PRODUO DEBORRACHA FDL E FSA:GUIA DE TREINAMENTO
2015
GUIABR
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ISBN: 978-85-86440-92-2
WWF-BRASIL
Secretria GeralMaria Cecilia Wey de Brito
Superintendente de Conservao Mauro Jos Capossoli Armelin
Coordenao do Programa AmazniaMarco Aurlio Watanabe LentiniRicardo de Assis Mello
FICHA TCNICA
EdioKaline Rossi do Nascimento WWF-Brasil
TextoKaline Rossi do Nascimento WWF-Brasil (Analista de Conservao)Floriano Pastore Jnior Universidade de Braslia UnB (Professor e pesquisador - Laboratrio de Tecnologia Qumica LATEQ)Joo Bosco Rodrigues Peres Jnior Universidade de Braslia UnB (Doutorando e pesquisador - Laboratrio de Tecnologia Qumica - LATEQ)
RevisoFernanda Melonio da Costa WWF-Brasil (Analista de Comunicao)Lucas Souza Silva WWF-Brasil (Assistente Tcnico em Conservao)Flavio Quental Rodrigues WWF-Brasil (Analista de Conservao)
FotografiaWWF-Brasil / Talita OliveiraWWF-UK / Simon RawlesWWF-UK / Karen Lawrence WWF-Brasil / Fernanda MelonioWWF-Brasil / Lucas Silva
Design grficoGuilherme K. Noronha gknoronha.com
Publicado porWWF-Brasil
SUMRIOINTRODUO 3FDL - Folha de Defumao Lquida 4
FSA - Folha Semi-Artefato 5
TECBOR Concepo tecnolgica e breve histrico 7
Boas prticas de manejo da seringueira 11
PRODUO DE FDL 17Caractersticas gerais de uma boa FDL 27
Problemas comuns 27
PRODUO DE FSA 31Caractersticas gerais de uma boa FSA 39
Problemas comuns 39
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 40
GUIA DE CORES FSA
CARTAZ: PRODUO DE BORRACHA FDL
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O seringueiro Zeca Flix do seringal Curralinho, mostra as caractersticas de uma FDL de qualidade. O treina-mento e a atualizao contnuos garantem a o reconhecimento da importncia das atividades extrativistas, agre-
gando valor e renda aos produtos, preservando a floresta e beneficiando as pessoas que moram nela.
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A INTRODUOEste guia foi elaborado com o objetivo de auxiliar na padronizao da produo das borrachas FDL Folha de Defumao Lquida e FSA Folha Semi-Artefato. O texto foi concebido com base nas lies apren-didas e desafios observados no processo de produo, ressaltando os aperfeioamentos das tcnicas para assegurar maior qualidade e homo-geneidade na produo.
O documento oferece opes de flexibilizao das medidas usadas para a produo, de forma que o seringueiro seja empoderado e estimulado a adotar suas prprias formulaes a fim de garantir uma boa qualidade do produto final. Alm disso, a publicao tambm traz um catlogo de co-res, resultante da combinao de corantes para as diferentes tonalidades que a borracha FSA pode receber.
Este guia est inserido no mbito do projeto Sky Rainforest Rescue (Pro-jeto Protegendo Florestas), uma parceria entre WWF-Brasil, WWF Reino Unido e a rede de TV britnica de entretenimento e negcios em comu-nicao Sky, para ajudar a manter um bilho de rvores em p no Acre. O projeto foi lanado em 2009, quando uma nova e importante estrada, a BR 364, ameaou aumentar o desmatamento em uma rea ainda qua-se intacta de floresta tropical. Seu objetivo aumentar a produtividade em reas abertas e melhorar os meios de subsistncia para aqueles que dependem de produtos florestais, como a borracha, aa e pirarucu dando apoio aos sistemas produtivos e buscando melhorar as condies de mer-cado destas cadeias da sociobiodiversidade na Amaznia.
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A FDL uma tecnologia inovadora, desenvolvida como parte do Projeto TECBOR pelo Laboratrio de Tecnologia Qumica LATEQ, do Instituto de Qumica da Universidade de Braslia (UnB), que permite maior agre-gao de valor na produo de borracha dentro da floresta. Para isso, o seringueiro precisa seguir vrios passos que sero descritos em detalhes adiante. A FDL feita diretamente pelo seringueiro e muitas vezes com a sua famlia, usando procedimentos simples e seguros diferentemente do antigo meio de defumao, bastante prejudicial sade alm de no precisar passar por usinas de beneficiamento, como outras borrachas pri-mrias por exemplo, o cernambi podendo ser encaminhadas direta-mente para a utilizao industrial.
Usos: comumente transformada em solas de sapato. Pode ser utilizada tambm diretamente na fabricao de muitos produtos de borracha.
A FSA tambm foi desenvolvida atravs do Projeto TECBOR pelo LATEQ. Como seu nome sinaliza, uma folha produzida pelo prprio seringueiro, que constitui um avano na cadeia produtiva, pois pode ser transformada j em produtos de uso final, sem passar nenhum processo de transforma-o industrial.
O produtor, ainda na floresta, adiciona ao ltex uma mistura de compos-tos de vulcanizao, normalmente utilizados nas indstrias para melhorar a durabilidade e as propriedades mecnicas da borracha. Corantes adicio-nados j na preparao atribuem cores mais fortes/vibrantes s folhas.
Usos: Uma vez secas, as mantas podem ser cortadas em formas planas e utilizadas para a fabricao de inmeros produtos como colares, pulsei-ras, tapetes para casa, mouse pads de computadores, luminrias e muitos outros artefatos. Os produtos feitos de borracha FSA podem ser mantidos em timas condies com a aplicao de silicone em gel ou ceras, que aju-dam a remover naturalmente resduos ou possveis ressecamentos.
FSA FOLHA SEMI-ARTEFATO
OS DOIS TIPOS DE FOLHAS, A FDL E
A FSA, REQUEREM INVESTIMENTO,
CAPACITAO E CONTNUO ACOMPANHAMENTO DA
PRODUO. NO ENTANTO, A FSA, POR J SER TRANSFORMADA EM ARTEFATOS DE USO FINAL, REQUER MAIOR
CUIDADO NA PRODUO E CONTROLE DE QUALIDADE,
FUNDAMENTAL PARA A CRIAO DE PEAS DE MAIOR DURABILIDADE,
PERMITINDO MAIOR RENTABILIDADE NA
CADEIA PRODUTIVA.
FDL FOLHA DE DEFUMAO LQUIDA
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Vantagens das tecnologias de produo da FDL e FSA:
O seringueiro faz um produto de maior valor agregado e recebe mais por seu trabalho. A folha final, dependendo do produtor, de excelente qua-lidade (alta elasticidade, cor clara e odor reduzido, se comparado ao cer-nambi de cogulo ou ao Cernambi Virgem Prensado (CVP) o que permite o acesso a indstrias mais especializadas);
O trabalho permite e incentiva a participao da mulher na produo, es-pecialmente na preparao da folha, que o trabalho final, onde a delica-deza caracterstica de algumas mulheres bem vinda para agregar quali-dade ao produto;
A produo da folha permite o trabalho de pessoas mais velhas, e ainda dos mais jovens, que podem voltar a se interessar pelo trabalho na serin-ga ampliando a fora produtiva da famlia;
Possibilita maior liberdade de produo ao seringueiro, que pode adotar adaptaes do processo e de sistema produtivo, intercalando com outras atividades produtivas no roado, etc.
A produo feita sem energia eltrica e sem consumo excessivo de gua, quando comparada com a usina do cernambi; entretanto necessita de gua de boa qualidade, que pode ser preparada sem dificuldades pelo se-ringueiro, desde que receba os insumos e treinamento para tal;
O trabalho no prejudicial sade do produtor ou ao meio ambiente.
Concepo tecnolgica
O tratamento da borracha com fumaa muito utilizado em vrios pro-cessos de beneficiamento, cumprindo em geral duas funes: a primeira, a secagem da gua contida no ltex; e a segunda, dar uma proteo con-tra degradao biolgica, de bactrias e fungos, como acontece em muitos processos de defumao de alimentos. Os primeiros a utilizar a tcnica foram os indgenas da Amaznia e Amrica Central, que confeccionavam sacos de pano encauchados que, por serem impermeveis, eram muito teis para guardar materiais e /ou alimentos especialmente em via-gens por rios e ambientes midos. A fumaa tambm era empregada na secagem do ltex para formar objetos como bolas, por exemplo a pla de borracha foi uma adaptao desde processo. Em seguida, a tcnica foi utilizada em usinas de produo de Granulado Escuro Brasileiro (GEB) e CVP; e na fabricao de folha fumada, um dos tipos mais nobres de bor-racha beneficiada, como a Folha Fumada Brasileira (FFB), por exemplo, que mais produzida na Malsia e em outros pases asiticos. Entretanto, descobriu- se que a fumaa, alm da funo de secagem, agrega produtos antioxidantes naturais que contribuem para o melhoramento da quali-dades do elastmero, o que muito apreciado na produo de artefatos, especialmente pneus quando esto em uso, apresentam aumento da temperatura e aceleramento das oxidaes, acentuando o processo de de-teriorao e envelhecimento da borracha.
Durante a carbonizao ou queima da madeira, se a fumaa for con-densada produz o lquido pirolenhoso. Embora contenha os produtos an-tioxidantes da fumaa, uma soluo aquosa, cida e pode ser usada na coagulao da borracha. Tambm pode-se utilizar outros produtos como o limo, vinagre e algumas seivas de rvores da Amaznia.
O Tecbor tem como proposta desenvolver tecnologias adequadas para a produo de borrachas beneficiadas para seringueiros da Amaznia, com o objetivo de dar maior valor agregado ao seu produto, melhorando as condies de sua permanncia no seringal, onde realiza importante papel cultural e de conservao da biodiversidade. Desta forma, comea a usar o cido pirolenhoso para coagular a borracha em condies controladas, permitindo uma srie de vantagens em relao produo do cernambi, ou biscoito, por exemplo, que consiste na coagulao espontnea do ltex
TECBOR TECNOLOGIAS PARA PRODUO DE
BORRACHAS E ARTEFATOS NA AMAZNIA
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na prpria tigela de coleta. S que nesse caso, o cido que coagula o leite produzido no prprio local pelo processo de degradao da protena pre-sente no ltex. Como se trata de deteriorao de materiais naturais, o re-sultado um produto com forte cheiro desagradvel, o tradicional pix do cernambi ou borracha. S que este cheiro ruim, assim como outras impurezas, tem que ser lavado da borracha antes dela ser transformada em produtos industriais. Este processo deve ser feito em usinas, onde o cernambi triturado, lavado, secado e aglomerado. As desvantagens so o custo de energia para a triturao, elevado consumo de gua e mais ener-gia para a secagem, que feita num tnel contra uma corrente de fumaa, obtida com a queima da lenha.
Breve histrico
O projeto Tecbor teve incio em 1994 como parte de um projeto executado pela Funatura, Fundao Pro-Natureza, de Braslia, em colaborao com a Universidade de Braslia (UnB), apoiado pela Organizao Internacio-nal de Madeiras Tropicais (OIMT ou ITTO). Depois do perodo inicial, foi incorporado como programa de pesquisa permanente do LATEQ - Labo-ratrio de Tecnologia Qumica do Instituto de Qumica da UnB e foi de-senvolvido como pesquisa de bancada e em experimentos de campo com a participao de Floriano Pastore Jr., Vanda de Souza Ferreira e Leo-nardo Reis. Foram instalados experimentos pilotos na Amaznia: em Rio Branco (AC), Itacoatiara (AM), em Ariquemes (RO), e em Gurup (PA). Esta etapa contou com participao de pesquisadores do LATEQ, funcio-nrios do IBAMA, lderes comunitrios e apoio financeiro e logstico do CNPT - Centro Nacional das Populaes Tradicionais do IBAMA. Neste perodo frtil de pesquisas, pode-se adequar o processo para difuso em condies normais, considerando a realidade amaznica de trabalho. O novo produto recebeu o nome de Folha de Defumao Lquida, que, por proximidade do nome, ficou tambm conhecida como Folha Defumada Lquida. Neste perodo tambm teve participao importante a Metalr-gica Pasiani, de Catanduva, SP, na adaptao de um cilindro tradicional de massas para a calandra que foi incorporada ao projeto.
Em maio de 1999, o mesmo CNPT/IBAMA viabilizou financeiramente a primeira instalao de uma comunidade com 50 kits de produo para a RESEX do Alto Juru, no municpio de Taumaturgo (AC), na divisa com o Peru, localidade de difcil acesso. Apesar de todas as dificuldades, a produo ali se manteve por alguns anos pelo forte apoio de Erni Dom-browski, tcnico do IBAMA durante esta fase inicial. Logo em seguida, nesta fase inicial, foram instaladas 20 unidades em Guajar Mirim e 22 em Juta, no Amazonas, por demandas da prpria comunidade.
Pela superfcie lisa que a FDL apresentava, o Greenpeace e o IBAMA dis-cutiram com o LATEQ a possibilidade de se fazer a folha com um melhor
acabamento e com cores, para que elas fossem transformadas em mouse pads. Com algumas experincias que se mostraram depois insuficientes foi possvel produzir o que havia sido idealizado. Uma produo de l-minas coloridas foi instalada em Carauar (AM), no mdio rio Juru, com o apoio do Greenpeace e do IBAMA e participao ativa de comunitrios como Manoel Cunha e Ademar Cruz. Uma partida foi logo encaminhada para a Europa e as folhas transformadas no produto idealizado, mouse pads. No entanto, a condio abafada do transporte permitiu o apareci-mento de bolores e fungos, provocando uma difcil situao com as uni-dades venda.
O aparecimento de fungos nas mantas motivou um perodo mais prolon-gado de pesquisas para descobrir conservantes, tanto para a FDL, como para a irm mais nova, batizada de FSA, Folha Semi-Artefato, porque dela j se pode fabricar produtos de uso final. Para a FDL, desenvolveu-se uma mistura de trs fungicidas, de amplo uso em agricultura tradicional, para ser incorporada ao processo de preparao da folha e dar proteo a ela. Com relao FSA, alm dos fungicidas, demandava ser um produto que promovesse a estabilidade trmica e mecnica da borracha. A soluo foi o processo de vulcanizao, tratamento industrial obrigatrio adotado para todos os artefatos de borracha. Por sorte, ao incluir na FSA a mis-tura vulcanizante (MV), que contm enxofre e xido de zinco, resolve-se tambm a questo dos bolores e fungos, pois esses dois compostos qumi-cos so tambm fungicidas e bactericidas. Com estas solues tcnicas, o Tecbor se preparou para perodo de maior difuso e visibilidade.
No ano de 2001, o projeto ficou entre os finalistas do Prmio de Tecno-logia Social da Fundao Banco do Brasil, em sua primeira edio, e a prpria Fundao financiou no ano de 2003 a difuso do projeto em 4 comunidades: Assis Brasil (AC), Manicor (AM), Santarm (PA), na Flo-na Tapajs em Jamaraqu e Gurup (PA). A prioridade era a produo de FDL, mas tambm se ensinava a FSA, sempre muito similar na tcni-ca produtiva.
Nesta fase, houve investimento de recursos e ateno para a fabricao de cido pirolenhoso na prpria regio amaznica, primeiramente em Monte Alegre, PA, experincia que em seguida foi levada a Cruzeiro do Sul (AC), onde a produo foi aperfeioada e resultou em cido de excelente quali-dade. Em Assis Brasil (AC), o pequeno treinamento que houve para a FSA por Vanda Ferreira e Ione Nunes, do LATEQ, despertou o dom criativo de Jos Rodrigues Arajo, conhecido como Dr. da Borracha. Ele desenvolveu uma forma de fazer calados, interrompendo a produo da FSA antes da secagem e cortando-a em tiras que, ainda na condio verde, so mon-tadas num molde de madeira e coladas entre si. Folhas de borracha secas tm grande dificuldade de colagem entre si, o que foi resolvido neste pro-cesso, colando-se enquanto as folhas ainda esto midas. Em razo de o processo ser executado com a FSA ainda em produo Flvia Amadeu e
WWF-BRASIL / TALITA OLIVEIRA
Contanto que o ltex extrado da Amaznia esteja
livre de contami-nantes, ser sem-pre a melhor bor-racha do mundo. Tem elasticidade
superior e pro-priedades mec-
nicas para a pro-duo de diversos
produtosFloriano Pastore Coordenador do
Laboratrio de Tecnologia Qumica
(LATEQ) da Universidade de Braslia - UnB
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Floriano Pastore sugeriram o nome de Artefato Integrado Folha, AIF. A facilidade de processamento e a criatividade de outros artesos propor-cionou que a nova tcnica derivasse outros artefatos, alm dos sapatos.
No Estado do Acre, a Associao dos Moradores e Produtores da Reser-va Chico Mendes em Assis Brasil (Amopreab) - tendo frente J. R. De Arajo e Antnio (Tota) B. de Arajo teve papel fundamental para que os extrativistas tivessem a produo mais longa de FDL. A Amopreab ainda promoveu o surgimento do primeiro subsdio municipal para essa folha, dando um passo alm do Governo do Acre, que havia estabelecido o sub-sdio do estado para as borrachas de forma geral. O contrato com a Veja, indstria francesa fabricante de calados, veio trazer alento produo de FDL em Assis Brasil.
Entre 2009 e 2011, a Secretaria Estadual de Agricultura e Produo Fa-miliar (SEAPROF) financiou a compra de 260 de kits de produo que foram implantados em Feij e Tarauac, por Vanda Ferreira e Marcelo Soares, do LATEQ. No mesmo perodo, aps avaliao da adequao da tcnica do Tecbor realidade amaznica, o WWF-Brasil passou a contri-buir para a consolidao do projeto.
Com apoio da Embaixada da Sua, entre 2013 e 2014, foi desenvolvido um novo produto da famlia Tecbor, o Tecido Emborrachado da Amaz-nia - TEA, implantado em Jamaraqu, beira do rio Tapajs, no munic-pio de Belterra (PA).
Pode-se indicar como procedimentos principais: limpeza das estradas de seringa; corte dos cips; raspagem das bandeiras; alternar os cortes da seringueira, respeitar os perodos produtivos das seringueiras, em safras e entressafras e; de fundamental importncia, manter os aceiros em volta das reas de roado para proteger a floresta de possveis incndios.
Limpando as estradas de seringa
As estradas de seringa devem permanecer limpas. Normalmente, os pro-dutores fazem apenas uma limpeza ao ano, um pouco antes do perodo de maior produo (geralmente nos meses de maro ou abril), porm o in-dicado que a limpeza seja feita duas vezes ao ano, a primeira nos meses de janeiro, fevereiro ou maro e a segunda em setembro ou outubro. O trabalho consiste na desobstruo dos caminhos, deixando-os em mdia com 1 m de largura, retirando galhos cados e roando o mato ao redor, cortando as partes que invadem a estrada.
Cortando os cips
Os cips, que por ventura estiverem entrelaados nas seringueiras, devem ser retirados. Este procedimento muito importante por liberar as ban-deiras e livrar as seringueiras do estresse provocado pelo emaranhado de cips. Essa prtica tambm minimiza riscos de queda das rvores, seja pelo prprio peso dos cips, seja por eles estarem conectados a outras es-pcies que porventura caiam na floresta.
Raspando as bandeiras
Durante o perodo de limpeza das estradas tambm comum a raspagem das bandeiras. As duas atividades, limpeza e raspagem, demandam apro-ximadamente dois dias de trabalho por estrada, geralmente um dia para cada atividade. A raspagem das bandeiras feita com um instrumento prprio, a raspadeira, que retira a poro externa da casca da seringueira (parte morta), alm de detritos e outros materiais que estejam fixados ex-ternamente casca, deixando a rea apta a receber novos cortes.
BOAS PRTICAS DE MANEJO DA SERINGUEIRA
Para garantir a sustentabilidade da floresta e das prticas, ancestrais dos seringueiros, so necessrias boas prticas de manejo e cuidados com as seringueiras.
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Quando a raspagem no feita, a produo menor e muitas vezes o excesso de casca obstrui os canalculos (formados com os cortes para a extrao do ltex) desviando o ltex e fazendo com que caia no solo. Os detritos da casca podem tambm favorecer a coagulao (coalho) do ltex no momento da extrao, o que no desejado. Como outro ponto favor-vel, considera-se que a raspagem estimula a maior produtividade dos pai-nis, sendo considerada, portanto, uma prtica de manejo essencial.
Alternando os cortes nas seringueiras
A dinmica de extrao em uma mesma seringueira envolve a prtica de 10 a 30 linhas de corte por ano, dependendo do nmero de estradas do seringueiro e da sua produo anual. Atualmente, so raros os casos em que h mais de 40 cortes por ano.
A distncia entre os cortes de 1 a 3 cm, dependendo de cada seringuei-ro, o que produz bandeiras com altura mdia de 30 a 90 cm a cada ano. Os cortes so feitos at a altura do solo. Dessa forma, um pano ou painel da rvore tem capacidade de receber de 2 a 3 bandeiras, ou at mais, caso haja a utilizao de trepeas ou escadas de corte de seringa. Com a con-cluso dos cortes em um painel, passa-se para o seguinte, adjacente. Des-sa forma, o tempo de retorno a uma mesma zona de corte, ou seja, mes-ma bandeira, de quatro a seis anos, perodo em que a casca da rvore se regenera e volta a estar apta a receber novos cortes.
RECOMENDA-SE NO RASPAR
AS BANDEIRAS E EVITAR O
CORTE EM DIAS DE CHUVA, POIS
ISSO FAVORECE O ATAQUE DE FUNGOS
S RVORES
Foto na pgina ao lado: O seringueiro pode utilizar
uma trepea para cortar bandeiras mais altas.
Seringueira com trs bandeiras.
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Mantendo os aceiros ao redor das reas de roado
fundamental a manuteno de aceiros ao redor das reas de roado ou em pastagens manejadas com o uso do fogo, uma vez que os incndios so letais para vrias espcies florestais, inclusive para a seringueira.
Respeitando a safra e entressafra da seringueira
Para grande parte dos seringueiros do Acre, a produo de ltex ocorre entre os meses de novembro e julho. Entre agosto e outubro o leite fica mais forte, mas a seringueira diminui a sua produo. comum deixar de fazer a extrao do ltex no ms de setembro e, eventualmente, tambm em agosto e outubro.
Trata-se de uma medida de proteo, pois este intervalo favorece o des-canso e a recuperao das rvores. Alm disso, o perodo corresponde poca de florao e refolhao das seringueiras, sendo um momento adequado para a no explorao. Isto favorece a recuperao das rvores, podendo beneficiar a reproduo e a regenerao da espcie. Aps o cor-te das seringueiras a estrada permanece em descanso por um perodo de trs a quatro dias. S depois de passado esse tempo, o seringueiro volta a cortar as mesmas rvores dessa estrada.
RESUMO DAS BOAS PRTICAS DE MANEJO E CUIDADOS COM A SERINGUEIRAPara garantir que a borracha ter qualidade e as rvores seguiro produzindo importante:
1. Fazer a limpeza anual das estradas de seringa;
2. Cortar cips que possam prejudicar a sobrevivncia das seringueiras e a eficincia do trabalho;
3. Raspar as bandeiras no perodo seco do ano (vero);
4. Realizar o corte da seringueira de forma correta em tamanho e profundidade;
5. Respeitar repouso de 3 a 4dias entre um corte e outro da seringueira;
6. Manter os aceiros ao redor das reas de roado; e
7. Respeitar a safra e entressafra da seringueira.
O QUE MAIS PREJUDICA A SERINGUEIRACortes muito profundos que alcancem o cmbio ou a madeira da rvore (lenho). Estes cortes promovem a abertura da casca formando uma ferida que permanece por dias soltando uma seiva transparente. A evoluo da cicatrizao no local faz com que a rvore pare de produzir ltex na rea danificada ou, usando a forma de falar dos seringueiros, a madeira fica escaldada. Em alguns casos a ferida pode progredir, sendo usada como porta de invaso por larvas de besouros e como zona de ataque de fungos - principalmente um fungo de colorao negra chamado de caruncho podendo em seguida apodrecer e comprometer totalmente a produo de ltex e at levar morte.
Raspagem muito profunda ou conduzida em perodo de chuva ou em friagem (especialmente no dia em que o frio mais intenso) provo-ca os mesmos problemas causados pelos cortes profundos, apontados anteriormente. Algumas vezes a raspagem inadequada pode promover a perda total da bandeira ou mesmo a morte da rvore. A seringueira de entrecasca arroxeada mais suscetvel a esse problema, assim como aquelas que ocorrem nas proximidades de igaraps e reas de mais bai-xo relevo.
O corte de mais da metade da circunferncia da casca da r-vore pode provocar seu esgotamento e em alguns casos, levar as serin-gueiras morte.
FONTE: ADAPTADO DE MACHADO, 2008.
importante tambm o uso de EPI Equipamentos de Proteo Indivi-dual na floresta (botas, terados de bainha, camisa de manga comprida e cala comprida) e no galpo (culos, mscara e luvas). Os equipamentos para a coleta do ltex , assim como os EPIs, devem ser mantidos sempre limpos e em boas condies de uso.
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PERODO DE SAFRA
Calendrio de produoda seringueira, demons-
trando os perodos de safra (de nov. a jul.) e
entressafra (ago. a out.).
FONTE: ADAPTADO DE MACHADO (2008).
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CURIOSIDADES EM TERMOS DE PRODUTIVIDADE
ANTES DE COMEAR: COMO EST A SUA ESTRADA DE SERINGA?
Depois das estradas limpas e antes de iniciar a produo, o seringueiro deve usar o terado para raspar a casca das rvores. Este procedimento deve ser repetido sempre que houver acmulo de sujeiras nos painis.
As tigelas, facas e demais utenslios devem estar sempre limpos. A tigela precisa ser higienizada e virada todos os dias aps a coleta do ltex. Perio-dicamente, a faca deve ser afiada com lima prpria para permitir cortes mais precisos.
As seringueiras sempre tm um lado melhor de corte, com maior produo de ltex. Isto, no entanto, no fcil de identificar, sendo constatado apenas na comparao dos resultados produtivos dos cortes dos dois lados.
Um teste normalmente utilizado para avaliar o potencial produtivo da serin-gueira a partir de um corte curto (in-ciso ou furo) feito com a ponta de uma faca ou terado. Quando de imediato apa-rece o ltex no local cortado, h um indi-cativo de boa produtividade da rvore.
A lua que promove uma maior produti-vidade a cheia, mesmo que com uma diferena tnue com relao s demais. J a lua nova aquela na qual a produo menor, segundo alguns seringueiros.
Quando uma rvore passa mais de dez dias sem ser cortada, normalmente di-
minui a produo (o ltex se torna mais espesso e em menor volume). O intervalo ideal de descanso de quatro a oito dias.
As seringueiras mais produtivas soltam parte de sua casca, dando a impresso que esto com a casca "arrepiada" a altura do solo. J as seringueiras de casca com-pletamente lisa normalmente so menos produtivas.
A opo pelo corte durante a madrugada ou ao longo das primeiras horas da ma-nh se d por conta da maior disponibi-lidade de ltex nas seringueiras nestes perodos. De acordo com os seringueiros "quando o dia est quente, a seringueira esconde o leite (ltex)".
A seringueira que apresenta uma colora-o arroxeada entrecasca normalmente mais produtiva do que a que possui colo-rao mais amarelada.
FONTE: ADAPTADO DE MACHADO, 2008
1. Preparo do preservante e do coagulante
a) Preservante
O preservante serve para evitar mofos e bolores que podero aparecer na borracha. Cada pacote do produto deve ser colocado cuidadosamente em um recipiente de 2 litros que ser completado com gua limpa, tampado e misturado vigorosamente. importante utilizar luvas durante esta ope-rao, assim como trabalhar em local arejado e a favor do vento para no inalar o produto. Cada vez que o preservante for utilizado, a garrafa deve ser bastante agitada, para colocar o produto sedimentado em suspenso.
b) Coagulante
No treinamento, o seringueiro recebe o cido pirolenhoso que usado para a coagulao controlada do ltex. Ele um produto natural, obtido pela condensao da fumaa no processo de carbonizao da madeira e est concentrado, devendo ser diludo na proporo de 100 mL (mililitros), uma medida completa da proveta (tambm conhecida como medidor) para um recipiente de 2 L, que dever ser completado com gua limpa.
PRODUO FDL FOLHA DE DEFUMAO LQUIDA
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2. Passo a passo da produo da FDL
A produo da FDL pode ser dividida em 9etapas: 1) coagem e diluio inicial; 2) adio de preservante; 3) preparo das bandejas; 4) coagulao; 5) retirada do cogulo; 6) calandragem; 7) secagem; 8) enfardamento e armazenamento; e 9) embalagem e transporte.
a) Coagem e diluio inicial
Aps coleta, o seringueiro dever coar o ltex na peneira ou no funil de ao para retirar sujeiras e impurezas. Estes utenslios devem ser lavados com gua e sabo imediatamente aps o uso.
Quando todo o ltex estiver coado, o seringueiro, por experincia pr-pria, dever analisar se precisa ou no diluir com gua , por experincia prpria. Se o leite estiver muito grosso, deve-se adicionar torno de 4 L de gua para cada 10 L de leite, ou proporcionalmente. Se estiver mdio (nem grosso, nem ralo), podem ser acrescentados 2 L de gua para cada 10 litros de leite. O ltex ralo no precisa ser diludo.
Ltex sendo coado.
TODOS OS MATERIAIS COM
QUE SE TRABALHA O LTEX DEVEM SER LAVADOS COM GUA
LOGO APS SEU USO, O QUE EVITAR
A FORMAO DE BORRACHA COM
FORTE ADERNCIA NO MATERIAL, DEMANDANDO
GASTO EXCESSIVO DE TEMPO E GUA
NA LIMPEZA POSTERIOR
Para no comprometer a qualidade da borracha, a gua utilizada deve ser livre de sedimentos ou impurezas. Para isso ela tem que estar bem limpa, coada, filtrada ou tratada. O exame visual permite verifi-car se ela est de boa qualidade. Usar a gua da chuva uma excelente alternativa.
b) Adio de preservante
Com o ltex recm-chegado da estrada e j coado e diludo, mas ainda na vasilha ou balde grande, deve ser acrescentado o preservante para evitar fungos e mofos na manta/folha. A cada 10 L de ltex, coloca-se uma pro-veta de 100 mL do preservante (conforme preparado anteriormente).
c) Preparo das bandejas
Aps distribuir as bandejas limpas em local plano, mistura-se 1200 mL de gua e 800 mL de ltex preparado. Para deixar o contedo homogneo, deve-se espalh-lo por toda a bandeja,usando uma esptula normal-mente feita com um recorte de frmica.
gua sendo adicionada ao ltex.
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d) Coagulao
Com as bandejas pre-paradas, acrescentam--se 100 mL de solu-o coagulante (cido pirolenhoso) previa-mente preparado. O cido deve ser despe-jado lentamente, por toda a bandeja, en-quanto o ltex mexi-do com a esptula, at sentir o leite engros-sando. As bolhas que surgirem podem ser retiradas com a pr-pria esptula para dar um melhor aspecto vi-sual FDL final, ainda que estas bolhas no interfiram na qualida-de da borracha.
Proveta com coagulante.
NATURALMENTE, CADA PRODUTOR
DEVE PROCURAR AS MEDIDAS QUE MAIS
ATENDEM AO TIPO DO LTEX (GROSSO,
MDIO OU FINO)
Ltex sendo despejado na bandeja.
Bandejas empilhadas aguardando a formao adequa-da do cogulo.
Depois do preparo das bandejas, elas devem ser empilhadas em lo-cal bem nivelado. Para facilitar o manuseio, a ordem de empilha-mento da primei-ra para a ltima, de forma que a bandeja que foi misturada pri-meiro deve estar por cima da pilha para ser calandrada primeiro. Depois de empilhadas, deve-se cobrir a lti-ma bandeja com um pano ou outra bandeja limpa. Deixar descan-sar de 2 a 3 horas ou por uma noite, depen-dendo do sistema de trabalho do produtor.
Adio do coagulante na bandeja, mexendo vagarosamente com esptula ou colher.
PARA A COAGULAO
OCORRER EM 2 OU 3H, DEVE-SE
USAR 100 mL DE COAGULANTE.
SE O PROCESSO DE CALANDRAGEM FICAR PARA O DIA
SEGUINTE, DEVE-SE UTILIZAR DE
60 A 70 mL
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e) Retirando o cogulo
Os cogulos devem ser retirados das bandejas com auxlio de uma esp-tula de frmica (a mesma usada anteriormente). Quando a coagulao bem feita e a frmula est boa, o cogulo fica bem formado e sai com faci-lidade, sem deixar a borracha grudada na bandeja. Outra caracterstica que a gua que se separa do cogulo deve estar transparente e no leitosa, indicando que toda a borracha do ltex foi incorporada ao cogulo.
ATENO: importante que a limpeza das bandejas seja feita logo aps a sua liberao, mas sem prejudicar a calandragem prxima eta-pa do processo que prioritria. A limpeza consiste em retirar os pe-daos de borracha que aderem s paredes internas e externas da ban-deja. Qualquer resduo que permanecer pode comprometer a prxima produo, diminuindo a qualidade da borracha ou tornando-a impr-pria para venda. A limpeza pode ser feita ao mesmo tempo da calan-dragem, de forma relativamente rpida, (o que envolveria o trabalho de pelo menos duas pessoas,) ou logo aps a sua concluso. Caso se deixe para lavar as bandejas no dia seguinte, as partes de borracha aderem de forma mais efetiva s bandejas, tornando a limpeza mais difcil.
QUANDO O COGULO AINDA ESTIVER
MUITO MOLE E FRGIL,
O PRODUTOR DEVE AMASS-LO COM
A MO DENTRO DA PRPRIA BANDEJA
PARA RETIRAR O SORO E O EXCESSO
DE COAGULANTE, TOMANDO CUIDADO
PARA NO FURAR OU RASGAR
Retirada do cogulo da bandeja.
f) Calandragem
Esta operao consiste na passagem do cogulo entre dois cilindros met-licos de prensagem que tem o nome de calandra, com o objetivo de retirar o excesso de gua da borracha.
Com o cogulo j afinado pelas mos, passar pela calandra regulada na abertura mxima. A manta recebida do outro lado do cilindro e deposi-tada em outra bandeja com gua limpa para limpeza da borracha, opera-o que repetida sempre entre as passagens na calandra. A manta retor-na para passar entre os cilindros que vo sendo gradativamente fechados, at a abertura mnima. Passa-se o cogulo pela calandra de 4 a 6 vezes at deix-lo no formato de folha, com dimenses mdias de 50 x 30 cm (centmetros).
Ao final do processo de calandragem, espessura de folha deve variar de 1,2 a 2,0 mm. Se ficar muito acima desse valor, a folha demorar mais tempo no varal de secagem, permitindo o aparecimento eventual de mofos e manchas na superfcie.
ATENO: a situao recomendada medir a espessura das mantas com um paqumetro, equipamento de metal ou plstico (mais barato) que fornece uma medida mais precisa at que o seringueiro tenha capa-cidade de fazer sem o auxlio do aparelho.
Com o cogulo j afinado pelas mos, passar pela calandra regulada na abertura mxima. A manta recebida do outro lado do cilindro e depositada em outra bandeja com gua limpa para limpeza da borracha.
Regulagem da calandra.
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Manta sendo medida com paqumetro.
g) Secagem
Aps o processo de calandragem, a borracha dever ser colocada em va-rais de fio simples, estendidos na prpria rea de produo, durante um dia, para escorrer o excedente de gua. S ento dever ser colocada na rea de secagem da UPS, em varais de fios duplos, para permitir maior rapidez no processo. Pode-se usar pregadores de roupa para prender as mantas no varal. Os varais duplos so feitos usando-se separadores pls-ticos ou tubetes para evitar que elas se encostem.
Os fios devem estar sempre limpos (fazer a limpeza periodicamente) e protegidos do contato com gua, montados sombra, na rea de secagem, que deve permanecer com as portas e janelas abertas durante o dia, para o ambiente ficar bastante arejado, e fechando-o a partir das 17h quando a umidade do ar aumenta. Aps 4 a 6 dias de secagem, as folhas podem ser colocadas em fio simples no varal, aumentando a capacidade da rea.
A secagem conclui o processo de produo da FDL, demandando em geral de 6 a 9 dias at que a folha esteja completamente seca. Apesar do lon-go perodo, o tempo de trabalho efetivo dedicado a essa etapa reduzido, envolvendo apenas o esforo de pendurar as folhas aps a calandragem, na rea mida da UPS, e depois de um dia passar as mantas para a rea de secagem. Quando os varais esto dispostos em andares o que reco-mendado para economizar espao devem ser montados de forma que no fiquem no mesmo prumo, para que a gua eventualmente drenada das mantas superiores no goteje sobre as folhas do varal de baixo.
O PROCESSO DE SECAGEM FUNDAMENTAL
PARA A QUALIDADE
DA FDL
As folhas s devem ser retiradas do varal para empilhamento ou enfardamento quando estiverem totalmente secas,
transparentes e sem manchas brancas
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Os fardos devero ser colocados num estrado (com pelo menos 20 cm do cho), empilhados, na rea de secagem da UPS at o dia da venda da borracha.
Mantas armazenadas so-bre estrados de madeira.
ATENO: O mesmo procedimento deve ser seguido em caso de ar-mazenamento na sede da associao ou cooperativa. Em hiptese al-guma o fardo dever ser coberto com qualquer tipo de plstico que vai abafar a borracha e propiciar o aparecimento de fungos ou bolores. Deve-se ter ateno ao estoque, para evitar o acmulo de sujeiras e de outros materiais junto aos fardos.
CADA SERINGUEIRO DEVE CONTAR
QUANTAS FOLHAS PRECISA PARA SOMAR 10 KG
E FAZER UM GABARITO POR
EXEMPLO, UMA MARCA NA PAREDE
INDICANDO A ALTURA IDEAL DA
PILHA DE BORRACHA
i) Embalagem e transporte
A associao, cooperativa ou mesmo o produtor encarregado do transpor-te para a cidade, deve tomar cuidado para que a borracha no molhe du-rante a viagem. Aconselha-se o uso de uma lona cobrindo os fardos como se faz com produo agrcola.
Caractersticas gerais de uma boa FDL Cheiro de borracha seca, bem diferente do cheiro do CVP, por
exemplo, que desagradvel;
Cor amarelo clara e transparente;
Boa capacidade elstica, difcil de rasgar;
Espessura de 1,2 a 2 mm;
No deve ter pontos de sujeira internas na manta;
Deve ser limpa e livre de poeira.
FDL - Problemas mais comuns e suas causasProblemas Causas
mantas com mancha e mau cheiro
- secagem insuficiente- contato com gua - falta do uso de preservante- falta de higiene e limpeza dos utenslios- falta de cuidado na sangria e na coleta do ltex
mantas duras, quebradias, curtas e
enegrecidas
- excesso de cido pirolenhoso- secagem excessiva ou sob o sol
manta grossa - calandragem insuficiente- calandra com problemas
manta sem transparncia
- leite forte e pouca gua - muito cido pirolenhoso
manta com pontos internos de sujeira
- gua suja- coagem inadequada- falta de cuidado no processo de coagulao
mantas com sujeiras aparentes - contato com poeira, animais domsticos, etc.
manta com fungos - falta do uso de preservante- secagem insuficiente
h) Enfardamento e armazenamento
As mantas secas so retiradas do varal, num horrio em que a umidade do ar esteja bem baixa e podem ficar em pilhas dentro da rea de seca-gem, porm sem encostar no cho, protegidas da umidade e cobertas por um pano, at a hora da prensagem. Quando for feito o enfardamento, as mantas so organizadas em uma pilha que deve conter entre 40 e 50 folhas, para dar um peso aproximado de 10 kg (quilogramas). A prensa pode ser de alavanca, do tipo utilizado na prensagem da massa na fabri-cao da farinha de mandioca. Se for utilizada a mesma prensa usada para a farinha, deve-se tomar o cuidado para no contaminar a borracha com os restos de massa de mandioca e vice-versa.
A caixa de prensagem tem que ser exclusiva da borracha, assim como a prancha que distribui a presso sobre o fardo. A fora usada na prensa deve ser a maior possvel dentro das condies de segurana para cada prensa. O tempo total de prensagem aproximadamente uma hora, mas aps 15 mi-nutos a presso deve ser reforada para compensar a acomodao normal da borracha. Se necessrio, possvel prensar mais de um fardo por vez, desde que haja uma tbua de madeira entre os fardos.
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1. Preparo do coagulante
a) Coagulante
No treinamento, normalmente, o seringueiro recebe uma soluo cida concentrada, denominada N11, que consiste de uma mistura dos cidos pirolenhoso e actico, na proporo de 1 para 1, que, aps diluio, usa-do para a coagulao controlada do ltex na produo da FSA. O produto concentrado deve ser diludo na proporo de 100 mL, uma medida com-pleta da proveta (tambm conhecida como medidor) para um recipiente de 2 L, que dever ser completado com gua limpa.
2. Passo a passo da produo da FSA
A produo de FSA, muito semelhante da FDL, pode ser dividida nas se-guintes etapas: 1) coagem e diluio inicial; 2) adio da mistura vulcani-zante; 3) preparo das bandejas e adio de corantes; 4) coagulao; 5) re-tirada do cogulo; 6) calandragem; 7) secagem; 8) lavagem e resecagem; 9) armazenamento; e 10) embalagem e transporte.
a) Coagem e diluio inicial
Depois de recolher o leite na sua estrada, o seringueiro, ao chegar UPS, o seringueiro dever coar o ltex na peneira ou funil de ao para retirar sujeiras e impurezas. Estes utenslios devem ser lavados com gua e sa-bo imediatamente aps o uso.
Quando todo o ltex estiver coado, o seringueiro, por experincia prpria, dever analisar se precisa ou no diluir com gua. Se o leite estiver mui-to grosso, deve-se acrescentar em torno de 4 L de gua para cada 10 L de leite, ou proporcionalmente. Se estiver mdio (nem grosso, nem ralo) po-dem ser acrescentados 2 L de gua para cada 10 L.O ltex ralo no precisa ser diludo.
PRODUO FSA FOLHA SEMI-ARTEFATO
TODOS OS MATERIAIS DEVEM
SER LAVADOS COM GUA LOGO
APS SEU USO, O QUE EVITAR
A FORMAO DE BORRACHA COM
FORTE ADERNCIA AO MATERIAL,
OBRIGANDO GASTO EXCESSIVO DE
TEMPO E GUA NA LIMPEZA
POSTERIOR
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Para no comprometer a qualidade da borracha, a gua utilizada deve ser livre de sedimentos ou impurezas. Para isso ela tem que estar bem limpa, coada, filtrada ou tratada. O exame visual permite verifi-car se ela tem boa qualidade. Usar a gua da chuva uma excelente alternativa.
c) Preparo das bandejas e adio de corantes
Distribuir as bandejas limpas em um local plano. Em cada bandeja so colocados 1200 mL de gua (lembre-se que esta tem que estar sempre limpa), deve-se dissolver as gotas de corante (de acordo com o catlogo de cores) e mexer bem com uma colher ou esptula. Se houver indicao de uso de alguma essncia para alterar o cheiro da borracha, nesta etapa que ela deve ser acrescentada.
Em seguida, deve-se adicionar 800 mL de ltex preparado (j contendo a MV), espalhando-o por toda a ban-deja com uma esptula (feita com um recorte de frmica) para deixar a mistura bem homognea.
Medio da mistura vulcanizante que ser adicionada ao latex.
b) Adio da mistura vulcanizante
Nesta etapa, com o ltex recm chegado da estrada e j coado e diludo, mas ainda na vasilha ou balde grande, deve ser acrescentada a Mistura Vulcanizante (MV). A cada 10 L de ltex, deve ser acrescentada uma pro-veta de 100 mL da MV ou proporcionalmente, ou seja, se forem 6 L, por exemplo, devem ser acrescentados 60 mL da MV.
A MV consiste em uma suspenso contendo enxofre, xido de zinco, aceleradores e catalisadores da reao de vulcanizao da borracha, que proporciona a ela estabilidade trmica, fisico-mecnica e biol-gica. Em hiptese alguma a FSA deve ser produzida sem a mistura vulcanizante.
Corantes usados durante o processo.
Corantes e essncias sendo misturados ao ltex na bandeja.
d) Coagulao
Com as bandejas preparadas, acrescenta-se 100 mL de soluo coagulan-te (N11 diludo conforme orientao anterior). Esta soluo cida deve ser despejada lentamente, por toda a bandeja, enquanto o ltex mexido com a esptula, at sentir o leite engrossando. As bolhas que surgi-rem neste processo devem ser retiradas com a prpria esptu-la, pois elas interferem bastante no aspecto visual e, portanto, na qualidade da folha final.
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e) Retirada do cogulo
A borracha deve ser retirada das bandejas com cuidado, utilizando-se a esptula de frmica (a mesma usada anteriormente). Quando a coagu-lao bem feita e a frmula est boa, o cogulo fica bem formado e sai com facilidade, sem grudar na bandeja.
Removendo as bolhas com a esptula.
Quando o cogulo estiver muito mole e frgil, o produtor deve amass-lo dentro da prpria bandeja de coagulao antes de remov-lo para uma bandeja maior contendo gua limpa at a metade. Ele amassado com a palma da mo para retirar o soro e o excesso de coagulante, at afinar o suficiente para passar na calandra, tomando cuidado para no furar ou rasgar o cogulo.
ATENO: importante que a limpeza das bandejas seja feita logo aps a sua liberao, mas sem prejudicar a calandragem prxima eta-pa do processo que prioritria. A limpeza consiste em retirar os pe-daos de borracha que aderem s paredes internas e externas da ban-deja. Qualquer resduo que permanecer pode comprometer a prxima produo, diminuindo a qualidade da borracha ou tornando-a impr-pria para venda. A limpeza pode ser feita ao mesmo tempo que a calan-dragem, de forma relativamente rpida (o que envolveria o trabalho de pelo menos duas pessoas,) ou logo aps a sua concluso. Caso se deixe para lavar as bandejas no dia seguinte, as partes de borracha aderem de forma mais efetiva s bandejas, tornando a limpeza mais difcil.
f) Calandragem
Esta operao consiste na passagem do cogulo entre dois cilindros metli-cos de prensagem que tem o nome de calandra, com o objetivo de retirar o excesso de gua da borracha e deixar o cogulo no formato de uma folha.
Cogulo escorrido sendo passado pela calandra.Cogulos sendo amassados com a mo para retirada da gua.
NA PRODUO DA FSA DEVE-SE TER MAIOR CUIDADO COM
TODAS AS ETAPAS, EM ESPECIAL A CALANDRAGEM,
POIS A FOLHA J PODE SER
CONSIDERADA UM PRODUTO FINAL
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Os fios devem estar sempre limpos (fazer a limpeza periodicamente) e protegidos do contato com gua, montados sombra, na rea de secagem, que deve permanecer com as portas e janelas abertas durante o dia, para o ambiente ficar bastante arejado, fechando-o a partir das 17h, quando a umidade do ar aumenta. Uma dica importante a construo da UPS em uma posio favorvel passagem do vento por dentro dela, ampliando a eficincia de secagem das folhas.
A secagem conclui o processo de produo da FSA, demandando em geral de 6 a 9 dias at que a folha esteja completamente seca. Apesar do lon-go perodo, o tempo de trabalho efetivo dedicado a essa etapa reduzido, envolvendo apenas o esforo de pendurar as folhas aps a calandragem, na rea mida da UPS, e depois de um dia passar as mantas para a rea de secagem. Quando os varais esto dispostos em andares o que recomen-dado para economizar espao devem ser montados de forma que no fi-quem no mesmo prumo, para que a gua eventualmente drenada das man-tas superiores no goteje sobre as folhas do varal de baixo.
h) Lavagem e resecagem
Aps a primeira secagem no varal, as mantas de FSA devem ser lavadas com gua e sabo e colocadas para secar novamente. Isso vai evitar que fi-quem grudentas, o que aumenta a qualidade final do produto. Quando no tiverem mais o aspecto leitoso, as mantas podem ser retiradas do varal.
AS FOLHAS S DEVEM SER RETIRADAS
DO VARAL SE ESTIVEREM
TOTALMENTE SECAS. SE O
SERINGUEIRO NO TIVER CERTEZA, DEVE PROCURAR
ORIENTAO
Com o cogulo j afinado pelas mos, passar pela calandra regulada na abertura mxima. A manta recebida do outro lado dos cilindros e de-positada em outra bandeja com gua limpa para limpeza da borracha, operao que repetida sempre entre as passagens na calandra. A manta retorna para passar entre os cilindros que vo sendo gradativamente fe-chados, at a abertura mnima. Passa-se o cogulo pela calandra de 4 a 6 vezes at deix-lo no formato de folha, com dimenses mdias de 50 x 30 cm (centmetros).
Ao final do processo de calandragem a espessura da folha deve variar de 1,2 a 2,0 mm. Se ficar muito acima desse valor, a folha demorar mais tempo no varal de secagem, permitindo o aparecimento eventual de mofos e manchas na superfcie.
ATENO: a situao recomendada medir a espessura das mantas com um paqumetro, equipamento de metal ou plstico (mais barato) que fornece uma medida mais precisa.
g) Secagem
Aps o processo de calandragem, a borracha dever ser colocada em va-rais de fio simples, estendidos na prpria rea de produo, durante um dia, para escorrer o excedente de gua. S ento dever ser colocada na rea de secagem da UPS, em varais de fios simples, prendendo-as com pregadores de roupa.
Mantas estendidas nos varais.
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O PROCESSO DE SECAGEM FUNDAMENTAL
PARA A QUALIDADE
DA FSA
Mantas sendo calandradas durante treinamento no Seringal Curralinho, em Feij (AC).
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Caractersticas gerais de uma boa FSA Cheiro caracterstico de borracha (sem mau cheiro, fedor);
Cor bem definida;
Boa capacidade elstica, difcil de rasgar;
No deve estar amassada;
Deve possuir a maior superfcie possvel livre de marcas;
Espessura de 1,2 a 2 mm;
No deve ter pontos de sujeira internas na manta;
Deve ser limpa e livre de poeira.
FSA - Problemas mais comuns e suas causasProblemas Causas
mantas com mancha e mau cheiro
- secagem insuficiente- contato com gua - falta do uso de Mistura Vulcanizante- falta de higiene e limpeza dos utenslios- falta de cuidado na sangria e na coleta do ltex
mantas duras, quebradias, curtas e
enegrecidas
- excesso de coagulante (cido)- secagem excessiva ou sob o sol
manta grossa - calandragem insuficiente- calandra com problemas
manta com pontos internos de sujeira
- gua suja- coagem inadequada- descuido no processo de coagulao
mantas com sujeiras aparentes - contato com poeira, animais domsticos,etc.
manta com fungos - falta do uso de Mistura Vulcanizante- secagem insuficiente
mantas grudentas - falta de lavagem das mantas aps a primeira secagem
mantas desbotadas - m combinao dos corantes- secagem excessiva ou sob o sol
mantas irregulares, manchadas e
amassadas
- problemas na calandragem - secagem insuficiente- falta de cuidado na armazenagem e transporte
j) Embalagem e transporte
Como se trata de um material de maior valor agregado, as mantas de FSA devem ser transportadas com cuidado. Elas podem ser embaladas em sacos de rfia, que permitem a ventilao do material e no se devem ser misturadas com outros produtos, sendo sempre mantidas a salvo da gua, sol e contato com animais.
Mantas armazenadas em sacos de rfia, em galpo arejado.
ATENO: Os mesmos cuidados devem ser seguidos em caso de ar-mazenamento na sede da associao ou cooperativa.
Os pacotes de FSA no devem ser abafados com plstico, pois isto pro-vocar o surgimento de bolores e fungos, tendo como consequncia manchas e mau cheiro das mantas.
i) Armazenamento
As folhas podem ser empilhadas na prpria rea de secagem evitando-se o contato com o cho (sobre estrados ou tbuas de madeira, por exemplo) e cobertas com panos. No recomendado abafar as mantas para evitar o aparecimento de fungos e bolores. Deve-se ter ateno na rea de estoca-gem para que no haja acmulo de sujeiras e outros materiais, tais como CVP, banana, milho etc.
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Por que existimos.Para interromper a degradao do meio ambiente e construir umfuturo no qual seres humanos vivam em harmonia com a natureza._____________________________________________________wwf.org.br
1986 Smbolo Panda WWF WWF uma marca registrada da rede WWFWWF-Brasil: SHIS EQ QL 6/8, Conjunto E CEP 71620-430, Braslia, DF (61) 3364-7400
Borracha FDL e FSA em nmeros
15 tonFoi a produo de borracha FDL no Estado do Acre em 2013.
100 seringueiras o nmero mdio de rvores em uma estrada de seringa. Cada seringueiro tem de duas a trs estradas ativas em sua propriedade, e cada estrada possui um nome adotado pelo seringueiro.
33 pares de sapatoSo produzidos com uma nica manta de FDL (Empresa Veja/Vert).
WWF.ORG.BR PRODUO DE BORRACHA FDL E FSA: GUIA DE TREINAMENTO
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380 kg de Borracha FSAForam produzidos e comercializados na rea do projeto Sky Protegendo Florestas em 2014.
N Ref. Cor desejada Receita
COR 58 8 gotas de vermelho e 2 de azul
COR 57 2 gotas de vermelho
COR 56 2 gotas de verde, 2 de amarelo e 6 gotas de azul
COR 55 6 gotas de verde e 4 gotas de laranja
COR 54 2 gotas de vermelho, 5 gotas de amarelo e 1 gota de preto
COR 53 6 gotas de amarelo e 8 gotas de azul
COR 52 5 gotas de azul e 5 gotas de preto
COR 51 4 gotas de laranja e 4 gotas de azul
COR 50 9 gotas de marrom e 1 de preto
COR 49 6 gotas de vermelho, 4 gotas de azul e 5 gotas de marrom
COR 48 8 gotas de laranja e 6 gotas de amarelo
COR 47 5 gotas de preto
COR 46 3 gotas de vermelho e 6 gotas de azul
COR 45 10 gotas de amarelo e 5 gotas de azul
COR 44 12 gotas de amarelo e 3 gotas de preto
N Ref. Cor desejada Receita
COR 43 4 gotas de marrom e 1 de preto
COR 42 1 gota de vermelho, 6 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 41 2 gotas de vermelho, 1 gota de azul, 5 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 40 1 gota de vermelho, 6 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 38 10 gotas de vermelho
COR 37 Sem corante nenhum, cor natural da borracha
COR 36 10 gotas de amarelo
COR 35 Sem corante nenhum, cor natural da borracha
COR 34 6 gotas de verde, 7 gotas de vermelho, 7 gotas de laranja e 6 gotas de azul
COR 33 2 gotas de vermelho, 3 gotas de amarelo e 3 gotas de azul
COR 32 8 gotas de marrom e 2 gotas de preto
COR 31 4 gotas de azul e 4 gotas de preto
COR 30 8 gotas de vermelho e 5 gotas de azul
COR 29 1 gota de vermelho, 6 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 28 1 gota de vermelho
GUIA DE CORES FSA Produo de Borracha FDL e FSA: Guia de Treinamento
N Ref. Cor desejada Receita
COR 27 8 gotas de laranja
COR 26 10 gotas de vermelho e 1 gota de preto
COR 25 4 gotas de vermelho e 4 gotas de amarelo
COR 24 2 gotas de vermelho e 4 gotas de marrom
COR 23 7 gotas de vermelho e 4 gotas de amarelo
COR 22 3 gotas de vermelho, 2 gotas de amarelo e 2 gotas de marrom
COR 21 10 gotas de vermelho e 10 gotas de amarelo
COR 20 8 gotas de vermelho, 3 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 19 10 gotas de laranja e 2 gotas de amarelo
COR 18 4 gotas de vermelho
COR 17 4 gotas de azul e 3 gotas de preto
COR 16 8 gotas de azul
COR 15 2 gotas de verde, 2 gotas de amarelo e 4 de preto
COR 14 1 gota de preto
COR 13 1 gota de marrom e 2 gotas de preto
N Ref. Cor desejada Receita
COR 12 3 gotas de marrom e 1 gota de preto
COR 11 3 gotas de preto
COR 10 4 gotas de verde e 8 gotas de amarelo
COR 09 2 gotas de verde e 8 gotas de amarelo
COR 08 8 gotas de amarelo e 6 gotas de azul
COR 07 3 gotas de verde e 8 de amarelo
COR 06 2 gotas de verde, 1 gota de amarelo e 3 gotas de azul
COR 05 9 gotas de verde, 6 gotas de laranja e 7 gotas de amarelo
COR 04 1 gota de verde, 1 gota de amarelo e 2 gotas de azul
COR 03 2 gotas de azul
COR 02 6 gotas de verde e 4 gotas de laranja
COR 01 9 gotas de azul e 2 gotas de preto
GUIA DE CORES FSA Produo de Borracha FDL e FSA: Guia de Treinamento
Ateno: as mantas aps secagem mudam de cor. Na hora da adio dos corantes elas ficam de uma cor que no corresponde realidade. As cores definitivas s vo ser confirmadas aps 3 a 4 dias de secagem das mantas.
PRODUO DE BORRACHA FDL
Coar o ltex em peneira ou funil de ao para retirar
sujeiras e impurezas. Lavar com gua e sabo
imediatamente aps o uso.
Colocar 1200 mL de gua limpa e 800 mL do ltex nas bandejas lim-pas, espalhando com uma esptula para deixar a mistura homognea.Voc pode usar as suas pr-
prias medidas desde que man-tenha a proporo.
Retirar a borracha das bandejas com cuidado, utilizando a esptula de frmica. Colocar gua na bandeja
maior at a metade, depositar o co-gulo, que amassado com a pal-ma da mo para retirar o soro e o excesso de coagulante, at afinar o suficiente para passar na calandra.
Pendurar as mantas em varais de fio duplo (limpos) durante 1 dia na UPS, em uma rea ventilada e protegida do contato com gua.
No dia seguinte, colocar na rea de secagem usando pregadores de roupa
e deixar por pelo menos 5 (cinco) dias.
Se o ltex j coado estiver muito grosso, acrescentar aprox. 4L de
gua para cada 10L de ltex. Se o ltex estiver mdio (nem gros-
so e nem ralo) acrescentar 2L de gua para cada 10L de ltex.
O ltex ralo no precisa ser diludo.
Acrescentar 100 mL de soluo coagulante (N11 - cido
pirolenhoso) lentamente por toda a bandeja e mexer com a esptula
at o leite ficar mais grosso.
As bolhas que surgirem devem ser retiradas com a esptula.
Passar a folha de FDL pela calan-dra regulada na abertura m-
xima e depositar, Do outro lado, em uma bandeja com gua lim-pa. Repetir esta operao (de 4 a 6 vezes) at obter uma folha mais fina do que 3 mm, com dimenses
mdias de 50 x 30 cm.
EVITAR O CONTATO COM A GUA EM TODAS AS ETAPAS APS A SECAGEM DAS MANTAS. TANTO NO ARMAZENA-MENTO QUANTO NO TRANSPORTE, QUALQUER RESPINGO
PODE COMPROMETER A QUALIDADE FINAL DA BORRACHA.
ISSO MUITO IMPORTANTE!
Empilhar 50 a 60 folhas, formando fardos de
aproximadamente 10 kg.Colocar em estrados com pelo
menos 20 cm de altura.
Coagem do ltex1
Diluio do ltex2
Preparo das bandejas4
Coagulao5
Retirada do cogulo7
Calandragem da manta8
Secagem das mantas9
Adio do preservante3
Empilhamento e descanso6
Enfardamento e armazenamento10
O PROCESSO DE SECAGEM FUNDAMENTAL
PARA UMA FDL DE QUALIDADE.
No Guia de Treinamento para a Produo de Borracha FDL e FSA
(p.17) voc encontra o processo de preparao do preservante.A cada 10L de ltex acrescentar
100 mL do preservante (preparado anteriormente).
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