Previdência tenta cobrir - Coleção Digital de Jornais e ...

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Chiclete no 'black'As caixas de chiclete de bola embarcadas

no navio angolano Joaquim Kapago, anteontem,se destinavam, em princípio, aos tripulantes. Mas,

ao contá-las, os guardas portuários descobriramque se tratava de contrabando. Ao todo, eram 10

mil caixas com 2 milhões e 400 mil chicletes, queseriam vendidos no câmbio negro. (Página 21)

Íbib li ô te c a "púri"';;

.: —— ,feKrrrr-»4»»-SL2_í_?s ^ Pará I

O LIBERALJORNAL DA AMAZÔNIA

SISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Lucidéa MaioranaDiretor-Presidente

DTelexes: (091) 1026e 1825 Telefone: 222.3000-PÁBX

Classificados: 'lelefone: 222.0133Assinaturas: 1 .lefone: 222.7000

Rua Gaspar Viana, 253.

Assinatura Trimestral: NCzS 48,óO ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, sexta-feira, 02 de junho de 1989 N° 22.323 Preço do Exemplar: NCz$ 0,50

Previdência tenta cobrirO Congresso Nacional recebe, ho-

je, medida provisória que eleva as con-tribuições previdenciárias de traba-lhadores e empresas, dobra a alíquo-ta do Finsocial e desvincula os bene-' fícios previdenciários do Piso Nacio-nal de Salários. As contribuições dosassalariados passam a ter três faixas,'entre

8,5 e 11%, em lugar das cinco fai-xas atuais, entre 8,5 e 10%. Nas empre-sas, a média de recolhimento, que hojeé de 20% sobre a folha salarial, pas-sara a ser de 22%. Porém, o impactomaior será o aumento do Finsocial,que terá a alíquota dobrada de 0,5%para 1%. O 'pacote' deverá resultar nu-ma arrecadação adicional de NCz$ 5,7bilhões, cobrindo mais da metade do'rombo' do sistema em 89, segundoavaliação de técnicos da área.

(Página 17)

Entram em vigorportarias que

liberam preçosDesde ontem, o consumidor brasi-

leiro voltou a conviver com o regime deliberdade de preços para uma série deserviços e produtos alimentícios. Deacordo com portarias assinadas peloministro Mailson da Nóbrega e publica-das no Diário Oficial, foram liberados,' entre outros, os preços dos aluguéis re-sidenciais e comerciais, honorários mé-üicos, massas, óleos vegetais, biscoitos,sucos, xaropes, e inseticidas e raticidasde uso doméstico. Também, ontem, ogoverno concedeu um novo aumento de17,71% para as passagens aéreas, no ter-ceiro reajuste do ano depois do PlanoVerão. (Página 15)

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NESTA EDIÇÃOTrês acertam a quinaAS DEZENAS sorteadas ontem são as se-guintes:02 11 35 86 92

Jornal dos BairrosHOJE: Ananindeua, leoaraci, Ou-

teiro, Coqueiro, Cidade No-va, Marambaia e Bengui

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Só três apostadores conseguiram fazer a qui-na do concurso 617 da Loto. Cada um vai re-ceber, já descontado o Imposto de Renda, o

- prêmio de NCz$ 172.708,02. (Página 2)Remo tenta trazer ZenonZENON, atualmente jogando no Guarani de

• Campinas, está de novo nas cogitações doClube do Remo. (Página 12)SEM ABRIR mão dos jogadores do Rio, aCBF convoca, hoje, a Seleção Brasileira queenfrentará Portugal no próximo dia 8.

(Página 12)GEOVANI, do Vasco da Gama, está pratica-mente vendido ao Bologna, por US$ 5,2 mi-lhões, enquanto o PSV, da Holanda, anunciouque não vai liberar Romário para a CopaAmérica. (Página 10)A descoberta dos índiosO PESQUISADOR Otávio Chaves, do Idesp,disse ontem que a área indígena do Cumina-panema, em Óbidos, foi descoberta por umaequipe de técnicos do Instituto, em 1975, e nãopela Funai. Fiorello Parise, assessor da Fu-nai, classificou de "improcedente " a afirma-ção e disse que a Fundação tomouconhecimento da existência de índios no Cu-minapanema em 1973. (Página 5)Paradas seletivasDESDE ontem, os usuários dos ônibus quetrafegam pela avenida Presidente Vargas jádispõem de cinco paradas seletivas. Alémdas três já existentes, foram implantadas pa-radas em frente à agência do Banpará e aoedifício Palácio do Rádio. (Página 4)

\ A importância do verdePRESERVAR o verde e os prédios antigos éfundamental para Belém, disse ontem o pes-

, quisador da USP, Benedito Lima de Toledo,durante o debate sobre a "Pressão urbanae impactos ambientais". (Página 5)

MaréS êlfT Mosqueiro Salinase Outeiro ^

Preamar 09:23 c 22:16 09:00 e 21:49 06:08 e 18:47Baixamar 01:40 e 17:22 03:22 e 16:13 00:15 e 12:53

IClTipO Belém, parcialmente nu-blado a nublado com chuvas isoladas. Tem-peratura estável. Máxima de 31 a 33 emínima de 22 a 24. Ventos Nordeste fracos.Visibilidade boa.

HOJE:58 páginas em cinco cadernos

* Aqui Belém * Jornal da Loto: Turismo

Cruz diz quenão Mou

em 'covarde'O comandante militar do

Planalto tem mais oito diaspara decidir se o general dareserva e ex-chefe da Agên-cia Central do Serviço Nacio-nal de Informações, NewtonCruz, será punido ou não, porter feito críticas ao ministrodo Exército, Leônidas Gon-çalves. Ontem, Newton Cruzesclareceu que não chamouo ministro de "covarde", co-mo os jornais publicaram,ainda que considere ter havi-do omissão por parte de Leô-nidas, que não o teria apoia-do depois que ele, Newton, foiacusado de envolvimento di-reto na morte do jornalistaAlexandre von Baumgarten.Ontem, o ex-presidente JoãoFigueiredo visitou seu irmãoEuclydes e, à saída, nada fa-lou aos jornalistas.

(Página 13).

No shoppingde O LIBERAL

Na Mesbla, o brinquedoé levado a sério. E se alguémconseguir provar que exis-tem preços de alguns dosbrinquedos apresentadosmais baratos em outras lojasvai levar o presente de gra-ça para casa.

Mais 9 faltosos podemter mandatos cassados

Seus nomes ainda estãosendo mantidos sob rigoro-so sigilo, mas nove deputa-dos federais estão na imi-nência de ter seus manda-tos cassados por excessode faltas, a exemplo doque aconteceu, anteon-tem, com Felipe Cheidde(PMDB-SP) e Mário Bou-chardet (PMDB-MG). On-tem, os integrantes da Mesa

da Câmara tentavam en-trar em contato com essesnove parlamentares , paraadverti-los do risco que es-tão correndo e para evitarque a ação moralizadoradesencadeada pela Casaatinja proporções indese-jáveis.

A febre de moralização,aliás, já se estende a diver-sos pontos do país. Em Be-

lo Horizonte, os vereadoresdecidiram por unanimida-de cortar uma ajuda de eus-to estipulada em NCz$ 2 milpara a aquisição de ternospara os parlamentares. EmRecife, a Mesa da Assem-bléia Legislativa tambémvai agir com rigor para con-trolar a freqüência dos de-putados e punir os faltososcontumazes. (Página 13)

Newton Cruz, que aparece com os netos, diz que não chamou Leônidas de 'covarde'. O general Leônidas ao sair, ontem, do Palácio do Planalto.

Sabotagemna posse

de CristianiO novo presidente de El

Salvador, Alfredo Cristiani,tomou posse, ontem, emmeio a um boicote dos trans-portes públicos e torres decondução de energia — quedeixou sem eletricidade 90por cento do país — decreta-do pela guerrilha esquerdis-ta. Alfredo Cristiani, daAliança Republicana Nacio-nalista (Arena), sucedeu Jo-se Napoleon Duarte. Em seumandato de cinco anos, o no-vo presidente terá como prin-cipal tarefa derrotar ou ne-gociar o cessar-fogo com aguerrilha esquerdista daFrente Farabundo Marti,que há nove anos tenta con-quistar o poder no país.

(Página 20)

Jovem morreesmagada porsaca de açúcar

O governo do presidenteRaul Alfonsin não conseguiucontrolar, ainda, a crise dopaís que fez várias mortes.As padarias de Buenos Airesfecharam as portas exigindoaumento nos preços do pão;há escassez de alimento e dedinheiro — o Banco Centralcriará a nota de 50 mil aus-trais, para ampliar o limitedos saques nos bancos quenão podem pagar chequessuperiores a 20 mil austrais.Ontem, em Tucuman, umajovem de 19 anos morreu es-magada por uma saca decinqüenta quilos de açúcarderrubada por saqueadoresem um armazém.

(Página 20)

A chuva de ontem atrapalhou o ato público dos estudantes em defesa da Amazônia e da Uni-versidade. Mas os que foram ao CAN atacaram forte o governo federal. (Página 5)

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Efipt u4__H ' '

A entrega das casas do conjunto Cidade Nova VIII pelaCohab vem recebendo<:ríticas. Várias residências estãoabandonadas ou foram saqueadas por ladrões. (Página I)

Sarney quer evitar aindicação de Melton

O presidente José Sar-ney está mesmo disposto aopor resistência à indicaçãodo diplomata Richard Mel-ton para chefiar a Embaixa-da dos Estados Unidos noBrasil. A

"disposição de Sar-

ney resulta das acusações doex-preso político pernambu-cano, Ricardo Zaratini, deque teria sido interrogadopor Melton, quando este ser-via no consulado dos EUAem Recife, no final da déca-

Cadáver dobebê sumiu do

necrotérioNeuza Costa Silva, 19

anos, há cinco dias deu à luzuma criança no Hospital dosServidores do Estado. A crian-ça precisou ficar internadopor causa de complicações noparto. Anteontem, ao voltar aohospital, Neuza foi informadaque a criança havia morrido.Só que o cadáver sumiu do ne-crotério. A polícia está invés-tigando a possibilidade docorpo ter sido jogado num sa-co de lixo. (Página 22)

da de 60.O ministro interino das

Relações Exteriores, PauloTarso Flecha de Lima, foi in-cumbido de usar sua capaci-dade de persuasão paraevitar a nomeação de Mel-ton. O diplomata norte-ame-ricano ja foi acusado de in-terferir nos assuntos internosda Nicarágua, quando eraembaixador neste país.

(Página 3)

Estudantesse rendemà PolíciaUm grupo de 60 estudan-

tes da PUC do Rio Grande doSul, que mantinha como re-féns três professores, resol-veram entregar-se à Poli-cia na madrugada de ontem.Eles retiveram por 12 hs ostrês professores, porque es-tes integravam comissão deinquérito formada para apu-rar o envolvimento de 11 alu-nos na ocupação do restau-rante da PUC. (Página 2)

HOJE - 21:30

O seqüestro dos três luncionórios daBraspetro. A aventura do repórter CocoBarcellos para chegar até o esconderijo,

nas montanhas da Colômbia. O encontrocom os guerrilheiros do Exército de Liber-

tação e o emocionado depoimento dosseqüestrados. Fm imagens exclusivas.Globo Repórter, hoje, nove e meia da

noite.

(SiTV LIBERAL

2 CIDADES O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

Curupaiti e Cotijubasão beneficiadas comrecursos do FundecDois projetos foram aprovados pela diretoria do Ban-

co do Brasil e que beneficiam comunidades carentes do in-terior do Pará com recursos do Fundo de Desenvolvimentoa Comunidades, o Fundec. São as vilas de Curupaiti e Coti-juba, respectivamente, municípios de Bragança e Belém,o primeiro projeto da ordem de 27.500 cruzados novos e osegundo de 46.000 cruzados novos.

CurupaitiEsses recursos vão ser administrados por entidades co-

munitárias. Em Curupaiti, o Centro Comunitário vai cons-truir um posto de saúde para atendimento médico àpopulação da vila e habitantes de localidades vizinhas si-tuadas na zona ribeirinha do rio Piriá, tendo, inclusive, umapequena sala de cirurgia. Será construída a sede do Con-selho Comunitário com salão para todo tipo de evento, se-cretaria e copa; um armazém para guarda de produtosagropecuários com perspectivas de melhores preços; com-pra de um trator; montagem de uma olaria comunitáriapara produção anual de 2.500.000 peças de telhas e tijolosde barro cozido, aí envolvendo 18 famílias que se dedicama essa atividade; implantação de horta comunitária em ter-reno já adquirido com objetivo de melhorar o padrão nu-tricional, para mudar o hábito alimentar da população ereverter uma situação de aquisição de produtos hortigran-jeiros em outros centros de produção. A vila tem uma po-pulação de 2.500 pessoas, das quais 1.000 estão na área ruralproduzindo arroz, milho, mandioca e feijão.

CotijubaOs recursos para Cotijuba serão gerenciados pela di-

retoria da Associação dos Moradores da Ilha de Cotijubae ilhas adjacentes. A população da ilha na área urbana éde 500 pessoas e na rural, 900. Também há uma colônia depescadores que se dedicam à pesca artesanal com baixaprodutividade. Os produtores rurais também têm baixa pro-dutividade O projeto financiado pelo Fundec do BB destina-se a criar condições para aumento da produtividade. Vaiser adquirido um trator e uma embarcação para transpor-te regular do que for produzido e pescado, estimulando au-mento e a atividade, porque, hoje, existe a incerteza de levaros produtos aos centros de consumo. Esses recursos tam-bém se destinam à armazenagem da produção, através daconstrução de um armazém, fábrica racional de farinha demesa e construção de uma sede para reuniões da Asso-ciação.

DARIO VALADARES MARTINS7° DIA - MISSA - AGRADECIMENTO - CONVITE

Maria Adelaide, José Maria, Dário Jr., Luís e espo-sa, Dênis e Maria Helena, esposa, filhos, nora e amiga,agradecemos de todo coração a todas as pessoas que deuma forma ou de outra nos confortaram na nossa grandedor; aos amigos médicos dra. Nilza Ney, dr. Alberto Car-neiro e dr. Maiolino a nossa eterna amizade e gratidão.E convidamos para orarmos juntos pela paz espiritual donosso querido DÁRIO, dia 2, hoje, às 19:30 horas na ca-pela de Santo Antônio de Lisboa, na praça BatistaCampos.

Antecipamos nossa gratidão.

JOSÉ DÔ AMARAL SÁMISSA DO 7? DIA-CONVITE

Esposa, filhos, nora, genros e netos, daquele que em vidase chamou José do Amaral Sá, ainda imersos em profundador com a perda deste ente querido, convidam para a Missa do7?Dia, que mandarão celebrar em sufrágio de sua alma na Ca-pela do Rosário da Campina, às 18:00 h, do dia 02.06.89.

Antecipadamente agradecem a todos que participarem desteato de fé cristã.

ADELINA MERCÍS MONTEIRO(DINDA)

MISSA DO 30.° DIA — CONVITE"Deus a levou para não deixar que

o mal lhe corrompesse a inteligência,nem a falsidade lhe seduzisse a alma,porque sua vida agradava ao Senhor.Este, sem mas espera de um mundo per-verso, a retirou".

Maria de Nazareth Monteiro Lima, Naher Monteiro,Hildene Monteiro, Elizabeth Monteiro, Jorge Monteiro, ir-mãos, cunhados e sobrinhos da inesquecível e amadaADELINA MERCÊS MONTEIRO, ainda imersos em pro-funda dor e saudade pelo desaparecimento deste entequerido, convidam os parentes e amigos para assistiremà Santa Missa que em sufrágio de sua alma será celebra-da amanhã, dia 3 de junho, na igreja dos Capuchinhos,às 6:30 horas. Antecipadamente agradecem a todos quecomparecerem a esse ato de fé cristã.

IMAHIDE RIBEIROMISSA DO 7? DIA

AGRADECIMENTO — CONVITEÁurea Garcia Mendes Ribeiro e es-

poso, Celina Garcia Ribeiro e José Ta-vares Ribeiro Jr., irmãos e cunhado deNAHIDE RIBEIRO, ainda imersos naprofunda dor causada pela perda des-se ente querido vêm, pelo presente, con-vidar seus parentes e amigos para amissa do 7? dia, que mandam celebrar,hoje, dia dois, às 18 horas, na Capelade Santo Antônio de Lisboa.

Antecipadamente agradecem a to-dos que comparecerem a esse ato de fée piedade cristã.

Estudantes que mantinham trêsprofessores reféns se rendem

Porto Alegre (AG) — Depois de 12horas mantendo três professores comoreféns, um grupo de 60 estudantes daPUC entregou-se ontem de madrugadaa Polícia, para evitar a prisão em fia-grante por seqüestro e cárcere priva-do. Ás 4 horas, com a chegada de umaequipe de 16 homens do Grupamento deOperações Especiais da Polícia Civil ede outros 20 soldados da Brigada Mili-tar, os estudantes desistiram do protes-to que mantinha preso desde às 15 horasdo dia anterior os professores que inte-gram uma comissão de inquérito cons-tituída pela reitoria da Universidade,para apurar, o envolvimento de 11 alu-nos na ocupação do restaurante univer-sitário, no último dia 13 de março.

Os estudantes ocuparam a sala 302do Centro Desportivo da PUC a partirdas 15 horas, quando se instalava a co-missão de inquérito. A reivindicação, de

extinção da comissão ou suspensão deseus trabalhos por 21 dias, não foi aten-dida pela reitoria nas 12 horas seguin-tes, em que uma comissão deprofessores da escola de Direito tentouintermediar as negociações. Ficaramdetidos entre os estudantes, sentados aum canto da sala tomando chimarrão,o pro-reitor de Assuntos Universitários,João Carlos Gasperin, e os professoresde Direito, Vilmar Fontes e Renato Ma-tiazzo.

Juntamente com a advogada dosestudantes, Wanda Siqueira e o repre-sentante dos alunos na comissão, Ale-xandre Stolte, eles iniciaram a tomadade depoimento dos acusados de teremocupado o RU no dia em que a Reito-ria reajustou o preço das refeições.

Com sucessivas reuniões e peque-nas assembléias, os estudantes na ma-

Agente da CFP nega asdenúncias de Giovanni

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Venda deContratosPóstumos

O agente regional da Companhia deFinanciamento da Produção no Pará,Moacir da Cruz Rocha, disse ontem que"as informações passadas ao deputadoestadual Giovanni Queiroz não corres-pondem à realidade dos estoques doGoverno Federal depositados nos mu-nicípios de Conceição do Araguaia, Xin-guará, Redenção, Tucumã e Marabá.Ao longo da existência da Companhiade Financiamento da Produção, nuncase registrou apodrecimento de grãos doGoverno Federal, armazenados nesteEstado. Até 1989, a Companhia Brasi-leira de Armazenamento — Cibrazem,era a responsável por essa tarefa ten-do, pela política de privatização do se-tor, transferido todas suas unidades nointerior para a Renascença ArmazénsGerais Ltda. a partir de janeiro de1989".

Segundo Moacir, todos esses produ-tos sob guarda e responsabilidade daArmazenadora são fiscalizados regu-larmente pelo Banco do Brasil, que éo Agente Financeiro da Companhia deFinanciamento da Produção e até ho-je, pelos laudos de vistoria realizadosregularmente, todos os produtos estãoem condições para o consumo."Desde as três últimas safras",acrescentou, "temos dado prioridade dedeixar os produtos adquiridos no inte-rior depositados nos próprios municí-pios produtores. Para que, quando davenda na entressafra, os adquirentes te-nham opção de compra local, o que evi-ta custos maiores para o governo, queteria que arcar com despesas de frete,e também para o comércio local quepara se abastecer, seria obrigado a sedeslocar para outros centros de comer-cialização". ^.. . .1

Companhia de Financiamento da Pro-dução atue com regularidade a cadasafra agrícola, atuação que sua exce-lência o deputado Giovanni Queiroz jádesfrutou como produtor rural, reali-zando vendas de milho em grãos ao Go-verno Federal. Embora não tenhamoscontado até então com as sugestões oucríticas do parlamentar, no estabeleci-mento de ações que beneficiassem o se-tor agrícola do sul do Pará, tomamosante a ação de diversos políticos daque-Ia região algumas providências. Nãopermitimos a realização de vendas dosestoques da CFP no Pará nas épocasque o produtor rural estivesse colhen-do sua safra. Os produtos adquiridos fi-cam armazenados prioritariamentenos municípios produtores e na entres-safra são ofertados através de vendasrealizadas em Belém pela Agência daCompanhia".

O produto paraense, esclareceu oagente da CFP, deve atender o Estadodo Pará o excedente, quando houver, po-dera ser negociado com outros Estados.

A Companhia de Financiamento daProdução é uma empresa aberta, cons-ciente do seu papel e da responsabili-dade que tem na gestão da coisapública, a Agência do Pará com 13 ser-vidores, conduz suas atividades nos pa-râmetros de seriedade, e transparênciaem todos os seus atos".

Disse Moacir que os armazenado-res estão autorizados a permitir a vi-sita das lideranças políticas dosmunicípios para tomarem conhecimen-to das condições em que se encontramos produtos do governo adquiridos emsuas localidades.

Na execução do nosso trabalho.Mpaqjr da Cruz.Rocha acrescentou

" julgamos ser imprescindível a partici

que "'estoque re'rria__escent_ é resulta

do de safras anteriores. Quanto à ven-da desses produtos, lamentavelmentenão tivemos oportunidade de nenhumcontato com o deputado Giovanni Quei-roz para discutirmos o assunto, embo-ra. nas suas áreas de atuação, a

pação de todos os segmentos interessa-dos de forma democrática e respon-sável, todos estamos mobilizados paraa crítica e a revisão de nossa ação co-mo executores da Política de Garantiade Preços Mínimos no Estado do Pará",finalizou Moacir da Cruz Rocha.

Guerreiro registra naCâmara 'Dia do Geólogo'

Brasília — O Dia do Geólogo,transcorrido em 30 de maio, foi lem-brado anteontem na tribuna da Cama-ra Federal pelo deputado GabrielGuerreiro, que aproveitou a oportuni-dade para homenagear e congratular-me com um geólogo que foi eleito pe-Ia comunicade universitária e nomea-do pelo presidente José Sarney paraser o novo reitor da Universidade Fe-deral do Pará — Nilson Pinto de Oli-veira."Uso esta tribuna paracongratular-me com os meus compa-nheiros geólogos, hoje, no dia 30 demaio, quando é comemorado o Dia doGeólogo e aproveito para, em nomedesses geólogos, congratular-me emprimeiro lugar com esta Casa que te-ve a lucidez, durante a Constituinte,de nacionalizar o subsolo e a minera-ção brasileiros. Quero congratuçar-me, também em nome desses geólo-gos, com o grande estadista Jusceli-no Kubitschek, que teve a antevisãodo futuro, em 57, ao incentivar a for-mação de geólogos neste país, de cu-ja campanha todos os geólogosbrasileiros somos fruto", afirmou

Guerreiro.Disse ainda o deputado: "Quero

homenagear de modo particular, nes-ta data, um companheiro geólogo queacaba, não só de ser eleito pela sua co-munidade, pelos professores, pelosalunos, pelos funcionários da Univer-sidade Federal do Pará, mas acaba deser nomeado pelo presidente da Re-pública para ser o novo reitor. É a pri-meira vez que temos a honra decolocar um companheiro da Univer-sidade Federal do Pará, um geólogocom um currículo exemplar, inveja-vel, que começou em 1973 e terminouem 84 como professor titular na uni-versidade, depois de fazer um cursode graduação, de mestrado e um cur-so de doutorado na Alemanha, e terexercido um grande número de car-gos na universidade".

Guerreiro agradeceu às banca-das do PMDB e do PDS na CâmaraFederal pelo apoio à nomeação de Nil-son Pinho de Oliveira, para reitor daUFPa, bem como ao ministro da Pre-vidência Social.

Sindicato dos Bancárioscontra-ataca em Recife

Recife (AG) — Numa entrevista nasede do Sindicato dos Jornalistas dePernambuco, o presidente do Sindica-to dos Bancários, Marcos Pereira, de-nunciou ontem, irregularidades admi-nistrativas que teriam sido praticadaspela diretoria anterior da entidade, quesegundo ele somam atualmente apro-ximadamente NCz$ 100 mil.

Pereira disse no começo da entre-vista que a divulgação do relatório nãotinha nenhum objetivo de contrabalan-çar o noticiário da imprensa, já quetambém estava marcada para ontem adivulgação dos envolvidos na fabrica-ção de bombas na sede da entidade, eque a revelação dessas irregularidades— um compromisso de campanha —coincidiu com o final do inquérito po-licial.

Acompanhado de vários membrosda diretoria, Marcos Pereira relacionoucomo irregularidades a compra fictíciade gasolina para veículos do sindicato,abuso nos gastos das despesas de repre-sentação da antiga diretoria, alista-mento sindical de pelo menos 243serviços prestados de funcionários, fe-rindo a CLT e a contratação de pelo me-nos três jornalistas para serviços deassessoria de imprensa, mas não revê-lou seus nomes alegando que ainda nãodispunha de documentos que pudessem•provar as suas contratações irre-

gulares.O presidente e o vice-presidente an-

tigos do Sindicato dos Bancários, Seve-rino Hélio e Miguel Lapenda não foramlocalizados ontem, no Recife.

InquéritoRecife (AG) — O delegado de Poli-

cia Política e Social, José de Melo, nãopôde cumprir a promessa que fizeraaos jornalistas segunda-feira, de enviarontem à Justiça o relatório final do in-quérito que apurou a explosão de umabomba na agência do Bradesco dia 25de abril último: o governador MiguelArraes decidiu ler o documento antesde a Secretaria de Segurança enviá-loao juiz Gilberto Gondim, a fim de se in-teirar da linha de acusação que o poli-ciai faz na peça, o que terminou porretardar para hoje a remessa do do-cumento.

O policial disse ontem, que desdequarta-feira concluiu o texto do seu re-latório, entregando-o ao diretor doDOPS, delegado José Belém, que oapresentou ao secretário de segurança,Almeida Filho, que ontem à tarde foichamado ao Palácio das Princesas porArraes que desejava ler o texto antesde ser entregue à Justiça: o delegadoJosé de Melo não disse quem indiciou,insistindo em que o próprio secretáriofaria hoje a comunicação à imprensa.

drugada, tentavam obter da reitoria ocompromisso e que o grupo, inicialmen-te com mais de cem estudantes, nãofosse punido pela manifestação. Às3h30min o reitor Norberto Rauch encer-rou as negociações, que vinham sendofeitas através de um telefone interno, eautorizou a entrada de força policial no"campus". Comandados pelo delegadoSérgio Abib, do Centro de Operações, oaparato assustou os estudantes que lo-go desistiram de manter os professorescomo reféns.

A reitoria, através do advogado Ro-que Bregalda, prometeu abrir novo in-quérito administrativo. O reitor, numúnico e breve contato com a imprensa,considerou a rebelião dos alunos um"ato de barismo" e disse que a PUC nãopoderia ficar imóvel quando sua auto-ridade era desafiada.

Collor nãoquer receber

apoio do PSDBrasília (AE) — Fernando Collor

de Mello, candidato à sucessão presi-dencial pelo PRN, não autorizou nin-guém a negociar e não quer o apoio doPSD, muito menos participar do seuprograma de televisão, disse ontem oassessor de imprensa do ex-governadorde Alagoas, Cláudio Humbertoi.

— A companhia de pessoas comoo ex-ministro César Cais não é nadaagradável — comentou o assessor,acrescentando que, se o "PSD" faz a ca-beca do ex-presidente João Figueiredo,não faz a cabeça de Collor".

O assessor parlamentar do candi-dato e responsável pelas articulaçõesde apoio ao PRN, deputado Renan Ca-lheiros (AL), é menos incisivo. No seuentender, qualquer adesão de integran-tes do PSD deve ser analisado indivi-dualmente. Ele não descarta, porexemplo, que Collor venha a aceitar umeventual apoio do ex-presidente JânioQuadros, que seria candidato pelo PSD.

Segungo Calheiros, se o PRN acei-tasse todas as adesões que se desenhamhoje nos meios políticos, teria a segun-da bancada do Congresso Nacional."Vamos estudar todo o tipo de apoiocom muito cuidado para não descarac-terizarmos a candidatura, lemos muitotempo. Só precisamos de número maiorde deputados, por exemplo, em setem-bro, para ampliarmos o nosso tempo nohorário gratuito de TV. Até lá, vamostrabalhar lenta e cautelosamente".

Para o deputado, se Collor aceitas-se participar do programa de TV doPSD, "banalizaria" seu espaço na mi-dia eletrônica e estaria em companhiasbastante incômodas, como a do CésarCais. Hoje o PRN'conta com apenas'6'deputados e dois senadores. Collor pre-tende ter pelo menos 10 minutos no ho-rário eleitoral. Para isto, o PRN temque somar até setembro um mínimo de21 deputados.

— O momento — diz Calheiros —é de planejar a campanha, consolidaro espaço na mídia criando fatos sem apreocupação de adesões ou de fazer umcomício atrás do outro. Ainda estamosmantendo a curva de crescimento nosíndices das pesquisas.

Manifestações pró-JãnioSão Paulo (AG) — O ex-prefeito Jâ-

nio Quadros autorizou, ontem, o "Mo-vimento Popular Jânio Quadros"(MPJQ) a promover, a partir do próxi-mo dia 8, em todo o Brasil, uma sériede manifestações públicas em favor desua candidatura à Presidência da Re-pública. A informação foi prestada on-tem pelo coordenador do MPJQ de SãoPaulo, Wilson Pereira, que negou, en-tretanto, que Jânio já começa a recon-siderar a retirada da sua candidatura,que fez no último sábado, alegando pro-blemas de saúde.

Conversei com Jânio pelo telefonee lhe disse que estamos organizandouma grande mobilização nacional pe-Ia sua candidatura. Jânio disse que nãose opõe e que estávamos liberados pa-ra fazer o que quiséssemos — disse Wil-son Pereira.

As manifestações terão início nopróximo dia 8, a partir de São Paulo.Ontem, Pereira reuniu no MPJQ 40 li-deres do movimento janista na capitalpaulista para decidir a mobilização. Se-gundo ele, esse grupo lidera 1.818 janis-tas em todas as regiões da cidade. Otrabalho de distribuição de material decampanha será realizado por 600 volun-tários no centro de São Paulo todos osdias das dez às 12 horas. Sua pretensãoé a de distribuir diariamente dois mi-lhões de material de propaganda poli-tica, relançando a candidatura de JânioQuadros à Presidência da República.Esse material, composto de faixas, pai-néis, adesivos, chaveiros e impressos,já está pronto.

Hoje, Pereira irá a Brasília reuniros janistas para discutir as manifesta-ções na capital federal.

Seqüestro naColômbia estáperto do fimBrasilia (AG) — O seqüestro dos

brasileiros na Colômbia está perto dofim, segundo avaliação feita pela em-baixada do Brasil em Bogotá e trans-mitida ontem ao Itamaraty. Osdiplomatas consideraram arriscado fa-zer qualquer previsão sobre prazos,mas diziam que os indícios eram pro-missores e que poderia haver um des-fecho positivo nos próximos dias.

Ninguém entrou em detalhes sobreas negociações, mas de acordo com umdiplomata, toda a evolução do caso erapositiva, o que levava a prever que o fi-nal também seria. Segundo esta fonte,a presença de sindicalistas brasileirosna Colômbia certamente estava tendoboa influência no caso. A embaixada doBrasil sabia da presença dos sindica-listas na Colômbia, mas não os estavaacompanhando. E, de acordo, com oItamaraty, continuava desenvolvendotodos os esforços para que os brasilei-ros fossem libertados.

Três apostadoresfazem quina da Loto

Brasília (Sport Press) — Três apostadores — umde Belo Horizonte, um de Osasco, em São Paulo,e outro do Meier, no Rio, — conseguiram acer-tar a quina do concurso 617 da Loto. Cada um re-cebera a importância de NCz$ 172.708,02, -descontado o Imposto de Renda. As dezenas fo-ram 02 -11 - 35 - _6 e 92 sorteadas nesta quinta-feira, no Caminhão da Sorte, instalado em Nite-rói, no Rio de Janeiro.

A quadra premiou 367 apostas, cabendo a ca-da uma a quantia de NCz$ 1.411,79 enquanto o ter-no pagará o rateio de NCz$ 29,35 para cada umdos 23.542 acertadores.Os ganhadores da quadra estão assim distri-buídos por Estados: Alagoas - 2; Amazonas - 4;Bahia — 22; Brasília - 6; Ceará - 6; Espírito San-to-7; Mato Grosso do. Sul- 2; Goiás —10; Mara-nhão - 2; Mato Grosso - 7; Minas Gerais - 39;Pará - 4; Paraná - 26; Pernambuco - 5; Piauí -

4; Rio Grande do Norte - 2; Rio Grande do Sul-20; Rio de Janeiro-41; Santa Catarina-9; SãoPaulo -145 e Sergipe - 4.No terno, a divisão foi esta: Alagoas - 217;Amazonas - 218: Bahia -1.382; Brasília - 787- Cea-rá - 400: Espírito Santo - 375; Mato Grosso do Sul217; Goiás - 527; Maranhão -167; Mato Grosso -237; Minas Gerais - 2.472; Pará - 352; Paraíba-128-Paraná -1.123- Pernambuco - 628; Piauí -

151; Rio Grande do Norte -132; Rio Grande doSul -1.497' Rio de Janeiro - 3.230; Santa Catari-na - 477; São Paulo - 8.637 e Sergipe - 188.Concurso 618

As apostas para o concurso 618 da Loto. cujosorteio será no domingo, às 16 horas, na cidadede Rio Bonito (RJ), terminam também nestasexta-feira, nas oito capitais (Rio de Janeiro, Be-lo Horizonte, Recif^ Salvador, Distrito Federal,Porto Alegre, Curitiba e Florianápolis), justa-mente com a Sena (concurso 64) e Loteria Es-portiva (teste 963).

SenaOs apostadores terão, hoje, sua última chan-

ce de concorrer ao prêmio de NCz$ 2 milhões e500 mil da Sena principal do concurso 64, que fi-cou acumulado no último concurso em nCz$934.128,57. As apostas serão feitas em oito capi-tais — Rio de Janeiro, Belo Horizonte, DistritoFederal, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis,Recife e Curitiba.

As senas anterior e posterior também estãoacumuladas em NCz$ 311.376,00 e a previsão pa-ra cada uma é de um prêmio superior a NCz$700mil. O sorteio sera realizado na próximasegunda-feira, às 9 horas, no Caminhão da Sor-te, instalado na cidade de Rio Bonito (RJ).

CURSO MORGADO"O melhor em concurso público"

Você sabia que no último concurso da CEF, 85% dos apro-vados fizeram o CURSO MORGADO? E do da SEFA, 88%eram nosso? Pois é. Agora, para este concurso da SEGUP,vamos preparar candidatos para os cargos de DELEGADODE POLÍCIA, INVESTIGADOR, ESCRIVÃO e PAPILOSCO-PISTA, esperando que você seja um dos aprovados.

End.: Av. Alcindo Cacela, 1531,. entre Gov. José Malchere Magalhães Barata. Fone: 225-0615.

TIAGO LANÇA LIVRO NA"BEER HOUSE", EM CASTANHALAcontecerá no próximo sábado, dia 3, em Castanhal, na dancete-

ria "Beer House", às 17 horas, o lançamento oficial do primeiro livrode poemas do jovem escritor Manoel Marques Tiago, intitulado "UmGrito de Amor e Silêncio ò Procura da Paz", que será posteriormentelançado em outras regiões brasileiras.

A obra, há muito tempo aguardada com ansiedade, por sua po-derosa força de expressão, é considerada por seu autor como "um Ü-belo humilde de paz e esperança no dia seguinte, na transformaçãodo homem pelo homem, para um mundo cada vez melhor".

Na oportunidade do lançamento, o escritor, cearense, de 22 anos,estará autografando, em coquetel, a obra, em solenidade especial deestréia, na qual, segundo Manoel Marques Tiago, espera contar coma presença de membros da Academia Paraense de Letras e de autorí-dades da Capital e da "Cidade Modelo" e de pessoas que apreciam"toda forma literária de fé, que busca nobres ideais, focalizando apaz e o amor, principalmente transformada em poesia".

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"O MUNDO DO PETELECO",tem a honra de convidar os pais, alunos,

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de participarem da missa em homenagemaos seus

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Data: 03/06/89Hora: 10:00 horas

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Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989 O LIBERAL CIDADES 3

Sarney orienta o Itamaraty arejeitar indicação de Melton

Brasília (AE) — O presidente JoséSarney determinou ontem ao Itama-ráty, na pessoa do ministro interino dasRelações Exteriores, Paulo Tarso Fie-' xji de Lima, que use toda sua capaci-dade de persuasão para evitar que oGjoverno norte-americano indique comoetnbaixador no Brasil o diplomata Ri-char Melton. Se isso ocorrer, Sarneyameaça ampliar a briga diplomáticaentre os dois países, começando por darum "gelo" no embaixador, que poderiaficar até meses numa longa liste de es-pera até ser recebido oficialmente pe-ló governo brasileiro.

Ao contrário do que deseja o Itama-raty, Sarney comunicou a Flexa de Li-ma que não pretende se envolverdiretamente num assunto que deve serconduzido pelos diplomatas brasileiros.Mas não escondeu o seu descontenta-mento- com o nome» de Melton, citadoem acusações de que já teria partici-' pado de sessões de tortura de brasilei-ros na época da repressão política, emRecife. Mesmo que as acusações não se

comprovem, não agradou também aSarney a qualidade de diplomata, quejá serviu na Nicarágua.

Na prática, a indicação de RichardMelton, na interpretação de assessoresdo presidente, representa uma retalia-ção do governo do presidente GeorgeBush à política externa brasileira. Ecoincide, além das tradicionais diver-gências na área comercial, com o anún-cio do restabelecimento das relaçõesdiplomáticas entre Brasil e Coréia doNort, tradiconal rival dos EstadosUnidos.

A palavra "bom senso" foi váriasvezes usada por Sarney, ao instruir Fie-xa de Lima, como parte das recomen-dações para convencer o departamentode Estado Norte-Americano a não aze-dar ainda mais as relações Brasil-Estados Unidos. Segundo revelou umafonte do Palácio do Planalto, a notíciasobre a provável indicação de Meltonnão apenas causou constrangimentos,como também representou um durogolpe na política externa do presiden-

te Sarney.

Melton nega

Cantores brasileiros eSting defendem natureza

Rio (AE) — O cantor inglês Sting ecineasta Jean Pierre Dutilleux, presi-

dente da Fundação Mata Virgem, estãodesde ontem no Rio de Janeiro, em com-panhia do cacique Raoni. Sting, que da-rá coletiva hoje, no Hotel CopacabanaPálace, gravará à tarde com os cantoresMilton Nascimento, Caetano Veloso, Gil-berto Gil e Gal Costa a participação bra-sileira de 14 minutos que serátransmitida ao vivo, amanhã, às 15 ho-ras, dentro do evento "Our Common Fu-ture", no mesmo momento em que outros100 países receberão as imagens doprograma.

Até quarta-feira à noite, a TV Globohavia se comprometido a transmitir a ce-lebração que pretende alertar cerca de

bilhão de terráqueos sobre os riscos queameaçam a vida do planeta e de seus ha-

. bitantes. No último momento, alegandorazões técnicas e prazo exíguo, a emis-sora carioca eximiu-se de colaborar. Emcontrapartida, a TV Cultura de São Pau-Io, imediatamente colocou-se à disposi-ção dos organizadores do evento no

Brasil, e as imagens, todas ao vivo e cen-tralizados no Lincoln Center, em NovaYork, poderão ser vistas ao menos pelospaulistas. A TVE do Rio que estava sen-do contactada, ontem, para dar a suacontribuição, ainda não tinha dado aresposta.

O "Our Common Future" — "NossoFuturo Comum" tem de cinco a sete ho-ras de duração, dependendo de imprevis-tos comuns quando se trata detransmissões ao vivo. Ele nasceu de umrelatório preparado pela Comissão Mun-diai Sobre o Meio Ambiente e Desenvol-vimento da ONU e é considerado odocumento mais importante da década.Em suas numerosas páginas, ele de-monstra que as aparentemente dissocia-das crises setoriais que o mundo enfrentaem nossos dias — a perfuração da cama-da de ozônio, a corrida armamentista, afome, conflitos regionais, etc... — são elosde uma cadeia gerada por políticas e ad-ministrações associadas para a desagre-gação do planeta e seus habitantes.

| Vigília protesta contra ouão funcionamento do Ibama

5 Biasii'"a (AE^ —' Com faixas, cartazes,jbarracas è até méáa'dè V'ng-"Pôrig', funcio- ¦ínários.ddihístitutÓBraãiJéiío de Meío'Am-"biente e Recursos Naturais Renováveis;(Ibama) começaram ontem, em frente à se-de:do órgão, em Brasília, uma vigília para^protestar contra a demora no funcionamen-

:to efetivo do órgão, criado em fevereiro.';* jj' O Ibama, surgido com a fusão do IBDF

;-Serna, Sudepe e Sudhevea, é hoje, segundo£ os manifestantes, um órgão "fantasma":

Jresume-se a um presidente, Fernando César,;Mesquita, e cinco diretores. Afirmam que!-os quase 7 mil funcionários, em todo o país,; estão parados, sem ter o que fazer, porquenão têm chefe, não têm política, não têm'l programa", na opinião de Francisco Macha-'do, diretor do Sindicato dos Servidores Pú-

&biicos do Distrito Federal.Além da reestruturação do órgão, os

.âçvidores reivindicam uma tabela emer-¦Jgéncial de salários. O chefe de gabinete dapresidência do Ibama, Marco Antônio Cas->telo Branco, reconhece que os salários>atüais "são humilhantes". Um fiscal de de-;*fesa do meio ambiente recebe NCz$ 140. Os,'inanifestantes afirmam que sua baixa ren-|-da é uma mostra do descaso do governo com;!a questão ambiental.'¦ Lista suja-- Belo Horizonte (AG) — Para denunciar; os responsáveis pela poluição ambiental em"-'Minas, a Associação Mineira de Defesa do

Ambiente (AMDA) espalhou ontem pelo• çentro.destacapital, 20 "out doors" conten-do'uma "lista suja" dos 12 maiores respon-sáveis pela degradação do meio ambienteno Estado. Os "out doors" ficarão espalha-dos pela cidade durante 15 dias. Além dis-so, 300 cartazes serão distribuídos pelointerior.

Segundo a presidente da AMDA, MariaDalce Ricas, a "lista suja" se volta priori-tariamente para o desmatamento em Minas.Somente no ano passado, foram desmaiadosno Estado 1,2 milhão de hectares de flores-tas. Hoje, a cobertura florestal de Minasabrange apenas dez por cento da área totaldo Estado.

Tanto que na "lista suja" as empresasque se destacam como as maiores respon-sáveis pela degradação ambiental são as si-derúrgicas como a Mannesmann, a BelgoMineira e a Acesita. A Mannesmann, porexemplo, segundo a AMDA, consome 1,6 mi-Ihão de metros cúbicos de carvão por ano,o que significa a destruição anual de 40 milhectares de florestas e cerrados.

Entre os 12 itens da "lista suja" a AM-DA considera o Governo do Estado o maiorresponsável pelos problemas ambientais emMinas, diante do descaso com o meio am-biente. O Instituto Estadual de Florestas(IEF) aparece em segundo lugar, pelo aban-dono dos parques e a ausência de fiscaliza-ção florestal no Estado.

Esposa de ministro sob asuspeita de ser

: - Campo Grande-MS (AG) — A médica; Fábíola de Aguiar Nunes, esposa do depu-• tado federal pela Bahia e ministro da Edu-cação, Carlos Santana, é funcionária da

! Universidade Federal do Mato Grosso do Sul(UFMS) desde o dia 15 de julho de 1982, mas

; nem mesmo conhece Campo Grande. A afir-j mação é do vereador Paulo Pedra (PTB) fei-¦ta" da tribuna da Câmara Municipal,leyantando suspeitas de que Fabíola é fun-çionária fantasma. Ontem o reitor Fauze Fa-

t dáss Gatass Filho, confirmou o nome daservidora pública nos quadros de pessoal da

: universidade, acrescentando que ela rece-; be NCz$ 1.158,82 por mês que são deposita-• -dos em sua conta-corrente no Bamerindus,' em Brasília, onde reside.;"¦ ' Ele evitou explicar desde quando os:. vencimentos da médica são remetidos pa-

ra o Distrito Federal, dizendo que o próprioministro pediu a transferência da esposa pa-ra o Ministério da Educação e Cultura(MEC) em Brasília no dia 28 dé abril do anopassado, e que antes disso Fabíola trabalhoucomo assessora especial no gabinete do mi-nistro da Saúde, quando Carlos Santanaexercia esse cargo, observando: "A funcio-nária, pelo que me parece, não é fantasma,mas sim uma servidora desta universidadeprestando serviço em outro Estado".

Em seguida, esclareceu que o paga-mento mensal de Fabíola continuará sendofeito pela UFMS, porque quando ocorreu atransferência, em 1988, o orçamento da uni-versidade já estava concluído, e que não po-deria na ocasião transferir esse ônus parao MEC, mas que isso acontecerá a partir dedezembro próximo.

A diretora-presidente do'-, Sistema Romulo Maioranaj de Comunicação, Déa Maio-

rana e o diretor-executivo,Romulo Maiorana Júnior,receberam:

Convites:Para participar do

lançamento do livro Estudose Problemas Amazônicos,promovido pela SecretariaEstadual de Educação, queacontecerá, hoje, às 11:00 ho-ras, no Centro Cultural Tán-credo Neves.

Da Associação dosServidores da Justiça Elei-toral doPará, através de suapresidente, dra. Ruth Mo-raes dos Santos, que aconte-cera amanhã, às 17:00horas, na rua João Diogo,235.

•.Dos1 frades francisca-

nos Conventuais da Custódiade São Maximiliano MariaKolbe do Brasil, para a or-denação episcopal de seuconfrade e irmão frei Agos-tinho Stefan Januszewicz, eposse e instalação da novaDiocese de Luziânia-GO, queacontecerá dia 10 vindouro,às 9 horas, no Ginásio de Es-portes de Luziânia-GO.

Da Academia Paraen-se de Letras, para a passe dojornalista Rafael Vieira daCosta, na cadeira n? 1, dia 8do corrente, às 20:30 horas,em sua sede.

Da Rádio Moreno Bra-ga, da cidade de Vigia, atra-vés de seu diretor paraparticipar da inauguraçãodaquela emissora, que ocor-rerá amanhã, às 11:00 horas.Da diretoria da Asso-

l-...

ciação dos Dirigentes deVendas do Brasil Estado doPará, para o café da manhãde serviço do dia 8 de junhode 1989, às 7:30 horas, no ei-xo Camarote/O Theatro, doHilton Hotel em que partici-para como convidado espe-ciai a Funtelpa, através deseus veículos TV Cultura eRádio Cultura OT e FM.

Publicações:Jornal Q Transportador,

de fevereiro, março eabril/89 * Informativo Mui-raquitã, de maio e junho/89* Revista Midia & Mercado,de maio/89 * Revista Nova-ciência, de maio/89 * Revis-ta Sindipeças, de abril/89 *Boletim Informativo da As-sociaçâo Brasileira de Irri-gação e Drenagem.

Washington (UPI) — Richard Mel-ton, um diplomata de carreira do De-partamento de EstadoNorte-Americano, desmentiu ontem ca-tegoricamente uma acusação de queparticipou do interrogatório de um pre-so político durante o regime militar noBrasil.

Melton, que estaria para ser no-meado embaixador dos Estados Unidosno Brasil, foi identificado por RicardoZaratini como sendo uma das pessoasque assistiram ao seu interrogatório.

Zaratini, atualmente um assessorna Câmara dos Deputados, em Brasi-lia, declarou ao jornal "O Estado de SãoPaulo" que pretende processar Melton.

O diplomata, respondendo atravésde um porta-voz do Departamento deEstado, afirmou que desmentia catego-ricamente as acusações e acrescentouque não conhece Zaratini.

Convite parao curso de

relaxoterapiaOs senhores Nelson P.

Petersen Jr. e Jorge Teixei-ra Soares estiveram ontemem O LIBERAL para convi-dar a diretora-presidentedos veículos do Sistema Ro-mulo Maiorana de Comuni-cação, senhora Déa Maiora-na, para o curso de "Relaxo-terapia", promovido peloInstituto de Desenvolvimen-to Integral.

As aulas serão ministra-das uma vez por semana, noHilton Hotel, e o curso teráa duração de dez meses. Asinscrições estão abertas narua D. Romualdo de Seixas,1236.

Senado aprovaas verbas

para maláriaBrasflia (AE) — O Se-

nado Federal deu sinal ver-de para o Ministério daSaúde obter um empréstimode US$ 99 milhões junto aoBanco Mundial (BIRD) pa-ra o combate à malária naregião amazônica. Segundoprojeções do Ministério, adoença pode atingir mais deum milhão de novos casosem 1990. "Vamos dar umtratamento de choque", ga-rante o ministro SeigoTsuzuki.

O crescimento dos casosde malária na região conhe-cida como Amazônia Legale fruto das migrações desor-denadas para os garimposda região. Em 1970, o nume-ro de casos era de aproxima-damente 58 mil. Em 88,chegou perto dos 600 mil. Odinheiro vindo do exteriorserá aplicado na moderniza-ção de equipamentos, me-lhoria na remuneração dosfuncionários da Sucan ecompra de matéria-prima(inseticidas).

O início do programa decombate à malária está pre-visto para este mês, mas aborrificação de inseticidas,que é a fase principal de pre-venção da doença, só come-cará no final do ano, depoisdo tempo das chuvas, nosEstados mais atingidos —Pará, Rondônia e MatoGrosso.

Porto podeser fechadono ParanáCuritiba (AE) —Opor-

to de Antonina, a 84 quilôme-tros de Curitiba, poderá serfechado pelo governo do Pa-raná. A informação foi dadaontem pelo superintendentedos Portos de Paranaguá eAntonina, Francisco Delibe-rador Neto, ao responder àsacusações do prefeito dessacidade, Leopoldino Abreu,de que o porto foi abandona-do pelo Estado.

Deliberador disse que oporto, o mais antigo do Pa-raná, é deficitário e não temcondições de receber naviosde grande porte. Segundoele, o prejuízo acumuladonos últimos quatro anos é deNCz$ 1,192 milhão. O prefei-to de Antonina, apesar depertencer ao PMDB, nãotem dado sossego ao gover-no do Estado, com suas cri-ticas de que o porto estáabandonado.

O cais de Antonina temapenas 90 metros de compri-mento, mas vinha operandocom 60 metros por causa deavarias causadas por umnavio. Com essa faixa decais, só pode receber naviosde pequeno calado (profun-didade mínima de água pa-ra o navio flutuar), quepraticamente não existemmais. Outro argumento pa-ra desativar de vez o porto,usado pelo superintendente,é que a Companhia Auxiliarde Empresas Energéticas(CAEEB), ligada ao Minis-tério das Minas e Energia,única empresa a operar noporto, foi desativada recen-temente pelo governo fede-rai. O principal produtomovimentado em Antoninaera o carvão, que vinha deSanta Catarina.

Repórter *TODETRAN

O governador Hélio Gueiros, em despachono processo que recebeu do Departamento Na-cional deTrânsito, deu um pito em cinco pes-soas que fizeram denúncias de ilícitos praticadosna área de jurisdição do Detran nos munici-pios de Altamira, Itaituba, Marabá e Santarém,por terem os cinco se dirigido diretamente aoministro da Justiça, o que, sendo esta autori-dade não competente para investigar o assunto,só fez atrasar o inquérito para apuração dosfatos. Uma diligência reservada da consulto-ra jurídica-chefa do Detran colheu elementossobre as denúncias.

Apesar do pito, o governador mandou queo Estado forneça passagens de avião aos cin-co denunciantes para que venham depor no in-quérito que mandou abrir sobre ps ilícitosdenunciados, todos relacionados com a lega-lização criminosa de veículos roubados. Os cincochegaram a dizer ao ministro da Justiça teremouvido, da juíza de Direito de Itaituba, a infor-mação de que "de cada 100 carros que ali cir-culam, 95 são roubados".

SITUAÇÃOOs alunos da Unespa não estão pagando as mensa-

lidades porque os professores estão de greve e não houveaulas durante o mês de maio. Também, entendem osalunos que não existe garantia de que as aulas serãorepostas.

A Unespa não está pagando os salários dos profes-sores em greve, menos porque estejam em greve, maisbasicamente porque os alunos não lhe estão pagandoas mensalidades com as quais paga os professores.

Como diria um certo professor: está criado o impasse

LUTA— Estamos todos cansados desse tipo de

luta idiota e hipócrita — escreve o engenheiroNagib Charone Filho a propósito de mais umagreve na Universidade Federal do Pará. E per-gunta: "Será

que, já no final do século XX, es-sas pseudolideranças não conseguem inventaroutro modo de lutar por esta instituição sagrada?"

O artigo de Charone — "Universidade Fe-deral: morte no crediário" — está publicadona página 7.

XINGUOutra iniciativa em apoio aos movimentos ecoló-

gicos da Amazônia e em defesa pela sua conservação.Trata-se do média metragem (50 minutos) sobre o En-contro dos Povos Indígenas do Xingu ocorrido em fe-vereiro em Altamira. O filme que será lançado em julhotem a direção de Neville dAlmeida. A produção é da"Floresta Filmes" de São Paulo.

O trabalho se destina à TV e a apresentações du-rante eventos especializados, já que aborda o universoe a vida do índio sob uma ótica científica.

VOLTAPaulinho Paiakã está de volta depois de uma

temporada de dois meses pela Europa e peloCanadá e afirmou categoricamente aos jornaisde Belém que "vivemos (os índios) aqui des-de muito antes de todo o mundo, a terra é nos-sa e queremos ela de volta".

Um leitor diz que começou a imaginar oque seria o Brasil, se isso acontecesse, com todomundo de tanga e botoque nos beiços. Mas caiuem si: índio de hoje só veste tanga e bota co-car quando é chamado pelo juiz.

REPARTIÇÃOOs partidos pequenos acabaram virando a mesa na

escolha dos 21 membros da Comissão de Sistematiza-ção. Foi na hora de ser aplicado o princípio da propor-cionalidade, depois de escolhidos os sete representantesda cada partido existente na Assembléia. A sessão chegoua ser até suspensa porque o PMDB, partindo e repar-tindo, queria ter a maior parte: 14 integrantes. Acabouficando só com 11. E isso porque dois partidos, o PDSe o PFL, renunciaram cada um a uma vaga, para serfeita a conciliação.

O partido que mais se insurgiu foi o PDT, porquenas sobras da proporcionalidade tinha 1,61 deputadoscontra 0,24 do PMDB, e este é que queria ter mais umdeputado na Comissão. No final, ficou assim constituí-da a Comissão: PMDB — 11; PT, PFL, PDS, PDT — 2cada; e PDC e PMB - um cada.

RELATORApesar de provocados, alguns deputados

do PMDB faziam que não ouviam, antes, du-rante e depois da sessão matinal de ontem daAssembléia Constituinte, as piadas de seus colegasde outras bancadas, como do PT e PDT, a pro-pósito da unanimidade na escolha do profes-sor Zeno Veloso para relator do projeto daConstituição do Estado. Tudo partia das adver-tências, de véspera, do governador Hélio Gueirosaos prefeitos do interior, de que quem estives-se contra a candidatura de Ulysses Guimarãesestava contra ele, Gueiros. Como para os bonsentendedores era o suficiente, também, paraque os deputados entendessem.

E todos eles entenderam...

DEFINIÇÃOProvimento do corregedor geral da Justiça, desem-

bargador Aurélio do Carmo, definiu o que é ser "reco-nhecidamente pobre" para o efeito de nada ser cobrado,pelos cartórios, pelo registro de nascimento ou de óbi-to, gratuidade que é garantida pela Constituição Federal.

Por esse provimento, é reconhecidamente pobre quemprovar, em cartório, que ganha quantia igual ou infe-rior a um piso nacional de salários.

APOIOO Estadão, de São Paulo, publicou na sua co-

luna "Canal 3": "Indicado pelo ministro da Pre-

vidência Social, Jáder Barbalho (PMDB), orecém-nomeado coordenador regional do In-cra no Pará, Paulo Titan; reuniu os,principaisfuncionários do órgão e deu o recado: a ordemé apoiar Fernando Collor de Mello.

Não contaram a Titan que Collor é inimi-go mortal do presidente José Sarney".

CARGOSO governador não sancionou nem vetou lei aprova-

da pela Assembléia Legislativa criando cargos no Ipa-lep, que é o instituto de aposentadoria e pensões dosdeputados estaduais. O presidente da Assembléia, co-mo manda a Constituição, promulgou a lei e criou car-gos de chefes de controle financeiro, de controle contábil,e de gabinete do presidente e mais dois cargos de as-sessor jurídico.

0 Ipalep — Instituto de Previdência da AssembléiaLegislativa do Estado do Pará, é o que paga aposenta-dorias de até 70% dos subsídios de um deputado esta-dual aos ex-deputados e ainda recentemente teve decongelar todas elas porque não tinha recursos parapagá-las.

EM POUCAS LINHASTodos os atingidos com o afastamento dos

cargos de comando da Sudam, determinadopelo ministro do Interior, estão ingressando naJustiça, em Brasília contra os membros daprimeira comissão designada pelo Minter pa-ra apurar possíveis irregularidades no orga-nismo, com uma ação de denunciaçãocaluniosa. ***** a comissão poderá responder auma segunda ação por perdas e danos morais. *****O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa eExtensão da Unespa, que é integrado por seisrepresentantes dos estudantes, esteve reuni-do, ontem, para discutir a greve dos professo-res. ***** A instituição propôs ao colegiado umaumento de 11 cruzados novos nas mensalidades comoforma de viabilizar um acordo com os grevistas e co-locar fim ao movimento. ***** O ministro d<\ Pre-vidência viajando para Washington e Paris.Delile Guerra de Macedo fica respondendo pe-Ia Pasta. ***** O filme "Indiana Jones 3", de Ste-ven Spielberg, rendeu nos cinemas dos Estados Unidos,no sábado e no domingo, nada menos que 36 milhõesde dólares. ***** Exatamente o mesmo valor doorçamento da Prefeitura de Belém para o cor-rente ano. Em cruzados novos. ***** Tempo pa-ra a nomeação de Fernando Coutinho Jorge para apresidência do BASA. O atual ocupante do cargo ain-da não foi avisado de que será substituído. ***** Só irásaber no próximo domingo, quando estará devolta ao Brasil. ***** O cientista Victor Perry, daUniversidade de Oxford, está em Belém para um tra-balho de pesquisa junto com o professor Luiz CarlosSilveira, sobre Neurofisiologia Ótica. *??** A pesqui-sa está sendo patrocinada pelo CNPq e pelaReal Sociedade Inglesa de Ciência. ***** APrefeitura de Salinas recebeu 100 toneladas de asfaltopara recuperar toda a cidade para as férias de julho.Foi um verdadeiro presente do governo do Estado. *****O Cedenpa promete uma manifestação de pro-testo contra a presença, em Belém, do embai-xador da África do Sul, Johan Van Gerned,que chega, na segunda, para uma visita ofi-ciai ao Estado. ***** A Petrobrás pode anunciar,

até o fim deste mês, uma boa notícia sobre a perfura-ção do poço de Tucumã, em Curuá-Una, quando a son-da chegar a 2.200 metros. ***** A empresa apostana existência de petróleo. ***** o Paissandu es-tá à procura de quatro conselheiros que possam aju-dar a manutenção do Departamento de Futebol doclube. A ajuda significa 5 mil cruzados novos, de cadaum, para os cofres do Paissandu. ***** O deputadoDionisio Hage faz retificação à notícia da co-luna: a apresentação da regulamentação quegera royalties aos Estados, Municípios e Distri-to Federal pela exploração de recursos mine-rais e hídricos em seus territórios, é de suaautoria e não do deputado Jorge Arbage, co-mo foi publicado. ***** A Delegacia da Mulher, napessoa da titular, Marlise Fernandes, recebeu votos decongratulações da Câmara Municipal pelo bom desem-penho de suas funções. A proposição foi de autoria dovereador Adamor Filho. ***** O prefeito de Santa-rém, Ronan Liberal, informa à coluna que es-tá comandando pessoalmente "um mutirãopara a retirada de todo o lixo das ruas daque-Ia cidade". Para tanto, utiliza máquinas daPrefeitura, SMER, Copagro, BEC, Engeplane Estacon. ***** Já são dois os comitês de Collorde Mello em Belém. Um na Almirante Barroso e ou-tro na São Pedro, próximo à Conselheiro Furtado. Es-te será inaugurado na segunda-feira e vai logodistribuir 25 mil camisas e 30 mil adesivos para car-ros. •**?* O deputado Asdrubal Bentes levantou,na sessão de ontem da Câmara, uma questãode ordem. Elogiou a Mesa, pela cassação dosdois parlamentares que muito faltaram, e in-dagou se os três presidenciáveis — Ulysses,Lula e Afif Domingos — vão ter descontadosos dias que faltarem por causa da campanha.***** O Congresso aprovou a medida provisória quecriou as ZPEs. Ademir Andrade foi um dos deputadosque votou contra o projeto. ***** Ontem, estava di-fícil circular no Centur, atualmente com vá-rios eventos e por isso muito freqüentado. Sóhavia um elevador funcionando e a fila parausá-lo era enorme.

4 CIDADES O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

A leptospirosebate à porta

João Malato

A denúncia ontem disparada pelos jornais, de que,já nos primeiros cinco meses do corrente ano, nada me-nos de 63 moradores de Belém foram vitimados pelo vi-rus da leptospirose, — é uma ameaça que não deve nempode ser subestimada pelo conjunto geral das autorida-des sanitárias, quer a nível federal, quer estadual, quermunicipal. O mórbus, aliás, não nos bate, apenas, à porta,mas já está dentro dos lares paraenses, amesendadosàs nossas mesas de almoço e jantar, misturado ao ar-roz e ao feijão que comemos ou ao açúcar com que ado-çamos nosso café, ou flutuando na água que bebemos.È um erro pensarmos que só as populações suburbanase os ambientes de miséria, são suscetíveis às contami-nações do mal terrível que, até hoje, desafia a descobertacintífica de um específico que o combata. Trata-se deum vírus profundamente letal, que, presentemente, nãoenfrenta outros meios de exterminação que não seja oda matança sistemática e perseverante dos milhões deratos que infestam a nossa cidade, e que, em pleno diae em pleno centro da cidade, passeiam livremente pe-las sargetas urbanas e se embarafustam pelo primeirocano de descarga que encontram à discrição. A noite,quando os supermercados fecham as portas, e as luzessão apagadas, uma nova vida começa a movimentar osgrandes salões desertos, em que sobre as mercadoriasestocadas constituídas, também, de gêneros alimentí-cios, inicia-se, como uma passarela, o imenso desfile dosroedores famintos que, ao mesmo tempo que perfuramos envoltórios, para saciar-se da comida preferida, vãodejetando e urinando sobre elas, numa atividade pesti-lencial que pode matar uma população inteira. Numaquadra invernosa desabrida, como e<-ta que atravessa-mos, todas as baixa las, todos os esgotos, todas as depres-soes e todos os capinzais da cidade acham-se inundados,e com isso, os seus habitantes parasitários, como os ra-tos e as baratas, são expulsos para as partes mais en-xutas da cidade, tomando de assalto as habitaçõeshumanas e, de preferência, os estabelecimentos comer-ciais, onde há comida à farta e a vigilância notívaga énenhuma. O risco da leptospirose, como se vê, não estásomente nos subúrbios e nas favelas da pobreza. Ondequer que haja uma mercearia, um supermercado, ouuma simples tasca para venda de alimentos, — aí estáo perigo mortal, pois o vírus, quando se apresenta comaspectos larvados, pode matar uma população inteira— e não há como combatê-lo, a não ser com a desratiza-ção total e implacável.

Já houve uma cidade colombiana que teve a sua po-pulação destruída, até a última criatura. O corpo medi-co americano do Canal do Panamá foi chamado, e teveos seus elementos quase todos mortos, inclusive o seufamoso diretor, que antes de morrer, conseguiu isolar edeterminar o ultravirus e o seu agente transmissor, —o que fez desencadear a maior matança de ratos que omundo já assistiu. Quando a cidade martirizada voltoua ser habitada, a primeira coisa que seus habitantes fi-zeram, foi erguer uma estátua, em praça pública, ao de-votado cientista americano. -

Nós, portanto, já sabemos a espécie do mal que es-tá fazendo vítimas, em nossa capital. E sabemos quemnô-lo transmite. Até que se descubra o específico imu-nizador, a obrigação dos nossos serviços de saúde é a or-ganização de uma campanha inestancável dedesratização, ao mesmo tempo que se estabelece um sis-tema de rigorosa preservação sanitária dos alimentoscomercializáveis.

Um Banco que revive. è > A propósito do nosso trabalho de anteontem, refe-

rente à auspiciosa situação'em que o Banco do Estado. dó Pará acaba de alcançar, com b fim da administra-ção compartilhada a que foi forçado pelas circunstân-cias, a submeter-se, — o presidente da instituição, dr.Aloisio Augusto Chaves teve a gentileza de dirigir-me a *seguinte carta:

«Prezado jornalista João Malato: Li, com a atençãode sempre, sua coluna no "O LIBERAL", intitulada "UmBanco que revive".

Quero agradecer, em meu nome pessoal e de nossaInstituição suas palavras de reconhecimento ao traba-lho desenvolvido no Banpará, com o apoio integral dasociedade paraense, dos servidores e, sobretudo, do Go-verno do Estado.

O governador Hélio Gueiros eslá recriando o nossoBanpará e fazendo com que ele, crescendo no Pará —fechamos a agência de São Paulo e, em troca, abrimos15 no Estado — sendo fortalecido aqui, possa desempe-nhar a sua função primordial de agente do desenvolvi-mento econômico e social do Pará.

Muito obrigado por suas palavras.Com o abraço do

Aloisio Augusto Chaves»

CCM também rejeitacontas de AltamiraO Conselho de Contas dos Municípios, à unanimidade

de seus conselheiros, rejeitou a prestação de contas do ex-prefeito de Altamira, Anfrísio da Costa Nunes Filho, porapresentar várias irregularidades, entre as quais, diferen-ças entre valores transferidos pelo governo federal e os lan-çados nos balancetes; nas receitas orçamentárias; norecolhimento do lapas, na Câmara; de subsídios e na Con-ta Depósito, montando a vários milhões de cruzados, bemcomo despesas sem empenho prévio e ausência de proces-so licitatório na compra de bens.

O processo foi relatado pelo conselheiro Lecyr Rioda-des e o ex-prefeito Anfrísio Nunes terá que recolher as quan-tias apontadas nos autos, devidamente corrigidas, aos cofresda Prefeitura de Altamira, além de pagar multa de 2 Valo-res de Referência Regional. Por outro lado, o ex-prefeito deAltamira, Nilton Cies de Toledo Bozza terá que recolher aoscofres públicos os valores recebidos a maior, dos seus sub-sídios (CZf 155.331,60) devidamente corrigidos.

Processo suspensoO processo relativo a prestação de contas do ex-prefeito

de Santarém, Ronaldo Campos, relatado pelo conselheiroLecyr Riodades, e que apresenta uma série de irregulari-dades, após defesa do procurador da Prefeitura de Santa-rém, Kleber Velasco, foi suspenso para análise, por partedo relator, de documentação apresentada por Velasco pa-ra ser incluída no processo, que voltará a julgamento no pró-ximo dia 13 de junho.

Dentro da pauta de 504» sessão ordinária do CCM, pre-sidida pelo conselheiro Paulo Dourado, o Conselho de Con-tas dos Municípios rejeitou a prestação de contas daAssociação da Comunidade de Base do Jurunas (EscolaSanto Dias) e intimou o ordenador de despesas, Antônio Car-los Siqueira da Silva, a recolher aos cofres da SecretariaMunicipal de Educação da PMB a importância de NCz$46,08 referente a parte da verba de auxílio recebido da Pre-feitura de Belém, cuja aplicação não foi comprovada naprestação de contas relativa ao exercício de 87. Relatou oprocesso o conselheiro Vicente Queiroz.

Ainda na mesma sessão, o Conselho de Contas aprovoua prestação de contas, exercício 1987, da Prefeitura Muni-cipal de Bagre, tendo como interessado, Francisco de As-sis Rodrigues da Silva. Relatou o processo o conselheiroHaroldo Julião da Gama. Por outro lado, o CCM decidiu daro alvará de quitação a prestação de contas da Câmara Mu-nicipal de Rondon do Pará, tendo como interessado Sebas-tião Costa Aguiar (recursos à decisão daquela Corteprolatada nas contas de 1984).

O Conselho de Contas dos Municipios autorizou o ca-dastramento da Resolução n" 04/88 que fixa diárias parao prefeito e vice-prefeito de Salva terra (relator, conselhei-ro Haroldo Julião) e da Resolução 020/88 que fixa ajuda decusto aos vereadores da Câmara Municipal de Santa Ma-ria do Pará (relator, conselheiro Vicente Queiroz). O pro-cesso referente a Portaria n" 094/88 da Prefeitura Municipalde Baião, relativa a contratação de Epitácio Borges Fer-reira, foi retirado de pauta para posterior julgamento (re-lator, conselheiro Laudelino Soares).

Implantadas as paradas seletivasA avenida PresidenteVargas agora possuiduas novas paradas,em frente ao Banparáe ao Palácio doRádio. As 16 linhasforam divididas emdois subgrupos de 8.

Evitar

o congestionamento dosônibus e a concentração dosusuários nas paradas: esse é oprincipal objetivo do sistema

de paradas seletivas implantado on-tem para as 16 linhas que operam naavenida Presidente Vargas. Forammantidas as três paradas antes exis-tentes na artéria (com restrições pa-ra algumas das linhas que nelas ope-ravam) e criadas outras duas — umaem frente ao Banpará e outra emfrente ao Palácio do Rádio. Como par-te do projeto também foi instaladauma parada na Praça dos Estivado-res para as linhas Benguí-Centro eMarex-Presidente Vargas.

Durante a inauguração do siste-ma, o presidente da Empresa Metro-politana de Transportes Urbanos(EMTU), autora do projeto, PauloSérgio Nascimento, lembrou que oprojeto de paradas seletivas no anelviário da área central de Belém, de-senvolvido há cerca de dois anos, jáfoi implantado nas avenidas Assis deVasconcelos, Boulevard CastilhosFrança, Portugal, 16 de Novembro ena Praça Felipe Patrone.

Hoje, existem 36 paradas seleti-vas em Belém. Elas eliminamincove-nientes como os que se verificavamna avenida Assis de Vasconcelos, on-de 40 linhas de ônibus eram obrigadasa parar em um mesmo ponto de ôni-bus. Além do congestionamento dotrânsito, isso colocava em risco a se-gurança do próprio usuário, forçado,em alguns casos, a tomar o ônibus nomeio da rua. A concentração de pes-soas nas calçadas também dificulta-va a circulação de pedestres.

SeleçãoPara a implantação do sistema ao

longo da avenida Presidente Vargas,as 16 linhas foram divididas em dois

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O objetivo é evitar a grande concentração dos usuários nas paradas e o congestionamento dos ônibus.

sub-grupos de oito linhas-segundo al-gumas afinidades (como área deatendimento, freqüência e itinerário)entre si. Com base nesse critério, fo-ram realizados os estudos visando amelhor distribuição da demanda deusuários e circulação dos transportescoletivos. Na parada localizada emfrente ao prédio da Enasa, onde osproblemas eram verificados commuitafreqüência, continuarão paran-do apenas as sete linhas com itinerá-rio pela Rua da Paz: Cidade Nova 8,Conjunto Maguari 1 e 2, Icoaraci viaAlmirante Barroso, Icoaraci via Pre-sidente Vargas, Outeiro-Belém via Al-mirante Barroso e Outeiro-Belém viaBase Aérea. Essas linhas também fa-zem parada obrigatória em frente aoPalácio do Rádio.

Terão parada obrigatória emfrente ao Banpará, em frente aosCor-reios e em frente às Lojas America-nás os ônibus das linhas Sacramenta-Nazaré, Aero Clube, BR-316, CidadeNova 6 (40 Horas), Júlia Seffer,Pedreira-Utinga, Pedreira-Ceasa eUniversidade II (Presidente Vargas).

Na parada em frente à Enasa, areação dos usuários à medida varioumuito, com predominância dos que semanifestaram favoráveis às paradasseletivas. Os principais argumentosdestacados pelas pessoas na defesa dosistema foi mesmo o descongestiona-mento de veículos na curva com a es-quina da avenida Boulevard CastilhosFrança e a falta de segurança dosusuários, quando obrigados a apa-nhar o ônibus no meio da rua. Os quese manifestaram contrariamente àmedida salientaram basicamente amudança de um hábito já estabeleci-do. Os comerciantes que trabalhamna parada, por sua vez, criticaram amedida por representar queda nofaturamento.

A seguir serão implantadas, se-gundo a EMTU, paradas seletivas naavenida Gentil Bittencourt, entre asavenidas Serzedelo Corrêa e AlcindoCacela, na avenida Almirante Ta-mandaré, entre avenida 16 de Novem-bro e travessa Padre Eutíquio, e aolongo de toda a rua Gama Abreu. Paulo Sérgio Nascimento

Casas abandonadas na CidadeNova VIII provocam protestos

A Cohab diz que nãohá recursos pararepor o material

roubado. Mas há quemgaranta que os donos

não precisam das casas.

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I CEL PAI

A

entrega de unidades residen-ciais no conjunto Cidade NovaVIII pela Companhia de Habi-tação (Cohab) não tem agra-

dado a algumas pessoas. Isso porque,em certos casos, algumas casas per-manecem desocupadas por um longotempo — inclusive com o crescimen-to de mato ao redor —, levando a crerque seus proprietários não precisamdo imóvel, enquanto milhares de pes-soas inscritas na Cohab aguardam háanos por uma moradia. As casas queainda não foram entregues, por suavez, geram a suspeita de que já esta-riam antecipadamente reservadaspara favorecer determinadas pes-soas, fazendo com que a função so-ciai do organismo, voltado para oatendimento da população carente,tenha sido muito contestada.

Manipulação

Para Cincinato Palmas Azevedo,nos conjuntos Cidade Nova o organis-mo "ignora suas funções sociais parase tornar um mercado persa", pro-movendo "negociatas" inaceitáveisatravés de um verdadeiro "leilão"das residências. Segundo ele, essamanipulação em favor de algumaspessoas inscritas recentemente naCohab, em detrimento de outras queaguardam há mais de dez anos, sãocomuns. Por isso, Cincinato defendeua necessidade de uma análise da si-tuação sócio-econômica dos preten-dentes à casa própria no momento dainscrição, estabelecendo-se um limi-te de renda acima do qual não seriampermitidas incrições. Conforme ele,em dez anos a Cohab não chegou aatender nem 20% dos pretendentes.

Uma parte dos beneficiados, porsua vez, acaba alugando ou mesmovendendo as casas recebidas por va-lores dez vezes maiores aos de aqui-sição, dando vez à especulação imo-biliária em áreas destinadas ao aten-dimento das populações carentes,disse ele. Na opinião de Cincinato, sea Cohab não tem condições de fazeruma triagem e não dispõe de recur-sos para construir mais casas, deve-ria sanear e urbanizar áreas disponí-veis para quem realmente precisa, eassim evitar as invasões em largaescala.

De acordo com ele, as chamadas"pontas de quadra" geram polêmicapor não terem a destinação que lhes édevida originalmente, ou seja, a deconstrução de farmácias e centroscomunitários, por exemplo. "As pon-tas de quadra são bastante disputa-das, havendo uma média de cincoprocessos de requisição para cadauma", enfatizou. Por estar lutandopor um desses locais há anos junto àCohab — segundo ele para a instala-

a * • a ¦*» 'AS :' '¦' '^'^^^""^feteÈíS»^

Algumas casas permanecem desocupadas durante tempo considerável

ção de um centro cultural com biblio-teca, aulas de capoeira e ensino deartesanato —, Cincinato garantiu quenem sequer é mais recebido no orga-'nismo. Ele denunciou que as "pontasde quadra" normalmente são incor-poradas às casas de esquina, servin-do para a instalação de pontos de co-mércio ou mesmo para a ampliaçãodas unidades residenciais.

No conjunto Cidade Nova VIII,próximo à WE-50, existem casas, dasquais 18 ainda não foram entreguesaos mutuários. Segundo o auxiliartécnico do escritório da Cohab no lo-cal, Cláudio Aguiar, isso aconteceporque as casas foram arrombadas einvadidas, e não por estarem reser-vadas a pessoas privilegiadas. '.'Nãopodemos entregar as chaves de umacasa nessas condições ao seu dono",afirmou. Conforme ele, em algunscasos — como a casa n° 162, na tra-vessa WE-49 — os invasores chega-ram a levar portas, vasos sanitáriose fiação elétrica, alem de quebraremas pias. "Enquanto não for repostoesse material, as casas não poderãoser entregues", disse ele. A fiscaliza-ção das casas do local é feita por trêsguardas contratados pela firma Flá-vio Espírito Santo, construtora dasresidências.

Reserva técnicaSegundo o presidente da Cohab-

Pa, Nelson Tomaz Almeida da Silva,o orçamento para a reposição de ma-terial roubado das casas do conjuntoCidade Nova VIII está em torno deNCzí 8,6 mil, mas a Cohab não dispõede recursos. Essas unidades residen-ciais, no entanto, já foram comercia-lizadas mas não podem ser entreguespor estarem danificadas. Para a en-trega dos imóveis, iniciada em julhodo ano passado, foram chamados osinscritos até o número 30 mil, queabrangem as pessoas inscritas até1979. Muitos não compareceram parao recadastramento e tiveram suasinscrições canceladas. Atendendo adeterminações do governador do Es-tado, 10% dessas unidades formamuma "reserva técnica" destinada aoatendimento de funcionários públicos

estaduais, municipais e até federaisde baixa renda, independente deinscrição.

Atualmente, a 'nscrição na Co-• hab está no número 73.792, mas, se-gundo ele, o governador tambémproibiu o atendimento aos inscritos apartir de 1987. "Falta atender cercade 50 mil inscritos", salientou. Con-forme Nelson Tomaz, as reclama-ções e acusações contra a Cohab, porparte das pessoas que ainda não re-ceberam seus imóveis, são naturais.Ele negou a reserva de casas para ofavorecimento de determinadas pes-soas, e disse que uma equipe da Co-hab está percorrendo os conjuntos Ci-dade Nova para averiguar irregula-ridades, como casas alugadas a ter-ceiros com atraso no pagamento dasprestações, ou desocupadas há muitotempo.

Conforme ele, a ocupação das ca-sas deve ser imediata, sendo estabe-lecido um prazo médio de 15 diasapós o qual a unidade pode ser reto-mada pela Cohab. Para detectar es-ses casos, porém, "seria necessárioum fiscal para cada casa, o que é in-viável", afirmou. A residência aban-donada ou alugada com atraso supe-rior a três meses no pagamento dasprestações — atualmente, em tornode NCz$ 40,00 — é retomada e reco-mercializada, disse Tomaz. As maio-res dificuldades encontradas pela Co-hab são relacionadas ao atendimentoda população com renda entre um edois salários-mínimos, em função docusto de construção de cada unidaderesidencial. "O custo por unidade fi-ca em torno de 17 OTN's, e a presta-ção se torna pesada para quem rece-be de um a dois salários", salientou.

Por essa razão, a Cohab, em con-junto com a Caixa Econômica Fede-ral, está desenvolvendo um protótipode casa de taipa, cujo custo de cons-trução sai pela metade do da casa dealvenaria. As vantagens da casa detaipa são o reboco interno e externo— nas casas comuns da Cohab, só háreboco externo — e uma área maior,com melhor aproveitamento do ter-reno, que em ambos os casos é de 200metros quadrados.

Centrais Elétricas do Pará S.A.

EXTRATO DE ATA DAS REUNIÕES DE ASSEMBLÉIASGERAIS ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA.DATA: 24.04.89ASSUNTOS APROVADOS:AGO

Í.° Tomada de Contas da Administração, Demonstrações Financei-^ ras, Parecer dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal,

relativos ao Exercício Social encerrado em 31.12.88.2? Correção da expressão monetária do Capital Social, em

31.12.88 e respectivo aumento do Capital Social de CzS10.667.083.705,33 (DEZ BILHÕES SEISCENTOS E SESSEN-TA E SETE MILHÕES, OITENTA E TRÊS MIL, SETECENTOS ECINCO CRUZADOS E TRINTA E TRÊS CENTAVOS) para CzS95.899.058.161,49 (NOVENTA E CINCO BILHÕES, OITO-CENTOS E NOVENTA E NOVE MILHÕES, CINQÜENTA E OI-TO MIL, CENTO E SESSENTA E UM CRUZADOS EQUARENTA E NOVE CENTAVOS).

í.° Destinação do lucro líquido do exercício.Ante a existência de saldo à disposição da Assembléia GeralOrdinária, no valor de CzS 3.893.710.000,00 (TRÊS BILHÕES,OITOCENTOS E NOVENTA E TRÊS MILHÕES, SETECENTOSE DEZ MIL CRUZADOS), transferir da conta de Lucros Acumu-lados os montantes de CzS 1.169.016.000,00 (HUM MILHÃO,CENTO E SESSENTA E NOVE MILHÕES E DEZESSEIS MILCRUZADOS) para a constituição de reservas de lucros a reali-zar, aplicação do valor de CzS 82.036.000,00 (OITENTA EDOIS MILHÕES E TRINTA E SEIS MIL CRUZADOS) na consti-tuição de Reserva Le*gal e o restante, inclusive o montante de CzS521.732.000,00 (QUINHENTOS E VINTE E UM MILHÕES,SETECENTOS E TRINTA E DOIS MIL CRUZADOS) que deve-ria servir para a distribuição de dividendos seja destinado àconstituição de Reserva de Capital da Empresa, ató o limite delei, na forma do que preceitua o §3.° do art. 202 da Lei 6.404,de 15 de dezembro de 1976.

4? Eleição do acionista NELSON DE FIGUEIREDO RIBEIRO pa-ra o cargo de Presidente da Assembléia Geral da Empresa nobiênio 1989/90.'

5? Eleição dos membros do Conselho de Administração e Fiscal.Suspender a Assembléia sine dio, encerrando-se a respectivaata, com a aprovação de que sejam essas matérias apreciadase decididas por ocasião da roconstituiçâo dos trabalhos destaAssembléia, para a realização da qual serão os senhores acio-nístas notificados nos termos da Lei, ou que, esgotado o prazolegal de reinstalação e encerramento da Assembléia Geral Or-dinária seja relegada a apreciação e decisão delas à Assem-bléia Geral Extraordinária, que será para isso oportunamenteconvocada, tendo em vista que, por disposição da Lei das So-ciedades Anônimas, naquela Assembléia, além das matérias re-lacionadas no art. 136, incisos e parágrafos, podem serdeliberados todos e quaisquer assuntos de interesse da So-ciedade.

AGE1 ? Aumento do Capital Social já corrigido na Assembléia Geral Or-

dinária, mediante recursos restituíveis em novas ações, oriundosdo Imposto Único Sobre Energia Elétrica — IUEE, de recursosprocedentes dos Convênios: n? 102/86 — CELPA/PREFEITURAMUNICIPAL DE BONITO, n?003/87 e 003/88 — CELPA/PRE-FEITURA MUNICIPAL DE SOURE, de-recursos procedentes decontrapartida do Governo do Estado do Pará ao Contrato doFinanciamento n. 87.2.185.4.1 - CELPA/BNDES, e de reinver-são de juros e correção monetária decorrentes da conversão dedividendos do exercício de 1987, devidos à ELETROBRÁS emEmpréstimo de Curto Prazo em 29.06.88 nos termos da Delibe-ração ELB n. 142/84, de CzS 95.899.058.161,49 (NOVENTAE CINCO BILHÕES, OITOCENTOS E NOVENTA E NOVE Ml-LHÕES, CINQÜENTA E OITO MIL, CENTO E SESSENTA E UMCRUZADOS E QUARENTA E NOVE CENTAVOS) para CzS106.745.773.415,66 (CENTO E SEIS BILHÕES, SETECENTOSE QUARENTA E CINCO MILHÕES, SETECENTOS E SETEN-TA E TRÊS MIL, QUATROCENTOS E QUINZE CRUZADOS ESESSENTA E SEIS CENTAVOS).

2? Adequação do valor do Capital Social ao novo padrão mone-tário vigente e modificação do valor nominal da ação, passan-do o Capital Social a grafar-se NCzS 106.745.773^41 (CENTOE SEIS MILHÕES, SETECENTOS E QUARENTA E CINCO MILSETECENTOS E SETENTA E TRÊS CRUZADOS NOVOS EQUARENTA E UM CENTAVOS) e as ações da Sociedade deNCzS 0,01 (hum centavo) por lote de mil ações.

3.° Alteração do art. 5? do Estatuto Social, em conseqüência dasalterações havidas no Capital.

Certifico que, por decisão da JUNTA COMERCIAL DO PARÁ, foiarquivada a primeira via desta Ata em 22.05.89, sob o n? 000553.

Belém, 22 de moio de 1989Roberto da Costa Ferreira

Diretor — Presidente

GovernortmHÉUO/GUEIROS

Cacrinhandoé que se encontra o caminho.

V *«£ m/t* ms m ¦ imi1»!! it^r^y i, t> >^-ii*''V'--i-i""-JW' '^---¦v*''Jv-'"*:*-'¦'*¦"•'«•¦'víi''^ ^v<"^<-<-,: ¦' , ¦ ^.-:. ¦ »¦¦ :-;-. -ei--i*'.¦.*v...^-.f:^^-^JS»i ¦

Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 O £/BFi?/U CIDADES 5

Idesp descobriu índios doCuminapanema antes da Funai

O pesquisador OtávioChaves, que coordenou umaexpedição de técnicos, em ^

75, à região, garanteque foi o Idesp quemcomunicou à Funai

a existência da tribotupi-guarani de Óbidos.

A

aldeia indígena de Cuminapanema,em Óbidos, foi descoberta por umaequipe de técnicos do Idesp durante

expedição de mapeamento e pesquisa mi-neral feita em 1975 pelo Polamazônia, enão por uma empresa de mineração queatua no rio Urucuriana — afluente do rioParu de Oeste, "como vem divulgando aFunai". A revelação foi feita, ontem, pelopesquisador Otávio Chaves, do Institutode Desenvolvimento Econômico e Socialdo Pará, com o objetivo de "esclarecer asociedade acerca da memória históricados povos indígenas da Amazônia", medi-da considerada essencial, por ele, paraque "a história das descobertas de novastribos e suas condições originais não sejaperdida ou confundida".

Otávio Chaves, que coordenava aequipe do Idesp, não sabe os motivos quelevaram a Fundação Nacional do Índio aatribuir a descoberta da tribo indígena aterceiros, mas acha que

"houve algumequívoco devido, talvez, à recente mudan-ça na direção da instituição". O pesquisa-dor guardou silêncio sobre a descobertapor ser da competência da Funai o primei-ro contato com os povos indígenas. "Quan-do retornamos a Belém, convocamos aFunai para comunicar o achado". Os ar-quivos de projetos realizados pelo Idespincluem o Io volume do Projeto Curuá-Cuminapanema, do qual consta o Progra-ma Polamazônia, realizado em convêniocom a Superintendência de Desenvolvi-• mento da Amazônia (Sudam). Os técnicosdispõem, também, de várias fotografiasda tribo e um cartucho de filme Super-8.

Conforme Otávio Chaves, a equipe doIdesp, composta por 19 pessoas, entre asquais um geólogo, fazia sua expedição porvia fluvial. Nas áreas continentais, cha-madas "de interfluxo",onde não haviamclareiras, um helicóptero era utilizado.Dele descia um dos homens, que ficavacerca de dois ou três dias desma tando o lo-cal para dar condições de pouso. O acessoà região, "no norte do alto Trombetas-Erepacuru, acompanhando o eixo da rodo-via Santarém-Cuiabá", era difícil, mesmode barco: coma floresta fechada, os rios eos inúmeros igarapés serviam como asúnicas vias de entrada.

Ao fazer a checagem de campo, emuma dessas oportunidades, o geólogo IranMiranda encontrou uma clareira conside-rada pequena para operações de pouso."Nós estávamos na base de uma serra e àbeira de um pequeno igarapé quando en-contramos uma clareira maior a 500 me-tros, que talvez nos desse as condições depouso necessárias", prossegue Chaves."Ao nos aproximarmos, descobrimos ca-sas (sete a oito barracões) e pessoas, to-das ninas". A equipe resolveu, então, so-brevoar a aldeia, recebendo flechadas dosindígenas que, ao perceberem que nãoatingiam o helicóptero, ficaram amedron-tados e fugiram para suas casas.

Segundo Otávio Chaves, a maior sur-presa foi a constatação de que as casas ti-nham formato "duas águas", com telhadotriangular, apesar da disposição em círcu-lo. "Por isso achamos que eles têm des-cendência Tupi-Guarani", disse o pesqui-sador.Além disso a equipe constatou queos indígenas eram longilíneos (além damagreza incomum, tinham uma alturamédia de 1,70 m) e sua aldeia não se en-

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Uma das fotos feitas em 1975

Chaves: sem atrito

contrava próxima aos rios da região, masde pequenos igarapés. A equipe fixou-se acerca de 18 km, para descobrir, depois, aexistência "de outras duas aldeias daque-Ia tribo nas redondezas, periféricas, cadauma com duas ou três malocas e distantesentre si uns 3 km".

"Nossa primeira iniciativa foi regis-trar tudo através de fotos e filmagens",acrescenta Otávio Chaves. Concluída a co-leta de registros, a expedição resolveupartir de imediato para a capital, inter-rompendo o programa e o mapeamento daárea. No afã dç "equipar os indígenas",atiraram, ainda, do helicóptero, um sacocom mantimentos, facas e até goiabada:"Mas os nativos enterraram o materialimediatamente".

Relatório

Em Belém foi convocada uma reuniãocom a Funai. Na época, o diretor doIdesp, Raul Navegantes, interrompeu arealização das pesquisas e deixou a cargoda Funai qualquer trabalho na região:"Nós nos limitamos a ser os descobrido-res, afastando-nos do local a partir daí",explica Chaves.

A Funai deslocou, então, o sertanistaAmoldo Perez para trabalhar no Curuá-Cuminapanema.. "Dois meses depois, or-ganizaram uma expedição sob o comandodo sertanista Otávio Canguçu, que fez usoda nossa pista de pouso para ter acesso".O sertanista da Funai considerou arrisca-da, porém, a operação, para um pequenogrupo de técnicos: "Era possível essediagnóstico", argumenta Chaves, "poisalgumas características, como andar nu,demonstravam que sua cultura estavaintocada".

As informações prestadas pelo pes-quisador foram confirmadas pelo geólogoJosé dos Reis, que também participou daexpedição de 1975. A localização exata daregião, segundo Chaves, é a seguinte: ocampo de pouso, conhecido como Buriti-cuzal (devido à abundância de buriti) tem55° 50' 00" de longitude para 0o 19' 35" delatitude. A aldeia principal fica a 55° 43'25" de longitude para 0o 10' 30" de latitu-de. Do campo de pouso do Idesp à aldeiaprincipal a distância é de 20,7 km e da ai-deia indígena em linha reta para o rio Cu-minapanema são 42 km. O pesquisador fezquestão de frisar que não pretende entrarem atrito com a Funai: "Meu objetivo úni-co é esclarecer a questão", disse ele.

Funai: houve falta de recursosO assessor de assuntos indígenas isola-

dos da Funai, Fiorelo Parise, rebateu, on-tem, a versão do pesquisador Otávio Cha-ves, do Idesp, sobre a descoberta, em 1975,da aldeia indígena de Cuminapanema. Deacordo com Fiorelo Parise, essa revelação é"improcedente". Segundo ele, em 1976,"por conta de informações da Força AéreaBrasileira, que sobrevoava constantementeo local", sobre a existência de silvícolas naregião, "criamos postos em Mapuera (paradar assistência a outra tribo) e Cuminapa-nema". A desativação da rodovia Perime-trai Norte e os altos custos de acesso à re-gião (a aldeia estava a 15 dias de Santarém)assim como o estabelecimento de outrasprioridades, "impediram a utilização doposto". Na verdade, segundo declara Pari-se, desde 73, com a construção da Perime-trai Norte, a Funai tem conhecimento des-ses grupos.

Em 1982 a Missão Novas Tribos, dos Es-tados Unidos, soube da existência daquelegrupo indígena e se alojou na área com o ob-jetivo de lhes prestar assistência, comuni-cando oficialmente sua decisão à Funai em83. Parise — contrário, desde o início, aocontato do branco ou da missão norte-americana com os índios — e mais três téc-nicos foram enviados para o local. "Nessaépoca, minha posição enquanto sertanista,era de que o isolamento era mais seguro pa-ra os nativos. Assim, eles não ficariam ex-postos a doenças de brancos nem perderiamsua identidade cultural original".

Segundo o assessor, em janeiro desteano a missão solicitou assistência médicapois, nos últimos dois anos, 16 Unham morri-do de doenças tropicais variadas. "Envia-mos uma expedição para lá há um mês etratamos de promover uma vacinação com-pleta nos nativos", disse. Conforme ressal-tou, "o sistema de relação dos missionárioscom os índios dá-se através de trocas: nãotemos nada oficial, mas percebemos que osnativos produzem os alimentos e trocam porinstrumentos de trabalho, como facões emachados, com os missionários". Mas a tro-ca parece desigual a Parise: "Só encontra-mos três machados entre os índios que elesguardavam com um zelo enorme".

A tribo do Cuminapanema, segundo oassessor da Funai, já está relativamenteaculturada, por sete anos de contato com obranco. As malocas, em forma triangular,são mesmo provenientes de sua descendên-cia Tupi-Guarani. "Essa antiga tribo, origi-nária do sul do país, deve ter fugido de suaregião há 300 anos, em busca de locais maisseguros", diz o sertanista. "Nesse processode evasão pode ter havido algum contatocom brancos que engendrou a forma trian-guiar dos telhados das casas", um costumearraigado em sua cultura. Fiorelo Parisediz, ainda, que sua característica física altae magra "não causa estranheza": "Os Pa-rakanãs se parecem com eles. Já os Mundu-rukus são baixos e fortes. Isso se deve à suaorigem Tupi". De acordo com o levanta-mento parcial da Funai, existem 142 índiosno local.

índios reagem à gripe e conjuntiviteÍndios Tupi que habitam a região do rio Cu-

minapanema, ao norte do Estado do Pará, es-tão reagindo favoravelmente ao tratamentocontra gripe e conjuntivite, que está sendo mi-nistrado, desde a última segunda-feira, por umaequipe de funcionários da Superintendência Re-gional da Funai sediada em Belém. A informa-ção foi transmitida, através de radiograma, pelosertanista João Evangelista de Carvalho, que es-tá na área juntamente com um auxiliar do ser-tanista e um atendente de enfermagem, com amissão exclusiva de atuar no combate ao surtode gripe e conjuntivite que atingiu metade do tri-bo, composta por 142 índios.

Na informação transmitida à Superinten-dência Regional da Funai, João Carvalho diz quejá se registra "bastante melhora" entre os índiosque habitam a terceira das quatro aldeias exis-

tentes na Área Cuminapanema. Nessa aldeia, amaior de todas, está concentrado o maior nume-ro de índios e é nela que a equipe da Funai estácentralizando seus trabalhos juntamente commissionários da Novas Tribos do Brasil, a mis-são religiosa instalada na Área Cuminapanemadesde 1982. Segundo João Carvalho, ainda há in-dios doentes nas outras três aldeias, mas já sema gravidade que se constatou até o final da se-mana passada, quando o próprio sertanista daFunai mostrou-se preocupado com a pouca re-sistência que alguns índios vinham demonstran-do ao surto de gripe e conjuntivite que osacometeu.

Tanto o superintendente interino da Funai,Raimundo Gomes do Nascimento, como o asses-sor para índios Isolados, Fiorello Parise, fica-ram ainda mais otimistas com a total

recuperação dos índios, depois da informaçãotransmitida pelo sertanista João Carvalho. "Fi-cou demonstrado que, numa ocasião dessas, aação imediata é fundamental para restabelecera saúde de índios doentes", acentua Nascimento.

Para Fiorello Parise, o êxito que a equipe daFunai vem tendo, no combate ao surto de gripee conjuntivite entre os índios do Cuminapanema,não elimina a necessidade de ações preventivas."E preciso evitar sempre a ocorrência de fato-res que podem proporcionar, de alguma forma,o aparecimento de doenças entre os índios da-quela região, ainda que seja uma gripe ou con-juntivite", destaca o assessor para ÍndiosIsolados da Funai. A equipe que está cuidandodos Tupi deverá permanecer na área por pelomenos mais vinte dias.

Reitores não vão ao seminárioEm seu terceiro dia, o Seminário Nacio-

nal em Defesa da Amazônia, realizado naUniversidade Federal do Pará, debateu o te-ma "Universidade e Compromisso com aAmazônia". Os reitores das universidades daregião não compareceram ao evento comoera esperado. Em função disso, a mesa foicomposta por Armando Benegri, coordenadorde relações internacionais da União Nacionaldos Estudantes, Eriosvaldo Santos, vice-presidente norte da UNE, Edir Veiga, asses-sor de imprensa da Federação das Associa-ções de Servidores nas Universidades Brasi-leiras, Mário Cardoso, vice-presidente norteda Associação Nacional dos Docentes em En-sino Superior, Alex Fiúza de Melo, diretor doCentro de Ciências Humanas da UFPa e Ca-milcTViana, vice-reitor eleito da UFPa.

Médico e preservacionista, Camilo Via-na, disse que ainda não há um total compro-misso da UFPa com a Amazônia. "Por isso,avalio como excelente a promoção desseevento que não é o primeiro nem será o últi-mo, mas que contribuiu decisivamente para aconquista de novos espaços na região".

Segundo Camilo Viana, "se perdermos obonde da história vamos ficar na beira do rio,ou, quem sabe, na beira do rio Guamá". So-bre o cais de arrimo da UFPa que está ceden-do e enfraquecendo os alicerces de um dosprédios (o Vadião), Camilo enfatizou que "oprédio não foi construído dentro dos padrõesadequados". Segundo ele, o processo de des-moronamento da beira do rio é reversível.

Para ele, a saida para a Amazônia estána luta unificada da população da região:"Essa integração é uma proposta da nossagestão para que a Universidade atue eficien-temente na defesa dos interesses da comuni-dade. Buscar o isolamento seria uma terrívelpresunção". Camilo Viana e o reitor eleito,Nilson Oliveira, estão dispostos a consolidar oprocesso de interiorização da UFPa, atenden-do à Pesquisa, sem descuidar c'o Ensino.

O vice-reitor eleito propõe ii unidade dascategorias acadêmicas: "Não podemos ficaralheios às necessidades dos vários setores".E concluiu: "Sei que a nossa administraçãoserá vivida sob pressão e isso é muito bom. A

crítica é bem-vinda e a aceitarei no momentoexato".

Ato PúblicoComo parte da programação do seminá-

rio os estudantes da UFPa realizaram, ontemà tarde, um ato público em defesa da Amazô-nia e universidade, concentrando-se no Cen-tro Arquitetônico de Nazaré, a partir das 16horas. Foi feita uma exposição do "lixo daUFPa": carteiras, bebedouros, luminárias,mesa de professor e material de laboratórioem péssimas condições, segundo o diretor doDCE, Marcelo Sampaio, para mostrar o esta-do precário da instituição.

A chuva impediu uma participaçãomaior. As escadarias do altar central foramocupadas e muitas faixas de protesto foramexibidas. Músicas de protesto foram cantadase a palavra SOS foi desenhada com uma co-reografia no espaço do CAN. Depois, os estu-dantes caminharam até a Praça da Repúbli-ca, acompanhados de um carro-som. Elespercorreram a avenida Nazaré e a Assis deVasconcelos, obrigando os ônibus a um desviona Conselheiro Furtado.

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Para o pesquisador, a verticalização da cidade pode destruir valores culturais.

Mangueiras de Belém nãosão cuidadas, diz Toledo

O alijamento da realidade dos grandescentros e avenidas largas que possibilitama visão do horizonte são, na opinião de Be-nedito Toledo, pesquisador da Universida-de de São Paulo e especialista em Patri-mônio Histórico, fatores muito positivosnas cidades do Norte e Nordeste. Ele aler-tou, ontem, durante entrevista coletiva noMuseu Emílio Goeldi, para o fato de que averticalização da cidade, através da conti-nua construção de grandes edifícios e daintensa investida do progresso despreocu-pado com a questão ambiental, pode signi-ficar a perda desses valores culturais.

Para ele — que à noite participou deum debate sobre pressão urbana e impac-tos ambientais, realizado no Centur, comoparte da programação do Movimento Pró-Conservação do Museu, em companhia deMagda Lombardo, também da USP e dire-tora do Centro de Sensoriamento Remotode São Paulo — a cidade, um patrimônioque pertence à comunidade, precisa de es-paço: "Devemos juntar esforços para is-so", diz Benedito Toledo, para quem asmangueiras de Belém, "conhecidas e ad-miradas internacionalmente", não sãocuidadas.

Em Portugal, segundo ele, as árvoresfrutíferas dispõem de uma espécie de gre-lha que garante a permeabilidade da raiz:"Em Belém elas estão sufocadas pelo ci-mento". O pesquisador afirmou, também,que há um condicionamento climático naregião e que a poluição sonora está se esta-belecendo aceleradamente. "Se conseguir-mos diminuí-la, o nível de stress da popu-lação será reduzido consideravelmente",acrescentou.

Toledo garante que a manutenção dasárvores na cidade é fator primordial:"Elas oferecem sombreamento e oxigena-ção, além de reterem parte da poeira pro-veniente dos veículos". Uma das idéias de-fendidas pelo pesquisador é a de que a es-tética urbana, "que pode ser conseguidacom a preservação do meio em que vive-

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llÉftÉll''¦riMiiiii rir nl i#Toledo: mangueiras sufocadas.

mos", influi, inclusive, na implementaçãodo turismo. "A diversidade de cada regiãoestá rias suas construções históricas e nosseus valores culturais originais, por isso,preservar o verde e os antigos prédios temuma importância capital para Belém".

Benedito Toledo assinalou a necessi-dade de preservação do Museu e das de-mais áreas verdes da cidade, com umaressalva: só a pressão de toda a sociedadepode frear o processo de devastação. Opesquisador não quis entrar no mérito dasalternativas judiciais para evitar o isola-mento do Museu, mas declarou que a viamais legítima está na elaboração de umaAção Popular. Segundo ele, a luta pela pre-servação da natureza é a luta pela própriavida. "Temos, também, que incidir sobrea classe política para que eles defendam,realmente, os interesses da população".De acordo com ele, "há saída para o pro-blema: Belém é mais forte que qualquerforça econômica".

ProvasO diretor do Museu, Celso Martins

Pinto, disse que o objetivo do evento é le-vantar provas técnicas de que o que defen-dem é correto e não se aplica somente aoMuseu, mas à toda a região amazônica:"Já vencemos algumas batalhas mas esta-mos longe da guerra final, embora esteja-mos organizados para ela".

Criação de tartarugas sóserá fiscalizada no verão

Paulo Koury, superintendente esta-dual do Instituto Brasileiro de Meio Am-biente, disse ontem que somente no verãopoderá ser deslocada uma equipe de fis-cais do órgão para o município de Juruti afim de inspecionar o projeto de criação detartarugas desenvolvido há dez anos pelafirma Cocrita e ainda não regularizado porcausa das exigências contidas no bojo deuma portaria do Instituto Brasileiro de De-senvolvimento Florestal (IBDF). Revista,hoje, pelo Ibama, a portaria foi adequadaà realidade, o que deve garantir condiçõespara que a empresa se legalize. A comis-são, além de iniciar o processo de legaliza-ção, fará a vistoria nas instalações e nocriatório, onde existem mais de 10 mil ani-mais, a fim de que o produto possa ser libe-rado para comercialização.

De acordo com Paulo Koury a legisla-ção permite a comercialização de tartaru-gas, desde que criadas pela empresa, após

licenciamento e com supervisão do Ibama.O Ibama, segundo Koury, fornece autori-zação para desmatamento, a qualquer em-presa ou pessoa, se houver documento delicenciamento ambiental fornecido peloDepartamento de Meio Ambiente da Se-cretaria de Estado de Saúde Pública, e fo-rem observados os critérios relativos aáreas de 1 até 50 hectares.

Uma autorização desse tipo foi dada,na semana passada, pelo Ibama, à empre-sa Camargo Corrêa Metais, sediada emTucuruí,para "a recomposição de umaárea de terras já exausta". Segundo PauloKoury, na região do Baixo Amazonas sãomínimos os problemas de devastação fio-restai, o que não acontece no Sul do Pará,onde os índices de desmatamento podemser considerados alarmantes, não pela ex-ploração madeireira mas no que diz res-peito ao corte raso para implantação depastagem.

Abrigos para pedestrestambém serão recuperadosDesde a última segunda-feira, a Secre-

taria Municipal de Obras desenvolve o Pia-no Verão. Os trabalhos estão sendoexecutados através de 15 turmas rotativasespalhadas por toda a cidade na tarefa da"Operação Tapa Buraco". Esta operação de-verá extender-se por um espaço de 60 dias.Em seguida, a Semob desencadeará o pro-cesso de recomposição asfáltica nos princi-pais corredores de tráfego da cidade,utilizando recursos próprios da Prefeitura.

Segundo o engenheiro Maurício Almei-da, titular da Semob, consta da programa-ção da secretaria a recuperação dasparadas de ônibus, mais precisamente osabrigos para pedestre com o emprego doconcreto ciclópico. Este trabalho deverá ser

iniciado dentro de aproximadamente 15 a 20dias.

Já no início da próxima semana, a Se-mob dará início â recomposição das calça-das da Praças da República, Praça BatistaCampos, Av. Governador José Malcher, Av,Brás de Aguiar, Praça Felipe Patroni, D. Pe-dro II, com pedras portuguesas, importadasdo Paraná que estarão chegando a ;5elématé a próxima segunda-feira.

Paralelamente ao trabalho que es'á sen-do desenvolvido no sistema viário, a Semobiniciará na segunda-feira próxima a recu-peração de quatro escolas da rede munici-pai que se encontram em situaçãoprecaríssima na parte de edificações civise que exige um trabalho de médio e longoprazo.

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Ó OPINIÃO O t/Bfi?>\A Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

Vivas ao Legislativo quetambém tenta depurar-se

O presidente da Câmarados Deputados entretém-se,nos últimos dias, com a tarefade tentar viabilizar algumaforma que proporcione ao Po-der Legislativo condições dedivulgar para a opinião pú-blica o que de bom os deputa-dos e senadores fazem, noexercício de seus mandatos. Ajustificativa apresentada pe-lo presidente da Câmara, aotentar criar uma TV do Con-gresso, é a de que a noticiáriodiário da Imprensa é prolífe-ro ao extremo na divulgaçãode fatos que desabonam o Po-der Legislativo e que, conse-qüentemente, descredenciam-no perante a população, aí in-cluídos todos aqueles que pa-gam impostos e sustentam aatividade dos parlamentares.

É de se ponderar, desdejá, que não se pode brigar comos fatos, sob pena de falsear averdade, distorcê-la e mani-pulá-la ao sabor dos interes-ses de cada um. Mais do quealardear diariamente ou emdias alternados as atividadesdo Poder Legislativo atra-vés de cadeia nacional de tele-visão, deverá o Legislativoretomar plenamente as suasresponsabilidades e funcio-nar de forma consentâneacom aquilo que a populaçãoespera dos parlamentares, ouseja, que não sejam apenas oslegisladores, mas que tam-bém sirvam de contrapeso aum outro Poder, no caso oExecutivo. Feito isso, e comabsoluta certeza terão seusméritos reconhecidos.

Como aconteceu anteon-tem, quando um ato baixadopela Mesa da Câmara cassouo mandato de dois deputadosque faltavam além da contaàs sessões, mas que, mesmoassim, regalavam-se com o sa-lário mensal pago em dia ecom todos os notáveis e mui-tos privilégios decorrentes dafunção parlamentar, entreeles a imunidade. Não se temcomo deixar de ressaltar que,sob todos os aspectos, a deci-são da Mesa da Câmara, antesde ser meritória, saneadora edepuradora, representa a fi-delidade e o rigor no cumpri-

Nomes & Fatos—

mento da lei que, aliás, foi vo-tada pelos congressistas dehoje, constituintes de ontem.

Não há como deixar deaplaudir a decisão do Con-gresso, principalmente quan-do a cassação dos dois parla-mentares ocorre num momen-to em que os deputados fede-rais estão sujeitos a rigoroso— e espera-se que seja assimmesmo, para todo o sempre —controle de freqüência, paraevitar as muitas ausências in-justificadas e a decorrentefalta de quorum, que entravao processo legislativo regu-lar. Isso faz com que, entreoutras nefastas conseqüên-cias, toda a sociedade paguemuito caro pelo atraso na de-liberação das quase quatrocentenas de leis complemen-tares, imprescindíveis paraque a Constituição Federalvigore plenamente.

O Parlamento é um dossímbolos mais sagrados emais caros ao regime demo-crático. É nele que o livre de-bate, a divergência saudávele a vigilância efetiva sobre osatos do Poder Executivo ga-nham dimensões que ultra-passam em muito a simplespresunção de que o Legislati-vo deve ser, quando muito,um baú sempre abarrotado deprojetos que devem ser apre-ciados e votados. Vale dizer,portanto, que as atividadesprecípuas dos parlamentares,quando postergadas, criam aimpressão de que eles nadamais fazem do que ganharmuito bem para fazer da im-produtividade uma palavrade ordem que a grande maio-ria cumpre fielmente.

A cassação dos mandatosde parlamentares qvie se com-prazem em só desservir aoPoder Legislativo é suficien-te, como exemplo, para pro-var que o aplauso de toda asociedade não é gratuito, massó ocorre quando há motivosjustificados. Assim como acrítica saudável e a perma-nente e necessária vigilânciada sociedade ao Congresso,inclusive através da Impren-sa, não podem deixar de serexercidas.

Pele — Edson Arantes do Nasci-mento, o Pele, recebeu uma das 42medalhas que a OMS (OrganizaçãoMundial da Saúde) entregou a indiví-duos e instituições por suas campa-nhas contra o fumo no mundo inteiro.Pele recebeu a medalha por promo-ver a idéia de que os esportes e taba-co não podem se misturar. Durante ascomemorações da Segunda JornadaMundial contra o Tabaco, no dia 31 demaio, foram premiados também otécnico da seleção brasileira de fute-boi, Telê Santana, jornalistas, publi-cações, companhias aéreas e artistascomo a atriz norte-americana Broo-ke Shields que disse que "fumar es-traga a sua beleza".

Segundo o diretor do escritório daOMS em Nova York, Gurujaj Mutalik,pelo menos 2,5 milhões de pessoasmorrem anualmente de doenças cau-sadas pelo fumo, como o câncer dospulmões, bronquite crônica, efisemae doenças cardíacas. "Isso significaquase uma morte a cada 13 segun-dos", disse Mutalik e acrescentou que,apesar de tudo, há sinais de que acampanha contra o fumo tem tido su-cesso, pois somente nos Estados Uni-dos cerca de 40 milhões de pessoaspararam de fumar nos últimos dezanos.

Indígenas — Completar a revisãoda convenção que trata dos direitosdos 300 milhões de pessoas pertencen-tes a grupos indígenas e tribais em to-do o mundo é tarefa da ConferênciaInternacional do Trabalho, que se reu-nirá um Genebra entre os dias sete e28 de junho. A revisão da convençãooriginal, chamada Convenção 107 eque foi assinada em 1957, começou noano passado. A convenção recomen-dou então que o processo de integra-ção não fosse uma meta única e queos grupos indígenas participassemdos programas feitos em seu favor,que deveriam ter como questões prin-cipais a integridade e os direitos da-queles grupos. O processo de revisãotambém afirmou que as medidas deproteção nunca fossem contra o inte-resses dos grupos ou prejudicassemo pleno gozo de seus direitos de cida-dão. Apesar de ter contribuído paraa preservação de grupos tribais e in-dígenas, a convenção 107 continha ai-guns artigos que deixavam implícitoum sentimento de inferioridade emrelação à cultura desses grupos. Eli-minar esses artigos é o principal ob-jetivo- do processo de revisão éatualização da convenção.

Drogas— Combater a lavagem dedinheiro através de uma legislaçãoque requeira das instituições banca-

rias e financeiras informações sobretransações e outras formas de ativi-dades financeiras é uma das reco-mendações da reunião entreparlamentares italianos, britânicos eda Alemanha Ocidental realizada naúltima sexta-feira em Viena. O encon-tro teve como objetivo pricipal discu-tir uma legislação que una os paíseseuropeus no combate ao tráfico dedrogas, informou ontem no Rio de Ja-neiro o Centro de Informação das Na-ções Unidas. Na reunião, promovidapelo Fundo da ONU para Controle doAbuso de Drogas, foi enfatizado quea legislação poderia ser efetuada coma aplicação dos princípios da coope-ração internacional, estipulados naconvenção da ONU sobre abuso dedrogas adotadas em Viena no mês dedezembro.

Piloto — O jovem piloto alemãoocidental Mathias Rust, que ocupouas primeiras páginas dos jornais domundo inteiro em maio de 1987 quan-do aterrissou com um pequeno aviãoCessna na Praça Vermelha, em Mos-cou, não poderia mais voar.

As autoridades de Hamburgo(norte da RFA) se negaram a renovarsua licença de piloto devido a essaaterrissagem "ilegal e perigosa", in-formou o porta-voz Wolfgang Raike.

Mathias Rust, de 21 anos, cum-priu uma pena de prisão de 14 mesesem Moscou e foi libertado no dia 4 deagosto do ano passado.Cacau — Depois de 25 anos decuidados e de dez anos de inspeção fi-tossanitária feita por 90 funcionáriosda Comissão Executiva do Plano daLavoura Cacaueira (Ceplac) em pos-tos rodoviários, portos e aeroportos,a doença conhecida por "vassoura dabruxa" furou o cerco e foi detectadana região produtora de cacau na Ba-hia. A doença, que no Brasil existiaapenas na região Amazônica, reduz aprodução do cacau em até 90%, se nãofor combatida.

A descoberta provocou a reaçãoimediata da Ceplac e dos produtoresbaianos, que há dois dias se reúnemem Ilhéus e Itabuna, com técnicos erepresentantes dos governos federale estadual para decidir as providên-cias a tomar. No local afetado, umaárea de 15 hectares no município deUruçuca, sul da Bahia, todos os 15 milpés de cacau devem ser erradicadose incinerados, decisão a ser tomadaem uma reunião hoje na Ceplac. Ocombate à "Vassoura de bruxa" nãoé químico, mas apenas o trato cultu-ral com a poda das plantas infecta-das, o cuidado de não remover omaterial para outros locais e a inci-neração.

J. BOSCO

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Ia confiante sópensa no governo

O candidato Leonel Brizola insiste emconsiderar irrelevante o fato de ter ascen-dido ao pimeiro lugar nas pesquisas de in-tenção de votos de seu competidorFernando Collor de Mello. Quando conver-samos, na noite de anteontem, ele aindanão tomara conhecimento dos resultadosda pequisa Gallup que registram um no-vo pulo de Collor dos 32 % para os 37,7 %e uma queda nos índices dos demais con-correntes. "É fogo de palha", diz, "o fogobrilha mas a palha vai sendo queimada".A palha é o combustível. A propósito o ex-governador tinha em mãos dois exempla-res da revista "Veja" que havia mostradoa jornalistas estrangeiros (eles logo com-preenderam), 01 de abril de 1982 com o re-gistro na capa do "fenômeno Sandra", e afotografia em cores da deputada SandraCavalcanti, e outro 08 de maio deste anocom capa semelhante, o registro de novofenômeno e o retrato também colorido deCollor. Acha Brizola que, por inconsisten-te, a mensagem do candidato do PRN ce-do o apeará do cimo a que teria chegadomomentaneamente.

Prefere o líder do PDT falar do proje-tado encontro de dirigentes políticos na-cionais, de que tratou na sua reunião como deputado Roberto Freire, candidato co-munista a presidente da República, paraprevenir a hipótese de agravamento da si-tuação do país no curso do processo suces-sório tal como está acontecendo naArgentina. Sugere ele que se reúnam to-dos os candidatos a presidente, os presi-dentes de partidos, líderes parlamentarese dirigentes de sindicatos de empregadose patrões, para debate e seleção de alter-nativa que, em emergência, seria por elesapresentada ao governo federal como con-tribuição para vencer dificuldades previ-síveis sem prejuízo das instituiçõesdemocráticas. Quer Brizola que os deba-tes sejam reservados a fim de evitar quese aproveite a oportunidade para manifes-tações personalistas totalmente desça-bíveis.

Sobre as negociações com o PTB dis-se Brizola que não abre mão numa even-tual coligação do direito de escolher, numalista de nomes de políticos trabalhistas ocandidato a vice mais afinado com suamensagem. Não abre mão de uma prer-rogativa que considera vital para a boa or-dem democrática, sendo numerosas na

história dos país, as crises suscitadas pe-los conflitos entre presidente e vice-presidente ou por dissonâncias de orien-tação de ambos, como teria ocorrido na úl-tima sucessão. Brizola alude mesmo aoproblema da eleição de João Goulart co-mo vice de Jânio Quadros e as conseqüên-cias que disso advieram para ilustrar seucuidado em ter um companheiro de cha-pa que mantenha a unidade da propostapresidencial. O mesmo deve acontecer naparticipação do PTB no futuro governo, aqual estaria sempre condicionada à esco-lha pelo presidente dos seus ministros. Sa-be o ex-governador que isso estádificultando as negociações com PaivaMuniz, mas prefere deixar tudo claro. Nalista de nomes desse partido para vice po-deriam estar: Roberto Magalhães, Gonza-ga da Mota, Afonso Camargo e o próprioMuniz.

O candidato do PDT, interrogado, dis-se que já temldéias,bastante precisas so-bre combate a inflação, de cujo êxito sabeque dependerá a eficácia dos propósitos deum governo. Acha que a estratégia deve-rá estar condicionada à questão as "per-das internacionais" da nossa economia. Opaís não poderia mais suportar as san-grias representadas pelo pagamento dejuros da dívida externa, pela fuga de dó-lares para o exterior e por outros déficitgerados no relacionamento da economiabrasileira com os pólos de economia mun-dial. Insiste ele em lembrar o modelo au-traliano, de um capitalismo modernodentro do qual o governo assegura a sobe-rania nacional e garante o bem estar doseu povo. Acha ele que, apesar das diver-sidades das duas nações, esse exemplo po-de servir de parâmetro para adoção depolíticas indispensáveis a restaurar o pro-cesso de crescimento da economia do paísacompanhado de benefícios sociais.

Voltando à candidatura à vice-presidência na chapa de Brizola, mantémele a preferência pelo nome do deputadoFernando Lira, o qual somente seria sa-crificado na hipótese de se concretizar co-ligação com o PTB. Lira, no entanto, sepersistir como a hipótese preferida de Bri-zola, deverá estar atento à possibilidadede ter de ir à disputa no PDT, pois aí seesboçam outras possíveis propostas. A in-dicação do líder poderá ser discutida naconvenção. Carlos Castello Branco

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ASSOCIAÇÃONACIONALDE JORNAISANil

{ Joelmir Beting )

Fábricas deimpostos

Autofagia fiscal. Ou a arte.dearrochar os próprios impostos. É oque o governo brasileiro teima empraticar no controle de preços daindústria do fumo. Com carga bru-ta de 74% do preço final, o cigarroé o produto mais tributado da eco-nomia brasileira. É também o ci-garro mais tributado no mundointeiro. Tanto assim, que os preçosnão são controlados pelo CIP, pelaSEAP ou pela Sunab. São tabela-dos diretamente pela ReceitaFederal...

A indústria do fumo documen-ta, agora em junho, uma defasa-gem de 34% a do Plano Verão. Adefasagem dos anos anteriores édada como caso perdido. O reajus-te de ontem cobriu apenas a sobre-carga do ICMS. O que subiu foi oimposto. No arrocho da indústria,o governo arrocha a própria recei-ta em 34% é como se ele estivessesubsidiando em 34% p próprio con-sumo do cigarro. Nao seria maiselegante subsidiar o consumo doleite ou do pão?

Vivendo de jurosNa mesma jaula da indústria

de remédios, a indústria de cigar-ros vem perdendo dinheiro desde1985. Sua fatia no preço final é deapenas 17,5%. Com essa margem,ela deve remunerar todos os eus-tos e bancar todos os riscos. Entreoutros, os custos de uma distribui-ção capilar por 280 mil pontos devenda.

O lucro virou fumaça. Sobrouo filtro do ganho financeiro: com-pras a prazo, vendas à vista. Talcomo um próspero negócio chama-do supermercado.

Fumaça de bilhõesQuestionado e rechaçado na

área da saúde pessoal (e pública),o cigarro dá emprego direto ou in-direto a 2,5 milhões de trabalhado-res. Dos quais, 620 mil no cultivo dofumo, em 110 mil minifúndios dearrimo familiar.

Na sustentação da vasta en- 'grenagem, 27 milhões de brasilei-ros queimam 158 bilhões decigarros por ano. Um desembolsocoletivo de US$ 3 bilhões.

Não é consórcioOs consórcios de bens de con-

sumo ficaram enciumados com olançamento do Coopercap, título decapitalização diferenciado, intro-duzido na praça pelo Bamerindus.Falou-se em consórcio de dinhei-ro" e as empresas do ramo corre-ram ao Ministério da Fazenda:pode?

Resposta da Susep, autoridadena área de capitalização (e segu-ro): o Coopercap não é consórcio.Ele se submete as rígidas normasda capitalização: os cálculos sãoatuariais e a empresa obriga-se a .formar reservas técnicas para acobertura de riscos. Empresa es-1

Secialização. No caso, o Bamerin-

us criou a Financial Companhiade Capitalização.

O prazo é curtoTécnicos da Susep trocam as

bolas: o Coopercap nao é consór-cio, mas o consórcio é capitaliza-ção. Os consórcios é que deveriamser enquadrados como atividade fi-nanceira genuína. Um negócio pa-ra conglomerados bancários, sobcontrole da própria Susep.

Enquanto titulo de capitaliza-ção; novidade maior do Coopercapesta no curto prazo do contrato.Lançado para prazos de até 48 me-ses, a clientela está se concentramdo nos contratos de 12 e de 18meses.

Secos e molhados1. O governo Sarney vem apli-

cando em habitação 3,9% dos re-cursos públicos. O governo •Figueiredo aplicou 12,3% na mes-ma área.

2. A América Latina, Brasil, no~meio, sofreu, em 1988, uma perdalíquida de capital (a oficial) do ta-manho de US$ 49 bilhões.

3. Os investimentos europeus ejaponeses nos Estados Unidos tota-lizaram, ano passado, nada menosde US$ 65 bilhões.

4. Só faltava essa: faltar ca-chaça. Pois vem aí o desabasteci-mento do "cobertor de pobre".Engenhos paulistas não aceitamNCz$ 0 12 por litro.

5. A greve do pessoal de cons-trução e montagem, em Itaipu, in-terrompe a obra, mas não ageração de energia. Haverá força,não faltará luz.

6. A greve em Itaipu é a pri-meira que respeita a cartilha daemenda provisória n? 59. Foi tudocomo manda o figurino da res-trição.

7. Para uma inflação de 9,94%,o "over" rendeu apenas 10,33% emmaio. Para junho, projeta-se ga- ¦nho real de um quinto por sobre oIPC.

Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989 O LIBERAL tiBLIOTECA PÚBLICA DO PARÁSecção de Obra3 do Pará CIDADES 7

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O convento já está em fase de conclusão

Sahid Xerfan visitao convento em obras

0 prefeito Sahid Xerfan visitou, ontem, as obras do Con-vento das Irmãs do Preciosíssimo Sangue, em São Brás, emfase conclusão.

0 convento é produto de um entendimento com a ad-ministração anterior da Prefeitura de Belém. Quando foidesenvolvido e realizado o projeto do mercado de São Bráse da feira, como as religiosas ocupavam o espaço destina-do ao projeto, foi estabelecido um acordo de permuta: a Pre-feitura construiria o mercado e ativaria a feira e, emcontrapartida, também cosntruiria um convento para as ir-mãos numa área contígua. A administração anterior nãoteve tempo hábil e nem possibilidades de concluir o prédio,o que está sendo feito, agora, pelo prefeito Sahid Xerfan.

A entrada do convento, o prefeito foi recebido pela Ir-mã Maria Vilanir de Araújo Moreira, Provinçal da Ordempara o Norte/Nordeste e percorreu as dependências doconvento.

A Ordem das Irmãs do Preciosíssimo Sangue teve ori-gem na Itália e hoje se faz presente em 76 países. No Bra-sil, a ordem possue 116 religiosas. Em Belém, as Irmãs doPreciossímo Sangue estão presentes na creche do "Berçode Belém", no Arcebispado, dando assessoria aos bispos eem várias paróquias, especialmente a de São Pedro e SãoPaulo, no bairro do Guamá.

A Ordem mantém há vários anos o Instituto Madre Za-rife Salles, nome dado em homenagem a uma das mais ope-rantes religiosas, que muito promoveu a congregação emBelém e na comunidade de guamaense, já falecida.

Sahid Xerfan, ficou bastante impressionado com o queviu, ao mesmo tempo em que determinou algumas provi-dências finais para que as religiosas possam ocupar defi-nitivamente o imóvel no menor espaço de tempo possível.

Universidade Federal:morte no crediário

Nagib Charone Filho

A Universidade agoniza em morte lenta, sem qual-quer piedade. Lançada nesta cruel cama de "feno",atacou-a um marasmo mórbido, exangue e incipiente.Pseudos defensores, e curadores da sua saúde levaram-na a um estado insensato, onde o único remédio que lheaplicam é a greve política, com finalidade outra que nãoa obtenção do obstáculo no seu caminho. Alguns senho-res, amealhados com os pretensos poderes que lhes con-feriram os votos da Democracia, apoderaram-se destedireito e estão, em golpes sucessivos e planejados,garroteando-a de modo impiedoso. Soltem-na, por favor.

Não vedes que estas greves são a imagem do Qui-xote investindo contra os Monstros de Vento? Que con-quistas obtiveram que possam ser computadas para oseu crescimento, como centro gerador de ciência e sa-bedoria? Esta greve, todos sabem, está fadada ao fra-casso. Ela não é senão a greve do imobilismo de todosmenos 10, em resignação a estes 10, todos poderososmonstros criados pelo voto da Democracia populista e

.esquerdizante. Estamos todos cansados deste tipo de lutaidiota e hipócrita. Será que já no final do século XX, es-tas pseudo lideranças não conseguem inventar outro mo-do de lutar em favor desta instituição sagrada? Mas seráque, em plena época da cibernética, não se consegue pen-sar em outra saída que não estas malfadadas greves semdestino? Estas vitórias não convencem, porque são tra-gadas pelo descrédito a que nos lançam.

São vitórias de Pirro, obtidas com o sacrifício de mi-lhares de jovens que, iniciados nos caminhos da ciênciapura, tiveram seus anseios tolhidos pelo desânimo, pelodescrédito, pela angústia e pela incerteza do futuro ne-buloso. Esta modorra contagiante é tão convincente e vi-rulenta que os líderes a deixam dormindo em berçoesplêndido e voam para outras plagas, sem qualquer ex-plicação. O reitor está nos Estados Unidos, visitando aOEA, enquanto milhares de jovens, crianças e pais dis-putam, cá fora, o pão de cada dia, angustiados por umestado de incerteza sem precedentes na nossa história.Seé cabal a inten:çãó.dos governos de não privilegiar aCiência, busquemos na própria sociedade, pelo seu con-vencimento, a forma de fazê-la o altar do nosso ideal.Por favor, voltemos ao trabalho enquanto há tempo desalvar o semestre. Façamos um esforço concentrado,consciente, rompendo as barreiras criadas pelas canti-lenas dos líderes de barro, que nos estão a lançar numabismo comparável à Idade Média.

Em todas as épocas, as Universidades foram um lu-gar de sacrifício pelo prazer da ciência. Quem não sedispõe a este sacrifício, largue-a de vez porque esta Deu-sa não dá perdão. Ela exige dedicação permanente e umsacrifício de Prometeu. E bem provável que apareçam• números mostrando as conquistas nos salários de pro-fessores efuncionários, mas é certo, também, que se po-de provar com estes mesmos números, que estasconquistas desvaneceram pelos números inflacionáriosI manipulados pelo governo. Não se pode eliminar o di-reito de lutar por melhores salários nesta economia lou-ca, porém não posso crer que matar por inanição edescrédito a própria organização seja a solução para es-tes problemas. Não posso crer que os funcionários e pro-fessores, que têm no NPI (escola para filhos defuncionários da UFPa) uma substancial ajuda financeira

e satisfação pelo ótimo nível de escolaridade chegue aocúmulo da burrice de concordar com a sua paralisaçãoNão sou técnico em greves, porém nunca vi alguma quedeliberadamente seja feita para se auto-prejudicar.Existe nestas greves, uma verdadeira periodicida-de, já marcada nos calendários com antecedência deanos. É possível predizer com absoluta certeza o dia ea hora em que começarão, o que prova total falta de es-tratégia para o alcance dos objetivos. Os objetivos da lutatalvez não devam ser somente verbas e salários, mas

principalmente os produtos finais desta fábrica, ou sejaos profissionais por ela formados. Avassalada pelo vio-lento caudal de ciência desenvolvida nos países maisadiantados, estamos ficando no contrapé da história ecomo, diria Napoleão Bonaparte "já cem anos dela nosdistanciamos". Tudo indica que somente na América La-tina desapareceu, de todo, o espírito soberano das Uni-versidades existente em todos os tempos e que foisubstituído por um espírito mercantilista, com disputasde classes no lugar de disputas de teorias científicas. Fi-quemos por aqui. Pecamos a Deus e á consciência detodos que façam nascer, na mente dos condutores destae das outras Universidades, a luz para sua salvação.

O autor é engenheiro Civil-MSc.

Duas turmas vão às aulas na UnespaO professor JoaquimLemos ministra asaulas enquanto odiretor, Edson Franco,condiciona o aumentosalarial ao reajustedas mensalidades

PW?To&l

A

greve dos professores da Unespacontinuou, ontem, mas, apesar doapoio de um grande número de es-

tudantes, o pedido de "aulas já!", feitopor alguns alunos está sendo atendido pro-gressivamente por determinados professo-res, segundo revelou Joaquim Lemos, as-sessor jurídico da Unespa e professor deDireito Civil da entidade.

Joaquim Lemos alegou ter retornadoàs atividades por entender que o movimen-to, em seus 34 dias, já se constitui uma in-sensatez, com prejuízos incalculáveis paraos estudantes e a sociedade de um modogeral: "As razões que motivaram a grevesão justas, mas as suas conseqüências aesta altura vem se mostrando injustasprincipalmente para os que justificam aexistência da instituição: os alunos".

O professor vem ministrando suas au-Ias, desde segunda-feira passada, paraduas turmas do quarto ano de Direito (res-pectivamente com 34 e 36 alunos), com fre-qüência de cerca de 70%. Segundo ele, oComando de Greve não impediu de nenhu-ma forma a realização das aulas, mas vemtentando persuadir os estudantes a nãocomparecerem, expondo as razões da gre-ve e alegando a sua importância para amelhoria do ensino.

Joaquim Lemos, que permaneceu semdar aulas durante os 30 dias iniciais da gre-ve, entende que "está havendo uma certaintransigência de ambas as partes", sendonecessário uma dose de flexibilidade e ra-zão para equacionar o problema. Alega,ainda, que "enquanto existia a discussãoentre professores e direção a nível de em-pregado e patrão, na reivinditíação sala-rial, a greve se justificou como instrumen-to legítimo de pressão, mas agora que amatéria está a cargo da Justiça, a grevenão pode mais funcionar nesse sentido,porque a Justiça não pode serpressionada".

O assessor jurídico da Unespa atribui

Os estudantes ainda permanecem em greve no campus da Unespa. Mas já h;. quem insista paraque as aulas sejam retomadas.

o impasse gerado pela greve ao fato de aspessoas estarem "encasteladas em suasposições", acreditando que ceder um pou-co é alienar-se. Para ele, todo acordo en-volve uma transigência.

Joaquim ressalta que considera indig-nos os salários dos professores, mas acre-dita que o retorno às anlas no atual mo-mento do processo reivindicatório viria so-mar para o próprio movimento grevistacomo um "desarmar-se" para discutirmais tranqüilamente e com certa respon-sabilidade a crise atravessada pelaUnespa.

O professor Edson Franco, diretor daUnespa, divulgou uma nota, ontem, argu-mentando entre outras coisas que "quandoo trigo aumenta de preço e não há subsí-dios para ele, aumenta o preço do pão".Segundo ele, assim écoma escola: "Quan-do os professores, que são a essência da es-

,1T ' /¦¦ / Iy

O professor Joaquim Lemos

cola, têm aumentos salariais, a conse-qüência é o aumento das mensalidades, so-bretudo agora que as escolas estão em je-jum de quaisquer subsídios". Só a aceita-ção de um novo aumento nas mensalida-des, por parte dos alunos, permitiria oatendimento das reivindicações dos pro-fessores, mas Edson Franco levanta a hi-pótese de que, com o breve descongela-mento das mensalidades, o reinicio das au-Ias na Unespa, integralmente, pode seviabilizar.

O Comando de Greve alega., por seuturno, que todos os professores de algumaforma estão querendo "aulas já!", só quesob condições mais dignas de ensino, o queinevitavelmente implica uma melhoria sa-larial: "Não é mais possível continuar ga-nhando salários de até NCz$ 80,00 para for-mar profissionais de nível superior", con-clui o comando.

Cardiologistas fazem jornadapara atualizar conhecimentos

A partir do próximo dia 5 e até odia 8, no salão Karajás do Hilton Ho-tel, os profissionais paraenses vãoconhecer e discutir os avanços no tra-tamento das doenças do coração noBrasil, durante a realização da IIIJornada Paraense de Cardiologia.Segundo o médico Eduardo Mendon-ça, presidente da Sociedade Paraen-se de Cardiologia — que está promo-vendo a Jornada —, as doenças do co-ração, atualmente, matam mais bra-sileiros que o câncer. Cerca de 60%dessas mortes, segundo ele, são pro-vocadas por arritmias cardíacas du-rante a fase aguda do infarte.

A realização da jornada, na opi-nião de Eduardo Mendonça, é oportu-na porque a cardiologia no Pará ain-da está atrasada em relação a outrosEstados do País. "Novos métodossão lançados e o Pará só toma conhe-cimento deles meses depois", disseele. Eduardo Mendonça destacou ou-tro objetivo do evento: promover atroca de informações entre os profis-sionais que atuam em Belém e no in-terior do Estado.

Dificuldades e avanços

Segundo Mendonça, a principal

dificuldade enfrentada hoje pelosprofissionais paraenses é a falta deum aparelho de hemodinâmica —que possibilita a análise das artériascoronárias e aponta a necessidade daimplantação de pontes de safena —,que possa atender à comunidade emgeral, já que o único aparelho exis-tente no Estado está numa clínicaparticular. Em todo o Pará, atual-mente, revelou Mendonça, cerca detrês milhões de pessoas precisamrealizar esse tipo de exame, que temum custo elevado.

Apesar das muitas e sérias difi-culdades enfrentadas pelos cardiolo-gistas paraenses, Mendonça desta-cou alguns progressos, como o Hospi-tal dos Servidores do Estado (HSE),que já dispõe de equipamentos ade-quados para a realização de cirur-gias cardíacas, implante de marca-passo (aparelho que controla os bati-mentos cardíacos) e de um Centro deTratamento Intensivo."Um hospitalequipado dessa maneira já é umavanço para nós", afirmou o médico.

Conforme Eduardo Mendonça, aJornada também oferece aos profis-sionais do Estado uma oportunidadede reciclar seus conhecimentos, sema necessidade de se deslocar para ou-

tros pontos do País. •A Jornada Paraense de Cardiolo-

gia será aberta no dia 5, às 20 horas,com a homenagem ao cardiologistaPaulo Toscano, pelo trabalho desen-volvido à frente da Sociedade Pa-raense de Cardiologia. Disse Men-donça, que foi Toscano o responsávelpela realização, no ano passado, doCongresso Brasileiro de Cardiologiaem Belém, o que não acontecia hámais de 20 anos.

Paulo Toscano vai ministrar apalestra de abertura: "A cardiologiano Pará: uma visão do passado e an-tevisão do futuro". As atividades ini-ciarão sempre às 8h30 e encerrarãoàs 21h30, com a participação de qua-se 150 pessoas, entre cardiologistas,pediatras, obstetras, enfermeiros eestudantes dessas especialidades.Entre os palestrantes estão os medi-cos paulistas Josef Feher, AntoninhoArnoi, e os paraenses Salvador Nah-mias e Elzalina Clara.

As inscrições para o evento pode-rão ser feitas na secretaria do Incor,na avenida Gentil Bittencourt, entreDr. Moraes e Benjamin Constant,mediante o pagamento da taxa deNCz$ 15,00 para médicos e NCz$ 8,00para enfermeiros e estudantes.

Sauveiroseliminados

dos cemitériosQuase uma centena e

meia de sauveiros elimina-dos — este o resultado daoperação de expurgo de saú-vas realizados pelo LionsClube Belém Vitória Regia»de comum acordo com aPrefeitura Municipal de Be-lém, nos quatro cemitériospúblicos da capital paraen-se. No total, foram feitas2.919 aplicações duplas decupinicidas. Nos cemitériosde São Jorge, na Maram-baia, foram feitas 2.113 apli-cações duplas que resul-taram na eliminação de 70sauveiros; no cemitério deSão José, no Bengui, foram150 aplicações duplas, em 10sauveiros. No de Santa Iza-bel, no Guamá, 515 aplica-ções duplas.

Alumínio Superior dá todo o apoioà nova diretoria da Associação Industrialde Castanhal para que ela estejasempre lá em cima.

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G€N€V€, MfiV 1989

Os estudantes foram ao colégio, ontem

Alunos do JustoChermont pedemgarantias à SevopA volta às aulas dos 3.480 alunos da Escola Es-

tadual de lü e 2o Graus Justo Chermont foi marca-da, ontem, por um impasse. Alguns alunos, lidera-dos pelo presidente do Grêmio Estudantil, CarlosAlberto Marques, incentivavam os colegas a cobrarda direção da escola os laudos que comprovam a se-gurança do prédio, que sofreu um afundamento noúltimo dia 14 de abril. A diretora da escola, EdnaPampolha, por achar que o presidente do Grêmio,ex-aluno do colégio, segundo ela, "estava incenti-vando os alunos contra a direção", resolveu solici-tar a retirada do estudante das dependências da es-cola. O aluno pediu, então, que os alunos e seus paiscomparecessem à reunião, programada para on-tem, às 19 horas, na igreja de Aparecida, à qualcompareceria o engenheiro Nagib Charone, respon-sável pela obra. Edna Pampolha disse que tambémiria à reunião.

Na última quarta-feira, o titular da Secretariade Estado de Viação e Obras Públicas, Ismar Perei-ra, esteve no Justo Chermont para entregar a obraà direção da escola. Na ocasião, o secretário afir-mou que o prédio central, que afundou, está total-mente seguro. Segundo ele, o problema verificou-senas fundações do prédio que estavam a uma profun-didade de dois metros, considerada baixa. A Sevopaumentou a profundidade das fundações para seismetros e reforçou os pilares de todos os blocos. Ape-sar da garantia do secretário e da direção da escola,de que não há mais perigo, alguns alunos e pais ain-da se mostram bastante preocupados.

A apresentação do documento foi garantida porNagib Charone também na quarta-feira. Carlos Al-berto Marques, no entanto, exigiu que os laudos fos-sem apresentados. Na manhã de ontem, houve aapresentação dos alunos de 5a e 6° séries, que foramalertados pelo grupo de alunos inconformados. A di-reção da escola pediu, então, a retirada do grupo,para tranqüilizar os demais. Edna Pampolha infor-mou', também, que a maioria dos alunos está tran-qüila quanto a segurança do prédio, embora CarlosAlberto Marques, afirme o contrário: "Foram pou-cos os alunos que vieram à escola". Durante a apre-sentação dos estudantes, a diretora convocou, tam-bém, uma reunião com os 36 professores do períododa manhã, para que estes, ajustem, segundo ela, ocalendário letivo.

Da reunião participou, também, o engenheiroNagib Charone que garantiu aos professores, con-forme a diretora, "a total segurança do prédio". Asolução encontrada pela direção do Justo Chermontpara não atrasar mais o ano letivo foi de finalizar asobras durante as férias do mês de julho. Todas asturmas terão, também, mais meia hora de aula,"para que seja reposto o tempo perdido", afirmouEdna Pampolha. A diretora garantiu, ainda, que asmáquinas e os restos de materiais de construção se-rão retirados até segunda-feira. "Não haverá baru-lho algum nem materiais", disse ela.

Entre os alunos que manifestaram certa preo-cupação com relação ao reinicio das aulas estavaAndréa Dias, da 7" série: ela se disse com medo devoltar e considerou importante ver o documento.Antônio Paulo Cardoso é da mesma opinião: só fica-rá tranqüilo quando vir os documentos.

O Grêmio Estudantil sugeriria, na reunião deontem, que as aulas da escola fossem transferidaspara outros locais, enquanto as obras não fossemencerradas por completo. Edna Pampolha disse,porém, que esta proposta já foi encaminhada a Se-cretaria de Estado de Educação, "que a recusoupor considerá-la desnecessária". Hoje haverá aapresentação de outras turmas do colégio.

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8 CIDADES O LIBERAL Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

CÂMARA DA CIDADE

Vereadores querem anteciparas negociações salariais

Lembrando que a Câmara Muni-cipal de Belém estará de recesso noperíodo de 1 a 31 de julho, o vereadorVictor Cunha (PDT) apresentou re-querimento — subscrito por diversosvereadores — solicitando ao prefeitoSahid Xerfan que abra, imediatamen-te, as negociações salariais junto aofuncionalismo municipal para evitaratrasos na concessão do aumento dacategoria. A data-base dos servidoresmunicipais é em julho e a preocupa-ção do vereador é que até o dia 15 dejunho seja apresentada à Câmara, pa-ra discussão e votação, a mensagemdo Executivo sobre o assunto.

"De acordo com a recente mensa-gem do prefeito municipal, conceden-do adiantamento aos servidores mu-nicipais, o aumento do funcionalismodo Município é em julho. Assim, se amensagem chegar à Câmara após odia 15 deste mês, há possibilidade denão ser votada até o dia 30, quando co-meça o período de recesso", alertaVictor Cunha. Ele sugere, ainda, aoprefeito, a imediata criação de umacomissão de negociação para contac-tar com os representantes da catego-ria e estabelecer o percentual dereajuste.

Uma emenda pode reduzira quantidade de sessões

O grande número de sessões sole-nes na Câmara Municipal poderá serreduzido caso seja aprovada emendade autoria do vereador Milvio Olivei-ra (PL) limitando os dias para a reali-zação de tais sessões. Segundo o ve-reador, o excesso de sessões solenestem tido efeito negativo na agilizaçãodos processos em andamento no Le-gislativo municipal, já que causamacúmulo da pauta. Sem querer discu-tir o mérito da questão, Milvio Olivei-ra acredita que devam ser estabeleci-dos alguns critérios para a realizaçãodas sessões.

A emenda de Milvio Oliveira mo-difica a resolução n° 18, de 16 de no-vembro de 1984 — que dispõe sobre aconvocação de sessões extraordiná-rias, solenes, especiais e secretas —propondo a inclusão de mais dois pa-rágrafos ao artigo 51. De acordo como parágrafo 2o proposto, as sessões so-ienes e especiais só se realizarão àssegundas-feiras, no horário destinadoa primeira e segunda partes da ordemdo dia das sessões ordinárias. O para-grafo 3o estabelece que não se in-cluem nos casos citados no parágrafoanterior as sessões solenes de instala-ção e de encerramento de legislaturae de sessões legislativas."Diante do importante momentohistórico por que passa a Câmara Mu-

nicipal, todos os vereadores devem to-mar providências para, quando daelaboração da Carta Municipal nãohaja acúmulo de trabalhos legislati-vos", observa o vereador, que afirmanão ser contrário às sessões solenes eespeciais. "Esse tipo de sessões muitotêm enriquecido o desempenho parla-men tar dos vereadores, no entanto afalta de disciplinamento para suasrealizações tem prejudicado o anda-mento dos trabalhos. Se tivermos umdia disponível para a realização des-sas sessões, tenho cereteza que os tra-balhos na Câmara obedecerão a ritmoregular", finalizou o vereador.

Também o líder do PDS, JoaquimPassarinho, apresentou requerimentosobre o assunto. Ele solicita que, nassessões especiais de homenagem, se-ja facultada a palavra apenas ao au-tor do requerimento de convocação, aum vereador escolhido pela Mesa pa-ra falar em nome do Poder Legislati-vo Municipal e ao representante dohomenageado. "Isso evitará que, fu-turamente, o homenageado ou seu re-presentante venham a ouvir conside-rações deselegantes em uma sessãoque objetiva homenagear e não criti-car", afirma o vereador aludindo arecentes episódios dessa naturezaocorridos na Câmara Municipal.

Comissão solidariza-secom diretora da UMS

Uma comissão constituída por 45pessoas — entre funcionários da Uni-dade Mista de Saúde do Mosqueiro emembros da comunidade residentenaquele balneário — esteve ontem naCâmara Municipal de Belém para as-sistir à votação e discussão do reque-rimento de autoria do vereador MilvioOliveira (PL), solicitando apuraçãode denúncias de irregularidades na-quela unidade de saúde. Ao requeri-mento estava anexo um dossiê sobre aUMS, historiando as irregularidadese arbitrariedades ali praticadas.

Portando faixas em solidariedadeà diretora da UMS do Mosqueiro, Me-riam Benoliel Gomes (que segundo asdenúncias estaria conivente com arbi-trariedades ali existentes), os mani-festantes disseram que o motivo desua ida à sede do Legislativo munici-pai era expor aos vereadores "o outrolado da situação" e convidá-los parair à UMS para verificar in loco a si-tuação. Afirma a comissão que as de-núncias são falsas e o dossiê inexis-tente. O vereador Bento Pereira(PMDB) solicitou à Mesa uma cópiado dossiê, mas o presidente NelsonChaves (PTB) não permitiu que fos-

sem fornecidas cópias. Milvio Olivei-ra concorda com a decisão da Mesa:para ele seria perigoso entregar odossiê, já que nele está incluído umabaixo assinado e poderiam haver de-missões dos funcionários que o assi-naram. "No decorrer das apuraçõesas denúncias serão conhecidas e ana-lisadas. Nada está sendo escondido",diz.

O requerimento do vereador já vi-nha sendo discutido desde o dia ante-rior e foi aprovado por unanimidadepelos vereadores. Durante a discus-são, o líder do PMDB, Emanoel Ó deAlmeida alertou Milvio Oliveira sobreos problemas em que estaria se envol-vendo ao "mexer com o assunto", jáque há um ano ele também denuncioua situação e passou por. sérias dificul-dades, causadas, principalmente, por"pessoas influentes não interessadasem ver os fatos apurados".

Ontem, Milvio Oliveira disse nãotemer os problemas e reafirmou suadecisão de levar a apuração até o fim:"Não estou pré-julgando os fatos, nãoacuso nem defendo, mas acredito quedeve haver a verificação dasdenúncias".

Cedenpa: deutilidadepública

O Centro de Estudos eDefesa do Negro do Pará(Cedenpa) pode vir a serconsiderado de utilidadepública para o municípiode Belém, se for aprovadoprojeto-de-lei de autoria dovereador João Batista deAraújo (PTj. Fundado em1981, o Cedenpa é uma enti-dade sem fins lucrativosque objetiva combater o ra-cismo anti-negro de formaorganizada e é reconheci-do a nível regional, nacio-nal e alé internacional —sua cartilha "Raça negra:a luta pela igualdade" estásendo editada na França.

Segundo o vereador, ainiciativa tem em vista aimportância do Cedenpapara a população de Belémem geral e, em especial,para os negros. Ele alegaque, como utilidade públi-ca, o Cedenpa virá a se con-solidar ainda mais dianteda opinião pública, facili-lando a obtenção de "fon-tes de recursos mais está-veis", já que a entidade so-brevive, atualmente, deverbas de projetos e doa-ções de sócios."O fato de o Cedenpavir tentando organizar osegmento mais desprivile-giado da sociedade brasi-leira já é altamente relê-vante, não somente por se-rem os negros 50% da popu-lação, mas também porquenão há democracia ondeexiste racismo", conclui overeador.

Plantio de mudasde árvores pode setornar obrigatório

A obrigatoriedade de plantio de mudas de árvores nasáreas de edificação e loteamento do Município de Belém éabordada pelo vereador Jeronymo Filho (PDS) emprojeto-de-lei. "O plantio de árvores em nossa capital temcontribuído para que a cidade seja considerada, na regiãoNorte, uma das que melhor planejamento possuem, noque diz respeito à arborização. Entretanto, os loteamen-tos e construções que estão ocorrendo em larga escala emBelém, sem que haja uma arborização programada, con-tribuem para que nossa cidade, em pouco tempo, passe ater uma temperatura elevada face à modificação climáti-ca causada pela ausência de árvores", afirma o autor doprojeto.

Ele embasa suas afirmações no resultado das pesqui-sas da geógrafa Magda Lombardo — que recentementeconstatou que a temperatura de Belém tende a elevar-secada vez mais, caso não sejam tomadas providências noque concerne a planejamento ambiental. Segundo o proje-to de Jeronymo Filho, mudas de pelo menos l,5m — cor-respondentes a árvores nativas da região e que se pres-lem à arborização urbana — serão obrigatórias em edifi-cações de uso residencial (área de edificação superior a150 metros quadrados), não residencial (90 metros qua-drados) e industrial (60 metros). .

Nas áreas destinadas a loteamento será obrigatória acriação de uma reserva para arborização — com plantiode uma muda de árvore a cada 150 metros quadrados —,devendo o plantio atender às necessidades especificas decada local, conforme o trabalho de pesquisa e planifica-ção "Arborização de Belém", elaborado pelo Museu Pa-raense Emílio Goeldi. Para que seja cumprido asse arti-go, o vereador sugere que o Executivo municipal firmeconvênio com o Museu para aperfeiçoar o trabalho já ela-borado por aquela entidade.

. Deseja o vereador que nenhum projeto para edifica-ções ou uso do solo seja aprovado pela secretaria munici-pai competente sem que esteja nele especificado o com-promisso ou a área para o plantio de mudas determinadopelo projeto-de-lei. Aos que nao cumprirem o estabelecido— ainda segundo o projeto — serão aplicadas as penalida-des previstas pelo Código de Obras e legislaçõescorrespondentes.

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Cobras invademo conjunto

No conjunto da Cohab, na Gleba dois,bairro da Marambaia, os moradores estãovivendo momentos de grande tensão: a áreafoi invadida por cobras. Segundo eles, as co-bras aparecem durante as chuvas, pois co-mo as ruas ficam totalmente alagadas, aágua facilita a entrada dos répteis nas resi-déncias. Uma das moradoras diz que as co-bras aparecem nos quintais ou até mesmosaem do ralo da cozinha. Segundo os mora-dores, aparecem desde surucucu até cobra-papagaio.

Perto do conjunto da Cohab existemduas pequenas florestas que pertencem àMarinha e ao 2? BIS, de onde poderiam es-tar vindo as cobras, segundo os moradores.Eles contam ainda que, desde o início doano, as cobras passaram a se esconder emum grande matagal, no centro do conjunto,onde seria construída a área de lazer. Comtanta cobra, os que residem na Gleba 2 te-mem pela saúde de todos, principalmentedas crianças, e solicitam à Secretaria Es-tadual de Saúde, Marinha e ao Exército, quesejam tomadas providências urgentes.

Vários anos semserviço público

Morar na rua Américo Santa Rosa sig-nifica conviver com muitos problemas. Osmoradores possuem diversas reclamaçõese já não acreditam em melhorias. A falta deesperança dos moradores é resultado deanos sem que a artéria fosse beneficiada porqualquer serviço público. Maria de NazaréOliveira, uma de suas moradoras, revelaque em toda sua extensão, de São Braz a Ca-nudos, a via pública está cheia de buracos."Os veículos trafegam nesta rua, mas é comdificuldade".

Além dos buracos, os moradores recla-mam da falta de coleta de lixo, que ocorreraramente. Como resultado, monturos de li-xo ficam espalhados em toda a rua. "A pro-liferação de ratos e insetos é grande. A saúdede todos corre grave risco", enfatiza Mariade Nazaré Oliveira. Para completar o tris-te cenário, na Américo Santa Rosa existemgrandes matagais, onde o tráfego de veícu-los é impossível. As poucas famílias que mo-ram perto do mato vivem em péssimascondições de higiene.

"Qualquer dia ficaremos sem comer".Esta é a opinião do leitor Antônio Alves, re-sidente no bairro do Telégrafo, emr elaçãoaos preços dos produtos alimentícios nossupermercados e mercados da capital. Oleitor conta que comprou, na semana pas-sada, em um supermercado próximo à suaresidência um quilo de feijão por NCz$ 0,90.Ontem, o mesmo feijão já estava sendo co-brado a NCz$ 2,50. "É um absurdo. Não seicomo faremos para comer daqui a algumtempo. Desse jeito passaremos fome", la-mentou o leitor. Antônio lembra que nãoadianta reclamar, "pois ninguém olha pelopovo". "Onde vamos parar?", perguntou.

Um verdadeiro exercício de equilíbrio.A isto estão sujeitos, diariamente, os mora-dores do Conjunto Cidade Nova VI, emAnanindeua. A queixa é da leitora TerezaBatista. Ela diz que as condições da área"estão cada vez mais precárias". A entra-da do conjunto, conforme a leitora, já su-miu em meio a tantos buracos. "Pedimos

primeiro à Prefeitura de Ananindeua, de-pois à Secretaria Muncipal de Obras, masnada adiantou". De acordo com a leitora, olixo também é um problema cotidiano. Eacrescenta: "As doenças aqui são comuns,pela falta de saneamento básico". Várioscasos de leptospirose e malária foram de-tectados no local, segundo a leitora.

De buraco a cratera. Esta foi a evolu-ção, conforme o leitor Gerson Oliveira, re-sidente no bairro do Comércio, do esgoto lo-calizado na esquina da travessa Io de Mar-ço com a rua Senador Manoel Barata. O es-goto está entupido há mais de dois meses eaumentou de tamanho e de profundidade, acada chuva. O esgoto agora causa sériostranstornos aos moradores da artéria: as'casas são invadidas pelas águas e animaisnocivos, quando chove. Para tentar solucio-nar "o mais breve possível" este problemaos moradores da Io de Março esperam quea Secretaria Municipal de Sanemento efe-tue a limpeza do esgoto.

Os sinais de trânsitoque não funcionam

"Uma verdadeira loucura". Assim o leitor JoséCarlos Tavares definiu a situação da esquina da ruaAntônio Barreto com a avenida Generalíssimo Deo-doro, ontem pela manhã, cujo sinal de trânsito pa-rou de funcionar. "O engarrafamento foi inevitável,com um verdadeiro festival de buzinas", disse ele,salientando que "o Detran já deveria ter providen-ciado uma manutenção mais adequada para os si-nais de trânsito da cidade".

O leitor lembrou o problema com o sinal exis-tente na esquina da avenida Almirante Barroso coma travessa da Curuzú, o qual, conforme ele, "aindanão está funcionando". Situações como estas, paraJosé Carlos, são facilmente contornáveis. Além detudo, o leitor foi surpreendido, ao chegar a esquinada Antônio Barreto com a rua Domingos Marreiros,por um guarda de trânsito que "me multou por euter avançado o sinal da esquina anterior (que esta-va apagado)". Na opinião de José Carlos, isto mos-tra que, "nem mesmo os guardas de trânsito estãoavisados de que o sinal está com problemas".

Buracos na iBarão do Triunfo

As ruas de Belém não podem maiscontinuar na situação em que se encon-tram. A opinião é do leitor FranciscoCarvalho, residente no bairro da Pe-dreira. Ele conta que a travessa Angus-tura, entre a avenida Pedro Miranda ea travessa Barão do Triunfo "está total-mente intrafegável". Lama, buracos,lixo e muitos ratos, segundo o leitor, fa-zem parte do cotidiano dos moradoresda travessa.

0 leitor lamenta que a operaçãotapa-buraco da Prefeitura "não tenhachegado até lá". As muitas reclama-ções até hoje não surtiram efeito: "Aúnica coisa que acontece, diariamente,é aumentar o tamanho dos buracos acada chuva na cidade", explicou. Tam-bém há falta de saneamento básico natravessa: "Os esgotos estão todos entu-pidos", afirma Francisco Carvalho,ressaltando que o lixo na travessa éacumulado pelos moradores na portadas casas, "já que a coleta não éregular".

CARTAS"Injustiça

governamental"Senhor Redator

Vimos pelo presente, levar ao conhe-cimento do público, uma grande e imper-doável injustiça, que o nosso grandegovernador, Hélio Gueiros, recentementeveio a praticar, exonerando das funções aprof Maria das Graças Furtado Costa,que a cerca de dez (10) anos, vinha exer-cendo o cargo de diretora da Divisão deEnsino Estadual no Município deTomé-Açu.

Esta signatária, tem residência fixa etrês filhos menores estudando na EscolaEstadual Dr. Fábio Luz em Tomé-Açu. Diasatrás em uma reunião com várias mães dealunos.foi bastante comentada a exonera-ção da prof Maria das Graças da DivisãoEstadual, durante vários anos na frente da-

quela Divisão, ela sempre demonstrou ca-pacidade, honestidade e acima de tudo,tratava os alunos e seus familiares comeducação, sem que as mães de alunos, ai-guma vez ouvissem comentários duvidososou maldosos quer na sua função ou comosenhora casada também mãe de vários fi-lhos menores.

Eu e demais mães de alunos não esta-mos e nem queremos nos meter na parteque diz respeito à administração internada Divisão, mas sim, contestar a maneirarápida, covarde fria e política como a prof"Maria das Graças foi demitida da função,porque S. Exa., como fazia seu velho ami-go Gal. Magalhães Barata, deveria primei-ro mandar fazer sindicância: se afuncionária era competente e benquista,principalmente pelas famílias pobres, ma-tinha a mesma no cargo e atendia seus cor-

religionários em outras pretensões. PorqueS. Exa., dr. Hélio Gueiros, quando recebeuo pedido de demissão da prof Maria dasGraças não procurou ou mandou ouvir adra. Secretária de Educação, as autorida-des constituídas do Município, a Associa-ção dos Pais e Alunos, o corpo docente emTomé-Açu? Aí sim, comprovado algo deanormal, grave, demetia uma incansávele benquista professora, que para nós vaiafazer muita falta e, porque não dizer averdade, para o próprio ensino deTomé-Açu.

Nós mães de alunos de Tomé-Açu, fa-zemos votos que o nosso governador, poruma questão de justiça e não política, vol-te atas de sua decisão e nos mande de vor-ta a prof Maria das Graças.

Raimunda de Brito Santos 'ô"

SOCORRO

Senhor Redator,Peço licença aos que me ouvem,Para pedir proteção, pra nossafloresta, que morre pela desvastaçãoNa mata há seringueiro, fauna, flora.índio guerreiro, fora os que já nelaViveram e depois morreram pelas mãos dePróprios brasileiros.Até CHICO morreu, Morreu pela mão sangrentaDa devastação, ou em nome dela. Mão que fere,Arrasa, destrói o que de mais belo aNatureza constrói.E o Índio?De dono da floresta passou a simplesPosseiro. Querem acabar de vezCom nosso índio brasileiro.Por isso grito bem alto, para todos meOuvirem: Deixem nossa floresta emPaz, para todos usufruírem.Estrangeiro veio de longe pra nossoVerde acabar, hoje se diz preocupadoCom o bem-estar popular.Querem até pagar nossas contas, comO intuito de preservar o que de

Bom ainda resta de nossa vastaFlorestaSerá que dá pra acreditar.Será?Nossos filhos que estão nascendo,Deus há de olhar, fazei Deus, queEles conheçam nossa floresta secular.Não permita Deus, que eles morram semAntes provar o ar puro da floresta,Ar puro que ainda resta, para a HumanidadeSalvar.Mas do jeito que está indo, Deus, eu tenhoQue gritar, estão acabando com nosso verde,Que o que ainda vai restar, é o verde daBandeira, que veio lá da floresta, florestaQue ainda resta, mas que podemos salvar.Salve a floresta amazônica.

Hailton Luiz da Costa Lima

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Cartas para estas colunas devem ser enviadas a redação de O LI-BERAL — rua Gaspar Viana, 253, Comércio, Belem-Pará, CEP 66.000— para as seções "Cartas" ou "Queixas", em lauda datilografada, comno máximo 20 linhas, contendo nome e endereço do remetente, númerode Identidade e telefone.

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Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 19,89 O Í/Sfff/U ESPORTES 9

Ayrton Senna responde a Alain PrósCoordenação da competição

! industrial de Icoaraci reúne1' Será hoje à noite, a partir de 20 horas,

ria sede social do Santa Rosa Esporte Clu-be, a reunião da coordenação da Super Co-pa Industrial de Icoaraci, com osrepresentantes das empresas que tomarãoparte da grande maratona esportiva, previs-ta para iniciar no próximo dia 17 de junho.

Na oportunidade, importantes aspectosorganizacionais serão discutidos, visandoelevar ainda mais o sucesso obtido nos anosde 87 a 88, sobretudo no que se refere a ar-bitragem, cumprimento ae horários, inseri-ção de atletas, combate à violência dentro"das quatro linhas, etc...

Estará também sendo definido o nume-ró de 'equipes

que tomará parte no evento,ainda que todas as empresas instaladas emIcoaraci tenham recebido convites para par-ticipar. Segundo José Croelhas, coordenadorgeral da Super Copa Industrial, é pensamen-to dos organizadores estabelecerem o nume-ro máximo de 16 equipes, diante do fato deque este ano o estádio "Abelardo Conduru"não será cedido para realização de jogos docertame. Apesar disso, Croelhas nega quea Copa esteja ameaçada por falta de cam-pos para realização das partidas. "A coor-denação — afirmou — já está com

entendimentos bastante adiantados com aEmpesca, Petrobrás, Amazonas, Eidai doBrasil, Outeifense, Tenoné Esporte Clube e3 Corações visando, dentre esses, selecionarquatro locais para a realização dos jogos".

Fórmula — A fórmula da disputa da Co-pa Industrial já está definida: haverá umprimeiro turno, que vai de 17/06 a 20/08 comas equipes jogando entre si, dentro das duaschaves. No segundo turno, que vai de 2/09à 12/11, os participantes de uma chave jo-garão contra os integrantes da outra chave.

No período de 11 à 26 de novembro estámarcada a realização da melhor de trêspontos decisiva para indicação do grandecampeão, isto se o campeão do 1? não for ocampeão do 2? turno.

Departamento — Além de definir as ba-ses para disputa da Super Copa Industrial,a reunião de hoje à noite na sede do SantaRosa terá por finalidade fundar o Departa-mento Autônomo de Futebol Industrial, vi-sando solidificar ainda mais o desportofutebolístico inter-indústrias em Icoaraci.Por este motivo é que mesmo as empresasque não vão participar da Super Copa de-verão estar presentes para dar o apoio ne-cessário à importante iniciativa.

Mattar eliminado e Lendlconfirma seu favoritismo

Paris (AFP) — O francês Jerome Po-tier, 131 mundial, eliminou ontem o brasi-leiro Luís Mattar na segunda rodada dotorneio internacional de Tênis de RolandGarros, vencendo-o em cinco sets, 6-4, 7-6(9/7), 6-7 (3/7), 3-6, 6-3.

! Agora, Potier vai enfrentar o norte-americano Lawson Duncan.j.( Vitórias de Lendl, Agassi e Chang

Paris (AFP) — O checoslovaco IvanLendl, cabeça de série número 1,classificou-se ontem para a terceira roda-da do Torneio Internacional de Tênis daFrança, derrotando no estádio RolandGarros de Paris o norte-americano Der-rick Rostagno em três sets, 6-1, 6-3 e 6-1.

Na terceira rodada, Lendl enfrentará

o vencedor da partida a ser disputada en-tre o australiano Darren Cahill e o suecoJan Gunnarsson.

O norte-americano André Agassi, ca-beca de série número 5, derrotou o italianoPaulo Cane em três sets, 6-2, 6-2 e 6-3, e naterceira rodada enfrentará seu compatrio-ta Jim Courier.

Por sua parte, o jovem norte-americano Michael Chang venceu seucompatriota Pete Sampras por 6-1, 6-1 e6-1.

Na terceira rodada, Chang enfrentaráo vencedor da partida a ser disputada en-tre o norte-americano Tood Witsken e o es-panhol Francisco Roig.

Phoenix, EUA (AFP) — Os pi-lotos Ayrton Senna e Alain Prostsempre sorteiam os chassis e moto-res de suas McLaren para cadaGrande Prêmio de Fórmula Um, deacordo com uma revelação feita on-tem pelo campeão brasileiro.

Como resposta aos protestos deseu companheiro de equipe, comquem divide a responsabilidade deconduzir os McLaren de motor Hon-da que lideram o campeonato mun-dialde 1989 de Fl, Senna indicou que"não os compreendo, e muito gosla-ria que Ron Dennis aborde esse pro-blema na conferência que nossopatrocinador organizou para se rea-lizar aqui".

Sobre a insistência com que o bi-campeão mundial francês discorreusobre a questão. Senna replicou in-tencionadamente que "quando medeito a noite, durmo tranqüilamen-tfe com o espírito sereno, algo quenao deve acontecer com todomundo".

Prost se mostrou perplexo nodomingo passado, no final do Gran-de Prêmio do México, ao constataro diferente comportamento dos doiscarros.

Um pouco aborrecido, Senna re-velou que entre a corrida mexicanae sua chegada a esta cidade, ondecorrera no próximo Grande Prêmiodos EUA, "me encontrei em Miamicom Emerson Fittipaldi.com quemtive o prazer de falar da Fl e da Fór-mula Indy".

Início dos treinosDepois de Sebring, Riverside,

Watkins Glen, Long Beach, Dallas eDetroit, Phoenix abrigará no próxi-mo domingo o Grande Prêmio dosEstados Unidos da Fórmula Um,com um circuito de rua aceitável,apesar de uma temperatura médiade 40 graus a sombra, inevitável nu-ma cidade erguida no meio de umdeserto.

Em si mesma a pista, que dei-xa entrever o esforço mobilizado pa-ra torná-la viável à categoria,provocou um choque positivo entreos pilotos, que se preparavam pararesistir a uma nova ração de mausrevestimentos, falta de saídas e cir-

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u raoi^xxaSena, tranqüilo, responde aosprotestos do piloto francês.

cuitos totalmente desprovidos de in-teresse.

O ceticismo dos piltos começoua mudar logo que' chegaram emPhoeniXj onde puderam comprovara intenção de lhes proporcionar umtraçado capaz de intrigá-los e lhespropor problemas atraentes.

Por certo os primeiros exames,realizados em carros comuns, de-ram lugar a pedidos de correções.

Mas no balanço geral o saldo épositivo, sobretudo no que faz a am-plitude da pista: "Em certas passa-gens podem entrar cinco carrosjuntos , admitiu o piloto francês Oli-vier Grouillard, da equipe Ligier.

Esse detalhe põe fim automati-camente ao problema número umdos circuitos de rua, nos quais ultra-passar um concorrente costuma serevelar tarefa impossível.

Da mesma maneira, o mesmoGrouillard chamou a atenção sobrea necessidade de memorizar bem otraçado. "E em especial certas cur-

vas que se tornam estreitas em pie-no desenvolvimento, o que se traduznum inconveniente maior se a gen-te se esquecer disso".

Outros problemas podem surgirdo revestimento, que, embora bomna maior parte do circuito, apresen-ta algumas particularidades digitasde atenção, como a cobertura de ai-gumas tampas de esgoto e, em es-pecial, um segmento de 30 m decomprimento depois da reta dos bo-xes, que parece dotado de uma ex-cessiva camada de cimento.

"Quando se pensa no grande in-vestimento realizado para construira pista não se pode senão lamentaralguns erros que podiam ser evita-dos", assegurou por sua vez AlainProst, especialmente preocupadocom os muros construídos com be-tão sobre armaduras de barras deferro, arrematados com arame gros-so, que se alinham ao longo docircuito.

Seja como for, embora antes deconstatarem a aderência e descobri-rem se a aparência não esconde sur-presas, os pilotos situaram o circuitode Phoenix entre Mônaco e Adelai-de, e estimaram que será extrema-mente rápido.

A velocidade média foi estima-da em 160 km por hora pelo enge-nheiro francês Bernard . Dudot,criador dos motores — primeiro tur-bo, atmosférico — agora com quema Renaul fez êxito na F-l.

De qualquer maneira, o circui-to de Phoenix é interessante "até oponto que incorporamos suas carac-terísticas aos programas de nossoscomputadores, para obter assim ba-ses de regulagem que permitamnossos pilotos (Riccardo Patrese eThierry Boutsen, ambos daWilliams-Renault) encontrarem ra-pidamente os bons compromissosaerodinâmicos", precisou Dudot.

O engenheiro francês admitiutambém que "esse trabalho será in-completo porque, como o circuito éinédito, nada nos permitirá calculara aderência a pista".Essa tarefa ficará integralmen-te nas mãos dos pilotos, que come-çarão hoje a aprendizagem forçadado novo palco.

Campeão Mike Tyson e Givensfinalmente se divorciam

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Somervillc, Estados Unidos(UPI) — O campeão mundial dospesos pesados Mike Tyson e a atrizRobin Givens dissolveram ontemseu tuburlento casamento de 16 me-ses com um divórcio amigável, in-cluindo um acordo secreto sobre adivisão de bens.

Tyson, de 22 anos, sorridente emvários momentos, apresentou-se àcorte superior desta cidade em No-va Jérsei para uma curta audiênciacom o juiz. Givens, de 24 anos, nãocompareceu. O pugilista não quis fa-lar à imprensa.

AceitouRespondendo apenas com mo-

nossílabos às perguntas de seu ad-vogado, Tyson disse que haviarevisto o acordo de divórcio e que

agora o aceitava. Howard Weiztman,seu advogado, então perguntou seele estava certo do pedido de divór-cio. Tyson apenas balançou a cabe-ça em sinal positivo.

Tyson confirmou também queas assinaturas nos documentoseram realmente de sua esposa e ne-gou que estivesse sob influência doálcool quando foi a sua vez de assi-nar os papéis.

Givens já havia conseguido o di-vórcio na República Dominicana,mas a ação não foi aceita no Esta-'do de Nova Jersey, onde a atrizreside.

Amargas acusaçõesO tom amigável do divórcio não

corresponde às amargas acusaçõesfeitas por Givens em agosto passa-

do, quando ela acusou o pugilista deabusos físicos, incluindo golpes nacabeça com o punho.

Tyson, por sua vez, alegou comomotivo para o divórcio "crueldademental". Segundo o campeão, Gi-vens simulou fingiu estar grávidapara obrigá-lo a casar-se com ela epara poder controlar sua fortunaavaliada em 50 milhões de dólares.

Em uma entrevista à televisãonorte-americana em setembro pas-sado, com Tyson a seu lado, RobinGivens afirmou que a vida com o pu-gilista era uma "tortura, algo comoo inferno, pior que qualquer coisaque poderia imaginar". A atrizacrescentou ainda que acreditavaque ele era um "maníaco de-pressivo".

Voleibol promove torneiosCom o patrocínio da "Phililân-

dia", que além de seis troféus,ofertará também 60 medalhas, aFederação Paraense de Voleibol(FPV), promoverá no período de 3a 17 de junho os torneios de vôlei fe-minino/masculino nas seguintescategorias: Pré-Mirim, Mirim eInfantil.

Na categoria Pré-Mirim, par-ticipação Remo e Tuna, no naipe

feminino. Já no Mirim Masculino,participarão Remo, Tuna e Cruzei-ro, enquanto Paissandu, Remo eTuna serão os participantes do Mi-rim Feminino.

Na categoria Infantil Masculi-no, o torneio contará com quatrosclubes: Remo, Tuna, Cruzeiro e oPaissandu. Mas o Infantil Femini-no, por sua vez será disputado por

Remo, Tuna e Paissandu.1" Rodada

A rodada inaugural do torneioda "Phililândia" será neste sába-do, 3, na quadra do ginásio MouraCarvalho, com a seguinte progra-mação: Remo x Tuna — Feminino— Pré-Mirim, 18h30min; Remo xCruzeiro — Masculino Mirim,19h30min; Paissandu x Tuna —Masculino Infantil, ás 20h30min.

ABC vai jogarcontra time

Oliveira MóveisProcurando esquecer o sucedi-

do do último sábado, quando o timese considerou esbulhado na arbitra-gem diante do Fuzuê, o "badalado"ABC — Atlético Batista Campos vol-ta a jogar neste sábado, tendo comoadversário o time da Oliveira Mó-veis. O jogo será no campo da Tuna,cedido por sua Diretoria na pessoado seu presidente Francisco Pache-co e dos diretores, Raimundo Almei-da e Raul Novaes, por solicitação doconselheiro cruzmaltino Walter AbelGomes. O início será às 16:00 horascom apito de Antomário Costa daFPF.

O time da Oliveria Móveis, ape-sar de ser praticamente desconhe-cido no mundo peladeiro, vem debons resultados, tendo reccr.tcmen-te empatado em 1 x 1 com o Belenen-se do Telégrafo. Para o jogo diantedo ABC estão relacionados os se-guintes jogadores: Bigú, Hilton,Walter, Evandro, Alcyr, Élvio, Rai-mundo Palheta, João da Mata, Ruy,Max, Zé Maria, Roberto, Haroldo,etc.

Fechado há quase 5 meses de-vido a época invernosa, tendo rece-bido alguns melhoramentos, o"Recreio do ABC", será reaberto novindouro dia 10 (sábado), com a pre-sença do Elite, campeão da Vila doMosqueiro.

AmafrutasVindo de uma vitória de 1 x 0

(gol de Nando) sobre o Bola de Pra-ta, o time da Amafrutas recebe emseus domínios a Associação Atléti-co dos Correios, para um jogo amis-toso neste sábado. O treinador Duduque perdeu somente um jogo em 88(para o ABC por 4 x 2 no dia 18 demarço), deve manter a equipe base.

ABC x FuzuêAfastado desde 1980 das compe-

tições peladeiras, tendo conquista-do o seu último título em 79,campeão do 10? Peladão Histórico,ao derrotar no jogo final o Fuzuê,por 4 x 2, o ABC realiza agora so-mente prélios amistosos. Desde 1984por acordo feito entre os dirigentes,João (ABC) Carlos e João (Fuzuê)Adário, as duas tradicionais equipesse defrontam uma vez anualmente.Os jogos apresentaram os seguintesresultados: em 84 no dia 14 de maio,o ABC ganhou de 3 x 1; em 85 no dia5 de janeiro, o ABC venceu de 1 x 0.Em 86 no dia 31 de maio, em 87 nodia 4 de julho e em 89 no dia 27 demaio, vitórias do Fuzuê por, 2 x 1, 2x 1, e 5 x 4, respectivamente. Nestafase de amistosos o Fuzuê possuiuma vitória de vantagem sobre oABC. Em 88 as duas equipes nãojogaram.

Jogos diversosNo "Vicentão" o time do S. Vi-

cente joga contra o Dom Manoel —Luiz de Moura x Bengolândia — Bo-Ia de Prata x S. Amaro — APA xTransval — Expressinho da Maram-baia x Est. de Rádio da Marinha.Domingo na AAAM, Botafogo x So-lidariedade, cumprindo tabela. OSporting é campeão do 1? turno.

Di GregórioA partida amistosa do time Di

Gregório, contra o quadro do Bra-desço (Ag. Marajó), fracassou. Èque a equipe bancária não compa-receu, devido motivos desconheci-dos. Esse jogo seria em Benfica, noestádio da Vila Maria. Dessa manei-ra, a direção do Di Gregório elabo-rou nova programação, com afinalidade de manter em movimen-to sua equipe de futebol.

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RACIONAL REFRIGERAÇÃOO QUENTE DESSE VERÃO

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IO ESPORTES O í/fl£/?>U Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

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NunesMelhor uma pomba namão do que 2 voando

Coisas do futebol. O Pais-sandu emprestou o meia Ober-dan ao Santa Cruz, do Recife,antes do início do campeonato.Agora, vem sendo noticiado queo mesmo bicolor paraense vailutar pela volta do mesmo Ober-dan, sob a alegação de que essejogador é banco do time tricolorpernambucano. Não sabemosquanto o Santa Cruz pagou pa-ra levar Oberdan para Recifeaté o fim da temporada. Mas, háa certeza de que o dinheiro re-cebido do clube mauriciano ser-viu para completar o pagamen-to pela contratação de Assis eGilberto, que nada somaram naCuruzu, já que foram dispensa-dos pela presidência bicolor. Pa-ra o Papão seria uma boa trazerde volta Oberdan para seu time,numa hora em que o time alvi-azul joga com Paulo Sérgio im-provisado de meiocampista.Mas, para conseguir isso o Pais-sandu terá que conseguir açor-do financeiro com o Santa Cruz.0 profissional deve ter contra toaté dezembro. Recebeu certa-mente luvas. Mesmo conseguiu-do acordo, o clube paraenseteria que acertar novo contratocom Oberdan, que perderia sa-láriosaté o fim do ano. Isso quese chama contrato de risco, quenão deu certo. O Paissandú ti-nha na mão um bom meiocam-pista, que não estava em boaforma técnica. Coisa natural no

futebol. Oberdan, no entanto,desfrutava da vantagem de co-nhecer o time bicolor, onde fora-destaque em duas temporadas.0 Papão arriscou. Largou Ober-dan, trazendo Assis com o rótu-lo de grande craque e Gilberto,que mostrou qualidades técni-cas mas foi incluído na onda quelevou Assis de volta. Gilberto po-der ia ter sido útil ao bicolor.Mas como veio junto com Assis,recebeu na mesma hora passa-gem de volta. Não foi, portanto,um bom negócio para o clube bi-color, que passa a lutar para tra-zer de retorno um material queé seu. Para o clube listrado daCuruzu Oberdan viria solucio-nar o sério problema do meio docampo, pois conhece o modo detrabalhar de Zé Augusto e Ma-zinho. Para conseguir isso, o Pa-pão teria que gastar dinheiro,num período que há poucos cru-zados novos no cofre bicolor.Quem sabe se o Paissandú nãoconseguiria a volta de Oberdansem gastar dinheiro? Em fute-boi tudo é possível. Mas, aindadefendemos a frase popular:melhor uma pomba na mão, doque duas voando. 0 interessan-te de tudo, é que o time do Pais-''sandu é o mais prático datemporada, pois desfruta deuma posição privilegiada, jáque foi o único, até agora, a ga-nhar um clássico, ao derrotar aTuna Luso Brasileira.

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Corrida daimportação

No Remo, a corrida da importa-ção continua. A desculpa, agora, éconseguir um substituto à altura deLuisinho das Arábias. E antes do fa-lecimento desse jogador? O time re-mista tem alguma carência, comoa falta de um bom meiocampista,pois vem atuando com dois cabeçasde área, e um centroavante artilhei-ro. No mais, é o time melhor arma-do de Belém. No Baenão, volta-se afalar em Zenon, atualmente senta-do no banco do time do Guarani. Pe-la sua experiência, talvez fosse asolução azulina no meio de campo.Zenon sabe jogar. Foi craque. Mas,o Remo precisa de presente e não depassado. Para trazer Zenon para oBaenão, basta o Remo perguntarquanto ele ganha para jogar pela se-Ieção de veteranos.

Cota deárbitro localTudo tranqüilo em torno da ar-

bitragem para o clássico Remo xTuna Luso Brasileira. Júlio Lima foiapoiado tranqüilamente por azuli-nos e tunantes. Para a lusa, o pro-blema é conseguir uma boa arreca-dação. Está fora do primeiro turno,vencendo, apenas melhorará sua co-locação na tabela. Perdendo, será asegunda derrota num clássico em89. Parece, entretanto, que há umadisputa extra para melhorar a cotada arbitragem. Para apitar um clás-sico, um juiz local recebe SO cruza-dos. Comparando com a cota de umárbitro de fora, essa importância épiada. Justo, portanto, um aumen-to para a turma de casa.

Papão é o dono0 Paissandú continua dono do passe dos jogadores

Gilberto e Assis. Ambos deixaram Belém sem rescindir, oficialmente,contratos com o clube bicolor. Gilberto tem contrato até

dezembro do corrente ano. Bobeou ao rescindir com o Paissandú. Acertou,apenas, a parte financeira, quando deveria primeiro

tratar desse assunto junto à FPF. Se o Paissandú quiser,Gilberto só será liberado no fim do ano para outro clube.

0 contrato de Assis tem a duração de quatro meses. Deve estarterminado. Mas, de qualquer maneira só poderá ser transferido para

outra agremiação após esse período; Assim,o Papão tem na sua gaveta os passes de ambos.

• CRUZMALTINOS as voltascom a contratação de um trei-nador. Parece que Fernando Oli-veira prefere ficar na sua degerente do clube. Ele, como ele-mento de dentro, sabe que o fu-tebol cruzmaltino enfrentaproblemas. Mas, o abacaxi vaiacabar sendo colocado nas suasmãos. A Tuna tentou WaldemarCarabina. Mas ficou apenas nasondagem. Esse treinador só deluvas pediu 30 mil cruzados no-vos. Muita grana. Os lusos pen-sam, também, em trazer Mar-celino, como reforço. É aqueleMarcelino que andou pelo Remohá muito tempo. Atualmente, ereserva no Mogi Mirim, em SãoPaulo.

© O TREINADOR de basque-le Seráfico de retorno a Belém.Esteve estagiando junto à Sele-ção Brasileira, que se preparoupara disputar uma vaga nomundial, sob a orientação deHélio Rubens. Durante o perio-do de treinamento, Seráfico foiuma espécie de assessor de Hé-

lio Rubens. O que assimilou jun-to aos craques nacionais, poderáser de grande utilidade para onosso basquete, que precisa,principalmente de intercâmbiocom centros mais adiantadospara conseguir melhorar seu ni-vel técnico, já que possui um ex-celente material humano.

• GENERAL da Vila preferemesmo jogar contra o Paissan-du segunda-feira à noite, na Cu-ruzu. //// Tuna em dúvida secoloca Lupercinio na esquerda,ou se mantém Argeu nessa po-sição, contra o Remo. //// Dutratambém ainda vai decidir selança Joãozinho Paulista noclássico de domingo próximo.//// Paissandú lutando paraconseguir um bom zagueiro deárea. //// Federação Paraensede Futebol elaborou a tabela dosegundo turno do campeonato89, que começa em junho cor-rente, que terá ainda que seraprovada pelo Conselho Ar-bitral.

Por US$ 5,2 milhões, Bo 9 m Im 1 1 mmML ^4_t^ ^.AAM

define contratação de GeovaniBologna, Itália c Salvador, Brasil

(AFP/AG) — O brasileiro Geovani, ar-mador do Vasco da Gama, do Rio de Ja-neiro, jogará a próxima temporada peloBologna,, da Primeira Divisão italiana,com o qual firmou um contrato condi-cional por três anos. anunciou ontem,nesta cidade, Luigi Corioni, presidentedo clube italiano.

O dirigente, que acaba de voltar deuma rápida viagem ao Rio, disse terchegado a um acordo com o Vasco daGama e com o jogador: a operação foiconcretizada em sete bilhões de liras(cerca de 5,2 milhões de dólares), dosquais 15 por cento ficarão em poder deGeovani.

Corioni destacou que o contrato de-finitivo será formalmente firmado nodia 21 de junho e que dependerá da per-manência do Bologna na Primeira Di-visão, pela qual luta com o tradicionalTorino, com três pontos de vantagem,quando faltam quatro rodadas para ter-minar o campeonato no dia 25 de junho.

Charles — Trezentos mil dólares noato da assinatura de contrato, saláriosmensais de US$ 50 mil.casa para mo-rar num bom bairro de Turim, seis pas-sagens por ano ida e voltaTurim-Salvador e mais um carro doano. esta proposta do Torino da Itáliadeixou o centroavante baiano Charles,de 21 anos, com a cabeça nas nuvens eprovocou um desentendimento entre oídolo do Bahia, campeão brasileiro, ea diretoria do clube. E que o presiden-te Paulo Maracajá recusou a propostado clube italiano, que ofereceu US$ 1,5milhão pelo passe do jogador.

A proposta foi feita oficialmente àdireção do Bahia pelo empresário ar-gentino Ricardo Fuicca, representantedo Torino, que antes conversou comCharles. Ansioso com as negociações,Charles recusóu-se até a treinar no co-letivo de preparação para o clássico dedomingo próximo contra o Vitória pe-la decisão do segundo turno do campeo-

Bogotá (UPI) — Nunca havia sidonecessária a cobrança de 18 pênaltispara que fosse decidido o campeão daTaça Libertadores da América. Quarta-feira, à noite, Nacional de Medellin eOlimpia do Paraguai superaram todase quaisquer previsões, desafiaram osnervos dos torcedores e por quase meiahora não fizeram outra coisa senão ba-ter pênaltis. No final, a alegria da equi-pe de Medellin, que levou a Colômbiaa levantar o troféu pela primeira vez.

O inédito triunfo tem como princi-pai responsável o goleiro Renê Higui-ta, herói nacional a partir de então.Mais do que um "monstro" em campo,defendendo quatro pênaltis, Higuita foi,em alguns momentos, mais um homemno ataque colombiano, com seus preci-sos avanços, até à intermediária doOlímpia. Higuita foi o grande coman-dante da arrancada colombiana, coma garra e persistência traduzidas atra-vés de sua imagem forte e até mesmosemelhante a do astro holandês RuudGullit.

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Romário, reforço milionário do Bologna.nato baiano. "Assim, não tenho cabeçapara treinar, só consigo pensar em irpara a Itália , desculpou-se Charles, aotreinador Renê Simões, seguindo,acompanhado de seu pai e procuradorpara a sede do clube.

Lá, o empresário argentino, acom-panhado do ex-presidente do Bahia eagora empresário Alfredo Saad, foi re-cebido pelo presidente Maracajá, a im-

No tempo regulamentar, o Nacio-nal venceu por 2 a 0, o mesmo placarda partida de ida, disputada em Assun-ção. Empatados em pontos e númerosde gols, os dois times partiram para adisputa de pênaltis. A primeira série,de cinco chutes para cada equipe, ter-minou em 4 a 4.

No tudo ou nada, quem mais uma vezbrilhou foi Higuita, também o goleiroda Seleção Colombiana. Mesmo comseus companheiros desperdiçando têstiros seguidos, o goleiro não se abalou:defendeu três pênaltis seguidos. Na pri-meira série de cobranças, ele própriohá havia deixado o seu na rede doOlímpia.

Finalmente, após 17 cobranças, Al-varez, o motor do ataque colombianonão vacilou e marcou o gol da vitória,o gol do título. Higuita e Alvarez colo-riram o campeonato que começou a serdesenhado nos quarenta e cinco minu-tos finais, quando o lateral paraguiaoMino marcou contra, desviando umchute de Usuriaga. O mesmo Usuriaga

§rensa baiana e uma dezena de

iretores e conselheiros do clube. "O di-nheiro é pouco, eles pagaram o dobropelo Nilson, do Internacional, que é umbonde junto do Charles", argumentava.um dos diretores, depois da malogra-da sessão de negociações. "Não temosinteresse em desfazer o time campeãobrasileiro", fez média com a torcida oexperiente Maracajá;

Romário nãojogará na ;

Copa AméricaHaia, (AFP) — Por decisão

dos dirigentes do PSV Eindhoven,o jogador brasileiro Romário, ar-tilheiro do campeonato da Holan-da, não poderá disputar a CopaAmérica, o torneio sul-americanode seleções que será realizado noBrasil, em julho próximo.

Os dirigentes do PSV, que ga-nhou o campeonato e a copa nacio-nal este ano, disseram queRomário precisa de um período dedescanso, porque não tem gozadoférias há mais de dois anos.

Entretanto, os dirigentes auto-rizaram a participação de Roma-rio no amistoso Brasil e Portugal,marcado para o dia 8 no Rio.

Nos meios desportivos destacapital, comenta-se que tanto o jo-^gador como as autoridades brasi-leiras contam já com a autorização'do PSV Eindhoven para disputaras eliminatórias da Copa doMundo.

s peconverteu o segundo gol, levando a de-cisão para os pênaltis.

Nas trinta edições da Libertadores,esta foi apenas a segunda vez que o tro-féu foi definido nos pênaltis. Em 1985,

Argentinos Juniors sagrou-se cam-peão nos tiros diretos após empatar em

a 1 com o colombiano América deCali.

Com um plantei integrado total-mente por jogadores colombianos, oNacional quebrou a tradição ao dar avolta olímpica no sentido contrário, dadireita para a esquerda. Os jovens in-tegrantes do novo campeão da Liberta-dores se embriagaram com a glória,conquistada por seus próprios méritos.

Com o chamado futebol arte, o Na-cional parte agora em busca de umaconquista maior: a Taça Intercontinen-tal. Do outro lado, um gigante do fute-boi mundial, o italiano Milan — o timeqüe tem a famosa máquina holandesa:Gullit, Marco Van Basten e FrankRijkaard.

Isto é a preocupação para o técni-

co do Nacional, Francisco Maturana,que já considera o título apenas "his-tória". Ainda assim, a vitória tem du-pio significado para Maturana — aemoção do título, conquistado justa-mente em cima da equipe treinada porseu antigo mestre, Cubillas, e a consa-gração de oito de seus titulares que sãobase da seleção nacional por eletreinada.

Maturana tirou o futebol colombia-no da mediocridade e levou-o ao topo dofutebol sul-americano ao fazer uma no-va experiência: á contratação de joga-dores apenas deste país. ,

Após o jogo, o técnico disse que aconquista da Libertadores é um "prê-mio à constância de uma equipe".

A imprensa colombiana não econo-mizou nas manchetes dos jornais. Asbancas de jornais amanheceram cober-tas de euforia, exemplificada na pri-meira página dò diário "La Prensa";"Suor, lágrimas e... aguardente". Uináfesta que, com certeza, ainda vai durarmuitos dias. "'

Futebol Internacional

Copa da UEFA, atração na ItáliaRoma (UPI) — Com o título de

campeão italiano de futebol já assegu-rado pela Internazionale de Milão, oprincipal interesse da rodada deste do-mingo no campeonato será a disputaentre os melhores times para consegui-rem uma colocação que lhes garanta odireito de participar da Copa da UEFAna próxima temporada.

A Internazionale, como dona do ti-tulo, está classificada para a Copa dosCampeões da Europa. O Milan estáclassificado para a mesma competição,na condição de campeão da última Co-pa dos Campeões. O Nápoli, campeãoda UEFA este ano, está automática-mente classificado para a Copa da UE-FA da próxima temporada.

Por suas colocações na tabela eaproveitando todos esses espaços dei-xados pelos clubes pré-qualificados, Ju-ventus, Sampdoria e Atálanta têm vaga

garantida na Copa da UEFA. Fiorenti-na e Roma têm boas chances.

Para a Inter, o objetivo desta roda-da é manter a luta para quebrar o re-corde de pontos em campeonatositalianos. O recorde atual é da Juven-tus: 55, obtido há poucos anos.

Após os jogos do fim-de-semanapassado, a Internazionale somou 52pontos ganhos e já não pode mais seralcançada pelo vice-líder, o Nápoli, com43. O Milan tem 38, o Juventus 37, oSampdoria e o Atálanta 34 pontos cada.No domingo, a Inter enfrenta em Romao Lázio, colocado no meio da tabela declassificação.

A Inter estará completa, exceto porseu artilheiro Aldo Serena, cumprindosuspensão automática.

Por ironia do destino, o Nápoli en-frenta nesta rodada, em Nápoles, o

Sampdoria, com quem iniciará trêsdias depois a disputa do título de cam-peão da Copa da Itália. Quem levar amelhor na série de ida e volta e ganhara Copa conquistará o direito de parti-cipar da recopa da Europa, o que abri-rá mais uma vaga para times italianosna Copa da UEFA.

Para domingo, muitos jogadoresimportantes do Nápoli — entre elesCrippa, Corradini, Bigliardi e o brasi-leiro Alemão — não poderão entrar emcampo, uma vez que foram suspensosapós indisciplinas na partida de domin-go último contra a Inter. Na ocasião, otime milanês ganhou de 2 x 1, assegu-rando o título antecipado.

Outros que podem desfalcar o Ná-poli são de Nápoli e Carnevale, na listados contundidos. Maradona e Care-ca, porém, estão em forma para ator-

mentar a defesa do Sampdoria.O outro grande jogo da rodada reú-

ne Milan e Roma no estádio de San Si-.ro, em Milão. Os três astros holandesesdo Milan — Gullit, Van Basten e Rl!j-kaard — estarão em campo, mas otl-me tem demonstrado cansaço, apesarda espetacular performance que levouao título de campeão europeu.

O Juventus enfrenta o Atálanta,que não contará com o centroavantebrasileiro Evair, com tornozelo quebra-do. O Atálanta pode ficar também semo sueco Prytz, que sofreu uma contu-são no ombro durante um amistoso daseleção da Suécia contra a Argélia,quarta-feira.

Todos os demais jogos envolvempelo menos um time ameaçado de re-baixamento: CesenaxPisa; Fiorenti-na x Lecce; Pescara x Como; Torino xAscoli; Verona x Bologna.

Real Madrid poderáantecipar o título

Madri (UPI) — O Real Ma-dri não está disposto a esperaraté o fim do Campeonato Espa-nhol de Futebol para levantar ataça de campeão. Por isso, só avitória interessa no domingo con-tra o Málaga e, se o Barcelonanão vencer o Sevilla, o Real che-gará ao título pelo quarto anoconsecutivo.

Faltando quatro rodadas pa-ra o final do torneio, os madnle-nhos se mantêm à frente natabela de classificação, com 55pontos, quatro a mais que o Bar-celona. O time venceu o Málaga,por 2 x 1, na partida de ida, dis-putada na capital espanhola. E,apesar de o Málaga ocupar ape-nas a décima-quarta posição natabela, a partida não deverá sertão fácil quanto o Real possaimaginar. E que, além de jogarem casa, o adversário vive ummomento eufórico pela vitória de2 x 1 sobre o Betis, em Sevilha,na rodada passada.

Enquanto isso, o vice-líderBarcelona, que nas últimas deztemporadas não conseguiu ven-cer o Sevilla no campo do rival,terá a obrigação de vencer parasomar pontos, principalmente seo Real Madri tropeçar no Mala-ga. Porém, os sevilhanos, em dé-

cimo lugar com 34 pontos,prometem que não serão inimi-gos fáceis.

O Valência, terceiro coloca-do com 44 pontos, é franco favo-rito em seu estádio diante doGijon, décimo-primeiro, com 32pontos. Mas na primeira fase foio Gijon quem levou a melhor: 1ao.

O Atlético de Madri, time dobrasileiro e artilheiro do campeo-nato Baltazar, quarto colocadocom 40 pontos, recebe o Vallado-lid, que está no seu encalço comdois pontos a menos. É a partidamais equilibrada da rodada. Osatleticanos não podem confiarmuito na vitória, ainda mais por-que seu rival realiza uma Doacampanha e será difícil de serderrotado.

O sexto colocado, Zaragoza,enfrentará em Cadiz preocupa-díssimo com o rebaixamento.Portanto, querendo evitar a se-gundona, o décimo-sexto coloca-do entrará em campo com forçamáxima, sem querer perder umponto sequer.

Outro que luta contra o des-censo é o Logrones, que jogaráem casa contra o Celta, sétimocolocado. Na primeira partida, oCelta venceu por 1 x 0.

associação Industriíde Castanhal pelospróximos 365 dias.

Presidente: Roberto Kataoka OyamaVice-Presidente: João Sampaio

Tesoureiro: Pedro Coelho da Mota Filho. 2a Tesoureiro: Braz AmaralSecretário: Linaldo José B. da Cruz. 2S Secretário: Marcos Antônio Range!

Diretor de Assuntos Profissionais: Ronald Latif Jatene (,Diretor de Promoções: Antônio Alberto Seguim Dias

Conselheiros: Franz Kaltner. Paulo Afonso CostaJosé Espinheiro de Oliveira. Edivaldo Fred Farias dos Passos.

Estes são os quemais se destacaram nosúltimos 365 dias.

Proppec Mineralização S.A — Indústria do AnoPaulo Afonso Costa — Industrial do Ano

Parabéns por estas conquistas.

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Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 O LIBERAL ESPORTES-] 1

Zico reforçTaça Rio: final

de muita emoçãoRio (Sport Press) — A T^ça Rio — se-

gundo turno do Campeonato Estadual doRio de Janeiro — ficou ainda mais emocio-nante, pois a três rodadas de seu final, cin-co clubes aparecem com chances reais devencê-lo, pois estão embolados nas primei-ras colocações. Botafogo e Fluminense, com13 pontos ganhos, cada um, dividem a lide-rança. Flamengo e Vasco têm apenas umponto a menos e estão igualados na segun-da colocação. E o quinto clube na briga pe-Ia conquista da Taça Rio é o Americano,com apenas dois pontos de desvantagem pa-ra os líderes.

O Botafogo, aparentemente, é o clube"que tem as maiores chances de conquistara laça Rio, já que não mais disputará clás-sico, embora tenha pela frente o America-no, domingo, em Campos, com o seu' adversário motivado pela vitória sobre oVasco e estando cotado para vencer o segun-do turno. Se ganhar este jogo, o Botafogo te-rá tudo para garantir sua condição definalista do Campeonato Estadual, pois dis-putará seus jogos restantes em casa, con-tra o Olaria e Bangu.

O Fluminense não terá tarefa nada fá-cil em seus três jogos restantes. Domingoenfrentará o Flamengo, num jogo decisivo,depois terá que ir a Itaperuna para pegarum franco atirador, que será o Porto Alegre,e por último jogará contra o América, queaté lá talvez esteja livre do rebaixamento.De qualquer maneira serão três adversáriosdifíceis.

O Vasco terá que ganhar de qualquermaneira de Bangu e Nova Cidade, em ca-sa, para na última rodada possivelmente de-cidir a Taça Rio contra o Flamengo, masdependendo da perda de pontos de Flumi-nense e Botafogo. O Vasco ainda está na bri-ga pela conquista da taça Rio e tem chancede chegar ao tricampeonato estadual.

O Flamengo, campeão da Taça Guana-bara, também será campeão estadual se ga-nhar a Taça Rio, mas encontrarádificuldades para isso, pois terá pela frentedois clássicos, contra Fluminense, na pró-xima rodada, e o Vasco, na última, sem fa-lar no sempre perigoso Americano, quemesmo na Gávea poderá surpreender, poistambém luta para conquistar a Taça Rio.

O Americano, que nos últimos anos vemcumprindo excelente campanha, é mais umclube que aparece com chances de vencero segundo turno. Domingo, em Campos, en-frentará o Botafogo e, em caso de vitória, jo-'gará ainda mais motivado contra oFlamengo, na Gávea. Na última rodada, te-rá um jogo fácil diante do Olaria. É bomlembrar que no ano passado o Americanochegou entre os quatro primeiros colocadosdo Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.

Na soma de pontos dos dois turnos, Bo-tafogo e Flamengo totalizam 31, cada um.O Flamengo está tranqüilo, pois na pior dashipóteses é finalista do campeonato. Se eledeixar de conquistar a Taça Rio, mas tota-lizar maior número de pontos do que o seuadversário, levará um ponto de vantagem nadecisão.

O Botafogo também poderá ficar namesma situação, caso conquiste a Taça Rioe some mais pontos do que o Flamengo. Há,ainda a hipótese de o Botafogo ser finalistasem conquistar um turno. Para isso basta-rá totalizar maior número de pontos do queo Flamengo, o campeão da Taça Guanaba-ra, e do vencedor da Taça Rio: Vasco, Flu-minense ou Americano.

.,j Vasco, com 27 pontos, e Fluminense,com 25, não têm chances de superar Fia-mengo e Botafogo na soma geral e um de-les só poderá ser campeão estadual; seconquistar a T^ça Rio.

A briga contra o rebaixamento

Cinco clubes brigam contra o rebaixa-mento: Olaria, Volta Redonda, Nova Cida-de, Cabofriense e América. Dois clubesdescerão para a segunda divisão e o Olariaé o mais forte candidato, com apenas novepontos ganhos. Ainda enfrentará Volta Re-donda, Botafogo e América. O Volta Redon-da tem 11 pontos e terá pela frente Olaria,Bangu e Porto Alegre. Também está seria-mente ameaçado de cair para a segundadivisão.

Rio (Sport Press/AG) —Zico tem retornopraticamente assegurado no time do Fia-mengo para o Fla-Flu deste domingo, noMaracanã. Treinando normalmente há ai-guns dias, o jogador se sente em boa formae fará um teste no coletivo desta sexta-feira,quando definirá sua presença, embora nãotenha dúvidas de que poderá ser aproveita-do por Tale.

Além do ponto perdido, o empate coma Cabofriense, em Cabo Frio, criou um sé-rio problema para o técnico Telê Santana:o lateral Jorginho recebeu o terceiro cartãoamarelo e terá que cumprir suspensão au-tomática. Como o lateral reserva — Lean-dro Silva — renovou contrato agora e faltoua vários treinos, o técnico talvez tenha quelançar mão do Júnior Mário Carlos, que em-bora seja jogador de Seleção Brasileira ain-da é muito inexperiente e nunca jogou notime principal.

O time será definido nesta sexta-feira,quando Ttelê decidirá o problema na laterale que sairá para a entrada de Zico. É possí-vel, até, que o treinador, em último recur-so, coloque Ailton na lateral, mantendo ojuvenil Marquinho no meio-campo, ao ladode Zico e Renato.

Fluminense — Embora seja líder da Ta-ça Rio, ao lado do Botafogo, o que provocaum clima de muito otimismo nas Laranjei-ras, o técnico Procópio Cardoso não permi-tiu que a euforia da torcida se transmitisseao time do Fluminense. Ele fez uma análi-se da vitória — sofrida — contra o Volta Re-donda e conclui que o time terá que jogarmuito melhor para ter chance contra oFlamengo.

— Erramos muito na marcação e qua-se permitimos o empate do Volta Redonda.Tfemos que melhorar para sonhar em ven-cer o Flamengo e ganhar a Taça Rio —analisou.

No Fla-Flu, o time terá dois importan-tes reforços: Eduardo é Marquinho voltam,

a o Flamengo contra o Flu*,Jnffiffi-M_Bi-R8W___Bffivfiryr^^:" ¦ ijHmw9m ' ¦**i*-«HBfl8______h*':' ' I

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João Saldanha

Zico (à dir.), o reforço do Flamengo no domingo.

após cumprir suspensão. Assim, saem o la-teral Edgar e o apoiador Marcelo Gomes,embora não esteja descartada a possibilida-de de o técnico optar pela saída de Andriol-lo, para manter Marcelo Gomes, um jogadormais aplicado no combate.

Bebeto — A convite do Bayern de Mu-nique, Bebeto viajará domingo à noite paraMunique, onde tentará acertar sua transfe-rência para a Alemanha. O presidente doFlamengo, Gilberto Cardoso Filho, concor-dou com a idéia, mas fez duas exigências:o atacante está proibido de treinar no clu-be alemão e terá de estar na Gávea terça-feira à tarde, para treinar.

O procurador de Bebeto, José Moraes,

só conseguiu convencer Gilberto da neces-sidade da ida do atacante à Alemanha, de-pois de mostar um telefax do gerente geraldo Bayern, Uli Hoeness, no qual ele confir-ma o interesse por Bebeto e afirma que emnenhum momento o Bayern pensou em fa-zer um teste de campe com o jogador, con-forme entendeu o presidente do Flamengono primeiro telefax enviado ao clube.

No telefax de ontem, Uli pede que umdirigente do Flamengo vá junto com Bebe-to, para que todos os detalhes da negocia-ção sejam acertados, e fala da necessidadede Bebeto conhecer Munique, local onde vaimorar. Gilberto, no entanto, só admite con-cretizar a venda do atacante no Brasil.

Arbitragem deixa Bota temeroso

Espinoza: um temor... ...compartilhado por Galvão.

Rio (AG) — O Botafogo está em estadode alerta. Aconteceu o que todos temiam:os dois árbitros que seus dirigentes indica-ram — Pedro Carlos Bregalda e Valter Sen-ra — para apitar o jogo contra o Americano,sábado, em Campos, foram vetados pela di-retoria do clube campista. E o que foi esca-lado pela federação, Paulo Roberto Chaves,não agrada ao Botafogo. O técnico Valdir Es-pinoza queria um árbitro experiente, compersonalidade e imune a pressões porquenão tem dúvida de que a partida será mui-to "catimbada".

O zagueiro Mauro Galvão pensa igualao treinador.

— O Botafogo foi o clube mais prejudi-cado neste campeonato. Os exemplos sãomuitos. No jogo contra o Fluminense, porexemplo, a jogada que resultou no pênaltie no gol de empate foi ilegal. O jogador doFluminense estava impedido. Agora, nesteúltimo jogo, o árbitro inventou uma falta naentrada da nossa área e o Porto Alegre fezo gol. O Botafogo é um clube grande e pre-cisa ter seus jogos dirigidos por juizes comcoragem. A gente, lá no campo, faz o possí-vel e o impossível. Mas não podemos fazernada se um juiz erra contra a gente — ex-plicou Galvão.

Americano faz bingono jogo de domingo

Para o Vasco, sonhodo tri vira pesadelo

Rio (AG) — O Americanoestá preparando uma novidadepara motivar ainda mais seustorcedores na partida contra oBotafogo, no domingo, em Cam-pos: um bingo. Quem comprarum ingresso receberá uma car-tela de bingo e vice-versa. Au-tomaticamente, estaráconcorrendo a três carros doano, brindes e cadernetas depoupança. Com isso, os torcedo-res do clube carioca correm orisco de não encontrar lugarpara assistir a partida.

A grande preocupação doclube é não vender numero decartelas superior aos 15 mil lu-gares do estádio GodofredoCruz", colocando em risco a se-gurança do público. E o temoré justificado. Há três anos umbingo promovido pela Funda-

ção Cultural de Campos, nomesmo local, acabou tendo ex-cesso de público. Um alambra-do cedeu, houve pânico e váriosferidos tiveram que ser socor-ridos em hospitais da cidade.

A vitória sobre o Vasco, e apossibilidade do time vir a dis-putar o título da Taça Rio, se-gundo turno do CampeonatoEstadual, deixaram jogadores,dirigentes e torcedores do Ame-ricano eufóricos. Ontem, elescomemoraram a vitória sobreo Vasco e os 75 anos de existên-cia do clube.

Outra grande expectativana cidade é saber se o Ameri-cano vai manter contra o Bota-fogo o tabu de não perder emcasa para nenhum time grandedo Rio, neste campeonato.

Rio (AG) — O sonho da con-quista do tricampeonato estadualcomeça a se transformar em pe-sadelo para o Vasco. A inespera-da derrota para o Americano,que tirou o time da liderança dosegundo turno do CampeonatoEstadual — está um ponto atrásdo Fluminense e Botafogo — ge-rou um sério problema para otécnico Sérgio Cosme: restabele-cer o ânimo dos jogadores,incentivando-os a fazer boa apre-sentação diante do Bangu, sába-do, em São Januário.

O que não faltam, porém, sãoproblemas. O treinador estáameaçado de perder Roberto,que sentiu uma contusão no joe-lho direito e será examinado ho-je pelo médico AlexandreCampello. Geovani deve ser man-

tido no banco porque Sérgio Cos-me não está seguro de que ojogador pensa mais no Vasco doque na transferência para o Bo-logna, da Itália. Vivinho continuaafastado, recuperando a forma fi-sica, e Ernani não ficou satisfei-to com a sua substituição no jogo'em Campos. Ele chegou a de-sabafar:

— Cumpri as instruções dotreinador, jogando bem abertopela ponta direita. O que aconte-ceu? Não vi a cor da bola e fuisubstituído.

O treinador disse que já es-perava uma partida difícil contrao Americano e lamentou apenasas oportunidades desperdiçadsno primeiro tempo. Ele já deci-diu que França voltará ao time,no lugar de Sorato.

Públicocontinua

desmotivadoRio (Sport Press) —

Mesmo com a Taça Rio em-polgante, com cinco clubesbrigando pelo título — Bota-fogo, Fluminense, Vasco,Flamengo e Americano — opúblico não está motivado ecada vez mais vai aos está-dios.

A rodada intermedia-ria de quarta-feira, que nãoapresentou clássico, fez comque a média de público noCampeonato Estadual caís-se ainda mais, passando de6.158 pagantes, por jogo, pa-ra 6.072. A média de arreca-dação também diminuiu, deNCz$ 9.290,04 para NCz$9.258,81. Em 114 jogos, acompetição rendeu NCz$1.055.504,50, para 692.213 pa-gantes.

A rodada intermediáriafoi assistida por apenas27.047 pagantes, que propor-cionaram a arrecadação deNCz$ 52.180,00. As médias fo-ram de apenas NCz$8.696,67, de renda, e 4.507 pa-gantes, de público. A maiorrenda ainda pertence a Fia-mengo x Vasco, na TaçaGuanabara, com NCz$137.899,50, e o maior públicopermanece com Flamengox Botafogo, igualmente noprimeiro turno, com 71.868pagantes. Os recordes nega-tivos ainda são dos jogosAmericano x Nova CidadeNCz$ 195.50 — e Olaria x No-va Cidade — 152 pagantes.

1989-ANO BRASILEIRO/X_jy^t_rv

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A quase catástrofeO ônibus do Flamengo ia saindo de Cabo

Frio para o Rio de Janeiro. Atrás logo vinhammais dois. A galera meio triste até que o ôni-bus estava meio silencioso. O resultado não ani-mou muito. E lá vinham eles se ajeitando paradormir, quando passaram em frente a um fli-perama. Os caras que estavam na casa de di-versões resolveram se divertir com os ônibusdo Flamengo e jogaram umas pedras. Pedri-nhas, Mas isto enfureceu e despertou o leão. O"ônibus" desceu e tome porrada. Houve prejuí-zos. Morais e materiais. Bem, mas o caso deque o Flamengo já não estava muito contente.Primeiro chegou e não encontrou lugar no es-tádio. Não foi muito difícil de resolver esta quês-tão. O "ônibus"

promoveu uma invasão,quebraram o muro epronto. O diabo era lá den-tro. Como se ajeitar? A prefeitura e os policiaisfizeram um meticuloso estudo e conluiram quea capacidade do estadinho seria no máximo deseis mil a seis mil e quinhentas pessoas. Bata-ta. E estava tudo previsto. Os policiais desde ce-do orientavam a galera e ia tudo bem quandoinvadiram. Não há previsão possível. O murofoi abaixo e o estádio explodiu de gente. Lá decima da cabine do rádio nem pude ver o jogodireito. Não, a visão era ótima. As cabines sãoexcelentes. Fiquei torcendo para o muro não virabaixo e aí creio que teríamos uma catástrofeparecida com a de Shefield. E podem pergun-tar a quem de direito. O muro, onde no começoestariam umas quinhentas pessoas, se movia,pois sua estrutura era precária, quer dizer, erapara ser um muro e não arquibancada. E agra-deçam aos policiais, alguns correndo sérios ris-cos. E não seria só os que estavam em cima domuro. O pior seria dos que se amontoavam embaixo e na correria muita coisa poderia acon-tecer. Encurtando razões, foi por um fio. A so-lução está a merecer estudos e troca deexperiências. Como prevenir invasões? Comoevitar excessos de públicos nos estádios? Bemsenhores, lhes garanto que estivemos muitoperto de uma séria catástrofe. Ninguém maispode se julgar desprevenido em campos de fu-tebol. Vamos organizar.

Mudança de árbitroirrita o Coríntians

São Paulo (AE) — A diretoria do Coríntians ameaçacriar o primeiro problema para a Federação Paulista porcausa de arbitragem na terceira fase do campeonato. On-tem à noite, assessores do presidente Vicente Matheus sou-beram que à tarde Dulcídio Wanderley Boschillia foisorteado para apitar Novorizontino x Palmeiras, domingo,!e a Federação anulou o sorteio, realizando outro em segui-'da, devido ao litígio entre o Palmeiras e Dulcídio (caso queestá no Tribunal) por causa dos problemas ocorridos noclássico com o São Paulo. Dirigentes corintianos interpre-taram o ato como um veto do Palmeiras ao árbitro.

O Coríntians está irritado também com o centroavan-te reserva Viola, que não acertou o contrato com o Londri-na do Paraná (recusando até NCz$ 6 mil por três meses deempréstimo), o que implicará na cessão de outro atacanteao clube paranaense para a Copa Brasil. Agora, é bem pro-vável que Viola fique marginalizado no Parque São Jorge.

Hoje à tarde o técnico Palhinha confirma a equipe pa-ra o clássico de domingo contra o Santos. Márcio e Riba-mar, contundidos, farão testes. O goleiro Ronaldo acertouontem os últimos detalhes e renovou o contrato por oitomeses.

Santos — Com a importante vitória de 1 a 0 sobre o MogiMirim, o Santos já é o líder da série "A" do CampeonatoPaulista, com dois pontos ganhos, e agora vai enfrentar oCoríntians, domingo, no clássico do Morumbi. O ambientena Vila Belmiro é de muita tranqüilidade e confiança, exis-tindo entre Comissão Técnica, jogadores e direção do clu-be a certeza de que o time tem grandes chances de seclassificar para a fase semifinal do campeonato

Contra o Coríntians, o time santista já deverár contarcomo reforço o lateral Vladimir, que está praticamente re-cuperado de uma contusão. Por outro lado, a volta do ponta-esquerda Tuíco ao time vai depender de uma avaliaçãofísica: "Não estou sentindo dores na virilha, mas amanhãhoje) farei um teste de força para saber se estou ou não com-pletamente recuperado. Estou otimista, acho que vai darpara jogar contra o Coríntians". Se Tuíco não reunir condi-ção de jogo, Nicanor manterá Ibtonho na ponta esquerda.Quanto a Davi, mais uma vez deverá desfalcar a equipe por-que não está recuperado de uma misteriosa contusão.

Sáo Paulo — A contusão do meia Renatinho, que no trei-no de ontem à tarde voltou a sentir dores no joelho e foi ve-tado pelo Departamento Médico, ajudou o técnico CarlosAlberto Silva a definir a posição de Rai na volta ao time,sábado, no Morumbi, contra o Guarani. Rai simplesmenteentrará na meia esquerda, permanecendo Mário Tilico naponta-direita e Paulo César no comando do ataque. O es-quema tático será treinado no coletivo final de hoje à tarde.

Os jogadores, de modo geral, gostaram da derrota doGuarani para a Internacional, anteontem (2 a 1, em Cam-pinas), acreditando que agora o time campineiro jogaráaberto no Morumbi, necessitado da vitória, e dará espaçospara o São Paulo também atacar. Outro motivo de otimis-mo no São Paulo é a suspensão do goleador Washington, ex-pulso anteontem, ele que preocupava a defesa com seuoportunismo na área.

Palmeiras — O atacante Careca não jogará pelo Palmei-ras contra o Novorizontino, domingo, em Novo Horizonte,mesmo que o ponta direita Mauricinho não se recupere datorção no tornozelo. O técnico Leão escalou Buião no timetitular no coletivo de ontem à tarde, no Parque Antártica,e depois o substituiu por Marcus Vinícius. Careca, ao queparece muito tenso, fez uma falta violenta no lateral Abe-lardo e foi expulso do coletivo por Leão.

Depois, o treinador conversou com o atacante no ves-tiário e disse que é normal que lances como esse aconte-çam em treinos. Careca reconhece que não sabe bater e feza falta como uma espécie de revide, porque considerou queos titulares estavam um pouco violentos no coletivo. Saiudo clube brincando com a Imprensa: "Amanhã (hoje) te-nho outro duelo com o Abelardo. Há pouco mais de um mês,Gaúcho e Murilo brigaram num treino e o zagueiro nuncamais teve chance de jogar.

Portuguesa — O meia Lê tem possibilidade de voltar aotime da Portuguesa contra o São José, domingo, em São Josédos Campos, mas Biro-Biro continua vetado. O médico Mar-co Antônio Bezerra examinou os dois ontem no Canindé elembrou que o goleiro Sidmar permanece com o tornozelogessado por mais 15 dias, antes de fazer fisioterapia

Lê, que torceu o joelho no coletivo de sexta-feira pas-sada e desfalcou a equipe em duas partidas, melhorou bas-tante e fará o teste final no coletivo de hoje, em São Bernardodo Campo, no campo do Saad. Já Biro-Biro está fora há mui-to tempo e o médico só o autorizará a jogar depois de Darticipar de pelo menos dois coletivos.

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%12 ESPORTES O LIBERAL Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

VOLTAv.^ \.yW m BJÍ ifilim EM ZENON

Enquanto o time do Clube doRemo prossegue com seus pre-para tivos para o clássico do pró-ximo domingo, quando estarádefendendo a liderança do Cam-peonato Estadual diante da Tu-na Luso Brasileira, rumores so-bre a suposta contratação domeiocampista Zenon, atualmen-te no Guarani de Campinas, vol-taram a varrer o estádio "Evan-dro Almeida". Segundo esses ru-mores, a diretoria azulina esta-ria disposta a tentar a contrata-ção do jogador, que recentemen-te esteve nas cogitações do clu-be, sem que, contudo, prospe-rassem as negociaçõe... Segundoas versões que circulam no"Evandro Almeida", o diretorde Futebol do Clube do Remo,Israel Vasconcelos, estaria comviagem agendada para Campi-nas, a fim de tentar a contrata-ção de Zenon.

Por seu turno, os jogadoresremistas realizaram, na manhãde ontem, um puxado treino físi-co, sob o comando do fisicultorNicoláu Barros. Os jogadores fo-ram tão exigidos, que o técnicoJosé Dutra dos Santos decidiunão forçá-los, liberando-os dotreino que realizariam à tarde.A despeito disso, alguns forampara o campo, participando deuma recreação que incluiu, in-clusive, disputas de futvôlei. Pa-ra esta sexta-feira, em local por

definir, Dutra comandará o co-letivo final, inicialmente previs-to para o estádio estadual "Ala-cid Nunes", já que o treinadorazulino pretendia poupar o gra-mado do "Evandro Almeida".Ocorre que a Fundação Despor-tiva Paraense negou a cessão doMangueirão, alegando que ogramado do estádio encontra-seem recuperação, de modo que ocoletivo dos remistas deverá serrealizado no campo da Faculda-de de Ciências Agrárias do Pará(FCAP) ou no campo da granja3 Corações.

Joãozinho Paulista — Porsua vez, o centroavante Joãozi-nho Paulista, contratado parasubstituir o falecido Luizinhodas Arábias, realizou um treinofísico à parte, sob orientação dofisicultor Nicoláu Barros. O jo-gador está com um peso acimado normal e a preocupação édeixá-lo dentro das condiçõesmínimas recomendáveis, paraque possa ser aproveitado noclássico deste próximo domingo,caso o técnico Dutra decida lan-çar mão dele.

Outro que nutre a esperançade ser lançado no time remistaainda neste próximo domingo,contra a Tuna, é o meiocampistaAníbal, cuja identidade civil éJoaquim de Oliveira Lemos Jú-nior.

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Zenon, pretendido pelo Remo.. ..cujos jogadores treinaram duro nesta última quinta-feira.

Pacheco só define aTuna após coletivo

Somente após o coletivo destasexta-feira o técnico Rui Pachecodeverá definir o time com o qual aTuna Luso Brasileira enfrentará oClube do Remo, rio próximo domin-go, pelo Campeonato Estadual. Otreinador cruzmaltino tem, em prin-cípio, duas dúvidas — uma no meiode campo e outra na ponta esquerda.No meio de campo a dúvida é em tor-no do aproveitamento de Joari e naponta esquerda acerca da escalaçãode Lupercínio. Ambos estãorecuperando-se de contusões e a pre-sença dos dois no clássico deste pró-ximo domingo depende, fundamen-talmente, de como se apresentem nocoletivo previsto para esta sexta-feira.

De qualquer forma, o ambienteno estádio "Francisco Vasques" éde otimismo, num clima que conta-giou o próprio Pacheco, para o qualuma vitória cruzmaltina será impor-tante, para levantar o ânimo dosseus jogadores. Daí o recado que otreinador mandou para os azulinos.

"0 Remo vai ter que jogar muito pa-ra vencer a Tuna, pois, apesar de es-tarmos fora da luta pelo título do pri-meiro turno, esta será a chance dereabilitar-nos", sublinhou. Não che-gou a ser surpresa, assim, a provo-cação de Charles, segundo o qual "oataque remista não vai se dar bemneste domingo", mesmo com Joãozi-nho Paulista, "pois estarei lá paramarcá-lo".

Carabina — A contratação deWaldemar Carabina para treinadorda Tuna está descartada, diante daspretensões salariais do técnico, quepediu NCz$ 30.000,00 de luvas. Ao la-do disso, os dirigentes cruzmaltinoscontinuam interessados em Marceli-no, meiocampista do Mogi Mirim, eEstevam, ex-zagueiro do São Paulo.Por outro lado, Duarte, jogador compassagens pelo Clube do Remo ePaissandú, e que atualmente estátreinando no Souza, poderá ser o no-vo reforço cruzmaltino para o segun-do turno do Campeonato Estadual.

Bracali desconhece contrataçõesC\ fôinn/lrtr *"í_r\ Pniccinrln A »»_ ___n__g_*_a_____g ¦¦¦"!"¦-¦¦. ¦ ._' ¦ * ¦——¦— i m^êî»^M^^w_i ¦¦ — _ T~O treinador do Paissandú, Ar

mando Bracali, desconhece qual-quer deliberação da diretoria bico-lor, no sentido de autorizá-lo a via-jar para São Paulo, a fim de tratarda contratação de reforços para otime alvi-azul. Isto, pelo menos, foio que assegurou, nesta últimaquinta-feira, o próprio treinador.Por outro lado, circulavam rumo-res — não confirmados — no está-dio "Leônidas Castro", ainda on-tem, de que o meiocampista Ober-dan, emprestado pelo Paissandú aoSanta Cruz, de Pernambuco, esta-ria retornando à Curuzú, o que Bra-cali igualmente desconhece.

A despeito da inexistência dereforços e da própria crise sob aqual se encontra o clube, Bracalirevela-se otimista acerca das pers-pectivas do Paissandú no Campeo-nato Estadual deste ano. No seu en-tender, o time alvi-azul cresce dejogo para jogo e a tendência é, até o Treino do Paissandú, que jogará segunda-feira.

término do primeiro turno, melho-rar ainda mais. "Nós estamos aquipara levarmos o Pi.issandu a gran-des conquistas", sublinhou o técni-co alvi-azul, numa profissão de féem sua equipe.

Miguel Pinho — O ex-presidente do Paissandú, MiguelPinho, que recentemente renun-ciou ao cargo de presidente do ex-tinto Departamento Autônomo deFutebol Profissional (DAFP) doclube, desmentiu, em contato comO Liberal, que vá assumir qual-quer cargo na diretoria bicolor. Se-gundo Pinho, cuja renúncia preci-pitou a extinção do DAFP pelo pre-sidente Arthur Tourinho, ele ape-nas manteve um encontro com An-tônio Couceiro, um dos mais in-fluentes conselheiros do Paissan-du, sem, contudo, tratar de qual-quer assunto relacionado ao seueventual retorno à diretoriabicolor.

ITÜNA 1-3

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Rodada prossegue neste sábadoA oitava rodada do primeiro turno tos1 amnPnnQln JPc farinai ini,.;.,/).. r\i J

Lasálvia (sentado) se exercita com Sanauto (em pé), na Tuna.

, a oitava rodada do primeiro turnodo Campeonato Estadual, iniciadanesta ultima quarta-feira, com a par-tida na qual o Izabelense venceu por 3a 1 o Elo Marítimo, terá andamentoneste sábado, com o jogo entre VilaNova e Independente, em Castanhal.A rodada .prosseguira amanhã, commais tresjogos: Clube do Remo x Tu-na Luso BTrasileira, em Belém, SantaRosa x Elo Marítimo, em Icoaraci, eIzabe ense x Tiradentes, em SantaIzabel. A rodada será complementadana noite desta_próxima segunda-feira,guando

estarão,se enfrentando, emelém, Paissandú e Pinheirense.Vila Nova x Independente — Emjogo com inicio previsto para as 16 ho-ras. Vila Nova e Independente estarãose defrontando neste sábado, em par-tida a ser realizada em Castanhal, noestádio Jarbas Passarinho", com ar-bitragem de Josias Moraes dos San-

, que será auxiliado por SantinoDias Tilho e Waldemar Tito Melo.Fernando Sérgio Castro será o regratrês.

Santa Rosa x Elo Marítimo — Emipgp que terá como palco o estádioAbelardo Condurú", em Icoaraci, ecujo inicio está previsto para as 10 ho-ras, Santa Rosa e Elo Marítimo esta-rao se enfrentando na manha destedomingo, com arbitragem de JoséMariaXima, que será auxiliado porMano Ferreira Santana e Mauro Gil-berto dos Reis Cardoso. RaimundoPrimo de Almeida será o juiz substitu-to. Jorge Alves da Conceição será oarbitro da preliminar, a ser disputadoEelos

times de juniores dos dois clu-es, a partir das 8 horas.Clube do Remo x Tuna Luso Bra-sileira — Também neste domingo, po-rém à tarde, a partir das IP horas, o

Clube do Remo estará defendendo a li-derança do Campeonato Estadualdiante da Tuna Luso Brasileira, emclássico a ser realizado no estádio"Evandro Almeida", o popular Bae-não. Luiz Júlio Lima será o árbitro dapartida, auxiliado por Francisco JoséNunes de Lima e João Batista PadilhaDuarte. O juiz regra três será Lenil-son Pedro "Paulo oe Alcântara. Cominício previsto para as 14 horas, a par-tida preliminar, a ser disputado pelosdois clubes, válida pelo Campeonatode Juniores. terá como árbitro Antô-nio Nelson de Souza.

Izabelense x Tiradentes — Izabe-lense e Tiradentes estarão se enfren-tando também na tarde deste domin-go, a partir das 16 horas, no estádioEdilson Abreu", com arbitragem dePaulo Sérgio Melo, que terá como au-

xiliares Osvaldo Amador da Silva eSamuel Oliveira Luz Filho, enquantoAdilson Souza será o juiz substituto.Manoel Ubiratan da Cosia será o juizda preliminar, pelo Campeonato deJuniores, a ser disputada pelos doisclubes, a partir das 14 horas.Paissandú x Pinheirense — A ro-dada será complementada na próxi-ma segunda-feira, com a partida en-tre Paissandú e Pinheirense, a serrealizada à noite, a partir das 21 ho-ras, no estádio "Leônidas Castro". Oárbitro dp jogo será apontado atravésde sorteio entre Antônio Macedo deOliveira, José Pedro Potiguara e Pe-dro Gilmar Dantas da Cunha. O regratrês escalado é José Maria Dias. TMapreliminar, com início previsto oaraas 19 horas e cujo árbitro será Roso-miro Vasconcelos, os dois clubes esta-rão se defrontando pelo Campeonatode Juniores.

CBF convoca Seleção para amistosoRÍO (ACI) Â PRT*1 cnnfirmmi r\-ivn _-_olní<nn límif/íii can tcihíillin a nn^tírtíni. «^_____.—.¦————— ^^ JLRio (AG) — A CBF confirmou parahoje, às 17 horas, a convocação dos joga-dores para o amistoso que a Seleção fa-

rá contra Portugal, dia 8. Os 18 quedeverão ser chamados são: Zé Carlos eAcácio (goleiros); Jorginho e Mazinho(laterais); Mozer, Ricardo, Aldair e An-dré Cruz (zagueiros); Bernardo, Silas,Geovani, Bismarck, Cristóvão, Valdo, Ro-mário, Bebeto, Zinho e Charles(apoiadores).

O diretor de futebol, Eurico Miran-da, disse que, em função da rodada doCampeonato Paulista, também dia 8,apenas um jogador de cada clube de SãoPaulo será convocado. No Rio nada de-verá ser alterado. Jogadores como ZéCarlos, Jorginho e Aldair, do Flamengo,jogarão quarta-feira pelo clube e quinta-feira pela Seleção.

Como vice-presidente de futebol doVasco, Eurico confirmou para terça-feirao jogo contra o Nova Cidade. Os convo-cados participam normalmente darodada.

Seleção Infantil — A Seleção Brasi-leira de futebol infantil embarcou ontempara^ Escócia, onde estreará no mun-dial da categoria dia 10, contra os Esta-dos Unidos, na cidade de Aberdeen. Otime dirigido pelo técnico Homero Cava-lheiro deixa o Brasil com uma séria in-cumbência: a de trazer o título decampeão. Nas duas copas anteriores, a

Seleção limitou seu trabalho a participação, sem maiores pretensões. Confiante,Cavalheiro acha que dessa vez conseguiuformar um grupo com grandes chancesde conquistar o Mundial.

— Essa é uma das safras mais bri-lhantes que já tivemos. Em pouco tem-po de trabalho, esses garotosassimilaram muito bem aquilo que euqueria. Posso assegurar que até a estréiaeles estarão jogando um futebol moder-no, onde todos atacam e defendem — ex-plicou Cavalheiro.

A Seleção Brasileira infantil já saiuescalada com Elbert (XV de Jaú); An-derson (Juventus), Lica (Inter-SP), An-drei (XV de Jaú) e Edson (Vasco);Carlos (Atlético-MG), Moisés (Vasco) eFred (Palmeiras); Serginho (Palmei-ras), Márcio (São Paulo) e Gilmar(Inter-RS). Homero Cavalheiro leva ain-da o goleiro Jorcey (Flamengo), os za-gueiros Biro (São Paulo) e Gilberto(Pinheiros), os apoiadores Regis (Fia-mengo) e Kleber (Bahia) e o atacanteRudney (Inter-RS).

• A CBF não vai convocar os jogado-res do Flamengo para a excursão à Eu-ropa. O clube já é finalista doCampeonato Estadual e a Comissão Téc-nica prefere liberar Bebeto, Zé Carlos,Jorginho, Aldair e Zinho agora e contarcom todos na Copa América e elimina-tórlas.

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Bragantino derrota oNovorizontino por 1 a 0

Geovani, um dos que serão convocados por Lazaroni.

São Paulo (AE) — O Bragantinodominou totalmente na primeira fase,concluindo oito chutes à meta adversa-ria, mas só conseguiu seu gol na co-branca de uma falta, aos 44 minutos,muito bem cobrada por Gil, colocandoa bola no ângulo esquerdo da meta deWilson.

O Novorizontino jogou totalmentena retranca e só conseguiu um únicoataque, mesmo assim desperdiçadocom chute sem direção, muito longe dameta do Bragantino.

O nervosismo dominou as duasequipes no primeiro tempo, e a seqüên-cia de erros nos passes e na marcação,foram uma constante. Faltas desneces-sárias determinaram quatro cartões,culminando com a expulsão de Césarpor desrespeito ao árbitro, segundo an-tes do final do primeiro tempo.

Na fase complementar, mesmo jo-gando com dez elementos, o Novorizon-tino acabou criando maisoportunidades do que conseguiu na fa-se inicial. Mas o Bragantino procurouconter os avanços do adversário, com

passes curtos, contando com a vanta-gem de um elemento a mais.

Aos 17 minutos, e logo depois aos 2"),Luis Muller conseguiu duas ações den-tro da pequena área adversária, umadas quais Wilson mandou para escan-teio e na outra o atacante chutou pelalinha de funcio. O Novorizontino teveuma falta cobrada por Fernando, quePaulo César defendeu com perigo pa-ra a sua meta. Até o final o Bragantinomanteve o jogo numa cadência lenta,enquanto o Novorizontino corria semconseguir descontar a desvantagem.

Gol: Gil, aos 44 minutos do primei-ro tempo.Bragantino — Paulo César; Gil,

Pintado, Nei e Biro-Biro, Ivair, Souza eZc Rubens; Valmir, Gatãozinho (João-Batista) e Luís Muller (Mano).

Novorizontino — Wilson; CésarFernando, Márcio e Nelsinho; Rubinho,Amado e Luís Carlos; Fabinho, Evan-dro e Dilinho Souza.

Juiz: Almir laguna. Renda: NCz$19.212,00. Público: 4.106.

Local: Bragança Paulista.

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Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 O LIBERAL POLÍTICA 13

Mais 9 deputados podem ser cassados¦**• _____^^__^—__^_ ... _ . _r-_ »»_• .„ «„ „_,*;_-*_-_ cc rln r<An_-l if itÍAõ/. mur>u _~_--_-li-7_iw__ mint rn «rx:«_nní: PYtr

Newton Cruz nega ter chamadoLeônidas de covarde e deslealBrasília (AG) — 0 general

Newton Cruz negou, ontem, que te-nha chamado o ministro LeônidasPires Gonçalves de covarde e des-leal. Na resposta a interpelação feitapelo Comando Militar do Planalto,o general disse que as noticias pu-blicadas na Imprensa não corres-pondem às declarações feitas porele. Newton Cruz confirmou, entre-tanto, que considera o ministro doExército omisso no processo que aJustiça move contra ele pela mortedo jornalista Alexandre Von Baugar-ten. Até ontem à noite, o ComandoMilitar do Planalto não havia divul-gado a decisão sobre a punição aogeneral Newton Cruz.

Segundo o general, a palavra co-varde pode ter várias acepções. Eleexplicou que o termo que empregoureferia-se à deslealdade dos mem-bros do Alto Comando que o trans-feriram para reserva, incluindo aí oministro do Exército. No documen-

to divulgado na tarde de ontem o mi-litar afirmou que as mesmasdeclarações de deslealdade e omis-são vêm sendo por ele reiteradasdesde 1985, sem qualquer préviacontestação ou admoestação.

Ao final do documento de qua-tro laudas manuscritas, o general sidiz "inteiramente solidário com aposição adotada" pelo generalEuclydes Figueiredo. Apesar de nãoter sido questionado sobre essaquestão, Newton Cruz pede que o co-mandante militar do Planalto leveao conhecimento do ministro I_eôni-das Pires a solidariedade que pres-ta ao general punido na terça-feira.

O comandante militar do Pia-nalto, general Francisco Fernandes,tem um prazo de oito dias para de-cidir sobre a punição de NewtonCruz.

Decisão em oito diasBrasília (AE) — O Comandan-

te Militar do Planalto (CMP) infor-mou ontem que o general FranciscoFernandes tem oito dias para deci-dir se pune ou não o general NewtonCruz, que chamou o ministro doExército de "covarde", a exemplo dogeneral Euclydes Figueiredo. O pra-zo começa a contar a partir da últi-ma quarta-feira, data em queNewton Cruz entregou sua respostaà interpelação feita pelo CMP.

Enquanto decisão do generalFrancisco Fernandes não saí, o ge-neral Newton Cruz prefere ficar emcasa. Ontem, ele distribuiu à im-prensa a resposta que já havia en-tregue ao CMP. Embora tenhapassado a maior parte do dia des-cansando, o general permitiu quefosse fotografado na varanda de suacasa.

O ministro do Exército esteveontem à tarde com o presidente Jo-sé Sarney. Na saída, não quis darqualquer declaração à imprensa.

João Figueiredo visita seu irmãoRio de Janeiro (AE) — O ex-

presidente João Batista de Figuei-redo visitou ontem o irmão, o ex-comandante da Escola Superior deGuerra (ESG), general da reservaEuclydes Figueiredo, no ComandoMilitar do Leste, no centro do Rio,onde cumpre prisão de 10 dias apli-cada pelo ministro do Exército Léo-nidas por não ter apoiado o ex-chefeda Agência Central do Serviço Na-cional de Informações, generalNewton Cruz, no processo em que éacusado do seqüestro, cárcere pri-vado e assassinato do jornalista Ale-xandre Von Baungarten.

O ex-presidente Figueiredo che-gou ao Comando Militar do Leste as17h20 em um Landau, acompanha-do do motorista e de dois acompa-nhantes. Foi recebido pelo coronelHilton Lamperte, assessor do co-mandante militar do Leste, generalWilberto Luís de Lima, pelo eleva-dor privativo dos generais, dirigiu-se ao 9? andar, ao apartamento emque está preso Euclydes. Os doisconversaram muito segundo infor-mações de militares no local, maso teor da conversa não foi revelado.

A visita de Figueiredo durouexatamene uma hora e na saída eleevitou conversar com os jornalistas,chegando mesmo a avançar um si-nal fechado com seu carro, para evi-tar as fotos. No sinal seguinte, foialcançado pelos repórteres, masnão quis descer o vidro do carro, fa-zendo com a mão um gesto de "ne-gativo", avisando que não falaria.

Quartel reforçado •Curitiba (AG) — O número de

recrutas designados para a guardadas instalações foi dobrado, a fisca-lização de veículos que entram émais criteriosa assim como o cre-denciamento de visitantes. Estasprovidências foram tomadas nos úl-timos dias pelo Comando do CentroIntegrado de Defesa Aérea e Contro-le de Tráfego Aéreo (Cindacta II),a mais importante unidade do Mi-nistério da Aeronáutica localizadano Paraná que, a exemplo das guar-nições do exército em toda a região-sul, foi orientada para aumentar suasegurança depois que uma bombade fabricação caseira foi atirada

num quartel em Ponta Crossa, a 120quilômetros de Curitiba.

Segundo o capitão Renato LuizZauer, Relações Públicas do Cindac-ta II, nenhum fato anormal foi regis-trado até o momento. O centro operaequipamentos de alta tecnologiasendo responsável pelo controle detráfego e defesa do espaço aéreo nocone sul do país. O capitão Zaueralega razões de segurança para nãomencionar o número de homens quetrabalham na unidade. Informaapenas que no ano passado foramincorporados 200 recrutados que es-tão prestando serviço militar nocentro.

Pecuarista se solidarizaO pecuarista John W. Davis Jr. manifestou-se, anteontem, solidário com o gene-

ral da reserva Euclydes Figueiredo, que se encontra preso no Palácio Duque de Ca-xias, no Rio, por ter feito crítica ao ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves.O teor do telegrama enviado ao general Euclydes pelo pecuarista é o seguinte:

"Exmo. general Euclydes.A prisão do nosso amado e" respeitado comandante revolta todos do Pará, da re-

gião amazônica e do Brasil inteiro, que reconheceram durante muitos anos as quali-dades excepcionais e os serviços indispensáveis do general, qualidade e serviço estesdignos das maiores honras deste país.

Aceite nossa humilde consolação nesta injusta punição do benfeitor da Pátria.Não há justificação para malfeitores impunes nem para homens de bem perse-

guidos.Mas, firmados pela fé no nosso Supremo Comandante Jesus Cristo, que sofreu

prisão e morte por nós, venceremos com ele estas injustiças provisórias (Isaias 61:11).

Respeitosamente,Jonh VV. Davis, Jr."

Após críticas, Mário Covas vai ao Rio edeputado vai r , â Brizoia faz um comicio-relampago

Rio (AG) —Um dia de-pois de dizer na reunião dabancada do PTB no Con-gresso que se opunha à coli-gação com o PDT porque"conhecia bem o ex-governador Leonel Brizola",o deputado Roberto Jeffer-son visitou o candidato pede-tista à Presidência daRepública. O encontro foi ar-ranjado pelo vice-presidentenacional do PTB, GonzagaMota, que coordena as arti-culações para concretizar a"unidade trabalhista".

Mota está tentando re-verter o quadro de desvan-tagem para Brizola, que temcontra a coligação o presi-dente do partido, Paiva Mu-ràz, que lidera um grupo quedetém 40 por cento dos votosdos convencionais. Com oadiamento da convenção doPTB, os brizolistas ganha-ram tempo para tentar ga-nhar os 20 por cento queainda não se definiram con-tra Brizola. Nesse tempo, ovice-presidente do PTB le-vara até o líder pedetistaaqueles que ainda podemvotar a favor da aliança como PDT.

Anteontem foi a vez dodeputado federal por Ala-goas, Roberto Torres, presi-dente do partido no Estado,que decidiu pelo apoio a Bri-zola. Ontem Tbrres levou atéo ex-governador do Rio deJaneiro seu irmão JoséHumberto Torres, deputadoestadual de Alagoas. Osdois, depois de quatro horase meia de conversa — a reu-nião começou às 8h30min esó terminou às 13h — sela-ram o acordo e garantirampara Brizola os sete votos doEstado na convenção.

+•*•••**•*••*•£apoío cultural

CERVEJA

Rio (AG)— Do alto de uma tosca cadei-ra — na qual segundos antes o bicheiro daesquina fazia suas apostas — o candidato do' PSDB à sucessão presidencial, senador Má-rio Covas, deu largada ontem à campanhados "tucanos" nas ruas do Rio. Foi umcomício-relâmpago e fortuito — de solida-riedade a cerca de 250 aposentados que pro-testavam contra a decisão do GovernoFederal de fracionar o salário mínimo empiso e abono. A convite de alguns aposenta-dos, Covas se juntou aos manifestantes nosarredores dá sede do Inamps, na rua PedroLessa, centro. Bem acolhido, ele se entusias-mou: aos brados, prometeu mobilizar os "tu-canos" para assegurar aos aposentados omínimo de NCzf 120. Aplausos unânimes.

— Vocês dizem que eu não estou bemnas ruas. Olha al a resposta — exultou ele,em rápida conversa com os jornalistas.

Não fosse a preocupação de alguns as-sessores, Mário Covas não teria tido opor-tunidade para dar início à sua pregaçãopelas ruas do Rio. Do Automóvel Clube, nopasseio, — onde participara de almoço ofe-recido pelo núcleo dos empregados das es-tatais — a esquina das ruas México e AraújoPorto Alegre, Covas teve o cuidado de nãoatravessar a Cinelândia, tradicional redu-

to do brizolismo. Optou pela rua Santa Lu-zia e, em seguida, desceu a rua México atéFederação de Esportes Aquáticos, a qual vi-sitou rapidamente.

— Vamos mais rápido, eles já nos viram— aconselhou o vereador Sérgio Cabral(PSDB-RJ), numa alusão aos integrantes dabrizolândia, quando o candidato atravessa-va a avenida Rio Branco.

Passos largos, Covas acabou por toparcom os manifestantes. Vencida a hesitaçãomomentânea — era necessário ter certezade que não se tratava de uma manifestaçãopartidária — "tucanos" e aposentados cru-zaram os bicos, num só protesto.

No Automóvel Clube, Mário Covas ten-tou resumir a posição do PSDB sobre as es-tatais. Defendeu o que chama de "estadosocialmente necessário", com a manutençãode estatais em setores básicos — produçãode energia elétrica e nuclear, petróleo e si-derurgia entre outros. Pregou também adesprivatização do Estado, de modo a per-mitir que as estatais sirvam aos interessespúblicos e não apenas a grandes empresasprivadas. Segundo ele, há empresas geridaspelo governo que contribuem apenas parao fortalecimento de grupos privados car-toriais.

Vice poderá ser uma mulherRio (AE) —O cândida-

to do PSDB à Presidência daRepública, Mário Covas, re-velou ontem, que seu candi-dato a vice será anunciadoprovavelmente no prazo deuma semana e que seu com-panheiro de chapa poderáser uma mulher. "O PSDBtem sete mulheres em suabancada na Câmara dos De-putados", lembrou o sena-dor. Mais uma vez,entretanto, Covas evitou ci-tar nomes.

Em entrevista concedi-da antes do almoço no Auto-móvel Clube do Brasil,promovido pelo Núcleo dosEmpregados do PSDB dasEmpresas Estatais, Covasafirmou que, caso o Con-gresso proponha a antecipa-ção do plebiscito nacional

sobre o regime de governo,a bancada do PSDB será fa-vorável à decisão. O candi-dato do PSDB ressalvou, noentanto, que, apesar do par-tido apoiar o parlamentaris-mo como melhor regime, osparlamentares pessedebis-tas reagirão, caso o próprioCongresso decida votar qualserá o regime mais adequa-do de governo. "O Congres-so não tomará para si atarefa que a Constituinte de-legou ao povo", garantiu.

Indagado quanto a suaposição desfavorável juntoao eleitorado, Covas admitiuque

"preferia estar em pri-meiro lugar", mas, otimista,previu que o candidato doPRN cairá nas pesquisas,"porque o candidato doPSDB vai subir". O senador

desmentiu as informaçõesde que renunciaria a suacandidatura, caso não con-seguisse "decolar" até se-tembro: "Não confidencieiisso a ninguém. O caminhonatural do primeiro turno éa candidatura própria".

É o horário de propa-ganda eleitoral gratuita quedefinirá, segundo Covas, apreferência do eleitorado:"A TV decide. O povo só re-ceberá realmente informa-ções sobre os candidatos apartir do início do horáriogratuito". O senador atribuio crescimento de Collor jus-tamente às suas freqüentesaparições na televisão: "vaichegar o momento em queos outros candidatos terãotambém essa oportunidade",previu.

Brasília (AG) — Mais nove parla-mentares poderão ser cassados se nãoatenderem aos apelos da Mesa da Câ-mara dos Deputados de freqüentaremintensamente de agora em diante assessões da Casa. Ontem o vice-presidente da Câmara, Inocêncio deOliveira (PFL-PE), tratou de evitar oacesso da Imprensa à lista dos faltososalegando que muitos deles podem jus-tificar suas faltas. Os integrantes daMesa da Câmara, que anteontem se va-leram do artigo 55 da Constituição pa-ra cassar os mandatos dos deputadosMário Bouchardet (MG) e FelipeCheidde (SP), ambos do PMDB,empenhavam-se ontem em entrar emcontato com esses nove parlamentarespouco assíduos à Casa, para evitar quea ação moralizadora que desencadea-ram tome proporções indesejáveis.

Ontem cedo, o presidente da Cama-ra, Paes de Andrade (PMDB-CE),reuniu-se com alguns colegas de parti-do e foi alertado para o fato de que a pu-nição dos dois parlamentares —Bouchardet não compareceu a nenhu-ma das 65 sessões realizadas e Cheid-de a apenas três — era um "caminhosem volta, uma bola de neve que ganhaproporções". Paes de Andrade solicitouum imediato levantamento das faltas econstatou que nove deputados "estão namarca de pênalti", ou seja, se deixaremde comparecer às próximas cinco ses-soes, completarão o número de faltas(um terço das sessões realizadas, o quecorresponde agora a 42 faltas) suficien-tes para serem também enquadrados

no artigo 55 da Constituição.Sem mordomias

Belo Horizonte (AG) — Influencia-dos pela onda moralizadora deflagra-da pela Câmara dos Deputados, com acassação dos deputados faltosos, os ve-readores desta capital decidiram nanoite de quarta-feira, por unanimidade,cortar a ajuda de custo de NCz$ 2 milpara compra de ternos c os jetons deNCz$ 250 por reuniões extraordináriasque não chegavam a demorar mais de15 minutos. A Câmara decidiu tambémdescontar nos salários os dias que o ve-reador falta às sessões.

O projeto, de autoria dos vereado-res do PT Rogério Corrêa e Tomas daMata Machado, havia sido apresenta-do à Câmara em janeiro deste ano. Porduas vezes chegou ao plenário, sendopedidas vistas por outros vereadores.Na sessão de anteontem, novamente avotação foi adiata mas, depois de infor-mados da decisão da Câmara dos De-putados, os vereadores convocaramuma reunião extraordinária e até mes-mo aqueles que haviam sido contráriosao projeto acabaram votando favorável-mente, como Adelino de Carvalho(PTB), que o havia classificado de de-magógico.

A ajuda de custo, denominada iro-nicamente de "verba do paletó", eraconcedida duas vezes por ano, sendo aúltima no valor de NCz$ 2 mil. Quantoaos jetons, representavam acréscimoem média de NCz$ 1 mil nos salários deNCz$ 7.2 mil dos vereadores, pois a Câ-

mara realizava quatro sessões extraor-dinárias mensalmente. Já o descontonos salários será de NC'z$ 240 para ca-da falta do vereador.

Corte de JetonRecife (AG) —A Mesa Diretora da

Assembléia Legislativa de Pernambu-co resolveu agir com rigor em relaçãoaos deputados faltosos e vai cortar osjetons de quem não assinar a lista depresença no início da sessão. A infor-mação foi dada pelo seu presidente,Clodoaldo Torres (PMDB), para quemessa medida tornou-se necessária tan-to para que os deputados passem a sermais assíduos ao plenário, como paraajudarem a recuperar a imagem do Po-der Legislativo.

Essa foi a segunda medida mora-lizadora tomada pela Mesa desde suainstalação em fevereiro último. A pri-meira foi a devolução de funcionáriosociosos, que se encontravam à disposi-ção da Casa, às suas repartições de ori-gem. Essa medida contrariou muitosparlamentares, que "escondiam" em;seus gabinetes amigos, parentes e afi-

-lhados políticos que não se dispunhama trabalhar nas repartições oficiais,dando oito horas de expediente por dia.

Acordo celebrado pelo presidentecom o governo do Estado estabeleceuque nenhum deputado poderá ter maisde quatro servidores à disposição doseu gabinete. Com isso, cerca de 400servidores foram dispensados da As-sembléia Legislativa, embora não te-nham perdido o emprego.

Cheidde recorrerá na segunda-feiraSão Bernardo do Campo, SP (AG) —

Felipe Cheidde vai entrar com recursona Justiça, possivelmente na próximasegunda-feira na tentativa de anular adecisão da Mesa da Câmara, que cas-sou seu mandato de deputado federalpor excesso de falta no plenário. O re-curso se baseará no cerceamento de de-fesa, informou ontem o jurista J.B.Viana de Moraes, contratado porCheidde.

Segundo o jurista, seu cliente, tam-bém advogado, teve um julgamento su-maríssimo e foi ofendido no seu direitode defesa. Alegou também que Cheid-de não recebeu o ofício, através do quala Câmara pede justificativas para asrepetidas ausências nas sessões. O par-lamentar cassado esteve fora do país de12 a 27 de maio, na Áustria, para trata-mento de saúde, deveria ter se reapre-sentado à Câmara ontem. Viana de

Moraes ainda vai examinar onde entrarcom o recurso, se no Supremo TribunalFederal ou em nova instância, o Tribu-nal Superior de Justiça.

Cheidde, que estava no seu segun-do mandato, disse ontem em seu escri-tório político, em São Bernardo doCampo, que foi vítima da estratégiaeleitoral de Ulysses Guimarães rumoà Presidência da República. Ele afir-ma que antes de decidir pela extinçãodo mandato à Mesa da Câmara deve-ria dar-lhe o direito de defesa durante15 sessões.

Só fala domingo

Belo Horizonte (AG) —Isolado emVisconde do Rio Branco, onde é pro-prietário de usinas de açúcar e fazen-das com cerca de quato milempregados, o ex-deputado do PMDB

Mário Bouchardet está recolhido aomais absoluto silêncio desde que a Cã-mara nas sessões: através de assesso-res, Bouchardet mandou ontem orecado aos que telefonarem ou queiramencontrar-se com ele que ainda estaavaliando a decisão da Câmara, prome-tendo apenas para domingo um pronun-ciamento público sobre a medida.

Segundo sua assessoria, o ex-deputado não sabe se recorrerá ou nãoda decisão da Câmara. No entanto, nodomingo pretende levar a Visconde doRio Branco deputados e políticos quejá manifestaram sua solidariedade.Bouchardet quer também a presençado governador Newton Cardoso, mas aassessoria no Palácio da Liberdade in-formou que não esta prevista a sua idaa Visconde do Rio Branco neste final desemana.

Vereador é cassado em SalinópolisA Câmara Municipal de Salinópo-

lis cassou o mandato do vereador Za-none Augusto de Araújo Gomes(PDS), acusado de ter desviado gran-de quantidade de óleo diesel e álcooldo almoxarifado da Prefeitura de Sa-linas. Zanone já foi presidente da Câ-mara daquele e reeleito no ano passa-do pelo mesmo partido. A mesa da Câ-mara conseguiu reunir 2/3 dos ocu-pantes da Casa, quorum necessáriopara a cassação do mandato de Zano-

ne, que não compareceu à sessão, ale-gando estar com problemas família-res. Segundo Francisco Marques, cor-respondente de O LIBERAL naquelemunicípio, o vereador cassado teriaviajado para São Paulo, com á finali-dade de acompanhar sua mulher notratamento de uma doença. A secreta-ria da Câmara enviará um ofício a Za-none Gomes, comunicando a cassaçãode seu mandato..

Partido LiberalA Executiva regional do Partido

Liberal (PL) está convocando todosos seus integrantes para uma reuniãoque realizará hoje, às 19h30m, no ho-tel Sagres, "para reestruturação dopartido". Antes, às 10 horas, o verea-dor Mílvio Júnior, vice-líder do PL naCâmara Municipal de Belém, reuniráa Imprensa em seu gabinete para di-vulgar a pauta do encontro e as medi-das que serão deliberadas no encontroda Executiva.

ITORAiníl1 EUDHLVU.V0CEVEvm\w Teobaldo Sarmento.

A partir de hoje,presidente daFederaçãoNacional dosTrabalhadores noComércio deMinérios eDerivados dePetróleo. Até 90,presidente,também, doSindicato dacategoria emBelém.O Teobaldoparece aquelepiloto que ganhatodas.Parabéns.

¦SHDEPASindicato do Comercio Varejista de

Derivados de Petróleo no Estado do Pará.

FECOMBUSTÍVELlederação Nacional do Comércio Varejista de

Derivados de Petróleo e das Empresas de Garagens.

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14 POLÍTICA O LIBERAL Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

m—MKm.élio adverte anti-ulyssistas do PMDBWlar Aeno Veloso teme que Congresso

rapaihe elaboração da CartaA nova Constituição esta

I dual, se depender do relator daComissão de Sistematização ins-talada ontem, deputado Zeno Ve-loso (PDS) poderá ser promulga-da no dia 15 de agosto, data da zadesão do Pará à Independência Jdo Brasil. O prazo, no entanto, |para a conclusão e aprovação do gtexto constitucional se estende gaté o próximo dia 5 de outubro,primeiro aniversário da Consti-tuição Federal em vigor. O pró-prio Zeno, além disso, reconhecea exigüidade de tempo para a ela-boração do texto final e não quera aprovação de afogadilho, paranão comprometer a qualidade daCarta.

O deputado, que também éprofessor de Direito Constitucio-nal, considera que as comissõestemáticas, com muito menos vo-lume de trabalho, dispuseram demuito maior tempo para discus-são que a Sistematização, forma-da por 21 deputados, e que terá 10dias, a partir de hoje, para apre-ciar as propostas das comissõestemáticas. O relator terá, findoeste primeiro prazo, cinco diaspara apresentar o primeiro pro-jeto da Constituição, incluindo aspropostas surgidas nas comis-soes. Só então o projeto irá ao pie-nário para mais 15 dias de deba-tes e apresentações de ememen-das e substitutivos. Pelo calendá-rio oficial,.o primeiro esboço danova Carta ficará pronto dia Io dejulho.

No segundo turno, quando se-rão aceitas só emendas supressi-vas, o texto final será delineado.Preocupado com a possibilidadede uma manobra inesperada dopartido majoritário, o PMDB, pa-ra alterar o anteprojeto constitu-cional na sua totalidade, o depu-tado Agostinho Linhares (PMB)conseguiu a aprovação de umaemenda ao regimento interno daConstituinte estadual, vetandoem qualquer das fases de discus-são do projeto de Constituiçãoemendas que substituam inte-gralmente o projeto original."Es-ta é uma garantia aos partidos

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minoritários", explicavaLinhares.

O relator Zeno Veloso não ali-menta os temores de Linhares,mas demonstrou outra preocupa-ção ainda mais grave. Segundoafirmou, como o Congresso Na-cional ainda não votou as quase300 leis complementares necessá-rias para que a nova ConstituiçãoFederal vigore plenamente, ostrabalhos em andamento naConstituinte estadual podem serprejudicados e até anulados namedida que as leis complementa-res forem sendo votadas. Há orisco, de acordo com Zeno Velo-so, de se estabelecerem conflitosentre os dispositivos de uma e ou-tra Carta. Entretanto, o governa-dor do Pará, Hélio Gueiros, achaque essa preocupação do relator,apesar de procedente, não deveprejudicar o andamento dos tra-balhos na Constituinte. "É maisfácil nova revolução militar, co-mo a 64, no país, que o Congressovotar todas as leis complementa-res. Até hoje tem lei da Constitui-ção de 46 que nmunca foi vota-da", afirmou.Sessão complicada

A instalação da Comissão de

Hamilton Guedes, presidenteSistematização não foi tranqüilacomo se imaginava, depois que osdeputados do PMDB foram ao go-vernador Hélio Gueiros, na vés-pera, acertar a indicação ou nãode Zeno Veloso para relator. Aoser aberta a sessão solene, às 9hs,conduzida pelo presidente da Ca-sa, deputado Mário Chermont(PMDB), o deputado AldebaroKlautau (PDT) questionou o prin-cípio da proporcionalidade nacomposição da Comissão, estra-nhando que o PMDB, por força doregimento, teria direito a novevagas, mas estava apresentando11 nomes. O deputado RonaldoPassarinho (PDS) também es-tranhou que o PT, com uma ban-cada de três parlamentares, ti-vesse dois representantes na co-missão, enquanto o seu partido,com seis deputados, só tinha di-reito a duas vagas.

O tumulto aumentou com adecisão do deputado Alcides Cor-rêa (PMDB), resolveu incluir seunome na Sistematização. Ele, co-mo relator de uma comissão an-terior, tinha direito assegurado,mas resolveu abrir mão. A suapostura, em plenário, pareceuaos deputados de oposição, uma

manobra do PMDB para aumen-tar o número de seus represen-tantes. A sessão foi suspensa porcinco minutos por Chermont, pa-ra que o PMDB chegasse a umacordo sobre a presença de Cor-rêa. A solução encontrada foi asubstituição do deputado JoséFrancisco, para não alterar maisuma vez a distribuição de vagaspelos partidos.

Empossada a Composição deSistematização, constatou-semais duas surpresas: o PDSabriu mão de uma vaga em favordo PDT, ficando com apenas doisrepresentantes, e o PFL cedeuuma de suas três cadeiras aoPMDB, qüe passou, assim, a con-tar com 11 representantes ao in-vés dos nove regimentais. Emcompensação, Agostinho Linha-res acabou ganhando uma sub-relatoria não prevista no regi-mento. As outras duas foram ocu-padas por Carlos Cavalcante eWandenkolk Gonçalves, ambosdo PMDB.

Quanto ao cargo de presiden-te, não houve nenhum questiona-mento em relação à indicação dodeputado Hamilton Guedes(PMDB). Mas o deputado CélioSampaio(PFL), convidado a pre-sidir a instalação da Comissãopor ser o mais idoso dos presen-tes, teve que suspender a sessãomais uma vez para que as lide-ranças chegassem a um consensosobre a distribuição de vagas ecargos.A comissão

Acertos concluídos, a Comis-são de Sistematização ficou cons-tituída assim, segundo o critériode proporcionalidade: PMDB —Wandenkolk Gonçalves, NonatoVasconcelos, Nicias Ribeiro, Car-los Cavalcante, Maria de Nazaré,Hamilton Guedes, Haroldo Be-zerra, Bira Barbosa e AlcidesCorrêa; PT — Edmilson Rodri-gues e Raimundo Marques; PDS— Ronaldo Passarinho e Zeno Ve-loso; PFL — Raimundo Santos eCélio Sampaio; PMB — Agosti-nho Linhares; PDT — GeovaniQueiroz e Aldebaro Klautau: ePDC — Guaracy Silveira.

ara hojeCastanhal

Comissão da Administração jáentregou relatório 4.a feira

A primeira experiência de in-teriorização da Constituinte esta-dual inicia hoje, a partir de 9 ho-ras, na Associação Nipo-Brasileirade Castanhal, com a participaçãodo governador Hélio Gueiros, de-putados constituintes, vereadorese prefeitos das regiões da ZonaBragantina, e das regiões do Sal-gado e Guajarina. O I Simpósio daConstituinte Estadual é uma pro-moção da Associação dos prefeitosdessas regiões e tem como princi-pai objetivo a coleta de subsídios epropostas das diversas regiões doEstado, à Constituinte estadual.

Pela parte da manhã, o gover-nador Hélio Gueiros deverá seguirpara Castanhal e participar da so-lonidade de abertura do encontro,quando descerrará uma placa emcomemoração ao evento. Durantea solenidade, o deputado JoséFrancisco, Io secretário da Assem-bléia Legislativa e autor da pro-posta da realização do encontro emCasatanhal, saudará os participan-tes na qualidade de representanteparlamentar da região. A tarde, oevento prossegue com a realizaçãode um painel sobre a Organizaçãodo Estado, dos Municípios e dasRegiões Metropolitanas, coordena-do pelo deputado Ronaldo Passari-nho, presidente da comissão tema-tica que tratou dessa questão. Aprogramação prossegue amanhã,com a realização de uma série deoutros painéis, sendo que a partici-pação do senador Almir Gabriel,que falará sobre seguridade social,foi confirmada

Uma das comissões que sofreumais diretamente as pressões degrupos e entidades de funcionáriospúblicos ligados às Polícias Militare Civil, Defensoria Pública e Mi-nistério Público, a da Administra-ção Pública, da Segurança e Defe-sa dos Interesses da Sociedade, doEstado e dos Cidadãos entregouseu relatório final na últimaquarta-feira. A redação final do do-cumento foi definida ainda na noitede terça-feira, na véspera do prazoestipulado para a entrega dorelatório.

Entre outras reivindicações, odocumento garante aos delegadospoliciais de carreira isonomia devencimentos com os servidores dacarreira jurídica; cria a carreirade Defensor Público, organizadaem cargos providos na classe ini-ciai mediante concurso público deprovas ou de provas e títulos, pro-vidos pela Defensoria-Geral do Es-tado com a participação da OAB; eretira o Corpo de Bombeiros da ór-

bita da Polícia Militar,subordinando-o diretamente ao go-vernador do Estado. O relatório es-tebelece, também, a extinção dosefeitos jurídicos de qualquer ato le-gislalivo ou administrativo, lavra-do a partir da instalação da Consti-tuinte estadual com o objetivo deconceder estabilidade a servidoradmitido sem concurso público, naadministração direta ou indireta,inclusiva nas fundações mantidaspelo Poder Público.

Em contrapartida, concede es-tabilidade no emprego aos servido-res públicos do estado e dos muni-cípios, na administração direta,autarquias e fundações públicas,em exercício na data de promulga-ção da Constituição Federal há pe-lo menos cinco anos continuados, eque não tenham sido admitidos naforma regulada pela ConstituiçãoFederal em vigor. O relatório esta-belece, ainda, que no prazo de 90dias a partir da promulgação da

Constituição estadual o Poder Exe-cutivo abrirá crédito especial coma finalidade de garantir a autono-mia administrativa do Corpo deBombeiros Militar. O documentocria, também, o Banco Estadualda Habitação, com fim social e ob-jetivo precípuo de minimizar o dé-ficit habitacional no Estado. Deacordo com o documento, 5% do or-çamento do Estado será destinadoao banco.

A comissão optou, ainda, pelacriação dos conselhos de Governoe de Defesa Social e Comunitária, oprimeiro como instrumento deaconselhamento do governador, eo segundo com a atribuição de defi-nir a política de defesa social e co-munitária do Estado. Além dosconselhos, o relatório criou tam-bém a Ouvidoria do Povo, paraapurar atos, fatos e omissões dosagentes da administração pública,direta ou indireta; e colaborar noprocesso pedagógico de organiza-ção comunitária.

Ordem Econômica também ja concluiu

quero PFL

Brasília (AG) — O virtual can-didato do PFL, Aureliano Chaves,fez ontem um apelo para que o par-tido se una em torno de seu nome,conclamando os dissidentes, em dis-curso à executiva nacional, a "umademonstração de que as préviaspartidárias foram veículos deunião". O ex-ministro disse que, as-sim como no "acordo do poncho ver-de", que pacificou o Rio Grande doSul na década de 20, os grupos rivaisdo PFL poderão se reconciliar, man-tendo suas lideranças, da mesmaforma como os federalistas e repu-blicanos preservaram suas pa-

p-J tentes.' íS — Aprendi a compreender que

z. no êxito se deve exercitar cada vez*¦¦_ mais a humildade. Quero que cada

um tenha consciência de que não es-. tamos estendendo as mãos de cimapara baixo, mas em pé de igualda-

H de — disse, fazendo referências elo-'giosas aos senadores Marco Meciel(PE), por cie derrotado nas prévias," e Jorge Bornhausen (SC) e ao pre-feito de Maceió, GuilhermePalmeira.

A comissão da Ordem Econô-mica, Social e de Proteção à Ecolo-gia distribuiu ontem, à Imprensa,o seu relatório final. O documento,caprichosamente encadernado,tem 216 artigos distribuídos em 50páginas e está dividido em três ti-tulos (da Ordem Econômica eMeio Ambiente; da Ordem Social;e das Disposições ConstitucionaisTransitórias), 11 capítulos e seteseções. Os capítulos tratam dos se-guintes temas: do Desenvolvimen-to Econômico; da Política Urba-na; dos Transportes; da PolíticaAgrícola e Agrária; da Política Mi-neral e dos Recursos Hídricos; doMeio Ambiente; da Saúde; da As-sistência Social; da Educação, daCultura e do Desporto; da Ciênciae Tecnologia; e da ComunicaçãoSocial.

O maior número de seçõesencontra-se no capítulo referente àAssistência Social, que trata da fa-mília. da criança e do adolescente,

da mulher e das pessoas portado-ras de deficiências. Na introduçãodo documento, o relator Wanden-kolk Gonçalves lembra que a co-missão instalou-se oficialmente noúltimo dia 3 de março, definiu asistemática dos seminários consti-tucionais para a coleta de subsí-dios e, a partir de 13 de março,iniciou-os efetivamente com umapalestra proferida pelo poeta e se-cretário de Educação, João de Je-sus Paes Loureiro, sobre "A Cultu-ra na Constituinte". Ao todo, fo-ram realizadas 15 reuniões simila-res para a discussão de temas co-mo Educação; Saúde, Saneamentoe Meio Ambiente; Políticas Urba-na e Mineral; Políticas Agrícola eAgrária, entre outras. Sempre coma presença de palestrantes, deba-tedores e reprentantes de diversossegmentos da sociedade.

De acordo com o relator, a re-dação final do documento foi

definindo-se através dos debates,alguns realizados inclusive no inte-rior do Estado. Segundo ele, asreuniões da comissão tiveram umcaráter público e nenhuma propôs-ta ou sugestão deixou de ser am-piamente debatida. Na opinião deWandenkolk Gonçalves, apesardas discussões acirradas, prevale-ceu, entretanto, o entendimentodemocrático, garantiu. Para o par-lamentar, a comissão optou porum texto que, indubitavelmente,contempla a esmagadora maioriadas centenas de propostas encami-nhadas à comissão. O relator fina-lizou, afirmando que, com a entre-ga do relatório, a comissão da Or-dem Econômica, Social e de Prote-ção à Ecologia "dissolve-se com acerteza de que cumpriu com suaparcela de responsabilidade nesseprocesso histórico que irá culmi-nar com o estabelecimento de umnovo ordenamento jurídico para oEstado".

Apesar de vários deputados do PMDB,como Wandenkolk Gonçalves, líder dabancada, Hamilton Guedes, eleito presi-dente da Comissão de Sistematização, eHamilton Bezerra, terem reafirmado, on-tem, que o governador Hélio Gueiros deci-diu aplicar os rigores da lei aos prefeitosque não se engajarem na campanha do de-putado Ulysses Guimarães à presidênciada República, Gueiros negou que tenhaameaçado boicotar os prefeitos de oposi-ção, como todos os deputados parecem terentendido na reunião que tiveram com ele,anteontem, para definir se a relatoria daComissão de Sistematização da Constiluin-te" estadual ficava mesmo com o deputadoZeno Veloso, do PDS. Ontem, o governadortranqüilizou os prefeitos de oposição aoPMDB e simpáticos à candidatura do ex-governador de Alagoas, Fernando Collorde Mello, do Partido de RenovaçãoNacional (PRN).

O governador confirmou, porém, quese dentro de 40 dias o PMDB paraense nãoassumir efetivamente a candidatura dodeputado Ulysses Guimarães, vai pedir in-tervenção da Executiva nacional no dire-tório estadual. Essa posição ele já comuni-cou aos deputados com os quais se reuniuanteontem. Gueiros está preocupado como desinteresse dos políticos do PMDB pelacandidatura de Ulysses Guimarães e disseque se eles se mantiverem neutros ou ade-rirem a outros candidatos, "terão que sertratados como inimigos e não comocorreligionários".

Gueiros está disposto mesmo a pedir aexclusão do partido dos prefeitos e parla-mentares que não se incorporarem à cam-panha de Ulysses Guimarães, alegandoque "quem não é a nosso favor, é contranós". O pedido de intervenção no Diretórioestadual seria facilitado pelo fato de aatual executiva estar irregular, pois hámais de seis meses o deputado estadual Ni-cias Ribeiro está ocupando interinamentea presidência do Diretório estadual, quan-do o normal seria haver eleição para esco-lher o novo presidente, em substituição aoex-deputado federal Vicente Queiroz, no-meado para o Conselho de Contas dosMunicípios. "Cada macaco...""Não existe isso de boicote ou retalia-ções. Eu falei aos deputados que os meuscandidatos são Ulysses Guimarães parapresidente e Valdir Pires para vice, e que oPMDB do Pará tem que se definir se vai ounão respaldar a decisão da convenção na-cional. Eu sou fiel a meu partido e querosaber se todos vão estar ou não a favor deUlysses, se a decisão da convenção vai sercumprida", explicou Gueiros, acrescen-tando que se um ou outro diretório estiverinclinado à desobedecer a decisão da con-venção, vai pedir também que sofram in-tervenção. "Eu não tratei de boicote, por-tanto. Quis dizer que o prefeito que não édo PMDB não pode pedir a substituição defuncionários do Estado em seu município,como aconteceu em Maracanã. Lá, o pre-feito, que é de outro partido, queria que euremovesse o médico que foi candidato aprefeito pelo PMDB mas saiu derrotado".

Segundo Gueiros, este é um hábito an-tigo dos prefeitos do interior. "Não me me-to nas questões municipais, não trepo nogalho de ninguém. Mas eles acham que po-dem se intrometer nas questões do gover-no do Estado. São aceito que os funciona-rios estaduais desrespeitem os prefeitos,mas não admito que sirvam de lambaiospara eles. Cada macaco no seu galho. Eu

não ameaço, quando tenho de lazer eu fa-ço. Agora, se os deputados querem fazermédia com algum prefeito ou pressionaroutros já é outro problema porque esse ne-gócio de tratar os prefeitos a pão e água égracioso. Água já tem demais, só falta opão", brincou o governador, numa alusãoà enchente do rio Amazonas e seus afluen-tes, que provocou a decretação de estadode calamidade pública em váriosmunicípios.

Gueiros descartou, também, a hipóte-se de que o governo itineranle que vai ini-ciar este mês, devendo passar 50% do seutempo no interior, tenha a finalidade depromover a candidatura de Ulysses Gui-marães. "Passei mais de um ano me pre-parando para isso. Tenho dito que não soude ir ao interior fazer relações públicas.Fiquei bancando a formiguinha, acumu-lando algum dinheiro enquanto muita gen-te estava bancando a cigarra, só cantandoe não fez nada. Agora estou em condiçõesde ir ao interior", afirmou.

O governador criticou os prefeitos, queestão em situação difícil, a começar porBelém. Segundo disse, a Constituição favo-receu mais os municípios que os Estadoscom a implantação do novo sistema tribu-tário, mas para usufruir dessa vantagem,em sua opinião, é preciso "paciência e de-terminação". O governo do Estado, deacordo com Gueiros, teve muitas dificul-dades para chegar a uma situação satisfa-tória. "Tivemos problemas com a Albrás,Vale do Rio Doce e Mineração Rio do Nor-te, mas chegamos a um acordo com todasessas empresas. Só a Companhia MonteDourado, dona do Projeto Jari, que rece-beu tudo de graça, porque o milionárionorte-americano Daniel Keith Ludwing feztoda a infra-estrutura e o governo brasilei-ro arrematou tudo entregando a esses ca-pitalistas, não quer chegar a um acordoconosco para pagar o imposto que é delei", reclamou.

O governador acredita que houve umcerto descuido dos prefeitos que saíram edos que foram empossados este ano comrelação ao novo sistema tributário. "Nãofoi à-toa que colocamos uma equipe emBrasília, acompanhando os trabalhos daAssembléia Nacional Constituinte, O Pa-rá, como tenho dito sempre, é um Estadodiferente, não precisa de ajuda de nin-guém. Basta que o governo federal nos dei-xe cobrar o que é nosso. O próprio presi-dente Sarney disse que íamos nos arrepen-der de apoiar a reforma tributária, mas osbrilhantes técnicos do Palácio do Planaltoforam desmoralizados porque não fizemosnada no escuro, tudo era baseado em estu-dos dos nossos técnicos e, agora, vamos ar-recadar muito mais do que recebíamos derepasse."

Gueiros lembrou que mesmo com a ar-recadação melhorando consideravelmen-te, não vai poder atender plenamente o pe-dido de socorro que recebeu do prefeito deBelém Sahid Xerfan. "São NCZ$ 25 mi-lhões, o equivalente a um mês de arreca-dação. Vou atendê-lo na medida dopossível.Nova capital

A transferência da capital do Pará pa-ra o centro do Estado, proposta pelo depu-tado Alcides Corrêa, como meio de arrefe-cer o ânimo daqueles interessados emcriar novos Estados desmembrando oatual território paraense, foi consideradauma boa idéia pelo governador, que dissenão ter conversado com o parlamentar so-bre a questão.

Congratulações da AL pelacassação dos dois faltosos

A cassação dos mandatos dos deputa-dos federais Felipe Cheidde (PMDB-SP) eMário Bouchardet (PMDB-MG), ausentescontumazes nas sessões da Constituinte,da Câmara e do Congresso, foi recebidacom entusiasmo pelos deputados do Pará.O líder da bancada do PDS, Ronaldo Pas-sarinho, propôs e obteve aprovação porunanimidade, que o plenário delegasse po-deres ao presidente da Casa, para mandarum telegrama de congratulações ao presi-dente da Câmara, Paes de Andrade(PMDB-CE). Passarinho afirmou que sógestos como este resgatam a dignidade domandato parlamentar."Esses dois deputa-dos enojavam o mandato", disse, pedindoque a mesma atitude seja tomada a nivellocal quando um parlamentar faltar a umterço das sessões, como determina a novaConstituição.

Por sua vez, o deputado Zeno Veloso,também do PDS, enviou um telegramapessoal a Paes de Andrade nos seguintestermos, aprovando plenamente as cassa-

ções: "Creio interpretar o sentimento doque lutam pelo fortalecimento do Legisla-tivo, que passa, necessariamente, pelamoralização da instituição parlamentar,quando parabenizo V. Exa. e demais mem-bros da Mesa pela decisão corajosa e pa-triótica de declarar perda de mandato dosSrs. Felipe Cheidde e Mário Bouchardet".E acrescentou: "Vejo com satisfação quea Constituição de 1988 nesta parte pôde efoi cumprida, especialmente seu artigo55,111. Tenho a firme convicção de que estegrande passo é apenas o primeiro e a opi-nião pública aguarda informações e solu-ção urgente para os desvios e escândalosperpetrados no Instituto de Previdênciados Parlamentares". E mais: "Sobretudo,espera ansiosa que o Congresso Nacionaldepois de tantos meses sem nenhuma pro-vidência efetiva e concreta afinal discuta evote as Leis Complementares que poderãotransformar a nova Consitutição do Brasilde catálago de projetos numa verdadeirarealidade para o povo brasileiro."

Linhares contesta vereadoraO deputado estadual Agostinho Linha-

res (PMB—PA), candidato a vice-presidente da República, enviou ofício-a OLIBERAL em resposta à uma entrevista,concedida à imprensa pernambucana pelavereadora Geralda Farias (PMB-PE), que"mais umá vez vem tentar denegrir a ima-gem do Partido Municipalista Brasileiro".Segundo Linhares, a vereadora é usineiraem Alagoas e Pernambuco e "retirou-sesob vaias da pré-convenção do PMB, emBrasília, no último dia 18".

O deputado acrescenta no documentoque o PMB tem candidato próprio — Ar-mando Corrêa, presidente da Executiva

nacional do partido — à Presidência daRepública, "não coligou com nenhuma ou-tra agremiação partidária e está sozinhocontra o resto" para tentar eleger seuscandidatos no dia 15 de novembro. Agosti-nho Linhares encerra o ofício informandoque o PMB foi criado com apenas um ve-reador no País — ele mesmo — e hoje con-ta "com mais de 1.000 vereadores e 100prefeitos". Para Linhares, não será ape-nas uma filiada, "cujo procedimento estásendo analisado à luz do Código de Ética'partidária, que empanará os atos daquelesque estão identificados com a causamunicipalista".

Trios elétricos animarãoMaluf vira garoto-propaganda comício do PMDB, amanhãde marca popular de sapatosSão Paulo (AJB) —O empresa-

rio Paulo Maluf, milionário e candi-dato à Presidência da Repúblicapelo PDS — que poderia imaginar?— enfrenta as agruras da campanhapisando firme com um 752, a popu-lar marca de sapatos da Vulcabrás.Maluf tornou-se garoto propagandana porancheta de Washington Olivet-to, líder da W/GGK e o mais premia-do publicitário do país. O comercialque irá ao ar pela primeira vez ama-nhã, durante o "Jornal Nacional" pe-Ia Rede Globo apresenta um Malufdescontraído e bem humorado, naestréia de outros personagens con-vidados para participar da campa-nha da Vulcabrás, como o ator Nuno

Leal Maia travestido de Tony Carra-do, a impagável estrela da NovaMandala, é ò responsável VicenteMatheus, presente do Esporte Clu-be Coritíans Paulista.

DoaçãoMaluf, que doou seu cachê de

NCz$ 15 mil à Santa Casa de Mise-ricórdia de São Paulo, aparece no fil-me com um terno cinza, gravatavinho, sentado numa cadeira girató-ria sobre fundo infinito. Dirigido porJúlio Xavier da Silveira, da TVC,que o transformou numa figura sim-pá tica, Maluf diz um texto enxuto eobjetivo. "Numa campanha política,o cadidato tem que andar muito",

abre o comercial, e Maluf mostra osapato que usa para enfrentar essacaminhada. O fecho é alusivo tam-bém a sua própria trajetória: "752da Vulcabrás, há muitos e muitosanos eleito e reeleito pelo povo".

4A escolha de Maluf não aconte-

ceu por acaso, segundo WashingtonOliveira. "Queríamos destacar a du-rabilidade do produto, e não há me-lhor teste do que longa caminhadaque leva um candidato à eleição".Avalia o publicitário, que chegou apensar em outros presidenciais"."Mas nenhum deles tem a voz mar-cante quanto a de Maluf", diz. Oli-vetto — que tradicionalmente vota'no PMDB.

Salvador (AJB) —Dois trios elétricos emais a banda Reflexu's vão animar o pri-meiro comício da chapa da PMDB à suces-são presidencial, que acontecerá, amanhãà noite, na cidade de Guanambi, distante 800quilômetros desta capital. Delegações demais de 30 municípios já garantiram presen-ça em Guanambi, o que assegura um públi-co estimado em 20 mil pessoas para assistiraos pronunciamentos dos candidatos a pre-sidente, deputado Ulysses Guimarães, e a vi-ce, o ex-governador baiano Waldir Pires.

A concentração em Guanambi, no su-deste baiano, está sendo considerada o pri-meiro comício do PMDB na campanha pelasucessão presidencial porque os dois atosprevistos para o Vale do Ribeira e São Josédos Campos, em São Paulo, serão reuniõesde lideranças do partido. O governador Ni-lo Coelho aproveita e instala por três diaso governo do Estodo em Guanambi, onde oclima é de festa e não há sequer mais va-

gas nos hotéis da cidade e de outros muni-cípios vizinhos.

Estão confirmadas as presenças dos go-vernadores Moreira Franco, Pedro Simon,Max Mauro e Miguel Arraes, além do gover-nador baiano, Nilo Coelho, que ainda ontemse movimentava para atrair outros gover-nadores do partido. O deputado Ulysses Gui-marães e o ex-governador Waldir Pireschegam às 16h30, deslocam-se para o cen-tro da cidade em uma carreata e, na Cama-ra Municipal, o candidato a presidente peloPMDB recebe o título de Cidadão de Gua-nambi, para em seguida subir no palanque.

Como os dois primeiros atos da campa-nha presidencial do PMDB foram marcadospara São Paulo, Guanambi foi a cidade es-colhida para o próximo passo porque foi láque Waldir Pires fez o primeiro comício dasua campanha vitoriosa para o governo daBahia.

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Belém, sexta-feira, Q2 de Junho de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 15

Governo acelera descongelamentoAluguéis reajustados emjunho sobem quase 30%

Brasília (AE) — Os aluguéis residen-ciais e comerciais, desde ontem, estão li-berados do regime de congelamentodeterminado pelo Plano Verão. De acordocom a portaria n? 129, os reajustes dos alu-guéis residenciais serão efetuados nas da-tas previstas no contrato, sem efeitoretroativo. Já a portaria n? 127 estabeleceque os reajustes contratuais dos aluguéiscomerciais previstos para os meses emque vigorou o congelamento (fevereiro amaio) serão realizados ainda este mês.

O assessor especial do Ministério daFazenda, Cláudio Adilson, alertou que osaluguéis com mês de referência maio, quevenceu, por exemplo, no dia 5 de junho, nãopoderão ser reajustados agora. Os aluguéisresidenciais com reajuste previsto para es-te mês (junho) terão aumento de 29,66%.Para se fazer o cálculo, toma-se como ba-se a variação do IPC de fevereiro deste ano(a de janeiro já foi incorporada antes docongelamento) até o mês anterior ao doreajuste, previsto no contrato. Neste casofoi maio, pois o mês de reajuste é junho.

O reajuste dos aluguéis residenciais sóocorrerá nos meses previstos no contrato,por exemplo, quem tem um contrato comcláusula semestral (meses de abril e ou-tubro) só terá aumento em outubro. O cál-culo do reajuste será feito com base navariação do IPC de fevereiro a setembro.No caso dos aluguéis comerciais, o trata-mento é diferente. Utilizando esse mesmoexemplo, o descongelamento começa a vi-gorar a partir deste mês. O índice de rea-

juste será o mesmo que deveria ter sidoaplicado em abril (período de congelamen-to). No próximo reajuste (outubro), a ba-se de cálculo será a variação do IPC deabril a setembro.

Outro exemplo de aplicação do des-congelamento: contrato com cláusula se-mestral, reajustado nos meses de maio enovembro. No alguel residencial, o reajus-te só ocorrerá em novembro, com base navariação do IPC de fevereiro a outubro. Noaluguel comercial, o aumento ocorrerá emjunho e o índice de reajuste será o mesmoque deveria ter sido aplicado em maio. Nopróximo reajuste, em novembro, a base decálculo será a variação do IPC de maio aoutubro.

Outra portaria, a de n? 128 liberou doregime de congelamento o valor das pres-tações de contratos de compra e venda deimóveis efetuados fora do Sistema Finan-ceiro de Habitação (SFH). A partir dessaportaria, as prestações voltam a ser cor-rígidas pelo indexador contratual, semprea partir de fevereiro deste ano. Os contra-tos em OTN, passam a ser corrigidos pe-Ia variação do IPC, ou por qualquer índicepactuado livremente.

O Ministério da Fazenda liberou tam-bém do regime de congelamento os preçosdos serviços médicos prestados através deconvênios, remunerados com base na ta-bela da Associação Médica Brasileira(AMB), o valor dos honorários médicos;e o preço das obras, serviços ou forneci-mentos de bens (contratos interempresas).

Perda do poder aquisitivodos salários chega a 50%

São Paulo (AG) — Aperda de poder aquisitivodos salários com o PlanoCruzado Novo variou de 35%a 44% em fevereiro e entre40,37% e 50,06% em maio. Osresultados são de pesquisada Coopers e Lybrand juntoa 206 empresas do Rio, SãoPaulo e Minas Gerais, dasquais 47% de grande porte,25% de médio e 28% de pe-queno porte. Em relação alocalização, o maior percen-tual entre as que concede-ram ajustes superiores aosdo Plano Cruzado Novo foiobtido entre as empresas doRio, um total de 29% en-quanto que em São Paulo91% das empresas e em Mi-nas 94% seguiram as regrasestabelecidas pelo governo.

, ,.Do, total de empresasconsultadas, 89% seguirim,em fevereiro, a íntegra doestipulado pelo Plano Cruza-do Novo — correção dos sa-

Iários pela diferença entreos salários médios reais doano de 1988 e os salários dejaneiro deste ano. Apenas11% concederam ajustes su-periores, em índices que va-riam de 15% a 18% com ospercentuais maiores para oscargos de diretoria.

Novo choquedescartado

Brasília (AG) —O Pia-no Verão conseguiu evitar ahiperinflação. Esta é a ava-liação do presidente da Co-missão de Acompanhamen-to do Plano de EstabilizaçãoEconômica, Cláudio AdilsonGonzalez. Ele admite, entre-tanto, que o plano não foi tãobem sucedido no seu objeti-vo de manter a inflação empatamares bastante baixos..

O assessor do ministroda Fazenda afirma que ho-je o governo não pensa emeditar um novo plano, pois

não há condições de umquarto plano ser bem rece-bido pela sociedade e não sepode submeter a economiaa choques sucessivos. Alémdisso, frisou, "não há climapolítico para um novo cho-que". Na análise de CláudioAdilson, ao fazer as libera-ções, o governo sabe quepassará a conviver com pa-tamares de inflação um pou-co mais elevados dos que asobtidas durante o congela-mento de preços.

O presidente da comis-são de acompanhamento doPlano Verão descarta, nomomento, qualquer medidapara a contenção do consu-mo pela via do crédito. "Nãotemos medidas prontas enem mesmo há ainda umadefinição."..Segundo ele, hádentro do governo divergên-cias até mesmo sobre a pró-pria dimensão da expansãodo consumo.

No Sul, previdenciários seantecipam à greve do dia 12Brasília (AE) — Os previdenciários de

Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro eRio Grande do Sul entraram em greve on-tem, por tempo indeterminado pedindo re-posição de 71,31%, segundo cálculos doDepartamento Intersindical de Estudos eEstatísticas Sócio-Econômicas (Dieese).Esta categoria resolveu parar logo e não es-perar para o dia 12, data marcada para umagreve nacional por temnp indeterminado, detodos os servidores públicos federais.

Segundo o coordenador-geral da Inter-sindical dos Servidores Públicos, AntônioCarlos de Andrade, a adesão nesses Esta-dos é entre 70 e 90% nas capitais. No inte-rior, a adesão ainda é parcial, mas emalgumas cidades a greve ainda não come-çou. Hoje à noite em Brasília, o comando degreve reúne-se para decidir se os previdên-ciários dos demais Estados entram em gre-ve a partir de segunda-feira ou esperam odia 12 para começar o movimanto junto comos demais servidores federais.

Apesar da paralisação, os serviços deemergência nos hospitais do Inamps estãosendo mantidos por representantes dos tra-balhadores. Mas, segundo Antônio Carlos deAndrade, esta decisão não é para obedecera lei de greve e sim por decisão dos funcio-nários. A paralisação no Inamps, lapas eINPS, de acordo com o sindicalista, é total.A greve vai impedir o pagamento dos apo-sentados e pensionistas, caso não seja ado-tado um sistema alternativo para aliberação das mensalidades.

Trens parados noRio de Janeiro

Rio (AG) — Muita gente nem conseguiusair de casa para trabalhar, por causa dagreve dos ferroviários do Rio, iniciada on-tem. A avaliação é de fiscais das empresasde ônibus que operam nos terminais de SãoCristóvão e da Central do Brasil, para ondeconverge o grosso da população de trabalha-dores que chegam da Baixada Fluminense.Na Central do Brasil, propriamente no ter-minai dos ônibus para a zona Sul e Barrada Tijuca existente na Praça Procópio Fer-reira, o exemplo dessa ausência de passa-geiros poderia ser sentida nos ônibus dalinha C-3, o circular da estrada de ferro, daCTC. Os coletivos saíam do ponto com lota-ção normal, ao contrário dos outros dias on-de pessoas costumam viajar penduradas dolado de fora.

Para o fiscal Adailton dos Santos, a di-minuição de passageiros foi um reflexo dagreve do trens. "Esse pessoal que viaja nes-sa linha trabalha no cento da cidade, e sãoa maioria constituída de serventes. Genteque, por morar longe, não teve dinheiro pa-ra vir trabalhar. Muitos têm os bilhetinhosdas passagens dos trens contados para a se-mana toda, e até para o mês, e não têm co-mo pagar uma passagem de ida e volta,cara, de um ônibus da baixada".

Segundo cálculos de motoristas e fiscaisde empresas de ônibus que operam entre ocentro e a zona Sul, a freqüência de passa-geiros deve ter caído em 30 por cento.

Funcionários daItaipu pedem 71%

Curitiba (AE) —Os 1,1 mil funcionáriosbrasileiros da usina de Itaipu, em Foz doIguaçu, a 650 quilômetros de Curitiba, en-traram em greve ontem, por tempo indeter-minado até que a empresa atenda suareivindicação de reposição salarial de 71%.A assessoria de Itaipu em Curitiba informouque sua proposta é de 38%, dentro dos limi-tes das empresas produtoras e distribuído-ras de energia.

A paralisação é pacífica e os setores degeração e distribuição de energia — consi-derados atividaes essenciais — estão ope-rando normalmente. Equipes indicadaspelos próprios grevistas assumiram a tare-fa de manter a usina em funcionamento.Com 13 turbinas já instaladas, Itaipu tem ca-pacidade para gerar 9,1 mil kilowatts, su-prindo um quarto da demanda das regiõesSul, sudeste e centro-oeste."As perdas salariais são muito grandese Foz é uma das cidades de custo de vida en-tre os mais altos do país", disse hoje o dire-tor do sindicato dos Urbanitários, AntônioBonifácio da Silva. "Não estamos pleitean-do aumento salarial, mas apenas a reposi-ção dessas perdas", afirmou.

As negociações entre Itaipu e os empre-gados foram iniciadas há 15 dias, sem qual-quer avanço até a decisão pela greve.Segundo admitiu ontem a empresa, a para-lisação é ordeira e piquetes, situados pertoda entrada da usina, estão respeitando o trá-fego. Até hoje apenas uma patrulha da PMacompanhava, discretamente, a movimen-tação dos trabalhadores.

Manifestaçãode professoresBrasilia (AE) — Uma caravana de 900

professores, alunos e funcionários grevistasde 20 Estados desembarcou ontem pela ma-nhã em frente ao Congresso Nacional paraa realização de uma manifestação públicaem busca de abertura de negociações como governo, em que há mais de 20 dias, catergorias de 38 universidades federais reivin-dicam aesde reajuste salarial de 95,5% aautonjmia e mais verbas públicas. Estãoem gr we 40 mil professores, 100 mil funcio-nários e 300 mil alunos sem aula. A tarde,o ministro da Educação, Carlos SantAnna,reafirmou a impossibildiade do governo deconceder aumentos salariais. O ministroconsidera a greve política e aponta a exis-tência de uma crise de competência na di-reção das intituições.

Com faixas criticando a política econô-mica do governo e o presidente Sarney, osmanifestantes permanaceram por mais deduas horas em frente ao Congresso, sob vi-gilância de centenas de homens da políciamilitar, que cercaram a área. "Está haven-do um jogo de empurra dentro do governoe a questão não está sendo resolvida", afir-mou Sady Dal-Rosso, presidente do Sindica-to das Associações dos Docentes do EnsinoSuperior (Andes).

Brasília (AG) — O governo anun-ciou ontem a volta da liberdade vi-giada para uma série de produtos in-dustriais e a reedição, para o seg-mento de varejo, da fórmula CLD(Custo-Lucro e Despesa) e margemde comercialização. Isso significa,na prática, o fim do congelamentodos preços, uma vez que a partir deontem as indústrias cujos produtosconstam do anexo B da resolução 227do Conselho Interministerial de Pre-ços (CIP) podem praticar os reajus-tes pretendidos dois dias após dar en-trada no protocolo do Conselho.

Para o varejo, embora permane-ça em vigor a tabela da Sunab, a in-tenção do governo é continuar libe-rando preços de produtos e colocandooutros na margem de comercializa-ção ou fórmula CLD, de forma que,ao final desse processo, só restem ta-belados pelo governo produtos comoo pão, a farinha de trigo e o leite, tra-dicionalmente sob o controle dogoverno.

A secretário especial de Abaste-cimento e Preços, Edgard de AbreuCardoso, nega que o governo estejapromovendo o descongelamento totaldos preços. Para ele, o que aconteceé que, após cinco meses e meio dePlano Verão, o governo está dandopassos efetivos com relação ao retor-no da economia de mercado.

Além dos aluguéis residenciais ecomerciais, o governo liberou ontem,do regime de congelamento de pre-ços, o preço das obras, serviços oufornecimentos relativos aos contra-tos de empreiteiras, vigilância e lim-peza, bens sob encomenda, máquinase equipamentos (artigo 11 da lei7.730), o preço dos serviços médicosprestados através de convênios e oshonorários dos médicos particularese o valor das prestações de contratosde compra e venda de imóveis, ceie-brados anteriormente a 15 de janeirode 89.

Com essas decisões estão prati-camente liberados todos os contratosda economia, admitiu o presidente daComissão de Controle do Plano Ve-rão, Cláudio Adilson Gonçalez. A ex-ceção são os contratos de "leasing",que ainda permanecem congeladospelo governo.

No caso dos contratos de comprae venda de imóveis, transacionadosfora do Sistema Financeiro da Habi-tação (a chamada poupança cobradapelo incorporador do futuro mutua-rio), as prestações voltam a ser cor-rígidas nomalmente pelo indexadorprevisto no contrato. Quando esse in-dexador for a OTN ele será substitui-do e corrigido pelo IPC a partir de fe-vereiro. Esses contratos também po-dem ser corrigidos por outro índicepactuado livremente entre as partes.

Quanto aos serviços médicos, es-tão liberados os honorários dos medi-cos particulares e os preços dos ser-viços médicos prestados através dosistema de convênios, remuneradoscom base na tabela de honorários daAssociação Médica Brasileira —AMB. Também estão liberadas asprestações relativas aos contratoscelebrados com beneficiários iosplanos de saúde, cujos reajustes se-rão efetuados, sem efeito retroativo,observando-se as épocas e os crité-rios pactuados nas cláusulas doscontratos.

Cláudio Adilson explicou que, naprática, os honorários dos médicosparticulares já estavam liberados,uma vez que foram poucos os queobedeceram ao regime de congela-mento decretado pelo governo. Tam-bém no que se refere aos serviçosmédicos prestados através de convê-nios, a própria Associação MédicaBrasileira já tinha reajustado, sem aautorização do governo, a sua tabelade honorários.

Por último o governo resolveudevolver a plena eficácia das cláusu-

las de reajustes previstas para o pre-codas obras ou fornecimentos relati-vos aos contratos de bens sob enco-menda, manutenção de máquinas eequipamentos, vigilância e limpezaetc. O primeiro passo para essa libe-ração já tinha sido dada pelo governono mês passado (Medida Provisórianúmero 54), quando foi estabelecidolimite para o reajuste.

A mesma opinião tem o presiden-te da Comissão de Acompanhamentodo Plano Verão, Cláudio Adilson Gon-cales, que afirma que o governo ini-ciou a flexibilização de preços desdeo início do mês de abril e está admi-nistrando uma saída ordenada docongelamento.

Entre os produtos industriais quepassam para o sistema de liberdadevigiada estão a farinha de mandioca,fubá de milho e sucos concentrados;máquinas, aparelhos e ferramentaspara uso doméstico; produtos ho-meopáticos e fitoterápicos; bicicle-tas e triciclos não motorizados e di-versos outros da indústria química,têxtil, metálicos e não metálicos.

Para poder praticar os aumen-,tos, dois dias úteis após a entrada dedocumentos no protocolo do CIP, asindústrias deverão apresentar ma-pas de custos atualizados; listas depreços vigentes e pretendidos; balan-ços financeiros referentes ao semes-tre ou ano anterior e o último balan-cete mensal.

O secretário especial de Abaste-cimentos e Preços avisou que, haven-do qualquer abuso, a SEAP poderá, aqualquer momento, incluir ou excluirprodutos e empresas do regime de li-berdade vigiada e que os níveis depreços a serem praticados pelos seto-res devem ser compatíveis com aevolução da conjuntura econômica.Assim que for possível, o CIP deverestringir o seu controle aos monopó-lios, oligopólios e as tarifas públicas,disse Edgard de Abreu Cardoso.

Produtos e serviços com preços liberadosBrasilia (AG) — Uma série de pro-

dutos e serviços foi liberada ontem doregime de congelamento de preços,através de 15 portarias do ministro daFazenda, Mailson da Nóbrega, publica-das ontem no Diário Oficial. Foram li-berados também os preços mínimos devenda dos estoques do governo, que pas-sam a ser estabelecidos em função dospreços de mercado e por acordos entrea Secretaria Especial de Abastecimen-to e Preços e a Companhia de Financia-mento da Produção. Com a liberação,o governo pode leiloar os estoques semprecisar esperar que o preço de mer-cado alcance o preço de intervenção.

Os produtos que saíram do conge-lamento são: massas caseiras (frescas,instantâneas, artesanais e para pastel),massas para pizza, massas folheadas,todos os biscoitos com exceção dos se-cos (tipo Maria, maizena, cream crac-ker e água e sal), temperos e

condimentos industrializados, onde nãoforam incluídos o extrato de tomate, osal refinado e a maionese (cujo preçofoi reajustado na terça-feira); o coco eseus derivados, os sucos e xapores defrutas e de vegetais e os óleos vegetais,menos o óleo de soja, que continua como preço congelado, depois de ter sidoreajustado na terça-feira.

Os fabricantes de resinas plásticastambém tiveram seus preços liberadoscom algumas exceções (sacarias paratrigo e embalagens para leite e tubose conexões).

Entraram ainda no regime de libe-ração os serviços de reparos e regene-ração de pneus e câmaras de ar, oshonorários dos médicos particulares eos preços dos serviços médicos presta-dos através de convênios (que conti-nuam remunerados com base na tabelada Associação Médica Brasileira) e asprestações de contratos de planos de

saúde, sendo que os reajustes não têmefeito retroativo e só poderão ser feitasnas épocas previstas e segundo os cri-térios das cláusulas dos contratos.

PlásticosSão Paulo (AJB) — O ministro da

Fazenda, Mailson da Nóbrega, assinouportaria, anteontem, liberando os pre-ços de todos os produtos das indústriasde plásticos, com exceção de quatro, cu-jos fins são considerados sociais pelogoverno: sacos de polipropileno paraembalagem de farinha ae trigo, emba-lagem de polietileno para leite, tubos econexões de PVC e potes de margari-na. Estes produtos continuam regula-dos pelo Conselho Interministerial dePreços (CIP), mas desde ontem seuspreços estão 15% mais caros, conformedetermina a mesma portaria, de nume-ro 117.

Sunab controla através da fórmula CLDBrasília (AG) — O preço da maio-

ria dos produtos ontem incluídos na ta-bela da Sunab vão passar a sercontrolados através da margem de co-mercialização ou fórmula CLD (Custo-Lucro e Despesa). A intenção do gover-no é ir também, liberando mais produ-tos do regime de congelamento de talforma que, ao final do processo, só res-tem tabelados o pão, a farinha de tri-go e o leite.

Segundo o secretário especial deAbastecimento e Preços, Edgard deAbreu Cardoso, o controle de qualquerabuso, por parte do governo, ficarámuito mais fácil, pois serão bastante

inferiores o número de estabelecimen-tos a serem fiscalizados. Isso porque,no caso da margem de comercializa-ção que será estabelecida pela Sunab,basta fiscalizar a indústria, através danota fiscal que essa emite para o ata-cado e varejo. Sobre o valor dessa no-ta é que será estabelecida a margemdo varejo e da própria indústria. O fis-cal vai diretamente ao estabelecimen-to que adquiriu o produto e verifica ocumprimento do percentual estabe-lecido.

A mesma coisa se dará para osprodutos sob a fórmula CLD. O custopara o varejo e a nota fiscal. O lucro

é estabelecido deduzindo-se as despe-sas com tributos, como o ICMS, PIS eFinsocial.

OtimismoSão Paulo (AG) — Os empresários

da indústria e do comércio receberamcom otimismo a informação de que ogoverno decidiu descongelar os preçosde dezenas de produtos, que agora pas-sam para o sistema de "liberdade vi-giada". Segundo o empresário SérgioLuiz Bergamini, "o bom senso voltoua ditar as regras da política eco-nômica".

AOONALuuTEÜBALDft

O presidente donosso Sindicato vaipresidir agora aFederação Nacionaldos Trabalhadores noComércio de Minériose Derivados dePetróleo.

Parabéns Teobaldo.Esse posto lhe

pertence com todahonra.

SINDICATO DOSTRABALHADORES NO COMÉRCIODE MINÉRIOS E DERIVADOSDE PETRÓLEO DE BELÉM

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É isto o que aProppec MineralizaçãoS.A., escolhidacomo Indústria doAno pela Associ-ação Industrial deCastanhal, desejaque a diretoria, quehoje toma posse,busque com toda aforça de quem sabeo quanto isso significa para o Pará.

PROPPECMineralizaçãoBr 316, Km 65.Castanhal Pará.

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10 ECONOMIA O LIBERAL Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

HomensNegócios

GUARACY DE BRITO

AUTOMÓVEIS

Presidente da poderosa Associação Nacionaldos Fabricantes- de Veículos Automotores — An-favea desde o mês de abril passado, Jacy Mendon-ça traça um quadro sombrio para a indústriaautomobilística brasileira num futuro bem próxi-mo, a continuar a direta e por ele considerada pre-judicial intervenção do governo no setor. "Nossabandeira sempre foi a da liberdade de mercado,é isso que precisamos para avançar e é essa a res-ponsabilidade que queremos exercer e devemosassumir, com seus ônus e vantagens", diz Mendon-ça, em declarações prestadas em uma das últimasedições da revista do Sindipeças.

Ele se preocupa, principalmente, com o gran-de e acelerado recuo da produção automobilísti-ca brasileira, num curto espaço de tempo. SegundoMendonça a Coréia do Sul despontou nos últimosdez anos como grande produtora mundial de veí-culos, passando da condição de décimo produtorem 87 para oitavo. Enquanto o Brasil, no mesmoperíodo, deslizou do oitavo para o 11? lugar. É aprova incontestável de que, além da estagnaçãohouve um recuo de fato na produção de automó-veis no país, conclui o presidente da Anfavea.

ESTRADA

O governador Hélio Gueiros esteve inspecio-nando os trabalhos de recuperação e manutençãoda Rodovia "Augusto Meira Filho", que leva aoMosqueiro, trabalhos que vêm sendo processadospela Secretaria de Transportes, visando a tempo-rada de julho, quando aquele logradouro é bastân-te procurado em virtude do período das fériasescolares.

A coluna já registrou que as condições da es-trada são boas, superiores mesmo a certas rodo-vias federais que têm a seu favor a arrecadaçãodo pedágio. Mas é evidente que o governador cer-tamente constatou que, para o movimento de ju-lho, é preciso um esforço maior, até porquealgumas obturações de buracos já estão se des-fazendo.

Por outro lado, até hoje há quem não entendaa decisão de extinguir o posto de pedágio. Fossecomo fosse, ele ajudava para alguma coisa, ao me-nos para controlar quem ia e quem voltava da ilha.

CARTA

Desde a semana passada, o usuário passou apagar mais caro pelas cartas, telegramas e de-mais serviços prestados pela Empresa Brasilei-ra de Correios e Telégrafos, em virtude do reajustede 17,94 por cento concedido sobre as tarifas emvigor.

Agora, uma carta simples que se postava por11 centavos, passou para 13. A registrada, com olimite de 20 gramas, passou a custar 66 centavos.

Convenhamos, não é caro, O importante, toda-via, é assegurar um bom serviço.

"PONTO"

A necessidade do livro de ponto para os depu-tados federais é, sem dúvida algum sinal dos tem-pos. No passado, os parlamentares seriam tocadosem seu amor próprio, reagindo de imediato ao in-suito. Eles cumpriam com o seu dever e respon-sabilidade e não poderiam admitir essetratamento concedido a funcionários relapsos.

É bom dizer que ainda há quem pague paravèr, pois, no fim do mês, todos os descontos quevêm sendo anunciados, como medida de represa-lia aos parlamentares que faltam às sessões, aca-barão perdoados. Tudo muito Brasil!

CONSUMO

O governo deverá congelar o crédito, suspen-der a implantação de fundos de investimento emouro e proibir a venda para pessoas físicas dequantidade inferior a um quilo, encolher o prazode recolhimento do Imposto sobre Produtos Indus-tmalizados de 30 para 15 dias, aumentar em 100 porcento o imposto sobre bebidas e incentivar as Boi-sàs de Valores.

Dessa maneira, o governo pretende estimulara poupança, desencorajar o consumo e fazer frenteap que se suspeita ser uma nova escalada infla-cionária. Essas medidas poderão ser anunciadasai qualquer momento.

GOSSIP&A Caixa Econômi-

da vai montar umaagência na avenidaBrás de Aguiar. ****Maria Isabel Pantojade Brito vai ser a geren-te da agência do Bancodo Brasil na rua "Au-gusta" paraense. ****Uma pernoite em Ser-ras de Ubajara, no Cea-rá, o "in" da excursãorbdo-aérea que Gilmaré Suzana Maciel Du-mont estão programan-do para o Nordeste, atéSalvador. Ida de ônibuse volta de avião ou vice-versa. **** Viajou paraos "States" o empresa-rio Antônio Carvalho.«i*** Sem ser paterna-ljsta, a Reicon está for-necendo ao seu pessoaluma cesta básica com15 itens toda semana.**** Também a preçode custo, a "holding"Marcos Marcelino aten-de seus empregados

através de uma coope-rativa de consumomontada na própriaempresa. ' Domêni-co Falesi e Otávio Men-donça abafaram nareunião da Confedera-ção do Comércio. **** AGR do Brasil (alimen-tos) já está na frentepioneira de CachoeiraPorteira, em Oriximi-ná, onde a Eletronorteconstruirá uma hidrelé-trica. **** A Ticket vaiestimular plantaçõesde hortigranjeiros naperiferia de Barcarena,assumindo o compro-misso de adquirir todaa produção. **** Retor-nou de Manaus o nossocompanheiro AlyrioSabbá, que viajou a in-teresse profissional.Hoje, volta a assinar asua apreciada colunasobre navegação, portoe comércio. ****

JOÃO SALDANHATODOi> OS DIAS EM

O LIBERAI.

Receita Federal faz exigênciaspara impedir ação de sonegadores

Brasília — A Secretaria daReceita Federal aperta o cercocontra a sonegação. Para reali-zar várias operações em valorigual ou superior a 30.850 Bônusdo Tesouro Nacional (NCz$39.790,00, atualmente), comoempréstimo em banco ou regis-tro no cartório de imóveis, o con-tribuinte terá de comprovar queestá em dia com o fisco, atravésda prova de quitação de tributose contribuições federais.

A exigência está contida emminuta de decreto em exame noPalácio do Planalto, propostapelo Ministério da Fazenda. Jáassinada pelo ministro Mailsonda Nóbrega, a minuta, que regu-lamenta a lei 7.711, de 22 de de-zembro passado, determina,

também, que a Receita Federalenviará periodicamente listasdos devedores de impostos àsinstituições financeiras, empre-sas estatais, ministérios e ór-gãos da administração direta,juntas comerciais, cartórios deimóveis e de títulos e docu-mentos.

O'decreto vai mais longe, aoabrir a possibilidade dessas lis-tas serem divulgadas no DiárioOficial. Diz o parágrafo tercei-ro do artigo 2? que

"a remessada relação dos devedores pode-rá ser suprida através de suapublicação no Diário Oficial daUnião".

Caso a casoA prova de quitação, que po-

de ser obtida nas delegacias re-

gionais da Receita Federal ouna Procuradoria Geral da Fa-zenda Nacional, através de cer-üdão emitida por elas, seráexigida, sempre, em três casos:1) Transferência de domicíliopara o exterior; 2) Habitaçãoem licitação promovida por ór-gão da administração federaldireta, indireta ou fundacional,ou por entidade controlada dire-ta ou indiretamente pela União;3) Registro ou arquivamento decontrato social, alteração con-tratual e distrato social peran-te o registro públicocompetente, exceto quando pra-ticado por microempresa.

De acordo com a minuta dodecreto, o conti íbuinte terá decomprovar estar quite com o fis-

co nas seguintes operações devalor igual ou superior a 30.850BTNS: em registro de contratoou outro documento em cartóriode títulos e documentos; em re-gistro e cartório de imóveis; emoperação de empréstimo ou definanciamento junto a institui-ção financeira

Técnicos da Secretaria daReceita Federal consideram odecreto um instrumento adicio-nal muito importante para evi-tar a sonegação e, dessa forma,auxiliar no esforço fiscal quevem sendo empreendido pelaReceita, que deverá resultar, emmaio, num recolhimento de im-postos além do previsto, que é deNCz$ 4 bilhões.

SFH define novos limitesde financiamento e garantia

Brasilia (AG)—Desde ontem, o limitemáximo de financiamento do Sistema Fi-nanceiro da Habitação (SFH) está fixadoem NCz$ 65.300,00. Através de carta-circular,o Banco Central determinou a atualizaçãodos limites operacionais e de garantia doSFH, que deverão ser multiplicados pelo fa-tor 13,06.

A atualização desses limites tem de serfeita mensalmente, já que o Plano CruzadoNovo extinguiu a OTN, que era utilizada peloSFH. Assim, NCz$ 65 mil correspondem aoantigo limite de 5 mil OTN. Um imóvel nes-se valor é inacessível à maioria dos assala-riados. Em determinadas quadras do plano

piloto de Brasília, área altamente valoriza-da, um apartamento'de dois quartos, cozi-nha e área de serviço tem valor definanciamento fixado em NCz? 59.400,00.Além do financiamento, a cargo da CaixaEconômica Federal, o comprador tem de ar-car com a "poupança" de NCz$ 67 mil, divi-dida em 30 vezes pela construtora do imóvel.

O novo limite para o financiamento deimóveis para assalariados de baixa renda(antigas 2.500 OTN) foi fixado em NCz$32.650,00. O limite de garantia de depósitosda poupança (em caso de quebra da insti-tuição financeira) agora é de NCz$ 45.710,00.

Ciência e Tecnologia reclamaausência de verbas este mês

Curitiba (AG) — Semuma suplementação de ver-bas, já que o orçamento ini-ciai de NCz$ 1 bilhão paraeste ano foi reduzido paraNCz$ 800 milhões, vai serimpossível a Secretaria Es-pecial de Ciência e Tecnolo-gia da Presidência daRepública dar andamento atodos os projetos que está ar-ticulando a partir de junho.A informação foi dada on-tem pelo secretário especialda Ciência e Tecnologia, Dé-cio Leal Zagottis, que veio aCuritiba participar do Fó-rum de Secretários Esta-

duais de Ciência eTecnologia, que até amanhãvai discutir a política dosetor.

De acordo com o secre-tário, "até agora estivemosarrumando a casa e só apartir deste mês começare-mos a trabalhar nos progra-mas apesar do corte doorçamento de 20% e da ne-cessidade imperiosa de umacomplementâção". Entre osprogramas previstos naárea de ciência e tecnologiapara este ano, Décio Zagot-tis anunciou a expansão doprograma de laboratórios,

que consiste em ampliar osequipamentos das universi-dades brasileiras visando amelhorar as pesquisas, au-mentar o número de bolsasdo CNPQ e criar a Secreta-ria da Articulação do siste-ma para acentuar o sistematecnológico ligado ao setorprodutivo tanto da iniciativaprivada quanto do governo.

De acordo com o secre-tário especial de Ciência eTecnologia, a previsão parao próximo ano é aumentarem 20% o número de bolsis-tas do CNPq tanto no Brasilcomo no exterior.

Mais contratos com o BID eBIRD previstos por Abreu

Brasília (AG) — O ministro do Pia-nejamento, João Batista de Abreu, afir-mou ontem que nas próximas semanaso Brasil poderá assinar novos contra-tos com o Banco Mundial (BIRD) eBanco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID), além dos assinados du-rante sua viagem a Washington,totalizando neste ano o ingresso no paísde US$ 1,3 bilhão. Uma das operaçõespendentes, que deverá ser assinada nospróximos dias, é um empréstimo doBIRD no valor de NCz$ 99 milhões pa-ra combater a malária no país, e quejá foi autorizado terça-feira pelo Sena-do Federal.

Se o governo brasileiro conseguirsuperar o impasse surgido com o BIRD

e obtiver os empréstimos para os seto-res elétrico, financeiro e de comércioexterior, será possível tornar as rela-ções com estas instituições superavitá-rias neste ano, interrompendo operíodo de transferência líquida de re-cursos que tem ocorrido nos últimosdois anos.

Além dos novos contratos, Abreuespera obter até o dia 14 de junho o re-torno dos desembolsos destinados a pa-vimentação da rodovia BR-364, notrecho entre Porto Velho e Rio Branco,no valor de US$ 146,7 milhões. Apesardo contrato já ter sido assinado, o BIDinterrompeu os repasses, alegando de-ficiências nos projetos de proteção aomeio ambiente.

BOLSARio

Rio (AG) — O mercado de ações daBolsa de Valores do Rio de Janeiro operouontem em alta. O IBV, com 432.148 pontos,subiu 1,1%. O índice geral de preços(IPBV) subiu 2,2%. atingindo 489.580 pon-tos. O IBV-12 da Bolsa Brasileira de Futu-ros caiu 0,4%, com 123.811 pontos, no finaldo pregão. 0 mercado futuro de índice fe-chou para junho a cotação de 137.315 pon-tos, 3,0% maior em relação ao dia anterior,sendo negociados 3.160 contratos. Das 71ações componentes do IBV, 39 subiram, 29caíram, duas permaneceram estáveis euma não foi negociada.

No mercado à vista foram negociadas,819.722 mil ações, no valor de NCz$ 167.885mil, 32,2% maior que o movimento dequarta-feira. Através do telepregão foramrealizados 3.916 negócios, envolvendo575.312 mil ações, no valor de NCz$ 14.028mil.

No mercado de opções foram negocia-das, 166.031 mil ações, no valor de NCz$18.263 mil, 36,2% menor que o volume davéspera. Ás séries mais negociadas no diacom seus respectivos prêmios foram:CFU-jun (NCz$ 4.899,99) da Vale do Rio Do-ce PP e CFY-jun (NCz$ 100,00) da Parana-panema PP. Em exercício de opções, 500mil ações, no valor de NCz$ 4 mil. Em op-ções de venda, 690 mil ações, no valor deNCz$ 586,50. A termo, 1003 mil ações, no va-lor de NCzl 42 mil.

Foram negociadas nas diversas moda-lidades, 987.946 mil ações, no valor de NCz$186.196 mil, 19,5% maior que o volume doúltimo pregão.

As maiores altas do IBV foram: Ele-bra PP (14,10%), Brumadinho PP(10,48%), Fertisul- PP-E — (10,00%), Do-cas ON (8,88) e Transbrasil PP (8,38%).

As maiores baixas do IBV foram: Pa-caembu PPE - (23,24%), Mendes JúniorPB (6,70%), Mendes Júnior PA (6,05%),Petróleo Ipiranga PP-E — (5,67%) e Brah-ma PP-EE (5,56%).

Das ações que não compõem o IBV:as maiores altas foram: Lanifício SehbePP (71,14%), Pronor Petroq. AS-E —(46,61%), São Braz PP (40,10%), Bicicle-tas Caloi PB (29,19%) e CBV-Ind. Mecâni-ca OP (25,50%).

As maiores baixas foram: Labra PP(33,33%), Unipar ON (12,50%), EngemixPPE — (11,39%), Votec PP (10,75%) e Bio-brás PA (9,87%).

Das ações que compõem o IBV-12: asmaiores altas foram: Samitri OP (8,43%)e White Martins OP (5,61%).

As maiores baixas foram: Vale do RioDoce PP (6,55%) e Mendes Júnior PB(5,83%).

São PauloS3o Paulo (AG) — No encerramento

do pregão, o Ibovespa demonstrou evolu-ção de 3,1%. O volume financeiroexpandiu-se em 26,3%, totalizando NCz$186.836,9 mil.

O Ibovespa iniciou a sessão em alta,interrompendo essa tendência às 12h,quando registrou taxas negativas. No en-tanto, retomou a trajetória ascendente, fe-chando em 12.927 pontos.

O índice médio cresceu 0,1%.Com valorizações de 4,2% e 2,7%, res-

pectivamente, na média de suas cotações,os grupo I e II contribuíram para a eleva-ção do Ibovespa.

O montante negociado à vista (99,9%do volume geral) alcançou NCz$ 186.749,5mil, apontando um incremento de 26,5%em comparação ao verificado no pregãoanterior. Desse valor, NCz$ 147.042,3 milsão relativos a negócios com ações e NCz$39.553,4 mil, a operações com opções decompra.

Entre as ações do grupo I, as que exi-biram as maiores variações foram: Ban-co do Brasil ON (4,7%) e Petrobrás ON(-44,1%). Das ações do grupo II, as quemais evoluíram foram: Alpargatas ON(18,5%) e CBV Ind. Mec. PP (16,9%); asque mais baixaram: Mannesmann OP(6%) e Eluma PP (5,8%).

Foram registrados 13 contratos a ter-mo, que resultou em NCz$ 87,4 mil.

No mercado de opções, foram realiza-dos 3.390 negócios, envolvendo 250,1 milhões de títulos (250.130 opções). A série demaior volume, Paranapanema PP/ju-nho/1.200,00, concentrou 30,3% do valor dosprêmios. Na abertura do pregão, esse mer-cado contava com 1.308.803 posições emaberto (1.061.765 cobertas e 247.043 desço-bertas), distribuídas pelos seguintes pra-zos de vencimento: junho,1.038.267cobertas e 244.011 descobertas e agosto,23.498 cobertas e 3.032 descobertas. Das po-sições em aberto, as duas séries que deti-nham maior participação eram: SharpPP/junho/40,00 (28,3%), com 370.120 posi-ções, e Sharp PP/junho/20,00 (15,8%), com207.170 posições.

INDICADORESTABLITA

Dívidas om cruzados sem correção monetária ou com correção prefixada doprimoiro de janeiro do ano passado ato 15 de janoiro de 1989, terão seus valoresreduzidos, no dia do vencimento, alravós de uma "tablita",

que devo durar até 15de janeiro de 1990.

Basicamsnlo este instrumento será aplicado sobre todas as dívidas reforentosa aquisição do bons durávois de consumo {eletrodomésticos, automóveis, etc) o decrédito possoal obtido na rodo bancária, onde todos as prestações já eram co-nhecidas.

A aplicação da tablita não vale para obrigações tributárias, contas de água,luz, telefone, osqoto e gás, nem para mensalidades de escolas, clubas, associaçõese dospesas condominiaís (veja isso nas respectivas seções).

Tablita para os próximos 30 dias.

Fatores de conversãoCruzado para Cruzado Novo

Junho de 1989

Dato dovencimento

fator dodivisão

CzS/NCzS

01/06..02/06..03/06..04/06..05/06..06/06..07/06..08/06.,09/06..10/06..11/06..12/06..13/06..14/06..15/06..

..1.861,0561. 1.869,6989..1.878,3818. 1.895,8687..1.904,6131..1.913,5184. 1.922,4048..1.931,3324..1.940,3015..1.949,3123

. 1.958,3649.1.967,4596.1.976,5964.1.985,7758.1.994,9977

Data dovencimento

fator dodivisão

CzS/NCzS

16/06..17/06,.18/06..19/06..20/06..21/06 .22/06..23/06..24/06..25/06..26/06..27/06..28/06..29/06..30/06..

.2.004,2625

.2.004,2625..2.013,5703..2.022,9213..2.032,3157..2.041,7538..2.051,2357..2.060,7616..2.070,3318.2.079,9464.2.089,6057.2.099,3098..2.109,0535..2.118,8535.,2.128,6935

CUSTO DE VIDA/INFLACÃOMESES

MarcoAbrilMaio

tCV-BELEM

12,5%16.03%

IPC(INFLAÇÃO)

6,09%7,31%9,94%

POUPANÇA BTN

Fevereiro Março Abril Maio Março Abril Maio Junho

18,95% 20,40% 11,51% 10,48 1,0360 1,0991 1,1794 1,2970

SALÁRIO Vr. REFERÊNCIA

Mínimo: NCzS 46,80

Piso Nacional NCzS 81,40

Empregada doméstica

Contribuição p/ lapas

NCzS 15,05

Maior: NCzS 22,74

Regional: NCzS 17,78

DOU'de 03.05.89

JUROS

Libor (3m): 9 9/16 Prime:

UNIDADE FISCAL

Estado: NCzS 10,3/Belém: NCzS 3,00

Barcarena: NCzS 3,89Ananindeua: NCzS 2,00

MERCA _____

DÓLAR - NCz$

Compra VendaOficial NCzS 1,164 NCzS 1,170Paralelo NCzS 3,15 NCzS 3,20Turismo NCzS 3,13 NCzS 3,18

OUTRAS MOEDAS

Coroa Dinamarquesa.Coroa Norueguesa....Coroa SuecaDólar CanadenseEscudoFlorimFranco BelgaFranco Belga Financ...Franco Francês ,..,Franco SuíçoYenlibroLiraMarcoPeselaXelim

Compra Venda Repasse Cobertura0,15086 0,15185 0,15112 0,151720,16233 0,16344 0,16261 0,163300,17435 0,17550 0,17465 0,175350,96342 0,97015 0,96507 0,96932

0,0070790 0,0071268 0,0070912 0,00712070,52088 0,52431 0,52177 0,52386

0,028007 0,028194 0,028055 0,0281690,027940 0,028126 0,027988 0,028102

0,17299 0,17413 0,17328 0,173980,68334 0,68799 0,68451 0,68740

0.0081558 0,0032117 0,0081698 0,00820471,8306 1,8431 1,8338 1,8415

0,0008085 0,0008140 0,0008099 0,00081330,58640 0,59031 0,58741 0,58981

0,0092779 0,0093421 0,0092938 0,00933410,083220 0,083853 0,083363 0,083781

OURO

Brasil (Grama/Czl)

SafraOurobrazEldorado

Compra

NCzS 36,80NCzS 35,60

Venda

NCzS 37,20NCzS 35,85

EXTERNO(Onça (31g) x USS)

CidadeLondresParisZuriqueHong KongNova York:Handy and HarmanEngelhard:

RefinadoBruto

Cotaç5oNCzS 361,40NCzS 361,82NCzS 361,50NCzS 360,40

NCzS 361.40

NCzS 380,79NCzS 362,66

Dinheiro doselo—pedágio

está retidoRio (AE) — O presiden-

le du Associação Nacionaldas Empresas de Obras Ro-doviárias (Aneor), MarcosSanfAnna, engrossou ontemo coro dos descontentes, ini-ciado pelo diretor de Transi-lo do DNER, Ítalo Mazzoni,com a aplicação do dinhei-ro arrecadado pelo selo-pedágio. Alé agora, segundocálculos do DNER, foramarrecadados NÇz$ 55 mi-lhões com o selo, mas o di-nheiro está retido noTesouro Nacional à esperada aprovação pelo Congres-so do projeto-de-Iei (enviadoontem pelo Executivo) quegarante sua incorporação aoorçamento da União. "Essedinheiro eslá no Tesouro cer-tamente financiando a divi-da interna", reclama opresidente da associaçãoque representa 193 -em-presas.

Favorável a instituiçãodo selo-pedágio — "a únicaforma de se conservar os48.000 quilômetros de estra-das federais " —, MarcosSanfAnna lembra que amaioria das obras de con-servação estão paradas des-de setembro do ano passado."A cada momento o custo demanutenção das malhas fi-ca mais alto", disse ele. O di-nheiro arrecadado, noentanto, ficará aquém do es-timado pelo DNER."Esperava-se uma arreca-dação de US$ 500 milhões,mas não chegaremos a US$240 milhões", estimou o pre-sidente da Aneor.

Segundo os cálculos daAneor, para a recuperaçãodas estradas federais, se-riam necessários anualmen-te US$ 900 milhões — US$ 1bilhão para o DNER ou US$2,5 bilhões, nos cálculos doBanco Mundial — mas averba do DNER para esteano não passará dos US$ 590milhões.

EXTERNOAçúcar

Nova York (UPI)—Fe-chamento do açúcar em No-va York. Contrato 11.Mercado em alta. Volume34.805 contratos.Jul 11,39Out 11,45Jan 10,65Mar 11,07Mai 11,06Jul 11,00

10,8610,8510,5010,6310,6210,59

AlgodãoNova York (UPI)—Fe-

chamento do algodão emNova York. Mercado em bai-xa. Volume 5.000 contratos.Jul 67,66 67,86Out 68,65Dez 68,83Mar 69,70Mai 69,90Jul 69,75Out 68,01

68,8469,0369,7570,1170,1268,77

Cacau

Nova York (UPI)—Fe-chamento do cacau em No-va York. Mercado em alta.Volume 5.793 contratos.Jul 1139 1128Set 1166 1156Dez 1198 1185Mar 1219 1205'Mai 1233 1215Jul 1250 1235

Madeira

Chicago (UPI) —Mer-cado de madeira em Chica-go. Volume 1.391 contratos.Jul 179,80 181,10Set 182,10 183,20Nov 180,30 181,10Jan 185,90 186,20Mar 189,10 188,80Mai 191,70 191,00Jul 194,20 193,00

MilhoChicago (UPI) — Fe-

chamento do milho em Chi-cago em centavos de dólarpor bushel.Jul 260 2603,jSet 240>2 239',2Dez 237 235V.tMar 244 . 243Mai 247"4 246Jul 248% 247Set 235 235Dez 233 233

Prata

Nova York (UPI) — Fe-chamento da prata em No-va York. Mercado em alta.Volume 12.000 contratos.Jan 519,8 516,0Jul 524,0 520,5Ago 528,5 525,0Set 533,1 529,6Dez 545,6 542,0Jan 549,5 545,9Mar 557,9 554,3Mai 566,7 563,0Jul 575,7 571,9Set 584,7 581,0Dez 597,3 593,7Jan 601,5 597,9

Suco

Nova York (UPI) — Fe-chamento do suco de laran-ja concentrado em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 2.000 contratos.Jul 189,85 189,25Set 183,95 183,25Nov 167,20 167,50Jan 161,75 162.45Mar 161,10 161,75Mai 160,55 161,30Set 160,55 161.30

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Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 OJJBERAL-j — ECONOMIA 17

Previdência: novas alíquotas definidasAntecipaçãodo 13? paga

mais cedoBrasília (AG) — Os militares

e servidores civis vão receber a an-tecipação do décimo-terceiro sala-rio mais cedo. Até o próximo dia 10,junto com o salário de maio reajus-tado em 30%, militares e civis vãoreceber mais cedo a antecipação demetade do décimo-terceiro. Nosanos anteriores, essa parcela dodécimo-terceiro somente era libe-rada no fim de junho. Essa decisãoaumenta a despesa com a folha depagamento do funcionalismo públi-co que vai saltar de NCzf 1,37 bilhão(abril) para NCzf 2,2 bilhões. Essaantecipação foi destaque nos meiosmilitares, funcionando como instru-mento para reduzir a insatisfaçãosalarial que atinge as ForçasArmadas.

Apesar de a antecipação já serprevista desde o início do ano pormotivos operacionais da Secretariado Tesouro e cerca de quatro milunidades gestoras da administra-ção direta e autárquica, ela recebeuum tratamento importante nosmeios militares. O último Informex(boletim do Ministério do Exércitodistribuído nas suas unidades) res-salta a chegada mais cedo para osmilitares de 50% do décimo-terceiro, ao lado do reajuste de 30%conseguido para todo o funcionalis-mo. Nos meios militares, esse tomdo Informex tem como objetivo ten-tar suavizar o elevado nível de in-satisfação da tropa com relação aatual média salarial.

Circular doBC suspende

Brasília (AG) — O Banco Central.baixou circular ontem suspendendo,temporariamente, o funcionamento dequalquer espécie de fundo ou clube deinvestimento em ouro administradopor bancos, distribuidoras e corretorasde valores. "O governo entende que omomento atual não é adequado parao início destas atividades", explicou odiretor da área de mercado de capitaisdo BC, Keyler Carvalho Rocha.

Os negócios com o ouro vêm crês-cendo de forma explosiva desde a re-tomada do processo inflacionário,acompanhando a disparada do dólarparalelo. Ontem o grama do ouro tevevalorização de 3,3%, depois de ter sevalorizado 2,3%.

A decisão de proibir o funciona-mento dos fundos e clubes foi tomadapelo Ministério da Fazenda, e conside-rou inoportuna a regulamentação des-sas modalidades, baixada pelo BC nodia 16 de maio último. De acordo coma Fazenda, a entrada em funciona-mento dos fundos provocaria mais es-peculação e fuga dos investidores,principalmente os pequenos, de ativoscomo o "overnight" e a Caderneta dePoupança. Havia o temor de que o go-verno tivesse dificuldades para captarrecursos através do mercado aberto.

De acordo com a circular baixa-da ontem pelo BC, a autoridade mone-tária não vai conceder nenhumaautorização para funcionamento defundos operados por instituições finan-ceiras (há 17 pedidos em exame noBC). Os clubes ou fundos que já vi-nham funcionando de maneira impro-visada por instituições financeirasterão de ser dissolvidos em 15 dias acontar de hoje.

Imóvel novo:financiamentosno mes

Brasília (AG) — A Caixa Econô-mica Federal reabrirá, até o fim domês, os financiamentos para a aquisi-ção da casa própria (imóvel novo). Oanúncio foi feito ontem pelo presiden-te da CEF, Paulo Mandarino, durantea solenidade de lançamento do Progra-ma de Interiorização da Ação Social daCEF (Proint) na cidade de Formosa(Goiás). A abertura do financiamen-to à casa própria coincidirá tambémcom a reabertura das linhas de finan-ciamento nas áreas de habitação, sa-neamento e desenvolvimento urbanoàs prefeituras municipais.

Segundo Paulo Mandarino, o novoprograma da Caixa tem por objetivolevar às pequenas prefeituras o conhe-cimento das linhas de financiamentoda entidade e a orientação técnica ne-cessaria para o preparo dos projetosna área de habitação e saneamento,além de esclarecimentos sobre oFGTS.

CarnesBrasília (AG) — O reajuste das

prestações relativas ao período do con-gelamento de preços, dos mutuários daCaixa Econômica Federal, só será co-brado no mês de julho. O presidente daCaixa, Paulo Mandarino, afirmou quenão há como preparar, ainda este mês,os carnes com as prestações já reajus-tadas. Por isso, no mês de julho, os mu-tuários também pagarão a diferençacorrespondente ao valor que deveriater sido incluído na prestação do mêsde junho.

Para que o mutuário não fique emdificuldades com o pagamento da no-va prestação, o presidente da CEFaconselha a todos depositarem, já es-te mês, a diferença correpondente aoacréscimo que será incorporado nocarne de julho, em caderneta depoupança.

Brasília (AG) — O reajuste dasaposentadorias e pensões será feito apartir de agora trimestralmente ecom base no IPC do período. Os tra-balhadores tem agora três alíquotasde contribuição (8,5%, 9,5% e 10%).As empresas terão de recolher 22%sobre as folhas de salário de seus em-pregados e a alíquota do Finsocial fi-ca em um por cento. Estas são algu-mas das medidas contidas em Medi-da Provisória que o presidente JoséSarney enviará hoje ao CongressoNacional para controlar o déficit daPrevidência Social.

As medidas foram anunciadas noinício da noite de ontem pelo ministroda Previdência, Jader Barbalho,após uma reunião de mais de cincohoras com a área econômica para de-cidir detalhes técnicos. A nova fór-mula de reajuste das aposentadoriasvigora com base no salário de NCzf81,40. Assim os proventos referentesaos meses de maio e junho receberãoo IPC do período e a partir disso pas-sam a receber aumentos trimestrais.

O ministro ressaltou que, se a desvin-culação não fosse adotada, o déficitsubiria de NCzf 8 para NCzf 18bilhões.

Os trabalhadores que contri-buiam com a Previdência com baseno salário mínimo passam a ter con-tribuições definidas por grupos defaixas salariais. Dessa forma quemganha de NCzf 120 a NCzf 360 contri-buirá com 8,5%, na faixa de NCzf 361a NCzf 600 com 9,5%, e de NCzf 601 aNCzf 1.200 com 11%.

Anteriormente as contribuiçõeseram calculadas com base no SalárioMínimo de Referência e oscilavamde 8,5% a 10%. Para os autônomos,que hoje têm uma alíquota única de19,2%, são criadas duas alíquotas —uma de 11% para oslque têm renda deNCzf 120 a 360, é de 22% para os queganham de NCzf 361 até NCzf 1.200.

As empresas de médio e grandeportes passam a contribuir com 22%sobre as folhas de salário e as microse pequenas empresas com 11%. As

instituições financeiras pagam aindaum adicional de 2,5%. O aumento dascontribuições de empresas e traba-lhadores vai gerar uma receita adi-cional de NCzf 2 bilhões.

A alíquota do Finsocial tem umaumento de cem por cento, subindode 0,5 para 1,0 por cento. Toda a arre-cadação adicional deste ano, estima-da em NCzf 3,7 bilhões, será destina-da à Previdência. O pacote tambémantecipa a data de recolhimento dascontribuições do Io dia útil para o dia10 de cada mês.

Como o aumento das alíquotas sóreflete no caixa previdenciária emsetembro, técnicos da Previdência eda Seplan vão prosseguir estudandoas fórmulas para financiar o prova-vel déficit registrado até esteperíodo.

Também esta inclusa a reduçãode multas para os devedores que ne-gociarem o pagamento de seus débi-tos até 10 de outubro. A medida atin-ge apenas as dívidas contraídas até ofim de maio.

Desvinculação depende do plano de custeioBrasília (AE) — Mesmo se quiser, o

governo não poderá desvincular já o va-lor do salário-mínimo dos proventos daPrevidência Social. A Constituição es-tabelece que essa separação só ocorre-rá depois de implantado o plano decusteio e benefícios, que o governo de-ve enviar nos próximos dias do Con-gresso na forma de projeto-de-lei ogoverno deveria ser mandado a propôs-ta até o dia 5 de abril — sete meses apósa promulgação da Constituição. O ar-tigo 59, que prevê este prazo, estabele-ce também que o Congresso terá seismeses para aprovar os planos de eus-teio e de benefícios da Previdência So-ciai. Até lá, o salário-mínimocontinuará indexando os benefícios daPrevidência Social.

Segundo o vice-líder do PFL na Câ-mara dos deputados, José Lins (CE) aosancionar o projeto do salário-mínimo,de NCzf 120 a partir deste mês, o pre-sidente da República estará automati-

camente vinculando, por força da lei,o novo valor dos benefícios pagos pelaPrevidência Social. Assim, qualquertentativa do governo, de aprovar osNCzf 120 para os trabalhadores em ati-vidade e o salário de NCzf 81,40 —salário-mínimo atual — corrigidosmensalmente para servir de base pa-ra os aposentados e pensionistas, serábombardeada no congresso. "Enquan-to não for aprovado o plano de custeioe benefícios só existe o salário-minímode NCzf 120 para todos, sem distinção",argumenta o deputado Arnaldo Fariade Sá (PRN-SP), um especialista emquestões da Previdência.

Ontem, antes de ir a uma reuniãono Palácio do Planalto para discutir oassunto, o líder do governo na Câmarados Deputados, Luís Roberto Ponte(PMDB-RS), admitiu que o governo po-deria aprovar o novo salário-mínimo efixar NCzf 81,40 como valor de referên-

cia para os aposentados e pensionistas— uma forma de atenuar o impacto dosNCzf 120 nas contas da Previdência So-ciai. A idéia tem a oposição de todo oCongresso. "Sou contra o mérito porquecria uma distinção", sustenta o líder doPMDB na Câmara dos Deputados, Ib-sen Pinheiro (RS).

A bancada do PMDB conta com auma arma poderosa para barganharqualquer projeto do Executivo. A pre-sença de quorum no plenário nos últi-mos dias dispensou a obrigatoriedadede toda matéria passar por acordo deliderança. A confiança do PMDB che-gou ao ponto do presidente do partido,deputado Ulysses Guimarães, pedir aolíder do Senado, Ronan Tito (PMDB-MG), para relatar novamente a Medi-da Provisória 59, que trata do direito degreve. Tito aceitou e ontem começou aelaborar seu substitutivo, que deve sermesmo que fez para a Medida Provisó-ria 50, que tratava da mesma questão.

Aposentados reunidos em ato de protestoRio (AG) — Uma manifesta-

ção em frente ao prédio do INPS,no centro, reuniu ontem centenasde aposentados que querem seusvencimentos vinculados ao saláriomínimo. Com faixas e cartazescontra o governo federal o ato deprotesto chegou a atrair o candi-dato à Presidência da República,senador Mário Covas, que estavaem campanha no Rio. Num peque-no comício improvisado o senador,em cima de um banco, pediu ocumprimento da Constituição —que vincula os proventos dos apo-

sentados ao salário mínimo — efoi muito aplaudido.

Com uma corda no pescoçopara mostrar a atual situação dosaposentados brasileiros, Dário deAlmeida, de 57 anos, dizia que foieletricitário e hoje se corjsidera"eletrocutado" pela política eco-nômica. Caso o governo resolvadesvincular seu vencimento do sa-lário mínimo, Dário de Almeida,com duas filhas e quatro netos vaireceber 2,5 salários mínimos, oque ele considera um desrespeito,

já que, na época de sua aposenta-doria, seu vencimento ultrapassa-va cinco salários mínimos.

O vice-presidente da Confede-ração Brasileira dos Aposentadose Pensionistas, Luiz Viega da Mo-ta Lima, informou que existem ho-je em todo o Estado 1,4 milhão deaposentados. Deste total, ele revê-lo qúe 82 por cento recebem hojeum salário mínimo e que seus ven-cimentos foram reduzidos à meta-de desde o início daaposentadoria.

Japensou em pássarotoa (tos Namorados, noRio dç Janeiro, com tudo pago?t so se ligar na Liberal Fí

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Passagens aéreas 17,7°/omais caras desde ontem

Brasília (AG) — Está em vigordesde ontem um aumento de 17,71% nopreço das passagens aéreas. O aumen-to, autorizado pelo governo ontem, é oterceiro concedido este ano para aaviação civil. O índice acumulado dereajuste em 1989 é de 90,03%. O penúl-timo aumento, de 21,34%; fora conce-dido no dia 1? de maio, e o primeiro,de 33,05%, no dia 14 de janeiro.

Os novos preços das passagens aé-reas (já incluída a tarifa de embarque)são os seguintes: Rio/Brasí lia — NCzf128,71; Rio/São Paulo - NCz$ 65,80;

Rio/Porto Alegre — NCz$ 160,47;Rio/Manaus — NCz$ 360,53; Rio/Reci-fe — NCz$ 236,39; Rio/Belo Horizonte— NCz$ 64,17; Brasília/São Paulo —NCz$ 122,07.

O governo autorizou também umreajuste de 19,67% nas tarifas aeropor-tuárias de embarque, pouso e perma-nência e de 17,37% nas tarifas de usodas comunicações e dos auxílios a na-vegação aérea em rota. Essas tarifassão pagas pelas empresas aéreas eservem para a manutenção e operaçãodos aeroportos.

Aeronautas param no dia 16A partir do dia 16 os aeronautas

de todo o país entram em greve. A de-cisão foi tomada ontem à noite, du-rante assembléia realizada no Rio deJaneiro, onde está localizada a sededo Sindicato Nacional dos Aeronau-tas. O delegado regional da entidade,comandante Luiz Carlos Lima daCruz, disse que é provável que cercade 90% dos aeronautas das compa-nhias TABA e Brasil Central façamparte do movimento.

As informações do Sul do país fo-ram obtidas pelo comandante Limapor telefone, por volta de 20hl5min,quando também foi confirmada arealização de outra assembléia geralno dia 15. Até lá, os aeronautas per-manecem em estado de greve. 'Até odia 15 o sindicato e as delegacias re-gionais estarão mobilizando a cate-goria para que a adesão seja total.Há uma pauta nacional de reivindi-cações e outras particulares, que se-rão estudadas após a anterior',explicou.

A nível nacional, os aeronautasreivindicam reajuste salarial de97.32%, para repor as perdas de de-zembro de 1988 a maio de 1989; e diá-ria de NCz$ 30,00. Os profissionais daBrasil Central estão pedindo, afora apauta nacional, equiparação salarial

com outras empresas, como a Taba;salário garantia para 54 horas de vôoe acomodação individual em hotel.

Estado de greveSão Paulo (AG. — Os aeronautas

de São Paulo, que reivindicam 39%de reposição salarial, decidiram on-tem em assembléia permanecer emestado de greve até o próximo dia 15de junho, quando haverá uma nego-ciação com os patrões. Se o índicereivindicado não for atendido, farãouma assembléia no dia 16 de junho,quando poderão entrar em greve. Osaeronautas pretendem ainda um no-vo valor para a diária, que era esti-pulada de acordo com a OTN. Com aextinção deste índice de cálculo, e elaficou congelada em NCz$ 12,00.

Os aeronautas reivindicam umnovo índice que substitua a OTN parao cálculo da diária. Acompanhando adecisão dos aeronautas, os aeroviá-rios também resolveram ontem emassembléia permanecer em estadode greve até o dia 14 de junho, quandoestá marcada uma negociação comos patrões. Os aeroviários reivindi-cam reposição salarial de 97%. Apóso encontro, caso não haja qcordo,marcarão nova assembléia para dis-cutir a possibilidade de greve.

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sE.

O caminho mais fácilFernando Corrêa Guamá

Na semana que se encerra, umdos assuntos dominantes foi o défi-cit da Previdência e o assalto a nos-sos bolsos (direto e indireto, pois oaumento da contribuição das em-presas é repassado aos produtos eserviços das mesmas) que o Insti-tuto marotamente planeja como for-ma de dar cobertura ao déficit queostenta.

Das causas que já foram assina-ladas pela imprensa falada, escritae televisionada, deixamos apenasassinaladas algumas, para fixarnosso raciocínio:

A) o "calote" do próprio gover-no, que jamais pagou a Previdênciaaquilo que se obrigou legalmente arepassar-lhe como fonte de re-cursos;

B) o "calote" de governos esta-duais, prefeituras, órgãos e empre-sas públicas por esse Brasil a fora,inadimplentes ao extremo, e cujascontribuições, quando são objeto dequalquer composição, sempre o são

a perder de vista", ou seja, comuma grande descapitalização doInstituto em suas rendas, que, se asrecebesse e aplicasse como qual-quer instituição previdenciária pri-vada faria, teria receitas dosrecursos arrecadados, que excede-riam as despesas, ao invés de estarquase que "passando o chapéu" pa-ra fechar as contas entre receita edespesa.

C) a falta de conhecimento daprópria Previdência de todos os seuscontribuintes, o que a impede demontar uma eficiente máquina ar-recadadora e fiscalizadora. E por is-so que eu sempre disse que certassituações como, por exemplo, a filia-ção compulsória à Previdência daempregada doméstica, eram um so-nho — se a máquina do Instituto nãodá para fiscalizar a arrecadaçãodas empresas, como então a dasdonas-de-casa, se recolhem direiti-nho a contribuição de suas "secre-tárias do lar"?

D) o descalabro patrimonial daPrevidência, em que lojas em pon-tos valorizadíssimos cios grandescentros, entregues em pagamentode débitos previdenciários, são alu-gadas a seus próprios ex-proprietários por alugueis simbóli-cos, totalmente fora da realidademercadológica, ou até mesmo a si-tuação de um posto de gasolina quefoi entregue ao Instituto em paga-mento de uma dívida e cujo ex-donocontinua explorando-o sem pagarnada a ninguém, há anos, e nuncahouve quem viesse lhe cobrar coisa-alguma... Só a existência deste pa-trimônio, inclusive terras entregues"de mão beijada a administraçõesestaduais e municipais para a cons-trução de parques urbanos, aveni-das de contorno, viadutos, etc,justificaria que o Instituto ou tives-se um órgão com visão mercadoló-gica para vender tal patrimônio ouum para administrá-lo, dele geran-do rentabilidade: mas não um órgãocom "muito cacique e pouco índio",muitos carimbos, muitas capas deprocesso, livros de protocolo, etc. TTfe-ria de ser a cópia de uma corretorae administradora de imóveis da ini-ciativa privada. Seria isto possível?Mas, além deste desfile de bar-baridades, que por si só, acredito, jáseriam suficientes se corrigidas, pa-ra equilibrar as finanças previdên-ciárias. Ainda tem mais, e aquicomeço eu a divagar neste meu en-contro semanal:

1. No meu contracheque destemês, que recebi nesta semana, o Ins-tituto me pagou por intermédio daempresa á qual presto serviços (poisse trata de um Denefício previdên-ciário, coberto com arrecadação

própria na contribuição das empre-sas) a "gorda" importância de NCz$2,34 por filho menor, a título de sa-lafio família. Como esta importân-cia é um benefício previdenciárioque me é pago pelo Instituto atravésda empresa, calculado sobre o sala-rio mínimo de referência e compen-sado com a arrecadação de quotasde salário família incidentes sobrea folha de pagamentos, este valor,que, hoje, nem compra uma lata deleite, calculo que custe para o Insti-tuto, no fim da linha, por criança quereceba o benefício, uns NCz$ 20,00considerando a computação, contro-le da arrecadação, custo da arreca-dação. custo do dinheiro arrecadadoe a máquina fiscalizadora, sem con-tar a sonegação, a manutenção deuma estrutura de arrecadação pro-cessual coercitiva, etc.

Acredito que este benefício, pró-prio de um estado paternalista e queestivesse voltado para estimular anatalidade, hoje, especialmente des-de que se criou a dicotomia entre opiso nacional de salários e o saláriomínimo de referência, deixou de termotivo de exisitir dado seu ínfimovalor. É o primeiro absurdo que as-sinalo. '

2. O segundo absurdo que assi-nalo é a prevalência do salário mi-nimo de referência. Querem saberuma das fontes do déficit da Previ-dência? Pois aí vai: até que dividis-se o salário mínimo em dois, sob opretexto de se "melhorar" o poderaquisitivo do Piso Nacional de Sala-rios (e ei-lo com seu pior poder aqui-sitivo de qualquer tempo) tivemosas arrecadações previdenciáriasunificadas no salário mínimo e seusmúltiplos, até o teto de vinte; coma criação do salário mínimo de re-ferência, aí sim, criou-se uma irra-cionalidade, que a reposiçãoConstitucional veio tornar mais agu-da: o direito aos benefícios calcula-dos em Pisos Nacionais de Saláriosenquanto as arrecadações são cal-culadas em salários mínimos de re-ferência. Assim, neste mês de maio,enquanto os benefícios têm como re-ferencial NCz$ 81,40, as arrecada-ções se baseiam em NCzf 46,80ambos com seus correspondentesmúltiplos. E uma defasagem da or-dem de 73,93! Agora, com a aprova-ção congressual de um saláriomínimo de NCz$ 120,00 (único, poisdesaparecem as figuras do Piso e doSalário de Referência) os benefíciossobem nominalmente 47,42% en-quanto a arrecadação se baseia numaumento de 256,41%.

Há, portanto, que se pensar ma-duramente antes de se adotar qual-quer atitude açodada de aumento dealíquotas, e se o Poder Público seutilizar da Medida Provisória parainstituir este assalto ao bom senso,então estes argumentos, e muitosmais que todo indivíduo de bom sen-so logo encontrará, deverão acendero debate junto ao Congresso, paraque tal medida seja rejeitada, for-çando o Instituto à busca de outroscaminhos — que existem — para amelhoria de sua arrecadação nosentido de se procurar fazer aa Pre-vidência Social neste pais algo dedigno, e não uma legião de esmole-res mantidos por migalhas jogadasdo que restou da voracidade de umaadministração pública que só sabegastar, mas que, a bem dizer, nemsabe direito onde nem com quem es-tá gastando, pois não se dá conta doabsurdo que são alguns destes seusgastos nem algumas de suas omis-soes, estas últimas, curiosamente,sempre beneficiando uns poucos pri-vilegiados, em detrimento de toda apopulação.

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1 8 INTERNACIONAL O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 198.9

ano Brady não ajuda devedores, diz estudoMéxico, com inflaçãocontrolada, anunciacrescimento de 6%Cidade do México (UPI) — 0 presidente mexicano Car-

los Salinas de Gortari anunciou um novo plano de desen-volvimento de seis anos destinado a incrementar aeconomia e melhorar a imagem do país, atraindo mais ca-pitais estrangeiros. A inflação no México, que há alguns me-ses era galopante, está hoje aparentemente sob controle, nacasa dos 20% ao ano.

Os chamados planos de desenvolvimento são editadosno México a cada seis anos, período do mandato presidên-ciai nesse país. "As mudanças em nossa vida política, eco-nômica e social são indispensáveis. É a demanda urgentede todos os grupos e setores em todas as regiões do país",disse Gortari ao divulgar detalhes do plano em seu paláciode governo.

Segndo o presidente, as metas principais do programasão "proteger a soberania do México e promover seus inte-resses internacionais, incrementar sua vida democrática,reconquistar o crescimento econômico com estabilidade nospreços e elevar — de maneira produtiva — a qualidade devida do povo". O discurso repetiu muitas das promessas fei-tas durante a campanha eleitoral ano passado.

Salinas, cuja eleição em julho foi marcada por denún-cias de fraudes — o partido governista este no poder há vá-rias décadas — disse que o plano inclui reformas "naspráticas eleitorais existentes no México".

No campo econômico, os objetivos são dois. O primei-ro é obter um crescimento econômico de 6% ao ano semaquecer a economia de tal modo que provoque uma voltada inflação. O segundo, reduzir ainda mais a própria infla-ção. A taxa ao redor de 20% ao ano registrada em 30 de abrilfoi a mais baixa da década. Há apenas dois anos, a infla-ção anual era de 165%.

A carestia foi controlada após um pacto social entre go-verno, trabalhadores e empresariado, acompanhado de me-didas efetivas para cortar o déficit público — tais como aprivatização de várias empresas estatais.

Salinas disse porém que o México ainda tem "ficado pa-ra trás por falta de investimentos", o que tem de ser supe-rado se o país quiser alcançar a meta de 6% de crescimentoeconômico. Por causa disso, segundo o presidente, a pou-pança pública e privada deve aumentar, o investimento es-trangeiro deve ser atraído e a fuga de capitais contida.

O presidente lembrou que o México está fazendo pro-gressos nas negociações de sua dívida externa. O Clube deParis acertou recentemente um reescalonamento da dívi-damexicana com os credores europeus, ao passo que o Con-gresso dos EUA e o FMI tomaram passos para pressionaros bancos credores norte-americanos a reduzirem a dívi-da do país vizinho.

O México deve hoje cerca de 100 bilhões de dólares.

Altas e baixas do dólarante as moedas européias

Londres (AFP) — O dólar registrou ontem altas e bai-xas frente ás principais moedas da Europa. Os preços doouro baixaram. Em Frankfurt, os corretores disseram quea opinião do mercado estava dividida se a Alemanha Oci-dental alteraria ou não sua taxa de juros bancário. Há es-

; peculações de que o Bundesbank poderia elevar a taxa; Lombard na Alemanha Ocidental, agora no nível de 6,5 por| cento, medida que poderií deprimir o dólar.k Anteontem, a moeda norte-americana baixou em No-f:va York por causa da especulação da Reserva Federal dos: Estados Unidos e possivelmente de outros bancos centraisj que estariam vendendo dólares para frear a alta da moe-

i da. Um dólar forte torna mais caras as exportações de bensI norte-americanas.

Em Tóquio, o dólar baixou frente ao IENE para fechari a-142,52 IENES, baixando 0,18 IENE desde o fechamento' de anteontem. Depois, em Londres, o dólar continuou bai-! xando até ser cotado a 142,43 IENES. Em Londres, o dólarI baixou frente a libra esterlina e custou 1,5746 dólares parai a compra, mais caro que a 1,5682 dólares do fechamento dej ontem.

O ouro foi cotado em Londres a 361,90 dólares a onça! fina, comprada com o fechamento de ontem que foi de 363,50dólares. No meio da manhã, os cinco principais corretoresdo metal fixaram um preço de 360,80 dólare. Em Zurique,o ouro foi cotado a 360,35 dólares, comparado com os 363,43do fechamento de ontem. Em Hong Kong, o ouro baixou 3,71dólares por onça fina para fechar a 360,97 dólares.

A prata foi cotada em Londres a 5,16 dólares a onça fi-na, baixando desde 5,20 dólares do fechamento de ontem.

Cotação da moeda norte-americana em outros merca-dos de câmbio com o valor do fechamento de anteontem en-tre parênteses:

1.9801 marcos alemães (1.9755)1.7102 francos suíços (1.7055)6.7185 francos franceses (6.6855)2.2286 florin holandeses (2.2460)1.434,75 lira italiana (1.443,00)1.2065 dólar canadense (1.2061)

Uruguai dá novo passopara liberalização

sua economiaMontevidéu (AP) — O governo do presidente Júlio San-

guinetti deu ontem outro passo para a liberalização da eco-nomia uruguaia ao baixar uma nova baixa nas taxasalfandegárias de importação. O ministro da economia, Ri-cardo Zerbino, anunciou que para todos os produtos, exce-to petróleo e seus derivados, as taxas alfandegárias foramreduzidas em cinco por cento, tornando portanto a quota má-xima de 40 por cento."Este é um passo moderado e faz parte da política gra-dualista que o governo aplica. Pensamos que a maioria dossetores de produção serão atingidas por esta medida", de-clarou o ministro. Zerbino estimou que esta decisão "irá ti-rar alguns problemas da política de preços de algunssetores".

Segundo o ministro, foram tomadas precauções paraevitar que entrem no mercado uruguaio produtos de pai-ses da região que "por diversas razões têm preços bastan-te diferentes das cotações internacionais". Com essafinalidade, o poder Executivo pediu que fosse revisado eatualizado os instrumentos de proteção frente às práticascomerciais consideradas desleais".

A redução da taxa alfandegária anunciada anteonteme a segunda desde o ano passado, quando também foi de-cretada uma redução de cinco por cento. O ministro afir-mou que com essa medida serão beneficiadas os setoresexportadores, especialmente o agropecuário, porque poderásolicitar insumos e tecnologia menos custosos e por sua vezdinamizarão o consumo e a produção do país.

JOÃOSALDANHA

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in —

Nicholas Brady, em Paris, defendeu seu plano para reduzir o peso do endividamento externo dos paísesdo Terceiro Mundo.

Washington (AP) — O planoBrady, considerado como a panacéiada administração Bush para encararos problemas da dívida do terceiromundo, não reduz de maneira efetivaos bilhões de dólares que as nações po-bres devem pagar pelos juros, disse umespecialista em finanças interna-cionais.

John Williamson, perito do Institu-to de Economia Internacional, disseque os países devedores enviaram noano passado 37 bilhões e 300 milhões dedólares aos países credores, como par-te do pagamento de suas dívidas quechegam a um trilhão e 200 bilhões dedólares."Parece que vai ser difícil conse-guir uma redução nos pagamentos doserviço da dívida externa, que chega asete bilhões anuais, com um capital to-tal de 25 bilhões ou menos", indicou Wil-liamson em seu estudo "FórmulasVoluntárias para o Alívio da Dívida",publicado ontem.

O serviço da dívida inclui no geral,uma parte do capital original e seus ju-ros. Porém, poucos dos países do Ter-ceiro Mundo, efetuaram algumpagamento de capital desde 1982. Al-guns como a Argentina e Peru, adia-ram inclusive o pagamento de seusjuros.

Williamson sugeriu que se requerum aporte total de cerca de 40 a 50 bi-lhões em novos empréstimos, que ospaíses devedores podem utilizar parareembolsar a antiga dívida a descon-to. Propõe o câmbio das dívidas anti-gas por novas dívidas, a um interesseassegurado a nível mais baixo.

A proposta de Brady, divulgada nodia 10 de março, anima os bancos a per-doar porções substanciais de seus em-préstimos às nações altamenteendividadas em troca de garantias deque o resto será pago. As garantias de-vem ser estabelecidas pelo Fundo Mo-netário Internacional e sua agênciafilial, o Banco Mundial.

O diretor-gerente do FMI, MichelCamdessus, disse ontem em Paris, queos bancos comerciais devem realizarmaiores esforços para reduzir suasdívidas.

Porta-vozes do Tesouro norte-americano, se recusaram a calcularoficialmente quanto da dívida, pode serreduzida pelo plano. Disseram que is-so dependerá de quantos países o soli-citem e quanto se comprometem acumprir as condições. O banco e o fun-do requerem algumas políticas de aus-

teridades das nações devedoras emtroca de ajuda.

Williamson disse que era desani-mador o pedido de Brady de novas po-li ticas dos devedores para aceitar aajuda. O economista sugeriu que ospaíses que já introduziram mudançasprofundas de política econômica, de-vem ser recompensados com uma so-lução definitiva para sua crisefinanceira.

Mencionou entre eles a Bolívia,Chile, Colômbia, Costa Rica, México eUruguai.

Williamson propõe que os bancosque não deram nenhum outro alívio nadívida, deveriam aceitar um limite nospagamentos dos devedores, que deveser fixado pelo montante das receitaspor exportação do país endividado. Orestante do dinheiro devido aos bancos,seria acrescentado ao total da dívida.

Williamson foi assessor do Tesou-ro britânico, e do Fundo Monetário In-ternacional, e deu aulas de economianas universidades de York, Grâ-Bretanha; Princeton, EUA, e na fede-'ral do R; laneiro.

O Instituto de Economia Interna-cional, foi criado pelo Fundo Marshallda Alemanha Ocidental e recebe finan-ciamento dessa nação e de outros go-vernos e fundações.

Brady se defendeBrady se encontra em Paris, para

assistir à reunião dos ministros do co-mércio, economia e finanças das 24 na-ções da organização para a cooperaçãoeconômica e o desenvolvimento. Reite-rou que uma alta do dólar norte-americano poderia prejudicar os esfor-ços para o ajuste dos desequilíbrioseconômicos mundiais.

Disse que os Estados Unidos con-tinuarão cooperando com seus sócioscomerciais na atenção às pressões so-bre os mercados mundiais de inter-câmbio.

Fez notar que as autoridades mo-netárias, têm sido capazes de conter ainflação em meses recentes ao ajustaro crédito. Porém, acrescentou que ospaíses devem ser cuidadosos e não su-bestimar a situação e pôr em risco aatual expansão econômica.

Perguntado se a Junta da ReservaFederal dos Estados Unidos estava pia-nejando abrandar sua posição credití-.cia, Brady disse que as taxas de jurosno mercado norte-americano são sóparte do problema,, e que essas taxasem outros países do grupo dos 7 tam1bém são parte da equação.

Banco Mundial anuncia apoio ao Plano BradyWashington (AFP) — O Banco Mundial

anunciou ontem que destinará até 25% de seusempréstimos aos países endividados paraajudá-los a reduzir o peso de sua dívida ex-terna, quando comprovar que essa cargaconstitui um obstáculo insuperável para res-tabelecer o crescimento econômico.

Os recursos do banco poderão ser utiliza-dos para a redução do capital, para ajudar apagar os juros ou como elemento catalizadorde novos créditos comerciais, anunciou o pre-sidente do instituto, Barber Conable. Por ou-tro lado, a direção executiva do banco excluiua concessão de garantias ao pagamento de ju-ros, salvo em "circunstâncias excepcionais"disse Conable.

A direção consumiu dois dias de debatespara aprovar as diretrizes da participação dobanco nos esquemas de redução da dívida,que foi autorizada pelo comitê de governado-res no início de abril. Conable disse que o no-vo enfoque lançará "uma nova fase" daestratégia do banco frente a questão da dívi-da, e estimou que a mesma permitirá "umacontribuição direta" para ajudar os paísesmais endividados a "retornar a uma via decrescimento mais rápido".

O apoio do banco será outorgado em pro-gramas de três anos com empréstimos esca-

lonados, exclusivamente a países compráticas políticas de ajuste "aceitáveis", quedeverão ser aprovadas pela direção "caso acaso". Neste sentido,as diretrizes enfatizama necessidade de manter "a mais estreita co-laboração" entre o Banco Mundial e o FundoMonetário Internacional, disse Conable.

Espera-se que as duas instituições façam"um esforço concentrado" para apoiar os pro-gramas de redução da dívida de seus paísesmembros, e que os recursos destinados a es-ses fins pelo banco e o Fundo serão de um vo-lume "comparável", acrescentou o presidenteda instituição.

Conable anunciou há um mês que o ban-co poderia destinar mais de 10 bilhões de dó-lares em três anos para assistir aos esquemasde redução da dívida. Esse montante equiva-leria a mais de um quinto do programa geralde empréstimos do banco, que é de 15 a 17 bi-lhões de dólares por ano.

As diretrizes anunciadas ontem assina-Iam que o "apoio primário" do Banco Mun-dial para a redução da dívida será sob aforma de empréstimos que o país poderá usarpara reduzir o capital de sua dívida penden-te ou para estimular a concessão de novos cré-ditos comerciais.

Os países escolhidos serão aqueles "que

tenham uma dívida externa grande e tenhamadotado programas de ajuste aceitáveis".Além disso, os países "terão que demonstraruma clara necessidade de redução de suas dí-vidas, como um meio de chegar a seus obje-tivos financeiros e de desenvolvimento amédio prazo".

Conable disse que no diretório houve "umamplo acordo" para que os montantes "reser-vados" para redução das dívidas sejam de-terminados "caso por caso", mas envolveriamuma cifra de "cerca de 25 por cento" do pro-grama de empréstimos de ajuste concedidosao país por um período de três anos.

O montante seria de apenas dez por cen-to do programa total de empréstimos nos ca-sos de países que recebam majoritariamenteempréstimos de investimento, mas que te-nham "marco aceitável" de política econômi-ca a médio prazo.

Para esses casos, no entanto, a direção dobanco deixou aberta a possibilidade, "quan-do se justifique", de outorgar recursos adicio-nais de até 15 por cento do programa total deempréstimos em três anos para apoiar me-canismos de redução da dívida e seu serviço.

A direção do banco esclareceu que os fun-dos "reservados" serão usados para a redu-

ção do capital das dívidas, e os fundos"adicionais" para ajudar a pagar os juros "emconexão com a redução da dívida ou de seuserviço".

Ou seja, os primeiros poderão ser desti-nados a recomprar as dívidas — a preços re-duzidos — e os segundos a pagar os juros dosmontantes que os bancos aceitem reduzir ousobre os quais aceitem aplicar uma taxa dejuros significativamente menor.

O anúncio feito ontem pelo Banco Mun-dial, e um discurso pronunciado anteontemem Paris pelo diretor-gerente do FMI, MichelCamdessus, completam o cenário para umareunião hoje em Berna entre os ministros dasFinanças do grupo dos 10, integrado pelos pai-ses mais industrializados do Ocidente, paradiscutir a estratégia frente a questão dadívida.

Camdessus responsabilizou ontem dire-tamente os bancos comerciais pela ausênciade progresso na questão, advertindo que nãose deve continuar esperando maiores ajudasgovernamentais, e exortou-os a reduzir o va-lor de seus empréstimos conforme as indica-ções do mercado, onde os pagamentos dospaíses mais endividados são cotados com umdesconto de cerca de 60 por cento.

Informe do Sudameris confirmadificuldades da América LatinaParis (AFP) — A América Latina,

salvo algumas exceções, debateu-se emmeio a graves dificuldades econômicase financeiras em 1988 e inicio de 1989,confirmou um informe do Banco Suda-meris divulgado ontem em Paris.

O estudo do ex-banco Francês e Ita-liano para a América do Sul destacaque o fato ocorre apesar de alguns no-táveis progressos, principalmente nasexportações, que subiram em mais de14% pelo segundo ano consecutivo.

Em 1988, o Produto Interno Bruto(PIB) global da região permaneceu es-tancado (+ 0,7%), o que significa umadiminuição do nível de vida médio de1,5%, recordou o informe.

Naturalmente, explica o estudo, es-sas médias são estabelecidas entre pai-ses que sofreram graves recessões(Panamá, Peru e Brasil) e outros que,ao contrário, conseguiram manter rit-mos de crescimento estáveis (Chile eColômbia).

A questão da dívida externa este-ve na ordem do dia. As saídas líquidas

de capital — relacionadas no essencialaos reembolsos — representaram 29 bi-lhões de dólares, ou seja, mais que o ex-cedente comercial da América Latinaem seu conjunto (27,8 bilhões).

Nessas condições, o balanço co-mercial de pagamentos apresentou umsaldo deficitário de 3,3 bilhões de dóla-res, enquanto no ano anterior havia re-gistrado um excedente de 4,1 bilhões dedólares.

A degradação da situação foi ace-lerada pela alta das taxas de juros nosmercados internacionais, que em 1988subiram 2% em relação ao ano anterior.

O informe recorda que o Banco In-teramericano de Desenvolvimento ob-servou que o aumento representou porsi só uma soma equivalente ao valordas exportações de café, bananas, algo-dão e cacau de 1987.

Ante o problema da dívida, algunspaises cessaram praticamente qual-quer pagamento do capital, inclusive asvezes até dos juros (Panamá, Peru e re-

centemente Venezuela). Outros regis-traram muitos atrasos (Argentina,Brasil e Paraguai) enquanto algunsconseguiram obter novos financiamen-tos ou reescalonamentos (Colômbia eUruguai) ou cumprir seus compromis-sos graças a seus próprios recursos(Chile).

Em muitos casos, as novas técnicasestabelecidas nos últimos anos (trocade dívida, troca de ativos, venda de ti-tulos representativos de dívida comdesconto) foram empregados com êxi-to. Mas esses novos instrumentos, esti-ma o estudo, não poderiam por si sóresolver todos os problemas de fundoda América Latina.

Precisamente, e a essas questõesde fundo a que se refere o plano apre-sentado em março pelo secretário dasfinanças dos Estados Unidos, NicholasBrady, segundo o qual as organizaçõesmultilaterais devem apoiar um esfor-ço de redução da dívida pelos próprioscredores, protegendo-se por meio de no-vas garantias.

Argentina e Venezuela como exemplosParis (AP) — O chanceler da Es-

panha, Francisco Fernandez Ordonez,declarou ontem que depois dos inciden-tes da Venezuela e da Argentina, as na-ções industrializadas não devemesperar mais tempo para tomar umaação conjunta para a solução do proble-ma do endividamento e desenvolvimen-to das nações do Terceiro Mundo."Está se adiando a articulação dosmecanismos para levar adiante essapolítica", disse o ministro em um dis-curso na reunião anual de minitros das24 nações membros da Organização Pa-ra a Cooperação Econômica e o Desen-volvimento

A posição do chanceler espanhol sesoma á expressada ontem em um dis-curso pronunciado aos banqueiros fran-

ceses pelo diretor gerente do FMI,Michel Camdessus, que declarou tam-bém que os bancos comerciais devemfazer mais e logo para ajudar as naçõespobres a reduzir seu endividamento.

Os bancos comerciais se queixa-ram deque não podem aceitar maioresreduções no principal e nos juros devi-do ao fato de que o FMI e o Banco Mun-dial não estavam oferecendo osincentivos financeiros suficientes.

No mês passado, o presidente fran-cês François Mitterrand, seguindo seupróprio plano sobre a dívida, anunciou

3ue a França perdoaria dez por cento

a divida de 30 países africanos de lin-gua francesa.

O secretário de Tesouro norte-americano James Baker, que formulou

o plano da administração Bush de aju-da ao Terceiro Mundo e que participada reunião, não representava muito nasolução do problema global.

Fernandez Ordonez disse que a reu-nião do mês passado na Espanha doschanceleres da Comunidade Européiae o "Grupo dos Oito" deu ênfase aosefeitos que "a situação desesperada po-de produzir sobre o sistema democra-tico e sobre a estabilidade da região".

Fernandez Ordonez disse que "hárecursos para articular os mecanis-mos" de uma política agressiva e queno momento atual devem ser conscien-tes da impossibilidade de espera nospaíses que já fizeram um esforço enor-me de ajuste, com gigantescos custossociais.

Grupo dos Dez reúnena Suíça para traçarestratégia da dívida

Berna (AFP) — O grupo dos dez países mais industria-lizados do Ocidente (G10) se reunira hoje em Berna paraorganizar uma melhor coordenação entre o Fundo Mone-tário Internacional (FMI) e o Banco Mundial em matériade estratégia da dívida externa.

Com relação aos problemas de coordenação entre osdois órgãos, assinala-se em particular o caso da Argenti-na. No ano passado, o Banco Mundial tinha aceitado tor-nar efetivo o primeiro giro de um empréstimo enquanto oFMI, por seu lado, achava que não se davam as condiçõesprévias para tornar efetivos novos créditos.

O G10 é formado pelos Estados Unidos, Canadá, Japão.Grã-Bretanha, Alemanha Federal, França, Itália, Holan-.da, Bélgica e Suécia. A Suíça, que tem estatuto de obser-vador, preside o grupo desde a reunião do FMI de setembroem Berlim.

Enquanto a função primordial do FMI é conceder em-préstimos a curto prazo, contrariamente a do Banco Mun-dial que é outorgar créditos a longo prazo para projetosespecíficos, ultimamente se assinalou que as duas institui-ções entravam progressivamente uma no terreno da outra.Em caso de diagnóstico divergente, se registravam atitu-des contraditórias sobre a concessão de linhas de créditoe situações desagradáveis tanto para as duas instituiçõescomo para os países envolvidos^

Na reunião de hoje participarão os ministros das Fi-nanças e os presidentes dos Bancos Centrais do G10. Estu-darão e aprovarão um informe preparado sob a autoridadede Lombardo Dini, vice-presidente do Banco da Itália, in-titulado "o papel do FMI e do Banco Mundial no contextoda estratégia da dívida"

O Ministério das Finanças suíço descartou uma reuniãoinformal do G7 (os membros do G10 menos Holanda, Bél-gica e Suécia), mas não excluiu a possibilidade de conta-tos bilaterais ou em pequenos grupos. A possibilidade tinhasido considerada por observadores dada a persistente ins-tabilidade nos mercados de câmbios.

Um dos objetivos do informe Dini, além da definiçãodas missões do FMI e do Banco Mundial com relação a "ini-ciativa Brady" (para reduzir a divida externa do TerceiroMundo), é evitar que as duas instituições adotem atitudesdivergentes ante os países devedores.

O informe não procura tornar rigorosamente impossi-vel qualquer divergência, inerente em alguns casos pela es-pecificidade desses órgãos, mas preconiza que antes dequalquer decisão haja uma concordância.

Trata-se de estabelecer relações permanentes entre asduas instituições, além das relações precisas quando se rea-lizarem grandes conferências.

Belém, sexta-feira. Q2 de junho de 1989 O LIBERAL INTERNACIONAL 19

!*,iT> ** Ulí*^^^R íèri -ÍSÜSèí

Manifestantes chineses continuam ocupando a Praça da Paz Celestial.

Nova demonstração de forçado exército chinês em PequimPequim (AP) —Soldados marcha-

ram ontem pela principal avenida dacapital chinesa, na segunda apresenta-ção que fazem os militares em doisdias, mas os estudantes que realizamum protesto sentados na Praça Tianan-men (da Paz Celestial), reforçaram quenão temen essa demonstração de força.

0 município de Pequim tambémemitiu uma firme advertência à im-prensa estrangeira, dizendo que eraproibido entrevistar estudantes mani-festantes e que a cobertura de impren-sa na capital, deve receber aprovaçãoprévia de funcionários do governo.

Cerca de 300 soldados marcharampela principal avenida de Pequim, pró-ximo a praça, às 6:30 (hora local), can-tando uma canção militar.

No entanto, os estudantes, queacamparam na praça desde o dia 13 demaio, pareceram não temer a apariçãodos soldados pela manhã."Creio que foram enviados paratentar nos amedrontar", disse Wang Di,estudante do Instituto de Jornalismo de

Pequim. "Porém, não creio que muitosestivessem temerosos. Não se aproxi-maram muito e não foram muitos os es-tudantes que tomaram conhecimentode sua presença".

O primeiro-ministro Li Peng decla-rou lei marcial em Pequim, no últimodia 20, mas milhares de habitantes dacidade, bloquearam a entrada de solda-dos à cidade, enviados para expulsar osestudantes da praça.

Os estudantes se recusaram aabandonar a praça até que o governoresponda suas exigências de reformasdemocráticas.

Conservadores no governo, incluin-do o primeiro-ministro e o mais alto di-rigente, Deng Xiaoping, exigiram queo movimento em favor da democraciafosse suprimido. Porém, suas ordens fo-ram resistidas inicialmente por algunsmoderados, desatando uma luta pelopoder, segundo indicaram algumasfontes.

Li e Deng conseguiram, no entan-to; afastar o líder do partido comunis-

ta, Zhao Ziyang, que simpatiza comalgumas das metas dos estudantes.

Menos de dez mil ativistas, muitosdeles provenientes de outras cidades,vivem em uma "cidadela de barracas"na imensa praça. Durante o apogeu damanifestação, na praça, se concentra-ram até 200 mil estudantes.

Enquanto isso, o porta-voz do go-verno municipal de Pequim, Ding Wei-dun, disse que não será permitido queos jornalistas estrangeiros convidem ci-dadãos chineses a seus escritórios, re-sidências ou hotéis, "para entrevistassobre atividades proibidas", pela leimarcial.

A entrevista a soldados enviados àcidade como parte da declaração da leimarcial, incluindo tirar fotografias ougravações, foi proibida, indica uma de-claração do município. A reportagem"às escondidas", como a entrevista dechineses que participam do movimen-to democrático em hotéis, escritórios ouresidências também foi proibida, se-gundo a ordem municipal.

Novas restrições à imprensa estrangeiraPequim (UPI) — As autoridades

da China anunciaram ontem novas res-trições à imprensa estrangeira, proi-bindo a cobertura não autorizada dosprotestos estudantis pró-democracia eda lei marcial em Pequim e, pela pri-meira vez, as entrevistas com cidadãoschineses nas casas e escritórios doscorrespondentes.

No primeiro sinal de arrocho con-.tra a imprensa estrangeira, um corres-pondente da British BroadcastingCorporation, James Miles, de 27 anos,foi convocado por uma delegacia da po-ücia, recebendo uma advertência ver-bai de que sua cobertura violou partedo decreto da lei marcial anunciada em20 de maio em Pequim.

As novas ordens, dadas pela Prefei-tura da capital chinesa, são as mais du-ras desde o início da década, quando ogoverno relaxou as restrições à impren-sa estrangeira no país.

As medidas refletiram a crescen-te impaciência oficial com a embara-cosa cobertura estrangeira do levante.Os correspondentes vinham agindocom certa liberdade desde a decreta-

ção da lei marcial.O Clube dos Correspondentes Es-

trangeiros de Pequim, em carta envia-da à Prefeitura da cidade, protestouveementemente contra a ordem e pe-diu que o governo a rescinda, afirman-do que tal medida "coloca em dúvidaa política de abertura da China para omundo".

"Os regulamentos rígidos foramobviamente elaborados para restringirnossas atividades jornalísticas normaise legítimas", afirmaram os correspon-dentes em sua carta, acrescentando:"Este é um caso deplorável de censu-ra à imprensa e de arrocho"

A nova ordem confirmou as retrin-ções aos repórteres estrangeiros conti-das no decreto de 20 de maio e foi asegunda advertência oficial desdeentão

As restrições foram anunciadas du-rante a entrevista coletiva semanal dachancelaria chinesa por Ding Weijun,um porta-voz do departamento de infor-mações da cidade de Pequim. Ding éum notório integrante de uma equipe de

propaganda, de cinco membros, forma-da para aumentar o controle sobre aimprensa na capital.

De acordo com o porta-voz, no de-correr do período da lei marcial, a co-bertura de imprensa nas áreas urbanascitadas no decreto fica sujeita à apro-vação do governo de Pequim.

Os regulamentos da lei marcialtambém proíbe os repórteres de visitaragências governamentais, fábricas, es-colas e bairros residenciais sem a apro-vação das autoridades competentes.

Ding citou em especial a cobertu-ra dos acontecimentos da Praça da PazCelestial, no centro de Pequim, ocupa-da pelos estudantes desde 13 de maio.Ele também citou a proibição da reali-zação de cobertura das tropas que cer-cam a cidade.

Os chefes de escritórios das agên-cias de notícias estrangeiras e as repre-sentações das redes de televisão emPequim, não fizeram nenhum comen-tário de imediato, mas deixaram trans-parecer que tentariam respeitar asnovas ordens, quando for possível.

Choque de helicópteros na Batalha PeiaItália mata dois oficiais

Roma (AFP) — Dois suboficiais mor-reram e outros dois ficaram gravemente fe-ridos no acidente com dois helicópteros dosCarabineiros (Polícia Militar), que ontem às13 horas (8h, em Brasília), se chocaram empleno vôo. Os dois aparelhos caíram em umgrande parque da Villa Borghese, bairro re-sidencial da zona norte de Roma.

Segundo o comando dos Carabineiros,os helicópteros sobrevoavam o parque, overdadeiro pulmão verde da capital italia-na, para preparar as manifestações do 179?aniversário do Corpo de Carabineiros, dia7. Os dois aparelhos bateram em uma zonaque na hora estava praticamente deserta, aPiazza di Siena, conhecida internacional-mente por causa das competições dehipismo.

O local é relativamente perto do museuEtrusco da via Giulia, construída pelo pa-

pa Júlio III em pleno renascimento. Do jar-dim zoológico, de alguns consulados e doliceu francês de Roma.

Testemunhas contaram que os dois he-licópteros, com dois tripulantes cada um,chocaram-se em pleno vôo. Um dos apare-lhos caiu nas árvores, que amortizaram a-queda. O outro bateu no chão e pegou fogode imediato, só controlado uma hora depois,já que os bombeiros custaram a chegar aVilla Borghese.

O acidente, um dos mais espetacularesocorridos nos últimos anos na capital italia-na, provocou muita emoção. Para os romã-nos a Villa Borghese continua sendo umadas velhas tradições da cidade e local depasseio de namorados, babás e famílias in-teiras, visita obrigatória de turistas, aman-tes da equitação e apaixonados por arte.

Partido governante recuae apoia eleição: Bolívia

La Paz (UPI) — O Movimento RevolucionárioNacionalista (MRN), partido governista da Bolí-via, voltou atrás em sua demanda de que as elei-ções presidenciais do mês passado fossemanuladas. O MRN havia pedido a anulação ape-sar de o seu candidato, o ministro da FazendaGonzalo Sanchez de Lozada, ter sido o vitorioso.

Lozada ganhou por ligeira margem do oposio-nista de direita Hugo Banzer, ex-líder do regimeautoritário militar da década de 70. Nenhum dosnove candidatos porém conseguiu mais de 50 porcento dos votos, razão pela qual o congresso, se-guindo a constituição, terá de escolher em agostoo novo presidente entre os três candidatos maisvotados {>elo povo em maio.

O terceiro candidato mais votado, o esquerdis-ta Jaime Paz Zamora, parece ter posto de lado asdivergências ideológicas com Banzer para alcan-çar um acordo pelo qual os seus partidos se uni-riam na eleição de agosto no congresso paraderrotar o governo. Banzer seria assim eleito pre-sidente.

Essa perspectiva fez o MNR reagir e pedir à

suprema corte a anulação das eleições, argumen-tando que os dois partidos rivais haviam usadosuas posições em uma comissão eleitoral nacio-nal para negar vários assentos ao governo no con-gresso. O partido governante está no poder desde1985, ano da eleição do atual presidente Victor PazEstenssoro.

O pedido do MNR contrariava a Constituiçãoe ameaçava mergulhar a Bolívia no caos políti-co, o que fez a poderosa igreja católica, ao alto co-mando militar e a própria suprema corte seoporem à idéia e conclamarem o governo a nãopor em risco a frágil democracia no país, restou-rada em 1982 após 18 anos de ditadura. O chefe doMNR, Guillermo Bedregal, disse então que a anu-lação da eleição "não é a melhor estrada a tomar"e que o partido desejava resolver o conflito atra-vés da "harmonia e do diálago". 1_d mudança sú-bita no partido foi atribuída às pressões deEstenssoro, cujos colaboradores disseram não te-rem sido consultados sobre a decisão de contos-tar os resultados da eleição.

sucessão noJapão

Tóquio (AP) — A batalhapela sucessão de Noboru làkes-hita como primeiro-ministro doJapão começou ontem quandoum grupo dissidente do PartidoLiberal Democrata, afetado porum escândalo financeiro, apre-sentou um candidato para seopor ao chanceler Sousuke Uno,designado pelo próprio Ta-keshita.

Uma reunião acalorada doconselho executivo do partidoconfirmou Uno, de 66 anos deidade, como o candidato da hie-rarquia partidária, mas o legis-lador conservador ShizukaKamei, líder de uma facção dis-sidente dentro da organizaçãoqualificou a decisão de "in-válida".

Poucas horas depois, após achegada de Uno de Paris, ondeassistia a uma conferência daOrganização para a CooperaçãoEconômica e o Desenvolvimen-to (OCED), Kamei disse à im-prensa que um ex-membro dogabinete e adversário políticode Ifckeshita, Ganri Yamashita,se apresentaria como cândida-to contra Uno.

O político de 68 anos disseque tinha aceito sua candidatu-ra, mas não quis formular co-men tário.

Uno saiu do aeroporto e sedirigiu a uma reunião com Tij-keshita e outras figuras do par-tido. Houve informações de quepoderiam falar perante o conse-lho executivo sobre suas idéiasde reforma política."Creio que não estou quali-ficado para tal posição", disseUno â imprensa pouco depois desua chegada. "Mas compreendoperfeitamente os esforços reali-zados pelo primeiro-ministroliiheshita e outros altos dirigen-tes do partido, de modo que dei-xo . •:•• ifototalmci!mãos".

Papa diz ao chegar à Noruegaque ecumenismo é prioritário

Oslo (AI _ . — O papa João PauloII afirmou ontem, ao chegar a Oslo, pri-meira etapa de sua viagem a cinco pai-ses nórdicos de cultura luterana, quesua prioridade é o ecumenismo.

O papa João Paulo II visitará, apartir de ontem até o dia 10, a Norue-ga, Islândia, Finlândia, Dinamarca eSuécia, onde cerca de 200 mil católicosrepresentam 1% de uma população de23 milhões de habitantes, de maioria lu-terana.

Como Martin Lutero, que beijou osolo de Roma em 1510, João Paulo IIbeijou o chão da Noruega ao descer doavião após uma viagem de 2 mil km.E a primeira vez que um bispode Roma, sucessor do apóstolo Pedro,chega à Noruega e aos países nórdicos— disse em seu primeiro discurso.

Venho não como um represen-tante de interesses políticos ou nacio-nais, mas como uma testemunha doevangelho (...) como um irmão preocu-

pado com o bem-estar de seus irmãosem todas as partes do mundo (...) co-mo um amigo cheio de estima pelo no-bre povo norueguês e por sua herançacristã milenar — acrescentou.

Após ter expresado sua "felicida-de" por visitar a comunidade católicada Noruega (28 mil fiéis dos quais 2/3são imigrantes), o papa "agradeceu" àIgreja Luterana por ter lhe dado essa ¦oportunidade.

"Agradeço-lhes, queridos irmãos eirmãs, pela vossa gentileza e pelo eli-ma de amizade e de compreensão ecu-mênica" manifestado através desteconvite, disse.Minha visita aos países nórdicosé uma confirmação do compromisso daIgreja Católica na tarefa ecumênica depromover a unidade de todos os cristãos— afirmou.

Desde o começo de meu pontif i-cado, fiz do ecumenismo uma priorida-de de minha preocupação e de minhaação pastoral. Queira Deus que esta vi-

sita nos aproxime ainda mais desta pie-na fraternidade na fé e no amor que opróprio Cristo desejou para seus discí-pulos — acrescentou.

O papa foi recebido pelo rei Olav V.Juntos fizeram uma curta aparição nasacada do palácio real e foram aplau-didos por um grupo de 200 pessoas queagitava bandeiras da Noruega e do Va-ticano.

Depois, o sumo pontífice foi rece-bido pela primeira-ministra Gro Har-lem Brundiland, com quem conversouem particular sobre sua ação na Comis-são Mundial Para o Meio Ambiente eo Desenvolvimento, da qual é pre-sidenta.

A tarde, celebrou uma missa ao arlivre para a cidadela de .\kershus, e, de-pois, assistiu a um encontro ecumêni-co com os representantes de outroscredos, inclusive muçulmanos (12 milfiéis), anglicanos (2 mil) e judeus (1mil).

Dificuldade de diálogo com os LuteranosOslo (AFP) —A mão estendida do

papa João Paulo II aos luteranos, nachegada, ontem, à Noruega, só foi acei-ta em parte por seus interlocutores, quesolicitaram à Igreja Católica que pro-ve o seu ecumenismo com fatos. Ao re-ceber o papa no castelo de Akershus, obispo luterano de Oslo, Andreas Aarflot,considerado o representante da igrejanorueguesa, pediu, em tom cáustico,que os católicos demonstrem de manei-ra mais concreta a vontade de apro-ximação.

— É claro que apreciamos comoum sinal de reconhecimento prático porparte da igreja de Roma os contatoscom a Federação Luterana Mundialque precederam o Concilio Vaticano II.Porém, esperamos o dia de sua santi-dade manifestar claramente e semequívocos o reconhecimento do caráterde igreja da Igreja Luterana e de outrasigrejas protestantes — afirmou, assina-lando ainda que é na vida diária, nasigrejas nacionais e nas comunidades lo-cais, longe das discussões dos gabine-

tes da Cúria, que os verdadeirosdesafios do ecumenismo devem ser as-sumidos.

Citando Galileu, que disse que "ep-pursi muove" ("entretanto se move"),após ser condenado por declarar que aterra girava, o prelado luterano consi-derou com ironia que a igreja que con-denara Galileu "também se movia".

Os protestantes percebem osprogressos nos setores da Igreja Cato-lica no mundo, mas, às vezes ficamosimpacientes porque desejamos umaevolução mais rápida.

Ao referir-se à questão da eucaris-tia comum, o bispo luterano sublinhouque deveriam ser dados pequenos pas-sos, porém audazes, em direção a uma"hospitalidade eucarística recíproca".

Na sua resposta, embora tenha sedeclarado irmão em Cristo de seu hós-pede, o papa foi formal:

A eucaristia só pode ser compar-tiihada pelos que estão em perfeita co-munhão. Os católicos acreditam que a

celebração aa eucaristia e a expressãosuprema da fé da igreja.

Uma grande reunião ecumênicaestá prevista para hoje, sexta-feira, nacatedral luterana Nidaros de Trond-heim, a mais importante cerimônia re-ligiosa da visita papal à Noruega.Segundo os observadores, esse ato per-mitiria avaliar as possibilidades de diá-logo entre as igrejas católica e luterana.

De acordo com informações nãoconfirmadas, dos 11 bispos luteranos daNoruega, sete não comparecerão. Umdeles negou-se a receber o papa e os ou-tros alegaram diferentes razões parajustificar a ausência. O número de bis-pos presentes e a participação efetivados protestantes revelarão a disponibi-lidade para o diálogo. Nesse aspecto,até agora a viagem de João Paulo IInão tem apresentado bons resultados.

Os católicos, por sua vez, consegui-ram mobilizar ontem à tarde cerca de10 mil pessoas para uma missa ao arlivre, celebrada sob muito frio e chuva,em frente ao castelo de Akershus.

Mundo terá mais de 6,2 bilhõesde habitantes até o Ano 2.000Nova Iorque (AFP) — A popu-

lação dos países industrializadospermanecerá quase estabilizadaaté o ano 2.000, mas a do TerceiroMundo crescerá vertiginosamenteno mesmo período, chegando aquatro ou cinco bilhões de pessoas.É o que indica um relatório de Fun-do de População das Nações Uni-das (Fnuap), publicado ontem.

— Entre o final desta década eo início do século XXI, a populaçãomundial crescerá anualmente emcerca de 96 milhões — 90 milhõesdesses, no Terceiro Mundo, ampli-ficando assim as diferenças demo-gráficas com os países industriali-zados — afirma o documento, enti-tulado "A população mundial emcifras".

Desta forma, no final do séculoXX a população total do mundo se-rá de 6.250.299.000,' dos quais quasecinco bilhões viverão em países emdesenvolvimento e pouco mais de1,2 bilhão nos mais adiantados. Apopulação mundial continuarácrescendo até somar cerca de 8,5bilhões no ano 2.025 e só poderia seestabilizar dentro de um século,

após ter alcançado 10 bilhões — odobro da atual.

O relatório da Fnuap revelaque só 65 países do Terceiro Mundoconsideram elevado o seu cresci-mento demográfico e apenas 53adotaram medidas para tentar

• diminuí-lo, entre eles a China, opais mais povoado do planeta commais de um bilhão de habitantes.

O relatório também assinalaque a renda per capita das naçõesindustrializadas alcança atual-mente a média de 10,7 mil dólaresanuais, enquanto nos países em de-senvolvimento é de apenas de 640dólares em média. E mais: nas na-ções industrializadas, 100 por centodas mulheres sabem ler e escre-ver, 70 por cento das mulheres ca-sadas planificam a família e cadamulher tem dois filhos. Já no Ter-ceiro Mundo, só a metade da popu-lação feminina é alfabetizada, 45%das mulheres casadas se esforçampara programar a família e cadamulher tem quatro filhos.

Sem dúvida, essas cifras de-mográficas, sociais e econômicascontr ibupm para explicar porque

nos países industrializados a ex-pectativa é atualmente de 73 anos,enquanto nos países em desenvol-vimento só alcança os 60 anos.

O relatório do Fnuap tambémmostra que nos países industriali-zados a taxa de mortalidade infan-til é de 30 por cada 100 mil nasci-mentos e de 450 por 100 mil no Ter-ceiro Mundo. Nas nações desenvol-vidas, em cada mil crianças, só 15morrem antes de completar umano — 64 a mais nos países emdesenvolvimento.

O Fundo de População das Na-ções Unidas é um organismo queluta junto aos governos do mundointeiro para que seja incrementadoo investimento destinado à saúdedas mulheres, à planificação fami-liar, à educação e à igualdade dossalários entre os dois sexos.

O organismo da ONU conside-ra que a planificação familiar deveser prioridade do desenvolvimen-to, comparável aos grandes invés-timentos econômicos, a qual devedestinar um mínimo de um porcento do PNB dos países afetados.

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Maioria dos eleitores poloneses(14%) tem simpatia por WalesaVarsóvia (AFP) — A um poucomais de 48 horas do primeiro turno

das eleições parlamentares (parla-mento e senado), 74% dos polonesesem idade de votar expressaram, se-gundo uma pesquisa oficial publicadaontem, sua simpatia por Lech Walesa,o presidente do sindicato Solidarieda-de, que apoia 261 candidatos nas elei-çõs de 4 a 18 de junho.

Em compensação, 7,5% das pes-soas interrogadas estimaram que odirigente sindical lhe será antipático.

Segundo outra sondagem gover-namental, o movimento Solidariedadereceberia 31% dos votos do eleitoradoenquando a coalização governamen-tal só obteria 12%.

Por outro lado, 25% das pessoas

interrogadas manifestariam sua von-tade de votar nos candidatos "inde-pendentes", enquanto a taxa de inde-cisos é de 31%.

Sem recuosVarsóvia (AFP) — A Polônia"não pode recuar em matéria de li-

herdades", frisou o primeiro-ministropolonês Mieczyslaw Rakowski, lem-brando além do mais que "sem pazsocial" as reformas do país poderiamrapidamente se estancar.

Numa entrevista dada pela pri-meira vez ao jornal da oposição "Ga-zeta", Rakowski estimou que o "pro-cesso de democratização da vida pú-blica na Polônia deve ser imperative-mente controlado por forças sociaisquf se mostrem responsáveis".

"De outra maneira o país poderiase ver confrontado a uma desestabili-zação da situação", acrescentou.

"Reformas e disciplinas vão jun-tas, acrescentou Rakowski. Em casocontrário, como sempre ocorre na his-tória, algumas pessoas podem apare-cer na primeira linha no cenário poli-tico e pôr termo ao processo de libera-lização em curso, argumentando o fa-to de que a Polônia está a ponto decair".

"Por outro lado, a população podese cansar a ponto de deixar de se inte-ressar pela democracia e não desejarsenão a ordem e a chegada de um re-gime forte", prosseguiu.

Novos tempos, novas posições na PolôniaVarsóvia (UPI) — O que há algumas se-

manas seria uma fantasia aconteceu ontem:a autoridade governamental Jerzy Urban,que odeia o Solidariedade, lamentou seusataques ao sindicato e o primeiro-ministroMieczyslaw Rakows ki deu entrevista ao jor-nal deste, a "Gazeta Wyborcza".

E mais: Rakowski criticou na entrevis-ta os antigos governantes soviéticos por seintrometerem nos assuntos da Polônia, "vio-lando em certa medida nossa indepen-dència"."O líder soviético Mikhail Gorbachevnão fez isto uma única vez e estamos moi-dando nossa política de maneira absoluta-mente independente", disse Rakowski. Masobservou que as subvenções dadas ultima-mente pelo governo dos Estados Unidos pa-ra a campanha eleitoral do Solidariedadetambém "violam esta soberania".

O Solidariedade tinha dito antes que omilhão de dólares concedido pelo Congres-so dos Estados Unidos ao sindicto nos últi-mos dois anos foi usado para serviços desaúde e outros objetivos sociais e que a cam-panha é financiada por doações privadas dospoloneses que vivem no Ocidente.

O porta-voz do Departamento de EstadoRichard Boucher disse terça-feira em Was-hington que "tem havido certo financiamen-to para o Solidariedade", referindo-se aosrecursos fornecidos pelo Congresso

prestigioso cargo de diretor da rádio e da te-

levisão controladas pelo Partido Comunista,declarou numa entrevista que estava erra-do quando disse em julho do ano passado"que o movimento do Solidariedade perten-ce para sempre ao passado"."Foi um erro meu", admitiu Urban, quenão é membro do partido e está concorren-do como candidato independente às eleiçõespara o Sejm, ou Câmara Baixa do Parlamen-to. "Foi um erro metodológico usar termoscategóricos e isto nunca deve ser feito".

Porta-voz do governo durante sete anos,Urban atacava constantemente o Solidarie-dade e seu líder, Lech Walesa.

Urban admitiu também que foi ele quemproibiu o Solidariedade de apresentar umprograma eleitoral em 23 de maio na televi-são apesar das disposições do acordo feitoem mesa redonda sobre o tempo a ser usa-do no ar pelos grupos independentes."Fui eu quem tomou a decisão", afirmou."A transmissão teria sido forte golpe no açor-do da mesa redonda".

O Solidariedade e o governo chegaramem 5 de abril a histórico acordo que legali-zou o sindicato e permitiu que os candidatosapoiados por este concorressem a 161 cadei-ras do Semj, que tem 460, e à Câmara Alta,o Senado, que tem cem.

As eleições para o Senado serão plena-mente democráticas pela primeira vez des-do a Instalação dn domínio comunista om

cadeiras destinadas ao Solidariedade e aosoutros candidatos independentes.

Reconheceu que, embora não seja mem-bro do partido, é estreitamente ligado a este.

Algumas pessoas são mais santas do queo papa e Urban é um comunista melhor doque os comunistas, disse um repórter gover-namental.

Urban declarou que até agora gastou 3,4milhões de zloties (5.700 dólares) em suacampanha. Seu oponente é o conhecido atorAndrzej Lapicki, do Solidariedade.

Em sua entrevista â "Gazeta Wyborcza",Rakowski disse que os próximos dois anos se-rão sombrios para o país, porque as refor-mas do governo encontraram problemas"."O orçamento do Estado está rompido, a in-fiação está crescente e estamos desampara-dos, enfrentando pressões para aumentar-mos os salários", observou.

Referindo-se a possíveis greves, disse:"Temo que a oposição política não consigaparar estas pressões".As autoridades assinalaram que as re-formas requererão mais aumentos nos pre-ços dos alimentos e um membro do governoacentuou que serão "consideravelmentealtos".

Os aumento são esperados para depoisdas eleições, nas quais parte da oposição li-derada pelo Solidariedade conquistarão ca-deiras nn Sejm o no Senado o assim,

Urban está concorrendo a uma das 161 ia Miuaçau econômica.

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20 INTFRNACIONAL O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

Continuam os combates e mortesnos territórios da Cisjordânia

Jerusalém (AFP) — Um palestinoacusado de colaborar com as autorida-des israelenses foi assassinado e outros30 ficaram feridos nos territórios ocu-pados, indicou uma fonte palestina.Khaled Mustapha Alala, de 57 anos, foimorto em circunstâncias não esclare-cidas em Yabed, perto de Jenin (norteda Cisjordânia), enquanto trinta pales-tinos foram baleados por soldados is-raelenses em incidentes nos territóriosocupados de Cisjordânia e Gaza. Osconfrontos mais graves ocorreram nosul da faixa de Gaza, especialmente nosacampamentos de refugiados de Rafae Khan Yunes.

Reunificação dc JerusalémJerusalém (AFP) — Os israelenses

comemoram ontem e hoje, sob a pro-

teção de um importante serviço de se-gurança, o vigésimo-segundoaniversário da reunificação de Jerusa-lém após a conquista da leste da cida-de na guerra de junho de 1967.

Milhares de policiais e guardasfronteriços foram enviados aos setoresleste e oeste da Cidade Santa com vis-tas a limitar os riscos de atentados, as-sim como os choques entre palestinose israelenses, pôde-se comprovar.

Depois de inúmeras vacilações, apolícia autorizou, finalmente, ontem àtarde, as manifestações de militantesde extrema-direita. Pequenos grupos demembros dos partidos Tehiya (renas-cimento) e Moledet (pátria) fizerampasseata pelas ruas da parte antiga da

cidade onde se encontram os locais sa-grados das três religiões monoteístas.

O temor de que ocorram atentadoslevou as autoridades, num primeiromomento, a limitar a entrada à partevelha da cidade aos israelenses queviessem a título individual, sem pas-seatas nem bandeiras.

Por sua vez, os palestinos do lestede Jerusalém preferiram permanecerem suas casas observando das janelaso incessante ir e vir das patrulhas desoldados e dos grupos de israelenses.

No entanto, um destes grupos, como deputado Tehiya Gueoula Cohen àfrente, foi atacado a pedradas na entra-da do bairro muçulmano da parte an-tiga, disse a polícia. Não houve feridos.

Arafat anuncia exército palestinoLondres (AFP) — O chefe da OLP,

Yaser Arafat, decidiu "criar no sul doLíbano um exército palestino de 3.500homens, destinado a ser o núcleo durodo futuro exército regular da Palesti-na", escreveu à revista britânica espe-cializada "Jane's Defence Weekly" emseu último número.

Em fevereiro último, o líder da Or-ganização de Libertação da Palestinafalou do desmantelamento das milíciasque operam no sul do Líbano, "em suamaioria ligadas a países árabes e nemsempre fiéis a Arafat", prossegue a"Jane's".

¦ Em princípio, deveriam ser redu-zidos os salários dos milicianos, sendodepois suprimidos inteiramente, proje-to que provocou protestos violentos dosinteressados, para quem os salários doexército são uma importante fonte derendas.

"A decisão parece prematura", diz"Jane's" citando um dirigente do Fatah,principal componente da OLP. Em con-seqüência, Arafat decidiu frear no mo-mento a aplicação das medidas.

Portos bombardeados

Beirute (AFP) — Os portos cris-tãos do Líbano voltaram a ser bombar-deados depois de 36 horas de calma,enquanto que o governo anti-sírio acu-sou Damasco de ter pretendido assas-sinar seu chefe, o general Michel Aoun.

O exército sírio e seus aliados liba-neses, essencialmente muçulmanos,reativaram a estratégia de assédio aosetor cristão, iniciada há cerca de trêsmeses, e bombardearam novamente olitoral para impedir a entrada denavios.

Várias salvas de obuses foram dis-paradas, especialmente contra os por-tos de Junieh, Jbail e Aamchit, noextremo norte do "setor cristão", ondese concentra a maioria do tráfego ma-ri timo.

O bombardeio durou mais de duashoras a ritmo estável.

Pouco antes, o governo de militarescristãos do general Aoun pediu aos pai-ses árabes que dessem uma trégua eobtiveram, como o decidiu a cúpulaárabe de Casablanca, o levantamentodos bloqueios.

Em uma primeira reação oficial asresoluções desta cúpula, que encerrouseus trabalhos em 26 de maio, o gabi-nete Aoun estimou que os países árabes"arrebataram o caso libanês das mãosda conspiração síria".

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Fila de donns-de-casa argentinas para comprar alimentos

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''Distribuição de alimentos controlada pelo exército em Rosário.

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Outro aspecto da distribuição de gêneros em Rosário.

Saques cessaram mas há faltade alimentos na Argentina

Buenos Aires (AFP) — A polícia ea gendarmeria (polícia militarizada)pareciam ter recuperado o controle dasituação na Argentina. As autoridades,no entanto, deverão resolver agora a es-cassez de alimentos que ameaça os ha-bitantes das zonas onde ocorreram osdistúrbios, palco de "pelo menos quin-ze mortos", de acordo com um balançooficial."' Nenhum incidente grave ocorreu

desde anteontem à noite. Em BuenosAHres e Rosário (300 km ao norte da ca-pitai), os dois focos da revolta, as for-çâs da ordem ocuparam as favelas dossubúrbios, onde vivem, em condiçõesprecárias, cerca de um milhão de pes-Soas. Além da intervenção da polícia,ás administrações locais organizaramã partir de anteontem a distribuição deáíimentos básicos para acalmar a fo-me e os ânimos. Paradoxalmente, a fal-ta de alimentos atinge agora ostrabalhadores da "classe média baixa"

que vivem nos grandes bairros popula-res da periferia.,Toneladas-dé vlveres foram distri-

buidos entre os 700.000 habitantes dasfavelas da província de Buenos Aires.O governo local, com a ajuda da igrejae de organizações políticas, organizoua distribuição de refeições. Esta ajudade emergência não concerne apenas amilhões de pessoas que residem nas co-munidades já urbanizadas da zona. Aslojas de comestíveis estão vazias ou fe-chadas e a população tem que subsis-tir com suas próprias reservas oudeslocar-se até a capital para seabastecer.

A situação poderia piorar nos pró-ximos dias pois os atacadistas anuncia-ram que não estavam em condições,por falta de víveres ou por temor a no-vos saques, de cumprir com seus encar-gos. O mesmo ocorre em Rosário, ondea calma voltou e as 150 mil pessoas dasfavelas do sul da cidade subsistem gra-

ças aos auxílios da municipalidade,mas as famílias dos bairros mais pró-ximos estão abandonadas à sua própriasorte.

Ainda traumatizados com os dis-túrbios dos últimos dias, sem se atre-ver a acreditar que a calma voltou, apopulação tem que fazer filas de cen-tenas de metros para comprar pão apóster esperado longamente nos bancos.

"E impossível encontrar carne, lei-te, manteiga ou farinha", disse à AFPSusana, uma arquiteta social de 36anos, divorciada, que vive com seuspais e seus dois filhos, de 5 e 8 anos, emum bairro do sul da cidade. "Anteontemcomemos pão, e ontem só tínhamos unspacotes de sopa instantânea", explicou.

Os donos dos poucos supermerca-dos que não foram saqueados planeja-vam reiniciar suas atividades ontem,mas às llh locais (mesma hora de Bra-silia) os estabelecimentos continuavamfechados.

Menina esmagada por sacos de açúcar0 Buenos Aires (AFP) —Uma adoles-cente de 15 anos morreu esmagada on-fem de madrugada por sacos de açúcarêm Tucuman durante um saque feitoPor um grupo de pessoas em um enge-nho, confirmaram porta-vozes policiaisna capital desta província a 1.100 km aonordeste de Buenos Aires.

Segundo testemunhas, a jovem ten-tava subir numa pilha de sacos no en-genho Nunorco quando ela se desfez eos sacos (50 quilos cada um) a es-magaram.

A policia informou a detenção devárias pessoas.g0 Esta foi a primeira vítima mortalrevelada nas ultimas 24 horas dos sa-quês generalizados que ocorreram atéanteontem em Rosário e na GrandeBuenos Aires.¦' Nesta última zona (localidade deCaseros), um oficial da policia recebeuontem de manhã uma bala no rosto du-Tante conflitos com grupos de saquea-Sores de uma loja, disseram tambémfontes policiais.» Na capital federal, a justiça fechouontem a sede central do Partido Ope-rário (marxista) após invadi-la e levar-documentos.

A participação de "agitadores deesquema" nos múltiplos saques que seprecipitaram desde domingo foi denun-ciada de foi ma unânime por autorida-de do governo, do peronismo e policiais.

Preso ex-candidato

O ex-candidato presidencial peloPartido Operário (trotskista), Jorge Al-tamira, foi preso ontem à tarde quan-do se encontrava na sala de imprensada casa de governador por disposiçãoda justiça federal argentina.

Altamira, secretário-geral do Par-tido Operário, foi a casa de governo pa-ra encontrar-se com o secretário dointerior, Carlos Contin, por ocasião dofechamento do PO no local, após umadecisão de um juiz por presumir quesuas ativistas "estimularam" os san-grentos saques dos últimos dias.

Após a reunião, Altamira dirigiu-sea sala de imprensa, onde permaneceupor mais de uma hora, quando a poli-cia chegou para detê-lo, juntamentecom outros dirigentes do partido que oacompanhavam, afirmam teste-munhas.

O juiz federal Gerardo Larrambe-bere ordenou que na capital federal e

na grande Buenos Aires, os dirigentesdeveriam ser postos a disposição "in-comunicáveis" e que deveriam ser le-vados dos recintos todos os elementosque sirvam a investigação.

O magistrado estimou que "exis-tem elementos de juízo suficientes queautorizam a presumir, com fundamen-to, que os ativistas desse partido alen-taram em boa medida os graves saquesocorridos (...) em concordância com alinha política da direção do PO".

Pela manhã outro juiz federal deBuenos Aires, atendendo ao pedido deLarrambebere, aplicou as medidas nasede central do PO.

As autoridades de governo, provin-ciais, políticas e policiais tinham res-ponsabilizado unanimemente os"agitadores de ultra-esquerda" pela es-calada dos saques.

Gerardo Larrambebere tem sobsua jurisdição a causa do violento ata-que, em janeiro, ao quartel de La Tabla-da (37 mortos, 25 dos quaisguerrilheiros).

Os atacantes foram identicados co-mo pertencentes ao Movimento TodosPela Pátria (MTP, aparentemente umacisão da guerrilha Trotskista do exér-cio revolucionário do povo).

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O presidente eleito Alfredo Cristiani presta juramento em El Salvador. A esquerda, o ex-presidente Napoleão Duarte.

Novo presidente de El Salvadorquer acabar com a guerra civil

San Salvador (AFP) — Ao tomarposse ontem como novo presidenteconstitucional de El Salvador, AlfredoCristiani (Direita) prometeu consagrarseus maiores esforços para acabar comuma guerra civil de nove anos e com-bater a extrema pobreza através de umprocesso de "liberalização, retificaçãoe reativação" da economia.

Em seu discurso de posse, Cristia-ni, um rico empresário cafeicultor de41 anos que entrou para a política háapenas cinco anos, admitiu que El Sal-vador sofre "a mais grave crise econô-mica de sua história" e acusou aguerrilha da Frente Farabundo Martide Libertação Nacional (FMLN) de"tentar tomar o poder aproveitando-sedesses problemas".

Cristiani lançou um duro ataquecontra o esquema econômico aplicadopor seu antecessor Napoleon Duarte,com o apoio financeiro dos EstadosUnidos, através de "um reformismograve e estéril" que propiciará mudan-ças na "arbitrária e corrupta" econo-mia salvadorenha. "Vamos reduzir oEstado ao estritamente necessário",disse o novo presidente ao anunciar aprivatização progressiva do comércioexterior e dos bancos, nacionalizadosem 1980 no contexto de um projeto con-tra-insurgente delineado pela de-mocracia-cristã e apoiado por EstadosUnidos.

Quanto a reforma agrária, Cristia-ni desmentiu "categoricamente" quepretenda cancelá-la e disse que, ao con-trário, "queremos impulsioná-la deci-didamente, permitindo que o camponêsescolha a forma de propriedade quemelhor lhe convier". "Vamos superar ademagogia do paternalismo estatizan-te e fazer com que os camponeses, or-ganizados ou não, assumam com anossa ajuda a responsabilidade livre deseu próprio destino", ressaltou.

Sobre cancelamento da nacionali-zação bancária, Cristiani anunciou queseu governo "promoverá a competitivi-dade nos bancos para que os setoresprodutivos voltem a ter um papel im-portante. Agiremos com prudência mascom firmeza neste setor, e nos compro-meteremos a erradicar a politização docrédito e o desvio abusivo da poupan-ça do povo para as necessidades cria-das no setor público.

Paralelamente ao violento ataquea política econômica seguida pela ad-ministração Duarte, Cristiani atacouduramente as guerrilhas da FMLN,consdieradas por ele como "forças to-talitárias marxistas" que em seu afãpor alcançar violentamente o poder de-clararam "uma guerra terrorista con-tra a economia e o povo salvadorenho".

Cristiani disse ainda que o princi-pai desafio de seu governo "é a busca

de uma solução para o conflito arma-do", e que apresentou uma proposta decinco pontos a FMLN para iniciar deimediato "um diálogo permanente quebusque soluções para a guerra no con-texto da constituição". "A guerra mar-xista em El Salvador não tem futuro evamos terminar com ela utilizando osmeios que a democracia prevê", as-sinalou.

Como segundo passo, Cristiani afir-mou que pretende formar uma comis-são governamental de diálogo com"personalidades democráticas de am-pio reconhecimento nacional" que en-traria em contacto com os delegados daFMLN para constituir "um grupo detrabalho para a incorporação de todasas forças do país a vida pacífica e aosmecanismos da democracia partici-pativa".

Por outro lado, Cristianicomprometeu-se a defender os direitoshumanos e pediu aos "partidos, institui-ções humanitárias, igrejas e ao povoem geral, que colabore estreitamentepara corrigir qualquer prática que pro-picie a violação" a esses direitos. O no-vo presidente não se ateve detalhada-mente ao seu programa de política ex-terna, mas exortou os demais gover-nantes centro-americanos a lutarconjuntamente para chegar a "integra-ção política e econômica" a nível re-gional.

Guerrilha boicotou transmissão pela TVSalvador (AFP) —A guerrilha sal-

vadorenha sabotou nas últimas horas,várias torres de condução de energia,deixando sem eletricidade 90 por cen-to do território nacional, o que impediuos cidadãos de acompanharem pela rá-dio e pela TV a posse do presidente Al-fredo Cristiani.

Porta-vozes da comissão executivahidroelétrica do Rio Lempa (CEL),confirmaram que as sabotagens guer-rilheiras deixaram sem energia quase

todo o território, inclusive a capital sal-vadorenha, onde os hospitais funciona-vam com esquemas de emergência.

Cristiani, de 41 anos, recebeu a pre-sidência na manhã de ontem, das mãosdo atual mandatário José NapoleonDuarte, líder democrata-cristão, afeta-do por um câncer terminal no fígado.

Inúmeros operários trabalhavamintensamente em diversos pontos dopaís procurando reparar os danos pro-vocados pelas sabotagens.

Além do mais, Cristiani assumiráo cargo enfrentando uma paralisaçãodo transporte em todo o país, que foi de-cretada pela guerrilha a partir de 31 demaio.

Após as ações insurgentes, o exér-cito redobrou a vigilância nas imedia-ções da feira internacional de SanSalvador, onde estavam programadosos atos oficiais, dos quais vão partici-'par os presidentes de Costa Rica, Hon-duras e Guatemala.

Constituição dePortugal apaga otermo Socialismo

Lisboa (AFP) — A Assembléia da República Portugue-sa (parlamento) eliminou formalmente ontem toda re-ferência ideológica contida na Constituição aprovadadepois da "Revolução dos Cravos" de 25 de abril de 1974.A votação encerra o período que agitou o país após aqueda do regime salazarista.

Como a revisão da Constituição necessitava demaioria de dois terços, foi fundamental o apoio do Par-tido Socialista (PS), do presidente Mário Soares, o prin-cipal da oposição. Com isso, o primeiro-ministro AníbalCavaco Silva derrubou a última barreira que dificul-tava as reformas econômicas determinadas no açor-do de ingresso de Portugal no Mercado ComumEuropeu.

Foram necessários seis meses de duras negocia-ções para o acordo entre o Partido Social-Democrata(PSD), de centro-direita, atualmente no poder, e o PS.Na verdade, todos os políticos, à exceção dos comunis-tas e dos verdes, que votaram contra, defendiam areforma.

— Com essa revisão acabou a fase da ineficiênciae da incompetência governamental — afirmou osecretário-geral do PS, Jorge Sampaio, considerandoque o partido conseguiu salvaguardar a lei eleitoral,que exige a maioria de dois terços, e os direitos dos tra-balhadores.

Promessa eleitoral do PSD na campanha de julhode 1987, em que Cavaco Silva conquistou confortávelmaioria absoluta, a revisão da Constituição de 1976 eli-mina por completo "a vontade popular de transformarPortugal em uma sociedade sem classes". Também su-prime "a transição para o socialismo,a apropriação co-letiva dos meios de produção e a reforma agrária".

Porém, acima de tudo, ao deixar para trás "o ca-ráter irreversível" das nacionalizações efetuadas apósa revolução de 1974, Cavaco Silva poderá intensificarsua campanha de privatização. O primeiro-ministro játinha conseguido aprovar uma lei autorizando a trans-formação das empresas públicas em sociedades anô-nimas de capitais públicos através da venda de 49 porcento das ações.

O novo texto determina que as privatizações sejamfeitas mediante concorrência pública, operações públi-cas de venda em Bolsa ou mediante subscrições públi-cas. Oplanoé privatizar40empresasnão-financeiras,uma dezena de instituições de crédito e seis segu-radoras.

A nova Constituição, que tende a reduzir "ao mi-nimo indispensável" o peso do Estado na economia, seestende igualmente a outros campos, tais como a re-gionalização, os meios de comunicação social, comoabolição do monopólio do Estado sobre a televisão, asaúde e a educação. Também reduziu o número de de-putados de 250 para 235.

Bush deixa Londresapós reafirmar sua

aliança com ThatcherLondres (AFP) —A primeira-ministra britânica, Mar-

garet Thatcher, e o presidente norte-americano, GeorgeBush, reiteraram ontem à noite em Londres a solidez e pro-fundidade das relações entre a Grã-Bretanha e os EstadosUnidos, durante um jantar em homenagem ao presidentedos EUA.

Washington "poderá contar sempre com a Grã-Bretanha quando houver perigo, quando precisar de nós",declarou Thatcher em um brinde, no qual também enfati-.zou que no que se refere a seu país, "a lealdade aos EUA;é fundamental porque são muitos os valores básicos que te-mos em comum".

Thatcher assegurou a Bush que pode contar com o"apoio total" de Londres para "manter fortes as defesas doocidente" e afirmou que, apesar de querer incentivar as re-formas na URSS, a Grã-Bretanha "sabe que as dificulda-des inerentes a reformas econômicas são enormes".

Bush disse que Thatcher foi "partidária incansável deuma defesa forte e uma moderna força nuclear dissuasiva".

Afirmou que a proposta da organização do Tratado doAtlântico Norte sobre forças convencionais "procura livrara Europa Ocidental da sombra da potência militar so-viética".

Bush concluiu, prestando homenagem emocionado aThatcher, como "uma amiga, uma primeira-ministra quemantém o fio da história".

Almejo com a rainhaLondres (AFP) — O presidente norte-americano Geor-

ge Bush e sua esposa foram deliciados ontem com moussede salmão, pato e sorvete de manga, tudo regado com umChateau Latour, no almoço oferecido pela rainha ElizabethII e pelo príncipe Philip no palácio de Buckingham.

Os Bush, sorridentes, chegaram numa limousine às 13horas em ponto locais no grande portão do palácio, onde fo-ram recebidos pela rainha, vestida com traje de listras azuise brancas.

Depois que a banda dos Scots Guards tocou o "StarSplangled Banner", o hino nacional norte-americano, Bush,acompanhado pelo duque de Edimburgo, passou em revis-ta uma formação de cem guardas da rainha.

A rainha convidou em seguida os Bush a visitarem afamosa galeria de pinturas do palácio, onde figuram gran-des mestres flamengos, franceses e italianos.

A primeira dama dos EUA, vestida de verde esmerai-da, brilhava com seu habitual tríplice colar de pérolas, fal-sas, segundo os jornalistas norte-americanos.

O casal real e seus convidados almoçaram em segui-da no salão de música do palácio, em companhia, entre ou-tras pessoas, da primeira-ministra Margaret Thatcher, deseu marido, Denis, e de Geoffrey Howe, secretário de As-suntos Exteriores.

A carta de vinhos oferecia Gewurztraminer Dopff 1983",um "Chateau Latour 1959" e o famoso "Vinho do Porto 1955"'uma carta quase idêntica a apresentada a Mikhail Gorba-chev, no castelo de Windsor, em abril passado.

Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989 O LIBERAL POLÍCIA 21 o

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y_____v ALBRÁS' CGC-O5.053.020/000.-14

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DOS ACIONISTAS DAALBRÁS ALUMÍNIO BRASILEIRO S/A. 1. LOCAL, DATA E HORA: Nasede da sociedade, na Rua dos Mundurucus n°. 1742, na Cidade deBelém, Estado do Pará, no dia 10 de abril de 1989, às 15:00 horas.2.VMESA: Presidente: Dr. Guilherme César Sarcinelll, • Secretário: :Dr. ISeiji Miyaoka. 3. PRESENÇA E,QjyQRU/y.:,ftftsenteva Sra. Cansuelo.Ribeiro Betzold, representante da acionista, VaLeNORTE;AL'JM(NIOLTDA, e o Sr. Seiji Miyaako, representante da acionista NIPPON AMA-ZON ALUMINIUM COMPANY LIMITED - NAAC, constatando-se,dessa forma, a existência de quorum porá as deliberações que cons-tam da Ordem do Dia. Nos termos do parágrafo 2o. do Artigo 134da Lei n°. 6.404/76, foi dispensado, pela unanimidade dos presentes,o comparecimento do representante dos Auditores Independentes. 4.CONVOCAÇÃO: Feita através de correspondência particular envia-da a todos os acionistas, conforme documentos arquivados na socie-dade. 5. ORDEM DO DIA: 5.1. Relatório da Diretoria, BalançoPatrimonial e demais Demonstrações Financeiras, pertinentes ao exer-cício social encerrado em 31 de dezembro de 1988, juntamente como Parecer do Conselho Consultivo e o Parecer dos Auditores Indepen-dentes; 5.2. j_orreção da expressão monetária do Capital Social, a ca-pifalização da respectiva Reserva, a incorporação da reserva especialao CapilaI Social e a conseqüente alteração do Art. 5o. do EstatutoSocial; 5.3. eleição dos membros da Diretoria; 5.4. fixação da remu-neração dos membros da Diretoria e do Conselho Consultivo. 6. LEI-TURÁ DOS DOCUMENTOS: Foi dispensado, por unanimidade, aleitura do Relatório da Diretoria, das Demonstrações Financeiras, do

'Varecer dos Auditores Independentes e da Proposta da Diretoria paraâumento do Capital Social, tendo em vista que já eram do conheci--fnento dos acionistas. Assim, após debatidos e comentados pelos acio-nistas e pelos Diretores presentes os citados documentos, foramtomadas as deliberações constantes do item 07, a seguir. 7. DELIBE-RAÇÕES APROVADAS POR UNANIMIDADE: 7.1. o Relatório dn Dire-toria e as Demonstrações Financeiras, referentes ao exercfcio encerradoem 31 de dezembro de 1988, como também o Parecer dos AuditoresIndependentes; 7.2. a correção da expressão monetária do CapitalSocial, relativa ao exercício de 1988, no montante de NCz$205.065.201,68 (duzentos e cinco milhões, seiscentos e sessenta e cin-co mil, duzentos e um cruzados novos e sessenta e oito centavos); 7.3.o aumento do Capital Social em NCzS 205.665.161,80 (duzentos e cin-co milhões, seiscentos e sessenta e cinco mil, cento e sessenta e umcruzados novos e oitenta centavos), mediante a incorporação parcialóo Reserva de Corxeção Monetária do Capital Social, permanecendonesta Reserva um saldo de NCz$ 39,91 (trinta e nove cruzados novose noventa e um centavos), para futura utilização, e a incorporação dareserva especial constituída por ocasião da AGE de 21/02/89, no va-lor de NCz$ 38,20 (trinta e oito cruzados novos e vinte centavos), pas-sando o Capital Social de NCz$ 86.431.500,00 (oitenta e seis milhões,quatrocentos e trinta e um mil e quinhentos cruzados novos) para NCz$292.096.700,00 (duzentos e noventa e dois milhões, noventa e seis mil

'e setecentos cruzados novos), com a emissão de novas ações; 7.4. a"conseqüente alteração do Artigo 5o. do Estatuto Social, que passa a'ter a seguinte redação: "Art. 5o. — O Capital Social da sociedade ó

de NCz$ 292.096.700,00 (duzentos e noventa e dois milhões, noven-ta e seis mil e setecentes cruzados novos) representado por 148.969,317(cento e quarenta e oito milhões, novecentos e sessenta e nove mil,trezentos e dezessete) ações ordinárias classe "A" e 143.127.383 (centoe quarenta e três milhões, cento e vinte e sete mil, trezentas e oitentae três) ações ordinárias classe "B", no valor de NCz$ 1,00 (hum cru-zado novo) cada uma. As ações serão representadas por certificadossimples ou múltiplos." 7.5. a reeleição dos membros da Diretoria, Srs.Guilherme César Sarcinelli — Diretor — Presidente, Seiji Miyaoka —Diretor Vice-Presidente, Adailton Silva de Souza — Diretor de Admi-nistração, Tadashi Kure — Diretor de Controle e Planejamento, Elias

'Botelho Coelho dos Santos — Diretor de Construção, Satoru Kaneko— Diretor Técnico, Luiz Cláudio Carneiro da Cunha Borges — DiretorFinanceiro e Comorcial e Maurício José Schettino — Diretor de Ope-ração, todos já anteriormente qualificados, cuja gestão terminará porocasião da Assembléia Geral Ordinária de 1991; 7.6. a fixação da re-muneração mensal dos Diretores, a partir de 01/01/89, tendo como basea maior retribuição paga a empregado da ALBRÁS, acrescida de 20%(vinte por cento). Fica, porém, assegurada aos Diretores que não se-jam empregados da ALBRÁS a opção de receber a título de remune-ração mensal, a retribuição de seu cargo na empresa de origem,acrescida de 20% (vinte por cento). Em qualquer das hipóteses aci-ma, o Diretor deverá manifestar-se, por escrito, quanto à forma de re-cebimento da sua remuneração para todo o exercício de 1989; 7.7.a manutenção do critério de não remunerar as membros do ConselhoConsultivo. 8. DOCUMENTOS: Foram numerados e autenticados pe-Ia mesa, ficando arquivados na sociedade, os documentos a que serefere a alínea "a" do parágrafo Io. do Artigo 130, da Lei 6.404/76.9. FORMA DE LAVRATURA DA ATA: De acordo com o disposto no po-rágrofo Io. do Artigo 130, da Lei 6.404/76, tendo em vista o unânimedeliberação dos presentes, ficando o Secretário autorizado a emitirtantas cópias quantas necessárias ao fiel cumprimento das disposiçõeslegais, em vigor. 10. ENCERRAMENTO: Às 16:00 horas, depois de la-vrada, lida e assinado a ata pelos presentes. Belém, 10 de abril de1989 — Guilherme César Sarcinelli — Presidente, Seiji Miyaoka — Se-cretário, VALENORTE ALUMÍNIO LTDA. — pp. Consuelo Ribeiro Bet-zold, NIPPON AMAZON ALUMINIUM CO. LTDA. - pp. SeijiMiyaoka.ESTA AGO FOI REGISTRADA NA JUCEPA SOB O N? 000568, EM 23.05.89

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|_P| W CKdVrdS Máquinas de escrever - Magnetos - Relógios - Relógio horadator Dimep -Cadeiras - Pneus - Tanques - Armários alumínio - 450 quilos cordoalha aço - Compressores - Ar condicionado

Cofre de parede - Mapoteca - Balança Filizola (a 20 quilos). - 2 grupos geradores Agrale M-80 e M-90 - torrec/144m. n/e

LeiloeiroElzemarin Neves

da preferida AGENCIARua: Manoel Barata 513 - Fone: 223-0440.

No local sinal de 20% — Comissão do leiloeiro mais despesasLicença Jucepa n° 55/89 — Informações c/o leiloeiro.

-VESLiquidação até 48 horas após o leilão

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁSECRETARIA OE ESTADO DA FAZENDA

GUIA DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMComunicamos aos contribuintes do ICM jurisdicio-

nados a esta 9a Região Fiscal, que comercializam comoutros Estados, que se encontram à sua disposição nasede desta Delegacia Regional, à Rodovia BR 316, km13, em Marituba (Ananindeua), bem como nas Agên-cias da Fazenda Estadual da Cidade Nova, leoaracie Soure, as GUIAS DE INFORMAÇÕES E APURA-ÇÃO DO ICM — GIA, de preenchimento obrigatório,e cujo o prazo para devolução expira-se em 05.07.89.

BICHARA FRAIHA NETODELEGADO REGIONAL DA FAZENDA

ESTADUAL - 9a REGIÃO FISCAL

àiítomcnub Governo.HÉUOf%GUEIROSCaminhando é que se encontra o caminho.

CGC/MF N.° 05.442.850/0001-63Aos 25 dias do mês de abril de 1989, às 15:00 horas,

na sede social, reuniu-se o Conselho de Administração doATLAS FRIGORÍFICO S/A., sob a presidência do Sr. OliverMurray Cunningham. O senhor Presidente esclareceu que ca-bia ao Conselho de Administração eleger os Diretores da So-ciedade, com mandato até a próxima Assembléia GeralOrdinária.

Colocada a matéria em votação, foram eleitos para a Di-retoria da Sociedade, com a mesma remuneração do exerci-cio anterior, os senhores OLIVER MURRAY CUNNINGHAM,industriário, RG. n? 2.793.732 - CPF n.° 007.279.540.91,LEOPOLDO COSTA, industriário, RG. n? 4.201.457 CPF n.°140.532.178-49 e JOAQUIM VALENTIM SOLA, contador,RG n.° 3.949.875 CPF n.° 186.282.908-00, todos brasilei-ros, casados, com domicílio na Rua Senador Felício dos San-tos, 392 - Aclimação, São Paulo-SP, eleitos respectivamente,Diretor Presidente, Diretor Superintendente e Diretor sem de-signação específica.

Todas as deliberações foram tomadas unanimemente. Na-da mais havendo a tratar, determinou o senhor Presidente alavratura da presente Ata que, lida e achada em ordem, foipor todos assinada, encerrando-se os trabalho, aa) OliverMurray Cunningham; Ricardo Ribeiro Mira de Assumpção;Christopher Philip Keller;

Declaramos que a presente é cópia fiel.ATLAS FRIGORÍFICO S/A

MINISTÉRIO DA SAÚDEDIVISÃO NACIONAL DE PNEUMOLOGIA SANITÁRIAHOSPITAL JOÃO DE BARROS BARRETO

A Comissão de Licitação designada pelo Diretor do Hospi-tal João de Barros Barreto, sito a Rua Mundurucus, sin?, comuni-ca aos interessados que procederá a abertura de Propostas dasTOMADAS DE PREÇOS abaixo relacionadas no horário de 09:00horas:DIA 16.06.89 - TOMADA DE PREÇOS N? 015/89 - MATE-

RIAL DE LIMPEZADIA 19.06.89 - TOMADA DE PREÇOS NP 016/89 - PRODU-

TOS QUÍMICOSOs interessados deverão comparecer no horário de 08:00 às

15:00 horas, dos dias úteis, MUNIDOS DE CARIMBO DA FIR-MA, para recebimento do Edital e outras informações necessárias.

Belóm, 29 de maio de 1989A COMISSÃO

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO PARÁ

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará, faz saberque, de acordo com as Instruções aprovadas pela Resolução CFM nP1284/89 as eleições do Delegado Eleitor ao Conselho Federal de Me-dicina, serão realizadas nos dias 05 e 06 do julho de 1989, no hora-rio das 08 às 20 horas, nos seguintes locais:a - BELÉM — Av. Generalissimo Doodoro 223 {sede do CRM).b - CASTANHAL — Rua Cônego Leilão 1817 (auditório do IAPAS).c - MARABÁ - Tv. 13 de Maio 403 - Contro (UNIMED).d - SANTARÉM — Av. Presidente Vargas 1606 (Hospital e Matorni-dade Sagrada Família).

O voto será obrigatório para os módicos devidamente inscritose quitas com as unidades ató o momento da votação.

O módico inscrito como "módico militar" eslá impedido de votarnos lermos da Lei 6.681 de 16.08.79.

Belém, 1? de junho do 1989Dr. Alfrodo Carlos Cunha de Oliveira

Presidente

s frigorífico s/a¦__¦__-____¦__¦_¦

CGC/MF N;° 05.442.850/0001-63

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EM 24.04.1989.Aos 24 (vinte e quatro) dias do mês de abril de 1989, às 15:00 horas, no sede da sociedade, no Km 980 da

Rodovia PA-150, Santana do Araguaia, Pará, reuniram-se os acionistas do Atlas Frigorífico S/A, om AssembléiaGeral Ordinária, regularmente convocada através de edital publicado no Diário Oficial do Estado do Pará, e noJornal A Província do Pará, em edições de 12, 13 « 14 de março de 1989. Apás constatar-se hovor "quorum" legal,estando presentes acionistas detentores de mais de 90% do Capital Social com direito a voto, de acordo com asassinaturas no livro de Presença do Acionistas, foi a Assembléia instalada pelo Sr. Oliver Murray Cunningham, acla-mado pelos presentes para presidi-la. Em continuação, o Sr, Presidente convidou a mim Edgard de Assunpção Filhopara secretariar os trabalhos, constituindo-se assim a mesa. O aviso de que trata o artigo 133 da Lei 6.404/76foi suprido pela publicação do balanço no dia 23 de março de 1989, no Diário Oficial do Eslado do Pará e no"O Liberal". A seguir o Sr. Presidente solicitou-me que procedesse a leitura do Edital de Convocação, do seguinteteor: CONVOCAÇÃO — Ficam convocados os acionistas da Companhia para a Assembléia Geral Ordinária quose realizará em 24 de abril de 1989, às 15:00 horas, na sede social, no Km 980, da Rodovia PA-150, Santanado Araguaia, Pará, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia.(A) • Exame, discussão e votação do Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras refe-rentes ao exercfcio social encerrado em 31.12.88;(D) - Aprovação da Correção da Expressão Monetária do Capital Social.Autorizado;(C) - Capitalização da Reserva resultante da Correção Monetária do CapilaI Realizado;(D) • Eleição dos membros do Conselho de Administração da Sociedade e fixação dos honorários dos administradores;(E) - Outros assuntos de interesse da sociedade;

Santana do Araguaia, 10 de Abril de 1989. A Administração. Em seguida, passando ao item "a" da paulada Assembléia, o Sr. Presidente submeteu à apreciação dos presentes o Relatório da Diretoria, o Balanço Patrimo-nial e Demonstrações Financeiras referentes ao exercfcio social encerrado em 31.12.1988. Apás detido exame o dis-cuisflo da matéria, foi a mesma colocada em votação, verificando-se sua aprovação por unanimidade, abs'rndo-sode votar os legalmente impedidos. Deliberou também a Assembléia a adaptar todos os valores ao novo padrãomonetário, o cruzado novo, considerando-se, daqui em diante, ludo expresso naquela unidade monetária. Em so-gulda, passado ao item "b" da ordom do dia, os acionistas, por unanimidade, procederam à correção monetáriado capital autorizado, na forma da lei, aprovando-se a seguinte nova redação do art. 3? dos Estatutos Sociais:"Art. 3." - O Capital Sociol Autorizado é NCZSI21.138.180,00 (cento e vinte e um milhões, cento e trinla e oitomil e cento e oitenta cruzados novos), dividido em 121.138.180 (cento e vinte e um milhões, cento e trinta e oilomil e cento e oitenta) ações nominativas do valor nominal de NCZ$),00 (um cruzado novo) cado, sendo 66.626.000(sessenta e seis milhões, seiscentos e vinte e seis mil) em ações ordinárias; 51.483.730 (cinqüenta e um milhões, qua-trocentos e oitenta e três mil e setecentos e trinta mil) em ações Preferenciais Classe "A"; 1.514.225 (hum milhão,quinhentos e quatorze mil e duzentos e vinte e cinco mil) em ações Preferenciais Classe "B"; 1.514.225 (hum milhão,quinhentos e quatorze mil e duzentos o vinte e cinco mil) em ações Preferenciais Closse "C". Após os debates sobroa matéria os Senhores Acionistas aprovaram por unanimidade, com abstenção dos impedidos legalmente, o aumen-to do Capital Social Autorizado na forma proposta, passando o artigo 3.° do estatuto social a vigorar com a roda-ção acima transcrita." Passando-se ao item "c", os acionistas, também no cumprimento da lei, decidiram capitalizara correção monetária do capital, no valor do NCZS61.386.768,00 (sessenta o um milhões, trezentos e oitenta eseis mil e setecentos e sessenta e oito cruzados novos), passando o capital realizado a ser de NCZ$69.291.759,00(sessenta e nove milhões, duzentos e noventa e um mil e setecentos e cinqüenta e nove cruzados novos) e distribuindo-se novas ações na proporção das já possufdas e dentro das respectivas classes. Passando-se ao item "d", eleiçãodo Conselho de Administração, verificou-se a reeleição do referido Conselho que continua com a mesma formação:Presidente: Oliver Murray Cunningham, brasileiro, casado, industriário, portador da Cédula de Identidade RG. n.°2.793.732 e CPF/MF n? 007.279.540-91, residente na rua Campos n? 53, Vila Inah, São Paulo-SP; Membros: Ri-cardo Ribeiro Mira de Assumpção, brasileiro, casado, advogado, portador da Cédula de Idenltdado RG n° 2.415.825e CPF/MF n.° 033.604.668-53, e OAB/SP n.° 16.349, rosidenlo na ruo Escobar Ortiz n? 320, Vila Nova Conceição,São Paulo-SP e Christopher Philip Keller, britânico, casado, portador da Cédula de Idenlidade para estrangeirosRNE-0000955-5 e CPF/MF n? 103.739.578-66, os quais tomam posse imediata, mediante assinalura nos termosde posse, com a mesma remuneração do exercício anterior. A seguir, o senhor Presidente passou oo item "e" dapauta, concedendo a palavra a quem dela quisesse fazer uso, e nâo havendo manifestação por parte dos presen-les, suspendeu a Assembléia pelo tempo necessário à lavratura do presente ata que lida o achada conformo foiassinada pelo*, acionistas presentes. Os Administradores eleitos nesta assembléia e aqui presentes, declaram paraos efeitos do disposto no inciso III do artigo 38 da Lei n? 4.726 de 13.07.65, bem como do contido no ilem III,do artigo 71 e no item IV do artigo 74 do Decreto n? 57.651 de 19.01.66, oltorodo pelo Decreto n.° 82.482 do24.10.78 e na conformidade do artigo 2? do Decreto n.° 65.404 do 15.12.76, que não estão incursos em nenhumdos crimes previstos em lei, que lhes impeçam de exercer atividade mercantil ou comercial. Santana do Araguaia,24 de abril de 1969. (aa) Oliver Murray Cunningham, Presidente da mesa; Edgord de Assumpção Filho, Secretário.Acionistas Presentes: Por AFRISA COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES LTDA., Vicente Roberto de Andrade Vielri e Lilia-na Faccio. Por S.A. FRIGORÍFICO ANGLO, Oliver Murray Cunningham o Marcílio Aléssio, Oliver Murray Cunning-ham, Ricardo Ribeiro Mira de Assumpção, Christopher Philip Keller. Advogado prosonte: Edgard de AssumpçãoFilho, OAB/SP n.° 76.149. A presente é copio fiel do quo se encontra transcrito no livro próprio.

Sanlana do Araguaia, 24 de abril de 1989.Edgard de Assumpção Filho

OAB/SP N? 76.149Secretário

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'Zeca' está na cadeia.

Assaltantepreso pelo

PatamUma guarnição do Pa-

tam, comandada pelo te-nente Figueiredo, prendeuem flagrante, na madruga-da de ontem, José GouveiaCorrêa, 23 anos, o "Zeca".Junto com o assaltante co-nhecido por "Cara de Ca-valo", "Zeca" estava rou-bando a firma FerragensDuque de Caxias Ltda, lo-calizada na avenida Duquede Caxias, n° 955.

Segundo o registro fei-to na Seccional Urbana daSacramenta, os dois ar-rombaram a porta de estei-ra da firma, e já estavamcolocando vários objetosdentro de um saco de sar-rapilheira, quando passoupelo local a viatura do Pa-tam n° 557. Avisados porpopulares, os policiais cer-caram o local. "Cara deCavalo" conseguiu fugirpelos fundos da firma, mas"Zeca" foi preso e autuadoem flagrante pelo delegadoFarid, na Seccional daSacramenta.

Segundo o tenente Fi-gueiredo, há cerca de trêsmeses "Zeca" e outroscomparsas mataram o pro-prietário do "Super-boxMarajoara", no conjuntoCidade Nova VI.

Policial ferido noatentado a tiros

contra um vereadorRio de Janeiro (AK) — Dois homens tentaram matar

na noite de segunda-feira o vereador carioca, César de Al-meida, do PFL, e acabaram acertando dois tiros no deteti- »ave Lobo, que acompanhava o político. O policial está''1internado em estado grave no hospital Getúlio Vargas, e a <:informação foi confirmada ontem por assessores do verea-¦; Idor. Ele só não morreu, porque os criminosos pareciam ser âmadores e se confundiram com a presença do policial.'1'Paulo César de Almeida, que se elegeu em meio a suspei-";tas de irregularidade, como a distribuição de tickets do pro-grama de leite, não sabe a quem atribuir a tentativa de \

'¦matá-lo. n

Na segunda-feira, o vereador tinha ido à posse do dele-gado Péricles Gonçalves; na 39". D.P., e, como a solenidade 'ia demorar, resolveu dispensar o seu motorista particular,já que o detetive Lobo se ofereceu nnra Ipvá-ln om ca:;_. '¦Mais tarde, quando chegava em casa, no subúrbio cariocade Jardim América, o vereador notou que sua Caravan es-tava estacionada na entrada da garagem, com os fárois ace-sos. Dentro da casa estavam os dois desconhecidos, comuma empregada e o motorista rendidos.

Só que os dois homens não esperaram Paulo César che-gar dentro da casa: quando ele estava no jardim, passa-ram a atirar e erraram. O detetive Lobo, que estava no seucarro, na rua, atirou também, enquanto o vereador conse-guiu fugir correndo, embora estivesse na linha de fogo. Deacordo com o motorista do vereador, os dois criminosos fi-caram muito irritados quando o dominaram e descobriram,'que d vereador não tinha ido com ele. O caso está sendo in- ivestigado pelo delegado Péricles Gonçalves, que é amigo>rípessoa] do vereador. >b

Receita descobreum contrabando de

chiclete de bola

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Santos (AG) — Embarque de caixas de chiclete de bo-'.Ia em navio, para consumo dos tripulantes durante a via-gem, não é novidade no porto de Santos. Mas no caso do,navio angolano "Joaquim Kapago" na noite de anteontem,."¦,dois guardas portuários resolveram fazer a conta: chega- Iram a conclusão de que os 29 angolanos do navio batiamúqualquer recorde mundial, já que teriam de mascar nada >menos que 344 gomas por hora, o que não é brincadeira,; 7mesmo para as melhores mandí bulas. Resultado: tratava-se de contrabando de chiclete e acabou todo mundo napolicia.

O truque foi simples: a empresa Titan, fornecedora dematerial de consumo para navios, registrou na Receita Fe-deral dez caixas de chicletes Ploc e Ping-pong, mas paraconseguirem embarcar o contrabando informaram a quan-tidade correta à administração do porto: dez mil caixa oudois milhões e quatrocentos mil chicletes, que acabariamvendidos com bom lucro no câmbio negro de Luanda, ondea procura é grande e a importação de tal "supérfluo" éproibida.

De quebra foram apreendidas ainda caixas com 40 milpares de sandálias de praia que, segundo os documentos en-tregues na Receita, deveriam ser apenas 40.

Protestos durante oenterro do líder

sindical executado 3

Aracaju (AE) — Diversas manifestações de protestomarcaram ontem o sepultamento do ex-presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores Rurais do Município Sergipanode Cumbe, João Almeida do Nascimento, de 67 anos, mor-to em Aracaju, na madrugada de quarta-feira, com três ti-ros nas costas, pela policia estadual. O ex-sindicalista, quedurante 35 anos exerceu sucessivos mandatos de vereadorem sua cidade, foi morto num dos quartos do hotel Norte-Sul, onde estava hospedado, no centro comercial de Araca-jú, após uma discussão como gerente do estabelecimento,José Vieira dos Santos Filho, que chamou a polícia.

Ao sepultamento, na cidade de Cumbe, a 90 quilôme-tros de Aracaju compareceram cerca de duas mil pessoas,entre as quais o prefeito do município, Manoel FigueiredoAndrade (PL), que decretou luto oficial de três dias na ci-dade e reclamou do governador Antônio Carlos Valadares(PFL) severa punição "para os pistoleiros que se fantasiamde policias".

Em Aracaju, a morte de João Almeida representou naCâmara de Vereadores da capital e na Assembléia Legis-lativa do Estado, onde o vereador Edvaldo Nogueira, (PCdo B) e o deputado Marcelo Dede (PT) condenaram "a bár-bara execução do sindicalista".

O titular da 2". Deleagcia Metropolitana da capital, Ed-son Trindade, que investiga o assassinato, disse que todosos policiais envolvidos no crime (cerca de 40, segundo ele),estão sendo identificados e os responsáveis serão punidos.

Bebê seqüestrado em;Santos já está de «

novo com a famíliajSantos, SP (AG) — A menina Gisele de Melo Rodrigues^,

de 15 dias de idade, que havia sido seqüestrada do Hospitaldos Estivadores, em Santos, na noite de sexta-feira passa-da, foi localizada pela polícia no início da madrugada de,ontem. A criança foi abandonada ao lado de uma banca dejornal no centro de Santos, como resultado da pressão por,"licial, que começava a recolher indícios que poderiam lei;var aos seqüestradores. Para o delegado regional ManoqfRibeiro Júnior será preciso ainda aguardar o resultado daum exame da impressão da planta dos pés da menina etycontrada para se ter certeza absoluta de que se trata mesgmo de Gisele. Apesar disso, não parece mais haver dúvidaêntre os médicos do hospital e mesmo por parte de Vilma^de Melo, mãe da menina, que a reconheceu na manhã d£ontem. .j

O detetive Antônio Barbeiro Neto permaneceu na casftdo soldado Sebastião da Silva Rodrigues, em Cubatão,aguardando telefonemas dos possíveis seqüestradores. Noinício da noite de anteontem um telefonema informou quea criança estaria em uma rua de uma bairro periférico daprópria cidade, o que originou uma intensa mobilização. Nofinal da noite, um outro telefonema informava que a meni-na estaria na rua Frei Gaspar, no centro de Santos. Foi nestesegundo lugar, realmente, que a criança foi localizada, porJosé Augusto dos Anjos e Maria de Fátima dos Santos, quapassavam pelo local e perceberam o choro de Gisele. _

Escapamento de gáse s

mata uma gestante "Rio (AG) — Maria Elizabeth Mendes de Souza, de 19

anos, grávida de sete meses, morreu ontem, num incêndioque destruiu o sobrado localizado na rua do Senado, 283, nocentro. O fogo, que provavelmente foi provocado por esca.ipamento de gás, começou por volta das 11:30 horas e duroupouco mais de trinta minutos. Um carro-pipa, uinautobomba-tanque, um caminhão equipado com escada ma-girus e 60 bombeiros do quartel central, comandados pelomajor Manhães, chegaram ao local em menos de dez mirnutos. No segundo andar do sobrado — no térreo funciona;-va a tenda espírita Pai Benedito das Almas — moravam seisfamílias, com 15 pessoas instaladas em oito quartos, masa maioria conseguiu sair, antes mesmo de os bombeiroschegarem. . ,

A mãe de Maria Elizabeth, Maria Sônia Mendes de A\-meida, estava com ela e mais dois filhos no sobrado quan-do o incêndio começou.

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2*2 POLfCIA O £/fl£ff>U Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

A vítima retornava ao hotel no momento do crime

mercianteCinco desconhecidos assalta-

ram e mataram com um tiro hacabeça, no início da madrugadade hoje, o comerciante David Go-mes Ferreira, 48 anos, divorcia-do, de origem desconhecida. A vi-tima retornava para o hotel Gra-jaú, localizado na rua GasparViana, n° 203, no Centro Comer-ciai de Belém, onde estava hospe-dado, quando foi abordado pelosbandidos, que lhe roubaram, ain-da, uma grossa corrente de ouro,o relógio de pulso e sua carteiraporta cédulas. Segundo testemu-nhas no local do crime, os cincoassaltantes estava reunidos emfrente ao hotel, quando David ca-minha va para casa. Ao percebe-

: rem a presença do comerciante,os elementos foram ao seu encon-tro e efetuaram o assalto, teste-munhado por algumas pessoas,

i que não quiseram dar informa-: ções temendo represália por par-' te dos assaltantes. Algumas dis-

: seram que os bandidos, horas an-¦ tes do assassinato, estavam

acompanhados de prostitutas queí fazem ponto na esquina da rua

Gaspar Viana com a avenida Pre-sidente Vargas.

Os desconhecidos exigiramque David entregasse a correntede ouro e os demais pertences. Avítima ainda chegou a gritar porsocorro. Os bandidos o fizeramcalar com um tiro certeiro na ca-beca.

David caiu na vala e os as-saltantes fugiram tomando o ru-mo da avenida Santo Antônio.Duas viaturas do PatrulhamentoTático Metroplitano (Patam) fo-ram acionadas e chegaram ao lo-cal minutos após o crime. A víti-ma foi socorrida por vizinhos dohotel e policiais do Patam, maschegou sem vida no Pronto Socor-ro Municipal. O proprietário dohotel, Nilton Severino Lima, disseque David era um "excelente hós-pede e que estava de viagem mar-cada para hoje". Ele não soube,porém, informar para onde a víti-ma iria e nem de onde veio. A Po-lícia Militar chegou a fazer bus-cas, mas não encontraram nenhu-ma pista para a captura dos ma-tadores de David.

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I Policiais removem o corpo de David

Corpo de um bebê someno necrotério do HSE

Policiais da Divisão de CrimesContra a Pessoa e da Delegacia doGuamá já estão investigando o de-saparecimento do cadáver de umrecém-nascido do necrotério doHospital dos Servidores do Estado.0 fato foi comunicado à polícia pe-Ia mãe da criança, Neuza CostaSilva, 19 anos, residente na rua doFio, n° 264, no bairro da Guanaba-ra, em Ananindeua.

Conforme o coordenador dePolícia Civil, Luiz Carlos de Carva-lho, Neuza, que é casada com Antô-nio Bentes de Sales, 20 anos, contouque esteve internada na materni-dade do Hospital dos Servidores doEstado, onde há cinco dias deu àluz uma criança. Segundo ela, porcausa de complicações no parto,foi aconselhada pelos médicos a irpara sua residência e voltar depoispara pegar a criança, que ficariasob cuidados médicos.

Anteontem, contou Luiz Carlosde Carvalho, Neuza foi ao HSE vi-sitar a criança, mas foi informadapor uma médica (ainda não identi-ficada) que seu filho havia morrido

horas antes. A médica entregou-lhe um atestato de óbito e disse queo corpo estava no necrotério, quefica nos fundos do hospital. Choca-da com a notícia, Neuza se dirigiuao necrotério, onde não encontrouo cadáver da criança.

Neuza comunicou o desapare-cimento do corpo de seu filho naSecretaria de Estado de SegurançaPública. Ao tomar conhecimentodo fato, o coordenador Luiz Carlosde Carvalho autorizou Neuza a pro-curar o delegado Rafael BezerraNetto, da Divisão de Vigilância Ge-rai (DVG). Rafael Netto levouNeuza e seu marido à Divisão deCrimes Contra a Pessoa, localiza-da na rodovia Júlio César, onde ocaso foi registrado. Policiais daDelegacia do Guamá também es-tão investigando o desaparecimen-to da criança, já que o Hospital dosServidores fica naquela jurisdição.Os policiais estão investigando apossibilidade de o corpo da criançater sido jogado num dos sacos de li-xo do hospital.

^^ „¦ „~ „_. jrti-frfc. jmttãm*. assalto

José Claudionor, o guarda. Daniel Rodrigues. João Bernardo.

Vendedores estavam desviandovárias mercadorias da loja

Quatro vendedores da firmaY. Yamada Ferragens LTDA, noVer-O-Peso, juntamente com umguarda de segurança, faziam par-te de uma quadrilha que vinharoubando materiais daquela lo-ja.Todos foram presos e levados àpresença do delegado EveraldoPaes, no Distrito Central, que osindiciou em inquérito e vai pedir àJustiça a prisão preventiva de to-da a gangue.

Uma bomba d'água foi recu-perada nas mãos de um freguêsque também fazia parte da qua-drilha. O acusado, porém, ao serlevado para a firma, identificouos vendedores desonestos, masconseguiu fugir, deixando o obje-to roubado.

Estão presos no pátio da Cen-trai os vendedores João BernardoRamos, 23 anos, residente na ruaPariquis, 3274; Edmilson Silva, 21anos, avenida José Bonifácio,290; Daniel Cardoso Rodrigues, 27anos, conjunto Jardim Ananin-deua, 167; e o guarda de seguran-ça da firma, José Claudionor Xa-vier Pereira, 22 anos, passagemNossa Senhora de Belém, 35. To-dos deverão prestar depoimentopara esclarecer como vinhamagindo dentro da loja. O roubo demateriais chega a mais de NCz? 5mil. E o delegado Everaldo Paesestá tentando descobrir se há ou-tros funcionários envolvidos nocrime.

Segundo informou o delega-do, há bastante tempo que a dire-ção da firma vinha notando umdesvio de mercadorias, o que le-vou os diretores a agir com maisrigor na fiscalização. Toda a his-tória veio à tona quando o guarda

Acidente gravena rodovia

Pará-MaranhãoUm grave acidente rodoviário

aconteceu ontem na estrada Pará-Maranhão, às proximidades de Guru-pi, limite entre os Estados do Pará eMaranhão. Por volta de 2 horas damadrugada, um caminhão trafegavacom quatro pessoas, um casal e os fi-lhos, quando, numa curva, a porta doveículo abriu e a mulher foi atiradapara fora. Transferida às pressas pa-ra Belém, ela está internada em esta-do grave no PSM.

José Quirino dos Santos 45 anos,sua mulher Itaneyde de Queiroz Tor-res, 26 anos, e dois filhos do casal via-javam da cidade de Caxias, no Mara-nhão, para Belém. Quirino disse queviajava em velocidade normal. Acon-tece que, antes da ponte do Gurupi,em uma curva, o caminhãodesgovernou-se e a porta abriu, pro-vocando a queda de Itaneyde. Ela ain-da rolou para um barranco às mar-gens da pista. No PSM, os médicos in-formaram que Itaneyde perdeu vá-rios dentes e está com suspeita de fra-tura no crânio e nas duas pernas.

Menor atingida por bala perdida

/

Maryluci está internada no PSM.

A menor Maryluci Silva Andrade, 13anos, residente no Bengui, quadra H, n°28, foi baleada à altura do pescoço, an-teontem à tarde, por um desconhecido. Amenor foi atingida no momento em queestava no quintal de sua casa, retirandoroupas do varal.

Socorrida por parentes, a menina foilevada ao Hospital do Pronto SocorroMunicipal; porém, ainda não conseguearticular as palavras, pois a bala afetousuas cordas vocais, segundo informouum enfermeiro do PSM.

Uma tia de Maryluci, que tambémestava no PSM ontem pela manhã, e quepreferiu não se identificar, contou que amenor estavfi no quintal quando, em da-do momento, a mãe dela ouviu um es-tampido e a criança caiu ensangüenta-da. Ela recebeu o tiro à altura do pesco-ço, do lado esquerdo.

O pânico tomou conta da família damenina, que passou a procurar o autordo disparo. Até ontem porém, ninguémsabia quem disparou a arma. A Políciada Marambaia foi acionada mas nadaconseguiu apurar.

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JMpgfe-A bomba d'água recuperada pelo gerente da loja.

de segurança José Claudionor,participando de uma festa, hácerca de 20 dias, já alcoolizado,passou a propalar que "pegavagrana fácil na firma onde estava,pois havia muita jogada".

Acontece que um outro em-pregado da firma, que não tinhaenvolvimento com a transação ilí-cita, estava presente na festa, ou-viu tudo e, no dia seguinte, contoupara o gerente da empresa. An-teontem, outro segurança, de pre-nome Raimundo, que já tinha co-nhecimento do fato e esperavaapenas a oportunidade para fazero flagrante, viu quando um supôs-to freguês, de barba, ali chegou efalou com todos os quatro impli-cados sobre a compra da bombad'água, avaliada em mais deNCz? 200,00. Então, segundo a po-lícia, Daniel fez a venda por ape-nas NCz$ 100,00 e dividiu o dinhei-

ro com os outros, cabendo NCz$30,00 para cada. Edmilson, contu-do, recebeu apenas_NCz$ 10,00,para ficar calado e nao denunciara turma.

No momento em que o com-prador saía da loja, no entanto, osegurança Raimundo o deteve elevou-o até o gerente da loja. Ali,então, ele contou a história eapontou os envolvidos. Porém,aproveitando um descuido do se-gurança, o freguês barbudo con-seguiu, fugir, deixando a bombad'água. O delegado EveraldoPaes foi acionado e, com dois in-vestigadores, compareceu ao lo-cal e efetuou a prisão dos quatrofuncionários.

O delegado Everaldo foi infor-mado pela direção da empresaque já haviam sido desviadas vá-rias mercadorias, entre as quaisestá até um fogão.

Incêndioquase destrói

um galpãoUm incêndio num depósito de

querosene, parafina e outros pro-dutos inflamáveis, localizado narodovia do Coqueiro, passagemCarina, 56, foi controlado a tempopelo Corpo de Bombeiros, ontem,e por pouco não destruiu comple-tamente as instalações da empre-sa. O fogo, segundo informou oproprietário do estabelecimento,"de prenome Ademar, teria come-çado por causa de um curto-circuito nas instalações elétricasdo galpão onde funciona aempresa.

Ademar acionou o Corpo deBombeiros, que foi até o localcom duas equipes, sob o comandodo Io Tenente PM Gama. Em pou-cos minutos, as chamas foram de-beladas, sem atingir as casas demadeira existentes ao lado dogalpão.

A participação dos vizinhosfoi importante, também, segundoinformaram os bombeiros. Combaldes de água, os moradores daárea conseguiram evitar a propa-gação do fogo até a chegada daguarnição militar. Muita gente,contudo, criticou o fato de o em-presário não ter equipamento decombate a incêndios.

Kombi colidecom Del-Rey na

José MalcherUma Kombi que trafegava com

excesso de velocidade chocou-se comum automóvel Del-Rey, na avenidaGovernador José Malcher, por voltadas 17 horas de ontem. O motorista daKombi, que não chegou a ser identifi-cado no local, foi levado por popularespara a Clínica dos Acidentados, ondeficou internado.

O automóvel Del-Rey, placasAK-7814, estava estacionado em fren-te à casa de seu proprietário, na ave-nida Governador José Malcher, entreas travessas 3 de Maio e 14 de Abril. AKombi, placas BN-1404, pertencente àDistribuidora Uliana, chocou-se coma lateral do Del-Rey, atirando-o con-tra um poste de concreto. O Del-Reyficou com as duas laterais e a traseiracompletamente destruídas. A Kombificou com a frente e a lateral direitadanificadas, enquanto seu motoristasofreu vários ferimentos no tórax e nacabeça, a qual bateu no pará-brisa doveículo.

Rapaz ferido a golpes defaca no bairro do Bengui

O jovem Alcides da CostaDias, 18 anos, residente na aveni-da Tavares Bastos, passagem Ga-liléia, 146, foi acusado de tentarestuprar uma criança de cincoanos, filho de seu cunhado. Ao sa-ber da história, o pai do garoto, deprenome Raimundo, aplicou qua-tro facadas em Alcides.

Acompanhado de uma irmã,Alcides procurou o delegado Pau-xis, na Unidade Policial da Ma-rambaia, e contou sua versão. Eledisse que foi detido por fuzileirosnavais quando estava fazendo ne-cessidades fisiológicas num terre-no da Marinha. Os militares, se-gundo Alcides, o acusaram de es-tar violentando um filho menor deRaimundo.

Preso, Alcides foi levado pe-los militares, juntamente com omenor, até a presença de Rai-mundo, o pai. Na polícia, contudo,Alcides negou que estivesse fa-zendo qualquer coisa de anormalcom a criança; na hora em que

conversou com Raimundo, Alei-des chegou a sugerir que o meni-no fosse submetido a exame noInstituto Médico Legal "RenatoChaves". Raimundo, no entanto,preferiu tentar matá-lo, a faca, doque recorrer ao exame.

O atentadoAnteontem, Alcides contou

que saía de casa quando surgiuRaimundo, armado com uma fa-ca. Ele teve que invadir a casa deuma vizinha, para tentar escaparda agressão. Só que Raimundotambém invadiu a casa, espancouAlcides e ainda lhe aplicou quatrofacadas.

Uma irmã da vítima, Mariada Purificação Almeida Dias, dis-se que Raimundo, conhecidotambém como "Pele", é seu eu-nhado e garantiu que seu irmão éinocente. Alcides foi mandado aoIML para exame de corpo de deli-to e a polícia, agora, está procu-rando Raimundo, que deverá serpreso.

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a MAM Um,

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Alcides nega as acusações. Maria, irmã de Alcides.

Raimunda foi à policia.

Domésticaespancada

pelo amanteA doméstica Raimunda Ma-

ria Nascimento, 36 anos, residen-te na passagem Bulgarim, n° 36,procurou ontem a Delegacia daCremação para comunicar que_foi espancada por seu amante, o'pedreiro Florêncio do Nascimen-to Filho, 37 anos. Raimunda disseao delegado que, todas as vezesem que chega bêbado em casaFlorêncio a espanca, e anteontemnão foi diferente.

Ela disse que voltou do traba-lho, por volta das 21 horas, e Fio-rêncio estava em seu quarto, ondeentrou pela janela. Ao abrir a por-ta, contou Raimunda, o pedreiropassou a ofendê-la, chamando-ade adúltera e perguntando porquêchegara àquela hora. Ela respon-deu que estava trabalhando, masFlorêncio, completamente em-briagado, passou a espancá-la asocos e pontapés. Raimunda caiuno chão e foi pisoteada. Segundo avítima, Florêncio a pegou peloscabelos e bateu com seu rostocontra a parede.

Após o espancamento, disse adoméstica, Florêncio foi se escon-der na casa de seus parentes, na.Vila de leoaraci. O delegado Hey-tor Pará Viana já ordenou a pri-são do agressor.

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O UBêÊícnPCRsvo

Jazz fusionda 'Gume' noExperimental

É hoje a estréia da banda "Gume". Ex-piorando o jazz fusion, o grupo se apresen-ta até domingo, sempre às 21 horas, noTeatro Experimental "Waldemar Henri-que". Criada em março do ano passadocom a proposta de divulgar á música in-trumental, a "Gume" identifica sua maisforte expressão no jazz de fusão. No show,o grupo apresentará oito músicas, autoriade seus integrantes. Com a música instru-mental a "Gume" pretende também "me-lhorar o nível de cultura do paraense".

As oito músicas que serão apresenta-das são: "Traça", de Mauro Prado e Már-cio Barradas; "Samba Jazz", de MauroPrado, "Gume", de Mauro Prado e MárcioBarradas; "Ensaio", de Mauro Prado,Márcio Barradas e Eliélson Coelho; "Pa-dani", de Mauro Prado e Manoel Ribeiro;"Bleu", de Márcio Barradas; e "Agente La-ranja", de Márcio Barradas, Calico e Mau-ro Prado.

MúsicosA banda é formada por Mauro Prado

(guitarra, baixo, violão e teclados); Már-cio Barradas (guitarra e baixo); EliélsonCoelho (violão e baixo); Calico (bateria);Manoel Ribeiro (sax); e Marco (tecladose percussão). Mauro Prado participou, em1982, do I Festival do Cesep, e, em 83, ga-nhou o prêmio de melhor arranjo no II Fes-tival do Colég;o Moderno. Em 1983,apresenta-se no III Festival do Colégio Na-zaré; em 86 e 88, participa de um show rea-lizado no Teatro Waldemar Henrique.Desde o ano passado, estuda música noServiço de Atividades Musicais (SAM) daUniversidade Federal do Pará.

Márcio Barradas participou dos showsLumirar (83); Pôr-do-Sol, em Icoaraci(84); com o grupo Agente Laranja, no Fes-tão do Partido Comunista, em São Paulo(86); e do Agente Laranja, em bares de Be-lém (87). Marquinhos estuda violino háquatro anos, e nesse show faz sua primei-ra apresentação em uma banda de jazz.Eliélson iniciou, em 1980, tocando violão.No ano seguinte, passa a tocar cavaquinho,formando, em 82, o grupo "Pau Brasil",juntamente com dois paraenses e um ca-rioca, apresentando-se em várias casasnoturnas da cidade. Com o "Pau Brasil",participou de um show, com sucesso, naColômbia.

O grupo desfez-se em 1986. Eliélsonparte, então, para a carreira individual co-mo compositor, intérprete e violonista,apresentando-se na capital e interior doEstado (Barcarena, Castanhal e outros).Participou, também, de vários festivais(recebendo alguns prêmios) no Maranhão,Santa Catarina, Paraná e Belém. Atual-mente Eliélson faz show nos bares "Axé"e "Canto Luz", em Icoaraci.

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KITm lugar histórico de tec-nologia avançada, depaisagens dóceis, moi-

__ nhos satânicos escuros,variedades que fascinam, excelentesauto-estradas, ferrovias, conexões aé-reas, teatros e clubes noturnos, discote-cas, bares e restaurantes com cabarés,de agradáveis noites numa mesa paradois, em clima romântico". Essa é aidéia preconcebida que a maioria dospovos estrangeiros tem da Grã-Bretanha ou Inglaterra. Porém, nem sóde encantos e sonhos vive esse povo, con-siderado por muitos como bastante hos-pitaleiro. E é isso que mostrará aexposição "Panorama Britânico", queestará aberta ao público de 5 a 16 de ju-nho, no horário das 9 às 12 e das 14 às21 horas, na sede da Cultura Inglesa doPará.

Objetivando promover um constan-te entendimento e apreciação da Grã-Bretanha, que, além de ter todas essascoisas boas é também um país onde mo-ram pessoas comuns e populares, quevivem com modestos salários, a Socie-dade Brasileira de Cultura Inglesa doPará resolveu fazer a exposição que con-ta com 30 painéis. Os trabalhos expôs-tos não estarão à venda, mas servirãopara mostrar, segundo o diretor DílsonTrindade, .que na Inglaterra trabalho elazer andam sempre juntos.

Sonho de todosFazer compras nas lojas chiques de

Knightsbridge, assistir a troca da guar-da no Palácio de Buckingham, ver umabanda de gaiteiros vestidos de saiotesnas Terras Altas da Escócia ou visitarum dos Castelos do País de Gales, paraDílson Trindade, são sonhos de todosque viajam à Grã-Bretanha. Mas eleafirma que o país é muito mais do "que

Um dospainéispresentesna exposiçãoserá'Presença daPolícia noCarnaval deNotting Hill'

tos e sonhoss encanda Grã-Bretanha

isso. E é exatamente o que mostram ospainéis intitulados "Calder Valley"("Vale da Cadeira"); "Standing Stonès"

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("Pedra Padronizada"); "In The Sha-dow ofthe Steel Works" ("A Sombra deTrabalhos"); "London Street in theSnow" ("Rua de Londres sobre a Ne-ve"); "Blackpool" ("Lago Negro");"Pigeon-Fancier" ("Criador de Pom-bos"); "Police Presence at Notting HillCarnival" ("Presença da Polícia no Car-naval de Notting Hill"); "Electionee-ring" ("Comício"); "Mozart Street"("Rua Mozart"); "Two North CountryWoman" ("Duas Mulheres do Norte doPaís"), entre outros.

A exposição "Panorama Britânico",além de Belém, vai percorrer todas ascapitais brasileiras onde há sedes daCultura Inglesa. Os trabalhos expostos,são fotos selecionadas dos melhores fo-tógrafos ingleses, entre eles, Fay God-win, Barry Lewis, lan Berry, R & SGreenhil, Al Vandenberg, Paul Trevor,John Benton Harris, Ed Barber e aPress Association e Camera Press, deLondres.

'Criadorde Pombos'

(acin.a) e'Dia de

Recordação'(lado), que

estão namostra,

serão levadosa todas as

capitaisbrasileiras

onde há sedesda Cultura

Inglesa

O objetivo dabanda é divulgar a

música instrumental

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2 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

Mercado de arteem big alta

No rastro do su de vendas dacoleção de pintura acadêmica doAutomóvel Clube, o leiloeiroEvandro Carneiro bateu seumartelo para a pintura moder-na. O portinari "a chegada dedom João VI ao Brasil", atingiupreço recorde em sala de leilão,por NCz$ 620 mil.

Outro moderno, Guignard,num gênero difícil de ser vendi-do, o retrato, também deixou ossalões do Copa gloriosamente,por NCz$ 41 mil.

E igualmente se registra-ram outros dois acontecimentos

atípicos, para os marchandsbrasileiros: um Antônio Parrei-ras fugindo aos temas brasilei-ros e retratando uma paisagemromana, conseguiu alcançarNCz$ 86 mil, enquanto que umBatista da Costa figurativo foiarrematado por NCz$ 75 mil.

As telas do pintor Sousa Pin-to, "Retorno a Riviera", por NCz$171 mil, e "depois da batalha"deu NCz$ 101 mil, um Visconti"no remanso", por NCz$ 202 mil,e um Cícero Dias, recente, porNCz$ 30 mil.

A

Ibrahim SuedInflação 15% em junhoCirculando pelo Rio, o sr. Jor-

ge Gerdau, numa reunião comempresários siderúrgicos, disseque os industriais do Aço, que nãocolocarem a metade ae sua pro-dução no mercado internacional,correm o risco de operarem novermelho.

Decano da diretoria do FMI,o brasileiro Alexandre Kafka,

aterrissa em Brasília na próximasemana. Se antecipa ao de em-barque do Board da instituição,que vem dimensionar com preci-são, o tamanho do déficit públicoe do rombo das contas do tesouro.

A crise no governo federal éseria e a inflação deve emplacaruns 15%, agora em junho, too-bad.

Ordem de Avis a mais antigaUma das mais antigas ordens

portuguesas, a de Avis, concedidapelo governo português para home-nagear feitos militares de grandesignificado, foi concedida, pelo em-baixador de Portugal, sr. Adriano deCarvalho, aos ministros Leônidas Pi-res Gonçalves, Otávio Moreira Limae Henrique Sabóia, durante um ele-gante jantar em Brasília.

Coube o ministro Henrique Sa-bóia, por representar a Força Mili-tar mais antiga, responder aoemocionado speech do embaixador

português, no qual, sempre entre-meando com exemplos históricos, osr. Adriano discorreu sobre a tradi-ção dos militares em resguardar ahistória do Brasil.

As sras. Doris Pires Gonçalves,Anna Moreira Lima e Rose Sabóia,também degustaram uma galinhaao molho pardo, bem brasileira e umbacalhau d'alem mar, com natas, emais um pudim de claras, regadosao tinto marques de soveral, de 67,mas um porto do instituto do vinho.

De olho em 1992O presidente do BC, sr. Elmo Ca-

mões, seguindo hoje to Madri: par-ticipa de um Seminário MonetárioInternacional e, paralelamente, deum encontro com todos os presiden-tes do BC do mundo ocidental.

De lá, Elmo também estica emLisboa, onde, com o governador dobanco de Portugal, sr. José levaresMoreira, vai dar os últimos retoquesno convênio assinado pelos dois pai-ses, no valor de US$ 400 milhões pa-ra permitir a introdução de

empresas brasileiras em Portugal evice-versa.

O embaixador do Canadá, JohnPeter Bell, gostou do torneio de tê-nis do Rio e para garantir sua reali-zação em Brasília, vai oferecer umalmoço dia 6 de junho ao sr. JulianoTavares e sua equipe, com a presen-ça de vários embaixadores paraapoiarem o evento internacional e,por sua vez, animarem um pouco osares de Brasília.

Niver de sua majestadePara comemorar o niver de

sua majestade e rainha Eliza-beth II, o cônsul de SP e sra. Ro-nald Harrison recebem para umvinho de honra no próximo dia 9.Aqui no Rio a data será come-morada com uma recepção nodia 16 na residência do cônsul e

sra. Roger Hart.O sr. Fernando Collor está

precisando de um redutor políti-co (conselheiro)...

E o sr. Brizola na teve, estámesmo parecendo, como disse osr. Roberto Campos, padre queesqueceu o sermão...

Embaixador soviético vai receberpara jantar os congressistas

Lopes Pontes fala sobre fígadoElsimar do controle de natalidade

+ ü mercado de arte acadê-mica está em alta mesmo: umnu de Pedro Américo, foi vendi-do em São Paulo por NCz$ 320mil, pelo marchand Renato Ma-galhães.

DD-f O embaixador soviético esra. Leonid Kuzmin vão abrirseus salões para recepcionar amissão de parlamentares de seupaís que está chegando.

DD+ O professor Elsimar Cou-

tinho, falando sobre o controle denatalidade na Bahia: "de cadacem, apenas um faz vasectomia,que não doi e não deixa ninguémimpotente".

DD+ "A economia vai bem. Os

balanços idem", diz o sr. AntonioErmirio de Moraes, locomotivada indústria. Mas o resto pare-ce guitarra para coruja dormir.O professor Ornar da Rosa San-tos e o novo membro titular daA.N.M.

DD+ O professor Lopes Pontes

vai dar um curso na academiade medicina sobre "a possibili-

dade atual da cirurgia dofígado".

DD+ O sr. Jacobina Lacombe,

organiza um seminário sobre"economia e finanças da repúbli-ca", no Instituto Histórico e Geo-gráfico.

DD+ A sra. Terezinha e o coro-

nel Antonio João, são avós pelaprimeira vez: nasceu NormanGabriel, filho de Maria Cristinae Norman Pedgin.

DD+ O professor Antonio Luiz

de Medina e Carmen, estão nosStates, ele para estudos emHoustonj sobre cirurgia vascu-lar, e aproveitando o niver deCarmen para esticar alguns diasen NY.

DD+ 0 professor.Flavio Rot-

man está inaugurando 6 ls Cen-tro Brasileiro de MedicinaAlimento em Miguel Pereira.

DD+ Poesia: teus olhos pare-cem desembainhar sabres e

brandir punhais. Eu volto.

5? Bienal Nestléde Literatura

Desde o lançamento da Ia Bienal de Literatu-ra Brasileira em 1981, seus organizadores vêm sen-do instados pelos participantes a levar aculminância do evento - quando são realizados se-minários durante uma semana - para os anos ím-pares, de forma a afastá-la da época em que aCâmara Brasileira do Livro promove a Bienal In-ternacional do Livro, também em São Paulo. Istoporque, para pessoas de outros Estados da Fede-ração, torna-se difícil participar das duas bienais,por impedimento pessoal ou profissional e pelosônus elevado que duas viagens consecutivas a SãoPaulo acarretam.

Levantamento procedido após os semináriosque encerraram a 4a Bienal Nestlé de LiteraturaBrasileira indicou que somente três Estados da Fe-deração - os mais distantes de São Paulo - nãofiguram como ponto de origem dos participantes.

Esse fato, aliado à comemoração, em 1991, de70 anos da Nestlé no Brasil e de 125 anos no mun-do, levou a Fundação Nestlé de Cultura a progra-mar a 5° Bienal Nestlé de Literatura Brasileirapara julho de 1991.

Sob a supervisão geral de Iraty Ramos e acoordenação de Ricardo Ramos, Bella Josef, Jo-sé Paulo Paes e Vivina de Assis Viana, a 5a Bie-nal será lançada este ano, com a divulgação, breve,do regulamento do seu concurso literário e dois se-minários universitários no Recife e em Porto Ale-gre, tendo como tema principal a obra de Machadode Assis, cujo sesquicentenário de nascimentoocorre neste ano de 1989.

O programa da Fundação Nestlé de Culturaprevê, ainda, a promoção, em 1990, de outros se-minários no âmbito universitário, que irão aque-cer a realização da 5a Bienal, em julho de 1991.

Livro didáticosobre a Amazônia

O primeiro livro didático sobre a Amazônia para alu-nos de 2° grau será lançado hoje, no 'hall' Ismael Néry .do Centur, às Uh.

O livro "Estudos e Problemas Amazônicos" é um tra-balho pioneiro, reunindo textos de vários estudiosos queao longo dos anos vêm pesquisando sobre a Amazônia edetectando os seus principais problemas.

O livro visa principalmente dotar os professores de2° grau de um material didático crítico e reflexivo sobreos problemas amazônicos, além de ir ao encontro das pro-postas da Secretária de Estado de Educação de melho-rar a qualiade no ensino público.

As dificuldades decorrentes da ausência de livros co-mo aqueles vai desde a reunião de textos, dispersos eminstituições públicas e privadas, até a linguagem, quemuitas vezes não é acessível ao estudante de 2° grau. Olivro "Estudos e Problemas Amazônicos" 'preenche es-sa lacuna, reunindo em um mesmo livro textos que tra-tam de assuntos polêmicos como a questão de terra,questão ecológica na Amazônia, questão indígena, a ur-banização, os recursos naturais etc... Tbdos, com uma lin-guagem acessível a professores e alunos. O livrosubsidiará os professores em seus debates em sala de au-la, mantendo-o bem informado sobre a nossa região epossibilitando-o ministrar aulas que levem a uma postu-ra crítica frente relevantes questões, como os grandesprojetos implantados ou a serem implantados naAmazônia.

O livro é fruto de um trabalho conjunto entre a Se-duc e o Idesp e contará, em seu lançamento, com a pre-sença do governador do Estado, Hélio Gueiros, dasecretária de Estado de Educação, Therezinha Gueirose pessoas ligadas às áreas de educação, cultura epesquisa.

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SESSÃO DA TARDEEM BUSCA DE UM FILHO

14:20

m\Titulo Original: To

/Finf My Son No-cionalidade: Ameri-can (TV) Ano deProdução: 1980. Di-

}> reção. Delbert Mann.Elenco: Richard Thomas, Justin Dana,

Molly Cheek, Julie Cobb, Allyn AnnMcLerie, Royse Wallace.

Dave Benjamin (Thomas) deixa seuemprego em Chicago e volta para suapequena cidade natal indeciso ainda so-

bre que rumo dar à sua vida. Por curió-sidade, Dave visita um orfanato e decideparticipar como voluntário do programade recreação para as crianças. Em seuprimeiro dia ele mergulha na piscina pa-ra salvar o pequeno Tommy (Dana), umacriança com problemas de fala. Após ai-gum tempo, a amizade entre Tommy eDave cresce e este planeja adotar o ga-roto, encontrando grande resistência porparte das autoridades. Cor. 96'.

CORUJÃO IO BURACO DA AGULHA

Título Original: Eyeof the Needle.

__. Nacionalidade: Ame-ricana. Ano de Pro-dução: 1981.Direção: Richard

Marquand. Elenco: Donald Sutherland,Kate Nelligan, Stephen MacKenna, Phi-Up Martin Brown, Christopher Cazeno-ve, lan Bannen, Rupert Prazer, GeorgeBelbin, Faith Brook, Barbara Graley, Ar-thur Lovegrove, Colin Rix.

Durante a II Guerra Mundial, Faber

(Sutherland), o melhor, mais inteligentee frio agente secreto, descobre que existeum plano das tropas aliadas de invadira Europa. Quando em missão para des-vendar maiores informações sobre a in-vasão, Faber sofre um acidente e vai darnuma ilha na costa escoceso. Í.Ó é rece-bido por Lucy (Nelligan), a mulher de umex-soldado, David (Cazenove), agoraparalítico. Enquanto tenta escapar pa-ra concluir sua tarefa, Faber acaba seenvolvendo romanticamente com a sen-suai e interessante Lucy. Cor 111'.

CORUJÃO IIMEU PECADO FOI NASCER

02:30 \Titulo Original:^JBand of Angels

^9H Nacionalidade: Ame-mSf ricana. Ano de Pro-

jJwW dução: 7957.nji.E Direção: RaouldWalsh. Elenco: Clark Gable, Yvonne De

Cario, Sidney Poitier, Efrem Zimbalist Jr.,Patrick Knowles, Rex Reason, Torin That-cher, Andréa King, Ray Teal, Russ Evans,Carolle Drake, Raymond Bailey, TommieMoore.

Pouco antes da Guerra Civil ameri-cana, no Kentucky, a bela Amantha Starr(De Cario), após a morte de seu pai, lo-ma conhecimento de que não só está ar-ruinada como também é mestiça. Oparentesco com negros faz com que elaseja considerada uma escrava e assimela é vendida no mercado. Para sua sor-te, quem compra sua posse é o educa-do Hamish Bond (Gable) por quem elase apaixona. Cor 127'.15)

TV UBERALVeículo do Sistema Romulo Maiorana de Comunicação.

HoróscopoARIES (de 21/0_ a 20/04) Regente: Marte0 trabalho está uma fonte de realização.Mas não exagere, pois se você se obstinaratrás da perfeição, acabará ficando mal-humorado e sem disposição para curtir ascoisas mais leves da vida. Além disso, ofim de semana está ai. Procure relaxar.

fjpr-n -%u-iiii naayr \

lLsh~zzJ<^J^y-ATOURO (de21/04 a 20/05) Regente: Vênus.Dia sem muitas novidades, a não ser no se-tor afetivo. Nesta área você está cansadoda rotina das emoções. Agora, você quermomentos inesquecíveis, e se a pessoaamada não for no mínimo fascinante podeficar super entediada. Seja fascinante vo-cê, que o outro acompanha.

GÊMEOS (de 21/05 a 20/06) Regente: Mer-cúrio. Mercúrio volta ao signo de Touro,dando mais construtividade e firmeza àssuas ações. Sua tendência natural á inde-cisão diminui um pouco, e você se preocu-pa em reter alguma coisa para o futuro;em construir um mundo concreto para vo-cê de acordo com as suas idéias.

Ii_i___-__-iíSÍíPSTííCîí

CÂNCER (de 21/06 a 22/07) Regente: LuaA Lua sai de um aspecto com Plutão e en-tra na vibração de Marte. As vezes, sua ca-beca parece que vai estourar, mas vocêtambém pode aprender um pouco sobre otempo que se perde com frescuras e auto-comiseração. Aprenda a ser rude quandofor necessário.

HP^ \r jM I ' '¦

LEÃO (de 23/07 a 22/08) Regente: Sol. In-quietude e sentimento de inferioridade po-üem azedar o seu dia. Ações desconexas edificuldade de chegar ao objetivo farãocom que você divida a sua capacidade eeficiência. E você acha a ineficiência o fimda picada. Não se incomode, é passageiro.

VIRGEM (de 23/08 a 22/09) Regente: Mer-cúrio. Tendência geral romântica, a ima-ginação está liberada assim como aintuição. Você está querendo carinho eaconchego, portanto, seja carinhoso com apessoa amada, e coloque-se à disposiçãodos carinhos dela. Evite lugares cheios etumultuados.

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LIBRA (de23/09 a 22/10) Regente: Vênus.Os librianos estão um pouco agitados, prin-cipalmente os nativos do segundo decana-to. Nesta fase, devem cultivar a moderaçãoem todos os sentidos, para não terem o queconsertar depois. Devem ter muita calmadentro do casamento e procurar soluçõescriativas para os seus problemas.

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ESCORPÍÃO (de 23/10 a 21/11) Regente:Plutão. Marte continua em aspecto com omisterioso Plutão, trazendo uma fase de lu-cidez ou então de loucura. Os escorpiõesmais conservadores poderão se sentir sobpressão de estranhos pensamentos ou sen-timentos, e devem tentar controlar umatendência para a crueldade mental.

\Sw$B5/=-/m/>.—--—/ZiSAGITÁRIO (de 22/11 a 21/12) Regente: Jú-piter. Momento muito estimulante para osnativos deste signo; mente clara e original,cheia de idéias realmente novas. 'Icndên-cia à atividade intensa, procurando novosmodos de se expressar. Não esqueça, po-rém, de que o físico tem seus limites, e queo ritmo e fundamental.

CAPRICÓRNIO (de 22/12a 20/01) Regen-te: Saturno. Momento de inquietação. Tu-do parece um pouco morno. Brilhantes'idéias circulam pela sua cabeça, e não cus-ta nada dar-lhes um pouco de atenção. Vo-cê tem uma certa desconfiança das coisasnovas, pois não parecem muito confiáveis.Mas, agora, vale a pena conferir.

AQUÁRIO (de 21/01 a 19/02) Regente: Ura-no. Astral tenso. Se você ficar muito im-pressionado poderá ter a sensação de queo chão saiu debaixo dos seus pes; que fi-cou escuro, ou então que não sabe mais es-tá amarrado o seu umbigo. Não tente lutarfrontalmente com forcas da natureza.

PEIXES (de 20/02 a 20/03) Regente: Ne-tuno. Tendência para um comportamentoum tanto excêntrico. Você deve se permi-tir um momento de loucura, em que vocênão vai agir conforme o que era esperado.Para isso, terá que espantar a timidez e omedo de ser rejeitado.

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Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989 O Í/BFMI CADERNO DOIS 3

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Hoje, grande show de Sandrade Sá no Iate Clube

Os associados do Iate Clube do Pará,nesta sexta-feira, dia 03, estarão participan-do de mais um grande acontecimento, na vi-da social da elegante agremiação, muitobem dirigida pelo comodoro Romulo Maio-rana Júnior.

A grande atração artística do jantardançante do Iate Clube será o sensacionalshow da grande cantora Sandra de Sá, semdúvida um dos maiores nomes da músicabrasileira. Sandra, com sua voz maravilho-sa e repertório de músicas selecionadas, por

certo será muito aplaudida pelos associadosiatistas (adultos e jovens).

O grande show de Sandra de Sá realiza-se no amplo salão de bailes. É grande a pro-cura de camarotes e mesas, por parte dosassociados, todos desejosos de ouvir a gran-de cantora que interpretará as músicas deseu último LP, entre elas: Bye, Bye, Triste-za, Amanhã, Alma Gêmea, Meu Erro, Na-da Depois, Mil Motivos, Sai Desta e muitosoutros sucessos. Vai ser um show im-perdi vel.

Michelle, 15 anosCompletando 15 anos, hoje, a en-

cantadora ternurinha Michelle Mayu-mi Yokoyama, destaque da sociedademoça da terra, filha do casal amigo Ar-thur e Vera Yokoyama. O evento serácomemorado com missa em ação degraças às 20:30 horas na Capela do Co-légio Nazaré. A partir das 22 horas, nossalões da Associação dos Antigos Alu-nos Maristas (AAAM) Michelle, ao la-do de seus pais, oferecerá aos seusconvidados elegante recepção dançan-te. O traje é esporte fino.

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Isaac SoaresSeresta no Círculo Militar

Os associados do Círculo Militar deBelém estarão participando, hoje, demais uma noite agradável nos salões dasede social do Forte do Castelo.Denomina-se "A Seresta da Fogueira",sob o comando musical do excelente con-junto "Pororoca" e a canora revelaçãoSoraya, e outras agradáveis surpresas.

A diretoria do Círculo Militar de Be-

lém, à frente o dinâmico presidente co-ronel Almeida e Silva, numa deferênciaespecial â comissão executiva da Adesg(Associação dos Diplomados da EscolaSuperior de Guerra) permitirá o ingres-so dos adesguianos (como convidados)na "Seresta da Fogueira" munidos desuas carteiras.

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Michelle Ferromenageada).

Silva (ho-

Michelle feliz ao lado de sua mãe Gilda Ferro e Silva e fami-liares.

A despedida desolteira de Michelle

Com a presença do círculo de amiza-

de dos pais dos noivos, terça-feira úl-tima, realizou-se no final da tarde, a des-pedida de solteira da bonita MicheleSilva Ferro e Silva, filha de Gilka e Car-los Alberto Ferro e Silva, que no próxi-mo dia 30 de junho estará se tornando

senhora Carlos Eduardo Menezes, filhodo senador João Menezes. O encontro fe-minino realizou-se na residência dospais da noiva, com o buffet organizadopor dona Gilka e merecendo elogios dassenhoras presentes.

NATSQuem está em nat, hoje, é o tigrão

das ternurinhas de Belém, José Cláu-dio dos Santos Marques, um dos maiscobiçados solteirões. A noite em seuapê, vai receber os amigos para umagrande festa em comemoração aos 30anos bem vividos.

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Aniversariou, ontem, o pecuaristaMário Meireles, grande figura huma-na, destaque da classe e homem de so-ciedade. O evento foi comemorado naintimidade ao lado da esposa Betânia

dos filhos.

B colaboraCom recursos do Fundo de Desen-

volvimento às Comunidades, a presi-dência do Banco do Brasil aprovou doisprojetos a serem financiados para me-lhoria da produção agropecuária, con-dições de saúde, transporte e aumentoda renda familiar. Destinam-se às vi-las de Cotijuba, em Belém e Curupai-ti, em Bragança.

Os recursos serão administradospelos centros comunitários dessas vi-las, que vão poder construir suas sedes,posto médico, olaria comunitária, ar-mazéns, comprar trator, embarcação,casa de fabrico de farinha, e implan-tar horta comunitária.

AcontecimentosBaile das Flores — A Associação Cris-

tã Feminina realiza hoje, na sede da ASALP,o seu tradicional "Baile das Flores" sob ocomando musical do excelente conjunto deOrlando Pereira. A receita reverterá em be-nefício das obras assistenciais da ACF, soba direção da dinâmica presidente AbileneLandô.

....x.x.x.x....Academia Bela Forma — Estiveram em

O LIBERAL as bonitas jovens Mônica Cer-queira, Elza Reis e Zurema Hcnriques, for-mando a comissão para divulgar areinauguração da Academia Bela Forma,que retoma suas atividades na sede socialdos Irmãos Maristas, sob a direção dos pro-fessores Rui Guilherme e Luiz Bitencourt.

....x.x.x.x....Vai até 15 de agosto o prazo para inseri-

ções de trabalhos no Concurso Nacional doInvento Brasileiro — prêmio Governador doEstado —, promovido pelo Serviço Estadualde Assistência aos Inventores (Sedai). Asnormas que regem o concurso estão conti-das em resolução baixada pelo secretário daCiência, Ttecnologia e Desenvolvimento Eco-nômico, Luiz Gonzaga Belluzzo, e publica-da na edição de ontem do "Diário Oficial"do Estado de São Paulo.

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XO "nat" de Halorna

A "moranguinho" Halorna Henilzada Silva Costa, filha do casal Nilza eHenrique Duarte, comemorou o seu na-talício, com elegante chá, no aprazívelrestautante 1900 do Equatorial Hotel,com a presença de um grupo de ami-guinhas mais chegadas. (Foto de Rei-naldo Silva Jr.).

Almoço doGrupo de Ouro

Será amanhã na boite da AssembléiaParaense, na sede social da Praça da Re-pública, a primeira reuniao-almoço, danova diretoria do Grupo de Ouro, recém-eleita e empossada, à frente o presidenteBichara Fraiha Neto, com início às 12:00horas. Várias atrações marcarão o almo-ço que terá início às 12:00 horas.

O presidente Bichara Frahia Neto, eos diretores José Damaso de Carvalho,Antônio Bilório Carreteiro Sanches e San-doval Godinho da Silva, estiveram, ontem,em O LIBERAL, para convidar a senho-ra Déa Maiorana, diretora-presidente doSistema Romulo Maiorana de Comunica-ção, para comunicar a posse e, também,para o almoço. Dona Déa agradeceu oconvite.

Domingo festivono Pinheirense

O Pinheirense, valorosa agremiaçãosócio-esportiva de leoaraci, estará nestedomingo apresentando ao seu quadro so-ciai, o espaço onde começa a ser erguidasua tão sonhada sede campestre, agorauma realidade. O associado do "Generalda Vila", na ocasião, já terá à sua dispo-sição duas piscinas de água mineral, cam-po de futebol, bar, além de um amploestacionamento interno e gigantesco áreade camping.

A partir de agora, portanto, a socie-dade icoaraciense passará a dispor des-ta grande área de lazer para seus fins desemana, que só tem a engrandecer o pa-trimônio e a história do Pinheirense.

José Croelhas, dinâmico diretor so-ciai do Pinheirense, comemora neste do-mingo mais um aniversário natalicio. Porconseguinte, estará recebendo inúmerosvotos de parabéns e felicidades durante aapresentação da sede campestre de seuClube ao quadro social, quando oferece-rá a seus pares de diretoria e amigos umasuculenta peixada.

Lima Duarte na AlbrásA diretoria da Albrás está realizando

uma intensa programação, em comemo-ração a "Semana do Meio Ambiente" e es-tara realizando, neste sábado, no ginásiode esportes do Cabana Clube, em Vila dosCabanos, uma promoção variada e que,por certo, será do agrado dos associadoscabanenses.

O astro da rede Globo, Lima Duarte,o prefeito da cidade de Tangará, na nove-Ia "O Salvador da Pátria" estará se apre-sentando, contando suas estórias caipiras.Logo após, os músicos Vital Lima e Nil-son Chaves cantam e tocam para o públi-co presente.

Para terminar a noite, o Cabana Clu-be, realiza um movimentado baile, com aorquestra de Orlando Pereira.

Posse, jantar e homenagensA Associação Industrial de Castanhal

empossa, hoje, a sua nova diretoria emmeio a um íantar no restaurante BeerHouse, em Castanhal. Na ocasião, serãoentregues os prêmios de Indústria do Anoà "Proppec Mineralização S.A" e indus-

trial do ano ao empresário Paulo Costa.Dirigentes de entidades de classe e figu-ras de destaque da sociedade castanha-lense, estarão presentes aoacontecimento.

Acontecendo Reuniões de jovensSerá hoje à noite no Centur, a possedo novo presidente da Federação Nacio-

nal dos Trabalhadores no Comércio de Mi-nérios e Derivados de Petróleo, oparaense Theobaldo Sarmento, presidentedo sindicato do setor em Belém. Paraprestigiar a posse de Sarmento, e toda anova direção da Federação, vem a Belémo presidente da federação patronal do se-tor, Luiz Gil Siuffo Pereira.

....x.x.x.x....Vai ser no próximo dia 06, o almoço

com que as diretorias da Federação eCentro do Comércio homenagearão o ca-sal Johan Von Gernet e Rosemary VonGernet. O simpático casal diplomata es-tara naquela ocasião em visita oficial aBelém e vai à FCEP ouvir o que os em-presários podem oferecer para venda àÁfrica do Sul.

Noite Tropical — No Cassino dos Ofi-ciais da Aeronáutica de Belém, amanhã,a partir das 10 horas, uni grupo de estu-dantes à frente Geraldo Campos e Ceei-lia Azevedo, estarão promovendoanimada festa dançante denominada"Noite Tropical". Na ocasião haverá umdesfile de modas, com a participação dosmanequins Cecília, Angélica, Edilene,Marlene, Nazaré, Sílvia, Manoel, Renato,Sílvio e outros mais.

....x.x.x.x....Noite Tropicaliente — É outra pedi-

da agradável, a realizar-se logo mais às22 horas, à borda da piscina do Hotel VilaRica, lendo como atração a escolha daMiss Biquíni Nota 10, com a coordenaçãocie Beto Queiroz e colaboração de ModasTropical. Grato pelo convite.

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A bonitaKarla deCarvalhoe Silva,muitoquerida nomeio dajovemguarda,fazendosucesso nosfins desemana naAssembléiaParaense(Foto deAluízioDopazo)

Festa doInterior no COPM

Outro acontecimento de destaque danoite de hoje, éa "Festa do Interior"pro-movida pelo Clube dos Oficiais da PolíciaMilitar do Pará, a ser realizada nos salõesda sede social-campestre no km 12 daBR-316.

Na ocasião, duas atrações: apresenta-ção das Favoritas do 3o BPM (Santarém),4" BPM (Marabá), 5" BPM (Castanhal),1^ CIPM iTucuruí) e2* CIPM (Conceiçãodo Araguaia). Comenta-se que são todas"tigresas"pra ninguém botar defeito.

Outro destaque será o musical do Gru-po de Danças da professora Clara Pinto. Afesta terá inicio às 23 horas, com traje es-porte e a animação a cargo da Banda ShowFontoura. Vai ser uma boa pedida.

Show de Lucinha,na AABB

A boite refrigerada da sede social-campestre da Associação Atlética Bancodo Brasil de Belém do Pará, na rodoviaBR-316, vai ser palco hoje, de um grandeshow, com a presença da consagrada can-tora conterrânea Lucinha Bastos que, comsua voz maravilhosa, está conquistando es-paço no eixo São Paulo/Rio.

Luciana, já selecionou as melhoresmúsicas de seu repertório para interpreta-las em homenagem aos associados daAABB.

Vai ser boa pedida. A diretoria da va-lorosa agremiação dos funcionários doBanco do Brasil, em Belém do Pará, ulti-mando as providências para o brilho maiordo evento. Bola pra frente, presidente Ha-roldo Vieira.

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Os noivos Sonira Rinel e João Carlos felizes oo lado dos pais (Foto de Mário Barbosa)

0 casamento de Sonira e João CarlosJoão Carlos Costa Borges e Sônia

Rinel são marido e mulher. Casaramsexta-feira última, em cerimônia rea-lizada, às 19:30 horas, na igreja do Ro-sário da Campina. A noiva filha docasal Arinos Rodrigues dos Santos e

Lenir Bahia Xavier dos Santos, e o noi-vo, filho de João Borges Filho e LuziaCosta Borges. Sônia e João Carlos re-cepcionaram os conwdados no Requin-te, com buffet gabaritado; presente ocírculo de amizade dos pais dos noivos.

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Espetáculo de dançaNo Teatro Margarida Schiwazzappa, do

Centur, prossegue hoje e amanhã o belo es-petáculo denominado "Cartas, Canções ePalavras" (Dança Contemporânea) do Gru-po de Dança Stúdio B, sob a direção da ta-lentosa professora Bonina Bemerguy,destacado valor artístico da terra. O espe-táculo terá início às 21:00 horas. O espeta-culo está merecendo elogios do público quecompareceu ontem ao Margarida Schi-wazzappa.

Chá-de-panelaA bonita Jacqueline Homci Paes, fi-

lha de Francisco e Linda Paes, que vai ca-sar com o jovem Haroldo da CostaMendes, filho de Raimundo BandeiraMendes e Dúbia Mendes, será homena-geada hoje, com concorrido "chá-de-panela" ao final da tarde, no salão de re-cepções do Ed. Palazzo Verona. (Foto deArmando Sarubbi).

0 arraia da Luana LéaCompletando hoje, três aninhos, a

bonita Luana Léo Cabral Mello, que játem bossa de futura "miss", filha do ca-sal dr. Orlando José Alves Mello e Lua-na Léo Cabral Mello. A festa mirim deLuana será realizada, ao final da tar-de, na bela residência dos avós ma ter-nos, Alfredo e Léa Cabral, onde estáarmado o arraial junino da aniversá-riante. O "rebu"no terreiro dos Cabralterá início às 19:00 horas, com a presen-ça das amiguinhas.

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Câmara JúniorEm recente encontro da Câmara

Júnior de Belém, a bonita vice-

presidente, Rebecca Hesketh aparececercada pelos "tigres" Ronaldo Pernam-buco, Milton Yuki (da Câmara JúniorBrasil-Japão, de São Paulo), AlexandreXerfan e Aldo Costa.

4 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

-Cláudia Alvares

MichaelKeaton comoo fantasma"Beetlejuice'em "OsFantasmasse Divertem",O filmefoi lançadoem maiopela WarnerHome Vídeo.

'"-.-,.'¦ s': I^^J^^j^^^^^^^^VM^-^mmmm^'^'-^"'*'' *T3_^M ¦U-..-1-. Vídeo FilmeiEU VI QUE FOI VOCÊ...

E EU SEI QUEM VOCÊ É.("I Saw What You Did...

And I Know Who You Are")Estados Unidos, 1988. Direção de

Fred Walton. Com Shawnee Smith,1_mmy Lauren, Robert Carradine, Da-vid Carradine. CIC.

Originalmente feito para a televi-são. Trata-se de uma refilmagem deum "thriller" policial exibido no circui-to comercial de cinema do Brasil, porvolta dos anos 60, com o nome de '4_uSei Que Foi Você".

A história é basicamente a mes-ma: duas amigas adolescentes (Shaw-nee Smith e Tammy Lauren)aproveitam a ausência dos pais de umadelas e, sozinhas num enorme casarão,resolvem passar o tempo discando pa-ra vários números de telefones, álea to-riamente, onde elas diziam: "eu vi o

que você fez... e eu sei quem você é".Só que num desses trotes telefônicos asgarotas discam, por um ac. so, o nume-ro de um psicopata (Robert Carradine)que acabara de assassinar a próprianoiva. E a brincadeira acaba se trans-formando numa tragédia quando o as-sassino resolve sair a procura dasmocinhas.

A idéia central do filme, no finaldas contas, acaba sendo melhor do quea sua realização, que não faz além doprevisível. Os sustos são os mesmos desempre e caminham para um final quese tende a adivinhá-lo com certa ante-cedência. Entretanto, ainda assim a fi-ta consegue prender a atenção doespectador, que, se por um acaso, fordado a passar trotes telefônicos, depoisde assistir ao fil; ~ ieverá ficar umtanto quanto desencorajado. Experi-mente. (Mr. Movie).

Video NotasProsseguindo com a sua política de

lançar sempre um pacote relacionadoexclusivamente a um só gênero de fil-me, a Warner reuni este mês sete titu-los num pacote que ela dedica desta vezao gênero policial. A seleção, entretan-to, ficou restrita a apenas um filme depeso, "Busca Frenética", o mais recen-te trabalho cinematográfico do diretorRoman Polanski ("A Dança dos Vam-piros"). Os demais, além de mais umafita do agente secreto James Bond,"Com 007 Só Se Vive Duas Vezes", pro-curaram reunir elementos como"ação", "violência" e "trama policial",

tais como: "Magnum 44", "Nicko —Acima da Lei", "Amanhecer Violento","Caçada em Atlanta" e, o inédito,"Amantes e Finanças". A previsão éque a chegada desses filmes por aquiatrase, já que nem o pacote de maio daWarner, que lançou oito comédias, che-gou nas locadoras da cidade. ***Aliás,por falar em atraso, outra distribuído-ra que tem atrasado com seus pedidosé a Transvídeo, que acaba de lançaruma das primeiras comédias de WoodyAllen — "Um Assaltante Bem Trepa-Ihão". A locadora Mr. Movie, por exem-pio, ainda aguarda pelo pacote da

distribuidora que até agora não che-gou. ***Esta semana assistir um filmeno cinema ou no vídeo vai sair mais ca-ro para o usuário. O preço de um in-gresso de cinema subiu para NCz$ 2,00e a locação de uma fita em vídeo, paraNCz$ 1,50 (em algumas locadoras opreço subiu para NCz$ 2,00). Ainda as-sim, assistir um filme em Belém estásaindo mais barato para o espectadorlocal. Nos cinemas do sul do país játem salas de exibição cobrando NCz$5,00 por um ingresso. Êta crisezinhabraba essa, hein? ***Ponto final.

Asprotagonistas

de "EuVI Que

Foi Você...E Eu Sei

Quem VocêÉ", Tammy

Lauren eShawnee

Smith.

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P S_-E-MSr -t__iLTy . ¥^F^ ~~ -

I DOMING°-MATINAL às 10:00 (10 ANOS)-A PedidosI O filme da semana I JfffOta f ÜO _TMIB IHUlIlHll

i_L_*5 IA WA \G/AY%J^B-';¦¦¦'''' - A umo metralhadora de humor - "ARIZONA NUNCA MAIS" - Colorido |fei ,;. WLZ K: Pfl__|TIIII AT-flfÂBH

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(Con.ur) Quando descobrir o que é sexo, talvez ela decida ficar para sempre. !______ Pri {f~^m\%m kjB

Em toda sua brilhante carreira - Hra,.? M ¦'':.. m m A- Jjtk I ã _u ^B_i - & C\ "/¦-/'- I_H_FffP*w -^K SS flf ^^ ^__L ' af*\ —. I -M ^^^^^M \ |

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! y rt-JrîiBIrBi • S;ii^_í__!l ¦ "" : li IIÍíMÍSBÎ DOMINGO-MATINAL às 10:00 - UMA OBRA-PRIMA DOCINEMAI UM FIL- [ í 5 ¦Ipistrlbulçío em video du AMÉRICA VÍDEO FILMES M

rAE DE CÍOODFRFY RFHnm _ "KnYANinATUI" _ APnin. fra v/íncri T*mf B^—__. jM

OedicadoaJOHN CASSAVETES• CLINT EASTWOOD e EDSAR 6.ULMÍTR

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DOMINGO-MATINAL às 10:00 - UMA OBRA-PRIMA DO CINEMA! UM FIL-^_ME DE GOODFREY REGGIO - "KOYANIQATSI" - APOIO: FOX VÍDEO

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Pintura dePontormo

bate recordeUm retrato do duque

Cosme I de Médicis, fei-to em 1537 por Jacopo daCarucci, conhecido comoPontormo, foi leiloadoanteontem pela Chris.ie'sde Nova Iorque por 35,2milhões de dólares, umacifra sem precedentesoferecida por um quadroantigo.

O recorde anterioratingido por uma obra-prima foi estabelecidoem 10,45 milhões de dóla-res pela Adoração dosMagos, de Andréa Man-tegna, leiloado pelaChristie's em Londres,em 1985.

O retrato do duquede Médicis, que foi esti-mado em 20 milhões dedólares antes de sua ven-da, foi comprado peloMuseu Paul Getty (Cali-fórnia). Antes pertenceuao investidor e filantroponovaiorquino ChaunceyDevereaux Stillman, quemorreu em janeiropassado.

Um dos últimos de-sejos de Stillman foi queeste quadro, emprestadoao Museu Frick de NovaIorque desde 1970, datada exposição que festejouseus 50 anos de existên-cia, foi vendido em bene-fício da FundaçãoHomeland, a organiza-ção de caridade criadapor ele.

Proibiçãodo comércio

de marfimO diretor geral do

Fundo Mundial para aNatureza (WWF),Char-les de Haes, pediu ontem,em Genebra, a proibiçãototal do comércio demarfim para salvar oelefante africano da ex-tinção.

Atualmente os caça-dores atacam as fêmeas,o que implica um agra-vamento da matançaporque os filhotes se dei-xam morrer de inaniçãojunto aos cadáveres desuas mães.

A WWF insiste emque se não for proibidoesse comércio, os elefan-tes terão desaparecidoda África no início do ano2000.

Os africanos quematam seus elefantes sórecebem cerca de 37 mi-lhões de dólares do totalde 800 toneladas, em mé-dia, de marfim que re-colhem.

Os grandes ganhado-res são os intermedia-rios: cerca de 500milhões de dólares.

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Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 O LIBERAL ARTE/FSPFTÁCillOS - CADERNO DOIS 5

PanoramaLUZIA MIRANDA ALVAREZ

UDetective ,por Godard.

programa cinematográfico cio dia vai por conta da"sessão maldita" cujos promotores estão de parabéns por te-rem escolhido um filme de Jean-Luc Godard, o mestre dosmestres do cinema. "Detective", será exibido em quatro ses-soes contínuas no cine "Libero Luxardo", desde as 16 horas,até às 22 horas. O objetivo é não deixar nenhum espectadorde fora da sala de sessão, dando vez a que todos conheçammais um pouquinho deste grande cineasta francês.

Mas, para falar sobro o filme, nada melhor do que o pro-prio Godard, a partir de trechos de unia entrevista que con-cedeu em 1985 aos Cahiers du Cinema e fazendo parte dacoletânea de Luis Rosemberg Filho, "Godard, Jean-Luc".Leiam:

— Chahicrs du cinema; "O que espanta, em Détccti-ve, . o sentimento <... solidão dos atores. Mesmo quando sãovários numa imagem, representam sozinhos.

R — Jean Luc Godard: Eles que querem esta solidão.Em Cuny, pode-se compreender. Menos com Léud. Comigoisto se nota, mas na verdade, em Subway não se pode dizerque Lambert representa com Adjani. A diferença é que eufaço o filme em cima disso, isto faz parte do filme. A solidãovem do fato de que os filmes não procuram mais um assun-to e os atores se tornaram seu próprio assunto. Os america-nos talvez, dão ainda a impressão de que Jéssica Langeresponde a Harrison Ford quando ele pergunda: "Onde estáo diamante verde'.'", ela diz: "Por ali , por isso eles são osmais fortes. Os franceses, como muito freqüentemente, es-tão na retaguarda OU na vanguarda e não se dão mais aotrabalho.• 2 — Cahiers: Você acentua isso com sua maneira defilmar?

R — J.L.G. Fico eternidades num plano fixo ate o mo-mento em que não se passe mais nada e que seja preciso mu-dar de plano, então, faz-se um outro.

:i — Cahiers: Você pegou eomo atores gente que traba-lha nos espetáculos, hoxe. música popular, e que têm quali-dades de profissionalismo bem heterogêneas.?

R — J.L.G: Provavelmente, é o que me interessava.Quanto me pediam explicações demais, eu dizia:"Considerem-se como tubos de tinta e procurem o assuntoque estão fazendo". Deste ponto de vista, quando a referên-cia à pintura, pode-se dizer que este filme vem dos iníciosde carreira de Kandinsky, dos inícios do Fauvismo. DepoisBuacheme disse que ele vinha do Kammerspiel alemão. Nãotinha pensado nisto, mas já que filmávamos em interioreso fazíamos teatro! Talvez por isso fiquei emocionado com oúltimo filme de Jacques Rivette, LAmour par Terre: eu acre-ditava fazer cinema e, sem me dar conta, fazia teatro numquarto. Num quarto de hotel, o que lem de bom, é quandoo empregado entra. Com o homem ou a mulher que está nacama, eles são inteiramente heterogêneos, e no entanto, noespaço de uma bandeja, eles se encontram, e é o que não sefilma. No início, o filme se fez de qualquer jeito, a produçãoera lamentável. Eu queria respeitar minhas obrigações por-que precisava respeitá-las para receber o salário de que pre-cisava para acabar Je Vous Saiuc Marie. Veio então poucoa pouco. Nos primeiros dias de filmagem eu nem mesmo sa-bia se podia propor a Johnny e Nathalie um papel de portei-ro ou de arrumadeira.

•I — Cahiers: Mas havia um roteiro no início?R — J.L. G: Havia uma espécie de história do Alain Sar-

de. Não era nada sério. Mas Alain tem uma vontade de ro-teirista e de produtor, como os produtores hollywoodianos quetinham idéias de filmes. Aí eu disse a ele "Olha, eu dirijo efilmo ao pé da leira o que você me trouxer. E se eu filmarao pé da letra este roteiro, isso vai durar uns oito minutos.E daí, você vai querer que a gente o repila? Se não, refaça-o,porque isso esta mal acabado". Ele então refez algo "apósuma hora de conversa com Anne-Marie Miéville e eu. Emcinco minutos, Anne-Marie teve a idéia do final e tambémaidéiade.Johny. Sardc-pulou.em cima. Isso se passou comouma luta de boxe improvisada. Você organizou uma luta de!>esos-pesado e tem pesos-mosca [>ela frente. Eu era um peso-médio mas queria que eles boxeassem acima e abaixo da mi-nha categoria, o que é o problema dos pesos-médio, que éa categoria "nobre" do boxe.

5 — Cahiers: Você cita ISretou neste filme?R — J.L.G: Neste filme há apenas citações, não tem uma

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Johnny Hallidaw, Nathalie Baye e Jean-Luc Godard nas filmagens de "Detective"

só palavra minha. Nos casos de "urgência

a gente vai buscarno estoque.

G —Cahiers: Você tinha vontade de fazer um "policial"?R—J.L.G: Não, nada a ver. Nunca fiz. Nem pensei nis-

so. Na época de Made in U.S.A. poderia ter pensado, agoranão, é uma expressão de produtor, "policial". Detective émais um filme de gênero, um filme de atmosfera como sedizia antes da guerra.

— Cahiers: Diante de certas cenas, não se pode deixarde pensar nos quadros dc Prcnom Carmcn, pela maneira co-mo você coloca os atores em pequenos espaços.

¦ J.L.G: É, é extremamente composto. Mas se fala tam-bém de ator de "composição". É um filme de gênero ondetodos os gêneros se encontram.

— Cahiers: Concrctamcnte, quando você filma, vocêtem a cena primeiro ou você parte do lugar? ,

R —J.L.G: A idéia, primeiramente, é construir algo quese sustente, com um inicio, meio e fim, dado os elementosque me deram. O boxeador foi trazido por Sarde, o empre-sário também, eu achava isso muito bom. Em seguida, o tra-balho era organizar, pôr em cena; aí, com este filme,tratava-se mais de produção que direção. Tem algo ai do fa-to de eu ter sempre querido fazer Huis Cios, de eu pedir aosatores que representassem Huis Cios. Nathalie Baye, acho,faria muito bem, mas melhor fazer algo original" que umaadaptação. Evidentemente, fazer um filme a partir de HuisCios tem uma grande vantagem, é que ele ja está escrito.Há apenas a filmagem a se fazer teatro. Compreendo por-que muitos diretores de cinema fazem teatro. Tudo esta aí,nada mais a fazer senão ter boas idéias. Deve haver um sen-timento de segurança que nos diz que se não formos imbe-eis devemos conseguir. Enquanto que bater a máquina einventar caminhos... é algo bem mais difícil, o que era mui-to bem expresso em Ilammett de Wenders, e que faz com quealguém como Hammett tenha afinal escrito bem pouco. ComChandler também, sente-se muito bem a dificuldade de es-crever que se traduz por conquistas extremamente compli-cadas. Num romance como Fais pas ta Rosiére, a gente sepergunta como ele se vira. Se fosse feito em cinema, isso de-moraria muito, mais que o Soulier de Satin. Rivette faria aísuas 40—50 horas e não precisaria cortar, pelo contrário, pro-longar, sempre.

— Cahiers: Já você, faz filmes mais curtos?.R — J.L.G: É, cheguei naturalmente a filmes de uma

hora e trinta. Agora encontrei uma distância. Em boxe tam-bém se diz "Achar a distância".

10 Cahiers: llú umtemang^seu filme, que se encontraaliás eni muitos filmes este àho cm Cannes, dos homcnscòm"pletamente desfeitos, há um desgaste do homem?

R — J.L.G: É verdade que os homens quase não sabemmais fazer cinema. Felizmente uma parte de mim é produ-tor e não apenas diretor. Vive-se em universos muito fecha-dos. Parece que a presença das mulheres no cinemadesapareceu, que as atrizes não trazem mais o que elas tra-

ziam antes no universo dos produtores. As mulheres produ-toras também não, aliás. Os homens estão desfeitos, de fato,e eu sempre filmei na situação em que estou. Detective é umroteiro desfeito. E eu sempre comecei desfazendo.

11 — Cahiers: A Johnny, curiosamente, isto o faz existircomo ator?

R — J.L.G.: É como Clint Eastwood representa, e eu gos-to bastante.

12 — Cahiers: E por que não causa o mesmo efeitocom Claude Brasseur? Com um isso emociona e com outro,não.

J.L.G: Porque Claude é um bom ator mas é superesti-mado, que nem mesmo sabe mais o que deve fazer, e só fazfilmes ruins, e que perdeu muito então. Enquanto Johnny,no lugar em que está, é novo e se manteve num certo lugarmuito regularmente, e então acrescentou muito. Claude émais como Nathalie. Eu para mim mesmo me dou modelosmas eles nem mesmo os conhecem. Posso dizer: "Quero quevocê seja Janic Holt em tal filme", mas eles nem mesmo sa-bem quem é.

12 — Cahiers: Ê preciso mostrar-lhes os filmes, osmodelos?

R — J.L.G.: Mas eles não querem ver. Se houvesse Ga-bin e Morgan, da época de Quais des Brumes, cm Detective,seria formidável. E o sonho. A idéia que eu gostava no filme,é que havia três atores conhecidos, porque é o trio marido-mulher-amante, e depois o lado Itegle du Jcu, os donos e osempregados. Os donos da comédia. Eu preciso muito de ato-res — mais que de técnicos, já que uma câmera pode filmarsozinha — mas atores que têm um certo valor em si mes-mos, que têm sua própria existência.

14 — Cahiers: O que você quer, é dcsconectá-los de todosos seus hábitos de representação e de relação com oprodutor?R — J.L.G.: o que Léaud fez por exemplo, ele fez sozinho, enisso não pude ajudá-lo...

15 — Cahiers: Ele tem modelos, Carrette, por exemplo.R — J.L.G: Ele fez algo que eu não pedia a Johnny e que

os outros não fizeram ou que eu não soube fazê-los fazer. In-clusive as moças, inclusive Cuny ou Ferrara. É um filmecompletamente não preparado: pessoas se encontram, na-da têm a ver juntas ou fazer. Pode-se imaginar uma peça dePirandello: produtores vão a Cannes de trem, há um engui-ço da locomotiva, há atores conhecidos, eles param em pie-no campo, não há mais dinheiro e eles vão ao vilarejo e fazemum pequeno espetáculo para pagar a viagem até o fim. Êo que aconteceu.

l(i — Cahiers: Isso não serve ao seu sistema?J.L.G: É, é bom, só que eu não parei o trem voluntária-

mente. Não estou reclamando. Espero que ele pare. Por issoposso desejá-lo interiormente, isso meu analista poderia medizer, mas prefiro não vê-lo e subir num trem esperando queele pare. Pergunto às pessoas no trem porque pegaram otrem, e é só. (continua).

"Romance da Empregada" deBruno Barreto, não conseguiu sairdas prateleiras.

"Os Três Assaltan-tes", permanece em exibição noOlímpia. Por conta da excelente bi-lheteria que eslá dando. Mas ago-ra, com o preço majorado, vamosver se não há impado, -x-x-x- Porcausa destes atrasos nas progra-mações é que às vezes, deixo de no-ticiar os lançamentos, só o fazendoquando os filmes estão mesrrfo emcartaz. Foi o que aconteceu com a

Panorâmicapré-estréia de "Quarup" que a "bar-riga" da coluna ficou muito sériamesmo, -x-x-x- A "Mr. Movie" man-da pra gente assistir em "tela pe-quena" o monumental de "Viver"de A. Kurosewa. Tanks Sônia Ren-da -x-x-x- José Maria Estrela Alva-rá está chegando da Europa nosábado, com a mala cheia das fitasem vídeo que ele gravou por ondepassou. Sua paixão por Londres de-ve ter sido realizada, -x-x-x- O ami-go José Otávio Pinto, está eufóricocom a exibição de "Detective" do

seu "Mestre Gudard. José Otávio jáagendou permanecer as quatro ses-soes em que o filme for exibido.-x-x-x- A onda de videocassete está ca-da vez maior. Agora quem comprouo seu foi a amiga Celina Oliveira."Correntes Ocultas", filme de Vin-cent Minelli (1946) exibido naquarta-feira na TV Liberal Canal 7,tem o argumento muito parecidocom "Suspeita" do "mestre" Hit-choock. -x-x-x- Por hoje é só. Atéamanhã.

ExtraLibero Luxardo (Cen-

tur) — 16,00 -18,00 - 20,00 e22,00 - "Detetive", de Go-dard, com Claude Brasseure Nathalie Baye. "SessãoMaldita".

Amanhã: "O ÚltimoTango em Paris".

++Cinema III — Amanhã

às 23 h — "Histórias Reais",de David Byrne.

IRAPI035

«W25Q U3BML AM00:00 UTILIDADE MUSICAL

(Show da Madrugada) comManoel Cláudio - Hora cer-ta a todo instante - Músicasde ontem e hoje — Utilida-de Pública

04:00 RELÓGIO MUSICAL DOTRABALHADOR com Es-tefânio Nauar - Tutti-Frutti;receitas de frutas — Conhe-ça o Mundo: informaçõessobre as nações, suas cida-des, suas moedas, religiões,idiomas, rodovias, etc. — Amúsica brasileira em todosos ritmos — O Flash da Sau-dade: música de ontem —Aparições da Virgem Mariaem Medjugorge na Iugoslá-via - Receitas de ervas me-dicinais.

05:45 ALVORECER DA ESPE-RANÇA - Programa Re-ligioso

06:00 COSTA FILHO SHOW - Ho-róscopo - Bolsa de Empre-gos - Pedidos musicaisatravés de cartas - Homena-gem aos aniversariantes doDia - Hora certa a todo ins-tante - Roleta da Sorte - In-formações do Pará, doBrasil e do Mundo - Repor-

tagens externa.09:00 BOM DIA TOTAL com

Thompson Mota - Seleçãomusical em todos os ritmos

Reportagens externas emtodos os quadrantes da ci-dade - Atendimento de re-clamações do público -Horóscopo - Noticiários dosprincipais clubes de Belém

Participação especial deJair de Ogum, o maior Paide Santo do Brasil - Utilida-de Pública - Brincadeiras eprêmios - Noticiário doMundo Peladeiro de Belém.

12:00 LIBERAL NA POLÍCIAcom Adamor Filho - Rese-nha Policial - Tacando-lhe a" Pua" - Mesa Redonda - NoFundo da Cela - A Tribunaé Livre (O Povo no rádio) -Lautre Alencar e as notíciasdo PSM.

13:00 A BOLA É NOSSA - Progra-ma Esportivo

13:30 PROGRAMA SANTINOSOARES - Roteiro de atra-ções, com sucessos de todosos tempos - Reportagens -Utilidade Pública - Resulta-do do "Jogo do Bicho" - Prê-mio em dinheiro para quemacertar o primeiro prêmiodo "Jogo do Bicho" no"Pára-todos"

15:00 SUA TARDE FAVORITAcom Adonay do Socorro -Programa popular - Brinca-deiras e prêmios em dinhei-ro - ReportagensParticipação especial da"Mãe Raimundinha" - Mú-sica em todos os gêneros.

17:00 BOA TARDE SAUDADE (oarquivo da Juventude) comAdonay do Socorro - Progra-ma focalizando os grandessucessos de ontem.

18:00 PRECE DA AVE MARIAcom Clodomir Colino

18:05 ATUALIDADES ESPORTI-

20:30

22:00

23:30

VAS - Programa esportivoMOTORISTA BRASILEI-RO com Raymar Bentes -Programa bem popular de-dicado a todas as classes es-pecialmente a dosmotoristas - Música em to-dos os gêneros.A VOLTA DO BOÊMIO comLuiz Euclides - Música deCÍ-T*pC f__

RESENHA FINAL - Pro-grama esportivo

fflwl_r--W_R_K-rLIBERAL

06:00 às 10:00 — Binho10:00 às 14:00 —Silvio Jr,14:00 às 19:00 — Beto19:00 às 22:00 — Aldrin22:00 às 01:00 — Good Times Especial(Carlos Alberto)01:00 às 06:00 — Paulo Victor

Rádio Modelo FM06:00 às 10:00 Chicd Silva10:00 às 14:00 Marco André14:00 às 18:00 Alaísio Pinto18:00 às 22:00 Claudecy22:00 às 02:00 Vânia Costa (GoodTimes)

Rádio Cultura FM06.00 Musical07:00 Conversa com Hélio Gueiros07:30 Jornal da Manhã08:000 Melhor da MPB (musical)13:00 Jornal da Tarde13:30 Musical17:30 Brasileiríssimo18:30 Rádio Mix19:00 A Voz do Brasil20:00Concertos Cultura2L00FMTB00:00 Classe Especial

Hoie na TV(SjTV LIBERAL

CANAL 7 - BELÉMCANAL 2 - MARABÁ

06:15Padrão em cores —Abertura

06:30 Telecurso 2o. Grau — Ma-temática — Português

07:00 Bom Dia Brasil /07:30 Bom Dia Pará08:00 Xou da Xuxa /12:25 Jornal Liberal/12:35 Liberal Esporte12:40 Globo Esporte13:00 Jornal Hoje13:25 Vale a pena ver de novo

A Gata Comeu14:20 Sessão da Tarde — Em

busca de um filho16:20 Sessão Aventura — Guer-

ra dos Sexos17:20 Sessão Comédia — Super

Vick17:55 Novela I — Pacto de San-

gue — Cap. 023Pacto de Sangue — Todos pa-

ram. Queiroz acusa Da Gama deinvasão, ele alega que está procu-rando um fugitivo e Queiroz o dei-xa revistar tudo. Exu baixa em DaGama. Bombom se disfarça deMaitre Delegance e se oferece aViolante. Carlos vai a delegaciaconfirmar a fuga de Oju. Da Ga-ma beija Matoso e ela fica ator-doada. Corrêa chama Ana paratrabalhar de garçonete no caba-ré. Bento concorda em passar ai-guns dias na casa de Queiroz.

18:50 Novela II — Que Rei SouEu? — Cap. 095

Que Rei Sou Eu? — Aline con-segue pegar uma espada. Elasduelam e Aline desarma Zimbadando a luta por encerrada. Osconselheiros ficam nervosos com asreuniões de Don Curro. Gerard eGaston discutem porque cada umquer colocar um parente seu no lu-gar de Crespy. Fanny mostra a Re-vengar uma carta de Crespyacusando Zimra. Revengar mandaque ela dê aquilo a Rainha. Michelinterrompe uma reunião do conse-lho com Don Curro, para falar comGaston.

19:45 Jornal Liberal20:00 Jornal Nacional20:30 Novela III — O Salvador

da Pátria — Cap. 126O Salvador da Pátria — Bar-

bara promete a Severo deixar oscaminhões entrarem na fazenda.Verônica diz a João que a orga-nização quer que ele leve umavião de cocaina para fora dopafs. João não recusa. Sassá diza Clotilde que não vai apoiá-la ater o Bebê. Angela pede a Joãoque não a procure mais. João eMarina voltam a se encontrar. Ri-cardo tenta convencer Clotilde anão ter o bebê mas ela não quer.Sassá e Ricardo se encontram eSassá lhe dá uma Surra.

21:30 Globo Repórter22:30 Minissérie — Onassis —

Último capítulo23:30 Jornal da Globo00:00 Suspense — A Vingança00:30 Corujão I — O Buraco da

Agulha02:30 Corujão II Meu Pecado

foi Nascer04:40 Faro Fino — Se o Sapato

Couber

TV TapajósCanal 4 {Santarém)05:15Padrão em cores —

Abertura05:30 Telecurso 2o. Grau — Ma-

temática — Português06:00 Bom Dia Brasil06:30 Bom Dia Pará07:00 Xou da Xuxa11:25 Jornal Tapajós11:35 Tapajós Esporte11:40 Globo Esporte12:00 Jornal Hoje12:25 Vale a pena ver de novo

A Gata Comeu13:20 Sessão da Tarde — Em

busca de um filho15:20 Sessão Aventura — Guer-

ra dos Sexos16:20 Sessão Comédia — Super

Vick16:55 Novela I — Pacto de San-

gue — Cap. 02317:50 Novela II — Que Rei Sou

Eu? — Cap. 09518:45 Jornal Tapajós19:00 Jornal Nacional19:30 Novela III — O Salvador

da Pátria — Cap. 12620:30 Globo Repórter21:30 Minissérie — Onassis —

Ultimo capítulo22:30 Jornal da Globo11:00 Suspense — A Vingança11:30 Corujão I — O Buraco da

Agulha01:30 Corujão II Meu Pecado

foi Nascer03:40Faro Fino — Se o Sapato

Couber

TV GuajaráCanal 4

06:35Padrão Guajará/EmCores

07:00 Brasil Hoje/Jornalismo07:300 Gordo e o Ma-

gro/Humor08:000 Despertar da

Fé/Evangélico08:30Dia a Dia/Jornalismo09:30 Cozinha Maravilhosa da

Ofélia/10:00Meu Pé de Laranja Li-

ma/Novela11:00 Boas Novas no

Lar/Evangélico11:30 TV Shop/Ao Vivo11:55 L.B.V12:00 Lopo na Cidade12:30 Esporte Total13:00Gil Reis Especial13:30 Nisto Cremos/As Revela-

ções do Apocalipse14:00 TV Cidade14:30 Cidade Alerta15:00 Cidade Notícia16:15 Show de Atrações/TV

Cidade16:30 Cavalo Amarelo/Novela17:15 Canal Livre/Jornalismo19:10 Jornal do Pará19:25 Agrojornal19:30Jornal Bandeirantes/l".

Edição20:00Rituais da Vida/Novela20:30Dallas/Novela21:30 Cine Mistério/Escravos

da Noite23:30 Vanguarda/Jornalismo00:00Fash/C. Amaury Jr.01:00 Vídeo Club/ Pesadelo em

Chicago.02:00 Encerramento da Pro-

gramação

TV StúdiosCanal

06:30Color Bars C/Musica06:44 Abertura06:45Qualificação Profis-

sional07:00Eureka07:15TJ Manhã - Noticiário07:30 Show da Simony09:00Oradukapeta11:30 Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

c/Mariane12:20 Chaves - Comédia12:45Bozo - Desenhos15:30 Show Maravilha18:10 Chaves - Comédia18:40 Carrossel - Os monstros19:10 Primeira Fila - Fórmula

Um19:15 Economia Popular - Per-

gunte ao Tamer19:17 Jornal da Cidade19:40TJ Brasil - Noticiário20:20 Voya ger's — Barreiras

do Som21:20 Tom & Jerry - stand by21:30A Praça é Nossa —

Humor22:30 Miami Vice — Opera-

ções clandestinas23:30Jô Soares Onze e Meia -

Entrevistas00:30TJ Noite - Noticiário01:00 Cinema como no cinema

— legendado — Uma fi-lha para o diabo

TV CulturaCanal 2

08:00Telecurso 1? Grau -Ciências

08:15 Telecurso 2? Grau - Lín-gua Portuguesa

08:30 Jornal Rede Brasil09:00Qualificação Profissio-

nal - Comunicação e Ex-pressão

09:45 Canta Conto - Quem nãoviu, perdeu.

10:15 CinemimlLOORevistinha12:00É Hora de Esporte12:40 Jornal Esporte Cultura13:00 Esporte Cultura13:30 Globo Ciência14:00 Som Pop14:30 Sem Censura Pará16:00 Sem Censura19:00 Brasi lia Sucursal19:30 Documentários — Histó-

ria da Navegação20:00 Tempo de Esporte20:30 Os Astros — Miele21:25 Jornal Visual21:30 Jornal Cultura21:50 Jornal Rede Brasil22:30 MPB — Blitz23:30Mostra do Cinema Fran-

cês — Mauvais Sang01:30 Encerramento

TV RBACanal 13

06:30 Programação Educativa06:50 Homens e Livros07:30 RBA em Manchete08:00São Paulo 08:00hs08:30 Brasi lia 08:30hs09:00 Rio 09:0009:30Repórter Manchete10:00 Sessão Animada10:30 Flashmanll:00Changeman11:30 Jaspion12:00 RBA em Manchete12:30 Jornal da Manchete13:00 Corpo Santo - 127? Ca-

pítulo14:00 Mulher 9016:00 0 Incrível Hulk — "!ma-

gem Quebrada'"17:00 Clube da Criança19:20 RBA Esporte19:30RBA em Manchete20:00Manchete Esportiva20:20 Momento Econômico20:30 Jornal da Manchete21:25Grid de Largada21:30 Novo Amor - 45? Capítulo22:20Osmar Santos Show00:30 RBA em Manchete00:45Jornal da Manchete01:15 A Ilha da Fantasia - "As

Três Plumas"

«y~v*-W- >:">"

6 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

Divulgar a música paraemA cantora paraense Goreth

Cunha, que reside atualmente em „Nova Era, interior de Minas Ge- Jjrais, está em Belém fazendo con- «tatos com alguns compositores da %terra, para aquisição de músicas Jque farão parte de seu primeiroLP, a ser lançado ainda este ano.Segundo Goreth Cunha, o reper-torio do disco será bastante diver-sificado, incluindo músicas decompositores de todos os lugaresdo Brasil, mas dando prioridadepara os amigos e conterrâneos.As músicas que já foram escolhi- 'das e acertadas, são: "Finais deCais", de Alfredo Reis"; "More-no", de Francis Dalva; "Viciadoem Você", de João Batista; "Mui-to Além do Prazer", de WagnerMendes; "Estrela Negra", deEduardo Dias e Paulo Uchôa; e"Fronteiras", de Ray Santos. Ain-da estão faltando duas composi-ções de Paulo André Barata eNilson Chaves, que ainda não fo-ram definidas.

Goreth Cunha começou, aos12 anos, como atriz, coreógrafa ecantora, no Teatro Experimentaldo Mosqueiro, sob a direção deAlberto Bastos. Entre os espeta-culos que realizou estão: "Bem-te-vi", "Dona Baratinha Quer Ca-sar", "Chapeuzinho Vermelho", "ABruxa Nina Hagen" e outros tra-balhos de Teatro de Revista, queforam apresentados em várias ci-dades do interior do Estado. De-pois do grupo experimental doMosqueiro, Goreth integrou o"Caravana dos Artistas", ao ladode Edson Marques e Agenor DelVale, apresentando os trabalhos"Uma Lição Conjugai", onde feza direção e o papel principal, e"Show Musical", teatro de revista.

Carreira-soloEm 1987, a cantora decidiu

deixar o teatro, para se dedicar

inteiramente à música. Iniciadaa carreira-solo, viajou para Ma-naus, ficando lá durante seis me-

Goreth Cunha:de atriz aintérprete

ses. Cantando na noite,apresentou-se na "A Casa doSamba", "Palhoça", "Atlético RioNegro" e "Associação da PolíciaFederal" (Ansef). De volta a Be-lém, Goreth Cunha, que repetidasvezes foi confundida com Fafá deBelém, por sua semelhança coma cantora, podia ser vista cantan-do no "Coxixo", "Samambaia" e"Boêmios da Campina". Achandoque aqui não havia espaço e va-lorizaçao para um artista qúequer seguir carreira e se tornarrealmente um profissional,mudou-se para Nova Era, ondemora até hoje. Considerada umabrilhante intérprete da MPB, detimbre grave e sensual, Goreth jáfez vários shows em Belo Hori-zonte, no Clube Atlético MineiroLabareda, e em outras regiõespróximas, como Monlevade, Co-ronel Fabriciano, Timóteo e Ba-rão de Cocaes.

Com uma proposta de ir pa-ra o Japão, a cantora pretendeantes, gravar uma fita em play-back, com músicos paraenses,para ajudar nos seus shows. Se-gundo ela, "a fita vai fazer comque os músicos que tocarem co-migo, daqui em diante, inclusivena gravação do LP, sigam os ar-ranjos que foram feitos por gen-te daqui, sem modificar nem umanota sequer". O nome do LP já foiescolhido: "Caminhadas", o que,segundo Goreth Cunha, mostraexatamente toda a sua trajetória,desde a infância até os diasatuais.

esfilando o que há de melhor do reper-tório romântico da música italiana, fran-cesa, espanhola e brasileira, a cantora

paraense Ângela Miranda se apresenta, hoje,a partir das 21 horas, na Cantina Italiana. Ver-sátil, a artista também interpreta outros gene-ros, como o forró. No próximo dia 11, AngelaMiranda canta no bar Varanda, acompanhadapelo conjunto "Aves de Rapina", do sanfoneiroChico. É a "Festa dos Namorados", e o forró vaiser a tônica da noitada.

Na Cantina Italiana, a cantora interpreta-rá, entre outras, canções italianas- ('Dio ComeTe Amo' e 'Roberta'), espanholas ('La Barca'e 'Solamente Una Vez'), francesa ('Per UnaDonna' e 'Aline') e de autores brasileiros comoChico Buarque, Caetano, Cartola, Nelson Cava-quinho e outros. Vale a pena conferir o som ro-mântico de Angela Miranda.

Divórcio entre aópera e a dança

A cortina baixou, na quarta-feira, em defini-tivo no Palácio Garnier, que desde 1873, recebiaas produções líricas da Ópera de Paris: a partirde 1989, transforma-se no "Palácio da Dança" eserá somente a sede do bale da ópera. As produ-ções líricas passarão para a nova Ópera da Bas-tilha, de gestação longa e complicada, que abreas portas em janeiro ou fevereiro.

Anteontem, o público aplaudiu a última apre-sentação de "O Mestre e Margarida", uma óperade York Holler baseada na novela de Mikhyl Bul-gakov e que marcou o fim de uma tradição tricen-tenária na França: a vida da dança e da lírica sobo mesmo teto. Desde que foi criada, em 1669, aAcademia (Real, Imperial e depois Nacional) demúsica e Dança soube fazer nascer gêneros espe-cificamente franceses.

Primeiro foi, desde o final do século 17, a"Ópera-Balé" ilustrada por personalidades comoLully, Rameau, Campra. A seguir, já no séculoXIX, a grande ópera francesa romântica na quala dança tinha um lugar de destaque.

Os maiores dos grandes compositores, não so-mente franceses, principalmente Meyerbeer, Verdie Wagner, tiveram que adaptar o bale às suasobras compostas em Paris, presença reclamadaaos gritos pelos amantes da lírica.

A Ópera da Bastilha, que custou 440 milhõesde dólares, será inaugurada a 13 de julho, mas sóabrirá as portas no início do ano que vem para pro-duções modernas e populares. O diretor é o pia-nista sul-coreano Myung Whun Chung, de 36 anos,nomeado há poucos dias pelo presidente dos Tea-tros da Ópera de Paris, Pierre Berge.

Tetê Nah&s

Nos

States para resolver problemas pessoais,Evaldo Lemos foi sondado por tele-visão de lá para organizar para eles todo um

departamento de telenovelas. A coisa seria feitacom dólares, tecnologia de última geração e know-how brasileiro, para exibição costa a costa em ca-nal de língua espanhola. Os planos ainda embrio-nários e outros nomes cá da terra estão sendocogitados para botar as idéia de pé, mas propôs-tas para valer só no ano que vem quando eles te-rão a infra-estrutura desejada para entrar naguerra.

muando, dispensando o doublê, Raul Gazolla atirou-'ase de uma janela de dois metros de altu-

^ra sobre o cavalo, em sua última cena de "Pactode Sangue", tremeram todos. Mas ninguém suspirou aover montado para uma cavalgada o Fernando Eiras, eera aí que estava o perigo. O animal destinado ao rapazera uma égua no cio, e o garanhão afoito de seu parcei-ro de cena resolveu romancear ali mesmo. A égua pino-teou, disparou, foi alcançada pelo macho conquistadore, enquanto o diretor e equipe tentavam impedir os fi-nalmentes para acalmar a égua, Fernando Eirasestatelou-se no chão luxando o joelho. Para matar as eu-riosidades: A donzela voltou incólume para casa.

Foi para despertar instintos adormecidos em Sasá

Muteina que Lauro César Muniz inventou paraele um banho de cachoeira, mas convencer LimaDuarte a tal proeza quem havia de? Ciente da obriga-ção, o moço foi para a cachoeira no alto da Boa Vistamas limitou-se a molhar as pernas e a cabeça. Alega-ção? A água estava muito fria.

Rumores globais contam que arrefece o interesse

de Herval Rossano por "Irmãos Coragem" e queele já selecionaria, entre as muitas sinopses quetem em mãos, uma que o estusiasme. Problemas com"Irmãos Coragem", aliás, tem suas razões de ser, e aprincipal delas além das inevitáveis comparações entreos elencos de ontem e de hoje, é a necessidade de reduzi-Ia dos 319 para 80 capítulos sem prejudicar o suspensee a trama.

Strazzer como um reiAos amigos, Carlos Augusto Strazzer conta estar óti.

mo e recuperado de seus problemas com a saúde. Masdeclara também não ter pressa de voltar a "Que Rei SouEu?", e explica: "Sempre emendei um trabalho no ou-tro, nunca descansei ganhando salário, agora tive a opor-tunidade dessas férias e estou gostando do negócio".

Entretanto...Reprise de "Guerra dos Sexos" dá oportunidade ao

exercício de observação das sutilezas das plásticas. Exi-bida ali e em "O Salvador da Pátria", Maitê Proença mos-tra o antes e o depois do bisturi no nariz e no busto.Observem. • * * Feliz da vida, Yara Cortes começa ago-ra a reforma de seu guarda-roupa. A moça tinha medode voltar a engordar e retardou o ato, agora são 17 qui-los a menos e não há como contornar a coisa * * * Fa-lando em Yara, ela acaba de incorporar mais um pássaroà sua família: Afrosina foi o nome escolhido e vai se jun-tar a Chico Anysio e Isabela e Bem-Amado. * * * Dandouma de decoradora, Edyr de Castro subiu a uma alturade dois metros para pintar uma janela e acabou caindocom o pé numa lata. Resultado da "arte"; 15 dias imo-bilizado para resolver a torção. • * • Rodrigo Santiagoé mais um que se despediu do elenco de "Kananga doJapão". Gravações noturnas não lhe estavam permitin-do fazer teatro. * * * Otávio Augusto sondado para

substituí-lo mas ainda estuda condições e fazer teatroé uma delas. * * * Só uma pomada especial para doresde cavalos aliviou a ciática de Moacyr Deriquem, depoisde semanas de tortura. * * * Com jantar e amigos, Da-niel Azulay comemorou seu aniversário. Entre os abra-ços, João Kleber, Erasmo Carlos e Neuza Amaral. * * *Quando já se imaginava livre das suíças em "Pacto de•Sangue", Luiz Guilherme recebeu, de Herval Rossano,o pedido para conservá-las até a última-quarta para qual-quer eventualidade. Ao fim do dia, a navalha trabalhou.* * * Uma folga e Betty Faria fez visita oportuna a Avi-lan. Serviu para que desse socorro a Giulia Gam que,a esta altura, ainda se embaraça com os cordões do co-lete de Aline. • * * Pé engessado, Fátima Freire estevena Globo. Quer ser lembrada para elencos futuros. * * *Marilu Bueno esteve cotada, mas a dona do bordel emque Sassá se diverte acabou com Tfelma Reston.

B uscando mostrara situação politi-ca do Brasil de 60

a 80, o grupo de dança doStúdio B, está apresen-tando desde ontem, noTeatro Margarida Schi-wazzappa, do Centur, às21 horas, o espetáculo"Cartas, Canções e Pala-vras". O trabalho de dan-ça contemporânea —texto, roteiro e coreogra-fia — está sob a respon-sabilidade de BoninaBemerguy. Segundo ela,o objetivo desse trabalhoé fazer uma retrospecti-va política do Brasil, pa-ra questionar os diasatuais, "em que se obser-

va que pouca coisa mu-dou e que o povo continuadescontente", assegura.

O espetáculo, que se-rá mostrado até sábado,é dividido em quatro par-

tes, e traz no elenco os jo-vens André Lima,Márcia Palheta, Marial-li Dias, Elisângela Fon-seca, Dinalva Tavares ea própria Bonina Bemer-guy. Entre outros traba-lhos realizados pelogrupo de dança do StudioB, estão: "Certas Can-ções", "Equinoxe", "Gê-nesis", "O Ciclo dosSeres" e "Restropectos".Com apoio do Ministérioda Educação e Cultura,Secult, Semec e Funda-ção Cultural TancredoNeves, o espetáculo é de-dicado aos jovens, estu-dantes e a todas asclasses sociais.

SALA DE ESPERA

HE-MANDESDE PEQUEMA, SEM-PRE COLOQUEI O DE-VER ACIMA DE TUDO

C.Rxmi) r\ / .Ij^fflaPTiHil—k«3f» \\ '/ ífàr-^_____[d__M^

wm§míí^4 JSraf-WBlLM\JÈtàZM\Waà

'//tiSamíá fflrv^llwB 'íhjkwf1

H |BMK»a^\'ieTC.aBa»áaa«îllH0

TENHO MUITOS AAAI-G>0£,-> MAS MEMHUM

1 HMM...APOSTO QUEYUríjj VOCÊ ESTA' PENâAN^y[

DICK TRACY^^W5^5^5T- COR' fÉsTÁ BEM ! MAS*) DEPOIS "QUE

CORTARMOS OTAREI O CABELO DELA I FAÇA (SSO1 /£&&£-0 OA NeWoé~TnAcy,

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COISA QUE N/OCÊ FAZ é FICAR MEOLHANDO! ASSIM NÃO DA'...

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HORIZONTAIS — 1- Aquele que recebeu uma doa-ção; 8- Perfilha; 9- (Gram.) Pronunciaria Cuturalmen-te; 10- (Mit.) AilhadeCirce; 11- Papagaio da Amazônia;12-Operaras, obraras; 15-Nota musical; 16-Divisão ter-ritorial da Espanha, ao tempo do domínio mouro; 17-(Bi bl.) Patriarca de um clã simeonita; 18- Nome da tri-bo aramaica cujo território se encontrava a sudeste daPalestina; 19- Assenta arraialp2l- Aspecto; 22- A léguajaponesa; 23- Que gera; 25- (Mar.) Abertura na carlin-ga para dar passagem ao mastro; 26- Derar apertão, aagarraras.

VERTICAIS — 1- Arte de compor dramas; 2- Ninfados bosques e dos prados; 3- Procrastinar; 4- Palavraalemã: passo, porta; 5- Ilaqueais; 6- Pouco vulgar(fem.); 7-Famí lia de plantas dicotiledôneas que tem portipo o oxálide; 13- Fluido análogo ao ar; 14- Cidade daFrança, no departamento do Alto Saône; 15- Palavra in-dochinesa: água doce; 17- Agourar, dar má sorte a; 19-Canal para escoamento de águas dentro de uma mina;20- Variedade amaranto; 21- (Bíbl.) Cidade do Levitas,próxima ao Jordão; 24- Espécie de águia grande.

Solução do problema anterior (N» 4.7G6): HOU. -acanavear - MO - Ari - mi - Arve - Tam - Ai - gang - Or

se - toa - aproa - att - ás - fé - real - ta - sair - Sara -om - aro - or - mandibula. - VER. - ama - corar - Nas

ar - Vita - amigo - rin - VI - anta - geral - ora - SP - atéAtei - os - trama - farol - Arad - tá - som - sob - ara - ri

' -g^-rf-, •««¦-¦r^ ¦¦-?¦ ¦-«¦». !&:,~1» -

fil #£ © íâizíÂhlxúi

Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989

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i_oisbbuíl Índice - 25 pagino

IBSOCIAl Kátia 01/06 eMichelle 02/06Vocês são minhavida parabéns.Mamãe Cida

Martha FrassinettiVon-Grap - 15 Anos

Parabéns pela sua data linda. Tudo maravilhoso paravocê que ocupa um lugar no nosso coração. Beijos.

Bela, Isa, laci

LyVocê é umadelícia. Te

gosto muito.Volta logo.Pétala.

Salve 02/06/89ertora Bezerra

A felicidade maior da nossa vida foi ser seus filhos,mamãe parabéns pelo seu aniversário e que Deuste abençoe, te amamos muito Fábio e Eduardo

Reinaldo ;(Banco do Brasil -_fi

Paragominas)Você é a pessoa maisn.importante pra mim. M

Te adoro. Ntl, !0_4-

TomyresDistante de você neste dia a 80 km mas com o pensamento voltado

para você. pois sou feliz por te amar. Amar você minha mulher édespertar e ver que o amor não é um sonho, ele existe e a vida é

uma poesia quando se abre o coração para o amor lá dentro viver.Parabéns pelo teu aniversário. Dr. Clóvis Leite.

Carmen LuizaFeliz aniversário.

Muitas felicidades etudo de bom. São os

votos de Fernando eCamilla.

Ivete Haber dos02.06.89

ios_>.

Sua simplicidade no dia a dia nos mostra o muito de seu conhecimentoSe a sua felicidade depender do nosso amor serás feliz sempre. Te

amamos muito. Parabéns. Damasceno, Celson e Rosilda.3.

__h

Papai (Lélio) Mamãe (Sandra)Que Deus abençoe nosso lar, com todas as alegrias que

vocês sempre sonharam. Que Deus abençoe nossas vidas,com felicidade. Seus corações com amor eterno! E queDeus abençoe vocês no seu casamento. Do seu filhote.

Lélinho.

Michelle02-06-89

Ver você crescer foi a coisa mais bonitaque a vida pode nos dar, a felicidade dehoje é ver você fazer 15 anos. Parabéns!

Teus pais e irmãos.

Denize CizVocê merece toda

felicidade do mundo.Parabéns! Um abraço

carinhoso de suaamiga. Lúcia.

Luciano Vilela Costa Levy02/06/89

Faz 15 anos que você nasceu e lotou nosso lar de amor. Agradecemos a Deus pelo filho que temospedimos a ele que lhe abençoe, lhe dê saúde, paz e amor. Pois você merece. Feliz Aniversário. São!

os sinceros votos de teus pais, Vilela e Odeie, e irmãos, Cristina, Luís, Valéria, Pedroe sobrinhos, Jonathan e Cristiano.

zaré HibeiroVocê é uma estrela brilhante que não mais se

encontra nos pontos de luz que o olharatinge, sinto-me feliz ao comemorarmos

nossas Bodas de Estanho. Com amorLuiz Ribeiro

CZ.Parabéns! Tudo de bom

para você, que ocupa umlugar especial no meucoração. Uma beijoca,

Nelson.

"Baterista" (CL)

Se não há mais amor, nem eutenho chance para lutar por

este amor, para quem voudar baquetas se não tenho

mais baterista. Conce.

Parabéns Luana LéaQuerida priminha, queremos lhe dar mil |beijinhos pelo seu aniversário. Você é uma í

gatinha linda. Seus priminhos que adoram Uvocê. Lorena Léa, Alfredo, Vivin, 1

Guy e Caroiine Léa.

cneiie mayumi02-06-89

Teus olhos negros orientais são duas estrelas que brilham no céu, teus cabelos longos sedosos, aquecem o coração. Tua pelemorena é macia como as pétalas de uma rosa desabrochando. Tua beleza mostra a graça de teus 15 anos, teu sorriso tem osom da felicidade. Tu és e representas a juventude em flor. Que o dia de hoje seja inesquecível, cheio deCom amor, De Arthur, Vera, Júnior, Nami e Michael. Parabéns!.

surpresas e alegrias.

Luana LéaSeu nome é belo e doce como você, que é a nossa bonequinha

linda. Nesse dia feliz que Jesus a proteja e abençoe por toda vida.Parabéns e beijos de seus avós. Alfredo e Léa Cabral,

e tias, Liliam, Kátia e Vânia.

Para viver um grande amor e preciso se declarar de todo coração.Publicando uma mensagem no Classicarinho de O LIBERAL para

quem você ama. Um presente assim ninguém esquece.

A sua mensagem do Dia dos Namorados, vocêentrega nas LOJAS DE CLASSIFICADOS DE O

LIBERAL ou pelo LIB-FONE: 222-0133. Envie suamensagem até às 21 horas do dia 8 de junho.

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2 classificados O LIBERAL Belém, sexta-feira. Q2 de junho de 1989

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Enasa já está funcionandocom suas atividades normalizadas, segundo o seu pre-

sidente Carlos Alberto Rocque,sem problemas em todas as dire-çoes para onde opera no transpor-te de cargas e passageiros. Napróxima semana, não haverá via-gem para Manaus pelos catama-rãs de classe popular, essa medidatem como objetivo a recuperaçãodo "Roraima" e do "Rondônia",com a troca inclusive de importan-tes peças, que se faz de absolutanecessidade para continuação deseu programa na região.

Enquanto isto, no próximomês de junho, um fato inédito navida da ENASA, todos seus cata-marãs, estarão em pleno tráfegoatendendo não só o baixo Amazo-nas com viagens regulares, mastambém outras viagens extraordi-nárias que se fizerem necessárias.

Convém destacar as ativida-des da diretoria de navegação ago-ra em nova fase objetivandoprestar um melhor serviço paraseus usuários, para isto uma rígi-da fiscalização está sendo manti-da para evitar futuros problemas.

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a;foto lembra significativo en-contro social no Iate Clubedo Pará, quando era home-

nageado o vice-almirante Herna-ni Goulart Fortuna, dias antes dedeixar o Comando do 4? DistritoNaval: Na oportunidade o ilustrehomenageado, confidenciava aocolunista e ao armador Otávio deOliveira Campos, presidente doSindarpa, a sua reconhecida gra-tidão pelo carinho do povo amazô-nida, especialmente de Belém,durante os dois anos que passou àfrente do 4? Distrito Naval.

Hoje, o vice-almirante Herna-m Goulart Fortuna, dá o brilho desua elevada capacidade no Co-mando do I? Distrito Naval no Riode Janeiro, cuja posse aconteceurecentemente com a presença in-çlusive de ilustres personalidadesda região amazônica.

Como se sabe, o 4? Distrito Na-vai, é considerado o maior do mun-do e para comandá-lo a Marinhaseleciona sempre os oficiais-general do mais elevado nível, co-mo Sérgio Alves de Lima, que ho-je está a frente do mesmo.

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Em expediente para este colu-nista, o Capitão-de-Longo CursoRonaldo Cevidanes Machado, pre-sidente do Centro dos Capitães daMarinha Mercante, com sede noRio de Janeiro, comunica a eseo-lha do comandante Confúcio NinaRibeiro, para exercer em Belém asfunções de Delegado dessa en-tidade. . ... .

A escolha não poderia ter sidomelhor, uma vez que, o comandan-te Confúcio Nina Ribeiro que, alémde ser um Oficial da Marinha Mer-cante com grande experiência decomando ei como comprovada-mente sabido, pessoa de alto con-ceito na comunidade marítima daAmazônia.

Como se sabe, Confúcio NinaRibeiro, exerce ainda em nossa ca-§ital

a presidência do Sindicatoos Oficiais de Náutica e Práticos

do Estado do Pará.

Já surgiu a primeira chapapara disputar a próxima elei-ção no SÍNDIPORTO-Sindicatodos Trabalhadores Portuáriosdo Pará, encabeçada pelo ser-vidor da Companhia Docas doPará, Amarildo Souza, queatua em Vila do Corçde, junta-mente com Paulo DámàS-éüd,Pinon Medeiros e.NA-fe-Çflrfcct-.sa entre outros.

Essa chapa será em oposi-ção a atual diretoria, que por si-nal realiza um extraordináriotrabalho em favor de seus asso-ciados, a frente o engenheiroJosé Araújo, que inclusive jáconseguiu uma série de vanta-gens para seus associados, eque por uma questão de reco-nhecimento terá o apoio damaioria dos associados dessaentidade de classe.

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Longo cursoA Norsul, empresa de cabota-

gem e longo curso, hoje com sedeem São Luís do Maranhão, que in-clusive atende também com exclu-sividade o transporte de bauxita dePorto Trombetas para a capitalmaranhense, acaba de iniciar deforma efetiva o serviço de longocurso atendendo a Costa Oeste dos

EUA/Canadá.Nessa viagem está sendo uti-

lizado o navio "RIO ACRE", umcon-bulker de 11.510 toneladas li-quidas. Esse navio foi afretado doLloyd Brasileiro por um ano. Ou-tros dois, também afretados deve-rão ser colocados na mesma linha.

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AUSÊNCIA — Por interesse profissio-nal na capital amazonense, estivemos au-sentes por alguns dias deste canto de página,xxxx ELOGIOS para o engenheiroNelson Neto, Administrador do Por-to de Manaus, pelo excelente traba-lho que vem realizando à frente domesmo, xxxx NAVIO — Realizandouma boa viagem, lendo no seu timão o tios-so amigo Einar Dantas, já se encontra emManaus o navio-lanque "Dona Wilma Re-belo" da Reicon. xxxx ALMOÇO — Hojeo integro capitão dos Portos do Paráe Amapá, comandante Edson Sobri-nho, almoça no resto prive da dire-toria da CNA, a convite de VictorioEgashira. xxxx ENASA — O presidenteda Enasa, jornalista Carlos Rocque, que con-sideramos de uma inteligência privilegia-da, aborda hoje com muita propriedadequalquer assunto ligado à navegação flu-vial na Amazônia, xxxx ARMADOR —Waldemiro Peres Lustoza, que hojeé, sem dúvida alguma, uma dasmaiores fortunas do Amazonas, atra-vés de sua empresa vai atender no-vas frentes na Amazônia Ocidentalno transporte exclusivo de derivadosde petróleo para a Shell, xxxx CONSELHO — Da Companhia Docas do Paráesteve reunido, no início da semana, tendocomo assunto principal aumento de tarifas,xxxx MOVIMENTO — Hoje, no portode Manaus, o maior movimento éproporcionado pelas embarcaçõesfluviais. Navios de grande porte, ape-nas de bandeiras estrangeiras, xxxxNAVEGAÇÃO — Não será surpresa paruo colunista, se uma conhecida empresa ro-doviária, por sinal muito conceituada en-Irar, futuramente, na navegação fluvial, ciaopera com um grande número de carretas,xxxx DI GREGÓRIO — Essa empre-sa hoje desfruta em todas as direçõesda AmazOnia o melhor conceito pos-sivel. Iniciou suas atividades comcinco carretas, hoje é detentora damaior frota da América do Sul,atuando ainda na navegação fluvial.xxxx EMPRESA — A bandeira da Ro-

boi

OTb.q

domar, hoje ê conhecida em todas as capi-tais do Brasil, fruto do trabalho dinâmicodo meu prezado amigo Alfredo Cabral, alia-do a uma equipe de alto valor, xxxx DES-QUITE — Mais um desquite poderáocorrer no setor. Estamos torcendopara que isto não aconteça. São gran-des amigos deste colunista, xxxxREALIZADO - O engenheiro AffonsoFreire, ao qual tenho o prazer de ser ami-go, é hoje um homem realizado, poderia sedar ao luxo de não trabalhar mais. À fren-te da Companhia Docas do Pará realiza umgmnDe trabalho, xxxx CONFIRMADO— O nome do nosso amigo MetonSoares JR., diretor da Netumar epresidente do Syndarma, para con-correr à Câmara Federal no próxi-mo ano pelo Rio de Janeiro, com h-japoio integral de todo empresariadomarítimo, xxxx VAZANTE — Muitogrande a vazante no rio Urucu, trazendo sé-rios problemas para a navegação fluvial na-quela área. xxxx PRATICAGEM — Ocompanheiro Rubens Lins é, no mo-mento, o delegado da Associação dePraticagem da Bacia Amazônica, nacapital amazonense, onde essa enti-dade possue sede própria, xxxx PRO-FISSIONAL - O homem dos seteinstrumentos da Companhia Docas doPará, meu prezado colega Jacob Rafael Soa-res, é sem favor nenhum um dos melhoresprofissionais de Relações Públicas da nos-sa região, mantendo sempre o melhor rela-cionamento com os profissionais daimprensa paraense xxxx PORTUÁRIA —A elegante portuária vai voltar a sernoticia. Muita gente caiu da canoapensando uma coisa, quando é outra.Adivinhem, xxxx DESTAQUE — Arfalar em portuária a minha distinta ami-ga, Irene Rodrigues de Brito, vem se desta-cando como excelente secretária do ConselhoEspecial dos Usuários do Porto de Belém.xxxx DINAMISMO — Muito dinflmi-co o trabalho de Itamar Amaro, naDirnav da Enasa, coisas erradas j_estão sendo consertadas. Isto é mui-to bom. — PÁRA.

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Belém, sexta-feira, Q2 de Junho de 1989 O LIBERAL CLASSIFICADOS 3.

OCIAl VanessaLourençoObrigado por você

existir, felizaniversário. Seus paisJane e Lourenço

L.H.Sofro um

segredo porte amar em

silêncio. Eu...JVlãezinha.

Lula"Tudo

que euquero sério, é

estemistério...".

Juba.

Lélio AntônioPaixão

Ao olhar para trás relembrando os dias de ontem, qoe suas memórias sejaminesquecíveis... Ao viver o dia de hoje, que seu coração se encha de felicidade. E ao

olhar adiante para o amanhã, que suas esperanças e sonhos se realizem.Felicidades, em 02/06/89. Sandra Regina.

José Maria SampaioQuero desejar-te toda a

felicidade do mundo. Felizaniversário. Te amo

Rosângela

Katia e MichelleVocês nem imaginam o quanto

são importantes em nossasvidas, parabéns Papai

Wando mamãe Cida

In Memorian Neno02.06.89

Hoje faz um ano em que tu partiste para junto de Deus. Tenho a certeza de queestás bem, em paz, porque em vida você só transmitiu amor, alegria e carinho.

Neno a nossa saudade. De sua esposa e cunhado Josiê e Alberto.

TomyresAté esta data, não houve divergências, pois o amor que

sinto por você é aquele que o vento não leva, a distâncianão separa e a maldade não destrói. O que sinto por você

faz parte de um amor verdadeiro. Feliz aniversário. Dr.Clóvis Leite.

Ivete Haber dos Anjos02.06.89

As palavras são poucas para expressar tudo que gostaríamos de dizer. Caminhesempre conosco para que assim possamos aprender todos juntos. Parabéns. Seus

funcionários da: Kiko Jóias e Presentes.

José Maria SampaioHoje é mais um ano da sua vida que fica paratrás. Só aue lhe amamos ontem, hoje e amanhã,pois as barreiras não intimidam os que amam

verdadeiramente. Feliz aniversárioEderlinda e Fabrício

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j>AI DO CÉUr, Meu caminhoíé escuro, cheio de"espinhos, mas.'confio em Deus,com toda minhaforça e fé. Por is-

/so peço a Deusque ilumine meucaminho e mentecom a luz do Es-

jpírito Santo,ajude-me a atin-giro ideal e oob-

íjetivo.^ Mande publi-xar e observe o/que acontece no

|2.° dia.Manoel

« Benedito

ORAÇÃOSANTO ONOFRE

D Meu glorioso Slo. Onofre,''vos fostes bitpo, arcobispo, oconfossor do N. S. Josus Cristo.Às portas de Roma visites

_flncontrar*vojcom N. Senhor e a:. £ lo podistos para nunca pecar,1 ele vos atendeu. Davas de comer.ua quem tinha fome, de beber a

- quom tinha sede, vestias oi nus,visitavas os enfermos e íonsola-vas os encarcerados. Meu glorio-

„ so Sto. Onofre, vós que foste pai'dos solteiros, dos casados e aos, viúvos, sede tambóm para mim.^Meu glorioso Sto. Onofre, eu vos

_ -poço roupa paro vestir, calçado0 í) para calçar, comida para comer,

água para beber, casa para mo*orar, luz para iluminar e dinheiro.para gastar. Meu glorioso Sto.

,..Onofre, pelas cinco chagai de13 N. S. Jesus Cristo, palas dores de

N. Mãe Maria Santíssima, por£ todos oi anjos e tantoi do cóu e~ da terra, e pelas almas santas e

v bonditas, eu vos suplico que mealcanceis a leguinte graça.

Eu etpero ler atendida noespaço de 40 dias, ouvindo oqu« vói ditieifoi: "QUEM CO-MIGO TIVER DEVOÇÃO NÃO' SOFRERÁ FOME NEM SEDE,NÃO MORRERA QUEIMADO

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,• CARÁ O QUE DESEJAR".Por uma graça alcançada.

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PRECE AANASTÁCIAVemos que algum ai-

goz fez da tua vida ummartírio, violentou tirânica-mente a tua mocidade: ve-mos também que no teusemblante macio, no teurosto suave, tranqüilo apaz que os sofrimentos nãoconseguiram perturbar.

Isso quer dizer: eraspura, superior, tanto assimque Deus levou-te para asplanuras do Céu e deu-te opoder de fazeres curas,graças e milagres mil.

Anastácia pedimos-te... roga por nós, protege-nos, envolve-nos no teumanto de graças e com teuolhar bondoso, firme, pe-netrante, afasta de nós to-dos os males e osmaldizentes do mundo.

Todas as manhãs, an-tes de sair para o trabalho,olhe para Anastácia, peça-lhe tuas graças qua tudocorrerá*-fe«m para você.

Agradeço a graça ai-can cada.

Conceição Abdon

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PREiMILAGROSAConfio em Deus

com todas asminhas forças,

por isso peço aDeus que ilumineo meu caminho e

conceda-me a

graça que tantodesejo.

Mande publicar eobserve o que

acontecerá no 4 o

dia.Agradece

W.S

PRECE AANASTÁCIA

Vemos que algum algozfez da tua vida um martírio,violentou (ironicamente a tuamocidade; vemos também noteu semblante macio, no teurosto suave, tranqüilo, a pazque os sofrimentos não conse-guiram perturbar.

Isso quer dizer: oras pu-ra, superior, tanto assim queDeus levou-te para as planu-ras do Céu e deu-te o poderde fazeres curas, graças e mi-(agres mil.

Anastácia, pedimos-te,roga por nós, protege-nos,er»volve-nos no teu manto degraças e com teu olhar bon-doso, firme, penetrante, afãs-ta de nós os mates e osmaldizentes do mundo.

Todas as manhãs, antesde sair para o trabalho, olhepara Anastácia, peça-lhesuas graças que tudo correrábem porá você e também to-da vez que sentir necessida-de recorra a Anastácia.

Agradeço uma grandegraça alcançada.

Llndalva Sousa

PRECE AANASTÁCIA

Vemos que algum ai-goz fez da tua vida ummartírio, violentou tirânica-mente a tua mocidade. Ve-mos também no teusemblante macio, no teurosto suave, tranqüilo, apaz que os sofrimentos nãoconseguiram perturbar.

Isso quer dizer eraspura, superior, tanto assimque Deus levou-te para asplanuras do Cóu e deu-te opoder de fazeres curas,graças e milagres mil.

Anastácia, pedimos-to... Rogai por nós,protege-nos, envolve-nosno teu manto de graças ecom teu olhar bondoso, fir-me, penetrante, afasta denós os males e os maldizen-tes do mundo. Todas as ma-nhãs, antes de sair para otrabalho, olhe para Anas-tácia, peça-lhe suas graçasque tudo correrá bem paravocê.

Agradeço por umagraça alcançada.

CA.

Aflita se viu aVirgem.

Aflita aos pés dacruz.

Aflita me vejo euValei-me Mãe de

JesusPor uma qraca

alcançada.'Mariiíeide

Lisboaj

JACULATÓRIÁAflita se

viu avirgem.

Aflita aopé da cruz.

Aflita mevejo eu.Valei-meOhl mãede Jesus.Agradeço

uma graçaalcançada.

Elizabeth

Belém, sexta-feira, Q2 dé junho de 1989r O LIBERAL CLASSIFICADOS-5

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Informamos ao público emgorai que o imóvel, situadoK-3-30 N. Marambaia gl. I,Bolóm-Pa. que foi colocado avenda através deste jornal edi-ção de (24.05.89), através dosr. João Araújo, Creci 912, não

poderá ser objeto de transaçãoou venda em razão de estar sen-do inventariado na comarca deAllamira-Pa.

Informamos que qualquertransação com este imóvel seráanulada. Ins. c/o Cosmo Olivei-ro, fonB: (061) 248.5358 ou567.4071.

CHAMADA DEEMPREGADOIvan Carvalho convoca pa-

ra retornar ao trabalho, pra-za da 3 dias a partir de02/06/89 a tra. Maria Lúcia daSilva Coita, Cl. n? 1784939,«ob pena de ter seu contratode trabalho rescindido, porabandono de emprego, con-forme CLT.

CHAMADA DEEMPREGADO

Carlos Henrique Gomas daSilva, portador da carteira pro-fissional 63813/0011 a roassu-mir suas funções imediatamentesob pena de ser dispensado porabandono de emprego cantor-me previsto na CLT.

NT Magazine» Ltda

CONVOCAÇÃO DE EMPREGOMinuia Trator Peças Ltda., li-

tunda a BR-316 km5 em Ananin-doua Pará convoca o sr. LucivanEmfdio de Araújo, portador dacarteira profiisional n? 79546, té-ríe 0002, a retornar ao trabalhono prazo de 72:00 horas, sob pe-na de ser demitido conforme arti-go 482, letra I do Decreto Loí5452 da CLT.Ananindeua 01 d» junho de 1989

CHAMADA DE EMPREGADOSolicitamos o compareci-

mento do sr, Augusto BezerraMarcelo, carteira de trabalho n.°02738B para assumir suas fun-ções no prazo de 3 dias na em-presa Tolonorto Ltda, sob penade demissão por abandono deemprego de acordo com o arti-go 462, alfnea 1 da CLT.

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Jornal dos Bairros NÀO PODE SER VENDIDO SEIMADAMENTE

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OUBERALCidade Nova-BenguiIcoaraci-CoqueiroMarambaia-Outeiro

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No Satélite, crianç.as fazem teatro"Botão Latino" é o nome do gru-

po, de quase 50 crianças, que faz en-cenações teatrais no conjuntoSatélite. As improvisações são a tô-nica desse trabalho dirigido por umjovem ator do bairro, Waldir Lisboa.O que não significa falta de serieda-de. Em absoluto! Elas levam bema sério, sempre deixando aflorar oespírito lúdico que há em cadacriança. Criatividade acima de tu-do e, principalmente, acima dequaisquer dificuldades. "Oferenda"é o nome do espetáculo que o grupoapresenta sábado e domingo naigreja do Bom Remédio, no Satéli-te. Pág. 8

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Pouca gente ainda tomaágua de coco em Icoaraci

Pág. 6

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2 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

ServiçosTelefones úteis

e de emergênciaAeroporto - 233-4122; Alcoó-licos Anônimos - 224-2965;Banco de Sangue - 229-4511;Celpa - Plantão 196/ Infor-mações 120; Corpo de Bom-beiros - 193; Cosanpa - 195; Detran - 194; PrevidênciaSocial -191; INAMPS - Pron-to Atendimento - 231-0003;Prefeitura - 156; Pronto-Socorro Municipal - 192;Rádio-Patrulha -190; Sunab-198; Terminal Rodoviário -228-0500; Transportes Urba-nos - 158.

Telefones PúblicosComunitários

Conjunto Cidade Nova II -rua SN-2, entre travessaWE-13 e WE-16 (235-3399);Conjunto Cidade Nova III -rua SN-11, casa 32(235-0266); Conjunto CidadeNova IV - travessa WE-26,casa 22 (235-0555); Conjun-to Cidade Nova IV, travessaWE-48, Praça 7 de Setembro(235-0611); Conjunto CidadeNova V - rua Arterial 18, en-tre travessa WE-56 e WE-57(235-2299); Conjunto CidadeNova V - travessa SN-21, en-tre travessa WE-62 e WE-61(235-1055); Conjunto CidadeNova V - travessa WE-28, es-quina da travessa SN-18(235-0622); Conjunto CidadeNova VII - travessa SN-24,esquina da rua Arterial 18(235-3433); Conjunto CidadeNova VII - travessa WE-68,esquina da rua Arterial 18(235-1422); Conjunto PedroTeixeira - rua A esquina dapraça (235-0744); ConjuntoSatélite - travessa WE-9 noPM-Box (235-3699); CasaNossa Senhora de Fátima -rua Raul Soares esquina dapassagem Dalva (231-0200);Estrada Tapanã - conjuntoCordeiro de Farias(235-0466); travessa N-5, emfrente à casa 77, conjuntoCohab, Icoaraci II(227-1000); rua Principal, es-quina da rua SN-13 - conjun-to Maguari (227-0100; eBengüi - rua São Pedro aolado do PM-Box (231-6500).

Postos de saúdeCentro de Saúde do Bengüi- passagem Benfica, ruaMaciel, próximo à creche.

O LIBERAL

Jornal dosBairros

RuaGaspar Viana

223 a 253Editora

Lorena SouzaTelefone

222-3000 (PABX)RedaçãoRamal 177

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Telex(091) 1026 e 1825

Sistema RomiAto MaioranaóeComwácaçdo.

Criança também tem vez em congressoDesde abril, uma série de atividades

envolvendo cursos, oficinas e palestrasmarca a fase preparatória do I SeminárioInternacional "As Crianças da Amazônia".Esta fase está sendo direcionada para me-nores da República do Pequeno Vendedore crianças que freqüentam as atividades docarro-biblioteca, da Biblioteca Pública Ar-thur Vianna, nos bairros, além de atingireducadores e pais de menores.

Em junho, estarão acontecendo os se-guintes cursos e oficinas:Oficina Leitura Hora de Prazer — en-cerra hoje — faixa etária: 7 a 14 anos — lo-cal: Centro Comunitário deJaderlândia/Carro-bibliotecaOficina de Adereços Juninos —- encer-ra hoje — de 15 às 17 horas — local: bairrodo Bengui/Carro-bibliotecaOficina de pintura, desenho, recorte,colagem e modelagem — encerra hoje, de19 às 21 horas — local: Sala de Secretariado Congresso/Centur — instrutor: Alixa

Oficina O Imaginário Amazônico"Lendas e Mitos" — encerra hoje — local:

Biblioteca Infantil (Centur) — faixa etária:5 a 12 anos.Oficina de Instrumentos Musicais Ar-tesanais — 5 a 16 de junho — horário: 16 e18 horas - lanchonete do Teatro MargaridaSchiwazzappa (Centur).Oficina de Teatro de Bonecos e Más-caras — 15,16,17 e 18 de junho — horário:8:30 às 11:30 horas/14:30 às 17 horas — lo-cal: Casa da Cultura de Castanhal.Oficina Folguedos Populares — 5 a 16de junho — horário: 9 às 11 horas — local:Biblioteca Infantil — instrutoras: Necy eTeca. Oficina de Papagaios e Pipas — 19 a23 de junho — horário: 15 às 17 horas — lo-cal: República do Pequeno Vendedor (ex-tensão Ver-o-Peso) — instrutora: Graça.

Oficina Brincadeiras Populares — 3,10,17 e 24 de junho (aos sábados) — hora-rio: 10 às 12 horas — local: Hall IsmaelNery/Praça do Povo — faixa etária: 9 a 15anos. Oficina de Brinquedos de Miriti — 19

-Comer bem-

a 23 de junho — horário: 15 às 17 horas —local: lanchonete do Teatro MargaridaSchiwazzappa.

Além dessa programação, estão aber-tas as inscrições para os interessados emparticipar dos dois seminários que antece-dem ao I Seminário Internacional "AsCrianças da Amazônia". Nesta primeira fa-se, serão abordados temas referentes àquestão cultural da criança da Região. Oprimeiro seminário encerrou no dia 31, noSalão de Exposições, no 4? andar do Cen-tur, no horário de 19 às 21 horas. O segundoseminário acontece no período de 19 a 23 dejunho, no Auditório de Convenções, no 1? an-dar do Centur.

As inscrições podem ser feitas na Re-pública do Pequeno Vendedor ou no dia deabertura dos seminários. Esta programa-ção está sendo promovida pela Únicef/UF-PA/República do PequenoVendedor/Secult/FCPTN. As informaçõespodem ser obtidas na Fonoteca PúblicaSatyro de Mello.

Qualquer tempo é tempo de mamão.Basta constatar sua presença em nossasmesas o ano inteiro. Esta presença constan-te se dá porque o mamoeiro é uma plantaespecial, devido sua facilidade e rapidez defrutificação. Um ano após o semeamentoele já produz frutos.

É muito grande o potencial nutritivodessa fruta. Sua polpa contém vitaminas Ae C, todas as do complexo B, proteínas, açú-car e sais minerais. E suas qualidades ain-da vãc mais além: é do leite de mamão quese extrai uma fantástica enzima, a papai-na — termo originado do nome científicoda fruta. Essa enzima torna o mamão umalimento altamente digestivo.

O mamão também é muito rico em fi-bras. Portanto, o hábito diário de comê-loem jejum ou após a última refeição é mui-to eficaz no cor-ipate à "prisão, de ventre".

Para este caso, recomenda-se, também,consumir as sementes do mamão.

A utilização na alimentação dependeda preferência de cada um, desde ao na tu-ral, ou sob as formas de suco, vitaminas,bolos, pudins, geléia, recheado com sorve-te ou até mesmo com recheios salgados.

Suco de mamãoIngredientes e modo de fazer: um ma-

mão, suco de limão, meio copo de groselhae gelo. Bata tudo no liqüidificador e sirva.

Doce de mamãoModo de fazer: corte dois mamões ver-

des em pedaços grandes, coloque numa pa-nela com duas xícaras de açúcar e deixesoltar água. Deixe de um dia para o outro;coloque mais uma xícara de açúcar e leveao fogo. Junte três cravinhos à calda quese formar; acrescente mais uma xícara de

açúcar e leve novamente ao fogo. O doce fi-ca espalhado.

Mamão recheadoIngredientes: quatro mamões peque-

nos, uma xícara (chá) de creme de leite,meia xícara (chá) de maionese, três colhe-res (sopa) de catchup, uma colher (sopa)de mostarda e meio quilo de camarão oufrango.

Modo de fazer: descasque e limpe o ca-marão; cozinhe com sal e pimenta e deixeesfriar; bata o creme de leite e junte amaionese, o catchup e a mostarda; corte osmamões ao meio no sentido do comprimen-to; retire as sementes e um pouco da pol-pa e corte-a em pedacinhos; misture aocreme; recheie a metade do mamão comessa mistura e com os camarões ou o fran-go desfiado. Sirva cada metade de mamãosobre folhas de alface, como entrada./.

Belém, sexta-feira, Q2 de junho de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 3

Junho é temÁA tradição n,

A

chegada do mês de junho marca o início daquadra junina, o tempo dos balões, das qua-drilhas, dos fogos e das fogueiras. Época decrendices e simpatias para moças solteiras

que pretendem arranjar casamento. São João, SãoPedro e Santo Antônio são os santos festejados emtodo o país. Nas grandes cidades, porém, as tradiçõesjá não são mantidas e a festa vai aos poucos perden-do o brilho do passado.

Os festejos tradicionais vinculados aos cultos pa-gãos de épocas — junho e dezembro — e hoje perfei-temente identificados com as festas católicas juninase natalinas, congregam no Brasil os folguedos folcló-ricos. Do Nordeste ao Sul, de dezembro a janeiro, asbrincadeiras são apresentadas por ocasião das "Na-talinas", "Reis" e "Sebastianas". Nesta mesma épo-ca, na Amazônia, exibem-se os "Pássaros", enquantoa festa junina tem lugar de junho a julho.

No Pará, a época junina no interior continua sen-do uma grande festa, representando muito para a po-pulação. Na Capital, porém, o quadro já não é bemesse. No mês de junho vive-se a rotina do cotidiano,mesmo à noite. As fogueiras e as quadrilhas aindasão vistas nos bairros periféricos e nas escolas. Nocentro da cidade, no entanto, já não há espaço paraas tradições, pois adaptada ao ritmo da cidade gran-de, a maioria das pessoas parece mesmo ter esque-cido das festas juninas.

Fogueira de São JoãoA origem do uso da fogueira, durante festejos, é

bastante antiga. Entre os Maias, Incas, Astecas e ou-trás civilizações que ocupavam os territórios ame-ricanos, existiam templos devotos ao fogo, e ainda asfestas periódicas em que o motivo principal era umafogueira, como objeto centralizador.

Os esquimós também fazem festas alusivas aofogo, e a falta de lenha para combustível obriga-os

- a aglomerar-se em torno de recipientes cheios de óleode foca nos quais fazem crepitar as chamas as quaisdedicam seus rituais.

Nas igrejas, durante todo o tempo, as lampari-nas de azeite sempre estiveram acesas durante ascerimônias religiosas. Nos cultos cristãos, colocam-se em destaque duas solenidades do fogo, próximasàs datas dos solstícios: a de São João Batista, no dia24 de junho e a de São João Evangelista, no dia 27tle dezembro, festa que se confunde com as natalinas.

A fogueira tradicional tem apenas a intenção deuma homenagem a São João, sendo comum as famí-lias prepararem-na em frente às casas residenciaisou terreiros. No mês de junho, nas vésperas e diasdo Santo Antônio, São João e São Pedro, fogos de vistae balões, além da própria fogueira e quadrilha, com-pletam a festa deste período.

OrigemSegundo a Bíblia, na cidade de Jerusalém vi-

viam duas mulheres simples, Isabel e Maria. Eramprimas e moravam a pouca distância uma da outra.Isabel ia ser mãe, dentro em breve, e combinou comsua prima que arranjaria um meio de avisá-la, atra-vés de algum sinal, quando a criança nascesse.

Conta a história que seu filho, um lindo garoto., nasceu numa fria noite estrelada. Recebeu o nomede João. Para avisar Maria, Isabel mandou erguer,então, na porta de sua casa, um mastro e acendeuuma fogueira que o iluminava. Era o sinal do nasci-mento da criança.

Maria, vendo o sinal, foi logo visitar sua prima,levando-lhe de presente na capelinha um feixe de pa-lha seca e folhas perfumadas para a cama dacriança.

O menino seria, mais tarde, São João Batista eaquela que lhe fez a visita, Virgem Maria, mãe deCristo. Essa é a história da primeira noite de SãoJoão. E para a historiografia cristã, é por isso queaté hoje se acendem fogueiras ao lado do mastro deSão João e as pessoas dançam a quadrilha em tornodo fogo:

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Os grupos juninos persistem para manter uma tradição quase esquecida

QuadrilhaA quadrilha dançada no Pará, Amazonas e ou-

tros Estados brasileiros tem pouco da primitiva qua-drilha européia, que lhe deu origem, já que foramincorporados elementos musicais e coreográficos ca-racterísticos de cada local. A própria indumentáriados dançarinos é uma cópia dos modelos caipiranosou matutos.

Importada do Velho Mundo, a quadrilha era adança dos salões. No entanto, hoje só é dançada noNorte e outras regiões do Brasil, no mês de junho,nos terreiros ou em festas típicas de clubes, por umgrupo de moças e rapazes vestidos à moda roceiraou cabocla. Enfim, a quadrilha foi incorporada aosfolguedos juninos. Hoje, sua organização no mês dejunho é uma tradição popular que se conserva.

CuidadosA fogueira e os fogos de artifícios próprios da

quadra junina são espetáculos indescritíveis. Mastambém representam um perigo caso não sejam to-mados os devidos cuidados. O outro lado dos feste-jos juninos envolve um amplo trabalho realizadojunto à população. Refere-se aos cuidados com rela-ção ao uso de fogos, a confecção de fogueiras e balões.

A Defesa Civil Municipal é o órgão responsávelpela realização deste trabalho, em conjunto com oCorpo de Bombeiros. Durante o período das festas ju-ninas é esclarecido à população, através dos meiosde imprensa, as precauções que todos devem terquanto ao uso de fogos. Os balões, por sua vez, foramterminantemente proibidos em Belém.

Para este ano, o programa de informação à po-pulação ainda não foi concluído, segundo a coorde-nação da Defesa Civil Municipal. Mas deverá serdivulgado até o dia 15 deste mês.

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4 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

Falta de segurança aumenta naJaderlândia, enquanto isso o

posto policial está fechadohá quase dois meses

Posto fechado sófaz aumentar aonda de delitosna Jaderlândia

Os moradores do conjun-to Jaderlândia, em Ananin-deua, estão se queixando doque desconfiam que seja o fe-chamento da Unidade Policialdo local. Ê grande a falta desegurança no conjunto, ondeacontecem inúmeros assaltos,principalmente durante à noi-te. Segundo o morador Domin-gos Nunes do Vale, "o postoestá fechado há mais de ummês — quase dois". Ele disseque, antes, o posto funcionavanormalmente mas o policia-mento não era muito eficien-te, porque aquela UP "nãotinha nem viatura".

Também moradora doconjunto, Cleonice Alves daSilva disse que a Unidade Po-licial, na verdade, não foi de-sativada. "Às vezes osinvestigadores abrem o posto,mas há dias que não vem nin-guém", disse ela. Isso foi con-firmado pela reportagem, queencontrou o posto fechado emplena tarde de segunda-feira.A moradora contou que um in-vestigador, chamado Assis, te-ria lhe dito que a UP, que jánão tem mais nem o telefone,seria realmente fechada.

Manter a UnidadeSegundo Cleonice, os mo-

radores do Jaderlândia recla-mam constantemente daviolência no conjunto, ondesempre ocorrem assaltos. Pa-ra ela, a UP deveria permane-cer aberta e funcionandoefetivamente. "Pelo menos éuma segurança para nós",ressaltou.

Outro morador, João deJesus Santana, disse que aunidade está há mais de doismeses sem funcionar normal-mente. "Eu vou lá e nunca en-contro ninguém", afirmou,lamentando que isso aconteçajustamente em um lugar tãoperigoso. "Aqui tem muito ma-landro. Esta Unidade Policialdeveria ser mantida pelo me-nos para que não aumentas-sem os casos de assaltos. Seacabarem com esse posto,qual a segurança que tere-mos?", perguntou.Falta de pessoalNa Secretaria de Estadode Segurança Pública (Se-

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Cleonice Silva

gup), o secretário interino,Sindeval Rodrigues, demons-trou não estar inteirado da si-tuação do Jaderlândia. Apósse informar melhor, ele disseque aquela UP nao foi desati-vada e que o seu não funciona-mento efetivo é reflexo dafalta de pessoal — um proble-ma sentido em todo o Estado.

Segundo Sindeval, somen-te o escrivão tem ido até àUnidade Policial do Jaderlân-dia, para registrar as possi-veis .queixas, que,posteriormente, sao levadas àDelegacia do bairro da Gua-nabara, a mais próxima doconjunto, cujo supervisor é odelegado Lauro Freitas. "A si-tuação é provisória. Assimque pudermos, deslocaremospessoal para a unidade do Ja-derlândia", garantiu. Quantoao telefone, conforme Sinde-vai, foi deslocado para a Gua-nabara, enquanto a viatura,um Gol, sofreu um acidente eestá parada.

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Sindeval Rodrigues.

De acordo com Sindeval,as unidades policiais da cida-de deveriam funcionar duran-te 24 horas, ter viaturas — "amaioria das unidades da capi-tal têm", disse ele — um dele-gado, um escrivão e umnúmero variável de investiga-dores. A carência de viaturase pessoal, porém, faz com queas unidades não funcionemcomo deveriam. Para resol-ver esse problema, pelo me-nos em parte, será realizadoconcurso em todo o Estado,cujas inscrições estarão aber-tas até o dia 2 de julho, paradelegado, médico legista, es-crivão, investigadores, peritocriminal, papiloscopista, mo-torista e auxiliar de políciacientífica. "A deficiência depessoal é um problema. Pre-cisamos mais de investigado-res", ressaltou.

Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 5

A perspectiva de novas atividades no horizonte dosassistidos pelo Centro Social da Fbesp na Cidade

Nova. Mas só depois de concluída a reforma do prédio

Centro Social emreforma não podeatender a todos

0 Centro Social da Fundação doBem-Estar Social do Pará (Fbesp), lo-calizado na Cidade Nova, vem sendocriticado por muitos moradores daque-le conjunto que acham que o centro éocioso e beneficia a muito poucas pes-soas, enquanto ocupa um grande espa-ço físico, com várias salas e amplasáreas livres.

De acordo com informações daFbesp, o centro passou algum tempoabandonado e daí nasceram as recla-mações. Quando a atual coordenaçãoassumiu a unidade da Cidade Nova, en-controu o local em péssimo estado deconservação. Durante um ano, o centrosocial foi reformado, com recursos dogoverno federal e estadual.

As obras da reforma ainda não fo-ram concluídas, mas o centro está sen-do reativado aos poucos, conforme adiretora executiva da Fbesp, SuleimaFraiha. "Em pouco tempo o centro es-tara recuperado e o espaço físico pode-

rá ser totalmente utilizado com novasatividades", explicou ela.

ServiçosAtualmente, o centro social da Ci-

dade Nova tem quatro frentes de tra-balho distribuídas no bairro, dandoapoio técnico e administrativo às ati-vidades. Duas delas são a creche domi-ciliar, que atende a 52 crianças, e opré-escolar, com 50 menores na faixaetária de 4 a 6 anos.

Atividades produtivas com 60 ido-sos também são desenvolvidas na se-de do centro. Suleima Fraiha disse queos trabalhos dos idosos são todos ma-nuais, como corte e costura, artesana-to, confecção de bonecos e bichos emtecido, tapeçaria e bijouteria.

Um dos projetos destinados aosmenores é o que a Fbesp chama de Es-paço de Produção e Participação(EPP). "Através do EPP, as criançasaprendem determinados ofícios, a fimde proporcionar ao menor algum lu-

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Crianças também tém vez no atendimento pelo Centro

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A recuperação do prédio impede atividades a pleno vapor

Produção e participação: aprendizado para poucos

cro", explicou a diretora. Incluídas noEPP, 85 crianças do centro aprendemhorticultura, pintura, crochê e corte ecostura. Essas atividades são desenvol-vidas de forma restrita, porque asobras da reforma ainda não termina-ram. Suleima Frahia informou quequando a reforma terminar a Fbespconstruirá uma creche comunitária pa-ra, inicialmente, 52 crianças.

De acordo com a diretora, o centro

ocupa uma área cedida pela Compa-nhia de Habitação de Belém (Cohab),e após a recuperação do prédio, outrosserviços poderão ser implantados. "Atéas festas sociais do bairro, como ani-versários e batizados, são feitas emnossa área livre, por solicitação dosmoradores. Os encontros de centro co-munitário do bairro também são rea-lizados no espaço físico do centro",disse Suleima Fraiha.

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ó O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989

Há quem se arrisque, mas nem todos que aparecem compram O período das chuvas também atrapalhou

Doce água de coco a preçobastante salgado: leoaraci

Diz a sabedoria po-pular que quem sai nachuva tem de se mo-lhar, mas muito poucagente se arrisca a pe-gar chuva na hora detomar uma boa água decoco em leoaraci. Alémdas condições climáti-cas não muito favorá-veis, outro fator temafastado a habitual fre-guesia: o preço do coco,que já chegou a NCz$1,00, desestimulandomuita gente de ir aleoaraci para tomarágua de coco doce apreço salgado.

Quem não tem gos-tado da situação são osvendedores da orla dapraia do Cruzeiro. "Achuva tem atrapalhadomuito o faturamento. Omovimento tem sidomuito fraco e acho quenão vai melhorar nemmesmo com a chegadado verão", queixou-seRaimundo FerreiraMonteiro, alegando quenas férias de julho agrande maioria da po-pulação desloca-se pa-ra os grandesbalneários, nos fins desemana, deixando leoa-

raci mais vazia.Porcentagem baixa

Mais do que no fa-turamento, a queda dafreguesia na venda doscocos em leoaraci in-terfere diretamente nosrendimentos dos vende-dores. Trabalhando pa-ra os donos dos pontossem terem sequer aCarteira de Trabalho ePrevidência Social assi-nada, como seria de lei,eles são "

pagos comuma baixa porcenta-gem sobrr o que conse-guem vender: apenas10% sobre a renda do

dia. "Não está com-pensando vender, porcausa das chuvas. Mui-tos cocos que chegam,ficam encalhados. Àsvezes, de um milheiroque se compra, só sechega a vender 300 uni-dades, em uma semanainteira de trabalho. Aí,o que sobra para pagara gente é muito pouco,não dá nem para sobre-viver", contou um ven-dedor, que preferiu nãoser identificado, "paraevitar briga com o pa-trão", conforme jus-tificou.

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O movimento caiu por causa do preço

O costumo persiste com aqueles quo não resistem

Passeio compensaMas a estrela do fa-

turamento brilha de vezem quando para os ven-dedores de cocos. Comoem dias de reuniões dejovens, que, alegremen-te, invadem a orla dapraia, em busca da re-frescante água de coco.Além de ajudar no fatu-ramento do dia, a ale-gria contagiante dosadolescentes dá umanota colorida na paisa-gem da praia. Outrosfregueses mais ou me-nos habituais são os quefreqüentam uma aca-demia de ginástica lo-calizada bem em frenteà praia. Como a onda éa alimentação natural,

especialmente paraquem pratica esportes,nada mais apropriadodo que a água de cocopara refrescar, depoisde uma sessão de ma-lhação.

Para o casal MariaAlice e Mário José, "sóo passeio e a paisagemrepousante da praia,com a água e o ventogostoso da tarde, jácompensam uma ida àleoaraci", afirmam,sem se imeomodaremcom o salgado preçodos cocos e mais preo-cupados em aproveitaro vento que já prenun-cia a chegada de umbom verão.'"' ''*'¦'

Belém, sexta-feira, 02 de Junho de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 7

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éssimo ambientecompras na Ç, Nova

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Sujeira, ágio einflação afastam osconsumidores domercado da CidadeNova IV. Sem lugarpara estacionar seu&veículos, oscompradores aindaenfrentam o maucheiro do lixo

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queda nas vendasde carne e peixedos talhos instala-dos no mercado

municipal do conjuntoCidade Nova IV já chegaa 60%. Alguns açouguei-ros asseguram que esseíndice é de 100 %, comoé o caso de Samuel Coe-lho. A causa dós prejuí-zos, contudo, não está sóna inflação, no ágio ou nodescongelamento, segun-do eles. A sujeira da pas-sarela principal domercado, em frente aosboxes, é tida como a prin-cipal culpada pela fugados fregueses e conse-quente baixa nos lucros.A via de acesso ao mer-cado nunca foi asfaltada,embora, como informouo açougueiro Manoel Sil-va, exista um projeto daPrefeitura de Ananin-deua para a construçãode um jardim e um esta-cionamento na área quehoje está tomada por la-ma e lixo.

A falta de um esta-cionamento é um dosprincipais fatores apon-tados pelos açougueiroscomo causadores doafastamento dos com-pradores. A tubulação,no início da rua, está da-nifiçada e entupida, e oleito da rua apresentavárias indesejáveis Íom-badas, causadas pela co-locação constante deaterro. Em toda a quadrafala-se da ocorrência fre-quente de acidentes.

Sem melhoraMas a passarela de

acesso ao mercado mu-nicipal já esteve bempior, conforme algunsmoradores. O lixo trans-bordava da caixa de fer-ro, colocada em frenteaos talhos de carne e,junto com a lama, trans-formava toda a área noparaíso dos urubus. O es-tado lamentável da rualevou os açougueiros aorganizarem uma corrús-

são para levar o proble-ma ao conhecimento doprefeito de Ananindeua,Fernando Corrêa. No co-meço de maio foi feitauma limpeza e aterra-mento dos buracos dapassarela.

A determinação,contudo, não satisfez ta-lhadores e moradores."Não vi melhora", afir-mou o açougueiro IzaqueSouza. Na verdade, osurubus ainda permane-cem em frente aos ta-lhos. "Só está limpoagora (era quarta-feira).Você precisa ver nasegunda-feira, como acaixa de lixo transbor-da", reclamou SamuelCoelho. No talho de Ma-noel Silva havia uma nu-vem de moscas e ele jáidentificara um outroculpado: "O problemamesmo é a chuva, quan-do ela cai não consegui-mos nem sair domercado".

Outro culpadoO açougueiro Antô-

nio Tavares disse que emépocas de chuva os ta-lhos alagam e a águachega a atingir 20cmdentro dos boxes. Com osistema de esgoto danifi-cado, na água parada,principalmente das gale-rias, proliferam insetos ebactérias. Por mais cora-joso que seja o consumi-dor fica difícil compraralimentos num local as-sim. "Eu compro carne epeixe, mas fico apavora-da. Me sinto obrigada alavar bem e às vezes atéescaldar", reclamou Na-zaré Souza, residente naWE-48, casa 163.

Para o morador Lá-zaro Almeida, WE-83, ca-sa 172, o que estáfaltando na rua é limpe-za. "Os carros coletorespassam até três dias semvir buscar o lixo, e desdeo ano passado esta ruaestá -.çopipletainente

abandonada. Ninguémacredita que aqui já exis-tiu um estacionamento euma passarela com cal-çamento", observou. Pa-ra Vanderlei Teixeira,morador na WE^18, comoa área tem um mercado,precisa de limpeza cons-tante, o que não acontece.

Além da limpeza, osaçougueiros também pe-dem a planificação dapista e a construção deum estacionamento."Não podemos continuarnessa situação. É preci-so que o prefeito Fernan-do Corrêa tome umaatitude, já que a CidadeNova passou os quatroanos da gestão passadaem completo abandono",lembrou Manoel Silva.

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Gru po de teatro, composto por crianças, anima o "Satélite"

Desenvolvimento da atividade lúdicaMesmo realizando um tra-

balho cheio de improvisações,o grupo de teatro infantil Bo-tão Latino, formado por 47crianças e adolescentes doconjunto residencial Satélite,no município de Ananindeua,não desanima e apresentaamanhã e domingo, às 21 ho-ras, no salão paroquial da igre-ja do Bom Remédio, instaladanaquele conjunto, a peça mu-sical "Oferenda". Na direçãogeral do espetáculo está o jo-vem ator Waldir Lisboa, 27anos de idade. A produção é damoradora Leonice Martins deSouza, integrante da paróquiado Bom Remédio.

A idéia de criar o grupo deatores mirins partiu de Leoni-ce, que coordena o coral infan-til Criança Esperança, daparóquia Bom Remédio, querecentemente completou umano. O coral, formado por 55crianças, já se apresentou ai-gumas vezes em outras paro-quias.

"Acreditei nas criançasdo coral desde o início; entãcdecidi que poderíamos tam-bém realizar trabalhos naárea teatral. As crianças acei-taram o desafio e montamos apeça "Oferenda" com o apoiodo padre Pedro, pároco daBom Remédio, e de Waldir",disse Leonice.

O espetáculo é todo basea-do no disco "Oferenda", grava-do pelo padre Zezinho, emistura canto, dança e poesia.A peça trata de assuntosatuais e questionadores comoo racismo, a preservação domeio ambiente, o menor aban-donado, o papel social da mu-lher e os conflitos agrários.Em uma hora de espetáculo,os pequenos atores personifi-cam as temáticas das músicas"Mulher Latino-Americana","O Negro", "O índio", "João daSilva" e "O Menino Pobrezi-nho". No encerramento, a letrada música "Saga da Amazô-nia", de Vital Farias, será in-terpretada pelo ator RuyLeonardo.

Improvisos e dificuldadesA montagem de "Oferen-

da" representa, antes de tudo,as dificuldades enfrentadaspelos comunitários na hora de

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incentivar as manifestaçõesartísticas dos moradores. Qua-se tudo é improvisado. A ilumi-nação do espetáculo, sob aresponsabilidade de Waldir, foifeita com latas de leite vaziaspintadas com tinta preta e pa-pel celofane nas cores verme-lha. azul e amarela. Semdinheiro em caixa, a apresen-tação de "Oferenda" será fei-ta no chão do salão paroquial,já que a produção não conse-guiu verba para a feitura deum tablado. Também não exis-te cenário. Por trás dos atoresmirins vai estar um cortina delona branca com tiras largasde material plástico na corpreta.

Mesmo enfrentando tan-tas dificuldades, Leonice deci-diu que valeria a pena montara peça. E não desanimou umsó instante. Para conseguir ar-recadar pelo menos NCz$150,00, utilizados na compra detecidos para os figurinos e ou-tros materiais, Leonice teve

que organizar bingos e bazaresde pechincha entre os morado-res do conjunto Satélite. Eladisse que também enfrentouproblemas com alguns paisdos integrantes do grupo."Quando eles (os pais) soube-ram que seus filhos estavamensaiando uma peça que trata-va de temas mais profundos,como a questão do menorabandonado, que vive peram-bulando pelas ruas, acabaramme criticando. Enfrentei mui-tos problemas com isso, por-que eles acreditavam que euestava incentivando a violên-cia entre as crianças. É claroque esse nunca foi meu objeti-vo. Por esse motivo, algumascrianças acabaram saindo doespetáculo a pedido dos pais",contou Leonice.

Ingressos baratosPara que "Oferenda" não

se torne um espetáculo ama-dorístico demais, Leonice con-vidou os atores JorginhoNatural, Waldir Lisboa, RuyLeonardo e Humberto PaivaBrito, do grupo de teatro Mai-ra, para participarem da mon-tagem final, cada umrepresentando um persona-gem dos temas abordados,sendo que Waldir fica nadireção.

Para os pequenos atoresFernando Mai tins de Souza, 10anos de idade, e Clécia Ferrei-ra da Silva, de 12, a experiên-cia de poder participar de umapeça teatral como "Oferenda"tem sido "interessante". Osdois já pensam em seguir acarreira artística futu-ramente.

A coreografia do espétacu-Io é de Betnânia Martins deSouza. O ingresso para "Ofe-renda" custa apenas NCz$ 2,00.

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O A atividade lúdica envolve um grupo dequase 50 crianças, no conjunto Satélite.Nem todas as dificuldades que cercam ainiciativa fazem com que desistam da vi-da artística.

CADERNO DE0 LIBERAL

Belém, sexta-feira, 02 de Junho de 1989 Suplemento de O Liberal - Naõ pode ser vendido separadamente.

Um pernoite nas serras cearenses, em hotel de primeira, éum dos pontos altos da excursão que Gilmar e Suzana MacielDumont estão lançando para o Nordeste tendo Salvador como

fim de linha, no esquema rodo-aérea. Ida de ônibus e voltade avião e outro grupo fazendo a rota inversa. Quem for

sorteado, viajara de graça. A agência de turismo ETS devol-verá o valor da excursão. Centraram a publicidade em O LIBERAL.

Editor: Odacyl Cattete

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_^m^S&iÔ antigo território insular abriga cerca de 1.700 habitantes distribuídos em 11 vilas. A esquerda, o morro do Pico, ponto culminante do arquipélago

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A igreja de Nossa Senhora dos Remédios (1736) está sendo restaurada

OTACiLIO RODRIGUES E JOSÉ MENEZES

De alguns anos para cá — graças àonda da preservação ecológica queinvadiu o mundo todo — muito setem falado de Fernando de Noronha.Em pouco tempo, o antigo territórioinsular deixou de ser tutelado pelasForças Armadas (Exército, Marinha,Aeronáutica e, por último, Emía),passou para um governo civil, rein-legrou-se ao Estado de Pernambuco,foi declarado Parque Marinho Nacio-nal e, finalmente, se tornou, por de-creto do Governador Miguel Arraes,área de proteção ambiental. Enquan-to isso, os turistas interessados emconhecer de perto esse paraíso semantêm em estado permanente dealerta, embora as visitas não tenhamsido proibidas.

.Fernando de Noronha — o maisnovo município de Pernambuco — éformado por 21 ilhotas, com umaárea total de 26 quilômetros quadra-(los. Entretanto, apenas uma com 18quilômetros quadrados é habitada, econcentra todas as atividades turísti-cas, já que nela estão as praias, umapousada, sítios históricos, o aeropor-to e 11 vilas, que abrigam cerca de1.700 moradores.

Sendo a rota. preferida para a Eu-ropa e para a África — está a poucomais de mil quilômetros de Dacar— Fernando de Noronha tornou-seponto obrigatório de parada para osveleiros que atravessam o Atlântico.Embora pertença a Pernambuco, oarquipélago está mais próximo deNatal — apenas 360 quilômetros —qifê de Recife (450 quilômetros).

Ã exemplo das demais regiões nor-destinas, Noronha só tem duas esta-ções definidas: inverno e verão. O in-vefno é a época de chuvas, que seestende de abril a setembro; nos ou-tros seis meses do ano, o verão, pra-ticamente não chove.

Devido à sua localização geográfi-ca, os turistas que chegam ao arqui-péUago devem adiantar uma hora osrelógios, recomendação quase nuncaseguida por aqueles que desembar-cam dispostos a esquecer completa-mente seus compromissos e, princi-palmente, a rotina.

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Golfinhos, lambada e as mais belas praias

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A bela praia do Leão, principal ponto de desova das tartarugas marinhas

Pode-se chegar caminhando a to-das as praias de Fernando de Noro-nha. As mais belas são a do Sancho— difícil acesso facilitado por esca-das de ferro presas ao imenso pare-dão que a cerca —, a do Leão, princi-pai ponto de desova das tartarugasmarinhas, e a Cacimba do Padre,ponto preferido dos surfistas. As fa-mosas piscinas naturais ficam napraia do Boldró, próxima à Pousada;no pontal do Atalaia (somente no ve-rão, quando a maré baixa), e na Baiados Porcos, considerado por muitoso lugar mais bonito da ilha. Outraspraias que não podem deixar de servisitadas são a do Sueste, no cami-nho para a praia do Leão, e a daConceição, ao lado do Morro do Pico(321 metros).

À noite os ilhéus se reúnem noMirante para dançar a lambada, rit-mo que faz sucesso por lá há mais

• de seis anos. Localizado no alto da

praia do Boldró, o Mirante era ante-riormente um pequeno bar que aca-bou virando "lambateria" depois quefecharam o Pau do Meio, a "casa no-turna" mais famosa da história doex-território.

Mas a maior atração turística deFernando de Noronha é, sem dúvida,a baía dos Golfinhos. Próxima àpraia do Sancho, a baía — cujo nomeoficial é Enseada do Carreiro — abri-ga centenas de golfinhos que fazemuma verdadeira festa quando algum-barco se aproxima. Atualmente o lo-cal está sob permanente vigilânciados fiscais do recém-criado ParqueMarinho Nacional, medida que visaa coibir os abusos que vinham sendocometidos por turistas mais afoitos,de estreita consciência ecológica.

Antes de programar sua viagem,não esqueça de observar algumasadvertências feitas pelas agências de-

turismo que operam os pacotes (vejao Serviço); devido a irregularidadesno abastecimento de combustível, opasseio de barco fica a critério decada turista, em acertos separadoscom a Pousada Esmeralda. Essa pou-sada utiliza os antigos alojamentosmilitares construídos pelos america-nos na década de 50. Portanto, as de-pendências são simples, mesmo noconjunto de apartamentos construí-do recentemente, com seus quartosduplos, triplos e quádruplos.

Uma advertência especial aos visi-tantes diz respeito ao comportamen-to de cada um ao entrar no mar:recomenda-se seguir à risca os con-selhos dos guias para não ser sur-preendido por alguma vala ou ondas,às vezes, enormes. Protetores de soltambém não podem ser esquecidos edevem ser usados nos primeiros diaspara se evitar sérias queimaduras depele.

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O navegador encontra o "paraíso"

¦ COMO CHEGAR:Há Inúmeros vôos Rlo/Reclfe/Rlo, diária-

mente, a partir das 8 horas. O preço dapassagem é NCZS 401,60. De Recife a Fer-nando de Noronha os võoo também sâo diá-rios e a passagem Ida e volta custa NCZS151,00. A linha é operada pela Nordeste emaviões Bandeirantes que partem às 12h14mdo Aeroporto dos Guararapes.

A Fatcontur oferece pacotes de cinco ouoito dias a preços de NCZS 600,00 e NCZS800,00. Em ambos os casos estão Incluídosa passagem Ida e volta, traslado na Ilha, pas-selos terrestres e estadia na Pousada Esme-ralda, com três refeições. Telefones parareservas: (081) 326-1413 e 341-1888. As reser-vas feitas de outros Estados terão confir-mação Imediata caso o Interessado adiante20 por cento do pagamento total do pacoteescolhido.

A Dolphln Turismo oferece apenas o paço-te de oito dias a NCZS 700,00, Incluindo hos-pedagem, refeições, traslado do aeroportopara o hotel, passeios de ônibus pela Ilha e a

viagem no Boeing da Vasp que sál de Recifeaos sábados às 12h4Sm. Telefones para re-servas: (081) 326-3815 e 326-5179.

¦ ONDE FICAR:Se nenhum dos pacotes lhe Interessar, há

outras opções para se passar até um mês naIlha, a preços bem vantajosos. São as hos-pedagens em casas de Ilhéus, onde as diá-rias com refeições, ficam entre NCZS 15,00 eNCZS 30,00 por pessoa. Nesse caso, o turis-ta compra a passagem no Recife e pode ir p.voltar quando quiser. Mas antes de viajarentre em contato com algum dos Ilhéus quehospedam turistas. Dona Zele, por exemplo,'costuma receber muitos turistas em sua casa.As acomodações são simples, mas a comida,sempre à base de peixe, é ótima. É só ligar(081) 549-1242 e fazer a reserva. Assim, nahora de comprar a passagem, diga onde fica-rá hospedado.

Há também a pensão de Dona Pltuca, naVila dos Remédios, que costuma abrigar mui-tos navegadores solitários que aportam na

ilha. Sua casa fica ao lado da Igreja e asdiárias são NCZS 15,00 por pessoa (sem refel-ções) e NCZS 30,00 (refeições Incluídas).

O OUE COMER:Em qualquer das casas de cômodos pode-

se comer uma boa pelxada à base de bicuda(peixe fino).

PASSEIOS DE BARCO:V Atualmente nenhum pacote programadopelas agências de turlsmn Inclui passeios debarco. Mas há barcos de aluguel na ilha paragrupos ou mesmo para uma única pessoa. Opreço por uma volta em torno da Ilha, comdireito a ver os famosos golfinhos, é NCZS10,00. Para alugar ou reservar barcos falecom Neto pelo telefone (085) 541-1242, ou coma Pousada Esmeralda, onde são organizadospasseios turísticos de ônibus e de barco.

ALUGUEL DE CARROS:Devido ás condições precárias das estra-

das, o veiculo de aluguel na ilha é o jipe(NCZS 70,00 ao dia, com direito a motorista).Reservas com David (549-1191) ou BuchoBranco (549-1416).

CÂMBIO:Não fique surpreso se ao chegar à Pousa-

da ou ao Mirante alguém lhe perguntar sequer fazer câmbio. E que nesses lugares,ao invés do nosso cruzado, o turista podeoptar pela

"moeda local" — os Popetes - comvalores de NCZS 0,10, NCZS 0,20, NCZS 0,50,NCZS 1,00, NCZS 2,00 e NCZS 5,00. As "moe-

das" são, na verdade, contas coloridas enfia-das em colares de plástico. Assim, o turista,de acordo com o valor de cada conta, podecomprar refrigerantes, sanduíches, cerveja eaté pequenos objetos vendidos pelos guias ounas Imediações da pousada.

ONDE COMPRAR:Casa do Artesanato — Em frente à Pousa-

da. Camisetas, brincos, broches e pedras es-curas.

CRISTINA DORIA VIEIRA

O céu de Castela cria a molduraperfeita para Toledo, a cidade-monumento que foi capital espanholaaté 1561 e que ainda hoje é um cenáriode sonhos, em plena Espanha Central.Construída sobre um enorme penhas-co e cercada pelo rio Tajo (o mesmo Te-jo português), a cidade parece umgrande forte, rodeada por antiquíssi-mos muros.

Por sua posição estratégica, emplena província de Castela Nova, Tble-do foi alvo cobiçado pelos diversos con-quistadores que dominaram a Europa.TOledo é, na verdade, o conjunto maiscaracterístico do que foi a civilizaçãoespanhola, uma verdadeira aula de his-tória da arte. Por isso, segundo os es-panhóis, o turista que dispuser deapenas um dia para conhecer a Espa-nha deve gastá-lo, sem vacilar, para verToledo. , .

Nascida como município romano(Tbletum), a cidade foi ocupada no anode 418 pelos visigodos, que a transfor-maram em capital de seu reino. Rece-bendo o título de Cidade Regia, se

o, cenário

projetou como um poderoso centro artístíco de ourives e decoradores. No anc

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ano Construida sobre um penhasco Junto ao Rio Tajo (o Tejo dos portugueses) e rodeada por muros antigos, a cidade de Toledo parece um grande forte

de 711 caiu em poder dos árabes, pas-sou a se chamar Tolaitola e ganhou ain-da maior destaque pela crescentecultura e prosperidade.

Foi reconquistada em 1085 pelos ca-valeiros cristãos comandados por Afon-so VI, Rei de Castela. Começava aínova etapa de enriquecimento, até ai-cançar seu momento glorioso entre o fi-nal do século XV e a primeira metadedo século XVI. Na época era harmonio-sa a convivência entre árabe cristãose judeus e fluía dali a ciência grega eoriental para toda a Europa.

Mesmo tendo perdido parte de suaimportância quando Felipe II transfe-riu para Madri a capital espanhola. Tb-ledo continuou a ser Sede Primaz daEspanha. De todas essas influências,misturam-se em Toledo as marcas daHistória, com monumentos arquiteto-nicos de quase todas as épocas, 'ludo is-so faz da cidade um riquíssimo museu.

A escassez do espaço — por causados muros e do rio Tajo — oDrigou osestilos mais diferentes a conviverem la-do a lado. Assim, em suas estreitas esinuosas ruas pode-se ver alternadas asconstruções de estilo árabe, gótico e re-nascentista. As Portadas de Bisagras— uma construida no século X e outraem 1550 — são as principais entradasde Toledo.

CADERNO DE

2 Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 0 LIBERAL

Lagosta S.P."I Love Lobster" é o

nome da nova promoçãogastronômica de lagostaque o Brasilton realizaneste mês de junho norestaurante O Braseirodo hotel, a partir das 19 ohoras, de terça a sábado.

O Chef Cláudio pre-parou as receitas à"Newburg", "Thermi-dor" e "Champanhe", ealém destas, o cardápiooferecerá as lagostas à"Nova Zelândia" (friaem medalhões com Ki-wi); ao "Funghi Sec" (aocreme e cogumelos se-cos); ao "Whisky"(flambada à mesa, paraduas pessoas); à "Barra-cuda" (espeto na brasacom salada e molho cho-ron); à "Indiana" (per--gumada ao curuy efrutas). E a novidadedesta iniciativa é a lagos-ta à "Laviniense", cria-ção do gourmetSebastião P. Nunes, ge-rente do hotel, nascido nacidade de Lavínia SãoPaulo. Esta última com-bina o sabor natural dalagosta grelhada com amaciez da "Bernoise" elevemente apimentadapelo Tabasco. Os preçosvariam de NCz$ 32,00 àNCz$ 38,00 por pessoa.

Os jantares serão àluz de velas e ao som doTrio Tambatajá.

eçando cedo aDivulgação do Círio a nível nacional, com muita antecedên-cia — de modo a que todos possam se programar para vir aBelém — é o objetivo da diretoria da festa de Nazaré, que es-

tá lançando forte material promocional. A indústria quemais cresce no mundo, o turismo, estava realmente preci-

sando de uma programação maciçada maior festa religiosa do Brasil.

Para o lançamento de peças publicitárias, os paraenses estãocontando com a ajuda da Fundação do Banco do Brasil, que

investe assim na festa da padroeira, transformando Beléminelutãvelmente, como um importante destino turístico.

Divulgando o Círio, aFundação do Banco doBrasil, assumiu nesteano a responsabilidadepela confecção de 200 milcartazes, dos quais 100mil para distribuição emnossa região. O cartazinstitucional mantém atradição de estampar afoto da imagem original,em tamanho grande, res-peitando as solicitaçõesda comunidade católica,que, em anos anteriores,não gostou muito da esti-lização. E por assim di-zer, o pôster que seencontra comumente emqualquer casa do interiordo Estado e na maioriadas habitações simplesde nossos bairros emqualquer época. A inova-ção é que a peça deixa demencionar o ano, após aexpressão Círio.

D D DO outro material de

natureza promocional,procura retratar aspec-tos interessantes do Círioem sete cromos que

emolduram a imagem deNossa Senhora de Naza-ré tal e qual a vemos na"Glória", da Basílica.Com uma tiragem de 100mil unidades, será distri-buído em todo o Brasil eem mais 78 países. Alémdas igrejas das váriasdioceses nacionais, rece-berão os cartazes, asagências de turismo, ho-téis, operadoras e agên-cias do BB em todo oBrasil.

D D DAlém dessas peças

criadas pela Borges Pu-blicidade com fotos dePaulo Jares a diretoriada festa vai lançar "outdoors" nas principais ca-pitais brasileiras, compatrocinadores locais. A.revista do Círio deste anoterá a sua tiragem au-mentada para 20 milexemplares, confeccio-nada em papel couchécom 48 páginas, dasquais 8 em policromia.

A Fundação Bancodo Brasil patrocinará,

também, a veiculação déum filmete de 30 segun-dos em rede nacional detelevisão, com o apoio daEmbratur e, durante 10meses, e ainda espetacu-los artísticos semanaisna Concha Acústica doCAN com a coordenaçãoa cargo da FundaçãoCarlos Gomes. Os showsdos 15 dias da festa pro-fana também será patro-cinados pelo BB.

D D DA Prefeitura Munici-

pai de Belém lançará noCírio 89, 50 mil folder'spara distribuição nacio-nal e 30 mil convites, sen-do estes em forma depostais (um da cidade eoutro da procissão) comos dizeres: "ProgrameBelém do Pará em outu-bro e assista o Círio deNossa Senhora deNazaré".

O governo Gueiroscontinuará patrocinandoo espetáculo pirotécnicodo último domingo, asflores da Berlinda, os li-

paraense_- _._-\T

O paraense ^g&T&S*

Calendário

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Além de ser um dospaíses de maior fluxo tu-rístico de todo o mundo,18 milhões/ano, Portugalé também um centro eu-ropeu de feiras comer-ciais, industriais econgressos. O calendárioportuguês paro o mês dejunho foi apresentado pe-lo diretor do TOP, Anto-nio Vieira Pereira, e tema seguinte programação:de hoje até dia 11, emSantarém: Feira Nacio-nal da Agricultura. De 12a 19, em Lisboa: Festas

dos Santos Populares,sendo esta uma, dasmais tradicionais da ca-pitai portuguesa. No diada inauguração terá umfestivo desfile de mar-chás, que ocorrerá naAvenida da Liberdade, amais conhecida de Lis-boa, com representaçãodos bairros da cidade, co-mo Alfama, Bairro Alto,Madragoa, Graça, Benfi-ca, etc. Como é tradição,a festa lisboeta levará tu-ristas de todo o país àcapital.

CruzeiroO Oriente será visi-

tado pelo Danae, o navioda Costa Crociere, de 19de dezembro a dois deabril. É um cruzeiro de103 dias que parte de Gê-nova e faz escalas nosprincipais portos de Is-rael, Egito, índia, SriLanka, Indonésia, Filipi-nas, Japão, China, HongKong, Cingapura. T_tilân-

dia, Quênia, Somália. Pe-queno e acolhedor, oDanae desloca 16.300 to-neladas, mede 162 me-tros de comprimento e 21de largura e navega à ve-locidade de 17 nós. Possuiseis suítes de luxo, duaspiscinas, sala de ginásti-ca, sauna e massagem,biblioteca, cinema e or-questra internacional.

O Ministério da Eco-nomia e Turismo de Aru-ba já encontrou afórmula para o sucessoturístico em Aruba nestemês de junho,. Trata-sede um busadp.ipix entreo II Aruba Jazz & LatínMusic Festival com a Co-pa Mundial de Windsurf,tudo regado a muitapraia e sol. No ano passa-do muitos brasileiros dei-xaram de acompanhar oFestival por falta de vôosou lugar nos mesmos.Para este ano algumasagências programarampacotes especiais visan-do a grande demanda deturistas brasileiros queestão, cada vez mais,procurando a Ilha deAruba como destino tu-rístico. Bob James,Wynton Marsallis, Geor-ge Benson, DianneSchuur, a cantora cubanaCélia Cruz e José Felicia-no são algumas das es-trelas que estarão esteano abrilhantando o es-petáculo que aconteceráneste junho no EstádioElias Mansur, o popularBallpark, em Oranjes-tad, a capital da ilha. Pa-ralelo ao Festival estaráacontecendo a CopaMundial de Windsurf naságuas da ilha que é con-.siderada o melhor

SPAO Solarium SpaHo-

tel, estabelecimento vol-tado para o bem-estar eemagrecimento, ofereceuma opção para quemquer escapar da correriado dia-a-dia por algumashoras.

Visando recomporenergias, ao mesmo tem-po que relaxar mentes eespíritos, o Solarium ela-borou pacotes de meioperíodo, incluindo saunaseca, banho turco, duchacircular e hidromassa-gem. Quem quiser, tam-bém pode participar das.atividades físicas pro-gramadas pelo SpaHotelou aproveitar sua infra-estrutura, como o restau-rante de categoria inter-nacional, que inclui emseu menu receitas de bai-xas calorias.

A preços módicos, ospacotes podem ser des-f ratados das 8:15 às 12:15horas. O Solarium Spa-Hotel fica na rua ManuelAntônio Portella, 100, ameia-hora do centro deSão Paulo. Ao seu redor,encontram-se um bosquee um campo de golfe, ga-rantindo paz e silênciopara seus hóspedes.Maiores informações pe-lo telefone (011) 704 1400.

"Al Maré"A Ocean Cruise Lines, que têm três navios

de singrando os mares do mundo, o "OceanPrincess", o "Ocean Islander" e o "OceanPearl", anunciou a nomeação da Concorde Ope-radora Turística (Rua Barão de Itapetininga,140 — 5? andar — fone (011) 258-0344 como suaagente geral para o Brasil.

Apresentação oficial da Concorde como tal,será feita em duas solenidades já programa-das: uma destinada à imprensa especializadae outra, num Seminário para agentes de via-gens, quando o Diretor-Presidente da Concor-de, Sr. Nilceu Saito, dará informações sobre odepartamento que criou na operadora, especial-mente para cuidar dos cruzeiros que serão efe-tivados no Brasil e no exterior.

"point" do planeta para aprática da prancha a ve-Ia. Com 29 km2 de exten-são, clima seco, sol o anotodo, temperatura médiade 28 graus a ilha de Aru-ba. atrai tanto por suascaracterísticas físico-geográficas — possuipraias belíssimas e umvisual exótico — comopor sua própria históriae costumes de seu povo.Descoberta em 1499 pelosespanhóis, a ilha passouao domínio holandês aquem pertence até hoje.O idioma é uma misturade espanhol, holandês,português e chama-sepapiamento.

A etnia de sua popu-,lação é igualmente origi-.nal com influênciaeuropéia, — espanhol,'holandês, inglês e portu-guês — e africana.

D D DA moeda locai è o

florim arubano, a ilhapossui 13 hotéis oferecen-do 3 mil leitos, todos naorla marítima e próxi-mos aos cassinos e aoscentros turísticos decompras artesanais.

D D DPara os turistas bra-

sileiros visitarem esteparaíso tropical a Nasci-mento Turismo preparoupacotes especiais visan-

DinamizaçãoO Sr. Antonio Vieira

Pereira, Diretor de Tu-rismo Oficial de Portugalpara América Latina éagora também o novoVice-Presidente da Euro-pean Travei Comission(ETC), escolha feita pe-los representantes da en-tidade na região. Oexecutivo pretende agoradinamizar a área au-mentando o trabalho dacomissão no Brail e nosdemais países da Améri-ca Latina.

FranquiaO comportamento da

economia portuguesanos últimos anos é o res-ponsável pela supressãodas restrições às despe-sas de turismo aindaexistentes no mercadosetorial lusitano. Dessaforma está livre doravan-te a aquisição de moedaestrangeira em Portugalpara fazer frente aos eus-tos de viagem e estadapor parte dos cidadãosdo País em demanda doexterior. Os emigrantesportugueses que viaja-rem também se benefi-ciarão dessas lacuiua-des.

AgilizaçãoUm País eomo

Portugal que recebe 18milhões de turis-tas/ano precisa, cadavez mais, agilizar seusserviços na área e de-legar às suas repre-sentações. É nessesentido que o TurismoOficial de Portugal pa-ra a América Latina,dirigido pelo Sr. Anto:nio Vieira Pereira comescritório na Av. Ma-jor Natanael 67, no Pa-caembu, São Paulo,amplia seu trabalho.

Desta vez com a ade-são ao sistema Tele-fax, a transmissão defac-simile de docu-mentos, o que permiti-rá maior utilizaçãodos vários serviços na-cionais e internacio-nais do centro. Aadoção vai atender as-sim ao crescimentodas atividades do TOPe ao intercâmbio de in-formações ali recebi-das e emitidas. O,número o telefax/TOPna América Latina é(011) 259-1472.

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Até que enfim a divulgação do Círio como atração de turista está começando bemcedo. Na foto, a berlinda na última procissão.

vros da peregrinação ção da Romaria Fluvial, ção, que serão distribuí-folhetos de conscientiza- o Governo do Estado dos pela Air France nasção. Através da Paratur, também participa com suas esclas interna-responsável pela realiza- os cartazes dessa promo- cionais.

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do a estadia no período

Paraenses estão preferindo Aruba: É mais próximo omais em conta em termos de dólares. A Vasp faz uma via-gem por semana, escalando em Manaus, onde apanha ospassageiros de Belóm. Agencias de Belém tôm mais Infor-mações.

ein que acontecera ti j. es-tival de Jazz e a CopaMundial de Windsurf.Aqui estão estes pacotescom preços por pessoa eem dólar: Porite Aérea:saídas às 2asl e 6as. fei-ras às 14 horas de Cum-bica, via Varig, comchegada em Caracas às21:45 horas e conexão pe-Ia Air Aruba, às 22:15 ho-ras e aterrissagem noAeroporto de Oranjestadàs 23 horas. Preço: 650dólares; Parte terrestre:existem três opções parahotéis com cinco estre-las: Golden Tulip, Holli-day Inn e ArubaConcorde. O pacote incluicafé da manhã, trasladoe chegada e saída, cami-seta do hotel, bônus decinco dólares por noitepor pessoa para o Cassi-no, coquetel de boas vin-das, impostos e taxas.Preços válidos para setenoites, por pessoa: HotelGolden Ttdip 612 dólares;Hotel Holliday Inn: 418dólares e Hotel ArubaConcorde: 612 dólares.Para reservas e maioresinformações em SãoPaulo, consulte a Nasci-mento Turismo — RuaMartins Fontes, 91,7? an-dar — Telefone 2585722com Carla ou Cecília.

Um simpósio de tu-rismo levou à Ilha daMadeira 25 agentes deviagem do Recife, cice-roneados pelo Superin-tendente Regional deVendas da Tap Air Por-tugal, Paulo Mello. Oevento ocorreu em Fun-chal, capital daquela Re-gião • AutônomaPortuguesa, na Quintada Magnólia, recanto daMadeira, seguido de inú-meras excursões por to-da a área. A visitadeverá render frutos amédio prazo já que é con-siderável o número deimigrantes madeirensesno Brasil, especialmenteno sul do País e é cadavez mais notório tam-bém o interesse de turis-tas brasileiros pela Ilha,conforme as últimas es-tatísticas da TAP e do tu-rismo oficial de Portugalpara a América Latina.De volta a Lisboa, os 25agentes pernambucanosforam recepcionados pe-lo Diretor de Agências daempresa aérea portu-guesa Luiz Furtado e pe-lo Serviço de RelaçõesPúblicas da empresa.Um dos pontos altos davisita, segundo os profis-sionais que acabam devoltar da Madeira, é apossibilidade entre Bra-sil e a Região Autônomapara negócios com arti-gos típicos.

XadrezOs melhores enxa-

dristas sulamericanosestarão em Foz do Igua-çu de 20 a 22 de outubro,no Holei Darima, para o"Campeonato Sulameri-cano de Xadrez Ativo daRegião 9, que reúne amaior parte dos paísesda América do Sul. Sãoesperados 500 partici-pantes que disputarãomais de 10 mil dólaresem prêmios. A promoçãoé da Confederação Brasi-leira de Xadrez e a orga-nização está a cargo daPromochess de Curitiba.Entre as presenças con-firmadas está a do cam-peão Jaime Sunie.

Med

O diretor da Escola de Gestão Ho-teleira de Lucerna, Suíça, sr. GotthardFrick, afirmou que educação e treina-mento são os caminhos para formaçãode mão-de-obra qualificada na área dehotelaria e turismo. O sr. Frick — umdos especialistas no setor, responsávelpela implantação de escolas de hotela-ria em diversos países — veio ao Bra-sil a convite da Fundação Nacionalpara Formação de Recursos Humanospara o Turismo — Formatur, quandoparticipou do I Seminário Internacio-nal sobre Gestão Hoteleira, realizadaem São Paulo, que contou com a pre-sença de gerentes, diretores e proprie-tários de hotéis. Segundo Júlio Serson(à esquerda de Frick), o Brasil tem po-tenciais que, porém, são mal explora-dos.

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O Club Mediterra-née, grupo hoteleiro fran-cês, acaba de aumentara sua participação nomercado de turismo in-ternacional. Ao subscre-ver 34% por cento numaumento de capital deoutra empresa francesado mesmo setor, a Nou-velle Frontières, que ope-ra uma rede de hotéismenos sofisticados, porum montante de 64 mi-lhões de francos france-ses (9,6 milhões dedólares). O Clube Medi-terranée reforça sua es-trutura em outros países,especialmente naEuropa.

AndinosA paisagem da re-

gião dos Lagos Andinos,ao Sul do Chile, é o atra-tivo de dois programasde viagem montados pe-Ia Dicka Operadora Tu-rística, empresa comquinze anos de experiên-cia no setor. Diferencia-dos apenas ela seqüênciado roteiro, esses pas-seios, com duração de 12ou 14 dias, incluem visi-tas às capitais argenti-nas e chilena, além dascidades de Puerto Montt(ou Puerto Varas), Peul-Ia e Bariloche.,

Fazem parte dos pa-cotes passeios de lanchapelos lagos andinos, visi-tas e pontos panorâmicose diversos percursos emônibus por paisagem demontanhas, neves éter-nas e bosques impenetrá-veis, podendo-se visitar,ainda, os vulcões Osornoe Calbuco. O valor daparte terrestre do pro-grama varia de 440 a 480dólares e as saídas, emvôos da Varig, já estãomarcadas para os mesesde julho e agosto, a par-tir de São Paulo.

CADERNO DE

0 LIBERAL wmmmm Belém, sexta-feira, 02 de junho de 1989 3

AVIAÇÃOOdacyl Cattete -S

• No cüa 28 de maio último, a Co-missária Nina do vôo 300, da Va-rig Cruzeiro, que regulamentouem Fortaleza, no trecho do Reci-fe para o Ceará, ao conversarcom um passageiro de nacionali-dade alemã, que vinha para Be-lém com o objetivo inclusive deconhecer o Marajó, descansou alenha em nossa Capital, contan-do, ao seu talante, uma série depontos negativos que a Cidadepossui. Queria dissimular o turis-ta para que não descesse em Be-lém. A posição dessa aeromoçadesagradou uma série de paraen-ses que estavam à bordo. Umadas testemunhas oculares da his-tória: a Sra. Maria do CarmoThomaz, que é a Secretária Ge-ral do Congresso de Agentes daABAV, em agosto próximo, emFortaleza. Ouviu e não gostou.• Um jj-jto para pousar em Itai-tuba — onde está o recorde bra-sileiro de subida e descida deaviões: a cada três minutos ater-rissa ou decola um vôo (do ou pa-ra) o garimpo —, é a grandereivindicação daquela cidade. Há"lotação" diária de Itaituba paraSantarém (custa 100 cruzados no-vos) e há fluxo suficiente para is-so. Itaituba vai iniciar um"lobby" para conseguir uma fre-qüência diária de Boeing paraaquele município. O dinheiro (re-sultado do ouro) corre solto ali ehá poder aquisitivo para lotar umvôo de jato diariamente. A pistaé nova e está homologada aviõesde grande porte.As empresas conseguiramabortar a greve de aeronautas eaeroviários, que estava sendoprevista para breve. Assim, apartir de primeiro de maio, foidado a todos os que trabalhamem companhias aéreas, um au-mento que varia de 30 até 50 porcento, sendo esta variação deacordo com os contra-cheques. Osmaiores salários receberão 30 porcento e, os menores ganharão 50por cento.

O primeiro Boeing 747 carguei-ro da Air France com destino àpista de Newark decolou do."Charles de Gaulle" com 90 tone-ladas a bordo. Na sua nova linhade carga semanal a empresafrancesa, no mundo que operanos dois aeroportos novaiorquinosKennedy e Newark em vôos tran-satlânticos (só carga). Nesta pri-meira viagem para Newark a AirFrance levou mercadorias deprocedência francesa e de outrospaíses europeus. Durante o anodé 1989, a Companhia esperatransportar 200.000 toneladas defrete no Atlântico Norte.

Parece que agora as coisasvão melhorar no "aeroporto" deVal-de-Cães em Belém, pelo me-nos no que diz respeito aos VIPs.Atualmente, se você for colocadolá, é melhor ficar fora, pois émais quem quer ir para essa sa-Ia para escapar de uma possívelrevista esporádica da Polícia Fe-deral. Assim, a sala VIP que de-veria ser usada com o máximocritério, está sendo desvirtuadado verdadeiro motivo ao qual sedestina. Agora, esse ambiente,deverá ser arrendado a particu-lares, que vão cobrar por pessoaque lá for acomodada, com isto,com certeza haverá uma seleçãobem maior, pois não existe noBrasil coisa para funcionar me-lhor que o pagamento ou sejaquando dói no bolso.

A VASP firmou, com o Sollo,acordo para aquisição de passa-gens aéreas, tanto nas lojas daempresa como em agências deviagens. A partir de agora, osportadores desse cartão poderãoutilizá-lo para o pagamento dosbilhetes não só a vista como tam-bém por intermédio de financia-mento, com todas as vantagensque esse mecanismo proporcionacomo, por exemplo, prazo maisdilatado para a quitação e jurosde financiamento.

A viagem mais longa que saido Brasil para o exterior, é o 4310da Lufthansa. Esse vôo decola deViracopos-Campinas, direto eFrankfurt, é um grande carguei-ro que demora-se entre as duascidades em torno de 14 horas. Oequipamento que faz essa linha éo DC-8/63, do mesmo tipo da Su-riname Airways que opera emBelém, porém neste caso configu-rado internamente para passa-geiros. Efetivamente, 14 horas devôo, é digamos, uma vida dentrode um avião, porém o trecho é ro-tina na Lufthansa.

Na vinda de Frankfurt paraViracopos, a viagem leva 14 horase 20 minutos, ou seja 20 minutosmais que na ida daqui. Explica-se a diferença de tempo de vôo:é que os ventos no mundo tem

predominância no sentido Ásiapara as Américas e daqui para aEuropa e da Europa para a Ásia.

Foi entregue o primeiroBoeing 747-400 para uma empre-sa européia: a KLM. O 747 daKLM, certificado pelo U.S. Fede-ral Aviation Administration re-centemente, é o primeiro da série400 a ser equipado com turbinasGeneral Eletric.

Novamente vindo à tona, atra-vés de divulgação no sul, a com-pra da Taba pela Varig. Ao que sesabe em Belém, não existe nadade concreto sobre o assunto, poisa família Gibson, detém a totali-dade das ações da Taba. Em pas-sado recente houve umanegociação entre as duas empre-sas, porém não chegaram a bomtermo. Com a notícia, a popula-ção do interior vibrou. A possibi-lidade da compra da Tàba pelaVarig, os vôos para o Hinterlandvoltem a ser operados com aconstância que ram feitos ante-riormente pela Cruzeiro, quetambém foi comprada pela Varig.• De acordo com estatística for-necida pela Infraero, eis os aero-portos de maior movimentos doBrasil: Guarilhos-São Paulo;Galeão, Rio de Janeiro; Tancre-do Neves-Belo Horizonte; Eduar-do Gomes-Manaus. SalgadoFilho-Porto Alegre; Brasilia DF;Dois de Julho-Salvador.Congonhas-São Paulo;Guararapes-Recife e Viracopos-Campinas. A ordem usada é amesma da colocação de cada ae-roporto. Somente Guarulhos eGaleão são considerados de cate-goria "A". Os outros são "B".

O turismo austríacono tempo de inverno

O sr. Jean Grlnfeld (foto),diretor comercial da Vasp, foiquem assinou o contrato paramais um cartão de crédito, oSollo.

em etapas de vôo de até U.OOOkm.O seu "sobrado" com perto de 19metros de comprimento, é equi-pado com um bar e pode acomo-dar até 42 passageiros dePrimeira Classe. Uma série 400custa a bagatela de 135 milhõesde dólares.• A Vasp iniciou uma freqüênciasemanal para Aruba, considera-da o paraíso turítico (e fiscal) doCaribe) no primeiro vôo regularinternacional da companhia, des-de que foi fundada, há quase 56anos. Essa abertura para o mer-cado externo, uma atrativo parasua projetada privatização, pode-rá ampliar-se: está pedida auto-rização para uma segundafreqüência semanal e há plano

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No turismo austríaco a estação de inverno vem ga-nhando cada vez maior importância. Dos 16 milhões deturistas que visitam o país todos os anos, mais de 40 porcento o fazem no período que vai de princípios de novem-bro a fins de abril. Destes, a maior parte aproveita aoportunidade para se descontrair nos Alpes cobertos deneve, praticando os esportes da estação, principalmen-te o esqui. Mas também os que vêm à Áustria por causade sua riquíssima oferta cultural não são desiludidos,nessa época. E o mesmo acontece com o turismo de cu-ra e termal, setor em que a Áustria também goza de fa-ma mundial.São principalmente ás grandes cidades da Áustria

que, no inverno, apresentam seu aspecto mais encanta-dor. Na capital, Viena, há até atrações que estão fecha-das no verão, como a Opera Nacional e a EscolaEspanhola de Equitação, com seus lindos cavalos "lipiz-zanos". Também os concertos recomeçam a toda a for-¦¦¦a, e em geral os mais concorridos são realizados foraIa estação alta do verão. Para os amantes da música detodo o mundo, é esta a melhor época para usufruir a ri-ca oferta da metrópole do Danúbio.

Não é apenas uma ida às compras nas mais elegan-tes lojas do centro com sua arquitetura única, ou umavisita aos museus — como o de História da Arte ou a Ga-leria Albertina, que possui a maior coleção de arte grá-fica do mundo -, mas sobretudo a estação dos bailes quedá o caráter próprio à cidade. Além do famoso Baile daOpera, em fevereiro, há centenas de outros, principal-mente nos grandes hotéis de luxo, que convidam o visi-tante a participar do entusiasmo dos vienenses pelavalsa.As outras cidades da Áustria também convidam auma visita no inverno. Na cidade dos festivais. Salzburg,é realizada todos os anos, em fevereiro, a "Semana deMozart" com amplo programa musical. Mas tambémas cidades de Linz — com a famosa "Brucknerhalle" -

e de Graz se apresentam, no inverno, cheias de charmee com um programa musical muito bem escolhido.Insbruck, que por duas vezes foi sede das olímpia-

das de inverno, é naturalmente, um dos principais cen-tros de esqui. Dali facilmente se alcançam numerosasregiões para a prática do esporte, e a cidade, aos pés daimpressionante cordilheira ftNordkette", oferece um lar-go programa cultural. Os équiadores e amigos do invernogostam também de passar suas férias numa das peque-nas vilas nas montanhas, que, com sua excelente hote-laria e gastronomia, oferecem grande conforto. Por suasótimas possibilidades para a prática de esportes de in-verno já se tornaram conhecidas, em todo o mundo, es-tâncias como Kitzbuehel. St. Anton am Arlberg Zell amSee, Schladming, Mayerhofen im Zillertal, Badgastein,Seefeld in Tirol, Bad Kleinkirchheim.

Contudo, o turismo não oferece apenas férias cultu-rais e esportivas, mas também termais. A fama da Aus-tria como meca da medicina e centro de saúde daEuropa é confirmada pelo alto nível das cerca de 100 es-tâncias termais e de cura do país. Nos mesmos locaisem que, em outros tempos, reis e imperadores procura-ram remédio para as mais variadas doenças, noje emdia visitantes de todo o mundo fazem o mesmo. Temospor exemplo, Bad Ischi e Baden bei Wien, ambas anti-gas residências de verão de imperadores Habsburgos,onde os monarcas juntavam o útil (governar) ao agra-dável (passar as férias), lemos ainda Badgastein e Bad-hofgasfein, aonde tratamentos termais apresentamótimos resultados para, entre outras doenças, reumáti-cas. Ou ainda Warmbad Villach que, na última década,aprPCPnrnn PranHo Hpconirníinmonfn nnmr. aetSfirtio fa»»_

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Jovens diante do Palácio de Belvedere. Viena.

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Imal. Para o visitante a oferta é grande, e há uma coisaque nunca muda: a hospitalidade na Áustria não conheceestação e, por isso, também no inverno vale a pena pas-sar as férias neste país no coração da Europa.

Saídas; 15 Junho06 Julho

Retornos: 11 Agosto01 Setembro

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O Aeroporto Internacional doGaleão, está com proposta de umestabelecimento bancário estran-geiro para ser privatizado. Seráuma Build Operate and Transfer(BOT), que é o mesmo que dar aobanco 25 anos para operar o ae-roporto, e após este tempo, elevolta para a Infraero. A propostajá foi feita ao Ministro da Aero-náutica, que ficou de dar umaresposta para breve.

Se um banco brasileiro resol-ver fazer uma proposta para pri-yatizar o "aeroporto" deVal-de-Cães, seria a única manei-ra das coisas serem consertadasnaquele atual próprio da In-fraero.

Uma das praias do Caribe —Aruba — é o destaque da ViajeBem, revista de bordo da Vaspque começou a ser distribuída aseus passageiros durante os vôos.As fotos coloridas ilustram a ilhaque não é mais um sonho para oturista brasileiro pois a Vasp jáestá voando para lá todasexta-feira.

Estatísticas feitas pelo Gover-no do Estado de São Paulo, mos-tram que é mais seguro viajar deavião no Brasil, do que andar decarro na capital paulista. Assim,usando da comparação feita pe-los mesmos, no ano de 85, que foirecorde em acidentes aéreos,morreram 1.544 passageiros emtodo o mundo. No mesmo perío-do só de acidente automobilístico-na capitai de São Paulo,morreram 2.808 pessoas, deixan-do ainda 28.759 feridos graves.

A Associação Internacionaldos Passageiros de Linhas Aé-reas, também divulgou que a pos-sibilidade de uma pessoa morrerde acidente de avião, está em sé-timo lugar das causas-mortis,sendo mais fácil morrer-se dequeda, fogo, afogamento, intoxi-cação alimentar ou medicamen-tos e em acidentes com armas defogo. Assim, quando você viajarde avião, fique ciente que estávoando em um meio de transpor-te somente menos seguro que osmetrôs das grandes cidades, poiso restante é menos seguro queavião.

O novo Boeing 747-400, que en-trou em serviço este ano, podetransportar até 412 passageiros

para transformar em regular ovôo charter inaugurado há poucomais de um ano para Havano. Ovôo de Aruba tem escala emManaus.

Os três pássaros tricolores de-senhados por Falon, emblemaoficial da Missão do Bicentenárioda Revolução Francesa e da De-claração dos Direitos do Homeme do Cidadão, estarão em brevena fuselagem branca dos aviõesda Air France. O logotipo voaráassim para os quatro cantos domundo nas linhas da Air France,interligando as suas 187 escalasem 78 países.

Um seminário técnico de tari-fas foi dado a um grupo de servi-dores da TAP Air Portugal queexercem funções nas lojas da em-presa aérea de bandeira portu-guesa nos diversos pontos doPaís. O encontro técnico realizou-se no Hotel Copa D'Or, Copacaba-na, Rio de Janeiro e teve comoinstrutora Nazária Bastos, doCentro de Instrução da TAP emLisboa, vinda ao Brasil para oevento. Funcionários da repre-sentação da TAP de todo o País(menos de Belém) tomaram as-sim conhecimento do novo siste-ma de cálculo de tarifas queentrará em vigor à partir de ju-lho próximo.

Por proposta do presidenteBernard Attali, o Conselho de Ad-ministração da Air France deci-diu comprar dois Airbus A 310-300suplementos, a serem entreguesem 1990. Esta decisão foi subme-tida à aprovação do Conselho dadireção do Fundo de Desenvolvi-mento Econômico e Social. Estesaparelhos acrescentar-se-ão aosdois outros Airbus A 310-300 enco-mendados em março de 1989, eque deverão chegar no decursodeste ano. O C.A. também auto-rizou a Companhia a tomar qua-tro opções suplementares.

Assim aproximadamente, umtotal de quatro Airbus A 310-300 seincorporará à frota da Air Fran-ce que se beneficia também dequatro opções suplementares pa-ra este equipamento. A aquisiçãodestes aviões bi-motores de 170 lu-gares, de grande raio de ação,permitirá a Air France intensifi-car as suas linhas do AtlânticoNorte.

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CADERNO DE

Y\ Y useuse s, a históriNo caminho para Estoril, sempre na margem

direita do Tejo, o turista poderá aproveitar para vi-sitar a Torre de Belém. Construída no século XVI,em estilo romano-gótico, é o símbolo da época dosdescobrimentos. Quase em frente fica o Mosteirodos Jerônimos, considerado um dos mais notáveismonumentos religiosos do Mundo. Sua construçãofoi iniciada em 1502 e é ali que se encontram os tú-mulos do poeta Camões e do navegador Vasco daGama.

Na Zona de Belém, duas visitas são obngató-rias: uma ao Museu dos Coches e outra ao Museuda Marinha, na Praça do Império, ao lado do Mos-teiro dos Jerônimos. Imperdível para o viajante éo Castelo de São Jorge, o mais velho monumento deLisboa (construído no século XII), de onde se temuma das mais belas vistas da cidade.

Em geral, os portugueses têm muito orgulho deseus monumentos. A igreja da Madre de Deus, queabriga o Museu do Azulejo, onde são guardadasmais de um milhão de peças, é um deles. Tambemmuito bonito é o Convento do Carmo, que está sem-pre bem iluminado.

Quem gosta de visitar bons museus vai se deli-ciar ao conhecer o Calouste Gulbenkian, que ficana Avenida de Berna, e o Museu Nacional de ArteAntiga (ourivesaria, pintura e escultura), na Ruadas Janelas Verdes.

Sua coleção de obras de arte faz parte do patri-mônio artístico de Portugal. Outras opções são ospasseios na Praça de Tsuros, no Campo Pequeno enos bairros populares Alto, Madragoa e Alíama.

Atrações turísticasEm 13 de outubro de 1930, o bispo de Leiria— após um longo e minucioso inquérito canôni-

co — declarou dignas de crédito as visões dostrês pastorinhos, autorizando, oficialmente, o cul-to a Nossa Senhora de Fátima.

Das três privilegiadas crianças, apenas Lu-cia viveu por muitos anos. Francisco morreu em1919 e Jacinta no ano seguinte. Recolhida numconvento de Carmelitas, Lúcia escreveu todo oconteúdo da revelação. Apenas uma parte — re-ferente à devoção ao Coração Imaculado de Ma-ria — tornou-se pública. A outra parte foientregue à Santa Sé, que até agora não julgouoportuno divulgá-la.

Quem vai pela primeira vez a Fátima per-cebe logo o clima solene e místico que envolvea cidade. Nos dias 12 e 13 de maio e de outubrorealizam-se grandes peregrinações que arras-tam pessoas vindas de todas as partes do Mun-do. Levadas pela força da fé, elas alimentam odesejo de pedir a bênção, cumprir promessas fei-tas em momentos de aflição, ou simplesmenterezar. Além das peregrinações, existem as cha-madas Casas de Retiro, por onde passam anual-mente religiosos e leigos de todas as partes doMundo.

Fátima também oferece outras atraçõesalém de peregrinações e Casas de Retiro, se bemque todas ligadas à religião. A Capelinha dasAparições — construída pelo povo no lugar on-de apareceu Nossa Senhora — é um dos lugaresmais visitados. Na Basílica, encontra-se, no tran-septo, os túmulos de Jacinta e Francisco. "Kim-bém nao podem deixar de ser visitados osmonumentos aos Papas Pio XII e Paulo VI, além•do monumento ao bispo de Leiria, D. José AlvesCorreia da Silva.

Bonito e imponente é o Centro Pastoral PauloVI, um amplo edifício com quatro pisos. O anfi-teatro tem capacidade para 2.124 pessoas senta-das e o salão menor comporta 600 lugares.

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SERVIÇO

Os três pastores que presenciaram as aparições O Santuário de Fátima foi erguido no mesmo local onde, há 72 anos, apareceu a Virgem

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Os encantadoresbairros antigos

A imagem de Nossa Senhora é visitada por fiéis do Mundo inteiro

A parte velha de Lisboa é umadas mais interessantes da capital lu-sitana. Uma visita aos bairros me-dievais da cidade dificilmente seráesquecida pelo turista. As ruas es-treitas e as várias ladeiras dão umclima nostálgico, como se de repentefossemos cruzar com algum poeta,quem sabe Fernando Pessoa.

Em Alfama — o mais famosodeles —, com suas vielas, restauran-tes e casas de fado, o viajante tra-vara contato com a boêmia. Já nobairro Castelo, onde se encontra oCastelo de São Jorge, pode-se des-frutar de uma bela vista panorâmi-ca da capital e do Rio Tejo.

O bairro da Graça também nãopode deixar de ser visitado. Afinal,é o lugar onde se realiza — terças esábados — a famosa Feira da Ladra.Lá, encontram-se, a preços baixos,objetos de arte, roupas antigas e mo-dernas, móveis e utensílios domes-ticos. Se preferir, o viajante podeembrenhar-se pelas tortuosas ruasuu Baii'i'u~Aiiu, um uus mais antigos-e populares da cidade, hoje transfor-mado num local obrigatório paraquem pretende viver uma autêncianoite lisboeta.

Recuperando-se do trágico in-cêndio ocorrido em agosto do anopassado, o Chiado é outro lugar im-perdível. O passeio deve ser inicia-do próximo à estátua de Fernando

Pessoa, em frente à Confeitaria ABrasileira, só terminando na Rua doCarmo, onde estão excelentes lojasde sapatos, bolsas e cintos de couro.É lá também que podem ser encon-tradas as mais completas e badala-das livrarias, onde se reúnem, paralongos papos, os intelectuais.

0 próximo local de visita é oRossio (Praça D.Pedro IV) que ficano coração de Lisboa, verdadeiroponto de encontro de gerações. Aliestão situadas a cosmopolita Paste-laria Suiça, a elegante Loja dasMeias e a popular Tendinha, tascaonde se saboreia a melhor ginja —licor de cereja — com pastel de ba-calhau.

Do Rossio, o turista pode ir, ca-minhando às Ruas da Prata e do Ou-ro, onde estão as tradicionaisjoalherias. Para quem gosta de sa-borear doces típicos, em ambienterequintado, a sugestão é ir até o sa-lão de chá do Hotel Ritz, um dos lo-cais mais bem freqüentados da

Onde ficar:Hotel Ritz Inter Continental

(*****) Rua Rodrigo da Fonseca, 88(56-1444). O Ritz está na lista dos me-lhores hotéis da Europa e ofereceatendimento personalizado. As diá-,rias, para apartamento de casal, dotipo standart, custam em média 28mil escudos. Nos apartamentos de lu-xo as diárias custam, em média, 32mil escudos.

Hotel Méridien (*****) Rua Cas-tilho, 149 (69-0900). O mais modernohotel de luxo da cidade. Cobra 28 milescudos por uma suíte standart, decasal e 32 mil escudos por uma deluxo.

Hotel Continental (*****) - Tra-vessa Marquês de Alçada Bandeira,9 (73-5005). As diárias custam 15 milescudos para uma suite de casal.

Hotel Flórida (*****) - Rua Du-que de Palmeia, 32 (57-6145). Suite decasal: 15 mil, escudos.

Hotel Eduardo VII (***) Av. Fon-tes Pereira de Melo, 5 (53.0141). Asdiárias simples custam 1.900 escudose as de casal 9.900 escudos.Onde Comer:

Tágide — Largo da Academia deBelas Artes, 18 — Serve pratos requin-tados de bacalhau, peixes e bifes por-tugueses.

Snob — Rua do Século, 21, no Bair-ro Alta Local de intelectuais e artis-tas. É especializado em bife nafrigideira com batatas.

Adivinhe Quem Vem Jantar —Rua Fradesco da Silveira, 39 — Alcân-tara. Um dos proprietários, Ilário Cli-maço, recomenda o linguado a MayWest.

Constituinte — Rua do São Bento,145, junto da Assembléia Nacional. Osdonos, Nobre e Justa, sugerem os bi-fes e o cabrito português.Parreirinha de Alfama — Casa defados e restaurante. Fica no Largo doChafariz e serve um dos melhorespratos de arroz de malandro (arroz .com carne).

Papa Acorda — Rua do Atalaia, 57,

Rm seus salões existem obrasde consagrados artistas plásticosportugueses, como Almada Negrei-ros, Botelho e Martins Correia. O sa-lão de baile — que ainda funcionapara as festas da alta burguesia por-tuguesa — leva o nome de Pedro Lei-tão, um dos mais festejados artistaplástico de Portugal.

Bairro Alto. Experimente a ãçõfí3ã~(pedaços de pão de trigo e milho amo-lecidos em água quente) de marisco.• Café Concerto — Rua do norte, 24.Pratos variados. Espaço cultural comteatro, música ao vivo e galeria dearte.MOEDA: Escudo — 156 escudos va-lem \ dólar.

nedo. uma oarte daRITA CYNTRAO

A apenas 171 quilômetros do Rio,a 400 metros de altitude e cercadopelos ares do Parque Nacional de Ita-tiaia, Penedo não é somente um refú-gio a mais na serra. O pequeno dis-trito de Itatiaia, abrigo da únicacolônia finlandesa do Brasil, temmuita história para contar. Princi-palmente aos que passam ali em di-reção à badalada Visconde de Mauá,33 quilômetros além. Os jovens tal-vez não saibam, mas aqueles homense mulheres de pele corada que habi-tam Penedo foram os primeiros na-turalistas a chegar à região.

Este ano os finlandeses comemo-fam 60 anos de Brasil. Nesse tempomuita coisa mudou na vida e nos so-nhos desses imigrantes — comoaquele de criar uma colônia agrícolapara exportação, que foi >por águaabaixo com a Segunda Guerra —mas a obra dos pioneiros permanece.E a maior é a beleza da região —rica em árvores, flores e cheia decantos de pássaros que o homem dacidade grande nunca ouve —, coisasque não existiam quando os eles che-garam ao local: na época, uma áridafazenda abandonada por beneditinose castigada pelas plantações de ca-fé.

Eva Hilden, que está lançando olivro "Saga de Penedo", explica queos seus cem conterrâneos que chega-ram ao Brasil em 1929 não imigra-ram por motivos políticos. Estavamansiosos por um clima tropical ondepudessem plantar e concretizar seuideal vegetariano. Foi assim que che-garam àquela vila localizada no meiodo caminho entre Rio e São Paulo.Colocaram mãos à obra, deram viçoà terra esgotada e tentaram o ramode enxertos das laranjeiras. A Se-gunda Guerra atrapalhou, mas o po-voado já era belo o suficiente paraatrair turistas, que até hoje conti-nuam sendo atraídos pela beleza dolocal.

É preciso conhecer a Finlândia pa-ra entender tanta persistência, dizEva. Trata-se de um país castigadopor seis meses de inverno rigoroso,onde a luz do dia praticamente nãoaparece: cada pedaço de naturezatem que ser preservado em prol daprópria sobrevivência. Por isso, osfinlandeses se destacam pelo respei-to ao meio-ambiente. Taimi Aichin-ger, neta de imigrantes e dona doHotel Pousada de Penedo, comentaque os atuais moradores, mesmosem visar ao comércio, aproveitamcada centímetro quadrado dos seusterrenos com plantações de frutos ehortaliças para seu uso pessoal.

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Os finlandeses mantêm as tradições do país

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Os chalés, comuns em Penedo, combinam perfeitamente com o clima frio que caracteriza a região Os produtos típicos da região são deliciosos

Cada família temuma sauna em casa

Os finlandeses também se desta-cam pelo artesanato em tapeçaria epano, sem falar nas famosas camise-tas pintadas com motivos folclóricos,como as aves mensageiras e a árvoreda vida. Nas lojinhas que se espa-lham pela Avenida das Mangueiras eCasa das Pedras, pode-se ainda com-prar ou admirar as vestimentas tra-dicionais do povo.

Os doces, os molhos, e o afamadobolo finlandês são também umaconstante nas lojinhas. Mas as recei-tas foram desenvolvidas aqui mes-mo, já que a única fruta que crescena Finlândia é a maçã, além de fruti-nhas silvestres não encontradas noBrasil.

O turista também notará que, emPenedo, há uma sauna por família. Oque não é de se estranhar, pois fo-ram eles os introdutores da sauna nonosso País. Mas a finlandesa temseus segredinhos: a temperatura ja-mais ultrapassa os 80 graus, nuncase permanece lá dentro mais do quevinte minutos e o vapor é consegui-do jogando-se água em um recipienterepleto de pedras em brasa. Quantoao perfume, esqueça as essências in-dustrializadas: ele se desprende deramos de flores secas.

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A familia expõe, além de artesanato e tapeçaria, revistas da Finlândia

Os Hilden e a força da imigraçãoEva Hilden chegou ao Brasil em

1929, com 6 anos. Durante a infânciateve a chance-de visitar seu pais e,em determinada fase, pretendeu atése instalar por lá definitivamente.Desistiu, quando a guerra terminou.Casou com Marcos Hilden e hoje osdois mais a mãe dela, Laura, consti-tuem a memória viva da imigraçãofinlandesa. Ela montou, na frente decasa, o Museu da Eva, onde expõetrajes típicos, tapeçaria, artesanatoem madeira feito pelo marido, revis-tas e livros como a "Kalevala", poe-ma épico finlandês.

A família mora numa casa am-pia, confortável, mas bem simples.Na sala, uma enorme estante repletade livros.

— Na Finlândia, devido ao frio eàs noites muito longas, as pessoaspermanecem mais tempo em casa,conversando e lendo. Todas as fa-mílias organizam com carinho umapequena biblioteca — explica Eva.

Eles herdaram o hábito dos pais.Televisão, quase não assistem; prefe-rem ficar reunidos em volta da me-sa, brindando com punssy — licorde frutas — e trocando idéias.

Uma advogada quevotou na natureza

Eci Figueiredo e Henrique Ribeironão têm ascendência finlandesa, nãosão agricultores nem naturalistas.Advogados, viveram, até 1978, a vidacomum e confusa de qualquer cario-ca. Então, cansada das lides forensese da rotina do escritório, insatisfeitacom o tumulto diário, Eci decidiupassar uma temporada na casa dafamília em Penedo. E ai sua vidamudou: ela resolveu não ir mais em-bora.

Bastou a vontade de começar. Ho-je, ela é moradora, defensora e pro-pagandista convicta de Penedo e nãotem a menor intenção de voltar ã ci-dade grande. Abriu um restaurantee a maior loja de geléias, doces, cho-colates, licores e queijos da região,tudo produzido ali mesmo. •

O gosto caseiro dos doces delica-dos que produz — entre eles umainusitada geléia de pétalas de rosas— foi certamente uma influência dosfinlandeses, assim como os molhos àbase de queijos e manteigas. Tudobem: isso poderia ser feito no Rio. Oque diferencia as lojinhas de Eci é oambiente tranqüilo, quase familiar.Ingredientes como respeito e amiza-de, dos quais os finlandeses não fa-zem segredo para ninguém.

Uma das atrações:picanha de búfaloCOMO CHEGAR:Penedo fica a 171 quilômetros do Rio de

Janeiro, seguindo-se pela Via Dutra. Atual-mente o distrito laz parte de Itatiaia, mastambém pode-se chegar lá, de ônibus, atra-vés de Resende. A passagem Resende-Pene-do custa NCZS 0,19.

ONDE FICAR:Hotel Danlela — A sete quilômetros da via

Dutra. Telefone: 51-1151. Com dez acomoda-ções, sala de jogos, piscina, sauna e restau-rante. Preços: NCZS 30,00 (casal) e NCZS23,50 (solteiro), com café da manhã.

Pousada Penedo — A cinco quilômetros davia Dutra. Telefone: 51-1309. Com oito aparta-mentos, piscina, bar e restaurante. Preços:NCZS 35,62 (casal) e NCZS 24,92 (solteiro),com café da manhã.

Hotel da Cachoeira — A 7,5 quilômetros davia Dutra. Telefone: 51-1262. Oito apartamen-tos e oito chalés com lareira, butique, sala dejogos, ducha, cachoeira, bar e restaurante.Preços: NCZS 81,00 (chalés) e NCZS 73.00(apartamentos), com almoço incluido.

Moradas Penedo — Avenida das Manguei-ras 791. Telefone: 51-1333. Oito apartamentos,e 12 chalés, bar, restaurante, piscina, sauna cplayground. Preços: NCZS 99,66 e NCZS 92,50.com pensão completa.

Hotel Girassol — Avenida Casa das Pe-dras 766. Telefone: 51-1237. Três chalés enove apartamentos, bar, restaurante, piscinae sauna. Preços: NCZS 48,00 (casal) e NC_30,00, mais 10 por cento para o café da ma- .nhã.

Hotel Pequena Suécia — Rua Toivo Sunis/n. Telelone: (0243) 51-1275. Oito apartamen-tos e cinco chalés com lareira, bar self-servi-ce, sauna, piscina, bosque de pinheiros, casade chá. Preços: diária casal NCZS 75,00 commela pensão.

ONDE COMER:Restaurante Girassol — Avenida Casa das

Pedras 766. As especialidades são os fonduesde NCZS 12,00 (o de queijo) a NCZS 55,00

(o de camarão); as trutas, a partir de NCZS7,80; os camarões, a NCZS 16,50; e o baca-ihau á Portuguesa, a NCZS 16,50.

Restaurante Trieste — Avenida das Man-

guelras s/n". As especialidades são as rãs, aNCZS 14,00; as trutas, a partir de NCZS5,50; o bacalhau, a NCZS 16,00 e as massas, a

partir de NCZS 4,00.O Rei das Trutas — Avenida das Manguei-

ras s/n*. As especialidades são as trutas (comamêndoas, champlgnon e castanhas), a partirdo NCZS 5,00; camarões, a NCZS 15,00; bade-

jo, a NCZS 9,00.Restaurante Bom Papo — Avenida Casa

das Pedras 542. Pode-se escolher entre espe-cialldades como a truta na manteiga, a NCZS5,50 ou o churrasco Bom Papo, a NCZS5,20.

Restaurante da Eci — Avenida Casa dasPedras 768. As especialidades são as pica-nhas de búlalo, a NCZS 25,00; de boi, a NCZS10,90. e de trutas, que vão de NCZS 6.90 aNCZS 10.90.

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O sol começaa mostrar

o coloridoda estação

O sol recomeça a pintar dedourado as manhãs e as tardes.Hora da paradinha para amudança de estação. Hora dese olhar no espelho e rever amaquilagem, que deve ser leve,podendo ser pesada; discreta,podendo ser luminososa; e viva,podendo ser pastel. Semprecolorida.Coloridaé também a Iycra programadapara enfeitar piscinas e praias.Cores ácidas, emborrachados,duas-peças nostálgicosou rendinhas bordando biquínisousadíssimos, balançandoestilo e corações.O sucesso é o sukini:um toque de Martlin no que

já se pensava não haver maiso que inventar.Coloridapode ser a roupa das crianças,para quem o verão traz riscos:muita cor na pouca roupa,dentro ou fora d'água,aconselham os pediatras.Coloridospodem ser os olhos. De milcores novas: mel, azul, verde,ou intensamente violetas.As lentes estão aí, masprecisam de cuidado,aconselhamento e treino.E coloridassão, também, as bancas derevista. Mesmo que a corseja pornô envolto emplástico. E que, mesmoassim, explode.

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Antigamente

elas eramimportadas. Falar nu-ma revista sueca era

abrir um universo de pers-pectivas eróticas. Depois vi-raram "revistinhas". Ai doadolescente que não tivesseuma! Toda amassada, velhi-nha mesmo, servia. O nego-cio era ter uma. Com otempo o produto se "nacio-

nalizou". Era vendido de ma-neira sigilosa. Banca nãopodia expor, porque a moralde 64 não permitia. Mas de-pois veio a abertura e as "re-

vistinhas" invadiram as

Tudo pelosexual!

bancas e o que se vê, hoje, éum número cada vez maiorde publicações do gênero."Acho

que essa explosãotem a ver com a questão daliberdade", avalia o psiquia-tra e professor Maiolino Mi-randa, que faz questão dedistinguir publicação pornô-

finalmente chegou junho, acompanhadode seu feitiço, do folclore e das noites lindas. Acidade começa a mudar, o colorido das bandei-rinhas a enfeitar, o forró a esquentar, o cheiro-cheiroso a perfumar, o boi-bumbá a dançar eo povo a se alegrar. São as festas juninas queestão chegando para a alegria popular.

W mês de junho com toda a sua carga po-sitiva nos traz a lembrança do mais autênticopoeta popular do Pará — Bruno de Menezes —com sua poesia ritual e mística de "BATUQUE".

"Junho! Mês joanino do Santo Antônio deLisboa,

do João Batista precursor,do velho São Pedro chaveiro do céu".

Aí temos a apresentação do mês atravésde uma cena estática, pois há ausência da ação._ poeta se interessa em mostrar que os Santosacima são os donos desse mês, haja visto quecada um deles é homenageado no seu dia. OSanto Antônio, protetor dos namorados,

é festejado no dia 13. São João, símbolo daservas cheirosas e das fogueiras, no dia 24 e SãoPedro, porteiro do céu, no dia 29.

Bruno de Menezes, com seu ritmo, seus co-nhecimentos populares vai mais além:'Tua alegria é feita de fogueiras crepitantes,

de crespas rodinhas estreladas,de foguetinhos pipocantes,de bojudos balões multicores,de toda essa alegria luminosa e aparente".

As noites de festa de junho são descritasde uma forma tão real que é impossível não re-cordarmos dos junhos passados, com suas fo-gueiras gigantes, dos foguetinhos de nossainfância, dos balões a enfeitar o céu, levandoo nosso olhar até o infinito. O clima era conta-giante assim como a noite junina.

Jb as adivinhações que mexiam até hojecom a moçada, querendo saber o nome de seuamado? Quando casará? Todo esse misticismoe folclore fazem parte da magia junina."Ah! Como o folclgre revive na tua quadra

as nossas ingênuas crenças avoengas!— Os patacões de cobre que dormiam no

braseiro para os "cortes" de ezipla e suspensãode espinhela;

nos cortinados de goma e igrejas de clarasde ovo

nos copos serenados das esperanças denoivado,

a lâmina da faca virgemcravada na inocente bananeira sem culpa;o espelho de água dormia na bacia dos

destinos,até os cântaros de ir à fonte partidos pelo

Santoàs mãos das saloias ramalhudas".

X udo isso é Bruno de Menezes, Eneida deMoraes. E junho, o mês dos mungunzás, dos do-ces de macaxeira, das canjicas, das adivinhações,da esperança, do amor, dos namorados, do en-canto — enfim — meu mês, seu mês, nosso mês,pois tudo pode acontecer quando é junho, atéo impossível. Tente...

gráfica de publicação erótica."O

pornográfico é o vulgar,o mecânico. O erótico, não.E mais elaborado", ensinaMaiolino. "Mas o que se vêhoje, nas bancas, é quase tu-do pornográfico", lamenta.

E com razão. As publi-cações desceram abaixo donível do esgoto. Poucas semantiveram em condições deserem exibidas em público,sem constrangimento dequem as tem. "Parece

que aspessoas que compram esse ti-po de publicação tem o de-sejo voltado mais para esselado mecânico", avalia Maio-lino. As publicações a que serefere são sempre de terceiracategoria, com fotos geral-mente compradas de editorasestrangeiras, que faturam oque querem e o que não que-rem vendendo pornografiaao mundo inteiro. Há tam-bém as produzidas por grá-ficas menores que,descobrindo o filão, passa-

—rüin ü Cuuài, Cütll iiíuios 4_ie—tenham algum apelo de sen-sualidade barata, fotos feitaspor fotógrafos sem nenhumahabilidade.

"E o pior é que isso ven-de, e como vende, mas pare-ce que é disso que o pessoalgosta", avalia dona AlegriaSerruya, proprietária de umabanca de revistas na Presi-dente Vargas. "Às vezes as re-vistas chegam e eu deixoguardadas dois, três dias, pa-ra ver se saem outras publi-cações. Mas o pessoal quer ésexo", diz ela, inconformadapor ter de vender, em suabanca, revistas pornográfi-cas. "Nós compramos paço-tes das distribuidoras e vemtudo junto. Além do mais, agente paga adiantado e nãodá para recusar", explica.

Com público certo, oA^;- a ______ c —¦____

Mas quando vai um senhor.

co para essas revistas aumen-ta a cada dia. O movimentodesses primeiros meses de 89já bateu e muito o do anopassado.

"Enquanto era proi-bido, e as editoras eram obri-gadas a colocar uma tarjacolorida para cobrir a fotodas mulheres, essas revistasvendiam que só. Depois que'foi liberada a venda, a pro-cura caiu, caiu, caiu até, esteano, não sei dizer o porquê,todo mundo voltou a com-prar", assusta-se.

Quem pensa que o con-sumo de revistas eróticas oupornográficas é apenas mas-culino, engana-se. "As mu-lheres ficam loucas quandovêem uma revista de homemnu. Os "gays" também. Elescompram sem cerimônia.

—C-Siiifr/iu. üh.q ^c'v"i->^ã•^c^l^^Vu^:^lher nua, ele disfarça, cobrea capa e só mostra o preço.Tem vergonha", diz donaAlegria, que não vê perigoapenas no comércio de publi-cações eróticas ou pornográ-ficas. Ela alerta para o fato decrianças estarem comprandoas chamadas "revistas dasgatinhas", onde, segundo ela,"ensinam de tudo". "Essas re-vistas falam de masturbação,de coito, de beijo, e as crian-ças ainda nem estão prepara-das para saber essas coisas.Devia também ser proibidovender essas revistas para umpúblico infantil.

Com o mercado aberto,as editoras faturam. E os pre-ços disparam. Uma revistaerótica de boa qualidade,com fatos e reportagens de

'»"'¦'-*'*"¦. ";:-.-¦.¦¦¦¦ 'je •¦. ** *_^_- •""¦%"**.• .***'.'.< >.*letras & Cores

2 0 ÍJBEJRAL/AQUI BELÉM

LIVROS:' DO SANTO OFÍCIO ÀLIBERTAÇÃO — Ismar deOliveira Soares. EdiçõesPaulinas. Ainda estão namente de todos, pois que aimprensa veiculou fartamen-te, as restrições da Igreja àexibição dos filmes "Je VousSalue, Marie"e "A ÚltimaTentação de Cristo". A polê-mica em torno do discursoda Igreja Católica sobre aComunicação remonta aos»tempos de Gutenberg eprolonga-se até os dias dehoje. Em "Do Santo Ofício àLibertação", Ismar de Olivei-ra Barbosa trata justamentedesse assunto, de sua gênesee seus desdobramentos. Li-vraria de Edições Paulinas(rua O' de Almeida, 545 — j

telefone 241-3607).* HÓSPEDE DA UTOPIA— Fernando Gabeira. Edito-ra Guanabara. Depois datrilogia memorialista que oconsagrou, Gabeira parteagora para o romance,apresentando-nos, em "Hós-

pede da utopia", um históriade amor e viagens aventurei-ras, com um forte traço au-tobiográfico. Em estilo bemmoderno, contemporâneomesmo, busca prender o lei-tor num jogo de perplexida-des e descobertas. LivrariaPonto & Vírgula (avenidaConselheiro Furtado, 1142 —telefone 222-7913).VfDEOS:' A BRUXA QUE VEIODO MAR ("The witch whocarne from the sea") — EUA,

1976. Direção de Matt Cim-ber. Com Millie Perkins,Rick Jason, Lonny Chap-man, Vanessa Brown, PeggyFleury e Jean Pierra Camps.Vidcocast. Uma garçonetetraumatizada, em virtude deter sido violentada pelo pró-prio pai, quando criança, re-solve matar os homens,depois de castrá-los. O filmeprocura fazer um paralelocom a figura da deusa Vênuse temas marítimos, até criarum tema erótico. Millie Per-kins é esta espécie de Vênuscastigadora. Fox Vídeo (Ben-jamin Constant, 1813 — te-lefone 223-4051).* FORÇA ASSASSINA("Boogey Man") — EUA,1980. Direção de Uli Lom-mel. Com Suzanna Love,

interesse geral, está custandoLei ca de qualiu cruzados no-vos. Essas são para um tipode consumidor diferente doque não perde a publicaçãode "revistinhas" feitas em Be-lo Horizonte, da pior catego-ria, a preços de nada. Masacima dessas duas espéciesflutua, tranqüila, a ediçãoamericana de pornografiamasculina. São revistas im-portadas, com fotos de ho-mens e mulheres nus, quefazem a alegria dos, "gays"

mais endinheirados. Essas re-vistas são vendidas apenasem uma banca do centro dacidade e no aeroporto. Ape-sar de caríssimas, é raro vê-Ias passar muito tempo na es-tante. É venda garantida. Ajato. E sem trocadilho.

É o tudo pelo sexual dofinal da década.

Ron James, John Carradine,Nicholas Love, LlewllynThomas, Felicite Morgan eRaymond Boyden. Top Ta-pe. Misto de "O Exorcista" e"Halloween", obteve tantosucesso no cinema que teveaté continuação. A estóriacomeça com um casal decrianças que é espancado pe-lo padrasto. O garoto, maisvelho, mata o carrasco e,traumatizado, fica mudo.Depois da tragédia, vão mo-rar longe. A irmã casa. Umbelo dia, voltam à velha ca-sa e, ao quebrarem um espe-lho, libertam o espírito dofalecido e a coisa se compli-ca: maldades, exorcismos,mortes, etc. Videofone (RuiBarbosa, 500 — telefone225-4301).

Maquilagem é uma arte

que qualquer pessoapode dominar, com um pou-quinho de paciência, atençãoe algumas dicas simples. Masum erro leva a riscos — oprincipal deles é que as mu-lheres, ao invés de terem seurosto valorizado com os re-cursos proporcionados peloscosméticos, acabam criandouma verdadeira máscara,feia, e às vezes ridícula.

Tomar partido de algunstruques é bem mais sensatoque agir por mera intuição.Adequar as cores à tonalida-de da pele, fazer uma boalimpeza, avaliar a qualidadedo produto a ser comprado,são cuidados básicos paraquem quer começar. Com aajuda dos representantes dosprodutos dá para se ter boasdicas, pois eles não são trei-nados só para vender, mastambém para orientar. Valea pena consultá-los.

Tudo, porém, é umaquestão de cuidado e perma-nente atenção, como explicaa visagista — o outro nomepara maquiadora — AntôniaEsmael, da equipe SimoneMaués, do Estúdio Época.

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O segredo da máscaraé ela não aparecer

Europa, sabe disto e, por is-so, lembra que a mulher pa-raense não pode copiar tudoo que vem de fora. Afinal,vive só uma estação durantetodo o ano.

Produtos à mão, é sócomeçar.

Antes, uma boa limpe-za de pele, para livrá-la dasimpurezas e prepará-la parareceber as cores. Sabonete es-pecial para o tipo de pele, lei-te de limpeza, loção tônica ehidratante. Esta é a seqüên-cia do sucesso.

Há quem dispense a ba-se e opte só pelo hidratante.Quem tiver uma pele boa,sem marcas, pode simplifi-car. Do contrário, aplica-se abase translúcida, para prote-ção da epiderme.

Depois, o pó, que deveser escolhido de acordo coma cor e textura, e tem que es-tar em harmonia com a ba-se. Os mais pesados, para

Com a pele preparada,faz-se a maquilagem própria-mente dita, que será escolhi-da de acordo com a hora eocasião. Tons mais leves pe-Ia manhã, com muita natu-ralidade; à tarde, hora deacentuar o positivo. A ma-quilagem não deve ser mui-to forte, pois a luz da tardenão esconde, ainda, as im-perfeições. Mas já dá paraousar. A noite, o lema étransformar-se numa outramulher. Luzes artificiais aba-tem muito o rosto. As coressão brilhantes e a maquila-gem é sofisticada.

Começa-se pelos olhos.A sombra os acentua, dácontraste entre o branco doolho e a tonalidade da pele,e intensifica a da íris. Deve-se espalhá-la levemente, semfazer riscos e sem esfregá-la.

O lápis tem uma funçãoimportante. Além de realçaro contorno dos olhos, pode,

aplicado.O batom é tudo, sem ele

a maquilagem vai por águaabaixo ou nem acontece. De-ve ser aplicado com um pin-cel. A boca deve estarfechada, para fazer os con-tornos e as correções neces-sárias. Por fim, abre-se aboca para cabar de pintar oslábios. Tira-se o excesso comum papel absorvente, sem es-fregar.

Por fim, o blush. Disfar-ça palidez e o amarelado dapele. Tem que ser aplicadocom o rosto já todo maqui-lado, com um pincel próprio,com todo cuidado para nãocriar limites nem manchas.Aplica-se na testa, maçã dorosto, maxilares, orelhas eponta do queixo.

Tabela de cores, deacordo com a tonalidade depele:

ja. Nada de verde e azulintensos.

• Peles claras — nosolhos, de acordo com a corda íris, pode ser cinza, azule rosa (olhos azuis); todas ascores para os olhos casta-nhos, menos o verde intenso;todas as cores, menos o azulintenso, para os olhos verdes.

Batons, blush e até mes-

mo as sombras, seguem ostons da moda, sempre obser-vando a discrição e o efeitovisual dado pela cor.

Mas maquilagem é, an-tes de tudo, criatividade.Quando a pessoa já tem umaboa base com pequenas di-cas, pode sozinha verificar oque lhe cai melhor.

Qu

pbiKt. umusub, u,>\ti u ausui-—na mjsao ae uiiLd, dkv.ga-ius • idéies escuras — nor-malmente as negras têm umapele boa, que não precisa demuitos disfarces. As coresmelhores são o bege, o cas-tanho, o dourado e o laran-

»uem não quer seus 15 anos inesque-cíveis?

JVlas muitas festas podem ser lembradasnão apenas pelos bons momentos, mas pelos in-críveis vexames que a pessoa pode passar nela.E que ficam, quer a pessoa queira, quer nãoqueira esquecer.

IN ão existe uma forma padronizada de co-memorar os 15 anos, que são a repetição de umatradição antiga, na apresentação da jovem — adebutante — à sociedade. Pretende-se, com estafesta, assinalar a passagem da meninice para aadolescência: a condição da menina para a con-dição da mulher. O ponto alto da festa deve sera primeira dança — a primeira vez que a ado-lescente cruza o salão de baile, nos braços dopai ou de um amigo de confiança. Consagroua tradição ser esta primeira dança uma valsa, to-cada à meia-noite, também porque seria a pri-meira vez que a menina poderia ultrapassar osnoidnus e Tri-Idl Ob dUUilUS.dLUUipdl

\Js tempos mudaram. Meninas freqüên-tam salões de baile desde os 13, aos 15 já sãomisses, outras estão às vésperas dos estudos su-periores, outras ainda já estão trabalhando. Osnamoradinhos começam cedo, e a apresentaçãoda jovem à sociedade perdeu o sentido original.Ficou a festa: uma romântica festa, para mar-car não mais a estréia da jovem, mas a belezada adolescência. Um sonho de festa, que, porisso mesmo, deve ser planejada para realizar umsonho.

J\ primeira pergunta a ser feita é: o queé que a jovem quer? Não se pode mais esquecerque os jovens votam aos 16... Assim, se ela abrirmão do vestido branco ou rosa, dos véus demusselina, em favor de um pretinho decotadoe da última moda, pra que insistir? Ela podeachar a valsa cafona e preferir um rock pesado.Pode querer luz estroboscópica, em troca das ve-Ias e rosas. Mas uma coisa ela não vai dispen-sar: que a festa seja um sucesso. E outra coisaque é indispensável é que ela gostará de ganharpresentes.

J\ segunda pergunta é a seleção de pessoasque serão convidadas. E bom lembrar que fes-tas de 15 anos são festas de aniversário e, por-tanto, familiares. E inútil restringir os convites:aparecerão, sem sombra de dúvida, crianças. Eos idosos da família quererão estar presentes,particularmente os avós, mesmo que o som doanos ouvidos. Portanto, a seleção começa avalian-do a família que comparecerá. Depois da famí-lia virão os amigos da debutante; depois, osamigos da família. Esse conjunto nunca é infe-rior a 50 pessoas, que devem ser equilibradaspor sexo (um número de homens equivalentesao de mulheres) e por idade (grupos equiva-lentes).

JVlarcada a data e selecionados os convi-dados, será a hora de definir que tipo de festavai acontecer. As alternativas são várias: festasromânticas, festas tradicionais, festas de emba-lo ou a festa em família.

ümbora cada uma delas tenha um tipo deplanejamento, todas elas exigirão um espaço quepossa ser ambientado para três grupos distin-tos: os jovens, os idosos, e os grupos familiares

em consideração que pele deparaense não sofre as oscila-ções climáticas das sulistas,muito menos das européias.Ela, que já morou 15 anos na

vem melhor, e os mais finos,para pele seca. Aplica-se comleves pancadinhas — nada deesfregá-lo. Retira-se o exces-so com uma escova de bebê.

diminuí-los, torná-los maisprofundos, etc. Para dar umaspecto natural, esfrega-se le-vemente, com uma esponji-nha, o local onde ele foi

Dicas í.

Rejuvenescimento — com 40 anos no Brasil, a marca Cash-mere Bouquet parte para a plástica rejuvenescedora. Mudam asembalagens, muda a publicidade e a sensualidade vai substituiro romantismo no apelo em torno da marca. Quatro novos per-fumes entram no talco, colônia, desodorante e sabonetes da li-nha: "Anais Anais", "Georgio", "Drakkar Noir" e "Alfazema".Além disso, uma agressiva política de vendas pretende conquis-tar uma fatia maior do mercado: demonstradoras vão levar aoconsumidor a marca. A campanha já vai começar.

Concurso — vinte miljovens devem concorrer aotítulo de melhor modelo dopaís, em concurso nacionalpromovido pela Ellus, em-presa de design. Trata-se do"Ellus Looking 89" etapabrasileira do "Look of theYear", promovido pela Elite

Model Management, a maiorempresa de modelos domundo. As modelos serão se-lecionadas a partir de etapasregionais em Fortaleza, Bra-sília, Rio de Janeiro, SãoPaulo, Curitiba, Florianópo-lis e Porto Alegre. A final in-ternacional será em Paris.

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âduzindo: É umapessoa que tem maniade colecionar moedase medalhai.

Revista Haidas,pmmmmyj***m eipefliHTUli

Revista

mí4âSeu hobfay

favorito

Filtro — chamado, poralgumas empresas, de "fator

de proteção", o filtro solarchegou para ficar, de vez, nosbronzeadores e até mesmonos cremes faciais de uso co-tidiano. As gradações do fil-tro vão de 1 a 4, e a escolhadeve ser feita através do tipode pele: peles claras exigemgradação mais alta, peles es-curas, a gradação mais bai-xa. O filtro solar impedequeimaduras de sol e, sobre-tudo, a imperceptível destrui-ção das células, provocadaspelos raios infravermelhos eultravioletas do sol. Mesmopessoas com grande pigmen-tação, com peles escuras, de-vem usar o protetor.Crianças e pessoas de pelemuito branca (como os rui-vos) devem usar o máximode filtro solar. Virtualmentetodos os bronzeadores já es-rão com filtros.

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adultitos. De quebra, família tiver muita?crianças, um auarto amoiente para estas.

O LIBERAL/AQUI PÜT " /*3

calor eseu risco

para osmenorzinhos

Com a construção do Centro Estadual deControle de Zoonoses aqui em Belém, ainda pa-ra este ano, está prevista a volta das carrocinhasàs ruas da cidade para a captura de animais co-nhecidos por

"vadios" ou "errantes". Cães an-darilhos, bois e cavalos vadios e doentes, sãoanimais tidos como os principais transmissoresda raiva humana. Para capturá-los há a neces-sidade de um trabalho realizado por um veicu-lo denominado de "carrocinha",

que coletaanimais errantes nas ruas por não serem vaci-

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nauos, considerados perigosos poi gerem agen-tes transmissores de zoonoses (que são doençastransmitidas dos animais para o ser humano),sendo que entre estas existe uma que pode cau-sar a morte da pessoa e do animal contamina-do se não forem tratados a tempo: a raiva. Estadoença provoca uma morte horrível, com mui-to sofrimento, porque a vítima, no caso o serhumano, apresenta até o fim a consciência do

que está acontecendo consigo, sem possibilida-de de controle.

A^Las, muita gente pergunta o porquê doscães terem que ser retirados da rua. Belém, pos-sui aproximadamente uma população canina es-timada em cerca de 200.000 cães; acredita-se quesó menos da metade encontra-se vacinada con-tra raiva. A apreensão se faz necessária porqueas autoridades sanitaristas não têm condições desaber se este ou aquele animal está vacinado. Êimportante lembrar que os cães brigam semprepelas ruas, podendo um, que está são, ser mor-dido por um cão suspeito. Ele, no momento, na-da apresentará e voltará normalmente para juntode seus donos que nada perceberão. Mas, emquestão de tempo, poderá passar a doença paraas pessoas da família. O cão raivoso é poten-cialmente perigoso porque, quando acometidopela doença, sai pelas ruas mordendo tudo o quese mova em seu caminho. Por isso, você, leitor,poderá ajudar a carrocinha, bem como o tra-balho do Centro, não deixando nunca que seucão ande solto, usando sempre a coleira nos pas-seios. Poderá também colocar o nome do cãoe seu respectivo endereço na própria coleira, pa-ra melhor identificá-lo. É bom saber que um cãosolto nas ruas está infringindo a lei. Porque existeuma lei, através do Ato n? 378, de 4 de julhode 1935, que, em seu parágrafo 1? determina:"serão apreendidos e recolhidos ao Canil Mu-nicipal, os animais que forem encontrados sol-tos nas ruas e praças do Município ou emquaisquer lugares acessíveis ao público, e mui-tado o respectivo proprietário".

Com o eficiente trabalho da carrocinha,retirando os animais "vadios" das ruas, serãoevitadas, além da raiva, a transmissão da lep-tospirose, brucelose, leishmaniose, verminose eoutras zoonoses.Paulo Galdino é médico veterinário. Telefo-ne para contato: 225-0725.

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Para o verão, pouca roupa e muito leve nas crianças.

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Um locutor-shopping,

assim é Adonai do So-corro, 30 anos, 15 dos quais,dedicados ao trabalho no rá-dio. Atualmente apresenta oprograma

"Sua tarde favori-ta", na Liberal AM, dentrodo qual está o "Arquivo daJuventude", programa tradi-cional no rádio paraense, demuito sucesso.

Para Adonai, estar àfrente de programas que fa-Iam de perto a realidade dopovão é sempre muito re-compensador; Trabalhar pa-ra a grande massa temretorno certo e ele sabe disso.

E ele gosta tanto destaresposta que já não conseguemais se ver longe dela. Nãoé à-toa, por isso, que ele selança agora como composi-tor, tendo até sido contrata-do pela gravadora RGE. Umacomposição sua está virandosucesso na voz do composi-tor Ditão, a romântica "Des-

pedida".

O verão está chegando,e, como parte da baga-

gem de quem vai à praia nãose pode esquecer a prevençãocontra aquela eventualidadeque sempre acaba por encur-tar as férias, a desidratação,que ocorre com mais fre-qüência com crianças, por-que elas estão passando porum processo de desenvolvi-mento e assim se tornammais frágeis.

Explica o dr. RobertoPingarilho, da Clínica Pedia-trica do Pará, que a excessi-va perda de líquidos oudescuido com a alimentaçãopodem provocar um grandedistúrbio no metabolismo dequalquer pessoa. E que a de-sidratação não ocorre so-mente pela exposição, portempo excessivo, da pele aosol: ela surge também emconseqüência de repetidosvômitos e diarréias abundan-tes. Também pode ocorrerporque a pessoa não bebe li-quidos em quantidade sufi-•ciente. E é mais freqüente emcriancinhas, principalmenteno verão.Ma infânriji nartinilar-

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mamadeiras e bicos, imedia-lamente, do uso;

proteger alimentoscontra insetos e cuidar de suaconservação;

na praia, evitar a ex-posição da criança ao solnum tempo excessivo e semproteção;

controlar o horáriode dar água ao bebê;

evitar o uso de rou-pas grossas ou escuras;

dar banho na criança nomínimo duas vezes ao dia;

dar maior atenção aopreparo da alimentação dacriança.

Roupas — shorts, cami-setas, mini-saias ou bermu-das — isto é roupa de verão.O mais adequado está rela-cionado, principalmente,com o tecido, que deve ser omais leve possível. Algodãoe malha no cotidiano, oucoton-lycra e lycra na praia,é o que se recomenda.

As crianças devem ter aroupa trocada num mínimode três vezes ao dia. Uma dasvezes é, obrigatoriamente,depois da praia pra evitar a

J.. u~mente, a desidratação deveser tratada com a maior ur-gência. Quanto menor acriança, maior o risco de vi-da. Isto porque a criança per-de com muito mais rapidez,que um adulto, os líquidos esais minerais.

O tratamento mais ur-gente consiste na devoluçãoda água perdida ao organis-mo. Às vezes é necessário osoro, por via de injeção, tala gravidade. Mas é possívelprevenir. E estas são as dicasdo dr. Roberto Pingarilho.

dar apenas água fer-vida e filtrada às crianças;

lavar bem e ferver

Por que o romantismo 7"Porque o sou por essência",revela, acrescentando que oprograma

"Arquivo da Ju-ventude" é o lado com quemais se identifica. Nele, per-mite vir à tona o seu ladopoeta, uma vez que recitapoemas e os dedica aos ou-vintes. No "Sua tarde favo-rita", que começa às 14 horas,é mais crítico.

E nessa agitação todaque o faz ser um locutorshopping, ou seja, fazendode tudo em termos de rádio,Adonai quer um tempo pararelaxar. Daí, só mesmo a ae-róbica para resolver o pro-blema. Praticando desde 87,o interesse foi tão grande queagora ele é administrador emonitor da associação VâniaBarbosa de ginástica.

"Con-

segui jogar para cima a aca-demia", diz empolgado, poisconsegue conciliar muitobem suas atividades múl-tiplas.

e a contaminação do conta-to com a areia.

O uso de hidratantes ebronzeadores é essencial.Ajuda a prevenir a desidra-tação, principalmente na pe-le de crianças. Osbronzeadores devem conterfiltro solar e serem passadospor todo o corpo, com exce-ção do rosto da criança.

Os cuidados parecemmuitos, mas são, de fato,questões de rotina. Que ga-rantem as férias tranqüilas.Com a vantagem de muitasaúde e com um belo bron-zeado, no final.

Para corresponder me-lhor a essa atividade, ele es-tá pensando em prestarvestibular para Educação Fí-sica, no próximo ano. Nun-ca é tarde, acredita ele, afinalsão só 30 anos, ainda quequisesse estar com 49, "esta

idade é de muito amadureci-mento para o homem, alémde que ele fica mais gostoso",ri.

Além disso, ele preten-de entrar de cabeça na suaagência de publicidade queestá a caminho, mas acredi-ta que precisa aprender mui-to ainda. Por isso, quer fazercursos nos grandes centrospara poder pegar maiortarimba.

Adonai está descasado etem três filhos. A rádio é suagrande paixão.

"Gosto de fa-zer um trabalho moderno,aberto à comunidade. Na Li-beral AM consigo isso, poistrabalho para o crescimentodo setor na região Norte".

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U Os índios nao têm uma reli-gião definida e nem um Deusúnico. Cada nação tem seu pró-prio jeito de tratar o sobrenatu-ral, acreditando na divinizacãodas coisas da natureza (animis-tas); nas pessoas que se tornamdeuses (divinatórios); e em se-res espirituais que se manifes-tam eventualmente (espiritua-

listas). A maior parte deles é:a) animistab) divinatóriac) espiritualista

gj Quem era o presidente daProvíncia do Pará, a quando dalibertação dos escravos, atravésda Lei Áurea?

a) Francisco Baião deAbreu

b) Miguel de Almeida Per-nambuco

c) André Vidal de Araújo

g Uma forma de comer pirãode farinha d'água é aos punha-dos, na ponta dos dedos. Essepunhado se chama:

a) capitãob) pirãozinhoc) mãozada

gjj Esta serra se localiza no Es-tado do Pará e faz parte do ma-ciço do Parima. Ela é:

a) serra do Roncadorb) serra dos Carajásc) serra do Acaraí

gg Na pescaria amazônica, ra-ramente os pescadores usam mi-nhocas para atrair os peixes.Suas iscas favoritas são:

a) farinha e frutas

b) frutas e folhasc) folhas e farinha

2 Um dos primeiros escritoresparaenses com preocupaçõeshistóricas, Almeida Pinto, dei-,xou vários livros-. O principaldeles foi:

a) A vida de D. Romualdob) O Bispado do Parác) A História da Igreja no

Pará.

Folhas & FloresNinguém pode com ela

Folhas verdes, com man-chas brancas, bonitas mesmoquando ainda brotando; altapara uma planta de vaso, secorretamente cuidada — diz-se que a comigo-ninguém po-de guarda a casa de ladrões,rebate maus-olhados e absor-ve os maus fluidos deixadospor quem quer que seja.

Crendices à parte, a plan-ta é uma das favoritas parapreencher um canto vazio ouseparar ambientes. Ela é boni-ta, e basta. Dá pouco trabalhopara cuidar, sobrevive bemdentro de casa e, às vezes, dáinesperadas flores - pequenasespatas brancas, com centroverde-claro, desgraciosas e semperfume. É certo, também, quea comigo-ninguém-pode é ai-tamente tóxica, e deve ser evi-tada em ambientes onde hajacrianças pequenas que, porum acaso, podem levar um pe-daço de folha à boca, ou, en-tão, onde haja cãezinhos.

Ela é uma arácea. Na suafamília, as plantas não gostamde luz solar direta, preferemambientes quentes e úmidos,muita luminosidade e sossegono local onde forem coloca-das. Seu caule é alto e escamo-

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so; as folhas são longas e cominserção em formato de cora-ção. Duram muito. Ela agüen-ta bem a sociedade com outrasplantas, permitindo composi-ções com florezinhas ou gra-míneas (terezinhas, porexemplo, ou grama japonesa).Seu enraizamento é raso, o quepode destiná-la a uma jardi-neira, o que limitará seu crês-cimento.

Para cuidar corretarhen-te de uma comigo-ninguém-pode basta ajustar a compo-sição certa da terra: terra pre-ta e adubo orgânico, naproporção de dois para um;um pouco de areia grossa pa-ra facilitar a drenagem; carvãomoído, que vai dar mais ver-de às folhas. Regas diárias, até

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que a água passe pelo drenodo vaso, no verão; chuva ouregas semanais na época daschuvas. Ela deve ficar num lo-cal de muita luminosidade,mas longe do sol. E pôde ficarnum canto, se este for atingi-do por muita luz, de manhã.

O resto é deixar correr:ela vai se desenvolver vertical-mente, se a luminosidade es-tiver correta, produzindofolhas por todo o caule. Se aluz estiver incorreta, ela vai seinclinar para o sol. Neste ca-so, é bom colocar uma estacae amarrar o caule com laçosfrouxos.

Mas se se quer uma plan-ta alta, é preciso algum cuida-do no controle do crescimento.Uma muda pequena, coloca-da num vaso grande logo desaída, tende a se desenvolvermais sob a terra que sobre ela.Assim, é preciso plantar emvaso pequeno e, paulatina-mente, ir transferindo a plan-ta até o vaso definitivo, como cuidado de completar asmudanças com terra adubada.

Se a planta está há mui-to tempo num vaso grande, épreciso adubar de vez emquando. Adubos foliáceos,tanto misturados à terra comoacrescentados na rega, são su-ficientes.

Para tirar mudas, há doismétodos. Um, o tradicional e

regional: a extremidade supe-rior do caule, colocada numvaso com água até que as rai-zes surjam. Outro, rende mais:um pedaço do caule deitadohorizontalmente numa vasilhacom areia molhada (e manti-da molhada) vai proporcionaro surgimento de várias mudas,que devem ser transplantadasquando atingirem uns cincocentímetros de altura, o quevai ocorrer num período dedois meses.

Tufos de comigo-ninguém-pode podem ser ar-ranjados num vaso, por estamaneira, de forma a que crês-çam simultaneamente, organi-zando o conjunto. A plantasolitária tende a ter caule lon-go. A escolha fica por contado gosto de cada um.

Carmem Souza

Da) animista. São poucas

as tribos divinatórias emenos ainda as espiritualis-tas. A maioria acredita nascoisas da natureza como sa-cralizadas.

|'J b) Miguel de Almeida

Pernambuco. Ele adotoua lei imediatamente, no pró-prio dia 13 de maio, o quefoi recebido com uma gran-de festa popular, que durouaté o dia 20 de maio.

g| a) capitão. Ninguém

sabe a origem da deno-minação

0 c) serra do Acaraí.Localiza-se na fronteira

com a Guiana, e sua altitu-de máxima é de 600 metros..

0 a) farinhas e frutas. Afarinha é disposta em

pequenas bolas molhadas eendurecidas no anzol. Asfruias são mais usadas napesca com arpão ou zagaias,para atrair os peixes a umdeterminado local.

b) O Bispado do Pará

Almeida Pinto foi umferrenho combatente da Ca-banagem e deixou um livrosó sobre D. RomualdoCoelho.

Hora de começar a acer-

tar os ponteiros como sol. Faltam trinta dias pa-ra o veraneio. Mas as chuvasestão cessando e as piscinasestão aí mesmo — prontaspara acolher o que há de no-vo no colorido do verão.

Se alguém pensa que,depois do fio dental,esgotou-se a imaginaçãopraiera, ledo engano. Maissolta que nunca, ela corre emsugestões de nu, antes que onu total. Será cafona o top-less nestas praias. Cafona eprejudicial: o sol equatorialpode acabar com os seios dequalquer uma. Assim, a nos-,talgia do meio do séculocombina com materiais doano dois mil: duas peças ememborrachados ou lycra, na-pa ajustando taças de sutiãse babados românticos ornan-do os supercavados biquínis.Nenhum deles fio-dental,que esta moda já passou.

Para o verão de 89, acor é fundamental. Fortes,com brilho ou sem, expressaem estampados florões sobrefundo escuro, em listras,pois, lisos berrantes de verde-limão ou pink. Ousadia, sen-sualidade com um toque deingênuo: este é o segredo quedeve nortear a tesoura dequem quer transformar rou-pas de ginástica em roupa debanho. A moda o permiteatravés do último grito: osukini.

Mistura de duas peças,sunga e biquíni, o sukini trazde volta o umbigo de foraSant-Tropez combinado comcavas laterais ousadíssimas.Uma calcinha de duas-peçasdos anos 50 arrematada comdetalhes — cintos largos, la-çarotes, babados. Fácil, paraquem quer aposentar a ma-lha. Esnobe, para quem queraparecer no último grito. In-termediário, para quem estácansada de maio e ainda nãoousou o biquíni.

Vale misturar tudo: pre-to, branco, vermelho, amare-Io, rosa choque, larania

Nostalgia e romantismono sukini deste verão

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^mmmlSÊÊèil¦¦" "•¦¦'-" ¦ j gjHHggHSKKpggg

Para ele, menos centímetronas laterais.

azul, mostarda e pink. Nadade timidez. Cores ácidas,bem ácidas. E manchadas, depreferência.

A forma é por conta dofreguês: maios sem laterais,duas peças com sutiãs redu-zidos, asa-delta com sutiãmais reduzido ainda, tudocheio de detalhes. Zíperes,botões, babados e — pas-mem! — rendinhas.

Quem não abre mão domaio pode escolher até oscom saiotes. Cavados, emlycra ciré, luminosa, cotelê,strech, e couro. Alças fini-nhas, estampados graúdos.

Para os homens, algunscentímetros a menos na Iate-ral das sungas: tudo indicaque eles irão para a tangamais depressa do que sonhouGabeira. Sungas cavadíssi-mas, em cores fortes. O char-me é o máximo de pernas defora.

Nos acessórios, cangasde seda manchada (Sob oSol), saídas de algodão, emcores fortes, leves e muito de-cotadas (Brasil Summer), sa-cola de plástico transparente,com laço^manchado na alça(Gota DAgua), viseiras fio-ridas (Brasil Summer), deta-lhes de mergulhador no

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Sukini emborrachado e ousado.

da lycra e do modelo.sukini (Lu Recin).Os preços estão à altu-

ra. De 20 a 80 cruzados no-vos por um biquíni, de 30 a85, por um maio. Depende

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Jacinto e Santana sofriam.Temiam que a filha morresse e ficassem eles

tal qual antes do casamento.Haviam-se unido com a idade além dos 30,

Jacinto viúvo e mais velho.No começo, desejavam filhos. Veio Maria Na-

tiva. Depois, a esterilidade e a conseqüente valo-rização mais intensa da menina.

Ameaçava-os com a solidão qualquer doençadela. E o medo se plantava no casal.

Agora, dividiam-se ante o pavor de perderMaria Nativa e a confiança na pessoa do médico.Na distante Ilha de Capivara, confiavam no

pajé com sua postura hierática, a voz grave e pau-sada, a segurança das mãos aplicando óleos, azei-tes, folhas emurchecidas ao calor, ou fazendomassagens e extirpando ferrões, insetos e (espan-to!) até mesmo batráquios, da contextura museu-lar humana.

Hoje, Olavo, a juventude, a descontração, otrabalho em claridade, a aplicação de medicamén-tos mais para ingestão do que friecionáveis.

O casal estava suspenso entre as duas atmos-feras. Muitas vezes tentava tocar o chão, sentir oreal, mas se perdia em conjeturas desconcertantes.E isto contribuía para aumentar-lhe as incertezas.

Por isso, também, a promessa extrema de San-tana, guardada no íntimo, intocável, como umaconspiração ou profecia ainda não anunciada.

Jacinto, mais rude que a mulher, não mostra-va no rosto um naco de emoção. Mas um gesto seu,que Santana observava subrepticiamente, refletiaexato o quanto andava preocupado.

A qualquer momento que entrasse no casebre,aproximava-se logo da rede e espiava a filha. Mes-mo na hora do almoço, quando nada o detinha anteo prato de comida, cortava-lhe o passo a rede e osolhos paravam, uns minutos, sobre o corpo da fi-lha doente.

Santana trazia olheiras bem marcadas.Levantava-se à noite, constantemente, e ia ver

se a filha dormia. Procurava atendê-la quando ne-cessário, mas apavorava-se ao pensar que, em de-terminado momento, pudesse encontrar MariaNativa definitivamente imóvel.

Jacinto não se empolgava com a vertente es-piritual. Não entendia o que era Deus. Mas tinhafé e sabia pedir ajudaTE, "depois do Grande", co-mo dizia, só havia Santa Joana dArc. Sua fé nãoconseguia ir mais além.

Santana cria nos dois. Incluía, porém, nas suaspetições ao espiritual, o padroeiro São Pedro, NossaSenhora, mais alguns santos e, mesmo, o Anjo daGuarda.

Quando a filha piorou, as promessas foram-se multiplicando, distribuídas por todos esses pro-tetores, sem exceção. Mas a promessa fundamen-tal estava selada, por influência do Pai Martinho,a Santa Joana dArc.

Houve um dia em que o estado de Maria Na-tiva piorou tanto, que todos os moradores da fa-zenda chegaram aos pais, tentando consolá-los.Santana cedeu ao desespero e precisou ser atendi-da por Olavo, que passara o dia inteiro junto à jo-vem, disputando, palmo a palmo, aquele redutode vida, com a enfermidade.

Ele também sentiu desespero e lamentou nãoter condições melhores para um tratamento maiseficiente. Nada demonstrou, entretanto. Antes, pro-curou externar otimismo, esperança e, alternada-mente, ministrava os medicamentos à enferma euma palavra de confiança aos pais dela.

E teve o cansaço dissipado pela satisfação dever que a febre amainava e, finalmente, abando-nava o corpo abatido.

Veio, em seguida, a recuperação.Maria Nativa, que estivera inerte, repetiu o

gesto anterior: segurou os braços de Olavo. Era umsintoma de confiança. Depois, simultaneamente,recuperou o brilho dos olhos e a palavra.

Sentar-se, andar pela casa, postar-se à janelae, então, sair, enfrentando a luz direta do sol —era a ressurreição.

Jacinto e Santana, o coronel Amintas e donaGuiomar, o mestre Josino e demais viventes da fa-zenda olhavam Olavo com admiração.

Mas ele precisava retornar à Capital.(Continua) -

• -

Equipo desta edição: Ateando Lima, a-Üvmro Martins, AnaDiniz, Antônio Sdva. J. Botco, João Carlos ftrdn. e Bote Sheila.

O LIBERAL/AQUI BELÉM 9

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Karaokanto:a alegria

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IN em só os músicos eruditos possuem fatos curiososem suas biografias, mas também no mundo da música pope do rock eles acontecem.

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Ml/ o caso, por exemplo, da história de vida do músicoinglês, polêmico e contemporâneo, Ozzy Osbourne e a ban-da Black Sabbath.

V-J último álbum de Ozzy com o Black Sabbath foio de 1978, Never Say Die. Depois, alegando problemas fa-miliares, mais um regime que estava fazendo, ele saiu. Tam-bém estava decepcionado com a transação de magia negra eo fato do grupo estar usando elementos jazzisticos na época.Como figura principal do Sabbath, e tudo o que representa-va, Ozzy carregou consigo todo carisma da banda, tanto queela quase acabou, sendo salva com a entrada de Ronnie Ja-mes Dio. E cada um foi para o seu lado".

Um dois anos, já com banda própria, Ozzy peregrinapelas estradas, indo depois morar nos EEUU e em 1980 lançaseu primeiro disco solo: Blizzard of Ozz.

x\qui, alguns fatos curiosos: "suas transações no pai-co — com magia, cruzes, sangue e animais — trouxeram pro-blemas com a Sociedade Protetora dos Animais, ligasfamiliares e, lógico, com a policia. Aos poucos tudo foi sen-do resolvido.

Oz'zzy volta para a Inglaterra no outono de 82, parauma tour. Porém, após três apresentações, tudo é cancelado.Estafa geral. Vão todos descansar numa fazenda na Flórida,EUA.

JL/epois de um concerto na região, o guitarrista RandyRhoads e uma camareira saem para um passeio de avião, comum piloto amigo. O aparelho cai. Morrem os três.

xV tragédia com o seu melhor amigo do momento, alémde já aclamado como um dos maiores guitarristas do mundo(olha a qualidade do rock internacional!), faz Ozzy parar comtudo, para decepção geral.

Oua demora em voltar ao palco deve-se à dificuldadeem substituir Rhoads e para formar nova banda de apoio.

vôm algum tempo, consegue terminar novo álbum, oduplo ao vivo — Talk of the Devil.

/\s dificuldades para apresentação ao vivo continuam.Mesmo assim a imaginação e criação de Ozzy permitem cas-telos góticos, muita pirotecnia e "filmes de horror" que elesempre vive nos palcos.

Oobrc o novo disco, Ozzy declara: — Ele traz uma his-tória real, que tem ajudado a limpar minha alma, bem numaniversário de minha carreira. Houve um silêncio, algum tem-po atrás, um silêncio em que se pôde falar com o demônio.Eu sou Ozzy Osbourne e, algumas vezes, nós falamos como demônio" (*).

r

Ju mole ou quer mais?

* ¦**

Um novo astro brilhará em breve na constelação paraen-se. Chama-se Marco Dantas. Observem o espaço (musical).

* * *Hstréia este mês (provavelmente dia 05 no Da Paz) "A

fantástica estória da Matinta Pereira e sua Neta Aprendiz".Peça teatral com texto de Marlúcio Mareco, que tem comoatores o próprio Marlúcio no papel de "Neta dela" e o Salúno papel de "Avó dela". A direçro tinha que ser da Wlad Li-ma, músicas (entre outras) de Waldemar Henrique, adapta-das e arranjadas para a peça por mim e pela Iva Rothe Neves,tecladista do Ácido Cítrico que, por sua vez, colaborou par-ticipando das gravações de base para a sonoplastia, a cargode Maurício Lopes, recém chegado da terra de Camões, alémde toda uma brilhante equipe de produção, cenografia, ilu-minação, etc... Fique ligído.'*) Leopoldo Rey

10 O LIBERAL/AQUI BELÉM

"f&w^vTv .h,ÔàÔ"'AAA... (k%

Karaokantora foi Leila,

a Pinheiro, antes deser Leila Pinheiro. Ou José deRibamar, que começa seuvôo, a partir dos ensaios fei-tos no ninho do Iate. Ou Fer-nando Araújo, cantor deocasião, com público certo euma identidade que vai emfrente — embora a profissãoseja outra e a opção também.

Todos eles têm em co-mum a alegria de participar.Num clube, como o Iate, épreciso mais que a cara e acoragem: é preciso voz, quepossa agradar uma platéiaque da mesma maneira comoaplaude, reage negativamen-te. Em casa a coisa muda. Oskaraokantores são tantos queos aparelhos de som já nãosão mais fabricados sem odispositivo de acoplar o mi-crofone obrigatório; e algunsórgãos gravam voz e acom-panhamento, para quem qui-ser se ouvir e corrigir.

O que aconteceu é quea seresta saiu das ruas — fu-gindo, talvez, dos assaltos ouHns desmandos Doliciais — e

DISCOS:1 EATEN ALIVE - Dia-na Ross. The Musical (ave-nida Governador JoséMalcher, 359).* CARNA-VAL — Barão Vermelho.Lado A_ (Golden Shopping,avenida Braz de Aguiar).BIG TIME - TomWaits. Bolacha Preta(Smáll Shopping, avenidaBraz de Aguiar).*LET'S DANCE-DavidBowie. The Musical (aveni-da Governador José Mal-cher, 359).CONTENDERS - Eas-ter House. Gramophone'avenida Magaihães Bara-ta, 836).

se desviou inteiramente paraa sala de visitas. O som doplangente violão se tornoueletrônico, com play-back depercussão, ou percussão ecorda, ou sopro, ou até mes-mo uma orquestra, se for ocaso. Festinhas e festanças, okaraokê é um jeito de espan-tar o tédio.

Bares, restaurantes, to-dos têm sua sessãozinha derevelar talentos. Alguns, co-mo Fernando Araújo, o Fefédo Iate, plenamente justifica-dos e já com público cativo.Outros, como Serrão, no vaida valsa da noitada.

Karaokê permanenteexiste no Iate (volta esta se-mana), no Fundo de Quintal,no Sarampo, no Canto de Es-quina. Karaokê eventualexiste em uma dúzia de ou-tros espaços. O repertório di-ficilrr.ente muda: são cançõesantigas; músicas consagradasna seresta da madrugada.Como "índia", "Chão de Es-trelas", "Marina", "Boêmia"...

Ou coisas mais recentes, de

Chico e Gil, mas que não te-nham muita dificuldade; osamba quadrado ou até mes-mo Noel.

"Alguma coisa aconteceno meu coração..." e lá vai ocantor para o palco, desen-saiado e enfrentando even-tuais desafinações. Por isso,todo mundo se segura no queconhece bem. De preferênciao que o público pode acom-panhar. Pois acompanha: ocoro amorfo segue a melodiae de repente vem a mágica dokaraokê: todo mundo can-tando junto, numa boa, en-tre um e outro sorriso, e olheque platéia paraense é maisdificil de vibrar que torcidado Flamengo que perde nafinai!

Não falta quem use osom para mostrar seus talen-tos de dublador, animador eaté mesmo de uma piadamais pesada. Ou quem apro-veite para impor ao públicoos "Bichos" dos Titãs. Abrincadeira anima. Uma coi-sa com certeza acontece, se-

gundo os gerentes dosespaços: há mais. bebida, anoite corre mansa e ninguémcansa.

Nesse embalo entramaté Bruno e Lassandra Ranie-ri, irmos que costumam en-feitar a noite do Iate.Escolares ainda, afinam asvozes e provocam sua sensa-ção. Cantores, talvez, depoisdo karaokê? Só o tempo dirá.

Violões aposentados,ou melhor, promovidos ainstrumento de concerto, oluar não se desperdiça, pelomenos onde houver um mi-crofone aberto e uma gar-ganta afinada. E ouvidospara ouvir, claro, que semplatéia não há cantor — enem cantor — que resista.

No fim, bom mesmo éouvir os risos que encerramas apresentações. Mais queos aplausos, que geralmentevêm junto, mostram que aalegria não morreu — e quea satisfação do público ain-da é o melhor presente paraum artista.

QuenthuraTHE LION AND THE

COBRA - Sinead 0'Co-noor. (Lado A (GoldenShopping, avenida Braz deAguiar)GRATITUDE - Earth,Wind & Fire. The Musical(avenida Governador JoséMalcher, 359).POWER HOUSE -Deep Purple. Lado A (Gol-den Shopping, avenidaBraz de Aguiar).GREATEST HITS -Donna Summer. Lobras(rua João Alfredo entre tra-vessa 7 de Setembro e ave-nida Portugal).OS MELHORES MO-MENTOS DE CAZUZA

& BARÃO VERMELHO— Cazuza e Barão Verm e- ¦lho. Gramophone (avenidaMagalhães Barata, 836).DULCE - Dulce Quen-tal. Mesbla (travessa padreEutiquio, às proximidadesda avenida Almirante Ta-mandaré).MARIZA MONTE -Mariza Monte. The Musi-cal (avenida GovernadorJosé Malcher, 359).SONHO 70 - EgbertoGismonti. Bolacha Preta(Small Shopping, avenidaBraz de Aguiar).ROSA MARIA - RosaMaria. Lobras (rua JoãoAlfredo, entre travessa 7 de

Setembro e avenida' Portugal).

NANA — Nana Caym-mi. Gramophone (avenidaMagalhães Barata, 836).OUÇA O QUE EU DI-GO;, NÃO OUÇA NIN-GUEM — Engenheiros doHawai. The Musical (ave-nida Governador José Mal-cher, 359).ATAULFO ALVES —LEVA MEU SAMBA...-Vários. Bolacha Preta(Small Shopping, avenidaBraz de Aguiar).LUZ NEON - Leny An-drade. Lado A (GoldenShopping, avenida Braz deAguiar).

JA!-~7

Fundadvoltará a

do MagosColégio doselémpara cursos

O fundador do Colégiodos Magos, o "bruxo" Geral-do Seabra, vai voltar à capi-tal paraense, para ministrarmais cursos, a convite do Ins-tituto de DesenvolvimentoIntegral. Ele vai ficar em Be-lém do dia 28 de setembroaté o dia 15 de outubro e da-rá três cursos — Magia I, As-trologia e Magia II, esteúltimo encerrando-se comum Ritual da Lua Cheia, emlocal ainda a ser pro-gramado.

Recém-fundado pelosparapsicólogos Nelson Peter-

sen e Jorge Soares, o Institu-to de DesenvolvimentoIntegral iniciou suas ativida-des justamente promovendodois cursos de Geraldo Sea-bra — os deTarot-Egípcio eMagia —, ambos sucessosabsolutos. E, embora aindanão tenha feito uma "festa"

de inauguração como é da in-tenção de seus fundadores, oIDI vai iniciar, no dia 7(quarta-feira), no salão o"Uirapuru", do Hilton Inter-nacional Belém, um curso deRelaxoterapia que, com au-Ias sempre às quartas-feiras,das 20 às 22 horas, terá a du-

ração de 10 meses, ou 40 au-las, com uma carga total de80 horas. E, a partir do dia10, dará o início a uma sériede maratonas de Biodança,com a psicóloga clínica e ins-trutora de Biodança AngelaLins, de Brasília. Mas, a pro-gramação do IDI não pára aí.Para junho mesmo, no dia30, prolongando pelos dias 1e 2 de junho, acontecerá ocurso de Parapsicologia —Métodos de Pesquisas, como professor e pesquisadorCarlos Alberto Tinoôco, doAmazonas. Para agosto, a-programação agenda o cur-

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Nelson (de óculos) e Jorge, desenvolvimento integral

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- YOGA — Hatha Yoga, Yo-ga Iniciático, limpeza deChakra, Kundalini e limpe-za psíquica. Com a professo-ra Naires Dinelly, na travessa14 de Março, 7127, 1? andar,apartamento 101 — telefone223-9808. Segundas-feiras:18 horas, limpeza psíquica;19 horas, Hatha Yoga; e, 20horas, Kundalini. Terça-feira:de hora em hora, das 16 às20 horas, Hatha Yoga; e, às20 horas, Kundalini. Quarta-feira: 18 e 19 horas, HathaYoga; e, 20 horas, limpeza deChakra. Quinta-feira: de ho-ra em hora, das 16 às 20 ho-ras, Hatha Yoga.* HOMEOPATIA — com omédico Hector Puerto, naavenida Alcindo Cacela,1938, sala "A", entre as ave-nidas Gentil Bittencourt eMagalhães Barata (em fren-te ao muro lateral esquerdodo Museu Goeldi). Atendi-mento também pelo método

alopático. Telefone 229-1261.BÚZIOS — a orientação

através do Candomblé, commestre Bira de Obaluaê. Na25 de Setembro, 1372, entreMauriti e Estrela. Telefone226-5548.

HIPNOSE — para a solu-ção de problemas pessoais,como gagueira, impotência,frigidez, esquecimento, par-to sem dor e preparação pa-ra testes e concursos(inclusive vestibular). Com ohipnólogo e parapsicólogoGiselar Oliveira, ex-presidente e atual membrodo conselho científico do Ins-tituto Paraense de Parapsico-logia. Atendimento naprópria casa do interessado.Contatos pelo telefone229-6005.

TAROT — Os arcanos ta-rológicos dão a resposta, emconsultas personalizadas,com horário previamentemarcado. Com Rosa Helena

Pernambuco, na avenida 25de Setembro, 1372, entre astravessas Mauriti e da Estre-Ia — telefone 226-5548.Atendimento personalizadotambém pelo Ifá do Can-domblé.

* HOLISMO — Núcleo de.Orientação Holística, o pri-meiro do gênero em funcio-namento na Capitalparaense, atendendo diária-mente, a partir das 15 horas,na avenida Magalhães Bara-ta, 601, altos. Atendimentonas áreas de Hipnose, Letar-gia e Sugestologia, com Gi-selar Oliveira; MassoterapiaOriental e Ocidental, comWilson de Moura; Artes Di-vinatórias, com Áurea Boni-fácio; Yoga, com TâniaRangel; Terapia do Toque,com Jorge Soares; e Orienta-ção Parapsíquica, com ÜdiaMusse.

so de Hipnose, Alfagenia,Produção e Criatividade,com 12 meses de duração, se-guido, em setembro, pelocurso Registros e Comandos,verdadeiro treinamento deauto-ajuda, com o médicoElyr dos Santos Silva e a psi-cóloga Claudete Maria Lima,ambos do Rio de Janeiro, nosdias 1, 2 e 3. Em outubro, fi-nalmente, será dado início aocurso de Parapsicologia delonga duração (16 meses).

Para todos esses cursose treinamentos, as inscriçõespoderão ser feitas na própriasede do Instituto de Desen-volvimento Integral, na tra-vessa D. Romualdo deSeixas, 1236 (melhores infor-mações pelo telefone224-5790).

E, a partir deste mês, es-tara sendo praticada a "Vi-

vencia em Relaxamento", naprópria sede (fica entre aDiogo Móia e a Oliveira Be-lo), para pequenos grupos,sempre às quintas-feiras,com sessões das 15 às 17, das17:30 às 19:30 e das 20 às 22horas.

O curso de Relaxotera-pia, a ser iniciado no dia 7,no Hilton, terá vagas limita-das a 35 participantes, comum programa que incluimassagem interna e externa;exercícios de movimento; ocorpo humano e as cores;equilibrando e integrando;estimulando energias; regraou chave rítmica das coresaplicadas à mente; biofeed-back com ondas alpha, bethae tetha; impregnação musicale limpeza dos vórtices; to-cando os sentidos; iluminan-do os pensamentos;

HI; ' ' r4üü

KIRLIAN — máquinaspara operacionalização dekirliangrafias e equipamentos,para testes e pesquisas em Pa-rapsicologia e Psicotrônica.Instrumentos nacionais e im-portados. Com Maria Amé-lia Figueiredo, na rua DiogoMóia, 1138-A, entre AlcindoCacela e 14 de Março. Nosdias de semana, o atendi-mento é feito pela parte datarde e, nos sábados, pelamanhã.

SHE — Sociedade Holísti-ca Experimental, na travessaCastelo Branco, 1265, entreas avenidas Magalhães Bara-ta e Gentil Bittencourt. Aten-dimento em Bioenergia;Hipnose e Regressão; Tarot eCromoterapia; OráculoEgípcio, Cleromancia e IChing; Massagem Oriental:Massagem Ocidental; Astro-logia; Baralho Cigano; e Nu-merologia e Psicorrelax.

massagem da aura; etc.O programa de Biodan-

ça inclui a realização de umamaratona para iniciantes, nosdias 10 e 11, das 15:30 às 21horas, na Soela/Soele (aveni-da Gentil Bittencourt, 1127);maratona infanto-juvenil,dias 13, 14 e 15, das 17hl5às 19h30, no Teatro Experi-mental "Waldemar Henri-que", na Praça da República,para a faixa etária dos 7 aos13 anos; e a maratona pro-gressiva, dias 17 e 18 (das 15horas de sábado até às 19 ho-

ras de domingo), no Tabordas Irmãs . ranciscanas, emleoaraci.

Nelson Peterson e JorgeSoares explicam que o Insti-tuto de desenvolvimento In-tegral foi criado parapromover a formação demão-de-obra especializadaem Parapsicologia e ciênciasafins, realizando cursos deformação, com aulas sema-nais e cursos de informação,seminários, maratonas e trei-namentos.

Un)m aspecto pouco conhecido das atividades deRoberto Conde: seu grande conhecimento das plan-tas místicas e, principalmente, daquelas com proprie-dades curativas.

IN ão foram poucas as pessoas, em um e em ou-tro caso, beneficiadas com as atividades de Robertonesse ramo. Aüás, muita gente a ele recorria apenasnessa área: algumas no que tange ao aspecto místicodas plantas; outras, no aspecto curativo. E o interes-sante é que ele pesquisava profundamente o assuntoe tencionava publicar alguma coisa a respeito. Algu-mas vezes conversamos sobre isso e iniciáramos mes-mo a coleta de material para compor um volume.

JLnteressadíssimo como era pela Magia Cerimô-nial, Roberto estava fazendo uma catalogação das plan-tas místicas e sua aplicação em diferentes rituais. Ascomponentes da flora regional mereciam considera-ção especial, pois que a Amazônia é riquíssima emplantas de enorme potencial mágico e/ou curativo.

vJ_tro campo de interesse, ainda aqui firme-mente ligado à Magia Ritual, era o uso do incenso.Roberto também fazia um estudo das diversas subs-tâncias e dos mais variados aromas, e pretendia ob-ter a composição de preparados eminentementeregionais que, de um certo modo, estivessem muitomais ligados aos arquétipos da Magia regional. Con-versamos muito sobre a necessidade de máximo apro-veitamento de todo esse potencial mágico amazônida,especialmente no que tange à sua vegetação e ao ri-quíssimo universo mítico da Região.

Um projeto muito bonito que pretendíamos co-locar em execução era o da elaboração de um Tarotcujos arcanos maiores seriam representados pelas fi-guras do universo mítico regional. Arquétipos que têmmuito (tudo!) a ver com a alma genuinamente ama-zônida. O Curupira, a Matinta Perêra, o Boiúna, etc.Roberto tinha verdadeira paixão pelo Tarot e possuíauma coleção que incluía cartas das mais diferentes pro-cedências. Usualmente, ele valia-se de dois diferentesjogos quando ia deitar as cartas para um cliente. E pro-funda era sua afinidade com o significado iniciáticodos arcanos tarológicos. E sempre pensou no enormepoder arquetípico que teria um jogo de cartas utili-zando as figuras da tradição dos povos que habita-vam a Região em épocas pré-cabralinas. Não restadúvida que um tal Tarot logo logo teria uma fortíssi-ma egrégora, mormente se manejado por um Mago.

V_/ nome de Ararè, artista plástico e pesquisa-dor das lendas e dos mitos da Amazônia, foi por nóslembrado, como o ilustrador ideal para o "nosso Ta-rot". Ararê não chegou a ser contactado, mas tenhocerteza que iria apreciar muito a idéia. Um ano apósa passagem de Roberto pela

"Grande Iniciação",chegou-nos às mãos o denominado "Tarot Mitológi-co", fruto do trabalho de dois estudiosos, com basenuma profunda pesquisa da Mitologia grega, contan-do, de maneira muito bonita, através dos arcanos ta-rológicos, a viagem simbólica de Jasão e seusargonautas em busca do velocino de ouro. Tambémaqui há um grande potencial arquetípico de imensovalor, principalmente para a cultura ocidental. Dá paraimaginar o forte apelo atávico que teria para o ho-mem amazônida um Tarot cujos arcanos estivessemrepresentados pelas figuras míticas regionais com to-da sua carga de simbolismo. Uma idéia que um dia.talvez, ainda venha a se transformar em realidadeconcreta.

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O LIBERAL/AQUI BELÉM 11

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Hoje, sexta, 2a

partir das 24 horas,apresentação do show dacantora Sandra de Sá, no Ia-te Clube do Pará.

prossegue, até o dia 6,na galeria

"Don Pablo", a ex-posição coletiva dos artistasDumas, J. Corrêa, Alan Kar-dec. Hércules Jr., Nascimen-to, Diana Figueiredo, Alicemiranda e Cris. Visitação das15 às 20 horas, diariamente.

às 22 horas, no Fortedo Castelo, a "Seresta da Fo-gueira", promovida pelo Cír-culo Militar, com o grupo"Pororoca" e a cantoraSoraya.

programa "Ufologia",

a partir das 20 horas, comDaniel Rebisso Giese, no au-ditório "Francisco GemaqueÁlvaro", do Instituto Paraen-se de Parapsicologia (aveni-da Magalhães Barata, 601,altos).

exposição de fotogra-fias e artes plásticas

"Amazò-

nia: o homem e a natureza".Até o dia 4, no espaço cultu-ral do Complexo Sâo Brás,das 10 às 21 horas.

encerramento do semi-nário "Turismo ecológico edesenvolvimento da Amazô-nia", das 16 às 20 horas, noauditório do teatro do Com-

plexo São Braz.Amanhi , sábado, 3

abertura da Feira doArtesão, no calçadão da Pra-ça da República, às próximi-dades do Teatro da Paz.

comemorações dotranscurso dos 20 anos da es-cola "O mundo do peteleco".Missa na capela do ColégioNazaré e coquetel na sede daescola .

programa "Técnicas

de relaxamento para orienta-ção do desenvolvimento dacriança", a partir das 9 horas, _com Espírito Santo Cruz, nasede do IPP (avenida Maga-lhães Barata, 601, altos).

abertura, às 13h30, noCentur, de "Parapsicologia edesenvolvimento mental",com Maria Lidia Gomes deMatos.

Domingo, 4show "Corações ecolo-

gicos", às 18 horas, na Praçada República, com GrupoGema, Almirzinho Gabriel,Walter Freitas, Vital Lima,Nilson Chaves e Tetê Es-píndola.encerramento, às18h30, no Centur, de "Parap-

sicologia e desenvolvimentomental", com Maria LídiaGomes de Matos.

exposição e venda de

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to

3

.[Numa crônica escrita em junho de 1878,Machado de Assis afirmava, como de resto fezem toda a sua vida, que tudo passa neste mun-do, tudo é efêmero, precário e falivel, não resis-tindo à ação do tempo. Passam os homens e asinstituições, os sentimentos e a própria lembran-ça dos dias. Duas coisas apenas, diz ele, conti-nuam perenemente a subsistir, anos a fora,carregando consigo força inelutável das grandestradições: a portaria anual das autoridades proi-bindo balões e fogos juninos e a sua concomi-tante desobediência por parte do povo.

V_/omparando a portaria do seu tempo queMachado de Assis transcreve, às declarações quecomeçaram a ser prestadas pelas autoridades,nota-se que são praticamente idênticas. Ambasafirmam com energia que este ano não serão per-mitidos fogos nem balões e que os contravento-res serão rigorosamente punidos.

E/ste ano, por estes dias, deve sair a tal por-taria, para não quebrar a tradição que Macha-do falou àquela época, como também não serácumprida, porém, por poucos, bem poucos. Ho-je, nos festejos de São João, São Pedro e SãoMarcai não se vêem mais os fogos que tanto ale-gravam as crianças e os próprios adultos. Umou outro foguetinho,, uma ou outra estrelinha.Não há mais compadres de fogueiras, porque es-tas, se aparecem, numa ou outra travessa ou ruado subúrbio, ninguém une as mãos para,atravessando-as pelos lados, firmar o compa-dresco. Isso é caretice. Balões! Se dois ou trêssurgem em uma noite junina, devem ter sido pre-parados por dois ou três velhos sentimentais.

Bombas! Bem, elas estão por aí, aperfeiçoa-cias, mortíferas, tirando mãos, intestinos, ma-tando. Não são fogos do mês de junho.

Quem sabe se em mais alguns anos desa-parecerão as Portarias de proibição a que Ma-chado de Assis se referiu. Perderá ele a razão7Quanto ao não cumprimento delas, decerto con-tinuará. Mesmo porque tradição já é não se cum-prir leis neste país. As porcarias, não, portarias,que vão às favas!

Viva Belpeças de artesanato variado,na Feira do Açaí.

término, no espaçocultural do Complexo SãoBrás, da exposição de artesplásticas e fotografias "Ama-

zônia: o homem e a nature-za", das 10 às 21 horas.

grande festa junina daparóquia de Santa Cruz, apartir das 8 horas, na sede da.Fundação Pestalozzi.

Segunda, 5abertura, às 9 horas,

no auditório do Hospital doPronto Socorro Municipal,da Semana do Meio Am-biente, promovida pela ad-ministração Sahid Xerfan.

início da série de con-ferências sobre Administra-ção Hoteleira, das 18h30 às21 horas, no auditório do Se-nac, com o especialistaAmaury Gouveia daFonseca.

programa "Cromote-

rapia", a partir das 20 horas,na sala "René Nunes", do IPP(avenida Magalhães Barata,601, altos).

orientação parapsíqui-

ca, a partir das 15 horas, noNúcleo de Orientação holis-tica, com Naif Daibes Ha-mouché.

* início do ciclo de pa-lestras nas escolas munici-pais, por educadores daSecretaria Municipal de Saú-de e Meio Ambiente. Até o

AXÉ — bar, na avenida-Alcindo Cacela, 404, emfrente ao Cesep (Unespa).Sextas, às 23 horas, Dio,Marcinha e Paulo Monteiro.Em seguida, karaokê e play-back, a cargo de Araran; sá-bado, a partir das 22 horas,música popular brasileira _ovivo, com Araran, e, a par-fir da zero hora, apresenta-ção do violinista Miguel comcanto e instrumento. A par-tir da lh30 da madrugada (jáno domingo, portanto), Dioe Paulo Monteiro, percussão& violão.

LA BODEGA — bar/cho-paria/restaurante, na aveni-

• da Nazaré, em frente aoCAN (Largo de Nazaré comVila Leopoldina), Aberto apartir das 12 horas. Músicaao vivo, de quinta a sábado,com o cantor João Batista e

NEW SOCIEDADEANÔNIMA

Tris ex-boêmios da noite paulistafazendo uma ótima opção em bar, fun-clonando dt terça a domingo a partirdai 17:00 Iu.

Ambiente agradável com boamúsica.Hu» Domingo» M«4f«lroi, 2M-A

sfe-ri- yy> imperdívelO show musical da consagra-da cantora Sandra dc Sá, apartir das 24 horas desta sexta-feira, no Iate Clube do Pará,na Bernardo Sayão, à margemda baía de Guajará. Mesa pa-ra quatro lugares — 100 cru-zados novos; mesas para oitolugares — 200 cruzados novos;e camarote com 12 lugares —320 cruzados novos. Informa-ções na secretaria do Clube(telefone 224-7399).

Também imperdível oshow "Corações ecológicos",às 18 horas, na Praça da Repú-blica. A coisa será bastanteanimada, com a participaçãodo grupo "Gema" e dc Almir-zinho Gabriel, Walter Freitas,Vital Lima, Nilson e Tetê Es-píndola.

dia 8.encerramento, na ga-

leria "Don Pablo", da expo-sição coletiva dos artistasplásticos Dumas, J. Corrêa,Alan Kardec, Hércules, Jr.Nascimento, Diana Figueire-do, Alice Miranda e Cris. Vi-sitação das 15 às 20 horas.

abertura da exposiçãoe venda de peças de artesana-to variado (vidro, couro,porcelana, etc), na Feira doVer-o-Peso.

prática de Yoga, comTânia Rangel, no Núcleo deOrientação Holística (aveni-da Magalhães Barata, 601,

altos).

Quarta, 7orientação

parapsíqui-ca, com Údia Musse, no Nú-cleo de Orientação Holísticado Pará, a partir das 15horas.

programa "Controle

mental avançado para estu-dantes", apresentado porVoltaire Hesketh, no auditó-rio do Hospital da OrdemTerceira.

"Psicotranse", comMaria do Carmo Ribeiro, às20 horas, no auditório doInstituto Paraense de Parap-sicologia.

Vér a Noite,-

*- *¦

seu violão.* BIER — chopa-" ria/cervejaria/churrascaria,

na avenida Gentil Bitten-court, 1118, às proximidadesda avenida GeneralissimoDeodoro. Música ão vivo:quarta, com o grupo instru-mental "Rabo de Raposa";quinta, com Roberto Reis;sexta e sábado, com Pedri-nho Cavalero & Banda Ne-gra, Toninho, Renato &banda, Aline e Simone, Lui-sinho e Cássio Lobato.

POUCA TELHA — casade forró, na avenida José Bo-nifácio, 2456. Sextas e sába-dos, apresentação deAdamastor e de "Os

Quatrodo Nordeste".

SARAMPO — Caripunasentre Apinagés e Padre Euti-quio. Quartas e quintas, apartir das 23 horas, Tito e

música popular brasileira;sextas, a partir da meia-noite, show de samba, como grupo

"Manga Verde"; sá-bado, a partir da meia-noite,Julinho e Zé Maria, e, a par-tir das duas da madrugada,Tito & bateria.* CASA DA SERESTA —rua Ferreira Pena, 352, noUmarizal. Sextas e sábados,a partir das 22h30, grupo"Canto Livre", tocando mú-sica popular brasileira e pa-gode; Adamastor e "Os

Quatro do Nordeste", com

Quinta, 8nas sinagogas de Be-

lém, os preparativos para afesta judaico do Shabuot.programa "Controle

mental para adultos", comEspírito Santo Cruz e NaifDaibes Hamouche, no audi-tório do Instituto Paraense deParapsicologia.

encerramento do ciclode palestras nas escolas darede municipal de ensino, co-mo parte da programação daSemana do Meio Ambiente.

Hipnologia, com Gi-selar Oliveira, pela parte damanhã, no Núcleo de Orien-tação Holística.

forró, e apresentação da can-tora maranhense Lu Costa eum show de músicas nordes-tinas. Domingos, a partir domeio-dia, apresentação dogrupo

"Canto Livre".

SPAZZI0 VERDEPIZZARIA/BAR/CHOPAHIA no Av.Braz d* Aguiar, 834.Música ao vivo às quintas-feirascom o GRUPO ANESTESIAGERAL, a partir das 23:00 hs.Funcionamento diário, Inclusiveaos domingos.

^m fy •**ãàeBAR-TEATRO, MUSICAAO VIVO E PIZZARIA

Programação de sexta-feira:MÚSICA MECÂNICA ATÊAS23:30. Apresentação da duplaMARCINHA (voz) e PAUIDMONTEIRO (violão), de ZEROHORA as 2:00 Hs. Sábado: As23:30 Hs, a dupla Márcio (voz eviolão), RIBEIRO (percussão) ea 1:30, EUELSON (voz e violão)com BERÇO na percussão.

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SERESTA

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A única casa noturna de Be-lém do Pará a apresentar 2conjuntos musicais por noite,e grandes atrações regionaise nacionais.

RESERVAS: TEL. 241.4104TVav. Forroira Pena, 352

ANO III N.° 216

Hi J| WÈ WÈ j Jl HH HB

2 de junho de 1989

uina saiu para trêsSorteio das

dezenas em 896 vezes = 66; 5 vezes= 11-46-78; 4 vezes= 02 -

09 - 30 - 43 - 50 - 51 - 77 - 83 - 00; 3 vezes= 01 -17 - 21 -35 - 40 - 56 - 59 - 60 - 61 - 63 - 68 - 69 - 70 - 72 - 74 - 76; 3vezes= 03-05-07-13-18-19-22-29-37-41-42-44

54 - 55 - 64 - 67 - 75 - 79 - 82 - 86 - 90 - 91 - 92 - 96 - 97-99-1 vez= 06-08-14-15-16-20-24-25-26-27

31 - 32 - 33 - 34 - 36 - 38 - 39 - 45 - 47 - 49 - 52 - 53 - 5758 - 65 - 81 - 84 - 87 - 89 - 89 - 93 - 94 - 95 - 98.

Ainda não saíram - 04 -10 -12 - 23 - 28 - 48 - 62 - 7173 - 80 - 85 - 88. ,

Quadro das atrasadasnão sofreu alteraçõesNenhuma das cinco dezenas sorteadas ontem, no

concurso 617 estava relacionada entre as mais atra-sadas da Loto. E, a dezena 88, que é a mais atrasadade todas completa hoje 282 dias sem aparecer, já quesaiu pela última vez há 74 sorteios atrás, no concur-so 543, no dia 21 de agosto do ano passado. Agora, oquadro das mais atrasadas apresenta o seguinte pa-norama.

DEZENAS ULTIMA VEZ QUE SAIU CONCURSOS DIAS SEMCONC. | DATA SEM SAIR SAIR

88 543 21.08.88 74 28210 549 14.09.88 68 261

JO 554 02.10.88 63 24004 563 03.11.88 54 209

73 567 17.11.88 50 197

ja 568 20.11.88 49 19428 570 27.11.88 47 185

85 573 08.12.88 44 175

48 575 16.12.88 42 167

71 576 18.12.88 41 165

_23 578 26.12.88 39 15712 579 29.12.88 38 154

A quina do concurso 617da Loto teve três acertado-res. Eles marcaram as de-zenas 02 - 11 - 35 - 86 e 92,sorteadas ontem pela ma-nhã em Niterói. Os ganha-dores são de Minas Gerais,Rio de Janeiro e São Pauloe cada um vai receber a im-portância de NCz$172.708,02, já descontado oimposto de renda.

A quadra teve 367 acer-tadores, devendo cada umreceber o prêmio de NCz$1.411,79, enquanto o terno vaipagar um rateio de NCz$

29,35 a cada um dos 23.542ganhadores.

A distribuição dos acer-tadores da quadra por Es-tados foi a seguinte:Alagoas, 02; Amazonas, 04;Bahia, 22; Brasília, 06; Cea-rá, 06; Espírito Santo, 07;Mato Grosso do Sul, 02;Goiás, 20; Maranhão, 02;Mato Grosso, 07; Minas Ge-rais, 39; Pará, 04; Paraná,26; Pernambuco, 05; Piaui,04; Rio Grande do Norte,02; Rio Grande do Sul, 05;Rio de Janeiro, 41; SantaCatarina, 09; São Paulo,

145; e Sergipe, 04.No terno a distribuição

foi essa: Alagoas, 217; Ama-zonas, 218, Bahia, 1.382;Brasília, 787; Ceará, 400;Espírito Santo, 375; MatoGrosso do Sul, 217; Goiás,527; Maranhão, 67; MatoGrosso, 237; Minas Gerais,5.472; Pará, 352; Paraíba,128; Paraná, 1.123; Pernam-buco, 628; Piaui, 151; RioGrande do Norte, 132; RioGrande do Sul, 1.497, Rio deJaneiro, 3.230; Santa Cata-rina, 477; São Paulo, 8.637;e Sergipe, 188.

í *.- * ;ijs&timximm>^wMmK*im^ ->¦¦¦-¦—

Sena deve pagar 2 milhões emeio, mas não terá recordeA sena principal do

concurso 64 da Sena da Lo-teria deverá pagar algo emtorno de 2 milhões e meio decruzados, o segundo maiorprêmio de todos os tempos,sendo difícil que venha a serestabelecido um novo recor-de. Mas, como dois milhõese meio não são de se jogarfora, desde a terça-feira omovimento das lojas de lo-teria aumentou considera-velmente em todo o país, eBelém não ficou atrás.

Na quarta-feira, aafluência aos revendedoresjá era igual ao movimento

da quinta-feira, ultimo diapara as apostas e, por todoo dia de ontem as filas fo-ram uma constante, tantonas lojas do centro comonas dos bairros. A atraçãopelo prêmio milionário daSena acabou ofuscando o in-teresse do apostador peloconcurso 618 da Loto e peloteste 693 da Loteria Es-portiva.

A Sena principal come-ça com uma acumulada deNCzf 934.128,57, já que nin-guém acertou no concurso63 e, se outra vez ninguém

conseguir acertar, então te-remos a quebra do recordeanterior de 3 milhões decruzados.

O sorteio do concurso 64da Sena está previsto paraàs 9 horas da próximasegunda-feira, na cidade deRio Bonito (RJ). As apostasterminaram ontem, em Be-lém e na maioria das capi-tais brasileiras, mascontinuam sendo feitas portodo o dia de hoje em PortoAlegre, Florianópolis, Curi-tiba, Rio de Janeiro, BeloHorizonte, Brasília, Salva-dor e Recife.

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Jornal da Loto - Q2 de junho de 1989 - pág. 2l. í *«.?• ft il_>t.4>»1_ .

LotoNúmeros

pares .= 1.514Números

ímpares = 1.571

¦¦¦ 51 = 46 vezes"• 24, 56 = 42 vezes32, 42, 76, 00 = 41 vezes

09 = 40 vezes11 =39 vezes

17, 41, 46, 63, 92 = 37 vezes03,12,29,35 = 36vezcs

43, 68, 78, 9105, 37, 74, 75, 81 = 35 vezes10, 45, 61, 64, 77 = 34 vezes

°ynYL= 33 vezes89, 90, 95

87 = 20 vezes36 = 19 vezes

Númerosde 01 a 50 = 1.534

Númerosde 51 a 00 = 1.551

S©ilQNúmeros

pares = 201Números

ímpares = 177

+04, 19, 32 = 11 vezes10, 15, 18 __ w yezes20, 25, 33

08, 09, 26, 30 _ yez£S36, 40, 42, 45, 48

12 = 3 veies

Númerosde 01 a 25 = 194

Númerosde 26 a 50 = 184

I.OTIlDireitos de

publicação cedidospor M.E. DE

SANTANA LYNCH,MICROEMPRESA -

Editor ResponsávelJúlio Lynch —Programador

visual: CARLOSGOUVÊA -~~'~i

Arte final:OFIR

DAMASCENO

040.°sorteio

Na próxima quinta-feira, dia8 de junho, teremos o sorteio doconcurso 619 da Loto, que será o40? do ano de 1989. E, em oitoocasiões anteriores, desde 1981,as dezenas mais sorteadas noquadragésimo sorteio do ano fo-ram a 02, 82, 93 e 98, que saíramduas vezes, enquanto as dezenas09, 10, 15, 17, 19, 21, 22, 24, 25, 30,32, 35, 38, 44, 45, 52, 54, 62, 63, 65,72, 74, 75, 76, 78, 81, 89, 92, 94, 95,97 e 99 foram sorteadas uma vezcada.

Junho-3O sorteio da próxima quinta-

feira será o terceiro do mês dejunho. E, nos anos anteriores, oterceiro sorteio de junho apre-sentou o seguinte panorama:

ANO | DATA I CONCURSO! DEZENAS SORTEADAS~m\ M~ 39 30-50-53-71-74

1982 18.06. 89 03-50-58-64-981983 17.06 140 17-18-34-71-851984 15.06 191 17-49-52-78-001985 21.06 243 13-32-45-79-991986 09.06 326 07-38-43-76-891987 08.06 425 23-38-56-59-851988 09.06 524 03-66-70-72-79'

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QUE SAIU CONCURSO DATA

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08.05.89B3 09 58 10.04.89ffijM 10

61 15.05.89

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Histórias da Esportiva

Sonho de ficar milionáriosas vezes virou decepção

Nem sempreacertar na Loteria Es-portiva significa ficarmilionário. A históriado concurso em seus19 anos de existênciarevela que muitos ga-nharam pouco, talvez

f)or supervalorizar a

ógica e não crer na"zebra", e outros, mes-mo ganhando prêmiosfabulosos, tiveramque dividi-los em gru-po e acabaram frus-irados.

Os maiores equi-vocos ocorreram prin-cipalmente nos pri-meiros anos da Lote-ria Esportiva. Paramuita gente, acertaros 13 pontos significa-va ficar milionário,esquecendo-se de queo prêmio era disfri-buido conforme o nú-mero de ganhadores.

Não foram pou-cos os casos de pes-Sena

soas que começarama gastar por conta doprêmio, decepcio-nando-se em seguidaao constatar que seucartão era apenas umentre centenas de ga-nhadores. O prêmiopodia ser fabuloso,mas naturalmente di-luía-se à medida emque ia sendo rateado.

Houve caso deapostador que, ao sedeparar com os 13pontos chegou a fretarum avião para rece-ber o prêmio no Riode Janeiro, como oco-rreu no teste número12 com um senhor dointerior de Goiás. Eleesperava ficar sozi-nho com os milhõesda Loteria Esportiva,mas tomou um sustoquando percebeu queera um dos 4.175 acer-tadores e que tinha di-reito a apenas Cr$1.020,00.

O caso do capixa-ba Mário Ronconi édiferente. Ele recebeua soma de Cr$14.123.178,41,uma fortuna na época(1972), mas teve quedividir o dinheiro commais 17 pessoas queparticiparam do "bo-lão", no teste 113.

O paulista Osval-do Soares, de Rio daSerra, ganhou CR$65.716.476,08no teste 431, de 25 defevereiro de 1979, masdividiu o prêmio comseis sócios.

À medida em queo brasileiro foi se na-bituando a Loteria Es-portiva e aprendeu aconviver com suassurpresas, os equívo-cos diminuíram. Hoje,precavidos, todo ga-nhador espera confie-cer o número de ga-nhadores antes de co-meçar a vibrar... e agastar.

n_._ii_c ÚLTIMA VEZ QUE SAIUDEZENAS V[ZES


IH 10 58 10.04.89

SH 10 63 29.05.8907 53 06,03.89

|3 07 54 13.03. 893 08 59 18.04.8931 07 56 27.03.89

09 63 29.05.89Jj 07 51 20.02.89

07 61 15.05.89jj 09

49 05.02.89

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...mu. NfDE ' ÚLTIMA VEZ QUE SAIUDEZENAS ,,r7rrVlZlSQUE SAIU CONCURSO DATA

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Jornal da Loto - OZde junho de 1989 - pág. 3

Divisão Especial, com 64clubes, também vai darjogos para a Esportiva

para as oitavas de final, num total de 16clubes, que estarão automaticamenteclassificados para a divisão especial de1990. A partir das oitavas de final o sis-tema será de dupla eliminatória, até se-rem apontados o campeão e o vice, queserão promovidos à ls divisão. Qualquer"clube

atualmente na ls divisão regional,que vier a ser rebaixado para a 2S divi-são estadual, perderá o direito de parti-cipar da Especial como aconteceu coma Ponte Preta.

A CBF está exigindo das Federaçõesque todos os campeões regionais sejamconhecidos até o dia 3 de setembro e, nes-te ponto a Federação Paraense de Fute-boi vai encontrar sérios problemas paracumprir a determinação, uma vez que oreturno do campeonato paraense, com 55jogos e as possíveis partidas decisivas te-rão de ser realizadas entre lB de Julhoa 3 de setembro, obrigando-se a que sejogue dia sim ou dia não. Éis os possíveis64 participantes do campeonato nacionalde futebol da divisão especial:

Assim como o Campeonato Nacionalde Futebol da ls divisão, cuja tabela jafoi divulgada, o Certame Nacional da Di-visão Especial (ou 2» divisão), tambémvai começar no dia 7 de setembro e seusjogos passarão a fazer parte dos testesda Loteria Esportiva. Em princípio, a di-visão especial terá 64 participantes, maseste número poderá subir, para atendera interesses políticos.

A CBF já decidiu que cada Estado5 terá no mínimo dois participantes, com

exceção do Acre, que terá no Rio Brancoo seu único representante. Os clubes doCeará, suspensos por um ano, ficarão defora. O primeiro critério para a escolhados representantes de cada Estado seráo técnico, tomando-se como base os cam-peonatos regionais que estão em an-damento.

O regulamento da competição ja es-tá pronto. As 64 equipe serão divididas

> em oito grupos regionalizados de oito ca-da, com jogos de ida e volta. De cadagrupo se classificarão os dois primeiros

^—Quem é quem na Especial—ÂCRE — 1 — Rio Branco.AMAZONAS — 2 — Rio Negro e Nacional.PARÁ — 2 — Remo e Paysandú (a Tuna corre por fora).MARANHÃO — 2 — Maranhão e Sampaio Corrêa (o Moto cor-re por fora). c -PIAUÍ — 2 — Tiradentes e River (o Flamengo corre por fora).CEARÁ - 0 — Federação desfiliada e. clubes suspensos por umano por terem recorrido à Justiça Comum.R G DO NORTE — 2 — ABC e América.PARAÍBA — 2 — Botafogo e Treze (o Campinense corre porfora}PERNAMBUCO — 3 — Santa Cruz e Central (terceira vaga ain-da não definida). , __, _ ., 'ALAGOAS - 2 - Capelense e C. S. Alagoano (o CR. Brasil cor-repor fora).SERGIPE — 2 — Sergipe e Confiança.BAHIA — 4 — Fluminense, Catuense e duas vagas amda nao

GOIÁS — 4 — Atlético, Vila Nova e duas vagas ainda não de-piflifiíisBRASÍLIA - 2 - Guará e Taguatinga (o Brasília e o Tiraden-tes correm por fora). -¦ , . _,MATO GROSSO — 2 - Mixto e Dom Bosco (Operário e Barrado Garças correm por fora). ;'; , .MATO GROSSO DO SUL - 2 - Operário e Douradense (o Ubi-ra tan corre por fora. .MINAS GERAIS - 4 - América, Uberlândia, Valenodoce e"C1 e i-v r\ r* f í YQ

ESPÍRITO SANTO — 2 — Ordem e Progresso e Rio Branco (aDesportiva corre por fora). ......-..,''. _. ¦ ARIO DE JANEIRO — 6 — Americano, America, Bangu, PortoAlegre, Volta Redonda e Cabofriense (se algum desses vier aser rebaixado para a 2? divisão poderá ser substituído por No-va Cidade ou Olaria, que são os dois prováveis rebaixados.SÃO PAULO — 7 — Bragantino, Novorizontino, Sao José, Mogi-Mirim, União São João, Botafogo e uma vaga por ser decidida.PARANÁ — 4 — Maringá, Londrina, e duas vagas por serem

SANTA CATARINA — 3 — Criciúma, Avaí, Joinville (o Marcí-lio Dias corre por fora).R.G. DO SUL — 4 - Caxias, Pelotas, Gloria e Passo Fundo (o

^ Juventude corre por fora). —

Concurso 619Na próxima quinta-feira será

realizado o sorteio ao concurso 619 daLoto. As apostas podem ser feitas àpartir de hoje, em Belém e na maio-ria das capitais brasileiras e termi-nam na terça-feira à noite, em todoo território nacional. E, nos concur-sos com a numeração terminada em9, apenas quatro dezenas nunca fo-ram sorteadas, que são a 05 - 66 - 79e86.

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Eg|[--HQ3GSna naeu nanana|54||55]|64ll65l|nananasal[941-951

na esoaos1261 nssansnausI561Í571

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ES ES CE]oaosEsna es essana essa Ea nsnana esES [Ml nsEalc-j-lssna ss eseu na es

Nos concursos com a numeraçãoterminada em 9 a dezena mais sor-teada é a 56, que já saiu nove vezes,vindo a seguir a 03,50 e 76, que foramsorteadas sete vezes cada. As deze-nas 32,34, 47 e 00 sairam seis vezes,enquanto as dezenas 12,24,46,54,81,82 e 94 foram sorteadas em cinco oca-siões cada uma.

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46

osíõaes es naes[í|s1esESEaESEaESes na nslÊãjnsns na na na na nana nses na ns tza Es(Êã]E3 EaIsslnalss na ns na ns nses Ea nalnalna sa es es

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Saiu a 3 e a Lotofica sem finais

em atrasoAgora é que a Loto praticamen-

te não tem finais em atraso. Com osorteio da final 2, em dose dupla (02e 92), as finais mais atrasadas pas-sam a ser a 3 e a 0 (zero), que nãosaem somente há dois sorteios, já queapareceram anteriormente no con-curso 615. A final 3, que até ontem eraa mais atrasada, não sai desde o con-curso 613, tendo passado três sorteiosconsecutivos sem aparecer. Enquan-to isso, as finais 4,7,8 e 9, que haviamsido sorteadas no concurso 616, nãovoltaram a sair no 617. Em matériade seqüência, este foi o quarto sorteioconsecutivo que apareceram dezenascom a final 1, sorteada nos concur-sos 614, 615, 616 e 617.

Trinca 11 ¦ 35 ¦ 92p Ma sio no

112 volta a serformada no 617.

A trinca formada pelasdezenas 11 - 35 - 92, que ha-via sido sorteada no con-curso 172, voltou a serepetir ontem, no 617. A de-zena 11 foi sorteada pela 39*vez, enquanto que a 92 saiupela 36*; a 35, pela 37*; a02, pela 28*, e a 86. pela 25*vez. Das cinco, a mais atra-sada era a 86, que não saiadesde o dia 8 de janeiro, noconcurso 582. As demaissairam anteriormente nosseguintes concursos: a 92,no 596; a 11, no 604; a 35, no610 e a 02, no 613.

Esta foi a segunda vezque a dezena 02 saiu nummesmo concurso junto comas dezenas 35, 86 e 92; e aterceira vez junto com a 11.A dobradinha 11-35 aconte-ceu anteriormente no con-curso 530; a 02-86 noconcurso 200; e a 02-92 noconcurso 106. A dezena 02saiu junto com a 11 nos con-cursos 408 e 494.

Esta foi a primeira vezque a dezena 11 saiu nummesmo sorteio junto com a86; a terceira vez junto coma 92; e a quarta junto coma 35. A dobradinha 11-92aconteceu anteriormentenos concursos 172 e 430. Adezena 11 saiu junto com a35 nos concursos 04, 172 e474.

Esta foi a primeira vezque a dezena 35 saiu nummesmo concurso junto coma 86 e a segunda vez iuntocom a 92. A dobradinha35-92 aconteceu no concur-so 172.

Finalmente, esta foi asegunda vez que as deze-nas 86 e 92 foram sorteadasjuntas. Anteriormente elashaviam formado dobradi-nha no concurso 370.

4 £S Í LI,!!. B JJ .¦, ji ,11 ^ ,j, ,J „.,| - |M>n.J.„ .,.,.ÜtJ.' J..;,? .. .... X„ X-^l jg SgffgflySE g ggggfl -55 ,jü !i 4i.^RI .-V -¦ 3 S -X,\ P a.í~,WVl ..Vl-!.'..^l u j.l.,11 - .- j-MII

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DEZENAS VEZES QUE SAIU CONCURSO DATA

IK] 29

596 02.03.89

Jj 28 617 01.06.8936 608 16.04.8933 563 03.ii.88'

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gjj 28 600 17.03.89SUj 28 610 07.05.89

27~ 611 11.05.8940 613 18.05.89

Jj 34 549- n.09.8839 617 01.06.8936 579 29.12.88

31 27 615 26.05.893^ 26~ 616 28.05.89

25 598 09.03.89J] 27 593 19.02.89

29 607 ~Í3M8T

25~ 613 18.05.89J] 23 593 19.02.89

30 596 02.03.8931~ 604 02.04.8927 599 12.03.8927~ 578 26.12.88

Jj 42 615 26.05.8924 584 15.01.89

35a 31 590 05.02.8923 583 i2.oi.89

Jj 32 570 27.11.88Jj 36~ 616 28.05.89

28 615 26.05.89J| 30 615 26.05.89

41 586 22.01.89J| 29 I 602 2ó!Õl89~

N°DE ÚLTIMA VEZ QUE SAIUDEZENAS VEZES


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