1 1) Os Porquês A) Por que – obrigatoriamente separado – frases interrogativa diretas e indiretas . Ex. “Por que você não foi? - DIRETA Gostaria de saber por que você não foi. – INDIRETA Quando for substituível por: Por qual; Pelo qual; Pela qual. Por quais; Pelos quais; Pelas quais. Ex: a) Só eu sei as esquinas por que passei. (= pelas quais) b) É um drama por que muitos estão passando.(= pelo qual) c) Desconheço as razões por que ela veio. (= pelas quais) ٭Obs.: quando houver a palavra MOTIVO antes. Depois ou subentendida considerar: “RAZÃO/ÕES”;” MOTIVO(S) QUE”. d)٭Quero saber por que motivo você faltou. (= por qual) e) ٭Quero saber por você faltou? (=motivo razão) f) ٭Por que você faltou?(= motivo, razão, pergunta direta) g)٭Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada. (=motivo, pelo quais) h)٭Não sei por que ele não veio. (=por que motivo, por qual motivo) i)٭Não sei por que motivo ele não veio.(=por qual, motivo) Por que : é a preposição por seguida de pronome interrogativo que ; equivale a por que motivo, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais. B) Por quê : antecedendo sinal de pontuação. Só no fim da frase. Ex: a) Ele viajou por que? * Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram. b) Parou por quê? * Você nem sabe por quê. * A polícia não sabe por quê, quando nem como o crime ocorreu. ٭Obs.: Por quê: é o mesmo por que anterior. C) Porque – usa-se em RESPOSTAS. Ex: a) Você faltou por quê? Faltei, porque... . ٭Porque – (=equivale a POIS, UMA VEZ QUE, JÁ QUE, PORQUANTO, PELO FATO DE, COMO) é um conjunção subordinativa CAUSAL ou EXPLICATIVA (Causa /ou Explicação). Ex: a) Ele viajou, porque foi chamado para assinar o contrato. (explicativa) b) Abra a janela, porque o calor está insuportável.(explicativa) c) Ele não veio, porque choveu.(causal) d) Porque a onça caça à noite é difícil registrar seus hábitos. (causal) D) Porquê – por ser um substantivo, só pode ser usado quando precedido de artigo definido (o, a, os, as), pronome adjetivo (meu, este, esse, aquele) ou numeral (um, dois, três...). Ex: a) Não sei o porquê de tanta confusão com os porquês. b) Este porquê é um substantivo. c) Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
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Primeiros Passos- Material Teoria e Pratica Da Narrativa Juridica
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1) Os Porquês A) Por que – obrigatoriamente separado – frases interrogativa diretas e indiretas . Ex. “Por que você não foi? - DIRETA Gostaria de saber por que você não foi. – INDIRETA
Quando for substituível por: Por qual; Pelo qual; Pela qual. Por quais; Pelos quais; Pelas quais. Ex: a) Só eu sei as esquinas por que passei. (= pelas quais) b) É um drama por que muitos estão passando.(= pelo qual) c) Desconheço as razões por que ela veio. (= pelas quais)
٭Obs.: quando houver a palavra MOTIVO antes. Depois ou subentendida considerar: “RAZÃO/ÕES”;” MOTIVO(S) QUE”.
d)٭Quero saber por que motivo você faltou. (= por qual) e)٭ Quero saber por você faltou? (=motivo razão) f)٭ Por que você faltou?(= motivo, razão, pergunta direta) g)٭Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada. (=motivo, pelo quais) h)٭Não sei por que ele não veio. (=por que motivo, por qual motivo) i)٭Não sei por que motivo ele não veio.(=por qual, motivo)
Por que: é a preposição por seguida de pronome interrogativo que; equivale a por que motivo, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais.
B) Por quê: antecedendo sinal de pontuação.
Só no fim da frase. Ex:
a) Ele viajou por que? * Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram. b) Parou por quê? * Você nem sabe por quê. * A polícia não sabe por quê, quando nem como o crime ocorreu.
٭Obs.: Por quê: é o mesmo por que anterior.
C) Porque – usa-se em RESPOSTAS. Ex: a) Você faltou por quê? Faltei, porque... . Porque – (=equivale a POIS, UMA VEZ QUE, JÁ QUE, PORQUANTO, PELO FATO DE, COMO) é um٭conjunção subordinativa CAUSAL ou EXPLICATIVA (Causa /ou Explicação). Ex:
a) Ele viajou, porque foi chamado para assinar o contrato. (explicativa) b) Abra a janela, porque o calor está insuportável.(explicativa) c) Ele não veio, porque choveu.(causal) d) Porque a onça caça à noite é difícil registrar seus hábitos. (causal)
D) Porquê – por ser um substantivo, só pode ser usado quando precedido de artigo definido (o, a, os, as), pronome adjetivo (meu, este, esse, aquele) ou numeral (um, dois, três...). Ex:
a) Não sei o porquê de tanta confusão com os porquês. b) Este porquê é um substantivo. c) Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
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d) Existem quatro porquês. e) O professor quer um porquê para tudo. f) Quero saber o porque de sua falta. g) Eu sem você não tenho porquê. (um motivo, uma motivação: substantivo). h) Será que o uso dos porquês ficou um pouco mais fácil? i) É difícil achar respostas para todos os nossos porquês. (pluralizável). j) Não entendo o porquê da rejeição.
”Porquê: é a mesma conjunção subordinativa causal substantivada. Aparecendo como “substantivo٭ou “sinônimo” de motivo, razão, causa ou indagação a palavra “porque” é acentuada.
2) Mau / Mal A) Mau – é um adjetivo e se opõe a BOM. Mau, o contrário de bom, é adjetivo – portanto sempre acompanha um substantivo – e tem como feminino: MÁ. (plural maus e más) Ex:
a) Fiz um mau negócio, num mau momento. b) Os homens maus e as mulheres más, às vezes, se dão mal. c) O lobo mau enfrentou um homem bom. d) Ele está de mau humor e) Ele é mau-caráter.
B) Mal – tem por antônimo a palavra bem e pode ser:
Advérbio de modo – neste caso fica invariável e no mais das vezes acompanha um verbo ou um adjetivo.
Ex: a) Quando ele se comporta mal,nada vai bem.
b) Isso pegou mal. c) Ela joga muito mal. d) Ele é mal-humorado. *
e) Estamos mal servidos Mal =hífen com H, L, Vogais; mal-afamado, mal-estar, mal-acabado mal-limpo, má-língua, más-línguas
Substantivo: com sentido de doença, tristeza, desgraça, tragédia, defeito.
Ex: a)O pequeno mal que o remédio provoca é compensado pelo bem que lhe traz.(tragédia)
b) Ele não imagina o mal que fez.(desgraça) c) Seu mal não tem cura.(doença) d) Deve-se evitar o mal.(tristeza) e) O seu mal é não ouvir os mais velhos.(defeito)
Conjunção temporal: com o sentido de quando, logo que, assim que. Ex:
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a) Mal chegou de viagem, já deseja partir. (assim que) b) Mal cheguei em casa, o telefone tocou (quando). c) Mal me viu, começou a falar sobre o fato.(assim que) d) Mal saiu de casa, foi assaltado.(logo que) 3) HÁ/ A A) Há – está relacionado com a indicação de tempo. Emprega-se Há indicado tempo passado. (equivale a faz) Ex: a) Há dez dias que o aluno não comparece. b) Há meses que ele estudou este assunto. c) Não nos vemos há sete dias. d) Há muito tempo ocorreu aqui uma tragédia.(Faz muito tempo) B) A
Indicando tempo futuro. Ex:
a) Daqui a dois dias haverá reunião b) Ele chegará daqui a três dias Ex: “Espero que não haja obstáculos à realização das provas daqui A uma semana”.
Quando for distância. Ex:
a) Estamos a dez quilômetros do estádio.
Indicando ponto de referência. Ex: “O gol foi marcado A um minuto do final do jogo”.
4) Demais/ De mais: Não existe apenas “demais”, numa só palavra. Há também “de mais”, em duas palavras. A) DEMAIS: Indica modo e significa muito, demasiadamente:
Ex:
a) “Come demais“; “Corre demais”; “Fala demais”.
Advérbio de intensidade – sentido de “muito”, significando excessivamente, demasiadamente, em demasia, o termo qualifica um adjetivo ou um verbo.
Ex: Com adjetivos: a) Você é chato demais. adjetivo b) Não posso passear com Ivan pela Beira-Mar, pois seu passo é rápido demais. adj c) Aos mais afoitos entre os partidários de Lula, que considerariam sua postura conciliadora
demais, o drama na Venezuela serve de alerta. adjetivo
Ex:Com verbo:
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a) Não estudes demais; tua mãe se preocupa demais com isso. b) Que cara legal, ele é demais! c) Que tem demais nisso?
Demais também pode ser pronome indefinido. Neste último caso, é precedido de artigo
no plural e tem o valor de os restantes, sentido de “os outros”.
Ex: a) Alguns professores saíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às
orientações. b) Fale com os demais (companheiros) antes de tomar a decisão.
B) De mais: opõe a de menos.
Ex: a) Não vejo nada de mais em seu comportamento.
Advérbio não modifica substantivo, função que cabe ao adjetivo, certo?
Por isso se diz que, ao acompanhar um substantivo, “demais” deve ser escrito “de mais”, o que configuraria uma locução adjetiva tendo como sinônimos: “demasiado, excessivo, de resto, de sobra, a mais” e como antônimo: “de menos”:
Ex: a) Miséria galopante: gente de mais, trabalhos de menos. b) Dinheiro de mais estraga. c) Como há candidatos de mais e empregos de menos, o processo de seleção é longo. d) Vírgulas de mais atrapalham.
“Não use vírgulas demais” – trata-se de um advérbio que está se referindo ao verbo usar: “não use demasiadamente as vírgulas”, frase que também se diria deste modo: ”não use demasiado as vírgulas”. Há frases assim, em que “demais” aparece ao lado de um substantivo, mas na realidade está se reportando ao verbo – explícito ou implícito - anterior ao substantivo. O advérbio não precisa estar necessariamente ao lado da palavra que ele modifica. Ex: a) “como o Fluminense estava gastando dinheiro demais, tinha de acabar nisso”.
DE MAIS locução adjetiva, dá ideia de quantidade, equivale a “a mais” e é empregado geralmente depois de substantivos ou nas correlações com “de menos”.
Ex:
a) “Há dinheiro de mais na carteira”; b) “Não vi nada de mais naquela moça”; c) “Dizem que há ônibus de menos para passageiros de mais”
5) AFIM /A FIM
A) AFIM – (ser parente/ ter afinidades)
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Numa única palavra, corresponde a semelhante ou parente por afinidade: almas afins,
vocabulários afins. Quem tem afinidades são pessoas AFINS.
Ex:
a) Não tinha laços afins com a sogra.
b) As duas têm pensamentos afins.
c) Paulo é afim daquela garota de blusa vermelha.
B) A FIM DE - equivalente a para, propenso a, com o propósito de.
Ex: a) Chegou cedo a fim de terminar o serviço.
b) Estuda a fim de vencer a barreira do vestibular.
c) Veio a fim de trabalhar.
* Obs.: ESTAR A FIM DE - no sentido de estar com vontade de, só deve figurar em textos
coloquiais ou declarações.
Ex: Está a fim de sair hoje.
6) PORVENTURA – equivale a por acaso e indica dúvida. (Se escreve sempre junto)
7) TAMPOUCO / TÃO POUCO
A) Tampouco (=NEM, MUITO MENOS, TAMBÉM NÃO) - é advérbio de negação.
É incorreto usar-se a conjunção nem antes de tampouco.
Nem tem o mesmo significado de "e não". Desse modo, a expressão nem tampouco
torna-se pleonástica (redundância), equivalendo a "e não, também não", repetindo-se a
ideia de negação duas vezes com palavras diferentes.
Ex:
a) “Não trabalha tampouco estuda”.
b) "As alterações tomográficas tampouco permitiram distinguir os dependentes...”.
c) Não houve complicação importante e tampouco mortalidade nesta casuística estudada.
d) "Esse procedimento não alterou o crescimento longitudinal do osso e tampouco
modificou a estrutura morfológica da placa de crescimento".
B) Tão pouco - cujo sentido é o de pequena quantidade, diminuto, escasso, muito
pouco.
Ex:
a) Os autores fazem uma revisão da literatura e discutem a respeito desta doença que é
tão pouco conhecida e estudada.
b) O presente trabalho propõe um novo enfoque sobre a origem feminina da
Enfermagem, a partir da ótica arquetípica, e de suas características tão pouco mutáveis
no decorrer da história.
Emprego incorreto de tão pouco em lugar de tampouco.
a) Os resultados positivos obtidos...não afastam a complexidade do tema da cooperação e
tão pouco condenam ao fracasso as iniciativas autônomas.
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Emprego incorreto usando a expressão nem tampouco.
a) O fator infecção não modifica a intensidade do processo histopatológico e nem
tampouco agrava o quadro...
8) (A) CERCA DE/ HÁ CERCA DE/ ACERCA DE
A) (A) cerca de - (A preposição+ cerca de locução adverbial) perto de,
aproximadamente. “A” preposição serve para marcar a distancia no espaço e tempo
futuro
Ex:
a) Vimos o carro tombar a (cerca de) 30 metros de onde estávamos.
b) Naquele momento, estávamos (a cerca de) dois meses das eleições presidenciais.
c) Essa loja fica a cerca de cem metros daqui.
d) Estamos a cerca de dez quilômetros do estádio.
e) Discursei para cerca de 200 pessoas.
f) A estrada tem cerca de 15 km de extensão
g) O atirador está a cerca de 30 metros do alvo.
B) Há cerca de – ( Há verbo+ locução adverbial cerca de) Há, do verbo haver, é
utilizado para indicar existência de algo, quantidade aproximada existente ou tempo
decorrido. Pode ser substituído por existe(m) ou faz (indicando tempo decorrido) existem
perto de, faz aproximadamente.
Ex:
a) Há cerca de dois anos que não o vejo.
b) Chegamos a Brasília há cerca de 25 anos
c) Renata partiu há cerca de 15 minutos.
d) Segundo Conegunda há cerca de 30 alunos na sala.
C) Acerca de – (Locução prepositiva) significa a respeito de, sobre, relativamente a,
quanto a. Não tem qualquer relação de sentido com as outras duas expressões.
Ex:
a) Falávamos acerca de assuntos interessantes. (a respeito de)
b) Ele vai dar uma conferência acerca de problemas ortográficos. (sobre)
c) Capitu é capaz de discutir acerca de qualquer assunto.
d) Trata-se de tópicos acerca de Direito Penal.
9) ABAIXO/ A BAIXO / EMBAIXO
A) (A) (De) (Em) Baixo – (da expressão de ALTO A BAIXO (ATÉ EMBAIXO)) - só
é utilizado se a palavra baixo for adjetivo. Grafa-se “de, a, em baixo”, separado, nos
seguintes casos:
a) quando “baixo” é adjetivo ou faz parte de uma locução adjetiva:
ou completa a noção de varredura ou complementações que começa com de cima:
“Olhou-a de cima a baixo”.
“O professor olhou o aluno de alto a baixo”.
“O empregado leu atentamente, de cima a baixo, todo o contrato laboral”.
A baixo emprega-se em locuções adverbiais como de alto a baixo e de cima a baixo.
“Olhou-a de alto a baixo” –( = até embaixo)
B) Abaixo (debaixo) – (= SOB. dependente, altura inferior) pode ser: a) a primeira pessoa do presente do indicativo do verbo abaixar: Ex: “Eu abaixo os olhos”; b) advérbio com significação de na parte inferior, inferiormente/ Locução prepositiva: SOB. Ex: “Estou logo abaixo do patrão”; “Sua classificação foi abaixo da minha”; “O menino está debaixo da mesa”; “Veja o exemplo abaixo”; “Sport joga com o regulamento debaixo do braço”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Coloque o livro abaixo da luz”. c) uma interjeição (exclamação de protesto ou de reprovação): Ex: “Abaixo as armas!”
Perceba que em “de baixo” está presente, normalmente, a ideia de “lugar de onde” (Saiu de baixo da mesa = saiu de onde) enquanto em “debaixo” a ideia é de “lugar onde” (O menino está debaixo da mesa = o menino está onde). Observe também que “debaixo”, na maioria das vezes, é seguido da preposição “de” (“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Timbu com o regulamento debaixo do braço”) e que o mesmo não ocorre com “de baixo” (“Disse várias palavras de baixo calão”; “Olhou a moça de baixo a cima”; “Sai de baixo, que lá vem pedra!”).
C) EMBAIXO – (igual a sob; localização inferior) – utilizamos embaixo e em cima,
porque com essas formas, eles funcionam como advérbio.
Ex:
“A chave está embaixo do tapete”.
“Em cima do armário tem um presente para você”.
Obs 1: A palavra Encima não existe.
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Obs 2: A expressão em baixo existe, mas se assim aparecer, é uma preposição e um adjetivo
autônomo (nem é locução adverbial). Se alguém quer usar um advérbio de lugar, sempre
assinará embaixo. Se assinar em baixo (BAIXO é adjetivo), vai ter que arranjar um
substantivo para juntar-se a ele (não sei qual poderia ser: assinar em baixo teor de tinta? feio,
desarmônico.). Ou colocar uma reticência, para endoidar o leitor. (O coitado ficaria sem saber
o que inventar para suprir a lacuna). Eu ouço a música em BAIXO som, EMBAIXO da
árvore, e a uma temperatura ABAIXO de zero.
10) OBRIGADO / OBRIGADA
É um ADJETIVO e significa que alguém se sente agradecido por alguma coisa - significa
sentir-se obrigado a retribuir um favor a alguém por algo.
Por ser adjetivo, deve concordar com o elemento ao qual se refere em gênero e número, sendo
masculino ou feminino, singular ou plural, dependendo da pessoa que se sentir obrigada a
retribuir um favor:
a) O homem, ao agradecer, deve usar obrigado;
A mulher, ao agradecer, deve usar obrigada.
b) O homem, em nome de outras pessoas, incluindo ou não a si mesmo, deve
agradecer como: obrigados.
A mulher, em nome de outras pessoas ou de outros homens, incluindo ou
não a si mesma deve agradecer como: obrigados.
c) A mulher, em nome de outras, incluindo ou não a si mesma deve
agradecer como: obrigadas.
11) ONDE/ AONDE
o Onde significa "em que lugar".
o Aonde significa "a que lugar".
o Donde significa "de que lugar".
A) Onde - pertence a um tipo especial de advérbios conhecidos como advérbios
interrogativos (onde, quando, como, por que). Estes advérbios são usados em frases
interrogativas (diretas ou indiretas). Denotam, respectivamente, lugar, tempo, modo e
causa.
Onde é um pronome relativo invariável, que pode ser empregado sem antecedente.
Ex: “Onde mora a Adriana?”
“Desculpe, pode dizer-me onde fica a biblioteca?”
“Maria, sabes onde está o livro que estava a ler ontem à noite?”
Onde – indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Geralmente, refere-se
a verbos que exprimem estados ou permanência (ser, viver, estar, ficar, permanecer,
encontrar-se, achar-se, etc.). Em termos práticos, (onde) pode ser substituído por: em que
lugar, no qual, em que:
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Onde você mora? (o mesmo que: Em que lugar você mora?)
Onde você vai ficar? (= Em que lugar você vai ficar?)
Onde você está? (= Em que lugar você está)
Não sei onde começar a procurar. (em que lugar)
Esta é a piscina onde fui campeão. (na qual, em que)
Onde NÃO deve ser usado em situações em que a idéia de lugar, mesmo que
metaforicamente, não esteja presente:
Tive um sonho onde tu aparecias e me abraçavas.
Naquele tempo, onde os bichos falavam…
Nos exemplos acima a ideia de lugar não está presente, por que os substantivos sonho e tempo
não são lugares. O certo seria usarmos em lugar do advérbio onde, respectivamente, em que e
quando.
Onde, antecedido de: “A” e “De”, produz as formas: Aonde e Donde.
Aonde – destino sem demora. Ex: – Aonde vai tão apressada, tia Rosa?
– Vou ao mercado (à sala; à praia; ao cinema, etc. – regressa nesse mesmo dia)
Donde – proveniência.
Ex: - Donde vens tão satisfeito Vander?
-Do encontro com a Mariana!… (do concerto, da festa, do futebol, etc.)
Para onde – destino com demora.
Ex : Para onde vão com esses mochilas?
Acampar, de férias, de fim-de-semana, etc.)
Por onde – passagem através de.
Ex: Por onde passaste? (vieste?)
Sítio - que foram passagem até um destino (rua, cidade, caminho, país, etc.)
- Querem saber?…
- Onde estou?
- No escritório.
- Aonde vou a seguir?
- À praia.
- Donde vim antes de me sentar a escrever?
- Da sala.
- Para onde vou passar férias?
- Depois conto!
- Por onde vim para aqui?
- Pelo corredor.
B) Aonde é a combinação da preposição [a] + [onde]. A preposição [a] adicionada ao [onde] é que dá ao advérbio interrogativo a ideia de movimento (= lugar a que).
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Na escrita da Língua Portuguesa Clássica, não se distinguia entre onde e aonde: “Nize? Nize? Onde estás? Aonde? Aonde?” (Cláudio Manoel da Costa) Na linguagem coloquial, também, pouca distinção se faz de onde e aonde. Portanto, não é raro, nem estranho, trocar-se onde por aonde. A diferença de pronúncia é mínima, por isso quase não se nota essa troca. É, pois, a linguagem culta moderna que insiste em distingui-los. Se você deseja satisfazer, em sua escrita os padrões da língua culta, procure observar essa distinção.
Aonde – indica a ideia de movimento. Por isso, normalmente, é empregado com verbos de
movimento. Os principais verbos de movimento são: ir, vir, voltar, regressar, retornar, sair, subir, levar, etc. Em termos práticos, (aonde) pode ser substituído por: a que lugar, para que lugar:
Aonde ele foi? (o mesmo que: A que lugar ele foi?) Aonde você vai? (= Para que lugar você vai?) Não sei aonde ir? (= Não sei para que lugar ir) .
C) Donde – é a junção da preposição [de] + [onde]. Usado apenas quando se vem de algum lugar. De modo que pode ser substituído por de que lugar:
“Donde vocês vieram?” (o mesmo que: De que lugar vocês vieram?) “Donde parti?” (= De que lugar parti?) “Donde é que ele veio?” (= De que lugar ele veio?) “Donde vens, aonde vais?” (Castro Alves)
Obs.:Cabe ressaltar, que seguindo a linha dos clássicos, muitos autores modernos não fazem distinção entre as duas formas. Por outro lado, segundo muitos autores e estudiosos, não é correto confundir aonde - que significa: a que lugar; para que lugar ou ao qual - com onde - que significa em que lugar; no qual lugar.
11) Quando Usar Para e Por
A) Para - a preposição “para” indica:
a) Direção: Vamos para o Rio de Janeiro.
b) Finalidade: Ele trabalha para viver.
B) Por - A preposição “por” indica
a) Causa, motivo: Casar por amor.
b) Meio: Recebo por correio.
c) Lugar através do qual se passa: Passar por aqui.
12) ISAR / IZAR
A) Isar - escrevem-se com “S” (ISAR) os verbos derivados de palavras que já possuem o
c) “Foi fácil, para__________, conseguir o emprego”. (C/PAUSA) MIM
d) “Deram um doce para_____________.(FINAL DE FRASE) MIM
e) “Conseguir o emprego foi fácil para__________.”(FINAL DE FRASE) MIM
f) “Tudo acabado entre você (ti) e _______________.”(DUAS PESSOAS) MIM
g) “Não há mais nada entre___________ e ela.” (DUAS PESSOAS) MIM
h) “Entre______pedir e você(ti) atender há uma grande distância”.(DUAS AÇÕES)
EU i) “Vieram até________pedir ajuda”.( PARA) MIM
j) “Todos passarão, até _______.” (INCLUSIVE) EU
k) “Semana que vem, provavelmente vocês estarão sem_________”.
15) Verbo Trazer – Infinitivo
O particípio do verbo “trazer” é muito confundido pela maioria das pessoas no ato da comunicação. O uso de expressões como “Eu tinha trago dinheiro suficiente” é bastante comum. Contudo, ou o indivíduo opta por uma forma, a qual pode não ser a correta ou fica na dúvida: trago ou trazido? O correto é dizer “trazido”, pois essa é a única forma do particípio do verbo trazer. Na língua padrão a forma “trago” não é aceita. Emprego errado: Que bom que você havia trago suas tintas. Nosso cartaz ficou lindo! Emprego correto: Que bom que você havia trazido suas tintas. Nosso cartaz ficou lindo! “Trago” é o presente do indicativo do verbo “trazer”: Eu trago um copo para você. Ou é o presente do indicativo do verbo “tragar”: Eu trago a fumaça dessa cidade! Outro verbo que merece atenção quanto ao particípio é “chegar”. Há uma frase específica mais comum: “Ele tinha chego atrasado.” Este verbo também possui uma única forma de particípio: chegado. a) Ele havia chegado antes da hora prevista. b) Ele tinha chegado para jantar com a esposa. Alguns verbos possuem formas irregulares de particípios e, portanto, admitem duas formas: isentar (isentado ou isento), aceitar (aceitado ou aceito); expulsar (expulsado ou expulso), salvar (salvado ou salvo), suspender (suspendido ou suspenso), eleger (elegido ou eleito), dentre outros. O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante, ou seja, não apresenta mais de uma forma de particípio, como os verbos: salvar (salvado/salvo), aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado/entregue), dentre outros.
O verbo “trazer” e “chegar” apresentam somente as formas regulares do particípio: trazido e
chegado. É comum a associação destes verbos com outros que admitem duas formas de
particípio, o que faz com que o falante acredite estar correto quando diz “Esse sapato foi trago
para mim”. Mais ainda: uma das formas do particípio é idêntica ao presente do indicativo e
deve ser mais um motivo pelo qual há tanta confusão.
Exemplos:
a) Trago na festa quem quiser vir. (presente do indicativo)
b) Ele tinha trago à festa quem pôde vir. (erro no emprego do particípio do verbo “trazer”)
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Outra suposta explicação para o uso de “trago” ao invés de “trazido” pode ser no uso da
primeira pessoa do singular na oração com particípio. O cérebro associa a pessoa do discurso
ao verbo de forma instantânea:
Exemplos:
a) Eu tinha trago minhas roupas para arrumar. (Errado)
b) Eu tinha trazido minhas roupas para arrumar. (Certo)
Da mesma forma acontece com algumas construções com o verbo “chegar”, contudo, menos
usuais.
Exemplos:
Eu tinha chego atrasada. (Errado)
Eu tinha chegado atrasada. (Certo)
Logo, não diga “Eu tinha trago”, diga “ Eu tinha trazido”!
16) Abreviações
Como devemos escrever as horas? A maneira correta de escrever as horas é assim: 18h52. Só
se coloca
min (e sem ponto) quando tiver segundos: 15h42min10. Observaram que não precisou do
"s" também,
não é? A escrita de metro deve ser "m" somente, nada de 10 mts.
Algumas abreviaturas:
h = hora(s), kg = quilograma, m = metro(s).
O ponto só deve ser colocado se a frase tiver acabado.
17) CRASE – é a fusão de dois ou mais sons iguais em um só. Se indica com ( `) e que resulta
da fusão de dois aa, escritos à(s) . Quando falamos de crase queremos significar:
Fusão da PREPOSIÇÂO “a” com o artigo “a”.
Ex: a) Dei a rosa a + a menina. = Dei à rosa à menina.
b) Voltaram cedo a + a cidade = Voltaram cedo à cidade.
Fusão da PREPOSIÇÃO “a” com o “a” inicial dos pronomes demonstrativos: (a,