto falso, à vista e no
exterior, serão termicamente isoladas pelo seu exterior. O isolamento térmico será constituído
por manta de lã de vidro ou mineral, com folha de alumínio colada numa das faces, sendo que
as juntas do isolamento, serão colmatadas com fita auto-adesiva de alumínio.
Os isolamentos serão, de acordo com o Anexo III do RSECE, compostos pelas seguintes
espessuras mínimas, cujos catálogos dos isolamentos encontram-se no Anexo L.
- De 30 mm, no interior do edifício;
- De 50 mm, no exterior do edifício.
Terá que haver uma especial atenção:
CONDIÇÕES TÉCNICAS
68
- Ao facto de em nenhum local poderá haver interrupção ou falhas de isolamento ou
ausência da barreira de vapor de modo a evitar a formação de condensações
superficiais;
- Os isolamentos dos equipamentos terão que ser colocados de tal modo que a sua
eventual desmontagem não danifique o isolamento.
Como referência considerou-se o isolamento térmico da série “Armaduct”, da marca
“Armacell”, ou equivalente.
3.12.3. Isolamento de tubagens
Nas tubagens será aplicado uma manga elastómera flexível composta por uma espuma
elastomérica à base de borracha sintética, mais concretamente em borracha de etileno-
propileno-dieno (EPDM), de estrutura homogénea de células fechadas constituindo barreira de
vapor, isenta de gás de expansão CFC e de elevada resistência e flexibilidade a elevadas
temperaturas, +105 ºC (temperatura máxima) e -50 ºC (temperatura mínima).
Em relação ao seu comportamento ao fogo, trata-se de um isolamento composto por um
material auto-extinguível, não goteja e não propaga chama ou emite fumos negros nocivos ao
ser humano, com a classe de reacção ao fogo: M-1 (UNE 23737), Euroclasse B53 d0.
O isolamento que irá servir as tubagens exteriores (sistema de climatização e sistema solar
térmico), terá um factor acrescido que tem a ver com as intempéries atmosféricas com
particular influência dos raios ultra violetas, que obrigará à existência de um revestimento
também ele de elevada flexibilidade, isento de PVC e de gás CFC, de cor branca e de alta
resistência à radiação.
À semelhança do estipulado para as condutas, em nenhum local poderá haver interrupção ou
falhas de isolamento ou ausência da barreira de vapor de modo a evitar a formação de
condensações superficiais nas tubagens.
Haverá a necessidade de precaver a durabilidade do isolamento devido às acções mecânicas em
locais onde se preveja efectuar manutenções e/ou reparações de acessórios ou de equipamentos
nomeadamente na Central Térmica e mesmo no exterior, tendo para tal que, nestes casos, o
isolamento estar protegido através da colocação de chapa de alumínio, devidamente calandrada
e aparafusada.
Considerando o Anexo III do RSECE, os isolamentos das tubagens a instalar no interior e
exterior/desvãos do edifício, serão compostos pelas seguintes espessuras mínimas:
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 69
Tabela 3.6 Espessuras mínimas de isolamento em tubagens.
Ø ≤ 35 20 30
35 < Ø ≤ 60 30 40
60 < Ø ≤ 90 30 50
90 < Ø ≤ 140 40 60
Espaço interior(mm)
Diâmetro exterior(mm)
Espaço exterior/desvãos
(mm)
Como referência, adoptaram-se as seguintes soluções para os isolamentos:
- Para as tubagens em ferro preto e aço inox, adoptou-se o isolamento térmico da série
“IT”, da marca “Armaflex”, ou equivalente.
- Para as tubagens exteriores e sistema solar térmico optou-se pelo isolamento térmico
da série “HT-S”, da marca “Armaflex”, ou equivalente.
3.12.4. Isolamento de equipamentos e válvulas
Todos os equipamentos e acessórios onde haja circulação de água aquecida/arrefecida, serão
devidamente isolados com material dotado de barreira anti-vapor e de resistência equivalente e
ou superior à estabelecida nas tubagens.
Nas situações à semelhança das tubagens, em que haja a necessidade de se efectuar uma
protecção mecânica utilizando chapas de alumínio, esta deverá ser executada de modo a que
simultaneamente seja resistente e se torne também facilmente acessível para que a
manutenção/reparação seja efectuada.
As espessuras dos isolamentos para equipamentos e depósitos, respeitando o Anexo III do
RSECE, serão de 50 mm e de 80 mm para as situações em que as áreas a abranger sejam ≤ 2 m2
e > 2 m2 respectivamente.
O material isolante deverá ser o mesmo utilizado para as tubagens às quais o
equipamento/acessório está inerente.
3.13. Equipamento de controlo
De seguida irão ser descritas detalhadamente as condições previstas para o comando geral e
controlo de funcionamento dos equipamentos e das instalações que integram este trabalho.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
70
Como foi anteriormente referido no Capítulo 1 referente à Memória Descritiva, estarão
previstas as seguintes situações:
a) Nos Quartos, a instalação de registos motorizados, do tipo tudo ou nada, na insuflação
de ar novo e na extração de ar viciado das respectivas instalações sanitárias, que em
conjunto com as válvulas motorizadas de 3 vias dos VC’s, irão permitir interromper os
fluxos de ar e água, desligando o sistema de climatização, sempre que os quartos
estejam desocupados. O comando será efectuado através do quadro eléctrico disponível
em cada quarto, que necessitará de um “chave electrónica” existente no terminal, que
permitirá efectuar a ligação de todas as instalações eléctricas, incluindo a própria
climatização;
b) Nos gabinetes de Gerência, Quartos dos Funcionários, e Recepção e Instalações
Sanitárias comuns, foi prevista, à semelhança do que acontece nos Quartos de
Hóspedes, a instalação de válvulas motorizadas de 3 vias, do tipo tudo ou nada, mas
neste caso na alimentação dos radiadores, as quais permitirão também desligar o
aquecimento nos períodos de não ocupação das próprias instalações, e naturalmente
sempre que a temperatura exterior o justifique;
c) Noutros espaços climatizados, nomeadamente, Recepção, Bar, Sala de Estar, Sala de
Refeições (piso 2), Gerência e Sala do Pessoal, serão instalados registos motorizados de
débito variável na insuflação do ar proveniente das UTA’s e nas condutas de extração
do ar viciado. O fluxo e a consequente climatização do espaço será obtida por actuação
dos respetivos registos controlados pelas UTA’s, em função da temperatura e do nível
de CO2 em cada espaço. Está contemplada a existência de detectores de presença que,
em conjunto com controladores ligados aos sensores de CO2 e temperatura ambiente,
reduzirão o ar novo para um valor mínimo, por intermédio do fecho do regulador de
débito de ar do respectivo espaço, e desligarão o aquecimento através do fecho da
válvula motorizada instalada na tubagem de alimentação dos respectivos radiadores
(onde existirem). Os ventiladores de insuflação e extracção destas unidades de
tratamento de ar, à semelhança do adoptado para os quartos, serão também de
velocidade variável;
d) As UTAN’s e UTA’s terão ventiladores de insuflação de velocidade variável para
efectuar a regulação do caudal de ar em função da sua pressão a jusante do ventilador,
que terá tendência para aumentar sempre que um registo fechar;
e) De forma análoga, os VE’s das instalações sanitárias privativas irão ter também, à
semelhança do previsto para os ventiladores de insuflação descritos anteriormente,
velocidade variável, para regular o caudal de ar extraído em função da sua pressão a
montante do ventilador, que terá tendência para diminuir sempre que um registo fechar;
f) No Salão de Banquetes (piso -1), e nas Salas de Refeições dos pisos 0 e 1, onde cada
sala tem uma UTA própria, está prevista a instalação de sensores de CO2 nas condutas
de extracção, que irão permitir ao sistema de controlo efectuar o ajuste dos registos
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 71
motorizados modulantes, regulando o caudal de renovação de ar de modo a que o nível
de CO2 não exceda os 900 ppm, respeitando os Requisitos da QAI do Artigo 29º do
regulamento.;
g) As válvulas motorizadas de 2 vias, do tipo tudo ou nada, instaladas nas ligações do
“Chiller” ao colector/misturador do sistema de climatização só deverão abrir quando o
modo de arrefecimento estiver selecionado, ou seja quando os “Chiller’s” estiverem
accionados e, neste caso as válvulas idênticas, instaladas nas ligações das caldeiras ao
colector/misturador, terão que estar obrigatoriamente fechadas. De forma análoga,
quando o modo de aquecimento estiver selecionado, e consequentemente estas últimas
estiverem abertas, as válvulas motorizadas de ligação ao “Chiller’s” terão que estar
obrigatoriamente fechadas e os “Chiller’s” desactivados, por forma a impedir que a
água aquecida possa em algum momento circular pelos “Chillers”. Caso os sensores de
temperatura instalados junto aos “Chillers”, venham a detectar esse tipo de ocorrência, o
sistema de GTC terá que desligar todos os sistemas de climatização e emitir os
respectivos alarmes;
h) No que diz respeito ao funcionamento das caldeiras, irão funcionar em cascata e de
forma alternada. Além disso, os circuladores das caldeiras deverão desligar sempre que
as válvulas motorizadas de AQS e de AVAC estejam fechadas;
i) Está prevista também a instalação de válvulas motorizadas de 3 vias nos circuitos
gerais de AVAC que, em regime de aquecimento, irão misturar a água recirculada com
a água aquecida proveniente das caldeiras, permitindo desta forma adequar a
temperatura da água em circulação de ida em função da temperatura exterior;
j) Cada UTAN/UTA será equipada com uma válvula motorizada de 3 vias com actuador
modulante e um sensor de temperatura instalado a alguns metros a jusante da unidade,
na conduta de insuflação. A válvula motorizada irá ser controlada, adequando o caudal
de circulação de água na bateria por forma a manter a temperatura de insuflação do ar
dentro dos valores pré-definidos;
k) A válvula motorizada de 3 vias, do tipo tudo ou nada, a instalar nas entradas de água
fria proveniente da rede para os depósitos de AQS, define continuamente, a situação de
funcionamento ou paragem de cada um dos depósitos em função das solicitações de
AQS que se forem verificando. Está válvula irá funcionar em articulação com as
válvulas motorizadas de 2 vias, do tipo tudo ou nada, instaladas no circuito de água
aquecida proveniente das caldeiras, com o objectivo de existir sempre água quente
disponível para as solicitações que forem necessárias, havendo contudo, a possibilidade
de não existir água acumulada nos dois depósitos permanentemente a 60 ºC;
l) A válvula motorizada misturadora de 3 vias, com actuador modulante, instalada à saída
dos depósitos de AQS, tem como fundamento o combate à bactéria Legionella,
possuindo para tal um sistema de controlo que permite a sua total abertura durante meia
hora diária, no período de menor ocupação, permitindo a circulação de água quente a 60
CONDIÇÕES TÉCNICAS
72
ºC por toda a rede. Este sistema de controlo poderá ser efectuado pelo próprio GTC ou
ser exclusivo da referida válvula.
Nas condutas respeitantes à entrada do ar novo e à saída do ar viciado, pertencentes às UTA’s e
UTAN’s, serão colocados sensores de temperatura e de humidade para posterior controlo do
funcionamento do permutador de calor.
Para verificação do estado de colmatação dos filtros de ar na insuflação e na extracção das
unidades de tratamento de ar (UTA’s/UTAN’s) e detectar o correcto estado de funcionamento
dos ventiladores, serão utilizados sensores de pressão diferencial nestas unidades. Será
estabelecido também o mesmo procedimento com a mesma finalidade para o caso dos filtros
relativos aos ventiladores do ar de rejeição.
Em cada quarto/suite serão instalados comandos remotos, ligados por cabo, que irão permitir
ligar/desligar, ou mesmo efectuar a variação da temperatura bem como a velocidade do
ventilador de cada VC.
Será através do sistema de controlo e gestão técnica centralizada (GTC) que, ficando ligado a
todos os equipamentos e permitindo o controlo e verificação do estado dos mesmos, controlará
a climatização dos restantes compartimentos relativos aos sistemas “tudo ar”, actuando nas
UTA’s e estas por sua vez controlando a actuação dos respectivos ventiladores.
Este sistema de controlo centralizado, que incluirá todo o “software” e “hardware” necessários,
permitirá efectuar o comando, o controlo, o ajuste e a verificação do estado de funcionamento
de todos os equipamentos.
Resumidamente e sem colocar em risco a qualidade do ar interior, o GTC irá permitir:
- Ligar/desligar e definir o horário de funcionamento de qualquer equipamento.
- Verificar o estado de funcionamento de todos os equipamentos;
- Determinar e indicar as temperaturas exterior e interior médias de cada zona
controlada individualmente.
- Determinar, indicar e controlar as temperaturas de insuflação das UTAN’s e UTA’s.
- Pré-definir limites de temperatura interior de conforto individualizada ou em zonas.
- Determinar e indicar o estado de colmatação dos filtros de ar.
- Determinar e indicar o estado de funcionamento dos ventiladores.
- Determinar, indicar e controlar as temperaturas da água nos circuitos primários de ida
e retorno.
- Determinar e indicar a temperatura da água nos circuitos secundários de ida e retorno.
- Determinar e indicar as velocidades e consumos de energia dos grupos aceleradores
inerentes aos circuitos de climatização.
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 73
- Determinar, indicar e controlar a qualidade do ar, nomeadamente o nível de CO2 em
cada uma das zonas pré-definidas do edifício.
- Determinar, indicar e controlar a temperatura da água quente sanitária do depósito de
acumulação.
- Activar/desactivar o circulador do circuito primário do sistema solar.
- Identificar possíveis fugas no sistema solar, com consequente falta de pressão.
- Verificar e indicar a existência de alarmes de avaria.
- Contabilizar e indicar os consumos efectuados pelos “Chillers”.
- Contabilizar e indicar os consumos efectuados pelas caldeiras.
Torna-se imperioso referir os seguintes factos:
� Não está contemplada ou prevista neste projecto a instalação de registos corta-fogo.
Contudo, caso a sua instalação venha a ser estabelecida, estes registos deverão ser
identificados quanto ao seu estado de funcionamento (aberto ou fechado) bem como o
seu controlo através do sistema de GTC.
� As redes de condutas de insuflação/extracção e os ventiladores, não foram previstos
para funcionarem como sistemas de desenfumagem. Assim sendo, em caso de sinistro
todos os ventiladores bem como todos os equipamentos de ar condicionado deverão ser
automaticamente desligados por actuação do comando da central de detecção de
incêndios.
3.14. Quadro eléctrico
O Quadro Eléctrico de AVAC (QEAVAC) será espaçoso, de modo a poder eventualmente
efectuar-se qualquer ampliação ou rectificação, executado em chapa electrozincada (Zincor) e
pintado com tinta epóxi sobre revestimento anticorrosivo, estando prevista a sua instalação na
Central Térmica. Será estanque a poeiras e protegido contra contactos acidentais com peças sob
tensão. Com a abertura da porta, ficará visível e facilmente acessível o contacto com todos e
quaisquer elementos destinados a proceder-se a eventuais inspecções, reparações ou
substituições.
Ficarão instalados na porta do QEAVAC os comutadores que efectuarão o comando para
arranque e paragem dos equipamentos, bem como as lâmpadas indicadoras do funcionamento e
avaria dos motores eléctricos dos ventiladores e aceleradores, da colmatação dos filtros, etc.
Constará também no QEAVAC um equipamento destinado a contabilizar o consumo total da
energia eléctrica referente aos sistemas de climatização.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
74
3.15. Garantia e manutenção
O prazo de garantia da instalação será de dois anos apartir da data da instalação, com excepção
feita para os depósitos de Água Quente Sanitária, que serão de 5 anos, bem como para todos os
restantes equipamentos que possuam datas de garantia mais prolongadas.
3.16. Ensaios
Antes da utilização definitiva da instalação, terão que ser efectuados os ensaios de recepção
obrigatórios pelo Artigo 35º do RSECE e definidos no Anexo XIV, dos quais os que se aplicam
ao caso em estudo serão descritos seguidamente.
Para cada ensaio devem ser previamente estabelecidos as metodologias de execução e os
critérios de aceitação. Todos aqueles que não produzirem resultados que satisfaçam os critérios
pretendidos, terão que ser repetidos, após implementação de necessárias medidas correctivas
apropriadas até que os mesmos sejam devida e integralmente satisfatórios.
Serão efectuados pelo menos os seguintes ensaios para além dos preceituados pelo
regulamento:
- Ensaio de funcionamento de todos os equipamentos, incluindo a verificação do
funcionamento dos seus sistemas de comando, controlo e segurança;
- Ensaio do funcionamento dos aceleradores com análise da intensidade da corrente
absorvida pelo motor eléctrico e consequente avaliação do caudal de água circulado;
- Ensaio do funcionamento dos ventiladores com análise da intensidade da corrente
absorvida pelo motor eléctrico e consequente avaliação do caudal de ar
insuflado/extraído;
- Ensaios de funcionamento do sistema de gestão técnica centralizado (GTC),
efectuando a simulação para diferentes “set-point” e diferentes períodos de
funcionamento.
- Identificação e análise dos níveis de ruído, em todos os espaços climatizados para os
quais se estipulou determinados limites acústicos com todos os equipamentos em
funcionamento.
Relativamente aos ensaios previstos e obrigatórios pelo regulamento (Anexo XIV), estes serão
os seguintes:
- Estanquidade da rede de tubagem: - a rede deve manter uma pressão de 1,5 vezes a
pressão nominal de serviço durante 24h. O ensaio deve ser efectuado a 100 % das
redes.
- Estanquidade da rede de condutas: - as perdas na rede de condutas terão de ser
inferiores a 1,5 litros/s.m2 de área de conduta, quando sujeitas a uma pressão estática
(relativa) de 400 Pa. O ensaio deverá ser realizado inicialmente apenas para 10% da
CONDIÇÕES TÉCNICAS CAPÍTULO 3
Nuno Barros 75
rede de condutas, seleccionada aleatoriamente; caso o resultado não seja satisfatório,
será efectuado novo ensaio alargado para 20% da instalação, também escolhida
aleatoriamente, para além dos 10 % iniciais. Apenas terá que ser executado o ensaio a
100 % da instalação se a 2ª análise não for novamente satisfatória.
- Medição dos caudais de água e de ar em cada componente do sistema (radiadores,
ventiloconvectores, UTA’s, UTAN’s, registos de insuflação e de extracção, etc).
- Medição da temperatura e da humidade relativa (nos circuitos de ar) em complemento
das medições indicadas no parágrafo anterior.
- Medição dos consumos de energia em cada propulsor de fluido, caldeira e máquina
frigorífica.
- Verificação das protecções eléctricas em todos os propulsores de fluido, caldeira e
máquina frigorífica.
- Verificação do sentido de rotação em todos os motores e propulsores de fluido.
- Verificação da eficiência nominal em todos os motores e propulsores de fluido, bem
como das caldeiras e máquinas frigoríficas.
- Verificação de sentido de colocação de filtros e válvulas anti-retorno, bem como a
confirmação de que todos estes acessórios se encontram devidamente montados.
- Drenagem de condensados: deve ser comprovado que os condensados, produzidos em
cada local onde possam ocorrer, drenam correctamente (para as tubagens de águas
pluviais e nunca para as de esgoto).
- Deve ser verificado no sistema de controlo técnico centralizado (GTC), que o mesmo
responde com sucesso em resposta a uma solicitação de sentido positivo ou negativo.
- Pontos obrigatórios para monitorização: deve ser verificado o funcionamento de todos
os pontos indicados no Anexo IV do RSECE.
- Sistemas especiais: devem ser verificados todos os componentes especiais e essenciais,
tais como sistemas de anti-corrosão das redes de tubagem, bombas de calor
desumidificadoras, desgaseificadores, sistemas de detecção de gás, válvulas de duas e
três vias motorizadas, etc.
- Limpeza das redes e componentes: deve ser confirmada a limpeza e desempenho de
todos os componentes previstos no nº1 do Artigo 33º do RSECE.
Dos ensaios indicados terá que ser realizado um relatório comprovativo da data da sua
realização, dos respectivos técnicos responsáveis, bem como dos resultados obtidos que
satisfaçam os critérios pretendidos, devidamente validado pelo dono da obra ou seu
representante. Este relatório é condição necessária para que o edifício possa receber licença ou
autorização de utilização.
CONDIÇÕES TÉCNICAS
76
3.17. Trabalhos de construção civil
Para além de eventuais trabalhos de construção civil que poderá ser necessário efectuar para o
correcto desempenho da instalação, de seguida salientam-se alguns fundamentais a serem
realizados pelo excutante da instalação:
- Execução do maciço para colocação dos “Chillers”.
- Montagem de um compartimento exterior em rede em todo o seu perímetro para
protecção dos “Chillers”, incluindo porta dotada de fechadura.
- Execução e montagem das estruturas e dos apoios para assentamento das unidades que
integram os conjuntos UTA.4+VE.8+RC.8 e UTAN.2+VE.2+RC.2 referentes ao
terraço do piso 2, UTAN.2+VE.3 e UTA.5+VE.9+RC.9 relativos ao piso 4.
- Execução e montagem das chaminés em coberturas referentes aos ventiladores de
rejeição e de extração de ar viciado (VE.5) pertencente à UTA.1.
- Abertura e fecho de furos, roços e valas para passagem e instalação das tubagens,
condutas e condutores eléctricos.
- Execução e montagem das estruturas para suporte dos colectores solares.
- Execução e montagem de todos os suportes, abraçadeiras, pendurais, etc. pertencentes
às redes de condutas e de tubagens.
Relativamente à execução dos tectos falsos, deverão ser previstos pontos de acesso (tampas
amovíveis) nos locais onde se preveja a necessidade de se poder efectuar operações de
manutenção, ou reparação, onde existam registos, equipamentos ou portas de acesso das
condutas, etc.
Haverá a necessidade de desactivação do quarto 217 para passagem de condutas, pelo que será
prevista a utilização deste compartimento para a colocação do sistema de gestão técnica
centralizada (GTC), e desta forma servirá como a “central de controlo” de toda a instalação de
AVAC do edifício.
No final da instalação da obra e antes dos equipamentos serem definitivamente postos a
funcionar, terá que ser efectuada uma limpeza em todos os locais onde se preveja que exista a
circulação do ar dos sistemas de climatização ou ventilação, tais como condutas em alvenaria,
“plenuns”, etc., e de os revestir com material adequado de forma a impedir a propagação de
poeiras derivadas dos materiais de construção das obras necessárias à execução das instalações.
Verificação RSECE CAPÍTULO 4
Nuno Barros 77
4. VERIFICAÇÃO DO REGULAMENTO (RSECE)
4.1. Introdução e objectivos
O presente capítulo visa efectuar a verificação regulamentar, a qual consiste em demonstrar
que as soluções construtivas propostas para o edifício respeitam os requisitos mínimos de
qualidade térmica definidos no regulamento para todos os elementos pertencentes à
envolvente exterior, interior, zonas de ponte térmica plana e envidraçados.
Serão abordados também os parâmetros necessários à caracterização do comportamento
térmico do edifício, como o coeficiente tau (τ), a inércia térmica interior (It), o factor de forma
do edifício (FF) e os factores solares dos vãos envidraçados (g⊥). A identificação do edifício, a caracterização da sua envolvente bem como o zonamento
climático encontram-se detalhadamente descritos no capítulo 2 referente à Memória
Descritiva.
4.2. Envolventes
4.2.1. Espaços não úteis
Antes da identificação dos tipos de envolvente que estão associadas ao Hotel, é necessário
identificar e caracterizar os espaços não úteis (ENU’s) que o integram. Para tal, foi necessária
a determinação do coeficiente τ, tendo em conta o tipo de espaço a que se destina e as áreas
do mesmo em contacto com o espaço útil interior e com o ambiente exterior, Ai e Au
respectivamente.
No Anexo L, encontram-se identificados os espaços não úteis pertencentes ao Hotel, bem
como a sua tipologia, o coeficiente τ e as respectivas áreas que os compõem, tendo por base a
Tabela IV.1 do Anexo IV do RCCTE, onde se adoptaram as cores azul e amarelo para τ ≤ 0,7
e τ > 0,7 respectivamente.
Considerou-se que, no caso particular de arrumos que possuam pelo menos uma porta ou
janela que contacte com o exterior ou com outro ENU, esse arrumo foi considerado também
ele próprio, um ENU. Se o arrumo só possuir uma porta ou janela que contacte com o espaço
útil interior da fracção, foi considerado “arrumo interior” e portanto, nos termos da definição
de área útil do RCCTE, tratar-se-á de um espaço útil.
Relativamente aos compartimentos fortemente ventilados considerados, mais concretamente
no que diz respeito aos espaços destinados à circulação, hall e átrios, considerou-se que os
mesmos são locais de passagem frequente, e como tal ENU’s fortemente ventilados de
abertura e fecho permanente da porta com o meio exterior.
No que diz respeito aos restantes espaços com a mesma tipologia, nomeadamente o ENU 12
(13-Central Térmica), considerou-se como sendo um espaço de abertura permanente, uma vez
VERIFICAÇÃO RSECE
78
que está prevista a existência de uma porta para o exterior, com grelha de grandes dimensões.
No caso das coberturas sob desvão não habitado, estipulou-se da mesma forma como espaços
fortemente ventilados, nos quais a telha da cobertura assenta sobre uma estrutura pré-
esforçada.
4.2.2. Tipos de envolventes
A definição das envolventes do edifício efectuadas em planta e em corte, encontram-se
detalhadamente indicadas nos desenhos pertencentes ao Anexo K (Desenhos), tendo em conta
os valores do coeficiente τ calculados anteriormente para os ENU’s, com os seguintes
padrões:
Tabela 4.1 Tipo e padrões associados à delimitação das envolventes.
Padrão Tipo de envolvente
Sem requisitos
Requisitos de exterior
Interior com requisitos de interior
Interior com requisitos de exterior
Pavimento em planta
Cobertura em planta
Todo o conjunto dos elementos construtivos do edifício que definem a fronteira entre o
espaço útil interior e o ambiente exterior, foi inserido na envolvente exterior. Na envolvente
interior com requisitos de interior foram englobados todos os elementos que separam o espaço
útil interior de ENU’s com τ ≤ 0,7; nas situações em que o τ destes elementos é > 0,7, os
mesmos foram delimitados na envolvente interior com requisitos de exterior. No caso dos
elementos em contacto com solo, estes não terão quaisquer requisitos.
4.2.3. Pontes térmicas lineares (PTL’s)
Para o cálculo das cargas térmicas de aquecimento é necessária a contabilização das pontes
térmicas lineares (PTL’s), exigida pelo RSECE. Nos desenhos (Anexo K) encontram-se as
PTL’s existentes e consideradas para o efeito no edifício em estudo. O valor do coeficiente de
transmissão térmica linear k, bem como os desenvolvimentos lineares (B) das PTL’s nos
desenhos esquemáticos, em planta e em corte, encontram-se resumidos na Tabela 4.2:
Verificação RSECE CAPÍTULO 4
Nuno Barros 79
Tabela 4.2 Pontes térmicas lineares consideradas em estudo.
Parede em contacto com o solo - 0,30 32,02 9,61
Laje térrea - 0,00 172,38 0,00
Fachada com pavimentos térreos Ar 0,78 109,58 85,47
Fachada com pavimentos sobre locais nãoaquecidos ou exteriores
Br 0,37 208,64 77,20
Fachada com pavimentos intermédios Cr 0,40 619,47 247,79
Fachada com cobertura inclinada ou terraço
Dr 0,58 288,33 167,23
Fachada com varanda Er 0,39 37,94 14,80
Duas paredes verticais Fr 0,12 172,24 20,67
Fachada com caixa de estore Gr - 0,00 140,55 0,00
Fachada com padieira, ombreira ou peitoril
Hr - 0,20 1.187,22 237,44
Total 860,21
B x Ψ[W/ºC]
PTLLigação Padrão Ψ[W/mºC]
B [m]
Como a resistência térmica do isolamento da caixa de estore é de 1,081 m2.ºC/W, logo
superior a 0,5 m2.ºC/W, o seu k é igual a 0 W/m.ºC. Na ligação da fachada com padieira,
ombreira e peitoril não existe contacto nem complanaridade entre o isolamento térmico e a
caixilharia, pelo que o valor do k é igual a 0,2 W/m.ºC.
4.2.4. Características das envolventes
É importante referir que a solução construtiva adoptada para os elementos construtivos
(paredes, pavimentos, pilares, vigas etc.) foram arbitrados e baseados em construções típicas,
tendo em conta a tipologia do edifício e o zonamento climático onde o mesmo se encontra
inserido, bem como as características indicadas no documento ITE50 do LNEC e nos
documentos de homologação dos materiais utilizados.
A descrição das soluções construtivas adoptadas bem como as tabelas com as determinações
dos seus coeficientes de transmissão térmica superficiais (U’s) respeitantes às envolventes
exterior e interior, encontram-se tabeladas no Anexo B (Soluções Construtivas).
VERIFICAÇÃO RSECE
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4.3. Verificação dos requisitos mínimos de qualidade térmica
4.3.1. Envolvente opaca
No que diz respeito aos requisitos mínimos, nenhum elemento das envolventes do edifício
pode exceder os limites máximos estipulados no Anexo IX – RCCTE, nomeadamente no que
diz respeito aos U’s dos elementos opacos em zona corrente, referentes ao Quadro IX.1 –
RCCTE. Em zonas não correntes das envolventes, nenhum elemento opaco poderá ter um U
calculado de forma unidimensional na direcção normal à envolvente, superior ao dobro dos
elementos homólogos pertencentes à zona corrente, como sendo elementos verticais e
horizontais ou mesmo superior aos limites estabelecidos no quadro referido.
Tabela 4.3 U’s máximos admissíveis da envolvente opaca do edifício.