• Principais Instalações e Equipamentos: 1 alto forno a carvão vegetal, aciaria LD – convertedor de 20 t/corrida, 2 máquinas de lingotamento contínuo com 2 veios cada uma para produção de tarugos de 80x 120mm, 1 laminador a quente de barras redondas, cantoneiras e vergalhões. USINA DE DIVINÓPOLIS Avenida Gabriel Passos, 102 – Porto Velho 35500-450 - Divinópolis – MG Antiga Siderúrgica Pains • Capacidade instalada: 550.000 t/ano • Tecnologia de Produção: Sinterização, Alto-forno a carvão vegetal, Aciaria LD, Laminação. • Principais Produtos: Vergalhões GG50, Vergalhões para Exportação, Barras Mecânicas Chatas, Barras Mecânicas Redondas, Barras Mecânicas Quadradas. EMPRESA: USIMINAS – USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS Rua Prof. José Vieira de Mendonça, 3011 Engenho Nogueira 31310-260 - Belo Horizonte – MG
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Principais Instalações e Equipamentos: USINA DE ... · panela (2.000.000 t/ano) ... O gusa, ou ferro-gusa, matéria prima para a fabricação do aço, é uma liga de ferro-carbono
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• Principais Instalações e Equipamentos:
1 alto forno a carvão vegetal, aciaria LD – convertedor de 20 t/corrida, 2
máquinas de lingotamento contínuo com 2 veios cada uma para produção de
tarugos de 80x 120mm, 1 laminador a quente de barras redondas, cantoneiras
e vergalhões.
USINA DE DIVINÓPOLIS
Avenida Gabriel Passos, 102 – Porto Velho
35500-450 - Divinópolis – MG
Antiga Siderúrgica Pains
• Capacidade instalada: 550.000 t/ano
• Tecnologia de Produção: Sinterização, Alto-forno a carvão vegetal, Aciaria
LD, Laminação.
• Principais Produtos: Vergalhões GG50, Vergalhões para Exportação, Barras
Tabela 5.3.2.5 - PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO BRASIL
SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA DE FERRO-GUSA NO BRASIL - 2007 e 2008
ESTADO Nº. EMPRESAS Nº. FORNOS PRODUÇÃO (106 t) - 2007
PRODUÇÃO (106t) - 2008
Minas Gerais 62 106 5,1 4,3
Pará + Maranhão 17 40 3,2 3,3
Espírito Santo 4 8 0,5 0,3
Mato Grosso 4 6 0,24 0,4
BRASIL 87 160 9,6 8,3
Fonte: Sindifer Os gráficos, a seguir, mostram a evolução da produção de ferro-gusa do Brasil, por Estado, no período de 1993 a 2008, em toneladas e a variação percentual.
Tabela 5.3.2.7 - PRODUÇÃO TOTAL DE FERRO-GUSA NO BRASIL
Ano Tipo/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Total Geral 2004 Nodular 69.541 54.699 66.522 59.226 63.030 82.123 75.156 88.693 88.211 92.545 83.795 77.049 900.590 10.085.072
Tabela 5.3.2.8 - PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA EM MINAS GERAIS
Ano Tipo/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Total Geral 2004 Nodular 52.786 36.316 45.785 47.201 49.414 63.388 54.298 62.497 61.226 65.402 57.293 51.440 647.046
Tabela 5.3.2.9 - COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO MERCADO INTERNO - MG
Ano Tipo/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Total Geral Nodular 36.090 31.230 39.511 36.184 40.134 40.984 45.972 42.688 42.498 45.112 46.026 32.707 479.136 Aciaria 186.969 195.907 191.319 192.626 209.473 223.462 200.554 185.044 223.223 137.196 141.519 242.624 2.329.916 Fundição 20.758 16.939 18.768 17.378 20.361 20.749 20.831 23.209 21.587 29.298 21.278 17.830 248.986
Tabela 5.3.2.10 - COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO MERCADO EXTERNO - MG
Ano Tipo/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Total Geral Nodular 11.521 8.213 12.341 9.466 11.414 13.293 13.692 16.428 21.198 15.581 15.581 19.677 168.405 Aciaria 165.329 145.291 159.218 163.833 159.764 158.608 218.315 204.231 192.737 304.822 349.633 242.980 2.464.761 Fundição 42.279 39.191 43.502 33.778 56.708 53.183 55.564 56.490 44.184 45.259 32.257 25.103 527.498
AÇÕES DE APOIO DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Para o desenvolvimento sustentável da indústria não-integrada de produção de
ferro-gusa e atendendo a uma solicitação dos setores envolvidos o Governo de
Minas Gerais criou e instalou:
• Câmara Técnica de Silvicultura
• Câmara Setorial da Indústria de Ferro-Gusa
Câmara Técnica de Silvicultura
Por meio de Resolução nº. 20/2003 foi instalada pelo Secretário de Estado de
Desenvolvimento Econômico a Câmara Técnica de Silvicultura com os seguintes
objetivos:
I. criar uma ação coordenada e co-partilhada dos diversos agentes
responsáveis pelo setor de silvicultura, em sinergia com as diretrizes
governamentais, visando potencializar as interseções, sem existência de
tendências predominantes, valorizando as lideranças;
II. apoiar e integrar as múltiplas ações locais, estaduais e federais para o
desenvolvimento do setor;
III. apoiar e incentivar ações visando eliminar os entraves burocráticos que
oneram o setor e nivelá-lo, em termos de recursos e facilidades, a outros
componentes do agro-negócio;
IV. sugerir o estabelecimento de mecanismos para a integração das ações de
órgãos e entidades públicas e particulares garantindo a unidade de
programas e otimização de recursos;
V. apoiar e opinar sobre projetos de lei que digam respeito aos interesses do
setor;
VI. cadastrar as entidades não governamentais, instituições e associações
que atuem no setor de silvicultura;
VII. buscar estruturas de fomento e aporte financeiro e tecnológico para
qualificar e requalificar o setor e seus profissionais;
VIII. estimular debates, movimentos e ações de mobilização, que apóiem a
difusão dos produtos produzidos em nosso Estado;
IX. buscar formas de integrar o setor nos processos de internacionalização e
globalização de mercados.
Posteriormente, conforme ofício da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, de 25/05/2007, foi estabelecido um acordo, assumindo esta
Secretaria a coordenação desta Câmara, com a seguinte denominação: Câmara
Técnica de Desenvolvimento Florestal.
Câmara Setorial da Indústria de Ferro-Gusa
Por meio da Resolução 004 de 6 de fevereiro de 2006 foi instalada pelo Secretário
de Estado de Desenvolvimento Econômico a Câmara Setorial da Indústria de Ferro-
Gusa com os seguintes objetivos:
I. propor e sugerir a implementação de políticas, em sua área específica de
atuação, fixando diretrizes e prioridades para a consecução de ações e a
captação de recursos;
II. propor e sugerir a implementação de políticas públicas que promovam a
competitividade na área da Indústria de Ferro-Gusa pela qualidade e
eficiência, com sustentabilidade ambiental;
III. propor o estabelecimento de mecanismos para a integração das ações de
órgãos e entidades públicas e particulares, garantindo a unidade de
programas e otimização de recursos;
IV. apoiar e opinar sobre projetos de lei em tramitação e que digam respeito aos
interesses do setor;
V. articular e promover condições necessárias como aporte financeiro e
tecnológico para qualificar e requalificar o setor e seus profissionais;
VI. estimular debates, movimentos e ações de mobilização, que apóiem a difusão
das formas de trabalho do setor, no Estado de Minas Gerais;
VII. criar uma ação coordenada e compartilhada dos diversos agentes
responsáveis pelo setor, em sinergia com as diretrizes governamentais;
VIII. apoiar e incentivar ações visando a eliminar os entraves burocráticos que
oneram o setor e nivelá-lo, em termos de recursos e facilidades, ao que
houver de mais avançado em âmbito internacional;
IX. estudar alternativas que garantam a melhoria das condições comerciais,
logísticas, fiscais e tributárias visando a assegurar competitividade do setor,
tanto no mercado interno quanto no externo;
X. apoiar e incentivar as ações que visem garantir o suprimento sustentável de
matéria-prima vegetal.
PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DE FERRO-GUSA
Pontos positivos:
● Mercados como Estados Unidos, Europa e Japão abandonando o processo de
redução;
● Mercado mundial puxado pelo desenvolvimento da China e Índia;
● Aproveitamento de resíduos sólidos gerados;
● Utilização de escória na fabricação de cimentos;
● Proporcionar as vantagens da fotossíntese pelo plantio de florestas renováveis
Pontos que requerem aprofundamento de discussões:
● Crédito de ICMS / Dificuldade de aproveitamento / Normatização mais ampla do
regulamento do ICMS;
● Financiamentos para reflorestamentos;
● Reposição florestal em Minas e estado de origem do carvão;
● Legislação ambiental;
● Viabilização da logística de transporte;
● Infraestrutura portuária;
● Minério de ferro – concentração
● Taxa cambial
Fonte: Sindifer
Pontos Recomendáveis para análise do setor:
Setor:
1. Intensificar o reflorestamento;
2. Ampliar a aplicação de novas tecnologias;
3. Buscar a verticalização;
4. Ampliar a aplicação de tecnologia de carbonização mais limpa;
5. Aperfeiçoar os estudos para a viabilização econômica da utilização de
qualquer tipo de biomassa (madeira, coco de babaçu, casca de coco, capim
elefante, etc.) para a produção de carvão vegetal;
6. Co-geração de energia elétrica;
7. Implantar a injeção de finos de carvão vegetal;
8. Investir em sistemas de gestão de qualidade;
9. Investir no marketing de ferro-gusa / carvão vegetal.
Fonte: Ferro-gusa > Perfil Setorial - INDI
Tabela 5.3.2.11 - PROJETOS DE MIGRAÇÃO DE GUSA PARA ACIARIA
REGIÃO E EMPRESA
CAPACIDADE E PRODUTOS
PROGRAMAÇÃO
NORTE Maragusa MMX Sinobras Usipar
500.000 t / ano tarugos 500.000 t / ano tarugos
300.000 t / ano (fios máquinas e vergalhões)
2.000.000 t / ano placas
2009
em estudos 2009
2009
CENTRO OESTE Cia siderúrgica do Planalto MMX Fergosul
400.000 t / ano (longos)
Não definido Não definido
Em estudos
- -
SUDESTE Cisam Siderpita
250.000 t / ano tarugos 480.000 t / ano tarugos
2008 2009
SUL Hiibner
120.000 t / ano
(longos especiais)
em desenvolvimento ~ 2009
Fonte: SBB
INTRODUÇÃO
Ferroligas são ligas de ferro e outros elementos, que têm por principal finalidade a
incorporação de elementos de liga aos aços e ferros fundidos.
Devido a razões técnicas e econômicas os elementos de liga são adicionados aos
aços ou em ferro fundido sob a forma pura ou sob a forma de ferroligas.
No Brasil são produzidos ferroligas à base de manganês, manganês metálico;
ferroligas à base de silício, silício metálico; ferroliga à base de cromo, cromo
metálico; ferroliga à base de níquel, níquel (eletrolítico); ferro nióbio e inoculantes.
Outros, como ferro-titânio, ferro-molibdênio, ferro-vanádio, ferro-tungstênio, ferro-
fósforo e ferro-boro são importados.
- Minerais encontrados no Brasil / Minas Gerais utilizados na produção de ferroligas.
(Fonte: DNPM – Sumário Mineral 2008)
CROMO Tabela 5.3.3.1 –
As reservas mundiais de minério de cromo (medidas e indicadas) em Cr2 O3 contido,
são da ordem de 1,8 bilhões t.
O Brasil, praticamente o único produtor de cromo no continente americano, continua
com uma produção modesta, da ordem de 0,3% das reservas. No contexto mundial
o Brasil participa com 1,3% da oferta de cromita.
As reservas Brasileiras são da ordem de 14,2 milhões de toneladas de Cr2O3
contido, sendo que 87,2% das reservas estão localizadas na Bahia (Campo
Formoso e outros). Os demais estados que possuem reservas de cromo são o
Amapá (Marzagão) – 9,4% e Minas Gerais (Alvorada de Minas) – 3,4%.
MANGANÊS
Tabela 5.3.3.2 –
As reservas mundiais de manganês atingiram a cifra de 5,6 bilhões de toneladas. O
Brasil detém 570 milhões de toneladas, o que equivale a 10%. E a produção
brasileira, perdendo a liderança da produção mundial para a África do Sul, que em
2007 foi de 2,3 milhões ou 20,4% atingiu 1,8 milhões de toneladas ou 16,6%.
NIÓBIO Tabela 5.3.3.3 -
As reservas mundiais são da ordem de 4,2 milhões de toneladas, estando no Brasil
a maior parte (98%) concentradas em Minas Gerais e a produção brasileira de 134,0
mil toneladas, em 2007. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM),
de Minas Gerais foi responsável por 90,3% do total de divisas geradas por
exportações de produtos à base de nióbio, ficando a Anglo American do Brasil (GO)
com o restante.
NÍQUEL Tabela 5.3.3.4 -
O Brasil classifica-se na 1ª posição em reservas mundiais de níquel distribuídos
entre os Estados de Goiás (40%), Pará (33,3%), Piauí (23,7%), Minas Gerais (2,5%)
e São Paulo (0,5%). A produção nacional participou com 3,44% do total ofertado,
sendo Goiás responsável por 92,2% e Minas Gerais com os 7,8% restantes.
- TIPOS DE FERROLIGA - SUMÁRIO DA APLICAÇÃO
• Ferro Cromo Alto Carbono
É usado na produção de uma grande variedade de aços e ligas especiais. Tem
como característica básica a presença de carbono acima de 4%.
Suas principais utilizações ocorrem na produção de aços resistentes à corrosão,
aços de alta liga (indústria automobilística), anti-oxidação e na produção de aços
inoxidáveis.
Os aços inoxidáveis são utilizados na indústria de alimentos, produtos químicos,
celulose, petróleo, nos produtos da chamada linha branca, utensílios domésticos,
construção civil, etc.
• Ferro Cromo Baixo Carbono
É usado na produção de aços para corrigir os teores de cromo sem provocar
variação, indesejáveis no teor de carbono. Tem como característica básica a
presença de carbono de no máximo 0,15%.
A sua utilização industrial é a mesma do FeCrAC ou seja, na produção de aços
inoxidáveis, que têm larga aplicação nas indústrias de bens de consumo.
• Ferro Silício 75
O FeSi75 standard é utilizado na produção de aço como desoxidante e elemento
de liga; na indústria de fundição como agente grafitizante. Além disso, aumenta a
resistência elétrica, à corrosão e à tração do aço, prejudicando, entretanto, a
capacidade de soldagem do mesmo.
O FeSi HP (alta pureza) é usado na fabricação de aços ao silício de grão
orientado e grão não orientado.
Os aços grão orientado são utilizados para a fabricação de transformadores de
potência e de distribuição de energia elétrica.
Os aços de grão não orientado são utilizados para a fabricação de geradores de
usinas hidrelétricas, motores elétricos, compressores herméticos para geladeiras,
freezers e aparelhos para ar condicionado.
• Ferro Silício Cromo
É usado como elemento redutor na fabricação de ferro cromo baixo carbono e
em aços para adição de cromo e silício.
Fonte: Ferbasa
• Ferro Nióbio
O Nióbio é adicionado ao aço liquido forma de ferro-nióbio (FeNb).
A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir
melhoria de propriedades em produtos de aço especialmente nos aços de alta
resistência e baixa liga, usados na fabricação de automóveis e de tubulações
para transmissão de gás sob alta pressão. Vem a seguir seu emprego em
superligas que operam a altas temperaturas em turbinas de aeronaves a jato. O
nióbio é também adicionado ao aço inoxidável utilizado em sistema de
escapamento de automóveis e ainda na produção de ligas supercondutoras de
nióbio – titânio, usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de
ressonância magnética. Encontra aplicação também em cerâmicas eletrônicas e
em lentes para câmeras.
Fonte: CBMM
• Silício Metálico
Existem três tipos de silício metálico:
Grau eletrônico – Basicamente destinado para a indústria de semicondutores, é
a principal matéria-prima na produção de triclorosilanos, que são transformados
em células solares e componentes eletrônicos diversos.
Grau químico – É a matéria prima básica para a produção de silicones, usados
nas indústrias de materiais médicos, cosméticos, engenharia civil, eletrônica,
aeroespaciais e automotiva, entre outras.
Grau metalúrgico – Este tipo de silício metálico está presente em ligas de
alumínio para as indústrias metalúrgica, automotiva, aeronáutica, entre outras.
• Ferro Manganês
É utilizado na fabricação de praticamente todos os tipos de aço, em virtude de
sua capacidade de dessulfurizar o aço líquido (retirar o enxofre) durante um
processo de produção e elevar a sua resistência mecânica. Em média, para cada
1% de manganês, a resistência à tração do aço cresce em 100 MPa.
• Outros Ferroligas
Existe ainda um conjunto de outros ferroligas composto pela adição de ferro com
molibdênio, tungstênio, titânio, vanádio, etc.
Estas ligas são utilizadas como matéria-prima para a produção de aços
especiais.
EMPRESAS PRODUTORAS DE FERROLIGAS
O parque industrial de ferroligas no Brasil possui 20 empresas com 83 fornos e
potência total de 1225 MVA. O setor emprega milhares de pessoas e gera ainda
empregos indiretos nas atividades de mineração, reflorestamento, produção de
carvão vegetal, transporte, etc. As usinas concentram-se na Região Sudeste,
principalmente no estado de Minas Gerais, onde encontram-se 17 empresas
com 64 fornos e potência total de 750 MVA.
Dos ferroligas empregados na siderurgia somente são produzidos em Minas
Gerais: FeSi75, FeSiMn, FeMn, FeNb, FeCaSi e Si Metálico. Os demais são
importados de diferentes países.
A Tabela 5.3.3.5 mostra as empresas produtoras de ferroligas em Minas Gerais
e respectivas ligas.
Tabela 5.3.3.5 - PRODUTORES DE FERROLIGAS E SILÍCIO METÁLICO EM MINAS GERAIS
LOCALIZAÇÃO FORNOS/PRODUTOS EMPRESAS
MUNICIPIO
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POTÊNCIA TOTAL INSTALADA (MW)
CIA. FERROLIGAS MINASGERAIS – MINASLIGAS
PIRAPORA 6 6 4 x 112,5
CIA. BRASILEIRA DE CARBONETO DE CÁLCIO – CBCC
SANTOS DUMONT 5 5 x 117,0
CONSELHEIRO LAFAIETE
1 1 X X GRANHA LIGAS
SÃO JOÃO DEL REY
1 X X
VÁRZEA DA PALMA 6 6 x x 78,5
CAPITÃO ENÉAS 2 2 x 50,0
RIMA INDUSTRIAL S/A BOCAIÚVA 1 1 x 22,5
OURO PRETO 3 3 x 9,0 BARBACENA 10 10 x
VALE MANGANÊS
SANTA RITA DO JACUTINGA
1 1 x 5,0
BOZEL MINERAÇÃO S.A FeCaSi SÃO JOÃO DEL REI 3 3 3 33,0
ELETROLIGAS S/A
SÃO GOTARDO 1 1 X 4,0
NOVA ERA SILICON
NOVA ERA 3 3 x 74,4
FERTILIGAS
SABARÁ 1 1 1
INONIIBRASINOCULANTES PIRAPORA 2 2 x 15,0
ITALMAGNÉSIO NORDESTE VÁRZEA DA PALMA 6 6 x 100,0
LIGAS DE ALUMINIO – LIASA
PIRAPORA 4 4 x 131,4
CIA BRASILEIRA DE FERRO LIGAS RIO CASCA
1 1 x 3,5
PUIATTI&FILHOS IND. E COM. LTDA
BARROSO 1 1 x
FERLIG. FERRO LIGAS S/A
PASSA TEMPO 2 2 x 7,0
LIGAS GERAIS IND. E COMÉRCIO LTDA SÃO JOÃO DEL REI 1 1 x 12,0 CIA BRASILEIRA DE MET. E MINERAÇÃO - CBMM ARAXÁ 4 4 X
EMPRESA: BOZEL MINERAÇÃO S.A BR 265 - km 264 - Vila Jardim São José 36309-560 - São João del Rei – MG A Bozel possui 3 fornos elétricos e é a única produtora brasileira de ferro cálcio silício. Fonte: www.bozel.com EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA CARBURETO DE CÁLCIO – CBCC Rua Voluntários da Pátria, 45 – sala 1304 Bairro Botafogo 22290-070 - Rio de Janeiro – RJ Unidade produtiva: Santos Dumont – MG A CBCC possui 5 fornos elétricos para produção de silício metálico.
EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO –
CBMM
Rua Pequetita, 111
04552-902 - São Paulo – SP
A CBMM, com a unidade produtiva em Araxá – Minas Gerais, é a única produtora de
nóbio com presença em todos os segmentos do mercado. Possui subsidiárias na
Europa – CBMM, Europe BV – Amsterdam, Ásia – CBMM Ásia Ptecingapura e na
América do Norte – Reference Metals Company Inc. Pittsburgh.
Auto-sustentável em matéria prima, a empresa disponibiliza os seguintes produtos,
obtidos em seus 4 fornos elétricos.
Ferro Nióbio, Ferro Nióbio de Alta Pureza, Níquel Nióbio, Óxido de Nióbio de Alta
Pureza, Óxido de Nióbio Grau Ótico, Nióbio Metálico (Grau Comercial e Grau
Reator), Nióbio-Zircônico (Grau Comercial e Grau Reator)
Fonte: www.cbmm.com.br
EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA DE FERROLIGAS
Rio Casca – MG
A companhia Brasileira de Ferroligas, localizada em Rio Casca- MG opera com um
forno elétrico para a produção de FeMn.
EMPRESA: ELETROLIGAS LTDA
Estrada da Usina - Km 03
Zona Rural
São Gotardo – MG
Fundada em 1983, a Eletroligas Ltda é uma indústria de ferroligas que atua na
produção de FeMn Alto Carbono, operando com 3 fornos elétricos.
Fonte: www.eletroligas.com.br
EMPRESA: FERLIG FERROLIGAS S.A
Passa Tempo – MG
A Ferlig localizada em Passa Tempo – MG opera com um forno elétrico para a
produção de FeMn.
EMPRESA – FERTILIGAS
Sabará – MG
A Fertiligas localizada em Sabará – MG opera com um forno elétrico para a
produção de FeMn.
EMPRESA – GRANHA LIGAS
Rua Ribeiro Bastos, 142 – Centro
36307-354 - São João Del Rei – MG
- Unidade I - São João Del Rei
Rodovia BR 265 – Km 2 – Estrada dos Moinhos
36300-000 - São João Del Rei – MG
- Unidade II – Conselheiro Lafaiete
Rodovia BR 040 – Km 624 – Barreiro
36400-000 - Conselheiro Lafaiete – MG
A Granha Ligas, com suas duas unidades de produção, é responsável pela
produção de 2.000 toneladas/ mês de ferroligas de manganês e carvão vegetal de
eucalipto usado como redutor.
Fonte: Catálago “Granha Ligas”
EMPRESA: INONIBRÁS INOCULANTES E FERROLIGAS NIPO-BRASILEIROS
S.A.
Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2504 – Cj. 152
São Paulo – SP
- Unidade produtiva:
Pirapora – MG
A Inonibrás opera com 2 fornos elétricos para a produção de Fe Si 75.
EMPRESA: ITALMAGNÉSIO NORDESTE S.A
Av. Nossa Senhora de Sabará, 2.077
046685-004 - São Paulo – SP
- Unidade Produtiva
Várzea de Palma – MG
A Italmagnésio opera com 6 fornos elétricos para a produção de Fe Si 75 e ligas de
MG.
EMPRESA: LIGAS DE ALUMÍNIO S.A – LIASA
Av. Contorno, 1.977 – Floresta
30110-009 - Belo Horizonte – MG
- Fábrica:
Av. Dr. José Patrus de Sousa, 1000
39270-000 - Pirapora – MG
A LIASA foi estabelecida em 1966 e é a pioneira na produção de Silício Metálico na
América Latina, que se iniciou em 1972. A planta opera com 4 fornos elétricos de
redução, sendo os 2 primeiros projetados pela ELKEN e os 2 posteriores pela
Mannesmann Demag, possuindo uma capacidade instalada de 97 MVA.
A capacidade de produção é de 46 mil toneladas por ano de silício metálico de alta
qualidade. Este produto se aplica na industria química para produção de silicone,
como semi-condutor para usos na eletrônica e na fundição de alumínio primário para
produzir ligas especiais de alumínio, onde são requeridos baixos teores de ferro e
cálcio.
Fonte: www.liasa.com.br EMPRESA: LIGAS GERAIS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Rodovia BR-265 - km 264 Distrito Industrial 36315-000 - São João Del Rei – MG A Ligas Gerais é especializada na produção e comercialização de ferroligas, ligas
especiais e insumos para metalurgia de não ferrosos, siderurgia e refratários, com
uma capacidade produtiva de 2.200 toneladas/ mês de ligas metálicas.
Iniciou a sua produção em março de 1999 (Matozinhos – MG) e na sua atual
unidade (São João Del Rei), que produz ligas de silício em um forno de 30 MVA de
capacidade.
Fonte: Catálogo “ Ligas Gerais”
EMPRESA MINASLIGAS – COMPANHIA FERROLIGAS DE MINAS GERAIS
Rua Paraíba, 1122 - Funcionários
30130–141 - Belo Horizonte – MG
- Fábrica:
Av. Oeste, 1120
Distrito Industrial Ministro Jorge Vargas
39270–000 - Pirapora – MG
A MINASLIGAS iniciou suas atividades em 1980 e possui atualmente 6 fornos,
totalizando uma capacidade instalada de 112,5 MVA, o que permite uma produção
anual de até 60.000 t de Ferro Silício 75 e de 20.000 t Si Metálico, além de um
volume expressivo de Microsílica. É a maior fabricante brasileira de Ferro Silício 75.
A empresa é auto suficiente de carvão vegetal – matéria prima utilizada como
redutor nos fornos elétricos – e possui uma jazida de quartzo – matéria prima para a
produção de ferro silício.
Fonte: www.minasligas.com.br
EMPRESA: NOVA ERA SILICON S.A
Mina de Piçarrão, S/Nº
35920-000 - Nova Era – MG
A Nova Era Silicon iniciou a sua produção em outubro de 1985 e atualmente tem
uma capacidade nominal de 45.000 toneladas/ ano de Fe Si 75%, operando três
fornos elétricos com uma capacidade de 74,4 MVA.
Fonte: Catálogo “Nova Era Silicon”
EMPRESA: PUIATTI & FILHOS IND. E COM. LTDA
Barroso – MG
A Puiatti localizada em Barroso – MG opera com um forno para a produção de
FeMn.
EMPRESA – RIMA INDUSTRIAL S.A
Anel Rodoviário Km 4,5
30622-910 - Belo Horizonte – MG
A RIMA Industrial S.A foi fundada em 1987 e, atualmente lidera no Brasil a produção
e a comercialização de ligas à base de silício, sendo o maior produtor nacional e o
quarto mundial de Silício Metálico. Possui a segunda maior Fundição sob Pressão
de Magnésio do mundo, além de ser a única produtora de magnésio primário da
América Latina. Situada em Minas Gerais, possui três unidades industriais (Capitão
Enéas, Várzea da Palma e Bocaiúva), além das reservas próprias de quartzo com
alta pureza, para produzir às ligas à base de silício e dolomita, matéria-prima
empregada na fabricação de magnésio e suas ligas.
Nas suas três unidades industriais produz:
Silício Metálico (Graus: metalúrgico Extra Alta Pureza, Químico e Micromizado),
Magnésio e Ligas de Magnésio, Cálcio Silício e Ligas de Cálcio Silício, Ferro Silício
Magnésio, Ferro Silício 75%, Inoculantes, Ferro Ligas Especiais em Cored Wire e
fundição sob pressão de Magnésio.
Fonte: www.rima.com.br
EMPRESA: VALE MANGANÊS S.A
Av. de Ligação, 3580 - Prédio 3
34000-000 - Nova Lima – MG
A VALE MANGANÊS S.A foi constituída em 2003, a partir dos ativos da SIBRA –
Eletro-siderúrgica Brasileira S.A. e incorporando, em 2004, a Companhia Paulista de
Ferroligas (CPFL). São quatro plantas produtoras de ferro manganês em Minas
Gerais (Barbacena, Ouro Preto, Santa Rita e São João del Rei).
Em 2008 foram comercializadas 759 mil toneladas de minério de manganês.
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO BRASILEIRA DE FERROLIGAS
A Tabela 5.3.3.6 mostra a evolução da produção brasileira de ferroligas no período
de 2000 a 2008. Observa-se que enquanto, entre 2007 e 2006, houve uma variação
positiva de 13,5%, entre 2008 e 2007 a variação caiu para 3,9%, reflexo da crise
Fe Si 75% 159.521 93.852 81.403 96.665 97.366 99.447 112.144 98.839 78.821 -20,3 Fe Ca Si e outras 22.677 16.379 22.414 18.594 22.011 13.696 14.859 17.440 22.110 26,8 Si Metálico 154.009 105.538 148.040 182.943 202.372 194.644 196.033 203.876 185.350 -9,1 Ferroligas a base de Silício 336.207 215.769 251.857 298.202 321.749 307.787 323.036 320.155 286.281 -10,6 Fe Cr AC 25 4 185 27 148 116 185 4.779 33.201 594,7 Fe Si Cr - 0 0 0 0 0 1 0 - - Fe Cr BC 110 140 241 128 511 25 53 2.380 1.624 -31,8 Ferroligas a base de Cromo
135 144 426 155 659 141 239 7.159 34.825 386,5
Fe Ni BC 6.656 2.518 3.401 3.332 3.193 3.799 4.301 6.101 3.172 -48,1 Ferroligas a base de Níquel 6.656 2.518 3.401 3.332 3.193 3.799 4.301 6.101 3.172 -48,1 Fe Nb 27.936 28.429 31.256 33.689 35.767 51.672 59.345 71.856 72.771 1,3 Fe Mo 0 3 12 7 5 5 60 341 760 122,87 Fe V 12 9 13 14 11 - 14 172 603 250,6 Fe Ti 0 52 52 10 7 896 1.265 4.988 4.002 19,8 Fe W 0 0 0 ND 128 101 169 84 107 27,4 Fe P/ Fe B 0 0 0 0 1 0 0 0 81 ND Ligas Especiais 29.113 25.852 22.865 34.408 36.946 31.965 30.624 3.355 34.474 - Ferroligas Especiais 57.061 54.345 54.198 68.128 72.865 84.639 91.477 80.796 78.324 -3,1 TOTAL 533.476 360.610 456.525 545.492 553.426 571.702 536.569 514.526 506.102 -1,6
Tabela 5.3.3.9 - EVOLUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES Unidade/t
Fe Si 75% 129 1.964 699 2.097 8.595 10.512 7.972 10.811 23.934 121,4 Fe Si 45% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fe Ca Si e outras 457 530 327 238 1.970 907 1.839 3.430 6.475 88,8 Si Metálico 1.224 1.430 2.619 2.427 6.944 6.694 10.316 12.168 20.106 65,2 Ferroligas a base de Silício 1.810 3.924 3.645 4.762 17.509 18.113 20.127 26.409 50.515 91,3 Fe Cr AC 2.148 1.829 1.682 906 923 786 8.730 11.862 4.632 -61,0 Fe Si Cr 60 40 1 0 4 4 33 5 536 ND Fe Cr BC 8.481 5.353 7.239 9.681 12.442 10.408 14.693 13.026 6.432 -50,6 Ferroligas a base de Cromo 10.689 7.222 8.922 10.587 13.369 11.198 23.456 24.893 11.600 -53,4 Fe Ni AC/ BC 120 81 195 317 17 33 661 2.466 5.644 128,9 Ferroligas a base de Níquel 120 81 195 317 17 33 661 2.466 5.644 128,9 Fe Nb 0 0 5 0 5 0 0 0 3 ND Fe Mo 863 851 855 1.031 1.382 1.164 1.440 1.298 895 -31,1 Fe V 1.350 1.503 1.120 1.326 1.346 1.402 1.632 1.711 1.899 11,0 Fe Ti 2.442 2.186 2.134 2.300 2.009 1.897 655 766 631 -17,6 Fe W 486 322 338 424 475 425 336 603 377 -37,5 Fe P/ Fe B 431 359 0 0 1.059 743 0 0 628 ND Ligas Especiais 480 395 464 1.575 1.060 1.042 2.707 4.451 2.200 -50,6 Ferroligas Especiais 6.052 5.616 4.916 6.656 7.336 6.673 6.770 8.829 6.633 49,0 TOTAL 26.730 44.836 31.755 38.370 57.160 58.112 76.227 100.156 111.029 10,8
Fontes: SECEX/DTIC
Consumo Específico de Matérias Primas e Consumo de Energia Elétrica para a Produção Brasileira O consumo específico indicativo para a produção de 1t de alguns tipos de ferroliga é:
- Carvão vegetal: 4,34 m³ - Quartzo: 2,0 t Fe Si 75% - Carepa: 290 kg - Pasta eletródica: 58 kg - Energia Elétrica: 8,0 MWh - Carvão vegetal: 6 m³ - Quartzo: 2,8 t Si Metal - Madeira: 3,0 m³ - Eletrodo: 115 kg - Energia: 11,5 MWh
A produção de Fe Si 75% é a maior consumidora de energia elétrica entre todas as
ferroligas. Assim, a liga de silício está atrelada à energia, que representa cerca de
40% a 50% do seu custo de produção, fato que torna o custo de produção de ferro-
ligas altamente dependente das variações de fornecimento e custos energéticos.
Em 2007, o parque produtor de ferroligas em Minas Gerais, o maior do país, operou
no ponto de equilíbrio de uma balança comercial. Uma vez que exportou cerca de
50% de sua produção, pesa a desvalorização do dólar frente ao real. Contudo, a
valorização do preço das commodities metálicas foi aumentada pela expansão da
demanda internacional.
O câmbio provoca uma grande preocupação no setor, seguido dos custos de
energia.
Apesar do crescimento dos setores de siderurgia (chapas) e fundição, elevado pelo
aquecimento das indústrias automotivas e de construção civil, a indústria de ferro-
ligas teme expandir o nível de capacidade instalada, principalmente devido à
importação de produtos, sobretudo da China. As exportações de Minas Gerais têm
sido principalmente, para os Estados Unidos e Europa.
Sumário da Aplicação de Ferroligas nos Aços
Influência dos Elementos de Liga nos Aços
Resumidamente, pode-se afirmar que a incorporação de ferroligas aos aços visa a
melhoria de propriedades:
Melhoria de Propriedades Mecânicas:
• Aumento da resistência do aço bruto de fabricação.
• Aumento da tenacidade ou da plasticidade do aço, a uma dada dureza
mínima ou resistência.
• Aumento da máxima secção permissível, que pode ser endurecida por
têmpera até o nível desejado.
• Diminuição da capacidade de endurecimento por têmpera
• Aumento da taxa de encruamento por trabalho a frio.
• Diminuição da plasticidade, a baixas durezas, em proveito de melhor
usinabilidade.
• Aumento da resistência à abrasão ou da capacidade de corte.
• Diminuição da tendência ao empenamento e ao trincamento durante o
processo de obtenção de um certo grau desejável de dureza.
• Melhoria de propriedades físicas tanto a altas, como a baixas temperaturas.
Melhoria de Propriedades Magnéticas:
• Aumento da permeabilidade inicial e da indução máxima.
• Diminuição da força coerciva, histerese e perdas (ferro magneticamente
“mole”).
• Aumento da força coerciva e da remanência (ímas permanentes).
• Diminuição de todas as respostas magnéticas.
Melhoria da Passividade Química:
• Diminuição da ferrugem em ambientes úmidos.
• Diminuição da oxidação pelo ar a elevadas temperaturas.
• Diminuição do ataque por reagentes químicos.
Tabela 5.3.3.11 - PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS ELEMENTOS DE LIGA Al Cr Co Mn Mo Ni P Si Ti W V
Formar uma dispersão fina com oxigênio ou nitrogênio que restringe o crescimento de grão da austenita
X
Formar uma camada endurecível por nitretação X Agente desoxidante X X X Aplicação em ligas magnéticas X X X Promover resistência ao amolecimento quando dissolvido na ferrita ou na austenita X Aumentar a resistência à corrosão e à oxidação X Aumentar a endurecibilidade X X X Contribuir para a resistência à abrasão em aços de alto C X Contribuir para resistência mecânica a altas temperaturas X X Elevar a temperatura de crescimento dos grãos de austenita X X Apresentar resistência ao amolecimento após o revenimento e propiciar dureza secundária X Formar partículas resistentes de carbonetos nos aços-ferramenta X Desenvolver dureza, a quente, em aços temperados e revenidos X Contribuir para a resistência à (“creep”) em ligas de aplicação a altas temperaturas X X Aumentar a resistência dos aços de baixo carbono X Conferir resistência à corrosão aos aços de baixo carbono X Melhorar a usinabilidade dos aços de alto enxofre X Agente específico para formar sulfetos de forma não prejudical, mas que favorece a usinabilidade X Produzir aço de alto carbono, austenítico X Produzir aços Cr – Ni – Mn austeníticos de baixo carbono X Aumentar a resistência da ferrita mas diminuindo sua plasticidade X Elemento universalmente presente em chapas magnéticas, nas quais as composições de baixo C contribuem para a produção de cristais e para o aumento de resistividade)
X
Contribuir para a resistência à oxidação de ligas resistentes ao calor X Aumentar a endurecibilidade de aços contendo outros elementos não endurecedores X Aumentar a resistência de aços temperados e revenidos e de aços perlíticos X Tornar austeníticos os aços de alto Cr X Conferir moderada ou alta endurecibilidade aos aços, requerendo baixa temperatura de aquecimento no movimento e alta tenacidade neste estado
X
Aumentar a tenacidade de aços ferritico – perlíticos X
PERSPECTIVAS A indústria de ferroligas tem apresentado elevado crescimento nos últimos anos, por
conta da forte relação existente entre este setor e a siderurgia. Esta relação pode
ser vista no quadro que indica a quantidade de ferroliga usada na siderurgia e na
fundição.
Tabela 5.3.3.12 - ÍNDICES MÉDIOS DE CONSUMO
FERROLIGAS SIDERURGIA kg/t aço FUNDIÇÃO kg/t peça Fe Mn AC 3,5 8,6 Fe Si Mn 4,5 2,3 Fe Mn MC/BC 0,6 0,4 Fe Si 75% 2,4 9,4 Fe Si 45% 0,01 3,1 Fe Ca Si 0,08 0,5 Fe Cr AC 2,9 5 Fe Si Cr 0,02 0,04 Fe Cr BC 0,5 1,1 Fe Ni 1,7 0,2 Fe Si Zr 0 0,06 Fe P 0,03 0,5 Fe Nb 0,05 0,08 Fe Ti 0,01 0,05 Fe Si Mg 0,03 5,7
Gráfico 5.3.3.1 - DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO CONSUMO
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
85% siderurgia 15% fundição
Complementando, pode-se ver no gráfico 5.3.3.2 o crescimento de 54% da demanda mundial de aço no período de 2000 a 2007. Gráfico 5.3.3.2 – DEMANDA MUNDIAL DE AÇO – Período 2000 a 2007
Fonte: Veja 23/07/2008
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
0,84
1,3
(em bilhão de toneladas)0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Mesmo com a adoção de inovações tecnológicas na produção de aços, como maior
utilização de metalurgia de panela, obtendo-se maior rendimento com redução da
adição de elementos de liga e aprimoramento de técnicas de laminação (laminação
controlada e “acelerated cooling”) e tratamentos térmicos, o consumo de ferroligas
apresentará uma tendência de crescimento, acompanhando a produção da
siderurgia.
Analogamente, com o setor de fundição apresentando um desempenho crescente,
proporcionado pelos números recordes da indústria automobilística, apresenta-se
uma situação promissora para o setor de ferroligas.
INTRODUÇÃO
A indústria de fundição de peças em ferro, aço e ligas não ferrosas consiste na fusão
de minerais metálicos com o objetivo de fabricar uma determinada peça ou produto
e agregar certas propriedades a este produto final.
Estando na forma líquida, as ligas derivadas de tal processo são colocadas em
moldes para reproduzir o formato das peças que se deseja produzir.
Os principais insumos utilizados são gusa, sucata, ferroligas, energia elétrica,
produtos químicos, areia de fundição e óleo combustível. Os produtos gerados são
utilizados por indústrias de diversos segmentos, sendo os mais importantes: a
indústria automobilística, siderurgia, bens de capital, indústria naval e ferroviária,
mineração e construção civil.
No Brasil existem cerca de 1250 empresas de fundição, com uma forte concentração
em São Paulo, com 34% do total; Minas Gerais com 25% e toda a Região Sul 26%.
LIGAS USADAS NA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO
Ferro Fundido:
É uma liga de ferro com elementos à base carbono e silício. Os ferros fundidos
dividem-se em três tipos principais: cinzento, branco e modular.
Ferro Fundido Cinzento:
Entre os ferros fundidos é o mais comum, devido às suas características como baixo
custo (em geral, é fabricado á base de sucata), elevada usinabilidade, alta fluidez
(permitindo a fundição de peças com paredes finas e complexas) e facilidade de
fabricação.
Este tipo de material é utilizado em larga escala pela indústria de máquinas e
equipamentos, indústria automobilística, ferroviária, naval e outras.
Ferro Fundido Branco:
Menos comum que o anterior, é utilizado em peças, em que se necessite elevada
resistência à abrasão.
É utilizado na fabricação de equipamentos para montagem de minérios, pás de
escavadeiras e outros equipamentos similares.
Ferro Fundido Nodular:
É uma classe de ferro fundido que possui elevada dutilidade, próxima à do aço, e
boa usinabilidade.
É utilizado na indústria para a confecção de peças que necessitem de maior
resistência a impacto em relação aos ferros fundidos cinzentos, além de maior
resistência à tração e resistência ao escoamento.
Outras ligas também usadas na indústria da fundição são: aço, alumínio, cobre,
zinco e magnésio.
PRODUÇÃO MUNDIAL DE FUNDIDOS
A produção mundial de fundidos (base 2006 e 2007) é apresentada na tabela
seguinte, observando que o Brasil ocupa o 7º lugar. Observa-se uma troca de
posição da Rússia e do Japão, comparando os dois anos, enquanto que os demais
Fonte: Anuário ABIFA 2008-2009 Nos últimos 5 anos a produção brasileira acumulou um crescimento de 48,3%, ultrapassando 3.000.000 t. Tabela 5.3.4.2 – PRODUÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FUNDIDOS (mt)
ANO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 PRODUÇÃO 2249 2830 2969 3087 3227 3355
Fonte: Anuário ABIFA 2009 A tabela seguinte mostra a produção e a capacidade instalada da indústria de fundidos atual e uma projeção até 2013 (mt).
Tabela 5.3.4.3 – PRODUÇÃO E CAPACIDADE INSTALADA DA INDÚSTRIA
DE FUNDIDOS (mt)
Fonte: Anuário ABIFA 2009
ANO 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 PRODUÇÃO 3227 3355 2800 2950 3100 3300 3500 CAPACIDADE INSTALADA
3700
4350
4350
4500
4500
4500
4500
PRODUÇÃO DE MINAS GERAIS DE FUNDIDOS O setor de Fundição de Minas Gerais conta com um total de 379 empresas,
compreendendo cerca de 20.500 empregos diretos e cerca de 14.000 indiretos. A
região Centro Oeste (Divinópolis, Itaúna e Cláudio), abriga 71% das fundições
mineiras.
A produção de fundidos foi de 1.072.114 t em 2007, correspondendo a 30% da
produção nacional e situando em segundo lugar no Brasil. Em 2008 a produção
recuou para 890.000 t, correspondendo a uma queda de 17% em relação ao ano
anterior. A evolução da produção mineira foi:
Tabela 5.3.4.4 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO EM MINAS GERAIS (mt) ANO 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 PRODUÇÃO 560 640 940 1069 - 1,07 890 A produção de 1.072.114t em 2007 corresponde à seguinte distribuição por metais produzidos: Tabela 5.3.4.5 - METAIS PRODUZIDOS EM 2007 Fonte: SIFUMG Quanto à energia utilizada temos: 42 empresas possuem fornos de indução; 69 empresas possuem fornos tipo cubilot; 21 empresas possuem fornos a gás; 78 empresas possuem fornos a óleo Vale ressaltar que 98% das empresas de fundição mineiras são de classes pequenas e médias.
Ferro 917.024 t Alumínio 127.483 t Aço 22.149 t Bronze 3.763 t Chumbo 1.530 t Estanho 165 t
MERCADO DE FUNDIDOS
O setor industrial de fundição do Brasil tem particularidades muito interessantes. O
setor é composto por cerca de 95% de pequenas e médias empresas e por 5% de
empresas verdadeiramente grandes.
A produção brasileira de fundidos destinou 87% para o mercado interno e 13% para
o mercado externo, em 2008.
A importação de fundidos em bruto atualmente é irrelevante, somente ocorrendo, em
poucos casos, via peças acabadas.
A distribuição setorial da produção brasileira mostra que o setor automobilístico
corresponde a 55%. Outros setores que merecem destaque são as indústrias de
bens de capital (18%), infraestrutura (5%) e siderurgia (2%).
Cerca de 20 a 25% da produção da indústria mineira destinam-se à exportação
atualmente, aproximadamente, 200 mil toneladas. Deste montante exportado, 80%
são destinados para a América do Norte, 15% para a Europa (Inglaterra, Espanha e
Itália) e 5% para a América do Sul.
A produção de Minas Gerais corresponde a 26,5% da do Brasil, sendo destinadas
60% para o setor automotivo.
Tabela 5.3.4.6 - EMPRESAS DE FUNDIÇÃO DE MINAS GERAIS
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Alpha Placa e Fundição Ltda. Uberaba x Fundição artística Alufec – Artigos de Alumínio e Ferro Cometa Ltda.
Divinópolis x x Utensílios domésticos em alumínio e ferro
Aluferro Indústria e Comércio Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em alumínio
Alugarden Ltda. Cláudio x Churrasqueiras Alumforte Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em
alumínio Alumínio Alvorada Ltda. Divinópolis x Chapas, discos e panelas
de pressão Alumínio Condor Ltda. Divinópolis x 135 Utensílios em alumínio
repuxado e fundido Alumínio Jr. Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em
alumínio Alumínio Liderança Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em
alumínio fundido Alumínio Oeste Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos e
alumínio leve Alumínios Jaguar Ltda. Cláudio x Utensílios domésticos Alumínios Mineiro Ltda. Cláudio x Móveis para jardim Alumínios Pala Ltda. Me Cláudio x Móveis para jardim Artefatos de Alumínio Arco Íris Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em
alumínio leve e fundido Asa Metalúrgica Indústria e Comércio Ltda.
Itaúna x Peças e componentes para luminárias em alumínio
Belga Móveis Ltda. Cláudio x x Móveis para jardim em alumínio e madeira
Biriba Metais Ltda. São Sebastião do Paraíso
x Metal
Black & Decker do Brasil Ltda. Uberaba x Eletrodomésticos e ferramentas elétricas
Bob’s Indústria e Comércio Ltda.
Uberlândia x Metalúrgicos e agropecuários
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Brasil Minas Fundidos Ltda. Cláudio x x 1.200 Peças para indústria
mecânica e implementos agrícolas
Brasil Verde Agroindustrial Ltda. Conceição do Pará x 20.040 Peças fundidas, cinzento e nodular
Brembo do Brasil Ltda. Betim x Auto peça Cia. Ind. de Produtos Siderúrgicos – PROSIDER
Brumadinho x x 3.800 Peças diversas sob encomendas
COFERCOQ Ltda. Divinópolis x 2.400 Peças mecânicas, saneamento e utensílios domésticos em ferro
Comércio e Indústria de Equipamentos Contra Incêndios Ltda.
Santo Antonio dos Campos
x Equipamentos hidráulicos para segurança individual e industrial
CPM – Comércio de Peças Mecânicas
Divinópolis x x Peças para indústria ferroviária
Crisfer Industrial Ltda. Carmo da Mata x - Tampões e grelhas em ferro fundido
Fagor Fundição Brasileira Ltda. Extrema x 27.666 Auto peça Ferdil Produtos Metalúrgicos Ltda. Divinópolis x x Contra peso Fornac Forjas Nacionais Ltda. Igarapé x x 3.420 Peças mecânicas em aço,
carbono e manganês Fulig – Fundição de Ligas Ltda. Divinópolis x 1.500 Ferroviários Fumil - Fundição Mineira Ltda. Divinópolis x 120 Utensílios domésticos em
ferro Fundiarte Fundição Artística de Metais Ltda.
Uberaba x 40 Fundição Artística
Fundiban Ltda. Cláudio x x Móveis para jardim em ferro e alumínio
Fundibrás Indústria e Comércio Ltda.
Uberaba x Tubos, conexões e bombas para o setor petroquímico
Fundição Agulha Ltda. Divinópolis x
Placas inaugurativas e indicadores numéricos
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Fundição Aléa Ltda. Carmo da Mata x 1.920 Grelhas, tampões em ferro
fundido cinzento e nodular Fundição Alfa Ltda. Cláudio x 120 Grades coloniais, grelhas,
ralos e tampões Fundação Altivo Ltda. Contagem x x 1.600 Peças em aço e ferro Fundição Alumiart Ltda. Cláudio x Móveis em alumínio fundido Fundição Aluminas Ltda. Cláudio x Móveis para jardim Fundição Ampla Ltda. Cláudio x Queimadores e grelhas
p/fogões, colar de tomada, junta gibaut
Fundição Araguaia Ltda. Cláudio x 4.500 Tampa de motor, conexões, tubos e grelhas
Fundição Artística de Sinos Uberaba Ltda.
Uberaba x Sinos
Fundição Asiminas Ltda. Cláudio x Móveis para jardim Fundição Atlanta Ltda. Cláudio x Móveis para jardim em
alumínio Fundição Barão de Cocais Barão de Cocais x Peças mecânicas, disco e
concha p/roda pelta, peças p/ engenho
Fundição Batista Indústria, Comércio e Transporte
Pará de Minas x 2.400 Auto peça
Fundição Boa Vista Ltda. Carmo da Mata x Ferro fundido cinzento Fundição Califórnia Itaguara x 1.200 Auto peça, anilhas e halteres Fundição Carioca Carmo do Cajuru x - Tampões e Grelhas Fundição Cataguases Indústria Metalúrgica Ltda.
Cataguases x x 1.700 Peças automotivas e peças para máquinas cerâmicas
Fundição Cermica Indústria e Comércio Ltda.
Juiz de Fora x Tarugo, bucha
Fundição Cláudio Star Ltda. Cláudio x 1.440 Contra peso, tampões, peças mecânicas sob encomenda
Fundição Corradi S/A. Itaúna x Lingoteiras, carcaças para motores, engenho de açúcar
Fundição de Alumínio Divinópolis Ltda.
Divinópolis x Utensílios domésticos em alumínio
TIPOS DE LIGA
EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano) 2007
TIPOS DE PRODUTOS
Fundição Alumínio Minas Brasil Ltda.
Divinópolis x Utensílios domésticos em alumínio
Fundição de Alumínio Minas Oeste Ltda.
Carmo do Cajuru x Utensílios domésticos em alumínio
Fundição Diadema Ltda. Cláudio x Grades coloniais, tampões e grelhas
Fundição Dores de Minas Brasil Ltda.
Dores do Campo x Espora, estriba de metal, argolas, fivelas
Fundição Fudminas Ltda. Cláudio x Anilhas, halteres, barras, aparelhos para ginástica em geral
Fundição Imperial Ltda. Carmo da Mata x 1.400 Grelhas, ralos e tampões para saneamento
Fundição Ita Ltda. Itaúna x Peças sob encomenda em ferro fundido
Fundição Jodoal Ltda. Cláudio x 600 Tampões e grelhas para saneamento, grades
Fundição Libaneza Ltda. Cláudio x 1.105 Ralos, utensílios domésticos e fogão industrial
Fundição Líder Ltda. Itaúna x Peças sob encomenda em ferro fundido
Fundição Mariana Ltda. Cláudio x Saneamento básico Fundição Santa Bárbara Ltda. Cláudio x 1.000 Tampões, ralos, móveis para
jardim e utensílios domésticos
Fundição Santa Clara Ltda.
Cláudio x 1.600 Grelhas e tampões, caixas de correio, peças mecânicas
Fundição Santa Edwirges Ltda. Cláudio x Grelhas, ralos e tampões para saneamento em geral
Fundição Santa Terezinha Ltda. Cláudio x 3.687 Grades, grelhas e tampões, utensílios domésticos em ferro
Fundição Santana Ltda. Cláudio x 250 Utensílios domésticos e peças mecânicas
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Fundição São Cristóvão Ltda. Cláudio x 800 Tampões para saneamento,
móveis para jardim Fundição Sideral Ltda. Itaúna x 19.100 Contra peso, polias, carcaças
para o setor petroquímico Fundição União Ltda. Cláudio x x Móveis, utensílios
domésticos, peças ornamentais
Fundição Unicláudio Ltda. Cláudio x 700 Peças de ferro fundido em geral
Fundição Vieira Ltda. Cláudio x Grelhas e tampões, peças p/ implementos agrícolas e siderúrgicos
Fundição Wagjose Ltda. Cláudio x Conexões, tampões e grelhas para saneamento
Fundidos Minas Indústria e Comércio Ltda.
Cláudio x x Móveis para jardim
Fundidos Unibrás Ltda. Cláudio 1.500 Linha esportiva e utensílios domésticos
Fundigusa Comércio e Indústria Ltda.
Itaúna x 1.689 Placas de desgaste, coquilha, cunhas de fricção
Fundimef Ind. Com. de Prod. Met. Ltda.
Itaúna x Ventaneiras e buchas
Fundimig Ltda. Cláudio x x 20.000 Auto peças, carcaças para motores, peças para fogões
Fundmar Indústria e Comércio Ltda. Cláudio x Grades coloniais, tampões e grelhas, utensílios domésticos
Fundvinte Ltda. Cláudio x x 1.000 Grelhas, ralos, chapas, grades, escada caracol, móveis
Fundvisa Ltda. Cláudio x 2.450 Tampões para saneamento, halteres, anilhas e contra peso
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Funfer Fundição de Ferro Ltda. Divinópolis x 2.129 Peças mecânicas sob
encomenda Funilar Indústria e Comércio Ltda. Belo Horizonte x Cinzeiros e lixeiras Furaje Indústria e Comércio Ltda. Divinópolis x x x Fundição e usinagem de
metais ferrosos e não ferrosos
Fusari Indústria e Comércio Ltda. Cláudio x Grelhas e tampões p/ saneamento básico e peças sob encomenda
Gribbs Brasil Die Casting Ltda
Contagem x Componentes e peças em alumínio
Imal Indústria Mecânica Automotiva Ltda.
Divinópolis x x 1.200 Auto peças, fundidos diversos sob encomenda
IMF Indústria Metalúrgica de Fundidos Ltda.
Cláudio x 300 Saneamento, construção civil, ferramentas
Indústria e Comércio Lusar Ltda. Juiz de Fora Auto peças, prensas hidráulicas
Indústrias Metalúrgicas FRUM Extrema x Tambor e disco de freio, cubo de roda, algemas e suporte de molas
Indústria Montalbam Ltda. Divinópolis x Grelhas e Tampões para saneamento
Intercast Ltda. Itaúna x x 16.402 Conexões e válvulas para saneamento, placas de piano
Itafundi Comércio e Indústria Ltda. Itaúna x Hidrante, corpo de válvula, flanges
Itall Itaúna Alumínios Ltda. Itaúna x 65 Peças em alumínio para indústria, fundidos não ferrosos
Jalice Comércio e Indústria de Metais Ltda.
Divinópolis x 48 Utensílios domésticos em alumínio
Lobofer Indústria e Comércio Ltda. Carmo da Mata x Ralos, grelhas e tampões Mac Alumínio Indústria e Comércio Ltda.
Uberaba x Móveis em alumínio
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Magotteaux Brasil Ltda. Contagem x Bolas para moinhos, peças
resistentes ao desgaste, correntes
MBA Alumínios Ltda. Itaúna x Peças em alumínio para uso doméstico
Mega Athual Indústria e Comércio de Fundidos Ltda.
Cláudio x Produtos de fundição
Mepal Metalúrgica Paraense Ltda. Para de Minas x Auto peças (discos e tambores de freio)
Metal Metalúrgica Apolo Ltda. Itaúna x x Peças de desgaste para siderurgia e mineração
Metalúrgica Argos Ltda. Contagem x 110 Buchas, mancais, chapas de desgaste em bronze
Metalúrgica Belo Horizonte Ltda. Belo Horizonte x Peças em alumínio Metalúrgica Betim Ltda. Betim x x Corpos moedores Metalúrgica Brasminas Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos Metalúrgica Carola Alumínio Oeste Ltda.
Carmo do Cajuru x 120 Utensílios domésticos
Metalúrgica Continental Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em alumínio
Metalúrgica Fernandes Ltda. Pará de Minas x Peças para cerâmica, reposição para mineração
Metalúrgica Jano Ltda. Divinópolis x x x 2.000 Barras de grelhas, polias em aço carbono e inoxidável
Metalúrgica Metalmig Ltda. Cláudio x Utensílios domésticos Metalúrgica Pinheiro Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos Metalúrgica Rodrigues Ltda. Divinópolis x Utensílios domésticos em
alumínio Metalúrgica Varb Ltda. Divinópolis x Registros industriais Microfund Indústria e Comércio Ltda.
Itaúna x 70 Fundição e usinagem de metais não ferrosos
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Minaço S/A. Belo Horizonte x Tambor e disco de freio, cubo
de roda Minasca Metalúrgica e Fundição Cláudio x Churrasqueiras Minas Cláudio Móveis Ltda. Cláudio x Móveis para jardim em
alumínio Minasteel Fundição Ltda.
Divinópolis x x
Módulo Itaúna Ltda. Itaúna x Peças para encomenda News Car Indústria e Comércio Ltda.
Divinópolis x 500 Lingote de Alumínio
Omielan Industrial e Comercial Ltda. Itaúna x Peças mecânicas sob encomenda, anilhas e halteres
Ornal Indústria de Ornamentos Artísticos Ltda.
Divinópolis x 168 Utensílios Domésticos em alumínio
Polimetal Ligas e Metais Ltda. Contagem x Peças em alumínio gotão, peças em alumínio estrela
Polimoldes Modelação e Componentes Ltda.
Contagem x x Fundição de não ferrosos
Quality do Brasil Metais e Injetados Ltda.
Pará de Minas x Luminárias, cabeçotes para eletrodutos, caixas de passagem
Quality Fundidos Ltda. Cláudio x 100 Móveis em alumínio Rad’s Componentes Ltda. Contagem x 870 Rotor e peças automotivas Saint Gobain Canalização Ltda. Itaúna x 18.000 Conexões e tampões para
saneamento Siderurgica São Sebastião de Itatiaiuçu Ltda.
Itatiaiuçu x Contra peso, corpos moedores
Somasa Indústria e Comércio Ltda. Divinópolis x 1.224 Anéis, rolos, revestimentos para mineração
Tekfund Indústria e Comércio Ltda.
Cláudio x 800 Ferramentas, Peças Mecânicas, Peças automobilísticas
TIPOS DE LIGA EMPRESA
LOCALIZAÇÃO Ferro Aço Alumínio Cobre Outros Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
Teksid do Brasil Alumínio Ltda. Betim x Auto peça Teksid do Brasil Ltda. Betim x x 271.000 Cabeçotes de alumínio,
coletores p/ indústria automobilística, bloco de motor
Tenace Indústria e Comércio Ltda. Cláudio x x 1.440 Conexões e tampões para saneamento, marreta
Thyssenkrupp Fundições Ltda. Matozinhos x Peças diversas em ferro fundido
Thyssenkrupp Metalúrgica Santa Luzia S/A.
Santa Luzia x Peças automotivas
Titan Fundições Ltda. Sete Lagoas x x 3.580 Tampões para saneamento, contra peso para elevadores
VDL Siderurgia Ltda. Itabirito x x 4.500 Fundição de peças em aço e ferro ligado mandíbulas para britadores, chapas de desgaste e peças sob encomenda
Vilvio da Silva Pagliaro Equipamentos Industriais
Uberaba x Tubos e Conexões em ferro
Competitividade da Indústria Brasileira de Fundição
O setor é competitivo, do ponto de vista técnico, mas essa competitividade acaba
sendo afetada pelo “Custo Brasil”. Dispõe-se de tecnologia, conhecimento e
equipamentos com padrões similares aos dos países industrialmente mais
avançados. A indústria automobilística, principalmente, é muito exigente, o que
acarreta que o setor esteja capacitado para um perfeito entendimento.
A formação de mão de obra é um fator importante para o aprimoramento das
técnicas de trabalho e uma etapa fortemente em desenvolvimento no setor.Centros
de formação como a Escola de Fundição do SENAI Osasco (SP), Centro
Tecnológico de Fundição do SENAI (Centro de Fundição Marcelino Corradi) Itaúna
(MG) – este o principal centro tecnológico da América Latina na área de fundição –
capacitam os futuros profissionais e são referência assegurando a competitividade
do setor.
Perspectivas
Segundo dados do Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de Minas Gerais as
indústrias de fundição estão mantendo um ritmo de crescimento e devem fechar o
ano com desempenho 8% superior ao registrado em 2007. Isto de deve ao bom
desempenho do setor de autopeças, que corresponde por 60% da produção, além
do aquecimento de segmentos como básico e fabricação de equipamentos. Este
bom desempenho ocasionado pela expansão da indústria automotiva nacional,
aliada à fragilidade de grande parte das fundições brasileiras, criou um cenário
atrativo para que grupos estrangeiros procurem oportunidades de negócio no País.
O principal alvo são as pequenas e médias empresas nacionais, que representam
95% das 1254 fundições do Brasil. Esta forte demanda por fusões e aquisições faz
com que as pequenas empresas nacionais sejam cobiçadas principalmente por
empresas Norte Americanas e Européias.
Também a ampliação da demanda internacional é outro fator importante para o
desenvolvimento das empresas mineiras.
Porém, a valorização do real em relação ao dólar (pois as exportações do setor
correspondem a cerca de 25% de produção), o preço crescente das matérias primas
(como ferro-gusa e outros ferroligas) elevados pelo mercado internacional e o custo
da energia são obstáculos que certamente afetarão o desempenho do setor.
A ABIFA prevê uma retração do mercado para o desempenho da fundição no Brasil
devido ao problema do câmbio e a concorrência com os grandes competidores
internacionais como os chineses e os indianos.
A implantação do setor automobilístico brasileiro iniciou-se em 1957 e consolidou-se
com o processo de abertura comercial e o conseqüente aumento da competitividade
interna. Até 1996 o setor compreendia nove fabricantes no Brasil: Agrale, Fiat, Ford,
General Motors, Mercedes Benz, Scania, Toyota, Volkswagen e Volvo.
Posteriormente, instalaram-se no país: Mitsubish, Pegeout, Citroen, Renault, Honda,
BMW, etc.
Este setor é de grande importância para a indústria siderúrgica do Brasil, pois teve
uma participação, de cerca de 25,5%, no consumo de aço em 2008, correspondendo
a 6.142.175 t de um total consumido no país de 24.050.000 t (Instituto Aço Brasil),
conforme mostra o gráfico 5.3 (ver pág 19).
Evolução do setor automotivo no consumo aparente de produtos siderúrgicos
(%), mostrado no Capítulo 5
O crescimento da indústria automobilística no Brasil, primeiro país a reunir as dez
maiores montadoras do mundo, além dos benefícios para os produtores de aço,
citados acima, também contribuiu decisivamente para fortalecer a indústria de
fundição que hoje destina 56% de sua produção ao setor (ABIFA).
Segundo a ANFAVEA, o setor automobilístico nacional apresentou um crescimento
de 8,2% na produção de 2008, em relação a 2007.
A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA EM MINAS GERAIS
Em Minas Gerais encontra-se o segundo pólo automotivo do Brasil. Atualmente tem
uma posição consolidada no setor, sendo responsável por 24,6% da produção
nacional de veículos.
Situam-se em Minas Gerais a Fiat (Betim), Fiat Iveco (Sete Lagoas), Fiat Motores
(Betim e Sete Lagoas) e Mercedes Benz (Juiz de Fora).
Para atender a todo o complexo Fiat e outras montadoras no Brasil, instalou-se em
Minas Gerais uma grande e importante rede de produtores de autopeças. São ao
todo 180 fábricas distribuídas em 35 municípios. Somente no entorno de Betim, em
um raio de 50km da montadora Fiat Automóveis concentram-se 110 unidades. No
sul de Minas situam-se 34 unidades. Nestes dois pólos estão localizadas 92% das
empresas instaladas em Minas Gerais.
Tabela 5.3.5.1 - NÚMERO DE EMPRESAS DE AUTOPEÇAS INSTALADAS POR
MUNICÍPIO
Cidade (número de empresas)
Cidade (número de empresas)
Cidade (número de
empresas)
1
Belo Horizonte (15)
13
Itaúna (1)
25
Paraisópolis (1)
2
Alfenas (1)
14
Jacutinga (1)
26
Passa Quatro (1)
3
Betim (32)
15
Juatuba (4)
27
Pitangui (1)
4
Cambuí (2)
16
Juiz de Fora (2)
28
Poços de Caldas (2)
5
Campanha (1)
17
Lagoa Santa (1)
29
Pouso Alegre (3)
6
Conceição dos Ouros (1)
18
Lavras (3)
30
Santa Luzia (2)
7
Contagem (31)
19
Machado (1)
31
Santa Rita do Sapucaí (1)
8
Extrema (3)
20
Mateus Leme (5)
32
São Joaquim de Bicas (4)
9
Governador Valadares (1)
21
Matozinhos (3)
33
Sete Lagoas (12)
10
Ibirité (4)
22
Nova Lima (1)
34
Três Corações (2)
11
Itabirito (1)
23
Ouro Fino (2)
35
Varginha (2)
12
Itajubá (7)
24
Pará de Minas (2)
Estas empresas constituem o setor de autopeças e acessórios (inclusive
carrocerias), atendendo o setor automobilístico propriamente dito (ônibus e
caminhões, veículos comerciais leves – camionetas e utilitários – e automóveis de
passeio) com os seguintes produtos:
- rodas para veículos rodoviários;
- longarinas para caminhões e ônibus;
- auto peças mecânicas;
- auto peças elétricas;
- silenciosos e escapamentos;
- tanques para combustíveis;
- filtros para óleo de ar;
- outras peças ou partes estampadas;
- carrocerias para ônibus, caminhões, basculantes e frigoríficos;
- carrocerias para veículos diversos
- truques e terceiros eixos;
- containers;
- engrenagens;
- transmissões;
- polias e volantes;
- rolamentos;
- molas;
- amortecedores;
- barras estabilizadoras;
- motores;
- direção;
- embreagens;
- câmbio;
- diferencial e semi-árvores;
- freios;
- parafusos e porcas
De acordo com o estudo “ A Nova Configuração da Cadeia Automotiva Brasileira”,
da Poli/ USP (2001), Minas Gerais apresenta um parque fabril diversificado
produzindo 60% das autopeças necessárias para a montagem de um veículo.
Segundo dados apresentados em “ A Indústria Brasileira de Autopeças – Sindipeças
2009”, o estado de Minas Gerais, correspondendo ao segundo lugar no Brasil,
registra:
Tabela 5.3.5.2 - A INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS - BRASIL E MINAS GERAIS
Fonte: Sindipeças (Empresas Associadas) A diversificação do parque industrial mineiro contribuiu para o aumento crescente
das exportações verificada a partir de 2001. a evolução da balança comercial pode
ser observada BA tabela, levando-se em conta a valorização do Real a partir de
2004.
Fornecimento de Chapas
As Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A - Usiminas é a maior fornecedora de
BRASIL
MINAS GERAIS
FATURAMENTO (2007)
US$ 35.053
US$ 3.638,5
(10,38%)
Nº DE EMPREGADOS (2007)
217.000
25.519 (11,76%)
UNIDADES INDUSTRIAIS (2007)
659
61 (9,26%)
EXPORTAÇÕES (2008)
US$ 10.071.303
US$ 889.296 (8,83%)
IMPORTAÇÕES (2008)
US$ 12.609.723
US$ 1.625.393
(12,89%)
aços para a indústria automobilística nacional. Em parceria com as montadoras,
participa antecipadamente da especificação dos aços para os novos veículos, com o
objetivo de oferecer os melhores produtos para o cliente no momento em que estes
apresentam suas demandas. Em 2008 forneceu 1,9 milhão de toneladas de chapas
de aço para o setor automotivo (montadoras + autopeças) do Brasil, sendo que
destes, 340 mil toneladas destinaram-se ao setor em Minas Gerais.
Tabela 5.3.5.3 - EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E BALANÇA COMERCIAL AUTOPEÇAS 1996-2006
ANO
EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO
BALANÇA
1996
213.837.135
728.236.978
(514.399.843)
1997
372.548.114
920.800.258
(548.252.144)
1998
384.518.481
683.631.203
(299.112.722)
1999
268.853.451
718.859.001
(450.005.550)
2000
256.991.490
466.672.814
(209.681.324)
2001
279.011.307
454.929.443
(175.918.136)
2002
234.506.461
380.826.928
(146.320.467)
2003
262.260.776
295.485.843
(33.225.067)
2004
297.073.750
404.776.726
(107.702.976)
2005
363.865.501
484.293.912
(120.428.411)
2006
451.471.134
548.133.081
(96.715.947)
2007
490.604.979
959.390.727
(468.785.748)
2008
737.770.761
1.533.634.434
(795.863.673)
Fonte: Aliceweb – dados trabalhados pelo INDI
Minas Gerais exporta autopeças e componentes principalmente para os Estados Unidos, Argentina, Itália, Venezuela e Turquia. E importa da Itália, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Turquia.
Tabela 5.3.5.4 - A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DE MINAS GERAIS
PRODUTOS SIDERÚRGICOS
FABRICANTES DE AUTOPEÇAS/ CENTROS
DE SERVIÇOS
PRODUTOS MONTADORAS
Usiminas Mecânica
Chapas (“blanks”)
Usiparts
Cabines e conjuntos completos pintado
Usicorte
Chapas (“blanks”)
Tower Automotive
Peças estruturais como conjuntos
estampados e soldados, eixos, estruturas de bancos, pára-choques, etc.
Laminados Usiminas
Aethra Componentes Automotivos
Ferramentais , protótipos, corte a laser 5D, linhas de solda e de montagem.
Peças para carrocerias, eixos, travessas para suspensão, reservatórios de
combustível, bagageiros, etc.
• FIAT • MERCEDES – BENZ • FIAT IVECO • FIAT MOTORES
A NBR – Norma Brasileira registrada – 6215 out /82 estabelece a seguinte
terminologia para estes produtos siderúrgicos:
Produto Plano – Produto de seção transversal retangular constante, com largura nominal maior que duas vezes a espessura. Placa – Produto plano, com espessura geralmente superior a 100 mm, podendo ser obtido por laminação de desbaste ou molde (lingotamento contínuo). Chapa – Produto plano de aço, com largura superior a 500 mm, laminado a partir de placa. Chapa grossa – Chapa com espessura superior a 5,00mm. Tira – Produto laminado plano, com largura igual ou inferior a 500 mm. Bobina – Chapa ou tira enrolada em forma cilíndrica. Chapa fina – chapa cuja espessura é igual ou inferior a 5,00 mm e igual ou superior a 0,30 mm. Chapa fina a quente - chapa fina cuja espessura final é obtida por laminação a quente. Chapa fina a frio - Chapa fina cuja espessura final é obtida por laminação a frio. Folha – Produto, laminado a frio, plano, com espessura igual ou inferior a 0,30 mm e com largura superior a 500 mm, produzido com tolerâncias dimensionais mais restritas que as de chapa fina. Os produtos siderúrgicos planos não revestidos são produzidos de acordo com as
normas técnicas, sendo as mais conhecidas:
NBR – Norma Brasileira Registrada
ASTM – American Society for Testing and Materials
DIN – Deutsche Industrie Norman
SAE – Society of Automotive Engineers
API – American Petroleum Institute
BS – British Standard
BV – Bureau Veritas
ABS – American Bureau of Shipping
LR – Lloyd’s Register
GL – Germanischer Lloyd
DNV – Det Norske Veritas
E outras normas técnicas de fabricação, próprias de cada empresa produtora de
chapas de aço.
CLASSIFICAÇÃO
Entre os diversos modos diferentes que se pode classificar os aços, preferiu-se, para
os fins do presente estudo, considerar esta classificação apenas de acordo com sua
composição química. Sendo assim, teremos:
• aços ao carbono
• aços baixa liga
• aços ligados
Serão consideradas nesta classificação as especificações indicadas pelas normas
NBR e SAE e uma outra apresentada em Metals Handbook.
Aços ao Carbono
De acordo com a NBR aço ao carbono “é aquele que não contém elementos de liga
além dos teores residuais admissíveis para cada tipo e no qual os teores de Si e Mn
não ultrapassam os limites máximos de 0,60% e 1,65%, respectivamente. A adição
de elementos com o fim específico de melhorar as características de usinabilidade
não descaracteriza o aço-carbono”. Pode ser dividido em três classes:
Aço baixo carbono – “aço carbono com teor nominal de C inferior ou igual
a 0,30%”;
Aço médio carbono - “aço carbono com teor nominal de C superior a 0,30% e
inferior a 0,50%;
Aço alto carbono – “aço carbono com teor nominal de C acima de 0,50%” (NBR
6215 – out /82).
Segundo a norma SAE “um aço carbono pode conter um máximo de 0,40% de Cu.
E pequenas quantidades de certos elementos residuais, tais como, Cu, Ni, Mo, Cr,
etc., encontram-se inevitavelmente presentes, provenientes das matérias primas.
Estes elementos são considerados incidentais. Contudo, se para certas aplicações
especiais algum deste elemento for considerado prejudicial o teor máximo aceitável
deve ser especificado”. (SAE J411 jun/81).
Segundo Metals Handbook “um aço-carbono contém até cerca de 2% C e pequenas
quantidades de elementos residuais, exceto aqueles adicionados para desoxidação,
com Si usualmente limitado a 0,6% e Mn até cerca de 1,65%.
A tabela abaixo resume as características dos aços ao carbono e a seguir são
apresentadas as especificações, propriedades e aplicações de alguns tipos
específicos que se encontram no mercado.
TABELA 6.1 – TIPOS DE AÇO AO CARBONO
Aços para usos gerais
Estes grupos de aços, chamado qualidade comercial, é usado em componentes
estruturais onde, geralmente, não se exigem propriedades mecânicas especiais,
apenas dobramento e estampagem moderada. As especificações referem-se
somente à garantia de composição química, segundo a norma SAE e ASTM A 366
(laminados a frio) e A 569 (laminados a quente). Estes aços têm uma aplicação
muito vasta, como: tubos industriais (utilização em estruturas de autos, bicicletas,