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Prof. Dr. Oriel Herrera Bonilla Monitores: Giuliane Sampaio John David Fortaleza - CE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ECOLOGIA Versão 2010
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Prof. Dr. Oriel Herrera Bonilla - uece.bruece.br/laboeco/dmdocuments/aula-06-fatores-bioticos.pdf · Fatores Bióticos Author: Oriel Created Date: 2/25/2010 1:04:29 AM ...

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Prof. Dr. Oriel Herrera Bonilla

Monitores: Giuliane Sampaio

John David

Fortaleza - CE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁCENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDECURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ECOLOGIA

Versão 2010

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Organismos interagem Associações

Interelações

Simbiose significa literalmente viver junto.

A palavra simbiose é empregada usualmente paradescrever a biologia de pares de organismos que vivemjuntos e não se maltratam.

SIMBIOSE

do grego syn, juntos, e bios, vida, termo criado em 1879

pelo biólogo alemão Henrich Anton de Bary (1831 - 1888).

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Coral cérebro.

Indivíduos unidos, atuando em

conjunto; as vezes repartem as

funções.

Abelhas.

Indivíduos independentes,

organizados coletivamente.

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Neutralismo

Mutualismo

Protocooperação

Comensalismo

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Associação entre duas espécies ou populações na qualnenhuma tem efeito sobre a outra.

Muitos autores não a consideram, pois não há como um

indivíduo viver sem interagir com outro.

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Tipo de associação,geralmente obrigatória,entre organismos deespécies diferentes na qualhá benefícios para todos.

Há um na aptidão dosindivíduos de ambas asespécies.

Ex: algas e fungos que formam líquens (figura); as térmitas e sua fauna

intestinal de protozoários e as micorrizas.

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A iúca-de-mohave (a), Yucca

shidigera, é polinizada apenas pela

mariposa-da-iúca do gênero

Tegeticula (b) A larva da mariposa se

desenvolve apenas nas plantas iúcas.

Um líquen é uma associação

simbiótica de um fungo e uma

alga verde.

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Tipo de associação mutualista,não obrigatória, entreorganismos de espéciesdiferentes na qual hábenefícios para todos.

Há um na aptidão dosindivíduos de ambas asespécies.

Ex.: caranguejo-eremita e as anêmonas-do-mar (figura); as plantas e seus

agentes dispersores; a acácia e suas formigas; os pássaros que comem

piolhos em ruminantes.

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Polinização: sinais químicos e visuais atrativos.

Polinizador obtenção de energia, através do pólen.

Plantas manter e aumentar a variabilidade genética daspopulações e realizar a fecundação dos óvulos.

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Formigas (Pseudomyrmex ferruginea) e a acácia-chifre

(Acacia cornigera).

As formigas coletam os corpos de Belt, uma importante fonte

alimentícia e matam outros insetos que tentam se alimentar da

acácia e também impedem que outras plantas venham a

prejudicar sua hospedeira.

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Relação entre dois tipos deorganismos, na qual umdeles, o comensal, recebebenefício, sem causarprejuízo.

Todas essa relaçõescontribuem para manter aharmonia da comunidade.

Ex.: a hiena e plantas epifíticas; a rêmora e os tubarões (figura), onde a

primeira se alimenta dos restos de comida deixados pelo tubarão. Nesta

associação o tubarão não ganha nem perde com a presença da rêmora.

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O inquilinismo pode ser considerado uma das mais freqüentes

formas de comensalismo. Vários casos de inquilinismo acabam

gerando relações mais complexas.

Cupim

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O conhecimento dessas interações

pode nos auxiliar em que?

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Amensalismo

Competição

Predação

Parasitismo

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Também chamado antibiose,ocorre quando uma espécielibera substâncias queprejudica o crescimento oua reprodução de outrasespécies com as quaisconvivem.

Geralmente há vantagensindiretas para o organismoque provoca inibição deoutro.

Diversas espécies de fungos presentes no solo (figura) liberam substâncias

antibióticas que atacam bactérias. Dessa forma evitam a competição com

as bactérias por alimento.

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O eucalipto libera de suas raízes substâncias que impedem a

germinação de sementes ao redor. Isso evita que outras

plantas venham a competir com elas pela água e outros

recursos do solo.

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Interação entre indivíduos que compartilham umaquantidade de recursos limitada, que leva adiminuição ou redução da sobrevivência, crescimentoe/ou reprodução destes indivíduos.

O efeito da competição entre espécies é negativo sobre aspopulações de ambas.

A espécie que será mais prejudicada será a que tiver a menor

capacidade de utilizar os recursos em comum.

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Pode-se dividir a competição em dois tipos básicos:

Por exploração: Uma espécie obtêm o recurso de modo mais

eficiente, fazendo com que outras não consigam explorar os mesmos

recursos.

Por interferência ou explotativa: Os organismos envolvidos

causam malefício ou prejuízo, mesmo que o recurso disputado não

esteja necessariamente em falta.

Competição intra-específica:

Ocorre a regulação do tamanho

populacional dentro da espécie, num efeito

dependendo de densidade.

Competição interespecífica:

Ocorre entre espécies diferentes, são

alteradas as capacidades suporte das populações

em competição.

Competição intra-específica

entre cervos.

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Schoener e Rickfels (1996) subdividiram a competição:

Competição de consumo; Competição de ocupação; Competição de crescimento; Competição química; Competição territorial; Competição de encontro.

A competição e a predação são as interações que mais

têm atraído a atenção dos ecólogos, talvez pelo fato de

serem freqüentemente observáveis na natureza.

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Nas florestas tropicais, taiscomo a mata atlântica, ea mata amazônica,ocorre a luta:

pela luz;

pelos nutrientes;

pela água;

por oxigênio;

pelo território.

Epífitas a procura da luz

(acima), e raízes com ampla

área de captação de nutrientes

(abaixo).

Podem ocorrer simultaneamente

ou individualmente.

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Durante o seu ciclo biológico, o predador consomesempre mais de um espécime da presa.

Indivíduos de outra espécie animal PRESAS

Espécie animal

PREDADORAlimenta-se

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Herbívoros

podem consumir uma planta inteira ou partes dela, tais

como sementes, frutos, flores ou raízes.

Insetos parasitóides

predadores que depositam seus ovos sobre ou próximos ao

hospedeiro que será subseqüentemente consumido

(exaurido) pelas larvas (formas jovens) do parasitóide.

Carnívoros de 1ª ordem

predadores típicos, consumidores de herbívoros.

Carnívoros de topo de cadeia (ou de 2ª ordem)

predadores de carnívoros.

Canibais

predadores que consomem indivíduos da própria espécie.

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ATRAVÉS DE DEFESAS QUÍMICAS

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Lepidópteros

Mimetismo

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Vaga-lume

MimetismoMantídeo

Bicho-pau

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Fuga no tempo

Fuga no espaço

Produção de substâncias

Modificações fisiológicas

Modificações morfológicas

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Ataque de Herbívoro

Susceptíveis

Resistente

Estratégias para evitar o ataque

Estratégias para tolerar o ataque

Escape

Defesas

Sobrecompensação

Físicas

Químicas

Nutricionais

Tempo

Espaço

Crescimento de ramos

Quebra da dormência

Produtividade

Plantas

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Compostos secundários

Pêlos e tricomas

Nitrogênio

Água

Plantas são atacadas

Respostas induzidas

Sobrecomposição

Taxa fotossintética

Crescimento de ramos

Acúmulo de C nas raízes

Floração

Produção de frutos

Alocação de recursos

Aptidão das plantas

Preferência e/ou performance dos herbívoros

Aptidão das plantas atacadas

Resistência Induzida

Defesa Induzida

Herbivoria traz benefícios para as plantas

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Croton sp. presença de tricomas (acima)

e cacto presença de espinhos (abaixo).Nim, Azadirachta indica (acima) e unha-

do-cão, Cryptostegia grandiflora (abaixo),

produção de substancias químicas.

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Sempre consome um único

espécime do hospedeiro

para completar o seu

ciclo biológico.

As principais dificuldades

para completar seu

complexo ciclo de vida estão

na localização e infecção de

novos hospedeiros.

Piolho na fibra capilar,

alimenta-se de sangue.

Geralmente é menor que o hospedeiro

Parasito “predador” especialidade variávelEndoparasito

Ectoparasito

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Cipó-chumbo, vegetal superior não clorofilado, possui

raízes sugadoras ou haustórios que penetram no tronco

do hospedeiro, retirando deles a seiva elaborada.

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Relação intra-específica

Harmônica Colônia

Sociedade

Desarmônica Competição

Relação interespecífica

Harmônica Protocooperção

Comensalismo

Mutualismo

Desarmônica Competição

Amensalismo

Predatismo

Parasitismo

Resumo