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Bioética Bioética
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Page 1: Principialismo 1903

BioéticaBioética

Page 2: Principialismo 1903

Neologismo “Bioethics”Artigo - Bioethics, the science of survivalLivro - Bioethics: Bridge to the futureBio: conhecimento biológicoÉtica: valores humanosBioética seria a ponte entre a ciência e a ética“Conhecimento de como usar o conhecimento”

Van Reassenler PotterBioquímico, biólogo e oncologistaUniversidade de Wisconsin

1970

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Surgimento da Bioética

Avanços científicos e tecnológicos

Experimentações com seres humanos

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1960 – 1970 Processos de transformações sociais – mudança nos padrões morais de relacionamento entre o profissional de saúde e o paciente.

Governo e Congresso EUA – Instituíram um Comitê Nacional – definir princípios éticos norteadores para pesquisas (acusações e escândalos envolvendo a pesquisa científica com seres humanos).

1974 – Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos na Pesquisa Biomédica e Comportamental.

Após 4 anos de trabalhos da Comissão – Relatório Belmont

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Relatório Belmont

1974

EUA - Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos na Pesquisa Biomédica e Comportamental

Marco histórico e normativo para Boética

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Respeito pelas pessoas (os indivíduos devem ser tratados como agentes autônomos e as pessoas com autonomia diminuída devem ser protegidas de qualquer forma de abuso)

Beneficência (compromisso do pesquisador para assegurar o bem estar das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com experimento)

Justiça (Equidade social – reconhecimento de necessidades diferentes para a defesa de interesse iguais)

Relatório Belmont

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Modelos de Princípios (Principialismo)

Autores Básicos: Tom Beauchamp (Filósofo) James Childress (Teólogo)

Obra de Referência: The principles of biomedical ethics (Princípios da Ética Biomédica)

Os conflitos morais poderiam se mediados pela referência a algumas ferramentas morais – princípios éticos

1979

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Autonomia

Beneficência

Não-maleficência

Justiça

Modelos de Princípios (Principialismo)

Page 9: Principialismo 1903

Auto = próprio; Nomos = lei, regra, norma

Sobre si mesmo, sobre seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano.

John Stuart Mill (1806-1883)

Capacidade do ser humano de decidir o que é bom, o que é seu bem estar.

Tem liberdade de pensamento

É livre de coações Tem alternativas de escolha e de

ação

Autonomia

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“Todo ser humano é agente moral autônomo e como tal deve ser

respeitado por todos que mantém posições morais distintas (...)

nenhuma moral pode impor-se aos seres humanos contra os ditames de

sua consciência.”

Diego Gracia

Autonomia

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LIMITES

Uma pessoa pode agir não-autônomamente em determinadas circunstâncias.

Desordens mentais ou mesmo físicas podem reduzir a autonomia.

O questionamento da competência ocorre somente quando a decisão do indivíduo conflita com as nossas.

Todos os indivíduos devem ser considerados capazes até prova de que sua autonomia está reduzida.

No âmbito legal, presume-se que um adulto é competente até que o Poder Judiciário o considere incompetente e restrinja seus direitos civis.

Autonomia

Page 12: Principialismo 1903

DIREITO ‘A VIDA , MAS NÃO SOBRE A VIDA.

Renunciar à autonomia também é exercer seu direito à autonomia e

impor a autonomia a alguém é AUTORITARISMO.

LIMITES

Autonomia

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Beneficência - estabelece que devemos fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não.

Distinção entre os conceitos:

Beneficência - fazer o bemBenevolência - desejar o bemBenemerência - merecer o bem.

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Beneficência - Problemas

Definições de bem e mal, do que é bom ou mau, frente à pluralidade cultural.

Confronto com outros princípios (autonomia).Não pode ser exercido de forma absoluta pois aniquilaria as manifestações das vontades, dos

desejos e sentimentos da pessoa tratada.

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Não-Maleficência

É o princípio mais controverso de todos. Evitar o dano intencional ao indivíduo já está, na realidade,

visando o bem do outro.

O princípio da não-maleficência é devido a todas as pessoas (princípio deontológico)

Hipócrates (430 aC) -"Pratique duas coisas ao lidar com as doenças; auxilie ou não prejudique o

paciente“

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Não-Maleficência

O Princípio da Não-Maleficência propõe a obrigação de não infringir dano intencional. O Juramento

Hipocrático insere obrigações de Não-Maleficência e Beneficência:

"Usarei meu poder para ajudar os doentes com o

melhor de minha habilidade e julgamento; abster-me-ei de causar danos ou de enganar a qualquer

homem com ele."

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Beneficência X Não-Maleficência

Beneficência Prevenir dano ou mal Remover dano ou mal Promover o bem

Ações ativas

Não-Maleficência Obrigação de não causar dano ou mal

Ação passiva

Paternalismo: Beneficência exagerada. O limite da beneficência é a autonomia do indivíduo

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Justiça

Princípio moral normalmente interpretado através da visão da justiça distributiva.

Beauchamp e Childress entendem o Princípio da Justiça como sendo a expressão da justiça distributiva. Entende-se

justiça distributiva como sendo a distribuição justa, equitativa e apropriada na sociedade, de acordo com normas que

estruturam os termos da cooperação social.

Aristóteles propôs a justiça formal, afirmando que os iguais devem ser tratados de forma igual e os diferentes devem ser

tratados de forma diferente.

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Justiça Dar às pessoas o que lhes é de direito

Igualdade Todos são iguais

Equidade Tratar desigualmente os desiguais

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Críticas ao Principialismo

•Não há princípio absoluto

•A proposta é moral •Princípios são norteadores e não “check list”

•Valorização da autonomia

•Princípios podem não ser aplicados em alguns contextos ou sociedades

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Assimetria na relação médico-paciente, com força Assimetria na relação médico-paciente, com força do médico e fragilidade do paciente.do médico e fragilidade do paciente.

O cuidado prestado anula a pessoa que é objeto do O cuidado prestado anula a pessoa que é objeto do mesmo.mesmo.

““Paternalismo é o princípio moral que habilita uma Paternalismo é o princípio moral que habilita uma pessoa a dar a outra tudo, menos o respeito.”pessoa a dar a outra tudo, menos o respeito.”

Szasz, T.Szasz, T.

Corrente Paternalista

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Elementos

•Informação•Competência•Entendimento

•Voluntariedade

•Modificável•Revogável

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Corrente Autonomista

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

•Ser feito em linguagem acessível

•Procedimentos e terapêuticas utilizados bem como seus objetivos e justificativas.

•Desconfortos e riscos X benefícios esperados.

•Liberdade do paciente recusar ou retirar seu consentimento, sem qualquer penalização ou prejuízo à sua assistência.

•Assinatura ou identificação dactiloscópica do paciente ou representante legal.

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SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Princípio da Beneficência.

Predomina o Paternalismo.

CONSENTIMENTO IMPLÍCITO OU PRESUMIDO

Corrente Autonomista

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Autores Básicos: Engelhardt HT

Obra de Referência: The Foundations of Bioethics (1986)

Referência histórica: Liberalismo norte-americano

Proposta básica: defesa dos direitos e propriedade dos indivíduos, inclusive seu corpo

Crítica: possibilidade de permitir comercialização de órgãos

Modelo Autonomista(Libertário)

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Modelo Autonomista

Tristram Engelhardt

Liberdade dos indivíduos Supervalorização da autonomia

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Autores Básicos: Jonsen A Toulmin S

Obra de Referência: The Abuse of Casuistry: a history of moral reasoning (1988)

Referência histórica: pensamento casuístico da Grécia; noção de ciência e ética de Aristóteles

Proposta básica: estabelecimento de casos paradigmáticos a partir dos quais são feitas analogias e comparações com novos casos

Modelo Casuístico

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Modelo Casuístico

Discussão “caso a caso”

Cada caso deve ser analisado com base em experiências anteriores

Opõe-se diretamente ao principialismo

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Autores Básicos: Pellegrino E Thomasma D

Obra de Referência: For the Patient´s good; restoration of beneficence in health care. (1988)

Referência histórica: Aristóteles e tradição ética grega

Proposta básica: A Virtude é um traço de caráter. É uma disposição adquirida de fazer o bem.

Crítica: difícil desenvolver virtudes em adultos

Modelo da Virtude

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VirtudesGenerosidadeSolidariedadeResponsabilidadeCompaixãoTolerância

Enfatiza a educação e a prática do bem

Principalmente no exercício profissional

Modelo da Virtude

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Modelo Utilitarista(Utilitarismo)

Autores Básicos: Bentham J (1748 – 1832) Mill J S (1806 – 1873)

Obra de Referência: On Liberty (1859)

Proposta básica: aceita um único princípio básico da ética: princípio da utilidade.

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Peter Singer

Não parte de regras morais, mas de objetivos

A qualidade de uma ação é avaliada pela capacidade de alcançar os objetivos

“Uma ação é correta desde que, comparada com outra ação alternativa, produza um aumento igual ou maior da felicidade de todos os que são atingidos por ela”

Modelo Utilitarista(Utilitarismo)

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Hard Bioethics

Volnei Garrafa

Situações persistentes

Contra “importação de teorias”

Equidade: “Tratar desigualmente os desiguais”

Bioética de intervenção

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Mundo Plural

Homem é um ser biológico e social.

Mundo é constituído por uma enormidade de direitos, visões morais e valores.

Diversidade moral mostra que não há uma norma absoluta, devendo ser tentada a conciliação das diferentes visões.