Prof. Carlos Ruberto Fragoso Jr. http://www.ctec.ufal.br/professor/crfj/ Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves http://www.ctec.ufal.br/professor/mgn/ Centro de Tecnologia-Ctec Águas Subterrâneas Águas Subterrâneas e hidráulica de e hidráulica de poços poços
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Prof. Carlos Ruberto Fragoso Jr. Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
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Prof. Carlos Ruberto Fragoso Jr.http://www.ctec.ufal.br/professor/crfj/
Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
http://www.ctec.ufal.br/professor/mgn/
Centro de Tecnologia-Ctec
Águas Subterrâneas e Águas Subterrâneas e hidráulica de poçoshidráulica de poços
Sumário da aulaParte 1 – Águas subterrâneas
O que são águas subterrâneas; O que são aquíferos; Tipos de aquíferos; Impactos ambientais sobre aquíferos; Propriedades hidrogeológicas dos aquíferos; Lei de Darcy; Exercícios
Parte 2 – Hidráulica de Poços Tipos de poços; Elementos da hidráulica de poços; Dimensionamento de poços; Exercícios
Águas subterrâneasDo ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona saturada
do solo é dita subterrânea
zona saturada
Em geral, exige menos tratamento antes do consumo do que a água superficial, em função de uma qualidade inicial melhor.
Em regiões áridas e semi-áridas pode ser o único recurso disponível paraconsumo.
Águas subterrâneasFatores limitantes
porosidade do subsolo: a presença de argila no solo diminui sua permeabilidade, não permitindo uma grande infiltração;
cobertura vegetal: um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um solo desmatado;
inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais rapidamente, diminuindo a possibilidade de infiltração;
tipo de chuva: chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem
Percolação
abastecimento dos aqüíferos (mantém vazão dos rios durante as estiagens);
Redução do escoamento superficial: cheias, erosão
É a passagem de água da zona não-saturada (zona de aeração) paraa zona saturada
Águas subterrâneas
Distribuição de águas
ReservatórioVolume
(%)Tempo médio de permanência
Oceanos 94 4.000 anos
Galerias e capas de gelo 2 10 – 1.000 anos
Águas subterrâneas 42 semanas a 10.000 anos
Lagos, rios, pântanos e reservatórios artificiais.
< 0,012 semanas a 10 anos
Umidade nos solos < 0,01 2 semanas a 1 ano
Biosfera < 0,01 1 semana
Atmosfera < 0,01 10 dias
Ocorrência das águas subterrâneasNo mundo
Volume aprox. de 10.360.230 km3 (100 vezes mais abundante que as águas superficiais)
Alguns especialistas indicam que a quantidade de água subterrânea pode chegar até 60 milhões de km3, mas a sua ocorrência em grandes profundidades pode impossibilitar seu uso
Por essa razão, a quantidade passível de ser captada estaria a menos de 4.000 metros de profundidade, compreendendo cerca de 8 e 10 milhões de km3
No Brasil
as reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 2.400 km3/ano (2 % do volume)
Nem todas as formações geológicas possuem características hidrodinâmicas que possibilitem a extração econômica de água subterrânea para atendimento de médias e grandes vazões pontuais
As vazões já obtidas por poços variam, no Brasil, desde menos de 1 m3/h até mais de 1.000 m3/h
Ocorrência das águas subterrâneas
Ocorrência das águas subterrâneasEm Maceió
1974 - Início da exploração das águas subterrâneas devido a uma séria crise de abastecimento na cidade
até 1987 – a CASAL tinha perfurado 50 poços
1987 – Nova crise de abastecimento que culminou com a implantação de um programa emergencial de perfuração de poços profundos
A estimativa atual é de 153 poços perfurados pela CASAL e muitos outros clandestinamente
80% do abastecimento provêm de águas subterrâneas
Falta de gestão resultou na redução do N.E., salinização e poluição das águas
Qualidade das águas subterrâneasDurante o percurso no qual a água percola entre os poros
do subsolo e das rochas, ocorre a depuração da mesma através de uma série 'de processos físico-químicos e bacteriológicos, tais como:
troca iônica decaimento radioativo remoção de sólidos em suspensão neutralização de pH em meio poroso eliminação de microorganismos devido à ausência de
nutrientes e oxigênio que os viabilizem
Ou seja, as águas subterrâneas são filtradas e purificadas naturalmente no processo de percolação
Uso das águas subterrâneasA exploração de água subterrânea está condicionada a
fatores quantitativos, qualitativos e econômicos:
Quantidade: intimamente ligada à condutividade hidráulica e ao coeficiente de armazenamento dos terrenos
Qualidade: influenciada pela composição das rochas e condições climáticas e de renovação das águas
Econômico: depende da profundidade do aqüífero e das condições de bombeamento.
O que é um aquífero?Derivado do Latim, a palavra
aquífero quer dizer: “ carregar água”.
Unidades rochosas ou de sedimentos, Unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazenam porosas e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes significativos de e transmitem volumes significativos de
águaágua subterrânea passível de ser subterrânea passível de ser exploradaexplorada
Em oposição ao termo aquífero, utiliza-se o termo AQUICLUDE para definir unidades geológicas que apesar de saturadas e com grande quantidade de água absorvida lentamente, são incapazes de transmitir um volume significativo de água
AQUIFUGOS
São unidades Geológicas que não apresentam poros interconectados e não absorvem e nem transmitem a água.
Principais Aquíferos
FormaçãoBarreiras
O Aquífero Guarani O Aquífero Guarani é a maior
reserva subterrânea de água doce do mundo, sendo também um dos maiores em todas as categorias
Volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1.800 m, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação
É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos
O Aquífero GuaraniNo Brasil, o aquífero guarani integra o território de oito estados:
Mato Grosso do Sul 213 200 km²
Rio Grande do Sul 157 600 km²
São Paulo 155 800 km²
Paraná 131 300 km²
Goiás 55 000 km²
Minas Gerais 51 300 km²
Santa Catarina 49 200 km²
Mato Grosso 26 400 km²
Aquíferos em Maceió
Exposição da Formação Barreiras em todo o domínio dos tabuleiros costeiros recobrindo a Bacia de Alagoas
Aquíferos em Maceió
Aquíferos em MaceióBarreiras alimentação das águas subterrâneas do Marituba
Sistema Aqüífero Barreiras – Marituba mais importante da área
AQUÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADE
Tipos de aquífero
Tipos de aquífero
É aquele formado por rochas É aquele formado por rochas sedimentares consolidadas, sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados ou sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a solos arenosos, onde a circulação da água se faz nos circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de de areia, silte e argila de granulação variadagranulação variada
Aquífero poroso ou sedimentar
Formado por rochas ígneas, Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se maciças, onde a circulação da água se faz nas fraturas, fendas e falhas, faz nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônicoabertas devido ao movimento tectônico
Ex.: basalto, granitos, gabros, filões de Ex.: basalto, granitos, gabros, filões de quartzo, etc.. quartzo, etc.. Poços perfurados nessas Poços perfurados nessas rochas fornecem poucos metros rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por horacúbicos de água por hora
Aquífero fraturado ou fissural
Formado em rochas calcáreas ou Formado em rochas calcáreas ou carbonáticas, onde a circulação da carbonáticas, onde a circulação da água se faz nas fraturas e outras água se faz nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do resultaram da dissolução do carbonato pela água. carbonato pela água. Essas Essas aberturas podem atingir grandes aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneosverdadeiros rios subterrâneos
Aquífero cárstico (Karst)
Aquífero cárstico (Karst)
Tipos de aquíferosLivres São aqueles cujo o topo é demarcado pelo
nível freático, estando em contato com a atmosfera. Normalmente ocorrem a profundidades de alguns metros a poucas dezenas de metros da superfície
Suspensos São acumulações de águas sobre aquicludes, na zona insaturada, formando níveis lentiformes de aqüíferos livres acima do nível freático principal
Confinados ocorre quando um estrato permeável (aquífero) está confinado entre duas unidades pouco permeáveis (aquiclude) ou impermeáveis
Funções dos aquíferosProdução: consumo humano, industrial ou irrigação
Estocagem e regularização: estocar excedentes de água que ocorrem durante as enchentes dos rios
Filtro: corresponde à utilização da capacidade filtrante e de depuração bio-geoquímica do maciço natural permeável
Transporte: é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas de recarga artificial ou natural e áreas de extração excessiva
Estratégica: o gerenciamento integrado das águas subterrâneas
Energética: aquecimento pelo gradiente geotermal como fonte de energia elétrica ou termal
Mantenedora: mantém o fluxo de base dos rios
Qual são os impactos sobre os aquíferos?Os Impactos Ambientais diferenciam em sua
causa e efeito
Fontes de poluição
QUAIS SÃO OS IMPACTOS?Contaminação por agrotóxicos em solos que não
favorece a degradação do agentes químicos, principalmente na zona de recarga dos aqüíferos
Superexploração de aquiferos, que é a exploração da água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas do aqüífero, iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico do mesmo
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Subsidência de solos – movimento para baixo ou afundamento do solo causado pela perda de suporte subjacente, que leva ao colapso das construções civis
Avanço da cunha salina – avanço da água do mar em superfície , sobre a água doce salinizando o aquífero
Os aquíferos costeiros fluem quase sempre para o mar, em gradiente variável
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
No encontro subterrâneo da água doce com a água salgada forma-se uma interface denominada cunha salina. Por ser mais densa, a água salgada fica abaixo da água doce, permitindo que poços bem próximos à praia ainda captem água doce
Só em casos de intensa explotação, a cunha salina pode avançar terra a dentro, salinizando os poços. Isto quase que acontece na praia de Boa Viagem, na cidade do Recife, exigindo a intervenção governamental, que proibiu a perfuração de novos poços naquela área
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
O avanço da cunha salina pode salinizar não só os poços , mas também as estruturas de aço e concreto de edifícios próximos ao mar
o aqüífero Barreiras na zona urbana de Maceió, originalmente com águas de boa qualidade, vem sendo em algumas áreas gradativamente contaminadas por águas salinizadas da Formação Marituba, por meio da ascensão vertical de cones salinos, devido a explotação intensiva desse sistema
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Índices de Vulnerabilidade:
0,0 – 0,1 DESPREZÍVEL
0,1 – 0,3 BAIXA
0,3 – 0,5 MODERADA
0,5 – 0,6 ALTA
G
D
O
MAPA DE VULNERABILIDADE
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Área de cultivo
Legenda: 0,0 – 0,1 DESPREZÍVEL
0,1 – 0,3 BAIXA
0,3 – 0,5 MODERADA
0,5 – 0,6 ALTA
Zona medida
Poços
Zonas Críticas
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Área sem informaçãoLegenda – CLASSES DE USO DO SOLO
Área Urbana
Cana de açúcar
Coco
Corpos d’água
Fragmento Florestal
Mangue
Outros
Pastagem
Solo exposto
Várzea
Delimitação das áreas críticas
Situação Preocupante
AVALIAÇÃO DOS RISCOS
Situação Preocupante
Impactos Ambientais sobre os aquíferos
Lagoa da coca-cola, aterro, lixão, estruturas de saúde, postos de combustível
Porosidade razão entre o volume de vazios e o volume total
totalVolume
vaziosVolume
Depende da forma, do grau de compactação e da distribuição do tamanho das partículas
Material Intervalo Média
Limite inferior
Limite superior
Argila 0,34 0,57 0,42
Silte 0,34 0,61 0,46
Areia fina 0,26 0,53 0,43
Areia grossa 0,31 0,46 0,39
Cascalho fino 0,25 0,38 0,34
Cascalho grosso 0,24 0,36 0,28
Propriedades Hidrogeológicas
Umidade ou retenção ou conteúdo volumétrico da água razão entre o volume de água e o volume total;
para condições saturadas, todos os vazios estão preenchidos com água e, portanto, a umidade é dita saturada e se aproxima do valor da porosidade:
totalVolume
águaVolumeθ
Varia de zero (meio poroso completamente seco) até o valor máximo (porosidade) curva de retenção
tende para um valor constante, quando a pressão capilar aumenta indefinidamente. O valor de para o qual d/dc 0 é chamado retenção específica r
Propriedades Hidrogeológicas
Umidade
= 0 meioPoroso completamente seco
= r retençãoespecífica
= todos osporos preenchidospor água
r parâmetro razoavelmente constante, sobretudo para areias e cascalhos
Propriedades Hidrogeológicas
Armazenabilidade coeficientes de armazenamento
Aquífero freático
porosidade efetiva ou eficaz ou produção específica ou ainda capacidade específica (ηe) volume drenável por gravidade / volume total
porosidade aparente ou coeficiente de armazenamento (S) volume retirado / redução de volume devido ao rebaixamento
Propriedades Hidrogeológicas
Porosidade efetiva (ηe)
te V
VD
Onde:ηe = porosidade efetivaVD = volume de água drenada por gravidadeVt = volume total
1 m
1 m
1 m
0,1 m
Nível de saturação inicial
Nível de saturação final
Volume drenado
3
3
1m
0,1me 10%0,1e
Propriedades Hidrogeológicas
Q
Vb
Vb = Q.t
Vb volumebombeado no tempo t
Vr
Vr volume rebaixado porcausa do bombeamento
Aquífero freático porosidade aparente ou coeficiente de
armazenamento (S)
Propriedades Hidrogeológicas
S = Vb / Vr
Aquífero freático
Nos aquíferos livres o valor do coeficiente de armazenamento coincide praticamente com o valor da porosidade eficaz, seu valor costumando oscilar entre 0,01 e 0,04.
Propriedades Hidrogeológicas
Propriedades Hidrogeológicas
Aquífero confinado
Armazenamento específico ou armazenabilidade específica (SS) volume retirado por unidade de volume do aquífero, resultante do decréscimo de carga piezométrica de 1 m.c.a.
Coeficiente de armazenamento (S) semelhante ao anterior aquífero de área unitária e espessura constante b
Armazenabilidade coeficientes de armazenamento
Aquífero confinado
SS e S dependem dos coeficientes de
compressibilidade da água () e da
estrutura de sedimento que compõe o meio
poroso () SS = g.(+ )
S = SS.b
β para a faixa de temperaturas de água subterrâneas usualmente encontradas constante e igual a 4,4 x 10-10m2/N
Propriedades Hidrogeológicas
Coeficiente de Armazenamento (S)
•Volume de água liberado por uma unidade de área do aqüífero quando a linha piezométrica abaixa 1m
1m
a) freáticos
aqüiclude
1mA=1m2
aqüífero
Nível da águaA=1m2
Superfície potenciométrica
b) confinado
S = Ss . b
Propriedades Hidrogeológicas
ExercícioNa figura, dois aquíferos estão superpostos, sendo queo aquífero 1 é livre, formadopor areias limpas e comcoeficientes de porosidadeiguais a:
Porosidade total = 30%Porosidade eficaz ou efetiva e= 20%
Calcular o volume total deágua armazenada no aquífero 1e o volume total de águaextraível por bombeamento deste aquífero
ExercícioAquífero livre Se = 30%, significa que, no volume totalsaturado Vt, 30% é composto por água
Por outro lado, se e= 20% , significa que, em Vt, 20% écomposto por Água que pode ser drenada por gravidade
Vd = 0,2 . 109 = 2.108 m3
Vol. retido após drenagem por gravidade: Vr = Vágua - Vd = 108 m3
Este volume retido representa a capacidade de campo
Observe que Vr/Vt = 108 / 109 m3 / m3 = 0,1 = 0,3 – 0,2 = – e
Através de um poço de bombeamento, retirou-se vazão constante Q = 100m3/h. Observou-se o rebaixamento do nível da água com 2 poços deobservação a 50 e 100m do primeiro. Inicialmente a superfície piezométricaestava na cota 100m; após 20 horas de bombeamento as cotas nos poços deobservação estabilizaram nas cotas 99,3 e 99,8m. Admitindo que o cone dedepressão pode ser expresso por uma função exponencial, determine S.
s = s0.a-r
Exercício
r1
r2
Q = cte
rp
Solo
Linha Piezométrica
Impermeável
h2 h1 hr
ExercícioDurante 20 horas, foram bombeados 100 m3/h . 20 h = 2.000 m3
Volume dV = dA.s = 2..r.s dr da equação s = s0.a-r :
Volume rebaixado
Os valores dos coeficientes a e s0 são obtidos com os pontos(s,r): (0,70m, 50,0m) e (0,20m, 100,0m) a = 1,025 e
s0 = 24,1m
Assim, V = 12.617 m3 S = 2.000 m3 / 12.617 m3 = 0,158
20
0
r0 [ln(a)]
1s2drars2V
ππ
Propriedades Hidrogeológicas Condutividade Hidráulica K medida da habilidade de
um aqüífero conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h [K = v/(dh/dx)].
Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo:
Na areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior
Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor
Propriedades Hidrogeológicas Trasmissividade T taxa volumétrica de fluxo através de
uma secção de espessura “b”
T = K . b
Onde: T é a coeficiente de transmissividade (m2/s) K é a condutividade hidráulica (m/dia; m/s); b é a espessura do aqüífero confinado (m).
b
Lei de DarcyHipóteses:
• escoamento permanente (Q = constante)• meio homogêneo e isotrópico saturado ( mesmo solo e mesmas propriedades nas três direções Kx = Ky = Kz = Ks = K
KQ
QL
H
Lei de Darcy
Perda de carga = decréscimo na carga hidráulica pela dissipação de energia devida ao atrito no meio poroso.
O sinal negativo denota que a carga diminui a medida que x aumenta
A Lei de Darcy rege o escoamento da água nos solos saturados e é representada pela seguinte equação:
Onde:V = velocidade da água através do meio poroso;K = condutividade hidráulica saturadadh = variação de Carga Piezométricadx = variação de comprimento na direção do fluxo dh/dx = perda de carga
dx
dhKV
Q = fluxo de água (m3/s)A = área (m2)H = carga (m)L = distância (m)K = condutividade hidráulica (m/s)
dx
dhAKQ
Lei de Darcy
Q
Nível constante
L
Δh
L
)h(hKAQ 21
h1= carga hidráulica no piezômetro 1 [L]h2= carga hidráulica no piezômetro 2 [L]Z1 = carga hidráulica no piezômetro 1 [L]Z2 = carga hidráulica no piezômetro 2 [L]Q = vazão constante que passa pelo cilindro [L3T-1]A = área da seção transversal do cilindro[L2]Δh = variação de carga hidráulica entre os piezômetros 1 e 2 [L]L = distância entre os piezômetros 1 e 2 [L]K = coeficiente de proporcionalidade, chamado de condutividade hidráulica [L/T]
Lei de Darcy
A= l .hv = k . dh/dx
dhhlKdxQ
Q = v. A
Q = (k.dh/dx).(l.h)
Q = k.l.h.dh/dx
Integrando:
l
Qh1 h h2
L
Δh
As cargas h1 e h2 são avaliadas através de piezômetros
2
1
h
h
L
0dhhlKdxQ
Q = k.l.(h12 - h2
2)/(2.L)
Lei de Darcy (Aquífero Livre)
Algumas Definições Importantes Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada
pela dissipação de energia (fricção no meio poroso)
Para o aquífero livre (ou freático):
Nível Freático ou Nível de Água (NA): Altura da água de um aquífero não-confinado, freático ou livre medida num poço de observação.
Superfície Freática: Superfície cujos pontos em relação igual ao nível de água no aquífero freático.
1. Calcule a vazão no aqüífero livre.
Dados: K= 1 x 10-3 m/s e I = 10m
1 2
L= 780m
15m 18m
Impermeável
Datum
10m 7m
Exercício Q = k.l.(h12 - h2
2)/(2.L)
h1 = 10m
h2 = 7m
Q = 0,00032 m3/s
Q = V . A
Q =[ K . dh/dx] . A
Como: A = l . b , então:
Q = K . l . b . dh/dx
Integrando:
As cargas h1 e h2 são avaliadas através de manômetros
l
Q
h1 h2
L
Δh
b
dhblKdxQ 2
1
h
h
L
0dhblKdxQ
Q = k.l.b.(h1 - h2)/L
Lei de Darcy (Aquífero Confinado)
Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso).
Para o Aquífero Confinado:
Carga Piezométrica ou Altura Piezométrica: Altura da água de um aquífero confinado medida num piezômetro em relação ao fundo do aqüífero (z + P/).
Superfície Piezométrica: Superfície cujos pontos estão em elevação igual à altura piezométrica
Algumas Definições Importantes
2. Calcule a vazão no aqüífero confinado. Dados: K= 1 x 10-3 m/s l = 10m
Impermeável
Datum
1 2
L= 780m
10m 13m
5m
Exercício Q = k.l.b.(h1- h2)/L
h1 - h2 = 3m
b = 5m
Q = 0,0019 m3/s
Propriedades Hidrogeológicas de aquíferos nacionais
Propriedades Hidrogeológicas de aquíferos nacionaisBacia sedimentar do Paraná grande volume armazenado formação Botucatu é o principal aquífero
K entre 0,03 a 0,10 m/h
T entre 12 e 40 m2/h
S entre 10-3 e 10-5
Aquíferos em MaceióRMM domínio fraturado ocorrência na parte oeste e noroeste da RMM nos municípios de Messias, rio Largo e Pilar Sistema Aqüífero Fissural
1.Produtividade baixa Q média de 3,985 m3/h e Q específica média inferior a 0,380 m3/h/m;2.A qualidade físico-química da água em geral é muito boa;3.caráter anisotrópico não permite uma definição local da superfície potenciométrica área de ocorrência dela é controlada pela topografia e localmente orienta-se segundo os vales das drenagens superficiais;4.nível estático médio de 5,78 metros, com profundidades que variam entre 0,36 e 33 metros;5.Alimentação realizada por infiltração direta da chuva, por contribuição das águas acumuladas nas coberturas inconsolidadas, e por infiltração a partir da rede de drenagem superficial;6.Saídas evapotranspiração (principal natural), pequenos córregos e as descargas de base após os períodos de chuva. Artificial poços tubulares existentes.
Aquíferos em MaceióO domínio intersticial ou poroso é composto pelos SistemasAqüíferos da Bacia de Alagoas, Formação Barreiras e Sedimentos de Praia e Aluvião.
Bacia de Alagoas: Coqueiro Seco, com baixa potencialidade com transmissividade média de 6,7 x 10-5 m2/s; Maceió, com valores predominantemente baixos de T média de 2,7 x 10-4 m2/s e condutividade hidráulica (K) média de 5,0 x 10-6 m/s; Poção, com baixa potencialidade com T média de 1,116 x 10-4 m2/s; Marituba, com média a baixa potencialidade, com T = 2,0 x 10-2 m2/s e K = 4,0 x 10-6 m/s. Recarga do Sistema Aqüífero Marituba é exclusivamente por percolação vertical, através da Formação Barreiras e dos Sedimentos de Praia e Aluvião
Aquíferos em MaceióO domínio intersticial ou poroso é composto pelos SistemasAqüíferos da Bacia de Alagoas, Formação Barreiras e Sedimentos de Praia e Aluvião.
Formação Barreiras: sistema de potencial médio Apresenta níveis de K elevada (10-3 m/s) e níveis muito menos permeáveis (10-8 m/s). T = 4,7 x 10-3 m2/s, K = 1,3 x 10-4 m/s e S = 2,9 x 10-4. as águas são consideradas doces, não apresentando problemas de potabilidade a nível regional e predominando o tipo cloretada sódica. Aqüíferos Barreiras e Marituba em amplas áreas em estado de comunicação permanente único sistema hidráulico Sistema Aqüífero Barreiras – Marituba
Sedimentos de Praia e Aluvião: baixa potencialidade, grande variação dosparâmetros hidrodinâmicos
Cavalcante et al (1992) aqüífero Barreiras isolado apresentou apenas 57,4% das transmissividades acima de 36 m2/h
18% dos poços testados com transmissividade inferior a 0,36 m2/h
INTERVALO DE “T”(m2/s)
Aqüífero ou Sistema Aqüífero*BAR BAR/PIAmt BAR/MUR CS
Quadro 4.1/1 – Correlação Transmissividade x Aqüífero
•No trabalho original esse título foi designado apenas como “Formações Geológicas”; BAR = Barreiras; PIAmt = Piaçabuçu membro Marituba; MUR = Muribeca; CS = Coqueiro Seco
Fonte: Plano Diretor Paraíba, Sumaúma e Remédios
Propriedades Hidrogeológicas de aquíferos nacionais
Propriedades Hidrogeológicas de aquíferos nacionais
Propriedades Hidrogeológicas de aquíferos nacionais